TEXTO PRINCIPAL “Mas os que esperam no SENHOR renovarão as suas forças e subirão com asas como águias; correrão e não se cansarão; caminha...
“Mas os que esperam no SENHOR renovarão as suas forças e subirão com asas como águias; correrão e não se cansarão; caminharão e não se fatigarão.” (Is 40.31)
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
Isaías 40 inaugura a segunda parte do livro, conhecida como o “Livro da Consolação”, onde o profeta, inspirado por Deus, traz palavras de consolo e esperança ao povo que enfrentaria o cativeiro babilônico. O versículo 31 é o clímax de uma seção que exalta a grandiosidade e fidelidade de Deus, contrapondo a fraqueza humana com o poder restaurador divino.
Deus não apenas conhece o sofrimento de Seu povo, mas promete renovar suas forças à medida que eles confiam e esperam n’Ele.
🔍 Análise das Palavras Hebraicas
Palavra/Expressão
Hebraico
Significado e Comentário
“Esperam”
קֹוֵי (qovêy)
Esperar com confiança, expectativa ativa, fé perseverante (não é passividade, mas confiança resiliente).
“Renovarão”
יַחֲלִיפוּ (yachalifu)
Trocar, substituir, mudar – implica uma troca completa de forças humanas por forças divinas.
“Suas forças”
כֹּחַ (koach)
Força, vigor, capacidade – refere-se à energia vital do ser humano.
“Subirão com asas como águias”
יַעֲלוּ כַּנְּשָׁרִים
A águia é símbolo de visão, força e elevação acima das tempestades – imagem poderosa de renovação e domínio.
“Correrão... caminharão”
יָרוּצוּ... יֵלֵכוּ
Indica perseverança constante na jornada de fé, sustentados por Deus.
📚 Referências Acadêmicas Cristãs
- John N. Oswalt (NICOT - The Book of Isaiah): “A força renovada não é mera resistência humana, mas um vigor sobrenatural proporcionado por confiar plenamente no Senhor.”
- Warren Wiersbe (Be Comforted): “Esperar no Senhor não significa ficar parado, mas confiar ativamente no tempo e no poder de Deus para agir.”
- Charles Spurgeon: “A fé que espera no Senhor voa acima das dificuldades como uma águia, corre no caminho dos mandamentos e caminha pacientemente no vale da vida.”
🙌 Aplicação Pessoal
- Esperar no Senhor não é desistir ou ficar parado, mas manter os olhos em Deus com fé, mesmo quando as circunstâncias dizem o contrário.
- A força que vem de Deus não apenas nos restaura, mas nos capacita a ir além do que seria possível humanamente.
- Quando confiamos verdadeiramente no Senhor, somos erguidos acima das crises, fortalecidos em meio ao cansaço e perseverantes em nosso caminhar cristão.
📊 Tabela Expositiva de Isaías 40.31
Elemento do Verso
Significado Bíblico
Aplicação Espiritual
Esperar no Senhor
Confiar com fé ativa e esperança
Mantenha firme sua confiança em Deus
Renovarão suas forças
Receber nova força vinda do alto
Deus troca nosso cansaço por vigor celestial
Subirão com asas como águias
Superar as tempestades pela fé
Elevar-se acima das dificuldades com visão celestial
Correrão e não se cansarão
Perseverança nos desafios intensos
Força para correr na luta diária
Caminharão e não se fatigarão
Resistência nas rotinas da vida
Consistência em meio à monotonia ou pressão
Isaías 40 inaugura a segunda parte do livro, conhecida como o “Livro da Consolação”, onde o profeta, inspirado por Deus, traz palavras de consolo e esperança ao povo que enfrentaria o cativeiro babilônico. O versículo 31 é o clímax de uma seção que exalta a grandiosidade e fidelidade de Deus, contrapondo a fraqueza humana com o poder restaurador divino.
Deus não apenas conhece o sofrimento de Seu povo, mas promete renovar suas forças à medida que eles confiam e esperam n’Ele.
🔍 Análise das Palavras Hebraicas
Palavra/Expressão | Hebraico | Significado e Comentário |
“Esperam” | קֹוֵי (qovêy) | Esperar com confiança, expectativa ativa, fé perseverante (não é passividade, mas confiança resiliente). |
“Renovarão” | יַחֲלִיפוּ (yachalifu) | Trocar, substituir, mudar – implica uma troca completa de forças humanas por forças divinas. |
“Suas forças” | כֹּחַ (koach) | Força, vigor, capacidade – refere-se à energia vital do ser humano. |
“Subirão com asas como águias” | יַעֲלוּ כַּנְּשָׁרִים | A águia é símbolo de visão, força e elevação acima das tempestades – imagem poderosa de renovação e domínio. |
“Correrão... caminharão” | יָרוּצוּ... יֵלֵכוּ | Indica perseverança constante na jornada de fé, sustentados por Deus. |
📚 Referências Acadêmicas Cristãs
- John N. Oswalt (NICOT - The Book of Isaiah): “A força renovada não é mera resistência humana, mas um vigor sobrenatural proporcionado por confiar plenamente no Senhor.”
- Warren Wiersbe (Be Comforted): “Esperar no Senhor não significa ficar parado, mas confiar ativamente no tempo e no poder de Deus para agir.”
- Charles Spurgeon: “A fé que espera no Senhor voa acima das dificuldades como uma águia, corre no caminho dos mandamentos e caminha pacientemente no vale da vida.”
🙌 Aplicação Pessoal
- Esperar no Senhor não é desistir ou ficar parado, mas manter os olhos em Deus com fé, mesmo quando as circunstâncias dizem o contrário.
- A força que vem de Deus não apenas nos restaura, mas nos capacita a ir além do que seria possível humanamente.
- Quando confiamos verdadeiramente no Senhor, somos erguidos acima das crises, fortalecidos em meio ao cansaço e perseverantes em nosso caminhar cristão.
📊 Tabela Expositiva de Isaías 40.31
Elemento do Verso | Significado Bíblico | Aplicação Espiritual |
Esperar no Senhor | Confiar com fé ativa e esperança | Mantenha firme sua confiança em Deus |
Renovarão suas forças | Receber nova força vinda do alto | Deus troca nosso cansaço por vigor celestial |
Subirão com asas como águias | Superar as tempestades pela fé | Elevar-se acima das dificuldades com visão celestial |
Correrão e não se cansarão | Perseverança nos desafios intensos | Força para correr na luta diária |
Caminharão e não se fatigarão | Resistência nas rotinas da vida | Consistência em meio à monotonia ou pressão |
RESUMO DA LIÇÃO
Em meio às perseguições e adversidades, Davi foi sendo preparado por Deus para a missão que a ele estava reservada, mantendo-se sempre fiel e íntegro.
LEITURA SEMANAL
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
Leitura Semanal com Reflexões e Perguntas
Segunda – Salmo 23:4
“A tua vara e o teu cajado me consolam.”
Reflexão:
Mesmo nos momentos mais difíceis, como o “vale da sombra da morte”, Deus nos guia e protege. Sua disciplina e direção são fonte de conforto e segurança.
Pergunta:
Em que situações você tem sentido o consolo da vara e do cajado do Senhor na sua vida?
Terça – Salmo 57
Davi foge de Saul
Reflexão:
Nas adversidades, Davi clama a Deus e confia em Sua proteção. Mesmo em fuga, ele mantém a fé e busca o refúgio divino.
Pergunta:
Como você reage diante de perseguições ou dificuldades? Você busca refúgio e força em Deus como Davi?
Quarta – 2 Coríntios 4:8-9
“Em Jesus somos vitoriosos”
Reflexão:
Podemos estar atribulados, mas não desanimados; perseguidos, mas não desamparados. Em Cristo, a vitória é certa, pois Ele fortalece nossa fraqueza.
Pergunta:
Quais desafios você tem enfrentado? Como a vitória em Jesus tem te sustentado nesses momentos?
Quinta – Provérbios 21:31
“Do Senhor vem a nossa vitória.”
Reflexão:
Por mais que nos preparemos, é Deus quem concede o sucesso. A confiança em Sua soberania deve ser nossa principal estratégia.
Pergunta:
Você tem confiado mais nos seus esforços ou no poder de Deus para alcançar suas vitórias?
Sexta – Êxodo 15:2
“O Senhor é a minha força.”
Reflexão:
Reconhecer Deus como fonte da nossa força nos permite enfrentar batalhas com coragem e confiança, sabendo que Ele está conosco.
Pergunta:
Em que áreas da sua vida você precisa lembrar que o Senhor é sua força?
Sábado – Romanos 8:35-37
“Mais do que vencedores”
Reflexão:
Nada pode nos separar do amor de Cristo. Isso nos torna mais que vencedores, não apenas superando, mas triunfando em todas as situações.
Pergunta:
Você tem experimentado o amor de Cristo que te torna “mais que vencedor”? Como isso impacta sua fé?
Leitura Semanal com Reflexões e Perguntas
Segunda – Salmo 23:4
“A tua vara e o teu cajado me consolam.”
Reflexão:
Mesmo nos momentos mais difíceis, como o “vale da sombra da morte”, Deus nos guia e protege. Sua disciplina e direção são fonte de conforto e segurança.
Pergunta:
Em que situações você tem sentido o consolo da vara e do cajado do Senhor na sua vida?
Terça – Salmo 57
Davi foge de Saul
Reflexão:
Nas adversidades, Davi clama a Deus e confia em Sua proteção. Mesmo em fuga, ele mantém a fé e busca o refúgio divino.
Pergunta:
Como você reage diante de perseguições ou dificuldades? Você busca refúgio e força em Deus como Davi?
Quarta – 2 Coríntios 4:8-9
“Em Jesus somos vitoriosos”
Reflexão:
Podemos estar atribulados, mas não desanimados; perseguidos, mas não desamparados. Em Cristo, a vitória é certa, pois Ele fortalece nossa fraqueza.
Pergunta:
Quais desafios você tem enfrentado? Como a vitória em Jesus tem te sustentado nesses momentos?
Quinta – Provérbios 21:31
“Do Senhor vem a nossa vitória.”
Reflexão:
Por mais que nos preparemos, é Deus quem concede o sucesso. A confiança em Sua soberania deve ser nossa principal estratégia.
Pergunta:
Você tem confiado mais nos seus esforços ou no poder de Deus para alcançar suas vitórias?
Sexta – Êxodo 15:2
“O Senhor é a minha força.”
Reflexão:
Reconhecer Deus como fonte da nossa força nos permite enfrentar batalhas com coragem e confiança, sabendo que Ele está conosco.
Pergunta:
Em que áreas da sua vida você precisa lembrar que o Senhor é sua força?
Sábado – Romanos 8:35-37
“Mais do que vencedores”
Reflexão:
Nada pode nos separar do amor de Cristo. Isso nos torna mais que vencedores, não apenas superando, mas triunfando em todas as situações.
Pergunta:
Você tem experimentado o amor de Cristo que te torna “mais que vencedor”? Como isso impacta sua fé?
Este blog foi feito com muito carinho para você. Ajude-nos
. Envie um pix para e-mail pecadorconfesso@hotmail.com de qualquer valor e você estará colaborando para que esse blog continue trazendo conteúdo exclusivo e de edificação para a sua vida.
OBJETIVOS
INTERAÇÃO
Prezado(a) professor(a), na lição deste domingo veremos que a forma como Davi foi preparado para a sua missão é inspiradora. Diante de muitas adversidades, manteve-se fiel e direcionado por Deus. A sua formação foi resultado de momentos de êxito, conquistas e celebrações, mas também se valeu de períodos de perseguições, lutas e lágrimas. Veremos que em todos os momentos, o Espírito de Deus estava com ele. Sem dúvidas, um convite a nós para nos permitirmos sermos forjados pelo Senhor.
DINAMICA EXTRA
Comentário de Hubner Braz
Dinâmica: “Forjados pelo Fogo”
Objetivo:
Levar os participantes a compreenderem que, assim como Davi foi fortalecido e preparado por Deus durante os tempos de perseguição e dificuldades, nós também podemos crescer e ser moldados espiritualmente nas nossas próprias provações.
Público:
Grupo de jovens ou adultos – pode ser adaptado para crianças com linguagem mais simples.
Material necessário:
- Uma vela acesa (simbolizando o “fogo” da perseguição)
- Um pedaço de ferro, ou uma colher de metal (para simbolizar o material que será “forjado”)
- Papel e canetas para cada participante
- Um recipiente com água (para simbolizar o momento de alívio e consolidação)
- Bíblia para leitura de passagem (Salmo 142; 1 Samuel 23:14-18)
Passo a passo:
1. Introdução (5 min)
Explique brevemente a vida de Davi durante a perseguição de Saul, destacando que ele passou por momentos difíceis, mas Deus o usou para forjá-lo em um grande líder. Leia o Salmo 142, onde Davi clama a Deus na caverna, mostrando sua dependência do Senhor.
2. Apresentação do símbolo (5 min)
Mostre a vela acesa (o “fogo” das dificuldades) e o objeto metálico (a “matéria-prima” que será forjada).
Explique que o ferro só se torna uma espada forte depois de passar pelo fogo, e que o mesmo acontece conosco: as dificuldades “forjam” nosso caráter, nossa fé e nossa maturidade.
3. Reflexão individual (10 min)
Distribua papel e caneta e peça para que cada participante escreva ou desenhe uma situação difícil ou uma “perseguição” que tenha enfrentado (pode ser uma dificuldade, problema familiar, tentação, sofrimento etc.).
Peça que reflitam: Como Deus tem usado essa situação para me fortalecer? O que estou aprendendo? Como posso confiar mais em Deus nesse momento?
4. Compartilhamento (15-20 min)
Forme pequenos grupos (3 a 5 pessoas) para que cada um compartilhe o que escreveu e como tem visto Deus agindo em sua vida durante esses tempos difíceis.
Enfatize o valor da empatia e do encorajamento mútuo.
5. Momento simbólico (10 min)
Após o compartilhamento, peça que cada grupo leve seu papel com a dificuldade até a vela, aproximando-o do fogo (sem queimar o papel, claro) para simbolizar o “fogo da provação”.
Depois, molhem o papel na água para simbolizar a consolidação, o alívio e o cuidado de Deus (como a água que apaga o fogo após o processo de forjamento).
Enquanto isso, leia 1 Samuel 23:14-18, onde Jônatas encoraja Davi.
6. Oração final (5-10 min)
Faça uma oração pedindo que Deus continue forjando e preparando cada participante, dando força, coragem e sabedoria para enfrentar as dificuldades, assim como fez com Davi.
Tempo total estimado: 50-60 minutos
Dicas para potencializar a dinâmica:
- Incentive os participantes a serem sinceros, mas respeitosos na partilha.
- Se houver resistência em compartilhar pessoalmente, permita que escrevam anonimamente para que você leia para o grupo (sem identificar).
- Se o grupo for muito grande, adapte para uma discussão em grupos menores.
- Enfatize a dependência do Espírito Santo como chave para a superação das adversidades.
Dinâmica: “Forjados pelo Fogo”
Objetivo:
Levar os participantes a compreenderem que, assim como Davi foi fortalecido e preparado por Deus durante os tempos de perseguição e dificuldades, nós também podemos crescer e ser moldados espiritualmente nas nossas próprias provações.
Público:
Grupo de jovens ou adultos – pode ser adaptado para crianças com linguagem mais simples.
Material necessário:
- Uma vela acesa (simbolizando o “fogo” da perseguição)
- Um pedaço de ferro, ou uma colher de metal (para simbolizar o material que será “forjado”)
- Papel e canetas para cada participante
- Um recipiente com água (para simbolizar o momento de alívio e consolidação)
- Bíblia para leitura de passagem (Salmo 142; 1 Samuel 23:14-18)
Passo a passo:
1. Introdução (5 min)
Explique brevemente a vida de Davi durante a perseguição de Saul, destacando que ele passou por momentos difíceis, mas Deus o usou para forjá-lo em um grande líder. Leia o Salmo 142, onde Davi clama a Deus na caverna, mostrando sua dependência do Senhor.
2. Apresentação do símbolo (5 min)
Mostre a vela acesa (o “fogo” das dificuldades) e o objeto metálico (a “matéria-prima” que será forjada).
Explique que o ferro só se torna uma espada forte depois de passar pelo fogo, e que o mesmo acontece conosco: as dificuldades “forjam” nosso caráter, nossa fé e nossa maturidade.
3. Reflexão individual (10 min)
Distribua papel e caneta e peça para que cada participante escreva ou desenhe uma situação difícil ou uma “perseguição” que tenha enfrentado (pode ser uma dificuldade, problema familiar, tentação, sofrimento etc.).
Peça que reflitam: Como Deus tem usado essa situação para me fortalecer? O que estou aprendendo? Como posso confiar mais em Deus nesse momento?
4. Compartilhamento (15-20 min)
Forme pequenos grupos (3 a 5 pessoas) para que cada um compartilhe o que escreveu e como tem visto Deus agindo em sua vida durante esses tempos difíceis.
Enfatize o valor da empatia e do encorajamento mútuo.
5. Momento simbólico (10 min)
Após o compartilhamento, peça que cada grupo leve seu papel com a dificuldade até a vela, aproximando-o do fogo (sem queimar o papel, claro) para simbolizar o “fogo da provação”.
Depois, molhem o papel na água para simbolizar a consolidação, o alívio e o cuidado de Deus (como a água que apaga o fogo após o processo de forjamento).
Enquanto isso, leia 1 Samuel 23:14-18, onde Jônatas encoraja Davi.
6. Oração final (5-10 min)
Faça uma oração pedindo que Deus continue forjando e preparando cada participante, dando força, coragem e sabedoria para enfrentar as dificuldades, assim como fez com Davi.
Tempo total estimado: 50-60 minutos
Dicas para potencializar a dinâmica:
- Incentive os participantes a serem sinceros, mas respeitosos na partilha.
- Se houver resistência em compartilhar pessoalmente, permita que escrevam anonimamente para que você leia para o grupo (sem identificar).
- Se o grupo for muito grande, adapte para uma discussão em grupos menores.
- Enfatize a dependência do Espírito Santo como chave para a superação das adversidades.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor(a), reproduza o mapa abaixo no quadro. Utilize-o para mostrar aos seus alunos a perseguição de Saul contra Davi. Diga que Davi foi perseguido implacavelmente, mas no final foi honrado por Deus e alcançou a vitória. Em nossas vidas, o mesmo pode acontecer: somos atribulados, perplexos, perseguidos, abatidos, mas jamais angustiados, desanimados, desamparados ou destruídos (z Co 4.8-11), pois Deus é conosco.

TEXTO BÍBLICO
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
O capítulo 19 de 1 Samuel retrata um momento crítico na tensão entre Saul e Davi. Saul, tomado pela inveja (cf. 1 Sm 18.7-9), já tentara tirar a vida de Davi por meios indiretos, mas agora passa a ordenar sua morte abertamente. A lealdade de Jônatas a Davi, ainda que sendo filho do rei, mostra um compromisso superior com a verdade, a justiça e a aliança de amizade firmada com Davi (1 Sm 18.1-4).
📜 Análise Versículo a Versículo e Palavras Hebraicas
Verso 1 – Saul trama a morte de Davi
“E falou Saul a Jônatas, seu filho, e a todos os seus servos, para que matassem Davi.”
- "Matassem" (הָמִית – hamit): verbo intensivo do hebraico, indica matar deliberadamente, com intenção.
- A expressão mostra que o coração de Saul estava dominado pela hostilidade, sem mais disfarces.
🔍 Aplicação: O pecado da inveja pode levar a decisões injustas e trágicas. Saul, dominado pelo ciúme, se afasta da vontade de Deus.
Verso 2 – Jônatas avisa Davi
“Jônatas [...] estava mui afeiçoado a Davi.”
- “Afeiçoado” (חָפֵץ – chafets): Desejar intensamente, ter prazer, amar profundamente.
- Mostra que Jônatas tinha um amor altruísta por Davi, baseado em honra e justiça, não em interesse pessoal.
🔍 Aplicação: A verdadeira amizade busca proteger o outro, mesmo em situações difíceis. Jônatas arrisca-se ao alertar Davi.
Verso 3 – Jônatas intercede por Davi
“Eu falarei de ti a meu pai [...] e verei o que houver, e o anunciarei.”
- Jônatas age como mediador, um papel tipicamente messiânico. Ele representa um modelo de reconciliação.
🔍 Aplicação: O cristão é chamado a ser pacificador e intercessor, como Jônatas – buscar justiça sem abandonar a fidelidade.
Verso 4 – Jônatas advoga por Davi
“Não peque o rei contra seu servo Davi [...] seus feitos te são muito bons.”
- "Não peque" (אַל־יֶחֱטָא – al-yecheta): forma negativa do verbo “pecar” (chata), aqui usado em sentido legal e moral.
- Jônatas apela à consciência de seu pai, argumentando com base na justiça e nos méritos de Davi.
🔍 Aplicação: Defender a verdade exige coragem. Jônatas usa argumentos racionais e morais para impedir uma injustiça.
Verso 5 – Jônatas apresenta razões objetivas
“Feriu os filisteus [...] grande livramento [...] tu mesmo o viste e te alegraste [...] por que, pois, pecarias contra sangue inocente?”
- “Sangue inocente” (דָּם נָקִי – dam naqiy): expressão legal que designa injustiça capital contra alguém que não merece a morte.
- Jônatas apela à lembrança da gratidão passada e ao juízo de Deus.
🔍 Aplicação: A memória dos atos de Deus por meio de alguém deve superar qualquer sentimento pessoal. A ingratidão é raiz de muitos pecados.
Verso 6 – Saul cede momentaneamente
“E Saul deu ouvidos à voz de Jônatas [...] Vive o Senhor, que não morrerá.”
- “Deu ouvidos” (שָׁמַע – shama): ouvir com atenção e obediência.
- Saul jura pelo nome de Deus (YHWH) que não matará Davi – embora esse juramento se revele fraco mais tarde.
🔍 Aplicação: Há momentos em que os injustos recuam diante da verdade, mas sem mudança de coração o pecado retornará.
Verso 7 – Reunião de Davi com Saul
“E Jônatas levou Davi a Saul, e esteve perante ele como dantes.”
- Um restabelecimento temporário da relação.
- Porém, não havia arrependimento genuíno em Saul.
🔍 Aplicação: A paz pode ser restituída externamente, mas sem mudança interior, o conflito persiste.
📚 Referências Acadêmicas Cristãs
- John MacArthur (Study Bible): “Jônatas mostra-se como o modelo de lealdade e amizade piedosa, disposto a contrariar até seu pai por causa da justiça.”
- Keil & Delitzsch (Commentary on the Old Testament): “O amor de Jônatas a Davi era mais que amizade humana; era fidelidade à vontade de Deus revelada.”
- Matthew Henry: “Jônatas fala com sabedoria e coragem. Ele ensina como é possível fazer oposição justa com respeito.”
📊 Tabela Expositiva – 1 Samuel 19.1-7
Versículo
Ação Principal
Tema Espiritual
Aplicação Pessoal
1
Saul ordena a morte de Davi
Inveja, injustiça
O ciúme pode levar à destruição se não for vencido
2
Jônatas avisa Davi
Amizade fiel, lealdade
Proteja os justos, mesmo com risco pessoal
3
Jônatas intercede
Mediação, reconciliação
Seja um pacificador em tempos de conflito
4
Jônatas defende Davi
Justiça, sabedoria
Fale com coragem em favor da verdade
5
Apela à razão e à memória espiritual
Gratidão, inocência
Lembre-se dos feitos de Deus por meio das pessoas
6
Saul promete não matar Davi
Influência da verdade
A verdade pode frear a injustiça temporariamente
7
Davi volta à presença de Saul
Restauração momentânea
A paz exterior sem arrependimento é frágil
🙌 Aplicação Final
Este texto nos convida a refletir sobre amizade leal, coragem moral e intercessão verdadeira. Jônatas é um modelo de alguém que ama a justiça acima do poder, e a amizade acima do interesse pessoal. A atitude dele reflete o caráter de Cristo, nosso intercessor perfeito, que também falou bem de nós diante do Pai, mesmo quando merecíamos o juízo (cf. 1 Jo 2.1).
O capítulo 19 de 1 Samuel retrata um momento crítico na tensão entre Saul e Davi. Saul, tomado pela inveja (cf. 1 Sm 18.7-9), já tentara tirar a vida de Davi por meios indiretos, mas agora passa a ordenar sua morte abertamente. A lealdade de Jônatas a Davi, ainda que sendo filho do rei, mostra um compromisso superior com a verdade, a justiça e a aliança de amizade firmada com Davi (1 Sm 18.1-4).
📜 Análise Versículo a Versículo e Palavras Hebraicas
Verso 1 – Saul trama a morte de Davi
“E falou Saul a Jônatas, seu filho, e a todos os seus servos, para que matassem Davi.”
- "Matassem" (הָמִית – hamit): verbo intensivo do hebraico, indica matar deliberadamente, com intenção.
- A expressão mostra que o coração de Saul estava dominado pela hostilidade, sem mais disfarces.
🔍 Aplicação: O pecado da inveja pode levar a decisões injustas e trágicas. Saul, dominado pelo ciúme, se afasta da vontade de Deus.
Verso 2 – Jônatas avisa Davi
“Jônatas [...] estava mui afeiçoado a Davi.”
- “Afeiçoado” (חָפֵץ – chafets): Desejar intensamente, ter prazer, amar profundamente.
- Mostra que Jônatas tinha um amor altruísta por Davi, baseado em honra e justiça, não em interesse pessoal.
🔍 Aplicação: A verdadeira amizade busca proteger o outro, mesmo em situações difíceis. Jônatas arrisca-se ao alertar Davi.
Verso 3 – Jônatas intercede por Davi
“Eu falarei de ti a meu pai [...] e verei o que houver, e o anunciarei.”
- Jônatas age como mediador, um papel tipicamente messiânico. Ele representa um modelo de reconciliação.
🔍 Aplicação: O cristão é chamado a ser pacificador e intercessor, como Jônatas – buscar justiça sem abandonar a fidelidade.
Verso 4 – Jônatas advoga por Davi
“Não peque o rei contra seu servo Davi [...] seus feitos te são muito bons.”
- "Não peque" (אַל־יֶחֱטָא – al-yecheta): forma negativa do verbo “pecar” (chata), aqui usado em sentido legal e moral.
- Jônatas apela à consciência de seu pai, argumentando com base na justiça e nos méritos de Davi.
🔍 Aplicação: Defender a verdade exige coragem. Jônatas usa argumentos racionais e morais para impedir uma injustiça.
Verso 5 – Jônatas apresenta razões objetivas
“Feriu os filisteus [...] grande livramento [...] tu mesmo o viste e te alegraste [...] por que, pois, pecarias contra sangue inocente?”
- “Sangue inocente” (דָּם נָקִי – dam naqiy): expressão legal que designa injustiça capital contra alguém que não merece a morte.
- Jônatas apela à lembrança da gratidão passada e ao juízo de Deus.
🔍 Aplicação: A memória dos atos de Deus por meio de alguém deve superar qualquer sentimento pessoal. A ingratidão é raiz de muitos pecados.
Verso 6 – Saul cede momentaneamente
“E Saul deu ouvidos à voz de Jônatas [...] Vive o Senhor, que não morrerá.”
- “Deu ouvidos” (שָׁמַע – shama): ouvir com atenção e obediência.
- Saul jura pelo nome de Deus (YHWH) que não matará Davi – embora esse juramento se revele fraco mais tarde.
🔍 Aplicação: Há momentos em que os injustos recuam diante da verdade, mas sem mudança de coração o pecado retornará.
Verso 7 – Reunião de Davi com Saul
“E Jônatas levou Davi a Saul, e esteve perante ele como dantes.”
- Um restabelecimento temporário da relação.
- Porém, não havia arrependimento genuíno em Saul.
🔍 Aplicação: A paz pode ser restituída externamente, mas sem mudança interior, o conflito persiste.
📚 Referências Acadêmicas Cristãs
- John MacArthur (Study Bible): “Jônatas mostra-se como o modelo de lealdade e amizade piedosa, disposto a contrariar até seu pai por causa da justiça.”
- Keil & Delitzsch (Commentary on the Old Testament): “O amor de Jônatas a Davi era mais que amizade humana; era fidelidade à vontade de Deus revelada.”
- Matthew Henry: “Jônatas fala com sabedoria e coragem. Ele ensina como é possível fazer oposição justa com respeito.”
📊 Tabela Expositiva – 1 Samuel 19.1-7
Versículo | Ação Principal | Tema Espiritual | Aplicação Pessoal |
1 | Saul ordena a morte de Davi | Inveja, injustiça | O ciúme pode levar à destruição se não for vencido |
2 | Jônatas avisa Davi | Amizade fiel, lealdade | Proteja os justos, mesmo com risco pessoal |
3 | Jônatas intercede | Mediação, reconciliação | Seja um pacificador em tempos de conflito |
4 | Jônatas defende Davi | Justiça, sabedoria | Fale com coragem em favor da verdade |
5 | Apela à razão e à memória espiritual | Gratidão, inocência | Lembre-se dos feitos de Deus por meio das pessoas |
6 | Saul promete não matar Davi | Influência da verdade | A verdade pode frear a injustiça temporariamente |
7 | Davi volta à presença de Saul | Restauração momentânea | A paz exterior sem arrependimento é frágil |
🙌 Aplicação Final
Este texto nos convida a refletir sobre amizade leal, coragem moral e intercessão verdadeira. Jônatas é um modelo de alguém que ama a justiça acima do poder, e a amizade acima do interesse pessoal. A atitude dele reflete o caráter de Cristo, nosso intercessor perfeito, que também falou bem de nós diante do Pai, mesmo quando merecíamos o juízo (cf. 1 Jo 2.1).
INTRODUÇÃO
A história de Davi foi marcada por uma perseguição implacável. Desde o dia em que o gigante Golias tombou ao chão, a vida do jovem foi ameaçada pela postura enciumada do rei que buscava, de todas as formas, matá-lo. Uma jornada que parecia fácil, do momento da unção ao reconhecimento como rei, se tomou um caminho repleto de dificuldades e flagelos impiedosos. Nesta lição estudaremos essa importante área da vida humana, o desenvolvimento diante das adversidades
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
A história de Davi não é apenas a de um jovem pastor que se tornou rei, mas também a de alguém que passou por intensas provações no processo de seu chamado. Desde que foi ungido por Samuel (1 Sm 16.13), até o dia em que se assentou no trono de Israel (2 Sm 5.3-4), Davi enfrentou inúmeras tribulações — sendo a mais constante delas a perseguição de Saul, movida por ciúme e medo de perder o trono.
Essa perseguição não teve início após uma rebelião de Davi, mas sim após a vitória pública sobre Golias (1 Sm 17), quando o povo passou a cantar: “Saul feriu os seus milhares, porém Davi os seus dez milhares” (1 Sm 18.7). Essa frase foi a semente do ódio de Saul, que viu em Davi uma ameaça ao seu reinado.
O caminho da promessa à realização da promessa raramente é fácil. Deus havia escolhido Davi, mas não o isentou do sofrimento. Ao contrário, as adversidades foram o laboratório divino para o forjar de seu caráter, fé, humildade e dependência total do Senhor.
🔍 Aspectos Teológicos Presentes na Introdução
- Soberania de Deus no processo da vocação:
- Deus unge Davi, mas permite a perseguição para que ele seja moldado.
- Cf. Romanos 8.28 – “Todas as coisas cooperam para o bem...”
- Teologia da adversidade:
- Davi foi forjado no fogo da aflição.
- Cf. Salmos 119.71 – “Foi-me bom ter sido afligido, para que aprendesse os teus estatutos.”
- Contraste entre o favor de Deus e a oposição humana:
- A aprovação divina gera muitas vezes rejeição humana.
- Cf. João 15.19 – “Se vós fósseis do mundo, o mundo amaria o que era seu...”
- O sofrimento como escola para o chamado:
- Davi aprendeu a confiar, a orar, a esperar — especialmente nos momentos em que estava em cavernas ou fugindo de Saul.
📚 Referências Acadêmicas Cristãs
- Walter Brueggemann (em First and Second Samuel, Interpretation Commentary):
“A narrativa de Davi é a história do poder divino que se desenvolve não por meio da força, mas da fidelidade em meio à perseguição.”
- Hernandes Dias Lopes (em O Perfil de Um Líder Segundo o Coração de Deus):
“Deus não chama pessoas prontas; Ele as prepara. O deserto de Davi não foi para matá-lo, mas para formá-lo.”
📊 Esboço Homilético da Introdução
Tema: Desenvolvendo-se em Meio às Adversidades
- A escolha divina não elimina a luta humana – (1 Sm 16.13 vs. 1 Sm 19.1)
- O sucesso espiritual desperta oposição carnal – (1 Sm 18.6-9)
- A adversidade como ferramenta de Deus – (Salmos 34.19; 119.71)
- A fidelidade de Davi diante da injustiça de Saul – (1 Sm 24.6)
🙌 Aplicação Pessoal
Cada crente chamado por Deus enfrentará algum tipo de “Saul” em sua caminhada: um sistema que resiste, pessoas que invejam, dificuldades que tentam esmagar a fé. No entanto, como Davi, somos chamados a permanecer fiéis e confiantes.
“As adversidades que enfrentamos não anulam o chamado de Deus; elas o aperfeiçoam.”
A história de Davi não é apenas a de um jovem pastor que se tornou rei, mas também a de alguém que passou por intensas provações no processo de seu chamado. Desde que foi ungido por Samuel (1 Sm 16.13), até o dia em que se assentou no trono de Israel (2 Sm 5.3-4), Davi enfrentou inúmeras tribulações — sendo a mais constante delas a perseguição de Saul, movida por ciúme e medo de perder o trono.
Essa perseguição não teve início após uma rebelião de Davi, mas sim após a vitória pública sobre Golias (1 Sm 17), quando o povo passou a cantar: “Saul feriu os seus milhares, porém Davi os seus dez milhares” (1 Sm 18.7). Essa frase foi a semente do ódio de Saul, que viu em Davi uma ameaça ao seu reinado.
O caminho da promessa à realização da promessa raramente é fácil. Deus havia escolhido Davi, mas não o isentou do sofrimento. Ao contrário, as adversidades foram o laboratório divino para o forjar de seu caráter, fé, humildade e dependência total do Senhor.
🔍 Aspectos Teológicos Presentes na Introdução
- Soberania de Deus no processo da vocação:
- Deus unge Davi, mas permite a perseguição para que ele seja moldado.
- Cf. Romanos 8.28 – “Todas as coisas cooperam para o bem...”
- Teologia da adversidade:
- Davi foi forjado no fogo da aflição.
- Cf. Salmos 119.71 – “Foi-me bom ter sido afligido, para que aprendesse os teus estatutos.”
- Contraste entre o favor de Deus e a oposição humana:
- A aprovação divina gera muitas vezes rejeição humana.
- Cf. João 15.19 – “Se vós fósseis do mundo, o mundo amaria o que era seu...”
- O sofrimento como escola para o chamado:
- Davi aprendeu a confiar, a orar, a esperar — especialmente nos momentos em que estava em cavernas ou fugindo de Saul.
📚 Referências Acadêmicas Cristãs
- Walter Brueggemann (em First and Second Samuel, Interpretation Commentary):
“A narrativa de Davi é a história do poder divino que se desenvolve não por meio da força, mas da fidelidade em meio à perseguição.” - Hernandes Dias Lopes (em O Perfil de Um Líder Segundo o Coração de Deus):
“Deus não chama pessoas prontas; Ele as prepara. O deserto de Davi não foi para matá-lo, mas para formá-lo.”
📊 Esboço Homilético da Introdução
Tema: Desenvolvendo-se em Meio às Adversidades
- A escolha divina não elimina a luta humana – (1 Sm 16.13 vs. 1 Sm 19.1)
- O sucesso espiritual desperta oposição carnal – (1 Sm 18.6-9)
- A adversidade como ferramenta de Deus – (Salmos 34.19; 119.71)
- A fidelidade de Davi diante da injustiça de Saul – (1 Sm 24.6)
🙌 Aplicação Pessoal
Cada crente chamado por Deus enfrentará algum tipo de “Saul” em sua caminhada: um sistema que resiste, pessoas que invejam, dificuldades que tentam esmagar a fé. No entanto, como Davi, somos chamados a permanecer fiéis e confiantes.
“As adversidades que enfrentamos não anulam o chamado de Deus; elas o aperfeiçoam.”
1- UMA PERSEGUIÇÃO IMPLACÁVEL
1- Quando a fuga é necessária. Ao ser escolhido por Deus e ungido por Samuel, Davi passou a ter em sua vida a presença do Espírito. Essa condição foi decisiva, desde o embate com Golias, passando pelos episódios de aplacamento da ira de Saul, pelas inúmeras batalhas travadas defendendo Israel, pelos momentos de grandes lutas, bem como pelos períodos de paz e descanso, foram sempre envolvidos em uma espiritualidade cultivada pelo desejo de intimidade com Deus. As perseguições foram se intensificando e obrigando Davi a iniciar uma época de constantes fugas a fim de salvar sua vida. Mesmo temente a Deus, fiel ao rei, dedicado em proteger o povo de Israel, íntegro e humilde, as maldades de Saul se intensificaram e a morte se tornou uma possibilidade nítida. Finalmente Davi precisou deixar tudo para trás e se pôs em uma jornada, ainda incerta, em busca da sobrevivência para um dia reivindicar o seu lugar no trono. Para termos uma ideia de quão feroz era a perseguição imposta por Saul, no início da fuga, Davi foi ajudado por Aimeleque, o sacerdote Por esse motivo o rei ordenou que uma linhagem inteira de sacerdotes fosse morta em Nobe, além de mulheres e crianças (1 Sm 22:11-19).
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
1. Quando a fuga é necessária
✦ Comentário Bíblico-Teológico Profundo
Ao ser ungido por Samuel (1 Sm 16.13), Davi passou a viver sob a influência direta do Espírito do Senhor, o que marcou não apenas sua vida espiritual, mas também sua trajetória histórica como escolhido de Deus. O texto diz:
“Desde aquele dia em diante, o Espírito do Senhor se apoderou de Davi” (1 Sm 16.13b).
No hebraico, a palavra usada para “apoderou” é צָלַח – tsalach, que também significa "prosperar", "ter sucesso", ou "agir poderosamente". Isso indica que a unção do Espírito não apenas concedeu dons espirituais a Davi, mas o capacitou com graça e poder para cumprir seu chamado.
Porém, junto com o favor divino veio a perseguição humana. Saul, tomado de inveja, passou de aliado a inimigo mortal. A perseguição não foi episódica, mas se transformou em um ataque sistemático e implacável contra a vida de Davi, mesmo ele sendo:
- submisso à autoridade do rei (1 Sm 24.6),
- defensor de Israel (1 Sm 18.5),
- adorador sincero (Sl 34.1).
🔥 O Custo de Andar com Deus
Davi, mesmo sendo justo, foi perseguido. Isso ecoa princípios que se aplicam a todo servo de Deus:
“E também todos os que piamente querem viver em Cristo Jesus padecerão perseguições.” (2 Tm 3.12)
A fuga de Davi não foi covardia, mas um ato de prudência e preservação, conforme o princípio bíblico de que há tempo de falar e tempo de calar, tempo de avançar e tempo de recuar (Ec 3.1-8).
🏞️ Contexto Histórico e Bíblico
- A fuga de Davi marca o início de seu "exílio interno" dentro de Israel: ele passou por cidades, cavernas, montanhas e até por território inimigo, como Gate (1 Sm 21.10).
- Quando Davi é ajudado por Aimeleque em Nobe, isso desencadeia uma ação brutal de Saul: a morte de 85 sacerdotes e o massacre de inocentes (1 Sm 22.18-19).
- Este ato mostra o grau de loucura, paranoia e crueldade que dominava o rei.
- A linhagem sacerdotal foi quase exterminada. Somente Abiatar escapou (1 Sm 22.20), e mais tarde se uniria a Davi, fortalecendo ainda mais a dimensão espiritual do seu futuro reinado (cf. 2 Sm 8.17).
📚 Referências Acadêmicas Cristãs
- John MacArthur (Estudo Bíblico MacArthur, sobre 1 Samuel 19):
“Davi não foi um revolucionário, mas um servo fiel, cuja lealdade foi recompensada com suspeita e perseguição. A injustiça de Saul expôs o contraste entre o coração endurecido e o coração segundo Deus.”
- Paul House (em 1, 2 Samuel, NIV Application Commentary):
“A fuga de Davi é a pedagogia de Deus em ação. Ele ensina a Davi, e a nós, que os desertos e cavernas formam reis — não os palácios.”
🧠 Palavras Hebraicas Importantes
Palavra
Hebraico
Significado
Aplicação
Espírito
רוּחַ (rûach)
Sopro, Espírito de Deus
Representa capacitação e direção divina.
Perseguição
רָדַף (radaph)
Correr atrás, caçar
Indica insistência violenta, implacável.
Fugir
בָּרַח (barach)
Escapar, fugir
A fuga de Davi não foi covarde, mas tática e prudente.
Inocente
נָקִי (naqiy)
Limpo, sem culpa
Descreve a situação de Davi diante da acusação injusta.
🙌 Aplicação Pessoal
Muitos crentes esperam que o chamado de Deus venha com conforto imediato, mas o exemplo de Davi nos ensina que Deus nos chama e depois nos molda. Os desertos e perseguições da vida:
- Revelam quem somos de fato;
- Provam nossa fidelidade a Deus;
- Nos preparam para posições maiores no Reino.
Assim como Davi, talvez sejamos injustamente perseguidos, criticados ou mal interpretados. Mas a fidelidade em tempos difíceis é o que prepara o coração para reinar com Cristo (2 Tm 2.12).
📊 Tabela Expositiva Resumo
Elemento
Descrição
Referência
Ungido por Deus
Davi recebe o Espírito e é separado para o trono
1 Sm 16.13
Crescimento espiritual
O Espírito opera força, sabedoria e coragem
Sl 27.1; 1 Sm 17
Início da perseguição
Ciúmes de Saul após a vitória sobre Golias
1 Sm 18.6-9
Fuga necessária
Davi foge para preservar a vida
1 Sm 19.10, 21.10
Massacre de Nobe
Saul manda matar sacerdotes por ajudarem Davi
1 Sm 22.11-19
Fidelidade de Davi
Não revida; espera o tempo de Deus
1 Sm 24.6-10
1. Quando a fuga é necessária
✦ Comentário Bíblico-Teológico Profundo
Ao ser ungido por Samuel (1 Sm 16.13), Davi passou a viver sob a influência direta do Espírito do Senhor, o que marcou não apenas sua vida espiritual, mas também sua trajetória histórica como escolhido de Deus. O texto diz:
“Desde aquele dia em diante, o Espírito do Senhor se apoderou de Davi” (1 Sm 16.13b).
No hebraico, a palavra usada para “apoderou” é צָלַח – tsalach, que também significa "prosperar", "ter sucesso", ou "agir poderosamente". Isso indica que a unção do Espírito não apenas concedeu dons espirituais a Davi, mas o capacitou com graça e poder para cumprir seu chamado.
Porém, junto com o favor divino veio a perseguição humana. Saul, tomado de inveja, passou de aliado a inimigo mortal. A perseguição não foi episódica, mas se transformou em um ataque sistemático e implacável contra a vida de Davi, mesmo ele sendo:
- submisso à autoridade do rei (1 Sm 24.6),
- defensor de Israel (1 Sm 18.5),
- adorador sincero (Sl 34.1).
🔥 O Custo de Andar com Deus
Davi, mesmo sendo justo, foi perseguido. Isso ecoa princípios que se aplicam a todo servo de Deus:
“E também todos os que piamente querem viver em Cristo Jesus padecerão perseguições.” (2 Tm 3.12)
A fuga de Davi não foi covardia, mas um ato de prudência e preservação, conforme o princípio bíblico de que há tempo de falar e tempo de calar, tempo de avançar e tempo de recuar (Ec 3.1-8).
🏞️ Contexto Histórico e Bíblico
- A fuga de Davi marca o início de seu "exílio interno" dentro de Israel: ele passou por cidades, cavernas, montanhas e até por território inimigo, como Gate (1 Sm 21.10).
- Quando Davi é ajudado por Aimeleque em Nobe, isso desencadeia uma ação brutal de Saul: a morte de 85 sacerdotes e o massacre de inocentes (1 Sm 22.18-19).
- Este ato mostra o grau de loucura, paranoia e crueldade que dominava o rei.
- A linhagem sacerdotal foi quase exterminada. Somente Abiatar escapou (1 Sm 22.20), e mais tarde se uniria a Davi, fortalecendo ainda mais a dimensão espiritual do seu futuro reinado (cf. 2 Sm 8.17).
📚 Referências Acadêmicas Cristãs
- John MacArthur (Estudo Bíblico MacArthur, sobre 1 Samuel 19):
“Davi não foi um revolucionário, mas um servo fiel, cuja lealdade foi recompensada com suspeita e perseguição. A injustiça de Saul expôs o contraste entre o coração endurecido e o coração segundo Deus.” - Paul House (em 1, 2 Samuel, NIV Application Commentary):
“A fuga de Davi é a pedagogia de Deus em ação. Ele ensina a Davi, e a nós, que os desertos e cavernas formam reis — não os palácios.”
🧠 Palavras Hebraicas Importantes
Palavra | Hebraico | Significado | Aplicação |
Espírito | רוּחַ (rûach) | Sopro, Espírito de Deus | Representa capacitação e direção divina. |
Perseguição | רָדַף (radaph) | Correr atrás, caçar | Indica insistência violenta, implacável. |
Fugir | בָּרַח (barach) | Escapar, fugir | A fuga de Davi não foi covarde, mas tática e prudente. |
Inocente | נָקִי (naqiy) | Limpo, sem culpa | Descreve a situação de Davi diante da acusação injusta. |
🙌 Aplicação Pessoal
Muitos crentes esperam que o chamado de Deus venha com conforto imediato, mas o exemplo de Davi nos ensina que Deus nos chama e depois nos molda. Os desertos e perseguições da vida:
- Revelam quem somos de fato;
- Provam nossa fidelidade a Deus;
- Nos preparam para posições maiores no Reino.
Assim como Davi, talvez sejamos injustamente perseguidos, criticados ou mal interpretados. Mas a fidelidade em tempos difíceis é o que prepara o coração para reinar com Cristo (2 Tm 2.12).
📊 Tabela Expositiva Resumo
Elemento | Descrição | Referência |
Ungido por Deus | Davi recebe o Espírito e é separado para o trono | 1 Sm 16.13 |
Crescimento espiritual | O Espírito opera força, sabedoria e coragem | Sl 27.1; 1 Sm 17 |
Início da perseguição | Ciúmes de Saul após a vitória sobre Golias | 1 Sm 18.6-9 |
Fuga necessária | Davi foge para preservar a vida | 1 Sm 19.10, 21.10 |
Massacre de Nobe | Saul manda matar sacerdotes por ajudarem Davi | 1 Sm 22.11-19 |
Fidelidade de Davi | Não revida; espera o tempo de Deus | 1 Sm 24.6-10 |
2- Em busca de Samuel. Após ser salvo da morte e do perverso plano de Saul por meio da intervenção de Mical. Davi fugiu para Ramá em busca de Samuel. Lá chegando, abriu o coração contando tudo o que ocorrera ao profeta (1 Sm 19:18). Após ouvir atentamente aos conselhos do velho amigo, o acompanhou até Naiote, ainda em Ramá. Aqui temos um importante ensinamento para todos nós como é bom termos em nossas vidas pessoas tementes a Deus nas quais podemos confiar abrindo o coração à espera de sábias palavras e bons conselhos. Em seguida, tomado de fúria. Saul enviou várias comissões de mensageiros até Naiote para capturar Davi mas, chegando ao lugar, os homens começaram a profetizar. Por fim, o próprio rei foi até lá ver o que estava acontecendo. De igual forma, também profetizou pois o Espírito de Deus veio sobre ele, o que deixou muitos surpresos (1 Sm 19.20-24). Duas importantes lições temos aqui: primeiro, nenhuma perversidade ou intenção maldosa pode prevalecer diante do poder de Deus: segundo, o Senhor é soberano e usa quem Ele quer, até mesmo o cruel Saul, nesse momento, foi tomado pelo Espírito e profetizou.
3- “[…] na angústia nasce o irmão”. Na complicada história envolvendo Saul e Davi, chegou um tempo em que já não havia mais possibilidade de paz e aliança. Rejeitado por Deus, cometendo uma série de injustiças, afrontas e até profanando o que era sagrado, os últimos dias do rei, outrora admirado, se encaminhavam para um final trágico. A intercessão de Jônatas já não tinha mais efeito, ao rei só interessava a morte do desafeto. Já era perceptível a todos que o príncipe reconheceu no amigo a legitimidade ao trono de Israel. Sua lealdade pertencia ao homem segundo o coração de Deus que, a essa altura, se pôs em fuga para Rama. Como foram difíceis os dias de Davi, como foi preciosa a amizade cultivada com Jónatas. Ao voltar de Rama para Gibeã, tiveram a oportunidade de se despedir e confirmarem uma aliança de bondade (1 Sm 20.14.15). A Palavra de Deus constantemente nos fala acerca do valor da verdadeira amizade e dá exemplos de parcerias edificantes Lembremos de que, nas adversidades, do verdadeiro amigo se mostra presente (Pv 17.17).
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
2. Em busca de Samuel
📖 Comentário Bíblico-Teológico Profundo
Davi, salvo momentaneamente pela astúcia de Mical (1 Sm 19.11-17), foge para Ramá em busca de Samuel, o homem que o ungira e seu mentor espiritual. O texto sagrado diz:
“Assim Davi fugiu e escapou, e veio a Samuel, a Ramá, e lhe contou tudo quanto Saul lhe fizera; e foram, ele e Samuel, e ficaram em Naiote.” (1 Sm 19.18)
Essa atitude revela o reconhecimento de Davi de que, nas crises, é preciso buscar homens de Deus que ouçam, aconselhem e intercedam. A confiança depositada em Samuel é modelo de como devemos procurar orientação espiritual: buscar líderes que temem a Deus e ouvem a Sua voz.
“Os lábios do justo apascentam a muitos, mas os tolos morrem por falta de entendimento.” (Pv 10.21)
🕊️ O Espírito de Deus Intervém
Saul envia mensageiros a Naiote com o propósito de capturar Davi, mas algo sobrenatural ocorre: os mensageiros começam a profetizar. A palavra usada no hebraico para “profetizar” é:
- נָבָא – nava’: significa “proferir por inspiração divina”.
O mais impressionante é que até o próprio Saul — cheio de ódio — também profetiza quando chega a Naiote:
“Então foi também ele mesmo a Ramá [...] e o Espírito de Deus veio sobre ele também, e ia profetizando [...]” (1 Sm 19.23)
🧠 Lições Teológicas
- O poder de Deus sobrepuja o mal humano – Deus frustrou a intenção de Saul não com espadas, mas com Seu Espírito.
- A soberania divina é manifesta mesmo sobre os ímpios – Saul, mesmo rejeitado (1 Sm 15.26), é temporariamente usado por Deus para mostrar que ninguém pode resistir à Sua vontade (Dn 4.35).
“O coração do rei é como ribeiros de águas nas mãos do Senhor; Ele o inclina para onde quer.” (Pv 21.1)
📊 Tabela Expositiva – “Davi, Samuel e a Soberania de Deus”
Personagem
Ação
Resultado
Referência
Davi
Procura Samuel
Busca consolo e direção espiritual
1 Sm 19.18
Samuel
Ouve Davi e o leva a Naiote
Proporciona refúgio espiritual e físico
1 Sm 19.18
Mensageiros de Saul
Enviados para prender Davi
São tomados pelo Espírito e profetizam
1 Sm 19.20
Saul
Vai pessoalmente
Também profetiza e é desmascarado
1 Sm 19.23-24
✦ 3. “Na angústia nasce o irmão”
🤝 A Amizade de Davi e Jônatas
A amizade entre Davi e Jônatas é um dos relacionamentos mais puros e leais da Bíblia. Em meio à crise, Jônatas continua a interceder por Davi, mesmo sabendo que isso poderia lhe custar o trono e até a vida. O texto bíblico destaca:
“O amigo ama em todos os momentos; é um irmão na adversidade.” (Pv 17.17)
Jônatas reconhece em Davi o escolhido de Deus (1 Sm 23.17) e estabelece com ele uma aliança de bondade (hesed) — uma palavra rica em significado teológico, que expressa lealdade, graça, fidelidade e misericórdia.
- חֶסֶד – hesed: amor leal, bondade duradoura, aliança inquebrável.
“Não somente usará comigo da benevolência do Senhor enquanto viver, para que não morra, como também não apartará a tua benevolência de minha casa para sempre...” (1 Sm 20.14-15)
💔 Saul: De Rejeitado a Desesperado
Enquanto Jônatas representa amizade, lealdade e justiça, Saul representa decadência, ciúme e opressão. Seu coração endurecido o levou a um ponto sem retorno, recusando-se até mesmo a ouvir o filho.
“Por que razão o há de morrer? Que fez ele?” [...] Então Saul atirou-lhe a lança para o ferir; assim Jônatas entendeu que, de fato, seu pai já estava resolvido a matar Davi.” (1 Sm 20.32-33)
Esse ato selou a tragédia moral e espiritual de Saul.
📚 Apoio de Comentários Acadêmicos Cristãos
- Warren Wiersbe (em Be Successful: 1 Samuel):
“A amizade entre Davi e Jônatas é um testemunho da graça de Deus em meio ao caos. Jônatas se torna um símbolo da verdadeira submissão ao plano divino.”
- Matthew Henry (Comentário Bíblico Completo):
“O Senhor ordenou essa amizade para consolar Davi, mostrar a corrupção do trono de Saul e evidenciar que Deus sempre levanta alguém para sustentar os Seus servos.”
📊 Tabela Expositiva – “Amizade em Tempos de Adversidade”
Elemento
Davi
Jônatas
Saul
Atitude
Foge para sobreviver
Intercede e protege
Persegue e oprime
Sentimento
Medo e confiança em Deus
Amor leal e submissão a Deus
Ciúmes, ira, dureza de coração
Resultado
É protegido
Ganha um amigo eterno
Se afasta do plano de Deus
Aliança
Confirma pacto de bondade
Firma aliança de hesed
Rompe alianças e valores
✨ Aplicações Práticas
- Busque homens e mulheres de Deus em tempos de crise, como Davi buscou Samuel. Há sabedoria, refúgio e direção em quem anda com Deus.
- Valorize amizades espirituais verdadeiras. Em tempos de angústia, um amigo pode ser mais próximo que um irmão de sangue.
- Confie na soberania de Deus: ainda que o inimigo tente alcançar o justo, o Espírito do Senhor tem poder de desarmar qualquer plano.
2. Em busca de Samuel
📖 Comentário Bíblico-Teológico Profundo
Davi, salvo momentaneamente pela astúcia de Mical (1 Sm 19.11-17), foge para Ramá em busca de Samuel, o homem que o ungira e seu mentor espiritual. O texto sagrado diz:
“Assim Davi fugiu e escapou, e veio a Samuel, a Ramá, e lhe contou tudo quanto Saul lhe fizera; e foram, ele e Samuel, e ficaram em Naiote.” (1 Sm 19.18)
Essa atitude revela o reconhecimento de Davi de que, nas crises, é preciso buscar homens de Deus que ouçam, aconselhem e intercedam. A confiança depositada em Samuel é modelo de como devemos procurar orientação espiritual: buscar líderes que temem a Deus e ouvem a Sua voz.
“Os lábios do justo apascentam a muitos, mas os tolos morrem por falta de entendimento.” (Pv 10.21)
🕊️ O Espírito de Deus Intervém
Saul envia mensageiros a Naiote com o propósito de capturar Davi, mas algo sobrenatural ocorre: os mensageiros começam a profetizar. A palavra usada no hebraico para “profetizar” é:
- נָבָא – nava’: significa “proferir por inspiração divina”.
O mais impressionante é que até o próprio Saul — cheio de ódio — também profetiza quando chega a Naiote:
“Então foi também ele mesmo a Ramá [...] e o Espírito de Deus veio sobre ele também, e ia profetizando [...]” (1 Sm 19.23)
🧠 Lições Teológicas
- O poder de Deus sobrepuja o mal humano – Deus frustrou a intenção de Saul não com espadas, mas com Seu Espírito.
- A soberania divina é manifesta mesmo sobre os ímpios – Saul, mesmo rejeitado (1 Sm 15.26), é temporariamente usado por Deus para mostrar que ninguém pode resistir à Sua vontade (Dn 4.35).
“O coração do rei é como ribeiros de águas nas mãos do Senhor; Ele o inclina para onde quer.” (Pv 21.1)
📊 Tabela Expositiva – “Davi, Samuel e a Soberania de Deus”
Personagem | Ação | Resultado | Referência |
Davi | Procura Samuel | Busca consolo e direção espiritual | 1 Sm 19.18 |
Samuel | Ouve Davi e o leva a Naiote | Proporciona refúgio espiritual e físico | 1 Sm 19.18 |
Mensageiros de Saul | Enviados para prender Davi | São tomados pelo Espírito e profetizam | 1 Sm 19.20 |
Saul | Vai pessoalmente | Também profetiza e é desmascarado | 1 Sm 19.23-24 |
✦ 3. “Na angústia nasce o irmão”
🤝 A Amizade de Davi e Jônatas
A amizade entre Davi e Jônatas é um dos relacionamentos mais puros e leais da Bíblia. Em meio à crise, Jônatas continua a interceder por Davi, mesmo sabendo que isso poderia lhe custar o trono e até a vida. O texto bíblico destaca:
“O amigo ama em todos os momentos; é um irmão na adversidade.” (Pv 17.17)
Jônatas reconhece em Davi o escolhido de Deus (1 Sm 23.17) e estabelece com ele uma aliança de bondade (hesed) — uma palavra rica em significado teológico, que expressa lealdade, graça, fidelidade e misericórdia.
- חֶסֶד – hesed: amor leal, bondade duradoura, aliança inquebrável.
“Não somente usará comigo da benevolência do Senhor enquanto viver, para que não morra, como também não apartará a tua benevolência de minha casa para sempre...” (1 Sm 20.14-15)
💔 Saul: De Rejeitado a Desesperado
Enquanto Jônatas representa amizade, lealdade e justiça, Saul representa decadência, ciúme e opressão. Seu coração endurecido o levou a um ponto sem retorno, recusando-se até mesmo a ouvir o filho.
“Por que razão o há de morrer? Que fez ele?” [...] Então Saul atirou-lhe a lança para o ferir; assim Jônatas entendeu que, de fato, seu pai já estava resolvido a matar Davi.” (1 Sm 20.32-33)
Esse ato selou a tragédia moral e espiritual de Saul.
📚 Apoio de Comentários Acadêmicos Cristãos
- Warren Wiersbe (em Be Successful: 1 Samuel):
“A amizade entre Davi e Jônatas é um testemunho da graça de Deus em meio ao caos. Jônatas se torna um símbolo da verdadeira submissão ao plano divino.” - Matthew Henry (Comentário Bíblico Completo):
“O Senhor ordenou essa amizade para consolar Davi, mostrar a corrupção do trono de Saul e evidenciar que Deus sempre levanta alguém para sustentar os Seus servos.”
📊 Tabela Expositiva – “Amizade em Tempos de Adversidade”
Elemento | Davi | Jônatas | Saul |
Atitude | Foge para sobreviver | Intercede e protege | Persegue e oprime |
Sentimento | Medo e confiança em Deus | Amor leal e submissão a Deus | Ciúmes, ira, dureza de coração |
Resultado | É protegido | Ganha um amigo eterno | Se afasta do plano de Deus |
Aliança | Confirma pacto de bondade | Firma aliança de hesed | Rompe alianças e valores |
✨ Aplicações Práticas
- Busque homens e mulheres de Deus em tempos de crise, como Davi buscou Samuel. Há sabedoria, refúgio e direção em quem anda com Deus.
- Valorize amizades espirituais verdadeiras. Em tempos de angústia, um amigo pode ser mais próximo que um irmão de sangue.
- Confie na soberania de Deus: ainda que o inimigo tente alcançar o justo, o Espírito do Senhor tem poder de desarmar qualquer plano.
SUBSÍDIO 1
Professor(a), neste primeiro tópico enfatiza que os capítulos 21 e 22 de 1 Samuel descrevem Davi fugindo de Saul e, por um tempo, deixando de confiar plenamente em Deus. Em um esforço para salvar a vida. Davi mentiu (v. 21. se refugiou entre os ímpios filisteus (vv. 10-15) e indiretamente causou a morte dos sacerdotes e de muitos outros (22:11-23: cf. Sl 52) Ao recorrer à mentira. Davi deixou de confiar em Deus para a sua proteção. Deus permitiu que Doegue matasse os ministros de Deus e outros homens, mulheres e crianças inocentes. Em um mundo de pecado, em que as pessoas decidem desafiar a Deus e seguir o seu próprio caminho, o mal e a destruição são a norma, e as vezes pessoas inocentes sofrem injustamente. O povo de Deus não deve se alarmar quando vier a sofrer nas mãos de pessoas ímpias e perversas Mesmo confiando em Deus, sofreremos dificuldades, aflições e oposição nesta vida (At 14.22), mas ainda assim as bênçãos e as recompensas na vida vindoura superaram, de longe, o nosso sofrimento atual (Rm 8.18-39) (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD. p. 362)
II-AS LUTAS AO LONGO DA CAMINHADA
1- Em território inimigo. Nesse tempo de longa fuga. Davi partiu para o território filisteu chegando à cidade de Gate a terra natal de Golias Imaginemos a surpresa do rei Aquis e de seus súditos ao ver o matador do gigante ali diante deles, em uma cena curiosa: fingindo-se de louco, começou a torcer-se e deixou correr saliva de forma descontrolada (1 Sm 21.13.14). O rei filisteu, convencido de que Davi estava fora de si, permitiu que ele se refugiasse ali. E foi no meio dos seus inimigos que Deus protegeu Davi da fúria de Saul. A forma como Deus age sempre nos surpreende. Nessa passagem vemos o fugitivo sendo protegido pelos seus antigos inimigos, por gestos e imitações de loucura e pelos desertos que tantos perigos escondem. A forma como o Senhor trabalha é sempre surpreendente, basta a nós confiarmos na ação divina e descansar. convictos de seu cuidado (SL65.5-8)
2- Uma questão de fidelidade. A história de Davi nos apresenta lições valiosas entre elas destacamos a fidelidade que foi mantida intacta mesmo diante de tantas adversidades e perseguições Tal virtude destacava-se por sua abrangência e sua inflexibilidade. Não importava as circunstâncias, a fidelidade do belemita era inabalável.
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
II – AS LUTAS AO LONGO DA CAMINHADA
1 – Em território inimigo (1 Samuel 21:10-15)
➤ Contexto bíblico:
Davi, fugindo da perseguição de Saul, dirige-se a Gate, cidade filisteia, pátria de Golias. Lá se depara com Aquis (ou Abimeleque, em Sl 34:1), rei da cidade. Quando reconhecido, teme por sua vida e finge-se de louco. O texto nos mostra que mesmo em meio a aparentes absurdos, Deus providencia livramentos sobrenaturais.
➤ Análise teológica:
- Providência divina: Deus governa todas as coisas (Sl 115:3). O fato de Davi ser acolhido entre os filisteus — inimigos de Israel — mostra que a soberania divina transcende alianças humanas e territórios hostis. Deus pode usar até os adversários como instrumentos de livramento.
- Estratégia e discernimento: A loucura fingida não representa covardia, mas discernimento e humildade. Davi entende que não é o momento de confrontar. O próprio Jesus ensinou: “Sede prudentes como as serpentes e simples como as pombas” (Mt 10:16).
- Ação sobrenatural no meio do deserto: O Salmo 34 é atribuído a esse episódio. Davi escreve: “Busquei o Senhor, e ele me respondeu; livrou-me de todos os meus temores” (Sl 34:4). Isso mostra que, embora agisse com astúcia, seu coração confiava no Senhor.
➤ Palavra-chave (hebraico):
- שִׁנָּיו נֹפְלוֹת (shinav nofelot) – Literalmente: “sua saliva caía”. Refere-se à cena de Davi simulando insanidade. Tal expressão mostra descontrole proposital, gesto humilhante, mas eficaz.
➤ Aplicação pessoal:
Às vezes, a sobrevivência espiritual exige humildade e discernimento. Nem todo confronto é necessário. Em determinadas circunstâncias, Deus nos leva por caminhos inesperados, mas sempre seguros. Mesmo em “Gate”, ou seja, em "território inimigo", Ele cuida de nós. A loucura de Davi não era fuga da fé, mas estratégia em oração (Sl 34:6).
2 – Uma questão de fidelidade
➤ Contexto bíblico:
Mesmo perseguido, injustiçado e caluniado, Davi permanece fiel ao seu chamado, ao seu Deus e até ao rei Saul — a quem ele se recusou a ferir, mesmo tendo oportunidade (1 Sm 24:4-6; 1 Sm 26:8-11). Sua fidelidade vai além da conveniência: ela é um valor enraizado na obediência ao Senhor.
➤ Análise teológica:
- Fidelidade como caráter e não circunstância: A fidelidade de Davi não era resultado de favores recebidos, mas do seu compromisso com Deus. Ele não buscava oportunidade para vingar-se, mas esperava a justiça de Deus.
- Cristologia: A fidelidade de Davi prefigura a fidelidade de Cristo. Jesus também foi perseguido injustamente, mas não retaliou (1 Pe 2:23). Em ambos os casos, a fidelidade revela o coração segundo Deus.
- Mordomia espiritual: A fidelidade é uma qualidade que Deus espera de todos os Seus servos: “Ora, além disso, o que se requer dos despenseiros é que cada um deles seja encontrado fiel” (1 Co 4:2).
➤ Palavra-chave (hebraico e grego):
- Hebraico: אֱמוּנָה (emunah) – fidelidade, firmeza, lealdade (Sl 89:1). Deriva de אָמֵן (amen), que também significa “confiar, ser firme”.
- Grego: πιστός (pistós) – confiável, digno de confiança, leal. Usado para descrever tanto Deus (1 Co 1:9) quanto Seus servos (Mt 25:21).
➤ Referências acadêmicas cristãs:
- Ellicott's Commentary: Ressalta que a fidelidade de Davi era resultado direto da sua confiança contínua em Deus, mesmo quando humanamente parecia que Deus o havia abandonado.
- Matthew Henry: Destaca que a fidelidade de Davi era visível em suas ações e decisões, mesmo quando a lógica política ou pessoal sugeria o contrário.
- Comentário Bíblico Pentecostal (CPAD): Aponta que Davi era guiado pelo Espírito de Deus, e por isso conseguia discernir o tempo de agir e o tempo de esperar, mantendo-se fiel.
➤ Aplicação pessoal:
A fidelidade do cristão não é medida nos dias de glória, mas nas noites de luta. Ser fiel quando tudo parece perdido é prova de maturidade espiritual. Em um tempo de valores líquidos e compromissos voláteis, precisamos ser crentes que permanecem firmes, como Davi, mesmo quando a recompensa parece distante. A fidelidade hoje é sinal de coroa amanhã (Ap 2:10).
Tabela Expositiva: II – As Lutas ao Longo da Caminhada
Ponto
Davi em Gate (1 Sm 21)
Fidelidade em meio à perseguição
Contexto
Refugiando-se entre inimigos após fugir de Saul
Davi perseguido injustamente por Saul
Ação de Davi
Finge-se de louco para sobreviver
Recusa-se a matar Saul mesmo tendo chance
Intervenção de Deus
Usa o inimigo para proteger seu servo
Sustenta Davi em fidelidade e não o deixa desviar
Palavra-chave (original)
Heb. “shinav nofelot” – saliva caindo (fingimento)
Heb. emunah / Gr. pistós – fidelidade, lealdade
Ensinamento Teológico
Deus protege até entre os inimigos
A fidelidade é maior do que a conveniência
Aplicação para nós hoje
Confie nos métodos de Deus mesmo quando parecem estranhos
Seja fiel mesmo quando for difícil ou sem recompensa imediata
II – AS LUTAS AO LONGO DA CAMINHADA
1 – Em território inimigo (1 Samuel 21:10-15)
➤ Contexto bíblico:
Davi, fugindo da perseguição de Saul, dirige-se a Gate, cidade filisteia, pátria de Golias. Lá se depara com Aquis (ou Abimeleque, em Sl 34:1), rei da cidade. Quando reconhecido, teme por sua vida e finge-se de louco. O texto nos mostra que mesmo em meio a aparentes absurdos, Deus providencia livramentos sobrenaturais.
➤ Análise teológica:
- Providência divina: Deus governa todas as coisas (Sl 115:3). O fato de Davi ser acolhido entre os filisteus — inimigos de Israel — mostra que a soberania divina transcende alianças humanas e territórios hostis. Deus pode usar até os adversários como instrumentos de livramento.
- Estratégia e discernimento: A loucura fingida não representa covardia, mas discernimento e humildade. Davi entende que não é o momento de confrontar. O próprio Jesus ensinou: “Sede prudentes como as serpentes e simples como as pombas” (Mt 10:16).
- Ação sobrenatural no meio do deserto: O Salmo 34 é atribuído a esse episódio. Davi escreve: “Busquei o Senhor, e ele me respondeu; livrou-me de todos os meus temores” (Sl 34:4). Isso mostra que, embora agisse com astúcia, seu coração confiava no Senhor.
➤ Palavra-chave (hebraico):
- שִׁנָּיו נֹפְלוֹת (shinav nofelot) – Literalmente: “sua saliva caía”. Refere-se à cena de Davi simulando insanidade. Tal expressão mostra descontrole proposital, gesto humilhante, mas eficaz.
➤ Aplicação pessoal:
Às vezes, a sobrevivência espiritual exige humildade e discernimento. Nem todo confronto é necessário. Em determinadas circunstâncias, Deus nos leva por caminhos inesperados, mas sempre seguros. Mesmo em “Gate”, ou seja, em "território inimigo", Ele cuida de nós. A loucura de Davi não era fuga da fé, mas estratégia em oração (Sl 34:6).
2 – Uma questão de fidelidade
➤ Contexto bíblico:
Mesmo perseguido, injustiçado e caluniado, Davi permanece fiel ao seu chamado, ao seu Deus e até ao rei Saul — a quem ele se recusou a ferir, mesmo tendo oportunidade (1 Sm 24:4-6; 1 Sm 26:8-11). Sua fidelidade vai além da conveniência: ela é um valor enraizado na obediência ao Senhor.
➤ Análise teológica:
- Fidelidade como caráter e não circunstância: A fidelidade de Davi não era resultado de favores recebidos, mas do seu compromisso com Deus. Ele não buscava oportunidade para vingar-se, mas esperava a justiça de Deus.
- Cristologia: A fidelidade de Davi prefigura a fidelidade de Cristo. Jesus também foi perseguido injustamente, mas não retaliou (1 Pe 2:23). Em ambos os casos, a fidelidade revela o coração segundo Deus.
- Mordomia espiritual: A fidelidade é uma qualidade que Deus espera de todos os Seus servos: “Ora, além disso, o que se requer dos despenseiros é que cada um deles seja encontrado fiel” (1 Co 4:2).
➤ Palavra-chave (hebraico e grego):
- Hebraico: אֱמוּנָה (emunah) – fidelidade, firmeza, lealdade (Sl 89:1). Deriva de אָמֵן (amen), que também significa “confiar, ser firme”.
- Grego: πιστός (pistós) – confiável, digno de confiança, leal. Usado para descrever tanto Deus (1 Co 1:9) quanto Seus servos (Mt 25:21).
➤ Referências acadêmicas cristãs:
- Ellicott's Commentary: Ressalta que a fidelidade de Davi era resultado direto da sua confiança contínua em Deus, mesmo quando humanamente parecia que Deus o havia abandonado.
- Matthew Henry: Destaca que a fidelidade de Davi era visível em suas ações e decisões, mesmo quando a lógica política ou pessoal sugeria o contrário.
- Comentário Bíblico Pentecostal (CPAD): Aponta que Davi era guiado pelo Espírito de Deus, e por isso conseguia discernir o tempo de agir e o tempo de esperar, mantendo-se fiel.
➤ Aplicação pessoal:
A fidelidade do cristão não é medida nos dias de glória, mas nas noites de luta. Ser fiel quando tudo parece perdido é prova de maturidade espiritual. Em um tempo de valores líquidos e compromissos voláteis, precisamos ser crentes que permanecem firmes, como Davi, mesmo quando a recompensa parece distante. A fidelidade hoje é sinal de coroa amanhã (Ap 2:10).
Tabela Expositiva: II – As Lutas ao Longo da Caminhada
Ponto | Davi em Gate (1 Sm 21) | Fidelidade em meio à perseguição |
Contexto | Refugiando-se entre inimigos após fugir de Saul | Davi perseguido injustamente por Saul |
Ação de Davi | Finge-se de louco para sobreviver | Recusa-se a matar Saul mesmo tendo chance |
Intervenção de Deus | Usa o inimigo para proteger seu servo | Sustenta Davi em fidelidade e não o deixa desviar |
Palavra-chave (original) | Heb. “shinav nofelot” – saliva caindo (fingimento) | Heb. emunah / Gr. pistós – fidelidade, lealdade |
Ensinamento Teológico | Deus protege até entre os inimigos | A fidelidade é maior do que a conveniência |
Aplicação para nós hoje | Confie nos métodos de Deus mesmo quando parecem estranhos | Seja fiel mesmo quando for difícil ou sem recompensa imediata |
3- Na caminhada, a provisão do Senhor. O Senhor, diante da fidelidade de Davi, proveu tudo o que foi necessário para a difícil jornada rumo ao trono de Israel (2 Sm 7.9). Quando somos fiéis e gratos ao Senhor, Ele cuida de todos os detalhes necessários ao cumprimento de seus propósitos para com a nossa vida (Jo 42.2). Nos mais diversos lugares, em Israel e em territórios filisteus e moabitas, o Senhor proveu a segurança do seu ungido. Também o alimento foi provido em diversas ocasiões, como nos episódios envolvendo Abigail e Aimeleque O cuidado do Senhor também veio no formato de apoio, conselhos sábios e relacionamentos edificantes, por exemplo com Samuel, Aimeleque, Gade (1 Sm 22.5), Abiatar (1 Sm 22.20-23) e Jônatas (1 Sm 23.16-18). Enfim, diante de cada necessidade. Davi recebeu o cuidado do Senhor para que pudesse caminhar cumprindo os propósitos divinos. Uma verdade maravilhosa é que jamais estaremos desamparados, mesmo que andemos por vales, desertos e cavernas.
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
3 – Na caminhada, a provisão do Senhor
➤ Contexto bíblico
Durante o extenso período entre a unção de Davi por Samuel (1 Sm 16) e sua ascensão ao trono (2 Sm 5), Davi viveu como fugitivo, passando por desertos, cavernas e terras estrangeiras. Contudo, em meio a esses tempos difíceis, o Senhor jamais o desamparou. Deus providenciou pessoas, recursos, conselhos e livramentos — mostrando que sua fidelidade é acompanhada de provisão contínua.
“E fui contigo, por onde quer que foste, e eliminei todos os teus inimigos diante de ti...” (2 Sm 7.9)
➤ Análise teológica
1. A fidelidade de Deus ao seu plano
Deus havia feito uma aliança com Davi, e Ele sustenta aqueles a quem chama. A providência é uma expressão da aliança e da fidelidade de Deus (hebr. hesed) com seus servos.
- Sl 23:1 – “O Senhor é o meu pastor, nada me faltará” — Essa confiança não vem da ausência de problemas, mas da certeza da presença e cuidado contínuos de Deus.
- Jó 42:2 – “Bem sei eu que tudo podes, e nenhum dos teus planos pode ser frustrado.” — Deus é soberano e tem meios ilimitados para cumprir Seu propósito, mesmo nas circunstâncias mais adversas.
2. A forma da provisão: variada e criativa
A provisão divina se manifestou de várias formas:
- Alimento: pão consagrado com Aimeleque (1 Sm 21.6); suprimentos levados por Abigail (1 Sm 25.18).
- Segurança: cavernas de Adulão, território filisteu, desertos de Judá.
- Relacionamentos: Samuel, Abiatar, Jônatas, Gade.
- Direção e conselhos: profeta Gade (1 Sm 22.5), revelações de Deus em momentos críticos.
Essa variedade aponta para o caráter multiforme da graça de Deus (cf. 1 Pe 4.10).
➤ Palavras-chave (originais)
1. Provisão
- Hebraico: יִרְאֶה יְהוָה (YHWH yir'eh) – “O Senhor proverá” (Gn 22:14). A raiz ra’ah (ver) carrega o sentido de prever e prover, ou seja, Deus vê de antemão e já prepara o necessário.
- Grego: προμηθεύω (promētheuō) – “fornecer antecipadamente, prover” (Rm 12:17). A forma substantiva ocorre em πρόνοια (pronoia) – “providência”, usada em Atos 24:2.
2. Cuidado
- Hebraico: חָסָה (chasah) – “refugiar-se, buscar abrigo”. Usado poeticamente para descrever aquele que se abriga no cuidado de Deus (Sl 91:2).
- Grego: ἐπιμέλεια (epimeleia) – “cuidado diligente” (Lc 10.34, o bom samaritano). Descreve zelo ativo.
➤ Referências acadêmicas cristãs
- Comentário Bíblico Beacon (CPAD): Destaca que a fidelidade de Deus em prover durante o sofrimento de Davi é um prenúncio da fidelidade de Cristo em suprir suas ovelhas espirituais.
- Matthew Henry: Comenta que a provisão de Deus a Davi foi não apenas material, mas emocional e espiritual, através de amizades e palavras proféticas que o sustentaram.
- Comentário Bíblico Pentecostal (CPAD): Enfatiza que as provisões específicas, como o encontro com Abigail, são demonstrações da soberania de Deus em cada detalhe da jornada de Davi.
➤ Aplicação pessoal
Assim como Davi, também passamos por desertos, cavernas e hostilidades. Porém, o mesmo Deus que cuidou de Davi cuida de nós com fidelidade. Não estamos sozinhos; Deus levanta pessoas, envia recursos, dá sabedoria e nos guia com Sua mão invisível.
A promessa permanece:
“Meu Deus suprirá todas as vossas necessidades segundo as suas riquezas na glória em Cristo Jesus” (Fp 4.19).
Mesmo que as circunstâncias sejam adversas, podemos descansar na certeza de que Deus não falha em prover tudo o que é necessário para o cumprimento do Seu propósito em nossa vida.
Tabela Expositiva – A Provisão do Senhor na Caminhada de Davi
Aspecto da Provisão
Exemplo na vida de Davi
Ensinamento Teológico
Aplicação para nós hoje
Alimento
Abigail leva provisões (1 Sm 25.18); pão dos sacerdotes (1 Sm 21.6)
Deus cuida do sustento físico de seus servos
Deus proverá nossas necessidades diárias (Mt 6:31-33)
Proteção física
Territórios inimigos, cavernas, desertos
A proteção divina não depende do lugar, mas da aliança
Estamos seguros onde quer que estejamos (Sl 91:1-4)
Direção e conselhos
Gade (1 Sm 22.5), Samuel, Jônatas
Deus guia por meio de conselhos santos e proféticos
Devemos buscar direção na Palavra e nos conselheiros piedosos
Relacionamentos
Abiatar, Jônatas, Abigail, profetas
O cuidado de Deus também se manifesta por meio de pessoas
Deus levanta pessoas para nos apoiar na caminhada cristã
Presença de Deus
Mesmo no deserto, Davi sentia o Senhor com ele
A presença de Deus sustenta e conforta
Ainda que no vale, Deus está conosco (Sl 23:4)
3 – Na caminhada, a provisão do Senhor
➤ Contexto bíblico
Durante o extenso período entre a unção de Davi por Samuel (1 Sm 16) e sua ascensão ao trono (2 Sm 5), Davi viveu como fugitivo, passando por desertos, cavernas e terras estrangeiras. Contudo, em meio a esses tempos difíceis, o Senhor jamais o desamparou. Deus providenciou pessoas, recursos, conselhos e livramentos — mostrando que sua fidelidade é acompanhada de provisão contínua.
“E fui contigo, por onde quer que foste, e eliminei todos os teus inimigos diante de ti...” (2 Sm 7.9)
➤ Análise teológica
1. A fidelidade de Deus ao seu plano
Deus havia feito uma aliança com Davi, e Ele sustenta aqueles a quem chama. A providência é uma expressão da aliança e da fidelidade de Deus (hebr. hesed) com seus servos.
- Sl 23:1 – “O Senhor é o meu pastor, nada me faltará” — Essa confiança não vem da ausência de problemas, mas da certeza da presença e cuidado contínuos de Deus.
- Jó 42:2 – “Bem sei eu que tudo podes, e nenhum dos teus planos pode ser frustrado.” — Deus é soberano e tem meios ilimitados para cumprir Seu propósito, mesmo nas circunstâncias mais adversas.
2. A forma da provisão: variada e criativa
A provisão divina se manifestou de várias formas:
- Alimento: pão consagrado com Aimeleque (1 Sm 21.6); suprimentos levados por Abigail (1 Sm 25.18).
- Segurança: cavernas de Adulão, território filisteu, desertos de Judá.
- Relacionamentos: Samuel, Abiatar, Jônatas, Gade.
- Direção e conselhos: profeta Gade (1 Sm 22.5), revelações de Deus em momentos críticos.
Essa variedade aponta para o caráter multiforme da graça de Deus (cf. 1 Pe 4.10).
➤ Palavras-chave (originais)
1. Provisão
- Hebraico: יִרְאֶה יְהוָה (YHWH yir'eh) – “O Senhor proverá” (Gn 22:14). A raiz ra’ah (ver) carrega o sentido de prever e prover, ou seja, Deus vê de antemão e já prepara o necessário.
- Grego: προμηθεύω (promētheuō) – “fornecer antecipadamente, prover” (Rm 12:17). A forma substantiva ocorre em πρόνοια (pronoia) – “providência”, usada em Atos 24:2.
2. Cuidado
- Hebraico: חָסָה (chasah) – “refugiar-se, buscar abrigo”. Usado poeticamente para descrever aquele que se abriga no cuidado de Deus (Sl 91:2).
- Grego: ἐπιμέλεια (epimeleia) – “cuidado diligente” (Lc 10.34, o bom samaritano). Descreve zelo ativo.
➤ Referências acadêmicas cristãs
- Comentário Bíblico Beacon (CPAD): Destaca que a fidelidade de Deus em prover durante o sofrimento de Davi é um prenúncio da fidelidade de Cristo em suprir suas ovelhas espirituais.
- Matthew Henry: Comenta que a provisão de Deus a Davi foi não apenas material, mas emocional e espiritual, através de amizades e palavras proféticas que o sustentaram.
- Comentário Bíblico Pentecostal (CPAD): Enfatiza que as provisões específicas, como o encontro com Abigail, são demonstrações da soberania de Deus em cada detalhe da jornada de Davi.
➤ Aplicação pessoal
Assim como Davi, também passamos por desertos, cavernas e hostilidades. Porém, o mesmo Deus que cuidou de Davi cuida de nós com fidelidade. Não estamos sozinhos; Deus levanta pessoas, envia recursos, dá sabedoria e nos guia com Sua mão invisível.
A promessa permanece:
“Meu Deus suprirá todas as vossas necessidades segundo as suas riquezas na glória em Cristo Jesus” (Fp 4.19).
Mesmo que as circunstâncias sejam adversas, podemos descansar na certeza de que Deus não falha em prover tudo o que é necessário para o cumprimento do Seu propósito em nossa vida.
Tabela Expositiva – A Provisão do Senhor na Caminhada de Davi
Aspecto da Provisão | Exemplo na vida de Davi | Ensinamento Teológico | Aplicação para nós hoje |
Alimento | Abigail leva provisões (1 Sm 25.18); pão dos sacerdotes (1 Sm 21.6) | Deus cuida do sustento físico de seus servos | Deus proverá nossas necessidades diárias (Mt 6:31-33) |
Proteção física | Territórios inimigos, cavernas, desertos | A proteção divina não depende do lugar, mas da aliança | Estamos seguros onde quer que estejamos (Sl 91:1-4) |
Direção e conselhos | Gade (1 Sm 22.5), Samuel, Jônatas | Deus guia por meio de conselhos santos e proféticos | Devemos buscar direção na Palavra e nos conselheiros piedosos |
Relacionamentos | Abiatar, Jônatas, Abigail, profetas | O cuidado de Deus também se manifesta por meio de pessoas | Deus levanta pessoas para nos apoiar na caminhada cristã |
Presença de Deus | Mesmo no deserto, Davi sentia o Senhor com ele | A presença de Deus sustenta e conforta | Ainda que no vale, Deus está conosco (Sl 23:4) |
SUBSÍDIO 2
“A fidelidade a Deus não assegura que a vida de uma pessoa seja livre de problemas, dor e sofrimentos (veja At 28.161. Na verdade, Jesus ensinou que devemos esperar dificuldades e desafios nesta vida (Jo 161-4.33). A Bíblia oferece inúmeros exemplos de pessoas piedosas que suportaram quantidade significativa de sofrimento por várias razões. Entre esses indivíduos estão José, o rei Davi Jó, o profeta Jeremias e o apóstolo Paulo Jesus Cristo, naturalmente, suportou o sofrimento máximo, para realizar o bem maior e para tomar a salvação espiritual disponível para todos (veja Is 53: 1Pe 318). Como pode um Deus de amor permitir que o mal e o sofrimento continuem? Por que coisas ruins acontecem às pessoas boas?” “Onde está Deus. quando acontece uma tragédia? Embora essas perguntas possam assumir variadas formas, todas representam um esforço para entender o supremo poder de Deus e a sua bondade, em contraste com o redemoinho que está tão disseminado no mundo que Ele criou. Para muitas pessoas, é difícil conciliar a ideia de um Deus amoroso e Todo-Poderoso com todas as coisas ruins que elas veem ao seu redor. Alguns olham para a tragédia e concluem que se Deus é amor. Ele não deve ser Todo-Poderoso, ou impediria o sofrimento. Outras supõem que se Deus é Todo-Poderoso, mas permite que os inocentes sofram, então Ele não deve ser amor. No entanto, o amor não necessariamente contradiz ou elimina o sofrimento. O questionamento sobre como um Deus amoroso pode permitir o mal e o sofrimento mostra um mal-entendido sobre o que é normal e o que é excepcional no mundo. Como a humanidade se rebelou contra Deus e escolheu o seu próprio caminho, o pecado e o mal assumiram posições de controle e viraram o mundo de cabeça para baixo, e o mundo não é mais como Deus o criou. Por esse motivo, a desordem e a destruição se tornaram a norma em nosso mundo rebelde. O fato de que ainda exista algum bem e que esse bem possa resultar inclusive do sofrimento é prova do amor e da paciência de Deus com um mundo que continua a desafia-lo. (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal Rio de Janeiro CPAD p. 626)
III- TEMPOS DE APRENDIZADO
1- Em Nobe, uma espada. Após fugir de Saul apenas com as roupas do corpo, Davi foi para Nobe procurar por Aimeleque. Diante de um homem faminto, o sacerdote lhe ofereceu o único alimento que possuía ali, os pães da proposição do Tabernáculo. Em seguida, pediu também ao sacerdote uma espada, já que estava desarmado e desprotegido, a resposta foi surpreendente: não haviam espadas e nem lanças ali, com a exceção de uma, a que fora de Golias. A famosa espada que foi usada para matar o gigante estava ali novamente, diante de Davi, muitos anos depois (1 Sm 21.8.9). A espada de Golias, guardada embaixo do éfoide, possivelmente representava a superioridade de Deus sobre os filisteus e manifestação do seu poder diante das ofensas proferidas, também tinha em si um marco temporal peculiar apontando dois momentos distintos na vida de Davi. O primeiro marco temporal faz referência a um jovem que sabia confiar em Deus e rejeitando os instrumentos famosos de guerra (armadura, espadas e lanças). se permitiu ser usado de uma forma Incrível. A armadura de Saul não servia. A espada era manuseada com muita dificuldade, e assim o Senhor usou Davi de forma maravilhosa. O segundo marco apontava para um Davi já com muito aprendizado, homem de batalhas e grande líder militar. A mesma mão empunhou a mesma espada duas vezes, na primeira, uma mão marcada pelos calos do pastoreio, na segunda, envolta pelas cicatrizes das batalhas.
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
III – TEMPOS DE APRENDIZADO
1 – Em Nobe, uma espada
Texto base: 1 Samuel 21.8-9
➤ Contexto bíblico-teológico
Davi, fugindo da fúria de Saul, chega desesperado a Nobe, cidade sacerdotal, onde encontra o sacerdote Aimeleque. Sem alimento nem armas, Davi é alimentado com os pães da proposição (em condições extraordinárias – ver Mt 12.3-4) e recebe a espada de Golias, que havia sido guardada como memorial do livramento concedido por Deus à nação de Israel (1 Sm 17.50-54; cf. 21.9).
Esse episódio é carregado de valor simbólico e espiritual, pois revela duas grandes verdades:
- O poder da memória espiritual.
- A evolução do caráter e da fé de Davi ao longo de sua trajetória.
➤ Análise teológica
1. A espada de Golias como memória teológica
- Guardada “atrás do éfode” (1 Sm 21.9), ou seja, em lugar sagrado, provavelmente como lembrança do livramento do Senhor sobre Israel.
- A espada, símbolo de força filisteia, foi subjugada pelo poder do Deus de Israel, e agora é apresentada ao mesmo homem que antes havia recusado instrumentos de guerra para lutar com fé e simplicidade (1 Sm 17.39-40).
Essa situação remete à ideia de que Deus transforma instrumentos de morte em memoriais de vitória, assim como transformou a cruz de Cristo, um símbolo de vergonha, em símbolo de redenção (cf. Gl 6.14).
2. Do pastoreio à liderança militar
- Quando jovem, Davi rejeitou a espada e armadura de Saul (1 Sm 17.39), confiando totalmente no Senhor.
- Agora, mais maduro, aceita a espada de Golias — não em busca de glória pessoal, mas como instrumento para continuar sua jornada até o trono.
Esse contraste não representa uma perda de fé, mas sim o amadurecimento de alguém que passou por experiências formativas e ainda confia em Deus, mas também entende os meios legítimos que Deus pode usar para cumprir seus propósitos.
3. Davi como tipo de Cristo
Assim como Davi usou a espada do inimigo vencido, Cristo venceu a morte com o instrumento da cruz — algo que era símbolo de derrota, tornou-se instrumento de triunfo (Cl 2.14-15). Ambos apontam para a verdade de que Deus transforma o mal em bem (Gn 50.20).
➤ Palavras-chave (originais)
1. Espada
- Hebraico: חֶרֶב (cherev) – espada. Frequentemente usada no Antigo Testamento como símbolo de poder militar, juízo ou libertação.
→ Ex: "a espada do Senhor" (Jz 7.20), "espada de Golias" (1 Sm 21.9). - Grego (Septuaginta): μάχαιρα (machaira) – faca curta ou espada, usada também no NT. Em Hebreus 4.12, descreve a Palavra de Deus como espada de dois gumes, penetrante e reveladora.
2. Memorial / Lembrança
- Hebraico: זִכָּרוֹן (zikaron) – memorial, lembrança.
Usado em Êx 12.14 para se referir à Páscoa como uma lembrança perpétua da salvação.
3. Aprendizado / Experiência
- Hebraico: יָדַע (yada) – conhecer, saber, aprender por experiência direta.
Não é apenas conhecimento teórico, mas intimidade com a realidade, como Davi aprendeu sobre a fidelidade de Deus nos vales e desertos.
➤ Referências acadêmicas cristãs
- Comentário Bíblico Beacon (CPAD): Enfatiza que a espada de Golias representa a fidelidade contínua de Deus e funciona como um “marco espiritual” na jornada de Davi, apontando tanto para a sua juventude piedosa quanto para sua maturidade como líder.
- Comentário Bíblico Pentecostal (CPAD): Destaca que o episódio da espada mostra como Deus reapresenta instrumentos do passado não para nos aprisionar a eles, mas para reafirmar Seu propósito soberano.
- John MacArthur (Study Bible): Ressalta que Davi aprendeu a confiar em Deus, mas também passou a discernir os meios que Deus coloca à sua disposição para cumprir Sua vontade — um equilíbrio entre fé e sabedoria prática.
➤ Aplicação pessoal
- Espadas do passado podem ser memoriais de fé. Quantas vezes Deus nos leva a reencontrar elementos do passado (pessoas, situações, objetos simbólicos) para nos lembrar de onde Ele nos tirou e para onde está nos levando?
- Crescer espiritualmente não é negar o passado, mas discerni-lo sob a ótica da providência divina. O Davi que antes recusou a espada por confiança plena agora a aceita por entendimento e experiência.
- Em nossa jornada, o que antes era impossível pode tornar-se ferramenta útil, quando maturidade, humildade e dependência de Deus se combinam.
Deus transforma o instrumento da dor passada em ferramenta de conquista futura.
Tabela Expositiva – A Espada em Nobe: Aprendizado e Provisão
Elemento
Primeira ocorrência (1 Sm 17)
Segunda ocorrência (1 Sm 21)
Aplicação espiritual
Davi
Jovem pastor, inexperiente em guerra
Homem amadurecido, experiente em lutas
Deus molda seus servos ao longo do tempo
Espada de Golias
Símbolo do inimigo vencido
Memorial da vitória, agora útil para Davi
Deus usa o passado para reafirmar o chamado
Local
Vale de Elá
Nobe (lugar sagrado)
O que é secular pode ser consagrado por Deus
Estado de Davi
Cheio de fé, mas sem ferramentas humanas
Desesperado, mas sustentado pela memória
A fé se sustenta tanto na confiança quanto na memória
Aprendizado
Deus luta por nós
Deus também luta conosco
Fé e sabedoria caminham juntas
III – TEMPOS DE APRENDIZADO
1 – Em Nobe, uma espada
Texto base: 1 Samuel 21.8-9
➤ Contexto bíblico-teológico
Davi, fugindo da fúria de Saul, chega desesperado a Nobe, cidade sacerdotal, onde encontra o sacerdote Aimeleque. Sem alimento nem armas, Davi é alimentado com os pães da proposição (em condições extraordinárias – ver Mt 12.3-4) e recebe a espada de Golias, que havia sido guardada como memorial do livramento concedido por Deus à nação de Israel (1 Sm 17.50-54; cf. 21.9).
Esse episódio é carregado de valor simbólico e espiritual, pois revela duas grandes verdades:
- O poder da memória espiritual.
- A evolução do caráter e da fé de Davi ao longo de sua trajetória.
➤ Análise teológica
1. A espada de Golias como memória teológica
- Guardada “atrás do éfode” (1 Sm 21.9), ou seja, em lugar sagrado, provavelmente como lembrança do livramento do Senhor sobre Israel.
- A espada, símbolo de força filisteia, foi subjugada pelo poder do Deus de Israel, e agora é apresentada ao mesmo homem que antes havia recusado instrumentos de guerra para lutar com fé e simplicidade (1 Sm 17.39-40).
Essa situação remete à ideia de que Deus transforma instrumentos de morte em memoriais de vitória, assim como transformou a cruz de Cristo, um símbolo de vergonha, em símbolo de redenção (cf. Gl 6.14).
2. Do pastoreio à liderança militar
- Quando jovem, Davi rejeitou a espada e armadura de Saul (1 Sm 17.39), confiando totalmente no Senhor.
- Agora, mais maduro, aceita a espada de Golias — não em busca de glória pessoal, mas como instrumento para continuar sua jornada até o trono.
Esse contraste não representa uma perda de fé, mas sim o amadurecimento de alguém que passou por experiências formativas e ainda confia em Deus, mas também entende os meios legítimos que Deus pode usar para cumprir seus propósitos.
3. Davi como tipo de Cristo
Assim como Davi usou a espada do inimigo vencido, Cristo venceu a morte com o instrumento da cruz — algo que era símbolo de derrota, tornou-se instrumento de triunfo (Cl 2.14-15). Ambos apontam para a verdade de que Deus transforma o mal em bem (Gn 50.20).
➤ Palavras-chave (originais)
1. Espada
- Hebraico: חֶרֶב (cherev) – espada. Frequentemente usada no Antigo Testamento como símbolo de poder militar, juízo ou libertação.
→ Ex: "a espada do Senhor" (Jz 7.20), "espada de Golias" (1 Sm 21.9). - Grego (Septuaginta): μάχαιρα (machaira) – faca curta ou espada, usada também no NT. Em Hebreus 4.12, descreve a Palavra de Deus como espada de dois gumes, penetrante e reveladora.
2. Memorial / Lembrança
- Hebraico: זִכָּרוֹן (zikaron) – memorial, lembrança.
Usado em Êx 12.14 para se referir à Páscoa como uma lembrança perpétua da salvação.
3. Aprendizado / Experiência
- Hebraico: יָדַע (yada) – conhecer, saber, aprender por experiência direta.
Não é apenas conhecimento teórico, mas intimidade com a realidade, como Davi aprendeu sobre a fidelidade de Deus nos vales e desertos.
➤ Referências acadêmicas cristãs
- Comentário Bíblico Beacon (CPAD): Enfatiza que a espada de Golias representa a fidelidade contínua de Deus e funciona como um “marco espiritual” na jornada de Davi, apontando tanto para a sua juventude piedosa quanto para sua maturidade como líder.
- Comentário Bíblico Pentecostal (CPAD): Destaca que o episódio da espada mostra como Deus reapresenta instrumentos do passado não para nos aprisionar a eles, mas para reafirmar Seu propósito soberano.
- John MacArthur (Study Bible): Ressalta que Davi aprendeu a confiar em Deus, mas também passou a discernir os meios que Deus coloca à sua disposição para cumprir Sua vontade — um equilíbrio entre fé e sabedoria prática.
➤ Aplicação pessoal
- Espadas do passado podem ser memoriais de fé. Quantas vezes Deus nos leva a reencontrar elementos do passado (pessoas, situações, objetos simbólicos) para nos lembrar de onde Ele nos tirou e para onde está nos levando?
- Crescer espiritualmente não é negar o passado, mas discerni-lo sob a ótica da providência divina. O Davi que antes recusou a espada por confiança plena agora a aceita por entendimento e experiência.
- Em nossa jornada, o que antes era impossível pode tornar-se ferramenta útil, quando maturidade, humildade e dependência de Deus se combinam.
Deus transforma o instrumento da dor passada em ferramenta de conquista futura.
Tabela Expositiva – A Espada em Nobe: Aprendizado e Provisão
Elemento | Primeira ocorrência (1 Sm 17) | Segunda ocorrência (1 Sm 21) | Aplicação espiritual |
Davi | Jovem pastor, inexperiente em guerra | Homem amadurecido, experiente em lutas | Deus molda seus servos ao longo do tempo |
Espada de Golias | Símbolo do inimigo vencido | Memorial da vitória, agora útil para Davi | Deus usa o passado para reafirmar o chamado |
Local | Vale de Elá | Nobe (lugar sagrado) | O que é secular pode ser consagrado por Deus |
Estado de Davi | Cheio de fé, mas sem ferramentas humanas | Desesperado, mas sustentado pela memória | A fé se sustenta tanto na confiança quanto na memória |
Aprendizado | Deus luta por nós | Deus também luta conosco | Fé e sabedoria caminham juntas |
2- Tempos de caverna. Davi escreveu o Salmo 142 em um momento extremamente difícil, na caverna (talvez de Adulão) em fuga da perseguição feroz de Saul. Lá, na escuridão e no silêncio, o fugitivo pode orar, meditar, chorar e confiar com ainda mais convicção no Senhor. As palavras proferidas nesse Salmo nos mostram uma alma que se derrama diante de Deus e reconhece sua dependência total. Na caverna. Davi reflete acerca dos seus acertos e erros. Tudo retorna à memória e, após lágrimas e clamor, vem a constatação que o Senhor é o refúgio (Sl 142.5). Lá na caverna. Deus começou a levantar homens para apoiar Davi, pessoas que também sofriam, choravam e amargavam histórias de lamento. Envolto em lágrimas, o futuro rei foi preparado pelo Senhor para conduzir vidas que também precisavam de consolo (1 Sm 22.2). Ali, já eram quatrocentos, em Queila eram seiscentos (1. Sm 23.13) e assim muitos foram seguindo Davi e aprendendo importantes lições acerca da dependência divina, integridade e fidelidade.
3- Um processo contínuo. A aprendizagem é uma ação contínua, ninguém aprende de forma instantânea, nem amadurece em segundos. É no processo que somos preparados para os próximos passos. Todos anseiam a linha de chegada, mas é nessa dinâmica que as histórias são escritas e os planos se concretizam. A Bíblia Sagrada nos traz muitas histórias onde o processo foi essencial no desenvolvimento e amadurecimento do escolhido para determinada missão: José foi preparado por treze anos (At 7.9-15): Moisés por oitenta (Êx 2.10: 3.1-10): Josué por quarenta (Dt 34.9), entre tantos outros. Esse processo de aprendizagem e amadurecimento se deu na vida de Davi por muitos anos, desde quando foi ungido por Samuel até quando assumiu o trono de Israel: no pastoreio, na corte, nas batalhas, no deserto, na caverna, entre povos inimigos, onde passava, aprendia lições importantes. Assim deve ser com cada um de nós, vivamos o processo sempre conduzidos pela direção divina em nossas vidas.
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
2. Tempos de Caverna – Salmo 142 e 1 Samuel 22
Contexto Bíblico e Teológico
O Salmo 142, atribuído a Davi, é um grito de socorro nas trevas de uma caverna – provavelmente a caverna de Adulão (1 Sm 22.1). Este tipo de local, nas Escrituras, é associado ao isolamento, desespero, mas também ao quebrantamento e intimidade com Deus. O verso-chave é:
"Clamei a ti, SENHOR; eu disse: Tu és o meu refúgio, a minha porção na terra dos viventes." (Salmo 142.5)
Aqui, o termo hebraico para "refúgio" é מַחְסֶה (maḥsê) – que significa abrigo seguro, lugar de proteção. Davi não clama por livramento imediato, mas reconhece a soberania de Deus no meio da dor.
Análise Exegética do Texto
- Salmo 142.2: “Derramo perante ele a minha queixa; a ele exponho a minha angústia.”
A expressão “derramo” é o hebraico שָׁפַךְ (shāphak), que implica um esvaziar-se emocional, um abrir do coração diante de Deus. Esse é o mesmo termo usado em lamentações profundas (cf. Lm 2.19).
- Salmo 142.4: “Olha à minha direita e vê, pois não há quem me reconheça; refúgio me falta; ninguém cuida da minha alma.”
Isso revela um momento de desamparo total, mostrando como a caverna simboliza o abandono humano, mas o consolo divino.
- 1 Samuel 22.2: “Ajuntou-se a ele todo homem que se achava em aperto... e ele se fez chefe deles; eram com ele uns quatrocentos homens.”
O termo hebraico para “aperto” é מָצוֹק (māṣôq) – opressão ou tribulação. Davi atrai os desajustados, e o Senhor forma ali um exército de quebrantados. Eles não eram guerreiros treinados, mas homens transformados por um líder ferido que aprendeu a depender de Deus.
3. Um Processo Contínuo
Processo de Formação Espiritual
A Bíblia apresenta o desenvolvimento dos servos de Deus não como eventos instantâneos, mas como longos processos de formação. Esse princípio é chamado na teologia espiritual de “discipulado do deserto”, ou ainda de "teologia da espera" (cf. Eugene Peterson – A Longa Obediência na Mesma Direção).
Exemplos Bíblicos de Processos:
Personagem
Tempo de Formação
Referência
Propósito Final
José
13 anos
At 7.9-15
Governo e salvação do povo
Moisés
80 anos
Êx 2.10–3.10
Libertador e legislador
Josué
40 anos
Dt 34.9
Condução à Terra Prometida
Davi
cerca de 15 anos
1 Sm 16–2 Sm 5
Reinado ungido por Deus
Princípios Teológicos
- Deus trabalha no silêncio do processo (Is 55.8-9).
- Formação precede posição. Davi aprendeu no pasto, no palácio, na caverna e no campo de batalha antes do trono.
- A dor como ferramenta pedagógica. Hebreus 12.11 afirma que a disciplina, embora penosa no momento, produz frutos de justiça.
Palavras Gregas Associadas
Embora o texto do AT seja hebraico, há palavras gregas no NT que refletem o mesmo princípio:
- ὑπομονή (hypomonē) – “perseverança” ou “constância no sofrimento”. Aparece em Romanos 5.3–4.
- δοκιμή (dokimē) – “caráter aprovado”, forjado no processo.
Aplicação Pessoal
- As cavernas da vida não são lugares de fim, mas de formação. Deus permite cavernas para desenvolver a humildade, sensibilidade e empatia (cf. 2 Co 1.3-4).
- O isolamento pode gerar intimidade com Deus. Quando todas as vozes se calam, aprendemos a ouvir a voz do Senhor com mais clareza.
- Liderança autêntica nasce no sofrimento. Davi se torna um líder não por conquista política, mas porque aprendeu a cuidar de homens feridos, pois ele mesmo havia sido ferido.
- O processo não é castigo, mas preparo. Deus está mais interessado em quem você está se tornando do que apenas em onde você vai chegar.
Tabela Expositiva: Lições da Caverna e do Processo
Elemento
Referência Bíblica
Palavra Original
Significado
Aplicação
Caverna
Salmo 142.1-7; 1 Sm 22.1
מְעָרָה (meʿārāh)
Lugar de esconderijo, refúgio, espera
Lugar de intimidade com Deus
Refúgio
Salmo 142.5
מַחְסֶה (maḥsê)
Abrigo seguro, confiança
Deus como única segurança
Queixa/clamor
Salmo 142.2
שָׁפַךְ (shāphak)
Derramar-se emocionalmente
Honestidade em oração
Perseverança
Romanos 5.3
ὑπομονή (hypomonē)
Paciência resiliente
Crescer em meio à dor
Caráter aprovado
Romanos 5.4
δοκιμή (dokimē)
Caráter testado e aprovado
Formação através do sofrimento
Homens em aperto
1 Samuel 22.2
מָצוֹק (māṣôq)
Tribulação, aperto, aflição
A dor atrai a graça de Deus
Referências Acadêmicas Cristãs
- Kidner, Derek. Psalms 73–150 (Tyndale Old Testament Commentaries) – InterVarsity Press.
- Eugene Peterson. A Longa Obediência na Mesma Direção – Vida Nova.
- Walter Brueggemann. Teologia do Antigo Testamento – Loyola.
- Warren Wiersbe. Be Successful (1 Samuel) – David C. Cook.
- John Goldingay. Psalms for Everyone – Westminster John Knox Press.
2. Tempos de Caverna – Salmo 142 e 1 Samuel 22
Contexto Bíblico e Teológico
O Salmo 142, atribuído a Davi, é um grito de socorro nas trevas de uma caverna – provavelmente a caverna de Adulão (1 Sm 22.1). Este tipo de local, nas Escrituras, é associado ao isolamento, desespero, mas também ao quebrantamento e intimidade com Deus. O verso-chave é:
"Clamei a ti, SENHOR; eu disse: Tu és o meu refúgio, a minha porção na terra dos viventes." (Salmo 142.5)
Aqui, o termo hebraico para "refúgio" é מַחְסֶה (maḥsê) – que significa abrigo seguro, lugar de proteção. Davi não clama por livramento imediato, mas reconhece a soberania de Deus no meio da dor.
Análise Exegética do Texto
- Salmo 142.2: “Derramo perante ele a minha queixa; a ele exponho a minha angústia.”
A expressão “derramo” é o hebraico שָׁפַךְ (shāphak), que implica um esvaziar-se emocional, um abrir do coração diante de Deus. Esse é o mesmo termo usado em lamentações profundas (cf. Lm 2.19). - Salmo 142.4: “Olha à minha direita e vê, pois não há quem me reconheça; refúgio me falta; ninguém cuida da minha alma.”
Isso revela um momento de desamparo total, mostrando como a caverna simboliza o abandono humano, mas o consolo divino. - 1 Samuel 22.2: “Ajuntou-se a ele todo homem que se achava em aperto... e ele se fez chefe deles; eram com ele uns quatrocentos homens.”
O termo hebraico para “aperto” é מָצוֹק (māṣôq) – opressão ou tribulação. Davi atrai os desajustados, e o Senhor forma ali um exército de quebrantados. Eles não eram guerreiros treinados, mas homens transformados por um líder ferido que aprendeu a depender de Deus.
3. Um Processo Contínuo
Processo de Formação Espiritual
A Bíblia apresenta o desenvolvimento dos servos de Deus não como eventos instantâneos, mas como longos processos de formação. Esse princípio é chamado na teologia espiritual de “discipulado do deserto”, ou ainda de "teologia da espera" (cf. Eugene Peterson – A Longa Obediência na Mesma Direção).
Exemplos Bíblicos de Processos:
Personagem | Tempo de Formação | Referência | Propósito Final |
José | 13 anos | At 7.9-15 | Governo e salvação do povo |
Moisés | 80 anos | Êx 2.10–3.10 | Libertador e legislador |
Josué | 40 anos | Dt 34.9 | Condução à Terra Prometida |
Davi | cerca de 15 anos | 1 Sm 16–2 Sm 5 | Reinado ungido por Deus |
Princípios Teológicos
- Deus trabalha no silêncio do processo (Is 55.8-9).
- Formação precede posição. Davi aprendeu no pasto, no palácio, na caverna e no campo de batalha antes do trono.
- A dor como ferramenta pedagógica. Hebreus 12.11 afirma que a disciplina, embora penosa no momento, produz frutos de justiça.
Palavras Gregas Associadas
Embora o texto do AT seja hebraico, há palavras gregas no NT que refletem o mesmo princípio:
- ὑπομονή (hypomonē) – “perseverança” ou “constância no sofrimento”. Aparece em Romanos 5.3–4.
- δοκιμή (dokimē) – “caráter aprovado”, forjado no processo.
Aplicação Pessoal
- As cavernas da vida não são lugares de fim, mas de formação. Deus permite cavernas para desenvolver a humildade, sensibilidade e empatia (cf. 2 Co 1.3-4).
- O isolamento pode gerar intimidade com Deus. Quando todas as vozes se calam, aprendemos a ouvir a voz do Senhor com mais clareza.
- Liderança autêntica nasce no sofrimento. Davi se torna um líder não por conquista política, mas porque aprendeu a cuidar de homens feridos, pois ele mesmo havia sido ferido.
- O processo não é castigo, mas preparo. Deus está mais interessado em quem você está se tornando do que apenas em onde você vai chegar.
Tabela Expositiva: Lições da Caverna e do Processo
Elemento | Referência Bíblica | Palavra Original | Significado | Aplicação |
Caverna | Salmo 142.1-7; 1 Sm 22.1 | מְעָרָה (meʿārāh) | Lugar de esconderijo, refúgio, espera | Lugar de intimidade com Deus |
Refúgio | Salmo 142.5 | מַחְסֶה (maḥsê) | Abrigo seguro, confiança | Deus como única segurança |
Queixa/clamor | Salmo 142.2 | שָׁפַךְ (shāphak) | Derramar-se emocionalmente | Honestidade em oração |
Perseverança | Romanos 5.3 | ὑπομονή (hypomonē) | Paciência resiliente | Crescer em meio à dor |
Caráter aprovado | Romanos 5.4 | δοκιμή (dokimē) | Caráter testado e aprovado | Formação através do sofrimento |
Homens em aperto | 1 Samuel 22.2 | מָצוֹק (māṣôq) | Tribulação, aperto, aflição | A dor atrai a graça de Deus |
Referências Acadêmicas Cristãs
- Kidner, Derek. Psalms 73–150 (Tyndale Old Testament Commentaries) – InterVarsity Press.
- Eugene Peterson. A Longa Obediência na Mesma Direção – Vida Nova.
- Walter Brueggemann. Teologia do Antigo Testamento – Loyola.
- Warren Wiersbe. Be Successful (1 Samuel) – David C. Cook.
- John Goldingay. Psalms for Everyone – Westminster John Knox Press.
SUBSIDIO 3
Professor(a), inicie o tópico fazendo as seguintes perguntas: “Por que Davi teve que sofrer com a perseguição de Saul?” “Por que Deus permitiu que Doegue matasse os ministros de Deus e outros homens, mulheres e crianças inocentes?” Ouça os alunos com atenção e incentive a participação de todos. Explique que “há várias razões pelas quais o povo de Deus sofre. Como todas as outras pessoas que já viveram, os seguidores de Deus vivenciam o sofrimento como uma consequência do pecado original de Adão e Eva. Quando eles decidiram voluntariamente desafiar a Deus e ignorar a sua ordem, o pecado entrou no mundo, e com ele vieram a dor, a tristeza, o conflito e, por fim, a morte Essas coisas agora invadem a vida de todos os seres humanos (Gn 3:16-19). Paulo afirma o seguinte: “Pelo que, como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens, por isso que todos pecaram (Rm 5:12. veja nota). Na verdade, a Palavra de Deus nos diz que todo o universo criado geme sob os efeitos do pecado e anseia pelo momento em que haverá um novo céu e uma nova terra (Rm 8.20-23 2 Pe 3.10-13). Nós devemos resistir às atitudes e ações pecadoras sempre confiando na graça de Deus, na sua ajuda, força e consolação mesmo quando não parece mais haver esperança nem respostas (cf. 1 Co 10.13) (Bíblia de Estudo Pentecostal para Jovens Rio de Janeiro CPAD p. 625)
CONCLUSÃO
A forma como Davi foi preparado para a sua missão é inspiradora. Diante de muitas adversidades, manteve-se fiel e direcionado por Deus. A sua formação foi resultado de momentos de sucesso, conquistas e celebrações. Davi passou por períodos de perseguições, lutas e lágrimas e, em todos os momentos, o Espírito de Deus era com ele. Sem dúvidas, um convite a todos nós para nos permitirmos ser forjados pelo Senhor.
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
Conclusão: A Preparação de Davi para Sua Missão
1. Contexto e Significado Teológico
Davi é um dos personagens bíblicos mais emblemáticos na narrativa do Antigo Testamento, cuja vida representa um modelo de fidelidade, perseverança e dependência do Espírito Santo diante das adversidades. Sua preparação foi multifacetada — composta por momentos de vitória e glória, mas também por períodos profundos de luta, exílio e sofrimento (1 Samuel 16–2 Samuel 5).
O termo “preparação” aqui reflete uma ideia bíblica profunda: Deus não apenas escolhe, mas “forma” aqueles que irá usar para cumprir seus propósitos (cf. Jeremias 1.5; Isaías 64.8).
2. Análise Exegética e Palavras-Chave
Embora a narrativa principal de Davi esteja no hebraico, a reflexão teológica sobre a preparação espiritual está muito ligada a conceitos do Novo Testamento, em grego, que ajudam a entender o processo:
- “Preparação”: No grego, o termo que expressa a ideia de preparo espiritual é καταρτισμός (katartismos) — utilizado em Efésios 4.12 para descrever o “aperfeiçoamento dos santos para a obra do ministério”. Significa ajustar, restaurar, tornar apto.
- “Fidelidade”: A palavra grega πιστότης (pistótēs), traduzida como fidelidade ou confiança, aparece em muitos textos para enfatizar a constância do crente diante das provações (1 Coríntios 4.2; Apocalipse 2.10).
- “Direção divina”: Em provérbios e salmos, o tema da direção do Senhor é fundamental. No grego, encontramos ὁδήγησις (hodḗgēsis), que significa orientação, guia, base para a ideia de ser “guiado pelo Espírito” (Romanos 8.14).
- “Espírito Santo”: O auxílio do Espírito na vida de Davi não é explicitado diretamente, mas o Salmo 51 e outros textos bíblicos (cf. Atos 13.22) confirmam que o Senhor o “escolheu e o ungiu com o Seu Espírito”. O termo grego para Espírito Santo é Πνεῦμα Ἅγιον (Pneuma Hagion), a força capacitadora do cristão.
3. Referências Acadêmicas Cristãs
- Walter Brueggemann, em sua obra 1 & 2 Samuel (Westminster John Knox Press), destaca a formação de Davi como um processo que envolve a “crise redentora”, ou seja, o sofrimento que conduz à maturidade.
- Derek Kidner em The Message of Samuel (IVP Academic) analisa a fidelidade de Davi como um testemunho vivo do relacionamento íntimo entre o escolhido e Deus.
- John Stott em A Mensagem dos Salmos reforça que os salmos de Davi revelam a presença do Espírito Santo como consolo e força durante suas lutas.
- J. I. Packer comenta sobre a importância do Espírito Santo no processo de santificação e direção divina para cumprir o chamado (em Knowing God).
4. Aplicação Pessoal
- Fidelidade em meio à adversidade: Como Davi, somos chamados a manter a confiança e a fidelidade a Deus mesmo quando enfrentamos perseguições ou dificuldades. A fidelidade não é uma emoção passageira, mas uma decisão sustentada pela graça do Espírito.
- Permitir-se ser formado: O processo de formação, que inclui dor, lágrimas e até mesmo aparentes “derrotas”, é essencial para que possamos ser instrumentos úteis na obra de Deus (Hebreus 12.10).
- Dependência do Espírito Santo: Assim como Davi, que recebeu poder e direção do Espírito Santo, precisamos cultivar uma vida dependente da direção divina para vencer desafios e cumprir nossa missão.
- Celebrar as conquistas e aprender das falhas: O crescimento espiritual e ministerial é fruto da soma de sucessos e fracassos, ambos usados por Deus para nos moldar.
5. Tabela Expositiva – A Preparação de Davi: Um Modelo para o Crente
Elemento
Referência Bíblica
Palavra Chave (Hebraico/Grego)
Significado
Aplicação Prática
Chamado e Unção
1 Sm 16.13; At 13.22
מָשַׁח (māšaḥ) / Χρίω (chrío)
Escolha e capacitação divina
Confiança no chamado divino
Fidelidade e Perseverança
1 Sm 24.6; 1 Cor 4.2
נֶאֱמָנוּת (ne’emânût) / πιστότης (pistótēs)
Constância e confiança
Manter-se firme na caminhada
Direção Divina
Salmo 23; Provérbios 3.5-6
הוֹרָאָה (hôrā’āh) / ὁδήγησις (hodḗgēsis)
Guia e orientação do Senhor
Buscar orientação do Espírito e da Palavra
Espírito Santo
Salmo 51.11; Atos 13.22
רוּחַ (rûaḥ) / Πνεῦμα Ἅγιον
Capacitação e presença divina
Vida dependente do Espírito Santo
Processo de Formação
Hebreus 12.10; Romanos 5.3-4
תִּקּוּן (tiqqun) / καταρτισμός (katartismos)
Aperfeiçoamento e restauração
Aceitar o processo de aprendizado e amadurecimento
Conclusão: A Preparação de Davi para Sua Missão
1. Contexto e Significado Teológico
Davi é um dos personagens bíblicos mais emblemáticos na narrativa do Antigo Testamento, cuja vida representa um modelo de fidelidade, perseverança e dependência do Espírito Santo diante das adversidades. Sua preparação foi multifacetada — composta por momentos de vitória e glória, mas também por períodos profundos de luta, exílio e sofrimento (1 Samuel 16–2 Samuel 5).
O termo “preparação” aqui reflete uma ideia bíblica profunda: Deus não apenas escolhe, mas “forma” aqueles que irá usar para cumprir seus propósitos (cf. Jeremias 1.5; Isaías 64.8).
2. Análise Exegética e Palavras-Chave
Embora a narrativa principal de Davi esteja no hebraico, a reflexão teológica sobre a preparação espiritual está muito ligada a conceitos do Novo Testamento, em grego, que ajudam a entender o processo:
- “Preparação”: No grego, o termo que expressa a ideia de preparo espiritual é καταρτισμός (katartismos) — utilizado em Efésios 4.12 para descrever o “aperfeiçoamento dos santos para a obra do ministério”. Significa ajustar, restaurar, tornar apto.
- “Fidelidade”: A palavra grega πιστότης (pistótēs), traduzida como fidelidade ou confiança, aparece em muitos textos para enfatizar a constância do crente diante das provações (1 Coríntios 4.2; Apocalipse 2.10).
- “Direção divina”: Em provérbios e salmos, o tema da direção do Senhor é fundamental. No grego, encontramos ὁδήγησις (hodḗgēsis), que significa orientação, guia, base para a ideia de ser “guiado pelo Espírito” (Romanos 8.14).
- “Espírito Santo”: O auxílio do Espírito na vida de Davi não é explicitado diretamente, mas o Salmo 51 e outros textos bíblicos (cf. Atos 13.22) confirmam que o Senhor o “escolheu e o ungiu com o Seu Espírito”. O termo grego para Espírito Santo é Πνεῦμα Ἅγιον (Pneuma Hagion), a força capacitadora do cristão.
3. Referências Acadêmicas Cristãs
- Walter Brueggemann, em sua obra 1 & 2 Samuel (Westminster John Knox Press), destaca a formação de Davi como um processo que envolve a “crise redentora”, ou seja, o sofrimento que conduz à maturidade.
- Derek Kidner em The Message of Samuel (IVP Academic) analisa a fidelidade de Davi como um testemunho vivo do relacionamento íntimo entre o escolhido e Deus.
- John Stott em A Mensagem dos Salmos reforça que os salmos de Davi revelam a presença do Espírito Santo como consolo e força durante suas lutas.
- J. I. Packer comenta sobre a importância do Espírito Santo no processo de santificação e direção divina para cumprir o chamado (em Knowing God).
4. Aplicação Pessoal
- Fidelidade em meio à adversidade: Como Davi, somos chamados a manter a confiança e a fidelidade a Deus mesmo quando enfrentamos perseguições ou dificuldades. A fidelidade não é uma emoção passageira, mas uma decisão sustentada pela graça do Espírito.
- Permitir-se ser formado: O processo de formação, que inclui dor, lágrimas e até mesmo aparentes “derrotas”, é essencial para que possamos ser instrumentos úteis na obra de Deus (Hebreus 12.10).
- Dependência do Espírito Santo: Assim como Davi, que recebeu poder e direção do Espírito Santo, precisamos cultivar uma vida dependente da direção divina para vencer desafios e cumprir nossa missão.
- Celebrar as conquistas e aprender das falhas: O crescimento espiritual e ministerial é fruto da soma de sucessos e fracassos, ambos usados por Deus para nos moldar.
5. Tabela Expositiva – A Preparação de Davi: Um Modelo para o Crente
Elemento | Referência Bíblica | Palavra Chave (Hebraico/Grego) | Significado | Aplicação Prática |
Chamado e Unção | 1 Sm 16.13; At 13.22 | מָשַׁח (māšaḥ) / Χρίω (chrío) | Escolha e capacitação divina | Confiança no chamado divino |
Fidelidade e Perseverança | 1 Sm 24.6; 1 Cor 4.2 | נֶאֱמָנוּת (ne’emânût) / πιστότης (pistótēs) | Constância e confiança | Manter-se firme na caminhada |
Direção Divina | Salmo 23; Provérbios 3.5-6 | הוֹרָאָה (hôrā’āh) / ὁδήγησις (hodḗgēsis) | Guia e orientação do Senhor | Buscar orientação do Espírito e da Palavra |
Espírito Santo | Salmo 51.11; Atos 13.22 | רוּחַ (rûaḥ) / Πνεῦμα Ἅγιον | Capacitação e presença divina | Vida dependente do Espírito Santo |
Processo de Formação | Hebreus 12.10; Romanos 5.3-4 | תִּקּוּן (tiqqun) / καταρτισμός (katartismos) | Aperfeiçoamento e restauração | Aceitar o processo de aprendizado e amadurecimento |
HORA DA REVISÃO
1- Que lições podemos aprender com a busca de Davi por Samuel em Ramá?
Que todos nós precisamos de alguém que possa nos ouvir, aconselhar e orientar nas mais diversas áreas, inclusive na espiritual. Samuel era um homem de Deus e tinha a palavra certa para Davi
2- Que estratégias Davi usou ao buscar abrigo entre os filisteus?
Na primeira vez fingiu-se de louco Na segunda vez, fez um acordo de cooperação militar que não foi cumprido por Davi, mas que the permitiu morar por um ano e quatro meses em temas filisteias
3- Aponte alguns exemplos da fidelidade de Davi estudados nessa lição.
A Deus mediante a afronta de Golias a Saul mesmo com tantas perseguições, a Jônatas mesmo anos após a morte deste no caso de Mefibosete a sua família deixando-os protegidos em terras moabitas
4- A entrega da espada a Davi permitiu uma reflexão sobre dois momentos no texto, quais foram?
A espada de Golias esteve nas mãos de Davi em dos momentos o primeiro quando ele a usou para matar o gigante o segundo, quando a usou com muita experiência para se defender durante as perseguições que sofria A reflexão se refere ao entendimento do amadurecimento e preparo de Davi entre os dos períodos
5- Qual o perfil dos homens que começaram a seguir Davi?
Eram homens que também sofriam, choravam e amargavam histórias de lamento.
Gostou do site? Ajude-nos a manter e melhorar ainda mais este Site.
Nos abençoe com Uma Oferta pelo PIX: TEL (15)99798-4063 – Seja Um Parceiro Desta Obra. “Dai, e dar-se-vos-á; boa medida, recalcada, sacudida, transbordante, generosamente vos dará; porque com a medida com que tiverdes medido vos medirão também”. (Lucas 6:38)
SAIBA TUDO SOBRE A ESCOLA DOMINICAL:
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
EM BREVE
EM BREVE

SAIBA TUDO SOBRE A ESCOLA DOMINICAL:
SAIBA TUDO SOBRE A ESCOLA DOMINICAL:
- EBD 2° Trimestre De 2025 | CPAD JOVENS – TEMA: DAVI – De Pastor de Ovelhas a Rei de Israel || Escola Biblica Dominical || Lição 06- Davi: um casamento real
Quem compromete-se com a EBD não inventa histórias, mas fala o que está escrito na Bíblia!
Quem compromete-se com a EBD não inventa histórias, mas fala o que está escrito na Bíblia!
📩 Adquira UM DOS PACOTES do acesso Vip ou arquivo avulso de qualquer ano | Saiba mais pelo Zap.
- O acesso vip foi pensado para facilitar o superintende e professores de EBD, dá a possibilidade de ter em mãos, Slides, Subsídios de todas as classes e faixas etárias. Saiba qual as opções, e adquira! Entre em contato.
- O acesso vip foi pensado para facilitar o superintende e professores de EBD, dá a possibilidade de ter em mãos, Slides, Subsídios de todas as classes e faixas etárias. Saiba qual as opções, e adquira! Entre em contato.
ADQUIRA O ACESSO VIP ou os conteúdos em pdf 👆👆👆👆👆👆 Entre em contato.
Os conteúdos tem lhe abençoado? Nos abençoe também com Uma Oferta Voluntária de qualquer valor pelo PIX: E-MAIL pecadorconfesso@hotmail.com – ou, PIX:TEL (15)99798-4063 Seja Um Parceiro Desta Obra. “Dai, e dar-se-vos-á; boa medida, recalcada, sacudida, transbordante, generosamente vos dará; porque com a medida com que tiverdes medido vos medirão também”. Lucas 6:38
- ////////----------/////////--------------///////////
- ////////----------/////////--------------///////////
SUBSÍDIOS DAS REVISTAS CPAD
SUBSÍDIOS DAS REVISTAS BETEL
SUBSÍDIOS DAS REVISTAS PECC
SUBSÍDIOS DAS REVISTAS CENTRAL GOSPEL
---------------------------------------------------------
---------------------------------------------------------
- ////////----------/////////--------------///////////
COMMENTS