Texto Áureo Verdade Prática “E [Jesus] ordenou-lhe que a ninguém o dissesse. Mas disse-lhe: Vai, mostra-te ao sacerdote e o...
Texto Áureo
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Verdade Prática
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“E [Jesus] ordenou-lhe que a ninguém o dissesse. Mas disse-lhe: Vai, mostra-te ao sacerdote e oferece, pela tua purificação, o que Moisés determinou, para que lhes sirva de testemunho.” (Lc 5.14)
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As funções do sacerdote iam além da liturgia; sua principal obrigação era zelar pela santidade e pureza do povo de Deus.
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LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Almeida Corrigida e Revisada Fiel
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Levítico 13.1-6
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1 Falou mais o SENHOR a Moisés e a Arão, dizendo:
2 O homem, quando na pele da sua carne houver inchação, ou pústula, ou empola branca, que estiver na pele de sua carne como praga de lepra, então, será levado a Arão, o sacerdote, ou a um de seus filhos, os sacerdotes.
3 E o sacerdote examinará a praga na pele da carne; se o pelo na praga se tornou branco, e a praga parecer mais profunda do que a pele da sua carne, praga da lepra é; o sacerdote, vendo-o, o declarará imundo.
4 Mas, se a empola na pele de sua carne for branca, e não parecer mais profunda do que a pele, e o pelo não se tornou branco, então, o sacerdote encerrará o que tem a praga por sete dias.
5 E, ao sétimo dia, o sacerdote o examinará; e eis que, se a praga, ao seu parecer, parou, e a praga na pele se não estendeu, então, o sacerdote o encerrará por outros sete dias.
6 E o sacerdote, ao sétimo dia, o examinará outra vez; e eis que, se a praga se recolheu, e a praga na pele se não estendeu, então, o sacerdote o declarará limpo: apostema é; e lavará as suas vestes e será limpo.
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Comentário
INTRODUÇÃO
Além de zelar pelo culto do Senhor, os sacerdotes tinham ainda como função inspecionar a saúde de Israel, fiscalizar-lhe as moradias e regular-lhe a vida social e jurídica. Nesse sentido, eles podem ser vistos também como médicos, sanitaristas e juízes. Todavia, a sua função mais importante era conduzir o povo na Lei de Deus, a fim de torná-lo propício ao Senhor que exige, de cada um de seus filhos, santidade, pureza e distinção. Vejamos, pois, como os sacerdotes levaram os israelitas a ser o povo mais ordeiro, distinto e saudável de seu tempo.(LB CPAD, 3º Trim 2018, Lição 4, 22 Jul 18)
Os sacerdotes possuíam, em geral, três categorias de obrigações: eram os responsáveis por ministrar no santuário diante do Senhor, ensinar o povo a guardar a Lei e tomar conhecimento da vontade divina, através do Urim e Turim (Êx 28.30; Ed 2.63; Nm 16.40; 18.5; 2Cr 15.3; Jr 18.18; Ez 7.26; Mq 3.11).
“Levítico 9 - 10 identifica vários ministérios sacerdotais. Os sacerdotes deviam oficiar em sacrifícios e ofertas, e assim conduzir em adoração. Eles deviam ‘distinguir entre o santo e o profano’ (Lv 10.10). Deviam também ensinar aos israelitas os decretos de Deus. E tem mais: Os sacerdotes deviam diagnosticar males que tornavam adoradores cerimonialmente impuros (Lv 13 — 14). Ofereciam ritual de purificação para aqueles que fossem recuperados. Examinavam todos os animais sacrificiais para verificar se eram saudáveis e sem defeitos (Lv 22.17-21). Os sacerdotes estabeleciam o valor de todas as mercadorias que eram dedicadas a Deus (Lv 27). Eles supervisionavam o cuidado do Tabernáculo e, mais tarde, do Templo (Nm 3;4). Os sacerdotes anunciavam o início de todas as festas religiosas (Lv 25.9). Atuavam como um tipo de suprema corte, reunida para ouvir os casos difíceis (Dt 17.11). Usavam o Urim e Tumim para transmitir a resposta de Deus a questões expostas pelos líderes da nação (Nm 27.21). E, ainda, acompanhavam o exército, para exortar a confiança em Deus (Dt 20.1-4). Em resumo, eles serviam como guardiões da fé de Israel. Suas obrigações não eram somente rituais, mas chamados para o envolvimento com israelitas comuns em todos os aspectos das suas vidas e relacionamento com o Senhor. Nós que estamos em Cristo somos chamados para o seu real sacerdócio e podemos encontrar direção para o moderno ministério ao meditar na chamada dos sacerdotes do Antigo Testamento”(RICHARDS, Lawrence O. Guia do Leitor da Bíblia: Uma análise de Gęnesis a Apocalipse capítulo por capítulo. 9.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2010, p. 81).
Dito isto, convido-o a pensarmos maduramente a fé cristã!
TÓPICO l - FUNÇÕES CLÍNICAS
Libertos do Egito, os israelitas corriam o risco de transmitir à próxima geração enfermidades como a lepra (Dt 7.15), a doença mais temida da antiguidade. Por isso, Deus encarregou os sacerdotes de inspecionar clinicamente o seu povo.
1. A inspeção da lepra. Nos tempos bíblicos, a lepra era a doença que causava mais repulsa devido ao seu aspecto e contágio (Lv 13.2). Se Deus não a curasse, médico algum poderia fazê-lo, haja vista o caso do general sírio Naamã (2 Rs 5.1-14). O Senhor Jesus, durante o seu ministério terreno, curou diversos leprosos e ordenou a seus discípulos a que os purificassem em seu nome (Mt 10.8; 11.5). (LB CPAD, 3º Trim 2018, Lição 4, 22 Jul 18)
A Lepra (hebraico: tzaraat) era uma palavra usada para várias doenças de pele, manchas em roupas ou paredes, que nós poderíamos chamar hoje de fungo ou mofo, em suma, algo que era cerimonialmente impuro.
“A lepra bíblica é a mesma doença que atualmente conhecemos como hanseníase? A Bíblia não menciona de maneira explícita ou inequívoca a hanseníase, como conhecemos a lepra hoje. Quando se fala de pessoas leprosas, a palavra significa uma doença da pele, e pode abranger tipos diferentes de doenças. Em outros casos, a mesma palavra fala de manchas em roupas ou paredes, algo que nós poderíamos chamar hoje de fungo ou mofo. As instruções sobre a lepra, obviamente, serviam para conter uma doença maligna, mesmo séculos antes de cientistas compreenderem como doenças se espalham.
Mas há um segundo – e mais importante – motivo para falar tanto sobre a lepra no Velho Testamento. Há, pelo menos, duas lições espirituais das ordens sobre a lepra:
1. A importância da obediência. Entre as últimas orientações dadas por Moisés ao povo de Israel são estas palavras: “Guarda-te da praga da lepra e tem diligente cuidado de fazer segundo tudo o que te ensinarem os sacerdotes levitas; como lhes tenho ordenado, terás cuidado de o fazer” (Deuteronômio 24:8).
2. A necessidade de distinguir entre o limpo e o imundo. A chave ao entendimento deste significado da lepra aparece em Levítico 14:54-57 – “Esta é a lei de toda sorte de praga de lepra, e de tinha, e da lepra das vestes, e das casas, e da inchação, e da pústula, e das manchas lustrosas, para ensinar quando qualquer coisa é limpa ou imunda. Esta é a lei da lepra.”
Deus usou coisas físicas – sejam doenças, questões de higiene ou diferenças entre animais – para ensinar princípios espirituais.
Quando foi descoberta a imundícia da lepra, não mediam esforço para se livrarem dela. Pessoas leprosas foram publicamente identificadas e afastadas da congregação para não contaminar outros. Quando as tentativas de purificar as casas não foram bem-sucedidas, foi necessário derrubar casas inteiras para não deixar a praga se espalhar (Levítico 14:43-45).
As mesmas leis sobre a lepra não se aplicam hoje, mas os princípios que aprendemos delas têm muita importância para nós.
Devemos ser obedientes a todas as instruções que o Senhor nos deu. E quando a imundícia do pecado invade a nossa vida, devemos agir com urgência para eliminá-lo, mesmo se forem necessárias medidas radicais.
Sejamos santos, para a glória do nosso Senhor perfeito e santo (1 Pedro 1:14-16; 2 Coríntios 6:17-18)”. (por Dennis Allan. Dispinível em:https://www.estudosdabiblia.net/bd13_01.htm. Acesso em: 16 Jul, 2018)
2. A inspeção clínica. Em sua peregrinação à Terra Prometida, os israelitas não contavam com médicos e sanitaristas. Era um luxo restrito aos egípcios (Gn 50.2). Por isso, Deus encarrega os sacerdotes de inspecionar a saúde pública de Israel. Sempre que alguém apresentava algum dos sintomas da lepra deveria encaminhar-se ao sumo sacerdote para ser examinado (Lv 13.1-37). De acordo com o diagnóstico, o paciente era declarado limpo ou impuro. Se constatada a doença, o enfermo era imediatamente separado da comunidade para evitar uma epidemia (Lv 13.46). (LB CPAD, 3º Trim 2018, Lição 4, 22 Jul 18)
A Lei não podia curar, mas instruía como proceder em caso de lepra. De acordo com a Lei, uma pessoa leprosa era considerada imunda: “Disse o Senhor a Moisés e a Arão: O homem que tiver na sua pele inchação (inchaço), ou pústula (erupção), ou mancha lustrosa (mancha brilhante), e isto nela se tornar como praga de lepra, será levado a Arão, o sacerdote, ou a um de seus filhos, sacerdotes. O sacerdote lhe examinará a praga na pele; se o pêlo na praga se tornou branco, e a praga parecer mais funda do que a pele da sua carne, é praga de lepra; o sacerdote o examinará e o declarará imundo” (Lv 13.1-3). O diagnóstico era confiado ao sacerdote. Os critérios usados para o diagnóstico da doença eram: inchaço (ou algum tipo de tumoração), pústula e erupção, onde os pêlos se tornaram brancos e a parte afetada aparecia mais afundada que o resto da pele (Lv 13.1-3); caso não se fizesse o diagnóstico de imediato, um novo exame era feito após isolamento de sete dias. Caso houvesse dúvidas ainda, outro exame era feito sete dias depois. Mas a anestesia [supressão da sensação térmica, ou seja, a capacidade de diferenciar entre o frio e o calor, e diminuição da sensação de dor no local, assim como a diminuição da sudorese sobre a mancha, em alguns casos] não é mencionada, nem o espessamento dos nervos superficiais, que são pontos essenciais para o diagnóstico da doença, de modo que a avaliação sacerdotal necessariamente envolvia certo grau de imprecisão.
3. A limitação do sacerdote. Cabia aos sacerdotes inspecionar e diagnosticar os leprosos. Era uma função mais preventiva que curativa. O próprio Senhor Jesus reconheceu a perícia do sacerdote no diagnóstico da doença (Lc 5.14). Quanto à sua cura, só um milagre divino poderia limpar completamente um leproso (2 Rs 5.9-14; Mt 8.1-3). Hoje, apesar dos avanços da medicina, a lepra, modernamente conhecida como Hanseníase, ainda é uma enfermidade assustadora. Entretanto, já não há mais a necessidade de isolar os indivíduos, pois há tratamentos efetivos que curam os portadores da doença. (LB CPAD, 3º Trim 2018, Lição 4, 22 Jul 18)
Como disse acima, a lepra descrita no Antigo Testamento não era apenas a atual hanseníase, mas se refere a diversos problemas de pele, bem como de fungos em roupas, utensílios e paredes. A própria palavra “lepra” em hebraico (tzaraat), significa “sofrer doença de pele, ficar leproso”. Esta palavra originou outro termo que é tsara´at que por seu turno significa “doença maligna de pele, lepra”. A hanseníase hoje tem cura e já não é como a lepra no Antigo Testamento, uma doença terrível e incurável. (Leia aqui sobre cura da hanseníase). O comentarista declara: “O próprio Senhor Jesus reconheceu a perícia do sacerdoteno diagnóstico da doença (Lc 5.14)”. Na verdade, ao ordenar ao leproso para se apresentar ao sacerdote e fazer a oferta prescrita na lei, Jesus não está reconhecendo nada, mas ele quis mostrar mais uma vez sua submissão à Palavra de Deus. Ao obedecer o que Jesus ordenou, no final do processo que o sacerdote iria realizar, o leproso seria declarado purificado e finalmente restaurado a seu lugar na comunhão com seu povo. Com isso Jesus revela sua preocupação para que a honra e glória sejam atribuídas a Deus.
TÓPICO II - FUNÇÕES SANITARISTAS
Devido aos povos que a habitavam, Canaã tornou-se doentia e contagiosa (Lv 14.34). Até suas casas e vestes eram tomadas por uma espécie de lepra. Para preservar a saúde dos hebreus, Deus instruiu os sacerdotes a atuarem também como sanitaristas.
1. A função sanitarista do sacerdote. O sanitarista é um especialista em saúde pública; sua função é basicamente preventiva. Manter a cidade livre dos focos de doenças e infecções é o seu trabalho prioritário. Nesse sentido, cabia aos sacerdotes inspecionar as casas e roupas em Israel (Lv 14.34-57). (LB CPAD, 3º Trim 2018, Lição 4, 22 Jul 18)
“Hoje sabemos que muitas doenças são devidas a bactérias que se multiplicam rapidamente sob condições favoráveis de escuridão e de umidade. Antes de os homens saberem disso, Deus já tinha providenciado leis higiênicas que preservariam os obedientes destas pragas” (Bíblia Shedd).
“Essas leis foram dadas para saúde e proteção do povo. Elas ajudavam os israelitas a evitar doenças que eram sérias ameaças naquele tempo e lugar. Apesar deles não entenderem as razões médicas para algumas dessas leis, sua obediência a elas os fariam mais saudáveis. Muitas das leis de Deus podiam parecer estranhas aos israelitas. Essas leis, contudo, os ajudavam a evitar não somente contaminação física, mas também contaminação moral e espiritual. A Palavra de Deus provê um padrão para um viver físico, espiritual e mortal saudáveis. Podemos não entender sempre a sabedoria das leis de Deus, mas se as obedecermos, nós iremos prosperar. (Life Application Study Bible).”
2. A lepra na casa. A lepra numa casa tinha início com o aparecimento de manchas verdes e avermelhadas, que, via de regra, pareciam mais fundas que a superfície das paredes (Lv 14.37). Sempre que isso ocorria, o proprietário era instruído a recorrer ao sacerdote, que, após examinar o imóvel, ordenava o seu despejo para que a praga não se espalhasse por toda a propriedade (Lv 14.36). Em seguida, a casa era interditada por sete dias (Lv 14.38). Caso a praga não cedesse, as pedras contaminadas eram retiradas e as paredes todas eram raspadas. Em último caso, o sacerdote tinha autoridade para ordenar a demolição do imóvel (Lv 14.45). Para evitar que a lepra contaminasse outras propriedades, todo o entulho era jogado fora da cidade. (LB CPAD, 3º Trim 2018, Lição 4, 22 Jul 18)
“A lepra que invade uma casa pode simbolizar o pecado que, querendo tornar conta de uma igreja, que é comparada a uma casa em Ef 2.19-22, e cujos membros são as pedras, 1 Pe 2.5. A primeira coisa a ser feita é remover os móveis, v. 36, que simbolizam todos os hábitos, costumes, cerimônias, e tradições que não têm fundamento na Palavra de Deus. Depois, procuram-se os sinais de corrupção e de podridão, 37; estes se reconhecem logo, seja na prática, na doutrina, seja no culto, pelo contágio que produzem, 39. Procede-se então à remoção das pedras contaminadas, 40 (a excomunhão individual conforme 1 Co 5.1-5). Se depois disto não há cura nem arrependimento, só resta a eliminação da casa, 45 (a rejeição da igreja, Ap 2.5 e 3.16)”. (Disponível em: https://bibliotecabiblica.blogspot.com/2016/05/levitico-14-explicacao-das-escrituras.html. Acesso em: 17 Jul, 2018)
“nos vs.33-42 as regulamentações sobre uma casa infectada. Encontramos nestes versos o procedimento que se deveria ter em relação a uma casa infectada pela lepra, isto é, pelo mofo, bolor ou até pelo caruncho. Vale a pena detalharmos essa secção para percebermos suas designações:
1)Cf. o v.34, essas regulamentações seriam válidas principalmente para a época em que Israel habitasse em casas, na Palestina.
2)Ainda cf. o v.34 é necessário um esclarecimento. Essa frase: “e, eu enviar a praga da lepra a alguma casa da terra da vossa possessão...” deve ser bem entendida. Alguém, diante dessas palavras, pode entender que Deus é a fonte imediata de todas as coisas boas ou ruins que nos sobrevém, como p.ex. a lepra. Mas, ao invés de chegarmos a esta conclusão: 1)temos que lembrar que a Bíblia descreve a vontade permissiva de Deus para nós como ato de Deus, cf. Êx 15.26; 1Sm 2.6;Pv 3.33; Is 45.7; 2)temos que lembrar que muitos males são conseqüência da desobediência do ser humano, cf. Gl 6.7-8 e 1Pe 4.14-16; e, 3)temos que lembrar quer muitos males não tem qualquer relação com o mal ou o bem que tenhamos praticado, como vemos o caso do cego em Jo 9.1-3. Portanto, não devemos entender que Deus mandaria a praga sobre alguma casa, mas, se isso acontecesse então vem as regulamentações...
3)Cf. o v.35 o morador da casa é que tinha a responsabilidade de avisar ao sacerdote que tinha suspeita quem sua casa estava contaminada pelo bolor ou mofo.
4)Cf. o 36. o sacerdote deveria pedir que se desocupassem a casa para que ele pudesse examiná-la corretamente e para que os móveis não ficassem contaminados.
5)Depois de um exame acurado, se perceber contaminação, o sacerdote fecharia a casa por sete dias, cf. os vs. 37-38.
6)Cf. os vs. 39-40 Depois de novo exame, constatando que a casa estava contaminada era necessário a retirada das pedras quem apresentavam o bolor ou o mofo e jogassem essas pedras num lugar imundo, fora do arraial.
7)Nos vs. 41-42 as instruções continuam mostrando que, depois da retirada das pedras a casa deveria ser raspada por dentro e até o pó que resultasse dessa raspagem deveria ser jogado fora longe do arraial. E finalmente, com novas pedras limpas se reconstruiria a casa dando também o acabamento.
Querido amigo, todo esse procedimento certamente tinha caráter higiênico, mas também simbolizava a pureza que deveria ter o povo cujo Deus é Santo. Hoje sabemos que em lugares úmidos e escuros a propagação de bactérias que causam bolor ou mofo é facilitada, portanto, preservando a saúde do povo, mas incutindo a necessidade da santidade em suas mentes, Deus deu essas regulamentações...
Mas o texto prossegue nesse mesmo assunto...” (Através da Bíblia - Levítico 14. Disponível em: http://ccrcbdmpn.blogspot.com/2014/07/atraves-da-biblia-levitico-14.html. Acesso em: 17 Jul, 2018)
3. A lepra nas vestes. As vestes também estavam sujeitas à lepra. Nesse caso específico, tratavam-se de mofos e fungos igualmente nocivos à saúde (Lv 13.47-50). De imediato, a roupa deveria ser levada ao sacerdote (Lv 13.51). Se a praga se mostrasse resistente, o vestuário deveria ser queimado, a fim de se evitar a propagação de doenças (Lv 13.52). Deus advertiu solenemente aos israelitas a se guardarem da praga da lepra, pois a doença abria a porta para outras enfermidades e moléstias (Dt 24.8). Por isso, a lepra tornou-se um dos símbolos mais fortes do pecado (Is 1.6). (LB CPAD, 3º Trim 2018, Lição 4, 22 Jul 18)
Sendo que as vestimentas são tecidos, e não um organismo vivo, a remoção da parte afetada deveria pôr fim à praga. Havia uma semelhança à lepra no fato de existir a mudança de cores nas manchas, para o verde ou para o vermelho, o que provavelmente era devido à atuação de cogumelos. A limpeza e a higiene exigiam que a praga fosse interrompida e removida. Alguns acham que este trecho se refere ao bolor, ao mofo ou à mangra.
Um leproso usava roupas de luto e devia agir como se a morte já o tivesse vencido. Rasgar as roupas era um sinal costumeiro de calamidade e profunda tristeza (Jó 1.20; 2.12; Mt 26.65). O leproso deveria morar sozinho, e sob nenhuma circunstância poderia entrar na cidade. ele dependia da caridade alheia para viver. “Com o desenvolvimento posterior das sinagogas, foram admitidos ao culto num lugar à parte. Entravam no local de culto antes dos demais adoradores, e saíam depois que a congregação deixava o recinto”. (Bíblia Shedd.)
TÓPICO III - FUNÇÕES JURÍDICAS
O livro de Levítico apresenta várias disposições jurídicas, a fim de proteger a família, a propriedade privada e, principalmente, a vida humana. Nesse sentido, o sacerdote atuava também como juiz.
1. Proteção da família. Com o objetivo de manter a pureza e a legitimidade no relacionamento familiar, o Senhor, por intermédio de Moisés, proíbe aos israelitas: o sacrifício infantil (Lv 20.2); relações incestuosas (Lv 18.6-9); o abuso sexual doméstico (Lv 18.10); a exposição das filhas à prostituição (Lv 19.29); a homossexualidade e a bestialidade (Lv 18.22,23). Os filhos de Israel, como adoradores do Deus Único e Verdadeiro, eram obrigados a honrar seus pais e a preservar-lhes a autoridade (Lv 19.3; 20.9). Nesse sentido, os sacerdotes atuavam como reguladores da família israelita. (LB CPAD, 3º Trim 2018, Lição 4, 22 Jul 18)
Essas leis eram cerimoniais e éticas; as últimas são baseadas nos Dez Mandamentos. A santidade e a perfeição de Deus formam a base para se exigir a justiça da parte de todos aqueles que Lhe pertencem. Jesus disse que deveríamos ser perfeitos, como o é nosso Pai Celestial (Mt 5.48).
“Na leitura de hoje, vemos Deus chamando a atenção de volta aos Dez Mandamentos, bem como expondo e re-enfatizando várias leis. O tema dos primeiros quatro mandamentos pode ser resumido no verso 2, “Santidade ao Senhor”, enquanto o tema dos últimos 6 pode ser resumido no versículo 18, “Honra ao próximo.” No entanto, é interessante que os primeiros mandamentos enfatizados nesta linha de lembretes de Êxodo 20 são uma combinação de “honra aos pais ” e ”honra ao sábado“. Infelizmente, nós, como povo de Deus (tanto nos tempos antigos quanto nos atuais) temos a tendência de esquecer de onde viemos e a quem devemos adorar. E assim, Deus está constantemente trazendo os nossos pensamentos de volta para estes dois pontos importantes. “Lembre-se de onde você veio e respeite seus pais. Mas também além de se lembrar deles, lembre-se de Mim, seu Pai celestial! Eu criei você. Você veio de mim! Sua adoração e lealdade pertencem somente a mim, pois eu sou o Senhor vosso Deus”. (Melodious Echo Mason. Disponível em http://revivedbyhisword.org/en/bible/lev/19/. Acesso em: 17 Jul, 2018)
2. Proteção da propriedade privada. A propriedade privada, em Israel, era sagrada; uma dádiva de Deus ao seu povo (Êx 3.7,8; 1 Rs 21.3). Por esse motivo, os israelitas deveriam tratar suas casas e campos de maneira amorosa e responsável (Lv 19.9). As colheitas deveriam ser feitas de maneira a atender à carência dos mais pobres (Lv 23.22). Sendo, pois, a terra propriedade do Senhor, não poderia ser explorada de maneira irresponsável e contrária à natureza (Lv 25.3,4). Do texto sagrado, depreendemos que o sacerdote tinha por obrigação supervisionar o uso sustentável da terra. (LB CPAD, 3º Trim 2018, Lição 4, 22 Jul 18)
“Ao Senhor pertence a terra e tudo o que nela se contém, o mundo e os que nele habitam” (Sl 42.1). O Antigo Testamento fala muito sobre a propriedade privada. Em relação à afirmação acima de que todos os bens pertencem ao Senhor, a Escritura diz:
Êxodo 19: 5 declara que "toda a terra é minha".
Êxodo 9:29: "a terra é do Senhor".
Levítico 25:23: "a terra é minha". Deus é o proprietário final, mas delegou os cuidados aos que portam sua imagem. Ele os chamou para dominar ou governar tudo o que fez (Gn 1: 26-28). Ele preserva cuidadosamente os direitos dos indivíduos de manter e usar suas terras e propriedades.
Dois dos Dez Mandamentos, "Não roubarás" e "Não cobiçarás", implicam propriedade privada (Êx. 20:15-17). Roubar envolve tomar algo que é de outra pessoa. Cobiçar envolve desejar o que é de outro. Minimamente, a proibição de roubar significa que é errado tomar a propriedade de outra pessoa sem sua permissão. Esta proibição é sublinhada tanto no Antigo como no Novo Testamento.
As proibições divinas contra os marcadores de fronteiras móveis ocorrem cinco vezes ao longo do Antigo Testamento.
Deuteronômio 19:14 diz: "Não mudes o limite do teu próximo, que estabeleceram os antigos na tua herança."
Esta injunção é repetida em Deuteronômio 27:17: "Maldito aquele que remover os limites do seu próximo".
Provérbios 22:28 diz: "Não removas os antigos limites que teus pais fizeram."
Provérbios 23:10 adverte, "Não removas os limites antigos nem entres nos campos dos órfãos"
Em uma lista dos que fazem o mal, Jó 24: 2 inclui: "Até os limites removem; roubam os rebanhos, e os apascentam."
Em 1 Reis 21, a história da repreensão do profeta Elias de Acabe e Jezabel pelo assassinato de Nabote e sua aquisição de sua vinha é uma clássica história bíblica de roubo. Elias pronunciou severo julgamento sobre Acabe e Jezabel por esta ação perversa. (Art Lindsley)
3. Proteção da vida. Também cabia ao sacerdote inspecionar a edificação das casas (Dt 22.8); a criação de animais (Êx 21.36); a preservação da mulher grávida e do filho que ela trazia no ventre (Êx 21.22). Enfim, a vida nas Escrituras é sagrada; um dom do Criador de todas as coisas (Nm 16.22). Por isso, o Senhor determina no Sexto Mandamento: “Não matarás” (Êx 20.13). Mencionemos ainda as cidades de refúgio, que, administradas pelos levitas, serviam para acolher o que, sem o querer, matava o seu próximo (Nm 35.10-15). (LB CPAD, 3º Trim 2018, Lição 4, 22 Jul 18)
A Bíblia começa com o Deus vivo criando coisas vivas. Todas as coisas são dele, por ele e para ele (Romanos 11.36). Tudo na vida deve sua existência a ele. Ele anima todas as coisas. Em resumo, ele é o Deus da vida, um Deus que é vivo e que gera coisas vivas. Mesmo quando o diabo tentou frustrar o seu espetáculo vivo, introduzindo a morte – espiritual e física –, Deus a sobrepujou por meio de Jesus. Nele estava a vida (João 1.4) e essa vida era como o alvorecer de um novo dia trazendo luz para todos os homens e dissipando as trevas do maligno (1 João 2.8). Em Jesus e por sua poderosa ressurreição à vida, Deus está soprando nova vida num mundo tenebroso e caído (2 Coríntios 5.17). Tudo isso está por trás das duas palavras e seis consoantes do texto hebraico de Êxodo 20.13. Ele foi redigido de forma tão simples quanto em nossa Bíblia em português e com notável brevidade: “Não matarás”. Das três palavras hebraicas usadas na Escritura Sagrada para descrever a perda da vida, a que está em Êxodo 20.13 é a mais raramente usada e é muito mais específica. Normalmente, embora nem sempre, é usada em referência ao que chamamos “homicídio”. Homicídio não é meramente o ato de tirar a vida de alguém, mas de tirar a vida de alguém injustamente. Isso, é claro, significa que nem todo ato de matar é proibido. Há casos como a legítima defesa, a guerra justa, a pena de morte e outros, nos quais tirar uma vida não é apenas permitido, mas exigido. (Rev. Brian Tallman é pastor da New Life Presbyterian Church (PCA) em La Mesa, Califórnia, EUA.)
CONCLUSÃO
A aliança do Senhor com a tribo de Levi era firme e bem conhecida de todo o Israel. Eis por que seus descendentes deveriam ser o mais alto referencial da nação no que tange à Palavra de Deus, à instrução e à administração da justiça (Ml 2.4-7). Se o Senhor exigiu excelência e correção dos levitas, no Antigo Testamento, como devemos nós agir no âmbito do Testamento Novo? Que o nosso culto seja marcado pelo amor a Deus e ao próximo. Sejamos, pois, uma fiel referência em todas as coisas. (LB CPAD, 3º Trim 2018, Lição 4, 22 Jul 18)
Embora tivessem a responsabilidade de serem o referencial de santidade e serviço ao Senhor para a nação, foram, principalmente, os sacerdotes, os culpados pela situação de apostasia em Israel. A advertência de Deus é promulgada em termos da aliança (Ml 2.1). Sete características de um fiel mensageiro de Deus: 1) Possui a vida e paz do Senhor (5a); 2) Teme ao Senhor (5b); 3) Tem a palavra de Deus sempre nos seus lábios (6a); 4) O que fala não está contaminado com o pecado (6b); 5) Anda com o Senhor (6c); 6) Conduz os pecadores para fora do pecado, para a santidade (6d); 7 Prepara-se e procura a instrução do Senhor para poder instruir o seu rebanho (cf. 1 Tm 3.2; 2 Tm 2.14, 15).
“Achando-se as tuas palavras, logo as comi, e a tua palavra foi para mim o gozo e alegria do meu coração; porque pelo teu nome sou chamado, ó Senhor Deus dos Exércitos”. (Jeremias 15.16), Francisco Barbosa, Campina Grande-PB, Julho de 2018.
PARA REFLETIR
A respeito de “A Função Social dos Sacerdotes”, responda:
1) Quais as atribuições dos sacerdotes quanto ao relacionamento social dos israelitas?
Conduzir o povo na Lei de Deus, a fim de torná-lo propício ao Senhor que exige, de cada um de seus filhos, santidade, pureza e distinção.
2) Qual a função clínica dos sacerdotes?
Cabia aos sacerdotes inspecionar e diagnosticar os leprosos. Era uma função mais preventiva que curativa.
3) Descreva a função sanitarista dos sacerdotes.
Sua função é basicamente preventiva. Manter a cidade livre dos focos de doenças e infecções é o seu trabalho prioritário. Nesse sentido, cabia aos sacerdotes inspecionar as casas e roupas em Israel.
4) Como os israelitas deveriam tratar a propriedade privada?
A propriedade privada, em Israel, era sagrada; uma dádiva de Deus ao seu povo (Êx 3.7,8; 1 Rs 21.3). Por esse motivo, os israelitas deveriam tratar suas casas e campos de maneira amorosa e responsável (Lv 19.9). As colheitas deveriam ser feitas de maneira a atender à carência dos mais pobres (Lv 23.22). Sendo, pois, a terra propriedade do Senhor, não poderia ser explorada de maneira irresponsável e contrária à natureza (Lv 25.3,4). Do texto sagrado, depreendemos que o sacerdote tinha por obrigação supervisionar o uso sustentável da terra.
5) Que qualidades deveriam ter os sacerdotes de acordo com o profeta Malaquias?
Os seus descendentes deveriam ser o mais alto referencial da nação no que tange à Palavra de Deus, à instrução e à administração da justiça (Ml 2.4-7). (LB CPAD, 3º Trim 2018, Lição 4, 22 Jul 18)
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