TEXTO ÁUREO “No princípio, era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus”, João 1.1. VERDADE APLICADA O Evangelho de João revel...
TEXTO ÁUREO
“No princípio, era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus”, João 1.1.
VERDADE APLICADA
O Evangelho de João revela que o Verbo Divino que se fez carne e habitou entre nós é o Cristo Prometido, o Filho de Deus, enviado para nos salvar.
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
TEXTO ÁUREO
“No princípio, era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus” – João 1.1
1. COMENTÁRIO BÍBLICO-TEOLÓGICO
A. “No princípio” (Ἐν ἀρχῇ – En archē)
Essa expressão remete diretamente a Gênesis 1.1, indicando que o Verbo (Logos) já existia antes da criação. João inicia seu evangelho conectando a criação com a encarnação, demonstrando que Jesus não foi criado, mas é eterno.
Leon Morris comenta que João 1.1 apresenta a mais elevada cristologia do Novo Testamento, pois descreve Jesus como pré-existente, divino e pessoal (cf. The Gospel According to John, NICNT).
B. “Era o Verbo” (ἦν ὁ λόγος – ēn ho Logos)
A palavra Logos (λόγος) significa literalmente “palavra”, “mensagem” ou “razão”. Na cultura judaica, relacionava-se à palavra ativa de Deus na criação, revelação e redenção (cf. Sl 33.6; Is 55.11). Na filosofia grega, o Logos era a razão cósmica que ordenava o universo.
F. F. Bruce: “João toma emprestado o conceito do Logos, mas o redefine à luz da revelação cristã. O Logos é uma pessoa — e essa pessoa é Jesus Cristo” (cf. The Gospel of John).
Jesus é o Logos eterno, pessoal e divino, que revela perfeitamente a Deus ao mundo (Jo 1.14,18).
C. “Estava com Deus” (πρὸς τὸν θεόν – pros ton Theon)
A preposição pros expressa relacionamento íntimo e distinto. Indica que o Verbo estava face a face com Deus, em plena comunhão, mas distinto do Pai — uma chave para o entendimento da Trindade.
D. A. Carson: “Essa frase é decisiva para afirmar tanto a divindade quanto a distinção de pessoas na Trindade. O Logos é Deus, mas não é o mesmo que o Pai.”
(The Gospel According to John, Pillar Commentary)
D. “E o Verbo era Deus” (καὶ θεὸς ἦν ὁ λόγος – kai Theos ēn ho Logos)
O texto não diz “o Logos era o Deus” (ὁ θεός), mas “Deus era o Logos” (θεὸς ἦν ὁ λόγος), indicando que o Verbo tem a natureza divina, sem se confundir com o Pai.
A construção grega enfatiza a essência divina do Verbo. Ele compartilha da divindade do Pai, sendo plenamente Deus.
A forma desta declaração é uma das mais poderosas afirmações da divindade de Cristo em todo o NT.
2. VERDADE APLICADA: O Verbo se fez carne
A Verdade Aplicada aponta para João 1.14:
“E o Verbo se fez carne e habitou entre nós...”
A encarnação é o coração do evangelho de João: o Deus eterno se fez homem para salvar a humanidade.
Essa doutrina revela:
- A graça divina: Deus tomou a iniciativa de nos alcançar.
- A união das naturezas: Jesus é plenamente Deus e plenamente homem (cf. Fp 2.6-8).
- A missão redentora: o Verbo encarnado veio “para buscar e salvar o que se havia perdido” (Lc 19.10).
Wayne Grudem: “Na encarnação, Deus o Filho assumiu uma natureza humana completa e permaneceu Deus. Isso é um mistério glorioso que fundamenta nossa salvação.”
(Teologia Sistemática)
3. APLICAÇÃO PESSOAL
- Você reconhece que Jesus é Deus eterno, Criador e Salvador?
- Você se submete ao Verbo encarnado como Senhor de sua vida?
- Você vive com gratidão e temor diante do Deus que se fez homem por amor a você?
- Você proclama a outros que o Verbo eterno habitou entre nós e oferece salvação?
4. TABELA EXPOSITIVA
Expressão Bíblica
Grego Original
Significado Teológico
Aplicação Pessoal
No princípio
Ἐν ἀρχῇ (en archē)
Eternidade do Verbo; antes de toda criação
Reconhecer que Jesus é eterno, e confiar em Sua soberania
Era o Verbo
ἦν ὁ λόγος (ēn ho Logos)
Jesus é o Logos – Palavra reveladora e criadora
Submeter-se à Palavra viva que é Cristo
Estava com Deus
πρὸς τὸν θεόν (pros ton Theon)
Comunhão eterna com o Pai, distinção pessoal
Valorizar a comunhão com Deus e entender a Trindade
O Verbo era Deus
θεὸς ἦν ὁ λόγος (Theos ēn ho Logos)
A plena divindade de Jesus
Adorar a Jesus como verdadeiro Deus
TEXTO ÁUREO
“No princípio, era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus” – João 1.1
1. COMENTÁRIO BÍBLICO-TEOLÓGICO
A. “No princípio” (Ἐν ἀρχῇ – En archē)
Essa expressão remete diretamente a Gênesis 1.1, indicando que o Verbo (Logos) já existia antes da criação. João inicia seu evangelho conectando a criação com a encarnação, demonstrando que Jesus não foi criado, mas é eterno.
Leon Morris comenta que João 1.1 apresenta a mais elevada cristologia do Novo Testamento, pois descreve Jesus como pré-existente, divino e pessoal (cf. The Gospel According to John, NICNT).
B. “Era o Verbo” (ἦν ὁ λόγος – ēn ho Logos)
A palavra Logos (λόγος) significa literalmente “palavra”, “mensagem” ou “razão”. Na cultura judaica, relacionava-se à palavra ativa de Deus na criação, revelação e redenção (cf. Sl 33.6; Is 55.11). Na filosofia grega, o Logos era a razão cósmica que ordenava o universo.
F. F. Bruce: “João toma emprestado o conceito do Logos, mas o redefine à luz da revelação cristã. O Logos é uma pessoa — e essa pessoa é Jesus Cristo” (cf. The Gospel of John).
Jesus é o Logos eterno, pessoal e divino, que revela perfeitamente a Deus ao mundo (Jo 1.14,18).
C. “Estava com Deus” (πρὸς τὸν θεόν – pros ton Theon)
A preposição pros expressa relacionamento íntimo e distinto. Indica que o Verbo estava face a face com Deus, em plena comunhão, mas distinto do Pai — uma chave para o entendimento da Trindade.
D. A. Carson: “Essa frase é decisiva para afirmar tanto a divindade quanto a distinção de pessoas na Trindade. O Logos é Deus, mas não é o mesmo que o Pai.”
(The Gospel According to John, Pillar Commentary)
D. “E o Verbo era Deus” (καὶ θεὸς ἦν ὁ λόγος – kai Theos ēn ho Logos)
O texto não diz “o Logos era o Deus” (ὁ θεός), mas “Deus era o Logos” (θεὸς ἦν ὁ λόγος), indicando que o Verbo tem a natureza divina, sem se confundir com o Pai.
A construção grega enfatiza a essência divina do Verbo. Ele compartilha da divindade do Pai, sendo plenamente Deus.
A forma desta declaração é uma das mais poderosas afirmações da divindade de Cristo em todo o NT.
2. VERDADE APLICADA: O Verbo se fez carne
A Verdade Aplicada aponta para João 1.14:
“E o Verbo se fez carne e habitou entre nós...”
A encarnação é o coração do evangelho de João: o Deus eterno se fez homem para salvar a humanidade.
Essa doutrina revela:
- A graça divina: Deus tomou a iniciativa de nos alcançar.
- A união das naturezas: Jesus é plenamente Deus e plenamente homem (cf. Fp 2.6-8).
- A missão redentora: o Verbo encarnado veio “para buscar e salvar o que se havia perdido” (Lc 19.10).
Wayne Grudem: “Na encarnação, Deus o Filho assumiu uma natureza humana completa e permaneceu Deus. Isso é um mistério glorioso que fundamenta nossa salvação.”
(Teologia Sistemática)
3. APLICAÇÃO PESSOAL
- Você reconhece que Jesus é Deus eterno, Criador e Salvador?
- Você se submete ao Verbo encarnado como Senhor de sua vida?
- Você vive com gratidão e temor diante do Deus que se fez homem por amor a você?
- Você proclama a outros que o Verbo eterno habitou entre nós e oferece salvação?
4. TABELA EXPOSITIVA
Expressão Bíblica | Grego Original | Significado Teológico | Aplicação Pessoal |
No princípio | Ἐν ἀρχῇ (en archē) | Eternidade do Verbo; antes de toda criação | Reconhecer que Jesus é eterno, e confiar em Sua soberania |
Era o Verbo | ἦν ὁ λόγος (ēn ho Logos) | Jesus é o Logos – Palavra reveladora e criadora | Submeter-se à Palavra viva que é Cristo |
Estava com Deus | πρὸς τὸν θεόν (pros ton Theon) | Comunhão eterna com o Pai, distinção pessoal | Valorizar a comunhão com Deus e entender a Trindade |
O Verbo era Deus | θεὸς ἦν ὁ λόγος (Theos ēn ho Logos) | A plena divindade de Jesus | Adorar a Jesus como verdadeiro Deus |
OBJETIVOS DA LIÇÃO
Conhecer o contexto histórico e religioso do Evangelho de João.
Ressaltar as adversidades que os cristãos enfrentavam nos dias de João.
Compreender a diferença entre o Evangelho de João e os Evangelhos sinóticos.
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TEXTOS DE REFERÊNCIA
JOÃO 1
2 Ele estava no princípio com Deus.
3 Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez.
4 Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens.
5 E a luz resplandece nas trevas, e as trevas não a compreenderam.
6 Houve um homem enviado de Deus, cujo nome era João.
7 Este veio para testemunho para que testificasse da luz, para que todos cressem por ele.
8 Não era ele a luz, mas veio para que testificasse da luz.
9 Ali estava a luz verdadeira, que alumia a todo homem que vem ao mundo.
10 Estava no mundo, e o mundo foi feito por ele, e o mundo não o conheceu.
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
JOÃO 1.2–10 — TEXTO COMENTADO
📌 Verso 2 – “Ele estava no princípio com Deus.”
Comentário: Reafirma a pré-existência do Logos (Verbo). A repetição do v.1 enfatiza a eternidade e coexistência com o Pai.
- A partícula grega ἦν (ēn) está no imperfeito, indicando existência contínua no passado — Ele já era antes de tudo.
🔎 Teologia: Cristo não começou a existir — Ele já estava com Deus antes do princípio de tudo.
📌 Verso 3 – “Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez.”
Comentário: O Logos é o agente ativo da criação. Isso ecoa Gênesis 1, mas aqui mostra que Cristo é o Criador.
- O verbo ἐγένετο (egeneto) – “foi feito” – aparece sete vezes neste prólogo, contrastando com ēn (era/estava) que se refere ao ser eterno do Verbo.
📚 Colossenses 1.16: “Porque nele foram criadas todas as coisas...”
📖 Hebreus 1.2: “...por quem também fez o mundo.”
📌 Verso 4 – “Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens.”
Comentário: A vida (ζωή – zoē) é essencial ao Logos, não derivada. Ele não apenas dá vida física, mas também vida espiritual e eterna (Jo 10.10).
- A vida é luz (φῶς – phōs), ou seja, revelação de Deus, verdade, discernimento, direção.
📚 Leon Morris: “A vida e a luz representam as bênçãos redentoras que fluem de Cristo.”
📌 Verso 5 – “E a luz resplandece nas trevas, e as trevas não a compreenderam.”
Comentário:
- O verbo φαίνει (phainei) – “resplandece” – está no presente: Cristo continua brilhando.
- O termo κατέλαβεν (katelaben) pode ser traduzido como “compreender”, “resistir” ou “vencer”.
💡 A ideia central: as trevas (o pecado, o mundo rebelde, o sistema caído) não prevalecem contra a luz.
📌 Verso 6 – “Houve um homem enviado de Deus, cujo nome era João.”
Comentário: João Batista é introduzido como o precursor, o profeta que prepara o caminho.
- Enviado: ἀπεσταλμένος (apestalmenos) – mesmo termo usado para “apóstolo” – alguém enviado com autoridade.
📌 Verso 7 – “Este veio para testemunho, para que testificasse da luz, para que todos cressem por ele.”
Comentário: A missão de João Batista é testemunhar (μαρτυρία – martyria) da luz — ou seja, do Cristo.
📚 João 5.35: “Ele era a lâmpada que ardia e iluminava.”
A ênfase é que João não era a luz, mas um instrumento apontando para ela.
📌 Verso 8 – “Não era ele a luz, mas veio para que testificasse da luz.”
Comentário: João é claramente distinguido da luz. Isso evita qualquer confusão de identidade espiritual.
➕ Aplicação: o verdadeiro servo de Deus não busca glória própria, mas glorifica a Cristo.
📌 Verso 9 – “Ali estava a luz verdadeira, que alumia a todo homem que vem ao mundo.”
Comentário: Jesus é a “luz verdadeira” (φῶς ἀληθινόν – phōs alēthinon), ou seja, a luz perfeita, plena, genuína, em contraste com luzes parciais.
- Alumia a todo homem: pode significar iluminação oferecida a todos (Jo 8.12), ou o juízo baseado em sua rejeição (Jo 3.19).
📌 Verso 10 – “Estava no mundo, e o mundo foi feito por ele, e o mundo não o conheceu.”
Comentário:
- Há três usos de “mundo” (κόσμος – kosmos):
- O universo físico (criado por Ele);
- A humanidade em geral;
- O sistema mundano que rejeita a Deus.
- O Verbo entrou em sua própria criação, mas foi rejeitado — um grande paradoxo.
📚 D. A. Carson: “A tragédia cósmica do mundo é que o Criador se fez carne e foi rejeitado por sua criação.”
🎯 APLICAÇÃO PRÁTICA
- Jesus não é apenas Salvador, mas Criador. Reconhecer Sua autoridade sobre todas as coisas transforma nossa relação com Ele.
- A luz brilha hoje — você tem se exposto à sua verdade ou permanece nas trevas?
- Como João Batista, você tem sido uma testemunha fiel da luz, ou está tentando brilhar por si mesmo?
- O mundo ainda rejeita a luz. Você está entre os que reconhecem ou os que ignoram a presença do Verbo encarnado?
📊 TABELA EXPOSITIVA
Versículo
Palavra-chave (Grego)
Doutrina Central
Aplicação Pessoal
Jo 1.2
ἦν (ēn) – “estava”
Eternidade e pré-existência de Cristo
Reconhecer Jesus como Deus eterno
Jo 1.3
ἐγένετο (egeneto) – “foi feito”
Cristo como Criador
Sujeitar toda a vida ao domínio de Cristo
Jo 1.4
ζωή, φῶς (zoē, phōs)
Vida e luz encontradas em Cristo
Buscar a vida verdadeira somente em Cristo
Jo 1.5
κατέλαβεν (katelaben)
As trevas não prevalecem contra a luz
Viver na luz e não temer a oposição
Jo 1.7-8
μαρτυρία (martyria)
João é testemunha da luz
Ser testemunha fiel da verdade e de Cristo
Jo 1.9
ἀληθινόν (alēthinon)
Jesus é a luz verdadeira
Rejeitar falsos “iluminadores” e seguir o verdadeiro
Jo 1.10
κόσμος (kosmos)
Rejeição do Criador pelo mundo
Escolher conhecer e seguir o Criador
JOÃO 1.2–10 — TEXTO COMENTADO
📌 Verso 2 – “Ele estava no princípio com Deus.”
Comentário: Reafirma a pré-existência do Logos (Verbo). A repetição do v.1 enfatiza a eternidade e coexistência com o Pai.
- A partícula grega ἦν (ēn) está no imperfeito, indicando existência contínua no passado — Ele já era antes de tudo.
🔎 Teologia: Cristo não começou a existir — Ele já estava com Deus antes do princípio de tudo.
📌 Verso 3 – “Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez.”
Comentário: O Logos é o agente ativo da criação. Isso ecoa Gênesis 1, mas aqui mostra que Cristo é o Criador.
- O verbo ἐγένετο (egeneto) – “foi feito” – aparece sete vezes neste prólogo, contrastando com ēn (era/estava) que se refere ao ser eterno do Verbo.
📚 Colossenses 1.16: “Porque nele foram criadas todas as coisas...”
📖 Hebreus 1.2: “...por quem também fez o mundo.”
📌 Verso 4 – “Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens.”
Comentário: A vida (ζωή – zoē) é essencial ao Logos, não derivada. Ele não apenas dá vida física, mas também vida espiritual e eterna (Jo 10.10).
- A vida é luz (φῶς – phōs), ou seja, revelação de Deus, verdade, discernimento, direção.
📚 Leon Morris: “A vida e a luz representam as bênçãos redentoras que fluem de Cristo.”
📌 Verso 5 – “E a luz resplandece nas trevas, e as trevas não a compreenderam.”
Comentário:
- O verbo φαίνει (phainei) – “resplandece” – está no presente: Cristo continua brilhando.
- O termo κατέλαβεν (katelaben) pode ser traduzido como “compreender”, “resistir” ou “vencer”.
💡 A ideia central: as trevas (o pecado, o mundo rebelde, o sistema caído) não prevalecem contra a luz.
📌 Verso 6 – “Houve um homem enviado de Deus, cujo nome era João.”
Comentário: João Batista é introduzido como o precursor, o profeta que prepara o caminho.
- Enviado: ἀπεσταλμένος (apestalmenos) – mesmo termo usado para “apóstolo” – alguém enviado com autoridade.
📌 Verso 7 – “Este veio para testemunho, para que testificasse da luz, para que todos cressem por ele.”
Comentário: A missão de João Batista é testemunhar (μαρτυρία – martyria) da luz — ou seja, do Cristo.
📚 João 5.35: “Ele era a lâmpada que ardia e iluminava.”
A ênfase é que João não era a luz, mas um instrumento apontando para ela.
📌 Verso 8 – “Não era ele a luz, mas veio para que testificasse da luz.”
Comentário: João é claramente distinguido da luz. Isso evita qualquer confusão de identidade espiritual.
➕ Aplicação: o verdadeiro servo de Deus não busca glória própria, mas glorifica a Cristo.
📌 Verso 9 – “Ali estava a luz verdadeira, que alumia a todo homem que vem ao mundo.”
Comentário: Jesus é a “luz verdadeira” (φῶς ἀληθινόν – phōs alēthinon), ou seja, a luz perfeita, plena, genuína, em contraste com luzes parciais.
- Alumia a todo homem: pode significar iluminação oferecida a todos (Jo 8.12), ou o juízo baseado em sua rejeição (Jo 3.19).
📌 Verso 10 – “Estava no mundo, e o mundo foi feito por ele, e o mundo não o conheceu.”
Comentário:
- Há três usos de “mundo” (κόσμος – kosmos):
- O universo físico (criado por Ele);
- A humanidade em geral;
- O sistema mundano que rejeita a Deus.
- O Verbo entrou em sua própria criação, mas foi rejeitado — um grande paradoxo.
📚 D. A. Carson: “A tragédia cósmica do mundo é que o Criador se fez carne e foi rejeitado por sua criação.”
🎯 APLICAÇÃO PRÁTICA
- Jesus não é apenas Salvador, mas Criador. Reconhecer Sua autoridade sobre todas as coisas transforma nossa relação com Ele.
- A luz brilha hoje — você tem se exposto à sua verdade ou permanece nas trevas?
- Como João Batista, você tem sido uma testemunha fiel da luz, ou está tentando brilhar por si mesmo?
- O mundo ainda rejeita a luz. Você está entre os que reconhecem ou os que ignoram a presença do Verbo encarnado?
📊 TABELA EXPOSITIVA
Versículo | Palavra-chave (Grego) | Doutrina Central | Aplicação Pessoal |
Jo 1.2 | ἦν (ēn) – “estava” | Eternidade e pré-existência de Cristo | Reconhecer Jesus como Deus eterno |
Jo 1.3 | ἐγένετο (egeneto) – “foi feito” | Cristo como Criador | Sujeitar toda a vida ao domínio de Cristo |
Jo 1.4 | ζωή, φῶς (zoē, phōs) | Vida e luz encontradas em Cristo | Buscar a vida verdadeira somente em Cristo |
Jo 1.5 | κατέλαβεν (katelaben) | As trevas não prevalecem contra a luz | Viver na luz e não temer a oposição |
Jo 1.7-8 | μαρτυρία (martyria) | João é testemunha da luz | Ser testemunha fiel da verdade e de Cristo |
Jo 1.9 | ἀληθινόν (alēthinon) | Jesus é a luz verdadeira | Rejeitar falsos “iluminadores” e seguir o verdadeiro |
Jo 1.10 | κόσμος (kosmos) | Rejeição do Criador pelo mundo | Escolher conhecer e seguir o Criador |
LEITURAS COMPLEMENTARES
SEGUNDA | Jo 1.14 O Verbo se fez carne e habitou entre nós.
TERÇA | Jo 1.12 João apresenta o Filho de Deus como o Salvador.
QUARTA | Jo 8.11 O Filho de Deus ensinou sobre o perdão.
QUINTA | Jo 3.16 Quem crer no Filho tem a vida eterna.
SEXTA | Jo 1.2 O Filho de Deus estava no princípio com o Pai.
SÁBADO | CI 1.17 O Filho de Deus é antes de todas as coisas.
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
📅 SEGUNDA | João 1.14 – “E o Verbo se fez carne e habitou entre nós.”
🔍 Comentário Teológico:
A palavra grega para “habitou” é ἐσκήνωσεν (eskēnōsen), literalmente, “armou sua tenda” ou “tabernaculou”. João faz alusão ao Tabernáculo no deserto, onde a glória de Deus habitava entre o povo (Êx 25.8; 40.34).
📚 Aplicação:
Cristo é o novo Tabernáculo — Deus conosco (Mt 1.23). Ele não apenas veio, mas viveu entre nós como Deus presente.
“O invisível tornou-se visível, o eterno entrou no tempo.” – C. S. Lewis
🛐 Reflita:
Você vive consciente de que Cristo habita entre nós? Sua vida reflete reverência por essa presença?
📅 TERÇA | João 1.12 – “Mas a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus...”
🔍 Comentário Teológico:
O termo “receber” (λαμβάνω – lambanō) indica apropriação pessoal de Cristo. “Poder” (ἐξουσία – exousia) refere-se ao direito legal ou autoridade espiritual.
📚 Aplicação:
Ser filho de Deus não é direito natural, mas um presente concedido àqueles que crêem.
“A filiação é um privilégio da graça, não uma herança humana.” – John Stott
🛐 Reflita:
Você já recebeu Cristo pessoalmente? Tem vivido como filho de Deus?
📅 QUARTA | João 8.11 – “Nem eu também te condeno; vai-te, e não peques mais.”
🔍 Comentário Teológico:
A mulher adúltera, embora culpada, encontra em Jesus misericórdia, não condenação, e também um chamado à transformação de vida.
📚 Aplicação:
Cristo não relativiza o pecado, mas oferece perdão com responsabilidade: graça para recomeçar e ordem para mudar.
“O evangelho não nos diz apenas que somos perdoados, mas que somos chamados à santidade.” – Dietrich Bonhoeffer
🛐 Reflita:
Você está apenas buscando o perdão de Deus ou também está disposto a abandonar o pecado?
📅 QUINTA | João 3.16 – “Porque Deus amou o mundo de tal maneira...”
🔍 Comentário Teológico:
O amor de Deus (ἀγάπη – agapē) é sacrificial. A expressão “de tal maneira” não mede quantidade, mas a profundidade do amor divino revelado na cruz. O verbo “crer” (πιστεύω – pisteuō) indica confiança ativa e contínua.
📚 Aplicação:
Deus nos ama com um amor que dá, e espera de nós uma fé que responde com entrega.
“A cruz é a maior declaração de amor da história.” – Billy Graham
🛐 Reflita:
Você crê em Cristo com uma fé viva e constante? Tem compartilhado esse amor com outros?
📅 SEXTA | João 1.2 – “Ele estava no princípio com Deus.”
🔍 Comentário Teológico:
Reafirma a pré-existência de Cristo, já mencionada em João 1.1. O Filho não foi criado, mas sempre existiu com o Pai.
📚 Aplicação:
Jesus é eterno, soberano, coigual com o Pai. Isso muda como devemos adorá-lo, honrá-lo e obedecê-lo.
“Se Jesus é eterno, sua autoridade é absoluta.” – Wayne Grudem
🛐 Reflita:
Você reconhece a eternidade e supremacia de Jesus em sua vida cotidiana?
📅 SÁBADO | Colossenses 1.17 – “E ele é antes de todas as coisas, e todas as coisas subsistem por ele.”
🔍 Comentário Teológico:
Cristo é anterior a tudo (pré-existente) e sustentador de tudo. A palavra “subsistem” (συνέστηκεν – synestēken) traz a ideia de coerência, coesão. Nada se mantém de pé fora de Cristo.
📚 Aplicação:
Cristo não é apenas Salvador, mas o centro e fundamento do universo. Nossa vida só tem sentido nele.
“Cristo é o eixo da realidade; tirando-O, tudo desaba.” – R. C. Sproul
🛐 Reflita:
Sua vida está centrada em Cristo? Ou você está tentando sustentar sua própria existência fora dele?
📅 SEGUNDA | João 1.14 – “E o Verbo se fez carne e habitou entre nós.”
🔍 Comentário Teológico:
A palavra grega para “habitou” é ἐσκήνωσεν (eskēnōsen), literalmente, “armou sua tenda” ou “tabernaculou”. João faz alusão ao Tabernáculo no deserto, onde a glória de Deus habitava entre o povo (Êx 25.8; 40.34).
📚 Aplicação:
Cristo é o novo Tabernáculo — Deus conosco (Mt 1.23). Ele não apenas veio, mas viveu entre nós como Deus presente.
“O invisível tornou-se visível, o eterno entrou no tempo.” – C. S. Lewis
🛐 Reflita:
Você vive consciente de que Cristo habita entre nós? Sua vida reflete reverência por essa presença?
📅 TERÇA | João 1.12 – “Mas a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus...”
🔍 Comentário Teológico:
O termo “receber” (λαμβάνω – lambanō) indica apropriação pessoal de Cristo. “Poder” (ἐξουσία – exousia) refere-se ao direito legal ou autoridade espiritual.
📚 Aplicação:
Ser filho de Deus não é direito natural, mas um presente concedido àqueles que crêem.
“A filiação é um privilégio da graça, não uma herança humana.” – John Stott
🛐 Reflita:
Você já recebeu Cristo pessoalmente? Tem vivido como filho de Deus?
📅 QUARTA | João 8.11 – “Nem eu também te condeno; vai-te, e não peques mais.”
🔍 Comentário Teológico:
A mulher adúltera, embora culpada, encontra em Jesus misericórdia, não condenação, e também um chamado à transformação de vida.
📚 Aplicação:
Cristo não relativiza o pecado, mas oferece perdão com responsabilidade: graça para recomeçar e ordem para mudar.
“O evangelho não nos diz apenas que somos perdoados, mas que somos chamados à santidade.” – Dietrich Bonhoeffer
🛐 Reflita:
Você está apenas buscando o perdão de Deus ou também está disposto a abandonar o pecado?
📅 QUINTA | João 3.16 – “Porque Deus amou o mundo de tal maneira...”
🔍 Comentário Teológico:
O amor de Deus (ἀγάπη – agapē) é sacrificial. A expressão “de tal maneira” não mede quantidade, mas a profundidade do amor divino revelado na cruz. O verbo “crer” (πιστεύω – pisteuō) indica confiança ativa e contínua.
📚 Aplicação:
Deus nos ama com um amor que dá, e espera de nós uma fé que responde com entrega.
“A cruz é a maior declaração de amor da história.” – Billy Graham
🛐 Reflita:
Você crê em Cristo com uma fé viva e constante? Tem compartilhado esse amor com outros?
📅 SEXTA | João 1.2 – “Ele estava no princípio com Deus.”
🔍 Comentário Teológico:
Reafirma a pré-existência de Cristo, já mencionada em João 1.1. O Filho não foi criado, mas sempre existiu com o Pai.
📚 Aplicação:
Jesus é eterno, soberano, coigual com o Pai. Isso muda como devemos adorá-lo, honrá-lo e obedecê-lo.
“Se Jesus é eterno, sua autoridade é absoluta.” – Wayne Grudem
🛐 Reflita:
Você reconhece a eternidade e supremacia de Jesus em sua vida cotidiana?
📅 SÁBADO | Colossenses 1.17 – “E ele é antes de todas as coisas, e todas as coisas subsistem por ele.”
🔍 Comentário Teológico:
Cristo é anterior a tudo (pré-existente) e sustentador de tudo. A palavra “subsistem” (συνέστηκεν – synestēken) traz a ideia de coerência, coesão. Nada se mantém de pé fora de Cristo.
📚 Aplicação:
Cristo não é apenas Salvador, mas o centro e fundamento do universo. Nossa vida só tem sentido nele.
“Cristo é o eixo da realidade; tirando-O, tudo desaba.” – R. C. Sproul
🛐 Reflita:
Sua vida está centrada em Cristo? Ou você está tentando sustentar sua própria existência fora dele?
HINOS SUGERIDOS: 88, 111, 139
MOTIVO DE ORAÇÃO
Ore para que mais pessoas reconheçam o Filho de Deus como o único Salvador.
DINAMICA EXTRA
Comentário de Hubner Braz
Dinâmica: “A Luz que Ilumina o Caminho”
Objetivo:
Demonstrar como o Evangelho do Filho de Deus é a luz que transforma vidas e ilumina o caminho daqueles que o recebem, afastando-os das trevas do pecado e da ignorância.
Materiais:
- Lanternas (uma para cada grupo ou pessoa, se possível)
- Cartolinas pretas ou um pano escuro para criar um ambiente escuro
- Papéis pequenos com frases ou versículos bíblicos sobre luz e salvação (ex: João 8:12, João 1:4-9, Isaías 9:2, Efésios 5:8)
- Canetas ou lápis
Passo a passo:
- Preparação do ambiente:
Apague as luzes da sala ou peça para que os participantes fechem os olhos. Se possível, escureça o ambiente com cartolinas ou panos pretos. - Introdução:
Explique que assim como em um lugar escuro a luz é essencial para enxergar e não se perder, o Evangelho é a luz que Deus enviou para o mundo, para guiar, iluminar e salvar. - Divisão em grupos:
Divida os participantes em pequenos grupos (3 a 5 pessoas). - Distribuição das lanternas:
Cada grupo receberá uma lanterna (ou alguém da equipe a terá). Cada grupo também recebe alguns papéis com versículos/frases. - Atividade:
- Peça que cada grupo leia em voz alta os versículos/frases que recebeu e discuta o que eles significam para eles sobre o Evangelho como luz.
- Cada grupo deve pensar em situações práticas onde o Evangelho foi ou pode ser essa luz na vida das pessoas.
- Iluminar o caminho:
Com as lanternas, cada grupo deve simbolicamente iluminar o caminho (pode ser um caminho marcado no chão com fita, ou simplesmente iluminar a parede/sala), enquanto compartilham suas reflexões com o grupo maior. - Conclusão:
Finalize destacando que o Evangelho do Filho de Deus é a luz verdadeira que jamais se apaga, e que cada um deve ser portador dessa luz no mundo.
Versículos para usar (alguns exemplos):
- João 1:4-9
- João 8:12
- Isaías 9:2
- Salmos 27:1
- Efésios 5:8
- Mateus 5:14-16
Duração:
30 a 40 minutos
Dinâmica: “A Luz que Ilumina o Caminho”
Objetivo:
Demonstrar como o Evangelho do Filho de Deus é a luz que transforma vidas e ilumina o caminho daqueles que o recebem, afastando-os das trevas do pecado e da ignorância.
Materiais:
- Lanternas (uma para cada grupo ou pessoa, se possível)
- Cartolinas pretas ou um pano escuro para criar um ambiente escuro
- Papéis pequenos com frases ou versículos bíblicos sobre luz e salvação (ex: João 8:12, João 1:4-9, Isaías 9:2, Efésios 5:8)
- Canetas ou lápis
Passo a passo:
- Preparação do ambiente:
Apague as luzes da sala ou peça para que os participantes fechem os olhos. Se possível, escureça o ambiente com cartolinas ou panos pretos. - Introdução:
Explique que assim como em um lugar escuro a luz é essencial para enxergar e não se perder, o Evangelho é a luz que Deus enviou para o mundo, para guiar, iluminar e salvar. - Divisão em grupos:
Divida os participantes em pequenos grupos (3 a 5 pessoas). - Distribuição das lanternas:
Cada grupo receberá uma lanterna (ou alguém da equipe a terá). Cada grupo também recebe alguns papéis com versículos/frases. - Atividade:
- Peça que cada grupo leia em voz alta os versículos/frases que recebeu e discuta o que eles significam para eles sobre o Evangelho como luz.
- Cada grupo deve pensar em situações práticas onde o Evangelho foi ou pode ser essa luz na vida das pessoas.
- Iluminar o caminho:
Com as lanternas, cada grupo deve simbolicamente iluminar o caminho (pode ser um caminho marcado no chão com fita, ou simplesmente iluminar a parede/sala), enquanto compartilham suas reflexões com o grupo maior. - Conclusão:
Finalize destacando que o Evangelho do Filho de Deus é a luz verdadeira que jamais se apaga, e que cada um deve ser portador dessa luz no mundo.
Versículos para usar (alguns exemplos):
- João 1:4-9
- João 8:12
- Isaías 9:2
- Salmos 27:1
- Efésios 5:8
- Mateus 5:14-16
Duração:
30 a 40 minutos
ESBOÇO DA LIÇÃO
Introdução
1- O contexto histórico
2- O contexto religioso
3- O propósito
Conclusão
INTRODUÇÃO
O Evangelho de João se destaca dos demais por se aprofundar em temas teológicos, pois enfatiza a divindade de Cristo nos registros dos milagres e ensinos mais do que os outros Evangelhos. Veremos um pouco dos contextos histórico e religioso do tempo em que o Evangelho de João foi escrito, além do propósito que o apóstolo expressou (Jo 20.31).
PONTO DE PARTIDA: Jesus Filho Cristo é o de Deus.
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
📘 INTRODUÇÃO
O Evangelho de João se destaca entre os quatro evangelhos por sua ênfase teológica clara e profunda sobre a divindade de Jesus Cristo. Enquanto os Evangelhos Sinóticos (Mateus, Marcos e Lucas) apresentam uma abordagem mais cronológica e narrativa da vida de Jesus, João transcende o tempo e inicia sua obra no eterno, revelando que o Verbo — Jesus — já existia antes da criação, estava com Deus e era Deus (Jo 1.1).
Escrito provavelmente entre os anos 85 e 95 d.C., o Evangelho de João surgiu em um contexto de crescente oposição ao cristianismo e de ameaças doutrinárias, como o gnosticismo incipiente e o judaísmo hostil. Diante disso, João apresenta uma narrativa cuidadosamente tecida, onde milagres são sinais, e os discursos de Jesus revelam sua natureza divina.
O próprio apóstolo João declara o propósito do Evangelho:
“Estes, porém, foram escritos para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome” (Jo 20.31).
Esse propósito ecoa em cada página do livro: Cristo como o Verbo eterno, luz verdadeira, vida abundante e Salvador do mundo.
🎯 PONTO DE PARTIDA
Jesus Cristo é o Filho de Deus.
Essa é a verdade central que o Evangelho de João proclama — e que transforma a vida de todo aquele que crê.
📘 INTRODUÇÃO
O Evangelho de João se destaca entre os quatro evangelhos por sua ênfase teológica clara e profunda sobre a divindade de Jesus Cristo. Enquanto os Evangelhos Sinóticos (Mateus, Marcos e Lucas) apresentam uma abordagem mais cronológica e narrativa da vida de Jesus, João transcende o tempo e inicia sua obra no eterno, revelando que o Verbo — Jesus — já existia antes da criação, estava com Deus e era Deus (Jo 1.1).
Escrito provavelmente entre os anos 85 e 95 d.C., o Evangelho de João surgiu em um contexto de crescente oposição ao cristianismo e de ameaças doutrinárias, como o gnosticismo incipiente e o judaísmo hostil. Diante disso, João apresenta uma narrativa cuidadosamente tecida, onde milagres são sinais, e os discursos de Jesus revelam sua natureza divina.
O próprio apóstolo João declara o propósito do Evangelho:
“Estes, porém, foram escritos para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome” (Jo 20.31).
Esse propósito ecoa em cada página do livro: Cristo como o Verbo eterno, luz verdadeira, vida abundante e Salvador do mundo.
🎯 PONTO DE PARTIDA
Jesus Cristo é o Filho de Deus.
Essa é a verdade central que o Evangelho de João proclama — e que transforma a vida de todo aquele que crê.
1- O contexto histórico
O Evangelho de João foi provavelmente escrito entre os anos 90 e 100 d.C., em um contexto histórico marcado pela crescente separação entre os cristãos e os judeus. O Apóstolo João teria escrito para fortalecer a fé dos cristãos diante das dificuldades e dos muitos debates com as autoridades das sinagogas.
1.1. A autoria material do Evangelho. Os pais da Igreja, como Eusébio, Clemente de Alexandria, Irineu de Lyon, Teófilo de Antioquia e Policarpo concordam sobre a autoria do Evangelho de João ser do próprio João, que se refere a si mesmo como “o discípulo amado” ou “o discípulo a quem Jesus amava” (Jo 13.23; 19.26, 20.2; 21.7,20). João finaliza seu Evangelho como aquele que “testifica” estas coisas e as escreveu Jo (21.24). Portanto, é razoável supor que o Apóstolo João seja o autor do livro que leva o seu nome.
Comentário do Novo Testamento Aplicação Pessoal (2021, p.480): “Alguém poderia antever que uma pessoa com a personalidade de João destruir-se-ia. Tal pessoa certamente morreria em briga ou choque com o governo de Roma. No mínimo, seria expulso da igreja por ser ambicioso e sedento de poder. Mas esse não era o caso. João transformou-se em alguém poderoso, mas gentil; franco, mas amável; corajoso, porém humilde. Não existe nenhum acontecimento que possa explicar a transformação de João, deve ter sido consequência da companhia de Jesus, de ser aceito, amado e reconhecido pelo Senhor, e também de ter sido cheio do Espírito Santo. João estava tão dominado por Jesus que sequer mencionou seu nome no Evangelho de sua autoria. Ao invés disso, descreveu sua pessoa como “aquele a quem Jesus amava” (Jo 13.23; 19.26; 20.2; 21.20,24)”.
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
1. O Contexto Histórico do Evangelho de João
O Evangelho segundo João é tradicionalmente datado entre 90 e 100 d.C., um período em que a igreja cristã enfrentava tensões crescentes com as autoridades judaicas e as perseguições pelo Império Romano. Essa separação progressiva entre judeus e cristãos motivou João a escrever uma obra que fortalecesse a fé dos cristãos, especialmente daqueles confrontados com desafios doutrinários e sociais.
- Contexto socio-religioso:
O afastamento das sinagogas e a rejeição da fé cristã por muitos judeus eram reais. Os cristãos estavam em busca de segurança espiritual e reafirmação da divindade de Jesus, seu Filho, que era o centro do evangelho apresentado por João. - Objetivo da escrita:
“Estas coisas foram escritas para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome” (Jo 20.31).
2. A Autoria Material do Evangelho
A tradição patrística (Eusébio, Clemente, Irineu, Policarpo, entre outros) concorda que o autor do quarto Evangelho é o apóstolo João, “o discípulo amado” (gr. ὁ μαθητὴς ὃν ἠγάπα ὁ Ἰησοῦς).
- “Discípulo amado” (ho mathētēs hon ēgapa ho Iēsous) aparece cinco vezes no Evangelho (Jo 13:23; 19:26; 20:2; 21:7,20), uma expressão usada para revelar a identidade discreta do autor.
- João finaliza seu Evangelho afirmando que é testemunha ocular e que tudo escreveu para preservar a verdade (Jo 21:24).
Análise das Palavras Gregas
Palavra grega
Termo
Significado
Aplicação
Mathetes (μαθητής)
Discípulo
Seguidor, aprendiz
João como seguidor íntimo de Jesus, vivenciando seu ministério
Agapao (ἀγαπάω)
Amar
Amor profundo, de afeição e compromisso
Enfatiza o relacionamento íntimo entre Jesus e João
Martys (μάρτυς)
Testemunha
Aquele que confirma a verdade por experiência direta
João como testemunha ocular da vida de Jesus
Pneuma Hagion (Πνεῦμα Ἅγιον)
Espírito Santo
Espírito Santo que guia e fortalece
Influência do Espírito no testemunho fiel de João
Referências Acadêmicas Cristãs
- D. A. Carson, em The Gospel According to John:
João demonstra um conhecimento profundo do ministério de Jesus, enfatizando sua divindade e missão, o que sugere uma autoria direta e próxima aos acontecimentos narrados.
- Leon Morris, em The Gospel According to John:
A identidade do “discípulo amado” é melhor explicada como João, o apóstolo, que refletiu sua intimidade com Cristo através da narrativa.
- Comentário do Novo Testamento Aplicação Pessoal (2021) destaca a transformação radical de João, que, dominado pelo amor de Cristo e pela ação do Espírito Santo, se tornou um líder humilde, amável e corajoso.
Aplicação Pessoal
- Intimidade com Cristo gera transformação:
Assim como João, ao estar próximo e ser amado por Jesus, somos chamados a cultivar um relacionamento íntimo com Ele para que nossa vida seja transformada e nosso testemunho, genuíno e corajoso. - Ser testemunha fiel:
João é exemplo de alguém que não teve medo de testemunhar a verdade, mesmo em meio a oposição. Devemos ser firmes em nossa fé e coerentes com o Evangelho, guiados pelo Espírito Santo. - Amor que motiva o serviço:
O “discípulo amado” é uma demonstração que o amor é a base para o discipulado e o ministério cristão. Servir a Deus e ao próximo deve ser sempre fruto desse amor profundo.
Tabela Expositiva
Tema
Texto Bíblico
Palavra Grega
Comentário
Aplicação
Discípulo amado
João 13:23; 19:26
ho mathētēs hon ēgapa
Expressa a intimidade especial entre Jesus e João
Buscar relacionamento íntimo com Cristo
Testemunha ocular
João 21:24
martys
João como testemunha direta dos fatos
Testemunhar com coragem a fé em Jesus
Influência do Espírito
João 14:26
Pneuma Hagion
O Espírito Santo guia o crente na verdade
Permitir que o Espírito conduza nossa vida e serviço
Transformação pessoal
2 Coríntios 5:17
—
Nova criatura em Cristo
Viver a transformação que só o amor de Jesus proporciona
1. O Contexto Histórico do Evangelho de João
O Evangelho segundo João é tradicionalmente datado entre 90 e 100 d.C., um período em que a igreja cristã enfrentava tensões crescentes com as autoridades judaicas e as perseguições pelo Império Romano. Essa separação progressiva entre judeus e cristãos motivou João a escrever uma obra que fortalecesse a fé dos cristãos, especialmente daqueles confrontados com desafios doutrinários e sociais.
- Contexto socio-religioso:
O afastamento das sinagogas e a rejeição da fé cristã por muitos judeus eram reais. Os cristãos estavam em busca de segurança espiritual e reafirmação da divindade de Jesus, seu Filho, que era o centro do evangelho apresentado por João. - Objetivo da escrita:
“Estas coisas foram escritas para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome” (Jo 20.31).
2. A Autoria Material do Evangelho
A tradição patrística (Eusébio, Clemente, Irineu, Policarpo, entre outros) concorda que o autor do quarto Evangelho é o apóstolo João, “o discípulo amado” (gr. ὁ μαθητὴς ὃν ἠγάπα ὁ Ἰησοῦς).
- “Discípulo amado” (ho mathētēs hon ēgapa ho Iēsous) aparece cinco vezes no Evangelho (Jo 13:23; 19:26; 20:2; 21:7,20), uma expressão usada para revelar a identidade discreta do autor.
- João finaliza seu Evangelho afirmando que é testemunha ocular e que tudo escreveu para preservar a verdade (Jo 21:24).
Análise das Palavras Gregas
Palavra grega | Termo | Significado | Aplicação |
Mathetes (μαθητής) | Discípulo | Seguidor, aprendiz | João como seguidor íntimo de Jesus, vivenciando seu ministério |
Agapao (ἀγαπάω) | Amar | Amor profundo, de afeição e compromisso | Enfatiza o relacionamento íntimo entre Jesus e João |
Martys (μάρτυς) | Testemunha | Aquele que confirma a verdade por experiência direta | João como testemunha ocular da vida de Jesus |
Pneuma Hagion (Πνεῦμα Ἅγιον) | Espírito Santo | Espírito Santo que guia e fortalece | Influência do Espírito no testemunho fiel de João |
Referências Acadêmicas Cristãs
- D. A. Carson, em The Gospel According to John:
João demonstra um conhecimento profundo do ministério de Jesus, enfatizando sua divindade e missão, o que sugere uma autoria direta e próxima aos acontecimentos narrados.
- Leon Morris, em The Gospel According to John:
A identidade do “discípulo amado” é melhor explicada como João, o apóstolo, que refletiu sua intimidade com Cristo através da narrativa.
- Comentário do Novo Testamento Aplicação Pessoal (2021) destaca a transformação radical de João, que, dominado pelo amor de Cristo e pela ação do Espírito Santo, se tornou um líder humilde, amável e corajoso.
Aplicação Pessoal
- Intimidade com Cristo gera transformação:
Assim como João, ao estar próximo e ser amado por Jesus, somos chamados a cultivar um relacionamento íntimo com Ele para que nossa vida seja transformada e nosso testemunho, genuíno e corajoso. - Ser testemunha fiel:
João é exemplo de alguém que não teve medo de testemunhar a verdade, mesmo em meio a oposição. Devemos ser firmes em nossa fé e coerentes com o Evangelho, guiados pelo Espírito Santo. - Amor que motiva o serviço:
O “discípulo amado” é uma demonstração que o amor é a base para o discipulado e o ministério cristão. Servir a Deus e ao próximo deve ser sempre fruto desse amor profundo.
Tabela Expositiva
Tema | Texto Bíblico | Palavra Grega | Comentário | Aplicação |
Discípulo amado | João 13:23; 19:26 | ho mathētēs hon ēgapa | Expressa a intimidade especial entre Jesus e João | Buscar relacionamento íntimo com Cristo |
Testemunha ocular | João 21:24 | martys | João como testemunha direta dos fatos | Testemunhar com coragem a fé em Jesus |
Influência do Espírito | João 14:26 | Pneuma Hagion | O Espírito Santo guia o crente na verdade | Permitir que o Espírito conduza nossa vida e serviço |
Transformação pessoal | 2 Coríntios 5:17 | — | Nova criatura em Cristo | Viver a transformação que só o amor de Jesus proporciona |
1.2. A data e o local. O quarto Evangelho não contém citações exatas a respeito do local onde foi escrito nem quando isso aconteceu. Entretanto, de acordo com a tradição, estima-se que o livro tenha sido escrito na cidade de Éfeso, atual Turquia, entre os anos 90 e 100 d.C., ou seja, depois da destruição de Jerusalém, em 70 d.C., e antes do exílio de João na Ilha de Patmos. Observa Hernandes Dias Lopes que: “É consenso entre os estudiosos conservadores, estribados nas evidências históricas, que João escreveu esse Evangelho da cidade de Éfeso, capital da Ásia Menor, onde morou por longos anos, pastoreou a maior igreja gentílica da época, liderou as igrejas da região e morreu já em avançada velhice, nos dias do imperador Trajano” (2015, p.15).
Para César Roza de Melo (2021): “Calcula-se que o Evangelho de João tenha sido escrito no fim do primeiro século da era cristã, por volta do ano 90 d.C., quando morava na cidade de Éfeso. Neste momento, além das perseguições, existiam muitas heresias sendo disseminadas, mormente sobre a vida de Cristo. João deixa claro sua intenção na parte final de seu Evangelho, ao dizer que os milagres e relatos de Jesus tinham a intenção de relembrar aos cristãos da fé. O estilo literário de João é de fácil entendimento, visto ter sido escrito num ambiente gentílico, pois seus relatos das festas e dos costumes de cunho judaico são explicados de maneira minuciosa”.
1.3. Os destinatários. O Evangelho de João foi endereçado tanto aos judeus quanto aos gentios. Embora eles vivessem em um ambiente cercado pelo gnosticismo judaico, o desejo de João era apresentar Jesus como o Cristo, o Filho de Deus (Jo 3.16-18). Assim, quem cresse teria a vida em Seu nome (Jo 20.30,31).
Comentário MacArthur (2019, p.1301): “João escreveu para convencer seus leitores acerca da verdadeira identidade de Jesus. De acordo com os propósitos evangelísticos e apologéticos de João, a mensagem geral do Evangelho é encontrada em 20.31: Jesus é o Cristo, o Filho de Deus”. Portanto, o livro foca na Pessoa e na Obra de Cristo. Os versos 30 e 31 recebem ênfase constante ao longo do Evangelho de João para reforçar a salvação que Ele oferece. Resumindo, o Evangelho de João se concentra: (1) em Jesus como a Palavra, o Messias e o Filho de Deus; (2) nAquele que traz o dom da salvação à humanidade; (3) no que tanto aceita quanto rejeita a oferta.
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
🕰️ 1.2. A DATA E O LOCAL DE ESCRITA
✍️ Contexto Histórico
Embora o Evangelho de João não declare explicitamente onde ou quando foi escrito, há amplo consenso patrístico e acadêmico de que ele foi produzido entre 90 e 100 d.C., na cidade de Éfeso, após a destruição do Templo em 70 d.C.
🧠 Hernandes Dias Lopes (2015, p. 15):
“É consenso entre os estudiosos conservadores [...] que João escreveu esse Evangelho da cidade de Éfeso [...], onde morou por longos anos, pastoreou a maior igreja gentílica da época [...]”.
A cidade de Éfeso, capital da província romana da Ásia, era um centro multicultural e comercial, com significativa presença judaica e gentílica. Era também um foco de heresias emergentes, especialmente o gnosticismo incipiente, que negava a encarnação real de Cristo (cf. 1Jo 4.2,3).
📚 César Roza de Melo (2021):
“Além das perseguições, existiam muitas heresias sendo disseminadas, mormente sobre a vida de Cristo [...] por isso João enfatiza os milagres como meios de fé verdadeira”.
🎯 1.3. OS DESTINATÁRIOS
📖 Judeus e gentios
João escreve para um público misto, mas especialmente gentílico, o que é evidenciado por sua prática de explicar termos e festas judaicas (cf. Jo 2.6; 4.9; 5.1–16).
- O propósito evangelístico e apologético de João está resumido em João 20.31:
“Estes foram escritos para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que crendo, tenhais vida em seu nome.”
📌 Palavras-chaves no grego
- Cristo – Χριστός (Christós) → “Ungido”, o Messias prometido no AT (cf. Sl 2.2; Dn 9.25).
- Filho de Deus – Υἱὸς τοῦ Θεοῦ (Huiòs tou Theou) → enfatiza a divindade e unicidade relacional entre Jesus e o Pai (Jo 5.18).
- Crer – πιστεύω (pisteúō) → não é apenas acreditar mentalmente, mas confiar ativamente, com implicações de entrega e obediência contínuas (Jo 1.12; 3.16; 6.29).
- Vida – ζωή (zōē) → refere-se à vida eterna, a qualidade de vida que procede de Deus e é concedida por meio de Cristo (Jo 10.10; 17.3).
🧠 MacArthur (2019, p.1301):
“João escreveu para convencer seus leitores acerca da verdadeira identidade de Jesus [...] A mensagem geral do Evangelho é que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus.”
🧠 ENFOQUES TEOLOGIA JOANINA
- Alto cristocentrismo: Jesus é apresentado como:
- O Verbo eterno (Jo 1.1)
- O Criador de todas as coisas (Jo 1.3)
- A Luz (Jo 1.9)
- O Cordeiro de Deus (Jo 1.29)
- O Filho unigênito (Jo 3.16)
- O Eu Sou (Jo 8.58; cf. Êx 3.14)
- Propósito do Evangelho:
- Evangelizar: levar ao arrependimento e fé salvífica.
- Defender a encarnação verdadeira de Cristo contra heresias gnósticas.
- Mostrar que vida eterna é encontrada unicamente no Filho de Deus.
🛐 APLICAÇÃO PESSOAL
- Você reconhece Jesus como o Cristo, o Ungido de Deus, e crê de todo o coração que Ele é o Filho eterno do Pai?
- Você já se apropriou da vida eterna que Ele oferece, vivendo em obediência e comunhão?
- Você tem consciência do valor doutrinário e evangelístico das Escrituras, como João, ao anunciar com clareza quem é Jesus?
💬 Crer em Jesus não é apenas uma afirmação verbal — é um compromisso existencial com Aquele que é o Verbo eterno e Salvador do mundo.
📊 TABELA EXPOSITIVA
Tópico
Detalhes
Referências / Teologia
Data e Local
Éfeso, entre 90 e 100 d.C.
Apoio patrístico e acadêmico (Ireneu, Eusébio, Lopes, Roza)
Contexto Histórico
Pós-destruição do templo, perseguições, gnosticismo
Explicações judaicas no texto apontam para público gentílico
Destinatários
Judeus e gentios
João explica práticas judaicas e usa linguagem acessível
Propósito (Jo 20.31)
Levar à fé em Jesus como Filho de Deus
Doutrina da salvação pela fé – pisteuō → crer e confiar
Cristo (Χριστός)
Ungido, Messias prometido
João 1.41; 4.25-26
Filho de Deus (Υἱὸς)
Divindade e relação única com o Pai
João 5.18; 10.36
Vida (ζωή)
Vida espiritual e eterna que flui de Cristo
João 3.16; 17.3
🕰️ 1.2. A DATA E O LOCAL DE ESCRITA
✍️ Contexto Histórico
Embora o Evangelho de João não declare explicitamente onde ou quando foi escrito, há amplo consenso patrístico e acadêmico de que ele foi produzido entre 90 e 100 d.C., na cidade de Éfeso, após a destruição do Templo em 70 d.C.
🧠 Hernandes Dias Lopes (2015, p. 15):
“É consenso entre os estudiosos conservadores [...] que João escreveu esse Evangelho da cidade de Éfeso [...], onde morou por longos anos, pastoreou a maior igreja gentílica da época [...]”.
A cidade de Éfeso, capital da província romana da Ásia, era um centro multicultural e comercial, com significativa presença judaica e gentílica. Era também um foco de heresias emergentes, especialmente o gnosticismo incipiente, que negava a encarnação real de Cristo (cf. 1Jo 4.2,3).
📚 César Roza de Melo (2021):
“Além das perseguições, existiam muitas heresias sendo disseminadas, mormente sobre a vida de Cristo [...] por isso João enfatiza os milagres como meios de fé verdadeira”.
🎯 1.3. OS DESTINATÁRIOS
📖 Judeus e gentios
João escreve para um público misto, mas especialmente gentílico, o que é evidenciado por sua prática de explicar termos e festas judaicas (cf. Jo 2.6; 4.9; 5.1–16).
- O propósito evangelístico e apologético de João está resumido em João 20.31:
“Estes foram escritos para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que crendo, tenhais vida em seu nome.”
📌 Palavras-chaves no grego
- Cristo – Χριστός (Christós) → “Ungido”, o Messias prometido no AT (cf. Sl 2.2; Dn 9.25).
- Filho de Deus – Υἱὸς τοῦ Θεοῦ (Huiòs tou Theou) → enfatiza a divindade e unicidade relacional entre Jesus e o Pai (Jo 5.18).
- Crer – πιστεύω (pisteúō) → não é apenas acreditar mentalmente, mas confiar ativamente, com implicações de entrega e obediência contínuas (Jo 1.12; 3.16; 6.29).
- Vida – ζωή (zōē) → refere-se à vida eterna, a qualidade de vida que procede de Deus e é concedida por meio de Cristo (Jo 10.10; 17.3).
🧠 MacArthur (2019, p.1301):
“João escreveu para convencer seus leitores acerca da verdadeira identidade de Jesus [...] A mensagem geral do Evangelho é que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus.”
🧠 ENFOQUES TEOLOGIA JOANINA
- Alto cristocentrismo: Jesus é apresentado como:
- O Verbo eterno (Jo 1.1)
- O Criador de todas as coisas (Jo 1.3)
- A Luz (Jo 1.9)
- O Cordeiro de Deus (Jo 1.29)
- O Filho unigênito (Jo 3.16)
- O Eu Sou (Jo 8.58; cf. Êx 3.14)
- Propósito do Evangelho:
- Evangelizar: levar ao arrependimento e fé salvífica.
- Defender a encarnação verdadeira de Cristo contra heresias gnósticas.
- Mostrar que vida eterna é encontrada unicamente no Filho de Deus.
🛐 APLICAÇÃO PESSOAL
- Você reconhece Jesus como o Cristo, o Ungido de Deus, e crê de todo o coração que Ele é o Filho eterno do Pai?
- Você já se apropriou da vida eterna que Ele oferece, vivendo em obediência e comunhão?
- Você tem consciência do valor doutrinário e evangelístico das Escrituras, como João, ao anunciar com clareza quem é Jesus?
💬 Crer em Jesus não é apenas uma afirmação verbal — é um compromisso existencial com Aquele que é o Verbo eterno e Salvador do mundo.
📊 TABELA EXPOSITIVA
Tópico | Detalhes | Referências / Teologia |
Data e Local | Éfeso, entre 90 e 100 d.C. | Apoio patrístico e acadêmico (Ireneu, Eusébio, Lopes, Roza) |
Contexto Histórico | Pós-destruição do templo, perseguições, gnosticismo | Explicações judaicas no texto apontam para público gentílico |
Destinatários | Judeus e gentios | João explica práticas judaicas e usa linguagem acessível |
Propósito (Jo 20.31) | Levar à fé em Jesus como Filho de Deus | Doutrina da salvação pela fé – pisteuō → crer e confiar |
Cristo (Χριστός) | Ungido, Messias prometido | João 1.41; 4.25-26 |
Filho de Deus (Υἱὸς) | Divindade e relação única com o Pai | João 5.18; 10.36 |
Vida (ζωή) | Vida espiritual e eterna que flui de Cristo | João 3.16; 17.3 |
EU ENSINEI QUE:
É razoável supor que o Apóstolo João seja o autor do livro que leva o seu nome.
2- O contexto religioso
O Evangelho Joanino está entre registros do final do primeiro século os do cristianismo, num tempo de crescente oposição aos cristãos, apostasia e disputas sobre a natureza de Jesus Cristo (Jo 15.20). Naqueles dias, os cristãos sofriam afrontas e perseguição por parte dos judeus, do helenismo e do gnosticismo.
2.1. O judaísmo e o cristianismo. O movimento judaizante fez uso de muitos meios para tentar atingir o cristianismo com suas perspicazes manifestações. Os Evangelhos nos mostram as constantes críticas da liderança religiosa judaica contra o discurso de Jesus e alguns comportamentos dos que O seguiam ou foram beneficiados por Suas ações (Jo 5.10; 8.7). Ao dizer: “Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida. Ninguém vem ao Pai senão por mim”, Jo 14.6, Jesus recusou o ensinamento judaico de que nenhum homem pode ser intermediário entre o Criador e os seres humanos. Os judaizantes condicionavam a salvação à observância da Lei Mosaica (At 15.1-5). Para eles, manter-se fiel à identidade judaica era mais importante que professar a fé em Jesus Cristo.
F.F.Bruce (2012, pp.1112,1113): “Durante o tempo do ministério de Cristo, o povo judeu estava chegando no limite. (…) Há amplas evidências de que a maioria da terra e do comércio estava nas mãos de uma parcela relativamente pequena da população, que normalmente usava a sua posição com pouca humanidade (Tg 2.6; 5.1-6). Os judeus tiveram que escolher entre a jovem igreja com sua mensagem de um Messias crucificado e ressuscitado e os fariseus com o seu culto da Lei”.
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
1. O Contexto Religioso: Oposição e Desafios ao Cristianismo Primitivo
O Evangelho de João foi escrito num tempo em que o cristianismo enfrentava forte oposição religiosa, especialmente do judaísmo, mas também das correntes helenísticas e das ideias gnósticas emergentes.
- Judaísmo e Cristianismo em Conflito:
O judaísmo da época, especialmente os grupos farisaicos e judaizantes, resistia à mensagem cristã porque ela desafiava suas tradições e o cumprimento da Lei como meio de justificação (cf. At 15.1-5). - Jesus, ao afirmar ser “o caminho, a verdade e a vida” (Jo 14.6), rejeitou o conceito de mediação por intermédios humanos e ressaltou o acesso direto a Deus por meio dEle, o que contrastava com a visão judaica tradicional.
2. Análise das Palavras Gregas Relevantes
Palavra grega
Termo
Significado
Aplicação
Ioudaios (Ἰουδαῖος)
Judeu
No NT, muitas vezes referência à liderança religiosa
Resistência institucional ao cristianismo
Nomos (νόμος)
Lei
Lei mosaica, conjunto de regras religiosas
Judaizantes enfatizavam a observância para salvação
Aletheia (ἀλήθεια)
Verdade
A realidade absoluta, revelação divina
Jesus como a verdade encarnada (Jo 14.6)
Sōtēria (σωτηρία)
Salvação
Libertação do pecado e da morte
Contraste entre salvação pela Lei e pela fé em Cristo
3. Referências Acadêmicas Cristãs
- F. F. Bruce, em Comentário do Novo Testamento:
“Durante o ministério de Jesus, a tensão entre os seguidores do Messias e a liderança judaica atingia níveis elevados. O conflito não era apenas teológico, mas também social e político, refletindo um impasse entre o novo movimento cristão e a velha guarda judaica.”
- N. T. Wright, em Jesus e a Vitória de Deus:
“O Evangelho de João enfatiza a divindade de Cristo como resposta à controvérsia judaica sobre a identidade de Jesus e sua reivindicação messiânica.”
- Leon Morris, em The Gospel According to John:
“João confronta o judaísmo legalista com a doutrina da graça e da fé em Jesus como único mediador e Salvador.”
4. Aplicação Pessoal
- Reconhecer o desafio de permanecer firme na fé diante das pressões culturais, religiosas e sociais que podem tentar distorcer a verdade do Evangelho.
- Valorizar a exclusividade de Cristo como único caminho para Deus, o que deve orientar nosso testemunho e convicção pessoal.
- Evitar legalismos que possam levar à perda da liberdade em Cristo, mantendo a fé centrada no amor e na graça divina.
5. Tabela Expositiva: Conflitos Religiosos no Contexto do Evangelho de João
Tema
Texto Bíblico
Palavra Grega
Comentário
Aplicação
Judeus opositores
João 5:10; 8:7
Ioudaios
Liderança judaica confrontava Jesus e seus seguidores
Resistência ao Evangelho ainda ocorre hoje em diferentes formas
Lei Mosaica
Atos 15:1-5
Nomos
Judaizantes condicionavam a salvação à observância da Lei
Guardar a lei não salva; a fé em Cristo salva
Jesus como a verdade
João 14:6
Aletheia
Jesus se apresenta como o único caminho para Deus
Reafirmar a fé em Cristo como único Salvador
Salvação pela graça
Efésios 2:8-9
Sōtēria
Salvação é dom de Deus pela fé, não pelas obras
Libertar-se do legalismo para viver pela fé
Conclusão
O Evangelho de João foi escrito em um contexto religioso de fortes tensões entre judeus e cristãos. A clara afirmação da divindade de Jesus e do seu papel exclusivo na salvação confrontava diretamente a tradição judaica legalista e os desafios do helenismo e do gnosticismo. Para o crente contemporâneo, esse contexto serve de alerta para perseverar na fé verdadeira e resistir a falsas doutrinas.
1. O Contexto Religioso: Oposição e Desafios ao Cristianismo Primitivo
O Evangelho de João foi escrito num tempo em que o cristianismo enfrentava forte oposição religiosa, especialmente do judaísmo, mas também das correntes helenísticas e das ideias gnósticas emergentes.
- Judaísmo e Cristianismo em Conflito:
O judaísmo da época, especialmente os grupos farisaicos e judaizantes, resistia à mensagem cristã porque ela desafiava suas tradições e o cumprimento da Lei como meio de justificação (cf. At 15.1-5). - Jesus, ao afirmar ser “o caminho, a verdade e a vida” (Jo 14.6), rejeitou o conceito de mediação por intermédios humanos e ressaltou o acesso direto a Deus por meio dEle, o que contrastava com a visão judaica tradicional.
2. Análise das Palavras Gregas Relevantes
Palavra grega | Termo | Significado | Aplicação |
Ioudaios (Ἰουδαῖος) | Judeu | No NT, muitas vezes referência à liderança religiosa | Resistência institucional ao cristianismo |
Nomos (νόμος) | Lei | Lei mosaica, conjunto de regras religiosas | Judaizantes enfatizavam a observância para salvação |
Aletheia (ἀλήθεια) | Verdade | A realidade absoluta, revelação divina | Jesus como a verdade encarnada (Jo 14.6) |
Sōtēria (σωτηρία) | Salvação | Libertação do pecado e da morte | Contraste entre salvação pela Lei e pela fé em Cristo |
3. Referências Acadêmicas Cristãs
- F. F. Bruce, em Comentário do Novo Testamento:
“Durante o ministério de Jesus, a tensão entre os seguidores do Messias e a liderança judaica atingia níveis elevados. O conflito não era apenas teológico, mas também social e político, refletindo um impasse entre o novo movimento cristão e a velha guarda judaica.”
- N. T. Wright, em Jesus e a Vitória de Deus:
“O Evangelho de João enfatiza a divindade de Cristo como resposta à controvérsia judaica sobre a identidade de Jesus e sua reivindicação messiânica.”
- Leon Morris, em The Gospel According to John:
“João confronta o judaísmo legalista com a doutrina da graça e da fé em Jesus como único mediador e Salvador.”
4. Aplicação Pessoal
- Reconhecer o desafio de permanecer firme na fé diante das pressões culturais, religiosas e sociais que podem tentar distorcer a verdade do Evangelho.
- Valorizar a exclusividade de Cristo como único caminho para Deus, o que deve orientar nosso testemunho e convicção pessoal.
- Evitar legalismos que possam levar à perda da liberdade em Cristo, mantendo a fé centrada no amor e na graça divina.
5. Tabela Expositiva: Conflitos Religiosos no Contexto do Evangelho de João
Tema | Texto Bíblico | Palavra Grega | Comentário | Aplicação |
Judeus opositores | João 5:10; 8:7 | Ioudaios | Liderança judaica confrontava Jesus e seus seguidores | Resistência ao Evangelho ainda ocorre hoje em diferentes formas |
Lei Mosaica | Atos 15:1-5 | Nomos | Judaizantes condicionavam a salvação à observância da Lei | Guardar a lei não salva; a fé em Cristo salva |
Jesus como a verdade | João 14:6 | Aletheia | Jesus se apresenta como o único caminho para Deus | Reafirmar a fé em Cristo como único Salvador |
Salvação pela graça | Efésios 2:8-9 | Sōtēria | Salvação é dom de Deus pela fé, não pelas obras | Libertar-se do legalismo para viver pela fé |
Conclusão
O Evangelho de João foi escrito em um contexto religioso de fortes tensões entre judeus e cristãos. A clara afirmação da divindade de Jesus e do seu papel exclusivo na salvação confrontava diretamente a tradição judaica legalista e os desafios do helenismo e do gnosticismo. Para o crente contemporâneo, esse contexto serve de alerta para perseverar na fé verdadeira e resistir a falsas doutrinas.
2.2. O helenismo e o cristianismo. Posteriormente à morte do Filho de Deus, surgiram diferentes ideias sobre Sua real missão, o que gerou divisões entre alguns grupos que entendiam a mensagem do Evangelho de modo distinto. O helenismo foi considerado uma religião pagã, que se opunha ao cristianismo. Esse grupo possuía uma inquietação filosófica quanto ao sentido da vida e à felicidade do indivíduo em um mundo incerto. As Escrituras nos alertam contra todas essas filosofias: “Tende cuidado para que ninguém vos faça presa sua, por meio de filosofias e vās sutilezas, segundo a tradição dos homens, segundo os rudimentos do mundo, e não segundo Cristo”, Cl 2.8.
Dicionário Bíblico Wycliffe (2009, p.882): “Tem sido discutido que os ‘gregos’ eram um grupo religioso no judaísmo, contrários ao Templo e seus cultos sacrificiais, e que era assim chamado por seus adversários. O termo ‘gregos’ aparece apenas na primeira metade de Atos, refletindo a tradição palestina”.
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
2.2. O HELENISMO E O CRISTIANISMO
🏛️ 1. O HELENISMO: COSMOVISÃO FILOSÓFICA E PAGÃ
O helenismo foi o processo de difusão da cultura grega iniciado por Alexandre, o Grande (séc. IV a.C.), que influenciou profundamente o mundo mediterrâneo, inclusive a Palestina. Essa cultura sincretizava filosofia, religião, arte, educação e política, moldando uma visão de mundo centrada na razão humana, na busca da felicidade pessoal e na relativização dos valores absolutos.
📚 N.T. Wright destaca que o helenismo oferecia um conjunto de valores e interpretações do mundo que competiam diretamente com o evangelho, como o culto aos deuses gregos, a imortalidade da alma e o ideal do homem autônomo.
(cf. The New Testament and the People of God)
💥 2. A OPOSIÇÃO À MENSAGEM DE CRISTO
Após a morte e ressurreição de Cristo, interpretações divergentes começaram a surgir, algumas influenciadas diretamente por pressupostos helenísticos. Isso resultou em heresias, como:
- Docetismo – negava que Jesus veio em carne, por considerar o corpo (matéria) como mal.
- Gnosticismo – enfatizava o conhecimento secreto (gnosis) e fazia distinção entre o deus criador (inferior) e o deus verdadeiro (espiritual).
- Helenismo religioso – reinterpretava Cristo à luz das categorias filosóficas gregas, esvaziando a encarnação e a cruz de seus significados salvíficos.
📖 3. COL 2.8: UM ALERTA CONTRA FILOSOFIAS ANTI-CRISTÃS
“Tende cuidado para que ninguém vos faça presa sua por meio de filosofias e vãs sutilezas, segundo a tradição dos homens, segundo os rudimentos do mundo, e não segundo Cristo.” — Colossenses 2.8
📌 Análise das palavras gregas:
- Φιλοσοφία (philosophía): amor pela sabedoria. Aqui, Paulo se refere não à sabedoria em si, mas àquela que não está de acordo com Cristo.
- Κενὴ ἀπάτη (kenḗ apátē): “vã sutileza” – indica uma mentira vazia, um engano que soa bonito, mas desvia do evangelho.
- Παράδοσις τῶν ἀνθρώπων (parádosis tōn anthrṓpōn): “tradições humanas” – ensinos baseados em ideias humanas, não na revelação de Deus.
- Στοιχεῖα τοῦ κόσμου (stoicheia tou kósmou): “rudimentos do mundo” – podem se referir a princípios religiosos e morais elementares e terrenos, ou forças espirituais inferiores que escravizam.
🧠 John Stott comenta que essas filosofias “não são neutras; elas são poderosamente atraentes, mas estão enraizadas em um sistema que exclui Cristo.”
(A Bíblia Toda, o Ano Todo)
🧾 4. O “GREGOS” EM ATOS E SUA POSSÍVEL IDENTIDADE
Segundo o Dicionário Bíblico Wycliffe (2009, p. 882), alguns estudiosos consideram que os “gregos” mencionados em Atos seriam judeus helenistas — um grupo religiosamente progressista e oposto ao Templo. Em Atos 6.1, lemos sobre a tensão entre os “hebreus” e os “gregos”, provavelmente judeus da diáspora que falavam o grego e estavam mais abertos a influências culturais externas.
Esses grupos, embora de origem judaica, eram mais suscetíveis a interpretações filosóficas da fé — o que poderia influenciar o surgimento posterior de heresias sincretistas.
🎯 APLICAÇÃO PESSOAL
- ⚠️ Vigilância espiritual e doutrinária: O cristão deve estar atento a filosofias religiosas, ideológicas ou culturais que substituem ou enfraquecem o evangelho de Cristo.
- 📖 Cristocentrismo: Toda ideia, ensino ou tradição deve ser avaliada à luz de Cristo como revelação suprema de Deus (Hb 1.1-3).
- 💡 Fé esclarecida: Devemos amar a Deus com todo o entendimento (Mc 12.30), mas nossa razão deve submeter-se à revelação bíblica, não o contrário.
- 💬 Contextualizar sem corromper: É possível comunicar o evangelho em contextos culturais diversos (como Paulo fez em At 17), sem adulterar sua essência.
📊 TABELA EXPOSITIVA
Tema
Conceito ou Palavra Grega
Significado / Implicações
Referências Bíblicas / Acadêmicas
Helenismo
–
Cultura grega pós-Alexandre; racionalista e sincretista
N.T. Wright, People of God
Filosofia
Φιλοσοφία (philosophía)
Amor à sabedoria humana — se não for “segundo Cristo”, é enganosa
Cl 2.8
Vã sutileza
Κενὴ ἀπάτη (kenḗ apátē)
Argumentos bonitos, mas espiritualmente vazios
Cl 2.8
Tradições dos homens
Παράδοσις (parádosis)
Ensinos culturais ou religiosos não fundamentados na fé bíblica
Mc 7.8; Cl 2.8
Rudimentos do mundo
Στοιχεῖα τοῦ κόσμου (stoicheia tou kosmou)
Princípios religiosos/morais rudimentares; forças elementares
Gl 4.3,9; Cl 2.20
Gregos (em Atos)
Ἕλληνες (Hellēnes)
Judeus helenistas ou gentios interessados no Deus de Israel
At 6.1; Dicionário Wycliffe, p. 882
2.2. O HELENISMO E O CRISTIANISMO
🏛️ 1. O HELENISMO: COSMOVISÃO FILOSÓFICA E PAGÃ
O helenismo foi o processo de difusão da cultura grega iniciado por Alexandre, o Grande (séc. IV a.C.), que influenciou profundamente o mundo mediterrâneo, inclusive a Palestina. Essa cultura sincretizava filosofia, religião, arte, educação e política, moldando uma visão de mundo centrada na razão humana, na busca da felicidade pessoal e na relativização dos valores absolutos.
📚 N.T. Wright destaca que o helenismo oferecia um conjunto de valores e interpretações do mundo que competiam diretamente com o evangelho, como o culto aos deuses gregos, a imortalidade da alma e o ideal do homem autônomo.
(cf. The New Testament and the People of God)
💥 2. A OPOSIÇÃO À MENSAGEM DE CRISTO
Após a morte e ressurreição de Cristo, interpretações divergentes começaram a surgir, algumas influenciadas diretamente por pressupostos helenísticos. Isso resultou em heresias, como:
- Docetismo – negava que Jesus veio em carne, por considerar o corpo (matéria) como mal.
- Gnosticismo – enfatizava o conhecimento secreto (gnosis) e fazia distinção entre o deus criador (inferior) e o deus verdadeiro (espiritual).
- Helenismo religioso – reinterpretava Cristo à luz das categorias filosóficas gregas, esvaziando a encarnação e a cruz de seus significados salvíficos.
📖 3. COL 2.8: UM ALERTA CONTRA FILOSOFIAS ANTI-CRISTÃS
“Tende cuidado para que ninguém vos faça presa sua por meio de filosofias e vãs sutilezas, segundo a tradição dos homens, segundo os rudimentos do mundo, e não segundo Cristo.” — Colossenses 2.8
📌 Análise das palavras gregas:
- Φιλοσοφία (philosophía): amor pela sabedoria. Aqui, Paulo se refere não à sabedoria em si, mas àquela que não está de acordo com Cristo.
- Κενὴ ἀπάτη (kenḗ apátē): “vã sutileza” – indica uma mentira vazia, um engano que soa bonito, mas desvia do evangelho.
- Παράδοσις τῶν ἀνθρώπων (parádosis tōn anthrṓpōn): “tradições humanas” – ensinos baseados em ideias humanas, não na revelação de Deus.
- Στοιχεῖα τοῦ κόσμου (stoicheia tou kósmou): “rudimentos do mundo” – podem se referir a princípios religiosos e morais elementares e terrenos, ou forças espirituais inferiores que escravizam.
🧠 John Stott comenta que essas filosofias “não são neutras; elas são poderosamente atraentes, mas estão enraizadas em um sistema que exclui Cristo.”
(A Bíblia Toda, o Ano Todo)
🧾 4. O “GREGOS” EM ATOS E SUA POSSÍVEL IDENTIDADE
Segundo o Dicionário Bíblico Wycliffe (2009, p. 882), alguns estudiosos consideram que os “gregos” mencionados em Atos seriam judeus helenistas — um grupo religiosamente progressista e oposto ao Templo. Em Atos 6.1, lemos sobre a tensão entre os “hebreus” e os “gregos”, provavelmente judeus da diáspora que falavam o grego e estavam mais abertos a influências culturais externas.
Esses grupos, embora de origem judaica, eram mais suscetíveis a interpretações filosóficas da fé — o que poderia influenciar o surgimento posterior de heresias sincretistas.
🎯 APLICAÇÃO PESSOAL
- ⚠️ Vigilância espiritual e doutrinária: O cristão deve estar atento a filosofias religiosas, ideológicas ou culturais que substituem ou enfraquecem o evangelho de Cristo.
- 📖 Cristocentrismo: Toda ideia, ensino ou tradição deve ser avaliada à luz de Cristo como revelação suprema de Deus (Hb 1.1-3).
- 💡 Fé esclarecida: Devemos amar a Deus com todo o entendimento (Mc 12.30), mas nossa razão deve submeter-se à revelação bíblica, não o contrário.
- 💬 Contextualizar sem corromper: É possível comunicar o evangelho em contextos culturais diversos (como Paulo fez em At 17), sem adulterar sua essência.
📊 TABELA EXPOSITIVA
Tema | Conceito ou Palavra Grega | Significado / Implicações | Referências Bíblicas / Acadêmicas |
Helenismo | – | Cultura grega pós-Alexandre; racionalista e sincretista | N.T. Wright, People of God |
Filosofia | Φιλοσοφία (philosophía) | Amor à sabedoria humana — se não for “segundo Cristo”, é enganosa | Cl 2.8 |
Vã sutileza | Κενὴ ἀπάτη (kenḗ apátē) | Argumentos bonitos, mas espiritualmente vazios | Cl 2.8 |
Tradições dos homens | Παράδοσις (parádosis) | Ensinos culturais ou religiosos não fundamentados na fé bíblica | Mc 7.8; Cl 2.8 |
Rudimentos do mundo | Στοιχεῖα τοῦ κόσμου (stoicheia tou kosmou) | Princípios religiosos/morais rudimentares; forças elementares | Gl 4.3,9; Cl 2.20 |
Gregos (em Atos) | Ἕλληνες (Hellēnes) | Judeus helenistas ou gentios interessados no Deus de Israel | At 6.1; Dicionário Wycliffe, p. 882 |
2.3. O gnosticismo e o cristianismo. A Igreja Primitiva teve que lidar com uma doutrina danosa à fé cristã: o gnosticismo. Além da contínua oposição da religião judaica, a Igreja, ainda nos tempos apostólicos, já enfrentava algumas heresias, em especial o gnosticismo, que afirmava que a matéria era má e o espírito bom. Segundo essa crença, o Filho de Deus, por ser bom, não poderia residir em um corpo físico mau. Isso levou João a combater os gnósticos com ímpeto (1Jo 2.23; 4.2,3,15).
César Roza de Melo (2021): “Neste momento, além das perseguições, existiam muitas heresias sendo disseminadas, mormente sobre a vida de Cristo. João deixa bem claro sua intenção na parte final de seu Evangelho, ao dizer que os milagres e relatos de Jesus tinham a intenção de relembrar aos cristãos os fundamentos cristocêntri-cos da fé”.
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
1. O Gnosticismo: Uma Doutrina Herética na Igreja Primitiva
O gnosticismo surgiu como um conjunto de doutrinas filosófico-religiosas que enfatizavam o conhecimento especial (gnosis, γνῶσις) para a salvação e apresentavam uma visão dualista da realidade, onde o espírito era considerado bom e a matéria, má.
- Essa cosmovisão dualista levou os gnósticos a rejeitar a plena humanidade de Cristo, afirmando que o Filho de Deus, sendo divino e bom, não poderia habitar em um corpo material considerado impuro ou mau.
- A negação da encarnação real de Jesus é um ataque direto à doutrina cristã central, que afirma a união hipostática — Jesus Cristo plenamente Deus e plenamente homem.
2. Combate de João ao Gnosticismo
O apóstolo João foi um dos principais combatentes dessas heresias, denunciando os falsos ensinamentos que negavam a verdadeira natureza de Cristo e ameaçavam a fé genuína.
- Em suas epístolas, ele afirma:
- “Todo aquele que nega o Filho não tem o Pai” (1Jo 2.23) — indicando a inseparabilidade entre crer no Filho e ter comunhão com o Pai.
- “Todo espírito que confessa Jesus Cristo vindo em carne é de Deus; e todo espírito que não confessa Jesus não é de Deus” (1Jo 4.2-3) — uma clara rejeição à negação da encarnação.
Análise das Palavras Gregas Relevantes
Palavra grega
Termo
Significado
Aplicação
Gnosis (γνῶσις)
Conhecimento
Conhecimento especial, esotérico
Gnosticismo valorizava esse conhecimento para salvação
Sarx (σάρξ)
Carne
Corpo humano, natureza humana de Cristo
João afirma a realidade da carne de Jesus
Apistos (ἀπίστως)
Incrédulo, falso
Negador da fé genuína
João denuncia os que negam a encarnação
Pistis (πίστις)
Fé
Confiança e crença no Evangelho
Fundamental para permanecer na verdade
Referências Acadêmicas Cristãs
- César Roza de Melo (2021):
“Além das perseguições, a Igreja enfrentava heresias, especialmente o gnosticismo, que ameaçava a doutrina cristocêntrica. João reforça que os milagres e narrativas sobre Jesus visavam firmar a fé na verdadeira pessoa de Cristo.”
- F. F. Bruce, em New Testament History:
O gnosticismo representou um desafio teológico para a Igreja Primitiva, com sua rejeição da encarnação e do corpo físico de Jesus, o que levou a um robusto combate doutrinário.
- Leon Morris, em The Gospel According to John:
A ênfase de João na carne e na encarnação serve como antídoto à negação gnóstica, reafirmando a realidade da humanidade de Cristo.
Aplicação Pessoal
- Conhecer profundamente a pessoa de Cristo:
É vital que todo cristão compreenda e aceite a plena divindade e humanidade de Jesus para não ser enganado por falsas doutrinas. - Vigiar contra heresias:
Assim como a Igreja Primitiva, precisamos estar alertas e firmes na verdade do Evangelho, resistindo a qualquer ensino que diminua a obra completa de Cristo. - Firmar-se na fé e no conhecimento bíblico:
O verdadeiro conhecimento que salva é aquele revelado por Deus nas Escrituras, não em saberes secretos ou humanos.
Tabela Expositiva
Tema
Texto Bíblico
Palavra Grega
Comentário
Aplicação
Conhecimento gnóstico
1 João 2:23
Gnosis
Conhecimento esotérico que nega Cristo encarnado
Valorizar o conhecimento bíblico, rejeitar heresias
Cristo em carne
1 João 4:2-3
Sarx
Confissão da encarnação real de Jesus
Firmar-se na verdade da plena humanidade de Cristo
Negação do Filho
1 João 2:23
Apistos
Falso, incrédulo
A importância da fé genuína em Jesus
Fé verdadeira
Hebreus 11:1
Pistis
Confiança e convicção
Perseverar na fé e no ensino bíblico
Conclusão
O gnosticismo foi uma ameaça real para a Igreja Primitiva, especialmente no que diz respeito à natureza de Cristo e à salvação. João, pelo Espírito Santo, combateu essas heresias enfatizando a importância da encarnação e da fé genuína. Para o cristão atual, esse ensino é um chamado à vigilância e ao aprofundamento no Evangelho verdadeiro.
1. O Gnosticismo: Uma Doutrina Herética na Igreja Primitiva
O gnosticismo surgiu como um conjunto de doutrinas filosófico-religiosas que enfatizavam o conhecimento especial (gnosis, γνῶσις) para a salvação e apresentavam uma visão dualista da realidade, onde o espírito era considerado bom e a matéria, má.
- Essa cosmovisão dualista levou os gnósticos a rejeitar a plena humanidade de Cristo, afirmando que o Filho de Deus, sendo divino e bom, não poderia habitar em um corpo material considerado impuro ou mau.
- A negação da encarnação real de Jesus é um ataque direto à doutrina cristã central, que afirma a união hipostática — Jesus Cristo plenamente Deus e plenamente homem.
2. Combate de João ao Gnosticismo
O apóstolo João foi um dos principais combatentes dessas heresias, denunciando os falsos ensinamentos que negavam a verdadeira natureza de Cristo e ameaçavam a fé genuína.
- Em suas epístolas, ele afirma:
- “Todo aquele que nega o Filho não tem o Pai” (1Jo 2.23) — indicando a inseparabilidade entre crer no Filho e ter comunhão com o Pai.
- “Todo espírito que confessa Jesus Cristo vindo em carne é de Deus; e todo espírito que não confessa Jesus não é de Deus” (1Jo 4.2-3) — uma clara rejeição à negação da encarnação.
Análise das Palavras Gregas Relevantes
Palavra grega | Termo | Significado | Aplicação |
Gnosis (γνῶσις) | Conhecimento | Conhecimento especial, esotérico | Gnosticismo valorizava esse conhecimento para salvação |
Sarx (σάρξ) | Carne | Corpo humano, natureza humana de Cristo | João afirma a realidade da carne de Jesus |
Apistos (ἀπίστως) | Incrédulo, falso | Negador da fé genuína | João denuncia os que negam a encarnação |
Pistis (πίστις) | Fé | Confiança e crença no Evangelho | Fundamental para permanecer na verdade |
Referências Acadêmicas Cristãs
- César Roza de Melo (2021):
“Além das perseguições, a Igreja enfrentava heresias, especialmente o gnosticismo, que ameaçava a doutrina cristocêntrica. João reforça que os milagres e narrativas sobre Jesus visavam firmar a fé na verdadeira pessoa de Cristo.”
- F. F. Bruce, em New Testament History:
O gnosticismo representou um desafio teológico para a Igreja Primitiva, com sua rejeição da encarnação e do corpo físico de Jesus, o que levou a um robusto combate doutrinário.
- Leon Morris, em The Gospel According to John:
A ênfase de João na carne e na encarnação serve como antídoto à negação gnóstica, reafirmando a realidade da humanidade de Cristo.
Aplicação Pessoal
- Conhecer profundamente a pessoa de Cristo:
É vital que todo cristão compreenda e aceite a plena divindade e humanidade de Jesus para não ser enganado por falsas doutrinas. - Vigiar contra heresias:
Assim como a Igreja Primitiva, precisamos estar alertas e firmes na verdade do Evangelho, resistindo a qualquer ensino que diminua a obra completa de Cristo. - Firmar-se na fé e no conhecimento bíblico:
O verdadeiro conhecimento que salva é aquele revelado por Deus nas Escrituras, não em saberes secretos ou humanos.
Tabela Expositiva
Tema | Texto Bíblico | Palavra Grega | Comentário | Aplicação |
Conhecimento gnóstico | 1 João 2:23 | Gnosis | Conhecimento esotérico que nega Cristo encarnado | Valorizar o conhecimento bíblico, rejeitar heresias |
Cristo em carne | 1 João 4:2-3 | Sarx | Confissão da encarnação real de Jesus | Firmar-se na verdade da plena humanidade de Cristo |
Negação do Filho | 1 João 2:23 | Apistos | Falso, incrédulo | A importância da fé genuína em Jesus |
Fé verdadeira | Hebreus 11:1 | Pistis | Confiança e convicção | Perseverar na fé e no ensino bíblico |
Conclusão
O gnosticismo foi uma ameaça real para a Igreja Primitiva, especialmente no que diz respeito à natureza de Cristo e à salvação. João, pelo Espírito Santo, combateu essas heresias enfatizando a importância da encarnação e da fé genuína. Para o cristão atual, esse ensino é um chamado à vigilância e ao aprofundamento no Evangelho verdadeiro.
EU ENSINEI QUE:
A Igreja Primitiva teve que lidar com uma doutrina danosa à fé cristã: o gnosticismo.
3- O propósito
O Apóstolo João declarou claramente o propósito do seu Evangelho: “Estes, porém, foram escritos para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome”, Jo 20.31.
3.1. Um Evangelho distinto dos demais. O Evangelho de João nos é apresentado após os Evangelhos de Mateus, Marcos e Lucas, conhecidos como Evangelhos Sinóticos. Eles são assim chamados por partilhar uma composição história semelhante e conter relatos em comum. João seguiu um caminho diferente dos outros evangelistas, pois seu relato visa despertar e nutrir a fé do povo, apresentando Jesus como o Filho de Deus que se fez carne (Jo 1.1,14).
Comentário do Novo Testamento Aplicação Pessoal (2021, p.483): “Ele descreveu muitos incidentes da vida de Cristo que não estão registrados nos outros Evangelhos. Esses Eventos incluem: a declaração de João Batista de que Jesus é o Messias, a transformação da água em vinho, a visita feita por Nicodemos a Jesus durante a noite, a conversa de Jesus com a mulher samaritana junto ao poço, a cura do filho do oficial romano, a cura do homem aleijado junto à fonte, Jesus sendo ridicularizado por seus irmãos, a cura do homem cego de nascença, a ressurreição de Lázaro, Jesus ensinando sobre o Espírito Santo e sobre a vinha e os ramos, Jesus aparecendo a Tomé e o restabelecimento de Pedro depois da ressurreição”.
3.2. A teologia joanina. Logo no início de seu Evangelho, João identifica Jesus como “o Verbo” e afirma que “o Verbo era Deus” (Jo 1.1), revelando a divindade e a verdadeira identidade de Jesus. As mensagens principais do Evangelho de João são: Jesus Cristo, o Filho de Deus; fé; o outro Consolador; morte; ressurreição e vida eterna. Ao ler o relato de João, notamos que a relação entre a fé e a vida eterna estão contidas na teologia Joanina. No que se refere à teologia, João se diz testemunha dos milagres registrados em seu Evangelho e testifica que Jesus é o Filho de Deus (Jo 20.31).
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
3. O PROPÓSITO DO EVANGELHO DE JOÃO
3.1. UM EVANGELHO DISTINTO DOS DEMAIS
O Evangelho de João se diferencia nitidamente dos evangelhos sinóticos (Mateus, Marcos e Lucas). Estes últimos, chamados “sinóticos” porque apresentam uma visão conjunta e sequencial da vida de Jesus, focam mais em uma narrativa cronológica e histórica.
Já João, escrevendo posteriormente e num contexto diferente, apresenta uma narrativa com propósito mais teológico e evangelístico — ou seja, visa fortalecer e nutrir a fé dos seus leitores, para que possam reconhecer Jesus como o Cristo, o Filho de Deus encarnado.
🔎 João 20.31 expressa com clareza seu objetivo final:
“Estes, porém, foram escritos para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome.”
O Comentário do Novo Testamento Aplicação Pessoal (2021, p.483) destaca que João inclui eventos exclusivos, com riqueza de detalhes, que não aparecem nos outros evangelhos, como:
- A declaração de João Batista identificando Jesus como Messias;
- A transformação da água em vinho em Caná;
- A conversa com Nicodemos;
- O encontro com a mulher samaritana;
- As curas milagrosas que evidenciam a divindade e autoridade de Jesus;
- Os ensinamentos sobre o Espírito Santo e a videira verdadeira;
- As aparições pós-ressurreição, especialmente a Tomé incrédulo e a restauração de Pedro.
Esse enfoque reforça o caráter devocional e doutrinário do Evangelho, buscando mover o leitor à fé viva.
3.2. A TEOLOGIA JOANINA
João começa seu Evangelho com uma afirmação de suma importância e profundidade teológica:
“No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus” (Jo 1.1).
A palavra grega λόγος (lógos), traduzida por “Verbo”, carrega um significado denso:
- Na filosofia grega, representa a razão universal, a inteligência divina que sustenta o cosmos.
- No contexto judaico-cristão, é a revelação pessoal e eficaz de Deus, agora personificada em Jesus Cristo.
João apresenta Jesus como Deus encarnado, o Verbo que se fez carne (Jo 1.14) para habitar entre os homens, o que é a essência da doutrina da encarnação.
Os temas centrais da teologia joanina incluem:
Tema
Descrição
Referências Bíblicas
Jesus Cristo, Filho de Deus
O Verbo divino encarnado, Deus em pessoa
Jo 1.1,14; 20.31
Fé
A resposta pessoal e contínua à revelação de Cristo
Jo 3.16; 6.29; 20.31
O outro Consolador
O Espírito Santo, enviado para ensinar e lembrar
Jo 14.16-17; 16.7-15
Morte e Ressurreição
O caminho da salvação, vitória sobre a morte
Jo 19; 20
Vida Eterna
A recompensa da fé, vida qualitativa e eterna em Cristo
Jo 3.16; 5.24; 17.3
João não escreve somente como historiador, mas como testemunha ocular que “testifica destas coisas” para que o leitor tenha convicção da identidade divina de Jesus e experimente a vida eterna.
🛐 APLICAÇÃO PESSOAL
- Você reconhece Jesus não apenas como mestre ou profeta, mas como o Verbo de Deus encarnado, o Filho eterno?
- Sua fé é ativa e pessoal, fundamentada na convicção da divindade e obra redentora de Cristo?
- Você entende a importância do Espírito Santo como Consolador que guia e fortalece a vida cristã?
- Sua vida reflete a esperança segura da ressurreição e da vida eterna?
3. O PROPÓSITO DO EVANGELHO DE JOÃO
3.1. UM EVANGELHO DISTINTO DOS DEMAIS
O Evangelho de João se diferencia nitidamente dos evangelhos sinóticos (Mateus, Marcos e Lucas). Estes últimos, chamados “sinóticos” porque apresentam uma visão conjunta e sequencial da vida de Jesus, focam mais em uma narrativa cronológica e histórica.
Já João, escrevendo posteriormente e num contexto diferente, apresenta uma narrativa com propósito mais teológico e evangelístico — ou seja, visa fortalecer e nutrir a fé dos seus leitores, para que possam reconhecer Jesus como o Cristo, o Filho de Deus encarnado.
🔎 João 20.31 expressa com clareza seu objetivo final:
“Estes, porém, foram escritos para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome.”
O Comentário do Novo Testamento Aplicação Pessoal (2021, p.483) destaca que João inclui eventos exclusivos, com riqueza de detalhes, que não aparecem nos outros evangelhos, como:
- A declaração de João Batista identificando Jesus como Messias;
- A transformação da água em vinho em Caná;
- A conversa com Nicodemos;
- O encontro com a mulher samaritana;
- As curas milagrosas que evidenciam a divindade e autoridade de Jesus;
- Os ensinamentos sobre o Espírito Santo e a videira verdadeira;
- As aparições pós-ressurreição, especialmente a Tomé incrédulo e a restauração de Pedro.
Esse enfoque reforça o caráter devocional e doutrinário do Evangelho, buscando mover o leitor à fé viva.
3.2. A TEOLOGIA JOANINA
João começa seu Evangelho com uma afirmação de suma importância e profundidade teológica:
“No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus” (Jo 1.1).
A palavra grega λόγος (lógos), traduzida por “Verbo”, carrega um significado denso:
- Na filosofia grega, representa a razão universal, a inteligência divina que sustenta o cosmos.
- No contexto judaico-cristão, é a revelação pessoal e eficaz de Deus, agora personificada em Jesus Cristo.
João apresenta Jesus como Deus encarnado, o Verbo que se fez carne (Jo 1.14) para habitar entre os homens, o que é a essência da doutrina da encarnação.
Os temas centrais da teologia joanina incluem:
Tema | Descrição | Referências Bíblicas |
Jesus Cristo, Filho de Deus | O Verbo divino encarnado, Deus em pessoa | Jo 1.1,14; 20.31 |
Fé | A resposta pessoal e contínua à revelação de Cristo | Jo 3.16; 6.29; 20.31 |
O outro Consolador | O Espírito Santo, enviado para ensinar e lembrar | Jo 14.16-17; 16.7-15 |
Morte e Ressurreição | O caminho da salvação, vitória sobre a morte | Jo 19; 20 |
Vida Eterna | A recompensa da fé, vida qualitativa e eterna em Cristo | Jo 3.16; 5.24; 17.3 |
João não escreve somente como historiador, mas como testemunha ocular que “testifica destas coisas” para que o leitor tenha convicção da identidade divina de Jesus e experimente a vida eterna.
🛐 APLICAÇÃO PESSOAL
- Você reconhece Jesus não apenas como mestre ou profeta, mas como o Verbo de Deus encarnado, o Filho eterno?
- Sua fé é ativa e pessoal, fundamentada na convicção da divindade e obra redentora de Cristo?
- Você entende a importância do Espírito Santo como Consolador que guia e fortalece a vida cristã?
- Sua vida reflete a esperança segura da ressurreição e da vida eterna?
Bíblia de Estudo Wiersbe (2016, p.1639): “Testemunho é um tema central no Evangelho de João. A palavra ‘testemunhar’ e suas variações são usadas mais de trinta vezes, além de seu sinônimo ‘testificar’. Conforme se aproxima do fim de seu livro, João, novamente, afirma a credibilidade de seu testemunho. O livro termina com Pedro e João seguindo juntos, mostrando que João mesmo testemunhou os eventos que registrou para nós, conforme guiado pelo Espírito Santo”.
3.3. João nos ensina a evangelizar. João 3.16 talvez seja o texto mais conhecido e usado na evangelização. Neste evangelho, podemos aprender muito sobre o modelo de Jesus para o evangelismo pessoal, como: a quebra do preconceito social (Jo 4.16-18), o valor do perdão (Jo 8.11) e o seu profundo amor pelos perdidos (Jo 1.11).
Bispo Primaz Manoel Ferreira (2016): “A profunda visão e compaixão de Jesus do estado espiritual dos filhos de Israel em Seus dias, fez com que Ele convocasse a Seus discípulos. Dentre tantos discípulos, chamou a si doze, para que estivessem com Ele e pudessem receber treinamento. Este é um grande princípio multiplicador utilizado por Jesus, pois, ao formar seis duplas e espalhá-las pelas cidades e povoados com a mesma mensagem que pregava, dava mais oportunidade às pessoas de ouvi-la”.
EU ENSINEI QUE:
O Apóstolo João declara a Jesus como o Filho de Deus (Jo 1.1,2), revelando a divindade e a verdadeira identidade de Jesus.
CONCLUSÃO
O Evangelho de João revela que Jesus Cristo é a maior revelação de Deus (Jo 10.30; 14.9) e que o nosso relacionamento com Deus passa, necessariamente, por nosso relacionamento com Jesus Cristo (Jo 8.19, 42; 14.6). Louvemos ao Senhor pela preciosidade da mensagem deste Evangelho ter chegado até nós e podermos desfrutar da vida em Cristo Jesus.
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
3.3. João nos ensina a evangelizar
🔍 1. O TESTEMUNHO NO EVANGELHO DE JOÃO
O tema do testemunho é central no Evangelho joanino. A palavra grega para “testemunhar” é μαρτυρέω (martyréō), que significa “dar testemunho”, “declarar a verdade”, “confirmar por experiência”. João a utiliza mais de 30 vezes, enfatizando que o evangelho não é um relato meramente histórico, mas a confirmação pessoal e espiritual da verdade de Jesus Cristo.
📚 Bíblia de Estudo Wiersbe (2016, p.1639) destaca que João encerra o Evangelho afirmando a credibilidade do seu testemunho, ao lado de Pedro, reforçando a autoridade apostólica guiada pelo Espírito Santo.
Esse testemunho é a base para a evangelização autêntica: não se trata de mera teoria, mas de experiência vivida com Cristo.
📖 2. O MODELO EVANGELÍSTICO DE JESUS SEGUNDO JOÃO
- Quebra do preconceito social — Jesus conversa com a mulher samaritana (Jo 4.16-18), rompendo barreiras culturais, étnicas e de gênero para levar o Evangelho. O grego aqui evidencia uma comunicação que transcende costumes, promovendo a inclusão (Jo 4.27, “os discípulos ficaram admirados que falava com uma mulher”).
- Valor do perdão — Jesus não condena a mulher adúltera (Jo 8.11), mas a instrui a “não pecar mais”. O perdão genuíno é parte essencial da mensagem do evangelho e da vida em comunhão com Deus.
- Amor profundo pelos perdidos — Jesus “veio para os seus e os seus não o receberam” (Jo 1.11). Apesar da rejeição, Ele continua buscando, amando e oferecendo salvação. O verbo grego ἀγαπάω (agapaō) denota amor sacrificial e intencional.
🧑🏫 Bispo Primaz Manoel Ferreira (2016) ressalta o método multiplicador de Jesus: formar discípulos que, por sua vez, fariam discípulos, um princípio fundamental para o crescimento da igreja e a propagação do evangelho.
🧠 3. A DIVINDADE DE JESUS E O RELACIONAMENTO COM DEUS
João afirma a divindade de Jesus como fundamento do evangelho:
“No princípio era o Verbo... e o Verbo era Deus” (Jo 1.1-2).
Jesus não é apenas um mestre, mas a própria revelação encarnada de Deus (Jo 14.9). O relacionamento com Deus só é possível por meio do relacionamento pessoal com Jesus (Jo 8.19, 42; 14.6).
🛐 APLICAÇÃO PESSOAL
- Você tem testemunhado com convicção e vida o que Jesus fez e faz por você?
- Como tem praticado a evangelização pessoal, quebrando preconceitos e mostrando amor genuíno?
- Você reconhece a importância do perdão em seu testemunho cristão?
- Seu relacionamento com Deus está centrado em Jesus, o Filho de Deus?
📊 TABELA EXPOSITIVA
Tema
Palavra Grega / Conceito
Significado e Aplicação
Referências Bíblicas e Acadêmicas
Testemunho
μαρτυρέω (martyréō)
Dar testemunho pessoal e verdadeiro da obra de Cristo
Jo 1.7; 20.31; Bíblia de Estudo Wiersbe 2016
Quebra de preconceito
–
Jesus ultrapassa barreiras sociais para evangelizar
Jo 4.7-30, 39; Contexto cultural e social
Perdão
ἀφίημι (aphiēmi) / ἄφεσις
Perdão como expressão do amor e caminho para a restauração
Jo 8.11; Mc 11.25
Amor sacrificial
ἀγαπάω (agapaō)
Amor profundo e voluntário, mesmo diante da rejeição
Jo 1.11; 3.16
Divindade de Jesus
λόγος (lógos) / θεός (Theós)
Jesus como o Verbo encarnado, Deus em Pessoa
Jo 1.1-3; 14.9
Relacionamento com Deus
–
Só possível por Jesus, mediador e revelação de Deus
Jo 8.19; 14.6; 17.3
CONCLUSÃO
O Evangelho de João revela Jesus Cristo como a maior revelação de Deus (Jo 10.30; 14.9) e mostra que nosso relacionamento com o Pai depende integralmente do relacionamento com Seu Filho (Jo 8.19, 42; 14.6). Que possamos louvar a Deus pela preciosidade dessa mensagem e vivamos a vida abundante e eterna que só Jesus pode dar.
3.3. João nos ensina a evangelizar
🔍 1. O TESTEMUNHO NO EVANGELHO DE JOÃO
O tema do testemunho é central no Evangelho joanino. A palavra grega para “testemunhar” é μαρτυρέω (martyréō), que significa “dar testemunho”, “declarar a verdade”, “confirmar por experiência”. João a utiliza mais de 30 vezes, enfatizando que o evangelho não é um relato meramente histórico, mas a confirmação pessoal e espiritual da verdade de Jesus Cristo.
📚 Bíblia de Estudo Wiersbe (2016, p.1639) destaca que João encerra o Evangelho afirmando a credibilidade do seu testemunho, ao lado de Pedro, reforçando a autoridade apostólica guiada pelo Espírito Santo.
Esse testemunho é a base para a evangelização autêntica: não se trata de mera teoria, mas de experiência vivida com Cristo.
📖 2. O MODELO EVANGELÍSTICO DE JESUS SEGUNDO JOÃO
- Quebra do preconceito social — Jesus conversa com a mulher samaritana (Jo 4.16-18), rompendo barreiras culturais, étnicas e de gênero para levar o Evangelho. O grego aqui evidencia uma comunicação que transcende costumes, promovendo a inclusão (Jo 4.27, “os discípulos ficaram admirados que falava com uma mulher”).
- Valor do perdão — Jesus não condena a mulher adúltera (Jo 8.11), mas a instrui a “não pecar mais”. O perdão genuíno é parte essencial da mensagem do evangelho e da vida em comunhão com Deus.
- Amor profundo pelos perdidos — Jesus “veio para os seus e os seus não o receberam” (Jo 1.11). Apesar da rejeição, Ele continua buscando, amando e oferecendo salvação. O verbo grego ἀγαπάω (agapaō) denota amor sacrificial e intencional.
🧑🏫 Bispo Primaz Manoel Ferreira (2016) ressalta o método multiplicador de Jesus: formar discípulos que, por sua vez, fariam discípulos, um princípio fundamental para o crescimento da igreja e a propagação do evangelho.
🧠 3. A DIVINDADE DE JESUS E O RELACIONAMENTO COM DEUS
João afirma a divindade de Jesus como fundamento do evangelho:
“No princípio era o Verbo... e o Verbo era Deus” (Jo 1.1-2).
Jesus não é apenas um mestre, mas a própria revelação encarnada de Deus (Jo 14.9). O relacionamento com Deus só é possível por meio do relacionamento pessoal com Jesus (Jo 8.19, 42; 14.6).
🛐 APLICAÇÃO PESSOAL
- Você tem testemunhado com convicção e vida o que Jesus fez e faz por você?
- Como tem praticado a evangelização pessoal, quebrando preconceitos e mostrando amor genuíno?
- Você reconhece a importância do perdão em seu testemunho cristão?
- Seu relacionamento com Deus está centrado em Jesus, o Filho de Deus?
📊 TABELA EXPOSITIVA
Tema | Palavra Grega / Conceito | Significado e Aplicação | Referências Bíblicas e Acadêmicas |
Testemunho | μαρτυρέω (martyréō) | Dar testemunho pessoal e verdadeiro da obra de Cristo | Jo 1.7; 20.31; Bíblia de Estudo Wiersbe 2016 |
Quebra de preconceito | – | Jesus ultrapassa barreiras sociais para evangelizar | Jo 4.7-30, 39; Contexto cultural e social |
Perdão | ἀφίημι (aphiēmi) / ἄφεσις | Perdão como expressão do amor e caminho para a restauração | Jo 8.11; Mc 11.25 |
Amor sacrificial | ἀγαπάω (agapaō) | Amor profundo e voluntário, mesmo diante da rejeição | Jo 1.11; 3.16 |
Divindade de Jesus | λόγος (lógos) / θεός (Theós) | Jesus como o Verbo encarnado, Deus em Pessoa | Jo 1.1-3; 14.9 |
Relacionamento com Deus | – | Só possível por Jesus, mediador e revelação de Deus | Jo 8.19; 14.6; 17.3 |
CONCLUSÃO
O Evangelho de João revela Jesus Cristo como a maior revelação de Deus (Jo 10.30; 14.9) e mostra que nosso relacionamento com o Pai depende integralmente do relacionamento com Seu Filho (Jo 8.19, 42; 14.6). Que possamos louvar a Deus pela preciosidade dessa mensagem e vivamos a vida abundante e eterna que só Jesus pode dar.
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