TEXTO ÁUREO ”Com o puro te mostrarás puro e com o perverso te mostrarás indomável.” (Sl 18.26) VERDADE PRÁTICA Os agentes do juízo divino ...
TEXTO ÁUREO
”Com o puro te mostrarás puro e com o perverso te mostrarás indomável.” (Sl 18.26)
VERDADE PRÁTICA
Os agentes do juízo divino revelam que a responsabilidade humana é pessoal.
LEITURA DIÁRIA
Segunda – Gn 18.26 O Justo Juiz de toda a Terra sabe separar o justo do injusto
Terça – 2 Rs 17.25 Animais selvagens são agentes de Deus para o juízo divino
Quarta – Jr 24.10 Espada, fome e peste são agentes da ira divina
Quinta – Jr 29.18 A trilogia da morte, espada, fome e peste, envolve destruição e diáspora
Sexta – Dn 12.1 O juízo divino sobre Jerusalém é o prenúncio da Grande Tribulação
Sábado – Lc 21.21-24 O derramamento da ira de Deus nunca acontece sem aviso prévio
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Ezequiel 14.12-21
12 – Veio ainda a mim a palavra do SENHOR, dizendo:
13 – Filho do homem, quando uma terra pecar contra mim, gravemente se rebelando, então, estenderei a mão contra ela, e tornarei instável o sustento do pão, e enviarei contra ela fome, e arrancarei dela homens e animais;
14 – ainda que estivessem no meio dela estes três homens, Noé, Daniel e Jó, eles, pela sua justiça, livrariam apenas a sua alma, diz o Senhor JEOVÁ.
15 – Se eu fizer passar pela terra nocivas alimárias, e elas a assolarem, que fique assolada, e ninguém possa passar por ela por causa das feras;
16 – ainda que esses três homens estivessem no meio dela, vivo eu, diz o Senhor JEOVÁ, que nem a filhos nem a filhas livrariam; só eles ficariam livres, e a terra seria assolada.
17- Ou, se eu trouxer a espada sobre a tal terra, e disser: Espada, passa pela terra: e eu arrancar dela homens e animais;
18 – ainda que aqueles três homens estivessem nela, vivo eu, diz o Senhor JEOVÁ, que nem filhos nem filhas livrariam, mas eles só ficariam livres.
19 – Ou se eu enviar a peste sobre a tal terra e derramar o meu furor sobre ela com sangue, para arrancar dela homens e animais;
20 – ainda que Noé, Daniel e Jó estivessem no meio dela, vivo eu, diz o Senhor JEOVÁ, que nem filho nem filha eles livrariam, mas só livrariam a sua própria alma pela sua justiça.
21 – Porque assim diz o Senhor JEOVÁ: Quanto mais, se eu enviar os meus quatro maus juízos, a espada, e a fome, e as nocivas alimárias, e a peste, contra Jerusalém para arrancar dela homens e animais?
Hinos Sugeridos: 389, 450, 522 da Harpa Cristã
PLANO DE AULA
1- INTRODUÇÃO
A presente lição está fundamentada em três grandes tópicos. O primeiro identifica o juízo divino exposto pelo profeta. O segundo mostra um tipo de petição que Deus não atende. E, finalmente, o terceiro diz respeito a impossibilidade de uma possível intercessão de homens justos, como Noé, Daniel e Jó, para livrar o povo do juízo divino. A luz desses tópicos, a presente lição desenvolve o tema da retribuição divina ao pecado.
2- APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
A) Objetivos da Lição:
I) Identificar o juízo divino;
II) Mostrar a petição que Deus não atende;
III) Refletir a respeito da intercessão de Noé, Daniel e Jó.
B) Motivação: A justiça divina traz justa retribuição ao pecado. Não podemos perder o foco do perigo do pecado. Deus é o justo Juiz. A natureza de sua justiça se revela no atributo de sua santidade. O pecado nos distancia da santidade divina.
C) Sugestão de Método: Trabalharemos agora com a terceira lei do ensino: a lei da comunicação. Essa lei pode ser descrita assim: ”a linguagem comunicada no ensino deve ser comum ao professor e ao aluno”. Tão importante como preparar a aula é cuidar do tipo de comunicação em classe. Essa comunicação deve levar em conta que todos devem aprender a Bíblia. Por isso,
1) Tenha cuidado em traduzir devidamente os termos bíblicos, pois o que para você parece simples, para o aluno pode ser complexo;
2) Tenha sempre uma versão moderna da Bíblia para simplificar o entendimento de uma passagem complexa, nem todos conseguem compreender uma versão tradicional como a ARC (nesse sentido, a versão NAA pode auxiliar nesse objetivo);
3) Convide os alunos a comentarem um trecho bíblico, ou parte da lição, com as suas próprias palavras.
3- CONCLUSÃO DA LIÇÃO
A) Aplicação: Advirta a classe que, diante de Deus, temos responsabilidade com os próprios atos. O justo Juiz nos pedirá conta deles.
4- SUBSÍDIO AO PROFESSOR
A) Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas Adultos. Na edição 92, p.39, você encontrará um subsídio especial para esta lição.
B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará auxílios que darão suporte na preparação de sua aula: 1) O texto ”Responsabilidade Humana” traz um aprofundamento a respeito da responsabilidade dos próprios atos; 2) O texto ”O Justo Juízo de Deus” faz uma distinção entre o juízo de Deus a justiça dos homens.
INTRODUÇÃO COMENTÁRIO
É importante compreender a estrutura do discurso de Ezequiel 14.12-21. Estaria o profeta partindo do genérico para o específico? Ou seja, de uma terra qualquer para depois se dirigir à casa de Israel? É o que parece. A primeira parte dessa palavra profética é genérica e a segunda é específica, dirigida a Jerusalém. A presente lição tem por objetivo mostrar e explicar a retribuição divina ao pecado de uma nação.
Comentário
O livro de Ezequiel registra que pelo menos três vezes uma comitiva de “anciãos de Israel” (14.1; 20.1), identificados também como “anciãos de Judá” (8.1), foi consultar o Profeta. Foi justamente quando eles estavam sentados diante de Ezequiel que vieram da parte de Javé os discursos registrados nesses capítulos, algo como “de repente, veio do céu” (At 2.2). Se a profecia veio nesse contexto da reunião, é possível que o objetivo dessa consulta tenha sido a busca de um oráculo da parte de Javé, mas tudo indica que o discurso da primeira parte do presente capítulo (14.1-11) seja uma repreensão a esses anciãos de Israel (14.3).
Na primeira e na última consulta, há menção da data do evento: “sexto ano”, ano 592 a.C. (8.1), uma referência ao cativeiro de Joaquim, rei de Judá, catorze meses depois da visão inaugural (1.1-3). A última ocorreu “no sétimo ano” (20.1), que, segundo Block, equivale a cerca de onze meses depois da visão de 8.1-3; é o “dia 14 de agosto de 591 a.C.” Mas não se tem a data da entrega do oráculo em tela, nem foi por meio de uma visão, mas da tradicional chancela de autoridade espiritual muito comum nos profetas de Israel, que “veio a mim palavra do Senhor” (14.2). Depois da repreensão aos falsos profetas, o discurso é dirigido aos “anciãos de Israel” (14.1-3). O enfoque do presente estudo é a justiça de Deus, assunto da segunda parte (14.12-23). O discurso sobre o juízo divino nessa seção apresenta uma parte genérica e outra específica. A primeira parte desse oráculo é hipotético (14.12-20), e a segunda é dirigida a Jerusalém (14.21-23).
Soares. Esequias,. Soares. Daniele. A Justiça Divina: A Preparação do povo de Deus Para os Últimos Dias no livro de Ezequiel. Editora CPAD. 1 Ed. 2022. pag. 77-78.
Os poucos justos não evitarão o juízo (14:12-23)
Estes versículos são uma resposta às objeções daqueles que dizem que Deus não seria tão implacável no Seu julgamento quanto diziam os profetas tais como Jeremias e Ezequiel, porque Ele não pode ignorar a justiça de alguns dos Seus seguidores fiéis. Proceder assim, alegam eles, tomaria Deus injusto. Deus, por certo, pouparia Seu povo por ter respeito às orações e à piedade da minoria dos homens fiéis, que a Ele tudo dedicavam. Esta atitude é nada menos do que usar os santos como apólice de seguro para cobrir os pecadores. Tem sido uma falha humana em todas as gerações. A comunidade fica um tanto envergonhada por ter um santo entre seu número, mas deriva um senso de segurança da sua presença, um pouco como a posse de um talismã religioso para dar sorte. Uma família sem pretensão alguma à espiritualidade, frequentemente se alegra em ter um ministro da religião numa das suas ramificações, por mais distante que seja. A mensagem de Ezequiel é que não há passagens coletivas para a libertação. O homem justo não salva ninguém senão a si mesmo.
Taylor. John B,. Ezequiel. Introdução e Comentário. Editora Mundo Cristão. pag. 116-117.
Palavra-Chave: JUSTIÇA
I – SOBRE A IDENTIFICAÇÃO DO JUÍZO DIVINO
Uma leitura atenta dos profetas do Antigo Testamento nos ajuda a compreender as ações de Deus concernentes à retribuição ao pecado.
1- O discurso profético.
À luz das Escrituras, ficamos sabendo que a ira de Deus nunca acontece sem uma justa causa e nem mesmo sem um prévio aviso (Am 3.7). O Deus Javé de Israel procede dessa maneira para oferecer oportunidade de arrependimento (Jr 3.14; 38.17,18; Am 5.1-4,14,15). O perdão divino vem com o arrependimento como aconteceu com a cidade de Nínive (Jn 3.10). Mas o tempo dessa oportunidade já havia expirado para Jerusalém. A vontade de Javé é abençoar o seu povo e restaurar sua herança, mas como ajudar quem não se ajuda? Por isso o castigo é inevitável, trata-se de uma questão de justiça e santidade.
Comentário
Amós lamenta porque a abundante expressão religiosa da nação não passa de uma casca fina de verniz, como um pálido cosmético. Não havia sinais vitais de vida espiritual na nação. O culto deles não era para Deus, mas para eles mesmos. Era um culto humanista, em que jamais eram confrontados a mudar de vida. Suas apresentações musicais se tornariam cânticos fúnebres (5.23; 8.3,10) e seus santuários seriam destinados à ruína.
O profeta chora a queda política de Israel (5.2,3)
Amós contempla a tempestade que se forma no horizonte e vê que ela vem como uma avalanche sobre Israel. Será como um terremoto avassalador. A nação ficará em ruínas.
Amós descreve esse quadro da seguinte forma:
Em primeiro lugar, será uma queda completa (5.2a). Amós proclama: “A virgem de Israel caiu”. A nação está prostrada, no pó, na cinza, fragorosamente derrotada. A palavra hebraica caiu indica uma morte violenta, especialmente a morte na batalha.’® Israel cairá por corrupção interna e por ataque externo. Amós proclama essa derrota completa nos dias áureos de Jeroboão II, no tempo em que o Reino do Norte desfrutava paz nas fronteiras e prosperidade dentro dos seus muros. Warren Wiersbe diz que Israel pensava que era uma virgem amada, mas não passava de um cadáver insepulto. O termo virgem de Israel é usado aqui pela primeira vez, e mais tarde em Jeremias 18.13; 31.4,21.
Refere-se à castidade de Israel, em seu idealismo, como a nação escolhida, salva pela graça divina para servir como o povo messiânico do Senhor. A queda de uma virgem era uma grande tragédia em Israel. A tragédia de Israel, como nação, é muito mais lamentável. A verdade nua dos fatos é que Israel se corrompeu com as prostituições da idolatria.
Tornou-se uma adúltera notória ao abandonar seu marido, lavé. Por muitas vezes, Israel foi chamado a voltar-se para o Senhor, mas se recusou. Estava ocupado demais para ouvir, porquanto se deitava com seus amantes, em leitos de concupiscência. Agora, porém, Israel era como uma virgem caída. Um de seus amantes a matou. E seu marido, lavé, abandonou a cena.”
Em segundo lugar, será uma queda definitiva (5.2b).
Amós esclarece: “[…] nunca mais tornará a levantar-se”.
A queda política de Israel não lhe trouxe apenas alguns arranhões e traumas leves, mas feridas incuráveis. A Assíria cercou Samaria durante três anos e, finalmente, dominou Israel em 722 a.C. Dizimou à espada a maioria do povo, deportou outros tantos, e aos demais deixou na terra, com outros povos estrangeiros para que se misturassem. Assim, o povo remanescente perdeu sua soberania política, sua identidade religiosa e sua pureza racial; dando, assim, início a um povo mestiço, os samaritanos.
Em terceiro lugar, será uma queda irreversível (5.2 c).
Amós conclui dizendo: “[…] desamparada jaz na sua terra; não há quem a levante”. Israel foi enfraquecida pela corrupção moral, pelas lutas internas, pelo desprezo dos homens e pelo abandono de Deus. Icabode pode ser escrito no frontispício do templo, quando Deus se aparta de um povo. Israel caiu pelos seus próprios pecados (Os 14.1). A Assíria foi apenas a vara da ira de Deus para disciplinar Seu povo (Is 10.5). Nenhuma força na terra pode levantar um povo a quem Deus íbate. O desamparo de Israel foi total e irremediável.
Em quarto lugar, será uma queda desastrosa (5.3). O profeta Amós disse; “Porque assim diz o Senhor Deus; A cidade da qual saem mil terá de resto cem, e aquela da qual saem cem terá dez para a casa de Israel” (5.3). A “morte” de Israel será por meio de dizimação militar. As cidades foram dizimadas pela fúria do inimigo. A invasão dos assírios cobraria um alto custo em vidas humanas, tendo em vista que apenas um décimo seria poupado, diz Charles Feinberg.’’^ O que aconteceu a Israel foi o literal cumprimento do castigo da desobediência; “Ficareis poucos em número, depois de haverdes sido em multidão como as estrelas do céu, porquanto não destes ouvidos à voz do Senhor, teu Deus” (Dt 28.62). Um exército que perde nove de cada dez soldados está aniquilado e, certamente, para o povo que ele devia defender, só restam lamentações, diz Bowden.
Os exércitos assírios eram expansionistas, sanguinários e truculentos. Eles não respeitavam velhos nem crianças.
Eles faziam trepidar a terra com suas marchas assombrosas.
Eles deixavam um rastro de destruição e de horror por onde passavam. Eles derramavam rios de sangue e empilhavam as cabeças de suas vítimas em montões. O pecado tem um salário muito alto. Suas consequências são desastrosas.
Aqueles que não ouvem o chamado da graça terão necessariamente de ouvir o estampido ensurdecedor do juízo.
A. Motyer diz corretamente que Amós pregou um sermão severo no funeral de Israel. Os últimos vinte anos do reino de Israel foram de ruína da política doméstica, um golpe político após o outro, até que, em 722 a.C., Sargão II, da Assíria, acabou com o reino de Israel para sempre, deportando o remanescente que sobreviveu ao cerco e à matança, e povoando a terra com uma população estrangeira.
Israel tinha um exército forte, mas ele seria derrotado, e a população seria dizimada, exatamente como o Senhor advertira em Sua aliança (Lv 26.7,8; Dt 28.25; 32.28-30).
Warren Wiersbe diz que não poderia haver vitória quando o Senhor o abandonou à sua própria sorte. As nações de hoje dependem de suas riquezas, de seus exércitos e de sua sabedoria política, quando, na verdade, precisam depender do Senhor. “Bem-aventurada é a nação cujo Deus é o Senhor” (SI 33.12)
LOPES. Hernandes Dias. AMOS. Um clamor pela justiça social. Editora Hagnos. pag. 108-111.
O Fim de uma Nação (5.1-3)
Os versículos 1 a 3 são uma elegia sobre a queda de Israel. A lamentação mencionada no versículo 1 é detalhada no 2. E como se Israel fosse uma virgem (2) que caiu. A expressão nunca mais tornará a levantar-se indica morte da qual não há redenção. Há uma finalidade inexorável nas palavras do profeta. Para Amós, isto não era uma dramatização. Seu coração se partiu ao ver, diante de si, a nação prostrada como na morte. O pronunciamento é mais real quando lembramos que Amós profetizou na plenitude da prosperidade de Israel. Não admira que ele e suas palavras tivessem sido rejeitados como tolice. O versículo 3 interpreta e enfatiza o 2. Israel perecerá na guerra. “Pois o Senhor Deus diz: ‘Se uma cidade mandar mil soldados para a guerra, apenas cem voltarão. Se outra cidade mandar cem, voltarão apenas dez com vida”’ (BV).
Exortação e Condenação, 5.4-15
A Verdadeira Religião (5.4-6)
Porque assim diz o SENHOR à casa de Israel: Buscai-me e vivei (4). A exortação expressa claramente o elemento central do ensino de Amós. Ele identifica a verdadeira religião com a justiça (que guarda a lei moral). Quando o povo busca Jeová procura o bem. “A religião que se atarefa com ritos e cerimônias, com sinais e presságios, tem pouco valor para o mundo. Age como uma barreira ao progresso. Não é guiada por princípio racional e, por isso, tende a santificar os costumes e crenças do passado, os quais são incoerentes, absurdos e, na maioria das vezes, prejudiciais. Mas quando a religião se identifica com a natureza moral, tudo isso muda”.
Era absolutamente necessário que Amós estabelecesse a máxima moral que o único modo de buscar Jeová era procurar o bem, e não o mal representado pelos santuários em Gilgal, Betei e Berseba (5).
Fosbroke realça que nos versículos 4 e 5 há um desenvolvimento eficaz em dois significados distintos do verbo hebraico darash (“buscar”). Em tempos primordiais, era usado com relação a buscar a vontade de um deus por meio de um vidente ou profeta.
Mais tarde, veio a ser usado no sentido de voltar para o Senhor e de “ansiar pelo próprio Deus e não por algo que Ele possa dar (Dt 4.29)”.
A palavra: vivei (6) também significa mais que a prolongação da existência. “Fala da vida com abundância na relação certa com Deus, como na conhecida passagem: ‘O homem não viverá só de pão’ (Dt 8.3)”.
Em certa medida, o conceito de responsabilidade pessoal fora compreendido séculos antes. Mas parece que Amós foi “o primeiro a diferenciá-la da religião popular, e torná-la um princípio fundamental da verdadeira religião. Assim, ele se destaca na história como o grande profeta da lei moral”.
As traduções dos versículos 5 e 6 quase não mostram a força rude do texto hebraico.
Mas não busqueis a Betei (5) é, no original: “E Betei se torna Bete-Aven”. A palavra hebraica aven (idolatria) também significa “maldade”. George Adam Smith fala “que não exageraríamos a antítese se empregássemos uma frase que antigamente não era vulgar: E Betei, a casa de Deus, irá para o diabo”.
No versículo 6, uma vez mais Jeová identifica seu poder como um fogo que consumirá a casa de José e purgará a terra da injustiça de Betei (Bete-Áven, casa da idolatria).
Oscar F. Reed. Comentário Bíblico Beacon. Amos. Editora CPAD. Vol. 5. pag. 108-109.
A TRÁGICA QUEDA DE ISRAEL (5.1-3).
O terceiro discurso de Amós começa com uma breve lamentação, em forma poética, na qual ele entoa a trágica queda de Israel.
A virgem (2) (que em Isaías representa Jerusalém e ocasionalmente alguma outra cidade, mas que aqui é aplicada à nação inteira de Israel), a quem Jeová amava, caiu, ou “se precipitou” (em heb., nitshah) contra o solo. E não apenas ela se despedaçara no solo; mas ficara abandonada. Não pode levantar-se novamente, pois ninguém existe que possa erguê-la.
A cidade da qual saem… (3); uma frase regular acerca do sair à guerra. Aparentemente, neste período, o exército saíra, não como nos tempos antigos, por tribos e famílias, mas por cidades e aldeias. Não admira que o profeta se lamente, pois que terra pode continuar existindo quando nove décimos de seus habitantes homens são destruídos na batalha?
O APAIXONADO APELO DE JEOVÁ (5.4-15). Por mais trágica que possa ter sido a queda de Israel e além de qualquer ajuda humana, ainda havia esperança em Jeová, que pode fazer algo surgir do nada (cf. 4.13), contanto que a nação de Israel O busque (4). O apelo é lançado de forma negativa e positiva.
Não busqueis a Betel… Gilgal… Berseba… (5). Esses lugares nenhuma ajuda poderiam prestar. Não eram capazes de salvar a si mesmos; e, por implicação, como poderiam salvar a outros? “Gilgal provará o fel do exílio” (G. A. Smith) e Betel tornar-se-á iniquidade (em heb. aven). Em realidade, Oséias chama o lugar de Bete-Áven (Os 4.15), isto é, “casa de iniquidade”.
Porém, Buscai ao Senhor (6). O motivo para esse apelo é dado em seguida – e vivei e para que não se lance na casa de José como um fogo. O fogo é o julgamento de Deus, e ai da casa de José (Efraim e Manassés) se esse fogo irrompesse, pois então consumiria a todos e ninguém seria capaz de apagá-lo (6).
DAVIDSON. F. Novo Comentário da Bíblia. Amos. pag. 24-25.
2- A primeira parte do oráculo (v.13).
A expressão, ”[…] quando uma terra pecar contra mim, pode se aplicar a qualquer povo e em qualquer lugar e época. Existem inúmeras formas de Deus castigar um desobediente contumaz, que se recusa ouvir sua Palavra. Ele torna ”instável o sustento do pão” (v.13; 4.16; 5.16). Como isso é feito? A palavra profética esclarece com a carestia, fome e extermínio de seus moradores e até dos animais (Mt 24.7; Ap 6.8). Trata-se de uma grande crise econômica nacional, que chamamos de recessão financeira.
Comentário
A expressão quando uma terra pecar contra mim se refere a uma terra hipotética, e isso se estende até o versículo 20. Ezequiel, com sua experiência de sacerdote, parece ter usado a mesma estrutura hipotética da lei sacerdotal: “Quando uma pessoa pecar, e transgredir contra o Senhor” (Lv 6.2, ARC), em referência a qualquer pessoa. Segundo Greenberg, essa passagem não se refere especificamente à terra de Israel, e o autor comenta ainda “que esta será a única passagem nas Escrituras Hebraicas em que ‘transgredir (contra YHWH)’ é afirmação de um tema não israelita”.
Javé é Senhor do céu e da terra e tem o domínio sobre todas as nações (Êx 19.5; Sl 24.1; Mt 11.25; Ap 4.11). Deus é o soberano de todo o universo, pois Javé é o Criador, aquele que com seu grande poder criou todas as coisas que há nos céus e na terra. As nações lhe pertencem, e ele tem o direito julgá-las. Ele tem o direito de dominar sobre todos os povos da terra.
Segundo Block, “o caso não é assim tão hipotético” e “envolve um pecado contra Yahweh”. Dizer que só quem conhece a Javé pode ser julgado por transgredir contra ele é um argumento que nos parece sem sustentação bíblica (16.50; Jr 50.14). Como a profecia não está se dirigindo a uma terra específica, pode se aplicar a qualquer povo e em qualquer lugar e em qualquer época. O Profeta não especifica os pecados; usa de forma genérica a expressão cometendo graves transgressões, que traduz o hebraico limeʿālˉmaʿal, literalmente “transgredir com transgressão, delito”.
O verbo māʿal significa “transgredir, cometer uma falta, agir com infidelidade”. Não é difícil descobrir esses pecados com base nas várias denúncias em Ezequiel, como as do capítulo 8. Em seguida, vêm os primeiros elementos da justiça divina usados no julgamento de Javé: estenderei a mão contra ela, e cortarei o suprimento de pão, enviarei contra ela fome e eliminarei dela pessoas e animais. Primeiro ponto: ele retira a sua bênção, a terra deixa de ser abençoada e, a partir daí, vem a carestia, a fome e a mortandade, o extermínio de seus moradores e até dos animais (Mt 24.7; Ap 6.8). Trata-se de uma grande crise econômica nacional, que chamamos hoje de recessão econômica.
Soares. Esequias,. Soares. Daniele. A Justiça Divina: A Preparação do povo de Deus Para os Últimos Dias no livro de Ezequiel. Editora CPAD. 1 Ed. 2022. pag. 77-78.
Cometendo graves transgressões traduz um verbo hebraico enfático com seu acusativo cognato. O significado da raiz é “agir traiçoeiramente” na quebra de uma aliança solene. É empregado para o pecado de Acã com relação às coisas condenadas (o herem, Js 7:1) e ao ato adúltero de uma esposa (Nm 5:12), sendo que os dois incorriam na pena da morte.
O significado aqui diz respeito, de modo semelhante, a um país que pela sua infidelidade merece o castigo máximo.
Taylor. John B,. Ezequiel. Introdução e Comentário. Editora Mundo Cristão. pag. 117.
A reação de Yahweh a tal infidelidade é descrita primeiro em uma afirmação geral: estendi minha mão contra ela.-‘‘ Ezequiel já tocou no assunto dos efeitos devastadores da mão estendida de Yahweh em dois textos anteriores (sobre a nação, 6.14; sobre o indivíduo, 14.9). Aqui, outro exemplo da exposição redentiva, ele oferece uma exposição do assunto ao citar quatro cenários diferentes, em cada caso envolvendo um agente diferente de julgamento. Estes casos são apresentados em painéis paralelos (quadro 4). Porque não há progressão evidente nos quatro painéis, pode-se examiná-los ao comparar e contrastar suas características respectivas sob uma série de títulos.
(1) Agentes. Os cinco agentes da mão divina listados aqui são idênticos àqueles identificados em 5.17 (fome [rã’ãb], animais selvagens [hayyâ rã‘^â], espada [hereb]),“ praga [deber] e derramamento de sangue [dãm]), embora as duas últimas estejam combinadas no painel
Mas o tratamento atual pode também ter sido inspirado por Jeremias 15.2-3:
Assim declarou Yahweh:
Aqueles destinados para a morte, para a morte (mãivet); Aqueles destinados para a espada, para a espada {hereb); Aqueles destinados para a fome, para a fome (rã^ãb) Aqueles destinados para a prisão, para a prisão (sëbî).
E eu lhes indicarei quatro agentes [de julgamento], declara Yahweh: a espada para matar, os cães para arrastar, os pássaros do céu e os animais da terra para devorarem e destruir.
(2) Propósito/Resultados. A adoção de uma estratégica retórica de quatro estágios enfatiza a totalidade da destruição iminente. Sua amplitude é reforçada pela expressão idiomática merismática, “eliminar homem e animal selvagem dela [da terra]”, isto é, “todas as criaturas vivas” que aparecem nos painéis 1, 2 e 4.^^ Contudo, vários painéis também acrescentam seus próprios elementos distintivos para a imagem. No painel 1 a descrição do efeito, a quebra do suprimento de pão precede a identificação do agente. No painel 2 Ezequiel visualiza bestas predadoras correndo pela terra e varrendo a população, e deixando a terra desolada e perigosa para aqueles que passam por ela.
Block. Daniel,. Comentário do Antigo Testamento Ezequiel. Editora Cultura Cristã. pag. 418,420.
3- Descrição dos agentes do juízo divino (vv.17,21).
É Javé quem manda as chuvas e fertiliza a terra e os campos (Jr 5.24; 14.22; Dt 32.2; Am 4.7,8). Ao invés de agradecer a Deus, eles agradeciam as abençoadas colheitas a Baal (Os 2.8). A seca era um sinal visível do castigo divino (Jr 12.4; Dt 28.23). A espada, linguagem figurada para designar a guerra, também resulta em fome e peste (Ez 6.3,12; 7.15). A fome é uma referência à escassez de alimento provocada pela destruição da produção agropecuária; a peste é resultado da epidemia causada pelas mortes nos campos de batalha. Mas, no versículo 21, o profeta acrescenta a figura dos animais ferozes. No versículo 21, o oráculo inclui Jerusalém como destinatária da profecia, de modo que podemos afirmar que essa palavra profética é para qualquer nação e época.
Comentário
Nessas passagens são apresentadas as formas de julgamento divino. Existem inúmeras formas de Deus castigar um desobediente e contumaz, que se recusa ouvir a Palavra de Deus.
Ele faz isso com os animais selvagens: Se eu fizer passar pela terra animais selvagens, e eles a devastarem, assim que fique assolada, e ninguém possa passar por ela por causa das feras; com a guerra: Ou se eu fizer vir a espada sobre essa terra e disser: “Espada, passe pela terra”; e eu eliminar dela pessoas e animais; e com a pestilência: Ou se eu enviar a peste sobre essa terra e derramar o meu furor sobre ela com sangue, para eliminar dela pessoas e animais. Os julgamentos de Javé aparecem também no profeta Jeremias, mas apresentados de forma diferente: “pela guerra, pela fome e pela peste” (Jr 14.12); às vezes, ele acrescenta as feras (Jr 5.6; 15.3). Isso aparece com certa frequência em Jeremias (Jr 21.7; 24.10; 27.8; 29.18; 32.36; 38.2; 42.17, 22; 44.13).
Mas, no versículo 21, o Profeta acrescenta a figura dos animais ferozes.
A espada é uma linguagem figurada para designar a guerra, e também resulta em fome e em peste (Ez 6.3, 12; 7.15). É Javé quem manda as chuvas e fertiliza a terra e os campos (Jr 5.24; 14.22; Dt 32.2; Am 4.7, 8). Em vez de agradecer a Deus, eles agradeciam as abençoadas colheitas a Baal (Os 2.8). A seca era um sinal visível do castigo divino (Jr 12.4; Dt 28.23). A fome é resultado da carestia; a falta de alimento é uma referência à escassez de alimento pela destruição da produção agropecuária; a peste é resultado da epidemia causada pelas mortes nos campos de batalha (v. 13). A palavra profética esclarece, com a carestia, fome e extermínio de seus moradores e até dos animais (Mt 24.7; Ap 6.8).
Soares. Esequias,. Soares. Daniele. A Justiça Divina: A Preparação do povo de Deus Para os Últimos Dias no livro de Ezequiel. Editora CPAD. 1 Ed. 2022. pag. 81-82.
Para os quatro meios clássicos do julgamento divino, a espada, a fome, as bestas-feras e a peste (não há relevância na variação da ordem, comparada com os w. 13:19), ver a nota sobre 5:17. Muilenburg nota que na Épica Babilónica de Gilgames, que contém a famosa versão paralela do Dilúvio, depois de as águas terem baixado e Utnapistim ter oferecido sacrifícios aos deuses, a deusa-mãe Ea zombou do deus Enlil que enviara o dilúvio e perguntou-lhe por que não enviara o leão, o lobo, uma fome ou uma pestilência.56 Isto sugere que estes quatro julgamentos correspondiam às desgraças que eram universalmente temidas em todas as partes do antigo Oriente Próximo.
Taylor. John B,. Ezequiel. Introdução e Comentário. Editora Mundo Cristão. pag. 118,
O primeiro juízo era a fome (vv. 12-14). Deus iria interromper o sustento de pão e acabaria com a vida de homens e animais. Tanto Jeremias quanto Ezequiel mencionam esse juízo (Jr 14; Ez 5:12, 16, 17; 6:11, 12; 7:15; 12:16), que ocorreu exatamente como foi prometido. Contudo, em sua aliança Deus advertira que mandaria fome, se o povo desobedecesse à sua Palavra (Dt 28:15-20, 38-40, 50-57). “Mas certamente há homens justos que bastem em Jerusalém para demover a ira de Deus”, argumentaram os líderes; Deus, porém, calou esses líderes. Se Noé, Daniel e Jó estivessem na cidade, sua retidão livraria apenas sua própria vida, mas não poderia salvar a cidade.
O segundo juízo era de bestas-feras assolando a terra (Ez 14:15, 16). Esse juízo também é mencionado na aliança: “Porque enviarei para o meio de vós as feras do campo, as quais vos desfilharão, e acabarão com o vosso gado, e vos reduzirão a poucos; e os vossos caminhos se tornarão desertos” (Lv 26:22). O Senhor deu vitória a Israel na terra prometida durante cerca de sete anos, mas a “operação limpeza” levou um pouco mais de tempo. Deus fez os israelitas vencerem os habitantes da terra “aos poucos” para que a terra não voltasse a seu estado natural sendo tomada por animais selvagens (Dt 7:22). Contudo, numa terra desenvolvida, com muita gente, muitas vilas e cidades, ainda assim os animais tomariam conta segundo as ordens do Senhor! Infelizmente, quem sofreria mais seriam as crianças inocentes.
Ainda que aqueles três homens justos estivessem morando na terra, não poderiam livrar ninguém a não ser eles mesmos.
O terceiro juízo era a espada (Ez 14:17, 18), que significava guerra. A palavra “espada” é usada noventa vezes no Livro de Ezequiel.
O exército da Babilônia varreria a terra sem misericórdia (FHc 1:5-11). Os babilônios cercariam Jerusalém e sitiariam a cidade até que acabasse a comida e que as fortificações cedessem. A presença de Noé, Daniel e Jó não teria salvo a cidade.
O juízo final era a peste (Ez 14:19, 20), que normalmente acompanha a fome e a guerra (Ap 6:3-8). Pessoas morrendo e cadáveres em decomposição não fazem de uma cidade sitiada um lugar saudável para se viver. Mais uma vez, Deus advertiu sobre como nem os três homens justos poderiam socorrer o povo. A repetição dessa verdade quatro vezes sem dúvida deixou a mensagem clara para os anciãos, mas os judeus tinham a tendência de colocar todas as esperanças sobre a justiça de seus “grandes homens”. Tanto João Batista quanto Jesus advertiram os fariseus e saduceus que não podiam agradar a Deus só porque Abraão era seu pai (Mt 3:7-9; Jo 8:33-47) ou Moisés, seu líder (Jo 9:28).
WIERSBE. Warren W. Comentário Bíblico Expositivo. A.T. Vol. IV. Editora Central Gospel. pag. 232-233.
SINOPSE I
Deus não executa o seu juízo sem uma justa causa nem mesmo sem um prévio aviso.
AMPLIANDO O CONHECIMENTO - A Lição Transmitida por Ezequiel
Ao longo de seu ministério, […] Ezequiel explicou aos israelitas o significado da presença de Deus com eles. Quando o povo de Deus é fiel e anda humildemente diante dEle, a presença do Senhor é uma fonte de bênção, paz e prosperidade. No entanto, quando o povo de Deus é desleal, rebelde e adúltero, a presença de Deus é algo terrível porque significa julgamento e correção. Porém, por Deus ser misericordioso e compassivo, sua presença também significa perdão, salvação, restauração e esperança . Leia mais em Panorama da Bíblia, CPAD, p.118.
II – SOBRE A PETIÇÃO QUE DEUS NÃO ATENDE
Nós encontramos em Jeremias e Ezequiel duas situações hipotéticas de orações intercessória de justos que Deus não atende. O exemplo de Moisés e Samuel; o de Noé, Daniel e Jó.
1- Exemplos de intercessão pelo pecador.
Deus aceitou poupar as cidades de Sodoma e Gomorra atendendo a oração intercessória de Abraão, isso se houvesse pelo menos 10 justos em Sodoma (Gn 18.32). Moisés e Samuel, dois baluartes de Israel, foram atendidos nas petições em favor do povo nos casos de pecados e rebeliões (Êx 32.11,14; Nm 14.19,20; 1Sm 7.5,6,9; 12.19-25; Sl 99.6-8). Deus perdoou o povo reiteradas vezes. Israel se rebelou contra Deus, ainda no Sinai, com o culto do bezerro de ouro. Mas Deus perdoou-os e renovou o concerto com os israelitas (Êx 34.10). Inspirados nessas experiências dos homens de Deus que oramos, uns pelos outros (Ef 6.18,19; Tg 5.16), e intercedemos pelos pecadores, para que eles se arrependam e venham a Cristo.
Comentário - Não se ire o Senhor.
Agora, porém, Abraão chegava ao fim de sua intercessão. O número de justos foi baixado para um ridículo dez. Antigos intérpretes judeus supõem aqui que Abraão tinha boas razões para esperar encontrar esses dez entre os familiares de Ló. Sem dúvida, entre seus familiares e seus escravos, poderiam ser achadas dez pessoas razoavelmente justas. A narrativa, porém, é interrompida, sem dizer-nos o resultado de uma suposta investigação. Mas 0 capitulo dezenove fornece-nos a resposta. Yahweh não permitiu que Sodoma escapasse ao castigo. Antes, as poucas pessoas razoavelmente retas foram removidas da cidade, deixando ali, como é presumível, somente as pessoas pecaminosas, para receberem 0 merecido castigo. Nesse caso, a intercessão de Abraão foi um completo sucesso, embora não da maneira exata como ele havia planeja- do. E assim sucede, com frequência, com a vontade de Deus. Pensamos que certa coisa tem de ser feita de certo modo, mas ignoramos a soberana vontade de Deus. Ele pode responder às nossas petições, mas de uma maneira inesperada e melhor. E, de outras vezes, Ele não responde às nossas preces, porque isso é melhor para nós. Seja como for, há evidências esmagadoras em favor da suposição de que Deus responde às nossas orações, e que a oração é, realmente, eficaz. Todas as pessoas que trilham pela vereda espiritual recebem provas disso. Ver no Dicionário os verbetes Oração e Intercessão.
Dez Pessoas. De acordo com as leis do judaísmo posterior, já podiam formar uma congregação ou sinagoga, pelo que eles diziam que, onde houvesse dez pessoas justas, a localidade seria salva por amor a elas. O juízo caiu sobre Sodoma, mas “primeiro foi tirado” um pequeno remanescente.
CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 137-138.
Um terrível temor do desprazer de Deus: “Não se ire o Senhor” (v. 30), e novamente, v. 32. Observe que:
[1] A impertinência que os crentes usam quando se dirigem a Deus é tal que, se estivessem lidando com um homem como eles, não poderiam deixar de temer que este se zangasse com eles. Mas aquele com quem nos relacionamos é Deus, e não homem. E, quem quer que Ele possa parecer, não está, realmente, indignado com as orações dos justos (SI 80.4), pois elas são o seu contentamento (Pv 15.8). Ele se alegra quando “lutamos” com Ele em oração. [2] Mesmo quando recebemos sinais especiais do favor divino, devemos zelar por nós mesmos, para que não nos façamos odiosos ao desprazer divino. E, por isto, devemos trazer o Mediador conosco, nos braços da nossa fé, para expiar a iniquidade daquilo que é santo para nós.
HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry Antigo Testamento Gênesis a Deuteronômio. Editora CPAD. 1 Ed. 2010. pag. 106.
Porventura 10 será encontrado lá
Sabendo que na família de seu sobrinho a verdadeira religião professada e era praticado, ele não poderia supor que poderia haver menos de dez pessoas justas na cidade, ele não acha que é necessário para instar seu súplica mais longe: ele, portanto, deixou fora de suas súplicas, e que o Senhor se apartou dele. É altamente digno de observação, que, enquanto ele continuava a rezar a presença de Deus foi continuado, e quando terminou Abraão, “a glória do Senhor foi levantado”, como o Targum expressa. Este capítulo, embora contendo apenas as preliminares para a catástrofe terrível detalhado no próximo, nos dá várias lições de informação útil e importante.
A hospitalidade e a humanidade de Abraão é digno, não só da nossa relação mais séria, mas também da nossa imitação. Ele sentou-se na porta de sua tenda, no calor do dia, não só para desfrutar da corrente de ar refrescante, mas que se ele viu qualquer viajante cansado e exausto poderia convidá-los para descansar e refrescar-se. Hospitalidade está sempre tornando-se em um ser humano para outro, pois cada homem é um indigente irmão em perigo, e exige a nossa assistência mais rápida e carinhosa, de acordo com o preceito divino: “O que quereis que os homens vos façam, nem mesmo assim para eles. ” A partir desta conduta de Abraão um preceito divino é formado: “Não seja esqueçais da hospitalidade, porque por ela alguns hospedaram anjos de surpresa. Hebreus 13:2.
Tudo o que é dado no chão da humanidade e de misericórdia é dado a Deus, e é certo para se encontrar com a sua aprovação e uma recompensa adequada. Enquanto Abraão entretinha seus convidados Deus descobre a si mesmo, e lhe revela os conselhos de sua vontade, e renova a promessa de uma posteridade numerosa. Sarah, embora naturalmente falando passado fértil, terá um filho: obstáculos naturais não pode impedir o propósito de Deus, a natureza é o seu instrumento, e como ele funciona não apenas por leis gerais, mas também por qualquer vontade particular de Deus, por isso pode realizar isso de forma alguma ele pode escolher para dirigir. É sempre difícil ao crédito de Deus promessas quando se relacionam com sobrenaturais coisas, e ainda mais quando eles têm para seus eventos de objetos que são contrários ao curso da natureza, mas como nada é difícil demais para Deus, então “todas as coisas são possíveis ao que crê ” É que somente a fé que é a operação do Espírito de Deus, que é capaz de creditar coisas sobrenaturais, ele que não reza para ser habilitado a acreditar, ou, se ele faz, não usa o poder, quando recebeu, pode nunca acreditam a salvação da alma.
Abraão confia muito em Deus, e Deus repousa muita confiança em Abraão. Ele sabe que Deus é fiel e cumprirá suas promessas, e Deus sabe que Abraão é fiel, e de ordenar a seus filhos e a sua casa depois dele, para que guardem o caminho do Senhor para fazer justiça e juízo; Gênesis 18: 19. Nenhum homem vive para si, e Deus nos dá nem espirituais nem temporais bênçãos para nós mesmos, o nosso pão que está a dividir com o faminto, e para ajudar o estranho em perigo.
Aquele que compreende o caminho de Deus deve cuidadosamente instruir sua família dessa forma, e quem é o pai de uma família deve orar a Deus para ensiná-lo, para que ele possa ensinar a sua família. Sua ignorância de Deus e salvação pode haver desculpa para negligenciar sua família: é seu dever indispensável para ensiná-los, e Deus vai ensinar-lhe, eles o buscam, que ele pode ser capaz de cumprir este dever à sua família. Leitor, se os teus filhos ou funcionários perecer por tua negligência, Deus vai te julgar por ele no grande dia.
O pecado de Sodoma e as cidades da planície foi grande e grave, a medida de sua iniquidade estava cheio, e Deus resolveu destruí-los. Juízo é de Deus estranha obra, mas, embora raramente é feito, deve ser feito, às vezes, para que os homens deveriam supor que o certo e o errado vício e virtude, são iguais aos olhos de Deus. E essas decisões devem ser distribuídos de uma forma a mostrar que não são os resultados de causas naturais, mas vem imediatamente da justiça indignado do Altíssimo.
Todo homem que ama a Deus ama o próximo também, e aquele que ama seu próximo fará tudo em seu poder para promover a tanto bem-estar de sua alma e seu corpo. Abraão não pode impedir os homens de Sodoma de pecar contra Deus, mas ele pode fazer oração e intercessão por suas almas, e implorar, se não na prisão, ainda em mitigação, de julgamento. Ele, portanto, intercede pelos transgressores, e Deus se agrada com suas intercessões. Estes são os filhos do próprio amor de Deus no coração de seu servo.
Como é verdade é que a palavra, a oração energética fiel de um justo pode muito! Abraão se aproxima de Deus pelo carinho e fé, e da maneira mais devoto e humilde faz oração e súplica, e toda petição é atendida no local. Nem Deus deixar de prometer a mostrar misericórdia até Abraão deixa de interceder! Que incentivo isto mantenha a eles que temem a Deus, para fazer oração e intercessão para os seus vizinhos e parentes ímpios pecadores! A fé no Senhor Jesus oração com uma espécie de onipotência, tudo o que o homem pede ao Pai em seu nome, ele vai fazê-lo. A oração tem sido chamado de portão do céu, mas sem a fé que o portão não pode ser aberto. Ele, que reza que ele deve , e acredita que ele deveria, deve ter a plenitude das bênçãos do Evangelho da paz.
ADAM CLARKE. Comentário Bíblico de Adam Clarke.
2- Um castigo inevitável.
As reiteradas rebeliões dos filhos de Israel ao longo de sua história, desde a peregrinação no deserto, levaram a nação a uma apostasia generalizada. Chegou-se a um ponto em que não havia mais retorno (2Cr 36.15,16). As Escrituras mostram que há situações em que Deus se recusa a perdoar a nação e até as pessoas, como aconteceu com Saul (1Sm 16.1). O profeta Jeremias intercedeu pelo povo (Jr 14.21), mas Deus endureceu sua resposta ao profeta, afirmando que nem mesmo Moisés e Samuel seriam atendidos se orassem em favor de Judá (Jr 15.1).
Comentário
A menção dos três justos do Antigo Testamento mostra que a responsabilidade é pessoal, mas o Profeta retoma esse tema mais adiante: Mesmo que estivessem no meio dela estes três homens, Noé, Daniel e Jó, eles, pela sua justiça, salvariam apenas a sua própria vida, diz o Senhor Deus. Os destinatários originais dos discursos de Ezequiel não acreditavam nele, nem em Jeremias e nos demais profetas, porque acreditavam que a interseção dos justos seria suficiente para Deus perdoar o povo e poupar a cidade.
Javé resolveu poupar Sodoma e Gomorra atendendo a intercessão de Abraão, isso se houvesse pelo menos dez justos em Sodoma (Gn 18.32), o que não aconteceu porque não havia dez justos nelas.
Moisés e Samuel, dois baluartes de Israel, foram atendidos nas petições em favor do povo nos casos de pecados e rebeliões (Êx 32.11, 14; Nm 14.19, 20; 1Sm 7.5, 6, 9; 12.19-25; Sl 99.6-8). Deus perdoou o povo reiteradas vezes. Israel se rebelou contra Deus, ainda no Sinai, com o culto do bezerro de ouro. Porém, Deus perdoou o povo e renovou o concerto com os israelitas (Êx 34.10).
Por que não perdoaria de novo? Essa era uma das razões pelas quais a maioria não acreditava no juízo divino anunciado pelos profetas.
Os contemporâneos de Ezequiel estavam equivocados, pois houve situações em que Deus não perdoou o povo. As reiteradas rebeliões do povo ao longo de sua história, desde a peregrinação no deserto, levaram a nação a uma apostasia generalizada. Chegou a um ponto em que não havia mais retorno (2Cr 36.15, 16). As Escrituras mostram que há situações em que Deus se recusa a perdoar uma nação e até pessoas, como aconteceu com Saul (1Sm 16.1). O profeta Jeremias intercedeu pelo povo (Jr 14.21), mas Deus endureceu sua resposta ao profeta, afirmando que nem mesmo Moisés e Samuel seriam atendidos se orassem em favor de Judá (Jr 15.1).
Soares. Esequias,. Soares. Daniele. A Justiça Divina: A Preparação do povo de Deus Para os Últimos Dias no livro de Ezequiel. Editora CPAD. 1 Ed. 2022. pag. 80.
Irrevogabilidade. A fuga desejada da mão de Yahweh é expressa na raiz nsl, “salvar, livrar”, que, com suas sete ocorrências nos vs. 14-20, funciona como uma Leitwort na passagem. A palavra é com frequência associada com a libertação de Israel da escravidão egípcia operada por Yahweh, mas num tom irônico, o agente do resgate anterior agora se apresenta como inimigo de quem a libertação é necessária. Mas a libertação não virá. Nem mesmo a presença das pessoas mais retas na História mudarão a mente de Deus. Para concretizar a irrevogabilidade desta realidade dura, o profeta nomeia três pessoas, paradigmas de virtude, cuja presença em Israel não convenceria Yahweh de retirar a sua mão: Noé, Daniel e Jó.
Block. Daniel,. Comentário do Antigo Testamento Ezequiel. Editora Cultura Cristã. pag. 421.
3- Quando Deus não atende a oração intercessória de um justo.
A Bíblia ensina que a “oração feita por um justo pode muito em seus efeitos” (Tg 5.16), mas quando o pecado ultrapassa todos os limites, Deus não atende tais orações intercessória. O “pecado para morte”, na linguagem do apóstolo João (1Jo 5.16), é a apostasia total tanto individual quanto coletiva que se aparta da fé e abjura o seu Deus (Hb 10.28,29). Isso é diferente do pecador que se arrepende. A apostasia é negar a fé que antes defendia, isso acontecia reiteradas vezes em Israel, mas no período final do reino de Judá, não havia mais remédio senão o juízo divino sobre a cidade de Jerusalém.
Comentário
Que quando o pecado de um povo atingisse o seu auge, e a sua destruição fosse promulgada, a piedade e as orações dos melhores homens não prevaleceriam para dar um fim à controvérsia. Isto é declarado aqui, repetidas vezes, pois, ainda que esses três homens estivessem no meio de Jerusalém, “nem filho nem filha eles livrariam”. Os pequeninos não seriam livrados por causa deles, tanto quanto os pequenos de Israel não foram livrados pela oração de Moisés, Números 14.31. Não. A terra seria desolada, e Deus não ouviria as orações por ela, ainda que Moisés e Samuel se pusessem diante dele, Jeremias 15.1. Observe que quando se abusa da paciência, ela se converte em ira inexorável. E parece que Deus seria mais inexorável no caso de Israel do que em qualquer outro (v. 6), porque, além da paciência divina, eles tinham desfrutado de mais privilégios do que qualquer outro povo, e isto agravava o seu pecado.
HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry Antigo Testamento Isaías a Malaquias. Editora CPAD. 1 Ed. 2010. pag. 679.
Ezequiel pensava como um “Arminiano”, muitos séculos antes que houvesse arminianos como os conhecemos hoje. Cada pessoa precisava arrepender-se e voltar-se (6) para Deus, e permanecer em obediência moral a Ele, senão seria objeto da ira do Senhor Deus. Não era suficiente ser israelita, ou filho do melhor israelita. Não passava pela mente de Ezequiel a ideia de que uma pessoa é aceita por Deus por causa de algum decreto de eleição da parte de Deus. Um indivíduo é justo somente se ele de fato for justo. Com ou sem aliança, o Senhor olha por indivíduos cujos corações estão verdadeiramente rendidos a Deus e lhe obedecem.
Kenneth Grider. Comentário Bíblico Beacon Ezequiel. Editora CPAD. Vol. 4. pag.453.
SINOPSE II
Na Bíblia, encontramos exemplos de orações intercessória de justos que Deus não atende: os de Moisés e Samuel; os de Noé, Daniel e Jó.
AUXÍLIO TEOLÓGICO - RESPONSABILIDADE HUMANA
“Embora estivesse ansioso para aceitar as mensagens dos falsos profetas, o povo de Judá considerava a presença de alguns homens tementes a Deus na nação uma apólice de seguro contra desastres. Em tempos de adversidade, sempre podiam pedir conselhos aos profetas de Deus. Devemos lembrar que a relação que o nosso pastor, nossa família e amigos têm com Deus não nos protegerá das consequências de nossos pecados. Cada pessoa é responsável por sua relação pessoal com Deus. Sua fé é pessoal e real ou você se apoia naquilo que outros fazem? ” (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 1995, p.1046).
III – SOBRE A INTERCESSÃO DE NOÉ, DANIEL E JÓ
Estava chegando o tempo em que nem com a intercessão de Moisés e Samuel o povo seria poupado. Ezequiel refuta o imaginário popular de que Deus é obrigado a tolerar o pecado do povo por causa dos justos da cidade.
1- Por que o povo rejeitou os profetas?
A geração dos profetas Jeremias e Ezequiel conhecia o relato da destruição de Sodoma e Gomorra. Se apenas 10 justos são suficientes para Deus poupar a cidade, por que destruiria Jerusalém com um número maior de justos? (Gn 18.32). Essa era uma das razões pelas quais a maioria não acreditava no juízo divino anunciado pelos profetas. Esse argumento pode explicar por que Ezequiel afirma que “ainda que estivessem no meio dela estes três homens, Noé, Daniel e Jó, eles, pela sua justiça, livrariam apenas a sua alma” (vv.14,20). Esse oráculo está entre os mais severos, veja que todas as vezes que os três justos são mencionados, vêm acompanhados da chancela de autoridade espiritual “diz o Senhor Jeová” (v.14) ou, “vivo eu, diz o Senhor Jeová” (vv.16,18,20).
Comentário
A ideia que se tinha era que a geração dos profetas Jeremias e Ezequiel conhecia o relato da destruição de Sodoma e Gomorra. Se apenas dez justos são suficientes para Deus poupar a cidade, por que Jerusalém seria destruída com um número maior de justos? (Gn 18.32). Esse argumento pode explicar por que Ezequiel afirma que “ainda que estivessem no meio dela estes três homens, Noé, Daniel e Jó, eles, pela sua justiça, livrariam apenas a sua alma” (vv. 14, 20).
Soares. Esequias,. Soares. Daniele. A Justiça Divina: A Preparação do povo de Deus Para os Últimos Dias no livro de Ezequiel. Editora CPAD. 1 Ed. 2022. pag. 81.
Ezequiel assim afirma que mesmo se Noé ou Jó ou os próprios contemporâneos dos exilados que são modelos de retidão estivessem em Jerusalém, a cidade não seria poupada. Esses indivíduos justos seriam libertos, e ninguém mais, nem mesmo as crianças, escaparia com eles. Ao apresentar esses quatro casos hipotéticos, o profeta criou uma poderosa, e talvez hiperbólica, forma para comunicar que a salvação não pode ser alcançada por procuração. Para aqueles na audiência que talvez duvidassem da sinceridade da ameaça de Yahweh, em cada um dos três últimos painéis, a força retórica é fortalecida pela adição da fórmula de juramento, seguida pela fórmula signatária. De fato, Yahweh declara; “assim como eu vivo, certamente vocês morrerão”.
Nem mesmo crianças podem confiar na retidão de uma pessoa virtuosa no meio delas. E se filhos e filhas são excluídos, muito mais o restante da família, a casa de Israel. O princípio da responsabilidade individual para o destino de alguém, que será desenvolvido em detalhes no capítulo 18, deve ser aplicado com rigor sem precedente. A família de Noé havia escapado do grande dilúvio com ele, mas nenhuma esperança como aquela é mantida aqui. A salvação será determinada pela retidão da própria pessoa somente, nem por laços de família, e muito menos pela cidadania israelita. No entanto, ainda que estivesse falando sobre a responsabilidade individual, o interesse de Ezequiel é corporativo: os pecados de Israel são tão monstruosos que o dilúvio da fúria divina sobre a nação não pode ser impedido.
Block. Daniel,. Comentário do Antigo Testamento Ezequiel. Editora Cultura Cristã. pag. 424.
Que pode haver, e normalmente há, alguns poucos homens de bem, mesmo naqueles lugares que pelo pecado, estão prontos para a destruição. Não é uma suposição estranha que mesmo em uma terra que transgrediu terrivelmente, possa haver três homens como Noé, Daniel e Jó. Daniel estava vivo nesta época, e mal tinha chegado ao auge da sua eminência, mas já era famoso (pelo menos, esta palavra de Deus a respeito dele, sem dúvida, o tornaria famoso). No entanto, ele foi levado em cativeiro, com os primeiros, Daniel 1.6.
Algumas das melhores pessoas em Jerusalém poderiam, talvez, pensar que, se Daniel (de cuja fama na corte do rei da Babilônia eles tinham ouvido falar) tivesse permanecido em Jerusalém, ela teria sido poupada por causa dele, como aconteceu com os magos na Babilônia. Não, diz Deus, embora vocês o tenham tido, a ele, que foi tão eminentemente bom em maus tempos e lugares como Noé no velho mundo, e Jó, na terra de Uz, ainda assim a suspensão desta punição não será obtida. Nos lugares mais corruptos e nas épocas mais degeneradas, existe um resto que Deus reserva para Si mesmo, e que ainda conservará a sua integridade, e continuará justo pela honra de libertar a terra, como está escrito que são os inocentes, Jó 22.30.
HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry Antigo Testamento Isaías a Malaquias. Editora CPAD. 1 Ed. 2010. pag. 678.
2-”Noé, Daniel e Jó” (vv.14,20).
Por que Daniel? Há quem se surpreenda em ver o nome de um jovem entre dois grandes e antigos patriarcas. Mas, a pergunta deveria ser invertida, pois Daniel era judeu, mas Noé, e Jó, não eram israelitas e viveram muito tempo antes da formação do povo de Israel. Porém, eram exemplos de justos, reconhecidos de todo o povo, pois adoraram e serviram o mesmo Deus Javé de Israel, Criador, dos céus e da terra (Gn 6.7,8; Hb 11.7; Jo 1.8; Tg 5.11). Mas, somente a justiça de Cristo é extensiva a todos os pecadores que creem (Rm 3.22; 5.17-19).
Comentário
Por que Daniel aparece nesse trio de justos? Há quem se surpreenda ao ver o nome de um jovem entre dois grandes e antigos patriarcas. Mas a pergunta deveria ser invertida, pois Daniel era judeu, enquanto Noé e Jó não eram israelitas e viveram muito tempo antes da formação do povo de Israel. Eles eram exemplos de justos reconhecidos de todo o povo (Gn 6.9; Jó 1.1), pois adoraram e serviram o mesmo Deus Javé de Israel, Criador dos céus e da terra (Gn 6.7, 8; Hb 11.7; Jó 1.8; Tg 5.11). No entanto, somente a justiça de Cristo é extensiva a todos os pecadores que creem (Rm 3.22; 5.17-19).
Foi descoberto em 1929 um épico canaanita em Ras Shamra, na antiga Ugarite, datado de 1400 a.C., o Épico de Aqhat. Nesses escritos mitológicos em ugarítico, aparece uma personagem chamada Dnʾil, descrita como um homem justo e respeitado que trabalhava como juiz.
Alguns expositores do Antigo Testamento têm questionado a identidade do Daniel apresentado nesse trio de justos como sendo o profeta Daniel da Bíblia, afirmado que Ezequiel está se referindo ao Dnʾil, pagão, do mito cananita. São dois os argumentos dos que acreditam que Ezequiel está se referindo ao Dnʾil do Épico de Aqhat: primeiro, a forma de escrever o nome, pois Ezequiel emprega a mesma forma hebraica que aparece no livro de Daniel, Dāniyyēʾl (Dn 1.6); e, segundo, o fato de o profeta Daniel ser muito jovem para ser contado entre dois patriarcas antigos.
Muitos expositores do Antigo Testamento consideram tais argumentos insuficientes, pois não se deve dar importância demais à ortografia, uma vez que soletrações variantes nunca foram novidades na antiguidade bíblica. O bom senso nos leva a considerar praticamente impossível Ezequiel usar como padrão de piedade e justiça um pagão e idólatra. Dificilmente Javé colocaria um pagão entre os justos como Jó e Noé, ainda mais num contexto de apostasia generalizada em Israel.
Ezequiel não teria nenhuma razão para reconhecer a justiça de um pagão; como um sacerdote praticamente em estado de choque com as abominações do seu povo colocaria um cananeu idólatra entre os grandes patriarcas emblemático entre os judeus? O profeta Daniel era contemporâneo de Ezequiel na Babilônia e ministro na corte de Nabucodonosor (Dn 2.48, 49). A reputação pela sua fé e sabedoria se espalhou rapidamente entre os exilados de Babilônia (Êx 28.3). Zimmerli e Greenberg são a favor do Épico de Aqhat. Mas estão conosco expositores bíblicos como Daniel Block, Horace D. Hummel e Charles Lee Feinberg,68 entre outros.
Soares. Esequias,. Soares. Daniele. A Justiça Divina: A Preparação do povo de Deus Para os Últimos Dias no livro de Ezequiel. Editora CPAD. 1 Ed. 2022. pag. 80-81.
Por que Deus escolheu esses três homens?
Um dos motivos foi o fato de todos eles serem identificados nas Escrituras do Antigo Testamento como homens justos (Gn 6:9; Jó 1:1, 8; 2:3; Dn 6:4, 5, 22). Todos eles foram provados e mostraram-se fiéis: Noé pelo dilúvio, Daniel, na cova dos leões, e Jó pelas provações dolorosas de Satanás. Foram todos homens de fé. Por sua fé, Noé ajudou a salvar sua família e a criação animal; Daniel, por sua fé, salvou sua própria vida e a vida de seus três amigos (Dn 2:24); pela fé, Jó salvou seus três amigos do juízo de Deus (Jó 42:7, 8). No entanto, a fé e a justiça desses três homens não poderiam ser imputadas a outros. A família de Noé teve de confiar em Deus e entrar na arca; os amigos de Daniel tiveram de orar e crer em Deus; e os amigos de Jó tiveram de se arrepender e de oferecer os devidos sacrifícios.
Não existe “fé emprestada”.
WIERSBE. Warren W. Comentário Bíblico Expositivo. A.T. Vol. IV. Editora Central Gospel. pag. 232.
Além desse texto, o nome Noé ocorre somente em Gênesis 5-10, Isaías 54.9, e 1 Crônicas 1.4, os últimos dois ligados a Gênesis. Figuras semelhantes a Noé aparecem em várias tradições antigas do oriente próximo, mas não há necessidade de olhar além da própria herança literária hebraica de Ezequiel para uma base sobre a referência que faz. De acordo com Gênesis 6.9-12, Noé se distinguiu como uma pessoa reta {’issaddíq), um homem sem culpa na época em que vivia (tãmím hãyâ bédõrõtãyw), e alguém que andou com Deus (’et-hã’élõhim hithallek), em contraste com uma corrupta (sãhat) e violenta (hãmãs) sociedade na qual viveu. Como alguém que não trouxe benefícios de justiça para os seus contemporâneos, serve como um perfeito exemplo para o que Ezequiel está defendendo. Mas a determinação de Yahweh é até mesmo mais firme aqui do que foi antes do dilúvio, Se Noé estivesse presente agora como a única pessoa reta, seus filhos não sobreviveriam ao julgamento vindouro.
Jó, o terceiro paradigma de retidão de Ezequiel, é conhecido somente do livro bíblico que leva o seu nome. De acordo com o prólogo em prosa do livro de Jó, o homem, um patriarca de Uz, foi destacado por sua piedade. O narrador compartilha que Deus reconhece esse homem como reto (tãm), justo (yãsãr), e temente a Deus (yérè’ ’élõhím), e que se afastava da impiedade (sãr mérã^ (Jó 1.1,8; 2.3). O peso do coração poético do livro é explorar se essa piedade era genuína (observe Satanás acusando-o em 1.9). Argumentando com base em seu sofrimento e buscando uma causa, os “três amigos” de Jó insistiram que seu sofrimento era a punição pelo seu pecado. Mas o herói mantém sua retidão (sédãqâ, 27.6), alcançando o clímax de sua autodefesa com uma recitação apologética de seu código de honra (cap. 31), uma longa exposição da definição israelita de justiça. No final, Jó é vindicado e ordenado a interceder a favor de seus “amistosos” acusadores (42.8).
No meio dos dois nomes está Daniel. Embora o Daniel de Ezequiel tenha tradicionalmente sido identificado com o Daniel do livro bíblico,” esta interpretação levanta várias questões. Como um contemporâneo mais jovem que Ezequiel ganha o direito de se colocar ao lado de paradigmas tradicionais de piedade como Noé e Jó dentro de um período tão curto. O que faz Daniel, o contemporâneo hebraico, em companhia de dois heróis não israelitas do passado? Por que Ezequiel escreve seu nome dnl, em vez de dnyl?
Questões como essas têm provocado uma busca por candidatos diferentes do Daniel bíblico. A tradição judaica conhece um Dan’el, o avó de Matusalém por parte de mãe, que se encaixa na estrutura cronológica de uma forma melhor (Jub. 4:20). Em Ezequiel 28.3 o profeta exílico compara o rei de Tiro com um extraordinário sábio Dan’el, provavelmente uma figura famosa internacionalmente, conhecida na Fenícia e na tradição nortecananita. Uma escola recente tem sido simpática com um candidato que aparece nas tábuas descobertas nas ruínas do século 12 a.C., em ugarítico. O conto de Aqhat traz a história de um legendário rei Dan’el (dnil) caracterizado como “reto, que se senta diante do portão, sob uma poderosa árvore na eira, julgando a causa de uma viúva, defendendo o caso dos órfãos”. Reconhecendo nesta descrição um candidato do Daniel de Ezequiel, muitos eruditos defendem que ambas tradições são baseadas na memória de um herói antigo de nome Dan’el, renomado por sua sabedoria e piedade, que circulava amplamente num mundo semita.
Block. Daniel,. Comentário do Antigo Testamento Ezequiel. Editora Cultura Cristã. pag. 422.
3- O profeta Daniel.
Nos últimos tempos, têm surgido questionamentos sobre a identidade do Daniel apresentado nesse trio de justos. São dois os argumentos para explicar não ser o profeta Daniel da Bíblia. Primeiro, a grafia do nome, que Ezequiel emprega Daniel, não é como Daniel usada no livro de Daniel; e, segundo, o fato de ser muito jovem para ser contado entre dois patriarcas antigos. Mas muitos expositores do Antigo Testamento consideram tais argumentos insuficientes, pois não se deve dar importância demais à ortografia, pois soletrações variantes nunca foram novidades na antiguidade bíblica. Além disso, Daniel era contemporâneo de Ezequiel na Babilônia, e era ministro na corte de Nabucodonosor (Dn 2.48,49). A reputação de Daniel pela sua fé e sabedoria se espalhou rapidamente entre os exilados de Babilônia (Ez 28.3).
Comentário
DANIEL Herói do AT e principal personagem do livro de Daniel. De linhagem nobre e real (Dn 1.3), foi levado como prisioneiro para Babilónia por Nabucodonosor em 605 a.C. juntamente com outros jovens judeus com as mesmas qualidades e capacidade (1.1-7). Ali passou o resto de sua vida e ganhou destaque como profeta e estadista.
Daniel foi instruído sobre a língua e a civilização dos caldeus (1.4). Ele e seus amigos Hananias, Misael e Azarias foram agraciados com o generoso menu da corte pagã.
Como o alimento real era contra a lei de Moisés, e poderia torná-lo menos eficientes, Daniel “assentou em seu coração não se contaminar com a porção do manjar do rei, nem com o vinho que ele bebia” (1.8). Como uma concessão ao seu pedido, Daniel e seus amigos tiveram permissão de apenas comer vegetais e beber água durante dez dias, e demonstraram ter ficado mais saudáveis que os demais companheiros. Os supervisores perceberam que esses jovens judeus possuíam grande habilidade e sabedoria. Ao final desse período de treinamento foram reconhecidos pelo rei como superiores a todos os homens sábios da corte real.
Através da divina revelação, Daniel contou o sonho que o rei havia esquecido e também deu a interpretação, que incluía a destruição do reino de Nabucodonosor (Dn 2).
O rei elogiou Daniel, honrou o seu Deus e o recompensou com presentes preciosos (2.46,47) e também “o pôs por governador de toda a província de Babilónia, como também por principal governador de todos os sábios de Babilónia” (2.48). Mais tarde, Daniel interpretou outro sonho de Nabucodonosor e disse ao rei que, durante algum tempo, ele perderia seu trono, mas que este seria recuperado depois que ele tivesse se humilhado completamente (Dn 4).
Deus revelou, através de Daniel, certos aspectos do reino messiânico que poderiam interferir no curso da história e da eternidade.
Durante mais de 20 anos (561-539 a.C.) nada foi registrado a respeito de Daniel; pode ser que ele tenha perdido sua posição e o favor real. Então, na festa de Belsazar (q.v), que era o correagente com seu pai Nabonido, a rainha (provavelmente mãe de Belsazar, e filha de Nabucodonosor) lembrou-se de Daniel, que foi convocado para interpretar uma estranha inscrição na parede (Dn 5.1028).
De acordo com sua interpretação, a Babilónia seria conquistada naquela noite (539 a.C.) por Dario, o medo. Embora a história secular não tenha, até o momento, conhecido um personagem medo com o nome de Dario, ele foi identificado por competentes estudiosos como sendo Gobryas, governador da Babilónia no reinado de Ciro (John C. Whitcomb, Darius the Mede). Dario reconheceu a habilidade de Daniel e o fez chefe de um conselho de três presidentes e “pensava constituí-lo sobre todo o reino” (Dn 6.3).
Em sua religião, Daniel manifestava a mesma fidelidade incondicional. Ele desafiou o decreto de Dario e orava a Deus ao invés de fazer petições ao rei. Foi lançado na cova dos leões e milagrosamente salvo (Dn 6). Ele nunca transigiu as suas convicções, nem hesitou em sua lealdade a Deus. Viveu até o terceiro ano do reinado de Ciro (536 a.C.), chegando, provavelmente, a 90 anos de idade e ainda Dastante ativo.
Ezequiel se referia a Daniel como um homem de grande sabedoria e piedade (Ez 28.3) e o colocava ao lado de pessoas tão dignas quanto Noé e Jó (Ez 14,14,20), homens de renomada virtude. Jesus se referiu a Daniel pelo menos uma vez (Mt 24.15). C. J. H.
PFEIFFER. Charles F. Dicionário Bíblico Wycliffe. Editora CPAD. 2 Ed. 2007. pag. 519-520.
Noé, Daniel e Jó foram grandes homens na história de Israel, renomados por seu relacionamento com Deus e por sua sabedoria (ver Gn 6.8.9; Dn 2.47,48; Jó 1.1). Daniel foi levado cativo durante a primeira invasão da Babilônia contra Judá em 605 a.C.; oito anos antes, Ezequiel havia sido exilado. Na época em que Ezequiel pregou essa mensagem. Daniel ocupava uma elevada posição no governo da Babilônia. Mas mesmo estes grandes homens de Deus não poderiam ter salvado o povo de Judá, porque Deus já havia julgado a nação devido à impiedade geral.
Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Editora CPAD. pag. 1047.
Um Daniel Antediluviano? Alguns supõem que o Daniel referido em Ezequiel 14:14 não é o Daniel da tradição profética, e, sim, uma personagem que viveu antes do dilúvio, não contemporâneo de Ezequiel, e cujo nome e caráter teriam inspirado o pseudônimo vinculado ao livro canônico de Daniel. A lenda ugarítica de Aght refere-se a um antigo rei fenício, Dnil (vocalizado como Danei ou Daniel), o que significaria que esse nome é antiqOíssimo. Ver Ezequiel 28:3, onde o profeta escarnece de Tiro porque, supostamente, era «mais sábio que Daniel». Isso poderia ser também uma referência a um antigo sábio, não contemporâneo de Daniel.
CHAMPLIN, Russell Norman, Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia. Editora Hagnos. Vol. 2. 11 ed. 2013. pag. 9.
A Lenda de Aqht, ugarítica, se refere a um antigo rei fenício chamado Dnil (vocalizado como Darfel ou DanVel), que tinha a reputação de ser muito sábio e reto. E possível que a referência a “Daniel” em Ezequiel 14.14 seja a alguma pessoa de antes do dilúvio e não a um contemporâneo de Ezequiel. Em Ezequiel 28.3 o profeta ridicularizou o rei de Tiro sarcasticamente, dizendo que ele era “mais sábio do que Daniel”.
MERRILL C. TENNEY. Enciclopédia da Bíblia. Editora Cultura Cristã. Vol. 1. pag. 27.
SIN0PSE III
Segundo a mensagem de Ezequiel, Deus não é obrigado a tolerar o pecado do povo por causa dos justos da cidade.
AUXÍLIO TEOLÓGICO - O JUSTO JUÍZO DE DEUS
”Noé, Daniel e Jó foram grandes homens na história de Israel, renomados por seu relacionamento com Deus e por sua sabedoria (ver Gn 6.8,9; Dn 2.47,48; Jó 1.1). Daniel foi levado cativo durante a primeira invasão da Babilônia contra Judá em 605 a.C.; oito anos antes, Ezequiel havia sido exilado. Na época em que Ezequiel pregou essa mensagem, Daniel ocupava uma elevada posição no governo da Babilônia. Mas mesmo estes grandes homens de Deus não poderiam ter salvado o povo de Judá, porque Deus já havia julgado a nação devido à impiedade geral” Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 1995, p.104
CONCLUSÃO
Concluímos a nossa lição conscientes de que o enfoque da justiça de Deus nesse discurso de Ezequiel diz respeito à retribuição divina ao pecado. É importante ter em mente esse conceito para não se confundir com a justiça da teologia paulina, que justifica o pecador que crê em Jesus.
REVISANDO O CONTEÚDO
1- O que ficamos sabendo à luz das Escrituras sobre a ira de Deus?
À luz das Escrituras ficamos sabendo que a ira de Deus nunca acontece sem uma justa causa e nem mesmo sem um prévio aviso (Am 3.7).
2- Quais os agentes do juízo divino?
A seca, a espada, a peste, a fome, animais ferozes.
3- Quais os dois baluartes de Israel que tiveram as suas orações intercessória pelo povo atendidas?
Moisés e Samuel, dois baluartes de Israel, foram atendidos nas petições em favor do povo nos casos de pecados e rebeliões (Êx 32.11, 14; Nm 14.19, 20; 1 Sm 7.5, 6, 9; 12.19-25; SI 99.6-8).
4- Por que a maioria não acreditava no juízo divino anunciado por Ezequiel?
Se apenas 10 justos são suficientes para Deus poupar a cidade, por que destruiria Jerusalém com um número maior de justos? (Gn 18.33).
Essa era uma das razões pelas quais a maioria não acreditava no juízo divino anunciado pelos profetas.
5- Quais os patriarcas citados na profecia como exemplos de justos que não teriam suas petições atendidas em favor do povo, mas apenas pela própria justiça deles?
Eles são Noé, Daniel e Jó (Ez 14.14, 20).
VOCABULÁRIO
ABJURAR: Renegar a crença (convicção, princípio moral etc.) em que antes acreditava.
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