TEXTO PRINCIPAL “Porque nele se descobre a justiça de Deus de fé em fé, como está escrito: Mas o justo viverá da fé.” (Rm 1.17) RESUMO DA ...
“Porque nele se descobre a justiça de Deus de fé em fé, como está escrito: Mas o justo viverá da fé.” (Rm 1.17)
RESUMO DA LIÇÃO
Abraão foi tornado justo por crer no que Deus falou, e não por seguir um conjunto de ritos.
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
Romanos 1.17
"Porque nele se descobre a justiça de Deus de fé em fé, como está escrito: Mas o justo viverá da fé." (Rm 1.17)
📚 1. Contexto Bíblico e Teológico
Romanos 1.17 é considerado o versículo-tese da Epístola aos Romanos. Ele resume a essência do evangelho como uma revelação da "justiça de Deus", que é recebida pela fé e para a fé. Este versículo impactou profundamente a história da teologia cristã, sendo a base da Reforma Protestante. Martinho Lutero declarou que ao compreender o significado da "justiça de Deus" neste versículo, sentiu-se “renascido” e como se tivesse “entrado pelas portas do paraíso”.
Paulo, ao escrever aos romanos, estava combatendo a ideia de uma salvação baseada nas obras da Lei. Em contraste, ele apresenta o evangelho como o meio pelo qual Deus revela sua justiça salvífica – uma justiça não adquirida, mas recebida pela fé, à semelhança do exemplo de Abraão (cf. Rm 4).
✍️ 2. Análise das Palavras Gregas
Palavra/Fração
Grego
Significado
Justiça de Deus
dikaiosynē theou (δικαιοσύνη θεοῦ)
Justiça que provém de Deus e que é atribuída ao crente por meio da fé. Refere-se mais à ação de Deus em justificar do que a um atributo punitivo.
Se descobre
apokalyptetai (ἀποκαλύπτεται)
Verbo no presente passivo: "é revelada". Sugere que a justiça de Deus é progressivamente manifestada no evangelho.
De fé em fé
ek pisteōs eis pistin (ἐκ πίστεως εἰς πίστιν)
Literalmente: “de fé para fé”. Pode indicar o início e o fim do processo da salvação – toda a experiência cristã é baseada na fé.
O justo viverá da fé
ho de dikaios ek pisteōs zēsetai (ὁ δὲ δίκαιος ἐκ πίστεως ζήσεται)
Citação de Habacuque 2.4 (LXX). O justo é aquele que foi justificado por Deus e, portanto, vive continuamente pela fé.
📖 3. Referência Intertextual: Habacuque 2.4
Paulo cita Habacuque 2.4, um versículo do Antigo Testamento que, no contexto, fala sobre a confiança em Deus em tempos de crise e julgamento. No grego da Septuaginta, a ênfase está na vida pela fé, que Paulo aplica à vida do justificado.
Habacuque 2.4: “Mas o justo pela sua fé viverá.”
No hebraico: צַדִּיק בֶּאֱמוּנָתוֹ יִחְיֶה (tzaddik be'emunato yichyeh)
A palavra emunah (אֱמוּנָה) denota fidelidade, confiança firme, constância. Portanto, o justo não apenas crê uma vez, mas vive uma vida de confiança constante em Deus.
📖 4. Justificação Pela Fé: Doutrina Central
Segundo estudiosos como John Stott, F. F. Bruce e Douglas Moo, Paulo demonstra que a justificação não é baseada no mérito humano, mas no ato gracioso de Deus em declarar justo aquele que crê. A “justiça de Deus” é uma justiça imputada, não alcançada por esforço humano.
📚 Douglas Moo afirma: “A justiça de Deus é a ação de Deus em justificar os pecadores, uma justiça que é recebida por meio da fé e não por obras da Lei.”
🙏 5. Aplicação Pessoal
- A justiça de Deus não é algo que conquistamos, mas algo que recebemos pela fé em Jesus Cristo.
- Assim como Abraão creu e foi justificado (cf. Rm 4.3), nós também somos justificados quando depositamos nossa confiança exclusivamente em Deus.
- Isso nos liberta do peso de tentar merecer a salvação e nos conduz a uma vida de dependência diária da fé, “de fé em fé”.
- A fé genuína nos sustenta tanto no momento da conversão quanto na caminhada cristã.
📊 6. Tabela Expositiva – Romanos 1.17
Elemento
Explicação Bíblica
Observações
“Nele”
Refere-se ao evangelho (v.16)
O evangelho é o meio da revelação da justiça divina
“Se descobre” (apokalyptetai)
Presente passivo: “é revelada continuamente”
Revelação progressiva e constante no evangelho
“Justiça de Deus” (dikaiosynē theou)
A ação de Deus em justificar o crente
Justiça atribuída (não conquistada) pela fé
“De fé em fé” (ek pisteōs eis pistin)
Processo contínuo de fé
Fé como ponto de partida e de permanência
“O justo viverá da fé”
Citação de Habacuque 2.4
A vida do justo é sustentada pela fé, não por obras
📚 7. Referências Acadêmicas Cristãs
- Douglas Moo, The Epistle to the Romans – NICNT
- John Stott, A Mensagem de Romanos – Editora ABU
- F. F. Bruce, Romanos – Comentário da Série Cultura Bíblica (CPAD)
- Martinho Lutero, Prefácio à Epístola aos Romanos – Obras Selecionadas
- R. C. Sproul, Justificados pela Fé – Editora Fiel
Romanos 1.17
"Porque nele se descobre a justiça de Deus de fé em fé, como está escrito: Mas o justo viverá da fé." (Rm 1.17)
📚 1. Contexto Bíblico e Teológico
Romanos 1.17 é considerado o versículo-tese da Epístola aos Romanos. Ele resume a essência do evangelho como uma revelação da "justiça de Deus", que é recebida pela fé e para a fé. Este versículo impactou profundamente a história da teologia cristã, sendo a base da Reforma Protestante. Martinho Lutero declarou que ao compreender o significado da "justiça de Deus" neste versículo, sentiu-se “renascido” e como se tivesse “entrado pelas portas do paraíso”.
Paulo, ao escrever aos romanos, estava combatendo a ideia de uma salvação baseada nas obras da Lei. Em contraste, ele apresenta o evangelho como o meio pelo qual Deus revela sua justiça salvífica – uma justiça não adquirida, mas recebida pela fé, à semelhança do exemplo de Abraão (cf. Rm 4).
✍️ 2. Análise das Palavras Gregas
Palavra/Fração | Grego | Significado |
Justiça de Deus | dikaiosynē theou (δικαιοσύνη θεοῦ) | Justiça que provém de Deus e que é atribuída ao crente por meio da fé. Refere-se mais à ação de Deus em justificar do que a um atributo punitivo. |
Se descobre | apokalyptetai (ἀποκαλύπτεται) | Verbo no presente passivo: "é revelada". Sugere que a justiça de Deus é progressivamente manifestada no evangelho. |
De fé em fé | ek pisteōs eis pistin (ἐκ πίστεως εἰς πίστιν) | Literalmente: “de fé para fé”. Pode indicar o início e o fim do processo da salvação – toda a experiência cristã é baseada na fé. |
O justo viverá da fé | ho de dikaios ek pisteōs zēsetai (ὁ δὲ δίκαιος ἐκ πίστεως ζήσεται) | Citação de Habacuque 2.4 (LXX). O justo é aquele que foi justificado por Deus e, portanto, vive continuamente pela fé. |
📖 3. Referência Intertextual: Habacuque 2.4
Paulo cita Habacuque 2.4, um versículo do Antigo Testamento que, no contexto, fala sobre a confiança em Deus em tempos de crise e julgamento. No grego da Septuaginta, a ênfase está na vida pela fé, que Paulo aplica à vida do justificado.
Habacuque 2.4: “Mas o justo pela sua fé viverá.”
No hebraico: צַדִּיק בֶּאֱמוּנָתוֹ יִחְיֶה (tzaddik be'emunato yichyeh)
A palavra emunah (אֱמוּנָה) denota fidelidade, confiança firme, constância. Portanto, o justo não apenas crê uma vez, mas vive uma vida de confiança constante em Deus.
📖 4. Justificação Pela Fé: Doutrina Central
Segundo estudiosos como John Stott, F. F. Bruce e Douglas Moo, Paulo demonstra que a justificação não é baseada no mérito humano, mas no ato gracioso de Deus em declarar justo aquele que crê. A “justiça de Deus” é uma justiça imputada, não alcançada por esforço humano.
📚 Douglas Moo afirma: “A justiça de Deus é a ação de Deus em justificar os pecadores, uma justiça que é recebida por meio da fé e não por obras da Lei.”
🙏 5. Aplicação Pessoal
- A justiça de Deus não é algo que conquistamos, mas algo que recebemos pela fé em Jesus Cristo.
- Assim como Abraão creu e foi justificado (cf. Rm 4.3), nós também somos justificados quando depositamos nossa confiança exclusivamente em Deus.
- Isso nos liberta do peso de tentar merecer a salvação e nos conduz a uma vida de dependência diária da fé, “de fé em fé”.
- A fé genuína nos sustenta tanto no momento da conversão quanto na caminhada cristã.
📊 6. Tabela Expositiva – Romanos 1.17
Elemento | Explicação Bíblica | Observações |
“Nele” | Refere-se ao evangelho (v.16) | O evangelho é o meio da revelação da justiça divina |
“Se descobre” (apokalyptetai) | Presente passivo: “é revelada continuamente” | Revelação progressiva e constante no evangelho |
“Justiça de Deus” (dikaiosynē theou) | A ação de Deus em justificar o crente | Justiça atribuída (não conquistada) pela fé |
“De fé em fé” (ek pisteōs eis pistin) | Processo contínuo de fé | Fé como ponto de partida e de permanência |
“O justo viverá da fé” | Citação de Habacuque 2.4 | A vida do justo é sustentada pela fé, não por obras |
📚 7. Referências Acadêmicas Cristãs
- Douglas Moo, The Epistle to the Romans – NICNT
- John Stott, A Mensagem de Romanos – Editora ABU
- F. F. Bruce, Romanos – Comentário da Série Cultura Bíblica (CPAD)
- Martinho Lutero, Prefácio à Epístola aos Romanos – Obras Selecionadas
- R. C. Sproul, Justificados pela Fé – Editora Fiel
LEITURA SEMANAL
SEGUNDA-FEIRA – Rm 11.21 Todos debaixo da desobediência
TERÇA-FEIRA – GL 3.14 A bênção de Abraão aos gentios
QUARTA-FEIRA – GL 3.3 Começar pelo Espírito e terminar pela carne
QUINTA-FEIRA – Hb 10.38 O justo viverá da fé
SEXTA-FEIRA – GL 3.5 Deus dá o Espírito e opera maravilhas pela fé
SÁBADO – Rm 1.16 Não me envergonho do Evangelho
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
📅 SEGUNDA-FEIRA – Romanos 11.32
“Porque Deus encerrou a todos debaixo da desobediência, para com todos usar de misericórdia.”
🔍 Comentário:
O verbo grego "synekleisen" (συνέκλεισεν) – "encerrou" ou "prendeu" – transmite a ideia de um confinamento universal no pecado. Deus permitiu que todos fossem colocados sob o domínio do pecado para que ninguém se glorie e para que a graça se manifeste igualmente a todos. Isso ressalta a universalidade da culpa, mas também da misericórdia de Deus.
✅ Aplicação: A salvação não é por mérito. Se todos pecaram, todos precisam igualmente da misericórdia de Deus revelada no evangelho.
📅 TERÇA-FEIRA – Gálatas 3.14
“Para que a bênção de Abraão chegasse aos gentios por Jesus Cristo, e para que pela fé nós recebamos a promessa do Espírito.”
🔍 Comentário:
A expressão “bênção de Abraão” refere-se à justificação pela fé (Gn 15.6; Gl 3.6-9). O termo "epangelia" (ἐπαγγελία) – "promessa" – aponta para a promessa do Espírito Santo dada não pela Lei, mas pela fé em Cristo. Isso enfatiza que tanto judeus quanto gentios são abençoados pela fé, não pela etnia ou ritos legais.
✅ Aplicação: A bênção espiritual que Abraão recebeu – justificação e comunhão com Deus – está disponível a todos que creem em Jesus, independente de sua origem.
📅 QUARTA-FEIRA – Gálatas 3.3
“Sois vós tão insensatos que, tendo começado pelo Espírito, acabeis agora pela carne?”
🔍 Comentário:
Paulo usa um tom severo aqui, chamando os gálatas de “insensatos” (anoetoi – ἀνόητοι) por deixarem a justificação pela fé e tentarem se aperfeiçoar por obras (a "carne", sarx – σάρξ). Isso denuncia o erro de buscar perfeição espiritual por meio de esforço humano.
✅ Aplicação: A vida cristã começa pela fé no Espírito e deve continuar nela. Voltar à “carne” é regredir na fé.
📅 QUINTA-FEIRA – Hebreus 10.38
“Mas o justo viverá da fé; e, se ele recuar, a minha alma não tem prazer nele.”
🔍 Comentário:
Aqui, o autor cita Habacuque 2.4, assim como Paulo. O termo “recuar” vem do grego "hypostellō" (ὑποστέλλω), que carrega a ideia de retroceder por medo ou dúvida. A perseverança na fé é essencial – o justo não apenas começa pela fé, mas vive nela continuamente.
✅ Aplicação: A fé é um estilo de vida, não apenas um ato inicial. É pela fé constante que agradamos a Deus.
📅 SEXTA-FEIRA – Gálatas 3.5
“Aquele, pois, que vos dá o Espírito e que opera maravilhas entre vós, o faz pelas obras da lei ou pela pregação da fé?”
🔍 Comentário:
Paulo argumenta que o Espírito e os milagres entre os gálatas não vieram da Lei, mas da fé. A palavra “epichorēgōn” (ἐπιχορηγῶν) – traduzida por “dá” – indica suprimento generoso, como um patrocinador que mantém uma trupe teatral. Isso mostra que Deus continua agindo abundantemente pela fé, não por mérito humano.
✅ Aplicação: Devemos depender da fé para vivermos no Espírito, esperando os milagres e bênçãos que vêm da graça, não de nosso desempenho.
📅 SÁBADO – Romanos 1.16
“Porque não me envergonho do evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê.”
🔍 Comentário:
Paulo usa "dynamis" (δύναμις) para “poder” – raiz da palavra "dinamite". O evangelho não é apenas uma mensagem, mas o poder ativo de Deus para salvar todo aquele que crê, judeu e gentio. O crente deve se orgulhar do evangelho, pois nele está revelada a justiça de Deus.
✅ Aplicação: Devemos viver com ousadia, sem vergonha do evangelho. Ele é suficiente para transformar vidas, inclusive a nossa.
📊 TABELA EXPOSITIVA – LEITURA SEMANAL
Dia
Texto
Palavra-Chave (grego/hebraico)
Tema Central
Aplicação
Seg
Rm 11.32
συνέκλεισεν (synekleisen) – “encerrou”
Todos sob pecado
Misericórdia para todos
Ter
Gl 3.14
ἐπαγγελία (epangelia) – “promessa”
Fé e promessa do Espírito
Bênção disponível pela fé
Qua
Gl 3.3
σάρξ (sarx) – “carne”
Legalismo versus fé
Não abandonar o Espírito
Qui
Hb 10.38
ὑποστέλλω (hypostellō) – “recuar”
Perseverança na fé
Viver continuamente pela fé
Sex
Gl 3.5
ἐπιχορηγῶν (epichorēgōn) – “concede abundantemente”
Milagres pela fé
Deus age mediante fé
Sáb
Rm 1.16
δύναμις (dynamis) – “poder”
Evangelho poderoso
Não se envergonhar da fé
📚 REFERÊNCIAS ACADÊMICAS CRISTÃS
- Douglas Moo, The Epistle to the Romans
- John Stott, A Mensagem de Gálatas
- Craig Keener, The IVP Bible Background Commentary
- R. C. Sproul, A Justificação pela Fé
- N. T. Wright, Justification
📅 SEGUNDA-FEIRA – Romanos 11.32
“Porque Deus encerrou a todos debaixo da desobediência, para com todos usar de misericórdia.”
🔍 Comentário:
O verbo grego "synekleisen" (συνέκλεισεν) – "encerrou" ou "prendeu" – transmite a ideia de um confinamento universal no pecado. Deus permitiu que todos fossem colocados sob o domínio do pecado para que ninguém se glorie e para que a graça se manifeste igualmente a todos. Isso ressalta a universalidade da culpa, mas também da misericórdia de Deus.
✅ Aplicação: A salvação não é por mérito. Se todos pecaram, todos precisam igualmente da misericórdia de Deus revelada no evangelho.
📅 TERÇA-FEIRA – Gálatas 3.14
“Para que a bênção de Abraão chegasse aos gentios por Jesus Cristo, e para que pela fé nós recebamos a promessa do Espírito.”
🔍 Comentário:
A expressão “bênção de Abraão” refere-se à justificação pela fé (Gn 15.6; Gl 3.6-9). O termo "epangelia" (ἐπαγγελία) – "promessa" – aponta para a promessa do Espírito Santo dada não pela Lei, mas pela fé em Cristo. Isso enfatiza que tanto judeus quanto gentios são abençoados pela fé, não pela etnia ou ritos legais.
✅ Aplicação: A bênção espiritual que Abraão recebeu – justificação e comunhão com Deus – está disponível a todos que creem em Jesus, independente de sua origem.
📅 QUARTA-FEIRA – Gálatas 3.3
“Sois vós tão insensatos que, tendo começado pelo Espírito, acabeis agora pela carne?”
🔍 Comentário:
Paulo usa um tom severo aqui, chamando os gálatas de “insensatos” (anoetoi – ἀνόητοι) por deixarem a justificação pela fé e tentarem se aperfeiçoar por obras (a "carne", sarx – σάρξ). Isso denuncia o erro de buscar perfeição espiritual por meio de esforço humano.
✅ Aplicação: A vida cristã começa pela fé no Espírito e deve continuar nela. Voltar à “carne” é regredir na fé.
📅 QUINTA-FEIRA – Hebreus 10.38
“Mas o justo viverá da fé; e, se ele recuar, a minha alma não tem prazer nele.”
🔍 Comentário:
Aqui, o autor cita Habacuque 2.4, assim como Paulo. O termo “recuar” vem do grego "hypostellō" (ὑποστέλλω), que carrega a ideia de retroceder por medo ou dúvida. A perseverança na fé é essencial – o justo não apenas começa pela fé, mas vive nela continuamente.
✅ Aplicação: A fé é um estilo de vida, não apenas um ato inicial. É pela fé constante que agradamos a Deus.
📅 SEXTA-FEIRA – Gálatas 3.5
“Aquele, pois, que vos dá o Espírito e que opera maravilhas entre vós, o faz pelas obras da lei ou pela pregação da fé?”
🔍 Comentário:
Paulo argumenta que o Espírito e os milagres entre os gálatas não vieram da Lei, mas da fé. A palavra “epichorēgōn” (ἐπιχορηγῶν) – traduzida por “dá” – indica suprimento generoso, como um patrocinador que mantém uma trupe teatral. Isso mostra que Deus continua agindo abundantemente pela fé, não por mérito humano.
✅ Aplicação: Devemos depender da fé para vivermos no Espírito, esperando os milagres e bênçãos que vêm da graça, não de nosso desempenho.
📅 SÁBADO – Romanos 1.16
“Porque não me envergonho do evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê.”
🔍 Comentário:
Paulo usa "dynamis" (δύναμις) para “poder” – raiz da palavra "dinamite". O evangelho não é apenas uma mensagem, mas o poder ativo de Deus para salvar todo aquele que crê, judeu e gentio. O crente deve se orgulhar do evangelho, pois nele está revelada a justiça de Deus.
✅ Aplicação: Devemos viver com ousadia, sem vergonha do evangelho. Ele é suficiente para transformar vidas, inclusive a nossa.
📊 TABELA EXPOSITIVA – LEITURA SEMANAL
Dia | Texto | Palavra-Chave (grego/hebraico) | Tema Central | Aplicação |
Seg | Rm 11.32 | συνέκλεισεν (synekleisen) – “encerrou” | Todos sob pecado | Misericórdia para todos |
Ter | Gl 3.14 | ἐπαγγελία (epangelia) – “promessa” | Fé e promessa do Espírito | Bênção disponível pela fé |
Qua | Gl 3.3 | σάρξ (sarx) – “carne” | Legalismo versus fé | Não abandonar o Espírito |
Qui | Hb 10.38 | ὑποστέλλω (hypostellō) – “recuar” | Perseverança na fé | Viver continuamente pela fé |
Sex | Gl 3.5 | ἐπιχορηγῶν (epichorēgōn) – “concede abundantemente” | Milagres pela fé | Deus age mediante fé |
Sáb | Rm 1.16 | δύναμις (dynamis) – “poder” | Evangelho poderoso | Não se envergonhar da fé |
📚 REFERÊNCIAS ACADÊMICAS CRISTÃS
- Douglas Moo, The Epistle to the Romans
- John Stott, A Mensagem de Gálatas
- Craig Keener, The IVP Bible Background Commentary
- R. C. Sproul, A Justificação pela Fé
- N. T. Wright, Justification
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OBJETIVOS
APRESENTAR os questionamentos de Paulo junto aos gálatas;
REFLETIR a respeito da vida do crente Abraão;
APRESENTAR a fé como fonte de vida.
INTERAÇÃO
Prezado(a) professor(a), na lição deste domingo, veremos a forma como Paulo discorre a respeito da justificação pela fé. Ele sai em defesa da doutrina que os gálatas receberam e depois, influenciados pelos judaizantes, trocaram por outra errônea. A fé estava sendo substituída pelo esforço humano, e isso era um retrocesso perigoso. É importante que no decorrer da lição você ressalta que o que começamos certo devemos encerrar de modo correto. Não podemos jamais acrescentar coisa alguma ao Evangelho de Jesus nem mesmo em nossa prática de vida, criando crendices e hábitos que vão contra a Palavra de Deus. O Eterno espera que você defenda e mantenha, a todo custo, a verdade de que o sacrifício de Jesus é suficiente para a nossa salvação.
DINAMICA EXTRA
Comentário de Hubner Braz
Dinâmica: “A Jornada da Fé e a Justificação”
Objetivo
Ajudar os participantes a compreenderem o significado da justificação pela fé em Jesus Cristo, diferenciando-a das obras, e a aplicar essa verdade em suas vidas.
Material necessário
- Cartões com frases (algumas verdadeiras, outras falsas) sobre fé, obras, justificação e salvação.
- Papel e caneta para anotações.
- Bíblia para consulta.
Passo a passo
1. Introdução rápida (5 minutos)
- Explique brevemente o que significa ser justificado pela fé, destacando passagens-chave como Romanos 3:28 e Efésios 2:8-9.
2. Jogo “Verdadeiro ou Falso” (15 minutos)
- Distribua para cada participante ou grupo pequenos cartões com frases relacionadas ao tema (exemplos abaixo).
- Cada grupo lê a frase e discute se é verdadeira ou falsa, justificando com base bíblica.
- Depois, o facilitador confirma e explica cada uma.
Exemplos de frases:
- “Somos salvos pelas obras que fazemos.” (Falso)
- “A fé em Jesus Cristo é o único meio para sermos justificados.” (Verdadeiro)
- “A justificação é um presente de Deus, não um mérito humano.” (Verdadeiro)
- “Podemos perder a justificação se pecarmos.” (Discussão teológica; pode variar conforme a tradição)
3. Reflexão pessoal (10 minutos)
- Peça para cada participante escrever em uma folha:
- “O que significa para mim ser justificado pela fé?”
- “Como posso viver essa verdade no meu dia a dia?”
- Quem quiser pode compartilhar.
4. Leitura e meditação (10 minutos)
- Leia Romanos 5:1-2 em voz alta e peça para refletirem sobre a paz e o acesso que temos a Deus pela fé.
- Pergunte: “Como essa verdade impacta sua vida e seu relacionamento com Deus?”
5. Oração final (5 minutos)
- Ore agradecendo a Deus pela justificação pela fé e peça ajuda para viver firmes nessa fé.
Aplicação pessoal
- Incentive os participantes a meditarem diariamente na graça de Deus, lembrando que não é pelas obras, mas pela fé em Cristo que somos justificados.
- Desafie-os a compartilhar essa verdade com amigos e familiares que ainda não conhecem o Evangelho.
Dinâmica: “A Jornada da Fé e a Justificação”
Objetivo
Ajudar os participantes a compreenderem o significado da justificação pela fé em Jesus Cristo, diferenciando-a das obras, e a aplicar essa verdade em suas vidas.
Material necessário
- Cartões com frases (algumas verdadeiras, outras falsas) sobre fé, obras, justificação e salvação.
- Papel e caneta para anotações.
- Bíblia para consulta.
Passo a passo
1. Introdução rápida (5 minutos)
- Explique brevemente o que significa ser justificado pela fé, destacando passagens-chave como Romanos 3:28 e Efésios 2:8-9.
2. Jogo “Verdadeiro ou Falso” (15 minutos)
- Distribua para cada participante ou grupo pequenos cartões com frases relacionadas ao tema (exemplos abaixo).
- Cada grupo lê a frase e discute se é verdadeira ou falsa, justificando com base bíblica.
- Depois, o facilitador confirma e explica cada uma.
Exemplos de frases:
- “Somos salvos pelas obras que fazemos.” (Falso)
- “A fé em Jesus Cristo é o único meio para sermos justificados.” (Verdadeiro)
- “A justificação é um presente de Deus, não um mérito humano.” (Verdadeiro)
- “Podemos perder a justificação se pecarmos.” (Discussão teológica; pode variar conforme a tradição)
3. Reflexão pessoal (10 minutos)
- Peça para cada participante escrever em uma folha:
- “O que significa para mim ser justificado pela fé?”
- “Como posso viver essa verdade no meu dia a dia?”
- Quem quiser pode compartilhar.
4. Leitura e meditação (10 minutos)
- Leia Romanos 5:1-2 em voz alta e peça para refletirem sobre a paz e o acesso que temos a Deus pela fé.
- Pergunte: “Como essa verdade impacta sua vida e seu relacionamento com Deus?”
5. Oração final (5 minutos)
- Ore agradecendo a Deus pela justificação pela fé e peça ajuda para viver firmes nessa fé.
Aplicação pessoal
- Incentive os participantes a meditarem diariamente na graça de Deus, lembrando que não é pelas obras, mas pela fé em Cristo que somos justificados.
- Desafie-os a compartilhar essa verdade com amigos e familiares que ainda não conhecem o Evangelho.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor(a), converse com seus alunos a respeito da doutrina da justificação. Explique que ao estudarmos a Doutrina do Pecado descobrimos que ninguém pode ser justificado pela justiça humana. Entretanto, é na doutrina da justificação que o pecador encontra o caminho da justificação, através da obra expiatória de Cristo. No primeiro estado, o pecador está perdido e sem possibilidade alguma de se justificar diante de Deus. No segundo estado, o pecador encontra Cristo que o justifica. O pecador, judeu ou gentio, encontra um novo caminho através dos méritos de Cristo Jesus. É aqui que ele pode ser perdoado e declarado livre da pena do seu pecado perante Deus. Diga aos alunos que justificação significa absolvição da culpa, cuja pena foi satisfeita. Significa ser declarado livre de toda culpa, tendo cumprido todos os requisitos da Lei. Justificação é um termo forense que denota um ato judicial da administração da lei. Esse ato judicial legaliza a situação do transgressor perante a lei e o torna justo, isto é, livre de toda a condenação. Cristo assumiu a pena do pecador e foi sentenciado no lugar do pecador. Ele sofreu a pena contra o pecador. Cumprida a pena, o veredito final da justiça divina é a justificação do pecador. Entende-se então que ser justificado não significa que a justiça tenha sido adiada, ou que ela não tenha sido cumprida” (Adaptado de CABRAL, Elienai. Romanos: O Evangelho da Justiça de Deus. 5.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2005, p.52).

TEXTO BIBLICO
Gálatas 3.1-11
1 Ó insensatos gálatas! Quem vos fascinou para não obedecerdes à verdade, a vós, perante os olhos de quem Jesus Cristo foi já representado como crucificado?
2 Só quisera saber isto de vós: recebestes o Espírito pelas obras da lei ou pela pregação da fé?
3 Sois vós tão insensatos que, tendo começado pelo Espírito, acabeis agora pela carne?
4 Será em vão que tenhais padecido tanto? Se é que isso também foi em vão.
5 Aquele, pois, que vos dá o Espírito e que opera maravilhas entre vós o faz pelas obras da lei ou pela pregação da fé?
6 É o caso de Abraão, que creu em Deus, e isso lhe foi imputado como justiça.
7 Sabei, pois, que os que são da fé são filhos de Abraão.
8 Ora, tendo a Escritura previsto que Deus havia de justificar pela fé os gentios, anunciou primeiro o evangelho a Abraão, dizendo: Todas as nações serão benditas em ti.
9 De sorte que os que são da fé são benditos com o crente Abraão.
10 Todos aqueles, pois, que são das obras da lei estão debaixo da maldição; porque escrito está: Maldito todo aquele que não permanecer em todas as coisas que estão escritas no livro da lei, para fazê-las.
11 E é evidente que, pela lei, ninguém será justificado diante de Deus, porque o justo viverá da fé.
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
GÁLATAS 3.1-11
CONTEXTO
Paulo escreve aos gálatas com um tom forte e pastoral, advertindo-os contra o legalismo introduzido por falsos mestres (provavelmente judaizantes) que queriam misturar fé em Cristo com a observância da Lei mosaica.
🔍 ANÁLISE DOS VERSÍCULOS
V.1 – “Ó insensatos gálatas!”
- Termo grego: ἀνόητοι (anoētoi) – "sem entendimento", "tolos", "irracionais".
- "Quem vos fascinou": grego ἐβάσκανεν (ebaskanen) – iludir, enfeitiçar, enganar com má intenção.
- Cristo foi representado como crucificado: προεγράφη (proegraphē) – “foi claramente exposto”, como em um quadro diante dos olhos.
🔎 Comentário: Paulo denuncia que os gálatas estão sendo enfeitiçados por uma distorção da verdade, apesar de Cristo já ter sido claramente apresentado como o Salvador crucificado – o cerne do evangelho (1Co 1.23).
V.2 – “Recebestes o Espírito... pela pregação da fé?”
- Grego: ἀκοῆς πίστεως (akoēs pisteōs) – literalmente, “a escuta da fé” ou “o ouvir com fé”.
- Obras da Lei (ἔργων νόμου – ergōn nomou) contrastam com fé.
🔎 Comentário: O Espírito Santo é recebido não por mérito, mas pela fé – um ponto essencial que os gálatas estavam abandonando.
V.3 – “Começastes pelo Espírito, agora acabais na carne?”
- “Espírito (πνεύματι – pneumati)” = nascimento espiritual.
- “Carne (σαρκί – sarki)” = esforço humano, sistema legalista.
🔎 Comentário: A fé deve continuar sendo o motor da vida cristã. Retroceder à Lei é anular a graça (Gl 2.21).
V.4 – “Em vão padecestes tanto?”
- Paulo apela à experiência cristã dos gálatas: perseguição, luta, fé... tudo seria inútil se agora voltassem ao legalismo.
V.5 – “Opera maravilhas entre vós... pela pregação da fé”
- Deus age por meio da fé, não da performance legal. Isso reforça a dependência do Espírito e não da autossuficiência humana.
V.6 – “Abraão creu... e isso lhe foi imputado como justiça”
- Citação de Gênesis 15.6.
- Termo: ἐλογίσθη (elogisthē) – “foi creditado”, como num registro contábil.
🔎 Comentário: Justiça pela fé precede a Lei e a circuncisão (cf. Rm 4). Abraão é o modelo da justificação pela fé.
V.7 – “Os que são da fé, esses são filhos de Abraão”
- Identidade espiritual, não étnica.
- A verdadeira descendência de Abraão é definida pela fé, não pelo sangue.
V.8 – “A Escritura... anunciou o evangelho a Abraão”
- Protoevangelho das nações: a bênção prometida inclui a justificação dos gentios pela fé.
- Evangelho = promessa da salvação antes da Lei.
V.9 – “Os da fé são benditos com Abraão”
- O crente que vive pela fé participa das bênçãos espirituais de Abraão, inclusive a justiça diante de Deus.
V.10 – “Todos os que são das obras da Lei estão debaixo da maldição”
- Citação de Deuteronômio 27.26.
- Maldição: fracasso inevitável em cumprir toda a Lei (cf. Tg 2.10).
V.11 – “O justo viverá da fé”
- Citação de Habacuque 2.4.
- Grego: ὁ δίκαιος ἐκ πίστεως ζήσεται – literalmente, "o justo por/da fé viverá".
🔎 Comentário: Esse versículo é a tese da Reforma Protestante, retomado em Rm 1.17. Justificação é pela fé, não por obras.
📚 REFERÊNCIAS ACADÊMICAS CRISTÃS
- John Stott, A Mensagem de Gálatas (Editora ABU)
- Craig S. Keener, IVP Bible Background Commentary
- Douglas Moo, Galatians (BECNT Series)
- F. F. Bruce, The Epistle to the Galatians (NIGTC)
- Martyn Lloyd-Jones, Exposição de Gálatas
✅ APLICAÇÃO PESSOAL
- Fé e não rituais: Nossa salvação não depende de nossos feitos religiosos, mas da confiança no sacrifício de Cristo.
- Permanecer na fé: Começar bem na fé não é suficiente; é necessário perseverar no Espírito.
- Alertar o engano: Assim como os gálatas foram iludidos, hoje muitos se desviam para o moralismo e o legalismo religioso.
- Viver como filhos de Abraão: Nossa identidade espiritual vem da fé, que nos conecta ao povo da promessa.
📊 TABELA EXPOSITIVA – GÁLATAS 3.1–11
Versículo
Tema Principal
Termo Grego Chave
Significado
Aplicação
3.1
Engano espiritual
ἐβάσκανεν
“fascinar”, “iludir”
O engano espiritual pode parecer verdade
3.2
Espírito ou Lei?
ἀκοῆς πίστεως
“ouvir da fé”
Recebemos o Espírito pela fé
3.3
Começo e fim
σαρκί
“carne”, esforço humano
Não se pode terminar na carne o que começou no Espírito
3.6
Fé de Abraão
ἐλογίσθη
“foi imputado”
A justiça é creditada pela fé
3.7
Filhos da fé
–
–
A descendência de Abraão é espiritual
3.10
Maldição da Lei
–
–
A Lei exige perfeição, mas a fé recebe graça
3.11
Justificação
δίκαιος...πίστεως
“justo... pela fé”
A base da vida cristã é a fé
GÁLATAS 3.1-11
CONTEXTO
Paulo escreve aos gálatas com um tom forte e pastoral, advertindo-os contra o legalismo introduzido por falsos mestres (provavelmente judaizantes) que queriam misturar fé em Cristo com a observância da Lei mosaica.
🔍 ANÁLISE DOS VERSÍCULOS
V.1 – “Ó insensatos gálatas!”
- Termo grego: ἀνόητοι (anoētoi) – "sem entendimento", "tolos", "irracionais".
- "Quem vos fascinou": grego ἐβάσκανεν (ebaskanen) – iludir, enfeitiçar, enganar com má intenção.
- Cristo foi representado como crucificado: προεγράφη (proegraphē) – “foi claramente exposto”, como em um quadro diante dos olhos.
🔎 Comentário: Paulo denuncia que os gálatas estão sendo enfeitiçados por uma distorção da verdade, apesar de Cristo já ter sido claramente apresentado como o Salvador crucificado – o cerne do evangelho (1Co 1.23).
V.2 – “Recebestes o Espírito... pela pregação da fé?”
- Grego: ἀκοῆς πίστεως (akoēs pisteōs) – literalmente, “a escuta da fé” ou “o ouvir com fé”.
- Obras da Lei (ἔργων νόμου – ergōn nomou) contrastam com fé.
🔎 Comentário: O Espírito Santo é recebido não por mérito, mas pela fé – um ponto essencial que os gálatas estavam abandonando.
V.3 – “Começastes pelo Espírito, agora acabais na carne?”
- “Espírito (πνεύματι – pneumati)” = nascimento espiritual.
- “Carne (σαρκί – sarki)” = esforço humano, sistema legalista.
🔎 Comentário: A fé deve continuar sendo o motor da vida cristã. Retroceder à Lei é anular a graça (Gl 2.21).
V.4 – “Em vão padecestes tanto?”
- Paulo apela à experiência cristã dos gálatas: perseguição, luta, fé... tudo seria inútil se agora voltassem ao legalismo.
V.5 – “Opera maravilhas entre vós... pela pregação da fé”
- Deus age por meio da fé, não da performance legal. Isso reforça a dependência do Espírito e não da autossuficiência humana.
V.6 – “Abraão creu... e isso lhe foi imputado como justiça”
- Citação de Gênesis 15.6.
- Termo: ἐλογίσθη (elogisthē) – “foi creditado”, como num registro contábil.
🔎 Comentário: Justiça pela fé precede a Lei e a circuncisão (cf. Rm 4). Abraão é o modelo da justificação pela fé.
V.7 – “Os que são da fé, esses são filhos de Abraão”
- Identidade espiritual, não étnica.
- A verdadeira descendência de Abraão é definida pela fé, não pelo sangue.
V.8 – “A Escritura... anunciou o evangelho a Abraão”
- Protoevangelho das nações: a bênção prometida inclui a justificação dos gentios pela fé.
- Evangelho = promessa da salvação antes da Lei.
V.9 – “Os da fé são benditos com Abraão”
- O crente que vive pela fé participa das bênçãos espirituais de Abraão, inclusive a justiça diante de Deus.
V.10 – “Todos os que são das obras da Lei estão debaixo da maldição”
- Citação de Deuteronômio 27.26.
- Maldição: fracasso inevitável em cumprir toda a Lei (cf. Tg 2.10).
V.11 – “O justo viverá da fé”
- Citação de Habacuque 2.4.
- Grego: ὁ δίκαιος ἐκ πίστεως ζήσεται – literalmente, "o justo por/da fé viverá".
🔎 Comentário: Esse versículo é a tese da Reforma Protestante, retomado em Rm 1.17. Justificação é pela fé, não por obras.
📚 REFERÊNCIAS ACADÊMICAS CRISTÃS
- John Stott, A Mensagem de Gálatas (Editora ABU)
- Craig S. Keener, IVP Bible Background Commentary
- Douglas Moo, Galatians (BECNT Series)
- F. F. Bruce, The Epistle to the Galatians (NIGTC)
- Martyn Lloyd-Jones, Exposição de Gálatas
✅ APLICAÇÃO PESSOAL
- Fé e não rituais: Nossa salvação não depende de nossos feitos religiosos, mas da confiança no sacrifício de Cristo.
- Permanecer na fé: Começar bem na fé não é suficiente; é necessário perseverar no Espírito.
- Alertar o engano: Assim como os gálatas foram iludidos, hoje muitos se desviam para o moralismo e o legalismo religioso.
- Viver como filhos de Abraão: Nossa identidade espiritual vem da fé, que nos conecta ao povo da promessa.
📊 TABELA EXPOSITIVA – GÁLATAS 3.1–11
Versículo | Tema Principal | Termo Grego Chave | Significado | Aplicação |
3.1 | Engano espiritual | ἐβάσκανεν | “fascinar”, “iludir” | O engano espiritual pode parecer verdade |
3.2 | Espírito ou Lei? | ἀκοῆς πίστεως | “ouvir da fé” | Recebemos o Espírito pela fé |
3.3 | Começo e fim | σαρκί | “carne”, esforço humano | Não se pode terminar na carne o que começou no Espírito |
3.6 | Fé de Abraão | ἐλογίσθη | “foi imputado” | A justiça é creditada pela fé |
3.7 | Filhos da fé | – | – | A descendência de Abraão é espiritual |
3.10 | Maldição da Lei | – | – | A Lei exige perfeição, mas a fé recebe graça |
3.11 | Justificação | δίκαιος...πίστεως | “justo... pela fé” | A base da vida cristã é a fé |
INTRODUÇÃO
Nesta lição, veremos a forma como Paulo discorre a respeito da doutrina da justificação pela fé aos irmãos gálatas. No capítulo anterior ele havia defendido a sua mensagem e o seu apostolado. Desta vez, ele vai defender a doutrina que os gálatas receberam e depois trocaram por outra forma de pensamento. A fé estava sendo substituída pelo esforço humano, e isso é um retrocesso (da bênção para uma maldição). É uma advertência para que o que começamos certo não termine errado por nossa responsabilidade.
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
Introdução à Doutrina da Justificação pela Fé em Gálatas
Contexto Geral
Na epístola aos Gálatas, Paulo combate a influência dos judaizantes — grupos que insistiam que os gentios deveriam obedecer à Lei mosaica para serem plenamente aceitos por Deus. No capítulo anterior (Gálatas 1), Paulo defendeu seu apostolado, a origem divina do Evangelho e a autenticidade de sua mensagem. Agora, em Gálatas 2 e 3, ele aborda a doutrina fundamental da justificação pela fé, em oposição à justificação pelas obras da lei.
A Questão Central: FÉ x OBRAS
Paulo denuncia a troca da fé em Jesus Cristo pela confiança em esforços humanos (cf. Gl 3.1-5). A fé é o meio divinamente instituído para a justificação, ou seja, para ser declarado justo diante de Deus (δικαιοσύνη - dikaiosýnē). A substituição da fé pela lei constitui um retrocesso espiritual, um retorno à maldição (Gl 3.10) e não à bênção.
Análise das Palavras Gregas-Chave
Palavra Grega
Transliteração
Significado
Contexto Teológico
δικαιοσύνη
dikaiosýnē
Justiça, justificação
Justificação pela fé em Cristo, não por obras
πίστις
pístis
Fé, confiança, fidelidade
Meio de acesso à justificação
ἔργα νόμου
érgá nómou
Obras da lei
Tentativa humana de alcançar a justiça
κατάρα
katára
Maldição
Condição de quem não cumpre toda a Lei (Gl 3.10)
Referências Acadêmicas
- F.F. Bruce, The Epistle to the Galatians: Bruce destaca que Paulo vê a fé como a essência do Evangelho, que liberta o crente da maldição da Lei e o insere na aliança de Abraão.
- James D. G. Dunn, The Theology of Paul the Apostle: Aponta que Paulo constrói a justificação pela fé como um contraponto à dependência das obras, ressaltando o papel do Espírito Santo como selo da promessa divina.
- Douglas J. Moo, Galatians (NIGTC): Enfatiza que Paulo não rejeita a Lei em si, mas sua função como meio de justificação, destacando que a fé é o verdadeiro critério para a vida na aliança.
Aplicação Pessoal
- Reflita se sua fé em Cristo tem sido central ou se há áreas em que você tenta “justificar-se” por seus esforços, méritos ou aparências.
- Entenda que a justificação não é resultado de obras humanas, mas da obra redentora de Cristo e da confiança pessoal Nele.
- Persevere na fé, evitando retroceder para práticas ou filosofias que substituam a graça pela obrigação legalista.
- Compartilhe esta mensagem, alertando outros sobre o perigo do legalismo espiritual e convidando-os à liberdade que há em Cristo.
Tabela Expositiva: Gálatas e a Doutrina da Justificação pela Fé
Tema
Texto Bíblico
Palavra Grega
Mensagem Teológica
Aplicação Prática
Justificação
Gl 2.16; 3.11
δικαιοσύνη (dikaiosýnē)
Ser declarado justo por Deus pela fé, não por obras
Confiança exclusiva em Cristo
Fé
Gl 3.2, 14
πίστις (pístis)
Meio divino de acesso à justiça e bênção
Cultivar uma fé viva e confiante
Obras da Lei
Gl 3.10
ἔργα νόμου (érga nómou)
Tentativa humana falha de ganhar justiça
Evitar legalismo e autossuficiência
Maldição da Lei
Gl 3.10
κατάρα (katára)
Condição de quem não cumpre a Lei
Reconhecer a incapacidade de salvar-se por si mesmo
Introdução à Doutrina da Justificação pela Fé em Gálatas
Contexto Geral
Na epístola aos Gálatas, Paulo combate a influência dos judaizantes — grupos que insistiam que os gentios deveriam obedecer à Lei mosaica para serem plenamente aceitos por Deus. No capítulo anterior (Gálatas 1), Paulo defendeu seu apostolado, a origem divina do Evangelho e a autenticidade de sua mensagem. Agora, em Gálatas 2 e 3, ele aborda a doutrina fundamental da justificação pela fé, em oposição à justificação pelas obras da lei.
A Questão Central: FÉ x OBRAS
Paulo denuncia a troca da fé em Jesus Cristo pela confiança em esforços humanos (cf. Gl 3.1-5). A fé é o meio divinamente instituído para a justificação, ou seja, para ser declarado justo diante de Deus (δικαιοσύνη - dikaiosýnē). A substituição da fé pela lei constitui um retrocesso espiritual, um retorno à maldição (Gl 3.10) e não à bênção.
Análise das Palavras Gregas-Chave
Palavra Grega | Transliteração | Significado | Contexto Teológico |
δικαιοσύνη | dikaiosýnē | Justiça, justificação | Justificação pela fé em Cristo, não por obras |
πίστις | pístis | Fé, confiança, fidelidade | Meio de acesso à justificação |
ἔργα νόμου | érgá nómou | Obras da lei | Tentativa humana de alcançar a justiça |
κατάρα | katára | Maldição | Condição de quem não cumpre toda a Lei (Gl 3.10) |
Referências Acadêmicas
- F.F. Bruce, The Epistle to the Galatians: Bruce destaca que Paulo vê a fé como a essência do Evangelho, que liberta o crente da maldição da Lei e o insere na aliança de Abraão.
- James D. G. Dunn, The Theology of Paul the Apostle: Aponta que Paulo constrói a justificação pela fé como um contraponto à dependência das obras, ressaltando o papel do Espírito Santo como selo da promessa divina.
- Douglas J. Moo, Galatians (NIGTC): Enfatiza que Paulo não rejeita a Lei em si, mas sua função como meio de justificação, destacando que a fé é o verdadeiro critério para a vida na aliança.
Aplicação Pessoal
- Reflita se sua fé em Cristo tem sido central ou se há áreas em que você tenta “justificar-se” por seus esforços, méritos ou aparências.
- Entenda que a justificação não é resultado de obras humanas, mas da obra redentora de Cristo e da confiança pessoal Nele.
- Persevere na fé, evitando retroceder para práticas ou filosofias que substituam a graça pela obrigação legalista.
- Compartilhe esta mensagem, alertando outros sobre o perigo do legalismo espiritual e convidando-os à liberdade que há em Cristo.
Tabela Expositiva: Gálatas e a Doutrina da Justificação pela Fé
Tema | Texto Bíblico | Palavra Grega | Mensagem Teológica | Aplicação Prática |
Justificação | Gl 2.16; 3.11 | δικαιοσύνη (dikaiosýnē) | Ser declarado justo por Deus pela fé, não por obras | Confiança exclusiva em Cristo |
Fé | Gl 3.2, 14 | πίστις (pístis) | Meio divino de acesso à justiça e bênção | Cultivar uma fé viva e confiante |
Obras da Lei | Gl 3.10 | ἔργα νόμου (érga nómou) | Tentativa humana falha de ganhar justiça | Evitar legalismo e autossuficiência |
Maldição da Lei | Gl 3.10 | κατάρα (katára) | Condição de quem não cumpre a Lei | Reconhecer a incapacidade de salvar-se por si mesmo |
I- O QUESTIONAMENTO DE PAULO
1- Fascínio para a desobediência. Paulo se dirige aos crentes na introdução da Carta como irmãos (Gl 1.1), mas aqui, ele fala de um jeito menos amistoso, chamando-os de “insensatos gálatas” (Gl 3.1). Isso porque aqueles irmãos estavam perdendo o juízo, deixando de lado critérios e ficando fascinados com uma outra mensagem. A palavra fascinação significa “forte atração por algo ou por alguém”. Paulo faz uma pergunta aos crentes da Galácia e o pensamento dele vale para os nossos dias: O que pode ser tão atraente para a nossa espiritualidade que tenha a capacidade de nos afastar do verdadeiro Evangelho? Para os gálatas, a fascinação provinha da possibilidade de seguir a lei dos judeus, o que, na teoria deles, poderia ajudar na salvação. Eis aqui uma questão: Paulo comenta que eles foram fascinados, enfeitiçados, para se tornarem desobedientes ao Evangelho. Aquela nova mensagem que receberam dos judaizantes não lhes movia a fim de obedecerem a Deus, mas os convencia, por uma mensagem à desobediência, e eles não haviam percebido isso.
2- Começando certo e terminando errado. Paulo pergunta: “tendo começado pelo Espírito, acabeis agora pela carne?” (Gl 3.3). Essa pergunta mostra um cenário que pode se repetir em nossos dias. Os gálatas receberam o Espírito de Deus, mas se deixaram levar pela capacidade pessoal de agradá-lo não pela fé, mas pela observância de preceitos judaicos. A fé e o Espírito estavam sendo substituídos pela Lei e pela carne. Eles haviam começado certo, mas estavam terminando errado. Essa pergunta do apóstolo nos faz refletir sobre como fomos chamados e de que forma estamos administrando a vocação que Deus nos deu. Não basta começar da forma correta: é preciso concluir a carreira de forma correta, e curiosamente, Paulo atribui aos gálatas essa capacidade. Ele não atribui a Deus essa obrigatoriedade, pois Ele já nos deu a salvação. Paulo atribui a nós a capacidade de exercer de forma correta a análise do que estamos ouvindo para não sermos enganados por doutrinas erradas. Colocar a prática da Lei em pé de igualdade ao sacrifício de Jesus é, sem dúvida, um ensino pernicioso.
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
I. O Questionamento de Paulo a respeito da Fascinação pela Desobediência (Gálatas 3.1-3)
1. Fascínio para a desobediência (Gl 3.1)
Paulo inicia esse discurso com uma repreensão severa, chamando os gálatas de ἀνόητοι (anoētoi), traduzido como “insensatos” ou “loucos”, palavra que indica falta de entendimento e discernimento espiritual. Este termo revela a gravidade da situação: crentes que deveriam ser maduros na fé foram enganados por uma falsa doutrina.
A palavra grega traduzida por "fascinado" ou “enfeitiçado” é ἐμαγεύθητε (emageuthēte), derivada de μαγεύω (mageuō), que significa “lançar um feitiço”, “enfeitiçar” ou “seduzir”. Paulo está dizendo que eles foram vítimas de um poder enganoso que os afastou do Evangelho puro.
Essa fascinação representa a força sedutora do legalismo judaizante, que prometia justiça pela observância da Lei mosaica. Porém, essa suposta “correção” resultou em desobediência, pois negava o verdadeiro meio da salvação — a fé em Cristo (ver também 2 Coríntios 11.3 sobre engano).
2. Começando certo, terminando errado (Gl 3.3)
Paulo adverte que os gálatas “começaram pelo Espírito” — a verdadeira obra divina da regeneração e da fé —, mas agora terminam “pela carne” (σάρξ — sarx), termo que no contexto paulino designa a natureza humana caída, incapaz de cumprir a Lei e sujeita ao pecado.
O verbo usado para “começar” é ἀρχόμενοι (archomenoi), um particípio presente que destaca um começo genuíno na experiência do Espírito Santo, provavelmente no batismo e no exercício da fé viva (Gl 3.2, 5).
A oposição entre “Espírito” (πνεῦμα — pneuma) e “carne” (sarx) evidencia o conflito espiritual e a escolha que o crente deve fazer: viver pela graça e fé ou pela tentativa humana de autojustificação.
Paulo coloca a responsabilidade sobre os crentes: eles têm a capacidade (ἐν ὑμῖν — “em vós”) de discernir e perseverar na fé. Deus já concedeu a salvação, mas a fidelidade e a obediência continuam sendo escolhas humanas essenciais.
Análise das Palavras Gregas
Palavra Grega
Transliteração
Significado
Contexto Teológico
ἀνόητοι
anoētoi
Insensatos, sem entendimento
Descreve a falta de discernimento dos gálatas
ἐμαγεύθητε
emageuthēte
Enfeitiçados, fascinados
Poder enganador que seduz para afastar da fé
σάρξ
sarx
Carne, natureza humana caída
Contraponto à vida no Espírito; incapaz de salvar
πνεῦμα
pneuma
Espírito, especialmente Espírito Santo
Fonte da vida e da justificação pela fé
ἀρχόμενοι
archomenoi
Começando
Indica o início verdadeiro da caminhada cristã
Referências Acadêmicas
- James D. G. Dunn, The Epistle to the Galatians: Dunn destaca que a expressão “começar pelo Espírito e terminar pela carne” mostra o contraste entre a obra soberana de Deus e a incapacidade humana. A sedução do legalismo representa um retrocesso espiritual, uma troca da liberdade pela escravidão da lei.
- F.F. Bruce, Paul: Apostle of the Heart Set Free: Aponta que Paulo vê a fé como um dom do Espírito, e qualquer desvio para a observância legalista é uma perda da verdadeira liberdade cristã.
- Douglas Moo, Galatians (NIGTC): Explica que Paulo denuncia uma fascinação enganadora que provoca a regressão espiritual, fazendo com que os crentes abandonem o Evangelho da graça.
Aplicação Pessoal
- Avalie se sua vida cristã tem sido sustentada pela fé e pelo poder do Espírito Santo, ou se há tendência a depender do desempenho, regras ou tradições religiosas para se sentir aceitável diante de Deus.
- Reflita sobre a importância de manter a maturidade espiritual, evitando fascínios momentâneos por doutrinas que desviam do Evangelho.
- Lembre-se que a caminhada cristã é um processo que começa com o Espírito e deve permanecer nele até o fim — é necessário vigilância constante para não retroceder.
- Encoraje irmãos e irmãs a perseverarem na fé, lembrando que a justificação é dom gratuito de Deus, não mérito humano.
Tabela Expositiva
Tema
Texto Bíblico
Palavra Grega
Mensagem Teológica
Aplicação Prática
Insensatez espiritual
Gl 3.1
ἀνόητοι (anoētoi)
Falta de entendimento e discernimento
Evitar se deixar enganar por falsas doutrinas
Fascinação e feitiço espiritual
Gl 3.1
ἐμαγεύθητε (emageuthēte)
Poder sedutor do legalismo
Reconhecer o engano e manter-se firme na fé
Começo pelo Espírito
Gl 3.3
πνεῦμα (pneuma)
Início verdadeiro pela obra do Espírito Santo
Valorizar a regeneração e fé inicial
Terminar pela carne
Gl 3.3
σάρξ (sarx)
Retorno à dependência da natureza caída
Perseverar no caminho da graça
Responsabilidade do crente
Gl 3.3
ἐν ὑμῖν (en hymin)
Capacidade de manter a fé e evitar engano
Exercitar vigilância espiritual
I. O Questionamento de Paulo a respeito da Fascinação pela Desobediência (Gálatas 3.1-3)
1. Fascínio para a desobediência (Gl 3.1)
Paulo inicia esse discurso com uma repreensão severa, chamando os gálatas de ἀνόητοι (anoētoi), traduzido como “insensatos” ou “loucos”, palavra que indica falta de entendimento e discernimento espiritual. Este termo revela a gravidade da situação: crentes que deveriam ser maduros na fé foram enganados por uma falsa doutrina.
A palavra grega traduzida por "fascinado" ou “enfeitiçado” é ἐμαγεύθητε (emageuthēte), derivada de μαγεύω (mageuō), que significa “lançar um feitiço”, “enfeitiçar” ou “seduzir”. Paulo está dizendo que eles foram vítimas de um poder enganoso que os afastou do Evangelho puro.
Essa fascinação representa a força sedutora do legalismo judaizante, que prometia justiça pela observância da Lei mosaica. Porém, essa suposta “correção” resultou em desobediência, pois negava o verdadeiro meio da salvação — a fé em Cristo (ver também 2 Coríntios 11.3 sobre engano).
2. Começando certo, terminando errado (Gl 3.3)
Paulo adverte que os gálatas “começaram pelo Espírito” — a verdadeira obra divina da regeneração e da fé —, mas agora terminam “pela carne” (σάρξ — sarx), termo que no contexto paulino designa a natureza humana caída, incapaz de cumprir a Lei e sujeita ao pecado.
O verbo usado para “começar” é ἀρχόμενοι (archomenoi), um particípio presente que destaca um começo genuíno na experiência do Espírito Santo, provavelmente no batismo e no exercício da fé viva (Gl 3.2, 5).
A oposição entre “Espírito” (πνεῦμα — pneuma) e “carne” (sarx) evidencia o conflito espiritual e a escolha que o crente deve fazer: viver pela graça e fé ou pela tentativa humana de autojustificação.
Paulo coloca a responsabilidade sobre os crentes: eles têm a capacidade (ἐν ὑμῖν — “em vós”) de discernir e perseverar na fé. Deus já concedeu a salvação, mas a fidelidade e a obediência continuam sendo escolhas humanas essenciais.
Análise das Palavras Gregas
Palavra Grega | Transliteração | Significado | Contexto Teológico |
ἀνόητοι | anoētoi | Insensatos, sem entendimento | Descreve a falta de discernimento dos gálatas |
ἐμαγεύθητε | emageuthēte | Enfeitiçados, fascinados | Poder enganador que seduz para afastar da fé |
σάρξ | sarx | Carne, natureza humana caída | Contraponto à vida no Espírito; incapaz de salvar |
πνεῦμα | pneuma | Espírito, especialmente Espírito Santo | Fonte da vida e da justificação pela fé |
ἀρχόμενοι | archomenoi | Começando | Indica o início verdadeiro da caminhada cristã |
Referências Acadêmicas
- James D. G. Dunn, The Epistle to the Galatians: Dunn destaca que a expressão “começar pelo Espírito e terminar pela carne” mostra o contraste entre a obra soberana de Deus e a incapacidade humana. A sedução do legalismo representa um retrocesso espiritual, uma troca da liberdade pela escravidão da lei.
- F.F. Bruce, Paul: Apostle of the Heart Set Free: Aponta que Paulo vê a fé como um dom do Espírito, e qualquer desvio para a observância legalista é uma perda da verdadeira liberdade cristã.
- Douglas Moo, Galatians (NIGTC): Explica que Paulo denuncia uma fascinação enganadora que provoca a regressão espiritual, fazendo com que os crentes abandonem o Evangelho da graça.
Aplicação Pessoal
- Avalie se sua vida cristã tem sido sustentada pela fé e pelo poder do Espírito Santo, ou se há tendência a depender do desempenho, regras ou tradições religiosas para se sentir aceitável diante de Deus.
- Reflita sobre a importância de manter a maturidade espiritual, evitando fascínios momentâneos por doutrinas que desviam do Evangelho.
- Lembre-se que a caminhada cristã é um processo que começa com o Espírito e deve permanecer nele até o fim — é necessário vigilância constante para não retroceder.
- Encoraje irmãos e irmãs a perseverarem na fé, lembrando que a justificação é dom gratuito de Deus, não mérito humano.
Tabela Expositiva
Tema | Texto Bíblico | Palavra Grega | Mensagem Teológica | Aplicação Prática |
Insensatez espiritual | Gl 3.1 | ἀνόητοι (anoētoi) | Falta de entendimento e discernimento | Evitar se deixar enganar por falsas doutrinas |
Fascinação e feitiço espiritual | Gl 3.1 | ἐμαγεύθητε (emageuthēte) | Poder sedutor do legalismo | Reconhecer o engano e manter-se firme na fé |
Começo pelo Espírito | Gl 3.3 | πνεῦμα (pneuma) | Início verdadeiro pela obra do Espírito Santo | Valorizar a regeneração e fé inicial |
Terminar pela carne | Gl 3.3 | σάρξ (sarx) | Retorno à dependência da natureza caída | Perseverar no caminho da graça |
Responsabilidade do crente | Gl 3.3 | ἐν ὑμῖν (en hymin) | Capacidade de manter a fé e evitar engano | Exercitar vigilância espiritual |
3- Obras da Lei contra a pregação da Fé. Os gálatas provavelmente não tinham conhecimentos dos costumes judaicos e das obrigatoriedades que esses costumes representavam para os hebreus na sua inteireza. A pregação da fé, que alcançou os gálatas quando esses ouviram a mensagem de Paulo, estava sendo substituída. Jesus havia sido representado aos gálatas como crucificado. A palavra “representado” é prographo, pintado. Era como se a pregação de Paulo fosse uma obra de arte, uma pintura, apresentando Cristo como crucificado, e eles haviam enxergado dessa mesma forma. A cruz representava a morte de Cristo, e o próprio Cristo representava o sacrifício perfeito do Filho de Deus. Não havia sido uma morte por nada, ou por um erro judicial, mas voluntária: “Por isso, o Pai me ama, porque dou a minha vida para tornar a tomá-la” (Jo 10.17). Paulo pergunta aos gálatas: “Aquele, pois, que vos dá o Espírito e que opera maravilhas entre vós o faz pelas obras da lei ou pela pregação da fé?” (Gl 3.5). Quantos milagres os gálatas presenciaram? Quantas intervenções divinas Deus fazia pelo seu Espírito naquelas igrejas? E nada disso era pelas obras da lei, mas pela fé. Se os gálatas sabiam o que era uma comunidade de santos vibrantes, onde Deus tinha liberdade de atuar e mostrar-lhes um pouco da sua glória, não era por causa da Lei.
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
Obras da Lei contra a Pregação da Fé (Gálatas 3.1-5)
1. Contexto histórico e teológico
Os gálatas, em sua maioria gentios recém-convertidos, possivelmente não conheciam profundamente os ritos e obrigações da Lei mosaica, que incluíam circuncisão, dieta kosher, festas e várias prescrições cerimoniais e morais. Paulo os havia evangelizado apresentando Jesus Cristo crucificado como o único fundamento da salvação (Gl 3.1).
O verbo grego προγράφω (prographō), traduzido como “representado”, tem o sentido literal de “desenhar”, “pintar”, “escrever diante”. Aqui, Paulo emprega essa imagem para mostrar que Cristo crucificado foi apresentado aos gálatas de maneira clara e impactante, como uma obra de arte que chama a atenção para o sacrifício voluntário de Jesus, oferecido para a remissão dos pecados.
O sacrifício de Cristo não foi um acidente ou erro judicial, mas um ato voluntário de amor, conforme Jesus declara em João 10.17-18: “Por isso o Pai me ama, porque dou a minha vida para torná-la a tomar.” A cruz é o ponto central do Evangelho — o preço pago para justificar pecadores diante de Deus.
2. A questão das obras da Lei versus a pregação da fé
Paulo desafia os gálatas com uma pergunta retórica:
“Aquele que vos dá o Espírito e opera milagres entre vós o faz pelas obras da Lei ou pela pregação da fé?” (Gl 3.5).
A expressão “obras da Lei” (ἔργα νόμου — erga nomou) refere-se aos esforços humanos de observar as prescrições da Lei mosaica para alcançar justiça. Essa tentativa era falha porque a Lei não justifica, apenas revela o pecado (Rm 3.20).
Em contrapartida, a “pregação da fé” (κατὰ τὴν ἐκπροσωπῆσιν τῆς πίστεως — “segundo a representação da fé”, Gl 3.2) destaca a justificação pela fé em Cristo, pela qual o Espírito Santo é recebido como selo e garantia da salvação.
Os milagres, os dons e a manifestação do Espírito na comunidade gálata eram evidências concretas de que Deus estava agindo de forma sobrenatural, independentemente do cumprimento da Lei. A presença do Espírito, que transforma vidas e gera frutos, é o selo da graça, não do esforço legalista.
3. Análise da palavra grega “προγράφω” (prographō)
- προγράφω (prographō): “representar, desenhar, pintar”
- Em Gálatas 3.1, Paulo usa a imagem da cruz como uma obra de arte clara e impactante, que os gálatas já “viram” ou “contemplaram”. Isso mostra que o Evangelho da cruz não é uma teoria abstrata, mas uma realidade vívida e evidente.
4. Referências acadêmicas cristãs
- F.F. Bruce (Epistle to the Galatians): Destaca que a pregação da cruz foi para os gálatas uma revelação clara e suficiente do caminho da salvação, e a insistência nas obras da Lei é uma negação dessa verdade fundamental.
- James D. G. Dunn (The Epistle to the Galatians): Ressalta que a questão da recepção do Espírito é central para a justificação pela fé, e as obras da Lei são incapazes de produzir a obra do Espírito.
- Douglas Moo (Galatians, NIGTC): Observa que a presença dos dons espirituais confirma a aceitação divina da fé, e o esforço humano pela Lei anula essa graça.
5. Aplicação pessoal
- É fundamental reconhecer que a justificação e a santificação vêm pela fé no sacrifício de Cristo, e não por obras religiosas ou legalistas.
- Avalie se há áreas em sua vida onde o desempenho ou o cumprimento de regras substituem a confiança na graça e no poder do Espírito Santo.
- Confie no Espírito que opera em você, produzindo frutos e dando poder para viver conforme a vontade de Deus, em vez de tentar alcançar a aceitação divina por méritos próprios.
- Celebre a obra consumada da cruz, que é o fundamento de sua fé e esperança, sem adicionar exigências humanas que podem escravizar a alma.
Tabela Expositiva
Tema
Texto Bíblico
Palavra Grega
Mensagem Teológica
Aplicação Prática
Representação de Cristo crucificado
Gl 3.1
προγράφω (prographō)
Evangelho apresentado como obra clara e vívida
Contemplar e valorizar o sacrifício de Cristo
Obras da Lei
Gl 3.5
ἔργα νόμου (erga nomou)
Esforços humanos incapazes de justificar
Não confiar em práticas religiosas para salvação
Pregação da fé
Gl 3.5
πίστις (pistis)
Justificação e recepção do Espírito pela fé
Viver pela fé e pelo poder do Espírito Santo
Manifestação do Espírito
Gl 3.5
πνεῦμα (pneuma)
Ação sobrenatural confirmando a fé genuína
Confiar na presença e poder do Espírito na vida
Obras da Lei contra a Pregação da Fé (Gálatas 3.1-5)
1. Contexto histórico e teológico
Os gálatas, em sua maioria gentios recém-convertidos, possivelmente não conheciam profundamente os ritos e obrigações da Lei mosaica, que incluíam circuncisão, dieta kosher, festas e várias prescrições cerimoniais e morais. Paulo os havia evangelizado apresentando Jesus Cristo crucificado como o único fundamento da salvação (Gl 3.1).
O verbo grego προγράφω (prographō), traduzido como “representado”, tem o sentido literal de “desenhar”, “pintar”, “escrever diante”. Aqui, Paulo emprega essa imagem para mostrar que Cristo crucificado foi apresentado aos gálatas de maneira clara e impactante, como uma obra de arte que chama a atenção para o sacrifício voluntário de Jesus, oferecido para a remissão dos pecados.
O sacrifício de Cristo não foi um acidente ou erro judicial, mas um ato voluntário de amor, conforme Jesus declara em João 10.17-18: “Por isso o Pai me ama, porque dou a minha vida para torná-la a tomar.” A cruz é o ponto central do Evangelho — o preço pago para justificar pecadores diante de Deus.
2. A questão das obras da Lei versus a pregação da fé
Paulo desafia os gálatas com uma pergunta retórica:
“Aquele que vos dá o Espírito e opera milagres entre vós o faz pelas obras da Lei ou pela pregação da fé?” (Gl 3.5).
A expressão “obras da Lei” (ἔργα νόμου — erga nomou) refere-se aos esforços humanos de observar as prescrições da Lei mosaica para alcançar justiça. Essa tentativa era falha porque a Lei não justifica, apenas revela o pecado (Rm 3.20).
Em contrapartida, a “pregação da fé” (κατὰ τὴν ἐκπροσωπῆσιν τῆς πίστεως — “segundo a representação da fé”, Gl 3.2) destaca a justificação pela fé em Cristo, pela qual o Espírito Santo é recebido como selo e garantia da salvação.
Os milagres, os dons e a manifestação do Espírito na comunidade gálata eram evidências concretas de que Deus estava agindo de forma sobrenatural, independentemente do cumprimento da Lei. A presença do Espírito, que transforma vidas e gera frutos, é o selo da graça, não do esforço legalista.
3. Análise da palavra grega “προγράφω” (prographō)
- προγράφω (prographō): “representar, desenhar, pintar”
- Em Gálatas 3.1, Paulo usa a imagem da cruz como uma obra de arte clara e impactante, que os gálatas já “viram” ou “contemplaram”. Isso mostra que o Evangelho da cruz não é uma teoria abstrata, mas uma realidade vívida e evidente.
4. Referências acadêmicas cristãs
- F.F. Bruce (Epistle to the Galatians): Destaca que a pregação da cruz foi para os gálatas uma revelação clara e suficiente do caminho da salvação, e a insistência nas obras da Lei é uma negação dessa verdade fundamental.
- James D. G. Dunn (The Epistle to the Galatians): Ressalta que a questão da recepção do Espírito é central para a justificação pela fé, e as obras da Lei são incapazes de produzir a obra do Espírito.
- Douglas Moo (Galatians, NIGTC): Observa que a presença dos dons espirituais confirma a aceitação divina da fé, e o esforço humano pela Lei anula essa graça.
5. Aplicação pessoal
- É fundamental reconhecer que a justificação e a santificação vêm pela fé no sacrifício de Cristo, e não por obras religiosas ou legalistas.
- Avalie se há áreas em sua vida onde o desempenho ou o cumprimento de regras substituem a confiança na graça e no poder do Espírito Santo.
- Confie no Espírito que opera em você, produzindo frutos e dando poder para viver conforme a vontade de Deus, em vez de tentar alcançar a aceitação divina por méritos próprios.
- Celebre a obra consumada da cruz, que é o fundamento de sua fé e esperança, sem adicionar exigências humanas que podem escravizar a alma.
Tabela Expositiva
Tema | Texto Bíblico | Palavra Grega | Mensagem Teológica | Aplicação Prática |
Representação de Cristo crucificado | Gl 3.1 | προγράφω (prographō) | Evangelho apresentado como obra clara e vívida | Contemplar e valorizar o sacrifício de Cristo |
Obras da Lei | Gl 3.5 | ἔργα νόμου (erga nomou) | Esforços humanos incapazes de justificar | Não confiar em práticas religiosas para salvação |
Pregação da fé | Gl 3.5 | πίστις (pistis) | Justificação e recepção do Espírito pela fé | Viver pela fé e pelo poder do Espírito Santo |
Manifestação do Espírito | Gl 3.5 | πνεῦμα (pneuma) | Ação sobrenatural confirmando a fé genuína | Confiar na presença e poder do Espírito na vida |
SUBSÍDIO 1
“3.2 RECEBESTES O ESPÍRITO
[…] PELA […] FÉ? Por meio da fé em Cristo, nós recebemos o perdão, um relacionamento restaurado com Deus, a presença do Espírito Santo dentro de nós e todas as bênçãos de Deus, incluindo o dom da vida eterna com Ele (vv. 2.3.5.14.21; 4.6). No entanto, as pessoas que confiam na obediência a regras, em rotinas religiosas ou em seus próprios esforços para agradar a Deus ou tentar obter a salvação, não recebem o Espírito e a vida. Isto se deve ao fato de que a lei não pode dar vida e salvação espiritual (v. 21). A partir deste ponto da epístola aos Gálatas, Paulo se refere ao Espírito Santo 16 vezes.” (Bíblia de Estudo Pentecostal para Jovens. Rio de Janeiro: CPAD, 2023, p. 1627.)
II- O CRENTE ABRAÃO
1- Creu em Deus. A fim de reforçar seus argumentos, Paulo remonta à origem do povo judeu, com o crente Abraão. Os irmãos Gálatas certamente tiveram contato com a história de Abraão, seja por Paulo, seja pelos judaizantes, e o apóstolo se vale da figura do patriarca para exemplificar a realidade da justificação pela fé. Era a forma mais adequada de mostrar aos leitores que a Lei de Moisés não era superior à graça de Deus e à salvação pela fé. A Palavra de Deus destaca que Abraão foi chamado por Deus para deixar a sua terra e os seus parentes para herdar uma terra que ele nem mesmo sabia onde era. Ele creu em Deus, dando início a uma viagem cujo destino era ignorado, mas estava ciente da fidelidade do Senhor. Ao longo de sua história, ainda que não completamente perfeita, o patriarca demonstrou fé não somente que Deus o guiará ao destino aonde chegaria, mas principalmente na promessa de que seria pai de uma multidão de pessoas.
2- Foi considerado justo. Abraão, de onde provém os judeus, foi considerado justo. E como isso se deu? Pela fé. Abraão recebeu a promessa de ter um filho, mas com o passar do tempo, ele viu que a promessa de Deus não havia sido cumprida ainda. Ele chegou a mencionar que o mordomo Eliézer era o administrador daquela casa e herdaria os seus bens. Mas Deus deu uma lição prática ao patriarca. O Eterno levou o ancião para fora da tenda onde estava, e como era de noite, pediu que ele contasse as estrelas. Deus ainda disse: […] “se as podes contar” […] (Gn 15.5). Ele concluiu dizendo: “Assim será a tua semente” (ou descendência). O verso a seguir diz que “E creu ele no SENHOR, e foi-lhe imputado isto por justiça” (Gn 15.6). Abraão foi justificado por ter crido no que Deus havia falado.
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
II - O CRENTE ABRAÃO: Fé e Justificação (Gn 15.5-6; Gl 3.6-9)
1. Abraão, o modelo da fé
Abraão é a figura central da fé no Antigo Testamento. A palavra hebraica para “crer” em Gênesis 15.6 é הֶאֱמִין (he’emin), do verbo אָמַן (aman), que significa “confiar”, “ser fiel” ou “firmar-se”. Essa fé não é um mero assentimento intelectual, mas uma confiança firme na fidelidade de Deus e em Suas promessas, mesmo quando as circunstâncias pareçam contrárias.
Abraão foi chamado para deixar sua terra, seus parentes e ir para uma terra que não conhecia (Gn 12.1). Isso exigia fé ativa e obediência, pois ele não via claramente o destino final, mas confiava na promessa divina. Essa atitude é paradigmática para a justificação pela fé, que não depende da visão ou da certeza do que está por vir, mas na confiança no caráter de Deus.
2. A justificação pela fé: "Foi-lhe imputado por justiça"
A frase-chave em Gn 15.6 é:
“E creu ele no SENHOR, e isso lhe foi imputado para justiça.”
- A palavra hebraica para “imputado” é חָשַׁב (chashab), que tem o sentido de “considerar”, “calcular”, “atribuir”. Ou seja, Deus atribuiu a Abraão a justiça em função da fé demonstrada.
- No Novo Testamento, Paulo retoma esse texto em Romanos 4.3 e Gálatas 3.6 para explicar que a justificação diante de Deus não se baseia em obras da lei, mas na fé.
- Essa imputação é uma declaração judicial divina, onde Deus reconhece o crente como justo, não por seus méritos, mas por sua confiança na promessa divina.
3. A promessa e a fé que espera
Deus prometeu a Abraão uma descendência numerosa como as estrelas do céu, mesmo sendo ele idoso e sem filhos. Essa promessa transcendia a realidade imediata, exigindo uma fé que abraça o invisível e o futuro (Heb 11.8-12). A esperança que nasce da promessa é inseparável da fé.
4. Referências acadêmicas cristãs
- John Stott, em Romanos (IVP), enfatiza que a fé de Abraão foi ativa e confiante, sustentada na fidelidade de Deus, e que essa fé é o modelo para todos os que desejam ser justificados diante de Deus.
- F.F. Bruce, em The Epistle to the Galatians, destaca que Paulo usa Abraão para desmontar a ideia de que a Lei seria o meio para a justificação, mostrando que a fé é o princípio desde o início.
- Gordon Fee salienta que “imputar a justiça” é um conceito fundamental para a teologia paulina da justificação pela fé, sublinhando que é Deus quem declara justo o pecador.
5. Aplicação pessoal
- Assim como Abraão, somos chamados a confiar nas promessas de Deus mesmo quando não vemos o cumprimento imediato.
- A fé autêntica envolve crer na fidelidade de Deus e obedecer, mesmo diante da incerteza.
- A justificação não depende do nosso esforço ou cumprimento da lei, mas da confiança no sacrifício de Jesus Cristo, nosso mediador.
- Essa fé gera uma vida que espera e vive conforme as promessas divinas, mantendo-se firme na esperança.
6. Tabela Expositiva
Tema
Texto Bíblico
Palavra Hebraica / Grega
Significado / Mensagem
Aplicação Prática
Crer
Gn 15.6; Hb 11.8
אָמַן (aman)
Confiar firmemente em Deus
Confiança ativa na fidelidade de Deus
Imputar (justiça)
Gn 15.6; Rm 4.3; Gl 3.6
חָשַׁב (chashab)
Atribuir, considerar justo
Justificação pela fé, não pelas obras
Promessa
Gn 15.5
—
Esperança futura na fidelidade de Deus
Esperar no cumprimento das promessas divinas
Justificação pela fé
Rm 4; Gl 3
πίστις (pistis)
Fé que justifica diante de Deus
Viver pela fé, não pelas obras da lei
II - O CRENTE ABRAÃO: Fé e Justificação (Gn 15.5-6; Gl 3.6-9)
1. Abraão, o modelo da fé
Abraão é a figura central da fé no Antigo Testamento. A palavra hebraica para “crer” em Gênesis 15.6 é הֶאֱמִין (he’emin), do verbo אָמַן (aman), que significa “confiar”, “ser fiel” ou “firmar-se”. Essa fé não é um mero assentimento intelectual, mas uma confiança firme na fidelidade de Deus e em Suas promessas, mesmo quando as circunstâncias pareçam contrárias.
Abraão foi chamado para deixar sua terra, seus parentes e ir para uma terra que não conhecia (Gn 12.1). Isso exigia fé ativa e obediência, pois ele não via claramente o destino final, mas confiava na promessa divina. Essa atitude é paradigmática para a justificação pela fé, que não depende da visão ou da certeza do que está por vir, mas na confiança no caráter de Deus.
2. A justificação pela fé: "Foi-lhe imputado por justiça"
A frase-chave em Gn 15.6 é:
“E creu ele no SENHOR, e isso lhe foi imputado para justiça.”
- A palavra hebraica para “imputado” é חָשַׁב (chashab), que tem o sentido de “considerar”, “calcular”, “atribuir”. Ou seja, Deus atribuiu a Abraão a justiça em função da fé demonstrada.
- No Novo Testamento, Paulo retoma esse texto em Romanos 4.3 e Gálatas 3.6 para explicar que a justificação diante de Deus não se baseia em obras da lei, mas na fé.
- Essa imputação é uma declaração judicial divina, onde Deus reconhece o crente como justo, não por seus méritos, mas por sua confiança na promessa divina.
3. A promessa e a fé que espera
Deus prometeu a Abraão uma descendência numerosa como as estrelas do céu, mesmo sendo ele idoso e sem filhos. Essa promessa transcendia a realidade imediata, exigindo uma fé que abraça o invisível e o futuro (Heb 11.8-12). A esperança que nasce da promessa é inseparável da fé.
4. Referências acadêmicas cristãs
- John Stott, em Romanos (IVP), enfatiza que a fé de Abraão foi ativa e confiante, sustentada na fidelidade de Deus, e que essa fé é o modelo para todos os que desejam ser justificados diante de Deus.
- F.F. Bruce, em The Epistle to the Galatians, destaca que Paulo usa Abraão para desmontar a ideia de que a Lei seria o meio para a justificação, mostrando que a fé é o princípio desde o início.
- Gordon Fee salienta que “imputar a justiça” é um conceito fundamental para a teologia paulina da justificação pela fé, sublinhando que é Deus quem declara justo o pecador.
5. Aplicação pessoal
- Assim como Abraão, somos chamados a confiar nas promessas de Deus mesmo quando não vemos o cumprimento imediato.
- A fé autêntica envolve crer na fidelidade de Deus e obedecer, mesmo diante da incerteza.
- A justificação não depende do nosso esforço ou cumprimento da lei, mas da confiança no sacrifício de Jesus Cristo, nosso mediador.
- Essa fé gera uma vida que espera e vive conforme as promessas divinas, mantendo-se firme na esperança.
6. Tabela Expositiva
Tema | Texto Bíblico | Palavra Hebraica / Grega | Significado / Mensagem | Aplicação Prática |
Crer | Gn 15.6; Hb 11.8 | אָמַן (aman) | Confiar firmemente em Deus | Confiança ativa na fidelidade de Deus |
Imputar (justiça) | Gn 15.6; Rm 4.3; Gl 3.6 | חָשַׁב (chashab) | Atribuir, considerar justo | Justificação pela fé, não pelas obras |
Promessa | Gn 15.5 | — | Esperança futura na fidelidade de Deus | Esperar no cumprimento das promessas divinas |
Justificação pela fé | Rm 4; Gl 3 | πίστις (pistis) | Fé que justifica diante de Deus | Viver pela fé, não pelas obras da lei |
3- Deus iria justificar os gentios pela fé. Paulo menciona que Deus havia previsto que a fé seria o instrumento pelo qual os pecadores, judeus ou gentios, fossem declarados justos diante de Deus. O Eterno escolhe a fé, e não as obras, para justificar uma pessoa. As obras dependem do potencial e da vontade de cada um, e como cada ser humano não tem as mesmas condições que outro, surge uma injustiça, pois um poderia fazer mais obras e outro, não. Como se fosse pouco, as obras tendem a nos fazer orgulhosos de nossas próprias capacidades. Isso desagrada a Deus. Em sua sabedoria, “Deus encerrou a todos debaixo da desobediência, para com todos usar de misericórdia” (Rm 11.32). Na misericórdia não há mérito de quem erra, mas sim, mérito de quem exerce a misericórdia. Na graça, recebemos o que não merecemos, e na misericórdia, não recebemos o que merecemos. A justificação dos gentios não viria pelas obras, e sim pela fé.
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
3 - Deus Justifica os Gentios pela Fé (Rm 11.32; Gl 3.8-9)
1. Deus justifica pela fé — uma escolha soberana
Paulo ensina que Deus “previu” ou “anteviu” (grego: προεῖδεν, proeiden — verbo “prever” ou “conhecer de antemão”) que a justificação diante de Deus seria alcançada pela fé, não pelas obras da lei, estendendo essa promessa a judeus e gentios.
- Essa antecipação divina não é mera previsão humana, mas o plano soberano de Deus para incluir os gentios na salvação.
- A justificação pela fé é universal, para todos os que creem (cf. Rm 3.22), revelando que a salvação não é restrita por etnia ou mérito.
2. A insuficiência das obras e o perigo do orgulho
- As obras (grego: ἔργα νόμου, erga nomou) são dependentes das capacidades humanas, que são limitadas e desiguais.
- Colocar a ênfase nas obras gera um sentimento de orgulho, pois o ser humano tenta se exaltar pela própria justiça, o que desagrada a Deus, que é soberano e exige humildade.
- A Bíblia adverte que “todas as obras da lei são incapazes de justificar diante de Deus” (Gl 2.16).
3. Deus encerrou todos sob desobediência para manifestar misericórdia
- A expressão “Deus encerrou a todos debaixo da desobediência” (Rm 11.32, grego: περιέκλεισεν ἅπαντας εἰς ἀπείθεια) indica que, de modo soberano, Deus permitiu que todos — judeus e gentios — caíssem na condição de desobedientes.
- Isso visa a manifestar a misericórdia divina: um favor imerecido, que é o fundamento da justificação pela fé.
- A misericórdia é a manifestação do amor de Deus para com os pecadores, oferecendo-lhes graça e perdão não pelos seus méritos, mas pela bondade soberana de Deus (Tt 3.5).
4. Implicações teológicas
- A justificação é um ato divino imputado pela fé, sem obras (Rm 3.28).
- Os gentios são co-herdeiros da promessa, através da fé em Cristo (Ef 2.11-22).
- A graça e a misericórdia de Deus garantem que ninguém se vanglorie diante dEle, pois “o justo viverá pela fé” (Rm 1.17; Hb 10.38).
5. Referências acadêmicas cristãs
- N.T. Wright, em Justification: God's Plan & Paul's Vision, destaca que Paulo redefine justiça e justificação em termos da fidelidade de Deus, que oferece salvação a todos os povos pela fé.
- James Dunn enfatiza que o conceito da justificação pela fé foi um choque cultural, pois aboliu a distinção judaica-gentílica baseada na lei.
- Leon Morris, em The Epistle to the Romans, explica que a “desobediência” universal estabelece a necessidade da misericórdia e que a fé é o único meio para entrar na aliança com Deus.
6. Aplicação pessoal
- Devemos reconhecer que nossa justificação diante de Deus não depende de obras ou méritos pessoais, mas da fé em Jesus Cristo.
- A salvação é um presente da misericórdia divina, que nos chama a humildade e gratidão.
- A tentação de confiar em nossos esforços deve ser combatida, lembrando que o justo vive pela fé.
- O chamado é para viver em constante dependência da graça, sendo instrumentos de misericórdia no mundo.
7. Tabela Expositiva
Tema
Texto Bíblico
Palavra Grega
Significado / Mensagem
Aplicação Prática
Previsão divina da justificação
Rm 11.32; Gl 3.8-9
προεῖδεν (proeiden)
Deus planejou a justificação pela fé
Confiar no plano soberano de Deus
Obras da lei
Gl 3.10
ἔργα νόμου (erga nomou)
Obras não justificam perante Deus
Evitar o orgulho e confiança nas obras
Condição universal de desobediência
Rm 11.32
ἀπείθεια (apeithia)
Todos estão sob desobediência
Reconhecer a necessidade da misericórdia
Misericórdia divina
Tt 3.5
—
Favor imerecido que concede salvação
Viver em gratidão e humildade
Justificação pela fé
Rm 3.28; Rm 1.17
πίστις (pistis)
Fé que justifica e vivifica o crente
Permanecer na fé para a vida eterna
3 - Deus Justifica os Gentios pela Fé (Rm 11.32; Gl 3.8-9)
1. Deus justifica pela fé — uma escolha soberana
Paulo ensina que Deus “previu” ou “anteviu” (grego: προεῖδεν, proeiden — verbo “prever” ou “conhecer de antemão”) que a justificação diante de Deus seria alcançada pela fé, não pelas obras da lei, estendendo essa promessa a judeus e gentios.
- Essa antecipação divina não é mera previsão humana, mas o plano soberano de Deus para incluir os gentios na salvação.
- A justificação pela fé é universal, para todos os que creem (cf. Rm 3.22), revelando que a salvação não é restrita por etnia ou mérito.
2. A insuficiência das obras e o perigo do orgulho
- As obras (grego: ἔργα νόμου, erga nomou) são dependentes das capacidades humanas, que são limitadas e desiguais.
- Colocar a ênfase nas obras gera um sentimento de orgulho, pois o ser humano tenta se exaltar pela própria justiça, o que desagrada a Deus, que é soberano e exige humildade.
- A Bíblia adverte que “todas as obras da lei são incapazes de justificar diante de Deus” (Gl 2.16).
3. Deus encerrou todos sob desobediência para manifestar misericórdia
- A expressão “Deus encerrou a todos debaixo da desobediência” (Rm 11.32, grego: περιέκλεισεν ἅπαντας εἰς ἀπείθεια) indica que, de modo soberano, Deus permitiu que todos — judeus e gentios — caíssem na condição de desobedientes.
- Isso visa a manifestar a misericórdia divina: um favor imerecido, que é o fundamento da justificação pela fé.
- A misericórdia é a manifestação do amor de Deus para com os pecadores, oferecendo-lhes graça e perdão não pelos seus méritos, mas pela bondade soberana de Deus (Tt 3.5).
4. Implicações teológicas
- A justificação é um ato divino imputado pela fé, sem obras (Rm 3.28).
- Os gentios são co-herdeiros da promessa, através da fé em Cristo (Ef 2.11-22).
- A graça e a misericórdia de Deus garantem que ninguém se vanglorie diante dEle, pois “o justo viverá pela fé” (Rm 1.17; Hb 10.38).
5. Referências acadêmicas cristãs
- N.T. Wright, em Justification: God's Plan & Paul's Vision, destaca que Paulo redefine justiça e justificação em termos da fidelidade de Deus, que oferece salvação a todos os povos pela fé.
- James Dunn enfatiza que o conceito da justificação pela fé foi um choque cultural, pois aboliu a distinção judaica-gentílica baseada na lei.
- Leon Morris, em The Epistle to the Romans, explica que a “desobediência” universal estabelece a necessidade da misericórdia e que a fé é o único meio para entrar na aliança com Deus.
6. Aplicação pessoal
- Devemos reconhecer que nossa justificação diante de Deus não depende de obras ou méritos pessoais, mas da fé em Jesus Cristo.
- A salvação é um presente da misericórdia divina, que nos chama a humildade e gratidão.
- A tentação de confiar em nossos esforços deve ser combatida, lembrando que o justo vive pela fé.
- O chamado é para viver em constante dependência da graça, sendo instrumentos de misericórdia no mundo.
7. Tabela Expositiva
Tema | Texto Bíblico | Palavra Grega | Significado / Mensagem | Aplicação Prática |
Previsão divina da justificação | Rm 11.32; Gl 3.8-9 | προεῖδεν (proeiden) | Deus planejou a justificação pela fé | Confiar no plano soberano de Deus |
Obras da lei | Gl 3.10 | ἔργα νόμου (erga nomou) | Obras não justificam perante Deus | Evitar o orgulho e confiança nas obras |
Condição universal de desobediência | Rm 11.32 | ἀπείθεια (apeithia) | Todos estão sob desobediência | Reconhecer a necessidade da misericórdia |
Misericórdia divina | Tt 3.5 | — | Favor imerecido que concede salvação | Viver em gratidão e humildade |
Justificação pela fé | Rm 3.28; Rm 1.17 | πίστις (pistis) | Fé que justifica e vivifica o crente | Permanecer na fé para a vida eterna |
SUBSÍDIO 2
“Paulo diz que, se Abraão, o pai dos judeus segundo a carne, tivesse sido julgado por obras ou justiça própria, teria que gloriar-se diante de Deus. Porém o que aprendemos é que Abraão foi como qualquer outro homem, pecador e sem justiça nenhuma. Ele foi declarado justo por meio da fé (Rm 4.3). Os judeus vangloriam-se em Abraão e criam que isto lhes garantiria a justificação, apenas por serem ‘filhos de Abraão segundo a carne”. Mas Paulo apresenta dois modos de justificação: por méritos e por graça. A justificação por méritos se baseia nas obras do homem para obter a sua salvação. A justificação por graça baseia-se sobre o princípio da fé. Deus justifica o pecador pela fé. Ele imputa justiça ao que crê, isto é, pela graça de Deus.”
(CABRAL, Elienai. Romanos: O Evangelho da Justiça de Deus. 5.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2005, p.59.)
III- A FÉ COMO FONTE DE VIDA
1- O justo viverá da fé. Essa expressão é oriunda do profeta Habacuque (Hc 2.4). Ele profetizou ao povo de Judá em meio a uma grande corrupção moral e espiritual, e sob a sombra dos ataques dos babilônios. Esses seriam usados pelo Eterno para julgar Judá. Havia hebreus arrogantes naqueles dias, e Deus diz ao profeta que “eis que a sua alma se incha, não é reta nele; mas o justo, pela sua fé, viverá” (Hc 2.4). Essa expressão, de que o justo viverá da fé, também se acha em Romanos que diz: “[…] se descobre a justiça de Deus de fé em fé, como está escrito: Mas o justo viverá da fé” (Rm 1.17). Em mais de uma referência bíblica nos é dito que a fé traz a vida (Hb 10.38).
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
III – A Fé como Fonte de Vida
Base: Habacuque 2:4; Romanos 1:17; Hebreus 10:38
1. O Justo Viverá da Fé — Análise do Texto
A expressão central “o justo viverá da fé” (Habacuque 2:4) é um axioma que Paulo utiliza para fundamentar a doutrina da justificação pela fé, essencial na teologia cristã (cf. Rm 1:17; Hb 10:38).
- Palavra hebraica para "justo" — צַדִּיק (tsaddiq): refere-se àquele que está em conformidade com a justiça de Deus, que vive segundo a retidão divina.
- Palavra hebraica para "vida" — חַיִּים (chayyim): indica não apenas existência física, mas vida plena, vida em comunhão com Deus, a vida eterna.
- Palavra hebraica para "fé" — אֱמוּנָה (emunah): fundamental na teologia hebraica, denota firmeza, fidelidade, constância, confiança plena em Deus — não mera crença intelectual, mas uma confiança ativa e perseverante.
No grego do Novo Testamento:
- “Fé” — πίστις (pistis): confiança, crença e fidelidade dinâmica a Deus.
- “Viver” — ζήσεται (zēsetai): indica um modo de vida contínuo, sustentado e dependente da fé.
Habacuque profetizou num contexto de crise moral e espiritual, prevendo que apesar da corrupção e da violência, o justo, pelo exercício constante da fé, manteria sua vida e comunhão com Deus.
2. Referências Bíblicas e Teológicas
- Romanos 1:17: Paulo cita Habacuque para explicar que a revelação da justiça de Deus acontece “de fé em fé”, indicando crescimento e perseverança na fé como condição para viver diante de Deus.
- Hebreus 10:38: Reafirma que a vida do crente está enraizada na fé, implicando que a fé é vital para suportar provações e permanecer firme.
- N.T. Wright ressalta que a fé no Novo Testamento é uma relação dinâmica com Deus, implicando obediência e confiança, não um mero assentimento intelectual.
- John Stott enfatiza que a fé é a resposta humana que ativa a justiça de Deus em nós, permitindo-nos viver com liberdade e segurança.
3. Aplicação Pessoal
- A vida cristã é sustentada pela fé contínua em Deus, especialmente em meio às adversidades.
- A fé não é um ponto inicial isolado, mas uma jornada diária que sustenta e transforma o crente.
- A confiança firme e perseverante em Deus nos conduz a uma vida reta e cheia de propósito, apesar dos desafios morais e espirituais do mundo.
- A certeza da justiça divina deve nos motivar a confiar não nas obras, mas na fidelidade de Deus para nossa salvação e santificação.
4. Tabela Expositiva
Tema
Texto Bíblico
Palavra Original
Significado / Implicação
Aplicação Prática
O Justo
Habacuque 2:4
צַדִּיק (tsaddiq)
Pessoa em retidão, justa diante de Deus
Buscar viver com integridade e obediência
Viver
Habacuque 2:4
חַיִּים (chayyim)
Vida plena, comunhão vital com Deus
Cultivar vida espiritual constante
Fé
Habacuque 2:4; Rm 1:17
אֱמוּנָה (emunah), πίστις (pistis)
Confiança fiel, perseverante e ativa em Deus
Perseverar confiando em Deus diariamente
Revelação da justiça
Romanos 1:17
δικαιοσύνη (dikaiosynē)
Justiça de Deus manifestada na fé
Entender a fé como base da justiça divina
Perseverança na fé
Hebreus 10:38
ἔχειν πίστιν (echein pistin)
Manter firme a confiança em Deus
Enfrentar dificuldades com confiança ativa
III – A Fé como Fonte de Vida
Base: Habacuque 2:4; Romanos 1:17; Hebreus 10:38
1. O Justo Viverá da Fé — Análise do Texto
A expressão central “o justo viverá da fé” (Habacuque 2:4) é um axioma que Paulo utiliza para fundamentar a doutrina da justificação pela fé, essencial na teologia cristã (cf. Rm 1:17; Hb 10:38).
- Palavra hebraica para "justo" — צַדִּיק (tsaddiq): refere-se àquele que está em conformidade com a justiça de Deus, que vive segundo a retidão divina.
- Palavra hebraica para "vida" — חַיִּים (chayyim): indica não apenas existência física, mas vida plena, vida em comunhão com Deus, a vida eterna.
- Palavra hebraica para "fé" — אֱמוּנָה (emunah): fundamental na teologia hebraica, denota firmeza, fidelidade, constância, confiança plena em Deus — não mera crença intelectual, mas uma confiança ativa e perseverante.
No grego do Novo Testamento:
- “Fé” — πίστις (pistis): confiança, crença e fidelidade dinâmica a Deus.
- “Viver” — ζήσεται (zēsetai): indica um modo de vida contínuo, sustentado e dependente da fé.
Habacuque profetizou num contexto de crise moral e espiritual, prevendo que apesar da corrupção e da violência, o justo, pelo exercício constante da fé, manteria sua vida e comunhão com Deus.
2. Referências Bíblicas e Teológicas
- Romanos 1:17: Paulo cita Habacuque para explicar que a revelação da justiça de Deus acontece “de fé em fé”, indicando crescimento e perseverança na fé como condição para viver diante de Deus.
- Hebreus 10:38: Reafirma que a vida do crente está enraizada na fé, implicando que a fé é vital para suportar provações e permanecer firme.
- N.T. Wright ressalta que a fé no Novo Testamento é uma relação dinâmica com Deus, implicando obediência e confiança, não um mero assentimento intelectual.
- John Stott enfatiza que a fé é a resposta humana que ativa a justiça de Deus em nós, permitindo-nos viver com liberdade e segurança.
3. Aplicação Pessoal
- A vida cristã é sustentada pela fé contínua em Deus, especialmente em meio às adversidades.
- A fé não é um ponto inicial isolado, mas uma jornada diária que sustenta e transforma o crente.
- A confiança firme e perseverante em Deus nos conduz a uma vida reta e cheia de propósito, apesar dos desafios morais e espirituais do mundo.
- A certeza da justiça divina deve nos motivar a confiar não nas obras, mas na fidelidade de Deus para nossa salvação e santificação.
4. Tabela Expositiva
Tema | Texto Bíblico | Palavra Original | Significado / Implicação | Aplicação Prática |
O Justo | Habacuque 2:4 | צַדִּיק (tsaddiq) | Pessoa em retidão, justa diante de Deus | Buscar viver com integridade e obediência |
Viver | Habacuque 2:4 | חַיִּים (chayyim) | Vida plena, comunhão vital com Deus | Cultivar vida espiritual constante |
Fé | Habacuque 2:4; Rm 1:17 | אֱמוּנָה (emunah), πίστις (pistis) | Confiança fiel, perseverante e ativa em Deus | Perseverar confiando em Deus diariamente |
Revelação da justiça | Romanos 1:17 | δικαιοσύνη (dikaiosynē) | Justiça de Deus manifestada na fé | Entender a fé como base da justiça divina |
Perseverança na fé | Hebreus 10:38 | ἔχειν πίστιν (echein pistin) | Manter firme a confiança em Deus | Enfrentar dificuldades com confiança ativa |
2- Aquele que não permanecer nessas coisas. Uma das mais sérias realidades da vida cristã é a necessidade de perseverança daqueles que aceitaram a Jesus. Não estamos mais sujeitos ao pecado, e nossa liberdade é para viver no Espírito e não pecar. Esse exercício, porém, deve ser constante e permanente. A permanência e a constância são virtudes que devemos
cultivar, e na direção certa. Os gálatas estavam sendo inconstantes no tocante ao Evangelho que haviam recebido, e ao se apoiarem na guarda da Lei, não somente se colocavam debaixo de um jugo, mas também de uma maldição. Pior que isso, não praticar a Lei na in-tegra torna a pessoa maldita: “Maldito aquele que não confirmar as palavras desta lei, não as cumprindo. E todo o povo dirá: Amém” (Dt 27.26). Os gálatas não precisavam nem deviam guardar os preceitos judaicos, primeiro porque não eram judeus; segundo, porque se colocavam debaixo de uma maldição, e terceiro, porque não conseguiriam praticar toda a Lei, tornando-se, portanto, culpados.
3- Cristo é a posteridade de Abraão. A descendência de Abraão é Cristo, e através dEle, judeus e gentios são alcançados pela fé. Em Cristo, e não na guarda da Lei, temos a possibilidade de ser feitos filhos de Deus por adoção, e herdeiros da eternidade não pelos nossos méritos, mas pelo mérito de Cristo. Foi o que Ele fez, e não o que tentamos fazer, que nos garante o acesso a Deus.
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
A Perseverança na Fé e a Identidade em Cristo
Base: Gálatas 3.10-14; Deuteronômio 27.26; Gálatas 3.16
2. Aquele que não permanecer nessas coisas
A perseverança é um chamado essencial na vida cristã. Paulo adverte os gálatas sobre os riscos da inconstância na fé e na prática do Evangelho que receberam.
- Palavra grega para “permanecer” — μένω (menō): significa “permanecer”, “ficar”, “persistir” no estado, condição ou ação. Na teologia paulina, indica a contínua adesão à fé em Cristo e à vida no Espírito.
- “Maluco” (maldição) — ἀνάθεμα (anathema): termo forte que designa alguém separado, condenado, excluído da bênção divina, de acordo com a Lei (cf. Dt 27.26).
Paulo cita Deuteronômio para ressaltar que quem não observa toda a Lei, mas apenas parte dela, está sob maldição, pois a Lei é indivisível. A tentativa dos gálatas de voltar à guarda da Lei não apenas os afastava da liberdade em Cristo, mas também os colocava sob um jugo pesado e sob a condenação da Lei.
- Além disso, a Lei, por si só, não pode justificar, porque ninguém pode cumpri-la perfeitamente (Gl 3.10-11).
- A verdadeira liberdade cristã é vivida no Espírito (pneuma), não sob o jugo da Lei.
3. Cristo é a posteridade de Abraão
Paulo reafirma que a descendência (σπέρμα — sperma) de Abraão é Cristo (Gl 3.16), uma referência singular e definitiva.
- σπέρμα (sperma): termo que pode significar “sementes” no plural ou “descendente” no singular; Paulo enfatiza o singular, identificando Cristo como o cumprimento da promessa a Abraão.
- Por meio de Cristo, a bênção da promessa abrange todos — judeus e gentios — pela fé.
- Em Cristo, somos feitos filhos de Deus por adoção (cf. Gl 4.5), não por obras ou observância da Lei, mas pelo mérito da obra redentora de Jesus.
Isso rompe a barreira étnica e ritual, unindo todos os crentes na mesma família espiritual, garantindo a herança da vida eterna pela fé.
Referências Acadêmicas Cristãs
- F. F. Bruce observa que a Lei serve para conduzir à fé, mas não para justificar, porque a justificação é um ato de Deus pela fé em Cristo.
- James Dunn enfatiza que a fé é o único caminho para a bênção prometida a Abraão e seus descendentes, independentemente de observância legalista.
- John Stott destaca que o cristão não deve voltar a um jugo de escravidão legalista, pois Cristo nos libertou para uma vida nova no Espírito.
Aplicação Pessoal
- Somos chamados a permanecer firmes na fé em Cristo, evitando retroceder a práticas que nos colocam sob condenação.
- A vida cristã requer perseverança diária, consciente da graça e da liberdade que Cristo nos concede.
- Devemos reconhecer que nossa identidade e herança estão em Cristo, e não em nossa observância de regras ou tradições humanas.
- Vivamos com a segurança de que o acesso a Deus é garantido pelo sacrifício de Jesus, o único mérito que nos justifica.
Tabela Expositiva
Tema
Texto Bíblico
Palavra Original
Significado / Implicação
Aplicação Prática
Permanecer na fé
Gálatas 3.10
μένω (menō)
Persistir, continuar firme
Cultivar constância e firmeza na fé
Maldição por não cumprir a Lei
Deuteronômio 27.26
ἀνάθεμα (anathema)
Separação e condenação divina
Evitar legalismos que levam à condenação
Descendência singular de Abraão
Gálatas 3.16
σπέρμα (sperma)
Cristo como o descendente prometido
Firmar a esperança na obra e pessoa de Cristo
Justiça pela fé
Gálatas 3.11
δικαιοσύνη (dikaiosynē)
Justificação pela fé, não pela Lei
Confiar exclusivamente na graça de Deus
A Perseverança na Fé e a Identidade em Cristo
Base: Gálatas 3.10-14; Deuteronômio 27.26; Gálatas 3.16
2. Aquele que não permanecer nessas coisas
A perseverança é um chamado essencial na vida cristã. Paulo adverte os gálatas sobre os riscos da inconstância na fé e na prática do Evangelho que receberam.
- Palavra grega para “permanecer” — μένω (menō): significa “permanecer”, “ficar”, “persistir” no estado, condição ou ação. Na teologia paulina, indica a contínua adesão à fé em Cristo e à vida no Espírito.
- “Maluco” (maldição) — ἀνάθεμα (anathema): termo forte que designa alguém separado, condenado, excluído da bênção divina, de acordo com a Lei (cf. Dt 27.26).
Paulo cita Deuteronômio para ressaltar que quem não observa toda a Lei, mas apenas parte dela, está sob maldição, pois a Lei é indivisível. A tentativa dos gálatas de voltar à guarda da Lei não apenas os afastava da liberdade em Cristo, mas também os colocava sob um jugo pesado e sob a condenação da Lei.
- Além disso, a Lei, por si só, não pode justificar, porque ninguém pode cumpri-la perfeitamente (Gl 3.10-11).
- A verdadeira liberdade cristã é vivida no Espírito (pneuma), não sob o jugo da Lei.
3. Cristo é a posteridade de Abraão
Paulo reafirma que a descendência (σπέρμα — sperma) de Abraão é Cristo (Gl 3.16), uma referência singular e definitiva.
- σπέρμα (sperma): termo que pode significar “sementes” no plural ou “descendente” no singular; Paulo enfatiza o singular, identificando Cristo como o cumprimento da promessa a Abraão.
- Por meio de Cristo, a bênção da promessa abrange todos — judeus e gentios — pela fé.
- Em Cristo, somos feitos filhos de Deus por adoção (cf. Gl 4.5), não por obras ou observância da Lei, mas pelo mérito da obra redentora de Jesus.
Isso rompe a barreira étnica e ritual, unindo todos os crentes na mesma família espiritual, garantindo a herança da vida eterna pela fé.
Referências Acadêmicas Cristãs
- F. F. Bruce observa que a Lei serve para conduzir à fé, mas não para justificar, porque a justificação é um ato de Deus pela fé em Cristo.
- James Dunn enfatiza que a fé é o único caminho para a bênção prometida a Abraão e seus descendentes, independentemente de observância legalista.
- John Stott destaca que o cristão não deve voltar a um jugo de escravidão legalista, pois Cristo nos libertou para uma vida nova no Espírito.
Aplicação Pessoal
- Somos chamados a permanecer firmes na fé em Cristo, evitando retroceder a práticas que nos colocam sob condenação.
- A vida cristã requer perseverança diária, consciente da graça e da liberdade que Cristo nos concede.
- Devemos reconhecer que nossa identidade e herança estão em Cristo, e não em nossa observância de regras ou tradições humanas.
- Vivamos com a segurança de que o acesso a Deus é garantido pelo sacrifício de Jesus, o único mérito que nos justifica.
Tabela Expositiva
Tema | Texto Bíblico | Palavra Original | Significado / Implicação | Aplicação Prática |
Permanecer na fé | Gálatas 3.10 | μένω (menō) | Persistir, continuar firme | Cultivar constância e firmeza na fé |
Maldição por não cumprir a Lei | Deuteronômio 27.26 | ἀνάθεμα (anathema) | Separação e condenação divina | Evitar legalismos que levam à condenação |
Descendência singular de Abraão | Gálatas 3.16 | σπέρμα (sperma) | Cristo como o descendente prometido | Firmar a esperança na obra e pessoa de Cristo |
Justiça pela fé | Gálatas 3.11 | δικαιοσύνη (dikaiosynē) | Justificação pela fé, não pela Lei | Confiar exclusivamente na graça de Deus |
SUBSIDIO 3
“Paulo cita Hc 2.4 para mostrar como uma pessoa é justificada pela fé (cf. Rm 1.17), e não pelas obras. O profeta Habacuque enfatiza que aquele que é justificado pela fé possui a verdadeira justiça interior (isto é, um relacionamento correto com Deus, com respeito ao caráter, às atitudes e ações e à capacidade de agir corretamente, segundo os seus padrões). (Bíblia de Estudo Pentecostal para Jovens. Rio de Janeiro: CPAD, 2023, p. 1627.)
CONCLUSÃO
Todos podemos ser tentados a acrescentar alguma coisa ao Evangelho de Jesus. Podemos não fazer isso na doutrina, mas fazê-lo na nossa prática de vida, criando crendices e hábitos que vão contra a Palavra de Deus. O Eterno espera que o que recebemos de Deus seja defendido e mantido a todo custo: O Sacrifício de Jesus é suficiente para a nossa salvação, e que quando optamos por observar práticas que a Bíblia não diz, estamos acrescentando ao Evangelho coisas que Deus jamais planejou para a sua Igreja
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
Conclusão: A Suficiência do Evangelho de Jesus e o Perigo de Acrescentar Algo a Ele
1. Tentação de acrescentar ao Evangelho
É uma realidade humana e espiritual a tentação de acrescentar algo ao Evangelho, seja na doutrina ou na prática. Essa adição pode ocorrer por meio de tradições humanas, crendices ou hábitos religiosos que não têm respaldo bíblico, comprometendo a pureza da fé.
- Palavra grega para “acrescentar” — προστίθημι (prostithēmi): significa “adicionar”, “juntar”, “acrescentar”. No contexto bíblico, há uma forte advertência contra adicionar ou subtrair da Palavra de Deus (cf. Apocalipse 22:18-19).
- Paulo, em suas cartas, combate vigorosamente os judaizantes que tentavam acrescentar a Lei à salvação pela fé (Gl 1.6-9; 5.1-6), mostrando que tal prática destrói a graça e transforma a salvação em uma obra humana.
2. A suficiência do sacrifício de Jesus
O sacrifício de Jesus Cristo é o fundamento e a totalidade da salvação para o crente.
- “Suficiente” — ἱκανός (hikanos): capaz, suficiente, adequado para a finalidade. O sacrifício de Cristo é ἱκανός para perdoar pecados, reconciliar com Deus e garantir a vida eterna (Hb 10:12; Rm 5:9).
- A justificação é pela graça mediante a fé no sacrifício perfeito de Jesus, não por obras ou adições humanas (Ef 2:8-9).
- Acrescentar práticas ou regras humanas pode levar à "lei da salvação" que escraviza e invalida a obra redentora (Gl 3:10-14).
3. Guardar e defender o Evangelho como legado
Deus espera que a Igreja defenda e mantenha o Evangelho puro (Judas 3), pois dele depende a verdadeira vida cristã.
- O apóstolo João adverte contra aqueles que “procuram desviar-vos do ensino que recebestes” (2Jo 1:9-11).
- A pureza do Evangelho deve ser preservada com zelo e fidelidade, resistindo a falsas doutrinas e práticas enganosas.
- Como cristãos, somos chamados a guardar a verdade recebida, sem distorcê-la para agradar a cultura ou tradições humanas (2Tm 1:13-14).
Aplicação Pessoal
- Examine sua vida e sua comunidade para identificar práticas ou ensinamentos que possam ser acréscimos não bíblicos ao Evangelho.
- Valorize e proclame a suficiência do sacrifício de Cristo como base da salvação, evitando legalismos ou práticas que desviam do Evangelho.
- Persevere em proteger a pureza da mensagem cristã, tanto em palavras quanto em ações, para que a fé genuína floresça.
Tabela Expositiva
Tema
Texto Bíblico
Palavra Original
Significado / Implicação
Aplicação Prática
Acrescentar ao Evangelho
Apocalipse 22:18-19
προστίθημι (prostithēmi)
Adicionar ou juntar, proibido na Escritura
Evitar crendices e tradições não bíblicas
Suficiência do sacrifício de Cristo
Hebreus 10:12; Romanos 5:9
ἱκανός (hikanos)
Capaz, suficiente, adequado para salvação
Confiar exclusivamente na obra redentora de Jesus
Defender o Evangelho puro
Judas 3; 2 João 1:9-11
—
Preservar a verdade recebida
Zelo e fidelidade na fé e na doutrina
Conclusão: A Suficiência do Evangelho de Jesus e o Perigo de Acrescentar Algo a Ele
1. Tentação de acrescentar ao Evangelho
É uma realidade humana e espiritual a tentação de acrescentar algo ao Evangelho, seja na doutrina ou na prática. Essa adição pode ocorrer por meio de tradições humanas, crendices ou hábitos religiosos que não têm respaldo bíblico, comprometendo a pureza da fé.
- Palavra grega para “acrescentar” — προστίθημι (prostithēmi): significa “adicionar”, “juntar”, “acrescentar”. No contexto bíblico, há uma forte advertência contra adicionar ou subtrair da Palavra de Deus (cf. Apocalipse 22:18-19).
- Paulo, em suas cartas, combate vigorosamente os judaizantes que tentavam acrescentar a Lei à salvação pela fé (Gl 1.6-9; 5.1-6), mostrando que tal prática destrói a graça e transforma a salvação em uma obra humana.
2. A suficiência do sacrifício de Jesus
O sacrifício de Jesus Cristo é o fundamento e a totalidade da salvação para o crente.
- “Suficiente” — ἱκανός (hikanos): capaz, suficiente, adequado para a finalidade. O sacrifício de Cristo é ἱκανός para perdoar pecados, reconciliar com Deus e garantir a vida eterna (Hb 10:12; Rm 5:9).
- A justificação é pela graça mediante a fé no sacrifício perfeito de Jesus, não por obras ou adições humanas (Ef 2:8-9).
- Acrescentar práticas ou regras humanas pode levar à "lei da salvação" que escraviza e invalida a obra redentora (Gl 3:10-14).
3. Guardar e defender o Evangelho como legado
Deus espera que a Igreja defenda e mantenha o Evangelho puro (Judas 3), pois dele depende a verdadeira vida cristã.
- O apóstolo João adverte contra aqueles que “procuram desviar-vos do ensino que recebestes” (2Jo 1:9-11).
- A pureza do Evangelho deve ser preservada com zelo e fidelidade, resistindo a falsas doutrinas e práticas enganosas.
- Como cristãos, somos chamados a guardar a verdade recebida, sem distorcê-la para agradar a cultura ou tradições humanas (2Tm 1:13-14).
Aplicação Pessoal
- Examine sua vida e sua comunidade para identificar práticas ou ensinamentos que possam ser acréscimos não bíblicos ao Evangelho.
- Valorize e proclame a suficiência do sacrifício de Cristo como base da salvação, evitando legalismos ou práticas que desviam do Evangelho.
- Persevere em proteger a pureza da mensagem cristã, tanto em palavras quanto em ações, para que a fé genuína floresça.
Tabela Expositiva
Tema | Texto Bíblico | Palavra Original | Significado / Implicação | Aplicação Prática |
Acrescentar ao Evangelho | Apocalipse 22:18-19 | προστίθημι (prostithēmi) | Adicionar ou juntar, proibido na Escritura | Evitar crendices e tradições não bíblicas |
Suficiência do sacrifício de Cristo | Hebreus 10:12; Romanos 5:9 | ἱκανός (hikanos) | Capaz, suficiente, adequado para salvação | Confiar exclusivamente na obra redentora de Jesus |
Defender o Evangelho puro | Judas 3; 2 João 1:9-11 | — | Preservar a verdade recebida | Zelo e fidelidade na fé e na doutrina |
HORA DA REVISÃO
1- Segundo a lição, como Paulo se dirige aos crentes na introdução da Carta?
Paulo se dirige aos crentes na introdução da Carta como irmãos (Gl 1.1), mas aqui, ele fala de um jeito menos amistoso, chamando-os de “insensatos gálatas” (Gl 3.1).
2- O que significa a palavra “fascinação”?
A palavra fascinação significa “forte atração por algo ou por alguém
3- De acordo com a lição, qual o significado da palavra “representado” em grego?
A palavra representada é prographo, pintado. Era como se a pregação de Paulo fosse uma obra de arte, uma pintura, apresentando Cristo como crucificado, e eles haviam enxergado dessa mesma forma.
4- Como Abraão foi justificado?
Abraão, de onde provêm os judeus, foi considerado justo e isso se deu pela fé.
5- Qual o instrumento de Deus previsto para justificar judeus e gentios?
Paulo menciona que Deus havia previsto que a fé seria o instrumento para que os pecadores, judeus ou gentios, fossem declarados justos diante de Deus. Deus escolhe a fé, e não as obras, para justificar uma pessoa.
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EBD 3° Trimestre De 2025 | CPAD Adultos – TEMA: A IGREJA EM JERUSALÉM: Doutrina, Comunhão e Fé: A Base para o Crescimento da Igreja em meio às Perseguições | Escola Biblica Dominical | Lição 01: A Igreja que nasceu no Pentecostes
Quem compromete-se com a EBD não inventa histórias, mas fala o que está escrito na Bíblia!
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