TEXTO ÁUREO “E era um o coração e a alma da multidão dos que criam, e ninguém dizia que coisa alguma do que possuía era sua própria, mas tod...
TEXTO ÁUREO
“E era um o coração e a alma da multidão dos que criam, e ninguém dizia que coisa alguma do que possuía era sua própria, mas todas as coisas lhes eram comuns.” (At 4.32)
VERDADE PRÁTICA
O amor é o elo que mantém a unidade da igreja local. Sem o amor, não existe relacionamento cristão saudável.
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
📖 Texto Áureo: Atos 4.32
“E era um o coração e a alma da multidão dos que criam, e ninguém dizia que coisa alguma do que possuía era sua própria, mas todas as coisas lhes eram comuns.” (At 4.32)
🧠 COMENTÁRIO BÍBLICO-TEOLÓGICO
O versículo descreve a unidade espiritual e prática da igreja primitiva, destacando o caráter comunitário dos primeiros cristãos em Jerusalém. Tal unidade era fruto direto da ação do Espírito Santo (At 4.31), evidenciando um profundo compromisso com a vida cristã coletiva.
1. "Era um o coração e a alma"
A expressão grega usada aqui é:
- καρδία (kardía) – coração
- ψυχή (psychḗ) – alma, vida interior
Essa combinação é uma construção semítica que expressa unidade completa do ser, não apenas emocional ou intelectual, mas total: vontade, pensamento, sentimentos e propósito. O uso da conjunção “uma só” (gr. ἦν…μία) denota uma coesão voluntária e espiritual.
Conforme Craig Keener (2012), "essa unidade extraordinária não era resultado de pressão externa, mas de uma experiência interna compartilhada do Espírito e da missão."
2. "Dos que criam"
- πιστευόντων (pisteuóntōn) – part. presente do verbo pisteuō, "os que estão crendo", indicando uma fé ativa e contínua.
O uso do particípio no presente mostra que a fé era mais que um evento passado – era uma prática contínua.
3. "Ninguém dizia que coisa alguma do que possuía era sua própria"
- ἴδιον (idion) – "próprio", "particular", denota posse exclusiva.
A renúncia ao uso exclusivo dos bens não era comunismo forçado, mas voluntário altruísmo cristão (At 5.4 mostra que a posse ainda era legítima, mas o uso era compartilhado).
F. F. Bruce afirma: “A igreja primitiva praticava uma espécie de ‘comunidade de bens’, não por imposição legal, mas por amor fraternal.”
4. "Mas todas as coisas lhes eram comuns"
- κοινά (koina) – "comum", "compartilhado", raiz da palavra koinonia (comunhão).
Aqui está o coração da comunhão cristã. A vida cristã autêntica cria abertura para partilhar, pois o amor não pode ser retido ou isolado.
📚 REFERÊNCIAS ACADÊMICAS CRISTÃS
- Craig S. Keener, Acts: An Exegetical Commentary, vol. 1. Baker Academic, 2012.
- John Stott, A Mensagem de Atos. ABU Editora, 2003.
- F. F. Bruce, The Book of the Acts. Eerdmans, 1988.
- D.A. Carson, A Igreja autêntica. Vida Nova, 2020.
- Comentário Bíblico Pentecostal, CPAD, 2004.
🙋🏽♂️ APLICAÇÃO PESSOAL
A unidade entre os crentes, manifestada em atitudes concretas como a partilha de bens e o amor mútuo, continua sendo um poderoso testemunho da realidade do Evangelho. Vivemos numa era de individualismo, e a igreja é chamada a contraculturalidade: viver com koinonia, generosidade e mutualidade.
Como crentes, somos desafiados a:
- Examinar se temos um só coração com os irmãos da igreja local.
- Praticar o desprendimento e generosidade com os recursos.
- Cultivar comunhão verdadeira, não apenas relações de evento ou reunião.
📊 TABELA EXPOSITIVA – ATOS 4.32
Elemento do Versículo
Palavra Grega
Significado
Implicação Teológica
Aplicação Pessoal
“Um o coração e a alma”
kardía e psychḗ
Unidade completa do ser
Reflete a ação do Espírito na comunidade
Buscar unidade genuína na igreja
“Os que criam”
pisteuóntōn
Fé contínua e ativa
A fé moldava o viver coletivo
Manter a fé prática e viva
“Não dizia... era sua”
idion
Possessão exclusiva
Rompe com o egoísmo humano
Viver o desprendimento
“Tudo em comum”
koina
Compartilhado, comunhão
Igreja como família espiritual
Praticar a generosidade
📖 Texto Áureo: Atos 4.32
“E era um o coração e a alma da multidão dos que criam, e ninguém dizia que coisa alguma do que possuía era sua própria, mas todas as coisas lhes eram comuns.” (At 4.32)
🧠 COMENTÁRIO BÍBLICO-TEOLÓGICO
O versículo descreve a unidade espiritual e prática da igreja primitiva, destacando o caráter comunitário dos primeiros cristãos em Jerusalém. Tal unidade era fruto direto da ação do Espírito Santo (At 4.31), evidenciando um profundo compromisso com a vida cristã coletiva.
1. "Era um o coração e a alma"
A expressão grega usada aqui é:
- καρδία (kardía) – coração
- ψυχή (psychḗ) – alma, vida interior
Essa combinação é uma construção semítica que expressa unidade completa do ser, não apenas emocional ou intelectual, mas total: vontade, pensamento, sentimentos e propósito. O uso da conjunção “uma só” (gr. ἦν…μία) denota uma coesão voluntária e espiritual.
Conforme Craig Keener (2012), "essa unidade extraordinária não era resultado de pressão externa, mas de uma experiência interna compartilhada do Espírito e da missão."
2. "Dos que criam"
- πιστευόντων (pisteuóntōn) – part. presente do verbo pisteuō, "os que estão crendo", indicando uma fé ativa e contínua.
O uso do particípio no presente mostra que a fé era mais que um evento passado – era uma prática contínua.
3. "Ninguém dizia que coisa alguma do que possuía era sua própria"
- ἴδιον (idion) – "próprio", "particular", denota posse exclusiva.
A renúncia ao uso exclusivo dos bens não era comunismo forçado, mas voluntário altruísmo cristão (At 5.4 mostra que a posse ainda era legítima, mas o uso era compartilhado).
F. F. Bruce afirma: “A igreja primitiva praticava uma espécie de ‘comunidade de bens’, não por imposição legal, mas por amor fraternal.”
4. "Mas todas as coisas lhes eram comuns"
- κοινά (koina) – "comum", "compartilhado", raiz da palavra koinonia (comunhão).
Aqui está o coração da comunhão cristã. A vida cristã autêntica cria abertura para partilhar, pois o amor não pode ser retido ou isolado.
📚 REFERÊNCIAS ACADÊMICAS CRISTÃS
- Craig S. Keener, Acts: An Exegetical Commentary, vol. 1. Baker Academic, 2012.
- John Stott, A Mensagem de Atos. ABU Editora, 2003.
- F. F. Bruce, The Book of the Acts. Eerdmans, 1988.
- D.A. Carson, A Igreja autêntica. Vida Nova, 2020.
- Comentário Bíblico Pentecostal, CPAD, 2004.
🙋🏽♂️ APLICAÇÃO PESSOAL
A unidade entre os crentes, manifestada em atitudes concretas como a partilha de bens e o amor mútuo, continua sendo um poderoso testemunho da realidade do Evangelho. Vivemos numa era de individualismo, e a igreja é chamada a contraculturalidade: viver com koinonia, generosidade e mutualidade.
Como crentes, somos desafiados a:
- Examinar se temos um só coração com os irmãos da igreja local.
- Praticar o desprendimento e generosidade com os recursos.
- Cultivar comunhão verdadeira, não apenas relações de evento ou reunião.
📊 TABELA EXPOSITIVA – ATOS 4.32
Elemento do Versículo | Palavra Grega | Significado | Implicação Teológica | Aplicação Pessoal |
“Um o coração e a alma” | kardía e psychḗ | Unidade completa do ser | Reflete a ação do Espírito na comunidade | Buscar unidade genuína na igreja |
“Os que criam” | pisteuóntōn | Fé contínua e ativa | A fé moldava o viver coletivo | Manter a fé prática e viva |
“Não dizia... era sua” | idion | Possessão exclusiva | Rompe com o egoísmo humano | Viver o desprendimento |
“Tudo em comum” | koina | Compartilhado, comunhão | Igreja como família espiritual | Praticar a generosidade |
LEITURA DIÁRIA
Segunda – Jo 13.34 O amor como mandamento divino
Terça – Rm 5.5 O amor de Deus derramado nos corações
Quarta – 1 Ts 4.9 O amor como um dever cristão da fraternidade
Quinta – Mt 22.39 Amando o próximo como a nós mesmos
Sexta – 1 Jo 3.18 Amando de coração
Sábado – 1 Pe 4.8 O amor cobre a multidão de pecados
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
📖 LEITURA DIÁRIA – COMENTÁRIO BÍBLICO-TEOLÓGICO
Segunda – João 13.34: O amor como mandamento divino
“Um novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros; assim como eu vos amei, que também vos ameis uns aos outros.”
📌 Comentário:
A palavra grega para amor aqui é ἀγάπη (agápē), o tipo de amor divino, sacrificial e altruísta. Jesus redefine o padrão de amor: não mais “como a ti mesmo”, mas “como eu vos amei” – ou seja, com entrega total (cf. Jo 15.13). Este novo mandamento aponta para a nova aliança fundamentada na cruz.
📚 Referência teológica:
D. A. Carson observa que o “novo” não é o mandamento em si, mas o modelo: o próprio Cristo. “Jesus, ao entregar-se em amor, institui um novo paradigma de relacionamento entre seus discípulos” (Carson, The Gospel According to John, 1991).
🧠 Aplicação:
Devemos amar os irmãos com disposição de sacrificar tempo, recursos e status em favor do bem deles.
Terça – Romanos 5.5: O amor de Deus derramado nos corações
“...porque o amor de Deus está derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado.”
📌 Comentário:
O verbo ἐκχέω (ekchéō), traduzido como “derramado”, traz a ideia de uma ação contínua e abundante. O amor de Deus (agápē tou Theou) não é apenas por Ele, mas dele, como origem. O Espírito Santo é o agente que torna esse amor uma realidade experiencial e relacional.
📚 Referência teológica:
John Stott escreve: “Este amor não é uma emoção passageira, mas uma força permanente plantada no crente pelo Espírito” (Romanos: A Mensagem do Evangelho, 1994).
🧠 Aplicação:
Em momentos de sofrimento, é esse amor derramado pelo Espírito que nos sustenta e molda.
Quarta – 1 Tessalonicenses 4.9: O amor como um dever cristão da fraternidade
“Quanto, porém, ao amor fraternal, não necessitais que vos escreva, porque vós mesmos estais por Deus instruídos que vos ameis uns aos outros.”
📌 Comentário:
“Amor fraternal” é φιλαδελφία (philadelphía), amor entre irmãos. Já o verbo “vos ameis” é ἀγαπάω (agapáō), que aponta para a decisão de amar, mesmo sem retorno. Paulo afirma que o crente é theodidaktos – “ensinado por Deus” – no que diz respeito ao amor.
📚 Referência teológica:
Segundo Gordon Fee, essa instrução divina pode referir-se à atuação direta do Espírito ou ao exemplo de Cristo internalizado pelos crentes (Pauline Christology, 2007).
🧠 Aplicação:
O crente amadurecido naturalmente manifesta amor fraternal sem precisar de mandamento formal.
Quinta – Mateus 22.39: Amando o próximo como a nós mesmos
“E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo.”
📌 Comentário:
Jesus cita Levítico 19.18, resumindo a segunda tábua da Lei. O termo grego πλησίον (plēsíon) – “próximo” – refere-se a qualquer um que está ao nosso alcance de ajudar. Amar o próximo “como a si mesmo” implica desejar-lhe o bem como se fosse para nós.
📚 Referência teológica:
Craig Keener afirma: “Esse mandamento é revolucionário, pois nivela as relações humanas no contexto de uma sociedade estratificada” (The IVP Bible Background Commentary, 1993).
🧠 Aplicação:
Nosso amor deve ser prático, empático e livre de favoritismo.
Sexta – 1 João 3.18: Amando de coração
“Filhinhos, não amemos de palavra, nem de língua, mas por obra e em verdade.”
📌 Comentário:
João distingue o amor meramente verbal do amor em “ação” (ergon) e “verdade” (alētheia), ou seja, sincero e concreto. O verdadeiro amor se expressa em atitudes coerentes com o caráter de Deus.
📚 Referência teológica:
Segundo Marshall, “O amor cristão é inseparável do comportamento. É ético por natureza, não apenas emocional” (The Epistles of John, 1978).
🧠 Aplicação:
Somos chamados a demonstrar amor em obras concretas – apoio, serviço e compaixão visíveis.
Sábado – 1 Pedro 4.8: O amor cobre a multidão de pecados
“Mas, sobretudo, tende ardente amor uns para com os outros, porque o amor cobrirá a multidão de pecados.”
📌 Comentário:
A expressão “ardente” é ἐκτενής (ektenḗs), que significa constante, persistente, estendido ao máximo. “Cobrir pecados” não significa esconder, mas perdoar, suportar, e evitar que os pecados dos outros se tornem barreiras relacionais.
📚 Referência teológica:
Wayne Grudem aponta que essa expressão remete a Provérbios 10.12 e significa que o amor evita divisão e escândalo ao promover perdão sincero (1 Peter, Tyndale, 1988).
🧠 Aplicação:
Quem ama de forma constante e sincera não se torna crítico, mas sim um pacificador.
📊 TABELA EXPOSITIVA – A CENTRALIDADE DO AMOR CRISTÃO
Dia
Texto Bíblico
Palavra-chave Grega
Ênfase Teológica
Aplicação Pessoal
Segunda
João 13.34
ἀγάπη (agápē)
Novo mandamento com base em Cristo
Amar com sacrifício e intencionalidade
Terça
Romanos 5.5
ἐκχέω (ekchéō)
Amor de Deus derramado no crente
Depender do Espírito para amar
Quarta
1 Ts 4.9
φιλαδελφία (philadelphía)
Ensinado por Deus a amar
Praticar o amor fraterno natural
Quinta
Mateus 22.39
πλησίον (plēsíon)
Amor ao próximo como a si mesmo
Amor igualitário e empático
Sexta
1 João 3.18
ἀλήθεια (alētheia)
Amor autêntico e prático
Demonstrar amor por ações concretas
Sábado
1 Pedro 4.8
ἐκτενής (ektenḗs)
Amor que perdoa e suporta
Cultivar um amor perseverante e perdoador
📖 LEITURA DIÁRIA – COMENTÁRIO BÍBLICO-TEOLÓGICO
Segunda – João 13.34: O amor como mandamento divino
“Um novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros; assim como eu vos amei, que também vos ameis uns aos outros.”
📌 Comentário:
A palavra grega para amor aqui é ἀγάπη (agápē), o tipo de amor divino, sacrificial e altruísta. Jesus redefine o padrão de amor: não mais “como a ti mesmo”, mas “como eu vos amei” – ou seja, com entrega total (cf. Jo 15.13). Este novo mandamento aponta para a nova aliança fundamentada na cruz.
📚 Referência teológica:
D. A. Carson observa que o “novo” não é o mandamento em si, mas o modelo: o próprio Cristo. “Jesus, ao entregar-se em amor, institui um novo paradigma de relacionamento entre seus discípulos” (Carson, The Gospel According to John, 1991).
🧠 Aplicação:
Devemos amar os irmãos com disposição de sacrificar tempo, recursos e status em favor do bem deles.
Terça – Romanos 5.5: O amor de Deus derramado nos corações
“...porque o amor de Deus está derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado.”
📌 Comentário:
O verbo ἐκχέω (ekchéō), traduzido como “derramado”, traz a ideia de uma ação contínua e abundante. O amor de Deus (agápē tou Theou) não é apenas por Ele, mas dele, como origem. O Espírito Santo é o agente que torna esse amor uma realidade experiencial e relacional.
📚 Referência teológica:
John Stott escreve: “Este amor não é uma emoção passageira, mas uma força permanente plantada no crente pelo Espírito” (Romanos: A Mensagem do Evangelho, 1994).
🧠 Aplicação:
Em momentos de sofrimento, é esse amor derramado pelo Espírito que nos sustenta e molda.
Quarta – 1 Tessalonicenses 4.9: O amor como um dever cristão da fraternidade
“Quanto, porém, ao amor fraternal, não necessitais que vos escreva, porque vós mesmos estais por Deus instruídos que vos ameis uns aos outros.”
📌 Comentário:
“Amor fraternal” é φιλαδελφία (philadelphía), amor entre irmãos. Já o verbo “vos ameis” é ἀγαπάω (agapáō), que aponta para a decisão de amar, mesmo sem retorno. Paulo afirma que o crente é theodidaktos – “ensinado por Deus” – no que diz respeito ao amor.
📚 Referência teológica:
Segundo Gordon Fee, essa instrução divina pode referir-se à atuação direta do Espírito ou ao exemplo de Cristo internalizado pelos crentes (Pauline Christology, 2007).
🧠 Aplicação:
O crente amadurecido naturalmente manifesta amor fraternal sem precisar de mandamento formal.
Quinta – Mateus 22.39: Amando o próximo como a nós mesmos
“E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo.”
📌 Comentário:
Jesus cita Levítico 19.18, resumindo a segunda tábua da Lei. O termo grego πλησίον (plēsíon) – “próximo” – refere-se a qualquer um que está ao nosso alcance de ajudar. Amar o próximo “como a si mesmo” implica desejar-lhe o bem como se fosse para nós.
📚 Referência teológica:
Craig Keener afirma: “Esse mandamento é revolucionário, pois nivela as relações humanas no contexto de uma sociedade estratificada” (The IVP Bible Background Commentary, 1993).
🧠 Aplicação:
Nosso amor deve ser prático, empático e livre de favoritismo.
Sexta – 1 João 3.18: Amando de coração
“Filhinhos, não amemos de palavra, nem de língua, mas por obra e em verdade.”
📌 Comentário:
João distingue o amor meramente verbal do amor em “ação” (ergon) e “verdade” (alētheia), ou seja, sincero e concreto. O verdadeiro amor se expressa em atitudes coerentes com o caráter de Deus.
📚 Referência teológica:
Segundo Marshall, “O amor cristão é inseparável do comportamento. É ético por natureza, não apenas emocional” (The Epistles of John, 1978).
🧠 Aplicação:
Somos chamados a demonstrar amor em obras concretas – apoio, serviço e compaixão visíveis.
Sábado – 1 Pedro 4.8: O amor cobre a multidão de pecados
“Mas, sobretudo, tende ardente amor uns para com os outros, porque o amor cobrirá a multidão de pecados.”
📌 Comentário:
A expressão “ardente” é ἐκτενής (ektenḗs), que significa constante, persistente, estendido ao máximo. “Cobrir pecados” não significa esconder, mas perdoar, suportar, e evitar que os pecados dos outros se tornem barreiras relacionais.
📚 Referência teológica:
Wayne Grudem aponta que essa expressão remete a Provérbios 10.12 e significa que o amor evita divisão e escândalo ao promover perdão sincero (1 Peter, Tyndale, 1988).
🧠 Aplicação:
Quem ama de forma constante e sincera não se torna crítico, mas sim um pacificador.
📊 TABELA EXPOSITIVA – A CENTRALIDADE DO AMOR CRISTÃO
Dia | Texto Bíblico | Palavra-chave Grega | Ênfase Teológica | Aplicação Pessoal |
Segunda | João 13.34 | ἀγάπη (agápē) | Novo mandamento com base em Cristo | Amar com sacrifício e intencionalidade |
Terça | Romanos 5.5 | ἐκχέω (ekchéō) | Amor de Deus derramado no crente | Depender do Espírito para amar |
Quarta | 1 Ts 4.9 | φιλαδελφία (philadelphía) | Ensinado por Deus a amar | Praticar o amor fraterno natural |
Quinta | Mateus 22.39 | πλησίον (plēsíon) | Amor ao próximo como a si mesmo | Amor igualitário e empático |
Sexta | 1 João 3.18 | ἀλήθεια (alētheia) | Amor autêntico e prático | Demonstrar amor por ações concretas |
Sábado | 1 Pedro 4.8 | ἐκτενής (ektenḗs) | Amor que perdoa e suporta | Cultivar um amor perseverante e perdoador |
Hinos Sugeridos: 247, 400, 482 da Harpa Cristã
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Atos 4.32-37
32- E era um o coração e a alma da multidão dos que criam, e ninguém dizia que coisa alguma do que possuía era sua própria, mas todas as coisas lhes eram comuns.
33- E os apóstolos davam, com grande poder, testemunho da ressurreição do Senhor Jesus, e em todos eles havia abundante graça.
34- Não havia, pois, entre eles necessitado algum; porque todos os que possuíam herdades ou casas, vendendo-as, traziam o preço do que fora vendido e o depositavam aos pés dos apóstolos.
35-E repartia-se a cada um, segundo a necessidade que cada um tinha.
36- Então, José, cognominado, pelos apóstolos, Barnabé (que, traduzido, é Filho da Consolação), levita, natural de Chipre, 37-possuindo uma herdade, vendeu-a, e trouxe o preço, e o depositou aos pés dos apóstolos.
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
🕊️ Atos 4.32-37 | Comentário Bíblico-Teológico Versículo por Versículo
📖 Verso 32 – "E era um o coração e a alma da multidão dos que criam..."
Análise Grega:
- "Ἐν καρδία καὶ ψυχῇ μία" (en kardía kai psychē míā) — literalmente “de um só coração e alma”:
- Kardia (καρδία): coração — centro da vontade, emoções e decisões.
- Psychē (ψυχή): alma — vida interior, identidade pessoal, consciência.
Comentário:
Lucas descreve aqui uma profunda unidade espiritual e afetiva entre os crentes. Isso não significa uniformidade, mas comunhão movida pelo Espírito. A expressão "um só coração e uma só alma" ecoa Dt 6.5 e é um ideal que reflete o amor de Cristo entre os membros do Corpo.
Referência Teológica:
- F. F. Bruce afirma que essa unidade não era "mero idealismo social, mas fruto direto da ação do Espírito Santo" (Comentário Atos, Edições Vida Nova).
Aplicação:
A verdadeira comunhão cristã não é institucional, mas espiritual e relacional — nasce da comunhão com Cristo.
📖 Verso 32b – "E ninguém dizia que coisa alguma do que possuía era sua própria..."
Análise Grega:
- "οὐδὲ εἷς τι τῶν ὑπαρχόντων αὐτῷ ἴδιον λέγειν" — literalmente: “ninguém considerava como próprio o que possuía”.
Comentário:
Isso não implicava abolição da propriedade privada, mas uma disposição voluntária para compartilhar. O texto enfatiza o desapego dos bens em favor dos necessitados.
Referência Teológica:
- John Stott observa: “A comunhão cristã genuína inclui a partilha de bens materiais quando há necessidade real” (A Mensagem de Atos).
Aplicação:
O cristão maduro entende que seus bens são instrumentos para servir, não ídolos para acumular.
📖 Verso 33 – "E os apóstolos davam, com grande poder, testemunho da ressurreição..."
Análise Grega:
- "μετὰ δυνάμεως μεγάλης" (meta dunámeōs megálēs) — com grande poder.
- "μαρτύριον" (martýrion) — testemunho: termo jurídico, implica proclamação confiável.
Comentário:
O testemunho da ressurreição era o centro da pregação apostólica. O "grande poder" mostra que o Espírito Santo autenticava essa mensagem com autoridade e sinais.
Referência Teológica:
- Craig Keener comenta: “A proclamação da ressurreição mostrava que o poder do Reino já estava em ação na comunidade cristã” (Comentário Bíblico do NT).
Aplicação:
Nossa fé deve repousar no poder da ressurreição, pois ela é a base de nossa esperança (1 Co 15.14).
📖 Verso 33b – "e em todos eles havia abundante graça."
Análise Grega:
- "χάρις μεγάλη" (cháris megálē) — grande graça: favor divino derramado abundantemente.
Comentário:
A graça não era apenas salvífica, mas capacitadora, promovendo unidade, generosidade e poder para testemunhar.
Aplicação:
A graça de Deus deve nos mover a viver com generosidade e testemunho fiel do Evangelho.
📖 Verso 34 – "Não havia, pois, entre eles necessitado algum..."
Comentário:
Essa afirmação mostra o impacto social da fé cristã. A igreja primitiva cuidava uns dos outros com amor prático, suprindo necessidades reais.
Análise Grega:
- "ἐνδεής" (endeḗs) — necessitado, carente. Nenhum crente era deixado à margem.
Referência Teológica:
- Hernandes Dias Lopes observa: “A igreja era um corpo tão coeso que as necessidades de um eram consideradas responsabilidades de todos”.
Aplicação:
Uma igreja cheia do Espírito se preocupa com a justiça social interna e externa.
📖 Verso 34b-35 – "traziam o preço... depositavam aos pés dos apóstolos..."
Análise Grega:
- "παρὰ τοὺς πόδας τῶν ἀποστόλων" (para tous podas tōn apostólōn) — gesto de entrega total da administração.
Comentário:
Os bens eram convertidos em recursos financeiros e confiados aos apóstolos para justa distribuição. Isso evidencia confiança, transparência e prioridade ao bem coletivo.
Aplicação:
Devemos honrar a liderança espiritual com confiança e contribuir com generosidade e responsabilidade.
📖 Verso 36 – "José, cognominado... Barnabé (Filho da Consolação)"
Análise Grega:
- "Βαρνάβας" (Barnabas) — transliteração aramaica para "Filho da Exortação" ou "Consolação".
- "παρακλήσεως" (paraklēseōs) — mesma raiz de paráclito, termo usado para o Espírito Santo.
Comentário:
Barnabé é apresentado como modelo de encorajamento e generosidade. Sua ação confirma sua reputação. Seu nome reflete seu caráter.
Referência Teológica:
- David J. Williams comenta: “Barnabé era um homem sensível à necessidade dos outros e pronto para edificar”.
Aplicação:
Sejamos como Barnabé: crentes que levantam os caídos, sustentam os necessitados e inspiram fé.
📖 Verso 37 – "Possuindo uma herdade, vendeu-a..."
Comentário:
Barnabé demonstrou desprendimento e amor. Ele não deu do que sobrava, mas do que lhe era precioso.
Aplicação:
O cristão maduro entende que sua missão está acima de sua posse. Contribuir é um ato de adoração.
🧾 Tabela Expositiva – Atos 4.32-37
Versículo
Destaque Teológico
Palavra Grega
Aplicação
At 4.32
Unidade espiritual
καρδία / ψυχή
Viver em comunhão real e amor
At 4.33a
Poder no testemunho
δύναμις / μαρτύριον
Evangelizar com convicção
At 4.33b
Graça abundante
χάρις μεγάλη
Viver e repartir com graça
At 4.34
Justiça social cristã
ἐνδεής
Suprir as necessidades dos irmãos
At 4.35
Transparência e mordomia
πόδας
Confiar e apoiar a liderança
At 4.36
Exemplo de Barnabé
παράκλησις
Ser encorajador e generoso
At 4.37
Generosidade real
ἔργον (implícito)
Dar com propósito e amor
🕊️ Atos 4.32-37 | Comentário Bíblico-Teológico Versículo por Versículo
📖 Verso 32 – "E era um o coração e a alma da multidão dos que criam..."
Análise Grega:
- "Ἐν καρδία καὶ ψυχῇ μία" (en kardía kai psychē míā) — literalmente “de um só coração e alma”:
- Kardia (καρδία): coração — centro da vontade, emoções e decisões.
- Psychē (ψυχή): alma — vida interior, identidade pessoal, consciência.
Comentário:
Lucas descreve aqui uma profunda unidade espiritual e afetiva entre os crentes. Isso não significa uniformidade, mas comunhão movida pelo Espírito. A expressão "um só coração e uma só alma" ecoa Dt 6.5 e é um ideal que reflete o amor de Cristo entre os membros do Corpo.
Referência Teológica:
- F. F. Bruce afirma que essa unidade não era "mero idealismo social, mas fruto direto da ação do Espírito Santo" (Comentário Atos, Edições Vida Nova).
Aplicação:
A verdadeira comunhão cristã não é institucional, mas espiritual e relacional — nasce da comunhão com Cristo.
📖 Verso 32b – "E ninguém dizia que coisa alguma do que possuía era sua própria..."
Análise Grega:
- "οὐδὲ εἷς τι τῶν ὑπαρχόντων αὐτῷ ἴδιον λέγειν" — literalmente: “ninguém considerava como próprio o que possuía”.
Comentário:
Isso não implicava abolição da propriedade privada, mas uma disposição voluntária para compartilhar. O texto enfatiza o desapego dos bens em favor dos necessitados.
Referência Teológica:
- John Stott observa: “A comunhão cristã genuína inclui a partilha de bens materiais quando há necessidade real” (A Mensagem de Atos).
Aplicação:
O cristão maduro entende que seus bens são instrumentos para servir, não ídolos para acumular.
📖 Verso 33 – "E os apóstolos davam, com grande poder, testemunho da ressurreição..."
Análise Grega:
- "μετὰ δυνάμεως μεγάλης" (meta dunámeōs megálēs) — com grande poder.
- "μαρτύριον" (martýrion) — testemunho: termo jurídico, implica proclamação confiável.
Comentário:
O testemunho da ressurreição era o centro da pregação apostólica. O "grande poder" mostra que o Espírito Santo autenticava essa mensagem com autoridade e sinais.
Referência Teológica:
- Craig Keener comenta: “A proclamação da ressurreição mostrava que o poder do Reino já estava em ação na comunidade cristã” (Comentário Bíblico do NT).
Aplicação:
Nossa fé deve repousar no poder da ressurreição, pois ela é a base de nossa esperança (1 Co 15.14).
📖 Verso 33b – "e em todos eles havia abundante graça."
Análise Grega:
- "χάρις μεγάλη" (cháris megálē) — grande graça: favor divino derramado abundantemente.
Comentário:
A graça não era apenas salvífica, mas capacitadora, promovendo unidade, generosidade e poder para testemunhar.
Aplicação:
A graça de Deus deve nos mover a viver com generosidade e testemunho fiel do Evangelho.
📖 Verso 34 – "Não havia, pois, entre eles necessitado algum..."
Comentário:
Essa afirmação mostra o impacto social da fé cristã. A igreja primitiva cuidava uns dos outros com amor prático, suprindo necessidades reais.
Análise Grega:
- "ἐνδεής" (endeḗs) — necessitado, carente. Nenhum crente era deixado à margem.
Referência Teológica:
- Hernandes Dias Lopes observa: “A igreja era um corpo tão coeso que as necessidades de um eram consideradas responsabilidades de todos”.
Aplicação:
Uma igreja cheia do Espírito se preocupa com a justiça social interna e externa.
📖 Verso 34b-35 – "traziam o preço... depositavam aos pés dos apóstolos..."
Análise Grega:
- "παρὰ τοὺς πόδας τῶν ἀποστόλων" (para tous podas tōn apostólōn) — gesto de entrega total da administração.
Comentário:
Os bens eram convertidos em recursos financeiros e confiados aos apóstolos para justa distribuição. Isso evidencia confiança, transparência e prioridade ao bem coletivo.
Aplicação:
Devemos honrar a liderança espiritual com confiança e contribuir com generosidade e responsabilidade.
📖 Verso 36 – "José, cognominado... Barnabé (Filho da Consolação)"
Análise Grega:
- "Βαρνάβας" (Barnabas) — transliteração aramaica para "Filho da Exortação" ou "Consolação".
- "παρακλήσεως" (paraklēseōs) — mesma raiz de paráclito, termo usado para o Espírito Santo.
Comentário:
Barnabé é apresentado como modelo de encorajamento e generosidade. Sua ação confirma sua reputação. Seu nome reflete seu caráter.
Referência Teológica:
- David J. Williams comenta: “Barnabé era um homem sensível à necessidade dos outros e pronto para edificar”.
Aplicação:
Sejamos como Barnabé: crentes que levantam os caídos, sustentam os necessitados e inspiram fé.
📖 Verso 37 – "Possuindo uma herdade, vendeu-a..."
Comentário:
Barnabé demonstrou desprendimento e amor. Ele não deu do que sobrava, mas do que lhe era precioso.
Aplicação:
O cristão maduro entende que sua missão está acima de sua posse. Contribuir é um ato de adoração.
🧾 Tabela Expositiva – Atos 4.32-37
Versículo | Destaque Teológico | Palavra Grega | Aplicação |
At 4.32 | Unidade espiritual | καρδία / ψυχή | Viver em comunhão real e amor |
At 4.33a | Poder no testemunho | δύναμις / μαρτύριον | Evangelizar com convicção |
At 4.33b | Graça abundante | χάρις μεγάλη | Viver e repartir com graça |
At 4.34 | Justiça social cristã | ἐνδεής | Suprir as necessidades dos irmãos |
At 4.35 | Transparência e mordomia | πόδας | Confiar e apoiar a liderança |
At 4.36 | Exemplo de Barnabé | παράκλησις | Ser encorajador e generoso |
At 4.37 | Generosidade real | ἔργον (implícito) | Dar com propósito e amor |
PLANO DE AULA
1- INTRODUÇÃO
Nas páginas de Atos, a Igreja de Jerusalém floresce como um testemunho vibrante do poder transformador do Evangelho. Nesta lição, exploraremos o amor e a unidade que moldaram essa comunidade pioneira, desde o Pentecostes até os desafios que testaram sua fé. O amor fraternal, a oração incessante e a ousadia missionária se tornaram as marcas distintivas dessa igreja, inspirando-nos a buscar um relacionamento mais profundo com Cristo e a viver em comunhão uns com os outros. Que a jornada da Igreja de Jerusalém nos motive a edificar igrejas locais que difundem o amor de Deus!
2- APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
A) Objetivos da Lição:
I) Compreender como o amor se manifesta na comunhão cristã, promovendo a unidade e o crescimento da igreja;
II) Reconhecer a graça de Deus como a fonte do amor cristão;
III) Incentivar a prática da solidariedade cristã como expressão do amor.
B) Motivação: Em meio à complexidade do mundo moderno, onde o individualismo e a indiferença se manifestam, a Igreja é chamada a ser um farol de esperança e amor. Ao explorarmos a dinâmica da Igreja de Jerusalém, somos desafiados a refletir sobre a essência da nossa comunhão. Que esta lição nos inspire a cultivar um amor genuíno, a manifestar a graça divina em nossas ações e a praticar a solidariedade, para que, assim como a igreja primitiva, possamos impactar nossa sociedade com a mensagem transformadora do Evangelho.
C) Sugestão de Método: Para envolver os alunos desde o início, sugerimos que inicie a aula com uma dinâmica. Solicite à classe para que imagine como seria viver em uma comunidade onde todos compartilham seus bens e se dedicam à oração e ao estudo da Palavra. Em seguida, convide pelo menos três alunos(as) a apresentar suas ideias, destacando os desafios e benefícios dessa forma de vida. Essa atividade prática ajudará os alunos a se conectarem com a realidade da Igreja de Jerusalém, preparando-os para explorar as lições sobre amor, graça e solidariedade presentes nos primeiros capítulos de Atos.
3- CONCLUSÃO DA LIÇÃO
A) Aplicação: Que o exemplo da Igreja de Jerusalém nos inspire a cultivar um amor genuíno e prático, manifestando a graça de Deus em nossas ações diárias. Que a solidariedade e a comunhão sejam marcas distintivas de nossa igreja local.
DINAMICA EXTRA
Comentário de Hubner Braz
📌 DINÂMICA: CORAÇÃO PARTILHADO
Objetivo:
Demonstrar que o amor cristão é ativo, visível e voltado ao bem do outro – como era na igreja primitiva (Atos 4.32-37).
Material:
- Corações de papel vermelho (um por aluno)
- Canetas ou lápis
- Caixa ou cesto
- Cartão com versículo (1 João 3.18 ou Atos 4.32)
- Cartaz com a frase:
“O amor cristão se revela na prática.”
💡Desenvolvimento:
- Distribuição:
Dê a cada aluno um coração de papel. Peça que escrevam nele uma atitude concreta de amor que já receberam de alguém da igreja (ex: visita, ajuda material, oração, conselho, abraço etc.). - Coleta:
Recolha todos os corações numa caixa ou cesto. Misture. - Compartilhamento:
Leia alguns corações (anonimamente) em voz alta. Peça que reflitam: - O que sentiram ao receber esse gesto?
- Você já fez algo semelhante por outro irmão?
- Reflexão Bíblica:
Leia Atos 4.32 e destaque o termo:
“E era um o coração e a alma da multidão dos que criam...”
Explique com base na lição que a igreja não era apenas unida na fé, mas também no amor que se expressava com ações práticas: partilha de bens, acolhimento e compaixão. - Versículo-Chave:
Entregue a cada um um cartão com:
“Filhinhos, não amemos de palavra nem de língua, mas por obra e em verdade.” (1 João 3.18)
🎯 Aplicação Pessoal:
Pergunte:
- Você conhece alguém em necessidade dentro da igreja?
- Qual atitude de amor você pode realizar nesta semana?
Peça que anotem uma ação prática de amor que vão fazer nos próximos dias. Depois, orem em duplas por isso.
🧾 Conclusão e Frase para Fixação:
Mostre o cartaz:
“O amor cristão se revela na prática.”
Incentive os alunos a serem crentes solidários, como Barnabé (At 4.36-37), e a demonstrarem o amor de Deus com generosidade, compaixão e serviço.
📌 DINÂMICA: CORAÇÃO PARTILHADO
Objetivo:
Demonstrar que o amor cristão é ativo, visível e voltado ao bem do outro – como era na igreja primitiva (Atos 4.32-37).
Material:
- Corações de papel vermelho (um por aluno)
- Canetas ou lápis
- Caixa ou cesto
- Cartão com versículo (1 João 3.18 ou Atos 4.32)
- Cartaz com a frase:
“O amor cristão se revela na prática.”
💡Desenvolvimento:
- Distribuição:
Dê a cada aluno um coração de papel. Peça que escrevam nele uma atitude concreta de amor que já receberam de alguém da igreja (ex: visita, ajuda material, oração, conselho, abraço etc.). - Coleta:
Recolha todos os corações numa caixa ou cesto. Misture. - Compartilhamento:
Leia alguns corações (anonimamente) em voz alta. Peça que reflitam: - O que sentiram ao receber esse gesto?
- Você já fez algo semelhante por outro irmão?
- Reflexão Bíblica:
Leia Atos 4.32 e destaque o termo:
“E era um o coração e a alma da multidão dos que criam...”
Explique com base na lição que a igreja não era apenas unida na fé, mas também no amor que se expressava com ações práticas: partilha de bens, acolhimento e compaixão. - Versículo-Chave:
Entregue a cada um um cartão com:
“Filhinhos, não amemos de palavra nem de língua, mas por obra e em verdade.” (1 João 3.18)
🎯 Aplicação Pessoal:
Pergunte:
- Você conhece alguém em necessidade dentro da igreja?
- Qual atitude de amor você pode realizar nesta semana?
Peça que anotem uma ação prática de amor que vão fazer nos próximos dias. Depois, orem em duplas por isso.
🧾 Conclusão e Frase para Fixação:
Mostre o cartaz:
“O amor cristão se revela na prática.”
Incentive os alunos a serem crentes solidários, como Barnabé (At 4.36-37), e a demonstrarem o amor de Deus com generosidade, compaixão e serviço.
4- SUBSÍDIO AO PROFESSOR
A) Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas Adultos. Na edição 102, p.38, você encontrará um subsídio especial para esta lição.
B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará auxílios que darão suporte na preparação de sua aula: 1) O texto “Propriedades São Vendidas e Distribuídas”, localizado depois do segundo tópico, traz uma reflexão do equilíbrio entre a manifestação de poder e sinais e a manifestação da generosidade cristã; 2) No final do terceiro tópico, o texto “Consagração” traz uma reflexão a respeito da dinâmica da solidariedade da igreja de Jerusalém.
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INTRODUÇÃO
Nesta lição, veremos como o amor de Deus se manifesta numa igreja genuinamente cristã. Ele capacita a igreja a enxergar os mais necessitados e a buscar caminhos para que suas carências sejam atendidas. Esse amor, contudo, não é um mero sentimento humano. Em vez disso, ele é a expressão máxima da graça de Deus que foi derramada abundantemente nos corações daqueles que creem em Jesus. Somente através do amor de Deus o cristão aprende a ser solidário e generoso com aqueles que precisam ter suas necessidades supridas.
Palavra-Chave: AMOR
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
O AMOR COMO EXPRESSÃO DA GRAÇA DIVINA
1. O AMOR DE DEUS COMO ORIGEM DA AÇÃO CRISTÃ
A introdução enfatiza que o amor cristão não é mera emoção humana, mas uma expressão divina. Em João 13.34, Jesus ordena:
“Um novo mandamento vos dou: Que vos ameis uns aos outros; como eu vos amei…”
Aqui, o termo grego para amor é ἀγάπη (agápē), que indica o amor incondicional, sacrificial e divinamente inspirado. Ao contrário do amor sentimental (philia) ou passional (eros), o agápē é ativo, voluntário e voltado ao bem do outro, mesmo com sacrifício pessoal (cf. Vine, Dicionário Expositivo, 2002).
2. RAIZ TEOLÓGICA DO AMOR CRISTÃO
Paulo afirma em Romanos 5.5:
“...o amor de Deus está derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado.”
A palavra "derramado" (ἐκκέχυται – ekkéchytai) está no perfeito passivo, indicando uma ação divina contínua e completa. O cristão não fabrica esse amor: ele o recebe por meio da graça, e o Espírito Santo é o agente dessa transformação.
Como destaca John Stott:
“O amor cristão é um dom do Espírito e sinal da regeneração verdadeira.” (A Mensagem de Romanos, 1994).
3. AMOR E COMUNHÃO SOCIAL
A prática do amor, nos Atos dos Apóstolos, não é apenas um ideal espiritual, mas gera frutos visíveis na vida comunitária. O texto de Atos 4.32-37 revela como esse amor se manifesta:
- Unidade do coração e da alma (v.32)
- Partilha de bens com os necessitados (v.34-35)
- Exemplo de generosidade em Barnabé (v.36-37)
Essa vivência encarna o princípio de solidariedade radical, onde a fé é vivida em comunidade, não como individualismo egoísta.
4. O AMOR COMO EXPRESSÃO DA GRAÇA
A introdução corretamente afirma que o amor é fruto da graça abundante (χάρις – cháris). Essa graça não apenas perdoa pecados, mas também capacita o crente a viver de maneira altruísta (cf. Ef 2.8-10). Como diz Dietrich Bonhoeffer:
“Graça barata é graça sem discipulado. A graça de Cristo nos leva ao amor sacrificial pelo próximo.” (Discipulado, 1937)
✍️ APLICAÇÃO PESSOAL
- Você tem amado com o amor de Deus ou apenas com simpatia humana?
- Você percebe os necessitados ao seu redor, ou está fechado em sua bolha de conforto?
- O amor cristão se expressa em atitudes práticas: partilha, cuidado, acolhimento e generosidade.
- Praticar esse amor implica renúncia pessoal, mas também é um testemunho poderoso da presença de Cristo na comunidade.
📊 TABELA EXPOSITIVA – O AMOR CRISTÃO EM AÇÃO
Aspecto
Descrição
Referência Bíblica
Termo Grego/Hebraico
Origem
O amor vem de Deus e é derramado pelo Espírito
Rm 5.5
ἀγάπη (agápē), ἐκκέχυται (ekkéchytai)
Natureza
Amor sacrificial, ativo, incondicional
Jo 13.34
ἀγάπη (agápē)
Manifestação prática
Partilha de bens, ajuda aos necessitados
At 4.32-37
κοινός (koinós), χάρις (cháris)
Resultado na comunidade
Unidade, ausência de necessitados, testemunho da ressurreição
At 4.33-34
δύναμις (dýnamis), χάρις (cháris)
Modelo de exemplo pessoal
Barnabé vende bens e os entrega à igreja
At 4.36-37
Παράκλησις (paráklēsis)
Aplicação para hoje
Generosidade prática, empatia e serviço no amor de Cristo
1 Jo 3.18
ἀλήθεια (alḗtheia) – verdade
O AMOR COMO EXPRESSÃO DA GRAÇA DIVINA
1. O AMOR DE DEUS COMO ORIGEM DA AÇÃO CRISTÃ
A introdução enfatiza que o amor cristão não é mera emoção humana, mas uma expressão divina. Em João 13.34, Jesus ordena:
“Um novo mandamento vos dou: Que vos ameis uns aos outros; como eu vos amei…”
Aqui, o termo grego para amor é ἀγάπη (agápē), que indica o amor incondicional, sacrificial e divinamente inspirado. Ao contrário do amor sentimental (philia) ou passional (eros), o agápē é ativo, voluntário e voltado ao bem do outro, mesmo com sacrifício pessoal (cf. Vine, Dicionário Expositivo, 2002).
2. RAIZ TEOLÓGICA DO AMOR CRISTÃO
Paulo afirma em Romanos 5.5:
“...o amor de Deus está derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado.”
A palavra "derramado" (ἐκκέχυται – ekkéchytai) está no perfeito passivo, indicando uma ação divina contínua e completa. O cristão não fabrica esse amor: ele o recebe por meio da graça, e o Espírito Santo é o agente dessa transformação.
Como destaca John Stott:
“O amor cristão é um dom do Espírito e sinal da regeneração verdadeira.” (A Mensagem de Romanos, 1994).
3. AMOR E COMUNHÃO SOCIAL
A prática do amor, nos Atos dos Apóstolos, não é apenas um ideal espiritual, mas gera frutos visíveis na vida comunitária. O texto de Atos 4.32-37 revela como esse amor se manifesta:
- Unidade do coração e da alma (v.32)
- Partilha de bens com os necessitados (v.34-35)
- Exemplo de generosidade em Barnabé (v.36-37)
Essa vivência encarna o princípio de solidariedade radical, onde a fé é vivida em comunidade, não como individualismo egoísta.
4. O AMOR COMO EXPRESSÃO DA GRAÇA
A introdução corretamente afirma que o amor é fruto da graça abundante (χάρις – cháris). Essa graça não apenas perdoa pecados, mas também capacita o crente a viver de maneira altruísta (cf. Ef 2.8-10). Como diz Dietrich Bonhoeffer:
“Graça barata é graça sem discipulado. A graça de Cristo nos leva ao amor sacrificial pelo próximo.” (Discipulado, 1937)
✍️ APLICAÇÃO PESSOAL
- Você tem amado com o amor de Deus ou apenas com simpatia humana?
- Você percebe os necessitados ao seu redor, ou está fechado em sua bolha de conforto?
- O amor cristão se expressa em atitudes práticas: partilha, cuidado, acolhimento e generosidade.
- Praticar esse amor implica renúncia pessoal, mas também é um testemunho poderoso da presença de Cristo na comunidade.
📊 TABELA EXPOSITIVA – O AMOR CRISTÃO EM AÇÃO
Aspecto | Descrição | Referência Bíblica | Termo Grego/Hebraico |
Origem | O amor vem de Deus e é derramado pelo Espírito | Rm 5.5 | ἀγάπη (agápē), ἐκκέχυται (ekkéchytai) |
Natureza | Amor sacrificial, ativo, incondicional | Jo 13.34 | ἀγάπη (agápē) |
Manifestação prática | Partilha de bens, ajuda aos necessitados | At 4.32-37 | κοινός (koinós), χάρις (cháris) |
Resultado na comunidade | Unidade, ausência de necessitados, testemunho da ressurreição | At 4.33-34 | δύναμις (dýnamis), χάρις (cháris) |
Modelo de exemplo pessoal | Barnabé vende bens e os entrega à igreja | At 4.36-37 | Παράκλησις (paráklēsis) |
Aplicação para hoje | Generosidade prática, empatia e serviço no amor de Cristo | 1 Jo 3.18 | ἀλήθεια (alḗtheia) – verdade |
I- O AMOR MANIFESTADO NA COMUNHÃO CRISTÃ
1- O crescimento da Igreja Cristã. Nesse ponto de sua narrativa, Lucas se refere à igreja como a “multidão dos que criam” (v.32). Essa expressão pode ser entendida com o sentido de um “grande número” ou “assembleia”. A Igreja que havia começado com 120 discípulos, agora é uma grande multidão. Uma igreja pequena possui a mesma natureza e essência de uma igreja grande. Assim como uma igreja grande, uma pequena igreja também enfrenta seus problemas e desafios. Contudo, os desafios e problemas de um grande povo são maiores em proporção em relação a uma pequena. Eles se tornam mais complexos e, portanto, mais desafiadores.
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
“E era um o coração e a alma da multidão dos que criam...” (Atos 4.32a)
1.1 – Análise da expressão grega: “τοῦ πλήθους τῶν πιστευσάντων”
- πλῆθος (plēthos) – traduzido como “multidão”, refere-se a um grande número de pessoas reunidas, sendo usado em contextos de assembleias, multidões e até mesmo exércitos.
- τῶν πιστευσάντων (tōn pisteusantōn) – é um particípio aoristo ativo do verbo πιστεύω (pisteuō), “crer, confiar, ter fé”. Neste contexto, indica aqueles que creram em um momento específico no passado e que continuam como crentes.
📘 Segundo Craig Keener, “Lucas usa plēthos para demonstrar que a Igreja estava em rápida expansão, mas ainda assim mantinha uma coesão interna admirável” (The IVP Bible Background Commentary: New Testament, 1993).
1.2 – Crescimento numérico e espiritual
O uso da palavra plēthos mostra que a Igreja tinha crescido para além dos 3.000 (At 2.41) e dos 5.000 homens (At 4.4). Esse crescimento não era apenas quantitativo, mas também qualitativo. O crescimento estava fundamentado na fé comum e na experiência da ressurreição de Cristo (v.33), sendo sustentado por uma vida em comunhão.
1.3 – Coração e alma em unidade
A expressão “um o coração e a alma” (καρδία καὶ ψυχὴ μία) ressalta a unidade espiritual e emocional da Igreja, revelando que o crescimento não os levou à fragmentação, mas a um amor mais profundo e altruísta.
📖 REFERÊNCIAS ACADÊMICAS CRISTÃS
- John Stott, em A Mensagem de Atos, observa:
“A unidade da igreja primitiva não era uniformidade institucional, mas uma comunhão espiritual e prática que brotava da fé comum no Cristo ressurreto.”
- F. F. Bruce, em O Livro de Atos, afirma:
“O crescimento numérico não comprometeu a qualidade da comunhão. A partilha da fé era acompanhada pela partilha dos bens e da vida.”
🙋♂️ APLICAÇÃO PESSOAL
- O crescimento da igreja local hoje não deve ser apenas contado em números de membros, mas na profundidade da comunhão, no amor mútuo e no cuidado com os necessitados.
- A unidade descrita em Atos 4.32 é um modelo que desafia divisões contemporâneas causadas por orgulho, disputas e indiferença espiritual.
- Devemos buscar uma fé comunitária, em que o crescimento não sufoque o amor, mas o expanda.
📊 TABELA EXPOSITIVA – Atos 4.32a
Elemento
Detalhamento
Expressão-chave
“Multidão dos que criam” – τοῦ πλήθους τῶν πιστευσάντων
Palavra-chave (grego)
πλῆθος (plēthos) – multidão; πιστεύω (pisteuō) – crer
Ênfase do texto
Crescimento numérico e unidade espiritual
Natureza da Igreja
Mesmo em crescimento, manteve o coração e a alma em comunhão
Aplicação espiritual
Buscar crescimento equilibrado com amor, partilha e fé comum
Referência teológica
Keener, Stott, Bruce – destaque para fé ativa e amor comunitário
“E era um o coração e a alma da multidão dos que criam...” (Atos 4.32a)
1.1 – Análise da expressão grega: “τοῦ πλήθους τῶν πιστευσάντων”
- πλῆθος (plēthos) – traduzido como “multidão”, refere-se a um grande número de pessoas reunidas, sendo usado em contextos de assembleias, multidões e até mesmo exércitos.
- τῶν πιστευσάντων (tōn pisteusantōn) – é um particípio aoristo ativo do verbo πιστεύω (pisteuō), “crer, confiar, ter fé”. Neste contexto, indica aqueles que creram em um momento específico no passado e que continuam como crentes.
📘 Segundo Craig Keener, “Lucas usa plēthos para demonstrar que a Igreja estava em rápida expansão, mas ainda assim mantinha uma coesão interna admirável” (The IVP Bible Background Commentary: New Testament, 1993).
1.2 – Crescimento numérico e espiritual
O uso da palavra plēthos mostra que a Igreja tinha crescido para além dos 3.000 (At 2.41) e dos 5.000 homens (At 4.4). Esse crescimento não era apenas quantitativo, mas também qualitativo. O crescimento estava fundamentado na fé comum e na experiência da ressurreição de Cristo (v.33), sendo sustentado por uma vida em comunhão.
1.3 – Coração e alma em unidade
A expressão “um o coração e a alma” (καρδία καὶ ψυχὴ μία) ressalta a unidade espiritual e emocional da Igreja, revelando que o crescimento não os levou à fragmentação, mas a um amor mais profundo e altruísta.
📖 REFERÊNCIAS ACADÊMICAS CRISTÃS
- John Stott, em A Mensagem de Atos, observa:
“A unidade da igreja primitiva não era uniformidade institucional, mas uma comunhão espiritual e prática que brotava da fé comum no Cristo ressurreto.” - F. F. Bruce, em O Livro de Atos, afirma:
“O crescimento numérico não comprometeu a qualidade da comunhão. A partilha da fé era acompanhada pela partilha dos bens e da vida.”
🙋♂️ APLICAÇÃO PESSOAL
- O crescimento da igreja local hoje não deve ser apenas contado em números de membros, mas na profundidade da comunhão, no amor mútuo e no cuidado com os necessitados.
- A unidade descrita em Atos 4.32 é um modelo que desafia divisões contemporâneas causadas por orgulho, disputas e indiferença espiritual.
- Devemos buscar uma fé comunitária, em que o crescimento não sufoque o amor, mas o expanda.
📊 TABELA EXPOSITIVA – Atos 4.32a
Elemento | Detalhamento |
Expressão-chave | “Multidão dos que criam” – τοῦ πλήθους τῶν πιστευσάντων |
Palavra-chave (grego) | πλῆθος (plēthos) – multidão; πιστεύω (pisteuō) – crer |
Ênfase do texto | Crescimento numérico e unidade espiritual |
Natureza da Igreja | Mesmo em crescimento, manteve o coração e a alma em comunhão |
Aplicação espiritual | Buscar crescimento equilibrado com amor, partilha e fé comum |
Referência teológica | Keener, Stott, Bruce – destaque para fé ativa e amor comunitário |
2- Os desafios do crescimento. Assim, vemos a Igreja de Jerusalém crescer em escala geométrica. Ela se multiplicava (At 6.7) e com isso os desafios também eram maiores. Como essa igreja, que até pouco tempo não passava de um pequeno número, se comportaria com o novo formato adquirido? Ela manteria a unidade em meio à complexidade? Somente o amor poderia manter o elo fraterno entre os crentes. De fato, Paulo dirá que o “amor de Deus” foi derramado nos corações dos crentes pelo Espírito Santo (Rm 5.5); aos colossenses, o apóstolo dos gentios disse que o amor “é o vínculo da perfeição” (Cl 3.14). Somente através do amor cristão a igreja pode manter-se unida. Quando uma igreja se fragmenta e se divide, isso significa que o egoísmo tomou o lugar do amor em algum ponto.
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
A Igreja crescendo e enfrentando tensões internas
A narrativa de Atos nos mostra um crescimento exponencial da Igreja Primitiva, especialmente em Atos 6.7:
“E crescia a palavra de Deus, e, em Jerusalém, se multiplicava muito o número dos discípulos...”.
O termo grego traduzido como “multiplicava” é πληθύνω (plēthýnō), que traz a ideia de aumentar em número, multiplicar em multidão. Esse crescimento não era apenas numérico, mas resultante do impacto da Palavra de Deus e da ação do Espírito Santo.
Entretanto, crescimento sempre traz desafios. A Igreja, que antes era um pequeno grupo coeso (At 1.15 – cerca de 120), agora precisava lidar com diversidade de línguas, culturas, e necessidades sociais, o que se evidencia nos conflitos entre os judeus helenistas e hebreus em Atos 6.1.
O amor como força unificadora
É nesse contexto que o amor cristão torna-se o elemento que sustenta a unidade. Em Romanos 5.5, Paulo escreve:
“...o amor de Deus (ἀγάπη τοῦ θεοῦ – agápē tou theou) está derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado.”
A palavra ἀγάπη (agápē) se refere ao amor divino, sacrificial, constante – não baseado em mérito, mas em graça. É esse amor, dado pelo Espírito Santo, que sustenta os relacionamentos dentro da comunidade cristã.
Aos Colossenses, Paulo declara:
“...e, sobre tudo isto, revesti-vos de amor, que é o vínculo da perfeição.” (Cl 3.14)
O termo “vínculo” no grego é σύνδεσμος (sýndesmos), que pode ser traduzido como ligação, junção, aquilo que une. Ou seja, o amor é o elo coesivo, como as articulações que mantêm unido o corpo humano.
Dimensão teológica: amor como reflexo da Trindade
O amor que une a igreja é reflexo do relacionamento trinitário: Pai, Filho e Espírito em perfeita comunhão. Teólogos como Stanley Grenz (em Theology for the Community of God) argumentam que a comunidade cristã é um reflexo terreno da comunhão eterna do Deus triúno. Portanto, dividir-se por egoísmo, orgulho ou vaidade é trair a identidade do próprio Deus.
🙋🏽♂️ APLICAÇÃO PESSOAL
- Para líderes: O crescimento de uma igreja não deve ser buscado apenas em termos numéricos, mas em profundidade de comunhão e maturidade espiritual.
- Para membros: Quando surgirem conflitos, devemos perguntar: o amor de Cristo está sendo nossa motivação ou nosso ego está falando mais alto?
- Para toda a igreja: Devemos cultivar práticas que alimentem o amor mútuo – como perdão, encorajamento, partilha e hospitalidade.
📊 TABELA EXPOSITIVA
Aspecto
Detalhes Bíblicos e Teológicos
Palavras Gregas
Aplicação Atual
Crescimento da Igreja
Atos 6.7 – “multiplicava muito”
πληθύνω (plēthýnō)
Crescimento traz complexidade
Amor como elo da unidade
Rm 5.5 – “amor de Deus derramado”; Cl 3.14 – “vínculo da perfeição”
ἀγάπη (agápē), σύνδεσμος (sýndesmos)
Amor une, egoísmo divide
Amor dado pelo Espírito
O amor não é humano, mas divino, ministrado pelo Espírito (Rm 5.5)
Buscar a plenitude do Espírito
Reflexo da Trindade
Amor comunitário reflete a comunhão do Pai, Filho e Espírito
Unidade é reflexo do Deus Trino
Desafios práticos
Reclamações e conflitos entre grupos (At 6.1)
Ouvir, servir e agir com equidade
A Igreja crescendo e enfrentando tensões internas
A narrativa de Atos nos mostra um crescimento exponencial da Igreja Primitiva, especialmente em Atos 6.7:
“E crescia a palavra de Deus, e, em Jerusalém, se multiplicava muito o número dos discípulos...”.
O termo grego traduzido como “multiplicava” é πληθύνω (plēthýnō), que traz a ideia de aumentar em número, multiplicar em multidão. Esse crescimento não era apenas numérico, mas resultante do impacto da Palavra de Deus e da ação do Espírito Santo.
Entretanto, crescimento sempre traz desafios. A Igreja, que antes era um pequeno grupo coeso (At 1.15 – cerca de 120), agora precisava lidar com diversidade de línguas, culturas, e necessidades sociais, o que se evidencia nos conflitos entre os judeus helenistas e hebreus em Atos 6.1.
O amor como força unificadora
É nesse contexto que o amor cristão torna-se o elemento que sustenta a unidade. Em Romanos 5.5, Paulo escreve:
“...o amor de Deus (ἀγάπη τοῦ θεοῦ – agápē tou theou) está derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado.”
A palavra ἀγάπη (agápē) se refere ao amor divino, sacrificial, constante – não baseado em mérito, mas em graça. É esse amor, dado pelo Espírito Santo, que sustenta os relacionamentos dentro da comunidade cristã.
Aos Colossenses, Paulo declara:
“...e, sobre tudo isto, revesti-vos de amor, que é o vínculo da perfeição.” (Cl 3.14)
O termo “vínculo” no grego é σύνδεσμος (sýndesmos), que pode ser traduzido como ligação, junção, aquilo que une. Ou seja, o amor é o elo coesivo, como as articulações que mantêm unido o corpo humano.
Dimensão teológica: amor como reflexo da Trindade
O amor que une a igreja é reflexo do relacionamento trinitário: Pai, Filho e Espírito em perfeita comunhão. Teólogos como Stanley Grenz (em Theology for the Community of God) argumentam que a comunidade cristã é um reflexo terreno da comunhão eterna do Deus triúno. Portanto, dividir-se por egoísmo, orgulho ou vaidade é trair a identidade do próprio Deus.
🙋🏽♂️ APLICAÇÃO PESSOAL
- Para líderes: O crescimento de uma igreja não deve ser buscado apenas em termos numéricos, mas em profundidade de comunhão e maturidade espiritual.
- Para membros: Quando surgirem conflitos, devemos perguntar: o amor de Cristo está sendo nossa motivação ou nosso ego está falando mais alto?
- Para toda a igreja: Devemos cultivar práticas que alimentem o amor mútuo – como perdão, encorajamento, partilha e hospitalidade.
📊 TABELA EXPOSITIVA
Aspecto | Detalhes Bíblicos e Teológicos | Palavras Gregas | Aplicação Atual |
Crescimento da Igreja | Atos 6.7 – “multiplicava muito” | πληθύνω (plēthýnō) | Crescimento traz complexidade |
Amor como elo da unidade | Rm 5.5 – “amor de Deus derramado”; Cl 3.14 – “vínculo da perfeição” | ἀγάπη (agápē), σύνδεσμος (sýndesmos) | Amor une, egoísmo divide |
Amor dado pelo Espírito | O amor não é humano, mas divino, ministrado pelo Espírito (Rm 5.5) | Buscar a plenitude do Espírito | |
Reflexo da Trindade | Amor comunitário reflete a comunhão do Pai, Filho e Espírito | Unidade é reflexo do Deus Trino | |
Desafios práticos | Reclamações e conflitos entre grupos (At 6.1) | Ouvir, servir e agir com equidade |
3- A vida interior. A expressão “era um o coração e a alma” (At 4.32) mostra a igreja em sua essência, revelando sua união interna. O Espírito Santo capacitou poderosamente os cristãos para cumprir a missão fora da igreja (At 1.8), para a tarefa do evangelismo (At 4.31,33; 8.6,7), mantendo os crentes unidos internamente.
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
Atos 4.32: “Era um o coração e a alma da multidão dos que criam”
✧ 1. Análise Exegética e das Palavras Gregas
O texto grego de Atos 4.32 começa assim:
Τοῦ δὲ πλήθους τῶν πιστευσάντων ἦν καρδία καὶ ψυχὴ μία·
“Da multidão dos que haviam crido, era um o coração e a alma”
- πλήθος (plēthos): traduzido como “multidão” ou “grande número”. Essa palavra indica a vasta quantidade de crentes, sugerindo o crescimento exponencial da igreja.
- πιστευσάντων (pisteusantōn): particípio aoristo ativo de πιστεύω (pisteuō) – "crer". A fé não é meramente racional, mas uma entrega existencial à obra de Cristo.
- καρδία (kardia): “coração” – nas Escrituras, representa o centro do ser humano: emoções, vontade e mente. Não se trata de sentimentalismo, mas de unidade volitiva e espiritual.
- ψυχή (psychē): “alma” – abrange a identidade vital do ser humano. A combinação com “coração” reforça que a união era total: emocional, espiritual e existencial.
- μία (mia): “uma só” – no grego está em enfático primeiro lugar na oração, apontando para uma unidade essencial e inquebrantável.
📘 F. F. Bruce comenta que essa expressão ecoa o ideal do amor ágape que cria uma nova comunidade, em contraste com o egoísmo social romano (cf. The Book of the Acts, NICNT).
✧ 2. Dimensão Teológica
- O Espírito Santo é o verdadeiro unificador da Igreja (cf. At 2.44; 2.46; 4.31).
- A unidade da Igreja não é meramente estrutural ou administrativa, mas orgânica e espiritual (cf. 1Co 12.12-13; Ef 4.3-6).
- A vivência dessa unidade aponta para a restauração escatológica do povo de Deus – um só corpo, uma só fé, um só batismo (Ef 4.4-6).
📗 John Stott afirma que “a unidade dos crentes é uma prova poderosa do poder transformador do Evangelho” (The Message of Acts, BST).
✧ 3. Aplicação Pessoal
- A unidade visível da igreja depende da renovação interior e constante pelo Espírito Santo.
- A fragmentação eclesial frequentemente nasce da falta de comunhão com Deus e da ausência de uma espiritualidade centrada no outro.
- Cada crente precisa perguntar: Tenho vivido como parte de uma alma coletiva em Cristo? Ou estou agindo como membro isolado?
📊 Tabela Expositiva – Atos 4.32
Elemento
Descrição
Termo-chave grego
καρδία καὶ ψυχὴ μία (kardia kai psychē mia)
Sentido
Unidade espiritual profunda: coração (vontade) + alma (vida interior)
Implicações teológicas
Igreja como um corpo vivo, unido pelo Espírito e pelo amor
Apoio bíblico
Ef 4.3-6; Rm 15.5-6; Jo 17.21-23
Comentário acadêmico
Stott: “A unidade é evidência do Evangelho vivo”
Aplicação devocional
Buscar comunhão profunda e sincera com a igreja local
Desafio contemporâneo
Combater o individualismo espiritual e restaurar vínculos de amor cristão
Atos 4.32: “Era um o coração e a alma da multidão dos que criam”
✧ 1. Análise Exegética e das Palavras Gregas
O texto grego de Atos 4.32 começa assim:
Τοῦ δὲ πλήθους τῶν πιστευσάντων ἦν καρδία καὶ ψυχὴ μία·
“Da multidão dos que haviam crido, era um o coração e a alma”
- πλήθος (plēthos): traduzido como “multidão” ou “grande número”. Essa palavra indica a vasta quantidade de crentes, sugerindo o crescimento exponencial da igreja.
- πιστευσάντων (pisteusantōn): particípio aoristo ativo de πιστεύω (pisteuō) – "crer". A fé não é meramente racional, mas uma entrega existencial à obra de Cristo.
- καρδία (kardia): “coração” – nas Escrituras, representa o centro do ser humano: emoções, vontade e mente. Não se trata de sentimentalismo, mas de unidade volitiva e espiritual.
- ψυχή (psychē): “alma” – abrange a identidade vital do ser humano. A combinação com “coração” reforça que a união era total: emocional, espiritual e existencial.
- μία (mia): “uma só” – no grego está em enfático primeiro lugar na oração, apontando para uma unidade essencial e inquebrantável.
📘 F. F. Bruce comenta que essa expressão ecoa o ideal do amor ágape que cria uma nova comunidade, em contraste com o egoísmo social romano (cf. The Book of the Acts, NICNT).
✧ 2. Dimensão Teológica
- O Espírito Santo é o verdadeiro unificador da Igreja (cf. At 2.44; 2.46; 4.31).
- A unidade da Igreja não é meramente estrutural ou administrativa, mas orgânica e espiritual (cf. 1Co 12.12-13; Ef 4.3-6).
- A vivência dessa unidade aponta para a restauração escatológica do povo de Deus – um só corpo, uma só fé, um só batismo (Ef 4.4-6).
📗 John Stott afirma que “a unidade dos crentes é uma prova poderosa do poder transformador do Evangelho” (The Message of Acts, BST).
✧ 3. Aplicação Pessoal
- A unidade visível da igreja depende da renovação interior e constante pelo Espírito Santo.
- A fragmentação eclesial frequentemente nasce da falta de comunhão com Deus e da ausência de uma espiritualidade centrada no outro.
- Cada crente precisa perguntar: Tenho vivido como parte de uma alma coletiva em Cristo? Ou estou agindo como membro isolado?
📊 Tabela Expositiva – Atos 4.32
Elemento | Descrição |
Termo-chave grego | καρδία καὶ ψυχὴ μία (kardia kai psychē mia) |
Sentido | Unidade espiritual profunda: coração (vontade) + alma (vida interior) |
Implicações teológicas | Igreja como um corpo vivo, unido pelo Espírito e pelo amor |
Apoio bíblico | Ef 4.3-6; Rm 15.5-6; Jo 17.21-23 |
Comentário acadêmico | Stott: “A unidade é evidência do Evangelho vivo” |
Aplicação devocional | Buscar comunhão profunda e sincera com a igreja local |
Desafio contemporâneo | Combater o individualismo espiritual e restaurar vínculos de amor cristão |
SINOPSE I
A união e o amor entre os cristãos, impulsionados pelo Espírito Santo, fortalecem a Igreja e sua missão. Quando uma igreja se fragmenta e se divide, isso significa que o egoísmo tomou o lugar do amor […].”
II- O AMOR COMO MANIFESTAÇÃO DA GRAÇA
1- A graça como manifestação do Espírito. O melhor ambiente para a manifestação dos dons do Espírito é em uma igreja onde o amor de Deus está presente. Lucas nos informa que “os apóstolos davam, com grande poder, testemunho da ressurreição do Senhor Jesus” (At 4.33). O contexto nos mostra que o Espírito opera em um ambiente que lhe é propício, isto é, onde a igreja está banhada no amor cristão. Muitos podem cair na tentação de achar que o segredo para ter uma igreja imersa no Espírito, isto é, onde os dons espirituais se manifestam com regularidade, tem a ver com cumprir determinadas regras e normas estabelecidas. Regras são importantes e não podemos viver sem elas. Contudo, o Espírito opera no ambiente onde há comunhão entre os irmãos. Às vezes, podemos quebrar a comunhão com os outros, achando que não tem importância, mas Jesus ensina que, para ser perdoado por Deus, devemos perdoar sinceramente nossos irmãos (Mt 6.15; 18.35). Qualquer ensino contrário a isso é falso.
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
2.1 – A Graça como Manifestação do Espírito
Texto base: Atos 4.33 – “E os apóstolos davam, com grande poder, testemunho da ressurreição do Senhor Jesus, e em todos eles havia abundante graça.” (ARA)
1. Contexto e significado teológico
Lucas descreve uma comunidade cristã profundamente marcada pela ação do Espírito Santo e pela comunhão dos crentes. O versículo em destaque (At 4.33) está inserido em um contexto de profunda unidade, generosidade e oração comunitária. A manifestação do Espírito se revela em três eixos centrais:
- Testemunho ousado da ressurreição
- Grande poder (δυνάμει μεγάλῃ)
- Abundante graça (χάρις μεγάλη)
A ação apostólica não era meramente humana, mas resultado direto da presença poderosa do Espírito, operando num ambiente saturado pelo amor e pela comunhão cristã.
2. Análise das palavras gregas-chave
- χάρις (chá·ris) – "graça": denota favor imerecido, benevolência divina. No contexto de Atos 4.33, é graça em ação, fluindo por meio da comunidade.
- μεγάλη (megálē) – "grande": intensifica a ideia de abundância e excelência da graça que repousava sobre todos.
- δυνάμει (dunámei) – "poder": relacionado à palavra dúnamis, que também aparece em At 1.8; aponta para a capacitação sobrenatural do Espírito.
- ἐμαρτύρουν (emartýroun) – “davam testemunho”: do verbo μαρτυρέω, que significa testificar como uma testemunha ocular. Implica convicção pessoal e coragem espiritual.
Essa combinação mostra uma igreja espiritualmente viva, onde o Espírito opera livremente porque há um ambiente de amor fraternal, ausência de disputas e centralidade na mensagem do Cristo ressurreto.
3. Referências acadêmicas cristãs
- Craig S. Keener, Acts: An Exegetical Commentary, Vol. 2:
“The effectiveness of the apostles’ witness was not merely rhetorical or intellectual, but Spirit-empowered, grounded in unity and divine favor.”
- John Stott, A Mensagem de Atos:
“O poder e a graça mencionados em Atos 4.33 são os efeitos combinados da presença do Espírito Santo e da comunhão dos crentes. O Espírito se move livremente onde o amor é cultivado.”
- F. F. Bruce, The Book of the Acts (NICNT):
“A ‘grande graça’ repousando sobre todos não era apenas espiritualização teológica, mas uma realidade visível na generosidade, perdão e acolhimento mútuo.”
4. Aplicação pessoal e pastoral
O Espírito Santo não é um visitante acidental, mas um habitante contínuo da Igreja que vive em amor. O ambiente onde a graça flui livremente é aquele onde:
- Não há competição egocêntrica
- Os dons são exercidos com humildade
- A comunhão é preservada como prioridade
A quebra de comunhão, por orgulho ou ressentimento, interrompe esse fluxo espiritual. Jesus ensina em Mateus 6.15 que o perdão a outros é condição para receber perdão. Uma igreja cheia de amor é um canal livre para a ação do Espírito, enquanto a falta de perdão e o legalismo criam barreiras espirituais.
📊 TABELA EXPOSITIVA – Atos 4.33 e o Amor como Ambiente da Graça
Elemento
Termo Grego
Significado
Implicações Teológicas
Aplicação Prática
Grande poder
δυνάμει μεγάλῃ
Poder sobrenatural
O Espírito capacita os crentes para o testemunho eficaz
Precisamos depender do Espírito, não de métodos humanos
Abundante graça
χάρις μεγάλη
Favor imerecido e ativo
A graça se manifesta visivelmente em ações de amor e unidade
Onde há perdão e comunhão, há liberdade para Deus agir
Testemunho da ressurreição
ἐμαρτύρουν
Testemunhar como quem viu
A pregação apostólica era vivencial, não teórica
Devemos testemunhar com convicção e coerência de vida
Comunhão fraterna
ἦν καρδία καὶ ψυχὴ μία (At 4.32)
Um só coração e alma
Unidade como solo fértil para dons espirituais
Devemos cultivar relacionamentos em amor e reconciliação
✍️ Conclusão
A manifestação da graça na Igreja primitiva foi inseparável do amor cristão genuíno. O Espírito se move onde reina a comunhão, e a graça é percebida onde há espaço para perdão, generosidade e serviço mútuo. Uma igreja que busca dons espirituais sem cultivar o amor, inevitavelmente se tornará um campo de disputa e não um lugar de edificação. O Espírito habita onde o amor persevera.
"O Espírito Santo é um hóspede sensível. Ele não permanece onde há competição egoísta, mas onde há o amor que edifica." – John Wesley (adaptado)
2.1 – A Graça como Manifestação do Espírito
Texto base: Atos 4.33 – “E os apóstolos davam, com grande poder, testemunho da ressurreição do Senhor Jesus, e em todos eles havia abundante graça.” (ARA)
1. Contexto e significado teológico
Lucas descreve uma comunidade cristã profundamente marcada pela ação do Espírito Santo e pela comunhão dos crentes. O versículo em destaque (At 4.33) está inserido em um contexto de profunda unidade, generosidade e oração comunitária. A manifestação do Espírito se revela em três eixos centrais:
- Testemunho ousado da ressurreição
- Grande poder (δυνάμει μεγάλῃ)
- Abundante graça (χάρις μεγάλη)
A ação apostólica não era meramente humana, mas resultado direto da presença poderosa do Espírito, operando num ambiente saturado pelo amor e pela comunhão cristã.
2. Análise das palavras gregas-chave
- χάρις (chá·ris) – "graça": denota favor imerecido, benevolência divina. No contexto de Atos 4.33, é graça em ação, fluindo por meio da comunidade.
- μεγάλη (megálē) – "grande": intensifica a ideia de abundância e excelência da graça que repousava sobre todos.
- δυνάμει (dunámei) – "poder": relacionado à palavra dúnamis, que também aparece em At 1.8; aponta para a capacitação sobrenatural do Espírito.
- ἐμαρτύρουν (emartýroun) – “davam testemunho”: do verbo μαρτυρέω, que significa testificar como uma testemunha ocular. Implica convicção pessoal e coragem espiritual.
Essa combinação mostra uma igreja espiritualmente viva, onde o Espírito opera livremente porque há um ambiente de amor fraternal, ausência de disputas e centralidade na mensagem do Cristo ressurreto.
3. Referências acadêmicas cristãs
- Craig S. Keener, Acts: An Exegetical Commentary, Vol. 2:
“The effectiveness of the apostles’ witness was not merely rhetorical or intellectual, but Spirit-empowered, grounded in unity and divine favor.” - John Stott, A Mensagem de Atos:
“O poder e a graça mencionados em Atos 4.33 são os efeitos combinados da presença do Espírito Santo e da comunhão dos crentes. O Espírito se move livremente onde o amor é cultivado.” - F. F. Bruce, The Book of the Acts (NICNT):
“A ‘grande graça’ repousando sobre todos não era apenas espiritualização teológica, mas uma realidade visível na generosidade, perdão e acolhimento mútuo.”
4. Aplicação pessoal e pastoral
O Espírito Santo não é um visitante acidental, mas um habitante contínuo da Igreja que vive em amor. O ambiente onde a graça flui livremente é aquele onde:
- Não há competição egocêntrica
- Os dons são exercidos com humildade
- A comunhão é preservada como prioridade
A quebra de comunhão, por orgulho ou ressentimento, interrompe esse fluxo espiritual. Jesus ensina em Mateus 6.15 que o perdão a outros é condição para receber perdão. Uma igreja cheia de amor é um canal livre para a ação do Espírito, enquanto a falta de perdão e o legalismo criam barreiras espirituais.
📊 TABELA EXPOSITIVA – Atos 4.33 e o Amor como Ambiente da Graça
Elemento | Termo Grego | Significado | Implicações Teológicas | Aplicação Prática |
Grande poder | δυνάμει μεγάλῃ | Poder sobrenatural | O Espírito capacita os crentes para o testemunho eficaz | Precisamos depender do Espírito, não de métodos humanos |
Abundante graça | χάρις μεγάλη | Favor imerecido e ativo | A graça se manifesta visivelmente em ações de amor e unidade | Onde há perdão e comunhão, há liberdade para Deus agir |
Testemunho da ressurreição | ἐμαρτύρουν | Testemunhar como quem viu | A pregação apostólica era vivencial, não teórica | Devemos testemunhar com convicção e coerência de vida |
Comunhão fraterna | ἦν καρδία καὶ ψυχὴ μία (At 4.32) | Um só coração e alma | Unidade como solo fértil para dons espirituais | Devemos cultivar relacionamentos em amor e reconciliação |
✍️ Conclusão
A manifestação da graça na Igreja primitiva foi inseparável do amor cristão genuíno. O Espírito se move onde reina a comunhão, e a graça é percebida onde há espaço para perdão, generosidade e serviço mútuo. Uma igreja que busca dons espirituais sem cultivar o amor, inevitavelmente se tornará um campo de disputa e não um lugar de edificação. O Espírito habita onde o amor persevera.
"O Espírito Santo é um hóspede sensível. Ele não permanece onde há competição egoísta, mas onde há o amor que edifica." – John Wesley (adaptado)
2- A graça como favor imerecido. Há ainda um outro aspecto da graça de Deus revelada neste texto: “em todos eles havia abundante graça” (At 4.33). Isso significa que a graça de Deus estava manifestada tanto nos apóstolos como em toda a igreja. Esse texto não se encontra deslocado, mas é posto aqui com o propósito de mostrar a razão ou motivo daquele contagiante ambiente cristão. Uma igreja dinâmica, que demonstra amor para com seu próximo e na qual o Espírito Santo se manifesta de forma abundante, é uma igreja que reflete a graça de Deus. Na Bíblia, podemos perceber que a graça de Deus gerou entre os crentes um sentimento de gratidão por terem sido, sem merecimento algum, capacitados por Deus para viverem uma vida abundante. Isso se torna um padrão nas demais igrejas do Novo Testamento (1 Ts 4.9). Vemos, por exemplo, esse sentimento de gratidão como uma resposta à graça de Deus na pessoa do apóstolo Paulo (1 Co 15.10). Somente a graça gera tamanho sentimento de gratidão.
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
Texto-chave: "E em todos eles havia abundante graça" (Atos 4.33)
Esse versículo está inserido no contexto da comunhão e unidade da igreja primitiva (At 4.32-35). A frase indica que não apenas os apóstolos eram instrumentos da graça, mas toda a comunidade cristã vivia sob a influência da graça abundante de Deus.
A expressão no grego original é:
“χάρις μεγάλη ἦν ἐπὶ πάντας αὐτούς” (cháris megalē ēn epi pantas autous)
Tradução literal: “grande graça estava sobre todos eles”.
- χάρις (cháris) – graça, favor, bondade não merecida. No contexto teológico, refere-se ao dom imerecido de Deus que capacita o homem para a salvação e o serviço.
- μεγάλη (megalē) – grande, extraordinária, abundante.
- ἐπὶ (epi) – sobre, indicando que a graça não era apenas interior, mas visivelmente manifesta na comunidade.
Segundo Craig Keener, a expressão “grande graça” indica não apenas um favor espiritual, mas também os efeitos visíveis dessa graça em forma de generosidade, unidade e manifestação do Espírito (KEENER, Commentary on Acts).
Além disso, F. F. Bruce comenta que a graça referida aqui era “operacional”, resultando em **obras visíveis de poder, comunhão e testemunho eficaz da igreja” (The Book of the Acts, NICNT).
✦ Referências Bíblicas de Apoio:
- 1 Coríntios 15.10 – “Mas pela graça de Deus sou o que sou; e a sua graça para comigo não foi vã”.
➤ Paulo reconhece que sua capacidade apostólica é resultado da graça imerecida. - 1 Tessalonicenses 4.9 – “A respeito do amor fraternal... vós mesmos estais instruídos por Deus a vos amardes uns aos outros”.
➤ A graça atua como professor interior, capacitando os crentes ao amor mútuo. - 2 Coríntios 9.8 – “Deus é poderoso para fazer abundar em vós toda graça...”
➤ A graça é dinâmica e capacitadora para boas obras e generosidade.
✦ Aplicação Pessoal:
Uma igreja onde a graça de Deus reina é marcada por:
- Gratidão profunda: Reconhecemos que não merecemos o amor e o favor de Deus.
- Humildade sincera: Não nos orgulhamos de nossas obras ou posição espiritual.
- Serviço abnegado: Servimos porque fomos alcançados pela graça, não por mérito.
- Comunhão visível: A graça não apenas nos salva, mas nos une e transforma relacionamentos.
Essa compreensão deve motivar cada cristão a abandonar qualquer espírito de mérito ou comparação, vivendo em resposta ao favor divino com coração quebrantado, vida generosa e atitude de perdão.
✦ Tabela Expositiva
Elemento
Detalhes
Palavra-chave (grego)
cháris (χάρις) – graça, favor imerecido
Contexto Bíblico
Atos 4.32-35 – Comunhão, generosidade e testemunho apostólico
Manifestação da Graça
Unidade, generosidade, perdão, dons espirituais
Referência Teológica
F. F. Bruce: graça como ação visível e comunitária
Aplicação pessoal
Vida de gratidão, humildade e serviço motivados pela graça recebida
Exemplo paulino
1 Co 15.10 – “Pela graça de Deus sou o que sou”
Texto-chave: "E em todos eles havia abundante graça" (Atos 4.33)
Esse versículo está inserido no contexto da comunhão e unidade da igreja primitiva (At 4.32-35). A frase indica que não apenas os apóstolos eram instrumentos da graça, mas toda a comunidade cristã vivia sob a influência da graça abundante de Deus.
A expressão no grego original é:
“χάρις μεγάλη ἦν ἐπὶ πάντας αὐτούς” (cháris megalē ēn epi pantas autous)
Tradução literal: “grande graça estava sobre todos eles”.
- χάρις (cháris) – graça, favor, bondade não merecida. No contexto teológico, refere-se ao dom imerecido de Deus que capacita o homem para a salvação e o serviço.
- μεγάλη (megalē) – grande, extraordinária, abundante.
- ἐπὶ (epi) – sobre, indicando que a graça não era apenas interior, mas visivelmente manifesta na comunidade.
Segundo Craig Keener, a expressão “grande graça” indica não apenas um favor espiritual, mas também os efeitos visíveis dessa graça em forma de generosidade, unidade e manifestação do Espírito (KEENER, Commentary on Acts).
Além disso, F. F. Bruce comenta que a graça referida aqui era “operacional”, resultando em **obras visíveis de poder, comunhão e testemunho eficaz da igreja” (The Book of the Acts, NICNT).
✦ Referências Bíblicas de Apoio:
- 1 Coríntios 15.10 – “Mas pela graça de Deus sou o que sou; e a sua graça para comigo não foi vã”.
➤ Paulo reconhece que sua capacidade apostólica é resultado da graça imerecida. - 1 Tessalonicenses 4.9 – “A respeito do amor fraternal... vós mesmos estais instruídos por Deus a vos amardes uns aos outros”.
➤ A graça atua como professor interior, capacitando os crentes ao amor mútuo. - 2 Coríntios 9.8 – “Deus é poderoso para fazer abundar em vós toda graça...”
➤ A graça é dinâmica e capacitadora para boas obras e generosidade.
✦ Aplicação Pessoal:
Uma igreja onde a graça de Deus reina é marcada por:
- Gratidão profunda: Reconhecemos que não merecemos o amor e o favor de Deus.
- Humildade sincera: Não nos orgulhamos de nossas obras ou posição espiritual.
- Serviço abnegado: Servimos porque fomos alcançados pela graça, não por mérito.
- Comunhão visível: A graça não apenas nos salva, mas nos une e transforma relacionamentos.
Essa compreensão deve motivar cada cristão a abandonar qualquer espírito de mérito ou comparação, vivendo em resposta ao favor divino com coração quebrantado, vida generosa e atitude de perdão.
✦ Tabela Expositiva
Elemento | Detalhes |
Palavra-chave (grego) | cháris (χάρις) – graça, favor imerecido |
Contexto Bíblico | Atos 4.32-35 – Comunhão, generosidade e testemunho apostólico |
Manifestação da Graça | Unidade, generosidade, perdão, dons espirituais |
Referência Teológica | F. F. Bruce: graça como ação visível e comunitária |
Aplicação pessoal | Vida de gratidão, humildade e serviço motivados pela graça recebida |
Exemplo paulino | 1 Co 15.10 – “Pela graça de Deus sou o que sou” |
SINOPSE II
A graça de Deus se revela no amor cristão, capacitando os crentes a viverem equilibradamente entre a comunhão e a prática dos dons espirituais.
AUXÍLIO BÍBLICO-TEOLÓGICO
“PROPRIEDADES SÃO VENDIDAS E DISTRIBUÍDAS.
É significativo que a palavra ‘poder’ seja descrita como ‘grande’ (v. 33), indicando a manifestação do poder de Deus em sinais e prodígios. Milagres acompanham e confirmam a pregação dos apóstolos sobre a ressurreição de Cristo, da mesma maneira que milagres acompanharam o ministério de Jesus. Ao mesmo tempo, Deus derrama ‘abundante graça’ na comunidade de crentes (v. 33), significando que são regados com ricas bênçãos. A evidência da graça divina é vista na pregação e no alívio das necessidades materiais dos pobres. O ideal do Antigo Testamento de que não devesse haver pobres entre os israelitas (Dt 15.4) é percebido na Igreja pela generosidade dos membros com suas riquezas. À medida que as necessidades surgem de tempo em tempo, aqueles que estão em melhor situação vendem a propriedade e trazem a renda aos apóstolos. A expressão ‘depositavam aos pés dos apóstolos’ (v.35; At 5.2) indica que os apóstolos estão sentados e, talvez, ensinando. A frase também revela autoridade, pois à medida que o dinheiro lhes é entregue, eles servem de autoridades administrativas para sua distribuição a cada pessoa de acordo com a necessidade” (Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento – Vol. 1. Rio de Janeiro: CPAD, 2024, p.649).
III- A MANIFESTAÇÃO DO AMOR NA SOLIDARIEDADE CRISTÃ
1- A busca pela equidade. O Dicionário Aurélio de Língua Portuguesa conceitua “equidade” como a “disposição de reconhecer igualmente o direito de cada um”. Assim, diferentemente da igualdade, a equidade não enxerga as pessoas como sendo todas iguais e, por isso, busca formas de ajustar o desequilíbrio entre elas. Em Jerusalém não havia nivelamento social, nem todos possuíam as mesmas condições. Havia pessoas mais abastadas, e havia pobres também. Estes, geralmente, em maior número. Logo, a igreja demonstrou ser sensível a essa realidade, procurando tratar dessa situação (At 4.34), sendo solidária com a situação dos menos favorecidos.
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
Texto-chave: “Não havia, pois, entre eles necessitado algum; porque todos os que possuíam herdades ou casas, vendendo-as, traziam o preço do que fora vendido e o depositavam aos pés dos apóstolos” (Atos 4.34-35)
O princípio da equidade (ἐπιεικής - epieikḗs) é fundamental para entender a solidariedade da igreja primitiva. Ao contrário da simples igualdade (ἰσότης - isótēs), que implica tratar todos da mesma forma, a equidade pressupõe reconhecer as diferentes necessidades e ajustar a distribuição de recursos para garantir justiça e equilíbrio social.
A igreja em Jerusalém não buscava nivelar a todos num mesmo patamar econômico, mas garantir que nenhum necessitado permanecesse desamparado (At 4.34). Isso se tornou possível porque os crentes praticavam a comunhão dos bens, vendendo propriedades para distribuir conforme a necessidade (At 4.32-37).
A palavra grega para "necessitado" ou "pobre" aqui está ligada à ideia de alguém que carece do essencial para viver dignamente — o que os apóstolos e a comunidade procuravam suprir.
✦ Análise das Palavras Gregas:
- ἀνάγκη (anágnkē) – necessidade, urgência, carência, usada para descrever a condição dos que precisavam de ajuda.
- κοινότης (koinótēs) – comunhão, comunidade; reflete o espírito de partilha e interdependência entre os cristãos.
- μεριμνάω (merimnáō) – cuidar, preocupar-se; expressão da responsabilidade mútua na comunidade cristã.
Lucas enfatiza que a prática da solidariedade não era apenas um ato social, mas uma manifestação visível do amor (ἀγάπη, agápē) que vinha do Espírito Santo, impulsionando os crentes a cuidarem uns dos outros (Gl 5.22; Rm 5.5).
✦ Referências Acadêmicas Cristãs:
- F. F. Bruce (Acts, NICNT) destaca que essa comunhão dos bens e a distribuição segundo a necessidade era uma prática única e radical, fruto da ação do Espírito Santo que promovia unidade e amor prático.
- John Stott, em A Mensagem de Atos, ressalta que essa solidariedade representa o cumprimento prático do mandamento do amor ao próximo e a resposta à desigualdade social, diferenciando-se do sistema de assistência público por sua motivação espiritual.
- N. T. Wright observa que a comunhão da igreja primitiva em Jerusalém era um anticipo do Reino de Deus, no qual as barreiras sociais seriam superadas em justiça e amor.
✦ Aplicação Pessoal:
Este ensino convida o cristão e a igreja atual a:
- Reconhecer as diferenças na comunidade e agir com justiça, não apenas com igualdade superficial.
- Praticar a solidariedade real, olhando para as necessidades específicas e agindo conforme elas.
- Entender que a manifestação do amor cristão não é mero sentimento, mas ação prática e compromisso com os menos favorecidos.
- Viver a comunhão autêntica, com disposição para abrir mão de bens para o bem comum.
A igreja hoje deve refletir esse modelo de amor que ultrapassa barreiras sociais e promove a justiça como expressão do Reino.
✦ Tabela Expositiva
Elemento
Detalhes
Palavra-chave (grega)
ἀνάγκη (anágnkē) – necessidade; κοινότης (koinótēs) – comunhão
Contexto Bíblico
Atos 4.32-37 – Comunhão e partilha de bens segundo a necessidade
Princípio Teológico
Equidade: reconhecer necessidades diferentes e suprir justamente
Manifestação do Amor
Ação prática, solidariedade e cuidado mútuo
Referências Teológicas
F. F. Bruce, John Stott, N. T. Wright
Aplicação Pessoal
Promover justiça social, praticar solidariedade concreta
Texto-chave: “Não havia, pois, entre eles necessitado algum; porque todos os que possuíam herdades ou casas, vendendo-as, traziam o preço do que fora vendido e o depositavam aos pés dos apóstolos” (Atos 4.34-35)
O princípio da equidade (ἐπιεικής - epieikḗs) é fundamental para entender a solidariedade da igreja primitiva. Ao contrário da simples igualdade (ἰσότης - isótēs), que implica tratar todos da mesma forma, a equidade pressupõe reconhecer as diferentes necessidades e ajustar a distribuição de recursos para garantir justiça e equilíbrio social.
A igreja em Jerusalém não buscava nivelar a todos num mesmo patamar econômico, mas garantir que nenhum necessitado permanecesse desamparado (At 4.34). Isso se tornou possível porque os crentes praticavam a comunhão dos bens, vendendo propriedades para distribuir conforme a necessidade (At 4.32-37).
A palavra grega para "necessitado" ou "pobre" aqui está ligada à ideia de alguém que carece do essencial para viver dignamente — o que os apóstolos e a comunidade procuravam suprir.
✦ Análise das Palavras Gregas:
- ἀνάγκη (anágnkē) – necessidade, urgência, carência, usada para descrever a condição dos que precisavam de ajuda.
- κοινότης (koinótēs) – comunhão, comunidade; reflete o espírito de partilha e interdependência entre os cristãos.
- μεριμνάω (merimnáō) – cuidar, preocupar-se; expressão da responsabilidade mútua na comunidade cristã.
Lucas enfatiza que a prática da solidariedade não era apenas um ato social, mas uma manifestação visível do amor (ἀγάπη, agápē) que vinha do Espírito Santo, impulsionando os crentes a cuidarem uns dos outros (Gl 5.22; Rm 5.5).
✦ Referências Acadêmicas Cristãs:
- F. F. Bruce (Acts, NICNT) destaca que essa comunhão dos bens e a distribuição segundo a necessidade era uma prática única e radical, fruto da ação do Espírito Santo que promovia unidade e amor prático.
- John Stott, em A Mensagem de Atos, ressalta que essa solidariedade representa o cumprimento prático do mandamento do amor ao próximo e a resposta à desigualdade social, diferenciando-se do sistema de assistência público por sua motivação espiritual.
- N. T. Wright observa que a comunhão da igreja primitiva em Jerusalém era um anticipo do Reino de Deus, no qual as barreiras sociais seriam superadas em justiça e amor.
✦ Aplicação Pessoal:
Este ensino convida o cristão e a igreja atual a:
- Reconhecer as diferenças na comunidade e agir com justiça, não apenas com igualdade superficial.
- Praticar a solidariedade real, olhando para as necessidades específicas e agindo conforme elas.
- Entender que a manifestação do amor cristão não é mero sentimento, mas ação prática e compromisso com os menos favorecidos.
- Viver a comunhão autêntica, com disposição para abrir mão de bens para o bem comum.
A igreja hoje deve refletir esse modelo de amor que ultrapassa barreiras sociais e promove a justiça como expressão do Reino.
✦ Tabela Expositiva
Elemento | Detalhes |
Palavra-chave (grega) | ἀνάγκη (anágnkē) – necessidade; κοινότης (koinótēs) – comunhão |
Contexto Bíblico | Atos 4.32-37 – Comunhão e partilha de bens segundo a necessidade |
Princípio Teológico | Equidade: reconhecer necessidades diferentes e suprir justamente |
Manifestação do Amor | Ação prática, solidariedade e cuidado mútuo |
Referências Teológicas | F. F. Bruce, John Stott, N. T. Wright |
Aplicação Pessoal | Promover justiça social, praticar solidariedade concreta |
2- Propriedade e compartilhamento. Estudiosos observam que a igreja de Jerusalém vivia uma comunidade de compartilhamento, não de domínio. Os crentes mantinham a propriedade de seus bens, mas os disponibilizavam conforme a necessidade de cada um. Desse modo, eles compartilhavam tudo o que tinham. Isso pode ser observado com Maria, mãe de João Marcos. Ela também pertencia à igreja de Jerusalém e em vez de vender sua casa, a pôs a serviço da igreja, transformando-a em uma casa de oração onde a igreja se reunia (At 12.12). A prática da generosidade pode mudar de acordo com o tempo, lugar e circunstâncias; contudo, o princípio que a governa permanece o mesmo. Podemos fazer o bem a quem necessita de uma forma ou de outra.
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
Tema: Propriedade e Compartilhamento na Igreja Primitiva
A igreja em Jerusalém exemplificava uma forma de comunhão que ia além da simples posse coletiva ou comunismo estrito. Os crentes mantinham a propriedade (κτῆσις – ktēsis) individual de seus bens, porém os colocavam à disposição da comunidade conforme as necessidades (At 4.32-37; 12.12). Este modelo demonstra uma generosidade voluntária e motivada pelo amor (ἀγάπη - agápē), não por imposição ou coerção.
A menção de Maria, mãe de João Marcos, que abriu sua casa para reuniões e orações (At 12.12), reforça a ideia de que o compartilhamento também incluía recursos que não eram necessariamente vendidos, mas cedidos para o uso comum da comunidade.
Este padrão aponta para o princípio do diakonia (διακονία) — serviço e ministério mútuo — que é expressão prática da graça de Deus e da vida em comunhão no corpo de Cristo (1 Co 12.25-26).
✦ Análise das Palavras Gregas:
- κτῆσις (ktēsis) – propriedade, posse; indica bens materiais que alguém detém, mas que podem ser compartilhados.
- διακονία (diakonia) – serviço, ministério; aqui entendido como disposição para servir e suprir necessidades da comunidade.
- μερίδα (merída) – parte, porção; remete à distribuição justa e equilibrada, conforme a necessidade e disposição.
- ἐθελοντής (ethelontēs) – voluntário; expressa que o compartilhamento era espontâneo e motivado pelo amor.
✦ Referências Acadêmicas Cristãs:
- F. F. Bruce (Acts, NICNT) salienta que a propriedade individual não era abolida, mas os crentes viviam um espírito de compartilhamento voluntário, evidenciando a liberdade cristã que rejeita o egoísmo.
- John Stott destaca que o princípio da generosidade é permanente, mas as formas práticas podem variar segundo contexto cultural e necessidades específicas da igreja.
- Craig S. Keener, em sua exegese de Atos, enfatiza que a casa de Maria servindo de local para comunhão e oração é uma expressão importante da disposição de compartilhar espaços e recursos para o fortalecimento da igreja.
✦ Aplicação Pessoal:
- Praticar o compartilhamento não exige renunciar completamente à propriedade, mas cultivar uma disponibilidade generosa para ajudar e suprir necessidades na comunidade.
- Avaliar as formas práticas de serviço e contribuição, entendendo que a generosidade pode se manifestar através de bens, tempo, talentos e espaços.
- Incentivar um ambiente onde a comunhão reflita a graça de Deus, promovendo o cuidado mútuo e o apoio prático, independentemente do tamanho da contribuição.
✦ Tabela Expositiva
Aspecto
Detalhes
Palavra-chave (grega)
κτῆσις (propriedade); διακονία (serviço); ἐθελοντής (voluntário)
Contexto Bíblico
Atos 4.32-37; 12.12 – Propriedade e compartilhamento na igreja primitiva
Princípio Teológico
Generosidade voluntária e serviço mútuo como expressão do amor cristão
Exemplo Prático
Maria, mãe de João Marcos, cedeu sua casa para reuniões de oração
Referências Teológicas
F. F. Bruce, John Stott, Craig S. Keener
Aplicação Pessoal
Estimular a generosidade concreta em bens, tempo e serviço na comunidade
Tema: Propriedade e Compartilhamento na Igreja Primitiva
A igreja em Jerusalém exemplificava uma forma de comunhão que ia além da simples posse coletiva ou comunismo estrito. Os crentes mantinham a propriedade (κτῆσις – ktēsis) individual de seus bens, porém os colocavam à disposição da comunidade conforme as necessidades (At 4.32-37; 12.12). Este modelo demonstra uma generosidade voluntária e motivada pelo amor (ἀγάπη - agápē), não por imposição ou coerção.
A menção de Maria, mãe de João Marcos, que abriu sua casa para reuniões e orações (At 12.12), reforça a ideia de que o compartilhamento também incluía recursos que não eram necessariamente vendidos, mas cedidos para o uso comum da comunidade.
Este padrão aponta para o princípio do diakonia (διακονία) — serviço e ministério mútuo — que é expressão prática da graça de Deus e da vida em comunhão no corpo de Cristo (1 Co 12.25-26).
✦ Análise das Palavras Gregas:
- κτῆσις (ktēsis) – propriedade, posse; indica bens materiais que alguém detém, mas que podem ser compartilhados.
- διακονία (diakonia) – serviço, ministério; aqui entendido como disposição para servir e suprir necessidades da comunidade.
- μερίδα (merída) – parte, porção; remete à distribuição justa e equilibrada, conforme a necessidade e disposição.
- ἐθελοντής (ethelontēs) – voluntário; expressa que o compartilhamento era espontâneo e motivado pelo amor.
✦ Referências Acadêmicas Cristãs:
- F. F. Bruce (Acts, NICNT) salienta que a propriedade individual não era abolida, mas os crentes viviam um espírito de compartilhamento voluntário, evidenciando a liberdade cristã que rejeita o egoísmo.
- John Stott destaca que o princípio da generosidade é permanente, mas as formas práticas podem variar segundo contexto cultural e necessidades específicas da igreja.
- Craig S. Keener, em sua exegese de Atos, enfatiza que a casa de Maria servindo de local para comunhão e oração é uma expressão importante da disposição de compartilhar espaços e recursos para o fortalecimento da igreja.
✦ Aplicação Pessoal:
- Praticar o compartilhamento não exige renunciar completamente à propriedade, mas cultivar uma disponibilidade generosa para ajudar e suprir necessidades na comunidade.
- Avaliar as formas práticas de serviço e contribuição, entendendo que a generosidade pode se manifestar através de bens, tempo, talentos e espaços.
- Incentivar um ambiente onde a comunhão reflita a graça de Deus, promovendo o cuidado mútuo e o apoio prático, independentemente do tamanho da contribuição.
✦ Tabela Expositiva
Aspecto | Detalhes |
Palavra-chave (grega) | κτῆσις (propriedade); διακονία (serviço); ἐθελοντής (voluntário) |
Contexto Bíblico | Atos 4.32-37; 12.12 – Propriedade e compartilhamento na igreja primitiva |
Princípio Teológico | Generosidade voluntária e serviço mútuo como expressão do amor cristão |
Exemplo Prático | Maria, mãe de João Marcos, cedeu sua casa para reuniões de oração |
Referências Teológicas | F. F. Bruce, John Stott, Craig S. Keener |
Aplicação Pessoal | Estimular a generosidade concreta em bens, tempo e serviço na comunidade |
3- Um exemplo da voluntariedade. Lucas destaca que “os que possuíam herdades ou casas, vendendo-as, traziam o preço do que fora vendido e o depositavam aos pés dos apóstolos” (At 4.34). Nada aqui foi feito de forma obrigatória. Ninguém contribuiu porque foi constrangido a isso. O texto bíblico deixa claro que havia voluntariedade nos crentes em ajudar uns aos outros. Havia uma consciência de pertencimento e, por isso, ninguém deseja ver o outro excluído. Isso era a manifestação do grande amor de Deus derramado nos corações daqueles crentes.
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
Tema: Voluntariedade e Generosidade na Igreja Primitiva (Atos 4.34)
O relato em Atos 4.34 revela um dos aspectos mais marcantes da comunhão cristã: a voluntariedade no ato de compartilhar bens. O verbo grego usado para “trazer” (φέρουσιν, pherousin) indica uma ação contínua e espontânea, mostrando que o ato de vender propriedades e entregar o produto da venda aos apóstolos era uma prática livre, motivada pelo amor (ἀγάπη, agápē) e pela consciência de pertencimento à comunidade.
A expressão “depositavam aos pés dos apóstolos” (παρὰ τοὺς πόδας τῶν ἀποστόλων, para tous podas tōn apostolōn) não é mero gesto físico, mas um símbolo de submissão à autoridade espiritual e confiança na liderança da igreja para o manejo justo desses recursos.
✦ Análise das Palavras Gregas:
- ἐθελοντής (ethelontēs) – voluntário; embora não esteja diretamente no versículo, está implícito no contexto de ação livre e não forçada.
- φέρουσιν (pherousin) – trazem, carregam; verbo no presente indicativo, denotando ação habitual e consciente.
- παρὰ τοὺς πόδας (para tous podas) – literalmente “junto aos pés”; expressão cultural que denota submissão, reverência e entrega total.
- ἀγάπη (agápē) – amor divino; a motivação última que leva ao compartilhamento sem coação.
✦ Referências Acadêmicas Cristãs:
- F. F. Bruce destaca que o ato voluntário reflete a genuína conversão e a graça derramada pelo Espírito, pois a igreja primitiva não era uma comunidade socialista imposta, mas um corpo unido pelo amor e pela fé.
- Leon Morris em seu comentário sobre Atos salienta que a submissão aos apóstolos garantia transparência e ordem na administração dos bens, evitando abusos e promovendo justiça social.
- Craig S. Keener enfatiza que essa voluntariedade era fundamental para o desenvolvimento de uma comunidade saudável, onde o amor e a solidariedade nasciam espontaneamente da fé.
✦ Aplicação Pessoal:
- Devemos cultivar a consciência de que nossa contribuição à igreja e ao próximo deve ser um ato livre, inspirado pelo amor e pela gratidão à graça de Deus.
- Reconhecer a importância da liderança espiritual para o uso correto dos recursos, confiando e submetendo-se à sabedoria da comunidade cristã.
- Promover um ambiente onde a generosidade seja celebrada como fruto da comunhão e não como obrigação imposta.
✦ Tabela Expositiva
Aspecto
Detalhes
Palavras gregas-chave
ἐθελοντής (voluntário), φέρουσιν (trazem), παρὰ τοὺς πόδας (aos pés)
Contexto Bíblico
Atos 4.32-37 – Voluntariedade na venda e doação de bens na igreja primitiva
Princípio Teológico
Generosidade livre e amorosa, expressão da graça e da comunhão cristã
Símbolo de Submissão
Entregar aos pés dos apóstolos representa respeito e confiança na liderança
Referências Acadêmicas
F. F. Bruce, Leon Morris, Craig S. Keener
Aplicação Pessoal
Contribuir por amor, cultivar confiança na liderança espiritual, valorizar a liberdade no dar
Tema: Voluntariedade e Generosidade na Igreja Primitiva (Atos 4.34)
O relato em Atos 4.34 revela um dos aspectos mais marcantes da comunhão cristã: a voluntariedade no ato de compartilhar bens. O verbo grego usado para “trazer” (φέρουσιν, pherousin) indica uma ação contínua e espontânea, mostrando que o ato de vender propriedades e entregar o produto da venda aos apóstolos era uma prática livre, motivada pelo amor (ἀγάπη, agápē) e pela consciência de pertencimento à comunidade.
A expressão “depositavam aos pés dos apóstolos” (παρὰ τοὺς πόδας τῶν ἀποστόλων, para tous podas tōn apostolōn) não é mero gesto físico, mas um símbolo de submissão à autoridade espiritual e confiança na liderança da igreja para o manejo justo desses recursos.
✦ Análise das Palavras Gregas:
- ἐθελοντής (ethelontēs) – voluntário; embora não esteja diretamente no versículo, está implícito no contexto de ação livre e não forçada.
- φέρουσιν (pherousin) – trazem, carregam; verbo no presente indicativo, denotando ação habitual e consciente.
- παρὰ τοὺς πόδας (para tous podas) – literalmente “junto aos pés”; expressão cultural que denota submissão, reverência e entrega total.
- ἀγάπη (agápē) – amor divino; a motivação última que leva ao compartilhamento sem coação.
✦ Referências Acadêmicas Cristãs:
- F. F. Bruce destaca que o ato voluntário reflete a genuína conversão e a graça derramada pelo Espírito, pois a igreja primitiva não era uma comunidade socialista imposta, mas um corpo unido pelo amor e pela fé.
- Leon Morris em seu comentário sobre Atos salienta que a submissão aos apóstolos garantia transparência e ordem na administração dos bens, evitando abusos e promovendo justiça social.
- Craig S. Keener enfatiza que essa voluntariedade era fundamental para o desenvolvimento de uma comunidade saudável, onde o amor e a solidariedade nasciam espontaneamente da fé.
✦ Aplicação Pessoal:
- Devemos cultivar a consciência de que nossa contribuição à igreja e ao próximo deve ser um ato livre, inspirado pelo amor e pela gratidão à graça de Deus.
- Reconhecer a importância da liderança espiritual para o uso correto dos recursos, confiando e submetendo-se à sabedoria da comunidade cristã.
- Promover um ambiente onde a generosidade seja celebrada como fruto da comunhão e não como obrigação imposta.
✦ Tabela Expositiva
Aspecto | Detalhes |
Palavras gregas-chave | ἐθελοντής (voluntário), φέρουσιν (trazem), παρὰ τοὺς πόδας (aos pés) |
Contexto Bíblico | Atos 4.32-37 – Voluntariedade na venda e doação de bens na igreja primitiva |
Princípio Teológico | Generosidade livre e amorosa, expressão da graça e da comunhão cristã |
Símbolo de Submissão | Entregar aos pés dos apóstolos representa respeito e confiança na liderança |
Referências Acadêmicas | F. F. Bruce, Leon Morris, Craig S. Keener |
Aplicação Pessoal | Contribuir por amor, cultivar confiança na liderança espiritual, valorizar a liberdade no dar |
SINOPSE III
O amor se expressa na prática da solidariedade, onde os cristãos cuidam dos necessitados e buscam a equidade na comunidade.
AUXÍLIO BÍBLICO-TEOLÓGICO
“CONSAGRAÇÃO.
[…] Como observamos em 2.44-45, a indicação não é a de que toda propriedade privada de bens fosse abolida como se faz em algumas comunidades religiosas. Mas a sinceridade da consagração dos primeiros cristãos era tal que se poderia dizer: Não havia, pois, entre eles necessitado algum (34). Por quê? Porque quando surgisse uma necessidade, alguém venderia algum bem e traria o dinheiro para solucionar a emergência. Isto é o que o texto grego indica, pelo uso do imperfeito aqui, como em 2.44-45. O lembrete do versículo 34 é, literalmente: “porque todos os que possuíam herdades ou casas, vendendo-as [tempo presente de tempos em tempos, conforme surgisse a necessidade), traziam o preço do que fora vendido”. Isto não significa que todos vendiam as suas propriedades ao mesmo tempo e colocavam o dinheiro em um cofre comum. Ao contrário, cada crente conservava a sua propriedade como uma garantia, a ser usada de qualquer modo necessário pela igreja. Esta é a verdadeira administração cristã” (Comentário Bíblico Beacon João e Atos. Vol.7. Rio de Janeiro: CPAD, 2024, p.236).
CONCLUSÃO
Chegamos à conclusão de mais uma lição bíblica. Vimos como o amor de Deus, derramado nos corações da Primeira Igreja, mobilizou os crentes a socorrer os mais necessitados. Isso aconteceu de forma voluntária quando cada um, de acordo com suas posses, se prontificava a dar do que lhe pertencia. Não há igreja cristã verdadeira sem essa identificação com o outro. Ninguém pode fechar os olhos diante da necessidade alheia e se autointitula de cristão. O verdadeiro amor se realiza no atendimento da necessidade do próximo.
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
Conclusão: O Amor em Ação na Igreja Primitiva
O amor (ἀγάπη, agápē) demonstrado pela Igreja Primitiva, conforme descrito em Atos 4.32-37, não foi um simples sentimento abstrato, mas uma expressão concreta da graça de Deus derramada nos corações dos crentes (ῥαντίζω, hrantizō, “derramar”, como em Rm 5.5). Essa graça impulsionou-os a reconhecer a responsabilidade coletiva pela provisão das necessidades dos irmãos, sobretudo dos mais vulneráveis.
O verbo grego προθυμέομαι (prothyméomai), “se prontificar” ou “dispor-se de bom grado”, reforça a ideia de voluntariedade que permeava esse ato. O amor genuíno cristão não se impõe, não se sente forçado, mas é motivado por um coração grato, sensível à dor do outro e desejoso de agir.
Este princípio está profundamente enraizado na ética do Novo Testamento, que liga fé e obras, como afirma Tiago (Tg 2.14-18): a fé verdadeira se manifesta no cuidado prático com o próximo. Paulo, em sua carta aos Filipenses (Fp 2.3-4), exorta os cristãos a agirem com humildade e a olharem não só para seus interesses, mas também para os dos outros, resgatando o ideal comunitário vivido pela primeira igreja.
Aplicação pessoal: A igreja contemporânea deve cultivar a mesma disposição amorosa, rejeitando a indiferença e o egoísmo, que são barreiras ao verdadeiro testemunho cristão. O cuidado com o próximo e a solidariedade são marcas essenciais da identidade cristã e instrumentos eficazes de evangelização.
Análise das Palavras Gregas-Chave
Palavra Grega
Transliteração
Significado e Implicação Teológica
ἀγάπη
agápē
Amor divino, sacrificial, ativo e comprometido
ῥαντίζω
hrantizō
Derramar (a graça de Deus nos corações dos crentes)
προθυμέομαι
prothyméomai
Dispor-se voluntariamente, prontificar-se com boa vontade
κοινωνία
koinōnía
Comunhão, participação mútua, base da vida cristã
ἐπιμελέομαι
epimeleomai
Cuidar, preocupar-se com o outro, ação prática do amor
Referências Acadêmicas Cristãs
- F.F. Bruce, em The Book of Acts, destaca que a comunhão dos bens na igreja primitiva era uma manifestação do amor que brota da graça de Deus, criando uma nova realidade social em torno da solidariedade cristã.
- John Stott, em A Mensagem de Atos, ressalta que o amor não é apenas emoção, mas um compromisso concreto que se traduz em ações para o bem do próximo.
- N.T. Wright enfatiza em suas obras sobre a igreja primitiva que a identidade cristã era inseparável da responsabilidade social e do cuidado mútuo.
Aplicação Pessoal
- Reflita sobre seu próprio coração e pergunte: estou disposto a me prontificar voluntariamente para ajudar o próximo, reconhecendo que tudo que possuo é um dom e responsabilidade de Deus?
- Busque oportunidades concretas para expressar o amor cristão em ações práticas, promovendo a comunhão e o cuidado dentro da igreja e na comunidade.
- Rejeite o isolamento e a indiferença, vivendo uma fé ativa que testemunha o poder transformador do Evangelho.
Tabela Expositiva – Amor e Solidariedade na Igreja Primitiva
Aspecto
Detalhes
Texto-base
Atos 4.32-37
Amor
ἀγάπη (agápē): amor divino manifestado em ações práticas
Graça derramada
ῥαντίζω (hrantizō): graça que capacita para o amor fraterno
Voluntariedade
προθυμέομαι (prothyméomai): disposição espontânea e generosa
Comunhão prática
κοινωνία (koinōnía): compartilhamento e cuidado mútuo
Implicações éticas
Fé e obras interligadas (Tiago 2.14-18; Filipenses 2.3-4)
Aplicação
Testemunho vivo do Evangelho pela solidariedade e serviço
Conclusão: O Amor em Ação na Igreja Primitiva
O amor (ἀγάπη, agápē) demonstrado pela Igreja Primitiva, conforme descrito em Atos 4.32-37, não foi um simples sentimento abstrato, mas uma expressão concreta da graça de Deus derramada nos corações dos crentes (ῥαντίζω, hrantizō, “derramar”, como em Rm 5.5). Essa graça impulsionou-os a reconhecer a responsabilidade coletiva pela provisão das necessidades dos irmãos, sobretudo dos mais vulneráveis.
O verbo grego προθυμέομαι (prothyméomai), “se prontificar” ou “dispor-se de bom grado”, reforça a ideia de voluntariedade que permeava esse ato. O amor genuíno cristão não se impõe, não se sente forçado, mas é motivado por um coração grato, sensível à dor do outro e desejoso de agir.
Este princípio está profundamente enraizado na ética do Novo Testamento, que liga fé e obras, como afirma Tiago (Tg 2.14-18): a fé verdadeira se manifesta no cuidado prático com o próximo. Paulo, em sua carta aos Filipenses (Fp 2.3-4), exorta os cristãos a agirem com humildade e a olharem não só para seus interesses, mas também para os dos outros, resgatando o ideal comunitário vivido pela primeira igreja.
Aplicação pessoal: A igreja contemporânea deve cultivar a mesma disposição amorosa, rejeitando a indiferença e o egoísmo, que são barreiras ao verdadeiro testemunho cristão. O cuidado com o próximo e a solidariedade são marcas essenciais da identidade cristã e instrumentos eficazes de evangelização.
Análise das Palavras Gregas-Chave
Palavra Grega | Transliteração | Significado e Implicação Teológica |
ἀγάπη | agápē | Amor divino, sacrificial, ativo e comprometido |
ῥαντίζω | hrantizō | Derramar (a graça de Deus nos corações dos crentes) |
προθυμέομαι | prothyméomai | Dispor-se voluntariamente, prontificar-se com boa vontade |
κοινωνία | koinōnía | Comunhão, participação mútua, base da vida cristã |
ἐπιμελέομαι | epimeleomai | Cuidar, preocupar-se com o outro, ação prática do amor |
Referências Acadêmicas Cristãs
- F.F. Bruce, em The Book of Acts, destaca que a comunhão dos bens na igreja primitiva era uma manifestação do amor que brota da graça de Deus, criando uma nova realidade social em torno da solidariedade cristã.
- John Stott, em A Mensagem de Atos, ressalta que o amor não é apenas emoção, mas um compromisso concreto que se traduz em ações para o bem do próximo.
- N.T. Wright enfatiza em suas obras sobre a igreja primitiva que a identidade cristã era inseparável da responsabilidade social e do cuidado mútuo.
Aplicação Pessoal
- Reflita sobre seu próprio coração e pergunte: estou disposto a me prontificar voluntariamente para ajudar o próximo, reconhecendo que tudo que possuo é um dom e responsabilidade de Deus?
- Busque oportunidades concretas para expressar o amor cristão em ações práticas, promovendo a comunhão e o cuidado dentro da igreja e na comunidade.
- Rejeite o isolamento e a indiferença, vivendo uma fé ativa que testemunha o poder transformador do Evangelho.
Tabela Expositiva – Amor e Solidariedade na Igreja Primitiva
Aspecto | Detalhes |
Texto-base | Atos 4.32-37 |
Amor | ἀγάπη (agápē): amor divino manifestado em ações práticas |
Graça derramada | ῥαντίζω (hrantizō): graça que capacita para o amor fraterno |
Voluntariedade | προθυμέομαι (prothyméomai): disposição espontânea e generosa |
Comunhão prática | κοινωνία (koinōnía): compartilhamento e cuidado mútuo |
Implicações éticas | Fé e obras interligadas (Tiago 2.14-18; Filipenses 2.3-4) |
Aplicação | Testemunho vivo do Evangelho pela solidariedade e serviço |
REVISANDO O CONTEÚDO
1- Como o evangelista Lucas se refere à igreja?
Lucas se refere à igreja como a “multidão dos que criam”.
2- O que a expressão “era um o coração e a alma” mostra?
A expressão “um coração e alma” mostra a igreja em sua essência, revelando sua união interna.
3- De acordo com a lição, qual é o melhor ambiente para a manifestação dos dons do Espírito?
De acordo com a lição, o melhor ambiente para a manifestação dos dons do Espírito é em uma igreja onde o amor de Deus está presente.
4- O que a equidade busca fazer?
A equidade busca ajustar o desequilíbrio entre as pessoas, reconhecendo igualmente o direito de cada um, diferentemente da igualdade.
5- O que o texto bíblico deixa claro em relação aos crentes de Atos 4?
O texto bíblico deixa claro que havia voluntariedade nos crentes em ajudar uns aos outros.
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EBD 3° Trimestre De 2025 | CPAD Adultos – TEMA: A IGREJA EM JERUSALÉM: Doutrina, Comunhão e Fé: A Base para o Crescimento da Igreja em meio às Perseguições | Escola Biblica Dominical | Lição 05 - Uma Igreja cheia de Amor
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EBD 3° Trimestre De 2025 | CPAD Adultos – TEMA: A IGREJA EM JERUSALÉM: Doutrina, Comunhão e Fé: A Base para o Crescimento da Igreja em meio às Perseguições | Escola Biblica Dominical | Lição 05 - Uma Igreja cheia de Amor
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obrigada vcs são uma bênção JESUS abençoe muitíssimo..
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