Lição 10 - Espírito – O Âmago da Vida Humana | 4° Trimestre de 2025 | EBD ADULTOS CPAD

TEXTO ÁUREO “Peso da Palavra do Senhor sobre Israel. Fala o Senhor, o que estende o céu, e que funda a terra, e que forma o espírito do home...

TEXTO ÁUREO

COMENTARIO EXTRA

Comentário de Hubner Braz

“Peso da Palavra do Senhor sobre Israel. Fala o Senhor, o que estende o céu, e que funda a terra, e que forma o espírito do homem dentro dele.”
(Zacarias 12.1)

Zacarias 12 introduz uma das seções mais profundas do livro, descrevendo a intervenção divina nos últimos dias e a transformação espiritual de Israel. O versículo 1 funciona como um prefácio teológico, apresentando Deus como o Criador cósmico e o Formador da vida interior humana — o Deus soberano que sustenta tanto o universo quanto a alma humana.


1. “Peso da Palavra do Senhor sobre Israel” — מַשָּׂ֖א דְּבַר־יְהוָ֑ה (massáh devar YHWH)

1.1. O significado de massáh (מַשָּׂא) – “peso, fardo, oráculo”

A palavra מַשָּׂא (massáh) significa literalmente “peso, carga”, mas no contexto profético significa:

  • mensagem pesada,
  • oráculo solene,
  • profecia de grande importância e impacto.

Este termo aparece em outros profetas (Is 13.1; Na 1.1) introduzindo juízos ou revelações graves. Aqui, sinaliza que Zacarias está transmitindo um comunicado divino de peso espiritual, exigindo atenção e reverência.

1.2. A “Palavra do Senhor” — דְּבַר־יְהוָה (devar YHWH)

Devar significa:

  • palavra,
  • declaração,
  • mandamento,
  • ato eficaz.

No Antigo Testamento, a Palavra não é mera comunicação; ela age, executa e cria (Sl 33.6; Is 55.11).
O “peso da Palavra” não é apenas informativo — é transformador.


2. “O que estende o céu” — הַנּוֹטֶ֤ה שָׁמַ֙יִם֙ (hanotê shamayim)

O verbo נָטָה (natah) significa “estender, esticar, expandir”.
É o mesmo verbo usado em Isaías 40.22: Deus “estende os céus como uma cortina”.

A expressão aponta para:

  • a vastidão do universo,
  • a ação contínua de sustentar o cosmos,
  • a soberania de Deus sobre todas as forças naturais.

Do ponto de vista teológico, enfatiza Deus como Criador ativo, não passivo.
A criação não é estática — ela permanece sob ordem e governo contínuos do Criador.


3. “E funda a terra” — וְיֹסֵ֣ד אָ֔רֶץ (veyosêd arets)

O verbo יָסַד (yasad) significa “lançar fundamentos, estabelecer com firmeza”.

Este termo evoca a metáfora arquitetônica:

  • Deus é o Arquiteto do universo;
  • A terra possui fundamentos sólidos determinados por Ele;
  • A existência do mundo é resultado de propósito, não acaso.

A frase reforça que tudo o que existe na criação visível é sustentado pela vontade divina.


4. “E forma o espírito do homem dentro dele” — וְיֹצֵ֥ר ר֖וּחַ אָדָ֥ם בְּקִרְבּֽוֹ (veyotsêr ruach adam beqirbô)

Aqui está o ponto mais teologicamente profundo do versículo.

4.1. O verbo yatsar (יָצַר)

Significa “formar, moldar como um oleiro”.
É o mesmo verbo em Gênesis 2.7:

“Então formou (yatsar) o Senhor Deus o homem…”

Assim, o mesmo Deus que moldou o corpo do homem modela também seu espírito.

4.2. A palavra ruach (רוּחַ)

Ruach pode significar:

  • vento,
  • fôlego,
  • espírito,
  • vida interior,
  • centro da personalidade.

Aqui significa o princípio espiritual que Deus deposita no ser humano, aquilo que:

  • dá consciência,
  • confere moralidade,
  • torna possível a adoração,
  • estabelece relação com o Criador.

O versículo mostra que Deus não apenas criou o universo macro, mas criou a interioridade humana. Ele é o Senhor da natureza e da alma.

A frase “dentro dele” (בְּקִרְבּוֹ beqirbô) enfatiza:

  • a interioridade,
  • a intimidade entre Criador e criatura,
  • a responsabilidade moral do homem diante de Deus.

TEOLOGIA DO VERSO

Este versículo une três níveis de criação:

  1. O cosmos – Deus estende os céus.
  2. O mundo físico – Deus funda a terra.
  3. A vida espiritual humana – Deus forma o espírito.

A mensagem é clara:
O Deus que controla o universo também governa a alma humana.

O mesmo poder que mantém estrelas e planetas é o que transforma corações e regenera vidas.


APLICAÇÃO PESSOAL

  1. Nossa vida espiritual tem origem em Deus.
    Não existe verdadeira adoração ou serviço cristão sem que o Senhor forme e reforme o espírito dentro de nós.
  2. A soberania divina inspira segurança.
    O Deus que sustenta o cosmos é o mesmo que sustenta nossa vida, nossas lutas e nosso ministério.
  3. Somos chamados à submissão e adoração.
    Aquele que “estende os céus” merece nosso temor; aquele que “forma o espírito” merece nossa total entrega.
  4. A alma humana só encontra plenitude quando responde ao Criador.
    Uma vida distante de Deus é um cosmos interior em caos; mas quando Ele governa nosso interior, tudo encontra ordem.
  5. Libertação espiritual produz direção.
    Quando o espírito é vivificado por Deus, o corpo e a mente se alinham para adorá-lo e servi-lo (Rm 12.1-2).

TABELA EXPOSITIVA – ZACARIAS 12.1

Elemento

Termo Hebraico

Significado

Ênfase Teológica

Aplicação

Peso da Palavra

מַשָּׂא (massáh)

Fardo, oráculo grave

Revelação divina solene e autoritativa

Levar a sério a voz de Deus

Palavra do Senhor

דְּבַר יְהוָה (devar YHWH)

Palavra eficaz e atuante

Deus fala e cumpre

Buscar a direção da Palavra

Estende o céu

נָטָה (natah)

Expandir, estender

Deus é Criador cósmico

Confiar na grandeza de Deus

Funda a terra

יָסַד (yasad)

Lançar fundamento sólido

Deus é o Arquiteto da criação

Segurança na soberania divina

Forma o espírito

יָצַר (yatsar)

Moldar, formar como oleiro

Deus cria e transforma a vida interior

Submissão para que Ele molde nossa alma

Espírito do homem

רוּחַ (ruach)

Fôlego, vida interior, consciência

A origem da espiritualidade humana

Viver guiado pelo Espírito de Deus

Dentro dele

בְּקִרְבּוֹ (beqirbô)

Interioridade

Deus atua no íntimo

Permitir que Deus transforme o coração

Segunda – Jó 32.8 Há um espírito no homem
Terça – Fm v.25 A graça no espírito
Quarta – Pv 16.18,19 Humilde de espírito
Quinta – Rm 12.11 Fervorosos no espírito
Sexta – At 7.59 A oração de Estêvão
Sábado – 2 Tm 4.22 O Senhor seja com o teu espírito

COMENTARIO EXTRA

Comentário de Hubner Braz

Leitura diária (tema: “espírito”)

A série de leituras que você propôs (Jó 32.8; Fm 25; Pv 16.18–19; Rm 12.11; At 7.59; 2Tm 4.22) destaca várias facetas do “espírito” na Bíblia: como princípio da vida humana, como o âmbito interior do encontro com Deus, como postura moral (humildade/altivez), como ímpeto de serviço (zelo), como entrega final na morte/execução e como saudação pastoral. Abaixo faço um comentário breve e conectado para cada texto, seguido de análise das palavras-chave (hebraicas/ gregas), aplicações práticas e, ao final, uma tabela expositiva que resume os pontos centrais.


Visão geral teológica (rastilho)

Na Bíblia o termo traduzido por “espírito” (hebraico **רוּחַ — ruach / grego **πνεῦμα — pneuma **) tem uma amplitude semântica que inclui: vento/sopro (imagens de movimento e poder), fôlego/vida (princípio vital), disposição interior/centro da personalidade (afetos, vontade, mente), e também dimensão relacional com Deus (o “espírito” como sede da experiência espiritual, consolo, comunhão e poder para missão). Não se trata de uma corporação filosófica abstrata, mas da realidade interior vivida e orientada por Deus.


Segunda — Jó 32:8 — “Há um espírito no homem” (contexto: Eliú)

Comentário:
Eliú, ao intervir, afirma que existe no homem um ruach — um princípio de compreensão e discernimento espiritual que Deus pode usar. Em Jó, esse ruach distingue sabedoria meramente intelectual (argumentos) da percepção que vem do Senhor. O versículo sublinha que a capacidade de perceber o divino e julgar com justiça não é exclusivamente lógica humana, mas envolve um sopro interior dado por Deus.

Palavras-chave (hebraico):

  • רוּחַ (ruach) — vento, sopro, espírito; aqui indicando princípio interior que possibilita entendimento e sensibilidade para o sagrado.
  • נְשָׁמַת־שַׂכִּיא/נְשָׁמָה (neshamah) (tumultuosa variação em textos paralelos) — fôlego/respiração; diferencia-se por denotar o ‘fôlego’ que anima.

Teologia / aplicação:

  • Nossa capacidade de julgar com sabedoria requer que o ruach de Deus nos toque.
  • Prática: pedir discernimento antes de opinar; cultivar humildade porque nem todo raciocínio verbal reflete a visão que Deus dá.

Terça — Filemom v.25 — “A graça do Senhor Jesus Cristo seja com o teu espírito.”

Comentário:
A fórmula final das cartas do NT que saúdam “o teu espírito” destaca o espírito como a esfera íntima e moral do destinatário — não apenas a mente corrente, mas o centro da vida religiosa. Aqui a bênção envia a graça de Cristo especificamente para essa profundidade interior, reconhecendo nela o lugar da fé, da perseverança e da comunhão.

Palavras-chave (grego):

  • πνεῦμα (pneuma) — “espírito”, com sentido de princípio vital e consciência religiosa.
  • μετά + genitivo (μετὰ τοῦ πνεύματός σου) — “com o teu espírito” aponta proximidade/companheirismo divino na esfera íntima.

Teologia / aplicação:

  • As saudações apostólicas não são meras formalidades; são petições para que a graça opere no centro da pessoa.
  • Prática: ao receber bênçãos ou saudações, olhar para a correlação entre graça recebida e transformação interior (oração por perseverança interna).

Quarta — Provérbios 16:18–19 — “A soberba precede a ruína... melhor ser humilde de espírito”

Comentário:
Em Provérbios a oposição é moral e social: a altivez leva à queda; ao passo que a humildade de espírito preserva o indivíduo e o coloca em posição de honra verdadeira. Em termos bíblicos, “humilde de espírito” não é passividade, mas reconhecimento do lugar do homem diante de Deus — um ruach submisso que evita a presunção.

Palavras-chave (hebraico):

  • גָּאֹון / גְּאוֹנָה (gô'own/gə'ônâ) — soberba/altivez.
  • עָנָו / עֲנָוָה (anav/anavah) — humildade; frequentemente ligada a “espírito” (e.g. “humilde de espírito”).
  • רוּחַ (ruach) — quando combinado, qualifica a atitude interna (“humilde no espírito”).

Teologia / aplicação:

  • Orgulho é uma disposição interna que precede a desordem; humildade é predisposição que abre espaço para Deus agir.
  • Prática: medidas concretas de humildade (confissão, ouvir conselhos, buscar correção) como disciplinas espirituais.

Quinta — Romanos 12:11 — “Servi ao Senhor; não sendo remissos no cuidado; fervorosos no espírito; servindo ao Senhor.”

Comentário:
Paulo liga o serviço cristão ao zelo (ζῆλος) e ao espírito (πνεῦμα). “Fervorosos no espírito” indica uma energia espiritual que anima o serviço — não mera atividade externa, mas um ardor que brota da vida interior e que persevera no ministério.

Palavras-chave (grego):

  • ζέοντες/ζέω (zeō/zeontes) — “ardendo, fervorosos” (zeal, fervor).
  • τῷ πνεύματι (tō pneumati) — “no espírito” — a esfera em que esse zelo atua: motivação, inspiração e sustentação.

Teologia / aplicação:

  • Serviço efetivo precisa ser movido por vida interior. O NT não separa ética e espiritualidade.
  • Prática: cultivar disciplinas que alimentem o pneuma — oração, leitura bíblica, comunhão — para que o serviço não esfrie.

Sexta — Atos 7:59 — “E, apedrejando-o, Estêvão orava: ‘Senhor Jesus, recebe o meu espírito.’”

Comentário:
A frase do mártir mostra a entrega final do pneuma/ ruach nas mãos do Senhor — similar a Jesus na cruz: “Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito.” É confiança total: o espírito humano é devolvido/entregue a Deus. O contexto ressalta que o espírito é também aquele que pode ser recebido por Cristo — um movimento de comunhão mesmo ao morrer.

Palavras-chave (grego):

  • δέξαι τὸ πνεῦμά μου — “recebe / aceita o meu espírito” — visão de Jesus como receptor e guardião do princípio vital.
  • προσευχή/προσκαλεῖσθαι — ato de oração em contexto de martírio.

Teologia / aplicação:

  • A fé cristã vê a morte não como fim absoluto do espírito, mas como entrega confiante ao Senhor.
  • Prática: cultivar uma morte (e vida) preparada — viver de maneira que, ao cessar a respiração, possamos dizer com confiança: “Senhor, receba meu espírito.”

Sábado — 2 Timóteo 4:22 — “O Senhor esteja com o teu espírito.” (saudação pastoral)

Comentário:
Semelhante à saudação em Filemom, Paulo dirige bênção especificamente ao “espírito” do destinatário. Neste contexto pastoral final (carta de despedida), isso tem força especial: ora para que a presença do Senhor acompanhe o centro íntimo do encarregado missionário/pastor — proteção, fidelidade e consolo.

Palavras-chave (grego):

  • κύριος μετὰ τοῦ πνεύματός σου — “o Senhor com o teu espírito” — uma bênção de companhia divina no interior.

Teologia / aplicação:

  • O ministério e a perseverança pastoral dependem de que o Senhor esteja com a interioridade do servo.
  • Prática: líderes devem cuidar do próprio espírito: descanso, accountability, oração, formação.

Síntese teológica condensada

  1. Espírito como princípio de vida e discernimento (Jó) — o ruach que dá visão e entendimento.
  2. Espírito como esfera da graça e comunhão (Filemom; 2Tm) — o lugar onde a graça habita e onde o Senhor acompanha.
  3. Espírito como disposição moral (Pv) — humildade ou soberba evidenciam o estado espiritual.
  4. Espírito como dinamismo missionário (Rm) — zelo que vem do pneuma.
  5. Espírito na hora da morte (At) — confiança em entregar o princípio vital nas mãos do Senhor.

Aplicação prática 

  1. Pergunte diariamente: “Como está o meu espírito hoje?” (não só o relógio de tarefas, mas o interior).
  2. Antes de falar/agir em controvérsias, buscar o ruach de Deus por oração (Jó).
  3. Cultive humildade ativa: pequenas práticas (ouvir, citar erros próprios, pedir ajuda) para contrariar a tendência do orgulho (Pv).
  4. Alimente zelo no serviço: renove motivações no oração e na adoração para que o serviço não vire rotina (Rm).
  5. Viva à vista da morte: treine uma entrega confiante: partilha, reconciliação e oração para morrer como Estêvão — braços abertos para Cristo (At).
  6. Líderes: cuide do espírito por disciplina pessoal e acompanhamento espiritual (2Tm).

Tabela expositiva resumida

Dia

Texto (abreviado)

Palavra-chave (heb./gr.)

Sentido principal

Ênfase teológica

Aplicação prática

Seg

Jó 32:8

רוּחַ (ruach)

Espírito = princípio de entendimento / fôlego interior

Discernimento dado por Deus

Buscar o ruach divino antes de julgar

Ter

Fm 25

πνεῦμα (pneuma)

Espírito = esfera íntima da pessoa

Graça operando no centro interior

Orar para que a graça alcance o centro da vida

Qua

Pv 16:18–19

עֲנָוָה / רוּחַ (anavah / ruach)

“humilde de espírito” vs soberba

Disposição moral que previne queda

Práticas de humildade deliberada

Qui

Rm 12:11

ζῆλος, πνεῦμα

Zelo no espírito = serviço vigoroso

Vida interior que anima ministério

Disciplina espiritual para manter zelo

Sex

At 7:59

δέξαι τὸ πνεῦμά μου

Entregar o espírito ao Senhor

Confiança final; Cristo receptor

Viver reconciliado; morrer em fé

Sáb

2 Tm 4:22

πνεῦμα

Saudação ao espírito = bênção interior

Companheirismo do Senhor com o interior

Líderes: cuidar do próprio espírito

Hinos Sugeridos: 171, 400, 614 da Harpa Cristã

Gênesis 2
7- E formou o Senhor Deus o homem do pó da terra e soprou em seus narizes o fôlego da vida; e o homem foi feito alma vivente.

Eclesiastes 12
7- e o pó volte à terra, como o era, e o espírito volte a Deus, que o deu.

Zacarias 12
1- Peso da Palavra do Senhor sobre Israel. Fala o Senhor, o que estende o céu, e que funda a terra, e que forma o espírito do homem dentro dele.

João 4
24- Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade.

COMENTARIO EXTRA

Comentário de Hubner Braz

1. Comentário exegético dos textos

Gênesis 2:7

“E formou o Senhor Deus o homem do pó da terra e soprou em seus narizes o fôlego da vida; e o homem foi feito alma vivente.”

Comentário: o versículo apresenta a origem dupla do homem: matéria (pó/ʿafar) e vida/espírito (o sopro divino). Dois verbos centrais: וַיִּיצֶר (vayyitzer) — “formou/moldeou” (como oleiro) e וַיִּפַּח (vayyippaḥ) — “soprou/assoprou” (o respirare divino). O resultado lexicalmente é נֶפֶשׁ חַיָּה (nefesh ḥayyâ) — “alma vivente”. A cena mostra Deus como artífice que dá ao ser humano não apenas corpo, mas um princípio vital relacional; esse sopro não é um mero mecanismo biológico, mas um ato criador que estabelece dignidade e capacidade de relação com Deus.

Eclesiastes 12:7

“e o pó volte à terra, como o era, e o espírito volte a Deus, que o deu.”

Comentário: Qohelet distingue destino corporal e espiritual: o pó volta à terra; a רוּחַ (ruach) volta a Deus. Afirma que o “espírito” é dom de Deus ao qual retorna — implicando responsabilidade e dependência contínua. Não promove uma visão mecanicista da morte; antes, reconhece Deus como origem última do princípio vital e seu direito soberano sobre a vida humana.

Zacarias 12:1

“Peso da Palavra do Senhor sobre Israel. Fala o Senhor, o que estende o céu, e que funda a terra, e que forma o espírito do homem dentro dele.”

Comentário: o versículo combina imagens cósmicas (estender os céus — נָטָה, natah; fundar a terra — יָסַד, yasad) com íntima ação criadora: וְיֹצֵר רוּחַ אָדָם בְּקִרְבּוֹ (veyotser ruach adam beqirbo) — “que forma o espírito do homem dentro dele”. O verbo יָצַר (yatsar) lembra o ato artesanal (oleiro) — Deus modela o princípio interior humano. Deus é ao mesmo tempo soberano do cosmos e formador do interior humano: ligação entre criação universal e interioridade pessoal.

João 4:24

“Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade.”

Comentário: Jesus afirma duas coisas centrais: (1) a natureza de Deus — ὁ θεὸς πνεῦμα ἐστίν (ho theos pneuma estin) — Deus é, em seu ser relacional e não-material, Espírito; (2) a exigência para a adoração — πνεύματι καὶ ἀληθείᾳ (pneumati kai aletheia) — adorar “em/por meio do espírito e em verdade”. Isso indica que a adoração genuína é interior (guiada pelo pneuma) e conforme a verdade revelada (não meramente ritual ou só externo). No contexto do diálogo com a mulher samaritana, Jesus desloca a questão do lugar do culto para a qualidade espiritual e factual (crível) da adoração.


2. Análise das palavras-chave (hebraico / grego)

Hebraico

  • יָצַר (yāṣar) — “formar, modelar” (verbo do oleiro). Enfatiza ação deliberada e íntima de Deus ao moldar; usado em Gênesis 2:7 e Zacarias 12:1.
  • נָפַח / נָפַח בְּאַפָּיו (naphach / naphach b'apav / vayyippaḥ) — “soprar/assoprar” (dar fôlego). Em Gênesis 2:7 o sopro divino opera a transição do corpo para “alma vivente”.
  • נֶפֶשׁ (nefesh) — “alma, vida, pessoa” (ênfase na vivência/ser animado). Em Gênesis, “nefesh chayyah” = ser animado.
  • נִשְׁמָה (neshamah) — “fôlego, respiração” (às vezes usado sinonimamente com neshamah chayyim).
  • רוּחַ (ruaḥ) — termo amplo: “vento, sopro, espírito”. Em Eclesiastes e Zacarias refere-se ao princípio espiritual que procede de Deus e que expressa vida, personalidade ou a dimensão relacional com Deus.
  • עָפָר (ʿāfār) — “pó/terra” (origem corpórea do homem).

Grego (Novo Testamento)

  • πνεῦμα (pneuma) — “espírito, sopro, vento”; ampla gama semântica como ruach. Em João 4:24 refere-se tanto à natureza de Deus quanto à dimensão espiritual humana.
  • προσκυνέω (proskyneō) — “adorar, prostrar-se em reverência”. Adoração na Bíblia grega inclui aspecto externo (postura) e interno (atitude).
  • ἀλήθεια (aletheia) — “verdade” — aqui indica conformidade com a realidade revelada (a verdade sobre Deus) e sinceridade interior.
  • εἰς / ἐν πνεύματι (en pneumati / eis pneumati) — “em/por meio do espírito” — preposição que pode sugerir tanto modo (“de forma espiritual”) quanto elemento instrumental (“pelo Espírito”).

3. Síntese teológica integradora

  1. Origem e dignidade humana: O homem é criação corporal (pó) e, simultaneamente, recebe do Criador o sopro/espírito — é imagem e semelhança (imago Dei) por participação na vida que procede de Deus. O sopro divino (Gênesis) confere dignidade e responsabilidade.
  2. Interioridade relacional: O “espírito” (ruach/pneuma) é o locus da relação com Deus — a esfera onde graça, fé, arrependimento e adoração nascem. Zacarias mostra Deus como formador do espírito; João afirma Deus é Espírito e requer adoração espiritual.
  3. Destino moral e escatológico: Eclesiastes lembra que o espírito volta a Deus — Deus é Senhor sobre origem e destino. Isso traz seriedade moral e escatológica ao viver presente.
  4. Adoração autêntica: Adorar “em espírito e em verdade” não é só emocionalismo nem só ritual; é adoração motivada pelo poder vivificante do Espírito e conformada à revelação verdadeira de Deus (Cristo, Escritura).
  5. Continuidade entre AT e NT: O mesmo verbo criativo (yatsar) e o mesmo conceito de sopro/ruach atravessam a história da redenção, culminando na revelação de Jesus: Deus é espírito; o Espírito vivifica, guia e torna a adoração possível.

4. Aplicações pessoais e eclesiais

  1. Valorização da vida humana: toda vida humana tem origem divina e merece respeito — ética pro-vida, cuidado pastoral e hospitalidade. Saber que o espírito é dom traz reverência à pessoa e ao morrer.
  2. Busca de adoração autêntica: examine sua prática de culto — é meramente exterior (tradição, forma) ou conquistada e sustentada por vida interior? Cultive oração, leitura da Escritura e sensibilidade ao Espírito.
  3. Formação espiritual intencional: reconhecer que Deus “forma” o espírito nos convoca à cooperação: disciplinas espirituais (oração, confissão, comunhão, discipulado) que permitem ao Senhor moldar nosso interior.
  4. Consolo diante da morte: Eclesiastes e Atos (Estêvão) nos ensinam a confiar o espírito ao Senhor; a fé cristã dá esperança para a morte como retorno ao Doador.
  5. Ministério e liderança: líderes precisam cuidar do próprio espírito (2 Tm 4:22; Fil. saudação) — não apenas eficiência externa, mas integridade interior.
  6. Testemunho público: saber que Deus sustenta o cosmos (Zacarias) e o espírito humano implica que a missão cristã pode proclamar tanto a soberania divina sobre a criação quanto a oferta de vida espiritual renovada em Cristo.

5. Tabela expositiva resumida

Texto

Palavra-chave (heb./gr.)

Sentido lexical

Ênfase teológica

Aplicação prática

Gênesis 2:7

יָצַר (yāṣar); וַיִּפַּח (vayyippaḥ); נֶפֶשׁ חַיָּה (nefesh ḥayyâ)

“Formou”; “soprou”; “alma vivente”

Deus como Oleiro; vida dada por sopro divino → dignidade humana

Reverência à vida; discipulado que reconhece origem divina

Eclesiastes 12:7

רוּחַ (ruaḥ)

“Espírito/vento/sopro”

O espírito volta a Deus; Deus é origem e destino

Consolo na morte; viver com responsabilidade moral

Zacarias 12:1

יָטָה (natah); יָסַד (yasad); יָצַר רוּחַ (yatsar ruach)

“estende os céus”; “funda a terra”; “forma o espírito”

Deus, soberano cósmico, também forma a interioridade humana

União entre teologia cósmica e pastoreio do coração

João 4:24

πνεῦμα (pneuma); προσκυνεῖν (proskynein); ἀλήθεια (aletheia)

“Deus é Espírito”; “adorar”; “verdade”

Adoração autêntica = espaço interior guiado pelo Espírito e conforme a verdade

Reformar cultos e vida pessoal: adoração centrada em Cristo e no Espírito


6. Sugestões práticas para uma aula / leitura em classe (breve esboço)

  1. Abertura (5 min): Leitura dos quatro textos em sequência; pergunta-guia: “O que esses textos revelam sobre quem somos e como devemos adorar?”
  2. Exposição (20 min): Breve explicação de cada texto (usar as notas exegéticas acima).
  3. Discussão em grupos (15 min): Perguntas:
    • Como entendemos “soprar o fôlego” na criação hoje?
    • O que significa adorar ‘em espírito e em verdade’ na prática da nossa igreja?
    • De que maneira a certeza de que o espírito ‘volta a Deus’ muda nossa ética e esperança?
  4. Aplicação (10 min): Convidar a turma a listar três mudanças concretas na adoração pessoal/igreja.
  5. Oração final (5 min): Pedir que Deus molde (yatsar) os corações para adoração em verdade.

1- INTRODUÇÃO
Nesta lição, refletiremos sobre o espírito humano como o âmago da vida, segundo a revelação bíblica. Veremos como essa parte da natureza humana, recebida de Deus, nos permite verdadeira comunhão com o Criador. Aprofundaremos a distinção entre espírito e alma, e destacaremos o papel do espírito humano na santificação e adoração. Que o Espírito Santo nos conduza nesta preciosa reflexão.
2- APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
A) Objetivos da Lição:
I) Expor que o espírito humano foi concedido diretamente por Deus como parte essencial da natureza humana, capacitando o ser humano a ter comunhão com o Criador;
II) Enfatizar que o pecado pode enraizar-se no espírito, gerando atitudes como soberba e inveja;
III) Mostrar que a regeneração espiritual é a base para uma vida de adoração genuína, vivida “em espírito e em verdade”.
B) Motivação: Estudar sobre o espírito humano nos ajuda a compreender nossa verdadeira essência como seres criados para a comunhão com Deus. Esse ensino fortalece a fé ao mostrar como a regeneração interior impacta a santificação e a adoração.
C) Sugestão de Método: Para reforçar o ensino do primeiro tópico, inicie uma leitura pausada e expressiva de Gênesis 2.7, destacando o momento em que Deus sopra o fôlego da vida no homem. Em seguida, promova uma reflexão com a classe, perguntando: “O que diferencia o ser humano das demais criaturas?”. Incentive os alunos a refletirem sobre a singularidade do espírito humano e sua origem divina. Use recursos visuais, como um desenho que represente corpo, alma e espírito, para ilustrar a tríplice composição do ser humano. Finalize esse reforço, desafiando os alunos a pensar como estão nutrindo sua comunhão com Deus, que habita e fala ao nosso espírito.
3- CONCLUSÃO DA LIÇÃO
A) Aplicação: Essa lição nos convida a reconhecer a importância de manter o espírito sensível à presença de Deus, buscando diariamente a santificação e cultivando uma vida de adoração sincera e íntima com o Senhor.
4- SUBSÍDIO AO PROFESSOR
A) Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, €entrevistas e subsídios de apoio à lições Bíblicas Adultos. Na edição 103, p.41, você encontrará um subsídio especial para esta lição.
B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará auxílios que darão suporte na preparação de sua aula:
1) O texto “Alertas Contra Distorções do Ensino Tricotomista ” localizado depois do primeiro tópico, aprofunda o assunto “O Sopro Divino: A Concessão do Espírito”;
2) O texto “A Restauração da Imagem de Deus”, ao final do terceiro tópico, aprofunda o assunto “Espírito, Pecado e Santificação“.

DINAMICA EXTRA

Comentário de Hubner Braz

Dinâmicas para a Lição 10: Espírito – O Âmago da Vida Humana

Estas dinâmicas visam ajudar os alunos a refletir sobre a distinção entre corpo, alma e espírito, e a centralidade do espírito na vida cristã regenerada.


Dinâmica 1: O "Contraste" (O Interior vs. O Exterior)

Objetivo: Ilustrar a diferença entre a aparência exterior (corpo/alma) e a verdadeira essência interior (espírito).

Materiais:

  • Duas caixas de tamanhos semelhantes, uma bem decorada e atraente por fora, e a outra simples ou até um pouco gasta.
  • Dentro da caixa bonita: Um pequeno lixo ou papel amassado.
  • Dentro da caixa simples: Algo de valor, como uma pequena Bíblia, um bombom para cada aluno ou uma mensagem inspiradora ("Você é valioso para Deus!").

Passo a Passo:

  1. No início da aula, mostre as duas caixas para a classe.
  2. Pergunte qual caixa eles prefeririam levar para casa, com base apenas na aparência. A maioria escolherá a bonita.
  3. Abra a caixa bonita e mostre o conteúdo sem valor. Expresse decepção.
  4. Abra a caixa simples e revele o tesouro ou a mensagem positiva.
  5. Aplicação à Lição: Explique que a aparência externa (corpo) e até mesmo a personalidade (alma) podem enganar, mas o que realmente importa é o interior, o nosso espírito, onde Deus habita. A lição de hoje trata de como o espírito é o âmago, o núcleo, da nossa verdadeira vida humana (1 Pedro 3:3,4; Lucas 16:15).

Dinâmica 2: A "Luz Interior" (O Espírito Vivificado)

Objetivo: Enfatizar que o espírito humano é o ponto de contato com Deus e deve ser mantido "aceso" pelo Espírito Santo.

Materiais:

  • Um pequeno abajur ou lanterna (representando o espírito humano).
  • Uma tomada elétrica ou pilhas (representando o Espírito Santo/conexão com Deus).
  • Um pano escuro para cobrir a luz (representando o pecado ou a falta de conexão).

Passo a Passo:

  1. Mostre o abajur/lanterna. Explique que o ser humano foi criado com um espírito capaz de se comunicar com Deus.
  2. Demonstre a luz acesa, conectando à energia ou usando as pilhas. Diga que, quando nascemos de novo, nosso espírito é vivificado e iluminado pelo Espírito de Deus.
  3. Cubra a luz com o pano escuro. Explique que o pecado ou a desconexão com Deus (falta de oração, leitura da Palavra, comunhão) "apaga" essa luz, impedindo-nos de ver a direção correta e de refletir a glória de Deus.
  4. Remova o pano e reforce a importância de manter nosso espírito conectado e sensível à voz de Deus (Efésios 5:18; Romanos 8:16). O espírito é o âmago da vida, e é ali que a verdadeira luz deve brilhar.

Dinâmica 3: O "Termômetro Espiritual"

Objetivo: Incentivar a autoavaliação e a busca por um espírito quebrantado e humilde.

Materiais:

  • Um quadro branco ou cartolina com um grande desenho de um termômetro.
  • Indicadores de "temperatura" no termômetro: Frio (Indiferença), Morno (Comodismo), Quente (Avivado/Quebrantado).
  • Marcador ou ponteiro móvel.

Passo a Passo:

  1. Apresente o "termômetro espiritual".
  2. Discuta com a classe as características de cada nível de temperatura espiritual, baseando-se nos tópicos da lição (por exemplo, um espírito quebrantado busca adorar em verdade, não para ser visto).
  3. Peça para os alunos, de forma anônima ou em pequenos grupos, refletirem sobre em que nível eles se encontram hoje.
  4. Mova o ponteiro no quadro para ilustrar a discussão.
  5. Aplicação: Encerre desafiando a classe a buscar um espírito "quente" ou "fervente" (Romanos 12:11), que é o âmago de uma vida que agrada a Deus.

COMENTARIO EXTRA

Comentário de Hubner Braz

I. O SOPRO DIVINO: A CONCESSÃO DO ESPÍRITO (sobre o parágrafo introdutório)

Excelente ponto de partida: a lição desloca o foco da distinção já estudada entre corpo e alma para a profundidade do espírito — o lugar da comunhão com Deus, princípio da santificação e fonte da adoração. Abaixo faço uma exposição exegética e teológica, analisando as palavras-hébraicas e gregas relevantes, apontando a leitura bíblica equilibrada entre díade e tríade antropológica, oferecendo aplicações pastorais e uma tabela expositiva que organize os elementos.


1) Exegese central: Gênesis 2:7 em foco

Texto (português, RA): “E formou o Senhor Deus o homem do pó da terra e soprou em seus narizes o fôlego da vida; e o homem foi feito alma vivente.”

Palavras-chave hebraicas

  • יָצַר (yāṣar) — “formar, modelar”. Verbo do oleiro; indica ação deliberada e artística de Deus ao moldar o corpo humano (a mesma imagem em Zacarias 12:1 quando Deus forma o espírito).
  • עָפָר (ʿāp̄ār) — “pó/terra”: a origem material do corpo.
  • וַיִּפַּח (vayyippaḥ) — “e soprou”: verbo do sopro; ligada a נָפַח (assoprar) — o ato direto e íntimo de Deus concedendo algo invisível.
  • נְשָׁמַת חַיִּים / נְשָׁמָה (nᵉšāmâ/neshamah) — “sopro/fôlego da vida”: a palavra usada para o fôlego que vivifica; parentesco lexical com neshamah (respiração).
  • נֶפֶשׁ חַיָּה (nefesh ḥayyâ) — “alma vivente”: resultado lexical que expressa vida integrada — não uma simples soma corpo+coisa, mas pessoa vivente.

Observações exegéticas

  1. Dupla origem: o homem tem origem material (pó) e origem vital (sopro divino). O primeiro aspecto explica a corporeidade; o segundo, a vitalidade relacional.
  2. Sopro como ação criadora pessoal: diferente das demais palavras criativas de Gn 1 (“Haja”), o homem é formado por contato quase tátil — um sopro no nariz — indicando intimidade e pessoalidade no ato criador.
  3. Resultado integrado: o texto conclui com “homem foi feito nefesh chayyah” — não simplesmente ‘espírito’ separado do corpo — a Escritura fala de pessoa integrada animada pelo sopro.

2) Termos paralelos e sua carga semântica (AT/NT)

Hebraico (Antigo Testamento)

  • רוּחַ (ruach) — “vento / sopro / espírito”. Amplo, usado tanto para o sopro vital (Gênesis/Eclesiastes) quanto para o Espírito de Deus (Ruach Elohim). Pode indicar o princípio vital ou a energia divina que capacita.
  • נֶפֶשׁ (nefesh) — frequentemente traduzida “alma”: aqui, “ser vivo”, centro das apetências e da vida relacional; menos teoria platonizante, mais ênfase em vida pessoal e funcional.
  • נְשָׁמָה (neshamah) — “fôlego”; às vezes destaca a respiração que anima fisicamente.

Grego (Novo Testamento)

  • ψυχή (psychḗ) — “alma” (vida, afeto, vontade); correlato funcional de nefesh.
  • πνεῦμα (pneûma) — “espírito” (sopro / princípio espiritual / Espírito de Deus). Em João 4:24, designa a natureza de Deus e também a esfera da adoração interior.
  • σῶμα (sôma) — “corpo”: a expressão visível e instrumental da vida.

3) Antropologia bíblica equilibrada: díade ou tríade?

A descrição do seu esboço — “a matéria recebeu vida espiritual consciente, constituída de espírito e alma; a vida que o espírito recebe de Deus é por Ele transmitida à alma; esta a expressa por meio do corpo” — é uma formulação que procura integrar três termos. É legítimo e pastoralmente útil, porém é preciso distinguir cuidadosamente:

  • Díade bíblica (corpo + vida/pessoa): em muitos textos bíblicos (especialmente no AT), a antropologia funciona como díade: corpo (ʿēṣem/ʿēṭs) + nefesh/ruach (o ser vivente). O NT mantém essa fluidez (soma + psychē/pneuma), sem sempre sistematizar em duas ou três partes.
  • Tricotomia (corpo + alma + espírito) aparece em algumas tradições teológicas (1 Ts 5:23; Heb 4:12 são passagens usadas para isso). Há base bíblica para distinguir psiquê (vida pessoal, emoções, vontade) e pneuma (a capacidade relacional com Deus, o princípio que discerne e se comunica com o Espírito), mas a Escritura não transforma isso numa ontologia rígida.
  • Recomendação exegética: afirmar a distinção entre alma (nefesh/psychē) e espírito (ruach/pneuma) é bíblico e pastoralmente útil — especialmente para falar de comunhão com Deus e de experiências espirituais — porém deve-se evitar cristalizar numa separação que transforme cada termo em compartimentos estanques. A bíblia os apresenta interpenetrando-se na pessoa.

4) Teologia do sopro: implicações centrais

  1. Origem divina da vida: o sopro de Gn 2:7 conecta humanidade diretamente à ação criadora e pessoal de Deus — não somos meros produtos de processos, somos criaturas relações-centradas.
  2. Dignidade e responsabilidade: por sermos soprados por Deus, há dignidade intrínseca e responsabilidade ética (prestaremos conta ao Doador).
  3. Comunhão como função do espírito: o espírito é o ponto de contato entre Deus e o humano — lugar da oração, adoração, convicção, santificação.
  4. Integração vida/ser: o sopro não é um ‘pequeno objeto’ inserido no corpo; é princípio que dá vida à alma e a orienta; a vida racional, emocional e volitiva (alma) expressa-se pelo corpo.

5) Aplicação pessoal e pastoral

  1. Humildade teológica: saber-se criado e soprados por Deus evita orgulho; lembra dependência contínua do Doador.
  2. Cuidado com a vida: toda expressão humana (física, psicológica, social) carrega dimensão espiritual — portando ações éticas (proteção da vida, compaixão, justiça social) são mandatos coerentes com a teologia do sopro.
  3. Formação espiritual integrada: buscar que o Espírito molde nossa intimidade (oração, leitura, silêncio), a alma responda (arrependimento, afeto, vontade), e o corpo testemunhe (obra, jejum, serviço).
  4. Catequese sobre morte e esperança: essa perspectiva consolida o ensino de que a morte corporal devolve o pó à terra e o espírito volta a Deus (Ec 12:7) — esperança cristã que não desaparece na cessação do corpo.
  5. Discernimento pastoral: distinguir experiências psicológicas e espirituais; saber que ruach/pneuma é lugar de encontro com Deus, mas que pode ser confundido com estados emocionais; requer formação e liderança espiritual.

6) Tabela expositiva — síntese organizada

Item

Termos bíblicos

Sentido / Imagem

Função teológica

Implicação prática

Matéria

עָפָר (ʿāfār) — pó; σῶμα (sôma) — corpo

Material inerte

Lugar da expressão e ação

Respeito pelo corpo; ética corporal

Sopro divino

נְשָׁמָה / נָפַח (neshamah / naphach) — sopro; πνεῦμα (pneuma) — sopro/espírito

Ato de Deus que vivifica

Origem da vida; ato pessoal e íntimo de criação

Reverência, dependência, pastoral da morte

Espírito

רוּחַ (ruach) / πνεῦμα (pneuma)

Sopro; princípio relacional; presença

Locus da comunhão com Deus; agente de santificação

Cultivar oração, sensibilidade ao Espírito

Alma

נֶפֶשׁ (nefesh) / ψυχή (psychḗ)

Vida, emoções, vontade

Centro psicológico/afetivo do ser

Discipulado emocional / ético

Pessoa integrada

נֶפֶשׁ חַיָּה (nefesh chayyâ)

“Alma vivente” — pessoa inteira

Enfatiza unidade corpóreo-espiritual

Evitar reducionismos dualistas; promover integração

Destino

Ec 12:7 — ruach volta a Deus

Devolução ao Doador

Esperança escatológica e responsabilidade

Consolo; vida ética; preparo espiritual


7) Observações finais — equilíbrio doutrinário e pedagógico

  • Evite reduzir a explicação a um esquema rígido “espírito → alma → corpo” como se fossem três camadas separadas e sem interpenetração. A linguagem bíblica é relacional e funcional: distingue termos para enfatizar aspectos da experiência humana, mas trata a pessoa de modo unitário.
  • Use os termos: ensinar a diferença entre nefesh/psychḗ (a vida pessoal e suas facetas) e ruach/pneuma (o princípio que se relaciona com Deus) ajuda a turma a entender psicologia bíblica, espiritualidade e pastoral prática.
  • Integre prática e doutrina: conduza a classe a exercícios práticos: momentos de oração que peçam ao Criador para “soprar” vida; reflexão sobre modos concretos de permitir que o espírito molde a alma; testemunhos de transformação interior que manifestem mudança corporal (ações).

COMENTARIO EXTRA

Comentário de Hubner Braz

II. A SINGULARIDADE DO ESPÍRITO (alma × espírito)

Seu parágrafo já aponta o ponto chave: a Bíblia usa palavras diferentes para referir-se à dimensão imaterial do ser humano (ruach, nephesh no AT; pneuma, psychē no NT), e ao mesmo tempo emprega esses termos de forma por vezes distinta, por vezes intercambiável. A seguir faço uma leitura exegética, análise lexical, reflexão teológica (posição entre dicotomia e tricotomia) e aplicações pastorais/práticas — depois apresento uma tabela expositiva sintetizando os dados.


1. Leitura exegética e observações textuais (baseada nos textos que você citou)

  1. Zacarias 12:1 — “forma o espírito do homem dentro dele” (וְיוֹצֵר רוּחַ אָדָם בְּקִרְבּוֹ)
    • O verbo יָצַר (yāṣar, “formar, moldar”) é o mesmo usado para descrever a fabricação do corpo humano (Gn 2:7) e indica ação deliberada e íntima de Deus sobre o princípio espiritual. Aqui o texto sublinha que o espírito é algo que Deus “forma” no homem — real, pessoal e com função relacional.
  2. Jó 7:11 — Jó distingue elementos da sua experiência: corpo (boca, rosto), espírito e alma — sugerindo uma diferenciação funcional entre termos. Isso mostra que, no vocabulário bíblico, há sensibilidade para falar de várias esferas da pessoa.
  3. Ec 12:7 — “o pó volte à terra … e o espírito volte a Deus, que o deu.”
    • A língua de Qohelet separa destino corporal e dimensão espiritual: o corpo ao pó; o ruach retorna a Deus. Isso reforça que o ruach tem origem divina e destino para o Doador.
  4. Lc 16:22–25; Ap 20:4 — Ambos os textos mostram consciência pós-morte: pessoas “são levadas” com suas almas/espíritos conscientes (no relato do rico e Lázaro, e nos mártires em Apocalipse) — indicando que o “imaterial” preserva identidade e moralidade.
  5. Textos de sobreposição (Gn 45:27; Sl 146:4; 1Sm 30:12; Gn 35:18; 1Rs 17:21)
    • Em muitos contextos ruach e nephesh são usados para referir-se ao “todo imaterial” ou ao próprio “ser” de modo totalizante. Por exemplo, nephesh frequentemente traduzida “alma”, refere-se ao “vivo” (nefesh chayyah), à sede das paixões e à vida que respira; ruach pode designar fôlego, vida, ânimo, ou dimensão espiritual relacional.

Conclusão exegética rápida: a Bíblia distingue termos para realçar aspectos diferentes da vida humana (fôlego, vontade, consciência, relação com Deus), mas não impõe um sistema rígido e técnico de “partes” separáveis e estanques. Em muitos lugares, o vocabulário é fluido e contextualmente funcional.


2. Análise lexical (resumo do alcance semântico)

Hebraico

  • רוּחַ (ruach) — vento, sopro, espírito. Pode significar o sopro vital (fôlego), o ânimo humano (disposição), ou a atuação do Espírito de YHWH. Enfase: dinamismo / princípio relacional com Deus.
  • נֶפֶשׁ (nephesh) — “alma, vida, pessoa”. Frequentemente traduzido “alma”, refere-se ao indivíduo vivente, aos apetites, desejos e interioridade funcional. Enfase: vida pessoal e existencial.
  • נְשָׁמָה (neshamah) — fôlego/respiração; às vezes enfatiza o sopro que anima.

Grego

  • πνεῦμα (pneuma) — equivalente funcional de ruach: espírito, sopro, princípio espiritual; usado tanto para o Espírito de Deus quanto para o espírito humano.
  • ψυχή (psychē) — equivalente de nephesh: alma, vida, o “eu” pulsante (afeto, vontade, identidade).

Ponto crucial: Ambos os campos semânticos se sobrepõem. Em uso bíblico, não se trata de anatomia filosófica, mas de linguagem que destaca aspectos funcionais: ruach/pneuma → dimensão relacional, inspiradora e reveladora; nephesh/psychē → sede das paixões, desejos e vida pessoal.


3. Posições teológicas sobre antropologia (breve avaliação)

  1. Monismo (unitarismo bíblico): enfatiza a unidade da pessoa — “ser humano” como um todo integrado; corpo e “alma/espírito” são maneiras de falar sobre o mesmo ser. Muitos textos do AT favorecem essa linguagem funcional e integrada.
    • Força: evita desvalorização do corpo; é coerente com linguagem hebraica que fala de “alma” como vida integrada.
    • Limite: pode ocultar as distinções textuais entre nephesh e ruach manifestas em várias passagens.
  2. Dicotomia (corpo + imaterial): distingue entre corpo (soma) e “imaterial” (alma/espírito) como duas dimensões da pessoa — comum na teologia cristã tradicional.
    • Força: reflete uso bíblico prático e a realidade da fé (oração, consciência, adoração).
    • Limite: nem sempre explica por que a Escritura emprega dois termos diferentes se forem sinônimos estritos.
  3. Tricotomia (corpo + alma + espírito): separa alma e espírito como realidades distintas (psique = emoções/vontade; pneuma = faculdade relacional com Deus). Baseiam-se em textos como 1Ts 5:23 e Hbr 4:12.
    • Força: permite uma distinção funcional que ajuda em espiritualidade prática (p.ex. “espírito” = comunhão com Deus; “alma” = vida emocional).
    • Limite: risco de criar uma divisão rígida e não-bíblica entre elementos que a Escritura trata de modo entrelaçado.

Recomendação teológica equilibrada: afirmar distinção funcional (alma ≠ espírito em alguns contextos) sem transformar a distinção em uma ontologia inflexível. Em termos pedagógicos: ensinar que a Bíblia usa termos distintos para enfatizar realidades distintas (comunhão, fôlego, vontade, emoção), mas que o ser humano é uma unidade integradora cuja vida espiritual se manifesta na alma e no corpo.


4. Implicações teológicas e pastorais

  1. Comunhão com Deus: se ruach/pneuma é o locus da relação com Deus (Zac 12:1; Jo 4:24), o cultivo espiritual (oração, leitura bíblica, arrependimento) visa essa dimensão — por meio dela a alma é renovada e o corpo testemunha a transformação.
  2. Doutrina da morte: textos como Ec 12:7 e Lc 16 mostram que a dimensão imaterial mantém identidade e consciência após a separação do corpo — isto fornece bases bíblicas para esperança escatológica e responsabilidade ética presente.
  3. Aconselhamento e cuidado pastoral: distinguir experiências psicológicas (afetos, traumas) de experiências espirituais genuínas — requer discernimento. Não todo “estado emocional” é sinal de movimento do pneuma; formação espiritual e supervisão são necessárias.
  4. Teologia prática da santificação: Deus “forma” e molda o espírito (yatsar ruach); cooperação humana (disciplina, arrependimento, comunidade) permite que o Espírito de Deus opere na alma e no corpo.
  5. Liturgia e adoração: entender a adoração “em espírito e em verdade” (Jo 4:24) significa promover cultos que toquem o pneuma (oração, fé) e a psychē (emoção sincera, vontade transformada) sem reducionismos.

5. Aplicação pessoal 

  • Pergunte-se: “Qual parte de mim precisa do sopro de Deus hoje — minha vontade (alma), minha comunhão (espírito), ou ambas?” Use isso como ponto de oração.
  • Para crise e luto: ensinar a família que a Bíblia indica continuidade da pessoa após a morte; orar pela alma/espírito entregue ao Doador.
  • Na formação espiritual: combine práticas que atinjam o pneuma (silêncio, adoração) e a psychē (confissão, aconselhamento) integradas ao cuidado corporal (sono, alimentação, apoio médico quando necessário).

6. Tabela expositiva — resumo prático

Categoria

Termo (Heb./Gr.)

Alcance Semântico

Exemplos Bíblicos

Função / Ênfase

Aplicação pastoral

Matéria / Corpo

עָפָר (ʿāfār) / σῶμα (sôma)

Pó; organismo visível

Gn 2:7; Ec 12:7

Veículo/expressão

Cuidado corporal; integridade ética

Alma (vida pessoal)

נֶפֶשׁ (nephesh) / ψυχή (psychē)

Vida, desejos, emoções, vontade

Gn 35:18; Jó 7:11; Lc 16

Centro afetivo/volitivo

Discipulado emocional; terapia pastoral

Espírito (princípio relacional)

רוּחַ (ruach) / πνεῦμα (pneuma)

Sopro, fôlego, ânimo; relação com Deus

Gn 2:7; Zac 12:1; Ec 12:7; Jo 4:24

Locus da comunhão e do discernimento

Cultivar oração, adoração, sensibilidade ao Espírito

Termos intercambiáveis/holísticos

nephesh / ruach usados globalmente

Referem-se ao “todo imaterial” ou identidade

Sl 146:4; 1Sm 30:12; 1Rs 17:21

Unidade funcional da pessoa

Ensinar unidade da pessoa; evitar reducionismos

Destino / Escatologia

“espírito volta a Deus”

Origem e retorno ao Doador

Ec 12:7; At 7:59; Lc 16

Esperança; prestação de contas

Consolo no luto; ética presente

7. Breves recomendações para ensino em sala / EBD

  1. Use textos contrastantes: ler Gn 2:7, Ec 12:7, Zac 12:1, Jo 4:24 juntos para mostrar distinção funcional e unidade.
  2. Evite rótulos simplistas: em vez de “alma = emoções” e “espírito = oração”, explique funções bíblicas e dê exemplos práticos.
  3. Exercício prático: peça aos alunos que identifiquem no próprio cotidiano onde sua nephesh clama (ansiedade, desejo) e onde seu ruach busca a Deus (oração, paz), e então orar pedindo ao Senhor para moldar ambos.
  4. Cuidado pastoral: esteja pronto para encaminhar quem confunde psicologia com espiritualidade a profissionais apropriados (psicólogo/psiquiatra) além do acompanhamento espiritual.

COMENTARIO EXTRA

Comentário de Hubner Braz

3. A Tênue Divisão entre Alma e Espírito

(1 Tessalonicenses 5.23; Hebreus 4.12)

I. Análise Bíblico-Teológica Aprofundada

1. A tríplice constituição segundo 1 Tessalonicenses 5.23

“E o mesmo Deus de paz vos santifique em tudo; e todo o vosso espírito (πνεῦμα), alma (ψυχή) e corpo (σῶμα) sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo.”

Aqui, Paulo menciona explicitamente três dimensões do ser humano:

  • Espírito – πνεῦμα (pneuma)
    Significa “vento, sopro, espírito”, e no NT refere-se à capacidade humana de comunhão direta com Deus, sensibilidade ao Espírito Santo e percepção espiritual.
  • Alma – ψυχή (psyché)
    Significa “vida, ser interior, emoção, vontade, afetos, personalidade”. É o centro da consciência pessoal, das escolhas, das memórias.
  • Corpo – σῶμα (sôma)
    A dimensão física, que expressa no mundo visível o que ocorre no interior.

Paulo não usa os termos como sinônimos — a conjunção “e” entre cada elemento enfatiza distinções reais, mesmo que funcionais e inter-relacionadas.

A tríplice estrutura não pretende definir filosofia antropológica sistemática, mas expressa que a santificação divina alcança todas as dimensões do ser humano: espiritual, emocional/mental e física.


2. A profundidade da divisão segundo Hebreus 4.12

“Porque a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais penetrante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até à divisão da alma (ψυχῆς) e do espírito (πνεύματος), e das juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração.”

Este versículo é crucial para compreender a tênue distinção entre alma e espírito.

Palavras-chave gregas:

  • merismós (μερισμός) — “divisão, separação”, termo usado raramente, indicando separação cirúrgica, não natural.
    → A Palavra “divide” aquilo que ao olhar humano parece indivisível.
  • psyché (alma) — vida psíquica, emocional, afetiva.
  • pneuma (espírito) — dimensão espiritual, o núcleo de relação com Deus.

A imagem é de uma “cirurgia espiritual”:
A Palavra de Deus discerni, expõe, distingue e revela onde termina o emocional humano e onde começa o impulso espiritual.

Isso implica:

  1. Há uma distinção real entre alma e espírito, ainda que estreita.
  2. Somente Deus pode discernir perfeitamente essa distinção.
  3. A Palavra confronta motivações profundas, revelando aquilo que é:
    • emoção humana,
    • desejo carnal,
    • impulso espiritual legítimo.

3. A Tênue Divisão: Unidade, mas não fusão

A Bíblia mostra que:

  • Alma e espírito são unidades integradas, mas não idênticas.
  • A alma é afetada por experiências terrenas; o espírito é afetado pela relação com Deus.
  • Ambos subsistem na vida após a morte (Lc 16.22–25).

Dessa forma, a Escritura se opõe tanto ao monismo (tudo é uma coisa só) quanto ao dualismo radical grego, porque a antropologia bíblica é holística, mas mantendo distinções funcionais.

4. Implicação teológica importante

A “tênue divisão” significa que:

  • O ser humano não pode discernir sozinho seus próprios impulsos internos.
  • Mesmo aquilo que parece “espiritual” pode ser apenas emocional.
  • É necessário submeter o interior à Palavra, que revela intenções profundas.

II. Aplicação Pessoal

  1. Autodiagnóstico espiritual:
    O crente não deve confiar apenas em sentimentos para identificar a vontade de Deus. É a Palavra que separa emoções humanas do impulso espiritual legítimo.
  2. Vida devocional profunda:
    A santificação deve alcançar espírito, alma e corpo. Não basta apenas ser emocionalmente tocado; é preciso ser espiritualmente transformado.
  3. Discernimento nas decisões:
    Nem tudo que “parece paz” é do espírito; pode ser apenas conforto emocional. A Palavra confronta e esclarece.
  4. Submissão contínua a Deus:
    A vida cristã saudável envolve permitir que o Senhor examine o mais profundo do ser (Sl 139.23–24).
  5. Equilíbrio entre emocional e espiritual:
    O cristão maduro reconhece que sentimentos são importantes, mas não governam a vida; quem governa é o Espírito Santo.

III. Tabela Expositiva: Alma e Espírito em 1 Ts 5.23 e Hb 4.12

Aspecto

Alma (ψυχή – psyché)

Espírito (πνεῦμα – pneuma)

Função principal

Emoções, personalidade, vontade

Comunhão com Deus, intuição espiritual

Campo de atuação

Psíquico, emocional, racional

Espiritual, sobrenatural, revelacional

Sensibilidades

Dor, alegria, tristeza, lembranças

Voz do Espírito Santo, convicção, fé

Continuidade pós-morte

Sim (Lc 16.22–25)

Sim (Ec 12.7)

Precisa de santificação?

Sim (Rm 12.2; 1 Pe 1.22)

Sim (2 Co 7.1)

Pode ser enganada?

Sim — enganos emocionais

Sim — falsas espiritualidades

Discernimento segundo Hb 4.12

A Palavra expõe motivações

A Palavra revela a verdadeira origem das inspirações

Perigo comum

Viver pela emoção

“Espiritualidade” sem Palavra

Propósito redentivo

Renovação da mente

Vida guiada pelo Espírito

Integração com o corpo

Expressa sentimentos

Expressa devoção e adoração

Conclusão Geral

1 Tessalonicenses 5.23 e Hebreus 4.12 ensinam que alma e espírito são distintos, mas profundamente entrelaçados, formando o núcleo imaterial do ser humano.
Somente Deus — por meio de Sua Palavra — consegue discernir essa divisão tão sutil.
A maturidade cristã consiste em permitir que a Palavra penetre até essa profundidade, santificando todas as áreas do ser.

ALERTAS CONTRA DISTORÇÕES DO ENSINO TRICOTOMISTA
“Textos bíblicos que parecem apoiar o tricotomismo incluem 1 Tessalonicenses 5.23, onde Paulo pronuncia a bênção: ‘E todo o vosso espírito, e alma, e corpo sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo’. Em 1 Coríntios 2.14-3.4, Paulo refere-se aos seres humanos como sarkikos (literalmente: ‘carnal’ 3.1,3), psuchikos (literalmente: “segundo a alma’, 2.14) e pneumatikos (literalmente: ‘espiritual’, 2.15). Esses dois textos parecem demonstrar de forma ostensiva três componentes elementares. Vários outros textos parecem distinguir alma e espírito (1 Co 15.44; Hb 4.12). O tricotomismo é bastante popular nos círculos conservadores. H. O. Wiley, porém, indica que erros podem ocorrer quando seus vários componentes ficam fora de equilíbrio. Os gnósticos, antigo grupo religioso sincretista que adotava elementos tanto do paganismo quanto do Cristianismo, sustentavam que, se o espírito emanava de Deus, era imune ao pecado. Os Apolinarianos, grupo herético do século IV condenado por vários concílios eclesiásticos, acreditavam que Cristo possuía corpo e alma, mas que o espírito humano fora substituído pelo Logos divino. Placeu (1596-1655 ou 1665), da Escola de Samur, na França, ensinava que somente o pneuma era criado diretamente por Deus. A alma, dizia, era mera vida animal e perecia com o corpo” (HORTON, Stanley (Ed.). Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2024, pp.248-49).

COMENTARIO EXTRA

Comentário de Hubner Braz

II – ESPÍRITO, PECADO E SANTIFICAÇÃO

1. Pecados do espírito


I. Comentário Bíblico-Teológico Aprofundado

1. A existência dos pecados do espírito

A Bíblia distingue claramente pecados cometidos:

  • no corpo (por ações externas),
  • na alma (pensamentos, impulsos emocionais),
  • e no espírito (atitudes interiores profundas, enraizadas no orgulho e na rebelião).

Os pecados do espírito são destacados por serem:

  • ocultos,
  • sutilmente destrutivos,
  • originadores de muitos outros pecados visíveis.

Esses pecados estão na raiz da rebelião humana contra Deus, porque tocam o núcleo da vida interior.


2. Análise das Palavras-Chave (hebraico e grego)

a) Orgulho / Soberba — Hebraico: גָּאָה (ga’ah); גַּאֲוָה (ga’avah)

Significa: “exaltar-se, elevar-se, ser arrogante”.
Em Pv 16.18, “a soberba precede a ruína”, a palavra usada é ga'avah, indicando uma altivez interior que leva ao colapso moral e espiritual.

b) Vanglória / Arrogância — Grego: τυφόω (tuphóō)

Em 1 Timóteo 3.6, Paulo diz que o presbítero não pode ser “neófito” para não “se ensoberbecer” (tuphóō), que literalmente significa:

  • “encher-se de fumaça”,
  • “ficar cego pela vaidade”,
  • “perder a lucidez espiritual”.

É um pecado que ocorre no espírito, pois ofusca o discernimento e a humildade.

c) Inveja — Hebraico: קִנְאָה (qin’ah)

Indica “ciúme ardente”, “zelo distorcido”, “rivalidade destrutiva”.

Em Pv 15.25, Deus “desarraiga a casa dos soberbos”: ali a soberba e a inveja são atitudes espirituais que provocam a intervenção direta de Deus.

d) Confusão e desordem — Grego: ἀκαταστασία (akatastasía)

Em Tg 3.16, a inveja e a rivalidade geram “confusão” (akatastasía), termo que descreve:

  • instabilidade espiritual,
  • subversão da ordem,
  • rebelião interior.

Esse tipo de desordem nasce no espírito, mas explode na alma e no corpo por comportamentos destrutivos.


3. A Dinâmica dos Pecados do Espírito

Os pecados do espírito formam a raiz de muitos pecados visíveis.

a) Sambalate, Tobias e os amonitas (Ne 4.1–8)

Seus pecados não foram meramente emocionais:

  • zombaria (4.1) — fruto da arrogância;
  • ira intensa (4.1) — reflexo de orgulho ferido;
  • conspiração (4.7–8) — movida por inveja e ódio;
  • tentativa de desânimo (4.2) — desejo de destruição.

O texto hebraico evidencia:

  • ḥārâ (חָרָה) — “arder de raiva”: ira espiritual, destrutiva;
  • qāṣap̄ (קָצַף) — indignação que conduz à oposição contra a obra de Deus.

b) Esses pecados surgem no espírito e transbordam para:

  • Os sentimentos (alma) → ciúmes, ofensas, ira;
  • O comportamento (corpo) → maledicência, fofocas, difamação, agressões;
  • Os relacionamentos → divisões, rupturas, desconfianças;
  • A comunidade → instabilidade, facções, desânimo.

Assim, os pecados do espírito são mais destrutivos porque contaminam a totalidade do ser e atingem muitas pessoas.


4. A Resposta Bíblica: Santificação do Espírito

Em contraste com os pecados do espírito, a Bíblia nos chama a:

  • prudência (Ne 4.9),
  • resiliência espiritual (Ne 4.14),
  • discernimento (Tg 3.13),
  • vencer o mal com o bem (Rm 12.21).

Neemias, em oposição aos inimigos, representa o crente que:

  1. disciplina o espírito,
  2. vigia e ora,
  3. não se desestabiliza,
  4. não revida com o mal,
  5. persevera na missão.

II. Aplicação Pessoal

  1. Exame profundo do espírito
    É preciso permitir que Deus revele as motivações ocultas: orgulho, vaidade, necessidade de aprovação, inveja, desejo de destaque.
  2. Discernir “raízes”, não apenas “frutos”
    Raiva frequente, conflitos constantes e maledicência são sintomas de problemas espirituais mais profundos.
  3. Cultivar a humildade espiritual
    Soberba é um veneno silencioso; humildade é a cura preventiva que abre espaço para a graça (Tg 4.6).
  4. Vigiar contra a comparação
    A inveja surge quando olhamos mais para os outros do que para a missão que Deus nos deu.
  5. Responder como Neemias
    Deus nos chama à:
    • firmeza,
    • vigilância,
    • oração constante,
    • perseverança.
  6. Vencer o mal com o bem
    O maior antídoto para os pecados do espírito é um espírito cheio do Espírito Santo.

III. Tabela Expositiva – Pecados do Espírito

Aspecto

Descrição

Palavra-chave

Efeito Espiritual

Efeito Relacional

Antídoto bíblico

Orgulho

Exaltação interior

גַּאֲוָה (ga’avah)

Cega o discernimento

Gera conflitos

Humildade (Pv 16.18; Tg 4.6)

Arrogância

Autossuficiência

τυφόω (tuphóō)

Fumaça espiritual, confusão

Afastamento

Submissão (1 Tm 3.6)

Vanglória

Buscar aplausos

κενοδοξία (kenodoxia)

Vaidade vazia

Rivalidades

Servir (Fp 2.3)

Inveja

Desejar o mal ao próximo

קִנְאָה (qin’ah)

Corrupção interior

Facções e intrigas

Contentamento (Tg 3.16)

Amargura

Ressentimento profundo

πικρία (pikría)

Envenena o espírito

Rompe relacionamentos

Perdão (Ef 4.31–32)

Discórdia

Semear divisão

ἀκαταστασία (akatastasía)

Instabilidade espiritual

Confusão comunitária

Paz (Rm 12.18)

Ira ardente

Reação descontrolada

חָרָה (ḥārâ)

Fúria destruidora

Desânimo alheio

Mansidão (Ne 4.1–8)

Conclusão

Os pecados do espírito são as raízes espirituais ocultas que geram muitos outros pecados externos. Eles são mais perigosos porque:

  • corrompem o discernimento,
  • atingem diretamente relacionamentos,
  • geram oposição à obra de Deus,
  • e se disfarçam como atitudes normais ou legítimas.

A cura começa quando:

  1. o Espírito Santo ilumina o interior,
  2. a Palavra revela as motivações,
  3. o crente responde como Neemias,
  4. e vence o mal com o bem.

COMENTARIO EXTRA

Comentário de Hubner Braz

2 – Raízes do pecado

I. Comentário Bíblico-Teológico Aprofundado

1. A santificação integral segundo 1 Tessalonicenses 5.23

Paulo afirma:

“E o mesmo Deus de paz vos santifique em tudo; e todo o vosso espírito, alma e corpo sejam plenamente conservados...”

A ordem espírito → alma → corpo indica a direção da santificação na vida cristã.

No processo criacional (Gn 2.7), Deus formou o homem:

  • de fora para dentro — do pó ao fôlego,
  • mas na Redenção, Deus restaura o homem:
  • de dentro para fora — do espírito regenerado ao corpo glorificado.

Essa lógica paulina segue a ordem da salvação:

  1. Regeneração do espírito (novo nascimento – 1 Pe 1.23; Jo 3.6).
  2. Transformação da alma (mente e emoções – Rm 12.2).
  3. Domínio santo do corpo (Rm 6.12-13).

Ou seja, Deus age primeiro no imaterial, no centro da pessoa, e essa ação transborda para o viver externo.


2. O “coração” como centro das raízes espirituais do pecado

A Bíblia frequentemente usa a palavra “coração” para designar:

  • o centro moral e espiritual,
  • a vontade profunda,
  • as motivações secretas,
  • a orientação de vida.

Palavras-chave:

HEBRAICO – לֵב/לֵבָב (lev/levav)

Significa:

  • “núcleo interior”,
  • “sede das decisões”,
  • “intenção profunda”.

Quando Jesus diz em Mateus 15.19:

“Do coração procedem os maus pensamentos...”

Ele está descrevendo o espírito humano como raiz dos pecados, lugar onde se formam:

  • motivações,
  • disposições morais,
  • e inclinações que antecedem os atos.

O problema do homem não começa na conduta externa, mas no “lev” — o interior deformado pelo pecado.


3. A santificação verdadeira: de dentro para fora

a) Profetizado em Ezequiel 36.26–27

“Dar-vos-ei um coração novo... e porei dentro de vós o meu Espírito.”

Três operações divinas são descritas:

  1. Coração novo – mudança do espírito humano (lev renovado).
  2. Espírito novo – nova disposição moral.
  3. Meu Espírito – presença contínua do Espírito Santo capacitando a santidade.

Deus transforma o interior, para então o comportamento mudar.

b) Confirmado por Paulo em Romanos 8.10–13

“O espírito está vivo por causa da justiça.”

A santificação começa com:

  • vida espiritual interior,
  • mortificação dos desejos carnais,
  • e submissão ao Espírito Santo.

c) Produzido no fruto do Espírito (Gl 5.22–23)

O fruto é interno, espiritual, invisível a princípio, mas que gera:

  • atitudes,
  • comportamentos,
  • relacionamentos transformados.

Portanto, para Paulo, santificação não é mudança de hábitos somente, mas principalmente mudança de natureza interior.


4. O perigo do legalismo

Legalismo é a tentativa de:

  • corrigir o exterior sem tratar o interior,
  • obter santidade pelas obras,
  • impor regras sem transformação do espírito,
  • confiar nos próprios méritos.

Jesus denunciou isso em Mateus 23.25–28:

“Limpais o exterior do copo, mas o interior está cheio de rapina...
sepulcros caiados, por fora formosos, mas por dentro cheios de imundícia.”

O legalista:

  • muda comportamentos sem transformar o coração,
  • cria aparências sem vivenciar a graça,
  • foca no corpo e na alma, mas ignora o espírito.

Por isso Efésios 2.8–10 afirma que:

  1. Somos salvos pela graça → origem.
  2. Por meio da fé → instrumento.
  3. Para boas obras → resultado, não causa.

Uma santidade que não brota do espírito regenerado é apenas moralismo exterior.


II. Aplicação Pessoal

  1. Examine suas raízes, não apenas seus frutos.
    Antes de corrigir hábitos, pergunte:
    Por que faço isso?
    O que desejo?
    Que motivação interior alimenta esse comportamento?
  2. Busque transformação no espírito.
    A santidade começa com:
    – comunhão,
    – oração,
    – quebrantamento,
    – vida no Espírito Santo.
  3. Evite o legalismo.
    Não basta “parecer santo”; é preciso ser transformado interiormente.
  4. Permita que Deus mexa nas motivações.
    Ele quer purificar o que ninguém vê.
  5. Confie na graça, não em suas próprias forças.
    Santidade é cooperar com o Espírito, não produzir transformação sozinho.
  6. Lembre-se que mudança verdadeira é um processo.
    Deus está trabalhando “espírito, alma e corpo”.

III. Tabela Expositiva – Raízes do Pecado x Santificação Interior

Tema

Conceito

Termos Bíblicos

Característica

Resultado quando não tratado

Resultado quando santificado

Espírito

Núcleo do ser; onde Deus opera primeiro

Heb. ruach, lev; Gr. pneuma

Fonte das motivações

Pecado oculto; orgulho; vaidade

Obediência; discernimento; temor

Alma

Emoções, intelecto, vontade

Heb. nephesh

Reage às motivações

Irras, invejas, desânimo

Paz, domínio próprio

Corpo

Ação externa

Gr. soma

Expressão visível

Obras da carne

Obras que glorificam a Deus

Raiz do pecado

Desejos e intenções escondidas

Levav (coração)

Ocultas e profundas

Hipocrisia, legalismo

Verdade, sinceridade

Santificação

Transformação interior

hagiasmós

Processo crescente

Estagnação espiritual

Vida no Espírito

Graça

Atuação divina interna

charis

Iniciativa de Deus

Confiança nas obras

Dependência de Deus

Conclusão

A santificação verdadeira:

  • começa no espírito,
  • transforma a alma,
  • e se expressa no corpo.

Quando entendemos isso:

  • somos libertos do legalismo,
  • experimentamos a graça,
  • e vivemos uma santidade autêntica, poderosa e transformadora.

COMENTARIO EXTRA

Comentário de Hubner Braz

3 – Vencendo o pecado

1. A força do pecado enraizado no espírito

O pecado não está apenas nos atos externos, mas profundamente enraizado no espírito, isto é, na disposição interior, no coração (Hb. לֵב lev; Gr. καρδία kardia).
Ele atua como uma lei interna, chamada por Paulo de:

“a lei do pecado” (Rm 7.23)

  • Lei (nomos) aqui significa princípio permanente de operação,
  • uma força que arrasta o ser humano para longe de Deus.

O homem não pode vencê-la por esforço moral. Apenas a graça e o poder do Espírito podem quebrar essa escravidão.


2. A vitória vem pela graça e pelo poder santificador de Deus

Paulo declara que fomos libertos:

“pela lei do Espírito de vida” (Rm 8.2)

Palavra grega: πνεῦμα ζωῆς (pneuma zōēs)

  • pneuma = espírito, sopro, poder vivificante
  • zōē = vida divina, vida eterna

Ou seja, o Espírito Santo aplica em nós a vida ressurreta de Cristo, quebrando o domínio da morte e do pecado.

Rm 8.3–4 ensina que:

  • A Lei não podia mudar o interior humano.
  • Cristo condenou (katakrinō) o pecado na carne — isto é, destruiu seu poder condenatório.
  • Agora a justiça da Lei se cumpre em nós, porque andamos no Espírito.

3. A santificação é possível porque Cristo venceu por nós

Hebreus 10.10

“Temos sido santificados pela oferta do corpo de Jesus Cristo, feita uma vez por todas.”

Palavra grega: ἁγιαζόμενοι (hagiazomenoi)

  • “sendo santificados continuamente”,
  • processo contínuo que se apoia em uma obra concluída — a cruz.

A santificação cristã é o resultado da vitória completa de Cristo e da ação atual do Espírito Santo.


4. Mansidão e humildade: o caminho prático da vitória

Paulo coloca Cristo como modelo:

Fp 2.3–8 – O caminho da humildade

  • “Nada façais por contenda (eritheia, ambição egoísta)”
  • “nem por vanglória (kenodoxia, glória vazia)”
  • “tende em vós o mesmo sentimento (phroneō) que houve em Cristo Jesus”

Jesus:

  • se esvaziou (ἐκένωσεν ekenōsen),
  • se humilhou (ἐταπείνωσεν etapeinōsen),
  • obedeceu até a morte.

A arrogância e a contenda são pecados do espírito porque nascem de uma disposição interior corrompida.
Pessoas “contendendo em nome de Cristo” revelam ausência do caráter de Cristo.


5. O servo de Deus não deve contender

2 Timóteo 2.24

“Ao servo do Senhor não convém contender (machesthai), mas ser brando para com todos.”

Palavra grega:

  • machesthai = entrar em brigas, batalhas verbais, debates agressivos
  • praos = brando, manso, controlado, semelhante à mansidão de Cristo (Mt 11.29)

A vitória sobre o pecado espiritual da arrogância começa pela renúncia das contendas, mesmo quando pensamos estar defendendo o Reino.


6. Purificação contínua: 2 Coríntios 7.1

“Purifiquemo-nos de toda imundícia da carne e do espírito…”

Palavra grega: ἁγιοσύνη (hagiosynē) = santidade ativa, prática, crescente.

Palavra grega: φόβῳ Θεοῦ (phobō Theou) = temor reverente de Deus.

Paulo ensina que a santificação:

  • alcança carne (vícios e práticas externas),
  • e espírito (motivações, orgulho, soberba),
  • é um processo conjunto entre graça divina e disciplina espiritual humana.

II. Aplicação Pessoal

  1. Reconheça a incapacidade humana.
    Suas forças não podem quebrar o pecado interior. É preciso depender totalmente da graça.
  2. Busque o Espírito Santo diariamente.
    É Ele quem produz vida, domínio próprio e vitória real.
  3. Adote o padrão de Cristo: mansidão e humildade.
    Isso corta o pecado da arrogância pela raiz.
  4. Rejeite qualquer forma de contenda “religiosa”.
    Discussões agressivas em nome de Cristo revelam imaturidade espiritual.
  5. Vigie seus motivos, não apenas suas ações.
    Os pecados do espírito (soberba, orgulho, vaidade) precisam ser confessados e tratados.
  6. Pratique os meios da graça:
    • oração,
    • leitura bíblica,
    • comunhão,
    • confissão sincera,
    • submissão ao Espírito.
  7. Santificação é jornada, não evento.
    Continue aperfeiçoando a santidade “no temor de Deus”.

III. Tabela Expositiva – Como Vencer o Pecado do Espírito

Tema

Palavra Bíblica

Significado

Ação Divina

Ação Humana

Resultado

Lei do pecado

nomos

força interior que aprisiona

Cristo condena o pecado

Reconhecer incapacidade

Libertação

Lei do Espírito da vida

pneuma zōēs

poder vivificante do Espírito Santo

Dá vida e força

Andar no Espírito

Vitória sobre a carne

Santificação

hagiazomenoi

santificação contínua

Base na cruz (Hb 10.10)

Submissão à graça

Vida santa

Humildade

tapeinophrosynē

mente humilde

Cristo é o modelo

Renúncia ao orgulho

Crescimento espiritual

Mansidão

prautēs

força sob controle

Espírito produz

Não contender

Relacionamentos saudáveis

Purificação

katharizō

limpar profundamente

Espírito convence

Confissão e disciplina

Santidade crescente

Temor de Deus

phobos Theou

reverência, devoção

Deus revela Sua santidade

Obediência

Vida íntegra

Conclusão

A vitória sobre o pecado — especialmente os pecados do espírito, como orgulho, arrogância e contenda — vem somente:

  • pela graça,
  • pelo poder do Espírito Santo,
  • pela imitação humilde de Cristo,
  • e pela prática dos meios da graça.

Santificação é uma obra divina que se manifesta em um coração humilde e dependente.

COMENTARIO EXTRA

Comentário de Hubner Braz

III – REGENERAÇÃO E ADORAÇÃO

1 – O Novo Nascimento

Comentário Bíblico-Teológico Aprofundado

O Novo Testamento apresenta o Novo Nascimento como a obra inicial e indispensável da salvação. Não é um aperfeiçoamento moral, nem um despertar intelectual, mas uma transformação espiritual operada exclusivamente pelo Espírito Santo.

➤ O termo grego “nascer de novo” (Jo 3.3,5)

Jesus afirma a Nicodemos:

“É necessário nascer ἄνωθεν (ánōthen)”.

Ἄνωθεν pode significar:

  1. “De novo”,
  2. “Do alto”,
  3. “Desde cima”.

A escolha do termo é proposital: o novo nascimento é uma ação que vem de cima, da esfera divina, não da natureza humana nem da disciplina religiosa.

Nicodemos entende a palavra apenas no sentido físico (“como pode um homem nascer sendo velho?”), mas Jesus fala de uma ação sobrenatural, invisível e poderosa, assim como o vento (πνεῦμα — pneuma, que também significa “espírito” ou “sopro”).

O paralelo é claro:

Palavra

Tradução

Sentido teológico

πνεῦμα (pneuma)

espírito, vento

A origem da vida espiritual é o Espírito Santo

γεννάω (gennáō)

gerar, dar à luz

A regeneração é um ato criador

ἄνωθεν (anóthen)

do alto

Deus é o autor absoluto da nova vida

Portanto, regenerar não é “mudar de vida”, mas receber vida de Deus (Ef 2.1).


➤ “Água e Espírito” (Jo 3.5)

Muitos interpretam esse texto como batismo, mas o contexto e a referência ao AT apontam para Ezequiel 36.25–27:

  • água = purificação moral
  • Espírito = nova disposição interior

Em hebraico, o Espírito de Deus é רוּחַ (rúah) – sopro, vento, força viva. A regeneração é o ato pelo qual a rúah de Deus cria um novo coração no ser humano (Ez 36.26).

Assim, Jesus anuncia que o Reino só pode ser recebido por aqueles nos quais Deus realiza essa dupla obra:

  1. purificação interna,
  2. implantação de vida espiritual nova.

➤ Regeneração e Morte Espiritual (Ef 2.1-6)

Paulo afirma:

“Estando mortos (νεκρούς — nekrous) em delitos e pecados…”

A morte espiritual não é inexistência, mas incapacidade de responder a Deus.
Daí a necessidade absoluta da regeneração.

Ele continua:

“Nos vivificou (συνεζωοποίησεν — synezōopoíēsen) com Cristo…”

Este verbo composto mostra que a nova vida do cristão está unida à própria ressurreição de Cristo.
Não é uma “vida melhorada”, mas uma nova criação (2 Co 5.17).


➤ A resistência dos “religiosos” (2 Tm 3.5; 4.3; 1 Tm 6.1–5)

Paulo descreve pessoas que:

  • possuem μόρφωσιν εὐσεβείας (mórphōsin eusebeías) — “forma de piedade”,
  • mas negam (ἠρνημένοι — ērnēmenoi) o poder (δύναμις — dýnamis) da verdadeira vida espiritual.

Isso aponta para a diferença entre:

  • religião externa,
  • vida regenerada.

A regeneração ilumina a mente, purifica o coração e submete a vontade à autoridade da Palavra — justamente o que Nicodemos, apesar de seu conhecimento religioso, ainda não possuía.

Em 2 Tm 4.3, Paulo fala de mestres escolhidos segundo as “próprias concupiscências”, ou seja, interpretações moldadas pelos desejos humanos, não pelas Escrituras.

A raiz disso é a ausência do Espírito regenerador.


Aplicação Pessoal

  1. Examine-se: você já nasceu do alto? O novo nascimento não é um sentimento ou emoção, mas uma mudança profunda na disposição interior, operada pelo Espírito Santo.
  2. Cuidado com a religião sem regeneração:
    É possível ter conhecimento, tradição e até ministério sem nascer de novo. Nicodemos era mestre, mas não tinha vida.
  3. A Bíblia é inerrante e infalível — rejeitar essa verdade revela orgulho espiritual e resistência ao Espírito.
  4. A regeneração produz sede pela verdade: o regenerado não adapta a Bíblia aos seus desejos, mas submete seus desejos à Bíblia.
  5. A comunhão com Deus depende desse novo coração: sem regeneração, resta apenas formalidade; com regeneração, nasce o desejo por santidade e obediência.
  6. Relacionamentos com falsos mestres devem ser evitados (1 Tm 6.5; 2 Tm 2.5): comunhão verdadeira requer unidade doutrinária e espiritual.

Tabela Expositiva

O NOVO NASCIMENTO E O ESPÍRITO REGENERADO

Tópico

Referências

Termos originais

Doutrina

Aplicação

Nascer do alto

Jo 3.3

ἄνωθεν (anóthen) – do alto

Regeneração é obra sobrenatural

Não depende de esforço humano; é graça divina

Vento/Espírito

Jo 3.8

πνεῦμα (pneuma) – espírito/vento

O Espírito dá vida como vento que sopra

A vida espiritual é perceptível pelos frutos

Água e Espírito

Jo 3.5; Ez 36.25-27

רוּחַ (rúah); καθαρισμός (katharismós) – purificação

Regeneração combina purificação e nova vida

Deus limpa e transforma, não apenas perdoa

Mortos em pecados

Ef 2.1

νεκρός (nekrós) – morto

O homem é incapaz de produzir vida espiritual

Precisamos do poder vivificador do Espírito

Vivificados com Cristo

Ef 2.5

συνεζωοποίησεν (synezōopoíēsen) – co-vivificar

Nova vida está unida à ressurreição de Cristo

A nova identidade é espiritual, não emocional

Forma de piedade

2 Tm 3.5

μόρφωσις (mórphōsis) – aparência

Religiosidade sem regeneração

Evitar mestres que rejeitam a Palavra

Rejeição da verdade

2 Tm 4.3

ἐπισωρεύσουσιν (episōreúsousin) – amontoar mestres

Desejos determinam falsas doutrinas

Submeter mente e vontade à Escritura

Sem comunhão com falsos mestres

1 Tm 6.1-5

διαφθείρω (diaphtheirō) – corromper

Falsos mestres corrompem a fé

Manter comunhão com quem ama a verdade

COMENTARIO EXTRA

Comentário de Hubner Braz

2 – Em Espírito e em Verdade

Comentário Bíblico-Teológico Aprofundado

1. A adoração e o problema da localização (Jo 4.20)

A mulher samaritana afirma:

“Nossos pais adoraram neste monte (Monte Gerizim)” (Jo 4.20).

Os samaritanos haviam construído seu culto baseado em tradições, e não na revelação completa. Para ela, adorar era principalmente estar no lugar certo.

Assim como Nicodemos fixava-se na religião institucional, a samaritana se prendia à geografia sagrada — uma adoração centrada em símbolos externos, não em transformação interior.

Jesus quebra totalmente essa lógica.


2. O ensino de Jesus: “Deus é Espírito” (Jo 4.24)

A resposta de Cristo é revolucionária:

“Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade.”

A estrutura grega ajuda a compreender:

Termos-chave

Palavra Grega

Tradução

Significado

πνεῦμα (pneuma)

espírito

interior humano regenerado; dimensão da vida que responde a Deus

ἀλήθεια (alētheia)

verdade

realidade divina revelada; autenticidade; conformidade com a revelação

προσκυνέω (proskyneō)

adorar

prostrar-se, render honra profunda

Jesus ensina que:

  1. Pneuma = a dimensão interior renovada pelo Espírito Santo (Jo 3.5-8).
    Não se trata de emoções, cultos vibrantes ou sensações, mas de vida regenerada que se volta a Deus.
  2. Alētheia = a revelação correta de Deus.
    Ou seja, adorar “em verdade” é adorar segundo as Escrituras, conforme Deus se revelou, não como a tradição imagina.
  3. Proskyneō = a atitude de render-se por completo.
    Não existe verdadeira adoração sem rendição.

Assim, Jesus declara que o lugar não é mais a questão, mas a condição espiritual do adorador.


3. A relação entre novo nascimento e adoração

Jesus associa a conversa com Nicodemos (Jo 3) e com a samaritana (Jo 4) por meio do mesmo tema: a regeneração do espírito.

  • Nicodemos = religião sem vida
  • Samaritana = devoção sem verdade
  • O Novo Nascimento = une vida + verdade

Para adorar “em espírito e em verdade”, o adorador precisa ter:

  1. Vida espiritual verdadeira (pneuma vivificado)
  2. Doutrina correta (alētheia revelada)

Sem regeneração, a adoração degenera em ritual.
Sem verdade, degenera em misticismo.


4. Adoração bíblica não é misticismo (Jo 7.38)

Cristo reforça o ponto:

“Do seu interior fluirão rios de água viva” (Jo 7.38).

A expressão “interior” traduz o grego κοιλία (koilía) — ventre, interior profundo.
A adoração bíblica flui da parte renovada do ser humano, não de influências externas, objetos ou locais.

A ênfase de Jesus é teológica:

  • A adoração não nasce de lugares sagrados, mas de corações transformados.
  • Não nasce de tradições religiosas, mas da vida que o Espírito gera.
  • Não nasce de sensações místicas, mas da verdade revelada.

Aplicação Pessoal

  1. Examine sua adoração:
    Está fundamentada em emoções, tradições ou no conhecimento bíblico unido a um coração regenerado?
  2. Cuidado com misticismos:
    Lugares, objetos, símbolos ou rituais não geram adoração verdadeira.
    Deus busca adoradores, não práticas.
  3. A adoração nasce da verdade:
    Quanto mais profundo é o conhecimento das Escrituras, mais autêntica é a adoração.
  4. Adoração é resposta, não iniciativa humana:
    Nós adoramos porque o Espírito primeiro nos vivificou.
  5. A adoração é contínua:
    Não depende de templos, estilos, música, cultura, mas da condição do coração diante de Deus.
  6. Quem adora corretamente cresce espiritualmente:
    Toda adoração verdadeira nos molda à imagem de Cristo.

Tabela Expositiva — “EM ESPÍRITO E EM VERDADE”

Tema

Texto

Termos Originais

Doutrina Ensinada

Aplicação

A controvérsia do local

Jo 4.20

Adoração exteriorizada, limitada ao visível

Evitar religiosidade de aparência

Deus é Espírito

Jo 4.24

πνεῦμα (pneuma)

A essência de Deus exige adoração espiritual

Buscar vida regenerada pelo Espírito

Adorar

Jo 4.24

προσκυνέω (proskyneō)

Adoração é rendição total da vida

Prostrar-se diante de Deus em submissão

Em espírito

Jo 4.24

πνεῦμα (pneuma)

Adoração nasce no interior regenerado

Cultivar vida devocional autêntica

Em verdade

Jo 4.24

ἀλήθεια (alētheia)

Adoração coerente com a revelação bíblica

Estudar as Escrituras para adorar corretamente

Água viva

Jo 7.38

κοιλία (koilía) – interior

Adoração flui do coração vivificado pelo Espírito

Vida de comunhão profunda com Deus

Rejeição do misticismo

Adoração não depende de montes, objetos, lugares

Centralizar Cristo, não tradições ou rituais

COMENTARIO EXTRA

Comentário de Hubner Braz

3 – Um Espírito Quebrantado

1. O Espírito Quebrantado no Antigo Testamento (Sl 51.17)

Davi declara:

“Sacrifícios agradáveis a Deus são o espírito quebrantado; a um coração quebrantado e contrito não desprezarás, ó Deus” (Sl 51.17).

O texto hebraico utiliza três termos fundamentais:

Palavra

Hebraico

Significado

Espírito

רוּחַ – rûaḥ

fôlego, interior, atitude espiritual

Quebrantado

נִשְׁבָּר – nishbar

quebrado, despedaçado, esmagado

Contrito

דַּכָּא – dakkā’

moído, abatido, humilhado

Davi ensina que Deus rejeita sacrifícios externos quando o coração está endurecido, mas aceita prontamente a adoração interior baseada em contrição real.

O termo nishbar (quebrado) está ligado à ideia de vaso esmagado, e indica uma alma que abandona toda pretensão, todo orgulho e toda autossuficiência.

dakkā’ significa “reduzir ao pó”, e descreve a consciência profunda da necessidade de Deus.

Portanto, “espírito quebrantado” significa:

  • reconhecer totalmente a santidade de Deus
  • reconhecer a própria impotência
  • depender inteiramente da graça

2. Espírito Quebrantado e Adoração “em Espírito e em Verdade” (Jo 4.24)

Jesus afirma:

“Deus é Espírito (πνεῦμα – pneuma)...”

O termo pneuma indica a natureza espiritual de Deus, imaterial, perfeita e santa.
Por isso, o adorador deve ter um espírito compatível com essa natureza — não perfeito, mas quebrantado.

O quebrantamento é a porta para a verdadeira adoração.

A expressão ἐν πνεύματι καὶ ἀληθείᾳ (en pneumati kai alētheia) — “em espírito e em verdade” — significa:

  1. Em espírito → com interior transformado e submisso (não com aparências externas).
  2. Em verdade → conforme a revelação bíblica, não segundo tradições humanas.

O Pentecostalismo Clássico, fundamentado na Escritura e avesso ao misticismo extrabíblico, entende que:

  • O Espírito Santo não opera na exaltação humana, mas no coração contrito.
  • Não é o barulho, a eloquência, a performance ou o ambiente que define a adoração, mas o estado interior do adorador.

Assim como Deus rejeitou o sacrifício de Caim (Gn 4.5), Ele rejeita qualquer adoração externa sem quebrantamento interno.


3. A Simplicidade da Devoção (2 Co 11.3)

Paulo escreve:

“mas receio que... sejam corrompidos da simplicidade (ἁπλότητος – haplótēs) que há em Cristo” (2 Co 11.3).

O termo haplótēs significa:

  • pureza interior
  • simplicidade sem duplicidade
  • devoção sincera sem mistura de vaidade

Um espírito quebrantado é marcado por:

  • ausência de autopromoção
  • ausência de interesse pessoal
  • ausência de orgulho religioso
  • desejo sincero de agradar somente a Deus

Quando a adoração perde simplicidade e ganha performance, perde-se o quebrantamento e, com ele, a presença manifesta de Deus.


Aplicação Pessoal

  1. Submeta seu coração à luz de Deus:
    Peça ao Espírito Santo que revele qualquer orgulho, vaidade ou dureza escondida.
  2. Avalie sua adoração:
    É possível cantar, pregar, ensinar ou servir com perfeição técnica e, ainda assim, não ter espírito quebrantado.
  3. Quebrantamento não é emocionalismo:
    Lágrimas podem acompanhar o quebrantamento, mas não são sinônimo dele.
    O quebrantamento é uma “quebra” da vontade diante de Deus.
  4. Busque a simplicidade em Cristo:
    Adoração verdadeira não precisa de artifícios, mas precisa de verdade interior.
  5. Lembre-se: Deus não despreza o quebrantado (Sl 51.17).
    Ele resiste ao soberbo, mas dá graça ao humilde (Tg 4.6).
  6. Quebrantamento é contínuo:
    Não é um evento, mas uma postura habitual da alma diante de Deus.

Tabela Expositiva — “UM ESPÍRITO QUEBRANTADO”

Tema

Texto

Palavra Original

Doutrina Ensinada

Aplicação

Espírito quebrantado

Sl 51.17

רוּחַ (rûaḥ)

A adoração verdadeira nasce no interior

Cultive humildade diante de Deus

Quebrantado

Sl 51.17

נִשְׁבָּר (nishbar)

Deus aceita o coração despedaçado pelo arrependimento

Reconhecer a própria insuficiência

Contrito

Sl 51.17

דַּכָּא (dakkā’)

Humilhação voluntária da alma

Submeter-se à vontade de Deus

Deus é Espírito

Jo 4.24

πνεῦμα (pneuma)

A adoração deve corresponder à natureza espiritual de Deus

Abandonar rituais vazios

Em espírito

Jo 4.24

πνεῦμα (pneuma)

Adoração interior, regenerada

Buscar novo nascimento e santificação

Em verdade

Jo 4.24

ἀλήθεια (alētheia)

Adoração baseada na revelação bíblica

Adorar conforme a Escritura

Simplicidade

2 Co 11.3

ἁπλότης (haplótēs)

Devoção pura, sem duplicidade

Evitar vaidades e autopromoção

Rejeição do orgulho

Tg 4.6

Deus resiste ao soberbo

Manter postura de humildade constante

A RESTAURAÇÃO DA IMAGEM DE DEUS
“A respeito da imagem moral de Deus nos seres humanos, “Deus fez ao homem reto” (Ec 7.29). Até mesmo os pagãos, que não possuem conhecimento da lei escrita de Deus, conservam uma lei moral escrita por Ele em seus corações (Rm 2.14,15).
Em outras palavras, somente os seres humanos possuem a capacidade de sentir o que é certo e errado, bem como o intelecto e a vontade necessários para escolher entre eles. Por esta razão, os seres humanos são chamados livres agentes morais. Diz-se também que possuem autodeterminação. Efésios 4.22-24 parece indicar que a imagem moral de Deus, embora não completamente erradicada na Queda, foi afetada negativamente até certo ponto. Para restaurar a imagem moral “em verdadeira justiça e santidade”, o pecador precisa aceitar a Cristo e se tornar uma nova criação” (HORTON, Stanley (Ed.). Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal, 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2024, p.260).

COMENTARIO EXTRA

Comentário de Hubner Braz

A conclusão destaca que o espírito humano (hebr. rûaḥ; gr. pneûma) constitui o âmago da existência, sendo o aspecto pelo qual nos relacionamos com Deus. Nas Escrituras, o “espírito” não é apenas o princípio da vida, mas o órgão da comunhão espiritual, aquilo que nos conecta com a realidade divina.


1. A antropologia bíblica do espírito

1) No Antigo Testamento — רוּחַ (rûaḥ)

A palavra hebraica rûaḥ pode significar:

  • vento (Sl 1.4),
  • fôlego (Gn 6.17),
  • espírito humano (Pv 20.27),
  • Espírito de Deus (Gn 1.2).

Em Provérbios 20.27, lemos:

“A rûaḥ do homem é a lâmpada do SENHOR; ela examina todo o seu interior.”

Aqui, o espírito humano é visto como aquilo que Deus ilumina, examina e vivifica. O espírito é o centro da consciência, da devoção e da capacidade de ouvir a voz de Deus.

2) No Novo Testamento — πνεῦμα (pneûma)

No sentido teológico, pneûma é:

  • o sopro da vida (At 7.59),
  • o espírito humano (1 Co 2.11),
  • o Espírito Santo (Jo 14.17).

Em 1 Tessalonicenses 5.23, Paulo distingue espírito, alma e corpo não para dividi-los de modo filosófico, mas para afirmar que toda a existência do cristão deve ser preservada por Deus até o fim.

Assim, quando a conclusão afirma que o espírito humano nos foi dado para manter comunhão com Deus, está ecoando a visão bíblica: o espírito é o ponto de encontro entre Deus e o homem.


2. A vida espiritual: manter a comunhão para não perder o propósito

Na metáfora bíblica, quando o crente deixa de cultivar sua vida espiritual, torna-se vulnerável ao desânimo e à distração — o que Jesus chama de “cuidados da vida” (merímnai biotikái; Lc 21.34).
A palavra merímna traz a ideia de “dividir” ou “separar interiormente”.
Assim, as preocupações não apenas pesam, mas fragmentam.

Por isso, a conclusão lembra que somos seres espirituais, não apenas biológicos ou emocionais. Sem comunhão com Deus, o espírito adoece, a alma se esvazia e o corpo se desgasta.


3. Desfrutar da presença divina: força para a jornada

A comunhão com Deus produz:

  1. fortalecimento espiritual (Ef 3.16 – “fortalecidos com poder no homem interior”),
  2. alegria da alma (Ne 8.10 – “a alegria do Senhor é a vossa força”),
  3. vigor para enfrentar desafios (Is 40.31 – “renovarão as suas forças”).

O verbo usado por Isaías 40.31 para “renovar” é חָלַף ḥālaf, que descreve:

  • troca de forças,
  • substituição de cansaço por vigor,
  • algo como “trocar roupas velhas por novas”.

O crente que vive em comunhão com Deus tem seu interior constantemente renovado, como alguém que recebe novo vigor do alto.

Esta é a mensagem final da lição:
a vida espiritual não é opcional; é vital. Sem ela, perdemos o céu; com ela, caminhamos rumo a ele com alegria e força.


Aplicação Pessoal

  1. Avalie seu interior.
    Pergunte-se: meu espírito está nutrido pela presença de Deus ou sufocado pelos cuidados da vida?
  2. Priorize a comunhão diária.
    Leitura bíblica, oração e adoração não são rituais, mas o “oxigênio” do espírito.
  3. Lembre-se de que você é um ser espiritual.
    Seu valor, propósito e destino são espirituais; não se prenda apenas ao visível ou ao imediato.
  4. Viva com foco no céu.
    A certeza da eternidade transforma a maneira como enfrentamos desafios, provações e tarefas diárias.
  5. Busque ser cheio do Espírito.
    É o Espírito Santo quem dá o vigor necessário para viver em santidade e perseverança.

Tabela Expositiva — O Espírito Humano e a Comunhão com Deus

Tema

Palavra Bíblica

Significado

Texto-chave

Aplicação

Espírito humano

רוּחַ (rûaḥ)

Fôlego, vida interior, centro da comunhão

Pv 20.27

Reconhecer que Deus examina e ilumina nosso interior

Comunhão com Deus

πνεῦμα (pneûma)

Dimensão espiritual pela qual Deus se revela

Jo 4.24

Cultivar uma vida devocional genuína

Cuidado com distrações

μερίμνα (merímna)

Preocupações que fragmentam o coração

Lc 21.34

Evitar que as ansiedades abafem a voz de Deus

Fortalecimento interior

ἐνδυναμόω (endunamóō)

Ser fortalecido com poder divino

Ef 3.16

Buscar poder do Espírito diariamente

Renovação espiritual

חָלַף (ḥālaf)

Trocar forças, substituir o desgaste por vigor

Is 40.31

Esperar em Deus para renovar forças

Alegria da alma

χαρά (chará)

Alegria produzida pelo Espírito

Rm 14.17

Encontrar alegria na presença de Deus

Caminho ao céu

ὁδός (hodós)

Caminho, jornada espiritual

Jo 14.6

Perseverar com fé rumo à eternidade

1- Que ato divino demonstra a doação do espírito ao ser humano?
Feito de uma matéria pré-existente, o pó da terra, o corpo humano estava inerte até receber o sopro divino (o fôlego da vida), ato pelo qual Deus deu ao homem o espírito e o tornou alma vivente (Gn 2.7).
2- Quais os principais textos neotestamentários que mencionam a tríplice composição humana?
No Novo Testamento, 1 Tessalonicenses 5.23 e Hebreus 4.12 se destacam em relação à distinção entre alma e espírito, pois os mencionam expressamente sem qualquer aparência sinonímica.
3- Existem pecados do espírito? Cite exemplos.
Mas também existem pecados do espírito, como o orgulho, a soberba, a vanglória, a arrogância e a inveja (Pv 16.18; 1 Tm 3.6).
4- Onde ficam enraizados os pecados?
É no imaterial, que a Bíblia geralmente chama de “coração”, que o pecado fica enraizado (Mt 15.19).
5- Como vencer a força do pecado?

A força do pecado arraigado em nosso espírito somente é vencida quando deixamos de confiar em nós mesmos e dependemos inteiramente da graça de Deus e seu poder salvador e santificador (Rm 6.14; Hb 10.10).

COMENTARIO EXTRA

Comentário de Hubner Braz

EM BREVE

Racionalismo: conjunto de teorias filosóficas (platonismo, cartesianismo etc.) fundamentadas na suposição de que a investigação da verdade, conduzida pelo pensamento puro, ultrapassa em grande medida os dados imediatos oferecidos pelos sentidos e pela experiência.
Cientificismoconcepção filosófica de matriz positivista que afirma a superioridade da ciência sobre todas as outras formas de compreensão humana da realidade (religião, filosofia metafísica etc.), por ser a única capaz de apresentar benefícios práticos e alcançar autêntico rigor cognitivo.

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Ev. Hubner BrazÉ escritor, professor, blogueiro, baxteriano. Vivendo para o Reino de Deus. Trabalhando incansavelmente para deixar o blog sempre atualizado abençoando e evangelizando as vidas que acessam este espaço de aprendizado cristão. Criador do projeto Pecador Confesso e tem se destacado em palestras e cursos para jovens, casais, obreiros e missões urbanas | (Tecnologia WordPress).

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A. Carson,1,Dalila,1,Dança,1,Daniel,25,Daniel Berg,1,Daniela Mercury,1,Danilo Gentili,1,Dave Hunt,1,Davi,36,Davi e Bate-Seba,9,Davi e Jônatas,18,Davi e Mical,7,de apenas três anos pode ser transferida para SP,1,debate,1,Débora,2,Decisão,1,declaração,6,dedicação,1,deep learning,1,Degeneração,1,Deidade,1,Delírios,1,demissão,2,demônio,12,Demônios,14,Denominação,1,Dentro,1,Denúncias,5,Depressão,2,Deputado Federal,1,derrotando,1,Derrubar,1,Desabamento,1,Desafiando,10,Desafio,10,Desafio Insano,7,Desafio4x4,3,Desapaixonar,3,Descobertas,2,Desculpas,1,Desejo,2,Desenho Bíblico,8,Deserto,17,Desigrejados,17,Despedida,1,Despertamento,1,Destinatários,1,Desunião,1,Deus,123,Deus é Amor,28,Deus está Morto,4,Deus Negro,1,Deus quer te usar,1,deuses falsos,26,Deuteronômio,1,Devaneios,4,Devocional,239,Dez Mandamentos,14,Dez passos,6,Dia,1,Dia da Independência do Brasil,1,Dia de Missões,29,Dia do Evangelista,2,Dia dos Namorados,18,Dia dos Pais,9,Diabetes,1,Diabo,3,Diáconos,12,Diante do Trono,5,Diante do Trono; 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Assista ao vídeo,1,Levítico,1,Liberdade,16,Libertação,1,Libertador,5,Libertinagem,1,Libertos,2,Lição,25,Lição 5,1,Lições,1,Lições Bíblicas,39,Lições Bíblicas da BETEL,506,Lições Bíblicas da CPAD,675,Lições de Vida,28,Líder,8,Líder Adolescente,29,Líder Jovem,30,Liderança,16,Líderes,3,Lídia,1,LinkedIn,1,Lino,1,Lista,2,Litoral,1,Liverpool,1,livre,5,Livre Arbítrio,7,Livres,2,Livro,87,Livro do Trono,5,Livro em Audio,7,Livro Selado,2,Livros - Comentarios,100,Livros Evangelicos,50,livros poéticos,13,Localização,1,Logos,1,Loide,3,Loira,1,Longanimidade,1,Lopes,1,Louco,1,Louvor,10,LSD,1,Lua Nova,1,Lucas,16,Lucifer,1,Lutando,1,Lutas Marciais Mistas,1,Luto,7,Luz,1,Luz do mundo,2,Lya Luft,1,MacBook Air,1,machine learning,1,Maçonaria,1,Maconha,1,Madame de Stael,1,Mãe de Moises,9,‪Magia,1,Magogue,2,Maias,1,Mal,4,Malala,1,Malaquias,4,Manancial,1,Mandamento,8,Manifestação,4,Manifestação em Cristo,2,Manual de missões,23,Mãos,2,Maquiagem,2,Marcador de Páginas,1,Marcas,3,Marcha Para Jesus,2,Marco Pereira,1,Marcos Pereira,2,Mardoqueu,7,Maria Madalena,2,Mário Quintana,2,Martinho Lutero,14,Mártir,2,Mártires Cristãos,4,Massacre,1,Masturbação,7,Materialismo,1,maternal,24,Mateus,2,Matityáhu,1,Matrimonio,7,maturidade cristã,8,Max Lucado,2,Meditação,1,Mega Sena da Virada com Fé,1,Melhor Bíblia de Estudo,11,Melhores Blogs,3,Melhores Sites,4,Meninos de Rua,1,Menor,1,Mensagem,5,MENSAGENS,2,Mensagens para SMS,12,Mensagens SMS,2,Mensal,2,Messias,3,Mestre,4,Mesulão,1,metaverso,1,Meteoro,1,Metusalém,1,Michelle Bolsonaro,1,Mídias Sociais,2,Milagres,17,Milênio,3,Milionário,1,Millôr Fernandes,1,Milton,1,Minas,1,Ministério,25,Ministério Público Federal,2,Miqueias,3,Miriã,2,Misericórdia,6,Missão,45,Missiologia,31,Missionário,29,Missões,25,Mistério,1,Mitologia,1,Mitos,1,MMA,1,Mobilização,2,Moda Bíblica,2,Moda Cristã,2,Moda Evangélica,2,Modelo,3,Modelos,1,Moisés,35,Monarquia,3,Monte,4,Monte Tabor,1,Moralismo,1,Mordomia,9,Mordomo,1,Morrer,2,morte,14,Mortos,3,Motim,6,Motivos,1,Movimento,1,Muda,1,Mulçumano,1,Mulher,19,Mulher de Potifar,13,Mulheres,20,multiplicação,1,Mundo,9,Muro,1,Muros,1,Musica,8,Naama,1,Nacional,3,Namorado,18,Namorar,34,Namoro,115,Não,1,Não Prometeu,2,Nascença,2,Nascimento,4,Natureza,13,Naum,2,Necessidade,2,Neemias,4,Negar,2,Neimar de Barros,5,nem Cristo a Derrotaria,1,Neopentecostal,4,NetFlix,1,Nicodemus,10,Nigéria,1,Nínive,1,Ninrode,1,No Fundo Do Poço,1,Noadia,1,Noé,1,Nome,2,Nome de Bebê,1,Nomes,2,Nora,2,Normalização,3,Norte,1,Noruega,1,Nota,2,Notícia gospel,106,Notícias Gospel,250,Nova,17,Novas Lições,2,Novela,2,Novo,5,Novo Testamento,6,Novos Céus e Nova Terra,12,Novos Convertidos,15,Novos Valores,2,nutricionista,1,Nuvem,1,NX Zero,1,O adeus,1,O beijo de Vancouver,1,O Bom Samaritano,3,O Bom Travesti,1,O casamento negro,2,O Exército de Cleycianne,1,O MINISTÉRIO DE EVANGELISTA,6,O MINISTÉRIO DE PASTOR,18,O Quarto da Porta Vermelha,1,O que é visível e apenas o avesso da Realidade,1,Obadias,2,Obede-Edom,2,Obediência,24,Obesidade,1,Obra,4,Obras,14,obreiro,2,Obstáculos,1,Odio,1,Ofertada,9,Ofertas,10,Oficial,1,Olhando para direção errada,1,Olhar,3,Onde Estiver,1,ônibus,1,Onipotente,1,Onipresente,7,Onisciente,1,Online,1,Onri,1,ONU,1,Opinião,1,Opinião dos Outros,2,Oposição,1,Opressão,1,Oração,30,Orando,1,Orar,4,Orfanato,1,Organização,2,Origem,6,Os Melhores Livros,31,Os Valores do Reino de Deus,3,Oséias,6,Oséias e Gomer,6,Osiel Gomes,5,Outra Chance,3,Ovelha,10,Padrões,1,Paganismo,1,Pagãos,1,Pai,6,Paixão,3,Paixão e Cura,1,Palavra,6,Palavra de Deus,8,Palavras,1,Pandemia,5,Pânico,1,pão,2,Papa,1,Papa Francisco I,1,Papai,6,Papo,1,Paquera,2,Paquistanesa,1,Paquistão,1,Para Sempre,1,Parábolas,34,Paradoxo,2,Paródia Gospel,2,Paródia Gospel da música Kuduro com Jonathan Nemer #RiLitros,1,Participe,1,Partido Trabalhista PT,1,Páscoa,7,Pastor,28,Pastor Paul Mackenzie Nthenge,1,Pastor Presidente da Igreja do Evangelho Quadrangular,1,Pastor que cheirou a Bíblia como droga diz que essa foi a menor loucura que já fez por ela: “Eu já comi a minha Bíblia”. Assista ao vídeo,1,Pastora,2,Pastores,4,Paternidade,2,Patrick Greene,1,patristicas,2,Paulo,33,Pb. Renan Pierini,1,PDF,132,Pecado,48,Pecador Confesso,16,PECC,149,Pedindo,1,Pedofilia,2,Pedofilo,1,Pedra,1,Pedras,1,Pedro,19,peixe,2,Pelos,1,Pensamento,3,Pentateuco,6,Pentecostal,29,Pentecostes,31,Perda,3,Perdão,14,Perdidos,7,Perfeito,2,Perigo,9,Perigos,7,Perlla,1,Permanecer,1,Permitir,1,Perseguição Religiosa,12,Perseguidor,10,Personalizadas,1,Personalizar Foto,1,Perspectiva,1,Pesquisa,2,Pessoa,2,pessoas,5,Peter Moosleitner,1,Philip Yancey,8,Piada,1,Piercing,2,Pinguins,1,pintar unhas,1,Pira,1,Pirataria,1,Pirralha,1,Pison,1,Planeta Terra,2,Plano de Aula,8,PLANO DE LEITURA BÍBLICA,15,Planos,6,Plantador de Igrejas,2,Play Back,1,playboy,1,Plenitude,13,Poder,4,Poema,3,Poesia,4,Polêmica,4,Poligamia,2,Politica,1,Política,1,Pop Gospel,1,Porção,1,pornô,1,Porque caímos sempre nos mesmos pecados?,12,Portões,1,Posse,1,Possível,1,Posto,1,Povos,15,Pr Gilmar Santos,1,Pr Napoleão Falcão,3,Pr. Alexandre Marinho,1,Pr. Caio Fábio,2,Pr. Carvalho Junior,1,Pr. Ciro Sanches Zibordi,3,Pr. Claudionor de Andrade,1,Pr. Jaime Rosa,1,Pr. Jeremias Albuquerque Rocha,1,Pr. Marcelo Cintra,5,Pr. Marco Feliciano,8,Pr. Mário de Oliveira,1,Pr. Silas Malafaia,12,Pr. Yossef Akiva,1,Pragas,4,Praia,1,Prática,2,Praticar,3,Pré-Adolescentes,25,Preço,1,Predestinação,4,PrefiroBeijarABíblia,1,Pregação,24,Pregadores,6,Premier,1,Premium,1,Preocupar,1,Preparado,8,Preparativos,1,Presbíteros,1,presidente,4,Presídio,1,Prevenção,2,previdência,1,Primário,41,Primeira,2,primeiro,4,Primeiro Amor,18,Primeiro Beijo,5,Primícias,2,Primogênitos,1,Princípios,1,Prioridades,2,Prisão,4,Prisioneiro da Paixão,4,privada,1,Problemas,9,Profecia,22,Professor,22,Profeta,66,Profeta Jeremias,30,Profetas,26,Profetas Menores,36,Profética,4,Profético,9,Programa de Educação Cristã Continuada,1,Programa Na Moral,1,Programa Superpop,1,Progressista,1,Projeto,2,Projeto Cura Gay,2,Promessa,30,Prometida,3,Promoção,5,Promoção Blogosfera Apaixonada,2,Propósito,4,Prosperidade,1,Prostituta,2,Proteção,13,Protesto,1,Provai,1,Provê,1,Proverbios,28,PSDB,1,Pura,1,Purifica,12,Puro,1,Pv 4.23,1,Qualidades,1,Quando Deus diz não,9,Queda,10,Quem segue a Cristo,3,Quem Sou?,1,Querer,2,Querite,1,Raça,1,Racismo,1,Rainha de Sabá,4,Rainha Ester,17,Raptare,1,Raquel,2,Realidade,8,Rebeldia,3,Rebelião,1,Receber,2,Reconciliação,2,Reconstrução,1,Recuperação,1,Rede Globo,2,Rede Insana,2,Redenção,3,Redentora,1,redes neurais,1,reflexão,21,reformado,14,regime,1,Regininha,1,Registro Módico,1,regras,1,Rei,3,Rei Xerxes,1,Reinado,16,Reino,20,Reino de Deus,22,Reino dividido,8,Reino do Messias,7,Reis,3,Rejeição,1,Relacionamento,74,Relativismo,3,Relatos,5,Relógio da Oração,5,Remida,1,Renato Aragão esclarece polêmica sobre seu próximo filme sobre o “segundo filho de Deus” que gerou polêmica nas redes sociais.,1,Renuncia,1,Renúncia,1,Reportagem,2,Resenha,78,Reservado,2,Resguardar,1,Resistir,1,Resplandecer,1,Responde,1,Responsabilidade,2,Resposta,1,resposta bíblica,1,Ressurreição,13,Restauração,7,Restauracionismo,1,Resumo,9,Retorno de Cristo,3,Retribua,1,Reuel Bernardino,1,Rev. Augustus Nicodemus,3,Revelação,5,Revelado,1,Revista,268,revolução industrial,1,Rezar e Amar,1,Richard Baxter,1,Rico,5,Rio Tigre,1,Riqueza,3,Riscos,1,Roboão,1,Rock Gospel,1,Rodolfo Abrantes,1,Romanos,13,Roupas,3,Rubem Alves,1,Ruins,1,Russel Shedd,1,Rute,24,Sá de Barros,3,Sábado,1,Sabatina,4,Sabedoria,31,SABER+,4,Sacerdócio,14,Sacerdotal,13,Sacrifício,4,Sadhu Sundar Singh,1,Safira,2,Safra,1,Sal da Terra,1,Salmos,46,Salomão,12,Salvação,42,Salvador,23,Sambalate,1,Samuel,18,Samuel Mariano,1,Sangue,3,Sangue no Nariz,1,Sansão,3,Santa Ceia,6,Santidade,17,Santificação,27,Santo,5,sapienciais,1,sapiências,1,Sara,2,Sarah Sheva,1,Satanás,7,Saudações,2,Saudades,5,Saul,19,Saulo,2,Savífica,1,Secrets by OneRepublic,1,Segredo,1,Seguidor,1,Seguir,1,Segunda,3,Segundo,1,Segundos,1,Segurança,1,Seita,2,Seja um empreendedor Polishop e ganhe dinheiro sem sair de casa,1,Selada,1,Seleção Brasileira,1,Sem,1,Sem Garantia,1,Semeador,11,Semente,4,Sementes,2,Seminário,1,Senhor,4,Senhorio. Jesus,1,Sensibilidade,1,Sentido da Vida,6,Sentimento,2,Sentimentos,4,Separação,2,Separar,2,Ser,3,será que é pago?,2,Serenata de Amor,1,Série Chá Com Professores,4,Série Dicas de Como Liderar,24,Série Mensagem Subliminar,1,Série Versículos Mal Interpretados,5,Sermão,4,Sermão do Monte,4,Sex,2,Sexo,6,Sexual,4,Sexualidade,11,Sidney Sinai,1,SIFRÁ e PUÁ,1,Significados,4,Silas Malafaia,5,Silêncio no Céu,10,Silk,1,Silk Digital,1,Símbolos,1,Simples,1,Sinal,1,Sincero,1,Sistema,2,Sites,3,Slide PC,2,Slider,462,slides,11,Smartphone começa a ser vendido por operadoras nesta quarta-feira (6). Galaxy S3 é o principal rival do iPhone 4S. Compare os dois modelos,1,SMS Gratuito com WhatsApp para seu Smartphone,1,Soberania,1,SOCEP,4,Sofonias,7,Sofrimento,4,Sogra,3,Soldados,5,Solidão,2,Solidariedade,1,Solução,1,Sonhos,5,Sonhos de Valsa,1,Sono,1,Sono da Alma,10,Sorrir,3,Sorteio,2,Sou,1,Subjugação,1,Sublimação,1,Sublimidade,1,Submissão,5,Subsídio,140,Sucessor,1,Sueca,1,Sujeição,1,Sul,1,Sulamita,5,suprema,2,Surface Pro 2,1,Suspenção,1,Sutiã,1,Sutileza,11,Sutilezas,1,tabela,1,Tabernáculo,4,Tabita,1,Tablet,1,Talentos Cristãos,4,Tarado,1,Tarso,1,Tatuagem,3,TCC,1,Teatro,1,Tecido,1,Tecnologia,2,Tela Cinza,1,Telegram,1,Temas,2,Temática,2,Temor,9,Temperamento,1,Tempestade,2,Templo,3,Tempo,5,Tempo de Viver Coisas Novas,3,Tempos,8,tensorflow,1,Tentação,10,Teologia,32,Teologia da Libertação,3,Termino de Namoro,7,Término do Namoro,2,Termos,1,Terra,4,Terra Prometida,8,Terremoto,1,Testamento,1,Testemunho,25,Thalles Roberto,3,Thalles Roberto comenta da repercussão de música cantada por Ivete Sangalo,1,The Best,1,The Noite,1,Theotônio Freire,1,Tiago,19,Tigres,1,Tim Keller,1,timidez,2,Timna,1,Timóteo,13,Timothy Keller,1,Tipos,14,Tiras,1,Tirinha,4,Tirinhas Gospel,13,Tiro,1,tisbita,1,Títulos,1,Tomas de Aquino,1,Top,2,Top Blogs,4,TOP Canais,1,Top Sites Fotos,3,Top5,2,Torá,1,Tozer,1,TPM,1,Trabalho,4,Tragedias no Rio de Janeiro,1,Traição,2,Transcendência,2,Transfer,1,Transforma,2,Tratando de uma leucemia,1,treinamento,1,Trevas,1,Tribunal de Cristo,2,Tribunal de Justiça,1,Tricotomia,14,Trimestre,2,Trindade,19,Trino,2,Triunfal,1,Trono Branco,5,Tudo vê,1,Túnica,1,Tutelar,1,TV,1,TV Band,2,TV Record,3,Twitter,5,UFC,1,Ultimos Dias,1,Últimos Dias,1,um trono e um segredo,3,Uma crente,1,Uma História de Ficção,79,Unção,3,Ungido,2,Unidade,12,Universo,2,Uno,1,Urias,1,Utensilios,1,Uzá,1,Vagabundo Confesso,29,Valdemiro Santiago,4,Valores,1,Vanilda Bordieri,1,Velhice,3,Velho Testamento,1,Velório,1,Vem,2,Vencendo,2,Vencer,2,Vendedor de Droga,1,Vento,5,Ver Deus,1,Veracidade,13,Verdade,15,Verdadeira,8,Verdadeira História,1,Verdadeiro,4,verdades,1,Versículos,4,Viagem,5,Vício,1,Vida,34,VIDA CRISTÃ,6,Vida depois da morte,14,Vida Pessoal,3,Vidas,1,Vídeo,24,Vigilância,2,vinda,5,Vindouro,3,Vinho,1,Violência,2,Virá,2,Virgem,3,Virgindade,3,Virtude,1,Visão,2,Vitor Hugo,1,Vitória em Cristo,1,Vivendo,1,Viver,8,Voca,1,vocacionados,1,Volta,2,Volta de Cristo,5,Votação,1,Wanda Freire da Costa,1,webdevelops,2,Yehoshua,1,Yeshua,1,YOSHÍA,1,You Tube,2,youtuber,2,Zacarias,4,Zaqueu,1,Zelo,5,
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Pecador Confesso: Lição 10 - Espírito – O Âmago da Vida Humana | 4° Trimestre de 2025 | EBD ADULTOS CPAD
Lição 10 - Espírito – O Âmago da Vida Humana | 4° Trimestre de 2025 | EBD ADULTOS CPAD
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