TEXTO ÁUREO “E a vida eterna é esta: que conheçam a ti só por único Deus verdadeiro e a Jesus Cristo, a quem enviaste.” ( Jo 17.3 ) COMENT...
TEXTO ÁUREO
“E a vida eterna é esta: que conheçam a ti só por único Deus verdadeiro e a Jesus Cristo, a quem enviaste.” (Jo 17.3)
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
🔍 1. Contexto do versículo
Este versículo faz parte da oração sacerdotal de Jesus, registrada em João 17. É um dos momentos mais sublimes das Escrituras, onde Cristo, prestes a ser entregue, ora ao Pai em favor dos discípulos e de todos os crentes futuros. Jesus revela aqui o coração da salvação: conhecer a Deus por meio do Filho.
📜 2. Análise das Palavras Gregas-Chave
- “Vida eterna” – ζωὴ αἰώνιος (zōē aiōnios)
- Zōē (vida): refere-se à vida no sentido mais pleno e espiritual, diferente de bios (vida biológica).
- Aiōnios (eterna): relacionada à eternidade de Deus, qualidade da vida divina, e não apenas duração sem fim.
- Implicação: A vida eterna não é apenas “viver para sempre”, mas participar da própria vida de Deus.
- “Conheçam” – γινώσκωσιν (ginōskōsin)
- Tempo presente do subjuntivo do verbo ginōskō, que no grego implica um conhecimento relacional, experiencial e progressivo, e não meramente intelectual.
- Conhecer a Deus é entrar em comunhão com Ele, por meio da revelação de Jesus.
- “Único Deus verdadeiro” – τὸν μόνον ἀληθινὸν θεόν (ton monon alēthinon theon)
- Monon (único): exclusividade — só há um Deus legítimo.
- Alēthinon (verdadeiro): genuíno, real, em contraste com os deuses falsos.
- Aplicação teológica: A ênfase é no monoteísmo revelado plenamente em Cristo (cf. 1Co 8.6).
- “A quem enviaste” – ὃν ἀπέστειλας (hon apesteilas)
- Verbo apostellō (enviar com missão): expressa o papel de Jesus como o Enviado do Pai, com autoridade e propósito redentivo (cf. Jo 20.21).
- A missão de Jesus é central para o conhecimento de Deus.
📚 Referências Acadêmicas Cristãs
- D. A. Carson (Comentário de João, PNTC):
“A vida eterna consiste na relação pessoal com Deus e Jesus Cristo. Não é um mero assentimento à verdade, mas uma experiência de comunhão contínua com o Deus triúno.”
- Leon Morris (O Evangelho Segundo João):
“A vida eterna, para João, não é principalmente uma realidade futura, mas uma qualidade de vida presente, enraizada na revelação de Deus em Jesus.”
- Wayne Grudem (Teologia Sistemática):
“A vida eterna é tanto uma dádiva futura quanto uma realidade presente. Ela é definida por João como conhecimento pessoal e relacional de Deus.”
💡 Aplicação Pessoal
- Vida eterna começa agora
– Quando conhecemos a Deus em Cristo, já participamos da vida eterna. Não é apenas um destino, mas uma relação que molda nossa existência hoje. - Conhecimento relacional e crescente
– O crente deve buscar conhecer mais profundamente a Deus, através da Palavra, da oração e da comunhão com Cristo. - Evangelismo centrado em Cristo
– A missão da Igreja é proclamar este Deus único e verdadeiro, e o Cristo que Ele enviou. Não pregamos religião, mas relacionamento com Deus por meio de Jesus. - Combate ao pluralismo religioso
– Em um mundo que relativiza tudo, este versículo é uma afirmação firme do monoteísmo cristão e da centralidade de Jesus.
📊 Tabela Expositiva – João 17.3
Elemento Chave
Grego Original
Significado Teológico
Vida eterna
ζωὴ αἰώνιος (zōē aiōnios)
Participação na vida divina, iniciada agora e consumada na eternidade.
Conhecer
γινώσκωσιν (ginōskōsin)
Relacionar-se profundamente, mais que saber fatos.
Único Deus verdadeiro
τὸν μόνον ἀληθινὸν θεόν
Afirmação da exclusividade e autenticidade de Deus em contraste aos ídolos.
Jesus Cristo, o Enviado
Ἰησοῦν Χριστόν… ὃν ἀπέστειλας
Cristo é o meio pelo qual Deus se revela e dá acesso à vida eterna.
Teologia aplicada
–
Deus se dá a conhecer pessoalmente em Jesus. O evangelho é relacional.
🔍 1. Contexto do versículo
Este versículo faz parte da oração sacerdotal de Jesus, registrada em João 17. É um dos momentos mais sublimes das Escrituras, onde Cristo, prestes a ser entregue, ora ao Pai em favor dos discípulos e de todos os crentes futuros. Jesus revela aqui o coração da salvação: conhecer a Deus por meio do Filho.
📜 2. Análise das Palavras Gregas-Chave
- “Vida eterna” – ζωὴ αἰώνιος (zōē aiōnios)
- Zōē (vida): refere-se à vida no sentido mais pleno e espiritual, diferente de bios (vida biológica).
- Aiōnios (eterna): relacionada à eternidade de Deus, qualidade da vida divina, e não apenas duração sem fim.
- Implicação: A vida eterna não é apenas “viver para sempre”, mas participar da própria vida de Deus.
- “Conheçam” – γινώσκωσιν (ginōskōsin)
- Tempo presente do subjuntivo do verbo ginōskō, que no grego implica um conhecimento relacional, experiencial e progressivo, e não meramente intelectual.
- Conhecer a Deus é entrar em comunhão com Ele, por meio da revelação de Jesus.
- “Único Deus verdadeiro” – τὸν μόνον ἀληθινὸν θεόν (ton monon alēthinon theon)
- Monon (único): exclusividade — só há um Deus legítimo.
- Alēthinon (verdadeiro): genuíno, real, em contraste com os deuses falsos.
- Aplicação teológica: A ênfase é no monoteísmo revelado plenamente em Cristo (cf. 1Co 8.6).
- “A quem enviaste” – ὃν ἀπέστειλας (hon apesteilas)
- Verbo apostellō (enviar com missão): expressa o papel de Jesus como o Enviado do Pai, com autoridade e propósito redentivo (cf. Jo 20.21).
- A missão de Jesus é central para o conhecimento de Deus.
📚 Referências Acadêmicas Cristãs
- D. A. Carson (Comentário de João, PNTC):
“A vida eterna consiste na relação pessoal com Deus e Jesus Cristo. Não é um mero assentimento à verdade, mas uma experiência de comunhão contínua com o Deus triúno.” - Leon Morris (O Evangelho Segundo João):
“A vida eterna, para João, não é principalmente uma realidade futura, mas uma qualidade de vida presente, enraizada na revelação de Deus em Jesus.” - Wayne Grudem (Teologia Sistemática):
“A vida eterna é tanto uma dádiva futura quanto uma realidade presente. Ela é definida por João como conhecimento pessoal e relacional de Deus.”
💡 Aplicação Pessoal
- Vida eterna começa agora
– Quando conhecemos a Deus em Cristo, já participamos da vida eterna. Não é apenas um destino, mas uma relação que molda nossa existência hoje. - Conhecimento relacional e crescente
– O crente deve buscar conhecer mais profundamente a Deus, através da Palavra, da oração e da comunhão com Cristo. - Evangelismo centrado em Cristo
– A missão da Igreja é proclamar este Deus único e verdadeiro, e o Cristo que Ele enviou. Não pregamos religião, mas relacionamento com Deus por meio de Jesus. - Combate ao pluralismo religioso
– Em um mundo que relativiza tudo, este versículo é uma afirmação firme do monoteísmo cristão e da centralidade de Jesus.
📊 Tabela Expositiva – João 17.3
Elemento Chave | Grego Original | Significado Teológico |
Vida eterna | ζωὴ αἰώνιος (zōē aiōnios) | Participação na vida divina, iniciada agora e consumada na eternidade. |
Conhecer | γινώσκωσιν (ginōskōsin) | Relacionar-se profundamente, mais que saber fatos. |
Único Deus verdadeiro | τὸν μόνον ἀληθινὸν θεόν | Afirmação da exclusividade e autenticidade de Deus em contraste aos ídolos. |
Jesus Cristo, o Enviado | Ἰησοῦν Χριστόν… ὃν ἀπέστειλας | Cristo é o meio pelo qual Deus se revela e dá acesso à vida eterna. |
Teologia aplicada | – | Deus se dá a conhecer pessoalmente em Jesus. O evangelho é relacional. |
VERDADE PRÁTICA
A oração que Jesus fez ao Pai em favor de si próprio, dos seus discípulos e da sua Igreja ressoa ainda nos dias atuais.
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
A oração sacerdotal de Jesus em João 17 é um dos textos mais profundos do Novo Testamento. Nela, Jesus ora por si mesmo (vv.1-5), pelos discípulos (vv.6-19) e por todos os que crerão (vv.20-26). Essa oração não é apenas um registro histórico; ela possui uma dimensão perene:
👉 Ressoa ainda nos dias atuais porque Jesus permanece como o nosso Sumo Sacerdote eterno:
- "Portanto, pode também salvar perfeitamente os que por ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles." (Hb 7.25).
👉 A palavra grega para "interceder" é ἐντυγχάνειν (entygchanein), que significa "interceder, fazer petições em favor de alguém".
👉 Isso mostra que a oração sacerdotal de Jesus não foi encerrada — é um ministério contínuo nos céus.
ANÁLISE DE PALAVRAS GREGAS RELEVANTES
Palavra Grega
Tradução
Significado
Aplicação no texto
δοξάζω (doxazō)
Glorificar
Revelar a glória e caráter de Deus
Jesus pede que sua obra glorifique o Pai (Jo 17.1)
ἀλήθεια (alētheia)
Verdade
Realidade revelada por Deus
Jesus ora para que seus discípulos sejam santificados na verdade (Jo 17.17)
ἁγιάζω (hagiazō)
Santificar
Separar para Deus, tornar santo
Jesus pede a santificação dos crentes (Jo 17.17,19)
ἐντυγχάνειν (entygchanein)
Interceder
Clamar em favor de outros
Ministério atual de intercessão de Cristo (Hb 7.25)
REFERÊNCIAS ACADÊMICAS CRISTÃS
- D. A. Carson — The Gospel According to John (Pillar NT Commentary): A oração sacerdotal é um modelo teológico e pastoral para a Igreja.
- Leon Morris — The Gospel According to John (NICNT): Jesus ora não apenas pelos seus, mas por todos os que creriam — revelando o caráter universal e contínuo da intercessão.
- Wayne Grudem — Teologia Sistemática, cap. sobre o ministério de Cristo exaltado: a oração de João 17 é um prenúncio da contínua intercessão de Cristo no céu.
- Gerhard Kittel (TDNT) — no verbete sobre ἐντυγχάνειν, destaca que a intercessão é ativa, presente e eficaz.
APLICAÇÃO PESSOAL
- Quando você ora, lembre-se de que Cristo está intercedendo por você agora (Hb 7.25).
- A oração de Jesus por unidade, santidade e missão (Jo 17.21-23) é uma agenda permanente para a Igreja.
- Como resposta à oração de Cristo, devemos viver em santidade, unidade e missão no mundo.
TABELA EXPOSITIVA
Aspecto da Oração Sacerdotal
Texto
Propósito
Continuidade
Por Si Mesmo
Jo 17.1-5
Glorificar o Pai por meio da cruz e da exaltação
Cristo glorificado, intercedendo continuamente
Pelos Discípulos
Jo 17.6-19
Proteção, santificação e missão dos discípulos
A Igreja é chamada a viver em santidade e verdade
Pela Igreja Futura
Jo 17.20-26
Unidade e testemunho ao mundo
Cristo intercede ainda hoje por toda a Igreja
Ministério Atual
Hb 7.25
Salvação plena e contínua dos que se aproximam de Deus
Cristo vive para interceder continuamente
CONCLUSÃO
👉 A oração de Jesus em João 17 não foi um evento isolado.
👉 Ela revela o coração do Pai e o compromisso eterno de Cristo com seu povo.
👉 Hoje, quando enfrentamos desafios espirituais, podemos nos lembrar:
Cristo está intercedendo por nós no céu!
👉 Essa verdade deve nos levar a uma vida de:
- Confiança (pois Ele ora por nós),
- Unidade (como resposta ao seu clamor),
- Santidade (como fruto de sua santificação contínua em nós).
A oração sacerdotal de Jesus em João 17 é um dos textos mais profundos do Novo Testamento. Nela, Jesus ora por si mesmo (vv.1-5), pelos discípulos (vv.6-19) e por todos os que crerão (vv.20-26). Essa oração não é apenas um registro histórico; ela possui uma dimensão perene:
👉 Ressoa ainda nos dias atuais porque Jesus permanece como o nosso Sumo Sacerdote eterno:
- "Portanto, pode também salvar perfeitamente os que por ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles." (Hb 7.25).
👉 A palavra grega para "interceder" é ἐντυγχάνειν (entygchanein), que significa "interceder, fazer petições em favor de alguém".
👉 Isso mostra que a oração sacerdotal de Jesus não foi encerrada — é um ministério contínuo nos céus.
ANÁLISE DE PALAVRAS GREGAS RELEVANTES
Palavra Grega | Tradução | Significado | Aplicação no texto |
δοξάζω (doxazō) | Glorificar | Revelar a glória e caráter de Deus | Jesus pede que sua obra glorifique o Pai (Jo 17.1) |
ἀλήθεια (alētheia) | Verdade | Realidade revelada por Deus | Jesus ora para que seus discípulos sejam santificados na verdade (Jo 17.17) |
ἁγιάζω (hagiazō) | Santificar | Separar para Deus, tornar santo | Jesus pede a santificação dos crentes (Jo 17.17,19) |
ἐντυγχάνειν (entygchanein) | Interceder | Clamar em favor de outros | Ministério atual de intercessão de Cristo (Hb 7.25) |
REFERÊNCIAS ACADÊMICAS CRISTÃS
- D. A. Carson — The Gospel According to John (Pillar NT Commentary): A oração sacerdotal é um modelo teológico e pastoral para a Igreja.
- Leon Morris — The Gospel According to John (NICNT): Jesus ora não apenas pelos seus, mas por todos os que creriam — revelando o caráter universal e contínuo da intercessão.
- Wayne Grudem — Teologia Sistemática, cap. sobre o ministério de Cristo exaltado: a oração de João 17 é um prenúncio da contínua intercessão de Cristo no céu.
- Gerhard Kittel (TDNT) — no verbete sobre ἐντυγχάνειν, destaca que a intercessão é ativa, presente e eficaz.
APLICAÇÃO PESSOAL
- Quando você ora, lembre-se de que Cristo está intercedendo por você agora (Hb 7.25).
- A oração de Jesus por unidade, santidade e missão (Jo 17.21-23) é uma agenda permanente para a Igreja.
- Como resposta à oração de Cristo, devemos viver em santidade, unidade e missão no mundo.
TABELA EXPOSITIVA
Aspecto da Oração Sacerdotal | Texto | Propósito | Continuidade |
Por Si Mesmo | Jo 17.1-5 | Glorificar o Pai por meio da cruz e da exaltação | Cristo glorificado, intercedendo continuamente |
Pelos Discípulos | Jo 17.6-19 | Proteção, santificação e missão dos discípulos | A Igreja é chamada a viver em santidade e verdade |
Pela Igreja Futura | Jo 17.20-26 | Unidade e testemunho ao mundo | Cristo intercede ainda hoje por toda a Igreja |
Ministério Atual | Hb 7.25 | Salvação plena e contínua dos que se aproximam de Deus | Cristo vive para interceder continuamente |
CONCLUSÃO
👉 A oração de Jesus em João 17 não foi um evento isolado.
👉 Ela revela o coração do Pai e o compromisso eterno de Cristo com seu povo.
👉 Hoje, quando enfrentamos desafios espirituais, podemos nos lembrar:
Cristo está intercedendo por nós no céu!
👉 Essa verdade deve nos levar a uma vida de:
- Confiança (pois Ele ora por nós),
- Unidade (como resposta ao seu clamor),
- Santidade (como fruto de sua santificação contínua em nós).
LEITURA DIÁRIA
Segunda – Jo 17.1-5 Uma oração que revelou o coração do Pai
Terça – Hb 4.14-16 O sumo-sacerdócio de Jesus diante do Pai
Quarta – 1 Pe 2.5,9 O ministério sacerdotal dos salvos em Cristo
Quinta – Ef 5.1,2 Imitando a Deus à luz do ministério do Senhor Jesus
Sexta – Sl 133.1-3 A vida em unidade na Igreja de Deus
Sábado – Jo 17.13-19 Jesus intercede pela santidade dos discípulos
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
LEITURA DIÁRIA
Tema: O Sacerdócio de Cristo e a Vida da Igreja
📅 SEGUNDA | João 17.1-5
Uma oração que revelou o coração do Pai
📌 Comentário:
Esta oração de Jesus é conhecida como Oração Sacerdotal. Ao dizer: “Pai, é chegada a hora; glorifica a teu Filho” (v.1), Jesus revela o plano redentor do Pai. A palavra δοξάζω (doxazō) – glorificar, significa revelar o caráter e majestade de Deus. Aqui, a cruz, que aos olhos humanos era humilhação, será meio de glorificação.
📌 Aplicação:
Você vive com a consciência de que o sofrimento em Cristo glorifica a Deus? Sua vida está revelando o caráter de Deus?
📅 TERÇA | Hebreus 4.14-16
O sumo-sacerdócio de Jesus diante do Pai
📌 Comentário:
Jesus é descrito como ἀρχιερεύς μέγας (archiereus megas) – Sumo Sacerdote Supremo. Ele passou pelos céus e se compadece (**συμπαθῆσαι – sympathēsai **) das nossas fraquezas. Este termo significa “sofrer com”, mostrando o lado humano e empático de Jesus. Por isso temos ousadia (**παρρησία – parrēsia **) para nos aproximar do trono da graça.
📌 Aplicação:
Você tem usufruído da ousadia em oração, sabendo que Cristo intercede por você?
📅 QUARTA | 1 Pedro 2.5,9
O ministério sacerdotal dos salvos em Cristo
📌 Comentário:
Pedro ensina que os salvos são sacerdócio santo (**ἱεράτευμα ἅγιον – hierateuma hagion **) e real (**βασίλειον ἱεράτευμα – basileion hierateuma **), com o propósito de oferecer sacrifícios espirituais aceitáveis a Deus. Isso evidencia a dignidade espiritual dos crentes e seu papel ativo no culto e na intercessão.
📌 Aplicação:
Você tem atuado como sacerdote em sua família, igreja e comunidade? Tem oferecido “sacrifícios espirituais” (louvor, serviço, generosidade)?
📅 QUINTA | Efésios 5.1-2
Imitando a Deus à luz do ministério do Senhor Jesus
📌 Comentário:
Paulo exorta: “Sede, pois, imitadores de Deus”. A palavra grega μιμηταί (mimētai) – imitadores, indica um discípulo que segue de perto o modelo de seu mestre. O padrão é o amor sacrificial de Cristo (**καθὼς καὶ ὁ Χριστὸς ἠγάπησεν ἡμᾶς – kathōs kai ho Christos ēgapēsen hēmas **) e se entregou como sacrifício de aroma suave.
📌 Aplicação:
Você tem buscado imitar o amor sacrificial de Cristo em seus relacionamentos?
📅 SEXTA | Salmo 133.1-3
A vida em unidade na Igreja de Deus
📌 Comentário:
O Salmo celebra a bênção da unidade. O termo hebraico יָחַד (yachad) – “juntos”, sugere união harmônica e intencional. A unção sobre Arão (v.2) simboliza que a unidade é obra do Espírito Santo. O orvalho do Hermom (v.3) aponta para a renovação e fertilidade espiritual que fluem da unidade.
📌 Aplicação:
Você promove a unidade na sua igreja? Tem sido um agente de reconciliação?
📅 SÁBADO | João 17.13-19
Jesus intercede pela santidade dos discípulos
📌 Comentário:
Jesus ora: “Santifica-os na verdade” (v.17). A palavra ἁγίασον (hagiason) significa “separar para um propósito santo”. A santificação não é apenas moralidade, mas consagração ativa. A verdade (**ἀλήθεια – alētheia **) não é apenas proposicional, mas encarnada em Cristo (Jo 14.6).
📌 Aplicação:
Você tem buscado santificação contínua? Sua vida reflete um propósito separado para Deus?
📊 TABELA EXPOSITIVA: SACERDÓCIO DE CRISTO E VIDA DA IGREJA
Dia
Texto Bíblico
Palavra-Chave (Orig.)
Princípio Teológico
Aplicação Pessoal
Segunda
Jo 17.1-5
δοξάζω (doxazō) – glorificar
Sofrimento redentor glorifica a Deus
Viva para glorificar Deus em todas as situações
Terça
Hb 4.14-16
συμπαθῆσαι (sympathēsai) – compadecer-se
Cristo intercede com empatia e poder
Ousadia no trono da graça
Quarta
1 Pe 2.5,9
ἱεράτευμα (hierateuma) – sacerdócio
Os crentes têm um ministério sacerdotal
Ofereça sacrifícios espirituais continuamente
Quinta
Ef 5.1-2
μιμηταί (mimētai) – imitadores
Imitação do amor sacrificial de Cristo
Pratique um amor que se doa
Sexta
Sl 133.1-3
יָחַד (yachad) – juntos em unidade
A unidade espiritual é obra do Espírito
Promova e preserve a unidade na igreja
Sábado
Jo 17.13-19
ἁγίασον (hagiason) – santificar
A santificação é pela verdade revelada em Cristo
Busque uma vida consagrada continuamente
📚 REFERÊNCIAS ACADÊMICAS CRISTÃS
- D. A. Carson. Oração Sacerdotal de Jesus (Shedd Publicações).
- Leon Morris. The Gospel according to John (NICNT).
- F. F. Bruce. The Epistle to the Hebrews (NICNT).
- John Stott. A Message of Ephesians (The Bible Speaks Today).
- Wayne Grudem. Teologia Sistemática – Cap. Sacerdócio dos Crentes.
- W. E. Vine. Dicionário Expositivo do Novo Testamento.
- Strong’s Concordance – Verbete para hagiason, doxazō, sympathēsai, hierateuma, mimētai, yachad.
✍🏼 Conclusão
A Leitura Diária desta semana nos convida a compreender:
- O sacerdócio redentor de Cristo;
- O chamado sacerdotal da Igreja;
- A necessidade da unidade e da santificação.
Assim, o ministério de Cristo se torna um padrão e um chamado à prática para a Igreja hoje.
LEITURA DIÁRIA
Tema: O Sacerdócio de Cristo e a Vida da Igreja
📅 SEGUNDA | João 17.1-5
Uma oração que revelou o coração do Pai
📌 Comentário:
Esta oração de Jesus é conhecida como Oração Sacerdotal. Ao dizer: “Pai, é chegada a hora; glorifica a teu Filho” (v.1), Jesus revela o plano redentor do Pai. A palavra δοξάζω (doxazō) – glorificar, significa revelar o caráter e majestade de Deus. Aqui, a cruz, que aos olhos humanos era humilhação, será meio de glorificação.
📌 Aplicação:
Você vive com a consciência de que o sofrimento em Cristo glorifica a Deus? Sua vida está revelando o caráter de Deus?
📅 TERÇA | Hebreus 4.14-16
O sumo-sacerdócio de Jesus diante do Pai
📌 Comentário:
Jesus é descrito como ἀρχιερεύς μέγας (archiereus megas) – Sumo Sacerdote Supremo. Ele passou pelos céus e se compadece (**συμπαθῆσαι – sympathēsai **) das nossas fraquezas. Este termo significa “sofrer com”, mostrando o lado humano e empático de Jesus. Por isso temos ousadia (**παρρησία – parrēsia **) para nos aproximar do trono da graça.
📌 Aplicação:
Você tem usufruído da ousadia em oração, sabendo que Cristo intercede por você?
📅 QUARTA | 1 Pedro 2.5,9
O ministério sacerdotal dos salvos em Cristo
📌 Comentário:
Pedro ensina que os salvos são sacerdócio santo (**ἱεράτευμα ἅγιον – hierateuma hagion **) e real (**βασίλειον ἱεράτευμα – basileion hierateuma **), com o propósito de oferecer sacrifícios espirituais aceitáveis a Deus. Isso evidencia a dignidade espiritual dos crentes e seu papel ativo no culto e na intercessão.
📌 Aplicação:
Você tem atuado como sacerdote em sua família, igreja e comunidade? Tem oferecido “sacrifícios espirituais” (louvor, serviço, generosidade)?
📅 QUINTA | Efésios 5.1-2
Imitando a Deus à luz do ministério do Senhor Jesus
📌 Comentário:
Paulo exorta: “Sede, pois, imitadores de Deus”. A palavra grega μιμηταί (mimētai) – imitadores, indica um discípulo que segue de perto o modelo de seu mestre. O padrão é o amor sacrificial de Cristo (**καθὼς καὶ ὁ Χριστὸς ἠγάπησεν ἡμᾶς – kathōs kai ho Christos ēgapēsen hēmas **) e se entregou como sacrifício de aroma suave.
📌 Aplicação:
Você tem buscado imitar o amor sacrificial de Cristo em seus relacionamentos?
📅 SEXTA | Salmo 133.1-3
A vida em unidade na Igreja de Deus
📌 Comentário:
O Salmo celebra a bênção da unidade. O termo hebraico יָחַד (yachad) – “juntos”, sugere união harmônica e intencional. A unção sobre Arão (v.2) simboliza que a unidade é obra do Espírito Santo. O orvalho do Hermom (v.3) aponta para a renovação e fertilidade espiritual que fluem da unidade.
📌 Aplicação:
Você promove a unidade na sua igreja? Tem sido um agente de reconciliação?
📅 SÁBADO | João 17.13-19
Jesus intercede pela santidade dos discípulos
📌 Comentário:
Jesus ora: “Santifica-os na verdade” (v.17). A palavra ἁγίασον (hagiason) significa “separar para um propósito santo”. A santificação não é apenas moralidade, mas consagração ativa. A verdade (**ἀλήθεια – alētheia **) não é apenas proposicional, mas encarnada em Cristo (Jo 14.6).
📌 Aplicação:
Você tem buscado santificação contínua? Sua vida reflete um propósito separado para Deus?
📊 TABELA EXPOSITIVA: SACERDÓCIO DE CRISTO E VIDA DA IGREJA
Dia | Texto Bíblico | Palavra-Chave (Orig.) | Princípio Teológico | Aplicação Pessoal |
Segunda | Jo 17.1-5 | δοξάζω (doxazō) – glorificar | Sofrimento redentor glorifica a Deus | Viva para glorificar Deus em todas as situações |
Terça | Hb 4.14-16 | συμπαθῆσαι (sympathēsai) – compadecer-se | Cristo intercede com empatia e poder | Ousadia no trono da graça |
Quarta | 1 Pe 2.5,9 | ἱεράτευμα (hierateuma) – sacerdócio | Os crentes têm um ministério sacerdotal | Ofereça sacrifícios espirituais continuamente |
Quinta | Ef 5.1-2 | μιμηταί (mimētai) – imitadores | Imitação do amor sacrificial de Cristo | Pratique um amor que se doa |
Sexta | Sl 133.1-3 | יָחַד (yachad) – juntos em unidade | A unidade espiritual é obra do Espírito | Promova e preserve a unidade na igreja |
Sábado | Jo 17.13-19 | ἁγίασον (hagiason) – santificar | A santificação é pela verdade revelada em Cristo | Busque uma vida consagrada continuamente |
📚 REFERÊNCIAS ACADÊMICAS CRISTÃS
- D. A. Carson. Oração Sacerdotal de Jesus (Shedd Publicações).
- Leon Morris. The Gospel according to John (NICNT).
- F. F. Bruce. The Epistle to the Hebrews (NICNT).
- John Stott. A Message of Ephesians (The Bible Speaks Today).
- Wayne Grudem. Teologia Sistemática – Cap. Sacerdócio dos Crentes.
- W. E. Vine. Dicionário Expositivo do Novo Testamento.
- Strong’s Concordance – Verbete para hagiason, doxazō, sympathēsai, hierateuma, mimētai, yachad.
✍🏼 Conclusão
A Leitura Diária desta semana nos convida a compreender:
- O sacerdócio redentor de Cristo;
- O chamado sacerdotal da Igreja;
- A necessidade da unidade e da santificação.
Assim, o ministério de Cristo se torna um padrão e um chamado à prática para a Igreja hoje.
Hinos Sugeridos: 125, 305, 516 da Harpa Cristã
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
João 17.1-3,11-17
1 – Jesus falou essas coisas e, levantando os olhos ao céu, disse:?Pai, é chegada a hora; glorifica a teu Filho, para que também o teu Filho te glorifique a ti,
2 – assim como lhe deste poder sobre toda carne, para que dê a vida eterna a todos quantos lhe deste.
3 – E a vida eterna é esta: que conheçam a ti só por único Deus verdadeiro e a Jesus Cristo, a quem enviaste.
11 – E eu já não estou mais no mundo; mas eles estão no mundo, e eu vou para ti. Pai santo, guarda em teu nome aqueles que me deste, para que sejam um, assim como nós.
12 – Estando eu com eles no mundo, guardava-os em teu nome. Tenho guardado aqueles que tu me deste, e nenhum deles se perdeu, senão o filho da perdição, para que a Escritura se cumprisse.
13 – Mas, agora, vou para ti e digo isto ao mundo, para que tenham a minha alegria completa em si mesmos.
14 – Dei-lhes a tua palavra, e o mundo os odiou, porque não são do mundo, assim como eu não sou do mundo.
15 – Não peço que tires do mundo, mas que os livre do mal.
16 – Não são do mundo, como eu do mundo não sou.
17 – Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade.
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
JOÃO 17.1-3,11-17
CONTEXTO GERAL
João 17 é frequentemente chamado de a oração sacerdotal de Jesus. Trata-se da mais longa oração registrada de Cristo, feita momentos antes da cruz. Jesus ora por si mesmo (vv.1-5), depois por seus discípulos (vv.6-19) e, finalmente, por todos os crentes futuros (vv.20-26). É uma revelação profunda do relacionamento intra-trinitário e da missão redentora.
✨ VERSÍCULO A VERSÍCULO COM ANÁLISE DO GREGO
📖 João 17.1
“Pai, é chegada a hora; glorifica a teu Filho, para que também o teu Filho te glorifique a ti.”
- Hora (gr. “hōra”) – refere-se ao momento divinamente determinado para a morte de Jesus.
- Glorifica (gr. “doxason”) – do verbo “doxazō”, significa exaltar, manifestar a glória inerente. Aqui, a cruz é vista como glória, não vergonha (cf. Jo 12.23-24).
- Teologia: Cristo ora não apenas por livramento, mas pela revelação da glória de Deus na redenção.
📖 João 17.2
“...para que dê a vida eterna a todos quantos lhe deste.”
- Vida eterna (gr. “zōēn aiōnion”) – não é apenas duração sem fim, mas uma qualidade de vida vivida em comunhão com Deus (cf. Carson, The Gospel According to John, Eerdmans, 1991).
- Quantos lhe deste (gr. “hō dedōkas autō”) – mostra a doutrina da eleição; os salvos são um presente do Pai ao Filho (cf. Jo 6.37-39).
📖 João 17.3
“E a vida eterna é esta: que conheçam a ti só por único Deus verdadeiro e a Jesus Cristo, a quem enviaste.”
- Conheçam (gr. “ginōskōsin”) – conhecimento íntimo, relacional, não apenas intelectual.
- Único Deus verdadeiro (gr. “monon alēthinon theon”) – exclusividade de Deus frente aos falsos deuses.
- Aplicação: Vida eterna começa agora, em relacionamento com Deus por meio de Cristo (Jo 10.10).
📖 João 17.11
“Pai santo, guarda em teu nome aqueles que me deste, para que sejam um, assim como nós.”
- Guarda (gr. “tēreson”) – proteger espiritualmente; preservar na fé.
- Para que sejam um (gr. “hina ōsin hen”) – unidade espiritual refletindo a unidade do Pai e do Filho.
- Aplicação: A unidade da Igreja é reflexo da Trindade e testemunho ao mundo.
📖 João 17.12
“...nenhum deles se perdeu, senão o filho da perdição...”
- Filho da perdição (gr. “ho huios tēs apōleias”) – expressão hebraica que indica destino ou caráter (cf. 2Ts 2.3 sobre o Anticristo).
- Cumprimento das Escrituras – cf. Sl 41.9 sobre a traição de Judas.
📖 João 17.13
“...para que tenham a minha alegria completa em si mesmos.”
- Alegria (gr. “chara”) – alegria espiritual que independe de circunstâncias externas (cf. Jo 15.11).
- Aplicação: A verdadeira alegria está enraizada na comunhão com Cristo.
📖 João 17.14-16
“...o mundo os odiou... não são do mundo...”
- Mundo (gr. “kosmos”) – sistema oposto a Deus, em rebelião.
- A identidade dos discípulos é celestial, embora sua missão seja terrena.
📖 João 17.17
“Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade.”
- Santifica (gr. “hagiason”) – separar para Deus, consagrar; processo contínuo.
- Verdade (gr. “alētheia”) – real, conforme o caráter de Deus; aqui identificada com a Palavra de Deus.
- Aplicação: A santificação não ocorre pelo isolamento, mas pela imersão nas Escrituras.
📚 REFERÊNCIAS ACADÊMICAS CRISTÃS
- D. A. Carson, The Gospel According to John, Eerdmans, 1991.
- Andreas Köstenberger, John, Baker Exegetical Commentary on the New Testament, 2004.
- Leon Morris, The Gospel According to John, NICNT, 1971.
- Craig Keener, The Gospel of John: A Commentary, Hendrickson, 2003.
- John Stott, Cristianismo Básico, ABU Editora.
🙋♂️ APLICAÇÃO PESSOAL
- Intimidade com Deus: Vida eterna é mais que futuro; é conhecer a Deus agora.
- Unidade: Devemos refletir a unidade da Trindade em nossas comunidades.
- Separação do mundo: Estar no mundo sem ser do mundo exige firmeza na Palavra.
- Alegria em meio à oposição: Mesmo rejeitados pelo mundo, temos a alegria de Cristo.
- Santificação: O discipulado autêntico exige dedicação contínua à Palavra.
📊 TABELA EXPOSITIVA
Versículo
Tema Principal
Palavra Grega-Chave
Aplicação Teológica
17.1
Glorificação mútua
doxazō (glorificar)
A cruz revela a glória de Deus
17.2
Autoridade e salvação
zōēn aiōnion (vida eterna)
Jesus dá a vida eterna aos eleitos
17.3
Conhecimento relacional
ginōskōsin (conhecer)
Vida eterna é relacionamento com Deus
17.11
Unidade dos crentes
hen (um)
Devemos viver a unidade trinitária
17.12
Fidelidade pastoral
apōleia (perdição)
Nenhum se perdeu além de Judas
17.13
Alegria espiritual
chara (alegria)
Alegria plena mesmo em tribulação
17.14-16
Identidade espiritual
kosmos (mundo)
Nossa origem e missão são celestiais
17.17
Santificação pela Palavra
hagiason (santifica)
A Palavra molda o caráter cristão
JOÃO 17.1-3,11-17
CONTEXTO GERAL
João 17 é frequentemente chamado de a oração sacerdotal de Jesus. Trata-se da mais longa oração registrada de Cristo, feita momentos antes da cruz. Jesus ora por si mesmo (vv.1-5), depois por seus discípulos (vv.6-19) e, finalmente, por todos os crentes futuros (vv.20-26). É uma revelação profunda do relacionamento intra-trinitário e da missão redentora.
✨ VERSÍCULO A VERSÍCULO COM ANÁLISE DO GREGO
📖 João 17.1
“Pai, é chegada a hora; glorifica a teu Filho, para que também o teu Filho te glorifique a ti.”
- Hora (gr. “hōra”) – refere-se ao momento divinamente determinado para a morte de Jesus.
- Glorifica (gr. “doxason”) – do verbo “doxazō”, significa exaltar, manifestar a glória inerente. Aqui, a cruz é vista como glória, não vergonha (cf. Jo 12.23-24).
- Teologia: Cristo ora não apenas por livramento, mas pela revelação da glória de Deus na redenção.
📖 João 17.2
“...para que dê a vida eterna a todos quantos lhe deste.”
- Vida eterna (gr. “zōēn aiōnion”) – não é apenas duração sem fim, mas uma qualidade de vida vivida em comunhão com Deus (cf. Carson, The Gospel According to John, Eerdmans, 1991).
- Quantos lhe deste (gr. “hō dedōkas autō”) – mostra a doutrina da eleição; os salvos são um presente do Pai ao Filho (cf. Jo 6.37-39).
📖 João 17.3
“E a vida eterna é esta: que conheçam a ti só por único Deus verdadeiro e a Jesus Cristo, a quem enviaste.”
- Conheçam (gr. “ginōskōsin”) – conhecimento íntimo, relacional, não apenas intelectual.
- Único Deus verdadeiro (gr. “monon alēthinon theon”) – exclusividade de Deus frente aos falsos deuses.
- Aplicação: Vida eterna começa agora, em relacionamento com Deus por meio de Cristo (Jo 10.10).
📖 João 17.11
“Pai santo, guarda em teu nome aqueles que me deste, para que sejam um, assim como nós.”
- Guarda (gr. “tēreson”) – proteger espiritualmente; preservar na fé.
- Para que sejam um (gr. “hina ōsin hen”) – unidade espiritual refletindo a unidade do Pai e do Filho.
- Aplicação: A unidade da Igreja é reflexo da Trindade e testemunho ao mundo.
📖 João 17.12
“...nenhum deles se perdeu, senão o filho da perdição...”
- Filho da perdição (gr. “ho huios tēs apōleias”) – expressão hebraica que indica destino ou caráter (cf. 2Ts 2.3 sobre o Anticristo).
- Cumprimento das Escrituras – cf. Sl 41.9 sobre a traição de Judas.
📖 João 17.13
“...para que tenham a minha alegria completa em si mesmos.”
- Alegria (gr. “chara”) – alegria espiritual que independe de circunstâncias externas (cf. Jo 15.11).
- Aplicação: A verdadeira alegria está enraizada na comunhão com Cristo.
📖 João 17.14-16
“...o mundo os odiou... não são do mundo...”
- Mundo (gr. “kosmos”) – sistema oposto a Deus, em rebelião.
- A identidade dos discípulos é celestial, embora sua missão seja terrena.
📖 João 17.17
“Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade.”
- Santifica (gr. “hagiason”) – separar para Deus, consagrar; processo contínuo.
- Verdade (gr. “alētheia”) – real, conforme o caráter de Deus; aqui identificada com a Palavra de Deus.
- Aplicação: A santificação não ocorre pelo isolamento, mas pela imersão nas Escrituras.
📚 REFERÊNCIAS ACADÊMICAS CRISTÃS
- D. A. Carson, The Gospel According to John, Eerdmans, 1991.
- Andreas Köstenberger, John, Baker Exegetical Commentary on the New Testament, 2004.
- Leon Morris, The Gospel According to John, NICNT, 1971.
- Craig Keener, The Gospel of John: A Commentary, Hendrickson, 2003.
- John Stott, Cristianismo Básico, ABU Editora.
🙋♂️ APLICAÇÃO PESSOAL
- Intimidade com Deus: Vida eterna é mais que futuro; é conhecer a Deus agora.
- Unidade: Devemos refletir a unidade da Trindade em nossas comunidades.
- Separação do mundo: Estar no mundo sem ser do mundo exige firmeza na Palavra.
- Alegria em meio à oposição: Mesmo rejeitados pelo mundo, temos a alegria de Cristo.
- Santificação: O discipulado autêntico exige dedicação contínua à Palavra.
📊 TABELA EXPOSITIVA
Versículo | Tema Principal | Palavra Grega-Chave | Aplicação Teológica |
17.1 | Glorificação mútua | doxazō (glorificar) | A cruz revela a glória de Deus |
17.2 | Autoridade e salvação | zōēn aiōnion (vida eterna) | Jesus dá a vida eterna aos eleitos |
17.3 | Conhecimento relacional | ginōskōsin (conhecer) | Vida eterna é relacionamento com Deus |
17.11 | Unidade dos crentes | hen (um) | Devemos viver a unidade trinitária |
17.12 | Fidelidade pastoral | apōleia (perdição) | Nenhum se perdeu além de Judas |
17.13 | Alegria espiritual | chara (alegria) | Alegria plena mesmo em tribulação |
17.14-16 | Identidade espiritual | kosmos (mundo) | Nossa origem e missão são celestiais |
17.17 | Santificação pela Palavra | hagiason (santifica) | A Palavra molda o caráter cristão |
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PLANO DE AULA
1- INTRODUÇÃO
Esta lição sublinha a importância da oração de Jesus, que manifesta o amor e o cuidado que Cristo tem por nós. Assim, o capítulo 17 é uma das partes mais notáveis do Evangelho, pois nos oferece a oportunidade de escutar Jesus dirigir-se ao Pai em prol dos seus discípulos. Para aprofundar esse entendimento desse Evangelho, a lição está organizada da seguinte maneira:
1) a oração de Jesus pela sua glorificação, que se refere à sua missão redentora;
2) a oração pelos discípulos para que sejam protegidos e santificados;
3) e a oração por aqueles que futuramente creiam, evidenciando sua perspectiva eterna e inclusiva sobre o Reino de Deus.
2- APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
A) Objetivos da Lição:
I) Meditar sobre a oração de Jesus pela sua glorificação, que se refere à sua missão redentora;
II) Examinar a oração pelos discípulos para que sejam protegidos e santificados;
III) Mostrar a oração por aqueles que futuramente creiam, evidenciando sua perspectiva eterna e inclusiva sobre o Reino de Deus.
B) Motivação: A oração de Jesus em João 17 revela o cuidado genuíno de Cristo pelos seus discípulos, abrangendo todos nós. Dessa forma, cada um de nós pode sentir-se incluído na intercessão do nosso Senhor, sendo chamados a viver a unidade no Espírito Santo. Portanto, essa compreensão da intercessão de Jesus por nós influencia significativamente a nossa prática diária de oração e relacionamento com Deus.
C) Sugestão de Método: Para trabalhar a lição de forma dinâmica e envolvente, inicie a aula com uma leitura em grupo de João 17.1-3, 11-17, destacando as palavras de Jesus que expressam intercessão, glorificação e santificação. Em seguida, utilize um quadro ou slides para organizar os três tópicos da lição e conectá-los à vida dos alunos. Para isso, você pode propor uma atividade em grupos pequenos, onde cada grupo reflita sobre um tópico específico e discuta como podem aplicar os ensinamentos de Jesus em sua vida.
3- CONCLUSÃO DA LIÇÃO
A) Aplicação: Assim como Jesus intercedeu a favor dos seus discípulos, somos convidados a viver em santidade, unidade e comunhão com Deus. Que esta oração sirva de estímulo para a nossa prática intercessora e para a nossa confiança no amoroso cuidado de Cristo, reforçando assim a nossa fé e o nosso compromisso com o Reino de Deus.
4- SUBSÍDIO AO PROFESSOR
A) Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas Adultos. Na edição 101, p.41, você encontrará um subsídio especial para esta lição.
B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará auxílios que darão suporte na preparação de sua aula: 1) O texto “A Oração por Si Mesmo”, localizado após o primeiro tópico, aprofunda a oração de Jesus por si mesmo a Deus”; 2) No final do segundo tópico, o texto “A Oração pelos Discípulos” traz uma reflexão significativa a respeito das obras dos discípulos como continuidade à obra de Cristo.
DINAMICA EXTRA
Comentário de Hubner Braz
Dinâmica – Lição 11: A intercessão de Jesus pelos discípulos
Objetivo:
Refletir sobre a oração de Jesus em João 17 e compreender o significado e o poder da intercessão de Cristo em favor dos seus discípulos e da Igreja.
Material:
- Bíblias (para leitura)
- Cartões ou papéis com frases-chave da oração de Jesus (João 17)
- Canetas e papel para anotação
- Quadro branco ou cartolina
Passo a passo:
1. Abertura (5 minutos)
- Comece pedindo para o grupo ler João 17.6-19 em voz alta, em sequência, com diferentes voluntários lendo alguns versículos cada um.
- Explique que essa é a oração de Jesus intercedendo pelos seus discípulos — um momento muito especial e cheio de significado.
2. Quebra-gelo: “Frases que edificam” (10 minutos)
- Distribua cartões com frases-chave da oração de Jesus (exemplos: “Santifica-os na verdade”, “Guarda-os em teu nome”, “Que sejam um”, “Eu os escolhi”, etc.).
- Cada participante lê sua frase e comenta rapidamente o que ela significa para ele.
- Ao final, destaque como Jesus se importa profundamente com cada detalhe da vida dos discípulos.
3. Discussão em grupo: O poder da intercessão (15 minutos)
- Pergunte:
- O que significa Jesus “interceder” por nós?
- Como podemos perceber essa intercessão na nossa vida cotidiana?
- Quais são os pedidos que Jesus fez por seus discípulos que também valem para nós hoje?
- Anote as respostas no quadro para que todos visualizem.
4. Dinâmica prática: “Intercedendo uns pelos outros” (15 minutos)
- Divida o grupo em duplas ou trios.
- Cada grupo deve orar uns pelos outros, seguindo a oração de Jesus, usando as frases-chave do cartão, pedindo por proteção, santificação, unidade e missão.
- Após a oração, cada pessoa compartilha brevemente como se sentiu sendo orada.
5. Conclusão e desafio (5 minutos)
- Finalize destacando que a oração de Jesus continua atual e que Ele intercede por todos os seus filhos.
- Desafie o grupo a orar diariamente pela proteção, santificação e unidade da Igreja e dos irmãos.
- Sugira que lembrem sempre que, assim como Jesus intercede, nós também devemos interceder pelos outros.
Bônus:
Se desejar, pode encerrar com um momento de louvor focado na intercessão de Cristo e na nossa confiança em sua oração contínua.
Dinâmica – Lição 11: A intercessão de Jesus pelos discípulos
Objetivo:
Refletir sobre a oração de Jesus em João 17 e compreender o significado e o poder da intercessão de Cristo em favor dos seus discípulos e da Igreja.
Material:
- Bíblias (para leitura)
- Cartões ou papéis com frases-chave da oração de Jesus (João 17)
- Canetas e papel para anotação
- Quadro branco ou cartolina
Passo a passo:
1. Abertura (5 minutos)
- Comece pedindo para o grupo ler João 17.6-19 em voz alta, em sequência, com diferentes voluntários lendo alguns versículos cada um.
- Explique que essa é a oração de Jesus intercedendo pelos seus discípulos — um momento muito especial e cheio de significado.
2. Quebra-gelo: “Frases que edificam” (10 minutos)
- Distribua cartões com frases-chave da oração de Jesus (exemplos: “Santifica-os na verdade”, “Guarda-os em teu nome”, “Que sejam um”, “Eu os escolhi”, etc.).
- Cada participante lê sua frase e comenta rapidamente o que ela significa para ele.
- Ao final, destaque como Jesus se importa profundamente com cada detalhe da vida dos discípulos.
3. Discussão em grupo: O poder da intercessão (15 minutos)
- Pergunte:
- O que significa Jesus “interceder” por nós?
- Como podemos perceber essa intercessão na nossa vida cotidiana?
- Quais são os pedidos que Jesus fez por seus discípulos que também valem para nós hoje?
- Anote as respostas no quadro para que todos visualizem.
4. Dinâmica prática: “Intercedendo uns pelos outros” (15 minutos)
- Divida o grupo em duplas ou trios.
- Cada grupo deve orar uns pelos outros, seguindo a oração de Jesus, usando as frases-chave do cartão, pedindo por proteção, santificação, unidade e missão.
- Após a oração, cada pessoa compartilha brevemente como se sentiu sendo orada.
5. Conclusão e desafio (5 minutos)
- Finalize destacando que a oração de Jesus continua atual e que Ele intercede por todos os seus filhos.
- Desafie o grupo a orar diariamente pela proteção, santificação e unidade da Igreja e dos irmãos.
- Sugira que lembrem sempre que, assim como Jesus intercede, nós também devemos interceder pelos outros.
Bônus:
Se desejar, pode encerrar com um momento de louvor focado na intercessão de Cristo e na nossa confiança em sua oração contínua.
INTRODUÇÃO
Na presente lição, iremos explorar João 17. Este capítulo descreve a oração mais significativa que o nosso Senhor fez em benefício de si mesmo, ou seja, a sua glorificação, bem como a dos seus discípulos e dos cristãos que viriam a crer num futuro próximo. A oração sacerdotal de Jesus é uma importante lição sobre a unidade do povo de Deus no seu Reino e o propósito de promover o Evangelho de Jesus no mundo.
Palavra-Chave: INTERCESSÃO
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
João 17 – A Oração Sacerdotal de Jesus
Contexto e Significado do Texto
João 17 registra a oração sacerdotal de Jesus, também chamada de oração intercessória, feita pouco antes de Sua prisão (João 13-16). É a única oração extensa e diretamente registrada de Jesus em todo o Evangelho, demonstrando um momento íntimo entre Ele e o Pai.
Nesta oração, Jesus não apenas pede pela glorificação pessoal, mas expressa profunda preocupação com seus discípulos e com os cristãos futuros (João 17.20). A palavra-chave que descreve esta oração é “intercessão” (grego: ἐντυγχάνω, entynchánō), que significa “interceder”, “mediar”, “interpor-se em favor de outro”. Jesus age como sumo sacerdote (ἀρχιερεύς, archiereús), intercedendo por seu povo.
Análise das Palavras-Chave Gregas
Palavra Grega
Transliteração
Significado
Uso em João 17
ἐντυγχάνω
entynchánō
Interceder, fazer petição
Jesus intercede pelo Pai (v.9,20)
δόξα
dóxa
Glória, honra, esplendor
Glorificação de Jesus e do Pai (v.1,5)
ἁγιάζω
hagiázō
Santificar, separar para Deus
Pedido para santificar discípulos (v.17)
ἀλήθεια
alḗtheia
Verdade
Santificação na verdade (v.17)
ἑνότητα
henótēta
Unidade
Pedido para unidade dos crentes (v.21)
Comentário Bíblico-Teológico
- Glorificação de Cristo (João 17:1-5):
Jesus inicia a oração pedindo a Deus Pai que o glorifique — isto é, que seja manifestada a plenitude de Sua natureza divina e messiânica. A glorificação de Cristo está diretamente ligada à obra da redenção, incluindo a cruz e a ressurreição, que revelam Sua autoridade e poder eterno. - Intercessão pelos discípulos (João 17:6-19):
Jesus apresenta seus discípulos como aqueles que receberam a palavra do Pai e permaneceram fiéis. A intercessão de Jesus revela Sua preocupação pastoral — Ele ora para que sejam protegidos do mal, santificados na verdade e preservados na unidade. O termo hagiázō (santificar) destaca o desejo de Jesus para que Seus seguidores sejam separados do pecado e consagrados ao serviço de Deus. - Intercessão pelos crentes futuros (João 17:20-26):
Jesus amplia sua oração para todos que creriam nEle por meio da pregação dos discípulos. Ele ora para que todos sejam um, refletindo a unidade trinitária, a fim de que o mundo creia na missão redentora de Jesus. Essa unidade é central para a missão evangelística e para o testemunho da Igreja.
Referências Acadêmicas Cristãs
- D.A. Carson (Comentário do Evangelho de João) destaca que esta oração é uma expressão da íntima comunhão entre Jesus e o Pai e um modelo de oração intercessória para a Igreja.
- F.F. Bruce ressalta que a oração em João 17 mostra Jesus como o verdadeiro sumo sacerdote que intercede continuamente por seus seguidores.
- Leon Morris explica que a oração enfatiza o tema da glorificação, que é central para entender o propósito da missão de Jesus.
Aplicação Pessoal
- Confiança na intercessão de Jesus: Sabemos que Jesus está constantemente intercedendo por nós junto ao Pai (Romanos 8:34). Isso fortalece nossa fé diante das dificuldades.
- Busca pela santificação: Somos chamados a uma vida separada para Deus, vivendo na verdade e resistindo ao pecado.
- Promover a unidade na Igreja: A unidade dos crentes é um testemunho vital para o mundo. Devemos cultivar relações de amor, perdão e cooperação na comunidade cristã.
- Compromisso com a missão: Assim como Jesus orou para que Seus seguidores sejam enviados ao mundo, somos chamados a participar ativamente na divulgação do Evangelho.
Tabela Expositiva: João 17 – Estrutura e Temas Principais
Seção
Versículos
Tema Principal
Palavras-Chave
A Glorificação de Jesus
1-5
Manifestação da glória divina
δόξα (glória), ἐντυγχάνω (intercessão)
Intercessão pelos discípulos
6-19
Proteção, santificação, unidade
ἁγιάζω (santificar), ἀλήθεια (verdade), ἑνότητα (unidade)
Intercessão pelos crentes futuros
20-26
Unidade da Igreja e testemunho
ἑνότητα (unidade), δόξα (glória)
João 17 – A Oração Sacerdotal de Jesus
Contexto e Significado do Texto
João 17 registra a oração sacerdotal de Jesus, também chamada de oração intercessória, feita pouco antes de Sua prisão (João 13-16). É a única oração extensa e diretamente registrada de Jesus em todo o Evangelho, demonstrando um momento íntimo entre Ele e o Pai.
Nesta oração, Jesus não apenas pede pela glorificação pessoal, mas expressa profunda preocupação com seus discípulos e com os cristãos futuros (João 17.20). A palavra-chave que descreve esta oração é “intercessão” (grego: ἐντυγχάνω, entynchánō), que significa “interceder”, “mediar”, “interpor-se em favor de outro”. Jesus age como sumo sacerdote (ἀρχιερεύς, archiereús), intercedendo por seu povo.
Análise das Palavras-Chave Gregas
Palavra Grega | Transliteração | Significado | Uso em João 17 |
ἐντυγχάνω | entynchánō | Interceder, fazer petição | Jesus intercede pelo Pai (v.9,20) |
δόξα | dóxa | Glória, honra, esplendor | Glorificação de Jesus e do Pai (v.1,5) |
ἁγιάζω | hagiázō | Santificar, separar para Deus | Pedido para santificar discípulos (v.17) |
ἀλήθεια | alḗtheia | Verdade | Santificação na verdade (v.17) |
ἑνότητα | henótēta | Unidade | Pedido para unidade dos crentes (v.21) |
Comentário Bíblico-Teológico
- Glorificação de Cristo (João 17:1-5):
Jesus inicia a oração pedindo a Deus Pai que o glorifique — isto é, que seja manifestada a plenitude de Sua natureza divina e messiânica. A glorificação de Cristo está diretamente ligada à obra da redenção, incluindo a cruz e a ressurreição, que revelam Sua autoridade e poder eterno. - Intercessão pelos discípulos (João 17:6-19):
Jesus apresenta seus discípulos como aqueles que receberam a palavra do Pai e permaneceram fiéis. A intercessão de Jesus revela Sua preocupação pastoral — Ele ora para que sejam protegidos do mal, santificados na verdade e preservados na unidade. O termo hagiázō (santificar) destaca o desejo de Jesus para que Seus seguidores sejam separados do pecado e consagrados ao serviço de Deus. - Intercessão pelos crentes futuros (João 17:20-26):
Jesus amplia sua oração para todos que creriam nEle por meio da pregação dos discípulos. Ele ora para que todos sejam um, refletindo a unidade trinitária, a fim de que o mundo creia na missão redentora de Jesus. Essa unidade é central para a missão evangelística e para o testemunho da Igreja.
Referências Acadêmicas Cristãs
- D.A. Carson (Comentário do Evangelho de João) destaca que esta oração é uma expressão da íntima comunhão entre Jesus e o Pai e um modelo de oração intercessória para a Igreja.
- F.F. Bruce ressalta que a oração em João 17 mostra Jesus como o verdadeiro sumo sacerdote que intercede continuamente por seus seguidores.
- Leon Morris explica que a oração enfatiza o tema da glorificação, que é central para entender o propósito da missão de Jesus.
Aplicação Pessoal
- Confiança na intercessão de Jesus: Sabemos que Jesus está constantemente intercedendo por nós junto ao Pai (Romanos 8:34). Isso fortalece nossa fé diante das dificuldades.
- Busca pela santificação: Somos chamados a uma vida separada para Deus, vivendo na verdade e resistindo ao pecado.
- Promover a unidade na Igreja: A unidade dos crentes é um testemunho vital para o mundo. Devemos cultivar relações de amor, perdão e cooperação na comunidade cristã.
- Compromisso com a missão: Assim como Jesus orou para que Seus seguidores sejam enviados ao mundo, somos chamados a participar ativamente na divulgação do Evangelho.
Tabela Expositiva: João 17 – Estrutura e Temas Principais
Seção | Versículos | Tema Principal | Palavras-Chave |
A Glorificação de Jesus | 1-5 | Manifestação da glória divina | δόξα (glória), ἐντυγχάνω (intercessão) |
Intercessão pelos discípulos | 6-19 | Proteção, santificação, unidade | ἁγιάζω (santificar), ἀλήθεια (verdade), ἑνότητα (unidade) |
Intercessão pelos crentes futuros | 20-26 | Unidade da Igreja e testemunho | ἑνότητα (unidade), δόξα (glória) |
I- A ORAÇÃO DE JESUS E SUA GLORIFICAÇÃO
1- A oração de Jesus. Entre todas as orações do Senhor documentadas nos Evangelhos, é indiscutível que foi João quem relatou, possivelmente, a mais elevada oração de Jesus (17.1-26). No início de João 17.1 está escrito: “Jesus falou essas coisas”. Essa frase remete ao discurso do Senhor sobre a vinda do Espírito como Consolador, conforme estudado anteriormente (Jo 16.13). Certamente o local onde o Senhor se encontrava era o mesmo em que partilhou a Última Ceia com seus discípulos. Em relação à oração de Jesus no capítulo 17, os estudiosos costumam se referir a ela como “A Oração Intercessora”, “A Oração Sacerdotal de Jesus” ou “A Oração da Consagração”. Nosso Senhor apresentou essa oração em, pelo menos, três partes: Ele orou por si mesmo (Jo 17.1-8), intercedeu pelos seus discípulos (Jo 17.9-19) e, também, fez uma oração pela Igreja futura (Jo 17.20-26).
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
A Oração Sacerdotal, Intercessora e de Consagração
CONTEXTO E SIGNIFICADO GERAL
Entre as orações de Jesus registradas nos Evangelhos, a oração de João 17 destaca-se por sua profundidade teológica e emocional. Conhecida como Oração Sacerdotal ou Intercessora, ela foi feita pouco antes da prisão de Jesus, no contexto da Última Ceia. A oração revela a profunda comunhão intra-trinitária, o cuidado pastoral de Jesus e a missão da Igreja.
A frase inicial “Jesus falou essas coisas” (Jo 17.1) conecta a oração ao ensino anterior sobre o Espírito Santo como Consolador (Jo 16.13), confirmando o contexto de despedida e preparação para a missão que viria após sua morte e ressurreição.
ESTRUTURA DA ORAÇÃO (Jo 17.1-26)
Jesus apresenta a oração em três partes principais, destacando diferentes aspectos de sua missão e da comunhão com o Pai:
Parte
Versículos
Conteúdo Principal
1. Oração por Jesus
17.1-8
Pedido de glorificação para cumprir a missão redentora
2. Intercessão pelos discípulos
17.9-19
Proteção, unidade e santificação dos discípulos
3. Oração pela Igreja futura
17.20-26
Unidade e comunhão para todos os crentes que virão
ANÁLISE DE PALAVRAS GREGAS IMPORTANTES
- Proseuchomai (προσεύχομαι) – verbo “orar”/“interceder”. João enfatiza aqui a intercessão contínua de Cristo (cf. Heb 7.25).
- Doxazō (δοξάζω) – “glorificar”, significa manifestar a glória inerente de alguém (Jo 17.1). A glória de Jesus está intrinsecamente ligada à cruz.
- Hōra (ὥρα) – “hora”, termo usado para designar o momento divinamente determinado da paixão, morte e glorificação de Cristo.
- Tērēson (τήρησον) – “guardar”, pedir proteção espiritual para os discípulos.
- Hagiazō (ἁγιάζω) – “santificar”, separar para Deus; fundamental para a vida cristã.
- Hen (ἕν) – “um”, enfatiza a unidade, que reflete a comunhão perfeita na Trindade.
REFERÊNCIAS ACADÊMICAS CRISTÃS
- D. A. Carson, The Gospel According to John, Eerdmans, 1991 — destaca a oração como revelação da missão redentora e da comunhão divina.
- Leon Morris, The Gospel According to John, NICNT, 1971 — enfatiza o caráter sacerdotal da oração.
- Andreas Köstenberger, John, Baker Exegetical Commentary, 2004 — explica a oração como intercessão ativa e contínua de Cristo.
- F. F. Bruce, The Gospel of John, Eerdmans, 1983 — aborda a unidade e santificação na oração.
- John Stott, Cristianismo Básico, ABU — aplicação prática da oração para a vida da Igreja.
APLICAÇÃO PESSOAL
- Comunhão profunda com Deus: A oração de Jesus nos ensina a importância de manter um relacionamento íntimo com o Pai, especialmente em momentos de crise.
- Missão e obediência: Jesus orou para cumprir a missão redentora. Somos chamados a orar para receber força para cumprir nosso chamado.
- Unidade na Igreja: A oração destaca a unidade espiritual e visível dos crentes, base fundamental para testemunho cristão.
- Proteção e santificação: Orar pedindo proteção contra o mal e santificação pela Palavra deve ser prática constante do cristão.
- Intercessão ativa: Seguir o exemplo de Jesus intercedendo por outros, especialmente pela Igreja.
TABELA EXPOSITIVA
Versículo
Tema Central
Palavra Grega
Significado/Aplicação
Jo 17.1-8
Oração por Jesus e missão
Doxazō (glorificar)
Glorificação na cruz para redenção
Jo 17.9-19
Intercessão pelos discípulos
Tērēson (guardar)
Proteção e santificação dos crentes
Jo 17.11
Unidade dos crentes
Hen (um)
Unidade visível como reflexo da Trindade
Jo 17.12
Fidelidade e cumprimento
Apōleia (perdição)
Proteção contra a perdição espiritual
Jo 17.13
Alegria completa
Chara (alegria)
Alegria plena em Cristo mesmo na adversidade
Jo 17.14-16
Santidade no mundo
Kosmos (mundo)
Viver no mundo, mas separados do sistema
Jo 17.17
Santificação na verdade
Hagiazō (santificar)
Separação para Deus pela Palavra
Jo 17.20-26
Oração pela Igreja futura
Proseuchomai (orar)
Intercessão contínua por todos os crentes
A Oração Sacerdotal, Intercessora e de Consagração
CONTEXTO E SIGNIFICADO GERAL
Entre as orações de Jesus registradas nos Evangelhos, a oração de João 17 destaca-se por sua profundidade teológica e emocional. Conhecida como Oração Sacerdotal ou Intercessora, ela foi feita pouco antes da prisão de Jesus, no contexto da Última Ceia. A oração revela a profunda comunhão intra-trinitária, o cuidado pastoral de Jesus e a missão da Igreja.
A frase inicial “Jesus falou essas coisas” (Jo 17.1) conecta a oração ao ensino anterior sobre o Espírito Santo como Consolador (Jo 16.13), confirmando o contexto de despedida e preparação para a missão que viria após sua morte e ressurreição.
ESTRUTURA DA ORAÇÃO (Jo 17.1-26)
Jesus apresenta a oração em três partes principais, destacando diferentes aspectos de sua missão e da comunhão com o Pai:
Parte | Versículos | Conteúdo Principal |
1. Oração por Jesus | 17.1-8 | Pedido de glorificação para cumprir a missão redentora |
2. Intercessão pelos discípulos | 17.9-19 | Proteção, unidade e santificação dos discípulos |
3. Oração pela Igreja futura | 17.20-26 | Unidade e comunhão para todos os crentes que virão |
ANÁLISE DE PALAVRAS GREGAS IMPORTANTES
- Proseuchomai (προσεύχομαι) – verbo “orar”/“interceder”. João enfatiza aqui a intercessão contínua de Cristo (cf. Heb 7.25).
- Doxazō (δοξάζω) – “glorificar”, significa manifestar a glória inerente de alguém (Jo 17.1). A glória de Jesus está intrinsecamente ligada à cruz.
- Hōra (ὥρα) – “hora”, termo usado para designar o momento divinamente determinado da paixão, morte e glorificação de Cristo.
- Tērēson (τήρησον) – “guardar”, pedir proteção espiritual para os discípulos.
- Hagiazō (ἁγιάζω) – “santificar”, separar para Deus; fundamental para a vida cristã.
- Hen (ἕν) – “um”, enfatiza a unidade, que reflete a comunhão perfeita na Trindade.
REFERÊNCIAS ACADÊMICAS CRISTÃS
- D. A. Carson, The Gospel According to John, Eerdmans, 1991 — destaca a oração como revelação da missão redentora e da comunhão divina.
- Leon Morris, The Gospel According to John, NICNT, 1971 — enfatiza o caráter sacerdotal da oração.
- Andreas Köstenberger, John, Baker Exegetical Commentary, 2004 — explica a oração como intercessão ativa e contínua de Cristo.
- F. F. Bruce, The Gospel of John, Eerdmans, 1983 — aborda a unidade e santificação na oração.
- John Stott, Cristianismo Básico, ABU — aplicação prática da oração para a vida da Igreja.
APLICAÇÃO PESSOAL
- Comunhão profunda com Deus: A oração de Jesus nos ensina a importância de manter um relacionamento íntimo com o Pai, especialmente em momentos de crise.
- Missão e obediência: Jesus orou para cumprir a missão redentora. Somos chamados a orar para receber força para cumprir nosso chamado.
- Unidade na Igreja: A oração destaca a unidade espiritual e visível dos crentes, base fundamental para testemunho cristão.
- Proteção e santificação: Orar pedindo proteção contra o mal e santificação pela Palavra deve ser prática constante do cristão.
- Intercessão ativa: Seguir o exemplo de Jesus intercedendo por outros, especialmente pela Igreja.
TABELA EXPOSITIVA
Versículo | Tema Central | Palavra Grega | Significado/Aplicação |
Jo 17.1-8 | Oração por Jesus e missão | Doxazō (glorificar) | Glorificação na cruz para redenção |
Jo 17.9-19 | Intercessão pelos discípulos | Tērēson (guardar) | Proteção e santificação dos crentes |
Jo 17.11 | Unidade dos crentes | Hen (um) | Unidade visível como reflexo da Trindade |
Jo 17.12 | Fidelidade e cumprimento | Apōleia (perdição) | Proteção contra a perdição espiritual |
Jo 17.13 | Alegria completa | Chara (alegria) | Alegria plena em Cristo mesmo na adversidade |
Jo 17.14-16 | Santidade no mundo | Kosmos (mundo) | Viver no mundo, mas separados do sistema |
Jo 17.17 | Santificação na verdade | Hagiazō (santificar) | Separação para Deus pela Palavra |
Jo 17.20-26 | Oração pela Igreja futura | Proseuchomai (orar) | Intercessão contínua por todos os crentes |
2- A oração de Jesus pela sua glorificação. Na oração de Jesus pedindo por sua “glorificação” havia um significado espiritual mais profundo, que não se tratava de um ato egoísta. Como já abordamos, Ele estava plenamente ciente de seu ministério e, portanto, da finalidade de sua missão na Terra. Assim, em sua conversa direta com o Pai, Jesus declara que “é chegada a hora”, referindo-se ao momento em que o Pai o glorificaria por meio de seu sacrifício redentor no Calvário. Nosso Senhor expressa: “glorifica a teu Filho para que também o teu Filho te glorifique a ti” (Jo 17.1). Que tipo de glorificação seria essa? Mediante a sua morte, o mundo o conheceria e a vida eterna seria oferecida a todos que o aceitassem como Salvador de suas vidas. Glorificar alguém significa torná-lo conhecido. Jesus seria reconhecido como “o Filho de Deus, o Salvador do mundo” (Jo 17.3,4).
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
A ORAÇÃO DE JESUS PELA SUA GLORIFICAÇÃO (JOÃO 17.1-5)
🔍 COMENTÁRIO BÍBLICO-TEOLÓGICO
Jesus inicia sua oração dizendo:
“Pai, é chegada a hora; glorifica a teu Filho, para que também o teu Filho te glorifique a ti” (João 17.1).
Essa “glorificação” não é um pedido egoísta de honra, mas está diretamente relacionada ao cumprimento da missão redentora de Cristo por meio da cruz, ressurreição e exaltação. A cruz, em João, não é um fracasso, mas o trono da glória do Cordeiro de Deus (Jo 3.14; 12.23-24).
Ao pedir que o Pai o glorifique, Jesus está solicitando que o plano eterno da redenção alcance sua plenitude — Ele seria glorificado no sacrifício, e o Pai seria glorificado por tornar Seu amor e justiça plenamente conhecidos (cf. Rm 3.25-26).
✍️ ANÁLISE DAS PALAVRAS GREGAS
- Doxazō (δοξάζω) – glorificar, honrar, manifestar o esplendor ou valor intrínseco de alguém. Jesus pede que a Sua glória — oculta durante a encarnação (cf. Fp 2.6-8) — seja agora plenamente revelada por meio da cruz (Jo 12.23).
- Hōra (ὥρα) – hora, tempo determinado. Essa expressão já foi usada várias vezes em João (2.4; 7.30; 8.20) indicando que o ministério de Jesus estava dentro de um cronograma divino. Agora a “hora” é chegada — a cruz.
- Zōē aiōnios (ζωὴ αἰώνιος) – vida eterna. Mais que duração infinita, significa uma qualidade de vida em comunhão com Deus, iniciada já no presente (Jo 3.36).
📚 REFERÊNCIAS ACADÊMICAS CRISTÃS
- D. A. Carson, The Gospel According to John, p. 551–553 – destaca que a glória na cruz é o ápice da revelação de Deus em Cristo.
- Leon Morris, O Evangelho Segundo João, p. 637 – explica que a “hora” marca o ponto culminante da missão messiânica.
- F. F. Bruce, The Gospel of John, p. 328 – observa que “glorificar” significa manifestar publicamente o caráter e o propósito de Deus.
- Craig Keener, The IVP Bible Background Commentary: New Testament – nota que a ideia de glorificação aqui se conecta com a revelação da glória divina no Antigo Testamento (Êx 33.18; Is 6.1-3).
🙋🏽♂️ APLICAÇÃO PESSOAL
- Aceitação do propósito de Deus – Jesus não fugiu da cruz, mas a abraçou como meio de glorificar ao Pai. Somos chamados a glorificar a Deus mesmo em nossos sofrimentos e desafios.
- Glorificar é revelar – Assim como Jesus glorificou o Pai revelando-O ao mundo, nossa missão é tornar Deus conhecido com nossas atitudes, palavras e missão (Mt 5.16).
- A vida eterna começa agora – A vida eterna não é só futura, mas um relacionamento presente e transformador com o Deus verdadeiro e com Jesus Cristo (Jo 17.3).
- Orar com consciência do propósito – Jesus orou entendendo perfeitamente o propósito de sua vida. Isso nos inspira a orar com discernimento, submissão e foco no Reino.
📊 TABELA EXPOSITIVA – A GLORIFICAÇÃO DE JESUS (JO 17.1-5)
Versículo
Elemento Principal
Palavra Grega
Significado e Aplicação
Jo 17.1
“Glorifica a teu Filho”
Doxazō
A glória é revelada na cruz: humildade, obediência e amor redentor.
Jo 17.1
“Para que... o Filho te glorifique”
Doxazō
Glorificar o Pai é revelar seu caráter ao mundo.
Jo 17.1
“É chegada a hora”
Hōra
A hora da cruz — momento supremo da revelação divina.
Jo 17.2
“Vida eterna”
Zōē aiōnios
Vida em comunhão com Deus, desde agora.
Jo 17.3
“Que conheçam a ti”
Ginōskō
Conhecer não é apenas informação, mas relacionamento íntimo e transformador.
Jo 17.4
“Glorifiquei-te na terra”
Doxazō
A missão cumprida é forma de glorificar a Deus.
Jo 17.5
“Glorifica-me... com a glória que eu tinha”
Doxa
Retorno à glória eterna do Filho com o Pai, revelando sua natureza divina pré-encarnada.
A ORAÇÃO DE JESUS PELA SUA GLORIFICAÇÃO (JOÃO 17.1-5)
🔍 COMENTÁRIO BÍBLICO-TEOLÓGICO
Jesus inicia sua oração dizendo:
“Pai, é chegada a hora; glorifica a teu Filho, para que também o teu Filho te glorifique a ti” (João 17.1).
Essa “glorificação” não é um pedido egoísta de honra, mas está diretamente relacionada ao cumprimento da missão redentora de Cristo por meio da cruz, ressurreição e exaltação. A cruz, em João, não é um fracasso, mas o trono da glória do Cordeiro de Deus (Jo 3.14; 12.23-24).
Ao pedir que o Pai o glorifique, Jesus está solicitando que o plano eterno da redenção alcance sua plenitude — Ele seria glorificado no sacrifício, e o Pai seria glorificado por tornar Seu amor e justiça plenamente conhecidos (cf. Rm 3.25-26).
✍️ ANÁLISE DAS PALAVRAS GREGAS
- Doxazō (δοξάζω) – glorificar, honrar, manifestar o esplendor ou valor intrínseco de alguém. Jesus pede que a Sua glória — oculta durante a encarnação (cf. Fp 2.6-8) — seja agora plenamente revelada por meio da cruz (Jo 12.23).
- Hōra (ὥρα) – hora, tempo determinado. Essa expressão já foi usada várias vezes em João (2.4; 7.30; 8.20) indicando que o ministério de Jesus estava dentro de um cronograma divino. Agora a “hora” é chegada — a cruz.
- Zōē aiōnios (ζωὴ αἰώνιος) – vida eterna. Mais que duração infinita, significa uma qualidade de vida em comunhão com Deus, iniciada já no presente (Jo 3.36).
📚 REFERÊNCIAS ACADÊMICAS CRISTÃS
- D. A. Carson, The Gospel According to John, p. 551–553 – destaca que a glória na cruz é o ápice da revelação de Deus em Cristo.
- Leon Morris, O Evangelho Segundo João, p. 637 – explica que a “hora” marca o ponto culminante da missão messiânica.
- F. F. Bruce, The Gospel of John, p. 328 – observa que “glorificar” significa manifestar publicamente o caráter e o propósito de Deus.
- Craig Keener, The IVP Bible Background Commentary: New Testament – nota que a ideia de glorificação aqui se conecta com a revelação da glória divina no Antigo Testamento (Êx 33.18; Is 6.1-3).
🙋🏽♂️ APLICAÇÃO PESSOAL
- Aceitação do propósito de Deus – Jesus não fugiu da cruz, mas a abraçou como meio de glorificar ao Pai. Somos chamados a glorificar a Deus mesmo em nossos sofrimentos e desafios.
- Glorificar é revelar – Assim como Jesus glorificou o Pai revelando-O ao mundo, nossa missão é tornar Deus conhecido com nossas atitudes, palavras e missão (Mt 5.16).
- A vida eterna começa agora – A vida eterna não é só futura, mas um relacionamento presente e transformador com o Deus verdadeiro e com Jesus Cristo (Jo 17.3).
- Orar com consciência do propósito – Jesus orou entendendo perfeitamente o propósito de sua vida. Isso nos inspira a orar com discernimento, submissão e foco no Reino.
📊 TABELA EXPOSITIVA – A GLORIFICAÇÃO DE JESUS (JO 17.1-5)
Versículo | Elemento Principal | Palavra Grega | Significado e Aplicação |
Jo 17.1 | “Glorifica a teu Filho” | Doxazō | A glória é revelada na cruz: humildade, obediência e amor redentor. |
Jo 17.1 | “Para que... o Filho te glorifique” | Doxazō | Glorificar o Pai é revelar seu caráter ao mundo. |
Jo 17.1 | “É chegada a hora” | Hōra | A hora da cruz — momento supremo da revelação divina. |
Jo 17.2 | “Vida eterna” | Zōē aiōnios | Vida em comunhão com Deus, desde agora. |
Jo 17.3 | “Que conheçam a ti” | Ginōskō | Conhecer não é apenas informação, mas relacionamento íntimo e transformador. |
Jo 17.4 | “Glorifiquei-te na terra” | Doxazō | A missão cumprida é forma de glorificar a Deus. |
Jo 17.5 | “Glorifica-me... com a glória que eu tinha” | Doxa | Retorno à glória eterna do Filho com o Pai, revelando sua natureza divina pré-encarnada. |
3- A mesma glória com o Pai. No versículo 5 está escrito: “E, agora, glorifica-me tu, ó Pai, junto de ti mesmo, com aquela glória que tinha contigo antes que o mundo existisse.” Essa referência à glória se relaciona à divindade do nosso Senhor como o Verbo Divino, antes da sua encarnação. Na realidade, o que Jesus solicita é a glorificação mútua entre o Filho e o Pai (v. 5). Somente nosso Senhor, o Filho de Deus, poderia fazer tal pedido por essa glorificação, uma honra que Ele possuía “antes que o mundo existisse”. Essa declaração evidencia a divindade de Jesus, ao revelá-lo como um com o Pai (Jo 17.11,21,24). Assim, com base nessa igualdade com o Pai, o pecador que confessa e se arrepende de seus pecados recebe a vida eterna e conhece, pela fé, “o único Deus verdadeiro e a Jesus Cristo, a quem enviaste” (Jo 17.3).
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
A MESMA GLÓRIA COM O PAI (JOÃO 17.5)
“E, agora, glorifica-me tu, ó Pai, junto de ti mesmo, com aquela glória que tinha contigo antes que o mundo existisse.” (Jo 17.5)
🔍 COMENTÁRIO BÍBLICO-TEOLÓGICO
Neste versículo, Jesus afirma sua pré-existência divina e compartilha que possuía uma glória eterna com o Pai, antes da criação do mundo. Essa oração mostra que a encarnação não anulou sua natureza divina, mas velou sua glória (cf. Fp 2.6-7). Agora, ao fim de sua missão redentora, Jesus roga pela restauração plena dessa glória, não como conquista, mas como direito eterno e essencial à sua natureza.
Essa glória partilhada revela a unidade ontológica entre o Pai e o Filho, ou seja, sua igualdade na essência divina (cf. Jo 1.1; 10.30). O teólogo Augustus Strong comenta que “a glória eterna do Filho é a expressão visível e ativa da essência divina” (Teologia Sistemática, p. 322).
Portanto, a glorificação que Jesus pede não é nova, mas retomada – a revelação da glória que Ele “tinha” (gr. eichon) junto ao Pai (para seautō tō patri) antes do tempo.
✍️ ANÁLISE DAS PALAVRAS GREGAS
- Doxazō (δοξάζω) – glorificar, reconhecer publicamente o valor e a majestade. Aqui é um pedido pela manifestação pública e eterna de sua glória divina velada durante a encarnação.
- Eichon (εἶχον) – tempo imperfeito de echo (ter), indicando posse contínua no passado: “aquela glória que eu continuamente possuía” com o Pai.
- Para seautō tō patri (παρὰ σεαυτῷ τῷ πατρί) – “junto de ti mesmo, ó Pai”. Mostra intimidade relacional eterna no seio da Trindade (cf. Jo 1.18).
- Pro tou ton kosmon einai (πρὸ τοῦ τὸν κόσμον εἶναι) – “antes que o mundo existisse”. Indica pré-existência antes de qualquer criação, em um tempo eterno.
📚 REFERÊNCIAS ACADÊMICAS CRISTÃS
- Leon Morris, O Evangelho Segundo João, p. 640 – afirma que Jesus “pede o retorno à glória divina que havia sido temporariamente ocultada durante sua encarnação”.
- Craig Keener, Gospel of John, Vol. II, p. 1050 – destaca que este versículo é uma das declarações mais explícitas sobre a divindade pré-encarnada de Cristo.
- D. A. Carson, The Gospel According to John, p. 554 – observa que a glória compartilhada entre Pai e Filho aponta para a eternidade da Trindade e o amor divino anterior à criação.
- Wayne Grudem, Teologia Sistemática, p. 236 – afirma que Jesus é plenamente Deus desde a eternidade, e essa glória é parte essencial de sua identidade eterna.
🙋🏽♂️ APLICAÇÃO PESSOAL
- Confiança na eternidade de Cristo – Saber que Jesus é Deus eterno e glorioso nos dá plena segurança em sua autoridade como Salvador e Senhor (Jo 8.58).
- Adoração fundamentada – Nossa adoração é direcionada àquele que existia desde antes da criação e que compartilha a glória do Pai (Ap 5.12).
- Esperança na glória futura – Assim como Jesus retornou à sua glória, também nós, como seus discípulos, somos chamados à glória eterna com Ele (Jo 17.24; Rm 8.17).
- Oração com propósito eterno – Jesus orou olhando para a eternidade, e isso nos ensina a orar com visão de Reino, não apenas por necessidades imediatas.
📊 TABELA EXPOSITIVA – A GLÓRIA ETERNA DE JESUS (JO 17.5)
Elemento
Palavra Grega / Expressão
Significado Teológico
Aplicação Pessoal
“Glorifica-me tu, ó Pai”
Doxazō
Pedido de manifestação da glória eterna do Filho
Reconhecer a autoridade e majestade de Cristo
“Com aquela glória que tinha”
Eichon
Glória contínua e eterna com o Pai, não adquirida, mas possuída
Certeza da divindade de Jesus
“Antes que o mundo existisse”
Pro tou ton kosmon einai
Pré-existência divina – anterior a toda criação
Base para crer em Cristo como Eterno Salvador
“Junto de ti mesmo”
Para seautō tō patri
Intimidade eterna do Filho com o Pai – unidade trinitária
Deus nos chama à comunhão eterna por meio do Filho
A MESMA GLÓRIA COM O PAI (JOÃO 17.5)
“E, agora, glorifica-me tu, ó Pai, junto de ti mesmo, com aquela glória que tinha contigo antes que o mundo existisse.” (Jo 17.5)
🔍 COMENTÁRIO BÍBLICO-TEOLÓGICO
Neste versículo, Jesus afirma sua pré-existência divina e compartilha que possuía uma glória eterna com o Pai, antes da criação do mundo. Essa oração mostra que a encarnação não anulou sua natureza divina, mas velou sua glória (cf. Fp 2.6-7). Agora, ao fim de sua missão redentora, Jesus roga pela restauração plena dessa glória, não como conquista, mas como direito eterno e essencial à sua natureza.
Essa glória partilhada revela a unidade ontológica entre o Pai e o Filho, ou seja, sua igualdade na essência divina (cf. Jo 1.1; 10.30). O teólogo Augustus Strong comenta que “a glória eterna do Filho é a expressão visível e ativa da essência divina” (Teologia Sistemática, p. 322).
Portanto, a glorificação que Jesus pede não é nova, mas retomada – a revelação da glória que Ele “tinha” (gr. eichon) junto ao Pai (para seautō tō patri) antes do tempo.
✍️ ANÁLISE DAS PALAVRAS GREGAS
- Doxazō (δοξάζω) – glorificar, reconhecer publicamente o valor e a majestade. Aqui é um pedido pela manifestação pública e eterna de sua glória divina velada durante a encarnação.
- Eichon (εἶχον) – tempo imperfeito de echo (ter), indicando posse contínua no passado: “aquela glória que eu continuamente possuía” com o Pai.
- Para seautō tō patri (παρὰ σεαυτῷ τῷ πατρί) – “junto de ti mesmo, ó Pai”. Mostra intimidade relacional eterna no seio da Trindade (cf. Jo 1.18).
- Pro tou ton kosmon einai (πρὸ τοῦ τὸν κόσμον εἶναι) – “antes que o mundo existisse”. Indica pré-existência antes de qualquer criação, em um tempo eterno.
📚 REFERÊNCIAS ACADÊMICAS CRISTÃS
- Leon Morris, O Evangelho Segundo João, p. 640 – afirma que Jesus “pede o retorno à glória divina que havia sido temporariamente ocultada durante sua encarnação”.
- Craig Keener, Gospel of John, Vol. II, p. 1050 – destaca que este versículo é uma das declarações mais explícitas sobre a divindade pré-encarnada de Cristo.
- D. A. Carson, The Gospel According to John, p. 554 – observa que a glória compartilhada entre Pai e Filho aponta para a eternidade da Trindade e o amor divino anterior à criação.
- Wayne Grudem, Teologia Sistemática, p. 236 – afirma que Jesus é plenamente Deus desde a eternidade, e essa glória é parte essencial de sua identidade eterna.
🙋🏽♂️ APLICAÇÃO PESSOAL
- Confiança na eternidade de Cristo – Saber que Jesus é Deus eterno e glorioso nos dá plena segurança em sua autoridade como Salvador e Senhor (Jo 8.58).
- Adoração fundamentada – Nossa adoração é direcionada àquele que existia desde antes da criação e que compartilha a glória do Pai (Ap 5.12).
- Esperança na glória futura – Assim como Jesus retornou à sua glória, também nós, como seus discípulos, somos chamados à glória eterna com Ele (Jo 17.24; Rm 8.17).
- Oração com propósito eterno – Jesus orou olhando para a eternidade, e isso nos ensina a orar com visão de Reino, não apenas por necessidades imediatas.
📊 TABELA EXPOSITIVA – A GLÓRIA ETERNA DE JESUS (JO 17.5)
Elemento | Palavra Grega / Expressão | Significado Teológico | Aplicação Pessoal |
“Glorifica-me tu, ó Pai” | Doxazō | Pedido de manifestação da glória eterna do Filho | Reconhecer a autoridade e majestade de Cristo |
“Com aquela glória que tinha” | Eichon | Glória contínua e eterna com o Pai, não adquirida, mas possuída | Certeza da divindade de Jesus |
“Antes que o mundo existisse” | Pro tou ton kosmon einai | Pré-existência divina – anterior a toda criação | Base para crer em Cristo como Eterno Salvador |
“Junto de ti mesmo” | Para seautō tō patri | Intimidade eterna do Filho com o Pai – unidade trinitária | Deus nos chama à comunhão eterna por meio do Filho |
SINÓPSE I
A oração de Jesus demonstra o seu desejo em glorificar o Pai e reafirmar a glória que compartilha com Ele desde toda a eternidade.
AUXÍLIO BÍBLICO-TEOLÓGICO
A ORAÇÃO POR SI MESMO
“Do ponto de vista de Jesus, quando Ele olha para os anos passados da sua curta permanência na terra (1.14), há quatro coisas específicas e evidentes que Ele realizou e que o haviam trazido até a hora.
1- Eu glorifiquei-te na terra (4). Ele teve uma glória com o Pai antes que o mundo existisse e Ele antevia que isto seria restaurado. Glorifica-me tu, ó Pai, junto de ti mesmo (5; cf. 24). Colocado em linguagem moderna, Ele estava dizendo que, a partir da perspectiva divina, a Encarnação era um celebrado sucesso.
2- Tendo consumado a obra que me deste a fazer (4). O verbo grego para consumar é teleiosas, que significa ‘completar, trazer ao final, terminar, realizar… trazer ao objetivo ou à realização, no sentido de superação ou suplantação de um estado imperfeito de coisas por alguém que está livre de objeções’. A obra é a redenção do homem, e está consumada da maneira mais perfeita (cf. 19.30). Não se pode deixar de exclamar ‘Aleluia, está consumado!’
3- Manifestei o teu nome aos homens que do mundo me deste (6). A palavra grega para manifestar é ephanerosa, que significa ‘tornar conhecido pelas palavras transmitidas… embora aqui o ensino seja acompanhado por uma revelação que vem da obra’. Na adoração judaica, era proibido pronunciar o nome de Jeová (Yahweh). Mas agora o nome Pai tornou-se conhecido e os homens “já não precisam ter medo de pronunciar o nome sagrado”.
4- Eu lhes dei as palavras que me deste (8). Ele, a eterna Palavra viva, deu aos homens as palavras que eles receberam. Disto vem o conhecimento — eles têm conhecido a verdadeira natureza [de Jesus]; saí de ti — e a fé — e creram na sua missão; que me enviaste (8; cf.18,21,23,25). Strachan comenta: ‘Os discípulos foram capazes, ouvindo as ‘palavras’ de Jesus, de manter a Palavra de Deus (6). ‘Manter’ quer dizer mais do que obedecer. Quer dizer proteger e comunicar ao mundo a revelação que Deus confiou à sua Igreja’” (Comentário Bíblico Beacon. Vol. 7. Rio de Janeiro: CPAD, 2022, pp.138-39).
II- A ORAÇÃO DE JESUS PELOS DISCÍPULOS
1- Intercessão pela proteção dos discípulos. Nos versículos 4 a 8, exceto o versículo 5, Jesus ora como se estivesse apresentando um relato ao Pai sobre tudo o que realizou durante seu ministério na Terra. No versículo 6, Ele intercede por seus discípulos e pela unidade entre eles, uma vez que seriam os responsáveis por continuar a obra que Jesus havia iniciado. Para o Pai, o nosso Senhor se refere aos discípulos como “homens que do mundo me deste” (v.6). O Redentor revela que seus discípulos pertenciam ao Pai e que Este os entregou a Ele: “Eram teus, e tu mos deste, e guardaram a tua palavra” (Jo 17.6b). Ao longo de quase quatro anos, Jesus investiu nesses homens, que se mostraram fiéis, prontos para prosseguir com a missão de evangelização.
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
A ORAÇÃO DE JESUS PELOS DISCÍPULOS
1 – Intercessão pela proteção dos discípulos (João 17.4-8, exceto v.5)
“Eu lhes tenho manifestado o teu nome, e lhes o manifestarei, para que o amor com que me amaste esteja neles, e eu neles esteja.” (Jo 17.6)
🔍 COMENTÁRIO BÍBLICO-TEOLÓGICO
Nesta passagem, Jesus está intercedendo por seus discípulos, aqueles que o Pai lhe confiou para que fossem guardados e continuassem a missão redentora no mundo. Ele apresenta ao Pai um relato do seu ministério cumprido (vv. 4-5), mas, especialmente em João 17.6, destaca o relacionamento íntimo e o cuidado do Pai para com seus discípulos.
Jesus os chama de “homens que do mundo me deste” (toús anthrōpous hos soi edōkās), o que significa que esses discípulos não pertenciam ao mundo, mas tinham uma origem e proteção divina. O verbo “deste” (edōkās) sugere entrega e responsabilidade do Pai sobre eles, como um tesouro confiado a Jesus (cf. Jo 6.37; 10.29).
O cumprimento do ministério de Jesus consistiu em revelar o nome do Pai — ou seja, sua natureza, caráter e poder salvífico — aos discípulos, e, por consequência, prepará-los para continuar a obra no mundo. Essa manifestação do nome divino é central para a identidade e missão dos seguidores de Jesus (cf. Ex 3.13-15; Jo 1.18).
Além disso, Jesus ora para que o amor do Pai esteja neles, e que Ele mesmo também esteja presente neles, indicando uma comunhão íntima, vital e transformadora que capacita os discípulos a viverem fiéis em um mundo hostil.
✍️ ANÁLISE DAS PALAVRAS GREGAS
- Didōmi (δίδωμι), verbo “deste” (aos discípulos), indica entrega voluntária e propósito divino, mostrando que os discípulos são objeto de cuidado e responsabilidade do Pai para com o Filho.
- Phylassō (φυλάσσω), verbo usado em outras passagens para “guardar” ou “proteger” (cf. Jo 17.12; Jo 10.28), reforça a ideia de proteção especial de Deus sobre os discípulos.
- Onoma (ὄνομα), “nome”, representa mais do que uma designação; significa a essência, autoridade e caráter de Deus revelados (cf. Lv 24.11; Sal 23.3; Ex 3.14).
- Agapē (ἀγάπη), “amor”, aqui indica o amor perfeito e fiel de Deus, que é um dom que une e transforma (cf. 1Jo 4.8).
📚 REFERÊNCIAS ACADÊMICAS CRISTÃS
- Leon Morris, The Gospel According to John, p. 641-642 – destaca que a oração enfatiza a relação especial entre o Pai, Jesus e os discípulos, mostrando uma proteção divina e um chamado à fidelidade.
- Craig Keener, The Gospel of John, Vol. 2, p. 1055 – interpreta a entrega dos discípulos pelo Pai a Jesus como uma expressão da soberania divina e da responsabilidade confiada a Cristo.
- D. A. Carson, The Gospel According to John, p. 557 – comenta que o “nome do Pai” representa a revelação de sua natureza e autoridade a seus seguidores.
- William Hendriksen, Exposition of the Gospel of John, p. 569 – aponta que os discípulos são guardados do mundo e da corrupção moral para a obra de Deus.
🙋🏽♂️ APLICAÇÃO PESSOAL
- Confiança na proteção divina – Os seguidores de Cristo podem confiar que Deus os guarda e preserva no meio das dificuldades e tentações.
- Importância de conhecer Deus – Conhecer o nome (caráter e natureza) de Deus é essencial para um relacionamento íntimo e para enfrentar o mundo com coragem e fé.
- Viver em amor e comunhão com Cristo – O amor de Deus e a presença de Cristo são forças vitais que transformam nosso viver e missão diária.
- Compromisso com a missão – Como discípulos, somos chamados a continuar a obra de Jesus no mundo, sustentados pela proteção e direção divina.
📊 TABELA EXPOSITIVA – A ORAÇÃO DE JESUS PELA PROTEÇÃO DOS DISCÍPULOS (JOÃO 17.4-8)
Versículo
Elemento-chave
Palavra Grega
Significado Teológico
Aplicação Pessoal
Jo 17.4
Cumprimento da missão
Teleō (τελέω)
Jesus completou a obra que o Pai lhe deu
Cumprir fielmente a missão recebida
Jo 17.6
Discípulos dados pelo Pai
Edōkās (ἔδωκας)
Os discípulos são entregues por Deus a Jesus
Pertencemos a Deus, somos guardados por Ele
Jo 17.6
Manifestação do nome
Onoma (ὄνομα)
Revelação da natureza e autoridade divina
Conhecer Deus é fundamental para a vida
Jo 17.6
Amor de Deus
Agapē (ἀγάπη)
Amor divino que une e capacita
Viver no amor e comunhão com Cristo
Jo 17.8
Fidelidade à Palavra
Tēreō (τηρέω)
Guardar a palavra significa perseverar na verdade
Permanecer fiel na caminhada cristã
A ORAÇÃO DE JESUS PELOS DISCÍPULOS
1 – Intercessão pela proteção dos discípulos (João 17.4-8, exceto v.5)
“Eu lhes tenho manifestado o teu nome, e lhes o manifestarei, para que o amor com que me amaste esteja neles, e eu neles esteja.” (Jo 17.6)
🔍 COMENTÁRIO BÍBLICO-TEOLÓGICO
Nesta passagem, Jesus está intercedendo por seus discípulos, aqueles que o Pai lhe confiou para que fossem guardados e continuassem a missão redentora no mundo. Ele apresenta ao Pai um relato do seu ministério cumprido (vv. 4-5), mas, especialmente em João 17.6, destaca o relacionamento íntimo e o cuidado do Pai para com seus discípulos.
Jesus os chama de “homens que do mundo me deste” (toús anthrōpous hos soi edōkās), o que significa que esses discípulos não pertenciam ao mundo, mas tinham uma origem e proteção divina. O verbo “deste” (edōkās) sugere entrega e responsabilidade do Pai sobre eles, como um tesouro confiado a Jesus (cf. Jo 6.37; 10.29).
O cumprimento do ministério de Jesus consistiu em revelar o nome do Pai — ou seja, sua natureza, caráter e poder salvífico — aos discípulos, e, por consequência, prepará-los para continuar a obra no mundo. Essa manifestação do nome divino é central para a identidade e missão dos seguidores de Jesus (cf. Ex 3.13-15; Jo 1.18).
Além disso, Jesus ora para que o amor do Pai esteja neles, e que Ele mesmo também esteja presente neles, indicando uma comunhão íntima, vital e transformadora que capacita os discípulos a viverem fiéis em um mundo hostil.
✍️ ANÁLISE DAS PALAVRAS GREGAS
- Didōmi (δίδωμι), verbo “deste” (aos discípulos), indica entrega voluntária e propósito divino, mostrando que os discípulos são objeto de cuidado e responsabilidade do Pai para com o Filho.
- Phylassō (φυλάσσω), verbo usado em outras passagens para “guardar” ou “proteger” (cf. Jo 17.12; Jo 10.28), reforça a ideia de proteção especial de Deus sobre os discípulos.
- Onoma (ὄνομα), “nome”, representa mais do que uma designação; significa a essência, autoridade e caráter de Deus revelados (cf. Lv 24.11; Sal 23.3; Ex 3.14).
- Agapē (ἀγάπη), “amor”, aqui indica o amor perfeito e fiel de Deus, que é um dom que une e transforma (cf. 1Jo 4.8).
📚 REFERÊNCIAS ACADÊMICAS CRISTÃS
- Leon Morris, The Gospel According to John, p. 641-642 – destaca que a oração enfatiza a relação especial entre o Pai, Jesus e os discípulos, mostrando uma proteção divina e um chamado à fidelidade.
- Craig Keener, The Gospel of John, Vol. 2, p. 1055 – interpreta a entrega dos discípulos pelo Pai a Jesus como uma expressão da soberania divina e da responsabilidade confiada a Cristo.
- D. A. Carson, The Gospel According to John, p. 557 – comenta que o “nome do Pai” representa a revelação de sua natureza e autoridade a seus seguidores.
- William Hendriksen, Exposition of the Gospel of John, p. 569 – aponta que os discípulos são guardados do mundo e da corrupção moral para a obra de Deus.
🙋🏽♂️ APLICAÇÃO PESSOAL
- Confiança na proteção divina – Os seguidores de Cristo podem confiar que Deus os guarda e preserva no meio das dificuldades e tentações.
- Importância de conhecer Deus – Conhecer o nome (caráter e natureza) de Deus é essencial para um relacionamento íntimo e para enfrentar o mundo com coragem e fé.
- Viver em amor e comunhão com Cristo – O amor de Deus e a presença de Cristo são forças vitais que transformam nosso viver e missão diária.
- Compromisso com a missão – Como discípulos, somos chamados a continuar a obra de Jesus no mundo, sustentados pela proteção e direção divina.
📊 TABELA EXPOSITIVA – A ORAÇÃO DE JESUS PELA PROTEÇÃO DOS DISCÍPULOS (JOÃO 17.4-8)
Versículo | Elemento-chave | Palavra Grega | Significado Teológico | Aplicação Pessoal |
Jo 17.4 | Cumprimento da missão | Teleō (τελέω) | Jesus completou a obra que o Pai lhe deu | Cumprir fielmente a missão recebida |
Jo 17.6 | Discípulos dados pelo Pai | Edōkās (ἔδωκας) | Os discípulos são entregues por Deus a Jesus | Pertencemos a Deus, somos guardados por Ele |
Jo 17.6 | Manifestação do nome | Onoma (ὄνομα) | Revelação da natureza e autoridade divina | Conhecer Deus é fundamental para a vida |
Jo 17.6 | Amor de Deus | Agapē (ἀγάπη) | Amor divino que une e capacita | Viver no amor e comunhão com Cristo |
Jo 17.8 | Fidelidade à Palavra | Tēreō (τηρέω) | Guardar a palavra significa perseverar na verdade | Permanecer fiel na caminhada cristã |
2- Os discípulos receberam a Palavra. Apesar de, em certas ocasiões, os discípulos terem encontrado dificuldades para compreender completamente os ensinamentos de Jesus, as suas recordações foram reavivadas pelo Espírito Santo quando receberam o poder no dia de Pentecostes, permitindo-lhes assim entender e difundir o que aprenderam com o Mestre (At 2.14-36). No versículo 6, Jesus referiu-se ao Pai afirmando que os seus discípulos mantiveram a mensagem recebida: “E guardaram a tua Palavra”. Ao vivermos conforme a Palavra de Deus, aceitando e obedecendo aos ensinamentos de Cristo, podemos testemunhar o Evangelho com credibilidade.
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
Os discípulos receberam a Palavra
(João 17.6: “E guardaram a tua palavra”)
🔍 COMENTÁRIO BÍBLICO-TEOLÓGICO
No versículo 6 de João 17, Jesus destaca que seus discípulos “guardaram a tua palavra” (tērousin ton logon sou), um testemunho importante da fidelidade dos seguidores de Cristo à mensagem divina. Guardar a palavra significa preservar, obedecer e viver segundo o ensino revelado pelo Pai por meio de Jesus.
Embora os discípulos, enquanto estavam com Jesus, nem sempre tenham compreendido completamente a profundidade dos seus ensinamentos (cf. Mc 9.32; Jo 12.16), o Espírito Santo, prometido por Jesus (Jo 14.26; 16.13), veio no dia de Pentecostes (At 2.1-4) para reavivar essas memórias, iluminar suas mentes e capacitá-los a proclamar com poder o Evangelho (At 2.14-36).
Esse evento confirma que a Palavra de Deus é viva e eficaz (Hb 4.12), e o Espírito Santo atua para que ela seja compreendida, internalizada e proclamada com autoridade, gerando transformação pessoal e impacto no mundo.
Guardando a Palavra, os discípulos não só mantêm sua fé viva, mas também cumprem a missão confiada, sendo testemunhas autênticas e fiéis do Reino de Deus (At 1.8).
✍️ ANÁLISE DAS PALAVRAS GREGAS
- Tēreō (τηρέω), “guardar” ou “manter”, implica mais que memorizar; significa preservar e obedecer fielmente (cf. Jo 14.15: “Se me amais, guardareis os meus mandamentos”).
- Logos (λόγος), “palavra”, denota a mensagem revelada de Deus, a Palavra viva e eficaz, que é Jesus mesmo (Jo 1.1,14) e seu ensinamento.
- Pneuma Hagion (Πνεῦμα Ἅγιον), “Espírito Santo”, é o agente divino que capacita, ilumina e guia para a verdade, conforme prometido por Jesus (Jo 14.26).
📚 REFERÊNCIAS ACADÊMICAS CRISTÃS
- F. F. Bruce, The Book of the Acts, p. 60-65 – explica o papel fundamental do Espírito Santo em capacitar os discípulos a compreender e proclamar o Evangelho no Pentecostes.
- Leon Morris, The Gospel According to John, p. 642 – observa que “guardar a palavra” é um sinal da verdadeira fé e do compromisso com Deus.
- D. A. Carson, The Gospel According to John, p. 558 – reforça que a compreensão plena dos ensinamentos só veio com a vinda do Espírito.
- John Stott, The Spirit, the Church, and the World, p. 102 – destaca o papel do Espírito Santo em renovar a mente e transformar vidas através da Palavra.
🙋🏽♂️ APLICAÇÃO PESSOAL
- Vivência da Palavra – Não basta apenas conhecer os ensinamentos de Cristo; devemos guardá-los em nosso coração e praticá-los diariamente.
- Dependência do Espírito Santo – Precisamos do auxílio do Espírito para entender a Bíblia, aplicá-la e compartilhá-la com sabedoria e poder.
- Fidelidade na missão – Como os primeiros discípulos, somos chamados a permanecer firmes na Palavra para testemunhar o Evangelho no nosso tempo.
- Transformação pela Palavra – A Palavra de Deus deve ser a base para nossa transformação pessoal e crescimento espiritual.
📊 TABELA EXPOSITIVA – OS DISCÍPULOS RECEBERAM A PALAVRA
Aspecto
Texto Bíblico
Palavra Grega
Significado
Aplicação Pessoal
Guardar a Palavra
Jo 17.6
Tēreō (τηρέω)
Preservar, obedecer fielmente
Praticar os ensinamentos diários
A Palavra de Deus
Jo 1.1; Hb 4.12
Logos (λόγος)
Mensagem viva e eficaz
Conhecer e amar a Bíblia
Capacitação do Espírito
At 2.1-4
Pneuma Hagion
Espírito Santo que ilumina
Buscar a direção do Espírito
Compreensão e Proclamação
At 2.14-36
—
Espírito renova o entendimento
Ser testemunha fiel de Cristo
Os discípulos receberam a Palavra
(João 17.6: “E guardaram a tua palavra”)
🔍 COMENTÁRIO BÍBLICO-TEOLÓGICO
No versículo 6 de João 17, Jesus destaca que seus discípulos “guardaram a tua palavra” (tērousin ton logon sou), um testemunho importante da fidelidade dos seguidores de Cristo à mensagem divina. Guardar a palavra significa preservar, obedecer e viver segundo o ensino revelado pelo Pai por meio de Jesus.
Embora os discípulos, enquanto estavam com Jesus, nem sempre tenham compreendido completamente a profundidade dos seus ensinamentos (cf. Mc 9.32; Jo 12.16), o Espírito Santo, prometido por Jesus (Jo 14.26; 16.13), veio no dia de Pentecostes (At 2.1-4) para reavivar essas memórias, iluminar suas mentes e capacitá-los a proclamar com poder o Evangelho (At 2.14-36).
Esse evento confirma que a Palavra de Deus é viva e eficaz (Hb 4.12), e o Espírito Santo atua para que ela seja compreendida, internalizada e proclamada com autoridade, gerando transformação pessoal e impacto no mundo.
Guardando a Palavra, os discípulos não só mantêm sua fé viva, mas também cumprem a missão confiada, sendo testemunhas autênticas e fiéis do Reino de Deus (At 1.8).
✍️ ANÁLISE DAS PALAVRAS GREGAS
- Tēreō (τηρέω), “guardar” ou “manter”, implica mais que memorizar; significa preservar e obedecer fielmente (cf. Jo 14.15: “Se me amais, guardareis os meus mandamentos”).
- Logos (λόγος), “palavra”, denota a mensagem revelada de Deus, a Palavra viva e eficaz, que é Jesus mesmo (Jo 1.1,14) e seu ensinamento.
- Pneuma Hagion (Πνεῦμα Ἅγιον), “Espírito Santo”, é o agente divino que capacita, ilumina e guia para a verdade, conforme prometido por Jesus (Jo 14.26).
📚 REFERÊNCIAS ACADÊMICAS CRISTÃS
- F. F. Bruce, The Book of the Acts, p. 60-65 – explica o papel fundamental do Espírito Santo em capacitar os discípulos a compreender e proclamar o Evangelho no Pentecostes.
- Leon Morris, The Gospel According to John, p. 642 – observa que “guardar a palavra” é um sinal da verdadeira fé e do compromisso com Deus.
- D. A. Carson, The Gospel According to John, p. 558 – reforça que a compreensão plena dos ensinamentos só veio com a vinda do Espírito.
- John Stott, The Spirit, the Church, and the World, p. 102 – destaca o papel do Espírito Santo em renovar a mente e transformar vidas através da Palavra.
🙋🏽♂️ APLICAÇÃO PESSOAL
- Vivência da Palavra – Não basta apenas conhecer os ensinamentos de Cristo; devemos guardá-los em nosso coração e praticá-los diariamente.
- Dependência do Espírito Santo – Precisamos do auxílio do Espírito para entender a Bíblia, aplicá-la e compartilhá-la com sabedoria e poder.
- Fidelidade na missão – Como os primeiros discípulos, somos chamados a permanecer firmes na Palavra para testemunhar o Evangelho no nosso tempo.
- Transformação pela Palavra – A Palavra de Deus deve ser a base para nossa transformação pessoal e crescimento espiritual.
📊 TABELA EXPOSITIVA – OS DISCÍPULOS RECEBERAM A PALAVRA
Aspecto | Texto Bíblico | Palavra Grega | Significado | Aplicação Pessoal |
Guardar a Palavra | Jo 17.6 | Tēreō (τηρέω) | Preservar, obedecer fielmente | Praticar os ensinamentos diários |
A Palavra de Deus | Jo 1.1; Hb 4.12 | Logos (λόγος) | Mensagem viva e eficaz | Conhecer e amar a Bíblia |
Capacitação do Espírito | At 2.1-4 | Pneuma Hagion | Espírito Santo que ilumina | Buscar a direção do Espírito |
Compreensão e Proclamação | At 2.14-36 | — | Espírito renova o entendimento | Ser testemunha fiel de Cristo |
3- Protegidos do mundo. O versículo 14 afirma: “Dei-lhes a tua palavra, e o mundo os odiou, porque não são do mundo, assim como eu não sou do mundo”. É importante prestar atenção ao termo “mundo”. Este pode referir-se ao “universo criado” (Jo 17.5) ou à humanidade (Jo 3.16). No entanto, aqui Jesus se refere ao sistema espiritual governado por Satanás (Jo 17.14). O apóstolo Paulo descreve esse “mundo” como um governo espiritual maligno (Ef 2.2). Por conseguinte, o nosso Senhor deseja que o Pai guarde os seus discípulos desse sistema mundano, que é incompatível com o Evangelho, sob a influência do “príncipe deste mundo” (Jo 12.31; 14.30; 16.11).
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
Protegidos do mundo
(João 17.14: “Dei-lhes a tua palavra, e o mundo os odiou, porque não são do mundo, assim como eu não sou do mundo.”)
🔍 COMENTÁRIO BÍBLICO-TEOLÓGICO
Neste versículo, Jesus destaca uma realidade espiritual crucial para seus seguidores: eles enfrentam a oposição do “mundo” (kosmos), que odeia aqueles que pertencem a Deus. O termo grego kosmos possui uma ampla gama de sentidos, podendo referir-se tanto à criação física quanto ao sistema de valores, cultura e poderes espirituais dominados por Satanás.
Aqui, Jesus claramente usa o termo para designar o sistema mundano e espiritual hostil a Deus — um “governo espiritual maligno”, conforme explica Paulo em Efésios 2.2: “conforme o príncipe da autoridade do ar, do espírito que agora opera nos filhos da desobediência”.
O conflito entre o discípulo de Jesus e o mundo não é apenas social ou cultural, mas essencialmente espiritual. O discípulo está separado da lógica, ética e valores do sistema corrompido pelo “príncipe deste mundo” (Jo 12.31; 14.30; 16.11).
Jesus identifica seus seguidores como “não do mundo”, assim como Ele próprio “não é do mundo” — isto é, eles pertencem a uma realidade espiritual diferente, alinhada com o Reino de Deus.
✍️ ANÁLISE DAS PALAVRAS GREGAS
- Kosmos (κόσμος), “mundo”, neste contexto se refere ao sistema mundano e espiritual que se opõe a Deus e Seus valores. O mundo é governado por Satanás, o “príncipe deste mundo” (arche tou kosmou toutou, Jo 12.31).
- Miseō (μισέω), “odiar”, expressa rejeição veemente e hostilidade, uma resposta natural do sistema mundano àqueles que rejeitam seus valores e seguem a Cristo.
- Outos (οὗτοι), “estes”, referindo-se aos discípulos que não pertencem ao mundo, mas são separados para Deus.
📚 REFERÊNCIAS ACADÊMICAS CRISTÃS
- Leon Morris, The Gospel According to John, p. 663-665 – explica que o “mundo” contra o qual Jesus fala é o sistema mundano governado por Satanás, hostil à Palavra e aos seguidores de Cristo.
- F. F. Bruce, The Book of the Acts, p. 89 – destaca a oposição espiritual que os primeiros cristãos enfrentaram, rejeitados pelo “mundo”.
- D. A. Carson, The Gospel According to John, p. 589 – ressalta a tensão entre o Reino de Deus e o sistema mundano como tema central no evangelho de João.
- John Stott, The Cross of Christ, p. 112 – observa a radical separação entre os valores do Reino e os do mundo.
🙋🏽♂️ APLICAÇÃO PESSOAL
- Consciência da oposição espiritual – Como discípulos, precisamos estar conscientes de que nossa fé nos posiciona contra o sistema mundano, provocando resistência e até perseguição.
- Separação e santificação – Devemos nos manter separados dos valores do mundo que são contrários à Palavra de Deus, buscando viver segundo o Espírito.
- Confiança na proteção divina – Jesus ora para que o Pai guarde seus discípulos da influência do mal; precisamos confiar nessa proteção e perseverar em meio às adversidades.
- Testemunho fiel – Mesmo enfrentando rejeição, devemos manter nosso testemunho e amar os que estão “no mundo”, orando por sua conversão.
📊 TABELA EXPOSITIVA – PROTEGIDOS DO MUNDO
Aspecto
Texto Bíblico
Palavra Grega
Significado
Aplicação Pessoal
Mundo
Jo 17.14; Ef 2.2
Kosmos (κόσμος)
Sistema espiritual e cultural hostil a Deus
Manter separação dos valores mundanos
Ódio do mundo
Jo 17.14
Miseō (μισέω)
Rejeição e hostilidade espiritual
Preparar-se para oposição e perseguição
Discípulos “não do mundo”
Jo 17.14
Outos (οὗτοι)
Separados para Deus
Viver em santidade e fidelidade
Proteção divina
Jo 17.15
Phylassō (φυλάσσω)
Guardar, proteger
Confiar na proteção do Pai
Protegidos do mundo
(João 17.14: “Dei-lhes a tua palavra, e o mundo os odiou, porque não são do mundo, assim como eu não sou do mundo.”)
🔍 COMENTÁRIO BÍBLICO-TEOLÓGICO
Neste versículo, Jesus destaca uma realidade espiritual crucial para seus seguidores: eles enfrentam a oposição do “mundo” (kosmos), que odeia aqueles que pertencem a Deus. O termo grego kosmos possui uma ampla gama de sentidos, podendo referir-se tanto à criação física quanto ao sistema de valores, cultura e poderes espirituais dominados por Satanás.
Aqui, Jesus claramente usa o termo para designar o sistema mundano e espiritual hostil a Deus — um “governo espiritual maligno”, conforme explica Paulo em Efésios 2.2: “conforme o príncipe da autoridade do ar, do espírito que agora opera nos filhos da desobediência”.
O conflito entre o discípulo de Jesus e o mundo não é apenas social ou cultural, mas essencialmente espiritual. O discípulo está separado da lógica, ética e valores do sistema corrompido pelo “príncipe deste mundo” (Jo 12.31; 14.30; 16.11).
Jesus identifica seus seguidores como “não do mundo”, assim como Ele próprio “não é do mundo” — isto é, eles pertencem a uma realidade espiritual diferente, alinhada com o Reino de Deus.
✍️ ANÁLISE DAS PALAVRAS GREGAS
- Kosmos (κόσμος), “mundo”, neste contexto se refere ao sistema mundano e espiritual que se opõe a Deus e Seus valores. O mundo é governado por Satanás, o “príncipe deste mundo” (arche tou kosmou toutou, Jo 12.31).
- Miseō (μισέω), “odiar”, expressa rejeição veemente e hostilidade, uma resposta natural do sistema mundano àqueles que rejeitam seus valores e seguem a Cristo.
- Outos (οὗτοι), “estes”, referindo-se aos discípulos que não pertencem ao mundo, mas são separados para Deus.
📚 REFERÊNCIAS ACADÊMICAS CRISTÃS
- Leon Morris, The Gospel According to John, p. 663-665 – explica que o “mundo” contra o qual Jesus fala é o sistema mundano governado por Satanás, hostil à Palavra e aos seguidores de Cristo.
- F. F. Bruce, The Book of the Acts, p. 89 – destaca a oposição espiritual que os primeiros cristãos enfrentaram, rejeitados pelo “mundo”.
- D. A. Carson, The Gospel According to John, p. 589 – ressalta a tensão entre o Reino de Deus e o sistema mundano como tema central no evangelho de João.
- John Stott, The Cross of Christ, p. 112 – observa a radical separação entre os valores do Reino e os do mundo.
🙋🏽♂️ APLICAÇÃO PESSOAL
- Consciência da oposição espiritual – Como discípulos, precisamos estar conscientes de que nossa fé nos posiciona contra o sistema mundano, provocando resistência e até perseguição.
- Separação e santificação – Devemos nos manter separados dos valores do mundo que são contrários à Palavra de Deus, buscando viver segundo o Espírito.
- Confiança na proteção divina – Jesus ora para que o Pai guarde seus discípulos da influência do mal; precisamos confiar nessa proteção e perseverar em meio às adversidades.
- Testemunho fiel – Mesmo enfrentando rejeição, devemos manter nosso testemunho e amar os que estão “no mundo”, orando por sua conversão.
📊 TABELA EXPOSITIVA – PROTEGIDOS DO MUNDO
Aspecto | Texto Bíblico | Palavra Grega | Significado | Aplicação Pessoal |
Mundo | Jo 17.14; Ef 2.2 | Kosmos (κόσμος) | Sistema espiritual e cultural hostil a Deus | Manter separação dos valores mundanos |
Ódio do mundo | Jo 17.14 | Miseō (μισέω) | Rejeição e hostilidade espiritual | Preparar-se para oposição e perseguição |
Discípulos “não do mundo” | Jo 17.14 | Outos (οὗτοι) | Separados para Deus | Viver em santidade e fidelidade |
Proteção divina | Jo 17.15 | Phylassō (φυλάσσω) | Guardar, proteger | Confiar na proteção do Pai |
SINÓPSE II
Jesus pediu a proteção para os seus discípulos, que acolheram a Palavra e necessitavam ser guardados do mal que existe no mundo.
AUXÍLIO BIBLIOLÓGICO
A ORAÇÃO PELOS DISCÍPULOS
“A oração final de Jesus por seus discípulos mostra os desejos mais profundos de nosso Senhor para os seus seguidores, tanto para aquela época quanto para os nossos dias. Isto também é um exemplo inspirado pelo Espírito de como todos os pastores e líderes de ministério devem orar pelas pessoas, e como os pais cristãos devem orar por seus filhos. Ao orar por aqueles que estão sob os nossos cuidados, nossas maiores preocupações devem ser: (1) que essas pessoas possam conhecer a Jesus Cristo e à sua Palavra intimamente (vv. 2-3,17,19; veja o v. 3, nota); (2) que Deus possa protegê-las das más influências do mundo, impedindo que se afastem dele e dar-lhes discernimento para reconhecer e rejeitar crenças ímpias e falsos ensinamentos espirituais (vv. 6,11,14-17)” (Bíblia de Estudo Pentecostal: Edição Global. Rio de Janeiro: CPAD, 2022, p.1891).
III- A ORAÇÃO DE JESUS PELOS QUE VIRIAM A CRER
1- Oração pela unidade da Igreja. Nesta terceira parte de sua súplica, Jesus pediu pela unidade da Igreja. Mais do que uma unidade de natureza eclesiástica ou orgânica, Jesus intercedeu pela harmonia espiritual do seu povo. Nosso Senhor ansiava por uma união genuína, tal como a que existe entre Ele e o Pai. Essa foi a súplica do nosso Senhor: “para que todos sejam um, assim como tu, ó Pai, estás em mim, e eu em ti” (Jo 17.21).
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
A Oração de Jesus pelos que viriam a crer
1 – Oração pela unidade da Igreja
Texto-base: João 17.21 — “Para que todos sejam um, assim como tu, ó Pai, estás em mim, e eu em ti.”
🔍 Comentário bíblico-teológico
Nesta parte da oração, Jesus destaca o anseio divino por uma unidade que transcenda a mera estrutura institucional ou organizacional da Igreja. Ele ora para que os crentes experimentem uma unidade espiritual profunda, refletindo a comunhão perfeita entre o Pai e o Filho. Essa unidade é essencialmente relacional, marcada pela intimidade, amor e interdependência que caracterizam o próprio Deus em Sua Trindade.
Jesus pede que “todos sejam um” (hen ōsin, ἕν ὦσιν), usando o número singular para enfatizar a unidade essencial, não uma uniformidade superficial. A unidade visada é um reflexo da comunhão trinitária: a unidade entre o Pai e o Filho (hoti hoso su, Pater, en emoi kai ego en soi), onde há um mútuo indwelling (en – “em”) que expressa a perfeita comunhão e identidade em missão.
A oração de Jesus reconhece que essa unidade é um testemunho poderoso ao mundo, declarando a autenticidade da missão e do amor divino (Jo 17.23). É uma unidade que traz glória a Deus e serve como evidência visível do agir do Espírito Santo no meio dos crentes.
✍️ Análise das palavras gregas
- Hen (ἕν) — “um” (neutro singular), que enfatiza a unidade essencial e espiritual, não apenas numérica.
- Hōsó (ὅσο) — “assim como”, expressão de comparação absoluta que aponta para o padrão da unidade trinitária.
- En (ἐν) — “em”, expressão que mostra a íntima comunhão entre o Pai e o Filho, indicando uma união pessoal e relacional profunda.
- Pater (Πατήρ) — “Pai”, Deus Pai, a fonte da unidade trinitária.
- Ego (ἐγώ) — “eu”, o Filho, que está em perfeita unidade com o Pai.
📚 Referências acadêmicas cristãs
- Leon Morris, The Gospel According to John, p. 683-685 — destaca que a unidade pedida por Jesus é espiritual e trinitária, não apenas institucional, e é essencial para a missão da Igreja no mundo.
- F. F. Bruce, The Epistles of John, p. 138 — enfatiza que essa oração é um modelo para o relacionamento cristão, promovendo unidade pela comunhão no amor e na verdade.
- D. A. Carson, The Gospel According to John, p. 612 — observa que a unidade é um testemunho poderoso ao mundo da realidade de Deus em Cristo.
- John Stott, Basic Christianity, p. 105 — argumenta que a unidade da Igreja reflete a realidade do Evangelho e é indispensável para o testemunho cristão.
🙋🏽♂️ Aplicação pessoal
- Buscar unidade espiritual verdadeira — Devemos cultivar uma comunhão genuína com outros crentes, baseada no amor, perdão e humildade, refletindo a unidade trinitária.
- Unidade como testemunho — A unidade no corpo de Cristo é um poderoso testemunho para o mundo, mostrando a transformação que o Evangelho opera.
- Superar divisões — Precisamos trabalhar contra qualquer forma de divisão e sectarismo, lembrando que Jesus orou por todos os seus seguidores como um corpo unido.
- Papel do Espírito Santo — A verdadeira unidade só é possível pela ação do Espírito Santo que nos une em Cristo.
📊 Tabela Expositiva – Oração pela Unidade da Igreja
Aspecto
Texto Bíblico
Palavra Grega
Significado
Aplicação Pessoal
Unidade espiritual
Jo 17.21
Hen (ἕν)
Unidade essencial, não apenas numérica
Buscar comunhão profunda no amor
Padrão da unidade
Jo 17.21
Hōsó (ὅσο)
“Assim como” (comparação absoluta)
Refletir a comunhão perfeita entre Pai e Filho
Comunhão íntima
Jo 17.21
En (ἐν)
“Em”, comunhão relacional profunda
Viver em união com Cristo e irmãos
Testemunho ao mundo
Jo 17.23
—
Unidade é evidência da autenticidade cristã
Cultivar unidade para impactar o mundo
A Oração de Jesus pelos que viriam a crer
1 – Oração pela unidade da Igreja
Texto-base: João 17.21 — “Para que todos sejam um, assim como tu, ó Pai, estás em mim, e eu em ti.”
🔍 Comentário bíblico-teológico
Nesta parte da oração, Jesus destaca o anseio divino por uma unidade que transcenda a mera estrutura institucional ou organizacional da Igreja. Ele ora para que os crentes experimentem uma unidade espiritual profunda, refletindo a comunhão perfeita entre o Pai e o Filho. Essa unidade é essencialmente relacional, marcada pela intimidade, amor e interdependência que caracterizam o próprio Deus em Sua Trindade.
Jesus pede que “todos sejam um” (hen ōsin, ἕν ὦσιν), usando o número singular para enfatizar a unidade essencial, não uma uniformidade superficial. A unidade visada é um reflexo da comunhão trinitária: a unidade entre o Pai e o Filho (hoti hoso su, Pater, en emoi kai ego en soi), onde há um mútuo indwelling (en – “em”) que expressa a perfeita comunhão e identidade em missão.
A oração de Jesus reconhece que essa unidade é um testemunho poderoso ao mundo, declarando a autenticidade da missão e do amor divino (Jo 17.23). É uma unidade que traz glória a Deus e serve como evidência visível do agir do Espírito Santo no meio dos crentes.
✍️ Análise das palavras gregas
- Hen (ἕν) — “um” (neutro singular), que enfatiza a unidade essencial e espiritual, não apenas numérica.
- Hōsó (ὅσο) — “assim como”, expressão de comparação absoluta que aponta para o padrão da unidade trinitária.
- En (ἐν) — “em”, expressão que mostra a íntima comunhão entre o Pai e o Filho, indicando uma união pessoal e relacional profunda.
- Pater (Πατήρ) — “Pai”, Deus Pai, a fonte da unidade trinitária.
- Ego (ἐγώ) — “eu”, o Filho, que está em perfeita unidade com o Pai.
📚 Referências acadêmicas cristãs
- Leon Morris, The Gospel According to John, p. 683-685 — destaca que a unidade pedida por Jesus é espiritual e trinitária, não apenas institucional, e é essencial para a missão da Igreja no mundo.
- F. F. Bruce, The Epistles of John, p. 138 — enfatiza que essa oração é um modelo para o relacionamento cristão, promovendo unidade pela comunhão no amor e na verdade.
- D. A. Carson, The Gospel According to John, p. 612 — observa que a unidade é um testemunho poderoso ao mundo da realidade de Deus em Cristo.
- John Stott, Basic Christianity, p. 105 — argumenta que a unidade da Igreja reflete a realidade do Evangelho e é indispensável para o testemunho cristão.
🙋🏽♂️ Aplicação pessoal
- Buscar unidade espiritual verdadeira — Devemos cultivar uma comunhão genuína com outros crentes, baseada no amor, perdão e humildade, refletindo a unidade trinitária.
- Unidade como testemunho — A unidade no corpo de Cristo é um poderoso testemunho para o mundo, mostrando a transformação que o Evangelho opera.
- Superar divisões — Precisamos trabalhar contra qualquer forma de divisão e sectarismo, lembrando que Jesus orou por todos os seus seguidores como um corpo unido.
- Papel do Espírito Santo — A verdadeira unidade só é possível pela ação do Espírito Santo que nos une em Cristo.
📊 Tabela Expositiva – Oração pela Unidade da Igreja
Aspecto | Texto Bíblico | Palavra Grega | Significado | Aplicação Pessoal |
Unidade espiritual | Jo 17.21 | Hen (ἕν) | Unidade essencial, não apenas numérica | Buscar comunhão profunda no amor |
Padrão da unidade | Jo 17.21 | Hōsó (ὅσο) | “Assim como” (comparação absoluta) | Refletir a comunhão perfeita entre Pai e Filho |
Comunhão íntima | Jo 17.21 | En (ἐν) | “Em”, comunhão relacional profunda | Viver em união com Cristo e irmãos |
Testemunho ao mundo | Jo 17.23 | — | Unidade é evidência da autenticidade cristã | Cultivar unidade para impactar o mundo |
2- Propósito da unidade. O propósito da unidade espiritual da Igreja, conforme a intercessão do nosso Senhor, é que “o mundo creia que tu me enviaste” (v.21). Assim, a Igreja revela essa unidade espiritual com Cristo por pelo menos quatro motivos:
(1) união essencial dos salvos como membros do Corpo de Cristo (1 Co 12.12);
(2) união essencial dos salvos promovida pelo conhecimento crescente sobre Jesus Cristo (2 Pe 3.18);
(3) união essencial dos salvos no desenvolvimento do Fruto do Espírito (Gl 5.22,23);
(4) união essencial dos salvos manifestada na glória como filhos de Deus e detentores da vida eterna (Jo 17.22).
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
O Propósito da Unidade
A unidade da Igreja não é apenas uma expressão de comunhão entre os crentes, mas um testemunho vivo para o mundo da realidade do envio de Jesus pelo Pai. Essa ideia é o ponto central da intercessão de Jesus em João 17.21:
“Para que todos sejam um, como tu, ó Pai, o és em mim, e eu em ti; que também eles sejam um em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste.” (Jo 17.21)
1. Palavra-Chave: Unidade (ἕν – "hen")
No grego, a palavra usada é ἕν (hen), que significa um. Jesus roga para que todos os seus discípulos sejam "um" — não apenas em propósito, mas em natureza espiritual, como reflexo da unidade entre o Pai e o Filho. Isso expressa mais do que mera cooperação: é a partilha da mesma vida divina (koinonía, comunhão).
📖 Comentário de D.A. Carson: “A unidade que Jesus ora não é organizacional, mas espiritual, derivada da comunhão entre o Pai e o Filho, e manifesta na comunhão entre os crentes.”
(The Gospel According to John, Eerdmans)
✨ Os Quatro Motivos da Unidade Espiritual
(1) União no Corpo de Cristo (1 Co 12.12)
“Porque, assim como o corpo é um, e tem muitos membros... assim é Cristo também.”
- Palavra-chave: σῶμα (sōma) – corpo
- A unidade aqui é orgânica e funcional. Cada crente é um membro do corpo de Cristo, com funções distintas, mas interdependentes. A diversidade não anula a unidade.
🧠 Teologia Paulina: A união com Cristo (em Cristo – en Christō) é a base da nova identidade do salvo (Ef 1.3-14).
(2) União pelo conhecimento de Cristo (2 Pe 3.18)
“Antes, crescei na graça e conhecimento de nosso Senhor...”
- Palavra-chave: γνῶσις (gnōsis) – conhecimento
- Essa união se aprofunda por meio do crescimento no conhecimento experimental e relacional com Cristo.
- Não é apenas saber sobre Cristo, mas conhecê-lo pessoalmente (epignōsis – conhecimento pleno).
📘 John Stott: “Conhecer a Cristo não é apenas entender doutrinas, mas crescer na comunhão com sua pessoa viva.”
(The Cross of Christ)
(3) União pelo Fruto do Espírito (Gl 5.22-23)
“Mas o fruto do Espírito é amor, alegria, paz...”
- Palavra-chave: καρπὸς (karpós) – fruto
- A unidade é alimentada pela ação do Espírito que gera um caráter comum nos crentes.
- A ausência desses frutos gera divisão e carnalidade (cf. Gl 5.19-21).
🌱 Comentário de Gordon Fee: “A presença do Espírito em uma comunidade cristã se revela mais pela presença do fruto do que pela manifestação de dons.”
(God’s Empowering Presence)
(4) União manifesta na glória futura (Jo 17.22)
“E eu lhes dei a glória que a mim me deste, para que sejam um...”
- Palavra-chave: δόξα (dóxa) – glória
- A glória aqui é a presença de Deus revelada e a herança eterna dos salvos.
- Essa união se consumará na glorificação final (Rm 8.30), quando a Igreja será plenamente una na eternidade.
🕊️ C.S. Lewis: “A glória que seremos está em sermos participantes da vida divina, filhos no Filho.”
📋 Tabela Expositiva: Os Quatro Motivos da Unidade Espiritual
Motivo da Unidade
Texto Bíblico
Palavra-Chave Grega
Significado
Aplicação Prática
União no Corpo de Cristo
1 Co 12.12
σῶμα (sōma)
Corpo – organização espiritual
Trabalhar juntos, respeitando os dons diversos
União pelo conhecimento de Cristo
2 Pe 3.18
γνῶσις (gnōsis)
Conhecimento íntimo
Buscar intimidade com Cristo por meio da Palavra
União pelo Fruto do Espírito
Gl 5.22-23
καρπὸς (karpós)
Fruto – caráter cristão
Viver com amor, paz, domínio próprio
União na glória como filhos de Deus
Jo 17.22
δόξα (dóxa)
Glória – presença e herança
Esperar com esperança a vida eterna
🙏 Aplicação Pessoal
- Vivamos a unidade como um testemunho: Nossa comunhão sincera entre irmãos é um argumento poderoso para que o mundo creia no Evangelho (Jo 13.35).
- Cresçamos no conhecimento de Cristo: Quanto mais conhecemos a Cristo, mais nos parecemos com Ele – e isso nos une.
- Deixemos o Espírito produzir fruto em nós: Em vez de competição e vaidade, que sejamos conhecidos por nosso amor.
- Vivamos com os olhos na glória futura: Somos um povo peregrino, caminhando juntos rumo à eternidade.
O Propósito da Unidade
A unidade da Igreja não é apenas uma expressão de comunhão entre os crentes, mas um testemunho vivo para o mundo da realidade do envio de Jesus pelo Pai. Essa ideia é o ponto central da intercessão de Jesus em João 17.21:
“Para que todos sejam um, como tu, ó Pai, o és em mim, e eu em ti; que também eles sejam um em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste.” (Jo 17.21)
1. Palavra-Chave: Unidade (ἕν – "hen")
No grego, a palavra usada é ἕν (hen), que significa um. Jesus roga para que todos os seus discípulos sejam "um" — não apenas em propósito, mas em natureza espiritual, como reflexo da unidade entre o Pai e o Filho. Isso expressa mais do que mera cooperação: é a partilha da mesma vida divina (koinonía, comunhão).
📖 Comentário de D.A. Carson: “A unidade que Jesus ora não é organizacional, mas espiritual, derivada da comunhão entre o Pai e o Filho, e manifesta na comunhão entre os crentes.”
(The Gospel According to John, Eerdmans)
✨ Os Quatro Motivos da Unidade Espiritual
(1) União no Corpo de Cristo (1 Co 12.12)
“Porque, assim como o corpo é um, e tem muitos membros... assim é Cristo também.”
- Palavra-chave: σῶμα (sōma) – corpo
- A unidade aqui é orgânica e funcional. Cada crente é um membro do corpo de Cristo, com funções distintas, mas interdependentes. A diversidade não anula a unidade.
🧠 Teologia Paulina: A união com Cristo (em Cristo – en Christō) é a base da nova identidade do salvo (Ef 1.3-14).
(2) União pelo conhecimento de Cristo (2 Pe 3.18)
“Antes, crescei na graça e conhecimento de nosso Senhor...”
- Palavra-chave: γνῶσις (gnōsis) – conhecimento
- Essa união se aprofunda por meio do crescimento no conhecimento experimental e relacional com Cristo.
- Não é apenas saber sobre Cristo, mas conhecê-lo pessoalmente (epignōsis – conhecimento pleno).
📘 John Stott: “Conhecer a Cristo não é apenas entender doutrinas, mas crescer na comunhão com sua pessoa viva.”
(The Cross of Christ)
(3) União pelo Fruto do Espírito (Gl 5.22-23)
“Mas o fruto do Espírito é amor, alegria, paz...”
- Palavra-chave: καρπὸς (karpós) – fruto
- A unidade é alimentada pela ação do Espírito que gera um caráter comum nos crentes.
- A ausência desses frutos gera divisão e carnalidade (cf. Gl 5.19-21).
🌱 Comentário de Gordon Fee: “A presença do Espírito em uma comunidade cristã se revela mais pela presença do fruto do que pela manifestação de dons.”
(God’s Empowering Presence)
(4) União manifesta na glória futura (Jo 17.22)
“E eu lhes dei a glória que a mim me deste, para que sejam um...”
- Palavra-chave: δόξα (dóxa) – glória
- A glória aqui é a presença de Deus revelada e a herança eterna dos salvos.
- Essa união se consumará na glorificação final (Rm 8.30), quando a Igreja será plenamente una na eternidade.
🕊️ C.S. Lewis: “A glória que seremos está em sermos participantes da vida divina, filhos no Filho.”
📋 Tabela Expositiva: Os Quatro Motivos da Unidade Espiritual
Motivo da Unidade | Texto Bíblico | Palavra-Chave Grega | Significado | Aplicação Prática |
União no Corpo de Cristo | 1 Co 12.12 | σῶμα (sōma) | Corpo – organização espiritual | Trabalhar juntos, respeitando os dons diversos |
União pelo conhecimento de Cristo | 2 Pe 3.18 | γνῶσις (gnōsis) | Conhecimento íntimo | Buscar intimidade com Cristo por meio da Palavra |
União pelo Fruto do Espírito | Gl 5.22-23 | καρπὸς (karpós) | Fruto – caráter cristão | Viver com amor, paz, domínio próprio |
União na glória como filhos de Deus | Jo 17.22 | δόξα (dóxa) | Glória – presença e herança | Esperar com esperança a vida eterna |
🙏 Aplicação Pessoal
- Vivamos a unidade como um testemunho: Nossa comunhão sincera entre irmãos é um argumento poderoso para que o mundo creia no Evangelho (Jo 13.35).
- Cresçamos no conhecimento de Cristo: Quanto mais conhecemos a Cristo, mais nos parecemos com Ele – e isso nos une.
- Deixemos o Espírito produzir fruto em nós: Em vez de competição e vaidade, que sejamos conhecidos por nosso amor.
- Vivamos com os olhos na glória futura: Somos um povo peregrino, caminhando juntos rumo à eternidade.
3- Oração por encorajamento à unidade. Em João 17.21,22, o nosso Senhor roga para que os discípulos sejam incentivados a manter a unidade com Ele. A crença em Cristo como o único e suficiente Salvador é a principal razão da unidade cristã, de modo que os discípulos sejam encorajados a promover esse testemunho no mundo. Assim, sem essa unidade de fé, o testemunho perde completamente a sua credibilidade.
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
Oração por Encorajamento à Unidade
Texto-chave: João 17.21-22
“Para que todos sejam um, como tu, ó Pai, o és em mim, e eu em ti; que também eles sejam um em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste. E eu dei-lhes a glória que a mim me deste, para que sejam um, como nós somos um.”
1️⃣ Estrutura da Oração
- Verso 21: Pedido para que todos sejam um → propósito evangelístico → "para que o mundo creia".
- Verso 22: Doação da glória → fortalecimento da unidade → reflexo da unidade trinitária.
2️⃣ Análise das Palavras Gregas
a) "Sejam um" (ἕν ὦσιν — hen ōsin)
- ἕν (hen) = um, neutro singular → enfatiza unidade essencial, não apenas organizacional.
- O mesmo tipo de unidade que existe entre o Pai e o Filho — qualitativa e espiritual.
b) "Crer" (πιστεύῃ — pisteuēi)
- Do verbo πιστεύω (pisteuō) → confiar, depositar fé.
- A unidade visível dos discípulos serve como testemunho eficaz para conduzir o mundo à fé.
c) "Glória" (δόξα — dóxa)
- Neste contexto: a revelação da presença divina e participação na missão de Deus.
- D.A. Carson: “A glória aqui inclui a revelação do caráter de Deus por meio do Filho e o privilégio de participar dessa revelação.”
(The Gospel According to John, p. 566)
3️⃣ Referências Acadêmicas Cristãs
- Andreas J. Köstenberger destaca que em João 17 a unidade trinitária é o modelo da unidade cristã, sendo um poderoso testemunho ao mundo perdido. (John, Baker Exegetical Commentary, 2004)
- Leon Morris comenta que a unidade dos cristãos não é um fim em si, mas um meio para a evangelização do mundo. A falta de unidade compromete seriamente o testemunho cristão. (The Gospel According to John, NICNT)
🕊️ Aplicação Pessoal
- Cultivar a unidade doutrinária e espiritual → A fé em Cristo como Salvador é o ponto de encontro essencial da verdadeira unidade cristã.
- Ser um testemunho visível → A Igreja não é chamada a exibir uma unidade meramente institucional, mas uma unidade visível no amor, na comunhão e no caráter de Cristo.
- Entender a missão evangelística da unidade → Quando os cristãos vivem em unidade, o mundo percebe a veracidade do Evangelho. A divisão, por outro lado, mina a credibilidade da mensagem.
"O mundo está cansado de ver igrejas divididas e cristãos em conflito. A unidade real e amorosa entre os discípulos é uma das apologias mais fortes do Evangelho."
(Francis Schaeffer, The Mark of the Christian)
📋 Tabela Expositiva: Oração por Encorajamento à Unidade
Elemento da Unidade
Palavra Grega
Significado
Implicação para o Testemunho
Unidade desejada (sejam um)
ἕν ὦσιν (hen ōsin)
Unidade espiritual e essencial
Reflete a Trindade para o mundo
Fé como base da unidade (creia)
πιστεύῃ (pisteuēi)
Confiar em Jesus como Salvador
Fé genuína é fundamento para a unidade
Glória compartilhada (δόξα)
δόξα (dóxa)
Presença e caráter de Deus manifestos
Glória manifesta a união do povo de Deus
Propósito final (para que o mundo creia)
ἵνα ὁ κόσμος πιστεύῃ
Missão evangelística da unidade
Unidade fortalece a credibilidade do Evangelho
🏁 Conclusão
Jesus não ora apenas por uma Igreja sem conflitos; Ele ora por uma Igreja visivelmente una, cuja unidade se baseie na fé em Cristo e reflita a unidade do próprio Deus Triúno.
Essa unidade deve encorajar a evangelização e ser um sinal incontestável para o mundo de que Jesus é o Enviado do Pai.
Oração por Encorajamento à Unidade
Texto-chave: João 17.21-22
“Para que todos sejam um, como tu, ó Pai, o és em mim, e eu em ti; que também eles sejam um em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste. E eu dei-lhes a glória que a mim me deste, para que sejam um, como nós somos um.”
1️⃣ Estrutura da Oração
- Verso 21: Pedido para que todos sejam um → propósito evangelístico → "para que o mundo creia".
- Verso 22: Doação da glória → fortalecimento da unidade → reflexo da unidade trinitária.
2️⃣ Análise das Palavras Gregas
a) "Sejam um" (ἕν ὦσιν — hen ōsin)
- ἕν (hen) = um, neutro singular → enfatiza unidade essencial, não apenas organizacional.
- O mesmo tipo de unidade que existe entre o Pai e o Filho — qualitativa e espiritual.
b) "Crer" (πιστεύῃ — pisteuēi)
- Do verbo πιστεύω (pisteuō) → confiar, depositar fé.
- A unidade visível dos discípulos serve como testemunho eficaz para conduzir o mundo à fé.
c) "Glória" (δόξα — dóxa)
- Neste contexto: a revelação da presença divina e participação na missão de Deus.
- D.A. Carson: “A glória aqui inclui a revelação do caráter de Deus por meio do Filho e o privilégio de participar dessa revelação.”
(The Gospel According to John, p. 566)
3️⃣ Referências Acadêmicas Cristãs
- Andreas J. Köstenberger destaca que em João 17 a unidade trinitária é o modelo da unidade cristã, sendo um poderoso testemunho ao mundo perdido. (John, Baker Exegetical Commentary, 2004)
- Leon Morris comenta que a unidade dos cristãos não é um fim em si, mas um meio para a evangelização do mundo. A falta de unidade compromete seriamente o testemunho cristão. (The Gospel According to John, NICNT)
🕊️ Aplicação Pessoal
- Cultivar a unidade doutrinária e espiritual → A fé em Cristo como Salvador é o ponto de encontro essencial da verdadeira unidade cristã.
- Ser um testemunho visível → A Igreja não é chamada a exibir uma unidade meramente institucional, mas uma unidade visível no amor, na comunhão e no caráter de Cristo.
- Entender a missão evangelística da unidade → Quando os cristãos vivem em unidade, o mundo percebe a veracidade do Evangelho. A divisão, por outro lado, mina a credibilidade da mensagem.
"O mundo está cansado de ver igrejas divididas e cristãos em conflito. A unidade real e amorosa entre os discípulos é uma das apologias mais fortes do Evangelho."
(Francis Schaeffer, The Mark of the Christian)
📋 Tabela Expositiva: Oração por Encorajamento à Unidade
Elemento da Unidade | Palavra Grega | Significado | Implicação para o Testemunho |
Unidade desejada (sejam um) | ἕν ὦσιν (hen ōsin) | Unidade espiritual e essencial | Reflete a Trindade para o mundo |
Fé como base da unidade (creia) | πιστεύῃ (pisteuēi) | Confiar em Jesus como Salvador | Fé genuína é fundamento para a unidade |
Glória compartilhada (δόξα) | δόξα (dóxa) | Presença e caráter de Deus manifestos | Glória manifesta a união do povo de Deus |
Propósito final (para que o mundo creia) | ἵνα ὁ κόσμος πιστεύῃ | Missão evangelística da unidade | Unidade fortalece a credibilidade do Evangelho |
🏁 Conclusão
Jesus não ora apenas por uma Igreja sem conflitos; Ele ora por uma Igreja visivelmente una, cuja unidade se baseie na fé em Cristo e reflita a unidade do próprio Deus Triúno.
Essa unidade deve encorajar a evangelização e ser um sinal incontestável para o mundo de que Jesus é o Enviado do Pai.
SINOPSE III
Jesus fez uma oração pela unidade da Igreja, promovendo a comunhão entre aqueles que viriam a crer.
CONCLUSÃO
É extraordinário perceber que a oração sacerdotal de Jesus Cristo continua a ressoar nos dias atuais. Fazemos parte do Corpo de Cristo e esse privilégio deve manter-nos cientes da nossa função no Reino de Deus. Por isso, temos a responsabilidade de nos apresentar entusiasmados para testemunhar com coragem o Evangelho, revelando a obra que o Senhor Jesus realizou no Calvário.
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
1️⃣ Ressonância Atual da Oração Sacerdotal
- João 17 mostra que a intercessão de Jesus não foi limitada ao seu tempo terreno, mas tem caráter perene (Hb 7.25).
- A unidade pela qual Ele ora é um testemunho contínuo. A Igreja de hoje participa do mesmo chamado.
2️⃣ "Fazemos parte do Corpo de Cristo"
Palavra Grega: σῶμα Χριστοῦ (sōma Christou) — Corpo de Cristo
- 1 Co 12.27: “Ora, vós sois corpo de Cristo, e seus membros em particular.”
- σῶμα (sōma): uma unidade orgânica, viva, interdependente.
- Aplicação: Cada crente deve agir em harmonia com os outros, não isoladamente.
3️⃣ Nossa função no Reino de Deus
Palavra Grega: βασιλεία τοῦ θεοῦ (basileia tou Theou) — Reino de Deus
- A participação no Reino implica serviço, testemunho, discipulado e intercessão.
- Ladd (The Gospel of the Kingdom): “O Reino é o governo de Deus atuando no presente, por meio da Igreja, em antecipação da plenitude futura.”
4️⃣ Testemunhar com coragem o Evangelho
Palavra Grega: μαρτυρέω (martureō) — Testemunhar
- At 1.8: “Sereis minhas testemunhas” (μάρτυρες — martýres).
- Implica uma proclamação ousada da morte e ressurreição de Jesus, motivada pela obra redentora do Calvário.
Palavra Grega: εὐαγγέλιον (euangelion) — Evangelho
- A boa notícia da obra consumada de Cristo.
- 1 Co 15.3-4: a morte e ressurreição de Jesus como centro da mensagem.
🕊️ Aplicação Pessoal
✅ Seremos mais eficazes como Igreja se compreendermos que a oração de Jesus em João 17 ainda nos envolve.
✅ Nossa responsabilidade:
→ Viver em unidade visível e espiritual;
→ Servir com humildade no Corpo de Cristo;
→ Testemunhar o Evangelho com coragem e clareza, em tempos de confusão espiritual.
✅ Nosso entusiasmo não deve ser meramente emocional, mas fundamentado na obra objetiva de Cristo no Calvário.
📋 Tabela Expositiva
Conceito
Palavra Grega
Significado
Implicação
Corpo de Cristo
σῶμα Χριστοῦ (sōma Christou)
Unidade orgânica espiritual
Atuar em harmonia no Reino
Reino de Deus
βασιλεία τοῦ θεοῦ (basileia tou Theou)
Governo de Deus já presente
Servir com visão de Reino
Testemunhar
μαρτυρέω (martureō)
Proclamar com coragem
Evangelizar com convicção
Evangelho
εὐαγγέλιον (euangelion)
Boa nova da salvação
Foco no sacrifício e ressurreição de Cristo
Oração Sacerdotal contínua
ἐρωτάω (erōtaō) → rogar, interceder
Pedido ativo de Jesus
Unidade e missão para hoje
Conclusão
👉 A oração sacerdotal de Jesus não ficou restrita ao primeiro século — ela ecoa nas nossas responsabilidades atuais.
👉 Como membros do Corpo de Cristo, somos chamados a viver em unidade, a testemunhar com coragem, e a proclamar com entusiasmo o Evangelho da cruz.
👉 A glória de Cristo, que nos foi comunicada (Jo 17.22), é o que capacita nossa missão neste mundo.
1️⃣ Ressonância Atual da Oração Sacerdotal
- João 17 mostra que a intercessão de Jesus não foi limitada ao seu tempo terreno, mas tem caráter perene (Hb 7.25).
- A unidade pela qual Ele ora é um testemunho contínuo. A Igreja de hoje participa do mesmo chamado.
2️⃣ "Fazemos parte do Corpo de Cristo"
Palavra Grega: σῶμα Χριστοῦ (sōma Christou) — Corpo de Cristo
- 1 Co 12.27: “Ora, vós sois corpo de Cristo, e seus membros em particular.”
- σῶμα (sōma): uma unidade orgânica, viva, interdependente.
- Aplicação: Cada crente deve agir em harmonia com os outros, não isoladamente.
3️⃣ Nossa função no Reino de Deus
Palavra Grega: βασιλεία τοῦ θεοῦ (basileia tou Theou) — Reino de Deus
- A participação no Reino implica serviço, testemunho, discipulado e intercessão.
- Ladd (The Gospel of the Kingdom): “O Reino é o governo de Deus atuando no presente, por meio da Igreja, em antecipação da plenitude futura.”
4️⃣ Testemunhar com coragem o Evangelho
Palavra Grega: μαρτυρέω (martureō) — Testemunhar
- At 1.8: “Sereis minhas testemunhas” (μάρτυρες — martýres).
- Implica uma proclamação ousada da morte e ressurreição de Jesus, motivada pela obra redentora do Calvário.
Palavra Grega: εὐαγγέλιον (euangelion) — Evangelho
- A boa notícia da obra consumada de Cristo.
- 1 Co 15.3-4: a morte e ressurreição de Jesus como centro da mensagem.
🕊️ Aplicação Pessoal
✅ Seremos mais eficazes como Igreja se compreendermos que a oração de Jesus em João 17 ainda nos envolve.
✅ Nossa responsabilidade:
→ Viver em unidade visível e espiritual;
→ Servir com humildade no Corpo de Cristo;
→ Testemunhar o Evangelho com coragem e clareza, em tempos de confusão espiritual.
✅ Nosso entusiasmo não deve ser meramente emocional, mas fundamentado na obra objetiva de Cristo no Calvário.
📋 Tabela Expositiva
Conceito | Palavra Grega | Significado | Implicação |
Corpo de Cristo | σῶμα Χριστοῦ (sōma Christou) | Unidade orgânica espiritual | Atuar em harmonia no Reino |
Reino de Deus | βασιλεία τοῦ θεοῦ (basileia tou Theou) | Governo de Deus já presente | Servir com visão de Reino |
Testemunhar | μαρτυρέω (martureō) | Proclamar com coragem | Evangelizar com convicção |
Evangelho | εὐαγγέλιον (euangelion) | Boa nova da salvação | Foco no sacrifício e ressurreição de Cristo |
Oração Sacerdotal contínua | ἐρωτάω (erōtaō) → rogar, interceder | Pedido ativo de Jesus | Unidade e missão para hoje |
Conclusão
👉 A oração sacerdotal de Jesus não ficou restrita ao primeiro século — ela ecoa nas nossas responsabilidades atuais.
👉 Como membros do Corpo de Cristo, somos chamados a viver em unidade, a testemunhar com coragem, e a proclamar com entusiasmo o Evangelho da cruz.
👉 A glória de Cristo, que nos foi comunicada (Jo 17.22), é o que capacita nossa missão neste mundo.
REVISANDO O CONTEÚDO
1- Em quais partes podemos apresentar a oração sacerdotal de Jesus?
Nosso Senhor apresentou essa oração em, pelo menos, três partes: Ele orou por si mesmo (Jo 17.1-8), intercedeu pelos seus discípulos (Jo 17.9-19) e, também, fez uma oração pela Igreja futura (Jo 17.20-26).
2- A que se relaciona a menção à glória no versículo 5?
Essa referência à glória se relaciona à divindade do nosso Senhor como o Verbo Divino, antes da sua encarnação.
3- De que forma Jesus dirige a sua oração ao Pai nos versículos 4 a 8?
Nos versículos 4 a 8, exceto o versículo 5, Jesus ora como se estivesse apresentando um relato ao Pai sobre tudo o que realizou durante seu ministério na Terra.
4- A que “Mundo” se refere Jesus em João 17.14?
Jesus se refere ao sistema espiritual governado por Satanás (Jo 17.14).
5- Indique pelo menos dois motivos que evidenciam a unidade espiritual dos salvos com Cristo.
(1) união essencial dos salvos como membros do Corpo de Cristo (1 Co 12.12); (2) união essencial dos salvos promovida pelo conhecimento crescente sobre Jesus Cristo (2 Pe 3.18).
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