TEXTO PRINCIPAL “[…] porém eu e a minha casa serviremos ao Senhor.” (Js 24.15b) COMENTARIO EXTRA Comentário de Hubner Braz Josué 24.15b — ...
TEXTO PRINCIPAL
“[…] porém eu e a minha casa serviremos ao Senhor.” (Js 24.15b)
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
Josué 24.15b — “Porém eu e a minha casa serviremos ao Senhor”
1. Contexto Histórico e Literário
Este versículo está inserido no discurso final de Josué, líder que conduziu os israelitas à Terra Prometida após a morte de Moisés. Em Josué 24, ele convoca todo o povo para renovar a aliança com Deus e tomar uma decisão consciente sobre quem eles irão servir.
Josué desafia o povo a abandonar os deuses pagãos e se comprometer plenamente com o Deus de Israel. O versículo 15b expressa uma decisão pessoal e familiar clara, um compromisso público e firme.
2. Análise das palavras-chave no hebraico
- “Porém” — (hebraico: וְ) wə — conjunção adversativa que contrasta a decisão de Josué com a indecisão ou práticas anteriores do povo.
- “Eu” — (hebraico: אָנֹכִי) ’ănōkhî — pronome pessoal forte, enfatizando a responsabilidade individual e liderança.
- “Minha casa” — (hebraico: וּבֵיתִי) ūbêyti — “e minha casa”, ou seja, sua família, indicando que a decisão não é só pessoal, mas coletiva, envolvendo todos que dependem dele.
- “Serviremos” — (hebraico: וַאֲעַבְדָה) wa’ă‘ăḇəḏāh — do verbo עָבַד (`āḇaḏ), que significa “servir, trabalhar, adorar”. Tem nuances tanto de serviço prático como de adoração a Deus (Ex 23.25; Dt 6.13).
- O verbo está na forma de futuro, indicando compromisso firme e contínuo.
- “Ao Senhor” — (hebraico: לַיהוָה) laYHWH — o Tetragrama Sagrado, o nome pessoal do Deus de Israel, que revela sua aliança, santidade e soberania.
3. Dimensão Teológica
- Servir a Deus como aliança e obediência: A palavra ‘ăḇaḏ implica tanto obediência quanto culto prático, incluindo trabalho, submissão e lealdade.
- Josué deixa claro que o compromisso com Deus não é apenas ritualístico, mas um modo de vida que envolve a família inteira, refletindo a importância da liderança espiritual no lar.
- Decisão voluntária e consciente: Josué aponta para a necessidade de escolher a quem se servirá (Josué 24.15a), indicando que o serviço a Deus é uma decisão de vontade, livre e consciente.
- Monoteísmo e exclusividade: A expressão reafirma a exclusividade da adoração a Yahweh, rejeitando deuses falsos.
4. Referências acadêmicas
- Walter Brueggemann (Interpretation Commentary: Joshua) comenta que esta declaração marca o clímax da renovação da aliança, onde o serviço a Yahweh é total e abrange toda a vida familiar e social. O verbo ‘āḇaḏ é central para o conceito de aliança como fidelidade ativa.
- Richard D. Patterson (Word Biblical Commentary: Joshua) destaca que o compromisso familiar reflete a realidade do Israel antigo, onde o chefe da casa tinha autoridade espiritual e social, e sua decisão impactava toda a unidade doméstica.
- Gordon Wenham (Word Biblical Commentary: Judges, Ruth, 1-2 Samuel) nota que Josué aqui encoraja a liderança piedosa no lar, fundamental para a estabilidade do povo de Deus.
5. Aplicação pessoal
- Decisão pessoal e familiar: O cristão é chamado a assumir um compromisso claro, não só individual, mas envolvendo a família na fé e no serviço ao Senhor.
- Liderança espiritual no lar: Assim como Josué, líderes espirituais (pais, mães, responsáveis) têm a responsabilidade de direcionar o lar para Deus, influenciando toda a geração.
- Serviço contínuo e ativo: Servir a Deus não é uma atitude ocasional, mas um compromisso diário que envolve obediência, adoração, trabalho e amor ao próximo.
- Escolha diária: Em meio a muitas opções e “deuses modernos” (dinheiro, poder, tecnologia), o versículo nos desafia a decidir a quem serviremos.
6. Tabela expositiva
Termo Hebraico
Transliteração
Significado
Observação Teológica
אָנֹכִי
’ănōkhî
Eu
Enfatiza a decisão pessoal e liderança
וּבֵיתִי
ūbêyti
Minha casa (família)
Compromisso coletivo, liderança espiritual no lar
וַאֲעַבְדָה
wa’ă‘ăḇəḏāh
Serviremos (futuro de ‘āḇaḏ)
Serviço/adoração contínua a Deus, obediência ativa
לַיהוָה
laYHWH
Ao Senhor (nome de Deus)
Exclusividade da adoração ao Deus da aliança
Josué 24.15b — “Porém eu e a minha casa serviremos ao Senhor”
1. Contexto Histórico e Literário
Este versículo está inserido no discurso final de Josué, líder que conduziu os israelitas à Terra Prometida após a morte de Moisés. Em Josué 24, ele convoca todo o povo para renovar a aliança com Deus e tomar uma decisão consciente sobre quem eles irão servir.
Josué desafia o povo a abandonar os deuses pagãos e se comprometer plenamente com o Deus de Israel. O versículo 15b expressa uma decisão pessoal e familiar clara, um compromisso público e firme.
2. Análise das palavras-chave no hebraico
- “Porém” — (hebraico: וְ) wə — conjunção adversativa que contrasta a decisão de Josué com a indecisão ou práticas anteriores do povo.
- “Eu” — (hebraico: אָנֹכִי) ’ănōkhî — pronome pessoal forte, enfatizando a responsabilidade individual e liderança.
- “Minha casa” — (hebraico: וּבֵיתִי) ūbêyti — “e minha casa”, ou seja, sua família, indicando que a decisão não é só pessoal, mas coletiva, envolvendo todos que dependem dele.
- “Serviremos” — (hebraico: וַאֲעַבְדָה) wa’ă‘ăḇəḏāh — do verbo עָבַד (`āḇaḏ), que significa “servir, trabalhar, adorar”. Tem nuances tanto de serviço prático como de adoração a Deus (Ex 23.25; Dt 6.13).
- O verbo está na forma de futuro, indicando compromisso firme e contínuo.
- “Ao Senhor” — (hebraico: לַיהוָה) laYHWH — o Tetragrama Sagrado, o nome pessoal do Deus de Israel, que revela sua aliança, santidade e soberania.
3. Dimensão Teológica
- Servir a Deus como aliança e obediência: A palavra ‘ăḇaḏ implica tanto obediência quanto culto prático, incluindo trabalho, submissão e lealdade.
- Josué deixa claro que o compromisso com Deus não é apenas ritualístico, mas um modo de vida que envolve a família inteira, refletindo a importância da liderança espiritual no lar.
- Decisão voluntária e consciente: Josué aponta para a necessidade de escolher a quem se servirá (Josué 24.15a), indicando que o serviço a Deus é uma decisão de vontade, livre e consciente.
- Monoteísmo e exclusividade: A expressão reafirma a exclusividade da adoração a Yahweh, rejeitando deuses falsos.
4. Referências acadêmicas
- Walter Brueggemann (Interpretation Commentary: Joshua) comenta que esta declaração marca o clímax da renovação da aliança, onde o serviço a Yahweh é total e abrange toda a vida familiar e social. O verbo ‘āḇaḏ é central para o conceito de aliança como fidelidade ativa.
- Richard D. Patterson (Word Biblical Commentary: Joshua) destaca que o compromisso familiar reflete a realidade do Israel antigo, onde o chefe da casa tinha autoridade espiritual e social, e sua decisão impactava toda a unidade doméstica.
- Gordon Wenham (Word Biblical Commentary: Judges, Ruth, 1-2 Samuel) nota que Josué aqui encoraja a liderança piedosa no lar, fundamental para a estabilidade do povo de Deus.
5. Aplicação pessoal
- Decisão pessoal e familiar: O cristão é chamado a assumir um compromisso claro, não só individual, mas envolvendo a família na fé e no serviço ao Senhor.
- Liderança espiritual no lar: Assim como Josué, líderes espirituais (pais, mães, responsáveis) têm a responsabilidade de direcionar o lar para Deus, influenciando toda a geração.
- Serviço contínuo e ativo: Servir a Deus não é uma atitude ocasional, mas um compromisso diário que envolve obediência, adoração, trabalho e amor ao próximo.
- Escolha diária: Em meio a muitas opções e “deuses modernos” (dinheiro, poder, tecnologia), o versículo nos desafia a decidir a quem serviremos.
6. Tabela expositiva
Termo Hebraico | Transliteração | Significado | Observação Teológica |
אָנֹכִי | ’ănōkhî | Eu | Enfatiza a decisão pessoal e liderança |
וּבֵיתִי | ūbêyti | Minha casa (família) | Compromisso coletivo, liderança espiritual no lar |
וַאֲעַבְדָה | wa’ă‘ăḇəḏāh | Serviremos (futuro de ‘āḇaḏ) | Serviço/adoração contínua a Deus, obediência ativa |
לַיהוָה | laYHWH | Ao Senhor (nome de Deus) | Exclusividade da adoração ao Deus da aliança |
RESUMO DA LIÇÃO
Tanto os erros de Davi quanto os seus acertos nos trazem grandes ensinamentos e nos convidam a importantes reflexões.
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LEITURA SEMANAL
SEGUNDA – 1Tm 5.8 O cuidado com a família
TERÇA – 2 Rs 4 3-5 Uma família unida
QUARTA – Is 49-15.16 O Senhor não se esquece dos seus
QUINTA – Sl 127.3-5 Herança do Senhor
SEXTA – Ef 6.4 Pais e filhos
SÁBADO – Pv 17.6 Pais, filhos e netos
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
Leitura Semanal — Tema: Família no Propósito de Deus
Segunda-feira: 1 Timóteo 5.8 — O cuidado com a família
Texto: “Mas, se alguém não cuida dos seus, e principalmente dos da própria família, negou a fé e é pior do que o descrente.”
Comentário:
Este texto destaca a responsabilidade fundamental do cristão em prover e cuidar da família. A palavra grega para “cuidar” é epimeleomai (ἐπιμελέομαι), que sugere zelo, atenção e compromisso constante. Paulo enfatiza que a fé cristã se manifesta também em ações concretas de amor e cuidado familiar. Negligenciar a família é visto como uma falha grave, refletindo uma negação prática da fé.
Aplicação:
O cuidado familiar é inseparável da vida cristã. É um chamado para a responsabilidade prática, espiritual e emocional dentro do lar.
Terça-feira: 2 Reis 4.3-5 — Uma família unida
Texto: História da viúva que recebe a bênção do azeite para pagar suas dívidas e sustentar seus filhos.
Comentário:
O texto revela a providência de Deus para a família em necessidade, mostrando que Ele honra a fé e o esforço para manter a unidade familiar. O azeite simboliza a provisão e a abundância, e a ação da viúva reflete confiança e obediência.
Aplicação:
Mesmo em tempos difíceis, Deus está presente para sustentar e prover a família unida que busca depender d’Ele.
Quarta-feira: Isaías 49.15-16 — O Senhor não se esquece dos seus
Texto: Deus compara seu cuidado com o amor de uma mãe que nunca esquece seu filho, e até grava os seus nomes na palma da mão.
Comentário:
A palavra hebraica para “esquecer” (shācha) mostra a fidelidade divina em contraste com a fragilidade humana. Deus assegura que conhece cada pessoa individualmente, incluindo os membros da família, e cuida deles com amor eterno.
Aplicação:
A família é objeto do cuidado especial de Deus, que não abandona nem esquece seus filhos, inspirando confiança e esperança.
Quinta-feira: Salmo 127.3-5 — Herança do Senhor
Texto: “Os filhos são herança do Senhor, uma recompensa que Ele dá.”
Comentário:
O termo hebraico para “herança” (nachalah) enfatiza que os filhos são bênçãos divinas e presentes para a continuidade da aliança. O salmista exalta o valor da família como instituição abençoada por Deus.
Aplicação:
Reconhecer os filhos como dádivas de Deus traz gratidão e compromisso para educá-los na fé.
Sexta-feira: Efésios 6.4 — Pais e filhos
Texto: “E vós, pais, não provoqueis à ira a vossos filhos, mas criai-os na disciplina e admoestação do Senhor.”
Comentário:
Paulo instrui os pais a exercerem liderança amorosa, equilibrando disciplina e incentivo espiritual. A palavra grega paideia (παιδεία) significa educação e correção segundo a instrução divina.
Aplicação:
Educar os filhos no caminho do Senhor é um chamado para os pais exercitarem amor e firmeza, evitando excessos que possam causar ressentimentos.
Sábado: Provérbios 17.6 — Pais, filhos e netos
Texto: “A coroa dos idosos são os filhos dos filhos, e a glória dos filhos são seus pais.”
Comentário:
Este provérbio sublinha a importância das gerações na família. A palavra hebraica para “coroa” (atarah) simboliza honra e valor. O texto valoriza a continuidade e o legado espiritual e social entre avós, filhos e netos.
Aplicação:
O relacionamento entre as gerações é uma fonte de bênção e honra, ressaltando a responsabilidade de preservar os valores de fé e amor.
Conclusão
Essas leituras semanais refletem a centralidade da família no plano de Deus, destacando cuidados práticos, provisão, fidelidade divina, educação espiritual e o legado geracional. São um convite à reflexão e ação para fortalecer o núcleo familiar na vivência da fé cristã.
Leitura Semanal — Tema: Família no Propósito de Deus
Segunda-feira: 1 Timóteo 5.8 — O cuidado com a família
Texto: “Mas, se alguém não cuida dos seus, e principalmente dos da própria família, negou a fé e é pior do que o descrente.”
Comentário:
Este texto destaca a responsabilidade fundamental do cristão em prover e cuidar da família. A palavra grega para “cuidar” é epimeleomai (ἐπιμελέομαι), que sugere zelo, atenção e compromisso constante. Paulo enfatiza que a fé cristã se manifesta também em ações concretas de amor e cuidado familiar. Negligenciar a família é visto como uma falha grave, refletindo uma negação prática da fé.
Aplicação:
O cuidado familiar é inseparável da vida cristã. É um chamado para a responsabilidade prática, espiritual e emocional dentro do lar.
Terça-feira: 2 Reis 4.3-5 — Uma família unida
Texto: História da viúva que recebe a bênção do azeite para pagar suas dívidas e sustentar seus filhos.
Comentário:
O texto revela a providência de Deus para a família em necessidade, mostrando que Ele honra a fé e o esforço para manter a unidade familiar. O azeite simboliza a provisão e a abundância, e a ação da viúva reflete confiança e obediência.
Aplicação:
Mesmo em tempos difíceis, Deus está presente para sustentar e prover a família unida que busca depender d’Ele.
Quarta-feira: Isaías 49.15-16 — O Senhor não se esquece dos seus
Texto: Deus compara seu cuidado com o amor de uma mãe que nunca esquece seu filho, e até grava os seus nomes na palma da mão.
Comentário:
A palavra hebraica para “esquecer” (shācha) mostra a fidelidade divina em contraste com a fragilidade humana. Deus assegura que conhece cada pessoa individualmente, incluindo os membros da família, e cuida deles com amor eterno.
Aplicação:
A família é objeto do cuidado especial de Deus, que não abandona nem esquece seus filhos, inspirando confiança e esperança.
Quinta-feira: Salmo 127.3-5 — Herança do Senhor
Texto: “Os filhos são herança do Senhor, uma recompensa que Ele dá.”
Comentário:
O termo hebraico para “herança” (nachalah) enfatiza que os filhos são bênçãos divinas e presentes para a continuidade da aliança. O salmista exalta o valor da família como instituição abençoada por Deus.
Aplicação:
Reconhecer os filhos como dádivas de Deus traz gratidão e compromisso para educá-los na fé.
Sexta-feira: Efésios 6.4 — Pais e filhos
Texto: “E vós, pais, não provoqueis à ira a vossos filhos, mas criai-os na disciplina e admoestação do Senhor.”
Comentário:
Paulo instrui os pais a exercerem liderança amorosa, equilibrando disciplina e incentivo espiritual. A palavra grega paideia (παιδεία) significa educação e correção segundo a instrução divina.
Aplicação:
Educar os filhos no caminho do Senhor é um chamado para os pais exercitarem amor e firmeza, evitando excessos que possam causar ressentimentos.
Sábado: Provérbios 17.6 — Pais, filhos e netos
Texto: “A coroa dos idosos são os filhos dos filhos, e a glória dos filhos são seus pais.”
Comentário:
Este provérbio sublinha a importância das gerações na família. A palavra hebraica para “coroa” (atarah) simboliza honra e valor. O texto valoriza a continuidade e o legado espiritual e social entre avós, filhos e netos.
Aplicação:
O relacionamento entre as gerações é uma fonte de bênção e honra, ressaltando a responsabilidade de preservar os valores de fé e amor.
Conclusão
Essas leituras semanais refletem a centralidade da família no plano de Deus, destacando cuidados práticos, provisão, fidelidade divina, educação espiritual e o legado geracional. São um convite à reflexão e ação para fortalecer o núcleo familiar na vivência da fé cristã.
OBJETIVOS
SABER que a família é um projeto de Deus;
RESSALTAR que por intermédio do casamento nos tornamos uma só carne;
COMPREENDER que os filhos são herança do Senhor.
INTERAÇÃO
Prezado (a) professor (a), nesta lição aprenderemos a respeito de Davi como marido e pai. Veremos que embora muitos tenham sido equívocos em sua postura, vemos também a presença de virtudes importantes Davi sofreu com casamentos fora da vontade divina e filhos inconsequentes, o que lhe custou lágrimas e lamentos. No entanto, sempre teve uma postura amorosa para com seus filhos e com suas esposas. Além disso, independente das falhas, teve um coração contrito e sedento por Deus: um bom exemplo a todos nós!
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor (a), converse com os alunos explicando que a ‘poligamia de Davi lhe causou muitos dissabores. Embora fosse um costume socialmente aceitável para os reis da época. Deus advertiu especificamente para que Israel não adotasse essa prática (Dt 2; Sm 17.14-17). Infelizmente, os filhos nascidos das várias esposas de Davi lhe trouxeram inúmeros problemas; estupro (2 Sm 1314), homicídio (2 Sm 13.28), rebelião (2 Sm 15.13) e ganância (1 Rs 1.5-6), tudo resultado de rivalidades invejosas entre meios-irmãos. Salomão, um dos filhos de Davi e seu sucessor ao trono, também teve muitas esposas e com o tempo, elas o afastaram de Deus (1 Rs 11.3-4). Embora a poligamia não seja prática comum hoje, pessoas que se divorciam ou que se casam novamente também devem prestar atenção à rivalidade entre seus filhos” (Bíblia de Estudo Pentecostal para Jovens. Rio de Janeiro: CPAD, pp. 389,390).
DINAMICA EXTRA
Comentário de Hubner Braz
🎯 DINÂMICA: “O LEGADO QUE EU DEIXO”
🎯 Objetivo:
Levar os participantes a refletirem sobre o legado que Davi deixou como pai e marido, reconhecendo tanto suas virtudes quanto suas falhas, e a pensarem sobre o tipo de legado que estão construindo hoje para suas futuras famílias.
🧩 Materiais necessários:
- Cartões ou folhas pequenas
- Canetas ou lápis
- Um espelho pequeno (opcional, mas impactante)
- Um cartaz ou quadro com a frase:
“Mesmo com falhas, Davi deixou um legado. E você, que legado está deixando?”
📜 Desenvolvimento:
1. Introdução (5 minutos)
O líder lê 2 Samuel 18.33 em voz alta e pergunta ao grupo:
“O que esse grito de dor de Davi revela sobre ele como pai?”
Faça breves comentários:
- Davi amava seus filhos, mas foi ausente.
- Sofreu profundamente pelas más escolhas deles.
- Mesmo sendo um homem segundo o coração de Deus, teve falhas em sua casa.
2. Reflexão individual (5-10 minutos)
Entregue um cartão para cada participante e peça que escrevam:
“Qual é o legado que eu gostaria de deixar como pai/mãe ou marido/esposa (ou como futuro líder de lar)?”
(Se quiser impactar mais, passe um espelho pequeno para que cada um se olhe antes de escrever, e diga:)
“Quem você está se tornando? O que você está construindo agora será lembrado depois.”
3. Compartilhamento em grupo (10 minutos)
Forme pequenos grupos (ou duplas) e peça que compartilhem voluntariamente o que escreveram. Incentive um ambiente respeitoso.
4. Aplicação bíblica (5 minutos)
Leitura de Salmo 101.2:
“Portar-me-ei com inteligência no caminho reto. Quando virás a mim? Andarei em minha casa com coração sincero.”
Pergunte:
- Que atitudes práticas você pode tomar ainda hoje para ser um Davi transformado dentro de casa?
- Que virtude de Davi (como o arrependimento, o amor pelos filhos, o desejo por Deus) você quer cultivar?
✅ Conclusão (3-5 minutos)
Mostre o cartaz com a frase:
“Mesmo com falhas, Davi deixou um legado. E você, que legado está deixando?”
Ore com os participantes, pedindo que Deus os ajude a:
- Serem maridos e pais (ou esposas e mães) conforme o coração de Deus;
- Corrigir atitudes hoje que podem gerar dores no futuro;
- Imitar Davi naquilo que ele fez de certo — especialmente em seu amor por Deus.
💡 Observações:
- Ideal para grupos de jovens que ainda não têm filhos, mas desejam formar lares segundo o modelo bíblico.
- Pode ser adaptada para adultos com filhos pequenos ou adolescentes.
- Pode ser usada como base para fechamento de um estudo bíblico em casa ou na escola dominical.
🎯 DINÂMICA: “O LEGADO QUE EU DEIXO”
🎯 Objetivo:
Levar os participantes a refletirem sobre o legado que Davi deixou como pai e marido, reconhecendo tanto suas virtudes quanto suas falhas, e a pensarem sobre o tipo de legado que estão construindo hoje para suas futuras famílias.
🧩 Materiais necessários:
- Cartões ou folhas pequenas
- Canetas ou lápis
- Um espelho pequeno (opcional, mas impactante)
- Um cartaz ou quadro com a frase:
“Mesmo com falhas, Davi deixou um legado. E você, que legado está deixando?”
📜 Desenvolvimento:
1. Introdução (5 minutos)
O líder lê 2 Samuel 18.33 em voz alta e pergunta ao grupo:
“O que esse grito de dor de Davi revela sobre ele como pai?”
Faça breves comentários:
- Davi amava seus filhos, mas foi ausente.
- Sofreu profundamente pelas más escolhas deles.
- Mesmo sendo um homem segundo o coração de Deus, teve falhas em sua casa.
2. Reflexão individual (5-10 minutos)
Entregue um cartão para cada participante e peça que escrevam:
“Qual é o legado que eu gostaria de deixar como pai/mãe ou marido/esposa (ou como futuro líder de lar)?”
(Se quiser impactar mais, passe um espelho pequeno para que cada um se olhe antes de escrever, e diga:)
“Quem você está se tornando? O que você está construindo agora será lembrado depois.”
3. Compartilhamento em grupo (10 minutos)
Forme pequenos grupos (ou duplas) e peça que compartilhem voluntariamente o que escreveram. Incentive um ambiente respeitoso.
4. Aplicação bíblica (5 minutos)
Leitura de Salmo 101.2:
“Portar-me-ei com inteligência no caminho reto. Quando virás a mim? Andarei em minha casa com coração sincero.”
Pergunte:
- Que atitudes práticas você pode tomar ainda hoje para ser um Davi transformado dentro de casa?
- Que virtude de Davi (como o arrependimento, o amor pelos filhos, o desejo por Deus) você quer cultivar?
✅ Conclusão (3-5 minutos)
Mostre o cartaz com a frase:
“Mesmo com falhas, Davi deixou um legado. E você, que legado está deixando?”
Ore com os participantes, pedindo que Deus os ajude a:
- Serem maridos e pais (ou esposas e mães) conforme o coração de Deus;
- Corrigir atitudes hoje que podem gerar dores no futuro;
- Imitar Davi naquilo que ele fez de certo — especialmente em seu amor por Deus.
💡 Observações:
- Ideal para grupos de jovens que ainda não têm filhos, mas desejam formar lares segundo o modelo bíblico.
- Pode ser adaptada para adultos com filhos pequenos ou adolescentes.
- Pode ser usada como base para fechamento de um estudo bíblico em casa ou na escola dominical.
TEXTO BÍBLICO
2 Samuel 13.2.5,10-15
2 E angustiou-se Amnom. até adoecer, por Tamar. sua irmã, porque era virgem; e parecia, aos olhos de Amnom. dificultoso fazer-lhe coisa alguma.
5 E Jonadabe lhe disse Deita-te na tua cama, e finge-te doente; e. quando teu pai te vier visitar, dize-lhe: Peço-te que minha irmã Tamar venha, e me dê de comer pão. e prepare a comida diante dos meus olhos, para que eu a veja e coma da sua mão.
10 Então, disse Amnom a Tamar Traze a comida à câmara e comerei da tua mão E tomou Tamar os bolos que fizera e os trouxe a Amnom. seu irmão, à câmara.
11 E, chegando-lhes, para que comesse, pegou dela e disse-lhe: Vem, deita-te comigo, irmã minha.
12 Porém ela lhe disse: Não. irmão meu. não me forces, porque não se faz assim em Israel não faças tal loucura.
13 Porque, aonde iria eu com a minha vergonha? E tu serias como um dos loucos de Israel. Agora, pois, peço-te que fales ao rei, porque não me negará a ti.
14 Porém ele não quis dar ouvidos à sua voz; antes, sendo mais forte do que ela, a forçou e se deitou com ela.
15 Depois, Amnom a aborreceu com grandíssimo aborrecimento, porque maior era o aborrecimento com que a aborrecia do que 0 amor com que a amara E disse-lhe Amnom: Levanta-te e vai-te.
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
2 Samuel 13.2,5,10-15
1. Contexto histórico e literário
Este trecho relata o episódio trágico da violação de Tamar por seu meio-irmão Amnom, filho do rei Davi. O episódio faz parte do ciclo narrativo que expõe as consequências do pecado dentro da família real de Israel, revelando tensões familiares, injustiças e violências.
O texto é um relato dramático que mostra a manipulação, o abuso de poder e a rejeição da dignidade de Tamar, ilustrando os perigos do pecado descontrolado, especialmente dentro de um contexto familiar.
2. Análise das palavras-chave e termos em hebraico
- “Angustiou-se” (v.2) — (hebraico: חָרָה לֵב) ḥārāh lev — literalmente "ardeu o coração", expressão que indica desejo intenso e descontrole emocional.
- “Virgem” (v.2) — (hebraico: בְּתוּלָה) bəṯûlāh — termo que denota uma jovem sexualmente pura, de status social e moral valorizado na cultura israelita antiga.
- “Finge-te doente” (v.5) — (hebraico: הַתְּחַשֵּׁב) haṭḥašēḇ — “pretender, fazer de conta”, indica a estratégia manipuladora de Amnom para conseguir Tamar.
- “Come da tua mão” (v.10) — indica uma proximidade íntima e submissão. Comer da mão de alguém tinha também um sentido de confiança e dependência.
- “Não me forces” (v.12) — (hebraico: אַל תַּחֲזִיקֵנִי) al taḥăzîqēnî — o verbo חזק (ḥāzaq) significa “segurar com força, dominar”. Tamar rejeita o abuso físico e moral.
- “Vergonha” (v.13) — (hebraico: חֶרְפָּה) ḥerpāh — termo forte para desonra pública e pessoal, especialmente grave para uma mulher na sociedade antiga.
- “Forçou” (v.14) — (hebraico: וַיַּעַזֵבָהּ) vayya‘azēbhāh — verbo que pode ser traduzido como “dominar”, “abusar de”, indicando o ato violento de Amnom.
- “Aborreceu” (v.15) — (hebraico: תּוֹעֵבָה) to‘ēḇāh — “aborrecimento” ou “repulsa”, palavra que muitas vezes expressa algo moralmente detestável ou repugnante.
3. Aspectos teológicos e morais
- Pecado e abuso dentro da família: O relato revela como o pecado pode causar ruptura e dor profunda no núcleo familiar, um tema recorrente na literatura bíblica. A tragédia não é apenas a violência contra Tamar, mas o impacto destrutivo nas relações familiares e sociais.
- Manipulação e abuso de poder: Amnom usa astúcia e posição privilegiada para manipular Tamar, um exemplo claro de abuso de autoridade e violação da dignidade humana.
- Rejeição e desprezo: Após o ato, Amnom passa do desejo ao ódio, indicando a falta de respeito e amor genuíno, ressaltando a natureza destrutiva do pecado.
- A dignidade de Tamar: O texto destaca a resistência moral de Tamar (v.12-13), mostrando seu apelo para a justiça e reconhecimento dos valores sociais e religiosos.
4. Referências acadêmicas
- Walter Brueggemann (Interpretation Commentary: 1 & 2 Samuel) destaca que o episódio é um retrato sombrio da corrupção moral dentro da casa real, um momento decisivo que precipita o conflito familiar e nacional.
- Tremper Longman III (The New International Commentary on the Old Testament: The Book of Psalms) observa que a desonra de Tamar simboliza a violação da ordem social e da aliança comunitária.
- Robert Alter (The Art of Biblical Narrative) salienta o realismo cru da narrativa e a profundidade psicológica dos personagens, especialmente na forma como o texto explora emoções complexas como desejo, repulsa e vergonha.
5. Aplicação pastoral e prática
- Valorização da dignidade humana: O texto alerta para o respeito absoluto à integridade física e moral das pessoas, especialmente das mulheres. O abuso é uma violação do mandamento do amor.
- Conscientização sobre abuso e violência: A história convida a igreja a ser um lugar de proteção, cura e justiça para vítimas de abusos, reconhecendo a gravidade do pecado e suas consequências.
- A importância da justiça e do apoio: Tamar busca a intervenção do rei, simbolizando a necessidade de estruturas que protejam os vulneráveis e promovam a justiça.
- O perigo da manipulação e do poder mal usado: Líderes e membros da igreja devem exercer autoridade com humildade e responsabilidade.
6. Tabela expositiva
Versículo
Termo Hebraico / Palavra-chave
Significado
Comentário Teológico/Aplicação
13.2
חָרָה לֵב (ḥārāh lev)
Desejo ardente, aflição
Desequilíbrio emocional leva ao pecado
13.2
בְּתוּלָה (bəṯûlāh)
Virgem, pureza
Valor social e moral da pureza feminina
13.5
הַתְּחַשֵּׁב (haṭḥašēḇ)
Fingir, simular
Manipulação como meio de alcançar fins pecaminosos
13.12
אַל תַּחֲזִיקֵנִי (al taḥăzîqēnî)
Não me forces
Apelo contra o abuso físico e moral
13.13
חֶרְפָּה (ḥerpāh)
Vergonha, desonra
Risco social e pessoal da violação
13.14
וַיַּעַזֵבָהּ (vayya‘azēbhāh)
Forçou, dominou
Ato de violência e abuso
13.15
תּוֹעֵבָה (to‘ēḇāh)
Aborrecimento, repulsa
O pecado gera repulsa, destrói relações
2 Samuel 13.2,5,10-15
1. Contexto histórico e literário
Este trecho relata o episódio trágico da violação de Tamar por seu meio-irmão Amnom, filho do rei Davi. O episódio faz parte do ciclo narrativo que expõe as consequências do pecado dentro da família real de Israel, revelando tensões familiares, injustiças e violências.
O texto é um relato dramático que mostra a manipulação, o abuso de poder e a rejeição da dignidade de Tamar, ilustrando os perigos do pecado descontrolado, especialmente dentro de um contexto familiar.
2. Análise das palavras-chave e termos em hebraico
- “Angustiou-se” (v.2) — (hebraico: חָרָה לֵב) ḥārāh lev — literalmente "ardeu o coração", expressão que indica desejo intenso e descontrole emocional.
- “Virgem” (v.2) — (hebraico: בְּתוּלָה) bəṯûlāh — termo que denota uma jovem sexualmente pura, de status social e moral valorizado na cultura israelita antiga.
- “Finge-te doente” (v.5) — (hebraico: הַתְּחַשֵּׁב) haṭḥašēḇ — “pretender, fazer de conta”, indica a estratégia manipuladora de Amnom para conseguir Tamar.
- “Come da tua mão” (v.10) — indica uma proximidade íntima e submissão. Comer da mão de alguém tinha também um sentido de confiança e dependência.
- “Não me forces” (v.12) — (hebraico: אַל תַּחֲזִיקֵנִי) al taḥăzîqēnî — o verbo חזק (ḥāzaq) significa “segurar com força, dominar”. Tamar rejeita o abuso físico e moral.
- “Vergonha” (v.13) — (hebraico: חֶרְפָּה) ḥerpāh — termo forte para desonra pública e pessoal, especialmente grave para uma mulher na sociedade antiga.
- “Forçou” (v.14) — (hebraico: וַיַּעַזֵבָהּ) vayya‘azēbhāh — verbo que pode ser traduzido como “dominar”, “abusar de”, indicando o ato violento de Amnom.
- “Aborreceu” (v.15) — (hebraico: תּוֹעֵבָה) to‘ēḇāh — “aborrecimento” ou “repulsa”, palavra que muitas vezes expressa algo moralmente detestável ou repugnante.
3. Aspectos teológicos e morais
- Pecado e abuso dentro da família: O relato revela como o pecado pode causar ruptura e dor profunda no núcleo familiar, um tema recorrente na literatura bíblica. A tragédia não é apenas a violência contra Tamar, mas o impacto destrutivo nas relações familiares e sociais.
- Manipulação e abuso de poder: Amnom usa astúcia e posição privilegiada para manipular Tamar, um exemplo claro de abuso de autoridade e violação da dignidade humana.
- Rejeição e desprezo: Após o ato, Amnom passa do desejo ao ódio, indicando a falta de respeito e amor genuíno, ressaltando a natureza destrutiva do pecado.
- A dignidade de Tamar: O texto destaca a resistência moral de Tamar (v.12-13), mostrando seu apelo para a justiça e reconhecimento dos valores sociais e religiosos.
4. Referências acadêmicas
- Walter Brueggemann (Interpretation Commentary: 1 & 2 Samuel) destaca que o episódio é um retrato sombrio da corrupção moral dentro da casa real, um momento decisivo que precipita o conflito familiar e nacional.
- Tremper Longman III (The New International Commentary on the Old Testament: The Book of Psalms) observa que a desonra de Tamar simboliza a violação da ordem social e da aliança comunitária.
- Robert Alter (The Art of Biblical Narrative) salienta o realismo cru da narrativa e a profundidade psicológica dos personagens, especialmente na forma como o texto explora emoções complexas como desejo, repulsa e vergonha.
5. Aplicação pastoral e prática
- Valorização da dignidade humana: O texto alerta para o respeito absoluto à integridade física e moral das pessoas, especialmente das mulheres. O abuso é uma violação do mandamento do amor.
- Conscientização sobre abuso e violência: A história convida a igreja a ser um lugar de proteção, cura e justiça para vítimas de abusos, reconhecendo a gravidade do pecado e suas consequências.
- A importância da justiça e do apoio: Tamar busca a intervenção do rei, simbolizando a necessidade de estruturas que protejam os vulneráveis e promovam a justiça.
- O perigo da manipulação e do poder mal usado: Líderes e membros da igreja devem exercer autoridade com humildade e responsabilidade.
6. Tabela expositiva
Versículo | Termo Hebraico / Palavra-chave | Significado | Comentário Teológico/Aplicação |
13.2 | חָרָה לֵב (ḥārāh lev) | Desejo ardente, aflição | Desequilíbrio emocional leva ao pecado |
13.2 | בְּתוּלָה (bəṯûlāh) | Virgem, pureza | Valor social e moral da pureza feminina |
13.5 | הַתְּחַשֵּׁב (haṭḥašēḇ) | Fingir, simular | Manipulação como meio de alcançar fins pecaminosos |
13.12 | אַל תַּחֲזִיקֵנִי (al taḥăzîqēnî) | Não me forces | Apelo contra o abuso físico e moral |
13.13 | חֶרְפָּה (ḥerpāh) | Vergonha, desonra | Risco social e pessoal da violação |
13.14 | וַיַּעַזֵבָהּ (vayya‘azēbhāh) | Forçou, dominou | Ato de violência e abuso |
13.15 | תּוֹעֵבָה (to‘ēḇāh) | Aborrecimento, repulsa | O pecado gera repulsa, destrói relações |
INTRODUÇÃO
Quando começamos a falar de Davi, alegremente vamos relembrando momentos de sua vida que o levaram a ser conhecido entre os povos: de pastor de ovelhas à posição de rei mais admirado da história de Israel; de matador de gigante a salmista e instrumentista com destacada sensibilidade espiritual; de ungido do Senhor á menção de “um homem segundo o coração de Deus (At 13.22). Porém, quase não se fala sobre a forma como Davi conduziu a sua família. Por qual motivo? Possivelmente pelo fato de nos debruçarmos sobre os episódios familiares, pouco encontramos como exemplo positivo. Mas esse pensamento é insuficiente, pois mesmo diante dos tropeços do esposo e pai, podemos destacar valiosas lições sobre como conduzir nossas famílias olhando para os insucessos de Davi.
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
A VIDA FAMILIAR DE DAVI
I. Davi: Um homem segundo o coração de Deus (At 13.22)
O texto de Atos 13.22 afirma:
“Achei Davi, filho de Jessé, homem segundo o meu coração, que fará toda a minha vontade.”
A expressão “segundo o meu coração” no grego é κατὰ τὴν καρδίαν μου (katà tên kardían mou), e aponta para alguém alinhado ao propósito de Deus, desejoso de obedecer à sua vontade, embora não isento de falhas humanas. Isso revela que a escolha divina de Davi estava fundamentada em sua disposição interna de agradar a Deus, mesmo quando suas ações práticas, inclusive no lar, foram falhas.
II. O silêncio sobre a vida familiar de Davi
Quando se aborda a vida de Davi, há uma tendência a focar:
- Nas vitórias públicas (Golias, conquistas militares, unção);
- Na sensibilidade espiritual (salmos, adoração);
- Na liderança carismática (reinado, aliança davídica).
Mas há pouco destaque para sua função como esposo e pai, e isso por uma razão clara: seus erros familiares são mais evidentes do que seus acertos, especialmente quando se trata de disciplina, comunicação e proteção emocional dos filhos.
Exemplos de falhas:
- Múltiplos casamentos (poligamia) que fragmentaram a unidade familiar (2Sm 3.2-5);
- Falta de correção com os filhos, como com Amnom, Absalão e Adonias (1Rs 1.6);
- Passividade diante da injustiça (como na violência contra Tamar – 2Sm 13.21).
Mesmo assim, é possível extrair lições edificantes, pois a Bíblia não esconde os fracassos dos seus heróis – pelo contrário, ela os apresenta para nos ensinar (Rm 15.4).
III. Aspectos teológicos sobre a liderança familiar
1. A omissão do pai: pecado por negligência
No hebraico, pecado é ḥaṭṭā’ṯ (חַטָּאָת), que implica “errar o alvo”. A liderança de Davi como pai errou o alvo da responsabilidade paterna (Ef 6.4). A ausência de correção e disciplina é, em si, uma forma de pecado — não por ação, mas por omissão.
2. O sacerdócio doméstico
Davi sabia conduzir o povo à adoração (Sl 24; Sl 132), mas falhou no pastoreio do lar. Isso nos lembra que o sacerdote do lar (1Tm 3.4-5) precisa ter coerência entre vida pública e vida privada. Liderar bem a nação, mas fracassar com os filhos, é sinal de desequilíbrio.
3. A consequência intergeracional
O pecado de Davi com Bate-Seba (2Sm 11) gerou consequências familiares e nacionais. Como disse o profeta Natã:
“A espada jamais se apartará da tua casa.” (2Sm 12.10)
Isso incluiu rebeliões, incesto, assassinatos e dor. A lição aqui é que decisões mal resolvidas em uma geração podem reverberar sobre as próximas, se não forem tratadas com arrependimento e correção.
IV. Referências acadêmicas cristãs
- Walter Brueggemann (First and Second Samuel, Interpretation Commentary): observa que os conflitos familiares de Davi evidenciam a tensão entre sua identidade como rei e como pai. Brueggemann aponta que sua “vida doméstica é o calcanhar de Aquiles de sua liderança”.
- Tremper Longman III (The Book of Psalms, NICOT): argumenta que a espiritualidade poética de Davi não foi suficiente para prevenir erros práticos. Para Longman, “o homem que cantava salmos era, às vezes, cego para a dor dos que estavam sob seu teto”.
- Eugene Merrill (Kingdom of Priests): destaca que, apesar das falhas morais e familiares, Deus preserva a linhagem davídica como expressão de Sua graça e promessa messiânica — uma demonstração de que a fidelidade divina transcende a infidelidade humana.
V. Aplicação Pessoal e Pastoral
- Para pais e mães: Ser um adorador sincero não substitui o dever de ser um pai ou mãe presente, justo e equilibrado.
- Para líderes: Liderança eficaz começa no lar. A credibilidade espiritual se sustenta pela coerência doméstica.
- Para jovens: A história da casa de Davi é um espelho para que jovens reconheçam a importância de seus lares como lugar de formação espiritual, moral e emocional.
- Para a igreja: Pastoreio familiar deve ser prioridade no discipulado. Famílias equilibradas refletem o Reino de Deus na terra.
📊 TABELA EXPOSITIVA – LIÇÕES DA VIDA FAMILIAR DE DAVI
Aspecto da Vida de Davi
Referência Bíblica
Falha/Consequência
Lição Teológica-Prática
Múltiplos casamentos
2Sm 3.2-5
Fragmentação familiar
Poligamia não é modelo bíblico para o lar
Passividade diante da violência
2Sm 13.21
Tamar desamparada, Absalão revoltado
Omissão paterna pode destruir a confiança familiar
Falta de correção a Adonias
1Rs 1.6
Rebelião e tentativa de usurpação
Amor sem correção é negligência
Pecado pessoal afetando o lar
2Sm 11–12
Morte de filho, conflitos familiares
O pecado do pai pode ter reflexos nos filhos
Espiritualidade pública vs. privada
Sl 23, Sl 132; 2Sm 15
Davi era adorador, mas lar sofria
A vida com Deus começa em casa, não no palácio
A VIDA FAMILIAR DE DAVI
I. Davi: Um homem segundo o coração de Deus (At 13.22)
O texto de Atos 13.22 afirma:
“Achei Davi, filho de Jessé, homem segundo o meu coração, que fará toda a minha vontade.”
A expressão “segundo o meu coração” no grego é κατὰ τὴν καρδίαν μου (katà tên kardían mou), e aponta para alguém alinhado ao propósito de Deus, desejoso de obedecer à sua vontade, embora não isento de falhas humanas. Isso revela que a escolha divina de Davi estava fundamentada em sua disposição interna de agradar a Deus, mesmo quando suas ações práticas, inclusive no lar, foram falhas.
II. O silêncio sobre a vida familiar de Davi
Quando se aborda a vida de Davi, há uma tendência a focar:
- Nas vitórias públicas (Golias, conquistas militares, unção);
- Na sensibilidade espiritual (salmos, adoração);
- Na liderança carismática (reinado, aliança davídica).
Mas há pouco destaque para sua função como esposo e pai, e isso por uma razão clara: seus erros familiares são mais evidentes do que seus acertos, especialmente quando se trata de disciplina, comunicação e proteção emocional dos filhos.
Exemplos de falhas:
- Múltiplos casamentos (poligamia) que fragmentaram a unidade familiar (2Sm 3.2-5);
- Falta de correção com os filhos, como com Amnom, Absalão e Adonias (1Rs 1.6);
- Passividade diante da injustiça (como na violência contra Tamar – 2Sm 13.21).
Mesmo assim, é possível extrair lições edificantes, pois a Bíblia não esconde os fracassos dos seus heróis – pelo contrário, ela os apresenta para nos ensinar (Rm 15.4).
III. Aspectos teológicos sobre a liderança familiar
1. A omissão do pai: pecado por negligência
No hebraico, pecado é ḥaṭṭā’ṯ (חַטָּאָת), que implica “errar o alvo”. A liderança de Davi como pai errou o alvo da responsabilidade paterna (Ef 6.4). A ausência de correção e disciplina é, em si, uma forma de pecado — não por ação, mas por omissão.
2. O sacerdócio doméstico
Davi sabia conduzir o povo à adoração (Sl 24; Sl 132), mas falhou no pastoreio do lar. Isso nos lembra que o sacerdote do lar (1Tm 3.4-5) precisa ter coerência entre vida pública e vida privada. Liderar bem a nação, mas fracassar com os filhos, é sinal de desequilíbrio.
3. A consequência intergeracional
O pecado de Davi com Bate-Seba (2Sm 11) gerou consequências familiares e nacionais. Como disse o profeta Natã:
“A espada jamais se apartará da tua casa.” (2Sm 12.10)
Isso incluiu rebeliões, incesto, assassinatos e dor. A lição aqui é que decisões mal resolvidas em uma geração podem reverberar sobre as próximas, se não forem tratadas com arrependimento e correção.
IV. Referências acadêmicas cristãs
- Walter Brueggemann (First and Second Samuel, Interpretation Commentary): observa que os conflitos familiares de Davi evidenciam a tensão entre sua identidade como rei e como pai. Brueggemann aponta que sua “vida doméstica é o calcanhar de Aquiles de sua liderança”.
- Tremper Longman III (The Book of Psalms, NICOT): argumenta que a espiritualidade poética de Davi não foi suficiente para prevenir erros práticos. Para Longman, “o homem que cantava salmos era, às vezes, cego para a dor dos que estavam sob seu teto”.
- Eugene Merrill (Kingdom of Priests): destaca que, apesar das falhas morais e familiares, Deus preserva a linhagem davídica como expressão de Sua graça e promessa messiânica — uma demonstração de que a fidelidade divina transcende a infidelidade humana.
V. Aplicação Pessoal e Pastoral
- Para pais e mães: Ser um adorador sincero não substitui o dever de ser um pai ou mãe presente, justo e equilibrado.
- Para líderes: Liderança eficaz começa no lar. A credibilidade espiritual se sustenta pela coerência doméstica.
- Para jovens: A história da casa de Davi é um espelho para que jovens reconheçam a importância de seus lares como lugar de formação espiritual, moral e emocional.
- Para a igreja: Pastoreio familiar deve ser prioridade no discipulado. Famílias equilibradas refletem o Reino de Deus na terra.
📊 TABELA EXPOSITIVA – LIÇÕES DA VIDA FAMILIAR DE DAVI
Aspecto da Vida de Davi | Referência Bíblica | Falha/Consequência | Lição Teológica-Prática |
Múltiplos casamentos | 2Sm 3.2-5 | Fragmentação familiar | Poligamia não é modelo bíblico para o lar |
Passividade diante da violência | 2Sm 13.21 | Tamar desamparada, Absalão revoltado | Omissão paterna pode destruir a confiança familiar |
Falta de correção a Adonias | 1Rs 1.6 | Rebelião e tentativa de usurpação | Amor sem correção é negligência |
Pecado pessoal afetando o lar | 2Sm 11–12 | Morte de filho, conflitos familiares | O pecado do pai pode ter reflexos nos filhos |
Espiritualidade pública vs. privada | Sl 23, Sl 132; 2Sm 15 | Davi era adorador, mas lar sofria | A vida com Deus começa em casa, não no palácio |
I- FAMÍLIA. UM PROJETO DE DEUS
1- A família de Davi. Quando olhamos para a família de Davi, nos deparamos com algo diferente do que estamos acostumados. O herói da fé, homem íntegro, humilde e fiel a Deus dá lugar a uma postura surpreendente marido de muitas esposas (2 Sm 5.13), pai de filhos com quem não tinha comunhão (1 Cr 3.1-9), avesso ao diálogo em família (2 Sm 6.20-23), adúltero (2 Sm 11.4) e omisso na educação dos filhos que, diante do exemplo do pai. tiveram posturas reprováveis (2 Sm 13.14; 2 Sm 15.10; 1 Rs 1.11-31). Sem dúvidas, uma configuração familiar complexa marcada por tragédias e traições. Vale destacar que diversas fases da vida de Davi foram marcadas por grande arrependimento, busca por restauração e desejo de uma forte comunhão divina (como vemos nos Salmos), o que nos permite crer que. embora com muitas falhas, a postura do rei era de profundo arrependimento, temor e busca por uma intimidade com o Senhor. A partir da família de Davi podemos aprender valiosas Lições: não adianta termos êxito em tudo se a nossa família é uma prova do nosso fracasso: mesmo um homem escolhido pelo Senhor é sujeito ao pecado; a falta do diálogo na família provoca desentendimentos; a ausência de disciplina por parte dos pais contribui para conflitos familiares e a criação de filhos frágeis e imaturos; entre outras Mesmo diante de tantas dificuldades, convém destacar que a família de Davi è participante da linhagem do Messias (Mt 1.6). A promessa feita sobre um reino que não teria fim (2 Sm 7.16) conecta as gerações da genealogia de Jesus (Mt 1.1-17) e se concretiza em uma dinâmica que envolve todos nós enquanto filhos de Deus (Rm 8.16) e bons despenseiros da sua multiforme graça (1 Pe 4.10).
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
1. A Família de Davi: Uma Tensão entre Chamado e Cotidiano
A família é apresentada desde o início da Escritura como projeto de Deus. Em Gênesis 2.24, Deus institui a união entre homem e mulher como base para a edificação da sociedade. O termo hebraico mishpachah (מִשְׁפָּחָה), traduzido como “família”, carrega o sentido de uma unidade ampliada, enraizada em aliança, continuidade e responsabilidade intergeracional.
Por isso, ao observarmos a família de Davi, notamos uma dolorosa contradição: o homem que escreveu salmos profundos e foi chamado de “homem segundo o coração de Deus” (At 13.22) é também um exemplo de desordem familiar, omissão paterna e conflitos internos.
2. Análise das Posturas de Davi no Contexto Familiar
a) Poligamia (2Sm 5.13; 1Cr 3.1-9)
“E tomou Davi ainda mais concubinas e mulheres de Jerusalém.”
A prática da poligamia é comum entre os reis do Antigo Oriente, mas contrária ao modelo ideal de Gn 2.24. O termo hebraico usado para “concubinas” é pîlegesh (פִּילֶגֶשׁ), que se refere a mulheres com status inferior à esposa oficial. Essa multiplicidade de esposas causou divisões emocionais e políticas entre os filhos.
📚 Referência acadêmica: Bruce K. Waltke comenta que “a poligamia é tolerada no AT, mas sempre retratada com tensão, rivalidade e dor” (em Old Testament Theology).
b) Falta de diálogo e comunhão (2Sm 6.20-23)
Quando Mical, esposa de Davi, o repreende por dançar diante da arca, há uma quebra no relacionamento conjugal que nunca mais se reverte. O texto evidencia orgulho, desprezo e ausência de reconciliação.
O grego koinonia (κοινωνία), comumente usado no NT para “comunhão”, traz a ideia de parceria, partilha de vida, algo que faltava em vários laços familiares de Davi.
c) Adulterando o projeto de Deus (2Sm 11)
O adultério com Bate-Seba e o assassinato de Urias são eventos que marcam a ruptura entre a vida espiritual e moral de Davi. O termo hebraico para “adultério” é na’aph (נָאַף), um pecado condenado por destruir a aliança matrimonial e a justiça comunitária (cf. Êx 20.14).
📚 Eugene Merrill, em Kingdom of Priests, observa que o adultério de Davi é não apenas uma falha moral, mas também uma ameaça à estabilidade do reino e à imagem do rei como pastor do povo.
d) Omissão na correção dos filhos (2Sm 13; 15; 1Rs 1.6)
“Nunca seu pai o tinha contrariado, dizendo: Por que fazes assim?” (1Rs 1.6)
A ausência de disciplina gerou filhos arrogantes, violentos e rebeldes. O termo hebraico para “corrigir” é yasar (יָסַר), usado também em Pv 3.11-12 e Hb 12.5-6 para descrever a correção amorosa de Deus.
3. Teologia da Restauração na Vida de Davi
Apesar das falhas, Davi buscou continuamente o perdão de Deus. Salmos como o Sl 51 são verdadeiros tratados de teologia do arrependimento, em que ele clama: “Cria em mim, ó Deus, um coração puro” (lev tahor, לֵב טָהוֹר).
📚 Tremper Longman III, em How to Read the Psalms, afirma que o Salmo 51 mostra que “o verdadeiro adorador não é o perfeito, mas o arrependido”.
4. A Graça de Deus na Linhagem Davídica
Apesar do caos familiar, Deus manteve Sua promessa. A profecia de 2Sm 7.16 — “teu trono será firme para sempre” — aponta para Cristo, o Filho de Davi (Mt 1.1-6).
🧾 Mateus 1.6 insere a tragédia (Bate-Seba) na genealogia do Messias, mostrando que a graça redentora inclui até os momentos de fracasso familiar.
📚 Graeme Goldsworthy, em Gospel and Kingdom, destaca que a aliança com Davi é um elo entre o Antigo e o Novo Testamento e que “a história da redenção passa por famílias imperfeitas”.
🎯 APLICAÇÃO PESSOAL E PASTORAL
- Famílias falhas podem ser restauradas: A restauração de Davi mostra que o arrependimento sincero gera recomeços.
- Liderança espiritual começa em casa: Ser “homem segundo o coração de Deus” implica cuidar do coração dos filhos e do cônjuge.
- O silêncio e a omissão geram dor: O pai que não disciplina, orienta ou dialoga, planta insegurança e rebeldia.
- A graça é maior que o erro: Mesmo em meio a traições e tragédias, Deus usou a família de Davi para cumprir Sua promessa eterna.
📊 TABELA EXPOSITIVA – A FAMÍLIA DE DAVI: UM LABORATÓRIO DE LIÇÕES
Elemento observado
Referência Bíblica
Falha ou Destaque
Lição Teológica-Prática
Poligamia e filhos de várias esposas
2Sm 5.13; 1Cr 3.1-9
Fragmentação emocional
Fora do padrão monogâmico ideal (Gn 2.24); resultado: rivalidade
Ausência de diálogo com esposa (Mical)
2Sm 6.20-23
Quebra da relação conjugal
Comunicação é base da unidade conjugal (Ef 4.15)
Adultério com Bate-Seba
2Sm 11
Queda moral
O pecado rompe a comunhão, mas o arrependimento restaura (Sl 51)
Omissão com Amnom, Absalão e Adonias
2Sm 13; 15; 1Rs 1.6
Falta de disciplina
Disciplina amorosa é proteção e formação de caráter (Pv 13.24)
Arrependimento sincero
Sl 51; 2Sm 12
Busca de restauração
Deus não despreza um coração quebrantado
Promessa de linhagem messiânica
2Sm 7.16; Mt 1.6
Graça acima do erro
Deus cumpre suas promessas mesmo com famílias imperfeitas
1. A Família de Davi: Uma Tensão entre Chamado e Cotidiano
A família é apresentada desde o início da Escritura como projeto de Deus. Em Gênesis 2.24, Deus institui a união entre homem e mulher como base para a edificação da sociedade. O termo hebraico mishpachah (מִשְׁפָּחָה), traduzido como “família”, carrega o sentido de uma unidade ampliada, enraizada em aliança, continuidade e responsabilidade intergeracional.
Por isso, ao observarmos a família de Davi, notamos uma dolorosa contradição: o homem que escreveu salmos profundos e foi chamado de “homem segundo o coração de Deus” (At 13.22) é também um exemplo de desordem familiar, omissão paterna e conflitos internos.
2. Análise das Posturas de Davi no Contexto Familiar
a) Poligamia (2Sm 5.13; 1Cr 3.1-9)
“E tomou Davi ainda mais concubinas e mulheres de Jerusalém.”
A prática da poligamia é comum entre os reis do Antigo Oriente, mas contrária ao modelo ideal de Gn 2.24. O termo hebraico usado para “concubinas” é pîlegesh (פִּילֶגֶשׁ), que se refere a mulheres com status inferior à esposa oficial. Essa multiplicidade de esposas causou divisões emocionais e políticas entre os filhos.
📚 Referência acadêmica: Bruce K. Waltke comenta que “a poligamia é tolerada no AT, mas sempre retratada com tensão, rivalidade e dor” (em Old Testament Theology).
b) Falta de diálogo e comunhão (2Sm 6.20-23)
Quando Mical, esposa de Davi, o repreende por dançar diante da arca, há uma quebra no relacionamento conjugal que nunca mais se reverte. O texto evidencia orgulho, desprezo e ausência de reconciliação.
O grego koinonia (κοινωνία), comumente usado no NT para “comunhão”, traz a ideia de parceria, partilha de vida, algo que faltava em vários laços familiares de Davi.
c) Adulterando o projeto de Deus (2Sm 11)
O adultério com Bate-Seba e o assassinato de Urias são eventos que marcam a ruptura entre a vida espiritual e moral de Davi. O termo hebraico para “adultério” é na’aph (נָאַף), um pecado condenado por destruir a aliança matrimonial e a justiça comunitária (cf. Êx 20.14).
📚 Eugene Merrill, em Kingdom of Priests, observa que o adultério de Davi é não apenas uma falha moral, mas também uma ameaça à estabilidade do reino e à imagem do rei como pastor do povo.
d) Omissão na correção dos filhos (2Sm 13; 15; 1Rs 1.6)
“Nunca seu pai o tinha contrariado, dizendo: Por que fazes assim?” (1Rs 1.6)
A ausência de disciplina gerou filhos arrogantes, violentos e rebeldes. O termo hebraico para “corrigir” é yasar (יָסַר), usado também em Pv 3.11-12 e Hb 12.5-6 para descrever a correção amorosa de Deus.
3. Teologia da Restauração na Vida de Davi
Apesar das falhas, Davi buscou continuamente o perdão de Deus. Salmos como o Sl 51 são verdadeiros tratados de teologia do arrependimento, em que ele clama: “Cria em mim, ó Deus, um coração puro” (lev tahor, לֵב טָהוֹר).
📚 Tremper Longman III, em How to Read the Psalms, afirma que o Salmo 51 mostra que “o verdadeiro adorador não é o perfeito, mas o arrependido”.
4. A Graça de Deus na Linhagem Davídica
Apesar do caos familiar, Deus manteve Sua promessa. A profecia de 2Sm 7.16 — “teu trono será firme para sempre” — aponta para Cristo, o Filho de Davi (Mt 1.1-6).
🧾 Mateus 1.6 insere a tragédia (Bate-Seba) na genealogia do Messias, mostrando que a graça redentora inclui até os momentos de fracasso familiar.
📚 Graeme Goldsworthy, em Gospel and Kingdom, destaca que a aliança com Davi é um elo entre o Antigo e o Novo Testamento e que “a história da redenção passa por famílias imperfeitas”.
🎯 APLICAÇÃO PESSOAL E PASTORAL
- Famílias falhas podem ser restauradas: A restauração de Davi mostra que o arrependimento sincero gera recomeços.
- Liderança espiritual começa em casa: Ser “homem segundo o coração de Deus” implica cuidar do coração dos filhos e do cônjuge.
- O silêncio e a omissão geram dor: O pai que não disciplina, orienta ou dialoga, planta insegurança e rebeldia.
- A graça é maior que o erro: Mesmo em meio a traições e tragédias, Deus usou a família de Davi para cumprir Sua promessa eterna.
📊 TABELA EXPOSITIVA – A FAMÍLIA DE DAVI: UM LABORATÓRIO DE LIÇÕES
Elemento observado | Referência Bíblica | Falha ou Destaque | Lição Teológica-Prática |
Poligamia e filhos de várias esposas | 2Sm 5.13; 1Cr 3.1-9 | Fragmentação emocional | Fora do padrão monogâmico ideal (Gn 2.24); resultado: rivalidade |
Ausência de diálogo com esposa (Mical) | 2Sm 6.20-23 | Quebra da relação conjugal | Comunicação é base da unidade conjugal (Ef 4.15) |
Adultério com Bate-Seba | 2Sm 11 | Queda moral | O pecado rompe a comunhão, mas o arrependimento restaura (Sl 51) |
Omissão com Amnom, Absalão e Adonias | 2Sm 13; 15; 1Rs 1.6 | Falta de disciplina | Disciplina amorosa é proteção e formação de caráter (Pv 13.24) |
Arrependimento sincero | Sl 51; 2Sm 12 | Busca de restauração | Deus não despreza um coração quebrantado |
Promessa de linhagem messiânica | 2Sm 7.16; Mt 1.6 | Graça acima do erro | Deus cumpre suas promessas mesmo com famílias imperfeitas |
2- Família, nossa base. A família é um projeto de Deus para abençoar a todos nós. Ela é a nossa base e nos permite vivenciar e experimentar sentimentos, respostas e apoios que não teríamos de forma tão espontânea em outros lugares. Na família somos constituídos, protegidos, ensinados e preparados para os mais diversos desafios da vida Cada um de nós é diferente (Sl 139.14). porém algo merece o destaque: todos somos frutos de histórias e valores que se formam no seio familiar (Dt 6.6.7; Pv 1.8). Em nossas jornadas diárias, somos acompanhados por toda uma herança familiar que é refletida em pensamentos, capacidades e forma de ver o mundo e interagir com ele. Daí a necessidade de fortalecermos os nossos vínculos familiares e vivermos uma postura de edificação para com os nossos entes queridos. Conduzidos pelo Espírito Santo, devemos ter em mente que somos abençoados em família, mas também usados por Deus para abençoarmos os que fazem parte desse núcleo tão precioso.
3- Uma família para a glória de Deus. A família foi criada por Deus para a honra do seu nome e aquela que segue as diretrizes divinas é alvo das promessas e bênção do Senhor No entanto, muitas são as ideologias que tentam enfraquecer a estrutura familiar e levar as pessoas a terem suas bases constituídas com outros valores em um esquecimento intencional de Deus, como crenças antropocêntricas. projetos políticos, busca pela autossatisfação. entre outras, ou seja, uma total inversão de valores, Essas estratégias não terão êxito, pois todas as coisas foram criadas pelo Senhor e nEle encontram o real e pleno sentido de existir (Ef 4.1-5). Ao criar o homem e a mulher (Gn 2.24). Deus já havia projetado a família com o propósito de ser um núcleo de comunhão, bênçãos e ações em busca de fazer o bem e, assim, honrar e glorificar o seu nome (Gn 1.28). Para que possamos usufruir da bênção do Senhor sobre as nossas famílias, devemos nos sujeitar à sua palavra e seguir atentamente os seus desígnios.
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
II – FAMÍLIA: NOSSA BASE
III – UMA FAMÍLIA PARA A GLÓRIA DE DEUS
Incluo análise de termos originais, referências acadêmicas cristãs, aplicações práticas e uma tabela expositiva.
🧭 COMENTÁRIO BÍBLICO-TEOLÓGICO
2. Família, Nossa Base
a) A Criação da Família: Fundamento da Existência Humana
Desde a criação, Deus formou a família como núcleo essencial da vida social e espiritual. Gênesis 2.24 diz:
“Portanto, deixará o homem o seu pai e a sua mãe, e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma só carne.”
Nesse versículo, o termo hebraico dabaq (דָּבַק), traduzido como “apegar-se”, transmite a ideia de adesão permanente, conexão íntima. A expressão "uma só carne" (hebr. basar echad) fala da unidade total — física, emocional, espiritual — do casal.
📚 Francis Schaeffer, em A Morte da Razão, enfatiza que a família é “o primeiro espaço de relacionamento e moralidade”, sendo o ponto de partida para uma visão de mundo cristã sólida.
b) Herança Espiritual e Valores no Lar
“Estas palavras que hoje te ordeno estarão no teu coração. Tu as inculcarás a teus filhos...” (Dt 6.6-7)
Aqui, o verbo hebraico shanan (שָׁנַן), “inculcar”, significa repetir com intensidade, afiar, como quem grava algo profundamente.
Em Provérbios 1.8, o sábio exorta: “Ouve, filho meu, a instrução do teu pai...”
O termo “instrução” vem do hebraico mussar (מוּסָר), que pode significar disciplina, correção moral e ensino formativo.
📚 O teólogo Derek Kidner, em seu comentário sobre Provérbios, destaca que mussar carrega o sentido de “treinamento ético moldado pelo relacionamento familiar”.
c) A Formação Identitária
“Eu te louvarei porque de um modo assombrosamente maravilhoso fui formado.” (Sl 139.14)
A palavra hebraica samak (סָמַךְ), usada no contexto da “formação” no ventre, comunica apoio, estrutura, modelagem cuidadosa. A identidade pessoal — quem somos, como pensamos, como reagimos — é em grande parte moldada pelo ambiente familiar.
📚 James Dobson, em Pais e Filhos, afirma: “O lar é o primeiro espelho da alma — é onde a criança aprende se ela é aceita, amada e valorizada”.
3. Uma Família para a Glória de Deus
a) A Família no Propósito Original
“E Deus os abençoou e lhes disse: Frutificai, multiplicai-vos, enchei a terra...” (Gn 1.28)
A palavra “abençoou” vem do hebraico barak (בָּרַךְ), que implica derramar favor e capacitação divina para cumprir um propósito. O mandato da criação é espiritual, social e cultural — a família é o agente primário da missão de Deus na Terra.
📚 Christopher Wright, em The Mission of God, afirma: “A missão começa com a criação da humanidade como portadora da imagem de Deus, numa unidade familiar.”
b) A Inversão dos Valores e o Esquecimento de Deus
“Vivam como filhos da luz... e não se associem com as obras infrutíferas das trevas.” (Ef 5.8-11)
O termo grego para “associar” é sugkoinōneō (συγκοινωνέω), que significa compartilhar intimamente, ter comunhão com algo. A ideia é que o cristão não deve compactuar com sistemas ideológicos que minam a santidade familiar — como o hedonismo, o relativismo moral ou ideologias políticas que esvaziam a fé.
📚 John Stott, comentando Efésios em The Message of Ephesians, afirma: “A nova vida em Cristo inclui um padrão moral que afeta profundamente a família”.
c) A Submissão à Palavra como Caminho de Bênção
“Sujeitai-vos uns aos outros no temor de Cristo.” (Ef 5.21)
O verbo hupotassō (ὑποτάσσω) no grego indica ordenar-se sob uma autoridade com disposição voluntária e reverente. Aqui, Paulo não está defendendo autoritarismo familiar, mas uma família organizada pela graça e pelo serviço mútuo, o que glorifica a Deus.
📚 Andreas Köstenberger, em God, Marriage, and Family, enfatiza que a submissão mútua é um princípio de humildade e responsabilidade que preserva a dignidade e funcionalidade da família cristã.
🎯 APLICAÇÃO PESSOAL E PASTORAL
- Invista no discipulado familiar: Ensinar e repetir a Palavra aos filhos é missão intransferível dos pais.
- Edifique relacionamentos intencionais: A base do lar é construída com diálogo, apoio mútuo e perdão constante.
- Seja resistência espiritual em meio à cultura: A família cristã é chamada a viver contra a maré dos valores deturpados.
- Glorifique a Deus em seu papel: Pai, mãe, filho, todos são chamados a honrar o Senhor com sua postura familiar.
📊 TABELA EXPOSITIVA – A FAMÍLIA COMO BASE E PROPÓSITO DIVINO
Tema
Referência Bíblica
Palavra-Chave (hebraico/greco)
Significado e Aplicação
Família como unidade original
Gn 2.24
Dabaq – “apegar-se”
União permanente, base para toda a sociedade
Herança de valores e fé
Dt 6.6-7; Pv 1.8
Shanan / Mussar
Instrução contínua, formação ética
Identidade moldada no lar
Sl 139.14
Samak – “modelado com cuidado”
A família nos estrutura emocional e espiritualmente
Propósito criacional da família
Gn 1.28
Barak – “abençoar, capacitar”
A missão começa na família: frutificar, governar, multiplicar
Combate à inversão de valores
Ef 5.11
Sugkoinōneō – “associar-se”
Rejeitar ideologias que destroem o projeto de Deus
Submissão mútua como modelo cristão
Ef 5.21
Hupotassō – “ordenar-se sob”
Relacionamentos familiares regidos por humildade e reverência
II – FAMÍLIA: NOSSA BASE
III – UMA FAMÍLIA PARA A GLÓRIA DE DEUS
Incluo análise de termos originais, referências acadêmicas cristãs, aplicações práticas e uma tabela expositiva.
🧭 COMENTÁRIO BÍBLICO-TEOLÓGICO
2. Família, Nossa Base
a) A Criação da Família: Fundamento da Existência Humana
Desde a criação, Deus formou a família como núcleo essencial da vida social e espiritual. Gênesis 2.24 diz:
“Portanto, deixará o homem o seu pai e a sua mãe, e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma só carne.”
Nesse versículo, o termo hebraico dabaq (דָּבַק), traduzido como “apegar-se”, transmite a ideia de adesão permanente, conexão íntima. A expressão "uma só carne" (hebr. basar echad) fala da unidade total — física, emocional, espiritual — do casal.
📚 Francis Schaeffer, em A Morte da Razão, enfatiza que a família é “o primeiro espaço de relacionamento e moralidade”, sendo o ponto de partida para uma visão de mundo cristã sólida.
b) Herança Espiritual e Valores no Lar
“Estas palavras que hoje te ordeno estarão no teu coração. Tu as inculcarás a teus filhos...” (Dt 6.6-7)
Aqui, o verbo hebraico shanan (שָׁנַן), “inculcar”, significa repetir com intensidade, afiar, como quem grava algo profundamente.
Em Provérbios 1.8, o sábio exorta: “Ouve, filho meu, a instrução do teu pai...”
O termo “instrução” vem do hebraico mussar (מוּסָר), que pode significar disciplina, correção moral e ensino formativo.
📚 O teólogo Derek Kidner, em seu comentário sobre Provérbios, destaca que mussar carrega o sentido de “treinamento ético moldado pelo relacionamento familiar”.
c) A Formação Identitária
“Eu te louvarei porque de um modo assombrosamente maravilhoso fui formado.” (Sl 139.14)
A palavra hebraica samak (סָמַךְ), usada no contexto da “formação” no ventre, comunica apoio, estrutura, modelagem cuidadosa. A identidade pessoal — quem somos, como pensamos, como reagimos — é em grande parte moldada pelo ambiente familiar.
📚 James Dobson, em Pais e Filhos, afirma: “O lar é o primeiro espelho da alma — é onde a criança aprende se ela é aceita, amada e valorizada”.
3. Uma Família para a Glória de Deus
a) A Família no Propósito Original
“E Deus os abençoou e lhes disse: Frutificai, multiplicai-vos, enchei a terra...” (Gn 1.28)
A palavra “abençoou” vem do hebraico barak (בָּרַךְ), que implica derramar favor e capacitação divina para cumprir um propósito. O mandato da criação é espiritual, social e cultural — a família é o agente primário da missão de Deus na Terra.
📚 Christopher Wright, em The Mission of God, afirma: “A missão começa com a criação da humanidade como portadora da imagem de Deus, numa unidade familiar.”
b) A Inversão dos Valores e o Esquecimento de Deus
“Vivam como filhos da luz... e não se associem com as obras infrutíferas das trevas.” (Ef 5.8-11)
O termo grego para “associar” é sugkoinōneō (συγκοινωνέω), que significa compartilhar intimamente, ter comunhão com algo. A ideia é que o cristão não deve compactuar com sistemas ideológicos que minam a santidade familiar — como o hedonismo, o relativismo moral ou ideologias políticas que esvaziam a fé.
📚 John Stott, comentando Efésios em The Message of Ephesians, afirma: “A nova vida em Cristo inclui um padrão moral que afeta profundamente a família”.
c) A Submissão à Palavra como Caminho de Bênção
“Sujeitai-vos uns aos outros no temor de Cristo.” (Ef 5.21)
O verbo hupotassō (ὑποτάσσω) no grego indica ordenar-se sob uma autoridade com disposição voluntária e reverente. Aqui, Paulo não está defendendo autoritarismo familiar, mas uma família organizada pela graça e pelo serviço mútuo, o que glorifica a Deus.
📚 Andreas Köstenberger, em God, Marriage, and Family, enfatiza que a submissão mútua é um princípio de humildade e responsabilidade que preserva a dignidade e funcionalidade da família cristã.
🎯 APLICAÇÃO PESSOAL E PASTORAL
- Invista no discipulado familiar: Ensinar e repetir a Palavra aos filhos é missão intransferível dos pais.
- Edifique relacionamentos intencionais: A base do lar é construída com diálogo, apoio mútuo e perdão constante.
- Seja resistência espiritual em meio à cultura: A família cristã é chamada a viver contra a maré dos valores deturpados.
- Glorifique a Deus em seu papel: Pai, mãe, filho, todos são chamados a honrar o Senhor com sua postura familiar.
📊 TABELA EXPOSITIVA – A FAMÍLIA COMO BASE E PROPÓSITO DIVINO
Tema | Referência Bíblica | Palavra-Chave (hebraico/greco) | Significado e Aplicação |
Família como unidade original | Gn 2.24 | Dabaq – “apegar-se” | União permanente, base para toda a sociedade |
Herança de valores e fé | Dt 6.6-7; Pv 1.8 | Shanan / Mussar | Instrução contínua, formação ética |
Identidade moldada no lar | Sl 139.14 | Samak – “modelado com cuidado” | A família nos estrutura emocional e espiritualmente |
Propósito criacional da família | Gn 1.28 | Barak – “abençoar, capacitar” | A missão começa na família: frutificar, governar, multiplicar |
Combate à inversão de valores | Ef 5.11 | Sugkoinōneō – “associar-se” | Rejeitar ideologias que destroem o projeto de Deus |
Submissão mútua como modelo cristão | Ef 5.21 | Hupotassō – “ordenar-se sob” | Relacionamentos familiares regidos por humildade e reverência |
SUBSÍDIO 1
“A série de narrativas dos capítulos 13-22 são, principalmente, relatos do juízo de Deus cumprido na vida de Davi. O capitulo 13 registra o primeiro resultado dos pecados de luxuria. adultério e assassinato de Davi, o qual veio para assombrá-lo através das ações de membros da sua própria família (Gl 6.7). O incesto e o assassinato entre os filhos de Davi foram consequências da sua Luxuria reproduzida primeiramente por seu filho, Amnom. Como Davi destruiu a felicidade da casa de Urias. Deus destruiu a harmonia na casa de Davi. Muitas vezes. Deus permite que os pecadores sofram tristezas e aflições para que eles e outras pessoas que veem os seus exemplos possam temer a Deus (isto é. ter reverência pela pureza de Deus, pelo seu poder e juízo), afastar-se de seus pecados e converter-se a Deus (Nm 14.20-36). Davi ficou furioso com a violação de sua filha, cometida pelo seu filho mais velho (1 Cr 3.1). No entanto, ele não conseguiu repreender e punir Amnom como deveria (veja Lv 20.17): A imoralidade sexual do próprio Davi com Bate-Seba enfraqueceu e minou a sua capacidade de disciplinar os filhos e controlar a sua casa Por causa do seu próprio erro (veja Pv 6.32-33). Davi não teve a autoridade moral e a coragem para confrontar seu filho. Seu mau exemplo destruiu grande parte da sua influência moral sobre os que estavam sob seus cuidados. Os líderes da igreja hoje devem ser exemplos de santidade (isto é, integridade espiritual, separação do mal e dedicação a Deus) e pureza moral Assim, serão capazes de confrontar o pecado sem se sentirem hipócritas ou culpados, e sem temerem um escrutínio que possa revelar transgressões aos padrões de Deus em sua vida (1 Tm 3.1-13).
II- NO CASAMENTO. UMA SÓ CARNE
1- Como não conduzir o casamento. Davi era considerado “um homem segundo o coração de Deus” (1 Sm 13.14) Por outro lado, teve sua vida pessoal marcada por diversas atitudes questionáveis, como múltiplos casamentos e um adultério. O que pode explicar os muitos casamentos paralelos de Davi? Primeiro, era comum os monarcas nos tempos antigos terem muitas esposas para garantir a sucessão no trono; segundo, para estabelecer alianças políticas e econômicas e a ampliação da influência da família real; terceiro, a manutenção de um costume da época em que os reis deveriam ter muitas esposas como símbolo de poder e riqueza. Os múltiplos casamentos de Davi trouxeram consequências negativas, entre elas destacamos: disputas internas e rivalidades entre as esposas e seus filhos; sofrimento emocional das esposas ao se sentirem negligenciadas e desvalorizadas em função das outras; a naturalização da infidelidade conjugal como aconteceu no caso de Bate-Seba além de suas tristes consequências intolerância frente às diferenças, como no caso de Mical. Embora fosse um costume da época, muitos séculos antes Deus já havia alertado que não era bom o rei ter muitas esposas (Dt 17.16, 17). tal orientação alcançava a todos, porém no Antigo Testamento havia certa tolerância na sociedade a esse tipo de união. Já no Novo Testamento a monogamia foi estabelecida como padrão ideal para o casamento (Mt 19.4-6).
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
II – NO CASAMENTO, UMA SÓ CARNE
1 – COMO NÃO CONDUZIR O CASAMENTO
Inclui: análise contextual e exegética, raízes hebraicas e gregas, referências acadêmicas cristãs, aplicação prática e uma tabela expositiva.
🧭 COMENTÁRIO BÍBLICO-TEOLÓGICO
a) Davi: Entre o Chamado Divino e as Falhas Pessoais
“O Senhor buscou para si um homem segundo o seu coração...” (1 Sm 13.14)
A expressão “segundo o seu coração” (hebr. kelevavo, כְּלְבָבוֹ) não indica perfeição moral, mas alinhamento com os propósitos divinos, especialmente em relação ao zelo espiritual e à submissão à vontade de Deus.
📚 Walter Brueggemann, em First and Second Samuel, destaca que o relato bíblico de Davi é propositalmente ambíguo: “um rei ungido, mas humano e falho”.
Apesar de seu amor por Deus, Davi sucumbiu a costumes culturais e pessoais que feriram o plano divino para o casamento.
b) Múltiplos Casamentos: Cultura vs. Revelação
Davi teve diversas esposas (1 Sm 25.42-43; 2 Sm 3.2-5), o que refletia uma prática comum entre reis do Antigo Oriente. A Bíblia não endossa a poligamia, mas descreve suas consequências negativas com realismo.
“Tampouco para si tomará muitas mulheres, para que o seu coração não se desvie.” (Dt 17.17)
O verbo hebraico sur (סוּר), “desviar”, indica apostatar, afastar-se do caminho certo. A multiplicação de esposas é vista como algo que corrompe o coração do rei.
📚 Bruce Waltke, em An Old Testament Theology, observa: “Deus tolerou a poligamia por causa da dureza do coração humano, mas nunca a aprovou como ideal.”
c) As Consequências da Poligamia de Davi
As tristes repercussões são claramente documentadas:
- Rivalidade entre os filhos, culminando em tragédias como o incesto de Amnon com Tamar (2 Sm 13) e o fratricídio de Absalão.
- Negligência emocional, como a frieza com Mical (2 Sm 6.20-23).
- Naturalização do pecado, refletido no adultério com Bate-Seba (2 Sm 11).
Essas narrativas demonstram que o desvio do ideal monogâmico trouxe instabilidade espiritual e familiar, mesmo no lar de um ungido do Senhor.
d) A Redenção do Casamento no Novo Testamento
“Por isso deixará o homem pai e mãe, e se unirá à sua mulher, e serão dois numa só carne.” (Mt 19.5, cf. Gn 2.24)
Aqui, Jesus reafirma o projeto original do casamento. O verbo grego kollaō (κολλάω), traduzido como “unir-se”, significa colar-se fortemente, aderir permanentemente. A expressão “uma só carne” (sarx mia, σὰρξ μία) refere-se a uma fusão plena – física, emocional, espiritual – e exclusivamente entre um homem e uma mulher.
📚 Craig Keener, em Comentário Bíblico Cultural do Novo Testamento, afirma: “Jesus rejeita qualquer interpretação cultural que contradiga o princípio monogâmico e permanente da criação.”
A monogamia é restaurada como norma espiritual, reforçada também nas qualificações dos líderes cristãos (1 Tm 3.2, “marido de uma só mulher” – gr. mias gynaikos andra, μιας γυναικὸς ἄνδρα).
🎯 APLICAÇÃO PESSOAL E PASTORAL
- Não confunda tolerância divina com aprovação divina: Deus pode ter tolerado práticas equivocadas, mas sempre revelou um ideal mais elevado.
- Cuidado com o relativismo cultural no casamento: Muitas práticas atuais (poliamor, traições consensuais etc.) têm a mesma raiz da poligamia antiga – afastamento da Palavra.
- Edifique o casamento com aliança e exclusividade: Um lar bíblico é fruto de compromisso fiel e de comunhão íntima entre cônjuges.
- Aprenda com os erros de Davi: Sua vida é uma advertência contra os caminhos que desviam da vontade de Deus.
📊 TABELA EXPOSITIVA – ERROS DE DAVI E O PADRÃO BÍBLICO PARA O CASAMENTO
Tópico
Referência Bíblica
Palavra-Chave (hebraico/greco)
Significado/Aplicação
Coração segundo Deus
1 Sm 13.14
Kelevavo – “segundo o coração”
Indica aliança com Deus, mas não isenção de falhas
Alerta contra poligamia
Dt 17.17
Sur – “desviar, afastar-se”
A multiplicidade de esposas leva ao desvio espiritual
Prática da poligamia de Davi
2 Sm 3.2-5; 11.1-4
–
Embora cultural, trouxe dor, rivalidade e pecado
Palavra de Jesus sobre o casamento
Mt 19.4-6
Kollaō, sarx mia
Monogamia permanente, unidade total entre homem e mulher
Modelo para líderes cristãos
1 Tm 3.2
Mias gynaikos andra
Monogamia como requisito para maturidade espiritual e liderança na igreja
II – NO CASAMENTO, UMA SÓ CARNE
1 – COMO NÃO CONDUZIR O CASAMENTO
Inclui: análise contextual e exegética, raízes hebraicas e gregas, referências acadêmicas cristãs, aplicação prática e uma tabela expositiva.
🧭 COMENTÁRIO BÍBLICO-TEOLÓGICO
a) Davi: Entre o Chamado Divino e as Falhas Pessoais
“O Senhor buscou para si um homem segundo o seu coração...” (1 Sm 13.14)
A expressão “segundo o seu coração” (hebr. kelevavo, כְּלְבָבוֹ) não indica perfeição moral, mas alinhamento com os propósitos divinos, especialmente em relação ao zelo espiritual e à submissão à vontade de Deus.
📚 Walter Brueggemann, em First and Second Samuel, destaca que o relato bíblico de Davi é propositalmente ambíguo: “um rei ungido, mas humano e falho”.
Apesar de seu amor por Deus, Davi sucumbiu a costumes culturais e pessoais que feriram o plano divino para o casamento.
b) Múltiplos Casamentos: Cultura vs. Revelação
Davi teve diversas esposas (1 Sm 25.42-43; 2 Sm 3.2-5), o que refletia uma prática comum entre reis do Antigo Oriente. A Bíblia não endossa a poligamia, mas descreve suas consequências negativas com realismo.
“Tampouco para si tomará muitas mulheres, para que o seu coração não se desvie.” (Dt 17.17)
O verbo hebraico sur (סוּר), “desviar”, indica apostatar, afastar-se do caminho certo. A multiplicação de esposas é vista como algo que corrompe o coração do rei.
📚 Bruce Waltke, em An Old Testament Theology, observa: “Deus tolerou a poligamia por causa da dureza do coração humano, mas nunca a aprovou como ideal.”
c) As Consequências da Poligamia de Davi
As tristes repercussões são claramente documentadas:
- Rivalidade entre os filhos, culminando em tragédias como o incesto de Amnon com Tamar (2 Sm 13) e o fratricídio de Absalão.
- Negligência emocional, como a frieza com Mical (2 Sm 6.20-23).
- Naturalização do pecado, refletido no adultério com Bate-Seba (2 Sm 11).
Essas narrativas demonstram que o desvio do ideal monogâmico trouxe instabilidade espiritual e familiar, mesmo no lar de um ungido do Senhor.
d) A Redenção do Casamento no Novo Testamento
“Por isso deixará o homem pai e mãe, e se unirá à sua mulher, e serão dois numa só carne.” (Mt 19.5, cf. Gn 2.24)
Aqui, Jesus reafirma o projeto original do casamento. O verbo grego kollaō (κολλάω), traduzido como “unir-se”, significa colar-se fortemente, aderir permanentemente. A expressão “uma só carne” (sarx mia, σὰρξ μία) refere-se a uma fusão plena – física, emocional, espiritual – e exclusivamente entre um homem e uma mulher.
📚 Craig Keener, em Comentário Bíblico Cultural do Novo Testamento, afirma: “Jesus rejeita qualquer interpretação cultural que contradiga o princípio monogâmico e permanente da criação.”
A monogamia é restaurada como norma espiritual, reforçada também nas qualificações dos líderes cristãos (1 Tm 3.2, “marido de uma só mulher” – gr. mias gynaikos andra, μιας γυναικὸς ἄνδρα).
🎯 APLICAÇÃO PESSOAL E PASTORAL
- Não confunda tolerância divina com aprovação divina: Deus pode ter tolerado práticas equivocadas, mas sempre revelou um ideal mais elevado.
- Cuidado com o relativismo cultural no casamento: Muitas práticas atuais (poliamor, traições consensuais etc.) têm a mesma raiz da poligamia antiga – afastamento da Palavra.
- Edifique o casamento com aliança e exclusividade: Um lar bíblico é fruto de compromisso fiel e de comunhão íntima entre cônjuges.
- Aprenda com os erros de Davi: Sua vida é uma advertência contra os caminhos que desviam da vontade de Deus.
📊 TABELA EXPOSITIVA – ERROS DE DAVI E O PADRÃO BÍBLICO PARA O CASAMENTO
Tópico | Referência Bíblica | Palavra-Chave (hebraico/greco) | Significado/Aplicação |
Coração segundo Deus | 1 Sm 13.14 | Kelevavo – “segundo o coração” | Indica aliança com Deus, mas não isenção de falhas |
Alerta contra poligamia | Dt 17.17 | Sur – “desviar, afastar-se” | A multiplicidade de esposas leva ao desvio espiritual |
Prática da poligamia de Davi | 2 Sm 3.2-5; 11.1-4 | – | Embora cultural, trouxe dor, rivalidade e pecado |
Palavra de Jesus sobre o casamento | Mt 19.4-6 | Kollaō, sarx mia | Monogamia permanente, unidade total entre homem e mulher |
Modelo para líderes cristãos | 1 Tm 3.2 | Mias gynaikos andra | Monogamia como requisito para maturidade espiritual e liderança na igreja |
2- Um casamento à luz da Bíblia. O casamento é fruto da vontade do Senhor para com as nossas vidas Ao criar o homem, encontramos pela primeira vez a expressão “não é bom” (Gn 2.18) referindo-se ao fato de o homem estar só. A solidão não combina com o ser humano, somos sociais e em nossos relacionamentos celebramos os propósitos de Deus para com nossas vidas. Diante dessa constatação, o Senhor fez para o homem uma auxiliadora idônea para o completar e ser com ele uma só carne (Gn 2.24). Note bem: uma só carne! Nem inferior, nem superior, mas sim, semelhante em uma união perfeita ao ponto de tornarem-se um (Mt 19.6). Jesus ensinou que o casamento é uma instituição divina onde homem e mulher não seriam mais dois, mas sim, uma só carne em uma união indissolúvel (Mc 10.6-9). O casamento é algo tão significativo chegando ao ponto de ser o padrão escolhido por Deus para ilustrar a relação entre Jesus Cristo e a Igreja (Ef 5. 25-32; Ap 19.6-8)
3- Quem quer um bom casamento? Todos desejam um casamento feliz, não é mesmo? E essa é a vontade do Senhor para todos nós, no entanto precisamos entender os princípios bíblicos para um casamento e permitir que Deus possa estar sempre presente em nossas famílias, afinal, o cordão de três dobras não se quebra facilmente (Ec 4.12). Para que o casamento alcance sucesso, é necessário seguir alguns princípios básicos: uma aliança e uma união indissolúvel; uma fidelidade reciproca na saúde, na doença, na felicidade e na adversidade; uma busca de um amor incondicional promovendo o respeito mútuo, a comunicação, a compreensão, o companheirismo, o compromisso e o perdão; uma crescente intimidade física, emocional espiritual e intelectual, uma espiritualidade sadia vivida a dois Vale destacar que. no casamento, o homem e a mulher “deixam” de ser filhos para se tornarem marido e esposa, os pais/ sogros continuam conectados, mas em uma relação ressignificada como conselheiros e apoiadores mantendo um distanciamento saudável.
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
II – NO CASAMENTO, UMA SÓ CARNE
2 – Um casamento à luz da Bíblia
3 – Quem quer um bom casamento?
Inclui: análise de palavras hebraicas e gregas, referências acadêmicas cristãs, aplicação pastoral e uma tabela expositiva.
🧭 COMENTÁRIO BÍBLICO-TEOLÓGICO
a) O Casamento: Instituição Divina e Aliança Sagrada
“Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma ajudadora que lhe seja idônea.” (Gn 2.18)
A expressão “não é bom” (hebraico lo tov, לֹא־טוֹב) é surpreendente porque, até então, tudo era classificado como “muito bom” (tov meod – Gn 1.31). Isso destaca a incompletude relacional do homem. O termo para “ajudadora idônea” (ezer kenegdô, עֵזֶר כְּנֶגְדּוֹ) sugere auxílio correspondente, igual e complementar, e não subserviência.
📚 Gordon Wenham, no Word Biblical Commentary – Genesis, afirma: “A mulher é descrita como semelhante em natureza e dignidade, mas distinta em função, formando com o homem uma unidade perfeita.”
“...e serão ambos uma só carne.” (Gn 2.24)
A união conjugal é descrita com o termo basar eḥad (בָּשָׂר אֶחָד), “uma carne”, indicando uma união completa, inclusive sexual, emocional, espiritual e social.
b) Jesus e a Plenitude da Aliança Conjugal
“Assim, já não são dois, mas uma só carne. Portanto, o que Deus ajuntou, não o separe o homem.” (Mt 19.6)
No grego:
- mia sarx (μία σὰρξ) – “uma só carne”
- synezeuxen ho Theos (συζεύξεν ὁ Θεός) – “ajuntou Deus”, do verbo συζεύγνυμι, “juntar em jugo”, como bois sob o mesmo arado.
📚 D. A. Carson, em Comentário de Mateus, observa que o termo traz a ideia de uma aliança perpétua e indissolúvel, cujo rompimento é uma afronta ao ato divino de junção.
“...o homem deixará pai e mãe... e se unirá à sua mulher.” (Mc 10.7-9)
A palavra kollaō (κολλάω), “unir-se”, significa aderir firmemente, colar como com cola forte – uma metáfora para o compromisso definitivo e exclusivo do casamento.
c) O Casamento como Ilustração da União entre Cristo e a Igreja
“Maridos, amai vossas mulheres, como também Cristo amou a igreja...” (Ef 5.25)
A palavra “amar” aqui é agapaō (ἀγαπάω), o amor doação, sacrificial e redentor. O casamento é mais que um contrato: é uma representação do evangelho encarnado.
📚 John Stott, em A Mensagem de Efésios, escreve: “O casamento cristão é evangelho visível: Cristo e a Igreja retratados em amor, entrega, fidelidade e união inseparável.”
“...para apresentar a si mesmo Igreja gloriosa... santa e irrepreensível.” (Ef 5.27)
Assim como Cristo santifica a Igreja, o casamento visa o crescimento mútuo em santidade e comunhão com Deus.
d) O Casamento Bem-Sucedido: Princípios Bíblicos
“O cordão de três dobras não se quebra com facilidade.” (Ec 4.12)
Este versículo é comumente aplicado ao casamento cristão. O “cordão de três dobras” simboliza: esposo + esposa + Deus. Sem Deus, o vínculo é frágil. Com Ele, é fortalecido pela graça.
📚 Matthew Henry comenta que a presença de Deus é “o segredo da estabilidade e da ternura do vínculo conjugal”.
A Bíblia ensina que um casamento bem-sucedido envolve:
- Aliança (Ml 2.14) – um pacto diante de Deus
- Fidelidade mútua (Pv 5.18-20; Hb 13.4)
- Respeito e submissão recíproca (Ef 5.21-33)
- Perdão constante (Cl 3.13)
- Intimidade integral (1 Co 7.3-5)
- Prioridade ao cônjuge sobre os pais (Gn 2.24)
A maturidade do casal se evidencia quando sabem deixar os laços infantis e formar um novo núcleo familiar, saudável e independente.
🎯 APLICAÇÃO PESSOAL E PASTORAL
- Casamento é um projeto divino, não uma construção meramente social.
- A união conjugal exige entrega e esforço mútuos, moldados à semelhança de Cristo.
- Deus deve estar no centro do casamento – oração, adoração, perdão e serviço são pilares espirituais.
- Pais devem saber “soltar” os filhos, respeitando seu novo papel como cônjuges.
- Amor é decisão e compromisso, não mero sentimento – exige dedicação, humildade e renúncia.
📊 TABELA EXPOSITIVA – PRINCÍPIOS BÍBLICOS PARA UM CASAMENTO À LUZ DA PALAVRA
Tópico
Referência Bíblica
Palavra-Chave (hebraico/greco)
Significado/Aplicação
Solidão do homem
Gn 2.18
Lo tov – “não é bom”
O ser humano foi criado para a comunhão
Auxiliadora idônea
Gn 2.18
Ezer kenegdô – “ajuda correspondente”
Igualdade e complementaridade no casamento
Uma só carne
Gn 2.24; Mt 19.5-6
Basar eḥad; mia sarx
União total – física, espiritual, emocional
União indissolúvel
Mc 10.9
Synezeuxen – “ajuntou (em jugo)”
Deus é o autor da união conjugal – separação é desvio do plano divino
Amor sacrificial
Ef 5.25
Agapaō – “amor incondicional”
O padrão de Cristo para os maridos: doação total
Intimidade e perdão
1 Co 7.3-5; Cl 3.13
–
Comunicação, sexualidade, perdão e fidelidade fortalecem o casamento
Presença de Deus no lar
Ec 4.12
–
O “cordão de três dobras” representa a solidez do lar centrado em Deus
Deixar pai e mãe
Gn 2.24
Azav – “deixar, abandonar”
Novo núcleo familiar requer independência emocional e relacional
II – NO CASAMENTO, UMA SÓ CARNE
2 – Um casamento à luz da Bíblia
3 – Quem quer um bom casamento?
Inclui: análise de palavras hebraicas e gregas, referências acadêmicas cristãs, aplicação pastoral e uma tabela expositiva.
🧭 COMENTÁRIO BÍBLICO-TEOLÓGICO
a) O Casamento: Instituição Divina e Aliança Sagrada
“Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma ajudadora que lhe seja idônea.” (Gn 2.18)
A expressão “não é bom” (hebraico lo tov, לֹא־טוֹב) é surpreendente porque, até então, tudo era classificado como “muito bom” (tov meod – Gn 1.31). Isso destaca a incompletude relacional do homem. O termo para “ajudadora idônea” (ezer kenegdô, עֵזֶר כְּנֶגְדּוֹ) sugere auxílio correspondente, igual e complementar, e não subserviência.
📚 Gordon Wenham, no Word Biblical Commentary – Genesis, afirma: “A mulher é descrita como semelhante em natureza e dignidade, mas distinta em função, formando com o homem uma unidade perfeita.”
“...e serão ambos uma só carne.” (Gn 2.24)
A união conjugal é descrita com o termo basar eḥad (בָּשָׂר אֶחָד), “uma carne”, indicando uma união completa, inclusive sexual, emocional, espiritual e social.
b) Jesus e a Plenitude da Aliança Conjugal
“Assim, já não são dois, mas uma só carne. Portanto, o que Deus ajuntou, não o separe o homem.” (Mt 19.6)
No grego:
- mia sarx (μία σὰρξ) – “uma só carne”
- synezeuxen ho Theos (συζεύξεν ὁ Θεός) – “ajuntou Deus”, do verbo συζεύγνυμι, “juntar em jugo”, como bois sob o mesmo arado.
📚 D. A. Carson, em Comentário de Mateus, observa que o termo traz a ideia de uma aliança perpétua e indissolúvel, cujo rompimento é uma afronta ao ato divino de junção.
“...o homem deixará pai e mãe... e se unirá à sua mulher.” (Mc 10.7-9)
A palavra kollaō (κολλάω), “unir-se”, significa aderir firmemente, colar como com cola forte – uma metáfora para o compromisso definitivo e exclusivo do casamento.
c) O Casamento como Ilustração da União entre Cristo e a Igreja
“Maridos, amai vossas mulheres, como também Cristo amou a igreja...” (Ef 5.25)
A palavra “amar” aqui é agapaō (ἀγαπάω), o amor doação, sacrificial e redentor. O casamento é mais que um contrato: é uma representação do evangelho encarnado.
📚 John Stott, em A Mensagem de Efésios, escreve: “O casamento cristão é evangelho visível: Cristo e a Igreja retratados em amor, entrega, fidelidade e união inseparável.”
“...para apresentar a si mesmo Igreja gloriosa... santa e irrepreensível.” (Ef 5.27)
Assim como Cristo santifica a Igreja, o casamento visa o crescimento mútuo em santidade e comunhão com Deus.
d) O Casamento Bem-Sucedido: Princípios Bíblicos
“O cordão de três dobras não se quebra com facilidade.” (Ec 4.12)
Este versículo é comumente aplicado ao casamento cristão. O “cordão de três dobras” simboliza: esposo + esposa + Deus. Sem Deus, o vínculo é frágil. Com Ele, é fortalecido pela graça.
📚 Matthew Henry comenta que a presença de Deus é “o segredo da estabilidade e da ternura do vínculo conjugal”.
A Bíblia ensina que um casamento bem-sucedido envolve:
- Aliança (Ml 2.14) – um pacto diante de Deus
- Fidelidade mútua (Pv 5.18-20; Hb 13.4)
- Respeito e submissão recíproca (Ef 5.21-33)
- Perdão constante (Cl 3.13)
- Intimidade integral (1 Co 7.3-5)
- Prioridade ao cônjuge sobre os pais (Gn 2.24)
A maturidade do casal se evidencia quando sabem deixar os laços infantis e formar um novo núcleo familiar, saudável e independente.
🎯 APLICAÇÃO PESSOAL E PASTORAL
- Casamento é um projeto divino, não uma construção meramente social.
- A união conjugal exige entrega e esforço mútuos, moldados à semelhança de Cristo.
- Deus deve estar no centro do casamento – oração, adoração, perdão e serviço são pilares espirituais.
- Pais devem saber “soltar” os filhos, respeitando seu novo papel como cônjuges.
- Amor é decisão e compromisso, não mero sentimento – exige dedicação, humildade e renúncia.
📊 TABELA EXPOSITIVA – PRINCÍPIOS BÍBLICOS PARA UM CASAMENTO À LUZ DA PALAVRA
Tópico | Referência Bíblica | Palavra-Chave (hebraico/greco) | Significado/Aplicação |
Solidão do homem | Gn 2.18 | Lo tov – “não é bom” | O ser humano foi criado para a comunhão |
Auxiliadora idônea | Gn 2.18 | Ezer kenegdô – “ajuda correspondente” | Igualdade e complementaridade no casamento |
Uma só carne | Gn 2.24; Mt 19.5-6 | Basar eḥad; mia sarx | União total – física, espiritual, emocional |
União indissolúvel | Mc 10.9 | Synezeuxen – “ajuntou (em jugo)” | Deus é o autor da união conjugal – separação é desvio do plano divino |
Amor sacrificial | Ef 5.25 | Agapaō – “amor incondicional” | O padrão de Cristo para os maridos: doação total |
Intimidade e perdão | 1 Co 7.3-5; Cl 3.13 | – | Comunicação, sexualidade, perdão e fidelidade fortalecem o casamento |
Presença de Deus no lar | Ec 4.12 | – | O “cordão de três dobras” representa a solidez do lar centrado em Deus |
Deixar pai e mãe | Gn 2.24 | Azav – “deixar, abandonar” | Novo núcleo familiar requer independência emocional e relacional |
SUBSÍDIO 2
Professor (a), evidencie o fato de que para um bom casamento, a presença divina é algo imprescindível Incentive seus alunos (as) a convidarem o Senhor para participar de todos os momentos de suas vidas. Diga que o casamento de Davi nos mostra a importância do diálogo Saber ouvir e falar são dois aliados essenciais em nossos relacionamentos.
III- EIS QUE OS FILHOS SÃO HERANÇA DO SENHOR
1- Como pai, um bom rei. A chegada dos filhos é, sem dúvidas, o acontecimento mais aguardado e precioso na vida de um casal. E Davi, foi privilegiado com uma casa cheia de filhos. Era uma bela oportunidade de se dedicar a uma paternidade plena, em que seus filhos pudessem aprender aos pés de um dos homens mais célebres da história. Porém, Davi escolheu ter outras prioridades e passou por dificuldades em lidar com a correta educação de seus filhos. Diante deles, foi ausente (2 Sm 13.21-22). pouco dialogou (2 Sm 14.33), não impôs limites (1 Rs 1.6; 2 Sm 18.33). não supria as necessidades naturais (2 Sm 13.37-38) e os mimou com muitos privilégios (2 Sm 13.28; 2 Sm 15.8-9).
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
III – EIS QUE OS FILHOS SÃO HERANÇA DO SENHOR
1 – Como pai, um bom rei?
Inclui:
- Análise textual e teológica
- Palavras hebraicas e gregas relevantes
- Referências de estudiosos cristãos
- Aplicação pastoral
- Tabela expositiva
🧭 COMENTÁRIO BÍBLICO-TEOLÓGICO
a) A paternidade como chamado e responsabilidade
“Eis que os filhos são herança do Senhor, e o fruto do ventre o seu galardão.” (Sl 127.3)
A palavra “herança” aqui é nachalah (נַחֲלָה), que também pode significar “posse”, “porção” ou “legado”. Trata-se de algo concedido graciosamente por Deus, com propósito e responsabilidade.
📚 Matthew Henry comenta: “Os filhos são um depósito de Deus aos pais; como mordomos, estes devem criá-los para o Senhor, e não para si mesmos.”
Além disso, “galardão” (sakar, שָׂכָר) denota “recompensa, salário”, ou seja, filhos são um prêmio, não um peso.
b) Davi: rei excelente, pai ausente
Davi foi um homem segundo o coração de Deus (1 Sm 13.14), mas sua vida familiar revela fragilidades gritantes na paternidade. Vários textos bíblicos indicam que ele falhou em áreas fundamentais do cuidado e formação dos filhos:
1. Ausência emocional e moral
“Ouvindo o rei Davi tudo isso, muito se acendeu em ira.” (2 Sm 13.21)
Esse versículo se refere ao estupro de Tamar por Amnom. Apesar da indignação, Davi não tomou nenhuma atitude disciplinar. O verbo ḥarah (חָרָה), “acendeu em ira”, aparece no hebraico, mas não é seguido de nenhuma ação prática, demonstrando omissão e passividade parental.
📚 Walter Brueggemann, em seu Comentário sobre 2 Samuel, afirma que “Davi é um pai que sente, mas não age; e com isso, perpetua o caos dentro de sua casa”.
2. Falta de diálogo e reconciliação
“...mas não quis o rei ver a face de Absalão.” (2 Sm 14.24)
Absalão, após matar Amnom, é banido e depois autorizado a voltar, mas fica dois anos em Jerusalém sem ver o pai. A omissão de Davi em dialogar reflete a quebra de relacionamento entre pai e filho, gerando rancor e rebelião futura.
3. Falta de disciplina e imposição de limites
“Seu pai nunca o tinha contrariado, dizendo: ‘Por que fizeste assim?’” (1 Rs 1.6)
Este texto fala sobre Adonias, que tenta usurpar o trono. Davi nunca o corrigira (hebraico ʿatsab, עָצַב – entristecer, contrariar, corrigir). A ausência de confronto e correção demonstra um padrão de paternidade permissiva e indulgente.
📚 Bruce K. Waltke, em The Book of Proverbs: Chapters 1–15, escreve: “Amar os filhos é discipliná-los com justiça e firmeza; a negligência, sob o pretexto de amor, é destrutiva.”
4. Privilegiação injusta e tratamento desigual
“Ordenai agora a meus filhos, e matai Amnom.” (2 Sm 13.28)
Absalão age com frieza e violência porque Davi não puniu Amnom. Já Absalão foi tratado com leniência. Esse padrão de parcialidade parental resultou em inveja, ressentimento e tragédia.
5. Amor emocional sem sabedoria
“Ah, meu filho Absalão! Quem me dera que eu morrera por ti!” (2 Sm 18.33)
Davi expressa um amor sincero, mas fora de tempo. Absalão já havia declarado guerra contra o próprio pai, e ainda assim, Davi permanece refém das emoções, em vez de se posicionar com firmeza e justiça.
📚 Warren Wiersbe, em With the Word, observa: “O amor de Davi era real, mas mal conduzido. Ele chorava a morte de um filho rebelde, esquecendo-se do povo e da nação.”
🎯 APLICAÇÃO PESSOAL E PASTORAL
- A paternidade é missão espiritual, não apenas biológica.
- Pais ausentes formam filhos confusos e desestruturados emocionalmente.
- A disciplina equilibrada é expressão de amor (Pv 13.24; Hb 12.6), não de dureza.
- Filhos precisam de tempo, correção, afeto e presença, e não apenas sustento material.
- Tratar todos os filhos com justiça e sabedoria evita rivalidades e traumas.
- Pais devem ser intencionais e ativos, não apenas emocionais.
📊 TABELA EXPOSITIVA – DAVI COMO PAI: FALHAS E LIÇÕES
Área da paternidade
Referência
Falha específica
Palavra-chave / Significado
Lição prática
Reação sem ação
2 Sm 13.21
Indignação sem correção
ḥarah (חָרָה) – irar-se
Ira sem disciplina é omissão
Diálogo interrompido
2 Sm 14.24
Silêncio por 2 anos com Absalão
–
A ausência enfraquece o vínculo
Falta de correção
1 Rs 1.6
Não contrariou Adonias
ʿatsab (עָצַב) – corrigir, confrontar
Amor exige limites
Parentalidade injusta
2 Sm 13.28; 15.9
Privilegiação de alguns filhos
–
Parcialidade gera ressentimento
Amor mal conduzido
2 Sm 18.33
Lamento tardio por Absalão
–
Emoção sem sabedoria causa prejuízos
Herança negligenciada
Sl 127.3
Paternidade não priorizada
Nachalah – herança divina
Filhos são investimento eterno
III – EIS QUE OS FILHOS SÃO HERANÇA DO SENHOR
1 – Como pai, um bom rei?
Inclui:
- Análise textual e teológica
- Palavras hebraicas e gregas relevantes
- Referências de estudiosos cristãos
- Aplicação pastoral
- Tabela expositiva
🧭 COMENTÁRIO BÍBLICO-TEOLÓGICO
a) A paternidade como chamado e responsabilidade
“Eis que os filhos são herança do Senhor, e o fruto do ventre o seu galardão.” (Sl 127.3)
A palavra “herança” aqui é nachalah (נַחֲלָה), que também pode significar “posse”, “porção” ou “legado”. Trata-se de algo concedido graciosamente por Deus, com propósito e responsabilidade.
📚 Matthew Henry comenta: “Os filhos são um depósito de Deus aos pais; como mordomos, estes devem criá-los para o Senhor, e não para si mesmos.”
Além disso, “galardão” (sakar, שָׂכָר) denota “recompensa, salário”, ou seja, filhos são um prêmio, não um peso.
b) Davi: rei excelente, pai ausente
Davi foi um homem segundo o coração de Deus (1 Sm 13.14), mas sua vida familiar revela fragilidades gritantes na paternidade. Vários textos bíblicos indicam que ele falhou em áreas fundamentais do cuidado e formação dos filhos:
1. Ausência emocional e moral
“Ouvindo o rei Davi tudo isso, muito se acendeu em ira.” (2 Sm 13.21)
Esse versículo se refere ao estupro de Tamar por Amnom. Apesar da indignação, Davi não tomou nenhuma atitude disciplinar. O verbo ḥarah (חָרָה), “acendeu em ira”, aparece no hebraico, mas não é seguido de nenhuma ação prática, demonstrando omissão e passividade parental.
📚 Walter Brueggemann, em seu Comentário sobre 2 Samuel, afirma que “Davi é um pai que sente, mas não age; e com isso, perpetua o caos dentro de sua casa”.
2. Falta de diálogo e reconciliação
“...mas não quis o rei ver a face de Absalão.” (2 Sm 14.24)
Absalão, após matar Amnom, é banido e depois autorizado a voltar, mas fica dois anos em Jerusalém sem ver o pai. A omissão de Davi em dialogar reflete a quebra de relacionamento entre pai e filho, gerando rancor e rebelião futura.
3. Falta de disciplina e imposição de limites
“Seu pai nunca o tinha contrariado, dizendo: ‘Por que fizeste assim?’” (1 Rs 1.6)
Este texto fala sobre Adonias, que tenta usurpar o trono. Davi nunca o corrigira (hebraico ʿatsab, עָצַב – entristecer, contrariar, corrigir). A ausência de confronto e correção demonstra um padrão de paternidade permissiva e indulgente.
📚 Bruce K. Waltke, em The Book of Proverbs: Chapters 1–15, escreve: “Amar os filhos é discipliná-los com justiça e firmeza; a negligência, sob o pretexto de amor, é destrutiva.”
4. Privilegiação injusta e tratamento desigual
“Ordenai agora a meus filhos, e matai Amnom.” (2 Sm 13.28)
Absalão age com frieza e violência porque Davi não puniu Amnom. Já Absalão foi tratado com leniência. Esse padrão de parcialidade parental resultou em inveja, ressentimento e tragédia.
5. Amor emocional sem sabedoria
“Ah, meu filho Absalão! Quem me dera que eu morrera por ti!” (2 Sm 18.33)
Davi expressa um amor sincero, mas fora de tempo. Absalão já havia declarado guerra contra o próprio pai, e ainda assim, Davi permanece refém das emoções, em vez de se posicionar com firmeza e justiça.
📚 Warren Wiersbe, em With the Word, observa: “O amor de Davi era real, mas mal conduzido. Ele chorava a morte de um filho rebelde, esquecendo-se do povo e da nação.”
🎯 APLICAÇÃO PESSOAL E PASTORAL
- A paternidade é missão espiritual, não apenas biológica.
- Pais ausentes formam filhos confusos e desestruturados emocionalmente.
- A disciplina equilibrada é expressão de amor (Pv 13.24; Hb 12.6), não de dureza.
- Filhos precisam de tempo, correção, afeto e presença, e não apenas sustento material.
- Tratar todos os filhos com justiça e sabedoria evita rivalidades e traumas.
- Pais devem ser intencionais e ativos, não apenas emocionais.
📊 TABELA EXPOSITIVA – DAVI COMO PAI: FALHAS E LIÇÕES
Área da paternidade | Referência | Falha específica | Palavra-chave / Significado | Lição prática |
Reação sem ação | 2 Sm 13.21 | Indignação sem correção | ḥarah (חָרָה) – irar-se | Ira sem disciplina é omissão |
Diálogo interrompido | 2 Sm 14.24 | Silêncio por 2 anos com Absalão | – | A ausência enfraquece o vínculo |
Falta de correção | 1 Rs 1.6 | Não contrariou Adonias | ʿatsab (עָצַב) – corrigir, confrontar | Amor exige limites |
Parentalidade injusta | 2 Sm 13.28; 15.9 | Privilegiação de alguns filhos | – | Parcialidade gera ressentimento |
Amor mal conduzido | 2 Sm 18.33 | Lamento tardio por Absalão | – | Emoção sem sabedoria causa prejuízos |
Herança negligenciada | Sl 127.3 | Paternidade não priorizada | Nachalah – herança divina | Filhos são investimento eterno |
2- Consequências de uma paternidade disfuncional. A partir dessa postura, tristes eventos se sucederam trazendo muita tristeza e frustrações o incesto e a violência de Amnom com Tamar (2 Sm 13.14); a vingança de Absalão matando Amnom (2 Sm 13.28.29); o golpe de estado realizado por Absalão (2 Sm 15.2-6,10.12-14); a tentativa de golpe de Adonias (1 Rs 1.5) e ainda a condenação de morte a Adonias ordenada por Salomão, seu irmão (1 Rs 2.23.24). Mas Davi também teve acertos como pai: mesmo ausente. amava muito a seus filhos e sofria diante dos infortúnios e tragédias que se abatiam sobre eles; deixou um grande exemplo a ser seguido enquanto servo de Deus e os ensinamentos que não passou pessoalmente, compilou em seus salmos e músicas; foi uma referência sendo considerado o maior rei da história de Israel. As falhas do pai Davi foram grandes, porém com o passar dos anos, seus filhos já podiam fazer suas escolhas e assim seguir bons caminhos.
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
A. A paternidade disfuncional e seus desdobramentos trágicos
O termo “paternidade disfuncional” refere-se a uma atuação prejudicial ou ausente no cuidado, formação e correção dos filhos, gerando uma série de distorções emocionais, morais e espirituais.
Davi foi um rei exemplar para a nação, mas um pai ineficaz dentro de casa, cujas falhas não foram neutras — resultaram em tragédias familiares sequenciais, conforme veremos.
B. O ciclo da disfunção: eventos marcados por ausência, omissão e favoritismo
1. Incesto e abuso sexual: Amnom e Tamar (2 Sm 13.14)
“Mas ele não quis dar ouvidos à voz dela; antes, sendo mais forte do que ela, forçou-a, e se deitou com ela.”
O verbo hebraico ʿanah (עָנָה) traduzido como “forçou” ou “humilhou”, é frequentemente usado para estupro ou abuso (cf. Dt 22.24). A ausência de Davi após esse evento evidencia um silêncio cúmplice e devastador (2 Sm 13.21).
📚 Walter Brueggemann, sobre este episódio, afirma: “O silêncio de Davi é o colapso de sua autoridade moral e paterna. O trono permanece, mas a casa desaba.”
2. Vingança fratricida: Absalão mata Amnom (2 Sm 13.28-29)
“E os servos de Absalão fizeram a Amnom como Absalão tinha ordenado...”
A omissão de Davi em disciplinar Amnom gerou ressentimento em Absalão, que resolveu “fazer justiça com as próprias mãos”. A vingança revela um lar sem justiça, onde cada filho seguia sua própria lógica.
3. Rebelião e tentativa de golpe: Absalão contra Davi (2 Sm 15.2-6, 10-14)
Absalão conquista o povo com astúcia e charme, preparando um golpe de Estado contra o próprio pai. O verbo hebraico usado em 2 Sm 15.6 (“roubou o coração dos homens de Israel”) é ganab (גָּנַב) – “furtar, usurpar”. A ausência de paternidade produziu um filho ambicioso, ressentido e manipulador.
4. Adonias: outra tentativa de usurpação do trono (1 Rs 1.5-6)
“Nunca seu pai o havia contrariado, dizendo: ‘Por que fazes assim?’”
Este texto explicita a falha disciplinar de Davi com Adonias. A expressão “nunca o havia contrariado” traduz o hebraico ʿatsab (עָצַב), que carrega o sentido de causar desconforto ou corrigir. Davi evitava conflito com os filhos, permitindo que crescessem sem limites.
5. Condenação de Adonias por Salomão (1 Rs 2.23-24)
Mesmo após ter sido poupado inicialmente (1 Rs 1.52), Adonias volta a conspirar. Salomão, mais resoluto, ordena sua execução. Aqui vemos que os filhos, ainda que criados num ambiente disfuncional, são responsáveis por suas escolhas adultas.
📚 Warren Wiersbe comenta: “Embora Davi tenha falhado como pai, Salomão não poderia repetir os mesmos erros se quisesse manter o reino em ordem.”
C. A redenção parcial da paternidade de Davi
Apesar de seus erros, Davi:
- Amava sinceramente seus filhos (2 Sm 18.33);
- Deixou um legado espiritual rico, como o livro de Salmos (Sl 78.5-7);
- Foi lembrado como o maior rei de Israel, modelo de devoção a Deus (1 Rs 15.5);
- Influenciou positivamente Salomão, que herdou sabedoria, temor do Senhor e consciência do trono.
📚 Tremper Longman III, em How to Read the Psalms, afirma: “Davi não apenas orava, ele poetizava sua alma diante de Deus, e seus salmos se tornaram o melhor sermão que ele poderia pregar a seus filhos.”
✝️ APLICAÇÃO PESSOAL E PASTORAL
- Pais espirituais devem exercer autoridade com amor, não apenas com emoção.
- Falta de correção gera filhos inseguros ou rebeldes.
- Heranças espirituais são mais eficazes quando acompanhadas por exemplo vivo.
- Erros do passado não impedem o arrependimento e o legado espiritual (veja o exemplo de Davi nos Salmos penitenciais, como Sl 51).
- Filhos precisam de presença, limites e propósito.
- Mesmo com pais falhos, filhos têm responsabilidade diante de Deus pelas suas decisões.
📊 TABELA EXPOSITIVA – A Paternidade Disfuncional de Davi: Causas e Consequências
Episódio
Referência
Falha de Davi
Consequência direta
Palavra-chave / Significado
Lição espiritual/pastoral
Estupro de Tamar por Amnom
2 Sm 13.14,21
Não disciplinou
Trauma e indignação de Tamar e Absalão
ʿanah (forçar, humilhar)
Omissão diante do mal gera revolta
Vingança de Absalão
2 Sm 13.28-29
Não corrigiu Amnom
Assassinato entre irmãos
–
Injustiça perpetuada destrói famílias
Golpe de Estado de Absalão
2 Sm 15.2-6,10-14
Falha no vínculo afetivo e moral
Guerra civil e vergonha nacional
ganab (furtar o coração)
Falta de formação produz filhos astutos
Usurpação por Adonias
1 Rs 1.5-6
Permissividade e favoritismo
Tentativa de golpe e morte posterior
ʿatsab (corrigir, contrariar)
Amor sem limites gera arrogância
Legado espiritual de Davi
Sl 127; 1 Rs 15.5
Transmissão indireta de valores
Influência sobre Salomão e o povo
nachalah (herança)
O legado espiritual pode transcender erros
A. A paternidade disfuncional e seus desdobramentos trágicos
O termo “paternidade disfuncional” refere-se a uma atuação prejudicial ou ausente no cuidado, formação e correção dos filhos, gerando uma série de distorções emocionais, morais e espirituais.
Davi foi um rei exemplar para a nação, mas um pai ineficaz dentro de casa, cujas falhas não foram neutras — resultaram em tragédias familiares sequenciais, conforme veremos.
B. O ciclo da disfunção: eventos marcados por ausência, omissão e favoritismo
1. Incesto e abuso sexual: Amnom e Tamar (2 Sm 13.14)
“Mas ele não quis dar ouvidos à voz dela; antes, sendo mais forte do que ela, forçou-a, e se deitou com ela.”
O verbo hebraico ʿanah (עָנָה) traduzido como “forçou” ou “humilhou”, é frequentemente usado para estupro ou abuso (cf. Dt 22.24). A ausência de Davi após esse evento evidencia um silêncio cúmplice e devastador (2 Sm 13.21).
📚 Walter Brueggemann, sobre este episódio, afirma: “O silêncio de Davi é o colapso de sua autoridade moral e paterna. O trono permanece, mas a casa desaba.”
2. Vingança fratricida: Absalão mata Amnom (2 Sm 13.28-29)
“E os servos de Absalão fizeram a Amnom como Absalão tinha ordenado...”
A omissão de Davi em disciplinar Amnom gerou ressentimento em Absalão, que resolveu “fazer justiça com as próprias mãos”. A vingança revela um lar sem justiça, onde cada filho seguia sua própria lógica.
3. Rebelião e tentativa de golpe: Absalão contra Davi (2 Sm 15.2-6, 10-14)
Absalão conquista o povo com astúcia e charme, preparando um golpe de Estado contra o próprio pai. O verbo hebraico usado em 2 Sm 15.6 (“roubou o coração dos homens de Israel”) é ganab (גָּנַב) – “furtar, usurpar”. A ausência de paternidade produziu um filho ambicioso, ressentido e manipulador.
4. Adonias: outra tentativa de usurpação do trono (1 Rs 1.5-6)
“Nunca seu pai o havia contrariado, dizendo: ‘Por que fazes assim?’”
Este texto explicita a falha disciplinar de Davi com Adonias. A expressão “nunca o havia contrariado” traduz o hebraico ʿatsab (עָצַב), que carrega o sentido de causar desconforto ou corrigir. Davi evitava conflito com os filhos, permitindo que crescessem sem limites.
5. Condenação de Adonias por Salomão (1 Rs 2.23-24)
Mesmo após ter sido poupado inicialmente (1 Rs 1.52), Adonias volta a conspirar. Salomão, mais resoluto, ordena sua execução. Aqui vemos que os filhos, ainda que criados num ambiente disfuncional, são responsáveis por suas escolhas adultas.
📚 Warren Wiersbe comenta: “Embora Davi tenha falhado como pai, Salomão não poderia repetir os mesmos erros se quisesse manter o reino em ordem.”
C. A redenção parcial da paternidade de Davi
Apesar de seus erros, Davi:
- Amava sinceramente seus filhos (2 Sm 18.33);
- Deixou um legado espiritual rico, como o livro de Salmos (Sl 78.5-7);
- Foi lembrado como o maior rei de Israel, modelo de devoção a Deus (1 Rs 15.5);
- Influenciou positivamente Salomão, que herdou sabedoria, temor do Senhor e consciência do trono.
📚 Tremper Longman III, em How to Read the Psalms, afirma: “Davi não apenas orava, ele poetizava sua alma diante de Deus, e seus salmos se tornaram o melhor sermão que ele poderia pregar a seus filhos.”
✝️ APLICAÇÃO PESSOAL E PASTORAL
- Pais espirituais devem exercer autoridade com amor, não apenas com emoção.
- Falta de correção gera filhos inseguros ou rebeldes.
- Heranças espirituais são mais eficazes quando acompanhadas por exemplo vivo.
- Erros do passado não impedem o arrependimento e o legado espiritual (veja o exemplo de Davi nos Salmos penitenciais, como Sl 51).
- Filhos precisam de presença, limites e propósito.
- Mesmo com pais falhos, filhos têm responsabilidade diante de Deus pelas suas decisões.
📊 TABELA EXPOSITIVA – A Paternidade Disfuncional de Davi: Causas e Consequências
Episódio | Referência | Falha de Davi | Consequência direta | Palavra-chave / Significado | Lição espiritual/pastoral |
Estupro de Tamar por Amnom | 2 Sm 13.14,21 | Não disciplinou | Trauma e indignação de Tamar e Absalão | ʿanah (forçar, humilhar) | Omissão diante do mal gera revolta |
Vingança de Absalão | 2 Sm 13.28-29 | Não corrigiu Amnom | Assassinato entre irmãos | – | Injustiça perpetuada destrói famílias |
Golpe de Estado de Absalão | 2 Sm 15.2-6,10-14 | Falha no vínculo afetivo e moral | Guerra civil e vergonha nacional | ganab (furtar o coração) | Falta de formação produz filhos astutos |
Usurpação por Adonias | 1 Rs 1.5-6 | Permissividade e favoritismo | Tentativa de golpe e morte posterior | ʿatsab (corrigir, contrariar) | Amor sem limites gera arrogância |
Legado espiritual de Davi | Sl 127; 1 Rs 15.5 | Transmissão indireta de valores | Influência sobre Salomão e o povo | nachalah (herança) | O legado espiritual pode transcender erros |
SUBSÍDIO 3
Professor (a) filhos são uma herança de Deus aos pais (Sl 127.3). Sendo assim, é um fator que eleva a responsabilidade paterna a um patamar espiritual de compromisso com o Senhor (1 Tm 5.8) A forma como os filhos são amados, conduzidos, cuidados, educados e protegidos é também, uma ação de resposta ao legado deixado por Deus aos pais (Dt 4.9). Atualmente, a geração de filhos é vista por muitos como algo meramente biológico, diante disso se multiplicam as consequências dessa visão simplista: pautas pró-aborto; paternidade terceirizada; transtornos depressivos e de ansiedade; judicialização de responsabilidades; ideologização das relações com as novas gerações; e muito mais (Cl 2.8). Diante dessa realidade precisamos, enquanto jovens, orar por nossas famílias em gratidão pela nossa condução até aqui, mas também em intercessão para que Deus fortaleça nossos pais ao longo da caminhada que ainda segue. Também devemos orar para que, ao formarmos nossas próprias famílias, a presença divina possa ser uma constante, tanto no casamento como na criação dos filhos que virão (At 16.31; 1 Jo 3.22). A Bíblia afirma que os filhos são como flechas na mão do valente, que é uma excelente metáfora escrita pelo filho de Davi. Salomão (Sl 127.4). Nessa comparação, há uma indicação de legado e contribuição para o tempo futuro Filhos educados com excelência são a alegria dos pais e a garantia de dias melhores para toda uma sociedade (Pv 17.6; Ef 6.1-4). Assim como o valente prepara suas flechas e as cuida com dedicação, os pais também precisam conduzir e educar bem os seus filhos (Pv 22.6). Desde o preparo espiritual, a formação de valores e o cultivo das virtudes, o ensino de saberes e competências para a vida, até a imposição de limites e o cultivo da empatia e resiliência, os pais precisam despertar os seus filhos a um compromisso com o Senhor e com as futuras gerações.
CONCLUSÃO
Aprendemos muito com Davi, marido e pai. Embora muitos foram os equívocos em sua postura, vemos também virtudes importantes Sofreu com casamentos fora da vontade divina e filhos inconsequentes o que lhe custou lágrimas e lamentos. No entanto sempre teve uma postura amorosa para com seus filhos e sincera com suas esposas Além disso independente das falhas teve um coração contrito e sedento por Deus um bom exemplo a todos nós.
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
📖 DAVI COMO MARIDO E PAI: UM EXEMPLO REAL DE LUZES E SOMBRAS
I. UMA VIDA MARCADA POR DUALIDADES
Davi é uma das figuras mais humanas e complexas das Escrituras: homem segundo o coração de Deus (1 Sm 13.14; At 13.22), mas também protagonista de erros profundos na esfera familiar. Aprendemos com ele o valor do arrependimento, a necessidade de vigilância na vida doméstica e o impacto das escolhas conjugais e paternas.
II. ANÁLISE BÍBLICO-TEOLÓGICA
A. Casamentos fora da vontade de Deus
Davi teve várias esposas (1 Cr 3.1-9), contrariando o modelo monogâmico ideal (Gn 2.24) e a advertência mosaica para os reis (Dt 17.17). Suas alianças matrimoniais, muitas vezes por interesse político ou carnal, contribuíram para divisões e conflitos dentro do lar.
A palavra hebraica para “mulheres” em 2 Sm 5.13 é nashîm (נָשִׁים), que enfatiza a pluralidade e não apenas a quantidade, mas a natureza instável da poligamia — não havia unidade emocional nem espiritual.
📚 Bruce K. Waltke, em seu comentário de Provérbios, afirma: “A poligamia, mesmo entre os reis, era tolerada, mas sempre gerava desordem emocional e rivalidade familiar.”
B. Amor sincero, mas ausência emocional e disciplinar
Davi demonstrava amor visceral e sincero por seus filhos (2 Sm 18.33), mas era passivo como disciplinador e presente como formador moral. Amava, mas não corrigia. Sofria, mas não prevenia.
O verbo hebraico ’ahav (אָהַב), “amar”, aparece em textos como 1 Rs 1.6 para mostrar o sentimento de Davi por Adonias. Contudo, o mesmo texto destaca que ele nunca o havia contrariado — uma paternidade permissiva.
📚 Tremper Longman III, sobre a criação de Adonias, comenta: “Davi era dominado por sua emoção, mas falhava em assumir a responsabilidade de ser pai em toda sua extensão.”
C. Coração contrito e sedento por Deus
Apesar dos pecados, Davi se destacava por sua sinceridade e quebrantamento diante do Senhor. O Salmo 51 é o maior reflexo do seu coração contrito, após o pecado com Bate-Seba.
O termo hebraico nishbar (נִשְׁבָּר), traduzido como “quebrantado”, e daká (דַּכָּא), “contrito” (Sl 51.17), indicam uma quebra interna total que só pode ser restaurada por Deus.
📚 Derek Kidner afirma: “A grandeza de Davi não estava na ausência de pecado, mas na profundidade de seu arrependimento.”
D. Salmo 78.70-72: Deus aprovou o coração de Davi
Mesmo com erros pessoais, Deus usou Davi para pastorear Seu povo com coração íntegro (hebr. tamim) e mãos habilidosas (tavûn). Isso aponta que Deus não exige perfeição, mas humildade e dependência constante dEle.
III. APLICAÇÃO PASTORAL E PESSOAL
- Casamentos fora da direção de Deus trazem consequências duradouras, mesmo para os chamados por Ele.
- Amor sincero não substitui disciplina e presença emocional.
- A paternidade exige mais que provisão: exige formação.
- Erros não precisam definir nosso futuro: arrependimento e restauração são possíveis em Deus.
- Davi é exemplo de que podemos aprender tanto com os acertos quanto com os fracassos.
📊 TABELA EXPOSITIVA – DAVI COMO MARIDO E PAI: VIRTUDES E FRAGILIDADES
Aspecto
Referência Bíblica
Palavra-Chave (hebraico/greek)
Fragilidade
Virtude
Lição Pastoral
Poligamia
2 Sm 5.13; 1 Cr 3.1-9
nashîm – esposas
Casamentos fora da vontade de Deus
Nenhuma nesse aspecto
Casamento deve seguir o modelo bíblico
Amor pelos filhos
2 Sm 18.33; 1 Rs 1.6
’ahav – amar
Falta de correção e limites
Amor sincero e afetivo
Amor sem disciplina causa ruína
Arrependimento
Sl 51.17
nishbar, daká – contrito
Erros graves (adultério, homicídio)
Coração quebrantado diante de Deus
Arrependimento sincero gera restauração
Exemplo espiritual
Sl 23; Sl 78.70-72
tamim, tavûn – íntegro
Incoerência entre casa e trono
Deixou legado espiritual e salmos inspirados
Deus usa até os que falham, se forem fiéis
Influência futura
1 Rs 15.5; At 13.22
kardia (gr.) – coração
Histórico familiar turbulento
Reconhecido por seu amor a Deus
A fidelidade a Deus pode prevalecer
Conclusão
Davi é uma figura profundamente humana. Seu exemplo como pai e marido nos ensina que:
- A obediência à vontade de Deus nos relacionamentos é essencial;
- A paternidade exige envolvimento afetivo e formação moral;
- Nenhum fracasso é definitivo quando há arrependimento genuíno;
- O que Deus valoriza, acima de tudo, é um coração sincero e quebrantado.
“Os sacrifícios para Deus são o espírito quebrantado; a um coração quebrantado e contrito, não desprezarás, ó Deus.” (Sl 51.17)
📖 DAVI COMO MARIDO E PAI: UM EXEMPLO REAL DE LUZES E SOMBRAS
I. UMA VIDA MARCADA POR DUALIDADES
Davi é uma das figuras mais humanas e complexas das Escrituras: homem segundo o coração de Deus (1 Sm 13.14; At 13.22), mas também protagonista de erros profundos na esfera familiar. Aprendemos com ele o valor do arrependimento, a necessidade de vigilância na vida doméstica e o impacto das escolhas conjugais e paternas.
II. ANÁLISE BÍBLICO-TEOLÓGICA
A. Casamentos fora da vontade de Deus
Davi teve várias esposas (1 Cr 3.1-9), contrariando o modelo monogâmico ideal (Gn 2.24) e a advertência mosaica para os reis (Dt 17.17). Suas alianças matrimoniais, muitas vezes por interesse político ou carnal, contribuíram para divisões e conflitos dentro do lar.
A palavra hebraica para “mulheres” em 2 Sm 5.13 é nashîm (נָשִׁים), que enfatiza a pluralidade e não apenas a quantidade, mas a natureza instável da poligamia — não havia unidade emocional nem espiritual.
📚 Bruce K. Waltke, em seu comentário de Provérbios, afirma: “A poligamia, mesmo entre os reis, era tolerada, mas sempre gerava desordem emocional e rivalidade familiar.”
B. Amor sincero, mas ausência emocional e disciplinar
Davi demonstrava amor visceral e sincero por seus filhos (2 Sm 18.33), mas era passivo como disciplinador e presente como formador moral. Amava, mas não corrigia. Sofria, mas não prevenia.
O verbo hebraico ’ahav (אָהַב), “amar”, aparece em textos como 1 Rs 1.6 para mostrar o sentimento de Davi por Adonias. Contudo, o mesmo texto destaca que ele nunca o havia contrariado — uma paternidade permissiva.
📚 Tremper Longman III, sobre a criação de Adonias, comenta: “Davi era dominado por sua emoção, mas falhava em assumir a responsabilidade de ser pai em toda sua extensão.”
C. Coração contrito e sedento por Deus
Apesar dos pecados, Davi se destacava por sua sinceridade e quebrantamento diante do Senhor. O Salmo 51 é o maior reflexo do seu coração contrito, após o pecado com Bate-Seba.
O termo hebraico nishbar (נִשְׁבָּר), traduzido como “quebrantado”, e daká (דַּכָּא), “contrito” (Sl 51.17), indicam uma quebra interna total que só pode ser restaurada por Deus.
📚 Derek Kidner afirma: “A grandeza de Davi não estava na ausência de pecado, mas na profundidade de seu arrependimento.”
D. Salmo 78.70-72: Deus aprovou o coração de Davi
Mesmo com erros pessoais, Deus usou Davi para pastorear Seu povo com coração íntegro (hebr. tamim) e mãos habilidosas (tavûn). Isso aponta que Deus não exige perfeição, mas humildade e dependência constante dEle.
III. APLICAÇÃO PASTORAL E PESSOAL
- Casamentos fora da direção de Deus trazem consequências duradouras, mesmo para os chamados por Ele.
- Amor sincero não substitui disciplina e presença emocional.
- A paternidade exige mais que provisão: exige formação.
- Erros não precisam definir nosso futuro: arrependimento e restauração são possíveis em Deus.
- Davi é exemplo de que podemos aprender tanto com os acertos quanto com os fracassos.
📊 TABELA EXPOSITIVA – DAVI COMO MARIDO E PAI: VIRTUDES E FRAGILIDADES
Aspecto | Referência Bíblica | Palavra-Chave (hebraico/greek) | Fragilidade | Virtude | Lição Pastoral |
Poligamia | 2 Sm 5.13; 1 Cr 3.1-9 | nashîm – esposas | Casamentos fora da vontade de Deus | Nenhuma nesse aspecto | Casamento deve seguir o modelo bíblico |
Amor pelos filhos | 2 Sm 18.33; 1 Rs 1.6 | ’ahav – amar | Falta de correção e limites | Amor sincero e afetivo | Amor sem disciplina causa ruína |
Arrependimento | Sl 51.17 | nishbar, daká – contrito | Erros graves (adultério, homicídio) | Coração quebrantado diante de Deus | Arrependimento sincero gera restauração |
Exemplo espiritual | Sl 23; Sl 78.70-72 | tamim, tavûn – íntegro | Incoerência entre casa e trono | Deixou legado espiritual e salmos inspirados | Deus usa até os que falham, se forem fiéis |
Influência futura | 1 Rs 15.5; At 13.22 | kardia (gr.) – coração | Histórico familiar turbulento | Reconhecido por seu amor a Deus | A fidelidade a Deus pode prevalecer |
Conclusão
Davi é uma figura profundamente humana. Seu exemplo como pai e marido nos ensina que:
- A obediência à vontade de Deus nos relacionamentos é essencial;
- A paternidade exige envolvimento afetivo e formação moral;
- Nenhum fracasso é definitivo quando há arrependimento genuíno;
- O que Deus valoriza, acima de tudo, é um coração sincero e quebrantado.
“Os sacrifícios para Deus são o espírito quebrantado; a um coração quebrantado e contrito, não desprezarás, ó Deus.” (Sl 51.17)
HORA DA REVISÃO
1- Como podemos descrever a postura de Davi para com a sua família?
Era marido de muitas esposas para filhos que diante do seu exemplo, tiveram posturas reprováveis que contribuíram para que sua família fosse marcada por tragédias e traições.
2- Qual a promessa feita por Deus a Davi?
A promessa de que o seu reino não teria fim, o que se tomou um notável falo diante da linhagem messiânica da família de Davi.
3- Que explicações podemos mencionar para os muitos casamentos paralelos de Davi?
Primeiro, era comum os monarcas nos tempos antigos terem muitas esposas segundo para estabelecer alianças políticas e econômicas e a ampliação da infância da família real
4- Aponte os acertos de Davi enquanto pai.
Mesmo ausente amava muito a seus filhos e sofria diante dos infortúnios e tragédias que se abatiam sobre eles deixou um grande exemplo a ser seguido enquanto servo de Deus
5- Comente o uso da palavra “flechas” para explicar as atribuições da paternidade.
Assim como o valente prepara suas flechas e as cuida com dedicação, os pais também precisam conduzir e educar bem os seus filhos Desde o preparo espiritual a formação de valores e o cultivo das virtudes, o ensino de saberes e competências para a vida, até a imposição de limites e o cultivo da empatia e resiliência, os pais precisam despertar os seus filhos a um compromisso com o Senhor e com as futuras gerações.
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