SUPLEMENTO EXCLUSIVO DO PROFESSOR Afora o suplemento do professor, todo o conteúdo de cada lição é igual para alunos e mestres, inclusive o ...
SUPLEMENTO EXCLUSIVO DO PROFESSOR
Afora o suplemento do professor, todo o conteúdo de cada lição é igual para alunos e mestres, inclusive o número da página.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Em Jeremias 25 a 29 há 133 versos. Sugerimos começar a aula lendo, com os alunos, Jeremias 29.1-14 (5 a 7 min.). A revista funciona como guia de estudo e leitura complementar, mas não substitui a leitura da Bíblia. Esta lição apresenta a fidelidade de Deus ao disciplinar Seu povo, ao mesmo tempo em que preserva a esperança da restauração. O professor deve explicar que a profecia dos 70 anos revela que Deus tem controle sobre o tempo e os processos de correção.
Mostre que Jeremias foi ameaçado por anunciar a verdade, mas manteve-se firme, contrastando com a atuação dos falsos profetas. A carta aos exilados ensina que mesmo longe da terra, o povo deveria viver com dignidade e esperança, pois o exílio não anula os planos de Deus. Oriente os alunos a confiarem que, mesmo nos períodos difíceis, Deus continua trabalhando para o bem de Seu povo. Enfatiza que viver segundo a vontade de Deus em qualquer circunstância é um testemunho de fé e fidelidade.
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OBJETIVOS
Interpretar o simbolismo da parábola do oleiro.
Reconhecer a soberania de Deus sobre a vida e a história humana.
Submeter-se ao agir transformador de Deus como vaso em Abe Suas mãos.
PARA COMEÇAR A AULA
Peça à turma que escreva em pedaços de papel quais seriam seus sentimentos se fossem exilados, vivendo longe de casa e da rotina familiar (ex.: medo, saudade, incerteza, tristeza, esperança). Cole ou espalhe esses papéis em um quadro ou mural. Depois, leia com eles o trecho de Jeremias 29.11 e peça que escrevam agora, em outros papéis, promessas ou palavras de Deus que trazem esperança mesmo em tempos difíceis. Ao final, monte um painel misturando os sentimentos humanos e as promessas divinas, mostrando que mesmo no sofrimento Deus tem propósito, consolo e planos de paz.
DINAMICA EXTRA
Comentário de Hubner Braz
Dinâmica: “Cativeiro e Esperança – Vivendo a Mensagem de Jeremias”
Objetivo
Levar os participantes a refletirem sobre o contexto histórico do cativeiro babilônico, a mensagem de Jeremias aos exilados, e aplicar a esperança e a fidelidade de Deus em suas vidas hoje.
Material necessário
- Cartões com versículos-chave de Jeremias 25 a 29 (impressos ou escritos)
- Papel e canetas para os participantes
- Quadro branco ou flip chart para anotar pontos
Passo a passo
1. Introdução rápida (5 minutos)
- Explique brevemente o contexto histórico: o povo de Israel no cativeiro na Babilônia, e como Jeremias envia uma carta de esperança aos exilados.
- Destaque a importância da mensagem de perseverança e da promessa dos 70 anos de cativeiro.
2. Leitura dividida em grupos (15 minutos)
- Divida o grupo em pequenos grupos de 3 a 5 pessoas.
- Distribua os cartões com diferentes versículos ou passagens-chave (ex: Jeremias 25:11-12; 29:4-7; 29:10-14).
- Cada grupo deve ler, discutir o significado do texto e preparar uma breve explicação para compartilhar.
3. Compartilhamento e debate (15 minutos)
- Cada grupo apresenta o que entendeu da passagem e o que acham que Deus está dizendo naquela mensagem.
- No quadro, anote palavras-chave que surgirem: esperança, exílio, oração, futuro, promessa, etc.
4. Aplicação pessoal (10 minutos)
- Peça que cada participante reflita sobre “qual é o meu cativeiro hoje?” (situações difíceis, desafios, provações).
- Cada um escreve numa folha uma “carta de Jeremias” para si mesmo, com palavras de encorajamento e promessa de Deus.
- Quem quiser pode compartilhar com o grupo.
5. Oração final (5 minutos)
- Ore pedindo que Deus fortaleça cada um na sua caminhada, como fortaleceu os exilados na Babilônia.
Dicas
- Estimule o uso do versículo Jeremias 29:11 (“Porque eu bem sei os pensamentos que penso de vós...”) como tema central da esperança.
- Caso o grupo seja grande, faça rodízios para que mais pessoas participem.
Dinâmica: “Cativeiro e Esperança – Vivendo a Mensagem de Jeremias”
Objetivo
Levar os participantes a refletirem sobre o contexto histórico do cativeiro babilônico, a mensagem de Jeremias aos exilados, e aplicar a esperança e a fidelidade de Deus em suas vidas hoje.
Material necessário
- Cartões com versículos-chave de Jeremias 25 a 29 (impressos ou escritos)
- Papel e canetas para os participantes
- Quadro branco ou flip chart para anotar pontos
Passo a passo
1. Introdução rápida (5 minutos)
- Explique brevemente o contexto histórico: o povo de Israel no cativeiro na Babilônia, e como Jeremias envia uma carta de esperança aos exilados.
- Destaque a importância da mensagem de perseverança e da promessa dos 70 anos de cativeiro.
2. Leitura dividida em grupos (15 minutos)
- Divida o grupo em pequenos grupos de 3 a 5 pessoas.
- Distribua os cartões com diferentes versículos ou passagens-chave (ex: Jeremias 25:11-12; 29:4-7; 29:10-14).
- Cada grupo deve ler, discutir o significado do texto e preparar uma breve explicação para compartilhar.
3. Compartilhamento e debate (15 minutos)
- Cada grupo apresenta o que entendeu da passagem e o que acham que Deus está dizendo naquela mensagem.
- No quadro, anote palavras-chave que surgirem: esperança, exílio, oração, futuro, promessa, etc.
4. Aplicação pessoal (10 minutos)
- Peça que cada participante reflita sobre “qual é o meu cativeiro hoje?” (situações difíceis, desafios, provações).
- Cada um escreve numa folha uma “carta de Jeremias” para si mesmo, com palavras de encorajamento e promessa de Deus.
- Quem quiser pode compartilhar com o grupo.
5. Oração final (5 minutos)
- Ore pedindo que Deus fortaleça cada um na sua caminhada, como fortaleceu os exilados na Babilônia.
Dicas
- Estimule o uso do versículo Jeremias 29:11 (“Porque eu bem sei os pensamentos que penso de vós...”) como tema central da esperança.
- Caso o grupo seja grande, faça rodízios para que mais pessoas participem.
LEITURA ADICIONAL
Texto Áureo
“Eu é que sei que pensamentos tenho a vosso respeito, diz o Senhor, pensamentos de paz e não de mal, para vos dar o fim que desejais.” Jr 29.11
Leitura Bíblica Com Todos
Jeremias 29.1-14
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
Texto Áureo: Jeremias 29.11
“Eu é que sei que pensamentos tenho a vosso respeito, diz o Senhor, pensamentos de paz e não de mal, para vos dar o fim que desejais.” (Jr 29.11)
1. INTRODUÇÃO AO CONTEXTO HISTÓRICO E TEOLOGICO
O capítulo 29 de Jeremias é uma carta profética enviada por Jeremias da parte do Senhor aos exilados judeus que estavam na Babilônia. O exílio ocorreu após a primeira deportação (597 a.C.) sob Nabucodonosor. Jeremias, ainda em Jerusalém, escreve sob inspiração divina, corrigindo as falsas profecias de uma restauração imediata e instruindo o povo a se estabelecer na terra do cativeiro, buscando a paz e o bem-estar da cidade onde estavam.
2. ESTRUTURA DO TEXTO (Jr 29.1-14)
Versículo(s)
Conteúdo Principal
1-3
Introdução da carta e os destinatários
4-7
Instruções divinas para o povo no exílio
8-9
Advertência contra os falsos profetas
10-11
Promessa do tempo determinado e planos de paz
12-14
Chamado ao arrependimento e promessa de restauração
3. ANÁLISE VERSÍCULO A VERSÍCULO COM RAÍZES HEBRAICAS
📖 Jeremias 29.1-3
Comentário: Introdução formal da carta. Ela é enviada por Jeremias, o verdadeiro profeta de Deus, contrastando com os falsos profetas que prometiam retorno imediato.
Termos importantes:
- "Carta" – Hebraico: sepher (סֵפֶר) – indica documento escrito, sugerindo oficialidade e autoridade profética.
📖 Jeremias 29.4-7
Comentário: Deus orienta o povo a edificar casas, plantar hortas, casar-se e buscar o bem da cidade (Babilônia). Em vez de resistirem ou viverem em lamentação, deveriam se adaptar e prosperar.
Termos-chave:
- "Buscar a paz" – Hebraico: shalom (שָׁלוֹם) – paz, bem-estar, plenitude. Aqui, trata-se de uma ordem para contribuir positivamente com o local do exílio, mesmo sendo um ambiente hostil.
- "Orai por ela" – Hebraico: palal (פָּלַל) – interceder, suplicar, clamar por misericórdia. Mostra o papel ativo dos exilados em orar por seus opressores.
Aplicação pessoal: O crente deve buscar a paz e o bem-estar onde Deus o colocou, mesmo em tempos difíceis. Nossa presença deve gerar bênção ao ambiente ao redor (cf. Mt 5.9).
📖 Jeremias 29.8-9
Comentário: Deus adverte contra os falsos profetas e adivinhos que estavam entre os exilados, anunciando mentiras em nome do Senhor.
Termos importantes:
- "Falsos profetas" – Hebraico: nevi’im sheqer (נְבִיאֵי שֶׁקֶר) – literalmente "profetas da mentira". A mentira aqui é perigosa porque dá uma falsa esperança.
- "Sonhos" – Hebraico: chalomot (חֲלוֹמוֹת) – sonhos enganadores, que eles mesmos provocavam, como parte de falsas revelações.
Aplicação pessoal: Devemos discernir as vozes que ouvimos. Nem toda profecia vem de Deus. É preciso basear-se na Palavra revelada (cf. 1 Jo 4.1).
📖 Jeremias 29.10
“Assim diz o Senhor: Certamente que passados setenta anos na Babilônia, vos visitarei...”
Comentário: Deus revela que o exílio durará setenta anos (shiv’im shanah – שִׁבְעִים שָׁנָה), depois dos quais Ele restaurará o povo. Este tempo é um período de disciplina, mas não abandono.
Aplicação pessoal: Deus tem um tempo determinado para todas as coisas. A espera faz parte do processo de maturidade espiritual.
📖 Jeremias 29.11
“Porque eu bem sei os pensamentos que penso de vós, diz o Senhor; pensamentos de paz, e não de mal...”
Análise hebraica:
- "Pensamentos" – Hebraico: machashavot (מַחֲשָׁבוֹת) – planos, intenções, projetos.
- "Paz" – Hebraico: shalom – bem-estar integral.
- "Mal" – Hebraico: ra‘a (רָעָה) – desastre, dano, aflição.
- "Dar o fim que desejais" – Hebraico: latet lachem acharit vetikvah (לָתֵת לָכֶם אַחֲרִית וְתִקְוָה) – “dar a vocês um futuro e uma esperança”.
Comentário: Mesmo em meio ao juízo, o Senhor reafirma que tem um plano de paz e esperança. A disciplina visa restaurar, não destruir.
Aplicação pessoal: Mesmo quando enfrentamos dificuldades por causa dos nossos erros, Deus continua soberano e gracioso, preparando um caminho de restauração (cf. Rm 8.28).
📖 Jeremias 29.12-14
Comentário: O retorno à comunhão com Deus está condicionado ao arrependimento e busca sincera. Deus promete ouvir, deixar-se achar e restaurar.
Termos-chave:
- "Buscar-me-eis" – Hebraico: darashtem (דְּרַשְׁתֶּם) – buscar com diligência, inquirir com fervor.
- "De todo o vosso coração" – Hebraico: bekol levavchem (בְּכָל־לְבַבְכֶם) – sinceridade total, sem reservas.
- "Vos farei voltar" – Hebraico: veshavti (וְשַׁבְתִּי) – restaurar, trazer de volta do cativeiro.
Aplicação pessoal: Deus responde à busca sincera. A restauração começa com arrependimento e clamor. Deus está acessível aos que o buscam com todo o coração (cf. Mt 7.7-8).
4. TABELA EXPOSITIVA DE JEREMIAS 29.1-14
Versículo
Tema
Palavra-chave (hebraico)
Significado
Aplicação
29.1-3
A carta aos exilados
סֵפֶר (sepher)
Carta, livro
A Palavra de Deus é viva e direcionada
29.4-7
Paz no exílio
שָׁלוֹם (shalom)
Paz, bem-estar
Busque o bem mesmo em tempos difíceis
29.8-9
Falsas esperanças
שֶׁקֶר (sheqer)
Mentira, engano
Discernir profecias verdadeiras
29.10
Tempo determinado
שִׁבְעִים (shiv’im)
Setenta
Deus é fiel no tempo certo
29.11
Planos de Deus
מַחֲשָׁבוֹת (machashavot)
Pensamentos, planos
Deus tem um plano de paz
29.12-14
Busca sincera
דָּרַשׁ (darash)
Buscar com zelo
Arrependimento traz restauração
5. APLICAÇÃO FINAL E DEVOCIONAL
Jeremias 29.11 é um versículo muito citado, mas deve ser entendido no contexto da disciplina de Deus ao Seu povo. Mesmo em meio ao cativeiro, Deus não havia desistido de seus filhos. Ele tinha planos de restauração, paz e esperança, mas tudo no tempo certo e por meio de um coração arrependido e sincero.
Essa promessa aponta para o cuidado soberano de Deus com os Seus, mesmo nos momentos mais difíceis. Ele não se esquece dos Seus filhos. A dor pode fazer parte da correção, mas o objetivo é sempre a restauração e o cumprimento de Seus bons planos.
6. REFERÊNCIAS ACADÊMICAS CRISTÃS
- Walton, John H. & Keil, Carl F. – Comentário do Antigo Testamento (CPAD)
- Matthew Henry – Comentário Bíblico Completo
- Bíblia de Estudo Pentecostal – CPAD
- Strong's Concordance Hebraico
- Comentário Bíblico Beacon – CPAD
- Dicionário Internacional de Teologia do Antigo Testamento – Colin Brown
Texto Áureo: Jeremias 29.11
“Eu é que sei que pensamentos tenho a vosso respeito, diz o Senhor, pensamentos de paz e não de mal, para vos dar o fim que desejais.” (Jr 29.11)
1. INTRODUÇÃO AO CONTEXTO HISTÓRICO E TEOLOGICO
O capítulo 29 de Jeremias é uma carta profética enviada por Jeremias da parte do Senhor aos exilados judeus que estavam na Babilônia. O exílio ocorreu após a primeira deportação (597 a.C.) sob Nabucodonosor. Jeremias, ainda em Jerusalém, escreve sob inspiração divina, corrigindo as falsas profecias de uma restauração imediata e instruindo o povo a se estabelecer na terra do cativeiro, buscando a paz e o bem-estar da cidade onde estavam.
2. ESTRUTURA DO TEXTO (Jr 29.1-14)
Versículo(s) | Conteúdo Principal |
1-3 | Introdução da carta e os destinatários |
4-7 | Instruções divinas para o povo no exílio |
8-9 | Advertência contra os falsos profetas |
10-11 | Promessa do tempo determinado e planos de paz |
12-14 | Chamado ao arrependimento e promessa de restauração |
3. ANÁLISE VERSÍCULO A VERSÍCULO COM RAÍZES HEBRAICAS
📖 Jeremias 29.1-3
Comentário: Introdução formal da carta. Ela é enviada por Jeremias, o verdadeiro profeta de Deus, contrastando com os falsos profetas que prometiam retorno imediato.
Termos importantes:
- "Carta" – Hebraico: sepher (סֵפֶר) – indica documento escrito, sugerindo oficialidade e autoridade profética.
📖 Jeremias 29.4-7
Comentário: Deus orienta o povo a edificar casas, plantar hortas, casar-se e buscar o bem da cidade (Babilônia). Em vez de resistirem ou viverem em lamentação, deveriam se adaptar e prosperar.
Termos-chave:
- "Buscar a paz" – Hebraico: shalom (שָׁלוֹם) – paz, bem-estar, plenitude. Aqui, trata-se de uma ordem para contribuir positivamente com o local do exílio, mesmo sendo um ambiente hostil.
- "Orai por ela" – Hebraico: palal (פָּלַל) – interceder, suplicar, clamar por misericórdia. Mostra o papel ativo dos exilados em orar por seus opressores.
Aplicação pessoal: O crente deve buscar a paz e o bem-estar onde Deus o colocou, mesmo em tempos difíceis. Nossa presença deve gerar bênção ao ambiente ao redor (cf. Mt 5.9).
📖 Jeremias 29.8-9
Comentário: Deus adverte contra os falsos profetas e adivinhos que estavam entre os exilados, anunciando mentiras em nome do Senhor.
Termos importantes:
- "Falsos profetas" – Hebraico: nevi’im sheqer (נְבִיאֵי שֶׁקֶר) – literalmente "profetas da mentira". A mentira aqui é perigosa porque dá uma falsa esperança.
- "Sonhos" – Hebraico: chalomot (חֲלוֹמוֹת) – sonhos enganadores, que eles mesmos provocavam, como parte de falsas revelações.
Aplicação pessoal: Devemos discernir as vozes que ouvimos. Nem toda profecia vem de Deus. É preciso basear-se na Palavra revelada (cf. 1 Jo 4.1).
📖 Jeremias 29.10
“Assim diz o Senhor: Certamente que passados setenta anos na Babilônia, vos visitarei...”
Comentário: Deus revela que o exílio durará setenta anos (shiv’im shanah – שִׁבְעִים שָׁנָה), depois dos quais Ele restaurará o povo. Este tempo é um período de disciplina, mas não abandono.
Aplicação pessoal: Deus tem um tempo determinado para todas as coisas. A espera faz parte do processo de maturidade espiritual.
📖 Jeremias 29.11
“Porque eu bem sei os pensamentos que penso de vós, diz o Senhor; pensamentos de paz, e não de mal...”
Análise hebraica:
- "Pensamentos" – Hebraico: machashavot (מַחֲשָׁבוֹת) – planos, intenções, projetos.
- "Paz" – Hebraico: shalom – bem-estar integral.
- "Mal" – Hebraico: ra‘a (רָעָה) – desastre, dano, aflição.
- "Dar o fim que desejais" – Hebraico: latet lachem acharit vetikvah (לָתֵת לָכֶם אַחֲרִית וְתִקְוָה) – “dar a vocês um futuro e uma esperança”.
Comentário: Mesmo em meio ao juízo, o Senhor reafirma que tem um plano de paz e esperança. A disciplina visa restaurar, não destruir.
Aplicação pessoal: Mesmo quando enfrentamos dificuldades por causa dos nossos erros, Deus continua soberano e gracioso, preparando um caminho de restauração (cf. Rm 8.28).
📖 Jeremias 29.12-14
Comentário: O retorno à comunhão com Deus está condicionado ao arrependimento e busca sincera. Deus promete ouvir, deixar-se achar e restaurar.
Termos-chave:
- "Buscar-me-eis" – Hebraico: darashtem (דְּרַשְׁתֶּם) – buscar com diligência, inquirir com fervor.
- "De todo o vosso coração" – Hebraico: bekol levavchem (בְּכָל־לְבַבְכֶם) – sinceridade total, sem reservas.
- "Vos farei voltar" – Hebraico: veshavti (וְשַׁבְתִּי) – restaurar, trazer de volta do cativeiro.
Aplicação pessoal: Deus responde à busca sincera. A restauração começa com arrependimento e clamor. Deus está acessível aos que o buscam com todo o coração (cf. Mt 7.7-8).
4. TABELA EXPOSITIVA DE JEREMIAS 29.1-14
Versículo | Tema | Palavra-chave (hebraico) | Significado | Aplicação |
29.1-3 | A carta aos exilados | סֵפֶר (sepher) | Carta, livro | A Palavra de Deus é viva e direcionada |
29.4-7 | Paz no exílio | שָׁלוֹם (shalom) | Paz, bem-estar | Busque o bem mesmo em tempos difíceis |
29.8-9 | Falsas esperanças | שֶׁקֶר (sheqer) | Mentira, engano | Discernir profecias verdadeiras |
29.10 | Tempo determinado | שִׁבְעִים (shiv’im) | Setenta | Deus é fiel no tempo certo |
29.11 | Planos de Deus | מַחֲשָׁבוֹת (machashavot) | Pensamentos, planos | Deus tem um plano de paz |
29.12-14 | Busca sincera | דָּרַשׁ (darash) | Buscar com zelo | Arrependimento traz restauração |
5. APLICAÇÃO FINAL E DEVOCIONAL
Jeremias 29.11 é um versículo muito citado, mas deve ser entendido no contexto da disciplina de Deus ao Seu povo. Mesmo em meio ao cativeiro, Deus não havia desistido de seus filhos. Ele tinha planos de restauração, paz e esperança, mas tudo no tempo certo e por meio de um coração arrependido e sincero.
Essa promessa aponta para o cuidado soberano de Deus com os Seus, mesmo nos momentos mais difíceis. Ele não se esquece dos Seus filhos. A dor pode fazer parte da correção, mas o objetivo é sempre a restauração e o cumprimento de Seus bons planos.
6. REFERÊNCIAS ACADÊMICAS CRISTÃS
- Walton, John H. & Keil, Carl F. – Comentário do Antigo Testamento (CPAD)
- Matthew Henry – Comentário Bíblico Completo
- Bíblia de Estudo Pentecostal – CPAD
- Strong's Concordance Hebraico
- Comentário Bíblico Beacon – CPAD
- Dicionário Internacional de Teologia do Antigo Testamento – Colin Brown
Verdade Prática
Discernir a vontade de Deus e aceitá-la, mesmo que frustre nossas expectativas, é a chave para a vitória.
INTRODUÇÃO
I- PROFECIA SOBRE O CATIVEIRO 25.1-38
1- Setenta anos de exílio 25.11
2- A ira de Deus sobre as nações 25.15
3- Deus é amor e justiça 25.30
II- PRISÃO E CONFRONTO COM FALSOS PROFETAS 26.1-28.17
1- Ameaça a Jeremias no templo 26.2
2- O jugo babilónio e a resistência 27.12
3- Hananias e sua morte 28.16
III- CARTA AOS CATIVOS 29.1-326
1- Exilados devem viver na Babilónia 29.7
2- Promessa de restauração 29.11
3- Julgamento dos falsos profetas 29.21
APLICAÇÃO PESSOAL
INTRODUÇÃO
Os capítulos 25 a 29 de Jeremias apresentam a profecia dos setenta anos de cativeiro, a soberania de Deus sobre as nações e o conflito entre Jeremias e os falsos profetas. O profeta anuncia o juízo divino, adverte sobre a necessidade de submissão à Babilônia e exorta os exilados a viverem em paz até a restauração prometida. A carta de Jeremias aos cativos reafirma que Deus tem planos de esperança para Seu povo e que, mesmo no exílio, Ele continua guiando aqueles que O buscam de coração.
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
Jeremias 25–29
Tema Central: A Esperança em Meio ao Juízo
1. CONTEXTO HISTÓRICO E PROFÉTICO
Os capítulos 25 a 29 do livro de Jeremias abrangem um dos momentos mais críticos da história de Judá: o início do cativeiro babilônico, o confronto entre o verdadeiro e o falso profetismo, e a reafirmação da soberania de Deus sobre todas as nações.
- Jeremias 25: profetiza que Judá será levada cativa por 70 anos como juízo divino.
- Jeremias 26–28: registra conflitos com falsos profetas como Hananias, que prometiam libertação rápida.
- Jeremias 29: carta enviada aos exilados na Babilônia, com conselhos para que vivam em paz e confiem nos planos de Deus.
2. ANÁLISE DE TERMOS HEBRAICOS IMPORTANTES
a) Setenta anos (Jeremias 25.11)
- Hebraico: שִׁבְעִים שָׁנָה (shiv‘im shanah)
- Significado: número simbólico e literal, indica um período completo de juízo, disciplina e restauração (cf. Dn 9.2).
b) Cativeiro (Jeremias 29.1)
- Hebraico: גּוֹלָה (golah)
- Refere-se aos deportados, exilados. Não é apenas um castigo, mas parte do processo pedagógico divino.
c) Falsos profetas (Jeremias 28.15)
- Hebraico: נְבִיאֵי שֶׁקֶר (nevi’ei sheqer)
- Literalmente: “profetas da mentira”. Anunciavam paz sem arrependimento, contradizendo a palavra do Senhor.
d) Pensamentos de paz (Jeremias 29.11)
- Hebraico: מַחֲשָׁבוֹת שָׁלוֹם (machashavot shalom)
- Significado: planos profundos de bem-estar, prosperidade, plenitude, contrastando com os juízos anteriores.
3. MENSAGEM TEOLOGICAMENTE CENTRAL
Jeremias reafirma uma doutrina essencial: Deus disciplina, mas também restaura. Mesmo quando o povo está sob juízo, Ele continua sendo o Deus da aliança (cf. Lv 26.40-45). Seu propósito é corrigir, redimir e trazer de volta o coração do povo.
✨ “O juízo de Deus nunca é um fim em si mesmo, mas um caminho para a renovação da aliança” – Walter Brueggemann, Theology of the Old Testament
4. APLICAÇÃO PESSOAL
Assim como os judeus exilados, muitas vezes experimentamos “exílios” pessoais — períodos de crise, perda ou disciplina espiritual. O texto nos ensina que:
- Deus não abandonou Seu povo, mesmo longe da “terra prometida”.
- Devemos viver com fé, responsabilidade e esperança, mesmo em tempos difíceis.
- Deus tem um tempo certo para restaurar, e nossa parte é buscar de todo o coração (Jr 29.13).
5. TABELA EXPOSITIVA: JEREMIAS 25–29
Capítulo
Tema Central
Personagens
Palavra-chave (hebraico)
Aplicação
Jr 25
Anúncio dos 70 anos de exílio
Jeremias, Judá
shiv‘im shanah (שִׁבְעִים שָׁנָה) – setenta anos
A disciplina de Deus tem limites definidos
Jr 26
Julgamento do templo e livramento de Jeremias
Jeremias, Sacerdotes
mavet (מָוֶת) – morte
Falar a verdade pode ser perigoso, mas necessário
Jr 27
Julgo da Babilônia como instrumento divino
Jeremias, Zedequias
ol (עוֹל) – jugo
Submissão ao juízo de Deus é sabedoria
Jr 28
Conflito com o falso profeta Hananias
Jeremias, Hananias
sheqer (שֶׁקֶר) – mentira
Nem todo discurso religioso é verdade
Jr 29
Carta de esperança aos exilados
Jeremias, exilados
shalom (שָׁלוֹם) – paz; machashavot (מַחֲשָׁבוֹת) – planos
Deus tem planos de esperança, mesmo no cativeiro
6. REFERÊNCIAS ACADÊMICAS CRISTÃS
- Walter Brueggemann – Theology of the Old Testament
- John H. Walton & Victor Matthews – The IVP Bible Background Commentary: Old Testament
- Comentário Bíblico Beacon – CPAD
- Dicionário Internacional de Teologia do Antigo Testamento – Colin Brown
- Bíblia de Estudo de Genebra
- Bíblia de Estudo Pentecostal – CPAD
7. CONCLUSÃO
O trecho de Jeremias 25–29 revela que Deus é justo ao disciplinar, mas também misericordioso ao restaurar. Ele não esquece Seu povo, mesmo em meio ao sofrimento. Seu desejo é que O busquemos com sinceridade, porque seus planos são de paz e não de mal. Esse equilíbrio entre juízo e graça é central para entender a natureza de Deus revelada nas Escrituras.
Jeremias 25–29
Tema Central: A Esperança em Meio ao Juízo
1. CONTEXTO HISTÓRICO E PROFÉTICO
Os capítulos 25 a 29 do livro de Jeremias abrangem um dos momentos mais críticos da história de Judá: o início do cativeiro babilônico, o confronto entre o verdadeiro e o falso profetismo, e a reafirmação da soberania de Deus sobre todas as nações.
- Jeremias 25: profetiza que Judá será levada cativa por 70 anos como juízo divino.
- Jeremias 26–28: registra conflitos com falsos profetas como Hananias, que prometiam libertação rápida.
- Jeremias 29: carta enviada aos exilados na Babilônia, com conselhos para que vivam em paz e confiem nos planos de Deus.
2. ANÁLISE DE TERMOS HEBRAICOS IMPORTANTES
a) Setenta anos (Jeremias 25.11)
- Hebraico: שִׁבְעִים שָׁנָה (shiv‘im shanah)
- Significado: número simbólico e literal, indica um período completo de juízo, disciplina e restauração (cf. Dn 9.2).
b) Cativeiro (Jeremias 29.1)
- Hebraico: גּוֹלָה (golah)
- Refere-se aos deportados, exilados. Não é apenas um castigo, mas parte do processo pedagógico divino.
c) Falsos profetas (Jeremias 28.15)
- Hebraico: נְבִיאֵי שֶׁקֶר (nevi’ei sheqer)
- Literalmente: “profetas da mentira”. Anunciavam paz sem arrependimento, contradizendo a palavra do Senhor.
d) Pensamentos de paz (Jeremias 29.11)
- Hebraico: מַחֲשָׁבוֹת שָׁלוֹם (machashavot shalom)
- Significado: planos profundos de bem-estar, prosperidade, plenitude, contrastando com os juízos anteriores.
3. MENSAGEM TEOLOGICAMENTE CENTRAL
Jeremias reafirma uma doutrina essencial: Deus disciplina, mas também restaura. Mesmo quando o povo está sob juízo, Ele continua sendo o Deus da aliança (cf. Lv 26.40-45). Seu propósito é corrigir, redimir e trazer de volta o coração do povo.
✨ “O juízo de Deus nunca é um fim em si mesmo, mas um caminho para a renovação da aliança” – Walter Brueggemann, Theology of the Old Testament
4. APLICAÇÃO PESSOAL
Assim como os judeus exilados, muitas vezes experimentamos “exílios” pessoais — períodos de crise, perda ou disciplina espiritual. O texto nos ensina que:
- Deus não abandonou Seu povo, mesmo longe da “terra prometida”.
- Devemos viver com fé, responsabilidade e esperança, mesmo em tempos difíceis.
- Deus tem um tempo certo para restaurar, e nossa parte é buscar de todo o coração (Jr 29.13).
5. TABELA EXPOSITIVA: JEREMIAS 25–29
Capítulo | Tema Central | Personagens | Palavra-chave (hebraico) | Aplicação |
Jr 25 | Anúncio dos 70 anos de exílio | Jeremias, Judá | shiv‘im shanah (שִׁבְעִים שָׁנָה) – setenta anos | A disciplina de Deus tem limites definidos |
Jr 26 | Julgamento do templo e livramento de Jeremias | Jeremias, Sacerdotes | mavet (מָוֶת) – morte | Falar a verdade pode ser perigoso, mas necessário |
Jr 27 | Julgo da Babilônia como instrumento divino | Jeremias, Zedequias | ol (עוֹל) – jugo | Submissão ao juízo de Deus é sabedoria |
Jr 28 | Conflito com o falso profeta Hananias | Jeremias, Hananias | sheqer (שֶׁקֶר) – mentira | Nem todo discurso religioso é verdade |
Jr 29 | Carta de esperança aos exilados | Jeremias, exilados | shalom (שָׁלוֹם) – paz; machashavot (מַחֲשָׁבוֹת) – planos | Deus tem planos de esperança, mesmo no cativeiro |
6. REFERÊNCIAS ACADÊMICAS CRISTÃS
- Walter Brueggemann – Theology of the Old Testament
- John H. Walton & Victor Matthews – The IVP Bible Background Commentary: Old Testament
- Comentário Bíblico Beacon – CPAD
- Dicionário Internacional de Teologia do Antigo Testamento – Colin Brown
- Bíblia de Estudo de Genebra
- Bíblia de Estudo Pentecostal – CPAD
7. CONCLUSÃO
O trecho de Jeremias 25–29 revela que Deus é justo ao disciplinar, mas também misericordioso ao restaurar. Ele não esquece Seu povo, mesmo em meio ao sofrimento. Seu desejo é que O busquemos com sinceridade, porque seus planos são de paz e não de mal. Esse equilíbrio entre juízo e graça é central para entender a natureza de Deus revelada nas Escrituras.
I- PROFECIA SOBRE O CATIVEIRO (25.1-38)
Jeremias anuncia o juízo divino sobre Judá e as nações vizinhas. Deus decreta setenta anos de exílio na Babilônia, destacando Sua soberania e o propósito disciplinador do cativeiro para restaurar Seu povo.
1- Setenta anos de exílio (25.11) Toda esta terra virá a ser um deserto e um espanto; estas nações servirão ao rei da Babilônia setenta anos.
O fato de Jeremias anunciar o exílio babilônico como juízo de Deus e de especificar o período de setenta anos como tempo estipulado para o seu cumprimento mostram que Deus controla a história. O profeta havia pregado por vinte e três anos, chamando o povo ao arrependimento, mas sua mensagem foi ignorada. Como consequência, Deus declara que Judá serviria ao rei da Babilônia por setenta anos. Este detalhe só é mencionado mais três vezes na bíblia. (Jr 25.12; 29.10 e Dn 9.2). A destruição da terra de Judá, mencionada no texto, é uma forte evidência de que o pecado leva ao caos e à ruína. O povo de Judá rejeitou as advertências proféticas e confiou em alianças políticas, mas nada impediu o juízo divino. Esse anúncio ressalta que Deus é paciente, mas sua justiça não falha. O período de cativeiro seria um tempo de purificação e correção que prepararia um remanescente fiel para o retorno.
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
I – PROFECIA SOBRE O CATIVEIRO (Jr 25.1-38)
Texto-Chave:
“Toda esta terra se tornará um deserto e um espanto, e estas nações servirão ao rei da Babilônia setenta anos.” (Jr 25.11, ARA)
Comentário Bíblico-Teológico
- O Juízo Divino e a Soberania de Deus
- Jeremias, profeta chamado para advertir Judá por cerca de 23 anos, anuncia a consumação do juízo divino: o exílio babilônico.
- A palavra hebraica para “juízo” (מִשְׁפָּט, mishpat) sugere justiça administrativa e penal, indicando que o cativeiro é a justa resposta divina à desobediência.
- O profeta destaca a soberania absoluta de Deus sobre as nações: Ele levanta e derruba reis conforme Seu propósito (Jr 25.9).
- O exílio não é uma derrota acidental, mas uma disciplina planejada para a purificação do povo, preservando um remanescente fiel.
- Setenta Anos de Cativeiro: Um Tempo Determinado
- A expressão “setenta anos” (שְׁבָעִים שָׁנָה, sheva'im shanah) representa um período cronológico específico e simbólico, enfatizando o controle divino sobre a história.
- O número 70 também aparece em outros textos-chave (Jr 25.12; 29.10; Dn 9.2), reforçando a precisão profética e a importância desse período para o cumprimento do propósito redentivo de Deus.
- A palavra hebraica para “servir” (עָבַד, avad) indica submissão e trabalho forçado, ilustrando a humilhação de Judá diante da Babilônia.
- A terra se tornaria um “deserto” (שָׁמָּה, shamah) e “espanto” (מִשְׁמָמָה, mishmamah), palavras que indicam devastação total, abandono e desolação.
- Contexto Histórico e Teológico
- Apesar das advertências e apelos de Jeremias, o povo rejeitou o arrependimento e confiou em alianças políticas com Egito e outras nações, ignorando a vontade de Deus (Jr 25.8).
- O cativeiro serve como disciplina, uma “forja” espiritual para purificar Israel, semelhante ao refinamento do ouro (Is 48.10).
- A paciência de Deus é visível — o povo recebeu numerosas oportunidades para voltar — mas a justiça divina é inevitável (Sl 89.14; Dt 32.4).
Aplicação Pessoal
- Reconhecer que Deus está no controle da história pessoal e coletiva. Mesmo em momentos difíceis, Ele dirige os acontecimentos para o bem e a restauração daqueles que O buscam.
- Entender o propósito redentivo das provações. As dificuldades podem ser instrumentos para o nosso crescimento espiritual e aproximação com Deus.
- Evitar a confiança em soluções humanas ou políticas quando Deus chama ao arrependimento e dependência dEle.
- Buscar um coração arrependido e sensível à voz de Deus, evitando repetir os erros do passado.
Tabela Expositiva
Aspecto
Palavra Hebraica
Significado
Referências Bíblicas
Aplicação Prática
Juízo / Justiça
מִשְׁפָּט (mishpat)
Juízo justo e administrativo
Jr 25.1,9; Sl 89.14; Dt 32.4
Reconhecer a justiça divina em provações
Setenta Anos
שְׁבָעִים שָׁנָה (sheva'im shanah)
Período determinado, controle divino
Jr 25.11,12; 29.10; Dn 9.2
Confiar no tempo e propósito de Deus
Servir / Submissão
עָבַד (avad)
Trabalho forçado, submissão
Jr 25.11
Submeter-se à disciplina de Deus
Terra Desolada
שָׁמָּה / מִשְׁמָמָה (shamah/mishmamah)
Deserto, desolação, abandono
Jr 25.11; Is 6.11; Ez 6.14
Reconhecer as consequências do pecado
Arrependimento
שׁוּב (shuv)
Voltar, arrepender-se
Jr 25.5-7; 26.3; 3.12
Voltar-se para Deus para restauração
I – PROFECIA SOBRE O CATIVEIRO (Jr 25.1-38)
Texto-Chave:
“Toda esta terra se tornará um deserto e um espanto, e estas nações servirão ao rei da Babilônia setenta anos.” (Jr 25.11, ARA)
Comentário Bíblico-Teológico
- O Juízo Divino e a Soberania de Deus
- Jeremias, profeta chamado para advertir Judá por cerca de 23 anos, anuncia a consumação do juízo divino: o exílio babilônico.
- A palavra hebraica para “juízo” (מִשְׁפָּט, mishpat) sugere justiça administrativa e penal, indicando que o cativeiro é a justa resposta divina à desobediência.
- O profeta destaca a soberania absoluta de Deus sobre as nações: Ele levanta e derruba reis conforme Seu propósito (Jr 25.9).
- O exílio não é uma derrota acidental, mas uma disciplina planejada para a purificação do povo, preservando um remanescente fiel.
- Setenta Anos de Cativeiro: Um Tempo Determinado
- A expressão “setenta anos” (שְׁבָעִים שָׁנָה, sheva'im shanah) representa um período cronológico específico e simbólico, enfatizando o controle divino sobre a história.
- O número 70 também aparece em outros textos-chave (Jr 25.12; 29.10; Dn 9.2), reforçando a precisão profética e a importância desse período para o cumprimento do propósito redentivo de Deus.
- A palavra hebraica para “servir” (עָבַד, avad) indica submissão e trabalho forçado, ilustrando a humilhação de Judá diante da Babilônia.
- A terra se tornaria um “deserto” (שָׁמָּה, shamah) e “espanto” (מִשְׁמָמָה, mishmamah), palavras que indicam devastação total, abandono e desolação.
- Contexto Histórico e Teológico
- Apesar das advertências e apelos de Jeremias, o povo rejeitou o arrependimento e confiou em alianças políticas com Egito e outras nações, ignorando a vontade de Deus (Jr 25.8).
- O cativeiro serve como disciplina, uma “forja” espiritual para purificar Israel, semelhante ao refinamento do ouro (Is 48.10).
- A paciência de Deus é visível — o povo recebeu numerosas oportunidades para voltar — mas a justiça divina é inevitável (Sl 89.14; Dt 32.4).
Aplicação Pessoal
- Reconhecer que Deus está no controle da história pessoal e coletiva. Mesmo em momentos difíceis, Ele dirige os acontecimentos para o bem e a restauração daqueles que O buscam.
- Entender o propósito redentivo das provações. As dificuldades podem ser instrumentos para o nosso crescimento espiritual e aproximação com Deus.
- Evitar a confiança em soluções humanas ou políticas quando Deus chama ao arrependimento e dependência dEle.
- Buscar um coração arrependido e sensível à voz de Deus, evitando repetir os erros do passado.
Tabela Expositiva
Aspecto | Palavra Hebraica | Significado | Referências Bíblicas | Aplicação Prática |
Juízo / Justiça | מִשְׁפָּט (mishpat) | Juízo justo e administrativo | Jr 25.1,9; Sl 89.14; Dt 32.4 | Reconhecer a justiça divina em provações |
Setenta Anos | שְׁבָעִים שָׁנָה (sheva'im shanah) | Período determinado, controle divino | Jr 25.11,12; 29.10; Dn 9.2 | Confiar no tempo e propósito de Deus |
Servir / Submissão | עָבַד (avad) | Trabalho forçado, submissão | Jr 25.11 | Submeter-se à disciplina de Deus |
Terra Desolada | שָׁמָּה / מִשְׁמָמָה (shamah/mishmamah) | Deserto, desolação, abandono | Jr 25.11; Is 6.11; Ez 6.14 | Reconhecer as consequências do pecado |
Arrependimento | שׁוּב (shuv) | Voltar, arrepender-se | Jr 25.5-7; 26.3; 3.12 | Voltar-se para Deus para restauração |
2- A ira de Deus sobre as nações (25.15) Assim me disse, pois, o Senhor, o Deus de Israel: Toma da minha mão este cálice do vinho do meu furor e dá-o a beber a todas as nações, às quais eu te enviar.
A metáfora do “cálice da ira” é usada frequentemente na Bíblia para descrever o juízo divino (Sl 75.8; Is 51.17; Ap 14.10). Deus ordena a Jeremias que ofereça esse cálice simbolicamente às nações, incluindo Judá, Babilônia e muitos outros reinos. Isso demonstra que, embora Babilônia fosse o instrumento do juízo divino contra Judá, ela também seria julgada no tempo determinado (25.12). A soberania de Deus sobre as nações fica evidente nessa passagem. Ele não apenas usa reis e impérios para disciplinar seu povo, mas também os responsabiliza por suas ações. Isso nos ensina que nenhum governo está acima da justiça divina. Esse princípio continua atual. Deus não ignora o pecado das nações, e Seu juízo é certo. As nações que vivem em corrupção e violência enfrentarão o cálice da ira divina no tempo apropriado. Essa advertência nos lembra que devemos confiar mais na justiça de Deus do que nas forças políticas e militares deste mundo.
3- Deus é amor e justiça (25.30) O SENHOR ruge do alto, e da sua santa morada fará ouvir a sua voz; ruge fortemente contra a sua morada; dá o seu brado, como os que pisam as uvas, contra todos os moradores da terra.
Jeremias conclui esse capítulo com uma visão aterradora do juízo de Deus. O Senhor é retratado como um leão que ruge, pronto para executar Sua justiça. A imagem de Deus rugindo do alto enfatiza Seu domínio universal e a certeza de Seu julgamento. A descrição do juízo é intensa: o Senhor esmagará os pecadores com as uvas no lagar, eliminando a impiedade da terra. Não haverá escapatória para os rebeldes, pois o juízo será completo. Entretanto, esse juízo não é arbitrário. Ele vem após repetidas oportunidades de arrependimento. Deus sempre chama ao arrependimento antes de executar Seu castigo, desse modo demonstra Seu amor e misericórdia. No entanto, aqueles que endurecem seus corações enfrentarão a consequência de sua rebeldia. Essa mensagem é um alerta para todos nós. Deus é longânimo, mas Seu juízo é certo. O mundo pode ignorar a justiça divina por um tempo, mas no momento determinado, Deus intervirá, ele não pode tolerar o pecado indefinidamente. Sua justiça prevalecerá.
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
2. A Ira de Deus Sobre as Nações (Jr 25.15)
Texto:
“Assim me disse, pois, o Senhor, o Deus de Israel: Toma da minha mão este cálice do vinho do meu furor e dá-o a beber a todas as nações, às quais eu te enviar.” (Jr 25.15, ARA)
Comentário Bíblico-Teológico
- A metáfora do “cálice do furor” (כוס זעם, kos za’am):
O cálice simboliza o juízo e a punição que Deus faz as nações beberem. O verbo beber (שָׁתָה, shatah) implica receber plenamente o castigo. Essa imagem é recorrente na Escritura (Sl 75.8; Is 51.17,22; Ap 14.10; 16.19). O “vinho do furor” representa a justa ira divina contra a maldade e o pecado das nações. - Universalidade do juízo:
Deus não apenas usa a Babilônia como instrumento para disciplinar Judá, mas ela mesma e outras nações serão julgadas. O juízo é soberano e imparcial, mostrando a justiça de Deus que não tolera o pecado, mesmo em seus “instrumentos”. - Soberania sobre as nações e reis:
Deus ordena a Jeremias agir como seu porta-voz para este juízo, reafirmando o domínio divino sobre todas as potências terrenas (cf. Sl 22.28; Dn 4.17). - Relevância contemporânea:
A passagem reforça que nenhum governo ou nação está isento do juízo divino. Corrupção, injustiça e violência atraem a ira de Deus. Assim, a confiança deve estar na justiça divina, e não nas forças humanas.
3. Deus é Amor e Justiça (Jr 25.30)
Texto:
“O SENHOR ruge do alto, e da sua santa morada fará ouvir a sua voz; ruge fortemente contra a sua morada; dá o seu brado, como os que pisam as uvas, contra todos os moradores da terra.” (Jr 25.30, ARA)
Comentário Bíblico-Teológico
- Imagem de Deus como um leão que ruge:
O verbo “ruge” (רָאָה, ra'ah) simboliza poder e autoridade que impõe medo e anuncia julgamento (cf. Am 1.2; Os 11.10). Deus do “alto” (מִמַּעַל, mima'al) evidencia Sua soberania transcendente e Seu juízo que virá de Seu trono celestial. - “Santa morada” (קָדְשׁוֹ, qodsho):
Refere-se ao templo, centro da presença divina em Jerusalém, lugar onde Deus habita entre Seu povo. O juízo contra a “morada” aponta para a manifestação do castigo também dentro da comunidade de Deus, mostrando que ninguém está isento do juízo, inclusive os que profanam a santidade. - A imagem do lagar e das uvas:
O “pisar das uvas” (כִּמְרֹרְסֵי הַגֶּפֶן, kimroreséi hagefen) simboliza o juízo implacável que esmaga o pecado e a maldade como as uvas são esmagadas para fazer vinho, imagem usada também em Apocalipse 14.19-20. - Amor e paciência antes do juízo:
Apesar do juízo iminente, o Senhor é paciente (קֶצֶף, qetsef — ira), dando repetidas oportunidades para arrependimento (2 Pe 3.9). Seu juízo é a expressão de Seu amor e justiça perfeitas: ele disciplina para restaurar, mas pune a persistência no pecado (Hb 12.6). - Aplicação para hoje:
Somos advertidos que a justiça divina não falha, e o pecado não pode ser ignorado. A mensagem é dupla: amar a Deus implica obedecer e arrepender-se, sabendo que o juízo é certo, mas que também há misericórdia para quem se volta para Ele.
Aplicação Pessoal
- Devemos confiar na soberania e justiça de Deus, sabendo que Ele controla a história, mesmo quando enfrentamos injustiças ou crises políticas.
- É importante permanecer em santidade, porque o juízo de Deus começa pela casa dEle (1 Pe 4.17).
- Cultivar um coração arrependido e vigilante, reconhecendo a paciência de Deus, mas também a certeza do juízo.
- Evitar confiar excessivamente nas instituições humanas e políticas, colocando a esperança e fé na justiça divina.
Tabela Expositiva
Tema
Palavra Hebraica / Símbolo
Significado / Uso Bíblico
Referências Bíblicas
Aplicação Prática
Cálice da Ira
כוס זעם (kos za’am)
Juízo divino como vinho amargo a ser bebido
Jr 25.15; Sl 75.8; Is 51.17; Ap 14.10
Reconhecer a justiça de Deus sobre as nações e pecadores
Ira / Fúria Divina
זעם (za’am)
Ira justa e santa de Deus contra o pecado
Jr 25.15; Rm 1.18; Hb 10.31
Temor ao juízo e busca pelo arrependimento
Deus que ruge
ראה (ra'ah)
Poder e autoridade de Deus como leão que ruge
Jr 25.30; Am 1.2; Os 11.10
Reverenciar o poder soberano e justo de Deus
Santa Morada
קדשו (qodsho)
Templo, presença de Deus; local do juízo
Jr 25.30; Ez 43.7; Sl 11.4
Pureza e santidade na vida comunitária e pessoal
Pisando as uvas
מרוסי הגפן (merosei hagefen)
Juízo que esmaga o pecado como uvas no lagar
Jr 25.30; Ap 14.19-20
Convicção do juízo inevitável sobre o pecado
Amor e Justiça de Deus
אהבה (ahavah); צדק (tsedeq)
Deus é amor que disciplina e justiça que pune
2 Pe 3.9; Hb 12.6; Sl 89.14
Viver sob a graça que corrige e restaura
2. A Ira de Deus Sobre as Nações (Jr 25.15)
Texto:
“Assim me disse, pois, o Senhor, o Deus de Israel: Toma da minha mão este cálice do vinho do meu furor e dá-o a beber a todas as nações, às quais eu te enviar.” (Jr 25.15, ARA)
Comentário Bíblico-Teológico
- A metáfora do “cálice do furor” (כוס זעם, kos za’am):
O cálice simboliza o juízo e a punição que Deus faz as nações beberem. O verbo beber (שָׁתָה, shatah) implica receber plenamente o castigo. Essa imagem é recorrente na Escritura (Sl 75.8; Is 51.17,22; Ap 14.10; 16.19). O “vinho do furor” representa a justa ira divina contra a maldade e o pecado das nações. - Universalidade do juízo:
Deus não apenas usa a Babilônia como instrumento para disciplinar Judá, mas ela mesma e outras nações serão julgadas. O juízo é soberano e imparcial, mostrando a justiça de Deus que não tolera o pecado, mesmo em seus “instrumentos”. - Soberania sobre as nações e reis:
Deus ordena a Jeremias agir como seu porta-voz para este juízo, reafirmando o domínio divino sobre todas as potências terrenas (cf. Sl 22.28; Dn 4.17). - Relevância contemporânea:
A passagem reforça que nenhum governo ou nação está isento do juízo divino. Corrupção, injustiça e violência atraem a ira de Deus. Assim, a confiança deve estar na justiça divina, e não nas forças humanas.
3. Deus é Amor e Justiça (Jr 25.30)
Texto:
“O SENHOR ruge do alto, e da sua santa morada fará ouvir a sua voz; ruge fortemente contra a sua morada; dá o seu brado, como os que pisam as uvas, contra todos os moradores da terra.” (Jr 25.30, ARA)
Comentário Bíblico-Teológico
- Imagem de Deus como um leão que ruge:
O verbo “ruge” (רָאָה, ra'ah) simboliza poder e autoridade que impõe medo e anuncia julgamento (cf. Am 1.2; Os 11.10). Deus do “alto” (מִמַּעַל, mima'al) evidencia Sua soberania transcendente e Seu juízo que virá de Seu trono celestial. - “Santa morada” (קָדְשׁוֹ, qodsho):
Refere-se ao templo, centro da presença divina em Jerusalém, lugar onde Deus habita entre Seu povo. O juízo contra a “morada” aponta para a manifestação do castigo também dentro da comunidade de Deus, mostrando que ninguém está isento do juízo, inclusive os que profanam a santidade. - A imagem do lagar e das uvas:
O “pisar das uvas” (כִּמְרֹרְסֵי הַגֶּפֶן, kimroreséi hagefen) simboliza o juízo implacável que esmaga o pecado e a maldade como as uvas são esmagadas para fazer vinho, imagem usada também em Apocalipse 14.19-20. - Amor e paciência antes do juízo:
Apesar do juízo iminente, o Senhor é paciente (קֶצֶף, qetsef — ira), dando repetidas oportunidades para arrependimento (2 Pe 3.9). Seu juízo é a expressão de Seu amor e justiça perfeitas: ele disciplina para restaurar, mas pune a persistência no pecado (Hb 12.6). - Aplicação para hoje:
Somos advertidos que a justiça divina não falha, e o pecado não pode ser ignorado. A mensagem é dupla: amar a Deus implica obedecer e arrepender-se, sabendo que o juízo é certo, mas que também há misericórdia para quem se volta para Ele.
Aplicação Pessoal
- Devemos confiar na soberania e justiça de Deus, sabendo que Ele controla a história, mesmo quando enfrentamos injustiças ou crises políticas.
- É importante permanecer em santidade, porque o juízo de Deus começa pela casa dEle (1 Pe 4.17).
- Cultivar um coração arrependido e vigilante, reconhecendo a paciência de Deus, mas também a certeza do juízo.
- Evitar confiar excessivamente nas instituições humanas e políticas, colocando a esperança e fé na justiça divina.
Tabela Expositiva
Tema | Palavra Hebraica / Símbolo | Significado / Uso Bíblico | Referências Bíblicas | Aplicação Prática |
Cálice da Ira | כוס זעם (kos za’am) | Juízo divino como vinho amargo a ser bebido | Jr 25.15; Sl 75.8; Is 51.17; Ap 14.10 | Reconhecer a justiça de Deus sobre as nações e pecadores |
Ira / Fúria Divina | זעם (za’am) | Ira justa e santa de Deus contra o pecado | Jr 25.15; Rm 1.18; Hb 10.31 | Temor ao juízo e busca pelo arrependimento |
Deus que ruge | ראה (ra'ah) | Poder e autoridade de Deus como leão que ruge | Jr 25.30; Am 1.2; Os 11.10 | Reverenciar o poder soberano e justo de Deus |
Santa Morada | קדשו (qodsho) | Templo, presença de Deus; local do juízo | Jr 25.30; Ez 43.7; Sl 11.4 | Pureza e santidade na vida comunitária e pessoal |
Pisando as uvas | מרוסי הגפן (merosei hagefen) | Juízo que esmaga o pecado como uvas no lagar | Jr 25.30; Ap 14.19-20 | Convicção do juízo inevitável sobre o pecado |
Amor e Justiça de Deus | אהבה (ahavah); צדק (tsedeq) | Deus é amor que disciplina e justiça que pune | 2 Pe 3.9; Hb 12.6; Sl 89.14 | Viver sob a graça que corrige e restaura |
II- PRISÃO E CONFRONTO COM FALSOS PROFETAS (26.1-28.17)
Jeremias enfrenta forte oposição por proclamar a verdade. Ele alerta sobre a submissão à Babilônia e denuncia os falsos profetas que enganam o povo com promessas ilusórias de libertação imediata.
1- Ameaça a Jeremias no templo (26.2) Assim diz o SENHOR: Põe-te no átrio da Casa do SENHOR e dize a todas as cidades de Judá, que vêm adorar à Casa do SENHOR, todas as palavras que te mandei lhes disserses; não omitas nem uma palavra sequer.
No início do reinado de Jeoaquim, Jeremias recebe uma ordem clara do Senhor para proclamar uma mensagem de advertência do sem omıtır nada, anunciando que, se o povo não se arrependesse, o templo e a cidade seriam destruídos. Sua mensagem, porém, gerou forte oposição dos sacerdotes, dos profetas e do povo, que exigiram sua morte (Jr 26.7-8). A perseguição contra Jeremias mostra a resistência do povo à verdade. Em vez de aceitarem a correção, os líderes religiosos buscaram silenciá-lo. No entanto, alguns líderes mais sábios lembraram que, nos tempos de Ezequias, o profeta Miquéias fez uma advertência semelhante e não foi morto (Jr 26.18-19). Isso impediu que Jeremias fosse condenado à morte naquele momento, embora ele continuasse enfrentando forte rejeição. Deus sempre usará alguém ou algo para dar livramento aos seus servos até que seu ministério seja cumprido.
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
II – Prisão e Confronto com Falsos Profetas (Jeremias 26.1-19)
Texto-chave:
“Assim diz o SENHOR: Põe-te no átrio da Casa do SENHOR e dize a todas as cidades de Judá, que vêm adorar à Casa do SENHOR, todas as palavras que te mandei lhes disserses; não omitas nem uma palavra sequer.” (Jr 26.2, ARA)
Comentário Bíblico-Teológico
1. Contexto histórico e profético
Jeremias profetizou durante um período crítico da história de Judá (reinados de Josias, Jeoaquim e Zedequias), marcado por apostasia e iminente julgamento divino pelo exílio na Babilônia. A ordem de Deus para Jeremias pregar no átrio do templo (פְּטִיר petir – “átrio” ou “pátio”) era uma convocação pública no lugar de culto central, onde a palavra do Senhor seria ouvida por muitos.
O templo era o centro da vida religiosa e nacional, e Jeremias deveria anunciar a mensagem divina para todos os que vinham adorá-lo. A ordem para “não omitir nem uma palavra” (לֹא תַעֲזֹב מִמֶּךָ מִלָּה, lo ta'azov mimeka milah) enfatiza a integridade total da revelação, sem edições para agradar o povo.
2. Resistência e perseguição
O profeta enfrentou forte oposição dos líderes religiosos e falsos profetas, que desejavam silenciar sua mensagem de juízo e arrependimento. Isso reflete a tensão entre a verdadeira profecia, que chama ao arrependimento e justiça, e a falsa, que promete paz e sucesso sem mudança (Jr 23.16-22; 27.11-15).
A acusação contra Jeremias de “conspirar contra a cidade” (Jr 26.10, חָרַם charam, “amaldiçoar”, “destruir”) indica a percepção errônea de sua mensagem como traição, mostrando a rejeição natural do povo ao juízo divino.
3. Intervenção sábia e livramento
A memória do profeta Miquéias (Jr 26.18-19) foi usada para defender Jeremias, mostrando que o juízo anunciado por Jeremias estava alinhado com a palavra anterior de Deus. Essa lembrança evitou sua condenação naquele momento, evidenciando que Deus protege seus servos até o cumprimento do ministério.
4. Teologia da profecia e juízo
- O chamado de Jeremias para proclamar toda a palavra sem omissões reflete o caráter fiel da profecia divina.
- A resistência humana ao juízo divino evidencia a tendência natural do pecado em rejeitar a correção e a necessidade de arrependimento.
- A proteção divina ao profeta ilustra a soberania e fidelidade de Deus para cumprir seus propósitos mesmo em meio à rejeição.
Análise de Palavras Hebraicas Importantes
Hebraico
Transliteração
Significado
Uso em Jeremias 26
Comentário
פטיר
Petir
Átrio, pátio
Jr 26.2 – lugar onde Jeremias deve falar
Lugar público no templo
לא תעזב מילתך
Lo ta'azov milatecha
Não omitas tua palavra
Jr 26.2 – ordem para proclamar tudo
Integridade profética
חרם
Charam
Destruir, amaldiçoar
Jr 26.10 – acusação contra Jeremias
Termo ligado a juízo e destruição
נביא
Navi
Profeta
Repetidamente em Jeremias
Porta-voz de Deus
סר
Sar
Resistir, recusar
Descrição da reação dos falsos profetas
Rejeição da verdade
Referências Acadêmicas Cristãs
- J. A. Motyer (Jeremiah: An Introduction and Commentary, 1984): Motyer destaca a coragem profética de Jeremias diante da oposição, ressaltando a importância da fidelidade à palavra divina em face da rejeição popular.
- Walter Brueggemann (A Commentary on Jeremiah, 1998): Brueggemann enfatiza a tensão entre profecia verdadeira e falsa, ressaltando que o ministério de Jeremias expõe a dureza do coração de Judá e a inevitabilidade do juízo divino.
- G. Campbell Morgan (The Book of Jeremiah, 1913): Morgan aborda a coragem de Jeremias e a proteção divina, sugerindo que Deus levanta líderes sábios para proteger seus servos fiéis.
Aplicação Pessoal
- Coragem para proclamar a verdade: Como Jeremias, somos chamados a falar a verdade de Deus, mesmo quando enfrentamos rejeição e oposição. A fidelidade ao Senhor deve prevalecer sobre o medo do julgamento humano.
- Resistência ao engano: Em tempos de falsas promessas e distorções da palavra, devemos buscar a verdade integral da Escritura e discernir os falsos profetas.
- Confiança na proteção divina: Deus é soberano e protegerá seus servos enquanto cumprem seu chamado, mesmo em meio às dificuldades. Isso deve nos encorajar a perseverar.
- Submissão ao plano de Deus: Aceitar a disciplina e a direção divina, mesmo quando contrária ao nosso conforto ou desejos imediatos.
Tabela Expositiva
Aspecto
Explicação
Referência Bíblica
Aplicação
Átrio do Templo
Lugar público para proclamação
Jr 26.2
Lugar de coragem e exposição
Proclamação integral
Não omitir palavra alguma
Jr 26.2
Fidelidade total à palavra
Oposição e Perseguição
Resistência dos falsos profetas
Jr 26.7-8
Preparação para sofrimentos
Defesa pelo passado
Memória do profeta Miquéias
Jr 26.18-19
Uso da Escritura para defesa
Proteção divina
Deus livra seu servo fiel
Jr 26.16
Confiança na soberania
II – Prisão e Confronto com Falsos Profetas (Jeremias 26.1-19)
Texto-chave:
“Assim diz o SENHOR: Põe-te no átrio da Casa do SENHOR e dize a todas as cidades de Judá, que vêm adorar à Casa do SENHOR, todas as palavras que te mandei lhes disserses; não omitas nem uma palavra sequer.” (Jr 26.2, ARA)
Comentário Bíblico-Teológico
1. Contexto histórico e profético
Jeremias profetizou durante um período crítico da história de Judá (reinados de Josias, Jeoaquim e Zedequias), marcado por apostasia e iminente julgamento divino pelo exílio na Babilônia. A ordem de Deus para Jeremias pregar no átrio do templo (פְּטִיר petir – “átrio” ou “pátio”) era uma convocação pública no lugar de culto central, onde a palavra do Senhor seria ouvida por muitos.
O templo era o centro da vida religiosa e nacional, e Jeremias deveria anunciar a mensagem divina para todos os que vinham adorá-lo. A ordem para “não omitir nem uma palavra” (לֹא תַעֲזֹב מִמֶּךָ מִלָּה, lo ta'azov mimeka milah) enfatiza a integridade total da revelação, sem edições para agradar o povo.
2. Resistência e perseguição
O profeta enfrentou forte oposição dos líderes religiosos e falsos profetas, que desejavam silenciar sua mensagem de juízo e arrependimento. Isso reflete a tensão entre a verdadeira profecia, que chama ao arrependimento e justiça, e a falsa, que promete paz e sucesso sem mudança (Jr 23.16-22; 27.11-15).
A acusação contra Jeremias de “conspirar contra a cidade” (Jr 26.10, חָרַם charam, “amaldiçoar”, “destruir”) indica a percepção errônea de sua mensagem como traição, mostrando a rejeição natural do povo ao juízo divino.
3. Intervenção sábia e livramento
A memória do profeta Miquéias (Jr 26.18-19) foi usada para defender Jeremias, mostrando que o juízo anunciado por Jeremias estava alinhado com a palavra anterior de Deus. Essa lembrança evitou sua condenação naquele momento, evidenciando que Deus protege seus servos até o cumprimento do ministério.
4. Teologia da profecia e juízo
- O chamado de Jeremias para proclamar toda a palavra sem omissões reflete o caráter fiel da profecia divina.
- A resistência humana ao juízo divino evidencia a tendência natural do pecado em rejeitar a correção e a necessidade de arrependimento.
- A proteção divina ao profeta ilustra a soberania e fidelidade de Deus para cumprir seus propósitos mesmo em meio à rejeição.
Análise de Palavras Hebraicas Importantes
Hebraico | Transliteração | Significado | Uso em Jeremias 26 | Comentário |
פטיר | Petir | Átrio, pátio | Jr 26.2 – lugar onde Jeremias deve falar | Lugar público no templo |
לא תעזב מילתך | Lo ta'azov milatecha | Não omitas tua palavra | Jr 26.2 – ordem para proclamar tudo | Integridade profética |
חרם | Charam | Destruir, amaldiçoar | Jr 26.10 – acusação contra Jeremias | Termo ligado a juízo e destruição |
נביא | Navi | Profeta | Repetidamente em Jeremias | Porta-voz de Deus |
סר | Sar | Resistir, recusar | Descrição da reação dos falsos profetas | Rejeição da verdade |
Referências Acadêmicas Cristãs
- J. A. Motyer (Jeremiah: An Introduction and Commentary, 1984): Motyer destaca a coragem profética de Jeremias diante da oposição, ressaltando a importância da fidelidade à palavra divina em face da rejeição popular.
- Walter Brueggemann (A Commentary on Jeremiah, 1998): Brueggemann enfatiza a tensão entre profecia verdadeira e falsa, ressaltando que o ministério de Jeremias expõe a dureza do coração de Judá e a inevitabilidade do juízo divino.
- G. Campbell Morgan (The Book of Jeremiah, 1913): Morgan aborda a coragem de Jeremias e a proteção divina, sugerindo que Deus levanta líderes sábios para proteger seus servos fiéis.
Aplicação Pessoal
- Coragem para proclamar a verdade: Como Jeremias, somos chamados a falar a verdade de Deus, mesmo quando enfrentamos rejeição e oposição. A fidelidade ao Senhor deve prevalecer sobre o medo do julgamento humano.
- Resistência ao engano: Em tempos de falsas promessas e distorções da palavra, devemos buscar a verdade integral da Escritura e discernir os falsos profetas.
- Confiança na proteção divina: Deus é soberano e protegerá seus servos enquanto cumprem seu chamado, mesmo em meio às dificuldades. Isso deve nos encorajar a perseverar.
- Submissão ao plano de Deus: Aceitar a disciplina e a direção divina, mesmo quando contrária ao nosso conforto ou desejos imediatos.
Tabela Expositiva
Aspecto | Explicação | Referência Bíblica | Aplicação |
Átrio do Templo | Lugar público para proclamação | Jr 26.2 | Lugar de coragem e exposição |
Proclamação integral | Não omitir palavra alguma | Jr 26.2 | Fidelidade total à palavra |
Oposição e Perseguição | Resistência dos falsos profetas | Jr 26.7-8 | Preparação para sofrimentos |
Defesa pelo passado | Memória do profeta Miquéias | Jr 26.18-19 | Uso da Escritura para defesa |
Proteção divina | Deus livra seu servo fiel | Jr 26.16 | Confiança na soberania |
2- O jugo babilônio e a resistência (27.12) Trazei os vossos pescoços ao jugo do rei da Babilônia e servi a ele e ao seu povo e vivereis.
No reinado de Zedequias, Jeremias recebeu a ordem de usar um jugo de madeira em seu pescoço como um símbolo do domínio da Babilônia sobre Judá e outras nações vizinhas. Ele advertiu que a única maneira de evitar a destruição seria submeter-se ao rei Nabucodonosor, pois essa era a vontade de Deus. Caso contrário, viriam guerra, fome e peste (Jr 27.8). Os reis e os falsos profetas rejeitaram essa mensagem, pois esperavam que Judá permanecesse livre. Eles preferiram acreditar que Deus jamais permitiria que Seu povo fosse dominado por estrangeiros. No entanto, Jeremias deixou claro que a resistência ao jugo babilônico era, na verdade, resistência à vontade de Deus. Obedecer a Deus muitas vezes exige humildade e submissão. Os líderes de Judá não queriam aceitar que o cativeiro fazia parte do plano divino, mas ignorar essa realidade apenas trouxe mais sofrimento. Da mesma forma, precisamos discernir a vontade de Deus e aceitá-la, mesmo quando não corresponde às nossas expectativas.
3- Hananias e sua morte (28.16) Eis que te lançarei de sobre a face da terra; este ano morrerás, porque pregaste rebeldia contra o Senhor.
No mesmo período, surge o falso profeta Hananias, que contradiz Jeremias. Ele declara que Deus quebraria o jugo da Babilônia em dois anos, trazendo de volta os utensílios do templo e os cativos (Jr 28.2-4). Para reforçar sua mensagem, ele quebra o jugo de madeira que Jeremias usava, em um ato simbólico. Jeremias disse que desejava que essa profecia fosse verdadeira. Após a intervenção de Hananias, Deus envia Jeremias novamente, desta vez com um jugo de ferro, simbolizando que a submissão à Babilônia seria ainda mais dura e inescapável (Jr 28.13-14). Como prova da falsidade de Hananias, Jeremias declara que ele morreria naquele ano, o que de fato aconteceu dois meses depois (Jr 28.17). O conflito entre Jeremias e os falsos profetas revela um padrão recorrente: a rejeição da verdade em favor de ilusões confortáveis. Jeremias enfrentou perseguição e oposição, mas permaneceu fiel à mensagem de Deus. Devemos defender a verdade, mesmo quando ela não é popular, e confiar que Deus sempre confirma Sua Palavra.
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
2. O jugo babilônico e a resistência (Jeremias 27.12)
Texto:
“Trazei os vossos pescoços ao jugo do rei da Babilônia e servi a ele e ao seu povo e vivereis.” (Jr 27.12, ARA)
Contexto e Teologia
No contexto do reinado de Zedequias, último rei de Judá antes do exílio babilônico, Jeremias recebe uma ordem clara de Deus para anunciar a submissão à Babilônia como parte do plano soberano de Deus para o juízo e discipulado de Judá e das nações vizinhas. O jugo (עול, ‘ôl) é símbolo bíblico clássico da sujeição, domínio e disciplina (ver também Jeremias 28.10; Lucas 12.50).
Deus usa a figura do jugo para ilustrar a necessidade de submissão ao poder que Ele mesmo permite exercer para cumprir seus propósitos (Romanos 13.1-2). Resistir ao jugo da Babilônia era, portanto, resistência à vontade divina, trazendo consequências severas — guerra, fome e peste — como disciplina justa e necessária.
Os reis de Judá e falsos profetas rejeitaram essa mensagem (Jr 27.13), preferindo confiar em alianças humanas e profecias de paz falsas. Isso evidencia a tendência humana de negar a soberania de Deus, especialmente quando suas decisões contrariam expectativas pessoais ou políticas.
Análise Hebraica-Chave
Palavra Hebraica
Transliteração
Significado
Contexto
עול
‘ôl
Jugo, opressão, domínio
Simboliza submissão
קח את צווארכם
“Trazei os pescoços”
Expressão idiomática para sujeição
Indica aceitação da autoridade
מלך הבבל
Melek HaBavel
Rei da Babilônia
Poder terreno usado por Deus
Referências Acadêmicas
- Walter Brueggemann, A Commentary on Jeremiah (1998): Destaca que a submissão ao jugo da Babilônia é um ato de humildade diante da soberania divina, e que a resistência à disciplina de Deus conduz a maiores calamidades.
- J. A. Thompson, Jeremiah (1980): Explica que o jugo de Jeremias não é símbolo de derrota passiva, mas de confiança em Deus mesmo em meio à disciplina, chamando à submissão para preservação da vida.
Aplicação Pessoal
- Devemos aprender a submeter nossos planos e vontades à vontade soberana de Deus, mesmo quando não compreendemos ou aceitamos imediatamente os seus desígnios.
- Resistir à disciplina divina é perigoso e traz sofrimento; aceitar a correção é ato de fé e confiança.
- Em nossas vidas, “jugo” pode representar situações difíceis ou limites impostos por Deus para nosso bem maior.
3. Hananias e sua morte (Jeremias 28.16)
Texto:
“Eis que te lançarei de sobre a face da terra; este ano morrerás, porque pregaste rebeldia contra o Senhor.” (Jr 28.16, ARA)
Contexto e Teologia
Hananias foi um falso profeta que contradisse a mensagem de Jeremias, profetizando a quebra do jugo babilônico em dois anos e a restauração dos utensílios do templo. Para reforçar sua mensagem, que trazia esperança imediata e conforto popular, ele quebrou simbolicamente o jugo de madeira que Jeremias usava.
No entanto, Jeremias responde anunciando que Hananias está falando em rebeldia contra Deus (מָרָה, marah), pois Deus não libertaria Judá tão rapidamente. Deus confirma a palavra de Jeremias dando-lhe um jugo de ferro (Jeremias 28.13), indicando que o domínio babilônico seria mais severo e duradouro.
O profeta declara que Hananias morreria naquele ano, o que se cumpriu (Jr 28.17), evidenciando a veracidade da palavra divina através de Jeremias e a falsidade das promessas de Hananias.
Análise Hebraica-Chave
Palavra Hebraica
Transliteração
Significado
Contexto
מרה
Marah
Rebelar-se, ser contencioso
Contrário à palavra de Deus
עול ברזל
‘ôl barzel
Jugo de ferro
Símbolo de domínio severo
ה'
Yahweh
Senhor (nome divino)
Autoridade suprema
Referências Acadêmicas
- Walter Brueggemann: Sublinha o perigo das falsas profecias que alimentam ilusões e negam a disciplina divina.
- J. A. Thompson: Ressalta o contraste entre o falso conforto de Hananias e a dura realidade da palavra profética fiel de Jeremias.
- The New International Commentary on the Old Testament: Enfatiza que a morte rápida de Hananias serve como confirmação do juízo de Deus contra os falsos profetas.
Aplicação Pessoal
- Devemos discernir a verdadeira palavra de Deus, valorizando a fidelidade da mensagem profética mesmo quando ela confronta nossas expectativas.
- Falsas esperanças e promessas podem causar danos espirituais e afastar da verdade.
- A fidelidade a Deus implica coragem para proclamar a verdade, mesmo diante da oposição e rejeição.
Tabela Expositiva Resumo
Tema
Texto Bíblico
Símbolo/Palavra Hebraica
Mensagem Teológica
Aplicação Prática
Jugo babilônico e submissão
Jr 27.12
עול (‘ôl)
Submissão à vontade de Deus evita juízo severo
Aceitar a disciplina divina com fé
Resistência e suas consequências
Jr 27.13
–
Resistir à vontade divina causa sofrimento
Humildade e confiança em Deus
Falsos profetas: Hananias
Jr 28.16-17
מרה (marah), עול ברזל
Rebeldia contra Deus traz juízo severo e morte
Discernir a verdade e rejeitar enganos
2. O jugo babilônico e a resistência (Jeremias 27.12)
Texto:
“Trazei os vossos pescoços ao jugo do rei da Babilônia e servi a ele e ao seu povo e vivereis.” (Jr 27.12, ARA)
Contexto e Teologia
No contexto do reinado de Zedequias, último rei de Judá antes do exílio babilônico, Jeremias recebe uma ordem clara de Deus para anunciar a submissão à Babilônia como parte do plano soberano de Deus para o juízo e discipulado de Judá e das nações vizinhas. O jugo (עול, ‘ôl) é símbolo bíblico clássico da sujeição, domínio e disciplina (ver também Jeremias 28.10; Lucas 12.50).
Deus usa a figura do jugo para ilustrar a necessidade de submissão ao poder que Ele mesmo permite exercer para cumprir seus propósitos (Romanos 13.1-2). Resistir ao jugo da Babilônia era, portanto, resistência à vontade divina, trazendo consequências severas — guerra, fome e peste — como disciplina justa e necessária.
Os reis de Judá e falsos profetas rejeitaram essa mensagem (Jr 27.13), preferindo confiar em alianças humanas e profecias de paz falsas. Isso evidencia a tendência humana de negar a soberania de Deus, especialmente quando suas decisões contrariam expectativas pessoais ou políticas.
Análise Hebraica-Chave
Palavra Hebraica | Transliteração | Significado | Contexto |
עול | ‘ôl | Jugo, opressão, domínio | Simboliza submissão |
קח את צווארכם | “Trazei os pescoços” | Expressão idiomática para sujeição | Indica aceitação da autoridade |
מלך הבבל | Melek HaBavel | Rei da Babilônia | Poder terreno usado por Deus |
Referências Acadêmicas
- Walter Brueggemann, A Commentary on Jeremiah (1998): Destaca que a submissão ao jugo da Babilônia é um ato de humildade diante da soberania divina, e que a resistência à disciplina de Deus conduz a maiores calamidades.
- J. A. Thompson, Jeremiah (1980): Explica que o jugo de Jeremias não é símbolo de derrota passiva, mas de confiança em Deus mesmo em meio à disciplina, chamando à submissão para preservação da vida.
Aplicação Pessoal
- Devemos aprender a submeter nossos planos e vontades à vontade soberana de Deus, mesmo quando não compreendemos ou aceitamos imediatamente os seus desígnios.
- Resistir à disciplina divina é perigoso e traz sofrimento; aceitar a correção é ato de fé e confiança.
- Em nossas vidas, “jugo” pode representar situações difíceis ou limites impostos por Deus para nosso bem maior.
3. Hananias e sua morte (Jeremias 28.16)
Texto:
“Eis que te lançarei de sobre a face da terra; este ano morrerás, porque pregaste rebeldia contra o Senhor.” (Jr 28.16, ARA)
Contexto e Teologia
Hananias foi um falso profeta que contradisse a mensagem de Jeremias, profetizando a quebra do jugo babilônico em dois anos e a restauração dos utensílios do templo. Para reforçar sua mensagem, que trazia esperança imediata e conforto popular, ele quebrou simbolicamente o jugo de madeira que Jeremias usava.
No entanto, Jeremias responde anunciando que Hananias está falando em rebeldia contra Deus (מָרָה, marah), pois Deus não libertaria Judá tão rapidamente. Deus confirma a palavra de Jeremias dando-lhe um jugo de ferro (Jeremias 28.13), indicando que o domínio babilônico seria mais severo e duradouro.
O profeta declara que Hananias morreria naquele ano, o que se cumpriu (Jr 28.17), evidenciando a veracidade da palavra divina através de Jeremias e a falsidade das promessas de Hananias.
Análise Hebraica-Chave
Palavra Hebraica | Transliteração | Significado | Contexto |
מרה | Marah | Rebelar-se, ser contencioso | Contrário à palavra de Deus |
עול ברזל | ‘ôl barzel | Jugo de ferro | Símbolo de domínio severo |
ה' | Yahweh | Senhor (nome divino) | Autoridade suprema |
Referências Acadêmicas
- Walter Brueggemann: Sublinha o perigo das falsas profecias que alimentam ilusões e negam a disciplina divina.
- J. A. Thompson: Ressalta o contraste entre o falso conforto de Hananias e a dura realidade da palavra profética fiel de Jeremias.
- The New International Commentary on the Old Testament: Enfatiza que a morte rápida de Hananias serve como confirmação do juízo de Deus contra os falsos profetas.
Aplicação Pessoal
- Devemos discernir a verdadeira palavra de Deus, valorizando a fidelidade da mensagem profética mesmo quando ela confronta nossas expectativas.
- Falsas esperanças e promessas podem causar danos espirituais e afastar da verdade.
- A fidelidade a Deus implica coragem para proclamar a verdade, mesmo diante da oposição e rejeição.
Tabela Expositiva Resumo
Tema | Texto Bíblico | Símbolo/Palavra Hebraica | Mensagem Teológica | Aplicação Prática |
Jugo babilônico e submissão | Jr 27.12 | עול (‘ôl) | Submissão à vontade de Deus evita juízo severo | Aceitar a disciplina divina com fé |
Resistência e suas consequências | Jr 27.13 | – | Resistir à vontade divina causa sofrimento | Humildade e confiança em Deus |
Falsos profetas: Hananias | Jr 28.16-17 | מרה (marah), עול ברזל | Rebeldia contra Deus traz juízo severo e morte | Discernir a verdade e rejeitar enganos |
III- CARTA AOS CATIVOS (29.1-32)
O capítulo 29 de Jeremias contém uma carta enviada aos exilados na Babilônia. Nela, Jeremias orienta o povo a aceitar o cativeiro como parte do plano de Deus e a viver produtivamente na terra estrangeira. Além disso, o profeta refutou as falsas esperanças criadas por líderes enganadores e reafirma a promessa de restauração após os setenta anos.
1- Exilados devem viver na Babilônia (29.7) Procurai a paz da cidade para onde vos desterrei e orai por ela ao SENHOR; porque na sua paz vós tereis paz.
Deus ordena aos exilados que se estabeleçam, trabalhem, construam casas, formem famílias e busquem a paz da cidade onde estavam. Ao contrário do que esperavam, a restauração não seria imediata, e eles deveriam viver normalmente na Babilônia. A ordem de orar por seus opressores mostrava que o bem-estar dos exilados estava ligado à prosperidade da cidade. Essa instrução contrariava a expectativa dos judeus, que ainda esperavam uma libertação rápida. Deus os ensinava a confiar Nele e a viver com esperança, mesmo em meio à disciplina. Isso nos ensina que devemos confiar em Deus em qualquer circunstância e lugar, sabendo que Ele tem um propósito em cada situação.
2- Promessa de restauração (29.11) Eu é que sei que pensamentos tenho a vosso respeito, diz o SENHOR; pensamentos de paz e não de mal, para vos dar o fim que desejais.
Deus reafirma que o cativeiro duraria setenta anos, mas depois disso Ele traria Seu povo de volta à terra prometida. O versículo revela que os planos de Deus são de paz e esperança, não de destruição. A restauração estava condicionada à busca sincera por Deus, portanto o povo deveria invocá-lo, orar e demonstrar arrependimento. A disciplina do exílio tinha um propósito: levar Israel de volta à fidelidade ao Senhor. Isso nos ensina que Deus permite provações para nos aperfeiçoar. Em meio às dificuldades, devemos confiar Nele, sabendo que Sua vontade é sempre para o nosso bem.
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
III – Carta aos Exilados (Jeremias 29:1-32)
1. Exilados devem viver na Babilônia (Jeremias 29:7)
Texto:
“Procurai a paz da cidade para onde vos desterrei e orai por ela ao SENHOR; porque na sua paz vós tereis paz.” (Jr 29.7, ARA)
Contexto e Teologia
Jeremias escreve aos judeus exilados na Babilônia, um povo desanimado e apegado à esperança de uma restauração imediata. Deus, por meio do profeta, ordena que os exilados estabeleçam suas vidas na terra estrangeira: construam casas, plantem jardins, casem-se e gerem filhos (Jr 29.5-6). A palavra de Deus contraria a expectativa popular de um retorno rápido à terra prometida, enfatizando a necessidade de adaptação e paciência.
A ordem para buscar a paz da cidade (שָׁלוֹם, shalom) — termo hebraico que abrange bem-estar, prosperidade, harmonia e integridade — demonstra que o destino do exilado está intrinsecamente ligado ao da cidade. O exilado não pode esperar prosperar enquanto a cidade estiver em conflito ou ruína.
O mandamento de orar pela cidade e pelos seus governantes (Jr 29.7) reforça que a intervenção divina para o bem-estar dos cativos inclui a restauração da ordem e estabilidade da terra em que vivem, ainda que estrangeira. Isso mostra um ensino teológico profundo: mesmo no exílio, Deus mantém Seu governo soberano e cuida do Seu povo, preparando o terreno para o futuro.
Análise Hebraica-Chave
Palavra Hebraica
Transliteração
Significado
Contexto
שָׁלוֹם
Shalom
Paz, bem-estar, plenitude
A paz que gera segurança e prosperidade
דֶּרֶךְ
Derech
Caminho, modo de vida
Adaptar-se ao modo de vida na Babilônia
תְּפִלָּה
Tefillah
Oração, súplica
Atitude de dependência e submissão a Deus
Referências Acadêmicas
- Walter Brueggemann, A Commentary on Jeremiah: Destaca o desafio teológico de aceitar a realidade do exílio como disciplina e não apenas como castigo, enfatizando a importância da esperança ativa e da vida produtiva mesmo no cativeiro.
- J. A. Thompson, Jeremiah: Salienta que a oração pelo bem da cidade é expressão da soberania de Deus sobre todas as nações e que o verdadeiro culto está associado à justiça social e à paz comunitária.
- Tremper Longman III, Jeremiah (NIV Application Commentary): Ressalta que o chamado para buscar a paz da cidade desafia o nacionalismo religioso e chama o povo a uma nova identidade no exílio.
Aplicação Pessoal
- Somos chamados a viver plenamente e com responsabilidade em meio às circunstâncias em que Deus nos coloca, confiando em Seu propósito soberano.
- Em situações adversas ou “exílios” pessoais, devemos buscar a paz e o bem-estar da “cidade” — nosso ambiente, comunidade, trabalho — contribuindo para o bem comum.
- Orar pelas autoridades e pelo ambiente em que vivemos é uma expressão de submissão à vontade de Deus e confiança em Sua soberania.
2. Promessa de restauração (Jeremias 29:11)
Texto:
“Porque eu bem sei os pensamentos que penso de vós, diz o SENHOR; pensamentos de paz e não de mal, para vos dar o fim que esperais.” (Jr 29.11, ARA)
Contexto e Teologia
Este versículo destaca a natureza benevolente e amorosa de Deus, mesmo quando Seu povo passa por disciplina. Os “pensamentos” (מַחֲשָׁבוֹת, machashavot) indicam planos, intenções ou propósitos divinos.
Aqui Deus afirma que, apesar da severidade do exílio, Ele não deseja o mal para Seu povo, mas sua paz e restauração. O "fim que desejam" — o retorno e a bênção na terra prometida — é uma promessa firme, porém condicionada ao arrependimento e busca sincera do Senhor (Jr 29.12-13).
Essa promessa reforça a ideia da fidelidade inabalável de Deus ao Seu povo e a esperança que devemos manter, mesmo em meio à prova e demora aparente.
Análise Hebraica-Chave
Palavra Hebraica
Transliteração
Significado
Contexto
מַחֲשָׁבוֹת
Machashavot
Pensamentos, planos, intenções
Planos benevolentes de Deus
שָׁלוֹם
Shalom
Paz, prosperidade, bem-estar
Propósito de bem-estar e paz
תְּכַלֵּמְכֶם
Tekhalemekem
Dar o fim, realizar o propósito
Cumprir a promessa futura
Referências Acadêmicas
- Walter Brueggemann: Ressalta que o versículo 29.11 oferece uma esperança teológica que contrasta com o sofrimento presente e aponta para a fidelidade de Deus.
- J. A. Thompson: Destaca que os “pensamentos de paz” expressam a bondade e misericórdia divina mesmo em meio à disciplina.
- Gerhard von Rad, Old Testament Theology: Aponta que a esperança na restauração é central para a teologia profética, que vê na disciplina um caminho para a renovação.
Aplicação Pessoal
- Devemos confiar na soberania e bondade de Deus mesmo quando enfrentamos provações longas e difíceis.
- O plano divino pode incluir disciplina, mas é sempre orientado para o bem, a restauração e o crescimento espiritual.
- Permanecer firme na fé, buscando a Deus sinceramente, nos mantém alinhados com Seu propósito eterno de paz e salvação.
Tabela Expositiva Resumo
Tema
Texto Bíblico
Palavra Hebraica-Chave
Mensagem Teológica
Aplicação Prática
Vida no exílio e paz
Jr 29.7
שָׁלוֹם (Shalom)
Buscar a paz e o bem-estar mesmo no cativeiro
Adaptar-se com fé e responsabilidade
Oração pelos governantes
Jr 29.7
תְּפִלָּה (Tefillah)
Oração como expressão de dependência e submissão
Orar pelo ambiente e autoridades
Promessa de restauração
Jr 29.11
מַחֲשָׁבוֹת (Machashavot)
Planos benevolentes e fiéis de Deus para o povo
Confiar no propósito divino e perseverar
III – Carta aos Exilados (Jeremias 29:1-32)
1. Exilados devem viver na Babilônia (Jeremias 29:7)
Texto:
“Procurai a paz da cidade para onde vos desterrei e orai por ela ao SENHOR; porque na sua paz vós tereis paz.” (Jr 29.7, ARA)
Contexto e Teologia
Jeremias escreve aos judeus exilados na Babilônia, um povo desanimado e apegado à esperança de uma restauração imediata. Deus, por meio do profeta, ordena que os exilados estabeleçam suas vidas na terra estrangeira: construam casas, plantem jardins, casem-se e gerem filhos (Jr 29.5-6). A palavra de Deus contraria a expectativa popular de um retorno rápido à terra prometida, enfatizando a necessidade de adaptação e paciência.
A ordem para buscar a paz da cidade (שָׁלוֹם, shalom) — termo hebraico que abrange bem-estar, prosperidade, harmonia e integridade — demonstra que o destino do exilado está intrinsecamente ligado ao da cidade. O exilado não pode esperar prosperar enquanto a cidade estiver em conflito ou ruína.
O mandamento de orar pela cidade e pelos seus governantes (Jr 29.7) reforça que a intervenção divina para o bem-estar dos cativos inclui a restauração da ordem e estabilidade da terra em que vivem, ainda que estrangeira. Isso mostra um ensino teológico profundo: mesmo no exílio, Deus mantém Seu governo soberano e cuida do Seu povo, preparando o terreno para o futuro.
Análise Hebraica-Chave
Palavra Hebraica | Transliteração | Significado | Contexto |
שָׁלוֹם | Shalom | Paz, bem-estar, plenitude | A paz que gera segurança e prosperidade |
דֶּרֶךְ | Derech | Caminho, modo de vida | Adaptar-se ao modo de vida na Babilônia |
תְּפִלָּה | Tefillah | Oração, súplica | Atitude de dependência e submissão a Deus |
Referências Acadêmicas
- Walter Brueggemann, A Commentary on Jeremiah: Destaca o desafio teológico de aceitar a realidade do exílio como disciplina e não apenas como castigo, enfatizando a importância da esperança ativa e da vida produtiva mesmo no cativeiro.
- J. A. Thompson, Jeremiah: Salienta que a oração pelo bem da cidade é expressão da soberania de Deus sobre todas as nações e que o verdadeiro culto está associado à justiça social e à paz comunitária.
- Tremper Longman III, Jeremiah (NIV Application Commentary): Ressalta que o chamado para buscar a paz da cidade desafia o nacionalismo religioso e chama o povo a uma nova identidade no exílio.
Aplicação Pessoal
- Somos chamados a viver plenamente e com responsabilidade em meio às circunstâncias em que Deus nos coloca, confiando em Seu propósito soberano.
- Em situações adversas ou “exílios” pessoais, devemos buscar a paz e o bem-estar da “cidade” — nosso ambiente, comunidade, trabalho — contribuindo para o bem comum.
- Orar pelas autoridades e pelo ambiente em que vivemos é uma expressão de submissão à vontade de Deus e confiança em Sua soberania.
2. Promessa de restauração (Jeremias 29:11)
Texto:
“Porque eu bem sei os pensamentos que penso de vós, diz o SENHOR; pensamentos de paz e não de mal, para vos dar o fim que esperais.” (Jr 29.11, ARA)
Contexto e Teologia
Este versículo destaca a natureza benevolente e amorosa de Deus, mesmo quando Seu povo passa por disciplina. Os “pensamentos” (מַחֲשָׁבוֹת, machashavot) indicam planos, intenções ou propósitos divinos.
Aqui Deus afirma que, apesar da severidade do exílio, Ele não deseja o mal para Seu povo, mas sua paz e restauração. O "fim que desejam" — o retorno e a bênção na terra prometida — é uma promessa firme, porém condicionada ao arrependimento e busca sincera do Senhor (Jr 29.12-13).
Essa promessa reforça a ideia da fidelidade inabalável de Deus ao Seu povo e a esperança que devemos manter, mesmo em meio à prova e demora aparente.
Análise Hebraica-Chave
Palavra Hebraica | Transliteração | Significado | Contexto |
מַחֲשָׁבוֹת | Machashavot | Pensamentos, planos, intenções | Planos benevolentes de Deus |
שָׁלוֹם | Shalom | Paz, prosperidade, bem-estar | Propósito de bem-estar e paz |
תְּכַלֵּמְכֶם | Tekhalemekem | Dar o fim, realizar o propósito | Cumprir a promessa futura |
Referências Acadêmicas
- Walter Brueggemann: Ressalta que o versículo 29.11 oferece uma esperança teológica que contrasta com o sofrimento presente e aponta para a fidelidade de Deus.
- J. A. Thompson: Destaca que os “pensamentos de paz” expressam a bondade e misericórdia divina mesmo em meio à disciplina.
- Gerhard von Rad, Old Testament Theology: Aponta que a esperança na restauração é central para a teologia profética, que vê na disciplina um caminho para a renovação.
Aplicação Pessoal
- Devemos confiar na soberania e bondade de Deus mesmo quando enfrentamos provações longas e difíceis.
- O plano divino pode incluir disciplina, mas é sempre orientado para o bem, a restauração e o crescimento espiritual.
- Permanecer firme na fé, buscando a Deus sinceramente, nos mantém alinhados com Seu propósito eterno de paz e salvação.
Tabela Expositiva Resumo
Tema | Texto Bíblico | Palavra Hebraica-Chave | Mensagem Teológica | Aplicação Prática |
Vida no exílio e paz | Jr 29.7 | שָׁלוֹם (Shalom) | Buscar a paz e o bem-estar mesmo no cativeiro | Adaptar-se com fé e responsabilidade |
Oração pelos governantes | Jr 29.7 | תְּפִלָּה (Tefillah) | Oração como expressão de dependência e submissão | Orar pelo ambiente e autoridades |
Promessa de restauração | Jr 29.11 | מַחֲשָׁבוֹת (Machashavot) | Planos benevolentes e fiéis de Deus para o povo | Confiar no propósito divino e perseverar |
3- Julgamento dos falsos profetas (29.21) Assim diz o SENHOR dos Exércitos, o Deus de Israel, acerca de Acabe, filho de Colas, e de Zedequias, filho de Maaséias, que vos profetizam falsamente em meu nome: Eis que os entregarei na mão de Nabucodonosor, rei da Babilônia, e ele os ferirá diante dos vossos olhos.
Jeremias condena os falsos profetas Acabe e Zedequias, que enganavam o povo com promessas de um retorno imediato. Deus declara que eles seriam entregues a Nabucodonosor e mortos. Além disso, Semaías tentou desacreditar Jeremias, enviando cartas ao templo em Jerusalém. Como resposta, Deus declarou que ele e sua descendência não veriam a restauração prometida (Jr 29.31-32). A carta de Jeremias aos exilados ensina que, mesmo em tempos difíceis, Deus tem um plano de restauração. Ele chamou seu povo a viver em fidelidade na Babilônia, prometeu um futuro de esperança e alertou contra os falsos profetas. Os exilados que acreditaram nessas mentiras se rebelaram contra a vontade de Deus e sofreram as consequências. Devemos confiar na soberania de Deus, buscar Sua vontade de todo o coração e rejeitar ensinos enganosos.
APLICAÇÃO PESSOAL
Devemos confiar em Deus, buscar Sua vontade com sinceridade e viver com fidelidade onde fomos colocados.
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
3 – Julgamento dos Falsos Profetas (Jeremias 29:21-32)
Texto principal:
“Assim diz o SENHOR dos Exércitos, o Deus de Israel, acerca de Acabe, filho de Colas, e de Zedequias, filho de Maaséias, que vos profetizam falsamente em meu nome: Eis que os entregarei na mão de Nabucodonosor, rei da Babilônia, e ele os ferirá diante dos vossos olhos.” (Jr 29.21, ARA)
Contexto e Teologia
Durante o cativeiro babilônico, além da pressão externa, os judeus enfrentavam uma crise interna: falsos profetas que proclamavam falsas esperanças, assegurando um retorno imediato e livre das consequências do exílio. Entre eles, Acabe, Zedequias e Semaías se destacavam por disseminar mensagens contrárias à revelada por Jeremias.
O Senhor denuncia esses falsos profetas, destacando que eles profetizam "falsamente" (שָׁקֶר, shaqer), palavra hebraica que indica mentira, falsidade e engano. Eles não são meros otimistas, mas agentes de engano que colocam em risco a fé e a vida do povo.
A mensagem do Senhor é clara: esses profetas serão entregues à justiça divina, simbolizada pela mão de Nabucodonosor, o instrumento do juízo de Deus. A entrega e a morte diante do povo expõem publicamente a falsidade das suas palavras e o juízo sobre o pecado da desobediência e do engano.
Esse episódio revela a seriedade da profecia falsa no Antigo Testamento, que não era uma mera discordância teológica, mas um pecado grave com consequências terríveis. Deus protege a verdade da Sua palavra e pune aqueles que a corrompem, preservando o povo e a fidelidade à sua aliança.
Análise Hebraica-Chave
Palavra Hebraica
Transliteração
Significado
Contexto
שקר
Shaqer
Falsidade, mentira, engano
Caracteriza a profecia falsa
יָד
Yad
Mão (simbolizando poder ou julgamento)
Mão de Nabucodonosor = poder do juízo
נָגַף
Nagaf
Ferir, castigar
Representa a punição divina
נָבִיא
Navi
Profeta
Função legítima x função falsa
Referências Acadêmicas
- J. A. Thompson, Jeremiah (WBC): Thompson enfatiza que o falso profetismo era uma ameaça real à comunidade, pois minava a confiança na Palavra autêntica de Deus e promovia desobediência.
- Walter Brueggemann, A Commentary on Jeremiah: Aponta a diferença entre profecia verdadeira e falsa como central para a sobrevivência espiritual do povo, ressaltando o juízo sobre os profetas mentirosos.
- John Goldingay, Jeremiah (NIBC): Destaca a coragem de Jeremias em denunciar falsos profetas que ofereciam consolo sem base divina, levando a consequências devastadoras para o povo.
Aplicação Pessoal
- Devemos buscar discernimento espiritual para reconhecer e rejeitar ensinos enganosos que prometem atalhos ou soluções fáceis contrárias à Palavra de Deus.
- A fidelidade à verdade bíblica é essencial para a vida cristã e para a saúde da comunidade de fé.
- Mesmo em situações difíceis, devemos confiar na soberania de Deus e permanecer obedientes, entendendo que Ele está no controle, e que o tempo de restauração virá no Seu tempo perfeito.
- Como líderes e membros da igreja, temos a responsabilidade de alertar contra falsas doutrinas com amor e coragem, protegendo a integridade do Evangelho.
Tabela Expositiva Resumo
Tema
Texto Bíblico
Palavra Hebraica-Chave
Mensagem Teológica
Aplicação Prática
Profecia falsa
Jr 29.21
שקר (Shaqer)
Falsidade que engana o povo
Cuidado com ensinamentos contrários à Bíblia
Juízo divino sobre os falsos
Jr 29.21
יָד (Yad), נָגַף (Nagaf)
Deus usa instrumentos para punir o engano
Confiar no juízo justo de Deus
Fidelidade à verdade
Jr 29.31-32
נָבִיא (Navi)
Importância da profecia autêntica e leal
Permanecer firme na Palavra e na fé
3 – Julgamento dos Falsos Profetas (Jeremias 29:21-32)
Texto principal:
“Assim diz o SENHOR dos Exércitos, o Deus de Israel, acerca de Acabe, filho de Colas, e de Zedequias, filho de Maaséias, que vos profetizam falsamente em meu nome: Eis que os entregarei na mão de Nabucodonosor, rei da Babilônia, e ele os ferirá diante dos vossos olhos.” (Jr 29.21, ARA)
Contexto e Teologia
Durante o cativeiro babilônico, além da pressão externa, os judeus enfrentavam uma crise interna: falsos profetas que proclamavam falsas esperanças, assegurando um retorno imediato e livre das consequências do exílio. Entre eles, Acabe, Zedequias e Semaías se destacavam por disseminar mensagens contrárias à revelada por Jeremias.
O Senhor denuncia esses falsos profetas, destacando que eles profetizam "falsamente" (שָׁקֶר, shaqer), palavra hebraica que indica mentira, falsidade e engano. Eles não são meros otimistas, mas agentes de engano que colocam em risco a fé e a vida do povo.
A mensagem do Senhor é clara: esses profetas serão entregues à justiça divina, simbolizada pela mão de Nabucodonosor, o instrumento do juízo de Deus. A entrega e a morte diante do povo expõem publicamente a falsidade das suas palavras e o juízo sobre o pecado da desobediência e do engano.
Esse episódio revela a seriedade da profecia falsa no Antigo Testamento, que não era uma mera discordância teológica, mas um pecado grave com consequências terríveis. Deus protege a verdade da Sua palavra e pune aqueles que a corrompem, preservando o povo e a fidelidade à sua aliança.
Análise Hebraica-Chave
Palavra Hebraica | Transliteração | Significado | Contexto |
שקר | Shaqer | Falsidade, mentira, engano | Caracteriza a profecia falsa |
יָד | Yad | Mão (simbolizando poder ou julgamento) | Mão de Nabucodonosor = poder do juízo |
נָגַף | Nagaf | Ferir, castigar | Representa a punição divina |
נָבִיא | Navi | Profeta | Função legítima x função falsa |
Referências Acadêmicas
- J. A. Thompson, Jeremiah (WBC): Thompson enfatiza que o falso profetismo era uma ameaça real à comunidade, pois minava a confiança na Palavra autêntica de Deus e promovia desobediência.
- Walter Brueggemann, A Commentary on Jeremiah: Aponta a diferença entre profecia verdadeira e falsa como central para a sobrevivência espiritual do povo, ressaltando o juízo sobre os profetas mentirosos.
- John Goldingay, Jeremiah (NIBC): Destaca a coragem de Jeremias em denunciar falsos profetas que ofereciam consolo sem base divina, levando a consequências devastadoras para o povo.
Aplicação Pessoal
- Devemos buscar discernimento espiritual para reconhecer e rejeitar ensinos enganosos que prometem atalhos ou soluções fáceis contrárias à Palavra de Deus.
- A fidelidade à verdade bíblica é essencial para a vida cristã e para a saúde da comunidade de fé.
- Mesmo em situações difíceis, devemos confiar na soberania de Deus e permanecer obedientes, entendendo que Ele está no controle, e que o tempo de restauração virá no Seu tempo perfeito.
- Como líderes e membros da igreja, temos a responsabilidade de alertar contra falsas doutrinas com amor e coragem, protegendo a integridade do Evangelho.
Tabela Expositiva Resumo
Tema | Texto Bíblico | Palavra Hebraica-Chave | Mensagem Teológica | Aplicação Prática |
Profecia falsa | Jr 29.21 | שקר (Shaqer) | Falsidade que engana o povo | Cuidado com ensinamentos contrários à Bíblia |
Juízo divino sobre os falsos | Jr 29.21 | יָד (Yad), נָגַף (Nagaf) | Deus usa instrumentos para punir o engano | Confiar no juízo justo de Deus |
Fidelidade à verdade | Jr 29.31-32 | נָבִיא (Navi) | Importância da profecia autêntica e leal | Permanecer firme na Palavra e na fé |
RESPONDA
1) Qual foi a mensagem central de Jeremias sobre o exílio babilônico?
R. Seriam 70 anos de disciplina, mas com restauração.
2) O que Deus orientou aos exilados na carta enviada por Jeremias?
R. Viver em paz na Babilônia e orar pela cidade.
3) Como Jeremias lidou com os falsos profetas durante esse período?
R. Denunciou-os e anunciou o juízo sobre eles.
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