Lição 01- O Verbo que se tornou em carne | 2° Trimestre de 2025 | ADULTOS

TEXTO ÁUREO “E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do Unigênito do Pai, cheio de graça e de verdad...

COMENTARIO EXTRA

Comentário de Hubner Braz


📖 João 1:14 – Texto Áureo

E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do Unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade.
(João 1.14 - ARA)


🔍 Análise das Palavras em Grego

1. “Verbo” – λόγος (lógos)

  • Raiz: λέγω (légō) – “dizer”, “falar”, “proclamar”.
  • Lógos era um termo muito usado tanto na filosofia grega (como razão, princípio racional do universo), quanto no pensamento hebraico (como a Palavra ativa de Deus que cria e sustenta todas as coisas – cf. Gn 1.1, Sl 33.6).
  • Em João, o Lógos é uma Pessoa divina que existia "no princípio com Deus" (Jo 1.1), e agora se encarna.

✨ Teologicamente, João apresenta o Lógos não como uma ideia abstrata, mas como Jesus Cristo, Deus em forma humana, Aquele que revela o Pai.


2. “Se fez carne” – σὰρξ ἐγένετο (sarx egeneto)

  • σὰρξ (sarx): carne, humanidade, natureza humana física e limitada.
  • ἐγένετο (egeneto): tornou-se, veio a ser (forma de γίνομαι, “tornar-se”).
  • Não diz apenas que assumiu aparência de carne, mas se tornou verdadeiramente humano.

🛐 Doutrina da encarnação: Jesus, o Filho eterno, assume plena humanidade sem deixar de ser Deus (cf. Fp 2.6-8). Isso é essencial para a salvação, pois Ele veio redimir o homem em sua condição caída.


3. “Habitou entre nós” – ἐσκήνωσεν ἐν ἡμῖν (eskēnōsen en hēmin)

  • ἐσκήνωσεν vem de σκηνόω (skēnóō): montar tenda, habitar em tabernáculo.
  • Evoca o Tabernáculo no deserto (Êx 25.8), onde Deus “habitou” entre o povo.

🔥 João está dizendo que Jesus é o novo Tabernáculo, a presença visível de Deus habitando com os homens (cf. Êx 40.34-35; Ap 21.3).


4. “E vimos a sua glória” – ἐθεασάμεθα τὴν δόξαν αὐτοῦ (etheasámetha tēn dóxan autoû)

  • ἐθεασάμεθα: contemplar com os olhos, ver com percepção espiritual.
  • δόξα (dóxa): glória, majestade divina, brilho.
  • A glória que era vista no Monte Sinai e no Templo agora é revelada em Cristo (cf. Hb 1.3).

🙌 João, como testemunha ocular (cf. 1 Jo 1.1), afirma que essa glória foi visível na vida, obras, morte e ressurreição de Cristo – especialmente no amor e na verdade que Ele revelou.


5. “Como a glória do Unigênito do Pai” – ὡς μονογενοῦς παρὰ πατρός (hōs monogenous para patros)

  • μονογενοῦς (monogenēs): único do seu tipo, unigênito, singular.
  • Refere-se à relação única entre o Filho e o Pai. Jesus não é criado, mas é o Filho eterno, gerado, não feito (cf. Jo 3.16; Cl 1.15-17).
  • παρὰ πατρός: vindo da parte do Pai.

📜 Aponta para a eternidade e divindade de Jesus, distinto mas da mesma essência do Pai (cf. Jo 10.30).


6. “Cheio de graça e de verdade” – πλήρης χάριτος καὶ ἀληθείας (plērēs cháritos kai alētheías)

  • πλήρης (plērēs): cheio, completo.
  • χάρις (cháris): graça, favor imerecido.
  • ἀλήθεια (alētheia): verdade, realidade, fidelidade.
  • Reflete o caráter revelado de Deus no Antigo Testamento: "abundante em graça e verdade" (cf. Êx 34.6).

❤️ Cristo manifesta a plenitude do caráter de Deus – Ele oferece graça para os pecadores e revela a verdade sobre Deus e a salvação.


📚 Contexto Bíblico e Teológico

João 1 é um dos textos mais teológicos das Escrituras. O versículo 14 é o clímax da introdução (prólogo), onde João mostra que o Verbo eterno:

  1. Estava com Deus e era Deus (Jo 1.1),
  2. Criou todas as coisas (Jo 1.3),
  3. Tornou-se carne e entrou na história humana (Jo 1.14).

Esse versículo expressa a base da cristologia joanina: Jesus é Deus encarnado, pleno em divindade e humanidade. Essa encarnação é essencial para o Evangelho, pois:

  • Revela quem Deus é (Jo 1.18),
  • Torna possível a salvação (Jo 1.12-13),
  • Manifesta a glória de Deus de forma visível e acessível.


✝️ Aplicação Espiritual

  • A encarnação é o maior ato de amor de Deus: Ele entrou no nosso mundo, compartilhou nossa dor e nos ofereceu salvação.
  • Cristo, sendo cheio de graça, nos convida a receber essa graça pela fé (Jo 1.16).
  • E sendo cheio de verdade, nos confronta com a realidade sobre Deus, o pecado e a salvação.

COMENTARIO EXTRA

Comentário de Hubner Braz


📝 Comentários Teológicos sobre João 1:14

📘 CPAD – Bíblia de Estudo Pentecostal

“João 1.14 expressa o mistério central do Evangelho: Deus se fez carne. O Verbo eterno assumiu a natureza humana sem perder sua divindade. Isso é fundamental para a doutrina da salvação. Ele tabernaculou entre nós — referência direta à presença de Deus no Tabernáculo do AT (Êx 25.8). Jesus é agora o lugar onde Deus se encontra com o homem. A glória que os discípulos viram era a do único Filho de Deus, repleta de graça (favor imerecido) e verdade (fidelidade).”

💡 Ênfase pentecostal: Cristo habitando entre nós indica também a promessa do Espírito Santo habitando no crente após a sua ascensão (Jo 14.16-17).


📗 Matthew Henry (Comentário Bíblico Completo)

“O grande milagre do Evangelho é que o Verbo eterno se fez carne. Ele não apenas assumiu a forma de homem, mas tornou-se verdadeiramente humano, sujeito à dor, fome, sede, tristeza e morte. Esse versículo é uma das mais gloriosas declarações do cristianismo: Deus conosco! A glória de Cristo foi vista não apenas nos milagres, mas em sua santidade, amor, sabedoria e submissão ao Pai.”

🌟 “Cheio de graça e verdade”: Henry destaca que Jesus é a fonte de toda graça salvadora e a revelação mais fiel da verdade divina.


📕 Warren Wiersbe – Comentário Expositivo NT

“João 1.14 é o coração da fé cristã. Jesus não veio como uma ilusão, ou espírito, mas como homem verdadeiro. O termo ‘habitou entre nós’ significa literalmente ‘armou sua tenda’ entre os homens — indicando que Deus veio viver no meio de Seu povo, como no deserto. A glória de Deus, que antes habitava no Santo dos Santos, agora está presente em Cristo.”

✝️ Aplicação de Wiersbe: “Porque Cristo habitou entre nós, podemos conhecer a Deus, confiar em sua graça e seguir a sua verdade. Tudo o que precisamos está nEle.”


📙 Comentário Bíblico Beacon (CPAD)

“Ao dizer que ‘o Verbo se fez carne’, João combate diretamente as heresias do gnosticismo, que negavam a encarnação literal. João afirma que Jesus era completamente humano e completamente divino. A expressão ‘cheio de graça e de verdade’ ecoa o caráter revelado de Deus em Êxodo 34.6, mostrando que Jesus é a plena manifestação do Deus do pacto.”

📖 O Beacon ainda afirma: “Ver a glória de Cristo é ver o próprio caráter do Pai. Ele é o ‘Unigênito’ – não no sentido de criado, mas de gerado eternamente, único em sua relação com o Pai.”


🧠 Síntese Teológica e Doutrinária

  • Cristologia: João 1.14 sustenta a doutrina da união hipostática – Jesus é 100% Deus e 100% homem em uma única pessoa.
  • Encarnacionalidade: Jesus é o novo tabernáculo – a presença divina entre os homens.
  • Graça e Verdade: Representam o caráter moral e salvífico de Deus revelado em Jesus.
  • Glória visível: Não apenas uma luz, mas a manifestação do amor, justiça, santidade e poder divino.


🙏 Aplicação Devocional

  • Você não está sozinho – Deus veio habitar com os homens, e por meio de Jesus, Ele deseja habitar em você.
  • A verdade sobre Deus está revelada – não em teorias ou religiões, mas em uma Pessoa: Jesus Cristo.
  • A graça está disponível – cheia, abundante e suficiente para perdoar, restaurar e salvar.

Segunda – Gn 3.15 O Verbo como a semente da mulher
Terça – Fp 2.5 Adotando o mesmo sentimento do Verbo divino
Quarta – Fp 2.6 O Verbo existe gloriosamente em forma de Deus
Quinta – Fp 2.7 O Verbo eterno tomou a forma humana e temporal
Sexta – Is 7.14 O Verbo é o nosso “Emanuel: Deus Conosco”
Sábado – Fp 2.8 O Verbo tornou-se semelhante aos homens

COMENTARIO EXTRA

Comentário de Hubner Braz


📖 Segunda – Gênesis 3.15

“E porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua semente e a sua semente; esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar.”

📝 Comentário:

Este é o protoevangelho – a primeira promessa messiânica da Bíblia. A “semente da mulher” aponta profeticamente para Cristo, o Verbo encarnado, que viria para destruir a obra do diabo (1 Jo 3.8).

  • 🌱 Raiz hebraica de “semente” (זרע – zeraʿ): refere-se à descendência. A ênfase na mulher, não no homem, aponta para o nascimento virginal de Cristo.
  • ✝️ Cristo, a “semente”, seria ferido (cruz), mas esmagaria a cabeça da serpente (vitória definitiva).


📖 Terça – Filipenses 2.5

“De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus.”

📝 Comentário:

Este versículo nos chama à imitatio Christi — a imitação de Cristo. O Verbo eterno não se apegou a sua glória, mas se esvaziou por amor.

  • 🧠 “Sentimento” (gr. phroneō) significa mente, atitude, disposição interior.
  • 💡 Jesus demonstra humildade, obediência e serviço — virtudes que devem moldar o caráter cristão.


📖 Quarta – Filipenses 2.6

“Que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus.”

📝 Comentário:

Este versículo reafirma a divindade preexistente do Verbo. Ele “existia” (gr. hyparchō) eternamente em “forma de Deus” (gr. morphē theou).

  • 🕊️ “Forma” (morphē) implica essência, natureza divina — Jesus não apenas parecia Deus, Ele é Deus.
  • 🔥 Ele não se apegou egoisticamente à Sua glória, mas a entregou por amor à humanidade.


📖 Quinta – Filipenses 2.7

“Mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens.”

📝 Comentário:

Aqui vemos a kenosis – o esvaziamento voluntário do Verbo. Ele não deixou de ser Deus, mas abriu mão de seus direitos e prerrogativas divinas.

  • 🏹 “Esvaziou-se” (gr. ekenōsen) — abdicar, renunciar por amor.
  • 👤 Ele assumiu a forma (morphē) de servo (gr. doulos) — expressão máxima de humildade.
  • ⚠️ A encarnação não foi perda, mas uma missão redentora.


📖 Sexta – Isaías 7.14

“Portanto o Senhor mesmo vos dará um sinal: eis que a virgem conceberá, e dará à luz um filho, e chamará o seu nome Emanuel.”

📝 Comentário:

Esta é a profecia messiânica que se cumpre em Mateus 1.23. Emanuel (עִמָּנוּאֵל – ʿImmanuʾel) significa “Deus conosco”.

  • 🕊️ A palavra “virgem” (heb. almah) indica uma jovem que nunca teve relações sexuais — Maria.
  • 🪔 Jesus é o cumprimento perfeito: Deus habitando com o homem (Jo 1.14), reconciliando o céu com a terra.


📖 Sábado – Filipenses 2.8

“E, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de cruz.”

📝 Comentário:

Aqui está o ápice da humildade do Verbo. Ele não apenas se fez homem, mas aceitou a morte mais vergonhosa — a da cruz.

  • ⚔️ “Humilhou-se” (gr. tapeinoō) — rebaixar-se voluntariamente.
  • ✝️ A “morte de cruz” era considerada maldição (Dt 21.23), mas nela Jesus se fez maldição por nós (Gl 3.13).


📚 Síntese Doutrinária da Leitura Diária

Doutrina Cristológica

Versículo

Ênfase

Profecia Messiânica

Gênesis 3.15

A semente prometida

Imitação de Cristo

Fp 2.5

Sentimento e atitude

Preexistência Divina

Fp 2.6

Cristo é Deus

Encarnação

Fp 2.7

Kenosis – esvaziamento

Encarnação Profética

Isaías 7.14

Emanuel – Deus Conosco

Obediência e Morte

Fp 2.8

Humilhação e redenção


Hinos Sugeridos: 25, 124, 481 da Harpa Cristã

João 1.1-14
1 – No princípio, era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus.
2 – Ele estava no princípio com Deus.
3 – Todas as coisas foram feitas por Ele, e sem Ele nada do que foi feito se fez.
4 – Nele, estava a vida e a vida era a luz dos homens.
5 – E a luz resplandece nas trevas, e as trevas não a compreenderam.
6 – Houve um homem enviado de Deus, cujo nome era João.
7 – Este veio para testemunho para que testificasse da luz, para que todos cressem por ele.
8 – Não era ele a luz, mas veio para que testificasse da luz.
9 – Ali estava a luz verdadeira, que alumia a todo homem que vem ao mundo,
10 – a Estava no mundo, e o mundo foi feito por ele e o mundo não o conheceu.
11 – Veio para o que era seu, e os seus não o receberam.
12 – Mas a todos quantos o receberam deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus: aos que crêem no seu nome,
13 – Os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do varão, mas de Deus.
14 – E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do Unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade.

COMENTARIO EXTRA

Comentário de Hubner Braz


📖 João 1.1 – “No princípio, era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus.”

  • “No princípio” (gr. en archē): ecoa Gênesis 1.1, indicando eternidade, não um começo temporal.
  • “Verbo” (gr. Logos): conceito que une filosofia grega e teologia hebraica. No grego, Logos era a razão divina que governa o universo; no hebraico, a Dabar (palavra) é o poder criador e revelador de Deus.
  • “Estava com Deus” (gr. pros ton theon): indica comunhão íntima e pessoal, não mera proximidade.
  • “O Verbo era Deus” (gr. kai theos ēn ho logos): afirmação clara da divindade do Logos. Não diz que o Logos era o Pai, mas que Ele partilha da mesma natureza divina.

🔥 Doutrina: A eternidade, divindade e individualidade do Filho (pré-existente e consubstancial com o Pai).


📖 João 1.2 – “Ele estava no princípio com Deus.”

  • Reafirma a preexistência pessoal do Verbo. Ele não foi criado; sempre existiu com o Pai.

📖 João 1.3 – “Todas as coisas foram feitas por Ele, e sem Ele nada do que foi feito se fez.”

  • “Feitas” (gr. egeneto): criação a partir do nada (ex nihilo).
  • O Verbo é o Agente da criação. Ver também Colossenses 1.16–17 e Hebreus 1.2.

✝️ Cristo é o Criador, não uma criatura.


📖 João 1.4 – “Nele, estava a vida, e a vida era a luz dos homens.”

  • “Vida” (gr. zōē): refere-se à vida divina, espiritual e eterna.
  • “Luz” (gr. phōs): símbolo da revelação, pureza, direção e salvação (Sl 119.105; Jo 8.12).

💡 Jesus é a fonte da vida e da luz espiritual da humanidade.


📖 João 1.5 – “E a luz resplandece nas trevas, e as trevas não a compreenderam.”

  • “Compreenderam” (gr. katelaben): pode significar “não apreenderam” (entendimento espiritual) ou “não dominaram” (resistência ao evangelho). Ambas se aplicam.
  • O conflito entre luz e trevas é uma marca do Evangelho de João (cf. 3.19-21).

📖 João 1.6 – “Houve um homem enviado de Deus, cujo nome era João.”

  • João Batista é introduzido como testemunha da luz, não a luz em si.
  • O verbo “enviado” (gr. apestalmenos) tem raiz em apostellō – “enviar com uma missão”, origem da palavra “apóstolo”.

📖 João 1.7 – “Este veio para testemunho, para que testificasse da luz, para que todos cressem por ele.”

  • João veio para dar testemunho (martyreō): termo legal e espiritual.
  • Seu ministério visava levar as pessoas à fé no Verbo, não em si mesmo.

📖 João 1.8 – “Não era ele a luz, mas veio para que testificasse da luz.”

  • João rejeita qualquer glória indevida. Ele aponta exclusivamente para o Cristo (cf. Jo 3.30).

📖 João 1.9 – “Ali estava a luz verdadeira, que alumia a todo homem que vem ao mundo.”

  • “Luz verdadeira” (gr. to phōs to alēthinon): genuína, não derivada, a fonte original da revelação.
  • “Alumia” (gr. phōtizei) sugere a iluminação oferecida a todos, embora nem todos a recebam (Jo 3.19).

📖 João 1.10 – “Estava no mundo, e o mundo foi feito por ele, e o mundo não o conheceu.”

  • “Conheceu” (gr. egnō): conhecimento relacional, não apenas intelectual.
  • O Criador entra em Sua criação, mas é rejeitado por ela.

📖 João 1.11 – “Veio para o que era seu, e os seus não o receberam.”

  • “O que era seu” (gr. ta idia) – seus domínios, sua criação, sua herança.
  • “Os seus” (gr. hoi idioi) – seu povo, Israel.

💔 Tragicamente, Israel rejeitou o Messias prometido (Is 53.3).


📖 João 1.12 – “Mas a todos quantos o receberam deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus: aos que crêem no seu nome.”

  • “Receberam” (gr. elabon): acolher com fé e submissão.
  • “Poder” (gr. exousia): autoridade, direito legal.
  • Ser “filho de Deus” é um ato sobrenatural de regeneração, não resultado de linhagem natural.

📖 João 1.13 – “Os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do varão, mas de Deus.”

  • O novo nascimento não vem de descendência natural, paixão humana ou decisão humana isolada — mas é obra divina (ek Theou).

✝️ Novo nascimento é regeneração espiritual operada por Deus (cf. Jo 3.3-6; Tt 3.5).


📖 João 1.14 – “E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do Unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade.”

  • “Se fez carne” (gr. sarx egeneto): expressão forte da encarnação real, não simbólica.
  • “Habitou” (gr. eskēnōsen): “armou sua tenda”; remete à presença de Deus no tabernáculo (Êx 25.8).
  • “Glória” (gr. doxa): a manifestação visível da presença divina.
  • “Unigênito” (gr. monogenēs): único de sua espécie; exclusivo, não criado.
  • “Graça e verdade” (gr. charis kai alētheia): atributos da revelação plena de Deus (cf. Êx 34.6).

🪔 Aqui vemos a plenitude da revelação divina em Jesus Cristo: Deus encarnado, presente, cheio de amor e fidelidade.


📚 Conclusão Teológica:

  • João 1.1-14 é a chave cristológica do Novo Testamento.
  • Apresenta Jesus como:
    • Deus eterno (v.1)
    • Criador (v.3)
    • Fonte da vida e luz (v.4)
    • Rejeitado pelo mundo (v.10-11)
    • Doadores de nova vida (v.12-13)
    • Deus encarnado (v.14)


1- INTRODUÇÃO
Neste trimestre, estudaremos o Evangelho de João. Entre outros tópicos, discutiremos a divindade de Jesus, a obra transformadora do Espírito Santo, os milagres realizados pelo Mestre, crucificação, morte e ressurreição do Senhor. Em nossa primeira lição, realizaremos um estudo introdutório sobre este Evangelho, analisando sua estrutura e objetivos. Para nos apoiar neste estudo, teremos como referência os comentários do pastor Elienai Cabral. Ele atua como Consultor Doutrinário e Teológico da CGADB e da CPAD, e além de conferencista, ele é autor com várias obras editadas pela editora.
2- APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
A) Objetivos da Lição:
I) Apresentar as informações introdutórias sobre o Evangelho de João;
II) Revelar o Senhor Jesus como o Verbo de Deus;
II) Explicar, tanto doutrinariamente como biblicamente, a manifestação do Verbo.
B) Motivação: A expressão “O Verbo que se tornou em carne” alude diretamente ao versículo 14 de João 1. Nesse texto, João descreve nosso Senhor como o verbo divino que assumiu a forma humana. Trata-se da ligação entre o espiritual (o divino) e o material (o humano). O Nosso Salvador assumiu a natureza humana com o objetivo de redimir os pecadores. Essa é a mensagem central que o evangelista transmite em seu Evangelho.
C) Sugestão de Método: O Evangelho de João é um texto do Novo Testamento rico em doutrinas e teologia. Por isso, é fundamental que, através de bons Comentários Bíblicos, você analise o contexto histórico deste Evangelho e também examine, por meio de uma Teologia Sistemática com enfoque pentecostal, a relevante doutrina da encarnação, na Cristologia. Além disso, planeje uma atividade que permita aos alunos refletirem sobre como a encarnação de Jesus se aplica às suas vidas.


3- CONCLUSÃO DA LIÇÃO
A) Aplicação: Ao explorarmos a doutrina da Encarnação do Verbo, devemos imediatamente relacionar esse princípio à manifestação da Palavra de Deus na vida humana. Assim como o verbo divino entrou na história para oferecer salvação ao homem pecador, a Palavra de Deus se revela nas nossas vidas para nos transformar por completo.
4- SUBSÍDIO AO PROFESSOR
A) Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas Adultos. Na edição 101, p.36, você encontrará um subsídio especial para esta lição.
B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará auxílios que darão suporte na preparação de sua aula:
1) O texto “Milagres que confirmam a Divindade de Jesus”, localizado depois do primeiro tópico, aprofunda o objetivo do Evangelho de João ao apresentar Jesus como o Filho de Deus;
2) No final do segundo tópico, o texto “o Verbo” estabelece uma correlação entre a compreensão do termo nas tradições judaica e grega.

DINAMICA EXTRA

Comentário de Hubner Braz


🔎 Dinâmica: “A Palavra que Anda Entre Nós”

Objetivo: Demonstrar de forma prática o que significa “o Verbo se fez carne e habitou entre nós” (Jo 1.14), revelando como Jesus, a Palavra Viva, veio até nós com propósito de se relacionar conosco.


Materiais:

  • Uma Bíblia (ou um papel com João 1.14 escrito)
  • Uma caixa ou envelope decorado com a palavra “LOGOS”
  • Cadeiras em círculo (ou em sala de aula)

Como Fazer:

  1. Introdução: O professor segura a caixa com a palavra “LOGOS” (Palavra, Verbo) e pergunta à turma:
    “Se a Palavra de Deus tivesse pernas e pudesse andar entre nós, o que ela faria? Como ela agiria? Como reagiríamos se a Bíblia ganhasse vida?”
  2. Ação: Escolha uma pessoa da turma para representar Jesus, o Verbo. Ela deve andar entre os alunos segurando a caixa “LOGOS” (ou a Bíblia). Enquanto isso, o professor lê lentamente João 1.1-14, destacando o verso 14:
    “E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós…”
  3. Reflexão em grupo: Após a leitura e o “Verbo” andar entre todos, pergunte:
    • O que significa o Verbo habitar entre nós?
    • Como seria nossa vida se vivêssemos conscientes de que a Palavra está viva e presente todos os dias?
    • Qual a diferença entre apenas ler a Palavra e conhecer Aquele que é a Palavra?

Aplicação Teológica:

Esta dinâmica ajuda a turma a entender que Jesus não é apenas um ensinamento escrito, mas a própria Palavra Viva de Deus encarnada em forma humana. Ele não ficou distante. Ele veio, se aproximou, viveu entre nós, revelou o Pai e abriu caminho para sermos filhos de Deus (Jo 1.12).

COMENTARIO EXTRA

Comentário de Hubner Braz


Neste trimestre, estudaremos o profundo e inspirador Evangelho de João, considerado por muitos estudiosos como o mais teológico dos quatro Evangelhos. Escrito pelo apóstolo João — o discípulo amado — esse Evangelho tem como foco principal a revelação da identidade divina de Jesus Cristo, o Verbo eterno que se fez carne (Jo 1.14), e Seu ministério que culmina na cruz, na ressurreição e na glorificação.


Enquanto os Evangelhos sinóticos (Mateus, Marcos e Lucas) enfatizam a dimensão histórica e cronológica do ministério terreno de Jesus, João destaca o aspecto espiritual, eterno e celestial de Cristo. Seu prólogo (Jo 1.1–18) é uma das passagens mais sublimes e profundas de toda a Escritura, e tem sido chamado por teólogos como Leon Morris de "o mais grandioso de todos os começos", comparável à abertura de Gênesis.


João escreve com um propósito claro e apologético: demonstrar que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e que, crendo n’Ele, o homem possa ter vida eterna (Jo 20.31). Essa verdade é o fundamento da fé cristã e o cerne da revelação de Deus ao mundo.


"No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus" (Jo 1.1) — essa afirmação não apenas estabelece a pré-existência de Cristo, mas também Sua coeternidade e consubstancialidade com o Pai.


🔑 Palavra-Chave: Encarnação

A palavra-chave "Encarnação" descreve o evento singular e sobrenatural em que o Filho eterno de Deus assumiu natureza humana, tornando-se plenamente homem sem deixar de ser plenamente Deus.

🔍 Análise Etimológica e Bíblica

  • A palavra “encarnação” vem do latim incarnatio, derivada de in (em) + caro, carnis (carne).
  • No grego bíblico, o termo que aparece em João 1.14 é:
    καὶ ὁ λόγος σὰρξ ἐγένετο (kai ho lógos sárx egéneto)
    Tradução: “E o Verbo se fez carne”
  • O termo σὰρξ (sárx), “carne”, denota a natureza humana completa e não apenas o corpo físico — inclui todas as fraquezas e limitações da existência humana, porém sem pecado (cf. Hb 4.15).
  • O termo λόγος (lógos), traduzido como “Verbo” ou “Palavra”, carrega um rico significado. Na filosofia grega, lógos era a razão divina que governa o universo. No Antigo Testamento (em hebraico דָּבָר — dābār), a Palavra de Deus é ativa, criadora e reveladora (cf. Gn 1; Sl 33.6; Is 55.11). João, ao usar lógos, une essas tradições e mostra que Jesus é a Palavra viva e eterna que revela Deus ao mundo.

📚 Opiniões Acadêmicas Cristãs

  • Leon Morris, em O Evangelho Segundo João (Edições Vida Nova), afirma que João 1.14 é o clímax do prólogo, e que a encarnação é a chave para entender toda a obra de Cristo. Ele escreve:
    "O Verbo eterno de Deus não apenas apareceu em forma humana — Ele tornou-se um de nós, plenamente participante da nossa humanidade."
  • D. A. Carson, em The Gospel According to John (PNTC), ressalta que a palavra egéneto (“tornou-se”) indica uma mudança real de estado, não apenas uma aparência ou manifestação temporária. Carson enfatiza que essa doutrina repele o docetismo, heresia que negava a verdadeira humanidade de Jesus.
  • F. F. Bruce, em The Gospel of John (Eerdmans), observa que João, ao afirmar que o Verbo “habitava entre nós” (gr. ἐσκήνωσεν — eskēnōsen), usa uma linguagem que remete ao tabernáculo do Antigo Testamento:
    “Assim como a glória de Deus habitava no tabernáculo (Êx 40.34), agora a glória de Deus habita entre os homens por meio de Jesus Cristo.”

✝️ Aplicação Espiritual

A doutrina da Encarnação é o fundamento da redenção humana. Se Jesus não fosse plenamente Deus, Ele não poderia revelar o Pai. Se não fosse plenamente homem, não poderia morrer por nós. Como ensina Paulo em 1Tm 2.5:

“Porque há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo, homem.”

A Encarnação também nos ensina o caminho da humildade. Filipenses 2.5-8 mostra que o próprio Cristo esvaziou-se de Sua glória, assumindo a forma de servo. Devemos, portanto, seguir esse mesmo exemplo, vivendo com humildade, serviço e amor.


🙏 Conclusão

Estudar o Evangelho de João é uma jornada para conhecer quem é Jesus verdadeiramente: o Deus eterno que veio habitar entre nós. Que neste trimestre sejamos não apenas informados, mas transformados pela contemplação da Sua glória — cheia de graça e de verdade.

COMENTARIO EXTRA

Comentário de Hubner Braz


O Evangelho segundo João é tradicionalmente atribuído ao apóstolo João, filho de Zebedeu e irmão de Tiago (Mc 3.17), um dos doze discípulos de Jesus e conhecido como “o discípulo a quem Jesus amava” (Jo 13.23; 19.26; 21.7,20). A identificação do autor com esse discípulo é afirmada em João 21.24:

"Este é o discípulo que testifica destas coisas, e as escreveu; e sabemos que o seu testemunho é verdadeiro."

Essa atribuição é também confirmada pelos Pais da Igreja, como Irineu de Lião, que, escrevendo no final do século II, afirma que João escreveu seu Evangelho enquanto estava em Éfeso (cf. Contra as Heresias, 3.1.1).

📜 Data e Contexto

A maioria dos estudiosos contemporâneos acredita que o Evangelho foi escrito entre os anos 80 e 95 d.C., possivelmente após a destruição de Jerusalém (70 d.C.). Isso explicaria a maturidade teológica da obra e o seu caráter reflexivo e apologético.
Segundo Andreas Köstenberger, em The Theology of John’s Gospel and Letters (Zondervan), o Evangelho foi redigido em um contexto de crescimento do gnosticismo incipiente e ruptura entre os cristãos e o judaísmo tradicional, o que pode explicar as ênfases teológicas como a preexistência do Verbo, a encarnação, e o antagonismo entre luz e trevas.


📘 Ênfase na Divindade de Cristo

A estrutura do Evangelho de João é cuidadosamente desenvolvida para testemunhar que Jesus é o Filho de Deus, como expressamente declarado em João 20.31:

"Estes, porém, foram escritos para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome."

A doutrina da divindade de Cristo é o ponto central do quarto Evangelho. João inicia seu livro de forma única:

"No princípio era o Verbo (λόγος), e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus." (Jo 1.1)

Este versículo revela a pré-existência eterna do Verbo (lógos) e sua consciência pessoal e identidade divina. Como aponta Leon Morris, em O Evangelho Segundo João (Edições Vida Nova):

"João afirma desde o início que Jesus não é uma mera criatura, mas Aquele por meio de quem todas as coisas foram criadas e que é Deus em essência."

F. F. Bruce, em The Gospel of John, observa que João evita usar a palavra “Jesus” nos versículos iniciais para primeiro enfatizar a majestade eterna e celestial do Verbo, preparando o leitor para a chocante realidade do versículo 14:

“E o Verbo se fez carne...”


🕊️ Teologia e Terminologia

Termos como “Verbo Divino” (gr. Logos) e “a Palavra que se fez carne” (Jo 1.14) são centrais na teologia joanina. João une conceitos do pensamento hebraico — onde a Palavra (dābār) de Deus é criativa e reveladora — com elementos do pensamento helenístico, onde o lógos era entendido como a razão divina ou princípio ordenador do universo.

Segundo D. A. Carson, em The Gospel According to John (PNTC), João não apenas adapta essas ideias, mas as redefine cristologicamente:

“O Logos de João é uma Pessoa divina, distinta do Pai e plenamente Deus, que entra na história humana em carne e osso para revelar o Pai e cumprir a redenção.”


🎯 Aplicação Teológica

A doutrina da divindade e encarnação do Verbo é fundamental para a fé cristã. Negá-la é comprometer tanto a revelação de Deus ao homem quanto a eficácia da salvação. O Cristo apresentado por João não é um profeta comum, mas o Deus eterno que assume nossa humanidade para nos redimir. Isso estabelece um fundamento firme para a nossa fé, adoração e esperança.

Como afirma Agostinho, citado por João Calvino:

“Ele se fez o que nós somos, para que nos tornássemos o que Ele é.”

COMENTARIO EXTRA

Comentário de Hubner Braz


O propósito central do Evangelho de João está declarado com clareza em João 20.31:

“Estes, porém, foram escritos para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome.”

🔍 Análise Teológica e Bíblica

Este versículo funciona como uma chave hermenêutica para todo o Evangelho. João escreve com intenção evangelística e apologética: deseja levar seus leitores à fé em Jesus como o Messias (Χριστός, Christós) e como o Filho de Deus (υἱὸς τοῦ θεοῦ, hyiós tou theoú) — títulos que carregam profunda carga teológica tanto no judaísmo quanto na cristologia do Novo Testamento.

O título “Cristo” remonta à palavra hebraica מָשִׁיחַ (māshîaḥ) — “Ungido” — e refere-se à promessa do Redentor messiânico no Antigo Testamento. Já “Filho de Deus” destaca a natureza divina singular de Jesus, distinta de qualquer messianismo político ou terreno. Segundo Leon Morris, em O Evangelho Segundo João (Vida Nova):

“João não está apenas apresentando uma biografia de Jesus, mas convidando seus leitores a um encontro com o Deus encarnado, oferecendo-lhes vida eterna.”

📚 Opiniões de estudiosos acadêmicos

Andreas Köstenberger, em The Theology of John's Gospel and Letters (Zondervan), argumenta que João organiza seu Evangelho em torno de sinais (σημεῖα, semeía) — milagres que têm a função de revelar a identidade de Jesus como o Messias — e discursos revelatórios, em que Jesus apresenta a si mesmo com expressões como “Eu sou” (egō eimi), mostrando sua divindade e missão redentora.

Para F. F. Bruce, em The Gospel of John:

“O objetivo de João é levar os leitores além da mera informação: ele deseja gerar fé, uma fé que conduz à vida eterna. Cada milagre, cada declaração de Jesus, é um apelo à fé no Salvador.”

✝️ O Prólogo e a Encarnação

O prólogo (Jo 1.1-14) é, como afirmam diversos estudiosos, uma das mais elevadas declarações cristológicas das Escrituras. Nele, João apresenta Jesus como o Logos eterno (λόγος), aquele que estava com Deus e era Deus. Esse Logos “se fez carne” (gr. σὰρξ ἐγένετο, sárx egéneto), uma afirmação poderosa da encarnação real de Deus.

Craig Keener, em seu Commentary on the Gospel of John, ressalta:

“O prólogo apresenta uma teologia da revelação: Jesus é a expressão máxima de Deus, a sua Palavra encarnada. João posiciona desde o início que fé em Jesus é fé no Deus eterno que entrou na história.”

A ideia de que o Logos “habitou entre nós” (gr. ἐσκήνωσεν, eskēnōsen) evoca a imagem do Tabernáculo (hebraico שָׁכַן, shākan), o lugar onde Deus habitava no meio de Israel. Assim, Jesus é o novo Tabernáculo, a presença de Deus entre o seu povo, como afirma D. A. Carson, em The Gospel According to John:

“A encarnação é o ponto central da revelação. O Deus que se fazia conhecer por meio da Lei e dos profetas agora se faz plenamente conhecido na Pessoa de Jesus Cristo.”


🎯 Aplicação Doutrinária

O propósito joanino transcende o ensino moral ou histórico. Ele deseja levar cada leitor a reconhecer Jesus como o único caminho à vida eterna (Jo 14.6). A fé no “Filho de Deus” é a resposta salvífica ao Verbo que se fez carne. Isso estabelece as bases da cristologia ortodoxa, combatendo heresias antigas (como o docetismo e o arianismo) e também as modernas tentativas de reduzir Jesus a um mero mestre moral.

COMENTARIO EXTRA

Comentário de Hubner Braz


O Evangelho de João é um dos pilares do Novo Testamento no tocante à cristologia — ou seja, ao estudo sobre a pessoa e a obra de Jesus Cristo. João enfatiza de maneira singular que Jesus é tanto Deus quanto homem, reafirmando o mistério da união hipostática: uma só pessoa com duas naturezas — divina e humana — sem confusão ou divisão.

🔍 A Divindade de Jesus

O prólogo (João 1.1-3,14) já estabelece a base da divindade eterna de Cristo:

“No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus” (Jo 1.1).

A expressão “era Deus” no grego é θεὸς ἦν ὁ λόγος (theòs ēn ho lógos). Como ressalta o estudioso Leon Morris, essa frase não é uma identificação direta (como se dissesse que o Logos é o mesmo que o Pai), mas sim uma qualificação de natureza — o Logos compartilha da essência divina, embora seja uma pessoa distinta do Pai.

Além disso, em João 10.30, Jesus declara:

“Eu e o Pai somos um”.

No original: ἐγὼ καὶ ὁ πατὴρ ἕν ἐσμεν (egṓ kaì ho patḗr hén esmèn). O verbo no plural indica unidade de essência, não identidade pessoal. Aqui, João combate qualquer noção que negue a plena divindade de Cristo.

🔍 A Humanidade de Jesus

Apesar de ser plenamente Deus, o Evangelho de João não negligencia a humanidade de Cristo. Em João 8.40, Jesus declara:

“Mas agora procurais matar-me, a mim, homem que vos tem dito a verdade que de Deus ouvi...”

A palavra usada aqui é ἄνθρωπος (ánthrōpos) — termo comum grego para “ser humano”. Essa confissão de Jesus sobre si mesmo como “homem” é crucial para a teologia da encarnação. Ele não assumiu apenas “aparência humana” (como afirmava o docetismo, uma heresia do século II), mas tornou-se verdadeiramente humano, com corpo, mente, sentimentos e sofrimento reais (Jo 11.35, Jo 19.28).

João 9.11 também reforça isso ao relatar que Jesus curou um cego de nascença com saliva e barro — um gesto físico e humano —, testemunhado pelo ex-cego:

“Respondeu ele, e disse: O homem, chamado Jesus, fez lodo, untou-me os olhos...”

Essa referência a Jesus como “o homem chamado Jesus” também sustenta a visão joanina de que a encarnação foi concreta e visível (cf. 1Jo 1.1-2).

✝️ A Morte Expiatória

A humanidade de Jesus é essencial para sua obra redentora. Como afirma Hebreus 2.14 (em harmonia com a teologia joanina):

“Visto, pois, que os filhos têm participação comum de carne e sangue, também ele, semelhantemente, participou das mesmas coisas...”

João apresenta a morte de Jesus como um sacrifício voluntário e substitutivo:

“E eu dou a minha vida pelas ovelhas” (Jo 10.15).

“E, quando eu for levantado da terra, atrairei todos a mim” (Jo 12.32).

Aqui, João apresenta a cruz não como tragédia, mas como glorificação de Cristo (Jo 13.31), onde se revela o amor divino e a vitória sobre o pecado.

📚 Apoio Acadêmico

D. A. Carson, em The Gospel According to John, observa:

“O evangelho joanino, mais que qualquer outro, articula a tensão entre a plena divindade e plena humanidade de Jesus, convidando o leitor a adorá-lo como Deus e a segui-lo como homem.”

Andreas Köstenberger também destaca em The Theology of John’s Gospel and Letters:

“A encarnação de Jesus é a base da revelação de Deus e da redenção do homem. A teologia de João não se limita ao conceito abstrato do Logos, mas aponta para um Verbo que sofre, ama e se entrega.”

🧠 Implicações Doutrinárias

A doutrina da dupla natureza de Cristo é central para o Cristianismo. Conforme definido no Concílio de Calcedônia (451 d.C.), Jesus é:

“Perfeito em divindade e perfeito em humanidade, verdadeiro Deus e verdadeiro homem, consubstancial com o Pai quanto à divindade e consubstancial conosco quanto à humanidade.”

João, embora escrito séculos antes do Concílio, antecipa essa formulação, sendo um dos textos mais importantes para a teologia da encarnação.


✍️ Conclusão

O Evangelho de João é um testemunho vívido do mistério e da beleza da Encarnação: o Deus eterno que se fez carne. A divindade e humanidade de Cristo não são meros conceitos teológicos, mas fundamentos para a salvação. O Cristo de João é o Deus que se aproxima, que sofre conosco, e que nos convida a crer para ter vida em seu nome (Jo 20.31).

MILAGRES QUE CONFIRMAM A DIVINDADE DE JESUS
“João, a testemunha ocular, escolheu oito dos milagres de Jesus (ou sinais e prodígios, como o escritor os chama), para revelar a natureza humana e divina e a missão vivificante dEle. Esses sinais são:
(1) a transformação da água em vinho (2.1-11);
(2) a cura do filho de um oficial do rei (4.46-54);
(3) a cura do homem coxo no Tanque de Betesda (5.1-9);
(4) a alimentação de mais de cinco mil pessoas pela multiplicação de
alguns pães e peixes (6.1-14);
(5) a caminhada de Jesus sobre as águas (6.15-21);
(6) a restauração da vista de um homem cego (9.1-41);
(7) a ressurreição de Lázaro (11.1-44); e
(8) uma surpreendente pesca, presente do Cristo ressurreto para os
discípulos (21.1-14). […] O sinal mais importante do poder e da deidade de Jesus é a ressurreição; e João, como testemunha ocular do túmulo vazio, forneceu um
relato palpitante é surpreendente e registrou várias ocasiões em que Jesus se manifestou após sua ressurreição. João, o devoto seguidor de Cristo, pintou um fiel retrato do poderoso Senhor, o eterno Filho de Deus. Ao ler a história nesse Evangelho, comprometa-se a crer em Jesus e a segui-lo”
(Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 2022, p.1410).

COMENTARIO EXTRA

Comentário de Hubner Braz


A Revelação que Ultrapassa o Passado

O Evangelho de João inicia com uma das mais sublimes declarações teológicas das Escrituras:

“No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus” (João 1.1).

🔤 Análise do Texto Grego

No original grego, lemos:

"Ἐν ἀρχῇ ἦν ὁ λόγος, καὶ ὁ λόγος ἦν πρὸς τὸν Θεόν, καὶ Θεὸς ἦν ὁ λόγος."
(En archē ēn ho Lógos, kai ho Lógos ēn pros ton Theón, kai Theós ēn ho Lógos.)

Este versículo é teologicamente denso e cada termo carrega um peso imensurável:

  • Ἐν ἀρχῇ (En archē) – “No princípio”, uma clara alusão a Gênesis 1.1, estabelecendo uma ligação deliberada entre a criação e o Logos. João, assim, transporta o leitor para antes da criação do tempo e do espaço, apontando para a pré-existência eterna do Logos.
  • ὁ λόγος (ho Lógos) – “o Verbo” ou “a Palavra”, remete à sabedoria divina ativa e criadora. A palavra λόγος tem raízes no pensamento hebraico (דָּבָר dabar, "palavra", "ato poderoso de Deus") e grego (logos como “razão”, “princípio racional do universo”). João une essas tradições e afirma: o Logos não é uma força impessoal, mas uma pessoa divina.
  • πρὸς τὸν Θεόν (pros ton Theón) – “com Deus”, indica relação íntima e distinta, não mera coexistência. O termo pros sugere uma comunhão pessoal e ativa, conforme observa o teólogo F. F. Bruce:
    “O Logos estava voltado para Deus, em comunhão constante e face a face com Ele” (Bruce, The Gospel of John, p. 29).
  • Θεὸς ἦν ὁ λόγος (Theós ēn ho Lógos) – “O Verbo era Deus”. Aqui, o sujeito (ho Lógos) está definido, e “Theós” (Deus) vem sem artigo, enfatizando a essência divina do Verbo, e não identidade absoluta com o Pai. Como ensina Leon Morris:
    “João não diz que o Verbo era ‘o Deus’, mas que o Verbo era da mesma natureza de Deus.” (Morris, The Gospel According to John, p. 77)

🕊️ Cristologia Alta e Pré-Existência

João apresenta uma “cristologia alta”, isto é, uma visão elevada da natureza de Cristo. Antes de qualquer coisa existir, Jesus já existia eternamente com o Pai. Isso refuta heresias antigas como o arianismo, que dizia que o Filho foi criado por Deus.

O teólogo Andreas Köstenberger observa que João 1.1:

“...estabelece Jesus como o agente da criação e como a revelação última de Deus, superior à Torá e aos profetas.”
(The Theology of John’s Gospel and Letters, p. 196)

📚 Conexão com o Antigo Testamento

A estrutura de João 1.1 ecoa Gênesis 1.1:

“No princípio, criou Deus os céus e a terra”.

Assim, João não apenas fala de um novo começo, mas de uma nova criação em Cristo. O Logos é o mesmo por meio do qual Deus criou todas as coisas (Jo 1.3; cf. Gn 1.3, “Disse Deus: Haja luz”).

Como afirma Craig Keener:

“João identifica o Verbo como Aquele que falou no início da criação. Essa revelação ultrapassa o passado porque revela a plena face de Deus ao mundo.”
(The Gospel of John: A Commentary, vol. 1, p. 264)

🕯️ Revelação Progressiva

João mostra que a revelação em Cristo ultrapassa o passado em profundidade e clareza. Hebreus 1.1-2 faz eco dessa verdade:

“Havendo Deus antigamente falado muitas vezes... aos pais pelos profetas, a nós falou nestes últimos dias pelo Filho...”

A revelação de Deus através do Logos é pessoal, encarnada e definitiva.

✍️ Aplicação Doutrinária

  • A pré-existência de Cristo garante a sua autoridade eterna sobre todas as coisas;
  • A divindade do Verbo é essencial para a doutrina da Trindade: um só Deus, eternamente subsistente em três pessoas;
  • A revelação plena de Deus em Jesus convida o crente a um relacionamento íntimo e transformador com o próprio Deus.

📌 Conclusão

João 1.1 não apenas inaugura o seu Evangelho, mas inaugura uma nova era na revelação de Deus ao homem. Jesus, o Logos eterno, é anterior ao tempo, é um com Deus, e é Deus. Esta revelação é mais do que teológica: é profundamente pastoral. O Deus eterno se fez próximo. O Verbo transcende o passado e se manifesta no presente para nos trazer vida eterna.

COMENTARIO EXTRA

Comentário de Hubner Braz


A natureza do Verbo (gr. Logos) é essencialmente eterna, divina e imutável. O apóstolo João não apresenta Jesus como alguém que começou a existir em Belém, mas como o Deus eterno que entrou na história humana. Em João 1.1 e Apocalipse 1.8, João sustenta uma cristologia de alta exaltação, afirmando que o Logos compartilha da mesma essência (gr. ousía) do Pai.

📜 ANÁLISE DO TEXTO BÍBLICO

"No princípio era o Verbo..." (Jo 1.1)
"...o Alfa e o Ômega, o Princípio e o Fim, diz o Senhor, que é, que era e que há de vir, o Todo-Poderoso." (Ap 1.8)

João estabelece que o Verbo é eterno, ou seja, não teve início no tempo. A expressão "no princípio" (gr. ἐν ἀρχῇ, en archē), como vimos antes, aponta para a preexistência absoluta do Verbo. Essa mesma realidade é reafirmada em Apocalipse, onde Cristo é descrito como "o Alfa e o Ômega" – a primeira e a última letra do alfabeto grego –, símbolo da totalidade da existência e soberania divina.

O teólogo D. A. Carson escreve:

“João começa seu Evangelho com uma afirmação de que Jesus não foi meramente um homem divino, mas o próprio Deus, coexistente com o Pai desde toda a eternidade.”
(The Gospel According to John, p. 114)

A linguagem de Apocalipse 1.8 amplia essa compreensão ao associar o Logos à autoexistência divina:

  • "que é" – Presente eterno (Êx 3.14 – “Eu Sou o que Sou”);
  • "que era" – Preexistência absoluta;
  • "que há de vir" – Futuro escatológico e Senhorio final.

🧠 RAIZ GREGRA DO "VERBO" – LOGOS (λόγος)

A palavra λόγος foi cuidadosamente escolhida por João. No pensamento hebraico, a palavra (dabar, דָּבָר) era o agente criador e revelador de Deus (cf. Sl 33.6; Is 55.11). No pensamento grego, logos indicava a razão ordenadora do cosmos, como na filosofia estoica.

João ressignifica ambas ideias e declara que o Logos é uma Pessoa divina que:

  • cria (Jo 1.3),
  • revela (Jo 1.18),
  • salva (Jo 1.12),
  • e se encarna (Jo 1.14).

Como observa o estudioso Craig Keener:

“João se apropria do conceito do Logos como ponte entre Deus e o mundo, mas o redefine em termos cristãos: o Logos não é uma abstração, mas Jesus, o Deus encarnado.”
(The Gospel of John: A Commentary, vol. 1, p. 272)

🙏 DIVINDADE E ADORAÇÃO DE JESUS

A adoração dirigida a Jesus no Novo Testamento confirma sua divindade compartilhada com o Pai. Em João 20.28, Tomé declara: "Senhor meu e Deus meu!", e Jesus não repreende essa adoração — pelo contrário, Ele a aceita.

No texto de Apocalipse 1.8, a expressão "Todo-Poderoso" (gr. Pantokratōr, Παντοκράτωρ) era um título reservado exclusivamente a YHWH no Antigo Testamento (cf. Is 9.6; Jr 32.17). Ao aplicá-la a Jesus, João afirma que Ele possui a plenitude do ser divino.

O renomado teólogo Wayne Grudem destaca:

“A encarnação não foi a criação de uma nova pessoa, mas a união da natureza divina do Filho eterno com uma natureza humana. Jesus sempre foi Deus e, desde a encarnação, passou a ser também plenamente homem.”
(Teologia Sistemática, p. 536)

🕊️ IMPLICAÇÕES DOUTRINÁRIAS

  • A eternidade do Verbo confirma que Jesus não é criatura, mas Criador (Jo 1.3).
  • O Logos é o agente supremo da revelação divina, plenamente Deus, plenamente homem, o único mediador entre Deus e os homens (1Tm 2.5).
  • Sua adoração é legítima porque Ele compartilha da glória do Pai desde antes da fundação do mundo (Jo 17.5).
  • Ao dizer que o Verbo habitou entre nós (Jo 1.14), João usa o termo "σκηνόω" (skenóō) – literalmente, “armou tenda entre nós” –, ecoando a presença de Deus no Tabernáculo, agora revelada em Cristo.

📌 CONCLUSÃO

A natureza fundamental do Verbo revela a majestade da fé cristã: Deus não ficou distante, Ele veio até nós. O mesmo Verbo que criou o universo agora caminha conosco, fala conosco e nos chama à adoração e comunhão eterna com Ele.

COMENTARIO EXTRA

Comentário de Hubner Braz


A frase inaugural do Evangelho de João – “No princípio era o Verbo” – é uma das declarações mais ricas e teologicamente profundas das Escrituras. Ela estabelece não apenas a preexistência de Cristo, mas também sua divindade eterna, sua relação com Deus Pai e sua mediação revelacional como Logos.

📜 ANÁLISE TEXTUAL

O texto grego de João 1.1 é:

Ἐν ἀρχῇ ἦν ὁ λόγος, καὶ ὁ λόγος ἦν πρὸς τὸν θεόν, καὶ θεὸς ἦν ὁ λόγος.
(“No princípio era o Logos, e o Logos estava com Deus, e o Logos era Deus.”)

Três afirmações são feitas:

  1. O Logos existia desde o princípio (ἦν – imperfeito de “ser”, indicando existência contínua).
  2. O Logos estava com Deus (πρὸς τὸν θεόν – implicando distinção pessoal, mas comunhão íntima).
  3. O Logos era Deus (θεὸς ἦν ὁ λόγος – a ordem das palavras evita confusão entre o Logos e o Pai, mas afirma sua mesma natureza).

📚 O CONCEITO DE LOGOS – HISTÓRICO E TEOLÓGICO

O termo Logos (λόγος) é vasto e multifacetado:

  • No pensamento hebraico, como já citado, “palavra” (dabar, דָּבָר) representa o poder criador e ativo de Deus (Gn 1; Sl 33.6; Is 55.11). A palavra de Deus é viva, eficaz e nunca volta vazia.
  • No pensamento grego, especialmente em Heráclito, Platão e os estoicos, logos era o princípio racional que organiza o cosmos – a "razão universal". Filon de Alexandria (um judeu helenista do século I) também usou logos para descrever o intermediário entre Deus transcendente e o mundo material.

João, no entanto, transcende ambos os conceitos: o Logos é uma Pessoa, e essa Pessoa é o Filho eterno de Deus, que se fez carne (Jo 1.14).

O teólogo Leon Morris comenta:

“João não está meramente adotando uma terminologia filosófica para parecer sofisticado. Ele está apresentando o Logos como Aquele que é eterno, pessoal e divino. A revelação de Deus não é mais apenas por palavras ou eventos, mas por meio de uma Pessoa.”
(The Gospel According to John, p. 67)

🧠 RAIZ GREGRA – λόγος (logos)

  • Etimologicamente, logos vem do verbo λέγω – “dizer, falar, expressar”.
  • Pode significar “palavra, discurso, razão, expressão, lógica”.
  • Em João, o logos é a plena autoexpressão de Deus, tanto no ato da criação (Jo 1.3) quanto na redenção (Jo 1.12,14,17).

D. A. Carson salienta:

“Para João, o Logos não é um conceito impessoal ou intermediário angelical, mas o Filho eterno, distinto do Pai e no entanto compartilhando da Sua essência. Ele é a revelação suprema de Deus.”
(The Gospel According to John, p. 117)

🔍 JESUS COMO A EXPRESSÃO DA DIVINDADE

João declara que Jesus é a Palavra de Deus feita carne (Jo 1.14). Isso quer dizer que em Jesus vemos, ouvimos e tocamos a revelação máxima de Deus (cf. 1Jo 1.1-3; Hb 1.1-3).

  • Jesus fala as palavras de Deus (Jo 8.26,28).
  • Ele faz as obras de Deus (Jo 5.17-19).
  • Ele é a imagem do Deus invisível (Cl 1.15).
  • Ele é o esplendor da glória de Deus (Hb 1.3).

Wayne Grudem afirma:

“O fato de o Filho de Deus ser chamado de ‘Palavra’ sugere que, por meio dEle, Deus se comunica conosco. A encarnação do Verbo é a culminação de toda a revelação divina.”
(Teologia Sistemática, p. 229)

🙏 IMPLICAÇÕES DOUTRINÁRIAS

  • Crer que Jesus é o Logos é crer que Deus não é mudo, mas fala e Se revela plenamente em Cristo.
  • A fé cristã não se baseia apenas em conceitos ou leis, mas na pessoa viva de Jesus, que é a Palavra viva de Deus.
  • Isso significa que toda tentativa de conhecer a Deus fora de Cristo está incompleta e errada, pois Ele é o caminho, a verdade e a vida (Jo 14.6).

📌 CONCLUSÃO

A declaração “No princípio era o Verbo” não é apenas uma introdução poética: é uma afirmação teológica robusta de que Jesus é Deus eterno, revelado, pessoal e encarnado. Ele é a expressão visível do Deus invisível e o centro de toda a fé cristã. Crer no Logos é entrar em comunhão com o próprio Deus.

O VERBO
“O que João quis dizer com “o Verbo”? O termo grego logos, traduzido para o português como “verbo”, foi bastante empregado por teólogos e filósofos, tanto judeus como gregos, mas com significados diferentes. Nas Escrituras Hebraicas, o Verbo é o Agente da criação (Sl 33.6), a Palavra, a mensagem de Deus para o seu povo por intermédio dos profetas (Os 4.1), e a lei de Deus, seu padrão de santidade (Sl 119.11). Enquanto na filosofia grega, o logos significa o princípio da razão que governa o mundo, o pensamento; na cultura hebraica, é outra forma de referir-se a Deus. Assim, a descrição de Jesus como o Verbo feita por João indica claramente que ele se refere a um ser humano que conheceu e amou, mas ao mesmo tempo o Criador do universo, a suprema revelação de Deus, a Deidade encarnada (1.14), o retrato vivo da santidade de Deus, o único em que tudo subsiste (Cl 1.17). Para os leitores judeus, afirmar que Jesus é a encarnação de Deus é blasfêmia. Para os leitores gregos, dizer que “o Verbo se fez carne” (1.14) era inconcebível. Para João, o novo entendimento sobre o Verbo eram as Boas Novas de Jesus Cristo” (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 2022, p.1413).

COMENTARIO EXTRA

Comentário de Hubner Braz


A manifestação do Verbo e a Luz do mundo (João 1.2-12)

O Evangelho de João desenvolve um dos temas mais profundos e ricos da teologia bíblica: a encarnação do Verbo eterno como a Luz que brilha nas trevas da humanidade pecadora. Esse texto é uma poderosa apresentação da Cristologia joanina, que mostra Jesus como o Criador (Jo 1.3), a Vida (Jo 1.4), a Luz (Jo 1.5,9), e o centro da revelação divina (Jo 1.14,18).


📚 CONTEXTO E TEOLOGIA

Logo após declarar a eternidade e divindade do Verbo (Jo 1.1), João o apresenta como o agente da criação:

“Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez.” (Jo 1.3)

Assim, João afirma o que Gênesis 1 já havia introduzido: Deus criou o mundo por meio de Sua Palavra. O apóstolo reafirma a participação ativa do Verbo na criação, revelando que Jesus não é uma criatura, mas o Criador.

O versículo 4 aprofunda ainda mais:

“Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens.”

A palavra “vida” (do grego ζωή – zoē), aqui, não é apenas existência biológica, mas a plenitude da vida espiritual, a vida eterna que o Filho tem em Si mesmo (cf. Jo 5.26). Essa vida, que é luz, ilumina os homens, isto é, revela o caminho para Deus e expõe as trevas do pecado.

Segundo Leon Morris, essa luz é:

“A presença ativa de Deus em forma visível e reveladora. A luz representa a graça salvadora de Deus, especialmente manifestada em Jesus Cristo.”
(The Gospel According to John, p. 88)


🌑 LUZ E TREVAS – UMA CONTRASTE TEOLOGICAMENTE CARREGADO

O versículo 5 traz uma das declarações mais dramáticas:

“A luz resplandece nas trevas, e as trevas não a compreenderam.”

A palavra grega para “compreenderam” é κατέλαβεν – katélaben, que pode ser traduzida tanto como “compreender” quanto “vencer, dominar”. Ambas as ideias estão presentes:

  • As trevas não entenderam a luz (ignorância espiritual).
  • As trevas não venceram a luz (resistência impotente contra a revelação divina).

Essa afirmação ecoa a realidade do pecado: o mundo em trevas resiste à luz, mas não pode apagá-la (cf. Jo 3.19-20; 2Co 4.4). É um conflito espiritual entre revelação e rejeição, luz e escuridão, graça e incredulidade.

O teólogo Andreas Köstenberger afirma:

“João apresenta Jesus como a Luz que invade o mundo de escuridão espiritual. Essa luz revela tanto a condição do homem quanto a glória de Deus. É uma luz que exige resposta: fé ou rejeição.”
(John, Baker Exegetical Commentary, p. 47)


🕊️ JOÃO BATISTA COMO TESTEMUNHA DA LUZ

Nos versículos 6-8, João introduz João Batista, não como a Luz, mas como testemunha da Luz. Aqui, o conceito de martyria (μαρτυρία – testemunho) é central no Evangelho de João:

“Houve um homem enviado de Deus, cujo nome era João. Este veio como testemunha para testificar da Luz, para que todos cressem por meio dele.” (Jo 1.6-7)

João Batista é o precursor profético, o último dos profetas veterotestamentários, enviado para apontar o Cordeiro de Deus (Jo 1.29) e preparar o caminho para o Messias (Is 40.3; Ml 3.1).


💡 A VERDADEIRA LUZ E A REJEIÇÃO DOS HOMENS

“Ali estava a luz verdadeira, que ilumina a todo homem que vem ao mundo.” (Jo 1.9)

A expressão “luz verdadeira” (φῶς τὸ ἀληθινόν – phōs to alēthinon) indica a luz suprema, autêntica e única. Jesus não é apenas uma luz entre outras: Ele é a própria revelação definitiva de Deus.

Mas João registra uma rejeição chocante:

“Veio para o que era seu, e os seus não o receberam.” (Jo 1.11)

Os "seus" (οἱ ἴδιοι – hoi idioi) são os judeus, o povo da aliança. Mesmo com toda a preparação profética e tipológica, Israel rejeitou o Messias. A luz brilhou, mas os olhos espiritualmente cegos preferiram as trevas (Jo 3.19).


🙌 AQUELES QUE RECEBEM A LUZ

Apesar da rejeição, o Evangelho também é boa notícia:

“Mas a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, aos que creem no seu nome.” (Jo 1.12)

A palavra “poder” vem do grego ἐξουσία – exousía, que significa autoridade, direito legal. Aqueles que recebem a Jesus e creem em Seu nome entram numa nova condição espiritual: filhos de Deus – não por mérito, mas por graça mediante a fé (Ef 2.8-9).

Wayne Grudem destaca:

“A filiação espiritual é uma dádiva sobrenatural, resultado direto da regeneração. Os filhos de Deus são gerados não por descendência natural, mas pela vontade divina.”
(Teologia Sistemática, p. 708)


✝️ CONCLUSÃO

Esse trecho de João 1.2-12 apresenta a majestade do Verbo eterno que se manifesta como a Luz do mundo, chamando todos à fé, mesmo em meio às trevas da incredulidade. A missão de João Batista, a rejeição dos homens e a aceitação por alguns revelam a tensão entre graça e decisão humana. Aqueles que recebem a Luz experimentam a vida eterna, a filiação divina e a revelação plena do Pai no Filho.

COMENTARIO EXTRA

Comentário de Hubner Braz


O privilégio de nos tornarmos filhos de Deus

Texto-chave: “Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus: aos que creem no seu nome, os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus” (João 1.12-13)


🧬 A NOVA FILIAÇÃO: UMA IDENTIDADE SOBRENATURAL

Este é um dos versículos mais preciosos da doutrina cristã sobre regeneração e adoção espiritual. João apresenta aqui o contraste entre a rejeição nacional de Israel (Jo 1.11) e o acolhimento pessoal de Cristo por indivíduos, sejam judeus ou gentios.

A palavra grega para “filhos” usada aqui é τέκνα – tekna, que enfatiza a relação de nascimento, diferente de υἱοί – huioi, que realça a posição legal e herdada. João, portanto, fala de um novo nascimento espiritual, em que a pessoa passa a fazer parte da família de Deus por natureza espiritual (cf. Jo 3.3-6).


📌 “A TODOS QUANTOS O RECEBERAM…”

A palavra “receberam” traduz o grego ἔλαβον – elabon (aoristo de lambanō), que implica ação consciente e decisiva. Receber Jesus não é apenas simpatizar com sua mensagem, mas acolhê-lo como Senhor e Salvador pessoal, com fé obediente.

Segundo Leon Morris:

“Receber Cristo é aceitar a sua autoridade, confiar no seu nome e render-se à sua pessoa. É uma entrega voluntária à Luz que transforma.”
(The Gospel According to John, p. 93)


📖 “DEU-LHES O PODER…”

A palavra grega para “poder” aqui é ἐξουσία – exousía, que significa autoridade legal, direito conferido. Não é uma habilidade natural, mas um privilégio concedido por Deus, pela graça. Este direito é de ser feito filho, não por hereditariedade física, mas por nascimento divino.

Como diz Herman Ridderbos:

“Esse nascimento não é fruto de linhagem, esforço humano ou decisão alheia. Ele vem exclusivamente de Deus, sinal de sua iniciativa soberana na salvação.”
(The Gospel of John: A Theological Commentary, p. 47)


🌍 A UNIVERSALIDADE DA GRAÇA

O Evangelho de João enfatiza que esse privilégio é oferecido a “todos” os que creem – judeus e gentios. Isso confirma a doutrina paulina da inclusão dos gentios na herança espiritual de Deus (Rm 10.12; Ef 2.12-19). João antecipa aqui a grande mensagem da salvação universal: Deus está chamando um povo de todas as línguas, tribos e nações (Ap 7.9).

Craig Keener, renomado estudioso do Novo Testamento, destaca:

“A nova família de Deus não é formada por etnia ou descendência, mas pela fé no nome de Jesus. Essa é a marca da Nova Aliança.”
(The Gospel of John: A Commentary, Vol. 1, p. 390)


🧎 O NASCIMENTO ESPIRITUAL (Jo 1.13)

“os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus.”

Aqui João apresenta três negativas que reforçam a origem sobrenatural da filiação espiritual:

  1. “do sangue” – nega qualquer valor em descendência étnica ou natural (cf. Rm 9.8).
  2. “vontade da carne” – rejeita o mérito ou esforço humano.
  3. “vontade do homem” – descarta mediação humana ou influência social.

Em contraste, o novo nascimento é obra exclusiva de Deus, uma ação graciosa e soberana, como também ensinado por Jesus a Nicodemos (Jo 3.5-8).


💖 O AMOR DO PAI E A FILIAÇÃO EM 1 JOÃO 3.1

“Vede quão grande amor nos tem concedido o Pai: que fôssemos chamados filhos de Deus.”

Este versículo de 1 João reafirma a filiação divina como um dom do amor imerecido de Deus. A expressão grega ποταπὴν – potapēn (traduzido por “quão grande”) indica um tipo de amor extraordinário e estranho ao mundo humano – é o amor ágape de Deus que gera filhos espirituais.

Segundo John Stott:

“A filiação é o ápice da graça. Deus não apenas nos perdoa, mas nos recebe como filhos. Ele nos adota para viver com Ele, compartilhar da Sua natureza e herdar Sua glória.”
(The Letters of John, p. 118)


✝️ CONCLUSÃO

Ser “filho de Deus” não é apenas um título religioso ou simbólico. É uma nova identidade conferida por Deus através do novo nascimento. É o privilégio supremo da salvação, resultado da fé em Jesus, concedido por amor e pela iniciativa divina. João nos leva a contemplar não apenas quem Cristo é, mas também quem nos tornamos n'Ele.

Esse privilégio nos dá:

  • acesso ao Pai (Ef 2.18),
  • certeza da herança (Rm 8.17),
  • e a comunhão com a família eterna de Deus (Ef 2.19).

COMENTARIO EXTRA

Comentário de Hubner Braz


A Manifestação e a Habitação do Verbo

Texto-chave: “E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do Unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade” (João 1.14)


🌟 A FRASE CENTRAL DO PRÓLOGO

A expressão “o Verbo se fez carne” (καὶ ὁ λόγος σὰρξ ἐγένετο) é uma das mais profundas declarações cristológicas de todo o Novo Testamento. Ela estabelece a doutrina da encarnação, que afirma que o Filho eterno de Deus assumiu plena natureza humana sem deixar de ser divino.

George Eldon Ladd comenta:

“João 1.14 é a teologia da Encarnação em uma frase: o eterno Logos tornou-se um ser humano real. Ele não simplesmente tomou aparência de homem, mas ‘se fez carne’.”
(A Teologia do Novo Testamento, p. 276)


🧠 “O VERBO” – MAIS QUE UM CONCEITO FILOSÓFICO

O termo grego λόγος (logos), já comentado anteriormente, ultrapassa os significados da filosofia grega (como razão ou princípio cósmico) e da tradição judaica (como Palavra criadora e reveladora de Deus). Em Jesus, o Logos se torna pessoa, uma auto-revelação viva de Deus.

Segundo Leon Morris, em seu clássico comentário:

“João não diz que o Logos simplesmente apareceu como homem, mas que se tornou carne. A Palavra eterna entrou no tempo, no espaço e na história humana. Esta é a maior ponte entre o céu e a terra.”
(The Gospel According to John, p. 101)


🏕️ “E HABITOU ENTRE NÓS” – O VERBO TABERNACULOU

A expressão grega usada por João é:
καὶ ἐσκήνωσεν ἐν ἡμῖν – kai eskēnōsen en hēmin,
que literalmente significa: “armou sua tenda entre nós”.

Essa linguagem ecoa diretamente o Antigo Testamento, especialmente o Tabernáculo no deserto, onde Deus habitava no meio do povo (Êxodo 25.8-9; 40.34-35). João está dizendo que Jesus é o novo tabernáculo de Deus entre os homens, a presença visível do Deus invisível.

D. A. Carson observa:

“A escolha de ‘eskēnōsen’ (tabernaculou) aponta intencionalmente para a presença de Deus na tenda do deserto. Agora, em Cristo, essa presença é plena e definitiva.”
(The Gospel According to John, p. 127)


🔥 A GLÓRIA DE DEUS EM CRISTO

“e vimos a sua glória...”

A palavra “glória” (δόξα – doxa) remete ao conceito do hebraico “kabôd”, a majestade e peso da presença divina. No Antigo Testamento, essa glória enchia o Tabernáculo (Êx 40.34) e o Templo (2 Cr 7.1-3). Agora, em Cristo, essa glória é visível: não em luz ou fogo, mas em graça e verdade (Jo 1.14; cf. Jo 2.11).

Herman Ridderbos afirma:

“O Verbo feito carne não apenas traz a glória de Deus, mas é a manifestação suprema dessa glória – uma glória que é vista, não escondida.”
(The Gospel of John: A Theological Commentary, p. 58)


“CHEIO DE GRAÇA E DE VERDADE”

Esta dupla expressão ecoa Êxodo 34.6, quando Deus revela seu caráter a Moisés: “abundante em benignidade e verdade” (hebraico: ḥéṣed we’ĕmet). João apresenta Jesus como a personificação dessa revelação, sendo Ele o cumprimento pleno da manifestação divina.

Segundo Craig Keener:

“A frase ‘cheio de graça e verdade’ mostra que Jesus encarna tudo aquilo que o Antigo Testamento revelou sobre Deus: misericórdia fiel, justiça e presença real.”
(The Gospel of John: A Commentary, Vol. 1, p. 412)


👑 A TEOLOGIA DA HABITAÇÃO

João 1.14 não apenas reafirma a Encarnação, mas introduz uma nova forma de habitação divina:

  1. No Antigo Testamento: Deus habita em tendas e templos.
  2. Na Encarnação: Deus habita em Cristo (Jo 2.19-21).
  3. Na Nova Aliança: Deus habita nos crentes pela presença do Espírito Santo (1 Co 3.16; Ef 2.22).
  4. Na Nova Jerusalém: Deus habitará eternamente com os redimidos (Ap 21.3).


🧎‍♂️ CONCLUSÃO

A frase “o Verbo se fez carne e habitou entre nós” é uma das afirmações mais poderosas da fé cristã. João declara que o Deus eterno se aproximou radicalmente de nós, assumindo nossa natureza, pisando nossa terra e tornando-se acessível.

Não mais distante, Deus se fez tocável, visível e relacional em Jesus Cristo. Esse é o cerne do Cristianismo: Deus conosco – Emanuel.

Como disse John Stott:

“A essência do Cristianismo é esta: Deus tornou-se homem. Ele se rebaixou, não para ser servido, mas para servir e dar sua vida em resgate de muitos.”
(Basic Christianity, p. 59)

COMENTARIO EXTRA

Comentário de Hubner Braz


A Revelação do Verbo Encarnado

A conclusão da lição destaca três pilares teológicos centrais do Evangelho de João:

  1. A revelação de Deus em Cristo,
  2. A Encarnação como intervenção histórica e salvífica,
  3. O novo nascimento espiritual que nos torna filhos de Deus.

Esses temas revelam o coração do cristianismo joanino, onde Cristo é apresentado não apenas como Mestre, mas como o Verbo eterno feito carne, que traz vida, luz e filiação divina àqueles que creem.


✝️ 1. O Evangelho de João: Teologia e Experiência

Diferente dos Sinópticos, o Evangelho de João não se concentra tanto em narrativas cronológicas, mas numa reflexão teológica mais profunda. João escreve com o propósito explícito:

“Para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome” (Jo 20.31).

Conforme destaca Andreas J. Köstenberger:

“O Evangelho de João é profundamente cristológico e missional. Ele mostra que a revelação final de Deus veio através de uma Pessoa – Jesus Cristo, o Verbo que se fez carne.”
(A Theology of John's Gospel and Letters, p. 134)

A teologia de João une alto cristocentrismo com um apelo ao discipulado relacional: conhecer Jesus é conhecer a Deus, e crer em Jesus é receber a vida eterna.


🌟 2. A Encarnação: Deus Intervindo na História

Ao afirmar que “o Verbo se fez carne” (Jo 1.14), João declara que Deus rompeu o abismo entre o Céu e a Terra, entre Criador e criatura. O Logos, que estava com Deus e era Deus (Jo 1.1), entra na realidade humana, tornando-se um de nós.

Millard J. Erickson, em sua teologia sistemática, enfatiza:

“A Encarnação é o ponto culminante da autorrevelação de Deus. Ele não mais fala apenas por profetas, mas se revela pessoalmente, habitando entre nós.”
(Christian Theology, p. 700)

Este evento não é meramente simbólico: trata-se de uma intervenção histórica, concreta e salvífica, pela qual Deus se faz plenamente conhecido e acessível.


👑 3. A Filiação Divina: Tornar-se Filho de Deus

João 1.12-13 é uma das passagens mais significativas da doutrina da salvação:

“Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, aos que creem no seu nome...”

Essa “adoção espiritual” não é produto do nascimento natural, mas de uma nova geração espiritual (Jo 3.3-5). É a entrada na família de Deus mediante a fé.

Como afirma Wayne Grudem:

“A filiação é o privilégio mais elevado da salvação. Não somos apenas perdoados, mas também recebidos como filhos amados do Pai, com herança e intimidade.”
(Teologia Sistemática, p. 739)

A fé em Cristo não apenas salva do pecado, mas confere nova identidade ao crente: filho de Deus, herdeiro da vida eterna (Rm 8.16-17; Gl 4.4-7).


🔍 Aplicação Espiritual

A conclusão da lição nos lembra que o Evangelho de João não é apenas uma exposição teológica, mas um chamado à fé e comunhão com Deus. Crer no Verbo encarnado é:

  • Receber luz onde havia trevas (Jo 1.5,9),
  • Ser transformado de criatura para filho (Jo 1.12),
  • Entrar em comunhão com Deus através de Cristo (Jo 17.3).

É impossível permanecer o mesmo após um verdadeiro encontro com o Verbo feito carne, pois nele reside a plenitude da graça e da verdade.


✍️ Conclusão Teológica

João nos apresenta uma cristologia encarnacional que transforma o entendimento da fé cristã: Deus se revelou em Cristo para salvar, transformar e habitar entre nós.

Como bem resume F. F. Bruce:

“O Evangelho de João é um convite ao conhecimento íntimo de Deus, por meio do Filho, cuja encarnação inaugurou a era da salvação.”
(The Gospel of John, p. 39)

Que essa revelação leve a Igreja a uma vida de adoração, testemunho e profunda comunhão com o Verbo vivo, Jesus Cristo.

1- Qual é a doutrina que o Evangelho de João explora?
De acordo com estudiosos, o Evangelho de João apresenta uma doutrina genuína sobre a divindade de Jesus Cristo.
2- De que forma o apóstolo João retrata Jesus no seu Evangelho?
O apóstolo apresenta Jesus como o Filho enviado de Deus ao mundo para fazer parte da história (Jo 1.1).
3- Conforme a lição, qual é a maneira mais apropriada de interpretar a palavra logos?
O conceito mais apropriado para logos encontra-se em Jesus, que representa a expressão da divindade, a Revelação de Deus.
4- De que modo o apóstolo João destaca Jesus Cristo?
João identifica Jesus como o Criador de todas as coisas, mediado pelo Pai através do poder da sua Palavra (Jo 1.2,3).
5- Que significado carrega a expressão “o Verbo se fez carne”?
A frase “o Verbo se fez carne” sugere a humanização de Deus, que passou a viver entre os homens, ou seja, Deus entrou na história.

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COMMENTS

BLOGGER: 1
  1. Só tenho a agradecer a Deus pela sua vida meu irmão! Que maravilha o que vc tem feito,nos ajudando a espalhar o conhecimento verdadeiro da palavra de Deus. Que Deus permaneça te abençoando rica e abundantemente!

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Sobre o Autor:
Ev. Hubner BrazÉ escritor, professor, blogueiro, baxteriano. Vivendo para o Reino de Deus. Trabalhando incansavelmente para deixar o blog sempre atualizado abençoando e evangelizando as vidas que acessam este espaço de aprendizado cristão. Criador do projeto Pecador Confesso e tem se destacado em palestras e cursos para jovens, casais, obreiros e missões urbanas | (Tecnologia WordPress).

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A. 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Assista ao vídeo,1,Levítico,1,Liberdade,3,Libertação,1,Libertador,1,Libertinagem,1,Libertos,2,Lição,25,Lição 5,1,Lições,1,Lições Bíblicas,26,Lições Bíblicas da BETEL,480,Lições Bíblicas da CPAD,649,Lições de Vida,28,Líder,8,Líder Adolescente,29,Líder Jovem,29,Liderança,16,Líderes,3,Lídia,1,LinkedIn,1,Lino,1,Lista,2,Litoral,1,Liverpool,1,livre,5,Livre Arbítrio,7,Livres,2,Livro,71,Livro do Trono,5,Livro em Audio,7,Livro Selado,2,Livros - Comentarios,100,Livros Evangelicos,50,livros poéticos,13,Localização,1,Logos,1,Loide,3,Loira,1,Longanimidade,1,Lopes,1,Louco,1,Louvor,10,LSD,1,Lua Nova,1,Lucas,15,Lucifer,1,Lutando,1,Lutas Marciais Mistas,1,Luto,7,Luz,1,Luz do mundo,2,Lya Luft,1,MacBook Air,1,machine learning,1,Maçonaria,1,Maconha,1,Madame de Stael,1,Mãe de Moises,8,‪Magia,1,Magogue,2,Maias,1,Mal,4,Malala,1,Malaquias,4,Manancial,1,Mandamento,8,Manifestação,4,Manifestação em Cristo,2,Manual de missões,23,Mãos,2,Maquiagem,2,Marcador de Páginas,1,Marcas,3,Marcha Para Jesus,2,Marco Pereira,1,Marcos Pereira,2,Mardoqueu,7,Maria Madalena,2,Mário Quintana,2,Martinho Lutero,14,Mártir,2,Mártires Cristãos,4,Massacre,1,Masturbação,7,Materialismo,1,maternal,22,Mateus,2,Matityáhu,1,Matrimonio,7,maturidade cristã,8,Max Lucado,2,Meditação,1,Mega Sena da Virada com Fé,1,Melhor Bíblia de Estudo,11,Melhores Blogs,3,Melhores Sites,4,Meninos de Rua,1,Menor,1,Mensagem,5,MENSAGENS,2,Mensagens para SMS,12,Mensagens SMS,2,Mensal,2,Messias,3,Mestre,4,Mesulão,1,metaverso,1,Meteoro,1,Metusalém,1,Michelle Bolsonaro,1,Mídias Sociais,2,Milagres,15,Milênio,3,Milionário,1,Millôr Fernandes,1,Milton,1,Minas,1,Ministério,25,Ministério Público Federal,2,Miqueias,3,Miriã,2,Misericórdia,6,Missão,45,Missiologia,31,Missionário,29,Missões,25,Mistério,1,Mitologia,1,Mitos,1,MMA,1,Mobilização,2,Moda Bíblica,2,Moda Cristã,2,Moda Evangélica,2,Modelo,3,Modelos,1,Moisés,21,Monarquia,3,Monte,4,Monte Tabor,1,Moralismo,1,Mordomia,9,Mordomo,1,Morrer,2,morte,14,Mortos,3,Motim,6,Motivos,1,Movimento,1,Muda,1,Mulçumano,1,Mulher,19,Mulher de Potifar,13,Mulheres,20,multiplicação,1,Mundo,9,Muro,1,Muros,1,Musica,8,Naama,1,Nacional,2,Namorado,18,Namorar,34,Namoro,114,Não,1,Não Prometeu,2,Nascença,2,Nascimento,4,Natureza,13,Naum,2,Necessidade,2,Neemias,4,Negar,2,Neimar de Barros,5,nem Cristo a Derrotaria,1,Neopentecostal,3,NetFlix,1,Nigéria,1,Nínive,1,Ninrode,1,No Fundo Do Poço,1,Noadia,1,Noé,1,Nome,2,Nome de Bebê,1,Nomes,2,Nora,2,Normalização,3,Norte,1,Noruega,1,Nota,2,Notícia gospel,99,Notícias Gospel,243,Nova,17,Novas Lições,2,Novela,2,Novo,5,Novo Testamento,6,Novos Céus e Nova Terra,12,Novos Convertidos,15,Novos Valores,2,nutricionista,1,Nuvem,1,NX Zero,1,O adeus,1,O beijo de Vancouver,1,O Bom Samaritano,2,O Bom Travesti,1,O casamento negro,2,O Exército de Cleycianne,1,O MINISTÉRIO DE EVANGELISTA,6,O MINISTÉRIO DE PASTOR,18,O Quarto da Porta Vermelha,1,O que é visível e apenas o avesso da Realidade,1,Obadias,2,Obede-Edom,1,Obediência,24,Obesidade,1,Obra,4,Obras,14,obreiro,2,Obstáculos,1,Odio,1,Ofertada,8,Ofertas,9,Oficial,1,Olhando para direção errada,1,Olhar,3,Onde Estiver,1,ônibus,1,Onipotente,1,Onipresente,6,Onisciente,1,Online,1,Onri,1,ONU,1,Opinião,1,Opinião dos Outros,2,Oposição,1,Opressão,1,Oração,29,Orando,1,Orar,4,Orfanato,1,Organização,2,Origem,6,Os Melhores Livros,31,Os Valores do Reino de Deus,3,Oséias,6,Oséias e Gomer,6,Osiel Gomes,5,Outra Chance,3,Ovelha,9,Padrões,1,Paganismo,1,Pagãos,1,Pai,6,Paixão,3,Paixão e Cura,1,Palavra,6,Palavra de Deus,8,Palavras,1,Pandemia,5,Pânico,1,pão,2,Papa,1,Papa Francisco I,1,Papai,6,Papo,1,Paquera,2,Paquistanesa,1,Paquistão,1,Para Sempre,1,Parábolas,33,Paradoxo,2,Paródia Gospel,2,Paródia Gospel da música Kuduro com Jonathan Nemer #RiLitros,1,Participe,1,Partido Trabalhista PT,1,Páscoa,4,Pastor,28,Pastor Paul Mackenzie Nthenge,1,Pastor Presidente da Igreja do Evangelho Quadrangular,1,Pastor que cheirou a Bíblia como droga diz que essa foi a menor loucura que já fez por ela: “Eu já comi a minha Bíblia”. Assista ao vídeo,1,Pastora,2,Pastores,4,Paternidade,2,Patrick Greene,1,patristicas,2,Paulo,32,Pb. Renan Pierini,1,PDF,124,Pecado,47,Pecador Confesso,16,PECC,121,Pedindo,1,Pedofilia,2,Pedofilo,1,Pedra,1,Pedras,1,Pedro,9,peixe,1,Pelos,1,Pensamento,3,Pentateuco,6,Pentecostal,15,Pentecostes,17,Perda,3,Perdão,14,Perdidos,6,Perfeito,2,Perigo,9,Perigos,7,Perlla,1,Permanecer,1,Permitir,1,Perseguição Religiosa,11,Perseguidor,9,Personalizadas,1,Personalizar Foto,1,Perspectiva,1,Pesquisa,2,Pessoa,2,pessoas,5,Peter Moosleitner,1,Philip Yancey,8,Piada,1,Piercing,2,Pinguins,1,pintar unhas,1,Pira,1,Pirataria,1,Pirralha,1,Pison,1,Planeta Terra,2,Plano de Aula,8,PLANO DE LEITURA BÍBLICA,15,Planos,6,Plantador de Igrejas,2,Play Back,1,playboy,1,Plenitude,13,Poder,4,Poema,3,Poesia,4,Polêmica,4,Poligamia,2,Politica,1,Política,1,Pop Gospel,1,Porção,1,pornô,1,Porque caímos sempre nos mesmos pecados?,12,Portões,1,Posse,1,Possível,1,Posto,1,Povos,15,Pr Gilmar Santos,1,Pr Napoleão Falcão,3,Pr. Alexandre Marinho,1,Pr. Caio Fábio,2,Pr. Carvalho Junior,1,Pr. Ciro Sanches Zibordi,3,Pr. Claudionor de Andrade,1,Pr. Jaime Rosa,1,Pr. Jeremias Albuquerque Rocha,1,Pr. Marcelo Cintra,5,Pr. Marco Feliciano,8,Pr. Mário de Oliveira,1,Pr. Silas Malafaia,12,Pr. Yossef Akiva,1,Pragas,2,Praia,1,Prática,2,Praticar,3,Pré-Adolescentes,23,Preço,1,Predestinação,4,PrefiroBeijarABíblia,1,Pregação,15,Pregadores,4,Premier,1,Premium,1,Preocupar,1,Preparado,8,Preparativos,1,Presbíteros,1,presidente,4,Presídio,1,Prevenção,2,previdência,1,Primário,36,Primeira,2,primeiro,4,Primeiro Amor,18,Primeiro Beijo,5,Primícias,2,Primogênitos,1,Princípios,1,Prioridades,2,Prisão,4,Prisioneiro da Paixão,4,privada,1,Problemas,3,Profecia,21,Professor,22,Profeta,62,Profeta Jeremias,3,Profetas,25,Profetas Menores,36,Profética,4,Profético,9,Programa de Educação Cristã Continuada,1,Programa Na Moral,1,Programa Superpop,1,Progressista,1,Projeto,2,Projeto Cura Gay,2,Promessa,23,Prometida,3,Promoção,5,Promoção Blogosfera Apaixonada,2,Propósito,4,Prosperidade,1,Prostituta,2,Proteção,13,Protesto,1,Provai,1,Provê,1,Proverbios,28,PSDB,1,Pura,1,Purifica,12,Puro,1,Pv 4.23,1,Qualidades,1,Quando Deus diz não,9,Queda,10,Quem segue a Cristo,3,Quem Sou?,1,Querer,2,Querite,1,Raça,1,Racismo,1,Rainha de Sabá,4,Rainha Ester,16,Raptare,1,Raquel,2,Realidade,8,Rebeldia,3,Rebelião,1,Receber,2,Reconciliação,2,Reconstrução,1,Recuperação,1,Rede Globo,2,Rede Insana,2,Redenção,1,Redentora,1,redes neurais,1,reflexão,21,reformado,14,regime,1,Regininha,1,Registro Módico,1,regras,1,Rei,3,Rei Xerxes,1,Reinado,16,Reino,20,Reino de Deus,22,Reino dividido,8,Reino do Messias,7,Reis,3,Rejeição,1,Relacionamento,73,Relativismo,3,Relatos,5,Relógio da Oração,4,Remida,1,Renato Aragão esclarece polêmica sobre seu próximo filme sobre o “segundo filho de Deus” que gerou polêmica nas redes sociais.,1,Renuncia,1,Renúncia,1,Reportagem,2,Resenha,78,Reservado,2,Resguardar,1,Resistir,1,Resplandecer,1,Responde,1,Responsabilidade,2,Resposta,1,resposta bíblica,1,Ressurreição,13,Restauração,7,Restauracionismo,1,Resumo,9,Retorno de Cristo,3,Retribua,1,Reuel Bernardino,1,Rev. 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Pecador Confesso: Lição 01- O Verbo que se tornou em carne | 2° Trimestre de 2025 | ADULTOS
Lição 01- O Verbo que se tornou em carne | 2° Trimestre de 2025 | ADULTOS
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