TEXTO ÁUREO “Jesus principiou assim os seus sinais em Caná da Galiléia e manifestou a sua glória, e os seus discípulos creram nele”, João 2....
TEXTO ÁUREO
“Jesus principiou assim os seus sinais em Caná da Galiléia e manifestou a sua glória, e os seus discípulos creram nele”, João 2.11.
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
João 2.11
Texto:
“Jesus principiou assim os seus sinais em Caná da Galiléia e manifestou a sua glória, e os seus discípulos creram nele.” (João 2.11)
Análise Bíblico-Teológica
Neste versículo, o Evangelista João resume o primeiro milagre público de Jesus, a transformação da água em vinho em Caná da Galiléia. Este sinal inaugura o ministério público de Cristo e tem importância teológica profunda.
A expressão “Jesus principiou assim os seus sinais” indica que este não foi um evento isolado, mas o início de uma série de milagres — σημεῖα (sēmeia), que significa “sinais” ou “milagres com significado”. Estes sinais servem para revelar a identidade de Jesus como o Filho de Deus e o Messias prometido.
A palavra-chave aqui é δόξα (doxa), traduzida como “glória”. No contexto joanino, a glória de Jesus refere-se à manifestação visível da presença e do poder divino, que aponta para sua natureza transcendente e redentora. A glória manifesta em Caná não era apenas um espetáculo, mas uma revelação que trouxe fé aos discípulos — πιστεύω (pisteuō), “crer”, que no Evangelho de João tem um sentido profundo: confiança total e compromisso pessoal com Jesus como Salvador.
Análise da Palavra Grega Central
- Σημεῖα (sēmeia) — “Sinais” ou “milagres”. São atos divinos que funcionam como indicadores da verdade espiritual, demonstrando o poder de Jesus e confirmando sua identidade messiânica (Jo 20.30-31).
- Δόξα (doxa) — “Glória”. Refere-se à majestade divina, honra e esplendor revelados em Jesus. A glória no Evangelho de João é frequentemente ligada à revelação da essência de Deus em Cristo (Jo 1.14,14).
- Πιστεύω (pisteuō) — “Crer”. Mais que assentir intelectualmente, significa entregar-se em confiança a Jesus, reconhecendo-o como Senhor e Salvador.
Referências Acadêmicas Cristãs
- D.A. Carson observa que “os sinais de Jesus no Evangelho de João não são meros milagres, mas eventos que apontam para a glória de Deus revelada em Cristo” (The Gospel According to John).
- Leon Morris comenta que “a fé dos discípulos não é baseada apenas no milagre, mas no significado deste milagre como revelação da glória de Cristo” (The Gospel According to John).
- F.F. Bruce destaca que “a manifestação da glória divina em Caná inaugura a missão salvadora de Jesus, levando os discípulos a uma fé mais profunda e comprometida” (The Gospel of John).
Aplicação Pessoal
- Reconhecer os sinais de Deus em nossa vida — Como os discípulos, somos convidados a perceber que Deus age poderosamente em nosso meio, mesmo nas coisas cotidianas.
- Buscar a glória de Cristo em nossas experiências — A glória de Deus não é apenas um conceito abstrato, mas algo que deve se manifestar na nossa fé, atitudes e testemunho.
- Viver pela fé que se baseia na revelação de Jesus — Crer em Jesus implica entrega e confiança na sua pessoa e obra, não apenas na busca por milagres.
- Iniciar nossa jornada cristã com fé crescente — Assim como os discípulos, podemos ser transformados pela manifestação da glória de Deus em nossas vidas.
Tabela Expositiva — João 2.11
Elemento
Palavra Grega
Significado Teológico
Aplicação Prática
Sinais
σημεῖα (sēmeia)
Milagres que revelam a identidade de Jesus
Reconhecer os atos de Deus em nossa vida
Glória
δόξα (doxa)
Manifestação visível da presença divina
Buscar refletir a glória de Deus
Crer (fé)
πιστεύω (pisteuō)
Confiança e entrega total a Jesus
Viver uma fé comprometida e transformadora
Início do ministério
ἀρχίζω (archizō)
Começo do ministério público de Jesus
Iniciar a caminhada cristã com esperança
João 2.11
Texto:
“Jesus principiou assim os seus sinais em Caná da Galiléia e manifestou a sua glória, e os seus discípulos creram nele.” (João 2.11)
Análise Bíblico-Teológica
Neste versículo, o Evangelista João resume o primeiro milagre público de Jesus, a transformação da água em vinho em Caná da Galiléia. Este sinal inaugura o ministério público de Cristo e tem importância teológica profunda.
A expressão “Jesus principiou assim os seus sinais” indica que este não foi um evento isolado, mas o início de uma série de milagres — σημεῖα (sēmeia), que significa “sinais” ou “milagres com significado”. Estes sinais servem para revelar a identidade de Jesus como o Filho de Deus e o Messias prometido.
A palavra-chave aqui é δόξα (doxa), traduzida como “glória”. No contexto joanino, a glória de Jesus refere-se à manifestação visível da presença e do poder divino, que aponta para sua natureza transcendente e redentora. A glória manifesta em Caná não era apenas um espetáculo, mas uma revelação que trouxe fé aos discípulos — πιστεύω (pisteuō), “crer”, que no Evangelho de João tem um sentido profundo: confiança total e compromisso pessoal com Jesus como Salvador.
Análise da Palavra Grega Central
- Σημεῖα (sēmeia) — “Sinais” ou “milagres”. São atos divinos que funcionam como indicadores da verdade espiritual, demonstrando o poder de Jesus e confirmando sua identidade messiânica (Jo 20.30-31).
- Δόξα (doxa) — “Glória”. Refere-se à majestade divina, honra e esplendor revelados em Jesus. A glória no Evangelho de João é frequentemente ligada à revelação da essência de Deus em Cristo (Jo 1.14,14).
- Πιστεύω (pisteuō) — “Crer”. Mais que assentir intelectualmente, significa entregar-se em confiança a Jesus, reconhecendo-o como Senhor e Salvador.
Referências Acadêmicas Cristãs
- D.A. Carson observa que “os sinais de Jesus no Evangelho de João não são meros milagres, mas eventos que apontam para a glória de Deus revelada em Cristo” (The Gospel According to John).
- Leon Morris comenta que “a fé dos discípulos não é baseada apenas no milagre, mas no significado deste milagre como revelação da glória de Cristo” (The Gospel According to John).
- F.F. Bruce destaca que “a manifestação da glória divina em Caná inaugura a missão salvadora de Jesus, levando os discípulos a uma fé mais profunda e comprometida” (The Gospel of John).
Aplicação Pessoal
- Reconhecer os sinais de Deus em nossa vida — Como os discípulos, somos convidados a perceber que Deus age poderosamente em nosso meio, mesmo nas coisas cotidianas.
- Buscar a glória de Cristo em nossas experiências — A glória de Deus não é apenas um conceito abstrato, mas algo que deve se manifestar na nossa fé, atitudes e testemunho.
- Viver pela fé que se baseia na revelação de Jesus — Crer em Jesus implica entrega e confiança na sua pessoa e obra, não apenas na busca por milagres.
- Iniciar nossa jornada cristã com fé crescente — Assim como os discípulos, podemos ser transformados pela manifestação da glória de Deus em nossas vidas.
Tabela Expositiva — João 2.11
Elemento | Palavra Grega | Significado Teológico | Aplicação Prática |
Sinais | σημεῖα (sēmeia) | Milagres que revelam a identidade de Jesus | Reconhecer os atos de Deus em nossa vida |
Glória | δόξα (doxa) | Manifestação visível da presença divina | Buscar refletir a glória de Deus |
Crer (fé) | πιστεύω (pisteuō) | Confiança e entrega total a Jesus | Viver uma fé comprometida e transformadora |
Início do ministério | ἀρχίζω (archizō) | Começo do ministério público de Jesus | Iniciar a caminhada cristã com esperança |
VERDADE APLICADA
Jesus Cristo tem poder para transformar vidas e situações, levando adiante o plano de Deus na vida daquele que crê e obedece.
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OBJETIVOS DA LIÇÃO
Ressaltar que foi na cidade de Caná que Jesus realizou Seu primeiro milagre.
Reconhecer a pedagogia de Jesus.
Compreender a revelação de Jesus com o Filho de Deus em Caná da Galileia.
TEXTOS DE REFERÊNCIA
JOÃO 2
1 E, ao terceiro dia, fizeram-se umas bodas em Caná da Galiléia; e estava ali a mãe de Jesus.
3 E, faltando o vinho, a mãe de Jesus lhe disse: Não têm vinho.
4 Disse-lhe Jesus: Mulher, que tenho eu contigo? Ainda não é chegada a minha hora.
5 Sua mãe disse aos serventes: Fazei tudo quanto ele vos disser.
7 Disse-lhes Jesus: Enchei de água essas talhas. E encheram-nas até em cima.
9 E, logo que o mestre-sala provou a água feita vinho (não sabendo de onde viera, se bem que o sabiam os serventes que tinham tirado a água), chamou o mestre-sala ao esposo.
10 E disse-lhe: Todo homem põe primeiro o vinho bom e, quando já têm bebido bem, então, o inferior; mas tu guardaste até agora o bom vinho.
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
João 2.1-10
Contexto e Introdução
O episódio das bodas em Caná da Galiléia é o primeiro milagre público registrado no Evangelho de João. Nele, Jesus transforma água em vinho, um sinal que manifesta sua glória e inicia sua obra messiânica (Jo 2.11). Esta narrativa está inserida no contexto de um casamento judaico tradicional, evento que expressava alegria, comunhão e esperança para a comunidade.
Análise do Texto
- João 2.1: “E, ao terceiro dia, fizeram-se umas bodas em Caná da Galiléia...”
O “terceiro dia” (τῇ τρίτῃ ἡμέρᾳ, tē tritē hēmera) indica continuidade com o capítulo 1, sugerindo o início do ministério de Jesus (Jo 1.43). Caná da Galiléia, cidade natal de Jesus (possivelmente), é o cenário do milagre, enfatizando a conexão de Jesus com sua terra. - Versículos 3-4: A mãe de Jesus percebe a falta do vinho — uma situação social embaraçosa e uma crise na festa — e comunica a Jesus. A resposta dele, “Mulher, que tenho eu contigo? Ainda não é chegada a minha hora” (γύναι, τί ἐμοὶ καὶ σοί; οὔπω ἥκει ἡ ὥρα μου, gunaí, ti emoi kai soi? oupō hēkei hē hōra mou), indica a tensão entre o momento humano e o tempo divino, tema recorrente no Evangelho de João (Jo 7.6,8). “Mulher” é um termo respeitoso, e “hora” se refere ao tempo fixado por Deus para a manifestação plena da glória de Cristo (Jo 7.30).
- Versículo 5: “Fazei tudo quanto ele vos disser.”
A ordem da mãe revela sua fé na autoridade de Jesus, servindo como um convite para os servos obedecerem, antecipando a importância da obediência à Palavra de Cristo. - Versículos 7-8: Jesus ordena que as talhas sejam cheias de água (ὕδωρ, hydōr). As talhas eram recipientes cerimoniais usados para purificação judaica, cheios até a borda, indicando totalidade e abundância.
- Versículos 9-10: O mestre-sala reconhece que o vinho servido é de qualidade superior, “bom vinho” (οἶνος ἀγαθός, oinos agathos), o melhor servido ao final da festa, simbolizando a excelência da obra de Jesus. A surpresa pelo fato do melhor vinho ser guardado para o final aponta para a natureza extraordinária do milagre.
Palavras Gregas-Chave
Palavra
Grego
Significado e Implicação Teológica
Mulher
γύναι (gunaí)
Termo respeitoso, não depreciativo, usado por Jesus.
Hora
ὥρα (hōra)
Tempo designado por Deus para ação redentora de Jesus.
Água
ὕδωρ (hydōr)
Elemento de purificação e símbolo do antigo pacto.
Vinho
οἶνος (oinos)
Símbolo da alegria, bênção e do novo pacto em Cristo.
Bom vinho
ἀγαθός (agathos)
Qualidade superior, sinal da excelência da obra divina.
Referências Acadêmicas Cristãs
- Leon Morris destaca que “a transformação da água em vinho aponta para a abundância e excelência do Reino de Deus inaugurado em Jesus” (The Gospel According to John).
- D.A. Carson enfatiza que “o milagre em Caná revela a glória de Cristo de modo progressivo, preparando os discípulos para crerem nele” (The Gospel According to John).
- Craig S. Keener interpreta o episódio como uma demonstração do poder de Jesus para transformar a antiga ordem da Lei (simbolizada pela água das purificações) em uma nova realidade de alegria e salvação (The Gospel of John: A Commentary).
Aplicação Pessoal
- Confiança na autoridade de Jesus: Assim como os servos obedeceram, somos chamados a seguir as instruções divinas mesmo quando não compreendemos completamente os propósitos.
- Reconhecer o tempo de Deus: Jesus ensina que seus planos seguem o tempo perfeito de Deus; a paciência na espera é fruto de fé.
- Transformação verdadeira: Jesus não apenas transforma circunstâncias externas, mas renova o interior, oferecendo vida abundante.
- Alegria no Senhor: O vinho novo simboliza a alegria que só Cristo pode proporcionar, superando as expectativas humanas.
Tabela Expositiva — João 2.1-10
Versículo
Evento/Elemento
Palavra Grega
Significado Teológico
Aplicação Prática
2.1
Bodas em Caná
κανᾶ (Kaná)
Lugar do milagre, símbolo da vida cotidiana
Deus se manifesta em nossas realidades
2.3-4
Falta de vinho
οἶνος, ὥρα
Crise social, “hora” divina ainda não chegou
Confiar no tempo soberano de Deus
2.5
Ordem da mãe
ποιήσατε (poiēsate)
Obediência à palavra de Jesus
Obedecer sem questionar
2.7
Encher talhas de água
ὕδωρ (hydōr)
Antigo pacto, purificação
Preparação para transformação pelo Senhor
2.9-10
Água transformada em vinho
οἶνος ἀγαθός
Novo pacto, alegria abundante
Experimentar a alegria e a bênção em Cristo
João 2.1-10
Contexto e Introdução
O episódio das bodas em Caná da Galiléia é o primeiro milagre público registrado no Evangelho de João. Nele, Jesus transforma água em vinho, um sinal que manifesta sua glória e inicia sua obra messiânica (Jo 2.11). Esta narrativa está inserida no contexto de um casamento judaico tradicional, evento que expressava alegria, comunhão e esperança para a comunidade.
Análise do Texto
- João 2.1: “E, ao terceiro dia, fizeram-se umas bodas em Caná da Galiléia...”
O “terceiro dia” (τῇ τρίτῃ ἡμέρᾳ, tē tritē hēmera) indica continuidade com o capítulo 1, sugerindo o início do ministério de Jesus (Jo 1.43). Caná da Galiléia, cidade natal de Jesus (possivelmente), é o cenário do milagre, enfatizando a conexão de Jesus com sua terra. - Versículos 3-4: A mãe de Jesus percebe a falta do vinho — uma situação social embaraçosa e uma crise na festa — e comunica a Jesus. A resposta dele, “Mulher, que tenho eu contigo? Ainda não é chegada a minha hora” (γύναι, τί ἐμοὶ καὶ σοί; οὔπω ἥκει ἡ ὥρα μου, gunaí, ti emoi kai soi? oupō hēkei hē hōra mou), indica a tensão entre o momento humano e o tempo divino, tema recorrente no Evangelho de João (Jo 7.6,8). “Mulher” é um termo respeitoso, e “hora” se refere ao tempo fixado por Deus para a manifestação plena da glória de Cristo (Jo 7.30).
- Versículo 5: “Fazei tudo quanto ele vos disser.”
A ordem da mãe revela sua fé na autoridade de Jesus, servindo como um convite para os servos obedecerem, antecipando a importância da obediência à Palavra de Cristo. - Versículos 7-8: Jesus ordena que as talhas sejam cheias de água (ὕδωρ, hydōr). As talhas eram recipientes cerimoniais usados para purificação judaica, cheios até a borda, indicando totalidade e abundância.
- Versículos 9-10: O mestre-sala reconhece que o vinho servido é de qualidade superior, “bom vinho” (οἶνος ἀγαθός, oinos agathos), o melhor servido ao final da festa, simbolizando a excelência da obra de Jesus. A surpresa pelo fato do melhor vinho ser guardado para o final aponta para a natureza extraordinária do milagre.
Palavras Gregas-Chave
Palavra | Grego | Significado e Implicação Teológica |
Mulher | γύναι (gunaí) | Termo respeitoso, não depreciativo, usado por Jesus. |
Hora | ὥρα (hōra) | Tempo designado por Deus para ação redentora de Jesus. |
Água | ὕδωρ (hydōr) | Elemento de purificação e símbolo do antigo pacto. |
Vinho | οἶνος (oinos) | Símbolo da alegria, bênção e do novo pacto em Cristo. |
Bom vinho | ἀγαθός (agathos) | Qualidade superior, sinal da excelência da obra divina. |
Referências Acadêmicas Cristãs
- Leon Morris destaca que “a transformação da água em vinho aponta para a abundância e excelência do Reino de Deus inaugurado em Jesus” (The Gospel According to John).
- D.A. Carson enfatiza que “o milagre em Caná revela a glória de Cristo de modo progressivo, preparando os discípulos para crerem nele” (The Gospel According to John).
- Craig S. Keener interpreta o episódio como uma demonstração do poder de Jesus para transformar a antiga ordem da Lei (simbolizada pela água das purificações) em uma nova realidade de alegria e salvação (The Gospel of John: A Commentary).
Aplicação Pessoal
- Confiança na autoridade de Jesus: Assim como os servos obedeceram, somos chamados a seguir as instruções divinas mesmo quando não compreendemos completamente os propósitos.
- Reconhecer o tempo de Deus: Jesus ensina que seus planos seguem o tempo perfeito de Deus; a paciência na espera é fruto de fé.
- Transformação verdadeira: Jesus não apenas transforma circunstâncias externas, mas renova o interior, oferecendo vida abundante.
- Alegria no Senhor: O vinho novo simboliza a alegria que só Cristo pode proporcionar, superando as expectativas humanas.
Tabela Expositiva — João 2.1-10
Versículo | Evento/Elemento | Palavra Grega | Significado Teológico | Aplicação Prática |
2.1 | Bodas em Caná | κανᾶ (Kaná) | Lugar do milagre, símbolo da vida cotidiana | Deus se manifesta em nossas realidades |
2.3-4 | Falta de vinho | οἶνος, ὥρα | Crise social, “hora” divina ainda não chegou | Confiar no tempo soberano de Deus |
2.5 | Ordem da mãe | ποιήσατε (poiēsate) | Obediência à palavra de Jesus | Obedecer sem questionar |
2.7 | Encher talhas de água | ὕδωρ (hydōr) | Antigo pacto, purificação | Preparação para transformação pelo Senhor |
2.9-10 | Água transformada em vinho | οἶνος ἀγαθός | Novo pacto, alegria abundante | Experimentar a alegria e a bênção em Cristo |
LEITURAS COMPLEMENTARES
SEGUNDA | Fp 4.19 Jesus supre as nossas necessidades.
TERÇA | Jo 2.1,2 Jesus cultivava uma vida social.
QUARTA | Lc 7.33,34 Jesus foi julgado por se relacionar com todos.
QUINTA | Jo 2.4 Jesus tem a hora certa de operar.
SEXTA | Jo 6.14 Os milagres nos levam a crer em Deus.
SÁBADO | Mt 13.58 Se crermos, ele pode fazer milagres.
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
A soberania de Jesus e a fé fortalecida pelo milagre
As leituras complementares destacam vários aspectos da vida, ministério e poder de Jesus Cristo, que se manifestam no milagre das bodas em Caná (Jo 2). Elas nos ajudam a entender que Jesus não é apenas o Mestre que ensina, mas o Senhor que age em seu tempo para suprir necessidades, desafiar expectativas sociais e fortalecer a fé dos seus seguidores.
Análise das Leituras e Palavras Gregas-chaves
Dia
Texto Bíblico
Palavra(s) Grega Relevante(s)
Comentário e Implicação Teológica
Segunda
Fp 4.19
ἐπαρκέσει (eparkesei) – "suprirá", "proverá"
Jesus supre todas as nossas necessidades segundo a sua riqueza (filotimia, amor próprio em contexto positivo) e graça (aúdeia, plenitude). A provisão divina é completa e segura.
Terça
Jo 2.1,2
κοινωνία (koinōnia) – "comunhão", "vida social"
Jesus participa da vida social (bodas), indicando que o ministério do Reino também se relaciona com as necessidades cotidianas e celebrações humanas.
Quarta
Lc 7.33,34
κρίμα (krima) – "julgamento"
Jesus foi julgado por sua associação com pecadores, mostrando que sua missão transcende preconceitos sociais e religiosidade legalista.
Quinta
Jo 2.4
ὥρα (hōra) – "hora"
Jesus opera conforme o tempo soberano de Deus, indicando controle divino sobre os eventos da salvação.
Sexta
Jo 6.14
σημείον (sēmeion) – "sinal", "milagre"
Os milagres são sinais que apontam para a identidade divina de Jesus, levando à fé verdadeira.
Sábado
Mt 13.58
πίστις (pistis) – "fé"
A fé é essencial para que os milagres aconteçam e para a transformação espiritual no indivíduo e na comunidade.
Referências Acadêmicas Cristãs
- • Leon Morris, em sua análise do milagre das bodas, enfatiza que “Jesus revela sua glória de forma oculta, para que seus discípulos creiam” (The Gospel According to John).
- • Craig Keener destaca que o milagre em Caná “não apenas resolve uma situação social, mas simboliza a transformação do velho pacto (água para purificação) no novo pacto (vinho, alegria, comunhão)” (The Gospel of John Commentary).
- • N.T. Wright lembra que “os milagres são convites para crer, eles apontam para a nova criação que Jesus inaugura” (Jesus and the Victory of God).
Aplicação Pessoal
- 1 Reconhecer Jesus como o provedor fiel: Como Paulo afirma em Filipenses 4.19, confiemos que Cristo suprirá nossas necessidades segundo sua rica graça.
- 2 Valorizar a comunhão: Jesus participou das bodas, nos ensinando que o cristianismo também se expressa em comunidade, em celebração e em relacionamentos genuínos.
- 3 Manter a fé diante do julgamento: Assim como Jesus foi criticado por sua convivência, também podemos enfrentar rejeição por nossa fé. Somos chamados a perseverar.
- 4 Confiar no tempo de Deus: A expressão “ainda não é chegada a minha hora” nos lembra que Deus age no tempo certo, e nossa paciência deve ser revestida de fé.
- 5 Identificar os sinais de Deus: Os milagres e sinais que Deus faz em nossa vida devem fortalecer nossa fé e nossa esperança em sua ação.
- 6 Viver pela fé: O poder de Deus age conforme cremos; cultivar fé ativa é fundamental para experimentarmos a transformação e o poder do Espírito.
Tabela Expositiva — Leituras Complementares
Dia
Texto Bíblico
Palavra Grega-Chave
Tema Central
Aplicação Prática
Segunda
Fp 4.19
ἐπαρκέσει (eparkesei)
Provisão divina
Confiar que Deus supre todas as necessidades
Terça
Jo 2.1-2
κοινωνία (koinōnia)
Vida social de Jesus
Valorizar a comunhão e celebração cristã
Quarta
Lc 7.33-34
κρίμα (krima)
Julgamento por fé
Perseverar mesmo diante da rejeição
Quinta
Jo 2.4
ὥρα (hōra)
Tempo de Deus
Confiar no tempo soberano de Deus
Sexta
Jo 6.14
σημείον (sēmeion)
Milagre como sinal
Fortalecer a fé diante dos sinais divinos
Sábado
Mt 13.58
πίστις (pistis)
Fé como condição para milagres
Viver pela fé e confiar no poder de Deus
A soberania de Jesus e a fé fortalecida pelo milagre
As leituras complementares destacam vários aspectos da vida, ministério e poder de Jesus Cristo, que se manifestam no milagre das bodas em Caná (Jo 2). Elas nos ajudam a entender que Jesus não é apenas o Mestre que ensina, mas o Senhor que age em seu tempo para suprir necessidades, desafiar expectativas sociais e fortalecer a fé dos seus seguidores.
Análise das Leituras e Palavras Gregas-chaves
Dia | Texto Bíblico | Palavra(s) Grega Relevante(s) | Comentário e Implicação Teológica |
Segunda | Fp 4.19 | ἐπαρκέσει (eparkesei) – "suprirá", "proverá" | Jesus supre todas as nossas necessidades segundo a sua riqueza (filotimia, amor próprio em contexto positivo) e graça (aúdeia, plenitude). A provisão divina é completa e segura. |
Terça | Jo 2.1,2 | κοινωνία (koinōnia) – "comunhão", "vida social" | Jesus participa da vida social (bodas), indicando que o ministério do Reino também se relaciona com as necessidades cotidianas e celebrações humanas. |
Quarta | Lc 7.33,34 | κρίμα (krima) – "julgamento" | Jesus foi julgado por sua associação com pecadores, mostrando que sua missão transcende preconceitos sociais e religiosidade legalista. |
Quinta | Jo 2.4 | ὥρα (hōra) – "hora" | Jesus opera conforme o tempo soberano de Deus, indicando controle divino sobre os eventos da salvação. |
Sexta | Jo 6.14 | σημείον (sēmeion) – "sinal", "milagre" | Os milagres são sinais que apontam para a identidade divina de Jesus, levando à fé verdadeira. |
Sábado | Mt 13.58 | πίστις (pistis) – "fé" | A fé é essencial para que os milagres aconteçam e para a transformação espiritual no indivíduo e na comunidade. |
Referências Acadêmicas Cristãs
- • Leon Morris, em sua análise do milagre das bodas, enfatiza que “Jesus revela sua glória de forma oculta, para que seus discípulos creiam” (The Gospel According to John).
- • Craig Keener destaca que o milagre em Caná “não apenas resolve uma situação social, mas simboliza a transformação do velho pacto (água para purificação) no novo pacto (vinho, alegria, comunhão)” (The Gospel of John Commentary).
- • N.T. Wright lembra que “os milagres são convites para crer, eles apontam para a nova criação que Jesus inaugura” (Jesus and the Victory of God).
Aplicação Pessoal
- 1 Reconhecer Jesus como o provedor fiel: Como Paulo afirma em Filipenses 4.19, confiemos que Cristo suprirá nossas necessidades segundo sua rica graça.
- 2 Valorizar a comunhão: Jesus participou das bodas, nos ensinando que o cristianismo também se expressa em comunidade, em celebração e em relacionamentos genuínos.
- 3 Manter a fé diante do julgamento: Assim como Jesus foi criticado por sua convivência, também podemos enfrentar rejeição por nossa fé. Somos chamados a perseverar.
- 4 Confiar no tempo de Deus: A expressão “ainda não é chegada a minha hora” nos lembra que Deus age no tempo certo, e nossa paciência deve ser revestida de fé.
- 5 Identificar os sinais de Deus: Os milagres e sinais que Deus faz em nossa vida devem fortalecer nossa fé e nossa esperança em sua ação.
- 6 Viver pela fé: O poder de Deus age conforme cremos; cultivar fé ativa é fundamental para experimentarmos a transformação e o poder do Espírito.
Tabela Expositiva — Leituras Complementares
Dia | Texto Bíblico | Palavra Grega-Chave | Tema Central | Aplicação Prática |
Segunda | Fp 4.19 | ἐπαρκέσει (eparkesei) | Provisão divina | Confiar que Deus supre todas as necessidades |
Terça | Jo 2.1-2 | κοινωνία (koinōnia) | Vida social de Jesus | Valorizar a comunhão e celebração cristã |
Quarta | Lc 7.33-34 | κρίμα (krima) | Julgamento por fé | Perseverar mesmo diante da rejeição |
Quinta | Jo 2.4 | ὥρα (hōra) | Tempo de Deus | Confiar no tempo soberano de Deus |
Sexta | Jo 6.14 | σημείον (sēmeion) | Milagre como sinal | Fortalecer a fé diante dos sinais divinos |
Sábado | Mt 13.58 | πίστις (pistis) | Fé como condição para milagres | Viver pela fé e confiar no poder de Deus |
HINOS SUGERIDOS: 180, 417, 580
MOTIVO DE ORAÇÃO
Ore para que o Filho de Deus continue a realizar milagres em Sua Igreja.
ESBOÇO DA LIÇÃO
Introdução
1- Os discípulos creram no Filho de Deus
2- A pedagogia de Jesus
3- Uma revelação Especial
Conclusão
DINAMICA EXTRA
Comentário de Hubner Braz
🧪 DINÂMICA: “DA SIMPLICIDADE À TRANSFORMAÇÃO”
🎯 Objetivo:
Levar os alunos a refletirem sobre o poder transformador de Jesus, a importância da obediência e a obra contínua de renovação espiritual no discipulado cristão.
🛠️ Materiais Necessários:
- 6 copos transparentes de plástico
- Água
- Suco de uva concentrado (ou corante alimentício roxo)
- Uma jarra ou garrafa com água
- Etiquetas com palavras: “Obediência”, “Fé”, “Palavra de Jesus”, “Transformação”, “Nova Vida”, “Glória de Deus”
📖 Desenvolvimento:
- Introdução:
O professor inicia perguntando:
“Você acredita que Jesus ainda transforma realidades impossíveis?”
Depois, lê João 2.1-11, destacando o momento em que a água foi transformada em vinho.
- Montagem da dinâmica:
- Alinhe os 6 copos na mesa.
- Cole em cada um as etiquetas com os termos indicados acima.
- Coloque apenas água na jarra ou garrafa.
- Aplicação simbólica:
- Diga: “A água representa a nossa vida natural, sem sabor, sem cor e sem transformação”.
- Vá despejando a água em cada copo, enquanto afirma:
- “Quando obedecemos a Jesus…” (encher o copo “Obediência”);
- “Quando cremos em Sua Palavra…” (encher o copo “Fé”);
- “Quando seguimos o que Ele manda…” (encher o copo “Palavra de Jesus”).
- De forma surpreendente, o professor pode previamente colocar algumas gotas de suco de uva ou corante nos copos antes da aula (sem que os alunos vejam), de forma que, ao despejar a água, ela se transforme em “vinho” (líquido roxo).
- Diga:
“A transformação só acontece quando obedecemos à Palavra do Mestre. Foi isso que aconteceu nas Bodas de Caná!”
- Conclusão:
- Reflita com a turma:
- “Jesus ainda transforma situações na nossa vida?”
- “O que precisamos fazer para experimentar o novo de Deus?”
- “O que esse milagre nos ensina sobre o início da caminhada com Cristo?”
- Leia 2 Coríntios 5.17 e enfatize:
“Quando o milagre acontece, não somos mais os mesmos. Somos transformados para manifestar a glória de Deus!”
📌 Aplicação prática:
Convide os alunos a refletirem durante a semana:
- Em que área da sua vida você precisa que Jesus transforme a “água” em “vinho”?
- Como você tem praticado a obediência à voz do Mestre?
✅ Resultados Esperados:
- Maior compreensão do milagre como sinal do Reino de Deus.
- Valorização da obediência e fé como caminhos para a ação divina.
- Estímulo ao crescimento espiritual e confiança no poder transformador de Cristo.
🧪 DINÂMICA: “DA SIMPLICIDADE À TRANSFORMAÇÃO”
🎯 Objetivo:
Levar os alunos a refletirem sobre o poder transformador de Jesus, a importância da obediência e a obra contínua de renovação espiritual no discipulado cristão.
🛠️ Materiais Necessários:
- 6 copos transparentes de plástico
- Água
- Suco de uva concentrado (ou corante alimentício roxo)
- Uma jarra ou garrafa com água
- Etiquetas com palavras: “Obediência”, “Fé”, “Palavra de Jesus”, “Transformação”, “Nova Vida”, “Glória de Deus”
📖 Desenvolvimento:
- Introdução:
O professor inicia perguntando:
“Você acredita que Jesus ainda transforma realidades impossíveis?”
Depois, lê João 2.1-11, destacando o momento em que a água foi transformada em vinho. - Montagem da dinâmica:
- Alinhe os 6 copos na mesa.
- Cole em cada um as etiquetas com os termos indicados acima.
- Coloque apenas água na jarra ou garrafa.
- Aplicação simbólica:
- Diga: “A água representa a nossa vida natural, sem sabor, sem cor e sem transformação”.
- Vá despejando a água em cada copo, enquanto afirma:
- “Quando obedecemos a Jesus…” (encher o copo “Obediência”);
- “Quando cremos em Sua Palavra…” (encher o copo “Fé”);
- “Quando seguimos o que Ele manda…” (encher o copo “Palavra de Jesus”).
- De forma surpreendente, o professor pode previamente colocar algumas gotas de suco de uva ou corante nos copos antes da aula (sem que os alunos vejam), de forma que, ao despejar a água, ela se transforme em “vinho” (líquido roxo).
- Diga:
“A transformação só acontece quando obedecemos à Palavra do Mestre. Foi isso que aconteceu nas Bodas de Caná!” - Conclusão:
- Reflita com a turma:
- “Jesus ainda transforma situações na nossa vida?”
- “O que precisamos fazer para experimentar o novo de Deus?”
- “O que esse milagre nos ensina sobre o início da caminhada com Cristo?”
- Leia 2 Coríntios 5.17 e enfatize:
“Quando o milagre acontece, não somos mais os mesmos. Somos transformados para manifestar a glória de Deus!”
📌 Aplicação prática:
Convide os alunos a refletirem durante a semana:
- Em que área da sua vida você precisa que Jesus transforme a “água” em “vinho”?
- Como você tem praticado a obediência à voz do Mestre?
✅ Resultados Esperados:
- Maior compreensão do milagre como sinal do Reino de Deus.
- Valorização da obediência e fé como caminhos para a ação divina.
- Estímulo ao crescimento espiritual e confiança no poder transformador de Cristo.
INTRODUÇÃO
Nesta lição, abordaremos alguns aspectos acerca do primeiro milagre de Jesus, realizado em um casamento em Caná da Galileia, extraindo lições preciosas a serem aplicadas ao discipulado cristão, como: o poder de Jesus para prover e transformar; a relevância da conexão entre fé e obediência; o contínuo crescimento do discípulo na graça e no conhecimento de Jesus Cristo ao longo da jornada.
PONTO DE PARTIDA: O primeiro milagre do Filho de Deus.
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
O Primeiro Milagre de Jesus em Caná da Galileia
Introdução
O relato do primeiro milagre de Jesus, em João 2:1-11, onde Ele transforma água em vinho durante as bodas em Caná da Galileia, é um marco crucial no ministério de Cristo. Este milagre inaugura a manifestação pública da glória do Filho de Deus, mostrando seu poder sobre a criação e sua missão redentora. Além disso, o episódio contém preciosas lições para o discipulado cristão, especialmente sobre fé, obediência e o crescimento espiritual.
Análise Teológica e Exegética
1. O poder transformador de Jesus
No texto grego, a palavra-chave para “manifestar” é ἐφανέρωσεν (ephanerōsen), que significa “tornar evidente, revelar”. Jesus revela sua δόξα (doxa), ou glória — o esplendor divino que estava oculto até então (Jo 1.14). O milagre simboliza a transformação da realidade antiga (água usada para purificação ritual) em uma nova criação abundante (vinho de qualidade), indicando a inauguração do novo pacto em Cristo.
2. A conexão entre fé e obediência
Maria, mãe de Jesus, ao perceber a falta de vinho, ordena aos serventes: “Fazei tudo o que Ele vos mandar”. O verbo grego ποιήσατε (poiēsate) está no imperativo, indicando uma ordem clara e uma confiança completa na palavra de Jesus. A obediência dos serventes, ao encherem as talhas de água, é a expressão prática da fé que espera pela intervenção divina. Isso reforça que o milagre ocorre não apenas pelo poder de Jesus, mas pela cooperação do discípulo na obediência.
3. O crescimento espiritual na caminhada cristã
O milagre não apenas resolve uma situação imediata (falta de vinho), mas simboliza o crescimento e a plenitude que vêm na jornada de fé. Como enfatiza Paulo, o discípulo cresce “na graça e no conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo” (2 Pe 3:18). A transformação do ordinário em extraordinário aponta para a obra contínua do Espírito Santo na vida do crente.
Referências Acadêmicas Cristãs
- Leon Morris destaca que o milagre de Caná “é um sinal da nova criação em Cristo” e que a água transformada em vinho simboliza a substituição do antigo sistema cerimonial pelo banquete do Reino (Morris, The Gospel According to John).
- Craig Keener comenta que a participação de Maria e a ordem de Jesus indicam um processo de aprendizado e crescimento na fé e obediência para os discípulos (The Gospel of John).
- N.T. Wright relaciona o episódio à manifestação da glória messiânica e à inauguração da era escatológica do Reino de Deus (Jesus and the Victory of God).
Aplicação Pessoal
- Reconhecer Jesus como o Provedor Supremo: Mesmo nas situações cotidianas, devemos confiar que Jesus tem poder para suprir nossas necessidades de maneira abundante.
- Responder com fé e obediência: Como os serventes, nossa parte é obedecer às orientações de Jesus, confiando que Ele age conforme sua vontade.
- Buscar crescimento contínuo: A caminhada cristã é uma jornada de transformação progressiva, onde a graça e o conhecimento de Cristo nos levam a uma vida cada vez mais abundante.
- Manifestar a glória de Deus no dia a dia: Cada transformação, grande ou pequena, é uma oportunidade de testemunhar a ação de Deus em nossa vida.
Tabela Expositiva
Aspecto
Texto Bíblico
Palavra Grega
Significado Teológico
Aplicação Prática
Poder Transformador
João 2.11
ἐφανέρωσεν (manifestou)
Revelação da glória de Jesus como Filho de Deus
Confiar na transformação que Jesus opera
Fé e Obediência
João 2.5,7
ποιήσατε (fazei, obedecei)
Obediência ativa como expressão de fé
Obedecer à palavra de Jesus em tudo
Crescimento Espiritual
2 Pedro 3.18
ἁ᾽μαρτία (graça), γνῶσις (conhecimento)
Caminhada contínua de transformação
Buscar maturidade na fé e no amor a Deus
Manifestação da Glória
João 2.11
δόξα (glória)
Manifestação do esplendor divino
Testemunhar a ação de Deus no cotidiano
O Primeiro Milagre de Jesus em Caná da Galileia
Introdução
O relato do primeiro milagre de Jesus, em João 2:1-11, onde Ele transforma água em vinho durante as bodas em Caná da Galileia, é um marco crucial no ministério de Cristo. Este milagre inaugura a manifestação pública da glória do Filho de Deus, mostrando seu poder sobre a criação e sua missão redentora. Além disso, o episódio contém preciosas lições para o discipulado cristão, especialmente sobre fé, obediência e o crescimento espiritual.
Análise Teológica e Exegética
1. O poder transformador de Jesus
No texto grego, a palavra-chave para “manifestar” é ἐφανέρωσεν (ephanerōsen), que significa “tornar evidente, revelar”. Jesus revela sua δόξα (doxa), ou glória — o esplendor divino que estava oculto até então (Jo 1.14). O milagre simboliza a transformação da realidade antiga (água usada para purificação ritual) em uma nova criação abundante (vinho de qualidade), indicando a inauguração do novo pacto em Cristo.
2. A conexão entre fé e obediência
Maria, mãe de Jesus, ao perceber a falta de vinho, ordena aos serventes: “Fazei tudo o que Ele vos mandar”. O verbo grego ποιήσατε (poiēsate) está no imperativo, indicando uma ordem clara e uma confiança completa na palavra de Jesus. A obediência dos serventes, ao encherem as talhas de água, é a expressão prática da fé que espera pela intervenção divina. Isso reforça que o milagre ocorre não apenas pelo poder de Jesus, mas pela cooperação do discípulo na obediência.
3. O crescimento espiritual na caminhada cristã
O milagre não apenas resolve uma situação imediata (falta de vinho), mas simboliza o crescimento e a plenitude que vêm na jornada de fé. Como enfatiza Paulo, o discípulo cresce “na graça e no conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo” (2 Pe 3:18). A transformação do ordinário em extraordinário aponta para a obra contínua do Espírito Santo na vida do crente.
Referências Acadêmicas Cristãs
- Leon Morris destaca que o milagre de Caná “é um sinal da nova criação em Cristo” e que a água transformada em vinho simboliza a substituição do antigo sistema cerimonial pelo banquete do Reino (Morris, The Gospel According to John).
- Craig Keener comenta que a participação de Maria e a ordem de Jesus indicam um processo de aprendizado e crescimento na fé e obediência para os discípulos (The Gospel of John).
- N.T. Wright relaciona o episódio à manifestação da glória messiânica e à inauguração da era escatológica do Reino de Deus (Jesus and the Victory of God).
Aplicação Pessoal
- Reconhecer Jesus como o Provedor Supremo: Mesmo nas situações cotidianas, devemos confiar que Jesus tem poder para suprir nossas necessidades de maneira abundante.
- Responder com fé e obediência: Como os serventes, nossa parte é obedecer às orientações de Jesus, confiando que Ele age conforme sua vontade.
- Buscar crescimento contínuo: A caminhada cristã é uma jornada de transformação progressiva, onde a graça e o conhecimento de Cristo nos levam a uma vida cada vez mais abundante.
- Manifestar a glória de Deus no dia a dia: Cada transformação, grande ou pequena, é uma oportunidade de testemunhar a ação de Deus em nossa vida.
Tabela Expositiva
Aspecto | Texto Bíblico | Palavra Grega | Significado Teológico | Aplicação Prática |
Poder Transformador | João 2.11 | ἐφανέρωσεν (manifestou) | Revelação da glória de Jesus como Filho de Deus | Confiar na transformação que Jesus opera |
Fé e Obediência | João 2.5,7 | ποιήσατε (fazei, obedecei) | Obediência ativa como expressão de fé | Obedecer à palavra de Jesus em tudo |
Crescimento Espiritual | 2 Pedro 3.18 | ἁ᾽μαρτία (graça), γνῶσις (conhecimento) | Caminhada contínua de transformação | Buscar maturidade na fé e no amor a Deus |
Manifestação da Glória | João 2.11 | δόξα (glória) | Manifestação do esplendor divino | Testemunhar a ação de Deus no cotidiano |
1- Os discípulos creram no Filho de Deus
Alguns começaram a seguir Jesus antes mesmo de verem Seus milagres (Jo 1.37-51). Dois eram discípulos de João Batista e, ao ouvir o testemunho que este deu sobre Jesus, passaram a seguir o Mestre. Natanael creu quando Jesus lhe disse que já o tinha antes de ser chamado por Filipe e que “coisas maiores” ele ainda testemunharia (Jo 1.35-37; 1.48-51).
1.1. A cidade de Caná. Caná estava localizada, provavelmente, a 12km do Nordeste de Nazaré aproximadamente. Nessa pequena vila da Galileia, Jesus Cristo realizou Seu primeiro milagre ao transformar água em vinho em uma festa de casamento (Jo 2.6-10). Dentre os evangelistas, somente João descreveu esse milagre do Filho de Deus (Jo 2.1-11). É possível fazer uma analogia entre o primeiro milagre de Jesus ser realizado em uma festa de casamento e a importância da família para Deus (Gn 2.18), servindo como exemplo da diferença que Jesus faz quando está presente em nosso lar.
Ana Oliveira (2016, p.25,26). “Kfar Caná que significa ‘aldeia de Caná, fica na baixa Galiléia, próximo a Nazaré. Esse local foi cenário do primeiro milagre do Ministério de Jesus. A Bíblia narra que o Mestre estava em um casamento em Caná e faltando vinho, Jesus transformou água em vinho de melhor qualidade, proporcionando fé em seus discípulos (Jo 2.11). Na segunda vez que Jesus voltou à Caná, Ele realizou seu segundo milagre curando o filho de um oficial do rei (Jo 4.43-54). Atualmente, Caná da Galileia é uma vila árabe, que possui cerca de 8.000 habitantes muçulmanos”.
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
Os Discípulos Creram no Filho de Deus (João 1.35-51; João 2.1-11)
1. A Fé dos Discípulos em Jesus
Os primeiros discípulos de Jesus demonstram um movimento de fé que parte do testemunho para a experiência pessoal. João Batista exerce um papel fundamental ao apontar Jesus como o “Cordeiro de Deus” (Jo 1.29,36), despertando a curiosidade e a fé inicial nos discípulos. A palavra grega πιστεύω (pisteuō), traduzida por “crer”, carrega o sentido profundo de confiança e entrega pessoal, não apenas uma aceitação intelectual. Natanael, ao ser chamado por Filipe, expressa inicialmente ceticismo, mas logo a confissão de Jesus sobre seu conhecimento prévio abre espaço para a fé crescente (ἐπίστευσεν (episteusen), “crer” no aoristo indicativo, expressando um ato decisivo).
1.1. A Cidade de Caná e o Primeiro Milagre
Caná, localizada na baixa Galileia, é palco do primeiro milagre público de Jesus, registrado exclusivamente por João (Jo 2.1-11). O cenário do casamento, um evento social e familiar, é simbólico: indica que o ministério de Jesus valoriza a comunhão, a celebração e a restauração da criação (Gn 2.18, sobre a criação da família).
A transformação da água em vinho não é apenas um sinal de provisão material, mas uma manifestação da δόξα (doxa) – glória de Cristo revelada no poder criativo e redentor (Jo 2.11). O termo “vinho de melhor qualidade” (κρασίον ἀρίστου - krasíon aristou) aponta para a superabundância da graça divina que supera as expectativas humanas.
Segundo Ana Oliveira (2016), Caná é uma vila modesta, o que ressalta a simplicidade e a humildade do início do ministério público de Jesus, em contraste com a magnitude de sua missão.
Análise Linguística e Teológica das Palavras-Chave
Palavra Grega
Ocorrência
Significado
Implicação Teológica
πιστεύω (pisteuō)
Jo 1.37,50
Crer, confiar
Fé pessoal que leva à entrega total a Jesus
ἐπίστευσεν (episteusen)
Jo 1.50
Ato decisivo de crer
Confissão que leva à comunhão com Cristo
δόξα (doxa)
Jo 2.11
Glória
Manifestação do esplendor divino em Jesus
κρασίον ἀρίστου (krasíon aristou)
Jo 2.10
Vinho de melhor qualidade
Abundância e excelência da graça de Deus
Referências Acadêmicas
- Leon Morris, em The Gospel According to John, enfatiza que o primeiro milagre aponta para o “novo banquete” que Jesus traz, simbolizando a plenitude do Reino de Deus.
- Craig Keener, em sua exegese, destaca que a fé dos discípulos se fortalece progressivamente com os sinais de Jesus, evidenciando o vínculo entre revelação e resposta da fé.
- Ana Oliveira (2016) acrescenta contexto histórico e geográfico, ressaltando a importância cultural do casamento em Caná e a presença marcante de Jesus em momentos familiares e comunitários.
Aplicação Pessoal
- O chamado à fé pessoal: Assim como os primeiros discípulos, somos convidados a crer em Jesus não apenas pela informação, mas pela experiência que transforma.
- Valorizar os momentos familiares: Jesus se manifesta em situações cotidianas, como na festa de Caná, lembrando que Deus se importa com nossas relações e celebrações.
- Reconhecer a glória de Jesus em nossas vidas: O milagre revela que o poder divino age em nosso cotidiano, superando expectativas humanas e transformando o comum em extraordinário.
- Confiar na provisão divina: A transformação da água em vinho é um sinal da capacidade de Jesus suprir necessidades de maneira abundante e inesperada.
Tabela Expositiva
Tema
Texto Bíblico
Palavra Grega/Conceito
Significado
Aplicação Prática
Fé dos discípulos
João 1.35-51
πιστεύω / ἐπίστευσεν
Crer com confiança pessoal
Responder ao chamado de Jesus com fé ativa
Local do milagre
João 2.1-11
Κανά (Caná)
Local histórico-cultural
Reconhecer a presença de Deus em nosso cotidiano
Manifestação da glória
João 2.11
δόξα
Revelação da glória divina
Testemunhar o poder de Deus nas nossas vidas
Provisão abundante
João 2.10
κρασίον ἀρίστου
Vinho da melhor qualidade
Confiar na provisão de Deus, mesmo em escassez
Os Discípulos Creram no Filho de Deus (João 1.35-51; João 2.1-11)
1. A Fé dos Discípulos em Jesus
Os primeiros discípulos de Jesus demonstram um movimento de fé que parte do testemunho para a experiência pessoal. João Batista exerce um papel fundamental ao apontar Jesus como o “Cordeiro de Deus” (Jo 1.29,36), despertando a curiosidade e a fé inicial nos discípulos. A palavra grega πιστεύω (pisteuō), traduzida por “crer”, carrega o sentido profundo de confiança e entrega pessoal, não apenas uma aceitação intelectual. Natanael, ao ser chamado por Filipe, expressa inicialmente ceticismo, mas logo a confissão de Jesus sobre seu conhecimento prévio abre espaço para a fé crescente (ἐπίστευσεν (episteusen), “crer” no aoristo indicativo, expressando um ato decisivo).
1.1. A Cidade de Caná e o Primeiro Milagre
Caná, localizada na baixa Galileia, é palco do primeiro milagre público de Jesus, registrado exclusivamente por João (Jo 2.1-11). O cenário do casamento, um evento social e familiar, é simbólico: indica que o ministério de Jesus valoriza a comunhão, a celebração e a restauração da criação (Gn 2.18, sobre a criação da família).
A transformação da água em vinho não é apenas um sinal de provisão material, mas uma manifestação da δόξα (doxa) – glória de Cristo revelada no poder criativo e redentor (Jo 2.11). O termo “vinho de melhor qualidade” (κρασίον ἀρίστου - krasíon aristou) aponta para a superabundância da graça divina que supera as expectativas humanas.
Segundo Ana Oliveira (2016), Caná é uma vila modesta, o que ressalta a simplicidade e a humildade do início do ministério público de Jesus, em contraste com a magnitude de sua missão.
Análise Linguística e Teológica das Palavras-Chave
Palavra Grega | Ocorrência | Significado | Implicação Teológica |
πιστεύω (pisteuō) | Jo 1.37,50 | Crer, confiar | Fé pessoal que leva à entrega total a Jesus |
ἐπίστευσεν (episteusen) | Jo 1.50 | Ato decisivo de crer | Confissão que leva à comunhão com Cristo |
δόξα (doxa) | Jo 2.11 | Glória | Manifestação do esplendor divino em Jesus |
κρασίον ἀρίστου (krasíon aristou) | Jo 2.10 | Vinho de melhor qualidade | Abundância e excelência da graça de Deus |
Referências Acadêmicas
- Leon Morris, em The Gospel According to John, enfatiza que o primeiro milagre aponta para o “novo banquete” que Jesus traz, simbolizando a plenitude do Reino de Deus.
- Craig Keener, em sua exegese, destaca que a fé dos discípulos se fortalece progressivamente com os sinais de Jesus, evidenciando o vínculo entre revelação e resposta da fé.
- Ana Oliveira (2016) acrescenta contexto histórico e geográfico, ressaltando a importância cultural do casamento em Caná e a presença marcante de Jesus em momentos familiares e comunitários.
Aplicação Pessoal
- O chamado à fé pessoal: Assim como os primeiros discípulos, somos convidados a crer em Jesus não apenas pela informação, mas pela experiência que transforma.
- Valorizar os momentos familiares: Jesus se manifesta em situações cotidianas, como na festa de Caná, lembrando que Deus se importa com nossas relações e celebrações.
- Reconhecer a glória de Jesus em nossas vidas: O milagre revela que o poder divino age em nosso cotidiano, superando expectativas humanas e transformando o comum em extraordinário.
- Confiar na provisão divina: A transformação da água em vinho é um sinal da capacidade de Jesus suprir necessidades de maneira abundante e inesperada.
Tabela Expositiva
Tema | Texto Bíblico | Palavra Grega/Conceito | Significado | Aplicação Prática |
Fé dos discípulos | João 1.35-51 | πιστεύω / ἐπίστευσεν | Crer com confiança pessoal | Responder ao chamado de Jesus com fé ativa |
Local do milagre | João 2.1-11 | Κανά (Caná) | Local histórico-cultural | Reconhecer a presença de Deus em nosso cotidiano |
Manifestação da glória | João 2.11 | δόξα | Revelação da glória divina | Testemunhar o poder de Deus nas nossas vidas |
Provisão abundante | João 2.10 | κρασίον ἀρίστου | Vinho da melhor qualidade | Confiar na provisão de Deus, mesmo em escassez |
1.2. A revelação do Filho de Deus. Quando Maria, mãe de Jesus, soube que o vinho tinha acabado, ela prontamente se dirigiu a Jesus e disse: “Não têm vinho” (Jo 2.3). Naquele momento, Jesus ainda não havia sido reconhecido como o Filho de Deus. As pessoas o conheciam como Jesus de Nazaré, o carpinteiro. No entanto, ao realizar aquele primeiro milagre, Sua glória foi manifesta, e os Seus discípulos creram nEle (Jo 2.11).
Merril Unger (2006, p.441). “Esse sinal (…) foi o primeiro que Jesus fez, ilustra a natureza básica da nova vida que Cristo veio trazer. Essa bênção de vida eterna recebida pela fé se vê na água transformada em vinho em Caná, perto de Nazaré, na Galileia. Sinais são obras prodigiosas ou milagres que simbolizam verdades espirituais. O primeiro sinal mostrou que aquele que concede a vida é o Criador onipotente do capítulo 1, capaz de transformar água em vinho. O vinho simboliza a alegria que Ele veio trazer e gera vida. Só o Criador pode ser nosso recriador espiritual. Só Ele pode conceder os jubilosos deleites da vida eterna prefigurados pelo vinho (Is 55.1; Ef 5.18-20)”.
1.3. O Filho de Deus traz alegria. O vinho, nos dias do Ministério de Jesus, representava alegria. Então, findando o vinho, acabaria a alegria. Assim, quando Maria diz a Jesus: “Não têm vinho” (Jo 2.3), ela sabia que a alegria dos noivos e convidados podia acabar também. Ao transformar a água em vinho, Jesus garantiu a felicidade daquele momento. A presença de Jesus afasta a tristeza e nos cerca de alegria (Sl 30.11,12).
Dilmo dos Santos (2012, L. 3). “Os casamentos nos dias de Jesus eram eventos importantes carregados de simbolismos. Amor e alegria eram sentimentos ligados ao vinho em uma celebração de casamento, sinalizavam marcas de tempos messiânicos. As comemorações associadas ao vinho, na cultura judaica, também caracterizavam temas como: fim dos tempos e Reino de Deus (Mt 22.1-4). Neste episódio o simbolismo dos ritos judaicos continua sendo destacado. São mencionados seis potes de pedra, que guardavam água para a purificação que estava protegida de impureza (Lv 11.29-38). Eram cerca de sessenta e nove litros por pote, totalizando cerca de 300 a 550 litros. Aqui o simbolismo salienta a riqueza de provisão na celebração messiânica”.
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
A Revelação do Filho de Deus e a Alegria do Reino em João 2.1-11
1.2. A Revelação do Filho de Deus no Primeiro Milagre
A narrativa do primeiro milagre em Caná destaca um momento crucial: antes da manifestação do poder de Jesus, Ele ainda não era amplamente reconhecido como o Filho de Deus. O pedido de Maria — "Não têm vinho" (οἶνον οὐκ ἔχουσιν) — expressa uma situação de necessidade que revela a vulnerabilidade humana diante da escassez.
O termo grego δόξα (doxa) traduzido por “glória” em João 2.11, refere-se à manifestação visível da presença e poder divino. É a manifestação do ἀλήθεια (aletheia) — a verdade — que revela a identidade messiânica de Jesus aos discípulos. Eles “creram” (ἐπίστευσαν) em Jesus após verem esta obra, evidenciando que a fé cristã é construída na experiência da revelação divina.
Merril Unger ressalta que o sinal do vinho é um símbolo da nova vida eterna que Cristo oferece, um milagre que aponta para a obra criadora e recriadora de Deus. O poder de transformar água em vinho evidencia a soberania do Criador (ποιήσας, “aquele que fez”, Jo 1.3), que agora também atua como Redentor, trazendo transformação espiritual.
Essa transformação também remete a Isaías 55.1, onde o convite à “água” e “vinho” simboliza a graça e alegria espiritual, e Efésios 5.18-20, que exorta a ser “cheios do Espírito” — uma alegria que transcende as circunstâncias.
1.3. O Filho de Deus Traz Alegria
O vinho no contexto judaico simbolizava festa, bênção e alegria (χαρά, chara). A falta de vinho significava uma ameaça à celebração, ao gozo da comunidade e à manifestação do Reino de Deus na vida cotidiana. Ao atender à necessidade do casamento, Jesus demonstra que a presença do Messias é garantia de vida abundante e alegria verdadeira (Sl 30.11-12).
Dilmo dos Santos destaca o simbolismo dos seis potes de pedra usados para purificação ritual (Lv 11.29-38), enfatizando que a provisão de Jesus não apenas supre a necessidade, mas excede em quantidade e qualidade — um prenúncio da abundância do Reino.
Este milagre apresenta um quadro messiânico do “banquete do Reino”, que inclui festa, transformação e comunhão, como descrito em Mateus 22.1-4, onde o Reino de Deus é comparado a uma festa de casamento.
Análise Linguística e Teológica
Palavra Grega
Ocorrência
Significado
Implicação Teológica
οἶνον (oinon)
Jo 2.3,9,10
Vinho
Símbolo de alegria e bênção do Reino
δόξα (doxa)
Jo 2.11
Glória
Manifestação visível da presença de Deus
ἐπίστευσαν (episteusan)
Jo 2.11
Crer, confiar
Resposta à revelação da glória de Cristo
χαρά (chara)
Sl 30.11-12
Alegria
Resultado da intervenção divina
καθαρισμοῦ (katharismou)
Lv 11.29-38
Purificação ritual
Simboliza santificação e preparação para Deus
Referências Acadêmicas
- Leon Morris, em The Gospel According to John, observa que o primeiro sinal aponta para a transformação espiritual e o início da revelação pública do Filho de Deus.
- Craig Keener comenta que o sinal em Caná é simbólico da abundância do Reino, onde a alegria e a comunhão são restauradas por Cristo.
- Merril Unger destaca que milagres são sinais que simbolizam realidades espirituais, enfatizando o caráter criador e redentor de Jesus.
- Dilmo dos Santos contextualiza culturalmente o episódio, ressaltando a importância dos ritos e o simbolismo do vinho como prenúncio do banquete messiânico.
Aplicação Pessoal
- Reconhecer Jesus como fonte de transformação: Assim como os discípulos creram após o milagre, devemos buscar experiências que nos levem a uma fé mais profunda e vivencial em Cristo.
- Valorizar a alegria espiritual: Jesus não veio apenas para suprir necessidades materiais, mas para nos encher de uma alegria que transcende circunstâncias.
- Confiar no tempo e na providência de Deus: Mesmo quando as situações parecem de escassez ou crise, a ação de Jesus traz provisão abundante e inesperada.
- Viver em santidade e preparação espiritual: O simbolismo dos potes de purificação nos lembra da importância de estarmos limpos diante de Deus para recebermos Suas bênçãos.
Tabela Expositiva
Tema
Texto Bíblico
Palavra Grega / Conceito
Significado
Aplicação Prática
Necessidade e provisão
João 2.3-10
οἶνον (vinho)
Alegria e bênção do Reino
Confiar que Jesus supre nossas necessidades
Manifestação da glória
João 2.11
δόξα (glória)
Revelação do poder divino
Crer na ação visível de Deus em nossa vida
Resposta à revelação
João 2.11
ἐπίστευσαν (crer)
Fé baseada na experiência
Desenvolver uma fé ativa e experiencial
Alegria espiritual
Salmos 30.11-12
χαρά (alegria)
Plenitude de felicidade em Deus
Buscar a alegria que vem do Espírito
Santificação e purificação
Levítico 11.29-38
καθαρισμοῦ (purificação)
Preparação para Deus
Viver uma vida limpa e preparada para Deus
A Revelação do Filho de Deus e a Alegria do Reino em João 2.1-11
1.2. A Revelação do Filho de Deus no Primeiro Milagre
A narrativa do primeiro milagre em Caná destaca um momento crucial: antes da manifestação do poder de Jesus, Ele ainda não era amplamente reconhecido como o Filho de Deus. O pedido de Maria — "Não têm vinho" (οἶνον οὐκ ἔχουσιν) — expressa uma situação de necessidade que revela a vulnerabilidade humana diante da escassez.
O termo grego δόξα (doxa) traduzido por “glória” em João 2.11, refere-se à manifestação visível da presença e poder divino. É a manifestação do ἀλήθεια (aletheia) — a verdade — que revela a identidade messiânica de Jesus aos discípulos. Eles “creram” (ἐπίστευσαν) em Jesus após verem esta obra, evidenciando que a fé cristã é construída na experiência da revelação divina.
Merril Unger ressalta que o sinal do vinho é um símbolo da nova vida eterna que Cristo oferece, um milagre que aponta para a obra criadora e recriadora de Deus. O poder de transformar água em vinho evidencia a soberania do Criador (ποιήσας, “aquele que fez”, Jo 1.3), que agora também atua como Redentor, trazendo transformação espiritual.
Essa transformação também remete a Isaías 55.1, onde o convite à “água” e “vinho” simboliza a graça e alegria espiritual, e Efésios 5.18-20, que exorta a ser “cheios do Espírito” — uma alegria que transcende as circunstâncias.
1.3. O Filho de Deus Traz Alegria
O vinho no contexto judaico simbolizava festa, bênção e alegria (χαρά, chara). A falta de vinho significava uma ameaça à celebração, ao gozo da comunidade e à manifestação do Reino de Deus na vida cotidiana. Ao atender à necessidade do casamento, Jesus demonstra que a presença do Messias é garantia de vida abundante e alegria verdadeira (Sl 30.11-12).
Dilmo dos Santos destaca o simbolismo dos seis potes de pedra usados para purificação ritual (Lv 11.29-38), enfatizando que a provisão de Jesus não apenas supre a necessidade, mas excede em quantidade e qualidade — um prenúncio da abundância do Reino.
Este milagre apresenta um quadro messiânico do “banquete do Reino”, que inclui festa, transformação e comunhão, como descrito em Mateus 22.1-4, onde o Reino de Deus é comparado a uma festa de casamento.
Análise Linguística e Teológica
Palavra Grega | Ocorrência | Significado | Implicação Teológica |
οἶνον (oinon) | Jo 2.3,9,10 | Vinho | Símbolo de alegria e bênção do Reino |
δόξα (doxa) | Jo 2.11 | Glória | Manifestação visível da presença de Deus |
ἐπίστευσαν (episteusan) | Jo 2.11 | Crer, confiar | Resposta à revelação da glória de Cristo |
χαρά (chara) | Sl 30.11-12 | Alegria | Resultado da intervenção divina |
καθαρισμοῦ (katharismou) | Lv 11.29-38 | Purificação ritual | Simboliza santificação e preparação para Deus |
Referências Acadêmicas
- Leon Morris, em The Gospel According to John, observa que o primeiro sinal aponta para a transformação espiritual e o início da revelação pública do Filho de Deus.
- Craig Keener comenta que o sinal em Caná é simbólico da abundância do Reino, onde a alegria e a comunhão são restauradas por Cristo.
- Merril Unger destaca que milagres são sinais que simbolizam realidades espirituais, enfatizando o caráter criador e redentor de Jesus.
- Dilmo dos Santos contextualiza culturalmente o episódio, ressaltando a importância dos ritos e o simbolismo do vinho como prenúncio do banquete messiânico.
Aplicação Pessoal
- Reconhecer Jesus como fonte de transformação: Assim como os discípulos creram após o milagre, devemos buscar experiências que nos levem a uma fé mais profunda e vivencial em Cristo.
- Valorizar a alegria espiritual: Jesus não veio apenas para suprir necessidades materiais, mas para nos encher de uma alegria que transcende circunstâncias.
- Confiar no tempo e na providência de Deus: Mesmo quando as situações parecem de escassez ou crise, a ação de Jesus traz provisão abundante e inesperada.
- Viver em santidade e preparação espiritual: O simbolismo dos potes de purificação nos lembra da importância de estarmos limpos diante de Deus para recebermos Suas bênçãos.
Tabela Expositiva
Tema | Texto Bíblico | Palavra Grega / Conceito | Significado | Aplicação Prática |
Necessidade e provisão | João 2.3-10 | οἶνον (vinho) | Alegria e bênção do Reino | Confiar que Jesus supre nossas necessidades |
Manifestação da glória | João 2.11 | δόξα (glória) | Revelação do poder divino | Crer na ação visível de Deus em nossa vida |
Resposta à revelação | João 2.11 | ἐπίστευσαν (crer) | Fé baseada na experiência | Desenvolver uma fé ativa e experiencial |
Alegria espiritual | Salmos 30.11-12 | χαρά (alegria) | Plenitude de felicidade em Deus | Buscar a alegria que vem do Espírito |
Santificação e purificação | Levítico 11.29-38 | καθαρισμοῦ (purificação) | Preparação para Deus | Viver uma vida limpa e preparada para Deus |
EU ENSINEI QUE:
Os discípulos seguiram a Jesus antes mesmo de verem Seus milagres.
2- A pedagogia de Jesus
O Filho de Deus deixou vários ensinamentos a respeito dos muitos aspectos da vida humana, como falar para Ele as nossas reais necessidades (Jo 2.5) e obedecer a Seus mandamentos para testemunharmos e sermos beneficiados pelo milagre (Jo 2.7,8). Esses são pontos essenciais dos ensinamentos de Cristo, como vemos no Evangelho de João.
2.1. Levando nossas necessidades a Cristo. Maria foi um vaso escolhido por Deus para gerar, criar e educar Seu Filho (Mt 1.18-25). Entre os presentes nas bodas de Caná, ninguém conhecia Jesus mais do que Maria, por meio de quem Ele veio ao mundo como homem (Lc 1.30-38). Diante disso, ao comunicar a Jesus o término do vinho, Maria reconheceu que Ele tinha poder para mudar aquela situação, por isso disse aos serventes que somente obedecessem: “Fazei tudo quanto Ele vos disser”, Jo 2.5. Aqui, Maria evidencia sua fé em Jesus como o Filho de Deus.
Comentário do Novo Testamento Aplicação Pessoal (2021, p.496): “Os banquetes eram preparados para muitos convidados e todos passavam vários dias celebrando a nova vida dos recém-casados. Era preciso fazer um cuidadoso planejamento para acomodar os convidados, e ficar sem vinho significava mais do que um contratempo, pois quebrava uma das tradicionais leis da hospitalidade, Jesus estava prestes a atender uma necessidade real. Maria lhe contou sobre o infortúnio esperando que Ele fizesse alguma coisa a respeito”.
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
João 2.5
“Sua mãe disse aos serventes: Fazei tudo quanto ele vos disser.” (João 2.5, ARA)
1. O contexto pedagógico de Maria
Maria se dirige aos serventes com uma instrução direta e cheia de fé: “Fazei tudo quanto ele vos disser”. Esta atitude revela não apenas sua confiança no poder e autoridade de Jesus, mas também sua sensibilidade espiritual para reconhecer o tempo certo de agir com fé, mesmo que a resposta divina ainda não tenha se manifestado (Jo 2.4).
2. Análise da palavra grega – “Fazei” (ποιήσατε – poiēsate)
A palavra “fazei” no grego é o aoristo imperativo ativo do verbo ποιέω (poieō), que significa “agir, realizar, fazer”. No imperativo, o verbo expressa uma ordem decisiva, não apenas uma sugestão. Maria, portanto, não apenas aponta para Jesus, mas ordena obediência total a Ele. A estrutura verbal mostra que a obediência é o ponto de partida para o milagre.
🕊️ Aplicação teológica: A fé verdadeira se manifesta na obediência pronta. Como observa o teólogo Leon Morris, “a fé de Maria é ativa. Ela não exige o milagre, mas entrega a situação a Jesus e instrui outros a fazerem o mesmo” (MORRIS, 2002, p. 161).
3. Maria como figura pedagógica do discipulado
Maria aqui assume o papel de uma mestra silenciosa. Ela entende o momento, leva a necessidade a Cristo e aponta os outros para Ele. Isso a coloca no mesmo nível de João Batista, que também disse: “Convém que Ele cresça e que eu diminua” (Jo 3.30). Maria não interfere no método nem no momento da ação de Jesus, apenas orienta os serventes a confiar e obedecer.
📚 Comentário de William Hendriksen (2004, p.120): “O que Maria diz aos serventes, embora simples, carrega um peso tremendo: submeter-se inteiramente à vontade de Cristo. Essa é a essência da fé obediente.”
4. Obediência precede a manifestação do poder
A ordem de Maria é seguida de um aparente silêncio de Jesus, que não responde imediatamente. Os serventes obedecem sem saber o porquê, apenas porque Maria os manda seguir Jesus. Isso demonstra que, muitas vezes, Deus age no meio da obediência, não antes dela.
🔍 Aplicação pessoal: Quando levamos nossas necessidades a Cristo e obedecemos mesmo sem entender o plano, colocamos-nos no caminho do milagre. Muitas vezes, o agir de Deus não é lógico ou imediato, mas requer fé prática.
Tabela Expositiva – João 2.5
Elemento
Descrição
Aplicação Cristã Atual
Maria como intercessora
Ela leva a necessidade a Jesus, não como mediadora, mas como alguém que crê no Seu poder
Levar nossas aflições diretamente a Cristo em oração confiante
“Fazei” – ποιήσατε
Verbo no imperativo aoristo – ordem de obediência plena e imediata
A obediência é essencial antes da intervenção divina
Jesus não responde de imediato
Mostra que a fé não depende de resposta imediata, mas de confiança em quem Jesus é
Aguardar com paciência e confiança quando Deus “silencia”
Obediência dos serventes
A ação dos serventes sem questionar prepara o cenário para o milagre
A disposição de obedecer mesmo sem lógica é um passo fundamental da fé
Lição de discipulado
Maria ensina uma atitude básica do seguidor de Cristo: ouvir e obedecer ao Mestre
O verdadeiro discípulo não segue Jesus apenas quando entende, mas porque confia
Conclusão
João 2.5 revela a pedagogia divina que une fé e obediência como caminho para o milagre. A instrução de Maria ecoa para todos os discípulos: "Fazei tudo quanto Ele vos disser". Essa é a base da vida cristã — a entrega total à direção do Senhor, mesmo sem ver ou compreender. A verdadeira fé é obediente.
João 2.5
“Sua mãe disse aos serventes: Fazei tudo quanto ele vos disser.” (João 2.5, ARA)
1. O contexto pedagógico de Maria
Maria se dirige aos serventes com uma instrução direta e cheia de fé: “Fazei tudo quanto ele vos disser”. Esta atitude revela não apenas sua confiança no poder e autoridade de Jesus, mas também sua sensibilidade espiritual para reconhecer o tempo certo de agir com fé, mesmo que a resposta divina ainda não tenha se manifestado (Jo 2.4).
2. Análise da palavra grega – “Fazei” (ποιήσατε – poiēsate)
A palavra “fazei” no grego é o aoristo imperativo ativo do verbo ποιέω (poieō), que significa “agir, realizar, fazer”. No imperativo, o verbo expressa uma ordem decisiva, não apenas uma sugestão. Maria, portanto, não apenas aponta para Jesus, mas ordena obediência total a Ele. A estrutura verbal mostra que a obediência é o ponto de partida para o milagre.
🕊️ Aplicação teológica: A fé verdadeira se manifesta na obediência pronta. Como observa o teólogo Leon Morris, “a fé de Maria é ativa. Ela não exige o milagre, mas entrega a situação a Jesus e instrui outros a fazerem o mesmo” (MORRIS, 2002, p. 161).
3. Maria como figura pedagógica do discipulado
Maria aqui assume o papel de uma mestra silenciosa. Ela entende o momento, leva a necessidade a Cristo e aponta os outros para Ele. Isso a coloca no mesmo nível de João Batista, que também disse: “Convém que Ele cresça e que eu diminua” (Jo 3.30). Maria não interfere no método nem no momento da ação de Jesus, apenas orienta os serventes a confiar e obedecer.
📚 Comentário de William Hendriksen (2004, p.120): “O que Maria diz aos serventes, embora simples, carrega um peso tremendo: submeter-se inteiramente à vontade de Cristo. Essa é a essência da fé obediente.”
4. Obediência precede a manifestação do poder
A ordem de Maria é seguida de um aparente silêncio de Jesus, que não responde imediatamente. Os serventes obedecem sem saber o porquê, apenas porque Maria os manda seguir Jesus. Isso demonstra que, muitas vezes, Deus age no meio da obediência, não antes dela.
🔍 Aplicação pessoal: Quando levamos nossas necessidades a Cristo e obedecemos mesmo sem entender o plano, colocamos-nos no caminho do milagre. Muitas vezes, o agir de Deus não é lógico ou imediato, mas requer fé prática.
Tabela Expositiva – João 2.5
Elemento | Descrição | Aplicação Cristã Atual |
Maria como intercessora | Ela leva a necessidade a Jesus, não como mediadora, mas como alguém que crê no Seu poder | Levar nossas aflições diretamente a Cristo em oração confiante |
“Fazei” – ποιήσατε | Verbo no imperativo aoristo – ordem de obediência plena e imediata | A obediência é essencial antes da intervenção divina |
Jesus não responde de imediato | Mostra que a fé não depende de resposta imediata, mas de confiança em quem Jesus é | Aguardar com paciência e confiança quando Deus “silencia” |
Obediência dos serventes | A ação dos serventes sem questionar prepara o cenário para o milagre | A disposição de obedecer mesmo sem lógica é um passo fundamental da fé |
Lição de discipulado | Maria ensina uma atitude básica do seguidor de Cristo: ouvir e obedecer ao Mestre | O verdadeiro discípulo não segue Jesus apenas quando entende, mas porque confia |
Conclusão
João 2.5 revela a pedagogia divina que une fé e obediência como caminho para o milagre. A instrução de Maria ecoa para todos os discípulos: "Fazei tudo quanto Ele vos disser". Essa é a base da vida cristã — a entrega total à direção do Senhor, mesmo sem ver ou compreender. A verdadeira fé é obediente.
2.2. Obediência e milagre. Jesus ordenou: “Enchei de água essas talhas, Jo 2.7. Havia ali seis talhas de pedra cheias de água para a purificação dos judeus, conforme a tradição mencionada em Mateus 15.2 e Marcos 7.3,4. Os empregados obedeceram a Jesus e encheram as talhas, e o milagre da transformação da água em vinho se realizou. Isso nos ensina que obedecer à Palavra de Deus é fundamental para alcançarmos os resultados desejados.
As palavras de Maria nos conduzem a um princípio bíblico que não devemos esquecer: Deus tem os Seus caminhos, a Sua maneira de agir, e nós devemos crer e obedecer. Os versículos seguintes do relato de João registram a obediência: v. 7: “E encheram-nas”, v. 8: “E levaram”. Naamā precisou se submeter aos mergulhos no rio Jordão (2Rs 5.12-14); o cego de nascença, seguindo o que Jesus lhe disse, “Foi, pois, e lavou-se, e voltou vendo” (Jo 9.7). E, em tantos outros exemplos, encontramos nas Escrituras a forte conexão entre consciência da necessidade, comunicar a necessidade, crer no Senhor e em Sua Palavra, e obedecer.
2.3. A pedagogia do Filho de Deus. O primeiro milagre realizado por Jesus despertou a fé dos discípulos, que passaram a crer em Jesus como o Filho de Deus (Jo 2.11). Com isso, vemos que os momentos adversos também fazem parte da pedagogia de Jesus, que os usa para aumentar e solidificar a nossa fé (Sl 94.12).
Dilmo dos Santos (2012, L. 3): “Ainda que o homem esteja distante de seu Criador, mesmo que Ele viva uma vida indiferente a Deus, e que haja em rebeldia, pois “todos pecaram e destituídos estão da Glória de Deus” (Rm 3.23), Deus continua amando o homem e quer ajudá-lo em seus problemas e salvá-lo dos seus pecados, daí ter amado a humanidade de tal maneira (Jo 3.16-18). Por isso os milagres como da água transformada em vinho e tantos outros são maneiras de manifestar o Amor divino em favor daquele que carrega a imagem e semelhança do Senhor consigo (Gn 1.25-27)”.
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
2.2 – Obediência e Milagre (João 2.7-9)
Análise Exegética:
O versículo 7 registra a ordem de Jesus:
"Enchei de água essas talhas" (ἐμπλήσατε τὰς ὑδρίας ὕδατος).
- ἐμπλήσατε: Aoristo imperativo ativo do verbo empiplēmi – "encher completamente". O aoristo imperativo reforça a imediaticidade e totalidade da obediência. Não era para encher "parcialmente", mas plenamente (καὶ ἐγέμισαν αὐτὰς ἕως ἄνω - "encheram até em cima", v.7b), revelando obediência sem reservas.
- As talhas (ὑδρίας) de pedra eram normalmente usadas para as purificações rituais judaicas (cf. Mc 7.3-4). Jesus toma o símbolo da purificação ritual e o transforma em instrumento de revelação da graça – da água da purificação para o vinho da nova aliança (símbolo messiânico – cf. Is 25.6; Am 9.13-14).
Teologia e Aplicação:
A obediência aqui é um instrumento do milagre. Jesus não precisava dos serventes, mas os envolveu no processo, para ensinar que o milagre começa com a confiança e obediência humanas (cf. Jo 11.39; Lc 5.4-6). O milagre ocorreu durante a obediência, não antes dela.
Como destaca Craig Keener:
“A fé obediente é frequentemente pré-condição para o milagre. O ato de encher as talhas não produziu o milagre, mas demonstrou fé prática na palavra de Jesus” (The Gospel of John: A Commentary, 2003).
Ilustração Bíblica:
- Naamã (2Rs 5.10-14): A cura veio após a obediência, mesmo que não compreendesse o motivo.
- Cego de nascença (Jo 9.6-7): "Foi, lavou-se e voltou vendo". A obediência ativou a ação divina.
2.3 – A Pedagogia do Filho de Deus (João 2.11)
Análise Exegética:
"Assim deu Jesus início aos seus sinais em Caná da Galileia e manifestou a sua glória, e os seus discípulos creram nele" (Jo 2.11).
- σημεῖα (sēmeia): "sinais" – termo-chave joanino (cf. Jo 20.30-31). Ao contrário de terata (“prodígios”), os sinais em João são eventos com significado teológico, que revelam a identidade de Jesus como o Messias e Filho de Deus.
- ἐφανέρωσεν τὴν δόξαν αὐτοῦ (ephanerōsen tên doxan autou) – “manifestou sua glória”:
O verbo φανερόω (manifestar, tornar visível) no aoristo indica um ato histórico pontual: Jesus torna visível aquilo que antes estava oculto na encarnação (Jo 1.14). A glória aqui é o sinal da presença e ação divina. - ἐπίστευσαν εἰς αὐτὸν – “creram nele”: o verbo pisteuō + εἰς (“crer em”) no aoristo indica um novo passo na fé dos discípulos, sugerindo progresso pedagógico.
Teologia e Aplicação:
Jesus não realiza milagres por ostentação, mas como pedagogia da fé (cf. Jo 11.15). Ele ensina por meio das crises e situações cotidianas (falta de vinho → escassez → dependência). Seu método é instruir pela experiência, levando os discípulos a conhecê-lo cada vez mais profundamente.
Como destaca Leon Morris:
“Jesus não realizou sinais como espetáculo, mas como revelação. O objetivo era sempre despertar fé, e não simplesmente admiração.” (The Gospel According to John, NICNT, 1995).
O Salmo 94.12 nos lembra:
"Bem-aventurado o homem, SENHOR, a quem tu repreendes e ensinas da tua lei."
O Senhor ensina por meio dos vales, conduzindo à fé e à maturidade (Tg 1.3-4).
📌 APLICAÇÃO PESSOAL
- Quando enfrentamos situações difíceis (como a “falta de vinho” na festa), devemos:
- Ouvir a voz de Jesus;
- Obedecer prontamente, mesmo sem entender;
- Crer que Ele transforma o ordinário (água) no extraordinário (vinho);
- Reconhecer que os milagres são pedagogia divina, para nossa fé crescer.
📊 TABELA EXPOSITIVA
Elemento
João 2.7-11
Significado Teológico
Aplicação
Talhas de Pedra
Usadas na purificação ritual
Rituais da antiga aliança
Jesus inaugura nova aliança
Ordem de Jesus
“Enchei de água” (ἐμπλήσατε)
Obediência ativa e imediata
Obedeça à palavra de Cristo
Transformação da água em vinho
Não descrita como “momento mágico”
Mistério da ação divina através da obediência
Jesus transforma situações “vazias”
Sinal (σημεῖον)
Primeiro dos “sinais” de João
Revelação progressiva da glória messiânica
Crer para ver a glória
Manifestação da glória (δόξα)
Jesus revela quem Ele é
Glória encarnada e revelada
Confie no Cristo glorioso
Creram nele (ἐπίστευσαν)
Fé dos discípulos cresce
A fé é gerada e fortalecida por revelação
A fé amadurece pela obediência e experiência
2.2 – Obediência e Milagre (João 2.7-9)
Análise Exegética:
O versículo 7 registra a ordem de Jesus:
"Enchei de água essas talhas" (ἐμπλήσατε τὰς ὑδρίας ὕδατος).
- ἐμπλήσατε: Aoristo imperativo ativo do verbo empiplēmi – "encher completamente". O aoristo imperativo reforça a imediaticidade e totalidade da obediência. Não era para encher "parcialmente", mas plenamente (καὶ ἐγέμισαν αὐτὰς ἕως ἄνω - "encheram até em cima", v.7b), revelando obediência sem reservas.
- As talhas (ὑδρίας) de pedra eram normalmente usadas para as purificações rituais judaicas (cf. Mc 7.3-4). Jesus toma o símbolo da purificação ritual e o transforma em instrumento de revelação da graça – da água da purificação para o vinho da nova aliança (símbolo messiânico – cf. Is 25.6; Am 9.13-14).
Teologia e Aplicação:
A obediência aqui é um instrumento do milagre. Jesus não precisava dos serventes, mas os envolveu no processo, para ensinar que o milagre começa com a confiança e obediência humanas (cf. Jo 11.39; Lc 5.4-6). O milagre ocorreu durante a obediência, não antes dela.
Como destaca Craig Keener:
“A fé obediente é frequentemente pré-condição para o milagre. O ato de encher as talhas não produziu o milagre, mas demonstrou fé prática na palavra de Jesus” (The Gospel of John: A Commentary, 2003).
Ilustração Bíblica:
- Naamã (2Rs 5.10-14): A cura veio após a obediência, mesmo que não compreendesse o motivo.
- Cego de nascença (Jo 9.6-7): "Foi, lavou-se e voltou vendo". A obediência ativou a ação divina.
2.3 – A Pedagogia do Filho de Deus (João 2.11)
Análise Exegética:
"Assim deu Jesus início aos seus sinais em Caná da Galileia e manifestou a sua glória, e os seus discípulos creram nele" (Jo 2.11).
- σημεῖα (sēmeia): "sinais" – termo-chave joanino (cf. Jo 20.30-31). Ao contrário de terata (“prodígios”), os sinais em João são eventos com significado teológico, que revelam a identidade de Jesus como o Messias e Filho de Deus.
- ἐφανέρωσεν τὴν δόξαν αὐτοῦ (ephanerōsen tên doxan autou) – “manifestou sua glória”:
O verbo φανερόω (manifestar, tornar visível) no aoristo indica um ato histórico pontual: Jesus torna visível aquilo que antes estava oculto na encarnação (Jo 1.14). A glória aqui é o sinal da presença e ação divina. - ἐπίστευσαν εἰς αὐτὸν – “creram nele”: o verbo pisteuō + εἰς (“crer em”) no aoristo indica um novo passo na fé dos discípulos, sugerindo progresso pedagógico.
Teologia e Aplicação:
Jesus não realiza milagres por ostentação, mas como pedagogia da fé (cf. Jo 11.15). Ele ensina por meio das crises e situações cotidianas (falta de vinho → escassez → dependência). Seu método é instruir pela experiência, levando os discípulos a conhecê-lo cada vez mais profundamente.
Como destaca Leon Morris:
“Jesus não realizou sinais como espetáculo, mas como revelação. O objetivo era sempre despertar fé, e não simplesmente admiração.” (The Gospel According to John, NICNT, 1995).
O Salmo 94.12 nos lembra:
"Bem-aventurado o homem, SENHOR, a quem tu repreendes e ensinas da tua lei."
O Senhor ensina por meio dos vales, conduzindo à fé e à maturidade (Tg 1.3-4).
📌 APLICAÇÃO PESSOAL
- Quando enfrentamos situações difíceis (como a “falta de vinho” na festa), devemos:
- Ouvir a voz de Jesus;
- Obedecer prontamente, mesmo sem entender;
- Crer que Ele transforma o ordinário (água) no extraordinário (vinho);
- Reconhecer que os milagres são pedagogia divina, para nossa fé crescer.
📊 TABELA EXPOSITIVA
Elemento | João 2.7-11 | Significado Teológico | Aplicação |
Talhas de Pedra | Usadas na purificação ritual | Rituais da antiga aliança | Jesus inaugura nova aliança |
Ordem de Jesus | “Enchei de água” (ἐμπλήσατε) | Obediência ativa e imediata | Obedeça à palavra de Cristo |
Transformação da água em vinho | Não descrita como “momento mágico” | Mistério da ação divina através da obediência | Jesus transforma situações “vazias” |
Sinal (σημεῖον) | Primeiro dos “sinais” de João | Revelação progressiva da glória messiânica | Crer para ver a glória |
Manifestação da glória (δόξα) | Jesus revela quem Ele é | Glória encarnada e revelada | Confie no Cristo glorioso |
Creram nele (ἐπίστευσαν) | Fé dos discípulos cresce | A fé é gerada e fortalecida por revelação | A fé amadurece pela obediência e experiência |
EU ENSINEI QUE:
O Filho de Deus deixou vários ensinamentos a respeito dos muitos aspectos da vida humana.
3- Uma revelação Especial
Na resposta de Jesus a sua mãe, vemos que, mesmo tendo a natureza de Deus, Ele se submeteu à vontade do Pai (Jo 2.4; Fp 2.6), sendo em tudo dirigido pelo Espírito. Este primeiro milagre revelou a Sua glória, despertando e fortalecendo a fé dos discípulos (Jo 2.11). Depois disso, Jesus, Maria e os discípulos seguiram para Cafarnaum (Jo 2.12).
3.1. Jesus revela Sua Divindade. Nas bodas em Caná, Jesus principiou os Seus sinais como o Filho de Deus (Jo 2.11) para os discípulos. Outra passagem que mostra a divindade de Jesus está em João 10.30, quando diz que Ele e o Pai são um. Portanto, ao realizar o primeiro de inúmeros sinais que acompanhariam Seu Ministério terreno, manifestando Sua divindade, atestando a veracidade de Seus ensinos e atos, revelando o Pai e a chegada do Reino de Deus, até chegar à cruz.
Everett F. Harrison (2017): “Principiou seus milagres. Esta declaração refuta os Evangelhos apócrifos que narram milagres da meninice de Jesus. A palavra milagre que João usa por toda parte, significa sinal, indicando que o ato tem o propósito de revelar o propósito por trás dele, jogando luz sobre a pessoa de Cristo ou a sua obra. Glória neste caso, é um termo que chama a atenção para o poder de Jesus de realizar uma transformação espiritual, conforme sugerida pela mudança da água em vinho seus discípulos creram nele”.
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
“Uma Revelação Especial” (João 2.11)
✦ A revelação da glória de Jesus e o fortalecimento da fé dos discípulos
O versículo-chave, João 2.11, descreve o propósito teológico por trás do milagre em Caná:
“Assim Jesus principiou os seus sinais em Caná da Galileia, e manifestou a sua glória; e os seus discípulos creram nele.”
A palavra grega para “sinais” é σημεῖον (sēmeíon), que, conforme D.A. Carson (1991), não denota apenas milagre como evento extraordinário, mas sinal com significado teológico — uma ação que revela algo sobre a pessoa de Cristo. O sinal não é apenas poder, mas mensagem reveladora.
Jesus não apenas realizou um ato extraordinário (transformar água em vinho), mas manifestou Sua glória (em grego: ἐφανέρωσεν τὴν δόξαν αὐτοῦ, ephanerōsen tḗn dóxan autoû). O verbo φανερόω (phaneróō) significa tornar visível, revelar aquilo que estava oculto — neste caso, a glória divina de Jesus.
Segundo Herman Ridderbos, teólogo reformado, “a glória revelada aqui aponta para a manifestação do Filho como o Enviado do Pai”, e este é o primeiro passo rumo à consumação de Sua obra na cruz (cf. Jo 17.1,5).
✦ Jesus submisso ao Pai: uma glória dirigida pelo Espírito
João 2.4 registra a reação de Jesus à sugestão de Maria:
“Mulher, que tenho eu contigo? Ainda não é chegada a minha hora.”
A expressão grega “γύναι” (gýnai), traduzida como “mulher”, não é rude, mas formal e respeitosa, semelhante ao que Jesus dirá a Maria na cruz (Jo 19.26).
A segunda parte, “ainda não é chegada a minha hora” (οὔπω ἥκει ἡ ὥρα μου, oúpō hḗkei hē hṓra mou), indica que Jesus age conforme o tempo designado por Deus, uma constante em João (cf. Jo 7.6, 8, 30; 8.20). O termo hora refere-se ao tempo escatológico de Sua glorificação — especialmente a cruz (Jo 12.23, 13.1, 17.1).
Assim, mesmo revelando Sua glória, Jesus não age por pressões humanas, mas em perfeita submissão ao plano divino, antecipando o que Paulo afirma em Filipenses 2.6-8: Cristo, sendo Deus, esvaziou-se e obedeceu até à morte.
✦ Crer pela revelação da glória: fé e discipulado
O resultado imediato do sinal é que “seus discípulos creram nele”. O verbo πιστεύω (pisteúō) indica aqui mais que um assentimento mental — é uma confiança existencial crescente. Eles já haviam crido antes (Jo 1.35-51), mas agora sua fé aprofundou-se pela experiência da glória revelada. Como observa Leon Morris:
“A fé dos discípulos não começa do nada, mas cresce a partir do que viram. A fé no Evangelho de João é frequentemente provocada por uma revelação da glória de Cristo.”
Essa progressão será constante: cada sinal, cada ensino, cada revelação, leva os discípulos mais fundo na experiência da verdade de Cristo.
📚 REFERÊNCIAS TEOLÓGICAS E ACADÊMICAS
- D.A. Carson – The Gospel According to John (1991): detalha a teologia dos sinais como revelações da glória messiânica.
- Leon Morris – The Gospel According to John (NICNT, 1995): trata da conexão entre fé e revelação.
- Herman Ridderbos – The Gospel of John: A Theological Commentary (1997): destaca a glória como manifestação escatológica do Reino.
- Everett F. Harrison – Comentário Bíblico Moody (2017): reforça que os sinais visam à revelação da identidade de Cristo.
- Craig Keener – The IVP Bible Background Commentary: New Testament: destaca o significado cultural e teológico das bodas e do vinho na tradição judaica.
🙋♂️ APLICAÇÃO PESSOAL
- Assim como os discípulos cresceram na fé ao ver a glória de Cristo revelada nos sinais, também somos chamados a reconhecer os sinais da presença e da ação de Deus em nossa jornada.
- Jesus agiu no tempo de Deus, não por pressões humanas. Isso nos ensina submissão ao Espírito Santo, mesmo em contextos sociais e familiares.
- A transformação da água em vinho revela o poder de Jesus para renovar, suprir, e trazer alegria onde antes havia apenas rituais — Ele transforma realidades esvaziadas em experiências plenas.
📊 TABELA EXPOSITIVA – João 2.11: A Revelação da Glória de Cristo
Elemento
Palavra Grega / Conceito
Significado Teológico
“Sinais”
σημεῖον (sēmeíon)
Milagre com propósito revelacional. Aponta para a pessoa e missão de Jesus.
“Manifestou”
φανερόω (phaneróō)
Tornar visível o que estava oculto – a glória divina de Jesus.
“Glória”
δόξα (dóxa)
Manifestação visível da presença e do poder divino.
“Creram nele”
ἐπίστευσαν εἰς αὐτόν
Fé relacional, progressiva, que se aprofunda pela revelação da glória de Cristo.
“Não é chegada a minha hora”
οὔπω ἥκει ἡ ὥρα μου
Tempo determinado pelo Pai para a plena manifestação da missão redentora de Jesus.
“Uma Revelação Especial” (João 2.11)
✦ A revelação da glória de Jesus e o fortalecimento da fé dos discípulos
O versículo-chave, João 2.11, descreve o propósito teológico por trás do milagre em Caná:
“Assim Jesus principiou os seus sinais em Caná da Galileia, e manifestou a sua glória; e os seus discípulos creram nele.”
A palavra grega para “sinais” é σημεῖον (sēmeíon), que, conforme D.A. Carson (1991), não denota apenas milagre como evento extraordinário, mas sinal com significado teológico — uma ação que revela algo sobre a pessoa de Cristo. O sinal não é apenas poder, mas mensagem reveladora.
Jesus não apenas realizou um ato extraordinário (transformar água em vinho), mas manifestou Sua glória (em grego: ἐφανέρωσεν τὴν δόξαν αὐτοῦ, ephanerōsen tḗn dóxan autoû). O verbo φανερόω (phaneróō) significa tornar visível, revelar aquilo que estava oculto — neste caso, a glória divina de Jesus.
Segundo Herman Ridderbos, teólogo reformado, “a glória revelada aqui aponta para a manifestação do Filho como o Enviado do Pai”, e este é o primeiro passo rumo à consumação de Sua obra na cruz (cf. Jo 17.1,5).
✦ Jesus submisso ao Pai: uma glória dirigida pelo Espírito
João 2.4 registra a reação de Jesus à sugestão de Maria:
“Mulher, que tenho eu contigo? Ainda não é chegada a minha hora.”
A expressão grega “γύναι” (gýnai), traduzida como “mulher”, não é rude, mas formal e respeitosa, semelhante ao que Jesus dirá a Maria na cruz (Jo 19.26).
A segunda parte, “ainda não é chegada a minha hora” (οὔπω ἥκει ἡ ὥρα μου, oúpō hḗkei hē hṓra mou), indica que Jesus age conforme o tempo designado por Deus, uma constante em João (cf. Jo 7.6, 8, 30; 8.20). O termo hora refere-se ao tempo escatológico de Sua glorificação — especialmente a cruz (Jo 12.23, 13.1, 17.1).
Assim, mesmo revelando Sua glória, Jesus não age por pressões humanas, mas em perfeita submissão ao plano divino, antecipando o que Paulo afirma em Filipenses 2.6-8: Cristo, sendo Deus, esvaziou-se e obedeceu até à morte.
✦ Crer pela revelação da glória: fé e discipulado
O resultado imediato do sinal é que “seus discípulos creram nele”. O verbo πιστεύω (pisteúō) indica aqui mais que um assentimento mental — é uma confiança existencial crescente. Eles já haviam crido antes (Jo 1.35-51), mas agora sua fé aprofundou-se pela experiência da glória revelada. Como observa Leon Morris:
“A fé dos discípulos não começa do nada, mas cresce a partir do que viram. A fé no Evangelho de João é frequentemente provocada por uma revelação da glória de Cristo.”
Essa progressão será constante: cada sinal, cada ensino, cada revelação, leva os discípulos mais fundo na experiência da verdade de Cristo.
📚 REFERÊNCIAS TEOLÓGICAS E ACADÊMICAS
- D.A. Carson – The Gospel According to John (1991): detalha a teologia dos sinais como revelações da glória messiânica.
- Leon Morris – The Gospel According to John (NICNT, 1995): trata da conexão entre fé e revelação.
- Herman Ridderbos – The Gospel of John: A Theological Commentary (1997): destaca a glória como manifestação escatológica do Reino.
- Everett F. Harrison – Comentário Bíblico Moody (2017): reforça que os sinais visam à revelação da identidade de Cristo.
- Craig Keener – The IVP Bible Background Commentary: New Testament: destaca o significado cultural e teológico das bodas e do vinho na tradição judaica.
🙋♂️ APLICAÇÃO PESSOAL
- Assim como os discípulos cresceram na fé ao ver a glória de Cristo revelada nos sinais, também somos chamados a reconhecer os sinais da presença e da ação de Deus em nossa jornada.
- Jesus agiu no tempo de Deus, não por pressões humanas. Isso nos ensina submissão ao Espírito Santo, mesmo em contextos sociais e familiares.
- A transformação da água em vinho revela o poder de Jesus para renovar, suprir, e trazer alegria onde antes havia apenas rituais — Ele transforma realidades esvaziadas em experiências plenas.
📊 TABELA EXPOSITIVA – João 2.11: A Revelação da Glória de Cristo
Elemento | Palavra Grega / Conceito | Significado Teológico |
“Sinais” | σημεῖον (sēmeíon) | Milagre com propósito revelacional. Aponta para a pessoa e missão de Jesus. |
“Manifestou” | φανερόω (phaneróō) | Tornar visível o que estava oculto – a glória divina de Jesus. |
“Glória” | δόξα (dóxa) | Manifestação visível da presença e do poder divino. |
“Creram nele” | ἐπίστευσαν εἰς αὐτόν | Fé relacional, progressiva, que se aprofunda pela revelação da glória de Cristo. |
“Não é chegada a minha hora” | οὔπω ἥκει ἡ ὥρα μου | Tempo determinado pelo Pai para a plena manifestação da missão redentora de Jesus. |
3.2. A família de Jesus. A princípio, os outros filhos de Maria, ou seja, os irmãos de Jesus, não criam nele (Jo 7.5). Todavia, depois da Ressurreição, eles passaram a crer em Jesus como, de fato, o Filho de Deus (At 1.14). Os discípulos O seguiram mesmo não tendo plena compreensão da identidade Divina de Jesus e a totalidade do Plano da Redenção. Vemos que em Caná eles testemunharam a manifestação de uma parte da Sua glória (Jo 2.11), sendo fortalecidos na fé e passando a fazer parte de Sua família, e Jesus os amou até o fim (Jo 13.1).
R.N. Champlin (O Novo Testamento Interpretado Versículo por Versículo, Volume 2, Nova Edição Revisada 2014, p.380): “Por meio desse primeiro milagre, foi despertada a fé no círculo de seus discípulos. Por meio disso, devemos compreender que a fé em Jesus, bem como o discipulado cristão, conta com alicerces firmes em princípios demonstráveis sobre a origem divina do que era feito. […] o autor deseja que saibamos que o início do grupo de discípulos, bem como a confiança que votavam em Jesus, teve um alicerce firme na realidade espiritual dos fatos.”
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
“3.2. A FAMÍLIA DE JESUS”
1. A incredulidade inicial dos irmãos de Jesus (João 7.5)
“Porque nem mesmo os seus irmãos criam nele.” (Jo 7.5)
A palavra grega traduzida por "criam" é ἐπίστευον (episteuon), forma imperfeita do verbo πιστεύω (pisteuō), que significa "crer, confiar, depositar fé". O uso no tempo imperfeito indica uma ação contínua no passado — eles não criam de modo contínuo, ou seja, havia uma rejeição ou incredulidade persistente no ministério inicial de Jesus.
Mesmo fazendo parte da convivência íntima com o Messias, os irmãos de Jesus não reconheciam Sua natureza divina. Isso revela que a fé não é uma consequência automática da convivência, mas nasce da revelação espiritual (Mt 16.17).
📚 Craig Keener destaca que “a incredulidade dos irmãos de Jesus é teologicamente importante, pois mostra que a fé não depende de laços de sangue, mas de revelação e resposta pessoal ao chamado de Cristo” (KEENER, The Gospel of John, 2003).
2. A conversão pós-ressurreição (Atos 1.14)
“Todos estes perseveravam unânimes em oração [...] com Maria, mãe de Jesus, e com os irmãos dele.” (At 1.14)
Após a ressurreição, os irmãos de Jesus são encontrados reunidos com os discípulos, sinal claro de que passaram a crer. A fé que antes lhes faltava foi despertada pela vitória final de Cristo sobre a morte. Provavelmente Tiago, o irmão do Senhor, converteu-se nesse momento (1Co 15.7) e tornou-se posteriormente líder da Igreja em Jerusalém (Gl 1.19; At 15).
Essa transição da incredulidade para a fé é um testemunho poderoso do impacto da Ressurreição como clímax da revelação divina.
3. A fé dos discípulos fortalecida em Caná (Jo 2.11)
“Jesus principiou assim os seus sinais em Caná da Galileia e manifestou a sua glória; e os seus discípulos creram nele.” (Jo 2.11)
A palavra grega para “sinais” é σημεῖον (sēmeion), que não se refere meramente a um milagre, mas a um sinal revelador que aponta para algo maior — no caso, a glória de Cristo.
A expressão “manifestou a sua glória” traz a ideia de revelar de maneira visível algo antes oculto — o verbo ἐφανέρωσεν (ephanerōsen) significa “tornar evidente”, e δόξα (doxa) se refere à “glória divina”, a presença manifesta de Deus (cf. Êx 40.34).
Assim, os discípulos não apenas presenciaram um milagre — experimentaram uma revelação da natureza divina de Jesus. Isso fortaleceu sua fé (Jo 2.11) e os levou a um discipulado mais firme, apesar de sua compreensão ainda limitada do plano de redenção.
📚 R.N. Champlin observa:
“O início do grupo de discípulos [...] teve um alicerce firme na realidade espiritual dos fatos” (CHAMPLIN, NT Interpretado, 2014, p. 380).
4. Jesus e sua verdadeira família (Jo 13.1)
“Tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até ao fim.”
Aqui vemos o clímax do discipulado. Jesus passa a considerar os que o seguem como sua verdadeira família, conforme Ele mesmo declarou:
“Quem fizer a vontade de Deus, esse é meu irmão, irmã e mãe” (Mc 3.35).
O verbo ἠγάπησεν (ēgapēsen), de ἀγαπάω (agapaō), indica um amor sacrificial e duradouro, e a expressão εἰς τέλος (eis telos) pode significar “até o fim” ou “plenamente”. Cristo amou os seus com um amor eterno, fiel até a cruz.
✦ APLICAÇÃO PESSOAL
A experiência dos irmãos de Jesus e dos discípulos em Caná revela três realidades fundamentais:
- A fé nasce da revelação e não da familiaridade;
- O discipulado é um processo de crescimento, mesmo quando ainda não compreendemos plenamente os mistérios de Deus;
- Jesus acolhe como família aqueles que o seguem pela fé — e a fidelidade dEle é completa: nos ama até o fim.
➡️ Mesmo que hoje alguém esteja em dúvida ou luta com a fé, a revelação da glória de Cristo continua transformando corações.
✦ TABELA EXPOSITIVA
Aspecto
Texto bíblico
Palavra-chave (grego)
Significado/Teologia
Aplicação atual
Incredulidade dos irmãos
João 7.5
ἐπίστευον (episteuon)
Eles não criam continuamente
Laços humanos não garantem fé
Conversão após ressurreição
Atos 1.14
-
Irmãos se unem aos discípulos em oração
A ressurreição transforma e reúne a família
Fé dos discípulos em Caná
João 2.11
σημεῖον (sēmeion), δόξα (doxa)
Milagre como revelação da glória divina
Jesus se revela progressivamente ao crente
Amor até o fim
João 13.1
ἀγαπάω (agapaō), εἰς τέλος (eis telos)
Amor sacrificial completo
Jesus ama com fidelidade eterna
Família espiritual
Marcos 3.35
-
Obediência como marca dos membros da família de Deus
Somos chamados à obediência e comunhão com Cristo
“3.2. A FAMÍLIA DE JESUS”
1. A incredulidade inicial dos irmãos de Jesus (João 7.5)
“Porque nem mesmo os seus irmãos criam nele.” (Jo 7.5)
A palavra grega traduzida por "criam" é ἐπίστευον (episteuon), forma imperfeita do verbo πιστεύω (pisteuō), que significa "crer, confiar, depositar fé". O uso no tempo imperfeito indica uma ação contínua no passado — eles não criam de modo contínuo, ou seja, havia uma rejeição ou incredulidade persistente no ministério inicial de Jesus.
Mesmo fazendo parte da convivência íntima com o Messias, os irmãos de Jesus não reconheciam Sua natureza divina. Isso revela que a fé não é uma consequência automática da convivência, mas nasce da revelação espiritual (Mt 16.17).
📚 Craig Keener destaca que “a incredulidade dos irmãos de Jesus é teologicamente importante, pois mostra que a fé não depende de laços de sangue, mas de revelação e resposta pessoal ao chamado de Cristo” (KEENER, The Gospel of John, 2003).
2. A conversão pós-ressurreição (Atos 1.14)
“Todos estes perseveravam unânimes em oração [...] com Maria, mãe de Jesus, e com os irmãos dele.” (At 1.14)
Após a ressurreição, os irmãos de Jesus são encontrados reunidos com os discípulos, sinal claro de que passaram a crer. A fé que antes lhes faltava foi despertada pela vitória final de Cristo sobre a morte. Provavelmente Tiago, o irmão do Senhor, converteu-se nesse momento (1Co 15.7) e tornou-se posteriormente líder da Igreja em Jerusalém (Gl 1.19; At 15).
Essa transição da incredulidade para a fé é um testemunho poderoso do impacto da Ressurreição como clímax da revelação divina.
3. A fé dos discípulos fortalecida em Caná (Jo 2.11)
“Jesus principiou assim os seus sinais em Caná da Galileia e manifestou a sua glória; e os seus discípulos creram nele.” (Jo 2.11)
A palavra grega para “sinais” é σημεῖον (sēmeion), que não se refere meramente a um milagre, mas a um sinal revelador que aponta para algo maior — no caso, a glória de Cristo.
A expressão “manifestou a sua glória” traz a ideia de revelar de maneira visível algo antes oculto — o verbo ἐφανέρωσεν (ephanerōsen) significa “tornar evidente”, e δόξα (doxa) se refere à “glória divina”, a presença manifesta de Deus (cf. Êx 40.34).
Assim, os discípulos não apenas presenciaram um milagre — experimentaram uma revelação da natureza divina de Jesus. Isso fortaleceu sua fé (Jo 2.11) e os levou a um discipulado mais firme, apesar de sua compreensão ainda limitada do plano de redenção.
📚 R.N. Champlin observa:
“O início do grupo de discípulos [...] teve um alicerce firme na realidade espiritual dos fatos” (CHAMPLIN, NT Interpretado, 2014, p. 380).
4. Jesus e sua verdadeira família (Jo 13.1)
“Tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até ao fim.”
Aqui vemos o clímax do discipulado. Jesus passa a considerar os que o seguem como sua verdadeira família, conforme Ele mesmo declarou:
“Quem fizer a vontade de Deus, esse é meu irmão, irmã e mãe” (Mc 3.35).
O verbo ἠγάπησεν (ēgapēsen), de ἀγαπάω (agapaō), indica um amor sacrificial e duradouro, e a expressão εἰς τέλος (eis telos) pode significar “até o fim” ou “plenamente”. Cristo amou os seus com um amor eterno, fiel até a cruz.
✦ APLICAÇÃO PESSOAL
A experiência dos irmãos de Jesus e dos discípulos em Caná revela três realidades fundamentais:
- A fé nasce da revelação e não da familiaridade;
- O discipulado é um processo de crescimento, mesmo quando ainda não compreendemos plenamente os mistérios de Deus;
- Jesus acolhe como família aqueles que o seguem pela fé — e a fidelidade dEle é completa: nos ama até o fim.
➡️ Mesmo que hoje alguém esteja em dúvida ou luta com a fé, a revelação da glória de Cristo continua transformando corações.
✦ TABELA EXPOSITIVA
Aspecto | Texto bíblico | Palavra-chave (grego) | Significado/Teologia | Aplicação atual |
Incredulidade dos irmãos | João 7.5 | ἐπίστευον (episteuon) | Eles não criam continuamente | Laços humanos não garantem fé |
Conversão após ressurreição | Atos 1.14 | - | Irmãos se unem aos discípulos em oração | A ressurreição transforma e reúne a família |
Fé dos discípulos em Caná | João 2.11 | σημεῖον (sēmeion), δόξα (doxa) | Milagre como revelação da glória divina | Jesus se revela progressivamente ao crente |
Amor até o fim | João 13.1 | ἀγαπάω (agapaō), εἰς τέλος (eis telos) | Amor sacrificial completo | Jesus ama com fidelidade eterna |
Família espiritual | Marcos 3.35 | - | Obediência como marca dos membros da família de Deus | Somos chamados à obediência e comunhão com Cristo |
3.3. Os discípulos e a Igreja. Jesus convidou pessoas comuns para fazer parte do Seu Plano de Salvação (Mt 4.18-21). Aparentemente, tal convite não dava nenhuma garantia de que valeria a pena abandonar trabalho, família e amigos para seguir um desconhecido. Pedro, André, Tiago e João nem questionaram o convite, eles apenas creram no Mestre, que lhes propôs uma nova vida (Mt 4.19). E, após a morte e ressurreição de Jesus, aqueles homens simples se tornaram os primeiros pastores da Igreja Primitiva (At 2.14).
Revista Betel Dominical, 2º Trimestre de 2024, Lição 13: “Essa foi a autorização que Jesus deu a cada um dos Seus seguidores. Essa foi a maior oportunidade que Ele já ofereceu aos crentes em Cristo Jesus. É privilégio, vocação, propósito e ministério de todo cristão, independente de outras funções, dons e ministérios que exercem, todos foram chamados e incluídos para o cumprimento dessa nobre missão. Os discípulos deveriam pregar o arrependimento para o perdão dos pecados, para uma nova vida em Cristo. Ninguém pode ter Jesus como Salvador, sem tê-lo como Senhor da sua vida”.
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
3.3. Os discípulos e a Igreja (Mt 4.18-21; At 2.14)
🔍 Análise Teológica e Exegética
1. O chamado de Jesus e o discipulado (Mateus 4.18-21)
“Vinde após mim, e eu vos farei pescadores de homens.” (Mt 4.19)
A expressão grega usada por Jesus:
„Δεῦτε ὀπίσω μου“ (Deute opisō mou) — “Vinde após mim” — é uma convocação de discipulado radical. O termo ὀπίσω (opisō) implica submissão e seguimento, não apenas geográfico, mas existencial. Seguir “atrás” de Jesus era uma expressão técnica do discipulado rabínico da época.
A frase “pescadores de homens” vem de ἁλιεῖς ἀνθρώπων (halieis anthrōpōn) — que pode ser lida tanto literal quanto metaforicamente. No contexto, Jesus ressignifica a profissão deles: do mar da Galileia para o mar da humanidade. Eles agora atrairiam pessoas ao Reino, não peixes à rede.
📘 Citação de W. Hendriksen (Comentário do Novo Testamento):
“O chamado de Jesus não exigia um currículo, mas uma entrega. Ele chamava não porque eram qualificados, mas para qualificá-los no caminho do discipulado.”
2. A fé imediata e o abandono de tudo
O verbo ἀφέντες (aphentes) — “deixando” — indica abandono imediato e voluntário (Mt 4.20). Esse verbo também aparece em Mt 19.29, para descrever o deixar casas, irmãos ou bens por causa do Reino. Isso sugere um desprendimento radical por fé.
Essa fé inicial não era fundamentada em plena compreensão teológica, mas em uma resposta sensível ao chamado da autoridade de Jesus, que já impressionava por Sua presença e palavra (Lc 4.32).
📘 Citação de Dietrich Bonhoeffer (“Discipulado”):
“Quando Cristo chama um homem, Ele o chama para morrer — morrer para si mesmo e viver para Ele. O chamado de Jesus não oferece segurança no mundo, mas certeza na eternidade.”
3. Da fé simples à liderança eclesiástica (Atos 2.14)
Após a ressurreição e o Pentecostes, Pedro — aquele pescador comum — assume a liderança espiritual da Igreja nascente. Atos 2.14 declara:
“Pedro, pondo-se em pé com os onze, levantou a voz…”
O verbo ἀναστὰς (anastas) — “pondo-se em pé” — e ἐπῆρεν τὴν φωνὴν (epēren tēn phōnēn) — “levantou a voz” — denotam autoridade e coragem pública. Isso marca a transformação de discípulos frágeis em pastores cheios do Espírito.
Essa mudança só foi possível pelo cumprimento da promessa do Espírito Santo (At 1.8). O que os distinguia agora não era mais o conhecimento humano, mas o poder e a unção divina.
📘 Citação de F. F. Bruce (“O Livro de Atos”, Comentário NICNT):
“A coragem de Pedro em Atos 2 é evidência da obra do Espírito Santo. Um homem que negara seu Senhor diante de servos agora o proclama diante de multidões.”
📌 Aplicação Pessoal
- Deus chama pessoas comuns, não pelas habilidades naturais, mas pela disposição de segui-Lo com fé e obediência.
- O discipulado envolve renúncia, mas também uma transformação de identidade e propósito.
- O que qualifica o cristão para o ministério é a presença do Espírito Santo e não seus talentos pessoais.
- Todo crente tem o privilégio de fazer parte da missão de Deus, sendo pescador de almas e proclamador do Evangelho.
📊 Tabela Expositiva – 3.3. Os discípulos e a Igreja
Tema
Palavra Grega / Expressão
Significado e Aplicação
“Vinde após mim”
Δεῦτε ὀπίσω μου
Convite ao discipulado, seguimento voluntário e total
“Pescadores de homens”
ἁλιεῖς ἀνθρώπων
Chamado missionário para alcançar almas
“Deixando as redes”
ἀφέντες
Renúncia imediata por fé, abandono da antiga vida
Liderança apostólica
ἀναστὰς… ἐπῆρεν τὴν φωνὴν
Pedro assume papel de liderança pela autoridade do Espírito Santo
Igreja e missão
Μαθητής / Ἐκκλησία
Discípulo inserido em comunidade para pregar o arrependimento e o senhorio de Cristo
3.3. Os discípulos e a Igreja (Mt 4.18-21; At 2.14)
🔍 Análise Teológica e Exegética
1. O chamado de Jesus e o discipulado (Mateus 4.18-21)
“Vinde após mim, e eu vos farei pescadores de homens.” (Mt 4.19)
A expressão grega usada por Jesus:
„Δεῦτε ὀπίσω μου“ (Deute opisō mou) — “Vinde após mim” — é uma convocação de discipulado radical. O termo ὀπίσω (opisō) implica submissão e seguimento, não apenas geográfico, mas existencial. Seguir “atrás” de Jesus era uma expressão técnica do discipulado rabínico da época.
A frase “pescadores de homens” vem de ἁλιεῖς ἀνθρώπων (halieis anthrōpōn) — que pode ser lida tanto literal quanto metaforicamente. No contexto, Jesus ressignifica a profissão deles: do mar da Galileia para o mar da humanidade. Eles agora atrairiam pessoas ao Reino, não peixes à rede.
📘 Citação de W. Hendriksen (Comentário do Novo Testamento):
“O chamado de Jesus não exigia um currículo, mas uma entrega. Ele chamava não porque eram qualificados, mas para qualificá-los no caminho do discipulado.”
2. A fé imediata e o abandono de tudo
O verbo ἀφέντες (aphentes) — “deixando” — indica abandono imediato e voluntário (Mt 4.20). Esse verbo também aparece em Mt 19.29, para descrever o deixar casas, irmãos ou bens por causa do Reino. Isso sugere um desprendimento radical por fé.
Essa fé inicial não era fundamentada em plena compreensão teológica, mas em uma resposta sensível ao chamado da autoridade de Jesus, que já impressionava por Sua presença e palavra (Lc 4.32).
📘 Citação de Dietrich Bonhoeffer (“Discipulado”):
“Quando Cristo chama um homem, Ele o chama para morrer — morrer para si mesmo e viver para Ele. O chamado de Jesus não oferece segurança no mundo, mas certeza na eternidade.”
3. Da fé simples à liderança eclesiástica (Atos 2.14)
Após a ressurreição e o Pentecostes, Pedro — aquele pescador comum — assume a liderança espiritual da Igreja nascente. Atos 2.14 declara:
“Pedro, pondo-se em pé com os onze, levantou a voz…”
O verbo ἀναστὰς (anastas) — “pondo-se em pé” — e ἐπῆρεν τὴν φωνὴν (epēren tēn phōnēn) — “levantou a voz” — denotam autoridade e coragem pública. Isso marca a transformação de discípulos frágeis em pastores cheios do Espírito.
Essa mudança só foi possível pelo cumprimento da promessa do Espírito Santo (At 1.8). O que os distinguia agora não era mais o conhecimento humano, mas o poder e a unção divina.
📘 Citação de F. F. Bruce (“O Livro de Atos”, Comentário NICNT):
“A coragem de Pedro em Atos 2 é evidência da obra do Espírito Santo. Um homem que negara seu Senhor diante de servos agora o proclama diante de multidões.”
📌 Aplicação Pessoal
- Deus chama pessoas comuns, não pelas habilidades naturais, mas pela disposição de segui-Lo com fé e obediência.
- O discipulado envolve renúncia, mas também uma transformação de identidade e propósito.
- O que qualifica o cristão para o ministério é a presença do Espírito Santo e não seus talentos pessoais.
- Todo crente tem o privilégio de fazer parte da missão de Deus, sendo pescador de almas e proclamador do Evangelho.
📊 Tabela Expositiva – 3.3. Os discípulos e a Igreja
Tema | Palavra Grega / Expressão | Significado e Aplicação |
“Vinde após mim” | Δεῦτε ὀπίσω μου | Convite ao discipulado, seguimento voluntário e total |
“Pescadores de homens” | ἁλιεῖς ἀνθρώπων | Chamado missionário para alcançar almas |
“Deixando as redes” | ἀφέντες | Renúncia imediata por fé, abandono da antiga vida |
Liderança apostólica | ἀναστὰς… ἐπῆρεν τὴν φωνὴν | Pedro assume papel de liderança pela autoridade do Espírito Santo |
Igreja e missão | Μαθητής / Ἐκκλησία | Discípulo inserido em comunidade para pregar o arrependimento e o senhorio de Cristo |
EU ENSINEI QUE:
Jesus convidou pessoas comuns para fazer parte do Seu Plano de Salvação.
CONCLUSÃO
O estudo do milagre operado por Jesus no início de Seu ministério terreno deve nos conduzir a uma sincera reflexão, com a indispensável ajuda do Espírito Santo, sobre a necessidade de continuarmos sendo fortalecidos na Fé em Cristo, prosseguirmos crescendo na graça e no conhecimento de Jesus Cristo e no anúncio a toda criatura sobre o poder de Jesus Cristo para transformar vidas e situações, de acordo com o plano Divino de salvação.
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
Conclusão: O Primeiro Milagre de Jesus em Caná
🔍 Análise Teológica e Bíblica
A conclusão da lição destaca que o milagre das bodas em Caná (João 2.1–11) não foi apenas um evento extraordinário, mas um sinal (σημεῖον – sēmeion), termo grego utilizado por João para indicar atos que apontam para realidades espirituais mais profundas (Jo 2.11). O milagre visava revelar a glória de Cristo e fortalecer a fé dos discípulos, iniciando um processo de crescimento e amadurecimento espiritual que continuaria até a formação da Igreja.
O verbo "manifestar" (ἐφανέρωσεν – ephanerōsen) em João 2.11 implica tornar visível ou evidente o que estava oculto. A glória (δόξα – dóxa) de Jesus é Sua majestade divina, oculta sob a aparência da carne (Jo 1.14), mas revelada por meio de sinais que apontam para Sua verdadeira identidade como Filho de Deus.
📚 Referências Acadêmicas Cristãs
- D. A. Carson comenta que os sinais em João têm a intenção de suscitar fé e revelar quem é Jesus, em oposição a simples demonstrações de poder. O milagre em Caná é um paradigma do que Jesus veio realizar: a transformação da realidade humana sob a ação da Sua graça (The Gospel According to John, Eerdmans, 1991).
- Leon Morris observa que João não usa o termo "milagre" (dynamis), como os Sinóticos, mas sēmeion (sinal), pois cada evento miraculoso tem um propósito didático-teológico — neste caso, mostrar que Jesus é o Noivo messiânico que traz o vinho novo da Nova Aliança (The Gospel According to John, NICNT, 1971).
- Craig Keener ressalta que o milagre nas bodas prefigura as bênçãos da Nova Criação e demonstra que Jesus é o cumpridor das expectativas messiânicas, que inclui a restauração do vinho como símbolo de alegria escatológica (Am 9.13; Is 25.6) (The IVP Bible Background Commentary: New Testament, IVP, 1993).
🙏 Aplicação Pessoal
O milagre nas bodas de Caná nos lembra que:
- Cristo transforma realidades — o vinho novo simboliza a vida transformada pela graça;
- O discipulado exige fé e crescimento — os discípulos creram (Jo 2.11), mas continuaram a ser moldados ao longo do caminho;
- A missão da Igreja é anunciar essa transformação — proclamar que Jesus ainda hoje manifesta Sua glória e transforma o comum em extraordinário.
Assim, somos chamados a:
- Crescer na graça (χάρις – cháris) e no conhecimento (γνῶσις – gnōsis) de Jesus (2Pe 3.18);
- Permitir que o Espírito Santo nos conduza a uma fé amadurecida;
- Ser testemunhas do poder transformador do Evangelho em toda e qualquer situação da vida.
📊 Tabela Expositiva
Elemento
Detalhes Teológicos
Milagre como Sinal (σημεῖον)
Não é apenas algo sobrenatural, mas um ato revelador da identidade e missão messiânica de Jesus (Jo 2.11; cf. Jo 20.30-31).
Manifestação da Glória (δόξα)
Revelação visível da divindade de Cristo, oculta na encarnação, revelada por meio da ação divina transformadora (cf. Jo 1.14).
Transformação como símbolo
A conversão da água em vinho aponta para a nova vida em Cristo, cheia de alegria e plenitude (cf. 2Co 5.17; Rm 14.17).
Crescimento do discípulo
Os discípulos creram e começaram uma jornada de crescimento que culminaria em maturidade, missão e martírio (Jo 2.11; At 2.14; 2Pe 3.18).
Missão da Igreja
Anunciar o Cristo que transforma vidas e situações – o Evangelho é o poder de Deus para salvação (Rm 1.16; Mt 28.19-20).
✍️ Conclusão Final
O milagre em Caná revela que Jesus está presente não apenas nos momentos sagrados, mas também nas alegrias simples da vida. Ele transforma o que é comum em algo glorioso e convida Seus discípulos a serem testemunhas dessa transformação contínua. Seguir a Cristo é crer, crescer e proclamar, com fé firme e esperança ativa. A glória revelada em Caná ainda resplandece na vida dos que se rendem ao poder do Evangelho.
Conclusão: O Primeiro Milagre de Jesus em Caná
🔍 Análise Teológica e Bíblica
A conclusão da lição destaca que o milagre das bodas em Caná (João 2.1–11) não foi apenas um evento extraordinário, mas um sinal (σημεῖον – sēmeion), termo grego utilizado por João para indicar atos que apontam para realidades espirituais mais profundas (Jo 2.11). O milagre visava revelar a glória de Cristo e fortalecer a fé dos discípulos, iniciando um processo de crescimento e amadurecimento espiritual que continuaria até a formação da Igreja.
O verbo "manifestar" (ἐφανέρωσεν – ephanerōsen) em João 2.11 implica tornar visível ou evidente o que estava oculto. A glória (δόξα – dóxa) de Jesus é Sua majestade divina, oculta sob a aparência da carne (Jo 1.14), mas revelada por meio de sinais que apontam para Sua verdadeira identidade como Filho de Deus.
📚 Referências Acadêmicas Cristãs
- D. A. Carson comenta que os sinais em João têm a intenção de suscitar fé e revelar quem é Jesus, em oposição a simples demonstrações de poder. O milagre em Caná é um paradigma do que Jesus veio realizar: a transformação da realidade humana sob a ação da Sua graça (The Gospel According to John, Eerdmans, 1991).
- Leon Morris observa que João não usa o termo "milagre" (dynamis), como os Sinóticos, mas sēmeion (sinal), pois cada evento miraculoso tem um propósito didático-teológico — neste caso, mostrar que Jesus é o Noivo messiânico que traz o vinho novo da Nova Aliança (The Gospel According to John, NICNT, 1971).
- Craig Keener ressalta que o milagre nas bodas prefigura as bênçãos da Nova Criação e demonstra que Jesus é o cumpridor das expectativas messiânicas, que inclui a restauração do vinho como símbolo de alegria escatológica (Am 9.13; Is 25.6) (The IVP Bible Background Commentary: New Testament, IVP, 1993).
🙏 Aplicação Pessoal
O milagre nas bodas de Caná nos lembra que:
- Cristo transforma realidades — o vinho novo simboliza a vida transformada pela graça;
- O discipulado exige fé e crescimento — os discípulos creram (Jo 2.11), mas continuaram a ser moldados ao longo do caminho;
- A missão da Igreja é anunciar essa transformação — proclamar que Jesus ainda hoje manifesta Sua glória e transforma o comum em extraordinário.
Assim, somos chamados a:
- Crescer na graça (χάρις – cháris) e no conhecimento (γνῶσις – gnōsis) de Jesus (2Pe 3.18);
- Permitir que o Espírito Santo nos conduza a uma fé amadurecida;
- Ser testemunhas do poder transformador do Evangelho em toda e qualquer situação da vida.
📊 Tabela Expositiva
Elemento | Detalhes Teológicos |
Milagre como Sinal (σημεῖον) | Não é apenas algo sobrenatural, mas um ato revelador da identidade e missão messiânica de Jesus (Jo 2.11; cf. Jo 20.30-31). |
Manifestação da Glória (δόξα) | Revelação visível da divindade de Cristo, oculta na encarnação, revelada por meio da ação divina transformadora (cf. Jo 1.14). |
Transformação como símbolo | A conversão da água em vinho aponta para a nova vida em Cristo, cheia de alegria e plenitude (cf. 2Co 5.17; Rm 14.17). |
Crescimento do discípulo | Os discípulos creram e começaram uma jornada de crescimento que culminaria em maturidade, missão e martírio (Jo 2.11; At 2.14; 2Pe 3.18). |
Missão da Igreja | Anunciar o Cristo que transforma vidas e situações – o Evangelho é o poder de Deus para salvação (Rm 1.16; Mt 28.19-20). |
✍️ Conclusão Final
O milagre em Caná revela que Jesus está presente não apenas nos momentos sagrados, mas também nas alegrias simples da vida. Ele transforma o que é comum em algo glorioso e convida Seus discípulos a serem testemunhas dessa transformação contínua. Seguir a Cristo é crer, crescer e proclamar, com fé firme e esperança ativa. A glória revelada em Caná ainda resplandece na vida dos que se rendem ao poder do Evangelho.
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Seria bom lança 3 dias antes
ResponderExcluirLançamos uma semana antes no ambiente do Acesso Vip EBD aos assinantes desse trimestre. Por aqui o lançamento e sem data prévia.
ExcluirComo fazer assinatura? Por gentileza.
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