LIÇÃO 1 - EZEQUIEL, O ATALAIA DE DEUS

TEXTO ÁUREO ”Porque, se anuncio o evangelho, não tenho de que me gloriar, pois me é imposta essa obrigação; e ai de mim se não anunciar o ev...


TEXTO ÁUREO

”Porque, se anuncio o evangelho, não tenho de que me gloriar, pois me é imposta essa obrigação; e ai de mim se não anunciar o evangelho!” (1 Co 9.16)

VERDADE PRÁTICA

Além de guardar e cuidar, a missão do atalaia é anunciar tanto o julgamento divino como as Boas-Novas.

LEITURA DIÁRIA

Segunda – 2Rs 9.17 Atalaias são vigias colocados sobre muros e/ou torres da cidade

Terça – 2Rs 9.20 Os atalaias deviam se reportar ao rei sobre qualquer suspeita de perigo

Quarta – Is 52.7,8 Atalaias são profetas que anunciam as Boas-Novas

Quinta – Jr 6.17 Os atalaias anunciam advertências e juízos

Sexta – Ez 33.2-6 Os profetas do Antigo Testamento são descritos como atalaias de Deus

Sábado – 2Cr 20.24 O termo “atalaia” se refere à própria torre de observação

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Ezequiel 3.16-21, 27

16 – E sucedeu que, ao fim de sete dias, veio a palavra do SENHOR a mim, dizendo:

17 – Filho do homem, eu te dei por atalaia sobre a casa de Israel; e tu da minha boca ouvirás a palavra e os avisarás da minha parte.

18 – Quando eu disser ao ímpio: Certamente morrerás; não o avisando tu, não falando para avisar o ímpio acerca do seu caminho ímpio, para salvar a sua vida, aquele ímpio morrerá na sua maldade, mas o seu sangue da tua mão o requererei.

19 – Mas, se avisares o ímpio, e ele não se converter da sua impiedade e do seu caminho ímpio, ele morrerá na sua maldade, mas tu livraste a tua alma.

20 – Semelhantemente, quando o justo se desviar da sua justiça e fizer maldade, e eu puser diante dele um tropeço, ele morrerá; porque, não o avisando tu, no seu pecado morrerá, e suas justiças que praticara não virão em memória, mas o seu sangue da tua mão o requererei.

21 – Mas, avisando tu o justo, para que o justo não peque, e ele não pecar, certamente viverá, porque foi avisado; e tu livraste a tua alma.

27 – Mas, quando eu falar contigo, abrirei a tua boca, e lhes dirás: Assim diz o SENHOR: Quem ouvir ouça, e quem deixar de ouvir deixe; porque casa rebelde são eles.

Hinos Sugeridos: 19,127, 235 Harpa Cristã



PLANO DE AULA

1- INTRODUÇÃO

O livro de Ezequiel apresenta muitos pontos valorosos para a edificação da Igreja de Cristo. Dentre eles, a soberania de Deus na vida de pessoas e nações se destacam, bem como a responsabilidade humana. Esse ponto alto do livro de Ezequiel nos convida a fazer uma avaliação contínua a respeito do nosso relacionamento com Deus. Para nos auxiliar no estudo do livro do profeta Ezequiel, contaremos com a colaboração do pastor Esequias Soares, líder da Assembleia de Deus em Jundiaí – SP, atual presidente ela Sociedade Bíblica do Brasil, presidente da Comissão de Apologética da CGADB, graduado em Hebraico pela Universidade de São Paulo, mestre em Ciências da Religião pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, autor de diversas obras, dentre elas: Manual de Apologética Cristã, Heresias e Modismos eA Razão da Nossa Fé, todas publicadas pela CPAD.

2- APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO

A) Objetivos da Lição:

I) Apresentar a estrutura do livro de Ezequiel;

II) Identificar o profeta Ezequiel;

III) Explicar a expressão “atalaia”;

IV) Conscientizar a respeito da responsabilidade individual.

B) Motivação: Como Compreender um livro tão antigo e , ao mesmo tempo, complexo? O livro de Ezequiel tem correlação com o livro do Apocalipse. Nesse sentido, o nível de complexidade é parecido. Entretanto, isso não pode nos desmotivar a perseverar em seu estudo. A forma como o assunto está organizado para o estudo deste trimestre o auxiliará a compreender melhor este livro inspirado por Deus. Portanto, esta lição dá as primeiras coordenadas necessárias para você aproveitar a leitura desse grande livro: organização do livro, informações a respeito da pessoa do profeta e o tema da responsabilidade humana.

C) Sugestão de Método: Para introduzir a primeira lição, reproduza na lousa, ou no data show, a estrutura do livro de Ezequiel. Você pode fazer isso de acordo com o primeiro tópico da lição ou por meio do auxílio da Bíblia de Estudo Pentecostal.

3- CONCLUSÃO DA LIÇÃO

A) Aplicação: Esta primeira lição nos convida a refletir a respeito da nossa

responsabilidade diante de Deus e dos homens. Como Ezequiel foi chamado para ser atalaia em Israel, em Cristo fomos chamados para ser um atalaia nestes últimos dias, anunciando a mensagem de arrependimento e salvação.

4- SUBSÍDIO AO PROFESSOR

A) Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas Adultos. Na edição 92, p.36, você encontrará um subsídio especial para esta lição.

B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará auxílios que darão suporte na preparação de sua aula:

1) O texto ”Sete Características Especiais” pontua as particularidades do livro de Ezequiel que ampliam a exposição do primeiro tópico;

2) O texto “O Profeta no Antigo Testamento” traz uma ampliação a respeito da função do profeta no AT.



INTRODUÇÃO COMENTÁRIOS

As treze lições do presente trimestre foram selecionadas do livro do profeta Ezequiel. Por que é importante o estudo desse livro hoje? Primeiro, porque desde o primeiro capítulo até o último, ele nos leva a refletir a respeito da soberania de Deus em nossas vidas e na vida das nações. Segundo, porque o livro nos leva a uma avaliação contínua sobre o nosso relacionamento com Deus. A presente lição trata da responsabilidade dos atalaias constituídos por Deus, ontem e hoje.



Comentários

        Ezequiel é uma coleção de oráculos divinos que foram entregues ao profeta durante vinte e dois anos, pelo menos, isso se considerarmos a data da sua primeira visão, que o consagrou como profeta, e o último oráculo que lhe foi entregue. Estamos falando do ano 593 a.C. quando Ezequiel foi constituído profeta (Ez 1.1-3), e o último registro que mostra a data em que ele recebeu a palavra de Deus em 571 a.C.

Qual o sentido do estudo desse Profeta para nossos dias? Podemos apresentar pelos menos quatro razões: a) leva-nos a refletir a respeito da soberania de Deus sobre a história de Israel e das nações no geral; b) permite-nos fazer uma avaliação contínua sobre a presença de Deus em nossa vida pessoal; c) fornece-nos algumas informações sobre a vida futura; d) aproxima-nos de um livro muito difícil com poucos estudos específicos disponíveis sobre ele.

Os temas selecionados estão organizados em 13 estudos, abrangendo 16 capítulos – parciais ou completos. O objetivo é duplo: ter Ezequiel como base do comentário temático e apresentar um estudo expositivo dos textos bíblicos da profecia ezequielense. Dessa forma, as passagens selecionadas têm uma análise exegética, literária, histórica e teológica.

O objetivo da mensagem de Ezequiel é apontar a profanação de Israel contra seu Deus Javé, o que justificava o exílio e a destruição do templo e de Jerusalém. Samaria ou Jerusalém? Israel ou Judá? O Reino do Norte já havia terminado, conforme anunciou o profeta Oseias (1.1.4). O Reino do Sul estava em decadência e aproximando-se do fim. O problema de ambos era a idolatria, a base de todas as abominações.

Ezequiel usa a expressão “casa de Israel” para designar os judeus que estavam em Jerusalém (4.3), para os judeus do exílio (4.13) e para os sobreviventes da destruição de cidade (5.4). O nome Israel aparece 180 vezes no livro de Ezequiel, e Judá aparece 15 vezes; “ancião de Judá” e “anciãos de Israel” aparecem como termos alternativos (8.1; 14.1; 20.1), e “casa de Israel” (em 8.6, 10-12) é substituída por “casa de Judá” (8.17). A essa altura as dez tribos do norte, comumente identificadas como Israel ou Efraim, já estavam na diáspora, mas ambas as casas estão associadas pelos mesmos pecados, o que está claro em 9.9; 25.3; 27.17. Mas, às vezes, o profeta separa as duas casas, Oolá, Samaria, capital do Reino do Norte, e Oolibá, Jerusalém, Reino do Sul (23.4). O profeta contempla a reunificação desses reinos (37.16, 19).

Ezequiel era sacerdote (Ez 1.3), mas foi chamado também para ser atalaia ou profeta de Israel. A visão inaugural de Ezequiel que o consagrou como profeta aconteceu “no quinto ano de cativeiro do rei Joaquim” (Ez 1.2).

Ele afirma que se encontrava junto ao rio Quebar, um canal numa vila da Babilônia, chamada Tel-Abibe (3.15), onde vivia uma comunidade de exilados judeus.2 O quinto ano do cativeiro de Jeoaquim é perfeitamente compreensivo, com base nos relatos dos livros bíblicos históricos que apontam para 593 a.C., uma vez que Nabucodonosor, rei de Babilônia, capturou Jerusalém nesse ano (2Rs 24.1-5; 2Cr 35.5, 6; Dn 1.1, 2). Segundo o relato em prosa de Jeremias 52, o cativeiro babilônico é a sequência de uma série de três deportações, em 598 a.C., 587 a.C., 582 a.C. (Jr 52.27-29). É uma retrospectiva histórica baseada em 2Reis 24.18–25.30. Combinado com o livro de Ezequiel, o cumprimento da profecia de Jeremias é confirmado.

O contexto do livro parece indicar que Ezequiel não pensava em exercer o ministério profético, embora tivesse qualificação espiritual para o ofício; do contrário, não teria sido escolhido para o cargo. Ele se surpreendeu com o chamado divino e sete vezes foi transportado pelo Espírito Santo (3.12, 14; 8.3; 11.1, 24; 37.1; 43.5). A atuação do Espírito se destaca no ministério do Profeta (11.12, 20, 21; 10.17; 36.26, 27; 37.14; 39.29). Além da evidente demonstração do processo de inspiração das Escrituras Sagradas, vemos o Espírito Santo entrando no Profeta, uma experiência típica do pentecostes (2.2; 3.24; At 10.44).

As influências e preocupações sacerdotais são visíveis no livro. Quando profetiza contra os falsos profetas no capítulo 13, Ezequiel discursa também contra os príncipes e sacerdotes que violavam a lei, profanando as coisas sagradas (22.25-30). Ele tinha familiaridade com o sistema de sacrifício do templo, por isso descreve com abundância de detalhes os sacrifícios e as ofertas quando caracteriza o novo templo e o novo sistema de adoração (42.13; 43.27; 44.29-31; 45.17; 46.20).

Era, ainda, um homem que conhecia o mundo político, militar e social a sua volta, além do mundo religioso, e entendia como ele funcionava. Isso se evidencia pelo conteúdo da segunda parte do livro, quando Ezequiel profetiza contra as nações vizinhas, Amon, Moabe, Edom, Filístia, Tiro, Sidom e Egito, na segunda parte do livro nos capítulos 25–32. O Profeta devia conhecer bem a Babilônia.

Soares. Esequias,. Soares. Daniele. A Justiça Divina: A Preparação do povo de Deus Para os Últimos Dias no livro de Ezequiel. Editora CPAD. 1 Ed. 2022. pag. 9-11.




        Houve três deportações distintas do povo de Judá para a Babilônia. Daniel foi exilado quando da primeira dessas deportações. Ezequiel foi exilado quando da segunda delas. A destruição de Jerusalém e do templo ocorreu como um prelúdio da terceira deportação. Jeremias também era contemporâneo de Ezequiel. Quanto à deportação de Ezequiel, ver II Reis 24.11-16, Tal como Daniel e o apóstolo João (este bem mais tarde, já dentro do cristianismo), Ezequiel profetizou na terra do exílio. E o método de Ezequiel assemelhava-se muito ao método de Daniel e João, repleto de símbolos e visões, ao que ele acrescentava atos simbólicos. No exílio, ele foi capaz de salientar a causa do infortúnio de Israel, a saber, seus muitos pecados e deslealdades (Eze. 14.23). Seus propósitos incluíam o encorajamento dos cativos até que a vontade de Deus os libertasse para uma nova expressão nacional. Em sete grandes arranques proféticos, introduzidos pelas palavras “A mão do Senhor veio sobre mim”, ou coisa semelhante, Ezequiel entregou a sua mensagem. Ver Eze. 1.3; 3.14,22; 8.1; 33.22; 27.1; 40.1. Há outras predições introduzidas pelas palavras “Veio a mim a palavra do Senhor”. Os eventos registrados neste livro ocupam um período de cerca de vinte e um anos.

CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 3197.



PALAVRA CHAVE: ATALAIA



I – SOBRE O LIVRO DE EZEQUIEL

        O Livro de Ezequiel antecipa a tradição apocalíptica das Escrituras e pode ser dividido em três partes principais: a primeira, capítulos 1-24; a segunda, capítulos 25-32; e a terceira, capítulos 33-48.

1.  Primeira Parte.

        Essas profecias foram entregues ao profeta antes da destruição da cidade de Jerusalém, do Templo e ocupa os primeiros 24 capítulos do livro. Nessa parte está a visão inaugural do ministério profético de Ezequiel (Ez 1.1-3) quando recebeu a visão da glória de Deus (Ez 1.26-28). Os discursos dessa primeira parte do livro são predominantemente de ameaças e juízos (Ez 7.2-4) contra a prostituição e idolatria do povo (Ez 8.15). A mensagem traz também uma série de advertências aos falsos profetas, aos reis de Judá e aos sacerdotes (Ez 7.26,27; Ez 13.2-4; 22.26,27,31).




Comentário

        Os primeiros 24 capítulos são os oráculos entregues ao profeta antes da destruição da cidade de Jerusalém e do templo. Nessa primeira parte, está a visão inaugural do ministério profético de Ezequiel (1.1-3), quando ele recebeu a visão da glória de Deus (1.26-28). Os discursos são predominantemente de ameaças e juízos de forma simbólica, como, por exemplo, a representação do cerco de Jerusalém com modelos de argila e uma panela de ferro (4.1-3) e os quarenta dias (4.4-6). As visões dos capítulos 8–11 revelam as práticas abomináveis, o livramento dos justos e a morte dos profanos. A mensagem traz também uma série de advertências aos falsos profetas, aos reis de Judá e aos sacerdotes (13.2-4). Além disso, o Profeta relata a história de Israel no capítulo 20 e, de forma metafórica bem elaborada com elementos alegóricos, nos capítulos 16 e 23. Os oráculos dessa seção se encerram com o anúncio do cerco de Jerusalém já iniciado, pois foram entregues ao Profeta no “no nono ano, no décimo mês, aos dez dias do mês” (24.1). Foi no nono ano do reinado de Zedequias que os caldeus iniciaram o cerco de Jerusalém (1Rs 25.10). O Profeta ficará mudo até o dia em que recebe a notícia da queda da cidade (24.25-27).

Desta primeira parte, então, os estudos do livro analisam a função de Ezequiel como atalaia (3.16-27); os oráculos sobre o juízo (7.1-13) e contra os falsos profetas (13.1-23); a saída da glória de Deus do templo (8.1–11.25); a justiça divina (14.12-23) e a responsabilidade individual (18.1-4, 19-32).

Soares. Esequias,. Soares. Daniele. A Justiça Divina: A Preparação do povo de Deus Para os Últimos Dias no livro de Ezequiel. Editora CPAD. 1 Ed. 2022. pag. 13-14.











        Essas profecias foram entregues ao profeta antes da destruição da cidade de Jerusalém, do Templo e ocupa os primeiros 24 capítulos do livro. Nessa parte está a visão inaugural do ministério profético de Ezequiel (Ez 1.1-3) quando recebeu a visão da glória de Deus (Ez 1.26-28). Os discursos dessa primeira parte do livro são predominantemente de ameaças e juízos (Ez 7.2-4) contra a prostituição e idolatria do povo (Ez 8.15). A mensagem traz também uma série de advertências aos falsos profetas, aos reis de Judá e aos sacerdotes (Ez 7.26,27; Ez 13.2-4; 22.26,27,31).

    Profecias Contra Judá e Jerusalém. 1:1 – 24:27.

        Os ameaçadores discursos contra Jerusalém e a casa de Israel, transmitidos antes da queda de Jerusalém, consistem de uma seção introdutória, expondo em detalhes a vocação do profeta (caps. 1-3); atos simbólicos e oráculos descrevendo a derrota da cidade e do estado (caps. 4-7); um grupo de visões descrevendo os terríveis pecados de Jerusalém, que exigiam a sua destruição (caps. 8-11); atos simbólicos, parábolas e alegorias apresentando a necessidade moral do cativeiro (caps. 12-19); e uma recordação da história passada de Israel que clama por um certo juízo (caps. 20.24).

Charles F. Pfeiffer. Comentário Bíblico Moody. Ezequiel. Editora Batista Regular. pag. 12.

        Conforme demonstra o esboço do conteúdo (ver adiante), o livro foi construído segundo um plano claramente definido, e o escritor aderiu firmemente aos assentos de cada seção. Após a visão introdutória dos capítulos 1–3, Ezequiel se concentra quase exclusivamente em desnudar a iniquidade de seu povo. Sem dó arrasta seus pecados para debaixo da luz e pronuncia contra eles o julgamento de Deus. Por meio de ações simbólicas, parábolas, oratória inflamada e declarações lógicas ele reitera seu tema que versa sobre a iniquidade da nação e sobre sua inevitável destruição. A repetição da denúncia e da ameaça de condenação é tão constante a ponto de fazer o leitor recuar horrorizado, especialmente em vista do fato que, enquanto que outras obras proféticas iluminam suas ameaças com promessas, este elemento falta quase inteiramente na primeira seção do livro de Ezequiel. E quando ele permite que brilhe algum raio de esperança, este usualmente se torna vermelho como fogo, pelo que a restauração referida se torna algo vergonhoso e não algo que causasse alegria (ver, por exemplo, 16.53-58; 20.43-44). Nisso, como também em outros aspectos, Ezequiel mostra afinidades com o autor do livro de Apocalipse, pois ambas as obras exibem, como nenhum outro em seus respectivos Testamentos, o insaciável terror da ira de Deus.

DAVIDSON. F. Novo Comentário da Bíblia. Ezequiel. pag. 5.











2.  Segunda Parte.

        Depois dos pronunciamentos de juízo contra Judá e Israel, os oráculos divinos são direcionados contra as nações vizinhas: Amom, Moabe, Edom, Filístia, Tiro, Sidom e Egito (Ez 25-32). Isso revela que Javé não é somente o De.us de Israel, mas também de todas as nações, soberano em todo o universo (Êx 19.5; Sl 24.1; Ap 4.11).

Comentários

        Das treze datas, ano, mês e dia, em que os oráculos divinos foram entregues ao Profeta, sete estão na segunda parte do livro, conforme mostra a tabela anterior. Essa informação revela que os oráculos não foram entregues ao Profeta na ordem em que está o registro do livro, mas que o critério editorial de organização talvez tenha sido o da data de entrega da mensagem ao povo. Esse não é o único caso nos profetas do Antigo Testamento em que o livro não está na ordem cronológica; Jeremias também o faz. O oráculo entregue ao profeta durante o reinado de Zedequias vem organizado antes dos oráculos divinos entregues a Jeremias no período do reinado de Jeoaquim (Jr 21.1; 26.1), que reinou antes de Zedequias (2Rs 24.8-17; 2Cr 36.5-10).

Essa estrutura literária enfatiza o fato, o que aconteceu, e não necessariamente quando ele ocorreu. Isso não deve surpreender ninguém, pois os editores do livro nem sempre organizavam o texto com base no critério cronológico ou linear dos fatos. Isso não se constitui em problema porque o pensamento semita é circular. É característico da cultura oriental pensar em círculos dando ênfase ao fato ocorrido, e não à data, diferentemente da forma linear adotada no modelo ocidental.

Depois dos pronunciamentos de juízo contra Judá e Israel, os oráculos divinos são direcionados contra às nações vizinhas: Amon, Moabe, Edom, Filístia, Tiro, Sidom e Egito (25–32). Isso revela que Javé não é somente o Deus de Israel, mas também de todas as nações; é soberano em todo o universo (Êx 19.5; Sl 24.1; Ap 4.11). Assim, a ordem dos oráculos contra as nações vizinhas de Israel como aparece hoje no livro de Ezequiel em nossas Bíblias (capítulos 25–32) é obra dos editores originais que organizaram o livro, ou talvez, isso tenha sido feito pelo próprio Ezequiel.

Neste livro, não há estudos dedicados à análise dos oráculos contra as nações.

Soares. Esequias,. Soares. Daniele. A Justiça Divina: A Preparação do povo de Deus Para os Últimos Dias no livro de Ezequiel. Editora CPAD. 1 Ed. 2022. pag. 14-15.

        Oráculo Contra as Nações Estrangeiras. 25:1 – 32:32.

Os oráculos anunciando o castigo para os vizinhos hostis de Israel (caps. 25-32) constituem uma transição entre as profecias do juízo de Judá e Jerusalém (caps. 1-24) e as predições de sua restauração (caps. 33-39; 40-48). Os oráculos contra as nações estrangeiras estão agrupados em outros profetas também: Is. 13-23; Jr. 46-51; Amós 1, 2; Sf. 2:4-15.

Antes que o estado ideal pudesse ser alcançado, os inimigos teriam de ser destruídos e Israel tinha de se estabelecer seguramente em sua terra (28:24, 26; 34:28, 29). Sete nações, possivelmente um símbolo de plenitude, estão destinadas à retribuição. Cinco delas fizeram uma aliança contra a Caldéia (Jr. 27:1-3). A Babilônia, o poder anti-Deus do V.T., não está incluída nas acusações, talvez porque esta nação foi o instrumento da justiça de Deus (29:17 e segs.), embora Ezequiel conhecesse o caráter dos caldeus (7:21, 22, 24; 28:6; 30:11, 12; 31:12).

O Senhor devia repartir o castigo pelos inimigos que estavam à volta de Israel por causa de seu comportamento para com Israel (25:3, 8, 12, 15; 26:2; 29:6) e por causa de seu orgulho ímpio e sua autodeificação (28; 29:3). Aqui, como nos oráculos referentes aos estrangeiros feitos pelos outros profetas, exibe-se o panorama internacional da profecia hebraica, com o destaque dado à soberania universal de Deus e a responsabilidade moral de toda a humanidade. “A posição de uma nação entre os povos depende da contribuição que faz ao propósito divino para a humanidade e de seu tributo para com o Seu governo universal” (Cook, ICC, pág. 282).

As nações que foram examinadas pelo profeta são Amom, Moabe, Edom, Filístia (25:1-7, 8-11, 12-14, 15-17), Tiro (três oráculos: 26; 27; 28:1-19), Sidom (28:20-26) e Egito (sete oráculos: 29:1-16, 17-21; 30:1-19, 20-26; 31; 32:1-16, 17-32). Os quatro primeiros oráculos são curtos e prosaicos (cap. 25), enquanto que os pronunciamentos contra Tiro (caps. 26-28) e Egito (caps. 29-32) são longos, poemas magníficos, cheios de colorido e fogo, boa ilustração do estrio variado de Ezequiel. As datas atribuídas a alguns dos oráculos localizam esta seção entre 587-586 A.C. (sete meses antes da queda de Jerusalém, 29:1) e 571-570 A. C. (16 anos depois de sua queda, 29:17).

Charles F. Pfeiffer. Comentário Bíblico Moody. Ezequiel. Editora Batista Regular. pag. 97-98.

        A segunda seção (capítulos 25–32) limita-se aos oráculos dirigidos centra as noções circunvizinhas de Israel, tanto os estados vassalos que assaltaram os judeus em sua hora de amargura como as grandes nações da época. Aqui a imaginação poética de Ezequiel sobe a seu clímax; são-nos dados alguns dos quadros falados mais vividos do Antigo Testamento em seus oráculos contra o príncipe de Tiro e o Faraó do Egito. É curioso que Ezequiel faça silêncio quanto ao destino da Babilônia, o principal poder destruidor de Jerusalém. Alguns acreditam que, visto que essa nação deve ter necessariamente figurado nas profecias condenatórias de Ezequiel, que a Babilônia deve aparecer aqui sob o símbolo de Gogue, na profecia dos capítulos 38 e 39. Não obstante, não existe no texto a menor indicação dessa possibilidade, e tudo parece apontar contra tal identificação. Pode-se sentir que, à semelhança de Jeremias, Ezequiel considerava Nabucodonosor como um servo de Jeová, e assim considerava suas ações como divinamente ordenadas; diferentemente de Jeremias, porém, Ezequiel não recebeu qualquer palavra subsequente a respeito da Babilônia, e por isso deixou a questão nas mãos de Deus.

DAVIDSON. F. Novo Comentário da Bíblia. Ezequiel. pag. 5-6.









3.  Terceira Parte.

        Começa com a notícia da queda de Jerusalém (Ez 33.21). Os oráculos dos capítulos 33 a 39 falam do retorno dos judeus de todas as partes do mundo à terra de seus antepassados, incluindo a visão do vale de ossos secos. São profecias espirituais de toda a casa de Israel (Ez 36.25-27; 37.14; Zc 12.10). As profecias dos capítulos 38 e 39 falam da invasão e derrota de Gogue e seu bando à Terra Santa. O livro de Ezequiel termina com a visão do novo templo e da redenção para Israel e toda humanidade como resposta à primeira visão (Ez 40 – 48).

Comentários

        A terceira e última parte começa no capítulo 33 com a parábola do atalaia, seguida da notícia da queda de Jerusalém: “No décimo segundo ano do nosso exílio, aos cinco dias do décimo mês, veio a mim um sobrevivente de Jerusalém, dizendo: ‘A cidade caiu’” (33.21). Segundo os dados fornecidos nessa passagem, parece indicar 8 de janeiro de 585 a.C.4 Alguns acreditam que essa seção era um livro separado que posteriormente foi acrescentado às outras duas, formando o livro de Ezequiel. Assim como em Jeremias, capítulos 30 a 33, conhecidos como o Livro das Consolações, há quem acredite que originalmente era um livro à parte, como Lamentações, que os editores inseriram no livro de Jeremias.

Os oráculos reunidos nos capítulos 30–33 são conhecidos como o “Livro da Consolação”. Nele se anunciam profecias sobre a restauração de Israel e de Judá e se contempla o futuro glorioso de uma nação unificada. Até o capítulo 29, predominam as ameaças de castigo, as advertências, as denúncias de apostasia, idolatria, imoralidade, violência, abuso de autoridade, falsos profetas, injustiça social e apelos ao arrependimento. A ênfase dos capítulos anteriores a esta nova seção recai sobre o castigo, embora haja também alguns lampejos de esperança (3:14-18; 23:1-8; 24:4-7). Era o tempo de arrancar e derrubar, destruir e arrasar. No entanto, depois de receber o castigo pelos seus pecados e viver um longo período no exílio, viria o tempo de edificar e de plantar (1:10).

Nessa terceira parte, os discursos são de esperança similar ao Livro da Consolação em Jeremias. A partir dessa notícia da queda de Jerusalém, o ofício profético de Ezequiel é de um pastor entre os exilados, ajudando e confortando os sobreviventes. Os oráculos dos capítulos 33 a 39 tratam do retorno dos judeus de todas as partes do mundo à terra de seus antepassados, incluindo a visão do vale de ossos secos. São profecias sobre a restauração nacional, que se cumprem em Israel na atualidade, e sobre a regeneração espiritual de toda a casa de Israel (36.25-27; 37.14; Zc 12.10).

As profecias dos capítulos 38 e 39 falam sobre a invasão e derrota de Gogue e seu bando à Terra Santa. O livro de Ezequiel termina com a visão do novo templo e da redenção para Israel e toda humanidade como resposta à primeira visão (40–48).

Desta terceira parte, então, os estudos deste livro analisam a mensagem sobre Gogue e Magogue (38.1-6; 39.1-10), os oráculos de esperança da alegoria do bom pastor (34.1-31) e do vale dos ossos secos (37); o retorno da glória de Deus ao novo templo (43.1-12) e, finalmente, o mundo da restauração (47.1-12; 48.30-35).

Ezequiel inaugurou o estilo literário apocalíptico no Antigo Testamento; o profeta começa e termina o seu livro com oráculos divinos apocalípticos (capítulos 1 e 40–48, além de 8–11). Esse gênero caracteriza-se pela presença de símbolos, sonhos e visões, e o livro de Apocalipse é um exemplo clássico desse modelo literário. Para uma linha de interpretação escatológica da teologia cristã, não é possível compreender o livro de Apocalipse sem Ezequiel. A restauração de Israel é um dos sinais que indicam a volta de Cristo para buscar sua igreja. Além disso, a descrição do milênio depende basicamente da visão descrita pelo Profeta.

Dito isto, concluímos dizendo que o livro que o leitor tem em mãos será de grande ajuda para a compreensão de um dos livros mais estranhos da Bíblia, mas repleto de revelações que edificam. É uma leitura que leva os cristãos a uma reflexão sobre como a justiça de Deus se relaciona com a santidade e a glória de Deus. O estilo do texto se caracteriza pela beleza e singularidade das parábolas e metáforas. Entender a mensagem do livro de Ezequiel, então, torna-a atual, edificando e aumentando a esperança do leitor, porque nela estão as promessas de Deus para a restauração de Israel e do mundo.

Esperamos que o leitor seja edificado e tenha a sua fé fortalecida na esperança da vinda de Cristo que se aproxima. Boa leitura!

Soares. Esequias,. Soares. Daniele. A Justiça Divina: A Preparação do povo de Deus Para os Últimos Dias no livro de Ezequiel. Editora CPAD. 1 Ed. 2022. pag. 15-16.

    As Profecias da Restauração de Israel. 33:1 – 39:29.

A queda de Jerusalém assinala um ponto decisivo no ministério de Ezequiel. Os até agora ameaçadores oráculos contra Judá (caps. 1-24) e seus inimigos pagãos (caps. 25-32) cedem lugar às mensagens exortativas de um pastor para o seu povo arrasado (caps. 33-39). Após o colapso do estado (33:21) e a completa prostração das mentes dos indivíduos sob suas calamidades (33:10), o profeta declarou que o Senhor não acabara com Israel (contraste ao cap. 35). Para ela havia uma nova era à frente. Em palavras comoventes, Ezequiel fala aqui de purificação, restauração e paz de Israel (caps. 34; 36:16 e segs.; 37).

Em primeiro lugar o profeta foi recomissionado como atalaia para preparar o seu povo para uma nova era (cap. 33). Um novo governo sob Davi, o servo de Deus, suplantaria a antiga dinastia, cujos perversos pastores (governantes) deixaram as ovelhas se dispersarem (cap. 34). A integridade territorial de Israel seria assegurada pela desolação do Monte Seir e outros inimigos (cap. 35), enquanto Israel experimentaria tanto a restauração exterior (36:1-15) quanto a restauração interior (36:16-38). A reintegração do povo em uma só nação sob um só rei, Davi, está simbolizada pela ressurreição dos ossos secos e pela junção de dois pedaços de pau (cap. 37). A paz de Israel restaurada será perpétua, pois o Senhor protegê-la-á milagrosamente da invasão ameaçadora de Gogue nos últimos dias (caps. 38 e 39).

Charles F. Pfeiffer. Comentário Bíblico Moody. Ezequiel. Editora Batista Regular. pag. 122-123.

        O ponto principal do ministério de Ezequiel foi ocasionado pela chegada de um mensageiro enviado de Jerusalém, anunciando a queda da cidade (33.21). Em face do consistente ceticismo do povo para com sua pregação, esse acontecimento constituiu a confirmação divina a seu ministério. Daí por diante o povo se reunia para ouvi-lo (33.30). Agora ele estava livre para entregar-se à tarefa de reabilitar a nação espalhada, e isso forma o tema dos capítulos 33–37.

Desde muito tem sido motivo de perplexidade o fato que, após a restauração da nação na era messiânica, Ezequiel tenha falado sobre um novo levante de poderes estrangeiros contra Israel (38 e 39). Existem, não obstante, razões convincentes por detrás desse ensino, e não podemos ver qualquer necessidade de negar sua autoria a Ezequiel. Ver as notas introdutórias a esses dois capítulos, no corpo do comentário.

A conclusão do livro (40–48) é o produto de uma mente devota que por longo tempo e afetuosamente ponderou a respeito da adoração de Israel em sua vindoura era de bênção. Somos aqui fortemente relembrados que Ezequiel era ao mesmo tempo um sacerdote e um profeta. Nessa qualidade, ele combinava em si mesmo as duas grandes correntes da tradição de Israel. Numa terra purificada de toda impureza, é exibida a adoração ideal num templo ideal a ser observada por um povo ideal.

DAVIDSON. F. Novo Comentário da Bíblia. Ezequiel. pag. 6.



SINOPSE I

O Livro de Ezequiel pode ser dividido em três partes principais: a primeira parte, capítulos 1-24; segunda, capítulos 25-32; e terceira, capítulos 33-48.

AMPLIANDO O CONHECIMENTO

O LIVRO DE EZEQUIEL

        Ezequiel foi um profeta e sacerdote que, durante o cativeiro na Babilônia, viveu entre os exilados judeus. Ele e seus companheiros foram separados do Templo, de forma que muitas de suas profecias estão relacionadas ao Templo e a seu significado como símbolo da presença de Deus em Israel. Sua pregação abordava múltiplos assuntos e trazia um cativante repertório de imagens, onde ele descreve tanto experiências pessoais como expectativas, lendo para o futuro. Amplie mais o seu conhecimento lendo a Enciclopédia Popular de Profecia Bíblica, editada pela CPAD, p.179. EBD | 4° Trimestre De 2022 | CPAD – Adultos – Tema do Trimestre: A Glória e a Justiça de Deus – A Igreja e a Convocação do Profeta Ezequiel para um Despertamento Espiritual | Escola Biblica Dominical | Lição 01: Ezequiel, o Atalaia de Deus

AUXÍLIO TEOLÓGICO

SETE CARACTERÍSTICAS ESPECIAIS

”Sete características principais assinalam o livro de Ezequiel.

(1) Contém um grande número de visões surpreendentes, de parábolas arrojadas e de ações simbólicas e excêntricas, como um meio de expressão da revelação profética de Deus.

(2) Seu conteúdo é organizado e datado com cuidado: registra mais datas do que qualquer outro livro profético do AT.

(3) Duas frases características ocorrem do começo ao fim do livro: (a) ‘então saberão que eu sou o SENHOR’ (sessenta e cinco ocorrências com suas variantes).

(4) Ezequiel recebe de Deus, de modo peculiar, os nomes de ‘filho do homem’ e ‘atalaia’.

(5) Este livro registra duas grandiosas visões do templo: uma delas mostra-o profanado e à beira da destruição (8-11), e outra, purificado e perfeitamente restaurado (40-48).

(6) Mais do que qualquer outro profeta, Ezequiel recebeu ordens de Deus para identificar-se pessoalmente com a palavra profética, expressando-a através do simbolismo profético.

(7) Ezequiel salienta a responsabilidade pessoal do indivíduo e sua responsabilidade diante de Deus,, (Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 1995, p.1171).

II – SOBRE O PROFETA

        As poucas informações sobre a vida pessoal de Ezequiel estão nos relatos entrelaçados nas profecias registradas no livro. Ele não é mencionado nos outros livros do Antigo Testamento.





1.  Identidade.

        Seu nome hebraico é Y’hez’qel, ”fortalecido por Deus”, e não aparece nos relatos dos Reis e das Crônicas. O pouco que se sabe a respeito dele é o que lemos no livro que leva o seu nome, são alguns detalhes de sua vida pessoal. E esses fatos aparecem para ilustrar a situação exílica de seus compatriotas na Babilônia (Ez 12.4-7). Ele viveu entre os exilados na Babilônia (Ez 8.1; 20.1) e iniciou o seu ministério ali, no cativeiro, quando completou 30 anos de idade ”no trigésimo ano” (Ez 1.1). Não se sabe a data exata do fim do seu ministério mas, com base nos dados cronológicos apresentados no livro, sabemos que o seu ofício durou cerca de 22 anos.


Comentários

        Ele era filho de Buzi, pelo que ou era sacerdote ou filho de um sacerdote (provavelmente, ambas as coisas), tendo sido chamado por Deus como profeta, por ocasião da maior crise de Judá; e então tornou-se um dos pastores de todo o Israel no exílio. Foi chamado por Deus para o exílio profético no quinto ano do primeiro exílio judaico, que teve início em 598 A.C., ou seja, o seu trabalho profético começou em 593 A.C. Sua última mensagem vem datada do ano 571 A.C. (ver Eze. 29.17). Dos vinte ou vinte e dois anos em que ele serviu, cerca de três foram os mais difíceis da história da nação de Judá. Os severos modos e os ensinamentos morais de Ezequiel têm-lhe conquistado a alcunha de João Calvino de Judá.

CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 3197.

         Quanto ao seu autor – é Ezequiel. Seu nome significa a força de Deus. Ou seja, alguém que é revestido ou fortalecido por Deus. Ele preparou sua mente para o serviço, e Deus lhe deu forças. Aquele a quem Deus chama para o seu serviço, Ele também se encarrega de capacitar. Se Ele entrega a alguém uma missão, concede o poder para executá-la. Ezequiel respondeu positivamente quando Deus lhe disse (e não há nenhuma dúvida de que disse): Fortaleci o teu rosto contra os rostos deles.

HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry Antigo Testamento Isaías a Malaquias. Editora CPAD. 1 Ed. 2010. pag. 611.

2.  Procedência.

        Ezequiel era de Jerusalém e pertencia a uma família sacerdotal, ”filho de Buzi” (Ez 1.3). Ele foi levado para a Babilônia na primeira leva de deportados em 597 a.C., quando o rei Nabucodonosor depôs Joaquim do trono de Jerusalém, levando-o para a Babilônia e pondo Zedequias, seu irmão, em seu lugar (2 Rs 24.10-17). Daniel estava também entre eles (Dn 1.3-6). Enquanto Ezequiel vivia entre os exila­dos e exercia o seu ministério profético entre o povo (Ez 3.11), Daniel servia na corte de Nabucodonosor (Dn 1.19-21) e Jeremias profetizava em Judá para o povo de Jerusalém (Jr 25.1; 26.1; 27.1).



Comentários

        O nome «Ezequiel» aparece em I Cr 24:16, como cabeça de uma das ordens sacerdotais. O profeta Ezequiel era filho de Buzi (que vede) e esteve entre aqueles judeus que foram deportados para a Babilônia

As tradições dizem que ele era nativo de Sarera. Não dispomos de quaisquer informações sobre o começo de sua vida, pelo que a sua história começa em II Reis 24:12-15, onde ele é descrito como membro da comunidade de judeus exilados, que se tinha estabelecido às margens do Quebar, um rio ou canal da Babilônia. E possível que sua deportação tenha ocorrido ao mesmo tempo que a do rei Jeoaquim, em 597 A.C. A aldeia em que ele vivia no cativeiro chamava-se Tel-Abibe. Depois de cerca de cinco anos de exílio, o Senhor o chamou como profeta, quando tinha talvez trinta anos de idade. Todavia, aquela referência também poderia indicar o trigésimo ano da nova era de Nabopolassar, pai de Nabucodonosor (que vede). Ver Eze. 1:1.

Uma referência incidental, em Eze. 8:1, informa-nos de que ele era homem casado e que tinha uma casa no exílio. Eze. 24:1,2,15-18 é trecho que informa que no dia em que Nabucodonosor cercou Jerusalém, a esposa de Ezequiel faleceu subitamente. Do que ela morreu, não nos é dito, mas podemos estar certos de que isso fazia parte dos planos divinos para Ezequiel, como preparação para a sua missão profética. Ezequiel não deveria lamentar-se e nem passar pelas cerimônias usuais do luto. Dessa maneira, Ezequiel tornou-se um sinal para Israel, como profeta que era, dos terrores que logo sobreviriam. Sabe-se que, no exílio, ele era homem de grande reputação e respeito, e os anciãos constantemente o consultavam (Eze. 8:1; 11:25; 14:1; 20:1, etc.). Com base na última data que ele menciona (Eze. 29:17), que foi o vigésimo sétimo ano do cativeiro dos judeus, sabemos que seu trabalho se prolongou pelo espaço de vinte e dois anos.

CHAMPLIN, Russell Norman, Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia. Editora Hagnos. Vol. 3. 11 ed. 2013. pag. 661.

        O erudito Selden, em seu livro De Diis Syris, diz que, segundo a opinião de alguns anciãos, Ezequiel era igual àquele Nazarus Assyrius que Pitágoras (segundo o seu próprio relato) teve como tutor durante algum tempo. Temos razões para pensar que muitos dos filósofos gregos estavam familiarizados com os escritos sagrados, de onde tiraram alguns dos seus melhores conceitos. Se pudermos dar crédito à tradição dos judeus, Ezequiel foi condenado à morte pelos cativos da Babilônia por causa da sua coragem e sinceridade em reprová-los. Consta que ele foi arrastado pelas pedras até que seu cérebro fosse dilacerado. Um historiador árabe diz que Ezequiel foi condenado à morte e depois queimado no sepulcro de Sem, filho de Noé. Assim relata Hottinger na obra Thesaur. Philol, livro 2, capítulo 1.

HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry Antigo Testamento Isaías a Malaquias. Editora CPAD. 1 Ed. 2010. pag. 611.

        Ezequiel, filho de Buzi (3), havia sido sacerdote em Jerusalém. Agora, como cativo de Nabucodonosor na terra dos caldeus, o Senhor o chamou para ser profeta. Como sacerdote, ele tinha levado os homens a Deus; como profeta, ele continuará realizando esse ministério, mas precisará estar mais próximo de Deus do que antes. Como sacerdote, estava próximo dos homens em seus sofrimentos, para poder levá-los a Deus. Como profeta, precisa estar próximo o suficiente de Deus para receber suas mensagens para os homens.

Kenneth Grider. Comentário Bíblico Beacon Ezequiel. Editora CPAD. Vol. 4. pag. 432.



SINOPSE II

O nome do profeta Ezequiel sig­nifica ”fortalecido por Deus”. Ele era de Jerusalém e pertencia a uma família de sacerdotes.

AUXÍLIO TEOLÓGICO

O PROFETA NO ANTIGO TESTAMENTO

        ”O profeta do Antigo Testamento era um homem que, além de transmitir a mensagem de Deus, tinha outras atribuições de ordem nacional. Na unção dos reis, eram os profetas que tinham a incumbência de derramar o azeite santo da unção sobre a cabeça dos governantes. […]

No Antigo Testamento, o ofício do profeta era de âmbito nacional. Quando Deus levantava um profeta, conferia-lhe a missão de falar em seu nome para toda a nação e até para povos estranhos. O Antigo Testamento foi marcado pela atividade e testemunho dos profetas. Quando Jesus se despedia dos seus discípulos, lhes disse: ‘convinha que se cumprisse tudo o que de mim estava escrito na lei de Moisés, e nos Profetas, e nos Salmos> (Lc 24.44). Os escritos dos profetas faziam parte da tríplice divisão da Bíblia hebraica” (RENOVATO, Elinaldo. Dons Espirituais & Ministeriais: Servindo a Deus e aos homens com poder extraordinário. Rio de Janeiro: CPAD, 2019, pp.83,84). EBD | 4° Trimestre De 2022 | CPAD – Adultos – Tema do Trimestre:  A Glória e a Justiça de Deus – A Igreja e a Convocação do Profeta Ezequiel para um Despertamento Espiritual

III – SOBRE O ATALAIA

1.  Atalaia

        É uma palavra feminina de origem árabe, at-tallaat, ”lugar alto”. A função do atalaia é descrita em 2 Samuel 18.24-27 e 2 Reis 9.17-20 é melhor ilustrada pela parábola de um militar posto como sentinela (Ez 33.2-6). Essas atividades são empregadas no Antigo Testamento aos profetas de maneira metafórica por causa da responsabilidade da sentinela militar e do profeta de avisar sobre o perigo.


Comentário

No hebraico, afligida por Yahweh, ou então Yah é forte.

Era filha de Acabe, rei de Israel, provavelmente filha de Jezabel, a idólatra esposa desse rei. Em II Crônicas 22:3 ela também é chamada «filha de Onri», que foi o pai de Acabe, mas isso significa que ela era neta dele, um uso comum no hebraico.

Casamento. Ela tornou-se esposa de Jeorão, filho de Josafá, rei de Judá. Por esse motivo, Josafá, usualmente reto em sua conduta, ligou-se à casa idólatra de Israel (reino do Norte). Essa mulher herdou a falta de escrúpulos de sua mãe, daí resultando intermináveis perturbações. Ela mostrou- se ardorosa defensora do culto a Baal dos sidônios. Após oito anos, ela ficou viúva, e seu filho, Acazias, subiu ao trono (ver II Reis 8:26 e II Cr 22:2). Dentro de menos de um ano, Jeú assassinou Acazias, juntamente com Jorão, de Israel. Por essa altura dos acontecimentos, Atália assassinou todos os seus netos, excetuando Joás, o qual foi salvo porque sua tia, Jeoseba (ver II Reis 11:2 e II Crô. 22:11), o ocultou. Entrementes, Atália foi ganhando cada vez maior autoridade, usando-a sempre para fazer o mal. Assassinou seus netos somente para usurpar para si mesma o trono de Davi. Durante seis anos governou, sem que alguém lhe pudesse barrar o caminho. Então Joiada, o sumo sacerdote, agiu contra ela. Coroou o jovem Joás como rei, e com o alvoroço popular, atraiu a rainha usurpadora para vir ver o que ocorria. A multidão aprovou os atos de Joiada, e Atália gritava: Traição! Traição! Todavia, seus gritos não conseguiram obter ajuda. Então o sumo sacerdote ordenou que os guardas a removessem do recinto sagrado e a matassem, o que foi feito (ver II Reis 11:2; II Crô. 21:6 e 22:10-12,23).

CHAMPLIN, Russell Norman, Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia. Editora Hagnos. Vol. 1. 11 ed. 2013. pag.

        ATALAIA, guarda cuidadoso; vigilante, Aquele que guarda; guarda. Aquele cujo dever é vigiar ou guardar uma cidade ou um campo de colheita, especialmente à noite.

Os atalaias eram colocados sobre os muros da cidade (2Sm 18.25; 2Rs 9.18; SI 127.1; Is 62.6), em torres de observação (2Rs 9.17; 17.9; 18.8), ou sobre o cume dos morros (Jr 31.6). Em tempos de perigo eles estavam em alerta a uma ação hostil contra uma cidade, e era seu dever reportar ao rei sobre qualquer pessoa suspeita aproximando-se do muro da cidade (2Sm 18.24-27; 2Rs 9.17-20). Os atalaias que estavam de serviço à noite naturalmente esperavam avidamente pelo amanhecer (Is 21.11). Em Cantares de Salomão 3.3 e 5.7 é feita referência aos guardas que circulam pela cidade, possivelmente sugerindo algum tipo de policiamento da cidade.

Os atalaias vigiavam sobre campos e vinhedos durante o tempo da colheita. As vezes famílias inteiras agiam como guardas; para se protegerem do calor, eles frequentemente levantavam barracas simples, e para facilitar a observação eles construíam torres de observação (2Rs 17.9; 2Cr 20.24; Jó 27.18).

No AT os profetas são descritos como sendo os atalaias de Deus, anunciando ao povo de Israel o julgamento iminente de Yahweh, ou trazendo notícias boas para eles (Is 21.6; 52.8; 62.6; Jr 6.17; Ez 3.17). A responsabilidade solene dos profetas de Israel para com a nação é descrita em Ezequiel 33.2-6. Os falsos profetas são os atalaias cegos (Is 56.10).

A palavra não é encontrada no NT. J. L. Kelso

MERRILL C. TENNEY. Enciclopédia da Bíblia. Editora Cultura Cristã. Vol. 1. pag. 601.






2.  O Fim dos Dias.

        O pro­feta se refere à primeira visão com a qual inaugura o seu ministério profético, que ocupa todo capítulo 1: a visão da glória de Deus Ez 1-26-28). Há uma mudança brusca do gênero literário apocalíptico nessa visão de carruagem, para o estilo típico dos profetas, ”veio à palavra do Senhor…”, ao introduzir o seu chamado para ser atalaia. O fim dos sete dias deve ser o tempo que ele esperou para recuperar suas forças depois do impacto da visão da glória de Deus (Ez 1.28; 3.14).

Comentário

        Depois dos sete dias. O fim dos sete dias deve ser o tempo que Ezequiel esperou para recuperar suas forças depois do impacto da visão da glória de Deus (1.28; 3.14). A transmissão da mensagem veio ao Profeta dessa vez por palavras, e não por visão como no início. A comunicação divina aos profetas no Antigo Testamento acontecia tanto por meio da palavra como pela visão, ou seja, audição ou visão, som e imagem. Isso é visto nos profetas pré-canônicos e canônicos, sem distinção alguma: “Conforme todas estas palavras e conforme toda esta visão, assim falou Natã a Davi” (2Sm 7.17; 1Cr 17.15). Essas duas formas de comunicação estão presentes nas profecias de Ezequiel.

Numa leitura ainda que superficial no Antigo Testamento, percebe-se a visão como uma forma frequente de Deus transmitir suas mensagens aos profetas. Note que 6 dos 17 livros dos profetas bíblicos, incluindo Ezequiel, começam dizendo que o seu conteúdo é resultado de visão ou visões: “Visão que Isaías, filho de Amoz, teve (Is 1.1); “Visão de Obadias” (Ob 1); “Palavra do Senhor que em visão veio a Miqueias” (Mq 1.1); “Livro da visão de Naum” (Na 1.1); “Peso que viu o profeta Habacuque” (1.1, ARC). Isso sem contar os livros repletos de visões, como Zacarias, que não anuncia diretamente esse tipo de comunicação na introdução. Em Ezequiel, a visão reaparece ao longo do livro (8–11; 40–48) conforme o padrão na qual se inicia o livro de Ezequiel.

A palavra do Senhor veio a mim. Indicação inconfundível da comunicação divina, diferentemente da natureza da atividade profética inicial, as visões, essa fórmula verbal de revelação indica ser externa, direta e audível. Isso vem direto do Espírito de Deus: “Enquanto falava comigo, o Espírito entrou em mim e me fez ficar em pé, e ouvi aquele que falava comigo” (2.2); “Então o Espírito entrou em mim, e me pôs em pé, e falou comigo” (3.24). Esse detalhe pode servir de amostra da inspiração do Espírito Santo desta e de outra passagem da Bíblia (1Pe 1.21).

Desde o início do livro, Ezequiel relata suas visões da carruagem, seguindo o padrão do gênero literário apocalíptico e, então, nesse versículo, há uma mudança brusca para o estilo típico dos profetas, “veio a palavra do Senhor a…”, ao introduzir o seu chamado para ser atalaia.

Essa fórmula é a chancela de autoridade espiritual muito comum nos profetas de Israel: “veio a palavra do Senhor a (…)”, ou “veio a mim a palavra do Senhor”; “assim diz Senhor”, “fala o Senhor”. Essas expressões aparecem muitas centenas de vezes no Antigo Testamento. Não se trata, pois, de ideias humanas nem de um pensamento de um profeta, mas, sim, como porta-vozes de Deus, recebem dele os oráculos e os transmitem ao povo como lhes foram confiados. A autoridade deles não está restrita apenas aos seus escritos que hoje compõem as Escrituras Sagradas, mas se estende à pessoa, pois, em vida, eram homens cheios do poder do Espírito Santo.

Soares. Esequias,. Soares. Daniele. A Justiça Divina: A Preparação do povo de Deus Para os Últimos Dias no livro de Ezequiel. Editora CPAD. 1 Ed. 2022. pag. 19-20.

        O profeta teve sete dias de descanso e meditação. Então, o poder de Yahweh o pegou novamente. Agora chegara o tempo de agir, pois a mensagem tinha de ser entregue aos exilados. A comissão do profeta foi renovada e ele sentiu grande responsabilidade de agir como um herói. O Targum nos informa aqui que “a palavra de profecia” foi dada a Ezequiel, nesta experiência; assim, ele ficou qualificado para agir como profeta de Yahweh.

CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 3207.

        Ao final dos sete dias. Por um lado, ao unir o discurso da sentinela de forma cronológica à narrativa precedente, a determinação do tempo na abertura convida o leitor a interpretar o ministério total do profeta com base na narrativa precedente. De fato, este discurso pode considerar a seriedade com a qual Ezequiel seguiu seu chamado. Por outro lado, a observação do tempo leva o leitor a pensar sobre a distância cronológica entre o discurso da sentinela de Yahweh e o comissionamento anterior. Ezequiel teve uma semana para se recuperar do choque de sua conscrição ao serviço divino; agora deve estar pronto para outra experiência profética. Embora a fórmula palavra-evento introdutória no versículo 16b dê ao discurso de Yahweh um sabor de oráculo, é muito evidente que esse oráculo é para ingestão particular do profeta.

Block. Daniel,. Comentário do Antigo Testamento Ezequiel. Editora Cultura Cristã. pag. 157.



3.  O filho do Homem.

        Deus não se dirige ao profeta pelo seu nome, mas como ”filho do homem” (v.17a), em hebraico, ben’adam, aparece 93 vezes ao longo do livro e seis vezes só no capítulo 3. Nenhum outro profeta recebe esse título. Isso faz lembrar a natureza humana fragilizada e pecadora ao passo que Deus é o Senhor da glória. Somente o Senhor Jesus usava esse título se referindo a si mesmo nos quatro Evangelhos a partir de Mateus 8.20. O título vem acompanhado de artigo, pois Jesus é o Filho de Deus e, ao mesmo tempo, o Filho do homem (Rm 1.1-4). Adão é o cabeça da humanidade pecadora e Jesus é o cabeça da humanidade redimida; todos os que creem em Jesus Cristo recebem vida eterna (Rm 5.12-21).

Comentário

        Filho do homem. Na primeira vez em que Deus se dirige ao profeta Ezequiel, não o chama pelo nome, mas usa a expressão em hebraico benʾadam, literalmente, “filho do ser humano” (2.1), para identificá-lo como homem entre os seres celestiais. A partir desse versículo, o título reaparece mais 92 vezes ao longo do livro, seis vezes só no capítulo 3 (vv. 1, 3, 4, 10, 17, 25). Nenhum outro profeta é chamado assim. Essa expressão reaparece em Daniel, mas não é usada para se referir a algum profeta (Dn 8.17). Isso faz lembrar a identidade humana fragilizada e pecadora, ao passo que Deus é o Senhor da glória. “Filho do homem” é um título messiânico e, quando usado para designar Jesus, deixa clara a sua humanidade.

Esse título em Jesus vem acompanhado de artigo, pois Jesus é o Filho de Deus e, ao mesmo tempo, o Filho do homem, e revela ser ele um ser humano terreno quanto um ser divino (Rm 1.1-4; 9.4, 5). Adão é o cabeça da humanidade pecadora, e Jesus é o cabeça da humanidade redimida; todos os que creem em Jesus Cristo recebem vida eterna (Rm 5.12-21). Jesus usou frequentemente esse título com respeito a si mesmo durante o seu ministério terreno, às vezes para apontar o seu vínculo com o mundo perdido: “Porque o Filho do Homem veio buscar e salvar o perdido” (Lc 19.10); em outras ocasiões, para apontar a sua condição celestial: “Ora, ninguém subiu ao céu, a não ser aquele que de lá desceu, o Filho do Homem” (Jo 3.13); “Que acontecerá, então, se virem o Filho do Homem subir para o lugar onde primeiro estava?”(Jo 6.62).

Soares. Esequias,. Soares. Daniele. A Justiça Divina: A Preparação do povo de Deus Para os Últimos Dias no livro de Ezequiel. Editora CPAD. 1 Ed. 2022. pag. 20.

        Filho do homem. Isto é, um homem mortal e fraco, nascido de mulher, um ser distinto entre as ordens da criação. O termo, em tempos posteriores, tornou-se um titulo messiânico e passou a referir-se ao Messias, a Jesus, ao Cristo. Ver no Dicionário o artigo intitulado Filho do Homem. Esta expressão se repete bastante em Ezequiel, mas não é um termo messiânico aqui. Cf. Eze. 2.8; 3.1,3-4,10,17; 4.1; 5.1. Ver também Núm. 23.19; Jó 25.6; Sal. 8.4; e Dan. 8.17.

CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 3204.

        Seguindo a referência direta do profeta, ben-ãdãm (lit. “fílho do homem”), Yahweh vai direto ao ponto: Eu te designei como atalaia sobre a casa de Israel. A posição de Ezequiel com o dever de sentinela se descreve como uma escolha divina (nãtan). Deixando de lado as convenções militares, que costumavam designar oficiais de dentro da comunidade e fazer advertências com base em suas próprias observações, Ezequiel é designado por alguém externo, Yahweh. Além do mais, Yahweh, que se coloca como o inimigo, também dita a natureza e o tempo {quando você ouvir) dos alarmes. Muitos em Israel teriam achado esta ideia assustadora. O Deus de Israel é o perigo contra quem o povo deve ser avisado! Ele está vindo como juiz para passar a sentença de morte sobre seu povo.

Block. Daniel,. Comentário do Antigo Testamento Ezequiel. Editora Cultura Cristã. pag. 157.









4.  O Atalaia Sobre a Casa de Israel.

        Deus sabia, de antemão, que os filhos de Israel, no exílio, continuariam na sua rebelião (Ez 3.7). Assim, Ezequiel foi constituído, por Deus, atalaia para profetizar aos ”filhos de Israel” (Ez 2.3-7). Ele não esperava resultado de sua pregação (Ez 3.11), seu propósito era advertir os filhos de Israel, pois, ”hão de saber que esteve no meio deles um profeta” (Ez 2.5).

Comentário

        Ezequiel é enviado aos filhos de Israel como profeta: “Filho do homem, eu vou enviá-lo aos filhos de Israel (…), saberão que um profeta esteve no meio deles” (Ez 2.2, 5). Mas a palavra profética aponta o Profeta como atalaia: . . . eu o coloquei como atalaia sobre a casa de Israel. Atalaia, guarda, sentinela são termos do mesmo campo semântico e dizem respeito àquele que tem o dever de vigiar ou guardar uma cidade (Sl 127.1; Is 62.6).

Ele é colocado sobre os muros da cidade (2Sm 18.25; 2Rs 9.18), em torres de observação (2Rs 9.17; 17.9; 18.8). Os profetas de Israel são descritos como atalaias de Javé (Is 52.8; 62.8; Os 9.8), pois anunciavam ao povo tanto os julgamentos iminentes de Deus como também as bênçãos divinas. Por causa da responsabilidade solene de Ezequiel para com a nação, ele é posto como atalaia.

Soares. Esequias,. Soares. Daniele. A Justiça Divina: A Preparação do povo de Deus Para os Últimos Dias no livro de Ezequiel. Editora CPAD. 1 Ed. 2022. pag. 21.

        Os atalaias se posicionavam sobre os muros da cidade, sobre topos de colinas, às vezes sobre torres de água ou instalações militares, pois precisavam de visão panorâmica. O trabalho deles consistia em avisar o povo sobre a aproximação de qualquer perigo. Eles serviam como protetores do povo e trabalhavam em favor do seu bem-estar. Ezequiel tornou-se o atalaia espiritual do pequeno remanescente de judeus no cativeiro babilónico. Um Novo Israel estava sendo preparado por seus esforços. Seu trabalho era “pequeno”, mas tinha grandes implicações. O atalaia avisou o povo da chegada do julgamento, por causa de sua idolatria- adultério-apostasia. Ele deu instruções morais e espirituais. A figura do atalaia será repetida em Eze. 33.2-6.

CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 3207.

        Atalaia. O substantivo sõpeh deriva-se de uma raiz comum, significando “estar atento, observar, vigiar”.- O papel de estratégia de defesa do atalaia no Oriente Próximo é melhor ilustrado pela parábola apresentada de forma completa no capítulo 33.1-6. Pessoas escolhidas para o serviço de sentinela ficavam geralmente localizadas em torres de vigia estrategicamente colocadas nos muros da cidade, e telhados de guaritas dos portões (2Sm 18.24), ou torres fora da cidade (2Rs 9.17). A responsabilidade dos atalaias envolvia prestar atenção cuidadosa aos movimentos do inimigo. Diante de um ataque iminente, eles tocariam a buzina (sõpãr), colocando os soldados em prontidão e os civis para se esconderem (Ez 33.3-6).

Esta chamada formal para servir como sentinela é apropriada para Ezequiel não somente por causa da tradição se referir aos profetas como “vigias” que “cuidavam” das nações, o que era antigo em Israel (ver 1Sm 9.9), mas especialmente porque seu ministério, antes de 586 a.C., consistia principalmente em soar o alarme para seu próprio povo, sob ataque dos babilônios (ver 7.1-27). No final, o aviso não chamaria a atenção e Jerusalém cairia. Mas Ezequiel não foi o primeiro a definir o ofício profético em termos de uma sentinela. Oseias, profeta do século 8®, faz esta identificação no capítulo 9.8, e se refere a ela em 5.8 e 8.1, nos quais ele pede o soar da buzina. Isaías 56.10 refere-se às sentinelas cegas, visionários que estão dormindo, provavelmente profetas falsos e negligentes. Mas a descrição de Ezequiel se aproxima de Jeremias 6.17: “Também pus atalaias {sõpim) sobre vós, dizendo: Estai atentos ao som da trombeta {sôpãr) mas eles dizem: Não escutaremos”. O contemporâneo de Ezequiel, consciente do que fazer, soou a trombeta repetidas vezes para o seu povo (Jr 4.5,19, 21; 6.1; 51.27).

Block. Daniel,. Comentário do Antigo Testamento Ezequiel. Editora Cultura Cristã. pag. 157.



SINOPSE III

Atalaia significa ”lugar alto”: Eram a função com propósito de avisar a respeito do perigo. O profeta Ezequiel era o atalaia de Deus.

IV – SOBRE A CASA DE ISRAEL.

A responsabilidade do profeta como atalaia sobre Israel se assemelha à nossa como cristão, na qualidade de mensageiro das Boas-Novas de Cristo. Seu discurso alcança justos e injustos.

1- A Responsabilidade

        São duas as responsabilidades principais do cristão: anunciar o Evangelho ao pecador e se cuidar para permanecer em Cristo até o fim. Se o atalaia não avisar o ímpio sobre o seu mau caminho e o perigo em que ele se encontra, certamente, o ímpio vai perecer, e o mensageiro será cobrado diante de Deus (v.18; Ez 33.8). Escreveu o apóstolo Paulo: ”E ai de mim se não anunciar o evangelho”(1Co 9.16). Também é dever do justo perseverar até o fim, porque, se ele ceder, a sua justiça não será levada em conta (v. 20; Ez 33.13) conforme ensina o Novo Testamento (Mt 24.13; Jo 17.12; 2 Pe 2.20-22).

Comentário

        3.18a Quando eu disser ao ímpio. Ezequiel usa uma típica linguagem legal da Torah, ou seja, a lei de Moisés; como sacerdote devia estar bem familiarizado com esse tipo de literatura, e isso se repete na passagem paralela (33.1-20). Essa linguagem hipotética é frequente na Torah, como: “Quando um chefe pecar…” (Lv 4.22); “Quando uma pessoa tiver na sua pele…“ (Lv 13.2); “Esta é a lei quando alguém morrer…” (Nm 19.14); “Quando o exército sair…” (Dt 23.9). Esses são apenas alguns das centenas de exemplos da Torah. Essa estrutura hipotética mostra que a intenção do Espírito Santo é mostrar que essa responsabilidade não se restringe a Ezequiel em relação ao seu povo, mas serve para a todos os cristãos em relação aos pecadores.

3.18b Ver 33.8. “‘Você certamente morrerá’, e você não o avisar e nada disser para o advertir do seu mau caminho, para lhe salvar a vida (…). A vontade de Deus é a salvação do pecador, por isso o objetivo da mensagem é que o ímpio tenha consciência do perigo em que se encontra, e que se desperte para buscar a Deus e seja salvo (Is 55.6, 7). Essa parte do discurso revela a responsabilidade do Profeta em se tratando do destinatário original dessa mensagem e a nossa responsabilidade como cristãos que recebemos do Senhor Jesus a incumbência de anunciar o evangelho ao pecador (Mt 28.18-20; Mc 16.15-20; Lc 24.46-49). Essa exortação não tem prazo de validade; ela é para os nossos dias, está afinada com o pensamento do Novo Testamento.

3.18c O Profeta está consciente de sua responsabilidade como atalaia de Javé para comunicar individualmente às pessoas, e não simplesmente de maneira coletiva à nação: (…) esse ímpio morrerá na sua maldade, mas você será responsável pela morte dele. É verdade que Deus quer livrar cada um dos filhos de Israel da iminente destruição, mas esse discurso não se encerra aí, pois Deus se interessa individualmente por cada pessoa, pois são “as pessoas, criadas à semelhança de Deus” (Tg 3.9). Assim, essa mensagem é atual, e esse compromisso não se restringe ao profeta; é uma responsabilidade de todos nós (1Co 9.16; 2Tm 4.2).

Soares. Esequias,. Soares. Daniele. A Justiça Divina: A Preparação do povo de Deus Para os Últimos Dias no livro de Ezequiel. Editora CPAD. 1 Ed. 2022. pag. 21.

        As advertências espirituais dos vss. 18-21 não se referem à alma e à condenação eterna em uma vida além do sepulcro, embora, comumente, intérpretes utilizem este trecho com tal aplicação. Podemos fazer essa aplicação, porque as palavras são aptas a esse fim, mas o que está em pauta é a destruição pelas mãos dos babilônios. As palavras podem incluir a ideia de desastres, pragas e revoltas da natureza, que massacram a vida humana. A vida prometida aos obedientes e convertidos seria tranquila e longa na Terra Prometida, onde os habitantes teriam o privilégio de promover o culto a Yahweh, fonte de todas as bênçãos. Em outras palavras, o texto se refere à salvação temporal, não espiritual.

Casos Específicos: O primeiro caso estipulado é o do homem pecaminoso, rebelde, apóstata (coletivamente, Judá-Jerusalém); este ímpio recebe a advertência de Yahweh. Os babilônios trariam a morte, que chegaria na forma de um imenso massacre. Presumivelmente, o próprio profeta pereceria com o povo. Além dos ataques dos babilônios, haveria doenças, desastres naturais e uma variedade espantosa de calamidades. Mas nada, no trecho presente, fala sobre a alma e o julgamento do outro mundo.

É óbvio que este texto não menciona nada sobre o problema da segurança do crente, embora alguns intérpretes o utilizem desta maneira. “A referência aqui é obviamente à morte física” (Charles H. Dyer, in toe).

CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 3207.

        O primeiro caso envolve uma situação em que Yahweh manda o profeta entregar ao ímpio a sentença legal de morte que já pronunciara: Certamente morrerás! A forma da sentença é típica dos veredictos declarados por uma autoridade judicial em relação a um criminoso culpado de um crime capital. Embora a oportunidade de arrependimento do acusado seja colocada em outro ponto no livro (14.6; 18.21,30-32; 33.11), este primeiro caso não oferece qualquer indicação desta possibilidade. Isto é apropriado aqui, desde que a sentença não seja primariamente o destino do ímpio, mas a resposta do profeta ao comando divino. E você deixar de avisá-lo. Deixar de passar a mensagem trará sobre Ezequiel a responsabilidade pela morte, isto é, a culpa de assassino, que de acordo com Gênesis 9.5,6 pede a pena de morte.

Block. Daniel,. Comentário do Antigo Testamento Ezequiel. Editora Cultura Cristã. pag. 159.

2.  A Responsabilidade do ímpio.

        Quando anunciamos o Evangelho e o pecador rejeita a salvação em Cristo, tal rejeição vai testificar contra ele mesmo naquele dia (At 18.6; 20.26,27). Deus disse a Ezequiel: “Quem ouvir ouça, e quem deixar de ouvir deixe” (v. 27). A expressão usada pelo Senhor Jesus: ”Quem tem ouvidos para ouvir ouça” (Mt 11.15), em passagens paralelas (M 7.16; Lc 14.35) e em Apocalipse 13.9, é uma fraseologia similar que veio de Ezequiel. Isso significa que Deus é a fonte da profecia de Ezequiel e do Evangelho que pregamos (v.27a).

Comentário

        Pode acontecer de o ímpio não se converter: Mas, se você avisar o ímpio, e ele não se converter da sua maldade (…). O sol que amolece a cera é o mesmo que endurece o barro. Isso significa que nem todas as pessoas estão abertas para ouvirem a Palavra de Deus. Há os que ouvem a Palavra e se arrependem, como os ninivitas de Jonas (Jn 3.10); no entanto, os sobreviventes da destruição de Jerusalém, os quais por mais de 20 anos ouviram do profeta Jeremias os anúncios da queda da cidade e foram testemunhas oculares do cumprimento dessas profecias, mesmo assim rejeitaram todos os conselhos de Deus por meio do mesmo profeta (capítulos 42 e 43). Javé já havia prevenido Ezequiel desde o início de que ele não seria ouvido e de que sua mensagem seria recusada pelos filhos de Israel: “Mas a casa de Israel não vai querer dar ouvidos a você, porque não quer dar ouvidos a mim; pois toda a casa de Israel tem o coração fechado e a mente endurecida” (3.7), como de fato aconteceu (2Cr 36.14-16). Nesse caso, a responsabilidade não é dos profetas nem dos pregadores do evangelho nos dias atuais, pois a advertência profética é clara: ele morrerá na sua maldade, mas você terá salvo a sua vida (v. 19b).

Na fé cristã, isso não é diferente. Quando anunciamos o evangelho e o pecador rejeita a salvação em Cristo, tal rejeição vai testificar contra ele mesmo naquele dia (At 18.6; 20.26, 27). Não havia esperança de arrependimento no discurso de Ezequiel para aquela geração; a palavra profética contempla uma restauração dos filhos de Israel num futuro distante. Mas, na pregação cristã, espera-se tanto aceitação como recusa por parte do destinatário da mensagem, segundo as palavras de Jesus: “se a casa for digna, que a paz de vocês venha sobre ela; se, porém, não for digna, a paz voltará para vocês. Se alguém não quiser recebê-los nem ouvir as palavras de vocês, ao saírem daquela casa ou daquela cidade, sacudam o pó dos pés” (Mt 10.13, 14).

Soares. Esequias,. Soares. Daniele. A Justiça Divina: A Preparação do povo de Deus Para os Últimos Dias no livro de Ezequiel. Editora CPAD. 1 Ed. 2022. pag. 22.

        O segundo caso é o reverso do primeiro (vs.18). Se o profeta cumprisse sua missão, mas os desobedientes permanecessem rebeldes e morressem nessa condição, ele entregaria sua vida por causas destas consequências. Cf. lsa. 49.4-5; Atos 20.26 e ITim. 4.16.

Quando eu falar contigo, darei que fale a tua boca. Ezequiei não seria para sempre um profeta silencioso. Com o tempo, sua boca foi aberta para falar. O Espírito estava controlando a situação e operando segundo Sua vontade. Todos os elementos se harmonizavam perfeitamente. Não houve lapsos na execução do plano divino.

Assim diz o Senhor Deus. Adonai-Yahweh, isto é, Soberano Eterno, o título divino comum deste livro, aparecendo 217 vezes. Aparece somente 103 vezes no restante do Antigo Testamento. A missão do profeta seria realizada de acordo com a Soberania de Deus (ver a respeito no Dicionário). Quando o profeta ficava em silêncio, era porque Yahweh não tinha falado; quando abria a boca, era inspirado por Yahweh. O ministério do profeta mesclaria períodos de silêncio com períodos de pregação. Como o atalaia de Israel (Eze. 3.16 ss.), ele se harmonizou perfeitamente com a mente divina. Sua mudez seria intermitente. Sua palavra encontraria receptividades radicalmente diversas. Alguns o escutariam; amém! Outros não o fariam; assim seja! A grande maioria dos rebeldes não se converteria, e sofreria o devido castigo. Yahweh não esperava “sucesso de números” da parte do profeta. Cf. as palavras de Jesus em Mat. 11.15; ver também Mat. 13.9; Mar. 4.9,23; Luc. 8.8.

Quem tem ouvidos para ouvir, ouça. (Lucas 14.35)

A pregação era seu próprio sucesso. O dever do atalaia seria realizado a despeito da rebeldia dos ouvintes.

CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 3207-3208.

        O segundo caso é idêntico ao primeiro, exceto que o profeta entregou responsavelmente a sentença de morte, e seu aviso foi rejeitado. Enquanto o ímpio morre por sua maldade, a sentinela é absolvida da responsabilidade de sua morte. Pode, portanto, manter a sua vida.

Block. Daniel,. Comentário do Antigo Testamento Ezequiel. Editora Cultura Cristã. pag. 159.

3.  A Extensão de nossa Responsabilidade

        Quando o justo se desvia, precisa igualmente ser alertado. Esse mesmo princípio na fé cristã significa que temos responsabilidade diante de Deus por aquele irmão e aquela irmã que estão se esfriando na fé ou que se afastaram dos cultos, principalmente na época de isolamento social, e isso pode levá-los ao completo desvio. É dever nosso cuidar uns dos outros na igreja (1Co 12.25). A nossa preocupação não é somente com o pecador ignorante, mas também com as ovelhas que se desgar­raram do rebanho (Lc 15.4-6).

Comentário

        Uma mensagem para todos os povos em todos os lugares e em todas as épocas. Não se pode limitar a extensão da Palavra de Deus. É claro que os oráculos divinos se dirigem diretamente aos patrícios do Profeta: Também quando o justo se desviar da sua justiça e fizer maldade, e eu puser diante dele um tropeço, ele morrerá. Nos padrões do Antigo Testamento, no Decálogo, o justo, em Israel, diz respeito a alguém fiel a Deus, mas que com o tempo pode se voltar para a idolatria, como foi o caso do povo de Judá. A mensagem é clara: “ele morrerá”, o que de fato aconteceu na queda de Jerusalém.

Para essas pessoas, Deus designou seus mensageiros e Javé adverte Ezequiel: Visto que você não o avisou, ele morrerá no seu pecado, e os atos de justiça que ele havia praticado não serão lembrados, e você será responsável pela morte dele.

Os profetas, tanto Ezequiel na Babilônia como Jeremias em Jerusalém, cumpriram essa missão. Esse aspecto da profecia não se restringe apenas ao que aconteceu à “casa de Israel” com a invasão de Jerusalém pelos caldeus e a destruição da cidade. É característica das Escrituras as várias aplicações teológicas e práticas. Assim, essa mensagem mostra haver incompatibilidade com a linha teológica que defende a eleição incondicional e a segurança eterna (Gl 5.4). A teologia nunca se baseia numa passagem isolada da Revelação. O estilo hipotético da linguagem revela que o destinatário da mensagem não é exclusivo. Note que a expressão “quando o justo” não está se dirigindo unicamente ao justo daquela geração, mas a qualquer justo de qualquer lugar e de qualquer época; isso é um ensino, uma mensagem didática, não meramente uma ordem específica. O Profeta retoma o tema nos capítulos 14 e 18, que esclarece melhor o assunto.

Soares. Esequias,. Soares. Daniele. A Justiça Divina: A Preparação do povo de Deus Para os Últimos Dias no livro de Ezequiel. Editora CPAD. 1 Ed. 2022. pag. 22-23.

        O terceiro caso é o do homem justo (segundo os padrões do Antigo Testamento, o homem que obedece à lei mosaica e participa do culto a Yahweh). Este homem cumpre seus deveres, mas finalmente abandona sua fé (como Judá fez quando correu atrás da idolatria de seus vizinhos). Este homem, ontem justo, agora é um ímpio como o resto da Judá apóstata; contra ele Yahweh agirá; sua bondade anterior não o ajudará nem um pouco. Com a iniquidade, ele anula sua condição anterior, cai e morre. Todavia, o ministro que o advertiu fica livre de sua culpa. O texto não se refere a um homem que ontem estava salvo, mas hoje está perdido, e, se morrer nesta condição, sofrerá julgamento eterno; esta é a interpretação de alguns ansiosos que querem um texto de prova para sua doutrina arminiana. O texto fala especificamente do golpe de morte do exército babilónico, que executou uma nação inteira e obviamente dos indivíduos daquela nação. A segunda morte não está em pauta.

Tropeço. Cf. lsa. 8.14; I Cor. 1.23; Rom. 8.32-33; I Ped. 2.8. A bondade que o homem praticou no passado não pode agir como um tipo de crédito, para evitar consequências desastrosas de uma vida pecaminosa presente. Ele não pode tirar algum dinheiro de seu banco espiritual e pagar os débitos de uma vida atual de apostasia. A Lei Moral da Colheita segundo a Semeadura (ver a respeito no Dicionário) garantirá que esse homem pague o que deve: ele morrerá.

CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 3207.

        O terceiro caso envolve uma pessoa que costumava ser reta (saddíq) e que começou a praticar o mal. Esse indivíduo parece ter sido um membro bona fide da comunidade, mas suas ações demonstram que repudiou o pacto. Em resposta, Yahweh o leva à morte ao colocar um obstáculo, uma pedra de tropeço (miksôl), em seu caminho. A palavra denota qualquer objeto que pode fazer uma pessoa tropeçar. Oito das catorze ocorrências de miksôl (de kõsal, “tropeçar”) no Antigo Testamento são encontradas em Ezequiel. Destas, seis envolvem a frase miksôl ‘ãwõn, “tropeço de iniquidade”. Em tais formulações miksôl significa o que seja que constitua uma ocasião para atualizar a culpa potencial por intermédio de um comportamento pecaminoso, como dinheiro (7.19), idolatria ( 14.3-4,7), ou a influência de pessoas que praticam o mal (44.12).“”

Percepções sentimentais modernas de Deus fazem da atribuição de Ezequiel, quanto aos tropeços nos caminhos dos desviados, algo difícil de entender, quanto mais aceitar, mas a noção não se originou com ele. Isaías escreve em 8.14:

Ele [Yahweh dos exércitos] vos será santuário; mas será pedra de tropeço (sûr miksôl) e rocha de ofensa às duas casas de Israel, laço e armadilha aos moradores de Jerusalém.

Ainda mais instrutivo é Jeremias 6.21:

Veja, eu estou colocando diante deste povo pedras de tropeço;

E eles tropeçarão nelas;

Pais e filhos, juntamente,

Vizinhos e amigos perecerão.

Mas o que é esse tropeço? Obviamente, não pode ser uma ocasião que faz do pecado algo inevitável, tomando Deus diretamente responsável pelo pecado humano. Os tradutores da LXX evitaram essa sugestão ao traduzir miksôl não como, mas como, “tormento, tortura”, isto é, “sofrimento no sentido de punição”.“ Assim o tropeço é um equivalente concreto da sentença de morte.

Revendo a biografia espiritual da pessoa em foco aqui, pode- se identificar quatro estágios na vida de um desviado: (1) a pessoa é membro fiel da comunidade do pacto; (2) ela muda sua retidão e entra no mal; (3) é punida por Deus; (4) morre, pois não pode manter-se em qualquer um de seus atos retos anteriores (pl.; cf Ez 33.13). Seu destino está claramente determinado, mas não pela maneira como começou sua vida, mas, antes, se perseverou ou não. Além disto, como nos outros casos, o leitor é lembrado aqui que o interesse primário, neste caso, não é o destino do nouveau méchant, mas a resposta do atalaia.

Block. Daniel,. Comentário do Antigo Testamento Ezequiel. Editora Cultura Cristã. pag. 160-161.



SINOPSE IV

A responsabilidade do profeta como atalaia sobre Israel se as­ semelha a nossa como cristãos, na qualidade de mensageiro da­ Boas-Novas de Cristo.

CONCLUSÃO

        O nosso compromisso, diante de Deus, é pregar o Evangelho e não converter as pessoas, pois quem as converte é o Espírito Santo. O Senhor mandou-nos pregar a Palavra, como Deus falou ao profeta: ”quer ouçam quer deixem de ouvir” (2.5,7); continue anunciando a mensagem! É o que devemos fazer com oração, guiados pelo Espírito Santo.

REVISANDO O CONTEÚDO

1- Quando foram entregues as profecias da primeira e da segunda parte do livro?

Essas profecias foram entregues ao profeta antes da destruição da cidade de Jerusalém e do templo e ocupa os primeiros 24 capítulos.

2- O que revelam os pronunciamentos de Javé sobre as nações vizinhas?

Isso revela que Javé não é somente o Deus de Israel, mas também de todas as nações, é soberano em todo o universo (Ex 19.5; Sl 24.1; Ap 4.11).

3- Onde, na Bíblia, é descrita a função do atalaia?

A função do atalaia é descrita em 2 Samuel 18.24-27 e 2 Reis 9.17-20 e mais bem ilustrada pela parábola como um militar posto como sentinela (33.2-6).

4- O que faz lembrar o título ”filho do homem”?

Faz lembrar a natureza humana fragilizada e pecadora ao passo que Deus é o senhor da glória.

5- Quais as duas responsabilidades principais do atalaia cristão?

Anunciar o evangelho ao pecador e se cuidar para permanecer em Cristo até o fim.

VOCABULÁRIO

Gênero Literário Apocalíptico: Gênero literário que aparece no antigo testamento no livro do apocalipse em que predomina o uso de símbolos, imagens, visões e revelações.

 

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Ev. Hubner BrazÉ escritor, professor, blogueiro, pastor. Vivendo para o Reino de Deus. Trabalhando incansavelmente para deixar o blog sempre atualizado abençoando e evangelizando as vidas que acessam este espaço de aprendizado cristão. Criador do projeto Pecador Confesso e tem se destacado em palestras e cursos para jovens, casais, obreiros e missões urbanas | (Tecnologia WordPress).

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Pecador Confesso: LIÇÃO 1 - EZEQUIEL, O ATALAIA DE DEUS
LIÇÃO 1 - EZEQUIEL, O ATALAIA DE DEUS
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