TEXTO ÁUREO “Ora, um de seus discípulos, aquele a quem Jesus amava, estava reclinado no peito de Jesus”, João 13.23. COMENTARIO EXTRA Comen...
TEXTO ÁUREO
“Ora, um de seus discípulos, aquele a quem Jesus amava, estava reclinado no peito de Jesus”, João 13.23.
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
1. CONTEXTO IMEDIATO
Este versículo ocorre durante a Última Ceia, quando Jesus anuncia que um dos discípulos o trairá (Jo 13.21-30). A cena revela uma intimidade singular entre Jesus e aquele discípulo identificado como “o discípulo amado”, tradicionalmente compreendido como João, o filho de Zebedeu, autor do Evangelho.
2. ANÁLISE DAS PALAVRAS GREGAS
a) “Discípulo” – μαθητὴς (mathētḗs)
- Refere-se a um seguidor, aprendiz. No contexto de João, o termo denota relacionamento pessoal e discipulado fiel.
b) “A quem Jesus amava” – ὃν ἠγάπα ὁ Ἰησοῦς (hon ēgápa ho Iēsous)
- Verbo: ἀγαπάω (agapáō), no imperfeito do indicativo ativo: “amava continuamente”.
- O uso do imperfeito transmite ação habitual, indicando uma afeição constante e duradoura.
- Isso não significa favoritismo, mas uma relação espiritual íntima, alicerçada no amor sacrificial de Cristo.
c) “Reclinado” – ἀνακείμενος (anakímenos)
- Literalmente, “estar deitado à mesa” — descreve a prática judaico-romana da refeição reclinada.
- O discípulo estava à direita de Jesus, posição de honra.
d) “No peito de Jesus” – ἐν τῷ κόλπῳ τοῦ Ἰησοῦ (en tō kólpō tou Iēsou)
- κόλπος (kólpos): o seio, o espaço entre o braço e o tórax — símbolo de intimidade e confiança profunda.
- A mesma palavra aparece em João 1.18, quando diz que Jesus está “no seio (κόλπος) do Pai”.
3. INTERPRETAÇÃO TEOLÓGICA
A frase “discípulo a quem Jesus amava” aparece cinco vezes no Evangelho de João (13.23; 19.26; 20.2; 21.7; 21.20). Ela revela a profundidade do relacionamento pessoal entre Jesus e João e representa um modelo de discipulado baseado na intimidade e no amor.
📘 Craig Keener, em The Gospel of John – A Commentary, afirma que João prefere não se nomear, optando por destacar o relacionamento amoroso com Cristo, enfatizando que sua identidade está enraizada no amor de Jesus.
📘 D. A. Carson observa em The Gospel According to John que João posiciona a si mesmo como um modelo de discipulado: aquele que está perto de Cristo, ouve Sua voz e testemunha Sua glória (cf. Jo 1.14).
4. APLICAÇÃO PESSOAL
- O discípulo amado ilustra a experiência cristã ideal: estar reclinado no peito de Cristo, ouvindo sua voz e confiando em Seu amor.
- Em um mundo agitado, a verdadeira segurança e identidade estão no amor de Jesus.
- O seguidor fiel de Cristo não se define por títulos ou posições, mas pela intimidade com o Mestre.
- Todo crente é chamado a ser "aquele a quem Jesus ama" — viver com a certeza do amor constante de Cristo, mesmo diante de traições, lutas e despedidas.
📊 TABELA EXPOSITIVA – João 13.23
Elemento
Palavra Grega
Significado Teológico
Aplicação Pessoal
Discípulo
μαθητής (mathētḗs)
Aprendiz e seguidor íntimo de Jesus
Siga Jesus como discípulo relacional, não apenas formal
A quem Jesus amava
ὃν ἠγάπα (hon ēgápa)
Amor duradouro e sacrificial
Sua identidade está no amor imutável de Cristo
Reclinado
ἀνακείμενος (anakímenos)
Participar da mesa em posição de honra
Há lugar para você na mesa de Cristo
No peito de Jesus
ἐν τῷ κόλπῳ (en tō kólpō)
Intimidade, confiança, comunhão
Cristo nos convida a repousar nele em plena confiança
Seio do Pai (Jo 1.18)
κόλπος (kólpos)
Jesus veio do seio do Pai para nos trazer ao seu colo
A intimidade de Cristo com o Pai é o modelo para nós
📚 REFERÊNCIAS ACADÊMICAS
- Keener, Craig S. – The Gospel of John: A Commentary (Baker Academic)
- Carson, D. A. – The Gospel According to John (PNTC)
- Barrett, C. K. – The Gospel According to St. John
- Morris, Leon – The Gospel According to John (NICNT)
- Kostenberger, Andreas – John (BECNT)
- Bíblia de Estudo Palavras-Chave – Hebraico e Grego
- Bíblia de Estudo Pentecostal
1. CONTEXTO IMEDIATO
Este versículo ocorre durante a Última Ceia, quando Jesus anuncia que um dos discípulos o trairá (Jo 13.21-30). A cena revela uma intimidade singular entre Jesus e aquele discípulo identificado como “o discípulo amado”, tradicionalmente compreendido como João, o filho de Zebedeu, autor do Evangelho.
2. ANÁLISE DAS PALAVRAS GREGAS
a) “Discípulo” – μαθητὴς (mathētḗs)
- Refere-se a um seguidor, aprendiz. No contexto de João, o termo denota relacionamento pessoal e discipulado fiel.
b) “A quem Jesus amava” – ὃν ἠγάπα ὁ Ἰησοῦς (hon ēgápa ho Iēsous)
- Verbo: ἀγαπάω (agapáō), no imperfeito do indicativo ativo: “amava continuamente”.
- O uso do imperfeito transmite ação habitual, indicando uma afeição constante e duradoura.
- Isso não significa favoritismo, mas uma relação espiritual íntima, alicerçada no amor sacrificial de Cristo.
c) “Reclinado” – ἀνακείμενος (anakímenos)
- Literalmente, “estar deitado à mesa” — descreve a prática judaico-romana da refeição reclinada.
- O discípulo estava à direita de Jesus, posição de honra.
d) “No peito de Jesus” – ἐν τῷ κόλπῳ τοῦ Ἰησοῦ (en tō kólpō tou Iēsou)
- κόλπος (kólpos): o seio, o espaço entre o braço e o tórax — símbolo de intimidade e confiança profunda.
- A mesma palavra aparece em João 1.18, quando diz que Jesus está “no seio (κόλπος) do Pai”.
3. INTERPRETAÇÃO TEOLÓGICA
A frase “discípulo a quem Jesus amava” aparece cinco vezes no Evangelho de João (13.23; 19.26; 20.2; 21.7; 21.20). Ela revela a profundidade do relacionamento pessoal entre Jesus e João e representa um modelo de discipulado baseado na intimidade e no amor.
📘 Craig Keener, em The Gospel of John – A Commentary, afirma que João prefere não se nomear, optando por destacar o relacionamento amoroso com Cristo, enfatizando que sua identidade está enraizada no amor de Jesus.
📘 D. A. Carson observa em The Gospel According to John que João posiciona a si mesmo como um modelo de discipulado: aquele que está perto de Cristo, ouve Sua voz e testemunha Sua glória (cf. Jo 1.14).
4. APLICAÇÃO PESSOAL
- O discípulo amado ilustra a experiência cristã ideal: estar reclinado no peito de Cristo, ouvindo sua voz e confiando em Seu amor.
- Em um mundo agitado, a verdadeira segurança e identidade estão no amor de Jesus.
- O seguidor fiel de Cristo não se define por títulos ou posições, mas pela intimidade com o Mestre.
- Todo crente é chamado a ser "aquele a quem Jesus ama" — viver com a certeza do amor constante de Cristo, mesmo diante de traições, lutas e despedidas.
📊 TABELA EXPOSITIVA – João 13.23
Elemento | Palavra Grega | Significado Teológico | Aplicação Pessoal |
Discípulo | μαθητής (mathētḗs) | Aprendiz e seguidor íntimo de Jesus | Siga Jesus como discípulo relacional, não apenas formal |
A quem Jesus amava | ὃν ἠγάπα (hon ēgápa) | Amor duradouro e sacrificial | Sua identidade está no amor imutável de Cristo |
Reclinado | ἀνακείμενος (anakímenos) | Participar da mesa em posição de honra | Há lugar para você na mesa de Cristo |
No peito de Jesus | ἐν τῷ κόλπῳ (en tō kólpō) | Intimidade, confiança, comunhão | Cristo nos convida a repousar nele em plena confiança |
Seio do Pai (Jo 1.18) | κόλπος (kólpos) | Jesus veio do seio do Pai para nos trazer ao seu colo | A intimidade de Cristo com o Pai é o modelo para nós |
📚 REFERÊNCIAS ACADÊMICAS
- Keener, Craig S. – The Gospel of John: A Commentary (Baker Academic)
- Carson, D. A. – The Gospel According to John (PNTC)
- Barrett, C. K. – The Gospel According to St. John
- Morris, Leon – The Gospel According to John (NICNT)
- Kostenberger, Andreas – John (BECNT)
- Bíblia de Estudo Palavras-Chave – Hebraico e Grego
- Bíblia de Estudo Pentecostal
VERDADE APLICADA
Pela revelação das Escrituras e pelo poder do Espírito Santo, vivamos no presente século como referência de amor a Deus e ao próximo.
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OBJETIVOS DA LIÇÃO
Saber que seguir a Jesus gera transformação de caráter.
Ressaltar a fidelidade de João como discípulo de Jesus.
Reconhecer que a caminhada com Jesus gera maturidade em amor.
DINAMICA EXTRA
Comentário de Hubner Braz
🟡 DINÂMICA: “DO TROVÃO AO AMOR”
Tema: A transformação de João pelo amor de Jesus
Texto-chave: João 13.23Objetivo: Mostrar como o amor de Cristo transforma o temperamento e o caráter do discípulo.
🎯 Materiais Necessários:
- Cartões ou folhas com duas palavras:
- De um lado: “Impulsivo / Filho do Trovão”
- Do outro: “Discípulo Amado / Apóstolo do Amor”
- Canetas ou marcadores
- Fita adesiva ou alfinetes (para prender na roupa)
- Uma vela acesa ou lâmpada (simbolizando a presença de Cristo – opcional)
📝 Procedimento:
- Distribuição dos cartões:Entregue a cada aluno um cartão com as palavras “Impulsivo / Filho do Trovão” voltadas para fora (visíveis).
- Início da reflexão:Explique que João, o discípulo amado, não começou sua caminhada com Jesus já como o “apóstolo do amor”, mas como alguém de temperamento forte, impetuoso e até exclusivista.
- Leitura interativa:Peça a três voluntários para lerem:
- Lucas 9.54 (João pedindo fogo sobre os samaritanos)
- Marcos 9.38 (João proibindo outro de expulsar demônios)
- João 13.23 (João reclinado no peito de Jesus)
- Ato simbólico de transformação:Em silêncio, convide cada aluno a virar seu cartão, agora mostrando o outro lado: “Discípulo Amado / Apóstolo do Amor”.Nesse momento, pode acender a vela/lâmpada ou tocar um fundo musical suave (opcional), reforçando a ideia de iluminação e transformação.
- Aplicação em grupo (2-3 minutos):Faça as seguintes perguntas:
- O que mais impacta você na transformação de João?
- Que áreas da sua vida precisam ser moldadas pelo amor de Cristo?
- Como podemos amar como Jesus nos amou?
- Conclusão:Diga:“Assim como João, todos nós temos traços que precisam ser moldados pelo amor de Jesus. O Espírito Santo é quem realiza essa transformação. Que sejamos discípulos que ouvem, aprendem, amadurecem e refletem o amor de Cristo.”
📌 Lembrete para os alunos:
“Deus não chama os perfeitos, mas transforma os que Ele chama.”“O discípulo amado começou como filho do trovão, mas terminou como apóstolo do amor!”
✅ RESULTADO ESPERADO:
- Os alunos vão refletir sobre sua caminhada com Cristo.
- Serão desafiados a permitir que o Espírito Santo molde seu caráter como fez com João.
- Compreenderão que o amor é o sinal mais visível de um verdadeiro discípulo de Jesus.
🟡 DINÂMICA: “DO TROVÃO AO AMOR”
Tema: A transformação de João pelo amor de Jesus
🎯 Materiais Necessários:
- Cartões ou folhas com duas palavras:
- De um lado: “Impulsivo / Filho do Trovão”
- Do outro: “Discípulo Amado / Apóstolo do Amor”
- Canetas ou marcadores
- Fita adesiva ou alfinetes (para prender na roupa)
- Uma vela acesa ou lâmpada (simbolizando a presença de Cristo – opcional)
📝 Procedimento:
- Distribuição dos cartões:Entregue a cada aluno um cartão com as palavras “Impulsivo / Filho do Trovão” voltadas para fora (visíveis).
- Início da reflexão:Explique que João, o discípulo amado, não começou sua caminhada com Jesus já como o “apóstolo do amor”, mas como alguém de temperamento forte, impetuoso e até exclusivista.
- Leitura interativa:Peça a três voluntários para lerem:
- Lucas 9.54 (João pedindo fogo sobre os samaritanos)
- Marcos 9.38 (João proibindo outro de expulsar demônios)
- João 13.23 (João reclinado no peito de Jesus)
- Ato simbólico de transformação:Em silêncio, convide cada aluno a virar seu cartão, agora mostrando o outro lado: “Discípulo Amado / Apóstolo do Amor”.Nesse momento, pode acender a vela/lâmpada ou tocar um fundo musical suave (opcional), reforçando a ideia de iluminação e transformação.
- Aplicação em grupo (2-3 minutos):Faça as seguintes perguntas:
- O que mais impacta você na transformação de João?
- Que áreas da sua vida precisam ser moldadas pelo amor de Cristo?
- Como podemos amar como Jesus nos amou?
- Conclusão:Diga:“Assim como João, todos nós temos traços que precisam ser moldados pelo amor de Jesus. O Espírito Santo é quem realiza essa transformação. Que sejamos discípulos que ouvem, aprendem, amadurecem e refletem o amor de Cristo.”
📌 Lembrete para os alunos:
✅ RESULTADO ESPERADO:
- Os alunos vão refletir sobre sua caminhada com Cristo.
- Serão desafiados a permitir que o Espírito Santo molde seu caráter como fez com João.
- Compreenderão que o amor é o sinal mais visível de um verdadeiro discípulo de Jesus.
TEXTOS DE REFERÊNCIA
MATEUS 4
21 E, adiantando-se dali, viu outros dois irmãos, Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão, num barco, com seu pai Zebedeu, consertando as redes; e chamou-os.
22 Eles, deixando imediatamente o barco e seu pai, seguiram-no.
JOÃO 19
26 Ora, Jesus, vendo ali sua mãe e que o discípulo a quem ele amava estava presente, disse à sua mãe: Mulher, eis aí o teu filho.
27 Depois disse ao discípulo: Eis aí tua mãe. E desde aquela hora o discípulo a recebeu em sua casa.
JOÃO 21
7 Então aquele discípulo a quem Jesus amava disse a Pedro: É o Senhor. E, quando Simão Pedro ouviu que era o Senhor, cingiu-se com a túnica (porque estava nu) e lançou-se ao mar.
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
Mateus 4.21-22; João 19.26-27; João 21.7
📖 1. MATEUS 4.21-22
“E, adiantando-se dali, viu outros dois irmãos, Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão, num barco, com seu pai Zebedeu, consertando as redes; e chamou-os. Eles, deixando imediatamente o barco e seu pai, seguiram-no.”
🔍 Análise das palavras gregas:
- ἐκάλεσεν (ekálesen) – “chamou”: aoristo do verbo καλέω, “convocar, chamar com propósito”. Indica uma vocação divina e decisiva.
- ἀφέντες (aphéntes) – “deixando”: participio aoristo de ἀφίημι, “abandonar, largar, renunciar”.
- ἠκολούθησαν (ēkolouthēsan) – “seguiram-no”: do verbo ἀκολουθέω, usado frequentemente nos Evangelhos para descrever o ato de seguir Jesus como discípulo fiel.
🧠 Comentário:
João, irmão de Tiago, é chamado diretamente por Jesus e prontamente responde, deixando barco, trabalho e família. Essa prontidão revela a autoridade de Jesus e a disposição radical do discipulado.
📖 2. JOÃO 19.26-27
“Ora, Jesus, vendo ali sua mãe e que o discípulo a quem ele amava estava presente, disse à sua mãe: Mulher, eis aí o teu filho. Depois disse ao discípulo: Eis aí tua mãe. E desde aquela hora o discípulo a recebeu em sua casa.”
🔍 Análise das palavras gregas:
- βλέπων (blépōn) – “vendo”: mais que enxergar fisicamente, indica atenção e cuidado espiritual.
- παραλαμβάνει (paralambánei) – “recebeu”: do verbo παραλαμβάνω, “acolher, tomar para si” — denota responsabilidade relacional e espiritual.
🧠 Comentário:
Mesmo na cruz, Jesus age com amor e confiança, entregando Sua mãe aos cuidados de João. A tradição identifica o “discípulo amado” como João, que, nesse momento, assume um papel familiar e pastoral. Isso reflete o modelo de comunidade espiritual da nova família de Deus (cf. Mc 3.33-35).
📖 3. JOÃO 21.7
“Então aquele discípulo a quem Jesus amava disse a Pedro: É o Senhor. E, quando Simão Pedro ouviu que era o Senhor, cingiu-se com a túnica (porque estava nu) e lançou-se ao mar.”
🔍 Análise das palavras gregas:
- ἔφη (éphē) – “disse”: forma verbal que indica uma declaração imediata e pessoal.
- ὁ Κύριός ἐστιν (ho Kyrios estin) – “É o Senhor!”: uma profunda declaração de reconhecimento espiritual.
- ἐπενδύσατο (ependýsato) – “cingiu-se”: preparou-se com respeito para encontrar o Senhor.
- ἔβαλεν ἑαυτὸν εἰς τὴν θάλασσαν (ébālen heautòn eis tēn thálassan) – “lançou-se ao mar”: expressa ímpeto e paixão pela presença do Senhor.
🧠 Comentário:
João é o primeiro a discernir espiritualmente a presença do Ressuscitado. Pedro reage com ação impulsiva, mas é João quem reconhece primeiro: “É o Senhor!”. Isso mostra sua intimidade e sensibilidade espiritual.
📚 REFERÊNCIAS ACADÊMICAS
- Leon Morris – The Gospel According to John (NICNT)
- D.A. Carson – The Gospel According to John (PNTC)
- Craig Keener – The IVP Bible Background Commentary
- Raymond Brown – The Gospel According to John (Anchor Yale Commentary)
- Bíblia de Estudo Palavras-Chave (CPAD)
- Bíblia de Estudo Pentecostal (CPAD)
❤️ APLICAÇÃO PESSOAL
- Como João, precisamos responder prontamente ao chamado de Jesus, abrindo mão do que for necessário.
- A intimidade com Cristo gera discernimento espiritual, como o que João teve no mar da Galileia.
- João cuidou da mãe de Jesus: você tem honrado sua família espiritual?
- Que o nosso relacionamento com Jesus nos leve a estar perto dele em todos os momentos — na cruz, no mar, na missão.
📊 TABELA EXPOSITIVA: João, o Discípulo Amado
Texto
Palavra-Chave Grega
Significado
Aplicação Espiritual
Mateus 4.21-22
ἀκολουθέω (seguir)
Discipulado ativo
Responda prontamente ao chamado de Jesus
João 19.26-27
παραλαμβάνω (acolher)
Cuidado espiritual
A intimidade com Cristo nos torna responsáveis
João 21.7
Κύριος (Kyrios)
Reconhecimento do Senhor
Esteja sensível à presença de Jesus ressurreto
Mateus 4.21-22; João 19.26-27; João 21.7
📖 1. MATEUS 4.21-22
“E, adiantando-se dali, viu outros dois irmãos, Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão, num barco, com seu pai Zebedeu, consertando as redes; e chamou-os. Eles, deixando imediatamente o barco e seu pai, seguiram-no.”
🔍 Análise das palavras gregas:
- ἐκάλεσεν (ekálesen) – “chamou”: aoristo do verbo καλέω, “convocar, chamar com propósito”. Indica uma vocação divina e decisiva.
- ἀφέντες (aphéntes) – “deixando”: participio aoristo de ἀφίημι, “abandonar, largar, renunciar”.
- ἠκολούθησαν (ēkolouthēsan) – “seguiram-no”: do verbo ἀκολουθέω, usado frequentemente nos Evangelhos para descrever o ato de seguir Jesus como discípulo fiel.
🧠 Comentário:
João, irmão de Tiago, é chamado diretamente por Jesus e prontamente responde, deixando barco, trabalho e família. Essa prontidão revela a autoridade de Jesus e a disposição radical do discipulado.
📖 2. JOÃO 19.26-27
“Ora, Jesus, vendo ali sua mãe e que o discípulo a quem ele amava estava presente, disse à sua mãe: Mulher, eis aí o teu filho. Depois disse ao discípulo: Eis aí tua mãe. E desde aquela hora o discípulo a recebeu em sua casa.”
🔍 Análise das palavras gregas:
- βλέπων (blépōn) – “vendo”: mais que enxergar fisicamente, indica atenção e cuidado espiritual.
- παραλαμβάνει (paralambánei) – “recebeu”: do verbo παραλαμβάνω, “acolher, tomar para si” — denota responsabilidade relacional e espiritual.
🧠 Comentário:
Mesmo na cruz, Jesus age com amor e confiança, entregando Sua mãe aos cuidados de João. A tradição identifica o “discípulo amado” como João, que, nesse momento, assume um papel familiar e pastoral. Isso reflete o modelo de comunidade espiritual da nova família de Deus (cf. Mc 3.33-35).
📖 3. JOÃO 21.7
“Então aquele discípulo a quem Jesus amava disse a Pedro: É o Senhor. E, quando Simão Pedro ouviu que era o Senhor, cingiu-se com a túnica (porque estava nu) e lançou-se ao mar.”
🔍 Análise das palavras gregas:
- ἔφη (éphē) – “disse”: forma verbal que indica uma declaração imediata e pessoal.
- ὁ Κύριός ἐστιν (ho Kyrios estin) – “É o Senhor!”: uma profunda declaração de reconhecimento espiritual.
- ἐπενδύσατο (ependýsato) – “cingiu-se”: preparou-se com respeito para encontrar o Senhor.
- ἔβαλεν ἑαυτὸν εἰς τὴν θάλασσαν (ébālen heautòn eis tēn thálassan) – “lançou-se ao mar”: expressa ímpeto e paixão pela presença do Senhor.
🧠 Comentário:
João é o primeiro a discernir espiritualmente a presença do Ressuscitado. Pedro reage com ação impulsiva, mas é João quem reconhece primeiro: “É o Senhor!”. Isso mostra sua intimidade e sensibilidade espiritual.
📚 REFERÊNCIAS ACADÊMICAS
- Leon Morris – The Gospel According to John (NICNT)
- D.A. Carson – The Gospel According to John (PNTC)
- Craig Keener – The IVP Bible Background Commentary
- Raymond Brown – The Gospel According to John (Anchor Yale Commentary)
- Bíblia de Estudo Palavras-Chave (CPAD)
- Bíblia de Estudo Pentecostal (CPAD)
❤️ APLICAÇÃO PESSOAL
- Como João, precisamos responder prontamente ao chamado de Jesus, abrindo mão do que for necessário.
- A intimidade com Cristo gera discernimento espiritual, como o que João teve no mar da Galileia.
- João cuidou da mãe de Jesus: você tem honrado sua família espiritual?
- Que o nosso relacionamento com Jesus nos leve a estar perto dele em todos os momentos — na cruz, no mar, na missão.
📊 TABELA EXPOSITIVA: João, o Discípulo Amado
Texto | Palavra-Chave Grega | Significado | Aplicação Espiritual |
Mateus 4.21-22 | ἀκολουθέω (seguir) | Discipulado ativo | Responda prontamente ao chamado de Jesus |
João 19.26-27 | παραλαμβάνω (acolher) | Cuidado espiritual | A intimidade com Cristo nos torna responsáveis |
João 21.7 | Κύριος (Kyrios) | Reconhecimento do Senhor | Esteja sensível à presença de Jesus ressurreto |
LEITURAS COMPLEMENTARES
SEGUNDA – Jo 13.23 João reclinou no peito de Jesus.
TERÇA – Rm 2.11 Deus não faz acepção de pessoas.
QUARTA – At 3.1 João, um homem de oração.
QUINTA – At 4.3,4 João, um discípulo ousado.
SEXTA – Mt 11.29 Um homem que aprendeu com Jesus.
SÁBADO – 1Jo 3.18 Não amemos de palavra, mas em verdade.
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
📖 SEGUNDA – João 13.23
“Ora, um de seus discípulos, aquele a quem Jesus amava, estava reclinado no seio de Jesus.”
🕊 Comentário:
O apóstolo João demonstra profunda intimidade com Cristo. Estar reclinado ao peito de Jesus (em grego: kolpon tou Iēsou) não é apenas uma postura física, mas símbolo de uma relação de afeto, confiança e comunhão.
📌 Aplicação:
Busquemos uma espiritualidade que nos leve a estar perto do coração de Cristo. O lugar de João é o nosso modelo: proximidade com Jesus é o segredo para amar e servir com verdade.
📖 TERÇA – Romanos 2.11
“Porque, para com Deus, não há acepção de pessoas.”
🕊 Comentário:
João era parte do círculo íntimo de Jesus, mas isso não significava favoritismo. A escolha de Deus é sempre baseada em graça e propósito, não em mérito humano.
📌 Aplicação:
Deus nos ama igualmente e nos chama para lugares distintos no Reino. Em vez de comparações, devemos viver com fidelidade e gratidão o chamado que recebemos.
📖 QUARTA – Atos 3.1
“Pedro e João subiam juntos ao templo à hora da oração, a nona.”
🕊 Comentário:
João era um homem de oração. Mesmo após a ascensão de Cristo, manteve o hábito de buscar a presença de Deus. Isso revela uma vida de comunhão constante, mesmo após a “missão visível” de Jesus ter terminado.
📌 Aplicação:
A intimidade com Deus não é evento, mas hábito. Oração não é uma formalidade, mas o pulmão da alma. Como João, precisamos ser fiéis na devoção.
📖 QUINTA – Atos 4.3,4
“E lançaram mão deles, e os encerraram na prisão até ao dia seguinte... muitos, porém, dos que ouviram a palavra creram...”
🕊 Comentário:
João não era apenas contemplativo, mas também ousado e corajoso na proclamação do Evangelho. Ele enfrentou prisões e perseguições sem recuar.
📌 Aplicação:
O verdadeiro amor por Jesus gera coragem. Quem está perto de Cristo, como João, não teme os homens. Que sejamos fiéis, mesmo sob pressão.
📖 SEXTA – Mateus 11.29
“Aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração...”
🕊 Comentário:
João foi transformado de “filho do trovão” (Mc 3.17) em o “discípulo do amor”. Aprender de Jesus significa deixar que Ele molde nosso caráter à sua imagem.
📌 Aplicação:
A transformação de João é a prova de que o discipulado genuíno gera fruto. Precisamos deixar o Espírito Santo nos ensinar a ser mansos, humildes e cheios de graça.
📖 SÁBADO – 1 João 3.18
“Filhinhos, não amemos de palavra, nem de língua, mas por obra e em verdade.”
🕊 Comentário:
João, no fim da vida, escreve como um ancião espiritual, clamando por um amor prático e autêntico. O mesmo que reclinava no peito de Cristo agora ensina a amar como Ele amou.
📌 Aplicação:
Amar em verdade significa agir com misericórdia, justiça e generosidade. Que o nosso amor não seja teórico, mas visível nas nossas atitudes.
📊 TABELA EXPOSITIVA – As Marcas do Discípulo Amado
Dia
Texto Bíblico
Ênfase Espiritual
Aplicação Prática
Segunda
João 13.23
Intimidade com Cristo
Buscar comunhão profunda com Jesus
Terça
Romanos 2.11
Justiça divina
Reconhecer o valor igual de todos no Reino
Quarta
Atos 3.1
Vida de oração
Priorizar a devoção e constância espiritual
Quinta
Atos 4.3-4
Ousadia no testemunho
Permanecer firme mesmo em oposição
Sexta
Mateus 11.29
Discipulado transformador
Deixar Jesus moldar nosso caráter
Sábado
1 João 3.18
Amor prático
Amar com atitudes, não apenas palavras
📖 SEGUNDA – João 13.23
“Ora, um de seus discípulos, aquele a quem Jesus amava, estava reclinado no seio de Jesus.”
🕊 Comentário:
O apóstolo João demonstra profunda intimidade com Cristo. Estar reclinado ao peito de Jesus (em grego: kolpon tou Iēsou) não é apenas uma postura física, mas símbolo de uma relação de afeto, confiança e comunhão.
📌 Aplicação:
Busquemos uma espiritualidade que nos leve a estar perto do coração de Cristo. O lugar de João é o nosso modelo: proximidade com Jesus é o segredo para amar e servir com verdade.
📖 TERÇA – Romanos 2.11
“Porque, para com Deus, não há acepção de pessoas.”
🕊 Comentário:
João era parte do círculo íntimo de Jesus, mas isso não significava favoritismo. A escolha de Deus é sempre baseada em graça e propósito, não em mérito humano.
📌 Aplicação:
Deus nos ama igualmente e nos chama para lugares distintos no Reino. Em vez de comparações, devemos viver com fidelidade e gratidão o chamado que recebemos.
📖 QUARTA – Atos 3.1
“Pedro e João subiam juntos ao templo à hora da oração, a nona.”
🕊 Comentário:
João era um homem de oração. Mesmo após a ascensão de Cristo, manteve o hábito de buscar a presença de Deus. Isso revela uma vida de comunhão constante, mesmo após a “missão visível” de Jesus ter terminado.
📌 Aplicação:
A intimidade com Deus não é evento, mas hábito. Oração não é uma formalidade, mas o pulmão da alma. Como João, precisamos ser fiéis na devoção.
📖 QUINTA – Atos 4.3,4
“E lançaram mão deles, e os encerraram na prisão até ao dia seguinte... muitos, porém, dos que ouviram a palavra creram...”
🕊 Comentário:
João não era apenas contemplativo, mas também ousado e corajoso na proclamação do Evangelho. Ele enfrentou prisões e perseguições sem recuar.
📌 Aplicação:
O verdadeiro amor por Jesus gera coragem. Quem está perto de Cristo, como João, não teme os homens. Que sejamos fiéis, mesmo sob pressão.
📖 SEXTA – Mateus 11.29
“Aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração...”
🕊 Comentário:
João foi transformado de “filho do trovão” (Mc 3.17) em o “discípulo do amor”. Aprender de Jesus significa deixar que Ele molde nosso caráter à sua imagem.
📌 Aplicação:
A transformação de João é a prova de que o discipulado genuíno gera fruto. Precisamos deixar o Espírito Santo nos ensinar a ser mansos, humildes e cheios de graça.
📖 SÁBADO – 1 João 3.18
“Filhinhos, não amemos de palavra, nem de língua, mas por obra e em verdade.”
🕊 Comentário:
João, no fim da vida, escreve como um ancião espiritual, clamando por um amor prático e autêntico. O mesmo que reclinava no peito de Cristo agora ensina a amar como Ele amou.
📌 Aplicação:
Amar em verdade significa agir com misericórdia, justiça e generosidade. Que o nosso amor não seja teórico, mas visível nas nossas atitudes.
📊 TABELA EXPOSITIVA – As Marcas do Discípulo Amado
Dia | Texto Bíblico | Ênfase Espiritual | Aplicação Prática |
Segunda | João 13.23 | Intimidade com Cristo | Buscar comunhão profunda com Jesus |
Terça | Romanos 2.11 | Justiça divina | Reconhecer o valor igual de todos no Reino |
Quarta | Atos 3.1 | Vida de oração | Priorizar a devoção e constância espiritual |
Quinta | Atos 4.3-4 | Ousadia no testemunho | Permanecer firme mesmo em oposição |
Sexta | Mateus 11.29 | Discipulado transformador | Deixar Jesus moldar nosso caráter |
Sábado | 1 João 3.18 | Amor prático | Amar com atitudes, não apenas palavras |
HINOS SUGERIDOS: 26, 197, 214
MOTIVO DE ORAÇÃO
Ore para os crentes em Jesus sejam abundantes no amor ao próximo.
ESBOÇO DA LIÇÃO
Introdução
1- O jovem João, filho de Zebedeu
2- O discípulo amado
3- João, o apóstolo do Amor
Conclusão
INTRODUÇÃO
Nesta lição, estudaremos a caminhada do jovem João, filho de Zebedeu, discípulo e, mais tarde, Apóstolo de Jesus. Descrito como o discípulo amado, João viveu até idade avançada, depois de receber de Deus a revelação do Livro de Apocalipse. Ele também ficou conhecido como o apóstolo do Amor.
PONTO DE PARTIDA: A relevância de viver o verdadeiro amor.
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
A vida de João, filho de Zebedeu, é um exemplo notável de transformação espiritual, discipulado profundo e fidelidade a Jesus até o fim. Ele é descrito como um dos três discípulos mais próximos de Cristo (Mt 17.1; Mc 5.37; 14.33), e o único que permaneceu aos pés da cruz (Jo 19.26).
1. João: O “filho do trovão” transformado em discípulo do amor
Jesus deu a João e a seu irmão Tiago o apelido de “Boanerges” (grego transliterado do aramaico: Boanērges, Μποανηργές), que significa “filhos do trovão” (Mc 3.17), provavelmente por seu temperamento impulsivo (cf. Lc 9.54). Mas, ao longo de seu relacionamento com Cristo, João foi sendo transformado até se tornar o apóstolo do amor, como expressa em 1 João 4.8:
"Quem não ama, não conhece a Deus; porque Deus é amor."
A palavra amor em 1 João é agápē (ἀγάπη), que descreve o amor sacrificial, incondicional e divino. Este conceito permeia toda a teologia joanina: o amor como evidência da regeneração e comunhão com Deus.
2. João, o discípulo amado
Em João 13.23, lemos:
"Ora, um de seus discípulos, aquele a quem Jesus amava, estava reclinado no seio de Jesus."
A expressão “discípulo a quem Jesus amava” (gr. ho mathētēs hon ēgapa ho Iēsous) não é uma expressão de favoritismo, mas de relacionamento íntimo e transformador. A raiz do verbo ēgapa (do verbo agapaō) ressalta que João experimentou esse amor profundo e verdadeiro, que moldou sua identidade e missão.
3. João e a revelação escatológica
João é também o autor do Apocalipse (Apokálypsis, ἀποκάλυψις, “revelação”), o único livro profético do Novo Testamento com linguagem altamente simbólica e teologia de juízo, restauração e triunfo final de Cristo. A revelação lhe foi concedida já em idade avançada, em Patmos (Ap 1.9), confirmando sua longevidade e fé perseverante.
📚 REFERÊNCIAS ACADÊMICAS CRISTÃS
- Craig Keener, no The IVP Bible Background Commentary, destaca que a linguagem joanina é profundamente enraizada no relacionamento pessoal com Cristo, sendo a teologia do amor um reflexo direto da intimidade com o Salvador.
- D.A. Carson, em O Comentário Bíblico de João, aponta que João é menos narrativo e mais reflexivo que os outros evangelistas, com ênfase teológica na vida eterna, na fé e no amor.
- William Barclay observa que a transformação de João foi operada por sua permanência na presença do Senhor e que, por isso, suas cartas são verdadeiros tratados de espiritualidade prática.
🧩 APLICAÇÃO PESSOAL
A história de João nos ensina que ninguém está além da transformação divina. Aquele que foi impulsivo tornou-se o apóstolo do amor. Isso nos mostra que:
- Intimidade com Jesus molda nosso caráter.
- O amor é o selo do verdadeiro discípulo.
- Devemos ser fiéis até o fim, mesmo em tempos de perseguição e solidão.
- O verdadeiro discipulado inclui contemplação, ação e proclamação (como vemos em João, Atos e Apocalipse).
A pergunta que nos cabe é: temos deixado o amor de Deus nos transformar, como fez com João?
📊 TABELA EXPOSITIVA: A Jornada Espiritual de João
Aspecto
Antes de Cristo
Durante o discipulado
Após a ressurreição
Temperamento
Filho do trovão (Mc 3.17)
Intimidade com Jesus (Jo 13.23)
Amoroso, perseverante, profético (Ap 1.9)
Missão
Pescador (Mt 4.21)
Discípulo amado, testemunha ocular
Apóstolo, líder da igreja, escritor inspirado
Palavra-chave
Impulsividade
Amor
Revelação
Amor em grego
–
Agápē (ἀγάπη)
Amor maduro e sacrificial
Aplicação para nós
Início falho
Transformação contínua
Perseverança até o fim
A vida de João, filho de Zebedeu, é um exemplo notável de transformação espiritual, discipulado profundo e fidelidade a Jesus até o fim. Ele é descrito como um dos três discípulos mais próximos de Cristo (Mt 17.1; Mc 5.37; 14.33), e o único que permaneceu aos pés da cruz (Jo 19.26).
1. João: O “filho do trovão” transformado em discípulo do amor
Jesus deu a João e a seu irmão Tiago o apelido de “Boanerges” (grego transliterado do aramaico: Boanērges, Μποανηργές), que significa “filhos do trovão” (Mc 3.17), provavelmente por seu temperamento impulsivo (cf. Lc 9.54). Mas, ao longo de seu relacionamento com Cristo, João foi sendo transformado até se tornar o apóstolo do amor, como expressa em 1 João 4.8:
"Quem não ama, não conhece a Deus; porque Deus é amor."
A palavra amor em 1 João é agápē (ἀγάπη), que descreve o amor sacrificial, incondicional e divino. Este conceito permeia toda a teologia joanina: o amor como evidência da regeneração e comunhão com Deus.
2. João, o discípulo amado
Em João 13.23, lemos:
"Ora, um de seus discípulos, aquele a quem Jesus amava, estava reclinado no seio de Jesus."
A expressão “discípulo a quem Jesus amava” (gr. ho mathētēs hon ēgapa ho Iēsous) não é uma expressão de favoritismo, mas de relacionamento íntimo e transformador. A raiz do verbo ēgapa (do verbo agapaō) ressalta que João experimentou esse amor profundo e verdadeiro, que moldou sua identidade e missão.
3. João e a revelação escatológica
João é também o autor do Apocalipse (Apokálypsis, ἀποκάλυψις, “revelação”), o único livro profético do Novo Testamento com linguagem altamente simbólica e teologia de juízo, restauração e triunfo final de Cristo. A revelação lhe foi concedida já em idade avançada, em Patmos (Ap 1.9), confirmando sua longevidade e fé perseverante.
📚 REFERÊNCIAS ACADÊMICAS CRISTÃS
- Craig Keener, no The IVP Bible Background Commentary, destaca que a linguagem joanina é profundamente enraizada no relacionamento pessoal com Cristo, sendo a teologia do amor um reflexo direto da intimidade com o Salvador.
- D.A. Carson, em O Comentário Bíblico de João, aponta que João é menos narrativo e mais reflexivo que os outros evangelistas, com ênfase teológica na vida eterna, na fé e no amor.
- William Barclay observa que a transformação de João foi operada por sua permanência na presença do Senhor e que, por isso, suas cartas são verdadeiros tratados de espiritualidade prática.
🧩 APLICAÇÃO PESSOAL
A história de João nos ensina que ninguém está além da transformação divina. Aquele que foi impulsivo tornou-se o apóstolo do amor. Isso nos mostra que:
- Intimidade com Jesus molda nosso caráter.
- O amor é o selo do verdadeiro discípulo.
- Devemos ser fiéis até o fim, mesmo em tempos de perseguição e solidão.
- O verdadeiro discipulado inclui contemplação, ação e proclamação (como vemos em João, Atos e Apocalipse).
A pergunta que nos cabe é: temos deixado o amor de Deus nos transformar, como fez com João?
📊 TABELA EXPOSITIVA: A Jornada Espiritual de João
Aspecto | Antes de Cristo | Durante o discipulado | Após a ressurreição |
Temperamento | Filho do trovão (Mc 3.17) | Intimidade com Jesus (Jo 13.23) | Amoroso, perseverante, profético (Ap 1.9) |
Missão | Pescador (Mt 4.21) | Discípulo amado, testemunha ocular | Apóstolo, líder da igreja, escritor inspirado |
Palavra-chave | Impulsividade | Amor | Revelação |
Amor em grego | – | Agápē (ἀγάπη) | Amor maduro e sacrificial |
Aplicação para nós | Início falho | Transformação contínua | Perseverança até o fim |
1- O jovem João, filho de Zebedeu
João, filho de Zebedeu e irmão de Tiago (Mt 4.21), foi um dos doze apóstolos de Jesus. João e Tiago eram pescadores e estavam reparando suas redes de pesca quando foram chamados por Jesus. Os dois irmãos imediatamente deixaram tudo, inclusive seu pai, e passaram a seguir o Mestre (Mt 4.22).
1.1. Dois jovens impetuosos. João esteve presente em eventos marcantes da vida terrena de Jesus. Em alguns momentos, ele chegou a revelar um caráter impetuoso, como quando a estadia de Jesus numa aldeia de samaritanos foi recusada (Lc 9.53). João e Tiago logo disseram ao Mestre: “Senhor, queres que digamos que desça o fogo do céu e os consuma, como Elias também fez?”, Lc 9.54. O Mestre, no entanto, os advertiu que não veio para destruir as almas, mas para salvá-las do inferno (Lc 9.56).
F.F. Bruce (2012, p.1148). “Os samaritanos eram um espinho especial na carne dos judeus. Eles eram descendentes das tribos mistas com que Sargão II da Assíria havia repovoado Samaria depois da queda do reino de Israel em 722 a.C. (2Rs 17.24-34); е, como tais, não eram de fato judeus de raça. Mas eles adotaram as formas judaicas de adoração e liam a Torá dos judeus, e, quando após o retorno do exílio, os judeus rejeitaram a ajuda dos samaritanos na reconstrução das ruínas, a animosidade se intensificou consideravelmente. (…) Nesse incidente, a rudeza samaritana suscitou a ira dos filhos do trovão, que queriam permissão para retribuir com juros”.
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
1. João, o jovem pescador chamado por Jesus
João, irmão de Tiago e filho de Zebedeu, era pescador no mar da Galileia. Jesus o chamou enquanto consertava as redes, e ele “imediatamente deixou o barco e o pai” para seguir o Mestre (Mt 4.21-22). Isso revela disposição, desprendimento e obediência — atitudes fundamentais do verdadeiro discipulado.
A palavra usada para “chamar” em Mateus 4.21 é do verbo grego καλέω (kaléō), que significa “chamar, convidar, convocar com propósito”. O uso do aoristo sugere um chamado direto, eficaz e urgente — e João respondeu sem hesitação. Esse mesmo verbo é usado para o chamado de Deus à salvação e ao ministério em outras partes do Novo Testamento (Rm 8.30; 1 Co 1.9).
2. João e seu temperamento impetuoso: “filho do trovão”
João aparece em Lucas 9.54 revelando um traço de caráter impetuoso: quando os samaritanos recusaram hospedagem a Jesus, ele e Tiago sugeriram trazer fogo do céu — como Elias (cf. 2Rs 1.10-12). O texto grego de Lucas 9.54 usa καταβῇ πῦρ ἀπὸ τοῦ οὐρανοῦ (katabē pūr apo tou ouranou) — “descer fogo do céu” — ecoando a linguagem profética do Antigo Testamento.
A reação impulsiva de João levou Jesus a repreendê-lo (Lc 9.55). O Mestre veio “não para destruir as almas dos homens, mas para salvá-las” (Lc 9.56). Essa repreensão inicia o processo de transformação no caráter de João, o que se desenvolveria ao longo dos anos de discipulado.
3. O contexto histórico e o ódio entre judeus e samaritanos
F.F. Bruce explica a animosidade étnica entre judeus e samaritanos: após a queda de Samaria (722 a.C.), os assírios repovoaram a região com povos mistos (2Rs 17.24-34), que sincretizaram a adoração a Yahweh com práticas pagãs. Quando os judeus retornaram do exílio e rejeitaram a cooperação dos samaritanos na reconstrução do Templo (cf. Ed 4), a hostilidade aumentou. Esse contexto ajuda a entender a reação emocional de João — seu zelo nacionalista foi confundido com zelo espiritual.
📚 REFERÊNCIAS TEOLÓGICAS E ACADÊMICAS
- Craig Keener (IVP Background Commentary): Jesus constantemente ensinou que seu Reino se baseia no amor e na reconciliação, não na vingança e exclusão.
- F.F. Bruce (2012, Comentário Bíblico): destaca a origem da tensão entre judeus e samaritanos e como isso alimentava atitudes como as de João e Tiago.
- Hernandes Dias Lopes: “João foi transformado de um homem impetuoso em o apóstolo do amor, porque esteve perto de Jesus e permitiu que Ele moldasse seu coração.”
🧩 APLICAÇÃO PESSOAL
A vida de João nos desafia a reconhecer e submeter nossas falhas emocionais à ação transformadora de Cristo. Quantos de nós reagimos com raiva, julgamento ou dureza diante da rejeição? João foi corrigido por Jesus, mas não desistiu. Ele continuou com o Mestre, foi moldado e, anos depois, escreveu a carta que diz: “Aquele que ama é nascido de Deus” (1Jo 4.7).
➡️ Aplicação prática:
- Você está permitindo que Jesus transforme suas reações impulsivas em atitudes de amor e mansidão?
- Quando for rejeitado ou contrariado, você responde como “filho do trovão” ou como discípulo do amor?
📊 TABELA EXPOSITIVA – De Impetuoso a Discípulo do Amor
Elemento
Antes da transformação
Após discipulado com Jesus
Chamada
Kaléō – chamado imediato (Mt 4.21-22)
Tornou-se apóstolo e escritor inspirado
Temperamento
Impetuoso, julgador (Lc 9.54)
Amoroso, reconciliador (1Jo 4.7-21)
Reação à rejeição
Queria fogo do céu contra samaritanos
Proclamava amor como prova de salvação
Título dado por Jesus
Filho do Trovão (Mc 3.17)
Discípulo amado (Jo 13.23)
Papel no ministério
Entusiasmado, mas descontrolado
Pilar da igreja primitiva (Gl 2.9)
Aplicação para hoje
Temperamento deve ser moldado por Cristo
Amor deve ser evidência da fé verdadeira
1. João, o jovem pescador chamado por Jesus
João, irmão de Tiago e filho de Zebedeu, era pescador no mar da Galileia. Jesus o chamou enquanto consertava as redes, e ele “imediatamente deixou o barco e o pai” para seguir o Mestre (Mt 4.21-22). Isso revela disposição, desprendimento e obediência — atitudes fundamentais do verdadeiro discipulado.
A palavra usada para “chamar” em Mateus 4.21 é do verbo grego καλέω (kaléō), que significa “chamar, convidar, convocar com propósito”. O uso do aoristo sugere um chamado direto, eficaz e urgente — e João respondeu sem hesitação. Esse mesmo verbo é usado para o chamado de Deus à salvação e ao ministério em outras partes do Novo Testamento (Rm 8.30; 1 Co 1.9).
2. João e seu temperamento impetuoso: “filho do trovão”
João aparece em Lucas 9.54 revelando um traço de caráter impetuoso: quando os samaritanos recusaram hospedagem a Jesus, ele e Tiago sugeriram trazer fogo do céu — como Elias (cf. 2Rs 1.10-12). O texto grego de Lucas 9.54 usa καταβῇ πῦρ ἀπὸ τοῦ οὐρανοῦ (katabē pūr apo tou ouranou) — “descer fogo do céu” — ecoando a linguagem profética do Antigo Testamento.
A reação impulsiva de João levou Jesus a repreendê-lo (Lc 9.55). O Mestre veio “não para destruir as almas dos homens, mas para salvá-las” (Lc 9.56). Essa repreensão inicia o processo de transformação no caráter de João, o que se desenvolveria ao longo dos anos de discipulado.
3. O contexto histórico e o ódio entre judeus e samaritanos
F.F. Bruce explica a animosidade étnica entre judeus e samaritanos: após a queda de Samaria (722 a.C.), os assírios repovoaram a região com povos mistos (2Rs 17.24-34), que sincretizaram a adoração a Yahweh com práticas pagãs. Quando os judeus retornaram do exílio e rejeitaram a cooperação dos samaritanos na reconstrução do Templo (cf. Ed 4), a hostilidade aumentou. Esse contexto ajuda a entender a reação emocional de João — seu zelo nacionalista foi confundido com zelo espiritual.
📚 REFERÊNCIAS TEOLÓGICAS E ACADÊMICAS
- Craig Keener (IVP Background Commentary): Jesus constantemente ensinou que seu Reino se baseia no amor e na reconciliação, não na vingança e exclusão.
- F.F. Bruce (2012, Comentário Bíblico): destaca a origem da tensão entre judeus e samaritanos e como isso alimentava atitudes como as de João e Tiago.
- Hernandes Dias Lopes: “João foi transformado de um homem impetuoso em o apóstolo do amor, porque esteve perto de Jesus e permitiu que Ele moldasse seu coração.”
🧩 APLICAÇÃO PESSOAL
A vida de João nos desafia a reconhecer e submeter nossas falhas emocionais à ação transformadora de Cristo. Quantos de nós reagimos com raiva, julgamento ou dureza diante da rejeição? João foi corrigido por Jesus, mas não desistiu. Ele continuou com o Mestre, foi moldado e, anos depois, escreveu a carta que diz: “Aquele que ama é nascido de Deus” (1Jo 4.7).
➡️ Aplicação prática:
- Você está permitindo que Jesus transforme suas reações impulsivas em atitudes de amor e mansidão?
- Quando for rejeitado ou contrariado, você responde como “filho do trovão” ou como discípulo do amor?
📊 TABELA EXPOSITIVA – De Impetuoso a Discípulo do Amor
Elemento | Antes da transformação | Após discipulado com Jesus |
Chamada | Kaléō – chamado imediato (Mt 4.21-22) | Tornou-se apóstolo e escritor inspirado |
Temperamento | Impetuoso, julgador (Lc 9.54) | Amoroso, reconciliador (1Jo 4.7-21) |
Reação à rejeição | Queria fogo do céu contra samaritanos | Proclamava amor como prova de salvação |
Título dado por Jesus | Filho do Trovão (Mc 3.17) | Discípulo amado (Jo 13.23) |
Papel no ministério | Entusiasmado, mas descontrolado | Pilar da igreja primitiva (Gl 2.9) |
Aplicação para hoje | Temperamento deve ser moldado por Cristo | Amor deve ser evidência da fé verdadeira |
1.2. Filhos do trovão. Ao selecionar Seus doze discípulos, o Mestre chamou João e Tiago de “Filhos do trovão” (Mc 3.17). Os filhos de Zebedeu foram assim chamados devido à sua personalidade impulsiva e forte. Contudo, ao longo de sua caminhada com Jesus, vamos observar que João aprendeu o significado do amor de Deus, tendo seu caráter transformado (Jo 3.16; 15.13).
Revista Betel Dominical, 4° Trimestre de 1997, Lição 7: “Todos nós temos características próprias, que nos são peculiares, e por elas somos facilmente identificados pelas pessoas. João, o apóstolo, tinha características de um espírito sensível e amável, mas também era capaz de explosão de cólera. Era irritável e impulsivo, mas Jesus o convidou para ser seu discípulo, a fim de transformá-lo num verdadeiro discípulo, isto porque Deus não faz acepção de pessoas (Rm 2.11). Às vezes pensamos que Jesus salva somente as pessoas de temperamento manso. Nos enganamos, pois para se conquistar o Reino de Deus é preciso empregar força (Mt 11.12). Jesus sabe trabalhar e moldar qualquer tipo de temperamento (Jr 18.6)”.
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
1. “Boanerges” – Um nome carregado de identidade espiritual
Em Marcos 3.17, Jesus dá a João e a Tiago o apelido: Boanerges, o que Marcos interpreta como “Filhos do Trovão” (do aramaico bĕnē rĕ‘āmî, ou hebraico bĕnê ra‘am, que literalmente significa “filhos do estrondo ou trovão”).
A palavra “trovão” é traduzida do grego βροντή (brontē), usada também em João 12.29 para descrever a voz poderosa de Deus. Essa designação é uma metáfora que comunica ímpeto, força, paixão e reatividade emocional.
Segundo estudiosos como William Hendriksen e R.C. Sproul, o apelido não era necessariamente negativo, mas indicativo de personalidades ardentes, aptas a grandes feitos — ainda que precisassem de refinamento.
2. O caráter forte e a transformação pelo discipulado
João não apenas era impetuoso — como vemos no episódio em que queria “fogo do céu” contra os samaritanos (Lc 9.54) — mas também ambicioso, como na ocasião em que pediu, com Tiago, um lugar de honra ao lado de Jesus em Seu Reino (Mc 10.35-37). Isso evidencia um coração não convertido em processo de discipulado.
Contudo, com o tempo, João torna-se o apóstolo do amor — aquele que escreve:
“Porque Deus amou o mundo de tal maneira...” (Jo 3.16)
“Ninguém tem maior amor do que este: de dar alguém a sua vida pelos seus amigos.” (Jo 15.13)
“Filhinhos, amemo-nos uns aos outros...” (1Jo 4.7)
Isso só foi possível porque João permaneceu próximo de Jesus (Jo 13.23) e permitiu que o Espírito Santo moldasse seu caráter (Jr 18.6; Gl 5.22-23).
📚 REFERÊNCIAS TEOLÓGICAS
- Comentário Bíblico Beacon: destaca que Jesus não rejeita personalidades fortes, mas as molda para Sua glória.
- Warren W. Wiersbe (With the Word): “João é prova de que a comunhão com Cristo transforma até os mais voláteis em testemunhas do amor divino.”
- Revista Betel Dominical (1997, Lição 7): reforça a ideia de que Jesus não escolhe os mais dóceis, mas aqueles que, com coração disposto, podem ser moldados.
🔎 APLICAÇÃO PESSOAL
João nos ensina que ninguém está além do alcance da graça transformadora de Cristo. Temperamentos explosivos, vaidosos, competitivos — todos podem ser moldados pelo Espírito. Deus não escolhe apenas os calmos ou submissos. Ele chama os impulsivos, os temperamentais e até os coléricos — não para que permaneçam assim, mas para que sejam transformados em instrumentos do Reino.
✨ Você está permitindo que seu temperamento seja moldado por Jesus?
✨ Você acredita que sua fraqueza pode se tornar força nas mãos de Deus?
📊 TABELA EXPOSITIVA – De “Filho do Trovão” ao Apóstolo do Amor
Aspecto
Antes da Transformação
Depois da Transformação
Apelido dado por Jesus
Boanerges (“Filhos do Trovão”) – Mc 3.17
Discípulo amado – Jo 13.23
Reação ao conflito
Ira e desejo de vingança – Lc 9.54
Amor e intercessão – 1Jo 4.7-21
Ambição espiritual
Desejo de posição – Mc 10.35-37
Espírito humilde – Ap 1.17
Visão sobre amor
Amor condicional (tribal)
Amor sacrificial e universal – Jo 15.13
Ferramenta de transformação
Discipulado contínuo com Jesus – Jo 15.1-5
Presença constante do Espírito – Ap 1.10
Resultado
Impulsivo e ríspido
Manso, profundo e teológico – 1Jo, 2Jo, 3Jo, Apocalipse
1. “Boanerges” – Um nome carregado de identidade espiritual
Em Marcos 3.17, Jesus dá a João e a Tiago o apelido: Boanerges, o que Marcos interpreta como “Filhos do Trovão” (do aramaico bĕnē rĕ‘āmî, ou hebraico bĕnê ra‘am, que literalmente significa “filhos do estrondo ou trovão”).
A palavra “trovão” é traduzida do grego βροντή (brontē), usada também em João 12.29 para descrever a voz poderosa de Deus. Essa designação é uma metáfora que comunica ímpeto, força, paixão e reatividade emocional.
Segundo estudiosos como William Hendriksen e R.C. Sproul, o apelido não era necessariamente negativo, mas indicativo de personalidades ardentes, aptas a grandes feitos — ainda que precisassem de refinamento.
2. O caráter forte e a transformação pelo discipulado
João não apenas era impetuoso — como vemos no episódio em que queria “fogo do céu” contra os samaritanos (Lc 9.54) — mas também ambicioso, como na ocasião em que pediu, com Tiago, um lugar de honra ao lado de Jesus em Seu Reino (Mc 10.35-37). Isso evidencia um coração não convertido em processo de discipulado.
Contudo, com o tempo, João torna-se o apóstolo do amor — aquele que escreve:
“Porque Deus amou o mundo de tal maneira...” (Jo 3.16)
“Ninguém tem maior amor do que este: de dar alguém a sua vida pelos seus amigos.” (Jo 15.13)
“Filhinhos, amemo-nos uns aos outros...” (1Jo 4.7)
Isso só foi possível porque João permaneceu próximo de Jesus (Jo 13.23) e permitiu que o Espírito Santo moldasse seu caráter (Jr 18.6; Gl 5.22-23).
📚 REFERÊNCIAS TEOLÓGICAS
- Comentário Bíblico Beacon: destaca que Jesus não rejeita personalidades fortes, mas as molda para Sua glória.
- Warren W. Wiersbe (With the Word): “João é prova de que a comunhão com Cristo transforma até os mais voláteis em testemunhas do amor divino.”
- Revista Betel Dominical (1997, Lição 7): reforça a ideia de que Jesus não escolhe os mais dóceis, mas aqueles que, com coração disposto, podem ser moldados.
🔎 APLICAÇÃO PESSOAL
João nos ensina que ninguém está além do alcance da graça transformadora de Cristo. Temperamentos explosivos, vaidosos, competitivos — todos podem ser moldados pelo Espírito. Deus não escolhe apenas os calmos ou submissos. Ele chama os impulsivos, os temperamentais e até os coléricos — não para que permaneçam assim, mas para que sejam transformados em instrumentos do Reino.
✨ Você está permitindo que seu temperamento seja moldado por Jesus?
✨ Você acredita que sua fraqueza pode se tornar força nas mãos de Deus?
📊 TABELA EXPOSITIVA – De “Filho do Trovão” ao Apóstolo do Amor
Aspecto | Antes da Transformação | Depois da Transformação |
Apelido dado por Jesus | Boanerges (“Filhos do Trovão”) – Mc 3.17 | Discípulo amado – Jo 13.23 |
Reação ao conflito | Ira e desejo de vingança – Lc 9.54 | Amor e intercessão – 1Jo 4.7-21 |
Ambição espiritual | Desejo de posição – Mc 10.35-37 | Espírito humilde – Ap 1.17 |
Visão sobre amor | Amor condicional (tribal) | Amor sacrificial e universal – Jo 15.13 |
Ferramenta de transformação | Discipulado contínuo com Jesus – Jo 15.1-5 | Presença constante do Espírito – Ap 1.10 |
Resultado | Impulsivo e ríspido | Manso, profundo e teológico – 1Jo, 2Jo, 3Jo, Apocalipse |
1.3. O perigo de se achar superior. João era um homem intenso em sua fé. Certa vez, quando Jesus e Seus discípulos peregrinavam pela Galiléia, João disse ao Mestre que um homem estava expulsando demônios pelo poder do Seu nome (Mc 9.38), mas eles o proibiram de fazer isso porque não era um dos Seus doze discípulos (Mc 9.38). Convém notar que a postura adotada por João estava equivocada. Trata-se de um alerta também para nossos dias sobre a tendência de diminuir ou desprezar o ministério cristão exercido por outros. Essa atitude não granjeou simpatia de Jesus, que o adverte dizendo para que não o proibais. Jesus diz que quem não é contra Ele é por Ele (Mc 9.39,40).
Comentário Bíblico Matthew Henry (2003, p. 805). “Muitos tem sido como os discípulos, dispostos a calar aqueles homens que têm conseguido pregar o arrependimento em nome do Senhor Jesus Cristo aos pecadores, somente porque não seguem juntamente com eles. O Senhor culpa os apóstolos, lembrando-lhes que aqueles que operam milagres em seu nome não podem causar danos à sua causa. Se pecadores são levados ao arrependimento, a crerem no Salvador, e a levarem uma vida sóbria, justa e santa, então vemos que o Senhor é quem está trabalhando por intermédio de tal pregador”.
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
✦ 1. O verbo “proibimos” (gr. ekolýomen) – Mc 9.38
A forma verbal grega usada por João em Marcos 9.38 é ἐκωλύομεν (ekolýomen), imperfeito ativo, e transmite a ideia de uma ação contínua ou repetida no passado: “nós estávamos proibindo” ou “continuávamos a impedir”. Isso mostra que houve um esforço insistente por parte dos discípulos para evitar que alguém fora do grupo realizasse atos espirituais em nome de Jesus.
✦ 2. “Porque não nos segue” (gr. ouk akolouthei hēmin)
A justificativa de João é reveladora: não era porque o homem não cria em Jesus, mas porque não seguia “a nós” (os Doze). Aqui o pronome “hēmin” (nós) mostra um foco corporativo nos discípulos — uma postura que centraliza a autoridade neles e não em Cristo. Isso expressa exclusivismo e vaidade espiritual.
✦ 3. A resposta de Jesus – Mc 9.39–40
Jesus corrige a atitude:
“Não o proibais (mē kolýete auton), porque ninguém há que faça milagre em meu nome e possa logo depois falar mal de mim” (v.39).
A palavra usada para proibir aqui, kolýete, é a mesma raiz de ekolýomen, formando uma antítese direta. Jesus está dizendo:
“Vocês tentaram impedir? Eu digo: não impeçam!”
No versículo 40:
“Quem não é contra nós é por nós” – Essa frase aparece de modo semelhante em Mateus 12.30, mas no sentido inverso. Aqui Jesus mostra que a unidade no Reino de Deus é baseada na fidelidade ao nome dEle, e não em filiações humanas ou institucionais.
📚 COMENTÁRIOS TEOLÓGICOS
✦ Matthew Henry (2003, p. 805) destaca:
“O Senhor culpa os apóstolos, lembrando-lhes que aqueles que operam milagres em seu nome não podem causar danos à sua causa.”
✦ Craig Keener – The IVP Bible Background Commentary:
“O exclusivismo rabínico era comum no contexto judaico do primeiro século. A resposta de Jesus contrasta com essa visão institucionalizada, mostrando abertura a todos que verdadeiramente operam em Seu nome.”
✦ John Stott, em A Missão Cristã no Mundo Moderno:
“Devemos reconhecer o agir de Deus além das fronteiras da nossa tradição. O zelo pela ortodoxia não pode nos cegar para a ortopraxia daqueles que, embora diferentes, glorificam a Cristo.”
✝️ APLICAÇÃO PESSOAL
Este episódio nos adverte contra a tentação do exclusivismo denominacional ou ministerial. Ainda hoje, muitos cristãos desprezam irmãos sinceros que não pertencem à sua igreja local ou denominação, mesmo quando estes operam com base bíblica, santidade e frutos do Espírito.
Jesus não tolera arrogância espiritual. Ao contrário, Ele valoriza a ação sincera feita em Seu nome, ainda que fora dos círculos reconhecidos. O verdadeiro critério não é “seguir ao nosso grupo”, mas seguir fielmente a Cristo.
❓ Você se alegra quando Deus usa outros?
❓ Ou sente ciúmes e tenta desqualificar o que não vem “do seu meio”?
📊 TABELA EXPOSITIVA – O Perigo do Exclusivismo Espiritual
Elemento
Descrição do Texto (Mc 9.38–40)
Aplicação Atual
Ação de João
Tentou proibir um homem de expulsar demônios
Críticas ou desprezo por ministérios diferentes
Justificativa
“Não nos segue” – Centralidade nos discípulos
“Não é da nossa igreja/denominação”
Verbo usado
Ekolýomen – Impedir repetidamente
Resistência contínua ao que é diferente
Resposta de Jesus
“Não o proibais” – Abertura e correção
Exortação ao reconhecimento do agir de Deus
Princípio de Jesus
“Quem não é contra nós, é por nós”
Unidade espiritual acima de filiações
Lição central
A fidelidade a Cristo é o verdadeiro selo de aprovação
Acolher e incentivar todos os que glorificam Jesus
🙏 CONCLUSÃO DEVOCIONAL
João, apesar de sincero e cheio de zelo, demonstrou imaturidade ao tentar excluir um irmão que agia com fé. Jesus, porém, ensina que o Reino não é uma panelinha religiosa, mas um corpo vivo e plural, onde o critério é amar, obedecer e glorificar a Cristo.
Que aprendamos com essa lição a reconhecer o agir de Deus mesmo fora das nossas expectativas institucionais. Deus não está preso aos nossos rótulos, e o Espírito sopra onde quer (Jo 3.8).
✦ 1. O verbo “proibimos” (gr. ekolýomen) – Mc 9.38
A forma verbal grega usada por João em Marcos 9.38 é ἐκωλύομεν (ekolýomen), imperfeito ativo, e transmite a ideia de uma ação contínua ou repetida no passado: “nós estávamos proibindo” ou “continuávamos a impedir”. Isso mostra que houve um esforço insistente por parte dos discípulos para evitar que alguém fora do grupo realizasse atos espirituais em nome de Jesus.
✦ 2. “Porque não nos segue” (gr. ouk akolouthei hēmin)
A justificativa de João é reveladora: não era porque o homem não cria em Jesus, mas porque não seguia “a nós” (os Doze). Aqui o pronome “hēmin” (nós) mostra um foco corporativo nos discípulos — uma postura que centraliza a autoridade neles e não em Cristo. Isso expressa exclusivismo e vaidade espiritual.
✦ 3. A resposta de Jesus – Mc 9.39–40
Jesus corrige a atitude:
“Não o proibais (mē kolýete auton), porque ninguém há que faça milagre em meu nome e possa logo depois falar mal de mim” (v.39).
A palavra usada para proibir aqui, kolýete, é a mesma raiz de ekolýomen, formando uma antítese direta. Jesus está dizendo:
“Vocês tentaram impedir? Eu digo: não impeçam!”
No versículo 40:
“Quem não é contra nós é por nós” – Essa frase aparece de modo semelhante em Mateus 12.30, mas no sentido inverso. Aqui Jesus mostra que a unidade no Reino de Deus é baseada na fidelidade ao nome dEle, e não em filiações humanas ou institucionais.
📚 COMENTÁRIOS TEOLÓGICOS
✦ Matthew Henry (2003, p. 805) destaca:
“O Senhor culpa os apóstolos, lembrando-lhes que aqueles que operam milagres em seu nome não podem causar danos à sua causa.”
✦ Craig Keener – The IVP Bible Background Commentary:
“O exclusivismo rabínico era comum no contexto judaico do primeiro século. A resposta de Jesus contrasta com essa visão institucionalizada, mostrando abertura a todos que verdadeiramente operam em Seu nome.”
✦ John Stott, em A Missão Cristã no Mundo Moderno:
“Devemos reconhecer o agir de Deus além das fronteiras da nossa tradição. O zelo pela ortodoxia não pode nos cegar para a ortopraxia daqueles que, embora diferentes, glorificam a Cristo.”
✝️ APLICAÇÃO PESSOAL
Este episódio nos adverte contra a tentação do exclusivismo denominacional ou ministerial. Ainda hoje, muitos cristãos desprezam irmãos sinceros que não pertencem à sua igreja local ou denominação, mesmo quando estes operam com base bíblica, santidade e frutos do Espírito.
Jesus não tolera arrogância espiritual. Ao contrário, Ele valoriza a ação sincera feita em Seu nome, ainda que fora dos círculos reconhecidos. O verdadeiro critério não é “seguir ao nosso grupo”, mas seguir fielmente a Cristo.
❓ Você se alegra quando Deus usa outros?
❓ Ou sente ciúmes e tenta desqualificar o que não vem “do seu meio”?
📊 TABELA EXPOSITIVA – O Perigo do Exclusivismo Espiritual
Elemento | Descrição do Texto (Mc 9.38–40) | Aplicação Atual |
Ação de João | Tentou proibir um homem de expulsar demônios | Críticas ou desprezo por ministérios diferentes |
Justificativa | “Não nos segue” – Centralidade nos discípulos | “Não é da nossa igreja/denominação” |
Verbo usado | Ekolýomen – Impedir repetidamente | Resistência contínua ao que é diferente |
Resposta de Jesus | “Não o proibais” – Abertura e correção | Exortação ao reconhecimento do agir de Deus |
Princípio de Jesus | “Quem não é contra nós, é por nós” | Unidade espiritual acima de filiações |
Lição central | A fidelidade a Cristo é o verdadeiro selo de aprovação | Acolher e incentivar todos os que glorificam Jesus |
🙏 CONCLUSÃO DEVOCIONAL
João, apesar de sincero e cheio de zelo, demonstrou imaturidade ao tentar excluir um irmão que agia com fé. Jesus, porém, ensina que o Reino não é uma panelinha religiosa, mas um corpo vivo e plural, onde o critério é amar, obedecer e glorificar a Cristo.
Que aprendamos com essa lição a reconhecer o agir de Deus mesmo fora das nossas expectativas institucionais. Deus não está preso aos nossos rótulos, e o Espírito sopra onde quer (Jo 3.8).
EU ENSINEI QUE:
João e Tiago eram pescadores e estavam reparando suas redes quando foram chamados por Jesus.
2- O discípulo amado
O amor de Jesus contagiou João de tal maneira que ele passou de “Filho do Trovão” a “Apóstolo do Amor”; sendo, inclusive, citado como o discípulo “a quem Jesus amava” (Jo 13.23; 19.26, 20.2; 21.7,20).
2.1. João e o Mestre. João solidificou sua amizade com Jesus, destacando-se por sua proximidade com o Mestre, bem como Pedro e Tiago. Podemos ver isso em três momentos específicos, quando apenas Pedro, Tiago e João estavam com Jesus: na ressurreição da filha de Jairo (Mc 5.37), na transfiguração de Jesus (Mc 9.2) e no Getsêmani, quando Jesus foi traído (Mc 14.33).
É oportuno pontuar que a Bíblia não apresenta a razão para o Senhor Jesus escolher somente Pedro, Tiago e João para acompanhá-lo em algumas ocasiões relevantes em Seu ministério. Outro ponto interessante a ressaltar é que, mesmo em relação a esses três discípulos que formavam o grupo mais íntimo de Jesus, as Escrituras não omitem as ocasiões que indicam que os mesmos ainda estavam em processo de aperfeiçoamento e formação como os demais: os dois pensaram em orar para que fogo descesse do céu para destruir os samaritanos; achavam que tinham autoridade para proibir que outros usassem o Nome de Jesus; a mãe de Tiago e João pediu a Jesus que, no futuro, seus filhos tivessem um lugar de destaque no Reino; os três dormiram no Getsêmani; Pedro negou conhecer Jesus; os três também fugiram quando o Mestre foi preso.
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
✦ “Discípulo a quem Jesus amava” – Jo 13.23 (gr. ho mathētēs hon ēgapa ho Iēsous)
A expressão grega ὃν ἠγάπα ὁ Ἰησοῦς (hon ēgápa ho Iēsous) destaca o uso do verbo agapáō (ἀγαπάω), que expressa um amor sacrificial, constante e profundo. Esse amor não é passional ou interesseiro (como phileō), mas alicerçado em decisão e entrega. Jesus amava a todos, mas João se destaca como aquele que permaneceu no amor, desejou compreendê-lo e foi profundamente moldado por ele.
✦ João 13.23 – “Estava reclinado no peito de Jesus”
A posição de João durante a Ceia indica proximidade afetiva e confiança. Estar reclinado junto ao peito (gr. en tō kolpō tou Iēsou) também ecoa João 1.18, onde se diz que o Filho está no seio do Pai, apontando para íntima comunhão.
📚 FUNDAMENTAÇÃO TEOLÓGICA
✦ A formação do caráter de João
João, antes chamado com seu irmão de “Boanerges” (filhos do trovão – Mc 3.17), aos poucos foi transformado de um homem explosivo para o “apóstolo do amor”. Esse processo é visível tanto nos Evangelhos quanto em suas epístolas (1Jo 4.7-21).
O que levou João a ser moldado?
- Intimidade com Jesus: Ele esteve entre os três mais próximos do Mestre em momentos cruciais:
- Ressurreição da filha de Jairo (Mc 5.37)
- Transfiguração (Mc 9.2)
- Getsêmani (Mc 14.33)
- Perseverança na presença de Cristo, mesmo em momentos de falha.
- Amor moldado pela convivência com Jesus, mais do que instruído intelectualmente.
✦ Teólogos e comentaristas
- William Hendriksen (Comentário do Evangelho de João):
“João não se autodenomina por vaidade, mas por gratidão. Ele se via como alguém profundamente amado, e isso moldava sua identidade e ministério.”
- Leon Morris, no NICNT - John:
“A expressão 'discípulo a quem Jesus amava' não é exclusivista, mas reveladora da resposta de João ao amor divino. Seu nome não é citado talvez por humildade ou por identidade espiritual profundamente transformada.”
✝️ APLICAÇÃO PESSOAL
O exemplo de João nos mostra que proximidade com Jesus transforma o caráter.
➡️ Antes, João queria destruir inimigos com fogo do céu.
➡️ Depois, escreve sobre amar até os inimigos, sobre andar na luz e não odiar o irmão (1Jo 2.9-11).
João não foi transformado pela força de vontade, mas pela convivência com Cristo e pelo poder do Espírito Santo. Isso nos ensina que Jesus pode moldar até os mais intensos e falhos, se houver disposição para aprender com Ele.
🙏 Você já se permitiu ser moldado pelo amor de Jesus?
📊 TABELA EXPOSITIVA – João: do Trovão ao Amor
Elemento
Antes da Transformação
Após a Transformação
Referências
Temperamento
Impulsivo, colérico, impaciente
Amoroso, sensível, equilibrado
Mc 3.17; Lc 9.54 / 1Jo 4.7-11
Relacionamento com Jesus
Parte do círculo íntimo (Pedro, Tiago, João)
Discípulo amado; íntima comunhão
Mc 5.37; Jo 13.23
Atitude com outros discípulos
Exclusivista (Mc 9.38)
Irmão acolhedor; escreve sobre unidade
1Jo 2.9-11
Presença em momentos cruciais
Ceia, Transfiguração, Getsêmani
Junto à cruz, com Maria, e no túmulo vazio
Jo 19.26; 20.2
Produção teológica
—
Evangelho, 3 Epístolas, Apocalipse
João, 1Jo, Ap, etc.
🕊️ CONCLUSÃO DEVOCIONAL
João nos mostra que a jornada com Jesus não é sobre perfeição imediata, mas sobre transformação progressiva. Aquele que foi chamado de “Filho do Trovão” tornou-se o mensageiro da luz, da vida e do amor.
❤️ Se Jesus transformou João, Ele também pode transformar a mim e a você.
✦ “Discípulo a quem Jesus amava” – Jo 13.23 (gr. ho mathētēs hon ēgapa ho Iēsous)
A expressão grega ὃν ἠγάπα ὁ Ἰησοῦς (hon ēgápa ho Iēsous) destaca o uso do verbo agapáō (ἀγαπάω), que expressa um amor sacrificial, constante e profundo. Esse amor não é passional ou interesseiro (como phileō), mas alicerçado em decisão e entrega. Jesus amava a todos, mas João se destaca como aquele que permaneceu no amor, desejou compreendê-lo e foi profundamente moldado por ele.
✦ João 13.23 – “Estava reclinado no peito de Jesus”
A posição de João durante a Ceia indica proximidade afetiva e confiança. Estar reclinado junto ao peito (gr. en tō kolpō tou Iēsou) também ecoa João 1.18, onde se diz que o Filho está no seio do Pai, apontando para íntima comunhão.
📚 FUNDAMENTAÇÃO TEOLÓGICA
✦ A formação do caráter de João
João, antes chamado com seu irmão de “Boanerges” (filhos do trovão – Mc 3.17), aos poucos foi transformado de um homem explosivo para o “apóstolo do amor”. Esse processo é visível tanto nos Evangelhos quanto em suas epístolas (1Jo 4.7-21).
O que levou João a ser moldado?
- Intimidade com Jesus: Ele esteve entre os três mais próximos do Mestre em momentos cruciais:
- Ressurreição da filha de Jairo (Mc 5.37)
- Transfiguração (Mc 9.2)
- Getsêmani (Mc 14.33)
- Perseverança na presença de Cristo, mesmo em momentos de falha.
- Amor moldado pela convivência com Jesus, mais do que instruído intelectualmente.
✦ Teólogos e comentaristas
- William Hendriksen (Comentário do Evangelho de João):
“João não se autodenomina por vaidade, mas por gratidão. Ele se via como alguém profundamente amado, e isso moldava sua identidade e ministério.”
- Leon Morris, no NICNT - John:
“A expressão 'discípulo a quem Jesus amava' não é exclusivista, mas reveladora da resposta de João ao amor divino. Seu nome não é citado talvez por humildade ou por identidade espiritual profundamente transformada.”
✝️ APLICAÇÃO PESSOAL
O exemplo de João nos mostra que proximidade com Jesus transforma o caráter.
➡️ Antes, João queria destruir inimigos com fogo do céu.
➡️ Depois, escreve sobre amar até os inimigos, sobre andar na luz e não odiar o irmão (1Jo 2.9-11).
João não foi transformado pela força de vontade, mas pela convivência com Cristo e pelo poder do Espírito Santo. Isso nos ensina que Jesus pode moldar até os mais intensos e falhos, se houver disposição para aprender com Ele.
🙏 Você já se permitiu ser moldado pelo amor de Jesus?
📊 TABELA EXPOSITIVA – João: do Trovão ao Amor
Elemento | Antes da Transformação | Após a Transformação | Referências |
Temperamento | Impulsivo, colérico, impaciente | Amoroso, sensível, equilibrado | Mc 3.17; Lc 9.54 / 1Jo 4.7-11 |
Relacionamento com Jesus | Parte do círculo íntimo (Pedro, Tiago, João) | Discípulo amado; íntima comunhão | Mc 5.37; Jo 13.23 |
Atitude com outros discípulos | Exclusivista (Mc 9.38) | Irmão acolhedor; escreve sobre unidade | 1Jo 2.9-11 |
Presença em momentos cruciais | Ceia, Transfiguração, Getsêmani | Junto à cruz, com Maria, e no túmulo vazio | Jo 19.26; 20.2 |
Produção teológica | — | Evangelho, 3 Epístolas, Apocalipse | João, 1Jo, Ap, etc. |
🕊️ CONCLUSÃO DEVOCIONAL
João nos mostra que a jornada com Jesus não é sobre perfeição imediata, mas sobre transformação progressiva. Aquele que foi chamado de “Filho do Trovão” tornou-se o mensageiro da luz, da vida e do amor.
❤️ Se Jesus transformou João, Ele também pode transformar a mim e a você.
2.2. João foi impactado pelo Amor do Mestre. João era ainda bem jovem quando passou a seguir Jesus, de quem se tornou muito amado: “Ora, um de seus discípulos, aquele a quem Jesus amava, estava reclinado no seio de Jesus”, Jo 13.23. Certamente, esse Amor impactou o jovem discípulo ao longo de toda a sua jornada na terra, de tal maneira que o amor se tornou a tônica de sua mensagem e vida: “Aquele que não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor”, 1 Jo 4.8. E o Apóstolo Paulo falou sobre desenvolver essa semelhança com o Senhor: “Sede, pois, imitadores de Deus, como filhos amados; e andai em amor, como também Cristo vos amou (…)”, Ef 5.1,2.
D.A. Carson (O Comentário de João, Shedd Publicações. 1ª Edição. Abril de 2007, p. 473), comenta sobre a expressão “a quem Jesus amava” encontrada em João 13.23: “não implica nenhuma arrogância (como se dissesse ‘eu sou mais amado que os outros’), e sim demonstra um profundo um profundo sentimento de gratidão pela graça (‘Que coisa incrível que eu seja amado pela Palavra materializada!’); também o silêncio quanto à identidade do discípulo amado pode ser uma forma simples de se recusar a dar a impressão de estar no mesmo nível de Jesus. Ao mesmo tempo, o autor serve, assim, como um modelo para seus leitores: tornar-se cristão significa um relacionamento transformador com Jesus Cristo, de tal forma que ele receba a glória”.
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
✦ “A quem Jesus amava” (João 13.23) – grego: ὃν ἠγάπα ὁ Ἰησοῦς (hon ēgápa ho Iēsous)
O verbo ἀγαπάω (agapáō), tempo imperfeito (ēgápa), indica ação contínua e deliberada, expressando um amor sacrificial, que parte da vontade e não apenas das emoções.
Diferente de phileō (amizade) ou erōs (amor erótico), agapáō carrega o sentido mais profundo do amor divino — amor que entrega, sustenta e transforma.
João se descreve de maneira impessoal como “o discípulo a quem Jesus amava”, uma forma de expressão não egoísta, mas profundamente grata e reverente, conforme observou D.A. Carson. Esse amor não era exclusivo, mas João foi profundamente impactado por ele e o tomou como marco de sua identidade espiritual.
✦ “Deus é amor” (1 João 4.8) – grego: ὁ θεὸς ἀγάπη ἐστίν (ho Theòs agápē estín)
Essa expressão não diz apenas que Deus ama, mas que a essência do Seu ser é amor.
A frase está num contexto que evidencia que aquele que conhece a Deus ama os outros. Portanto, o amor não é apenas uma virtude cristã — é a evidência da presença de Deus em alguém.
✦ “Andai em amor” (Efésios 5.2) – grego: περιπατεῖτε ἐν ἀγάπῃ (peripateíte en agápē)
O verbo peripateō indica “andar continuamente”, viver.
Logo, a vida cristã é uma jornada em que se caminha no amor, tendo Cristo como modelo. O padrão do amor é o próprio Cristo:
“como também Cristo vos amou e se entregou por nós” (Ef 5.2).
📚 FUNDAMENTAÇÃO TEOLÓGICA
✦ O amor como centro da espiritualidade joanina
João, impactado por esse amor, constrói toda sua teologia cristã sobre ele. A mensagem de suas epístolas é clara: o verdadeiro conhecimento de Deus se expressa no amor prático (1Jo 3.18).
Seu Evangelho é marcado por passagens que evidenciam o amor do Pai (Jo 3.16), o amor do Filho (Jo 15.13) e o chamado para permanecer no amor (Jo 15.9-10).
✦ A identidade do discípulo moldada pelo amor
Segundo D.A. Carson, João se apresenta não por nome, mas como aquele “a quem Jesus amava”, demonstrando uma identidade espiritualmente formada pelo amor de Cristo, não pelo ego. Ele se recusa a se colocar no mesmo nível de Jesus, optando por deixar a glória a Cristo.
Essa descrição serve como modelo discipular: tornar-se cristão é entrar em um relacionamento transformador com Cristo, marcado pelo amor divino que redefine toda a nossa vida (Jo 13.35).
🧠 REFLEXÃO TEOLÓGICA
O amor que João experimentou não foi abstrato, mas presencial, afetuoso e constante.
• Ele reclinou no peito de Jesus (Jo 13.23)
• Foi confiado à mãe de Jesus (Jo 19.26-27)
• Reconheceu o Senhor ressuscitado no mar (Jo 21.7)
• Escreveu sobre o amor como a essência do Reino (1Jo 4.7-21)
João nos ensina que a verdadeira espiritualidade não é medida por poder ou posição, mas pela profundidade do amor vivido e compartilhado.
✝️ APLICAÇÃO PESSOAL
👉 Como o amor de Cristo molda sua identidade?
João foi moldado por esse amor. De “filho do trovão”, passou a ser conhecido como “apóstolo do amor”.
O mesmo amor que o alcançou está disponível a todos os discípulos hoje. A vivência desse amor é o que autentica nossa fé.
“Aquele que não ama não conhece a Deus” (1Jo 4.8).
“E andai em amor…” (Ef 5.2).
✅ Amar como Cristo é o verdadeiro reflexo da nova vida em nós.
📊 TABELA EXPOSITIVA – João e o Amor que Transforma
Aspecto
Antes do Amor Moldar
Depois de Ser Moldado pelo Amor
Referências
Identidade
Filho do trovão
Discípulo a quem Jesus amava
Mc 3.17 / Jo 13.23
Temperamento
Impulsivo, ciumento, restritivo
Amoroso, grato, inclusivo
Lc 9.54 / 1Jo 3.16-18
Mensagem
Justiça retributiva (fogo do céu)
Deus é amor; amar é viver em Deus
Lc 9.54 / 1Jo 4.7-12
Relacionamento com Jesus
Discípulo próximo
Íntimo e confiável
Jo 13.23; 19.26; 21.7
Modelo de discipulado
Presença intensa, mas ainda carnal
Amor transformador como base da fé
1João inteiro
🕊️ CONCLUSÃO DEVOCIONAL
João nos convida a viver não só como seguidores de Jesus, mas como discípulos moldados pelo amor de Jesus.
Esse amor nos transforma da reatividade para a sensibilidade, do julgamento para a compaixão, e da vaidade para a humildade.
❤️ “A cruz é a maior prova de amor. A comunhão com Cristo é a maior escola de amor.”
✦ “A quem Jesus amava” (João 13.23) – grego: ὃν ἠγάπα ὁ Ἰησοῦς (hon ēgápa ho Iēsous)
O verbo ἀγαπάω (agapáō), tempo imperfeito (ēgápa), indica ação contínua e deliberada, expressando um amor sacrificial, que parte da vontade e não apenas das emoções.
Diferente de phileō (amizade) ou erōs (amor erótico), agapáō carrega o sentido mais profundo do amor divino — amor que entrega, sustenta e transforma.
João se descreve de maneira impessoal como “o discípulo a quem Jesus amava”, uma forma de expressão não egoísta, mas profundamente grata e reverente, conforme observou D.A. Carson. Esse amor não era exclusivo, mas João foi profundamente impactado por ele e o tomou como marco de sua identidade espiritual.
✦ “Deus é amor” (1 João 4.8) – grego: ὁ θεὸς ἀγάπη ἐστίν (ho Theòs agápē estín)
Essa expressão não diz apenas que Deus ama, mas que a essência do Seu ser é amor.
A frase está num contexto que evidencia que aquele que conhece a Deus ama os outros. Portanto, o amor não é apenas uma virtude cristã — é a evidência da presença de Deus em alguém.
✦ “Andai em amor” (Efésios 5.2) – grego: περιπατεῖτε ἐν ἀγάπῃ (peripateíte en agápē)
O verbo peripateō indica “andar continuamente”, viver.
Logo, a vida cristã é uma jornada em que se caminha no amor, tendo Cristo como modelo. O padrão do amor é o próprio Cristo:
“como também Cristo vos amou e se entregou por nós” (Ef 5.2).
📚 FUNDAMENTAÇÃO TEOLÓGICA
✦ O amor como centro da espiritualidade joanina
João, impactado por esse amor, constrói toda sua teologia cristã sobre ele. A mensagem de suas epístolas é clara: o verdadeiro conhecimento de Deus se expressa no amor prático (1Jo 3.18).
Seu Evangelho é marcado por passagens que evidenciam o amor do Pai (Jo 3.16), o amor do Filho (Jo 15.13) e o chamado para permanecer no amor (Jo 15.9-10).
✦ A identidade do discípulo moldada pelo amor
Segundo D.A. Carson, João se apresenta não por nome, mas como aquele “a quem Jesus amava”, demonstrando uma identidade espiritualmente formada pelo amor de Cristo, não pelo ego. Ele se recusa a se colocar no mesmo nível de Jesus, optando por deixar a glória a Cristo.
Essa descrição serve como modelo discipular: tornar-se cristão é entrar em um relacionamento transformador com Cristo, marcado pelo amor divino que redefine toda a nossa vida (Jo 13.35).
🧠 REFLEXÃO TEOLÓGICA
O amor que João experimentou não foi abstrato, mas presencial, afetuoso e constante.
• Ele reclinou no peito de Jesus (Jo 13.23)
• Foi confiado à mãe de Jesus (Jo 19.26-27)
• Reconheceu o Senhor ressuscitado no mar (Jo 21.7)
• Escreveu sobre o amor como a essência do Reino (1Jo 4.7-21)
João nos ensina que a verdadeira espiritualidade não é medida por poder ou posição, mas pela profundidade do amor vivido e compartilhado.
✝️ APLICAÇÃO PESSOAL
👉 Como o amor de Cristo molda sua identidade?
João foi moldado por esse amor. De “filho do trovão”, passou a ser conhecido como “apóstolo do amor”.
O mesmo amor que o alcançou está disponível a todos os discípulos hoje. A vivência desse amor é o que autentica nossa fé.
“Aquele que não ama não conhece a Deus” (1Jo 4.8).
“E andai em amor…” (Ef 5.2).
✅ Amar como Cristo é o verdadeiro reflexo da nova vida em nós.
📊 TABELA EXPOSITIVA – João e o Amor que Transforma
Aspecto | Antes do Amor Moldar | Depois de Ser Moldado pelo Amor | Referências |
Identidade | Filho do trovão | Discípulo a quem Jesus amava | Mc 3.17 / Jo 13.23 |
Temperamento | Impulsivo, ciumento, restritivo | Amoroso, grato, inclusivo | Lc 9.54 / 1Jo 3.16-18 |
Mensagem | Justiça retributiva (fogo do céu) | Deus é amor; amar é viver em Deus | Lc 9.54 / 1Jo 4.7-12 |
Relacionamento com Jesus | Discípulo próximo | Íntimo e confiável | Jo 13.23; 19.26; 21.7 |
Modelo de discipulado | Presença intensa, mas ainda carnal | Amor transformador como base da fé | 1João inteiro |
🕊️ CONCLUSÃO DEVOCIONAL
João nos convida a viver não só como seguidores de Jesus, mas como discípulos moldados pelo amor de Jesus.
Esse amor nos transforma da reatividade para a sensibilidade, do julgamento para a compaixão, e da vaidade para a humildade.
❤️ “A cruz é a maior prova de amor. A comunhão com Cristo é a maior escola de amor.”
2.3. João ouvia o Mestre. João seguiu, amou e imitou seu Mestre, de quem se tornou amigo próximo (Jo 13.23; 19.26, 20.2; 21.7,20). No momento da Ceia, ele acabou sendo o porta voz dos demais quando Jesus revelou que um deles o trairia (Jo 13.21). João estava reclinado no peito de Jesus, e Pedro sinalizou para que ele perguntasse ao Mestre quem seria o traidor: “E, inclinando-se ele sobre o peito de Jesus, disse-lhe: “Senhor, quem é?” (Jo 13.25).
“João ouvir o Mestre” nos remete ao prefácio da primeira Epístola de João 1.1-4. O apóstolo inicia com “o que ouvimos”, depois diz “o que vimos e ouvimos”. Podemos dizer, pelo testemunho das Escrituras, que João ouviu com atenção, interesse, fé, disposição para obedecer e acolhimento ao conteúdo da mensagem de Jesus. Após tantos anos, o Espírito Santo continua a lembrá-lo do que ouviu do próprio Senhor. E, agora, ele testifica, anuncia e escreve. Que cada um que estude esta Lição também seja um discípulo com estas características de João, tanto para alcançar outros que precisam conhecer a mensagem do Senhor quanto para a edificação da Igreja.
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
✦ João 13.25 – “Senhor, quem é?”
“Ἐκείνῳ οὖν ἐπιπεσὼν ἐπὶ τὸ στῆθος τοῦ Ἰησοῦ λέγει αὐτῷ· Κύριε, τίς ἐστιν;”
(Ekeínō oun epipesṓn epì tò stḗthos toû Iēsoû légei autō· Kýrie, tís estin?)
O verbo ἐπιπίπτω (epipíptō) – “reclinar-se” ou “apoiar-se fortemente” – está no auristo ativo, denotando uma ação pontual, decidida e reverente. João não apenas estava fisicamente próximo de Jesus; sua disposição de ouvir envolvia intimidade, confiança e reverência.
O termo “Κύριε” (Kýrie), “Senhor”, revela submissão e fé. Ele não questiona a autoridade de Jesus, mas reconhece-O como Mestre soberano.
✦ 1 João 1.1 – “O que ouvimos...”
“Ὃ ἀκηκόαμεν...” (Ho akēkóamen...)
Verbo ἀκούω (akoúō), usado no perfeito ativo: “temos ouvido e ainda ressoa em nós”. Indica um ouvir que permanece; uma audição com eco na alma.
João não está apenas relatando algo do passado, mas algo que ainda pulsa no seu interior, por ser vivo, transformador e eterno (cf. Hb 4.12).
📚 FUNDAMENTAÇÃO TEOLÓGICA
✦ A escuta ativa como marca do discípulo verdadeiro
João foi um discípulo que “ouviu com atenção, fé e obediência”. Sua escuta não foi passiva, mas contemplativa, relacional e responsiva. O ouvir em João é uma ponte para o testemunho:
“o que ouvimos, o que vimos com nossos olhos... isso anunciamos” (1Jo 1.1-3).
Segundo Herman Ridderbos, em O Evangelho de João (Cultura Cristã, 2005, p. 77), o evangelista João destaca a escuta como canal da fé:
“Não basta ver os sinais. É necessário ouvir a Palavra. O verdadeiro discípulo é aquele que ouve, crê e permanece.”
✦ A escuta e a teologia do Logos
João começa sua primeira epístola e seu evangelho com o conceito do Verbo (Λόγος – Lógos). Para ele, ouvir Jesus é ouvir o Verbo eterno, a Palavra viva do Pai. Ouvi-Lo é acolher a revelação de Deus encarnada, como destacou D.A. Carson:
“Ouvir o Verbo é mais que informação; é comunhão com o Deus encarnado” (O Comentário de João, Shedd, 2007, p. 90).
✝️ APLICAÇÃO PESSOAL
✅ João é o modelo do discípulo que:
- Está perto de Jesus (proximidade)
- Inclina-se sobre Ele (intimidade)
- Fala com Ele com reverência (oração)
- Ouve com fé e obediência (discernimento)
- Anuncia o que ouviu (missão)
🙇♂️ Hoje, em meio à pressa e ruído do mundo, somos chamados a cultivar essa mesma espiritualidade da escuta.
👉 Que tipo de ouvintes temos sido? Como João, ouvimos com disposição para obedecer e partilhar?
“A fé vem pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Cristo” (Rm 10.17).
📊 TABELA EXPOSITIVA – A Espiritualidade da Escuta em João
Elemento
Evidência na vida de João
Referência bíblica
Aplicação pessoal
Proximidade
Reclinado no peito de Jesus
João 13.23
Buscar intimidade com Cristo
Escuta atenta
Ouve a revelação sobre o traidor
João 13.25
Ter sensibilidade espiritual
Memória espiritual
“O que ouvimos... anunciamos”
1 João 1.1
Guardar e transmitir o ensino do Senhor
Fidelidade à mensagem
Testemunha ocular e auditiva da Palavra
1 João 1.2-3
Ser fiel à verdade recebida
Transformação interior
De filho do trovão a apóstolo do amor
João 13.34-35; 1Jo 4.7-8
Deixar o amor moldar o coração
Missão
Anuncia o que viu e ouviu para comunhão e vida
1 João 1.3-4
Ouvir para edificar e salvar outros
🕊️ CONCLUSÃO DEVOCIONAL
João nos ensina que o discipulado começa com o ouvir atento, mas culmina no anunciar fiel. O mesmo Espírito que o fez recordar e escrever o que ouviu está disponível hoje para todos que se aproximam de Cristo com reverência e amor.
“Senhor, que sejamos como João: discípulos que ouvem, guardam, vivem e anunciam Tua Palavra com amor e fidelidade.”
✦ João 13.25 – “Senhor, quem é?”
“Ἐκείνῳ οὖν ἐπιπεσὼν ἐπὶ τὸ στῆθος τοῦ Ἰησοῦ λέγει αὐτῷ· Κύριε, τίς ἐστιν;”
(Ekeínō oun epipesṓn epì tò stḗthos toû Iēsoû légei autō· Kýrie, tís estin?)
O verbo ἐπιπίπτω (epipíptō) – “reclinar-se” ou “apoiar-se fortemente” – está no auristo ativo, denotando uma ação pontual, decidida e reverente. João não apenas estava fisicamente próximo de Jesus; sua disposição de ouvir envolvia intimidade, confiança e reverência.
O termo “Κύριε” (Kýrie), “Senhor”, revela submissão e fé. Ele não questiona a autoridade de Jesus, mas reconhece-O como Mestre soberano.
✦ 1 João 1.1 – “O que ouvimos...”
“Ὃ ἀκηκόαμεν...” (Ho akēkóamen...)
Verbo ἀκούω (akoúō), usado no perfeito ativo: “temos ouvido e ainda ressoa em nós”. Indica um ouvir que permanece; uma audição com eco na alma.
João não está apenas relatando algo do passado, mas algo que ainda pulsa no seu interior, por ser vivo, transformador e eterno (cf. Hb 4.12).
📚 FUNDAMENTAÇÃO TEOLÓGICA
✦ A escuta ativa como marca do discípulo verdadeiro
João foi um discípulo que “ouviu com atenção, fé e obediência”. Sua escuta não foi passiva, mas contemplativa, relacional e responsiva. O ouvir em João é uma ponte para o testemunho:
“o que ouvimos, o que vimos com nossos olhos... isso anunciamos” (1Jo 1.1-3).
Segundo Herman Ridderbos, em O Evangelho de João (Cultura Cristã, 2005, p. 77), o evangelista João destaca a escuta como canal da fé:
“Não basta ver os sinais. É necessário ouvir a Palavra. O verdadeiro discípulo é aquele que ouve, crê e permanece.”
✦ A escuta e a teologia do Logos
João começa sua primeira epístola e seu evangelho com o conceito do Verbo (Λόγος – Lógos). Para ele, ouvir Jesus é ouvir o Verbo eterno, a Palavra viva do Pai. Ouvi-Lo é acolher a revelação de Deus encarnada, como destacou D.A. Carson:
“Ouvir o Verbo é mais que informação; é comunhão com o Deus encarnado” (O Comentário de João, Shedd, 2007, p. 90).
✝️ APLICAÇÃO PESSOAL
✅ João é o modelo do discípulo que:
- Está perto de Jesus (proximidade)
- Inclina-se sobre Ele (intimidade)
- Fala com Ele com reverência (oração)
- Ouve com fé e obediência (discernimento)
- Anuncia o que ouviu (missão)
🙇♂️ Hoje, em meio à pressa e ruído do mundo, somos chamados a cultivar essa mesma espiritualidade da escuta.
👉 Que tipo de ouvintes temos sido? Como João, ouvimos com disposição para obedecer e partilhar?
“A fé vem pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Cristo” (Rm 10.17).
📊 TABELA EXPOSITIVA – A Espiritualidade da Escuta em João
Elemento | Evidência na vida de João | Referência bíblica | Aplicação pessoal |
Proximidade | Reclinado no peito de Jesus | João 13.23 | Buscar intimidade com Cristo |
Escuta atenta | Ouve a revelação sobre o traidor | João 13.25 | Ter sensibilidade espiritual |
Memória espiritual | “O que ouvimos... anunciamos” | 1 João 1.1 | Guardar e transmitir o ensino do Senhor |
Fidelidade à mensagem | Testemunha ocular e auditiva da Palavra | 1 João 1.2-3 | Ser fiel à verdade recebida |
Transformação interior | De filho do trovão a apóstolo do amor | João 13.34-35; 1Jo 4.7-8 | Deixar o amor moldar o coração |
Missão | Anuncia o que viu e ouviu para comunhão e vida | 1 João 1.3-4 | Ouvir para edificar e salvar outros |
🕊️ CONCLUSÃO DEVOCIONAL
João nos ensina que o discipulado começa com o ouvir atento, mas culmina no anunciar fiel. O mesmo Espírito que o fez recordar e escrever o que ouviu está disponível hoje para todos que se aproximam de Cristo com reverência e amor.
“Senhor, que sejamos como João: discípulos que ouvem, guardam, vivem e anunciam Tua Palavra com amor e fidelidade.”
EU ENSINEI QUE:
O amor de Jesus contagiou João de tal maneira que ele passou de “Filho do Trovão” a “Apóstolo do Amor”.
3- João, o Apóstolo do Amor
Além dos versículos que registram “o discípulo a quem Jesus amava”, temos no Evangelho de João o texto que podemos identificar como o “texto áureo da Bíblia” (ou um dos): João 3.16. Nas duas primeiras epístolas atribuídas a João, é frequente a menção ao amor de Deus e de uns para com os outros. Neste tópico, veremos que o apóstolo expressou o amor em seus escritos e no cuidado com Maria.
3.1. João cuidou de Maria. João, que antes presenciou os milagres de Jesus, agora estava ao pé da cruz, imóvel, juntamente com Maria. Ali, Jesus viu o sofrimento de Sua mãe e do discípulo a quem amava perto dela. Jesus, então, diz à Maria: “Mulher, eis aí o teu filho”, Jo 19.26. E diz ao discípulo amado: “Eis aí tua mãe, Jo 19.27. A partir daquele momento, João recebeu Maria em sua casa (Jo 19.27). Segundo o Pr. Mauricio Ferreira (1997, p.19): “João passou a cuidar da mãe do Salvador, pois já estava devidamente preparado para tal missão, era agora o Apóstolo do Amor”.
F.F. Bruce (2012, p.1201): “O amor de Jesus era tal que ele ainda fez provisão para sua mãe no último momento. Jesus confiou aos cuidados do ‘discípulo amado’ até o tempo em que os seus irmãos assumissem a responsabilidade para com ela como verdadeiros seguidores dEle. E podemos acrescentar que os irmãos logo aceitaram essa responsabilidade, pois mais tarde vemos Maria na sua companhia, enquanto João parece ter se agrupado de maneira bem distinta deles (At 1.14)”.
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
✦ João 19.26-27 – “Mulher, eis aí o teu filho... Eis aí tua mãe”
“Τότε λέγει τῇ μητρὶ Ἰησοῦ· Γύναι, ἰδοὺ ὁ υἱός σου. [...] Εἶπεν εἰς τὸν μαθητὴν· Ἰδοὺ ἡ μήτηρ σου.”
(Tótē légei tē̄ mētrì Iēsoû· Gýnai, idoù ho huiòs sou. [...] Eipen eis tòn mathētḕn· Idòu hē mḗtēr sou.)
A palavra “γύναι” (gýnai), traduzida como “mulher”, é uma forma respeitosa e não pejorativa (ver João 2.4). Jesus, na cruz, chama a mãe com delicadeza para um momento de provisão espiritual.
O verbo “ἰδοὺ” (idoù) significa “eis” ou “olha”, chamando atenção para a responsabilidade que Jesus confia ao discípulo amado, ato que revela profunda intimidade e cuidado.
O verbo “λέγει” está no presente histórico, dando vivacidade ao momento, enfatizando que esse ato foi uma decisão firme e consciente de Jesus em Seu último suspiro terreno.
✦ João 3.16 – “Porque Deus amou o mundo...”
Este versículo é o ápice da teologia joanina do amor:
- “ἀγαπᾷ” (agapáō) – verbo no presente ativo, denota um amor contínuo, fiel e sacrificial.
- O amor de Deus é universal (“κόσμον” – “mundo”), abrangendo toda humanidade.
- O envio do Filho é a expressão máxima desse amor.
📚 FUNDAMENTAÇÃO TEOLÓGICA
✦ João como modelo do amor cristão prático e espiritual
O cuidado de João com Maria é um exemplo vivo da teologia do amor de João. Ele não apenas escreveu sobre o amor (1 João 4), mas o praticou em atos concretos de serviço e responsabilidade familiar.
Segundo o teólogo F.F. Bruce:
“João foi escolhido para cuidar da mãe de Jesus não apenas por proximidade, mas por ser um homem transformado pelo amor de Cristo, o que o habilitou a essa missão de amor e serviço” (Bruce, Comentário ao Novo Testamento, 2012, p. 1201).
O amor ágape de João é um amor voluntário, sacrificial e comprometido, que reflete o caráter do próprio Deus (1 João 4.7-12).
✦ O contexto do cuidado familiar como missão cristã
Jesus, na cruz, antecipa a instituição da nova família espiritual, baseada no amor mútuo e na responsabilidade para com os outros (Jo 13.34-35). O ato de Jesus confiando Maria a João simboliza a construção dessa família redentora.
Em Atos 1.14, Maria está entre os irmãos em comunhão com os discípulos, mostrando que o cuidado de João também era parte de um compromisso comunitário e missionário.
✝️ APLICAÇÃO PESSOAL
✅ Somos chamados a viver um amor que se traduz em ação concreta: cuidar dos vulneráveis, dos necessitados e exercer responsabilidade mútua na família da fé.
✅ O exemplo de João nos desafia a:
- Abraçar o amor de Deus profundamente (como João no Evangelho e Epístolas)
- Praticar o amor no cotidiano, nas relações familiares e comunitárias
- Estar prontos para assumir responsabilidades difíceis, mesmo quando custosas
- Viver o amor ágape que transcende emoções e se manifesta em compromisso fiel e sacrificial
📊 TABELA EXPOSITIVA – João, o Apóstolo do Amor: Teologia e Prática
Aspecto
Descrição
Referência Bíblica
Aplicação prática
O amor ágape de Deus
Amor sacrificial e eterno dado ao mundo
João 3.16
Abraçar e refletir o amor divino diariamente
Cuidado e responsabilidade
João cuida de Maria, missão de amor prática
João 19.26-27
Servir e cuidar dos necessitados e da família
Amor no sofrimento
Permanecer próximo mesmo na dor e tribulação
João 19 (cruz)
Fiel presença e consolo em momentos difíceis
Construção da nova família
Formação de comunidade no amor
João 13.34-35; Atos 1.14
Promover unidade e cuidado na igreja local
Testemunho de amor
Amor que é evidência do discipulado
1 João 4.7-12
Amar para que o mundo conheça a Deus
🕊️ CONCLUSÃO DEVOCIONAL
João nos mostra que o amor verdadeiro nasce do encontro pessoal com Jesus e se expressa em compromisso de cuidado e serviço. O “discípulo amado” é um exemplo de transformação pelo amor divino, que não se limita a palavras, mas se concretiza em ações que edificam a família de Deus. Que possamos, como João, amar com fidelidade, mesmo nos momentos mais difíceis, testemunhando o amor de Cristo em nossas vidas.
✦ João 19.26-27 – “Mulher, eis aí o teu filho... Eis aí tua mãe”
“Τότε λέγει τῇ μητρὶ Ἰησοῦ· Γύναι, ἰδοὺ ὁ υἱός σου. [...] Εἶπεν εἰς τὸν μαθητὴν· Ἰδοὺ ἡ μήτηρ σου.”
(Tótē légei tē̄ mētrì Iēsoû· Gýnai, idoù ho huiòs sou. [...] Eipen eis tòn mathētḕn· Idòu hē mḗtēr sou.)
A palavra “γύναι” (gýnai), traduzida como “mulher”, é uma forma respeitosa e não pejorativa (ver João 2.4). Jesus, na cruz, chama a mãe com delicadeza para um momento de provisão espiritual.
O verbo “ἰδοὺ” (idoù) significa “eis” ou “olha”, chamando atenção para a responsabilidade que Jesus confia ao discípulo amado, ato que revela profunda intimidade e cuidado.
O verbo “λέγει” está no presente histórico, dando vivacidade ao momento, enfatizando que esse ato foi uma decisão firme e consciente de Jesus em Seu último suspiro terreno.
✦ João 3.16 – “Porque Deus amou o mundo...”
Este versículo é o ápice da teologia joanina do amor:
- “ἀγαπᾷ” (agapáō) – verbo no presente ativo, denota um amor contínuo, fiel e sacrificial.
- O amor de Deus é universal (“κόσμον” – “mundo”), abrangendo toda humanidade.
- O envio do Filho é a expressão máxima desse amor.
📚 FUNDAMENTAÇÃO TEOLÓGICA
✦ João como modelo do amor cristão prático e espiritual
O cuidado de João com Maria é um exemplo vivo da teologia do amor de João. Ele não apenas escreveu sobre o amor (1 João 4), mas o praticou em atos concretos de serviço e responsabilidade familiar.
Segundo o teólogo F.F. Bruce:
“João foi escolhido para cuidar da mãe de Jesus não apenas por proximidade, mas por ser um homem transformado pelo amor de Cristo, o que o habilitou a essa missão de amor e serviço” (Bruce, Comentário ao Novo Testamento, 2012, p. 1201).
O amor ágape de João é um amor voluntário, sacrificial e comprometido, que reflete o caráter do próprio Deus (1 João 4.7-12).
✦ O contexto do cuidado familiar como missão cristã
Jesus, na cruz, antecipa a instituição da nova família espiritual, baseada no amor mútuo e na responsabilidade para com os outros (Jo 13.34-35). O ato de Jesus confiando Maria a João simboliza a construção dessa família redentora.
Em Atos 1.14, Maria está entre os irmãos em comunhão com os discípulos, mostrando que o cuidado de João também era parte de um compromisso comunitário e missionário.
✝️ APLICAÇÃO PESSOAL
✅ Somos chamados a viver um amor que se traduz em ação concreta: cuidar dos vulneráveis, dos necessitados e exercer responsabilidade mútua na família da fé.
✅ O exemplo de João nos desafia a:
- Abraçar o amor de Deus profundamente (como João no Evangelho e Epístolas)
- Praticar o amor no cotidiano, nas relações familiares e comunitárias
- Estar prontos para assumir responsabilidades difíceis, mesmo quando custosas
- Viver o amor ágape que transcende emoções e se manifesta em compromisso fiel e sacrificial
📊 TABELA EXPOSITIVA – João, o Apóstolo do Amor: Teologia e Prática
Aspecto | Descrição | Referência Bíblica | Aplicação prática |
O amor ágape de Deus | Amor sacrificial e eterno dado ao mundo | João 3.16 | Abraçar e refletir o amor divino diariamente |
Cuidado e responsabilidade | João cuida de Maria, missão de amor prática | João 19.26-27 | Servir e cuidar dos necessitados e da família |
Amor no sofrimento | Permanecer próximo mesmo na dor e tribulação | João 19 (cruz) | Fiel presença e consolo em momentos difíceis |
Construção da nova família | Formação de comunidade no amor | João 13.34-35; Atos 1.14 | Promover unidade e cuidado na igreja local |
Testemunho de amor | Amor que é evidência do discipulado | 1 João 4.7-12 | Amar para que o mundo conheça a Deus |
🕊️ CONCLUSÃO DEVOCIONAL
João nos mostra que o amor verdadeiro nasce do encontro pessoal com Jesus e se expressa em compromisso de cuidado e serviço. O “discípulo amado” é um exemplo de transformação pelo amor divino, que não se limita a palavras, mas se concretiza em ações que edificam a família de Deus. Que possamos, como João, amar com fidelidade, mesmo nos momentos mais difíceis, testemunhando o amor de Cristo em nossas vidas.
3.2. João escreve sobre o amor. Não há dúvidas de que Jesus ensinou lições valiosas sobre o amor aos Seus discípulos: “(…) e aprendei de mim (…)”, Mt 11.29. No entanto, João se destacou grandemente no aprendizado desse amor maravilhoso, e demonstrou isso enaltecendo a virtude do amor em seus escritos. João ficou conhecido como o discípulo do amor, que é essencial aos seguidores de Cristo. João aprendeu junto à Fonte. Ele experimentou o amor de Jesus e amou a Jesus e Seus ensinamentos.
Revista Betel Dominical, 4° Trimestre de 1997: “O apóstolo João se destacou dentre os demais como o Apóstolo do Amor. Ele começou sua vida cristã como discípulo de João Batista; mas, quando encontrou a Jesus, teve seu comportamento curado. Mas, acima de tudo, João descobriu o amor, manifestou-o durante o ministério de Cristo e, mais tarde, o transmitiu às igrejas da Ásia.
3.3. O amor evidenciado em cartas. Em suas cartas, João expressou o amor de Deus, referindo-se aos seus leitores como “amados” ou “filhinhos” (1Jo 2.1,12,28; 3.2,7,18,21; 4.1,4,7; 5.21). Essa maneira amorosa de escrever e viver fez João ficar conhecido como o “Apóstolo do Amor”. Porém, não qualquer amor, mas o amor de Deus, porque “Deus é amor”, 1Jo 4.8,16.
Revista Betel Dominical, 4° Trimestre de 1997: “Todo o ensino de João versou sobre o amor, o caminho mais excelente (1Co 12.31). Ele destacou o amor como o caminho para se conhecer a Deus (1 Jo 4.8), e demonstrá-lo aos irmãos: ‘Amados, se Deus assim nos amou, também nós devemos amar uns aos outros (1 Jo 4.11). João diz que a razão de nosso amor a Deus é porque ele nos amou primeiro (1Jo 4.19). O ensino do apóstolo do amor permanece como um farol iluminando nossos corações”.
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
1. Contexto e Fundamentação Teológica
João, o discípulo amado, é singularmente reconhecido pelo foco no amor divino como essência do Cristianismo. Sua formação inicial com João Batista (Jo 1.35-40) foi um prelúdio para a experiência transformadora ao seguir Jesus, que “curou seu comportamento” e o tornou um mensageiro privilegiado do amor.
O verbo grego para amor frequentemente usado nas epístolas de João é “ἀγάπη” (agápē), que expressa um amor voluntário, sacrificial e incondicional, diferentemente de “φιλία” (philía), que é uma afeição ou amizade natural. A teologia joanina destaca Deus como a fonte do amor (1 Jo 4.8,16 – Θεὸς ἀγάπη ἐστίν), o que implica que o amor verdadeiro é uma manifestação da própria natureza de Deus.
2. A Expressão do Amor na Vida e Escritos de João
- João aprende e transmite o amor (Mt 11.29):
Jesus convida a aprender dEle, o Mestre da humildade e amor sacrificial. João incorporou esse ensino na prática e na pregação, tornando o amor o tema central de sua missão. - A forma carinhosa da escrita joanina:
João dirige-se repetidamente aos seus leitores com termos afetivos como “ἀγαπητοί” (agapētoi, “amados”) e “τέκνα” (tekna, “filhinhos”) (1 Jo 2.1,12; 3.18; 4.7), expressando não só autoridade apostólica, mas profunda ternura pastoral. - O amor como caminho para conhecer a Deus:
A afirmação “ὁ Θεὸς ἀγάπη ἐστίν” (1 Jo 4.8) não é apenas doutrinária, mas existencial, indicando que o amor vivido é a evidência da comunhão com Deus. A consequência é clara: “Se Deus nos amou, devemos amar uns aos outros” (1 Jo 4.11). - O amor como base da vida cristã:
João enfatiza que o amor é o “caminho mais excelente” (cf. 1 Co 12.31; 13), que deve ser a marca distintiva da comunidade cristã, servindo como luz e testemunho no mundo. - Motivação para o amor:
João destaca que nosso amor não é um esforço humano autônomo, mas uma resposta ao amor que Deus nos mostrou primeiro (1 Jo 4.19), demonstrando a prioridade da graça.
3. Referências Acadêmicas e Comentários
- D.A. Carson, em seu comentário sobre João, observa que o uso repetido do termo “amados” tem um impacto pastoral profundo, construindo uma comunidade enraizada no amor fraternal e na verdade, essencial para a unidade e testemunho cristãos.
- F.F. Bruce destaca que o amor para João é a medida da verdadeira fé e relacionamento com Deus: a experiência do amor divino transforma a ética e a comunhão do crente.
- William Barclay comenta que o amor joanino é ativo, não apenas sentimental — deve ser demonstrado em ações, especialmente em cuidar dos necessitados, como um reflexo do amor divino.
4. Aplicação Pessoal
- Vivenciar o amor de Deus: O cristão deve buscar não apenas entender, mas experimentar o amor ágape que transforma o coração, guiando atitudes e palavras.
- Amar como mandamento e testemunho: João nos lembra que amar não é opcional, é mandamento de Deus e prova da verdadeira comunhão com Ele.
- Comunidade centrada no amor: A igreja deve cultivar um ambiente onde o amor prevaleça, usando termos como “amados” para edificar e fortalecer seus membros.
- Resposta ao amor de Deus: Nosso amor deve ser uma resposta contínua à graça já recebida, não uma tentativa de merecer a aceitação divina.
5. Tabela Expositiva: João e o Amor Divino
Aspecto
Descrição
Texto-chave
Aplicação Prática
Natureza do amor
Amor ágape, divino, sacrificial
1 Jo 4.8,16
Amar como Deus ama, com sacrifício
Vocativos afetivos
“Amados”, “filhinhos” indicam cuidado pastoral
1 Jo 2.1,12; 3.18
Construir relacionamentos com ternura
Amor como evidência
O amor é prova de comunhão com Deus
1 Jo 4.7-12
Refletir Deus em atitudes práticas
Motivação para amar
Deus nos amou primeiro
1 Jo 4.19
Amor como resposta, não obrigação legal
Caminho para conhecer Deus
Amar é meio para conhecer e permanecer em Deus
1 Jo 4.8,16; Mt 11.29
Viver o amor como caminho espiritual
6. Conclusão
João não apenas ensinou o amor; ele foi moldado por ele. O “Apóstolo do Amor” revela que o centro da fé cristã é um relacionamento vivo e transformador com Deus, que se expressa em amor genuíno e contínuo para com o próximo. Essa ênfase permanece atual e desafia cada crente a ser um canal do amor divino no mundo.
1. Contexto e Fundamentação Teológica
João, o discípulo amado, é singularmente reconhecido pelo foco no amor divino como essência do Cristianismo. Sua formação inicial com João Batista (Jo 1.35-40) foi um prelúdio para a experiência transformadora ao seguir Jesus, que “curou seu comportamento” e o tornou um mensageiro privilegiado do amor.
O verbo grego para amor frequentemente usado nas epístolas de João é “ἀγάπη” (agápē), que expressa um amor voluntário, sacrificial e incondicional, diferentemente de “φιλία” (philía), que é uma afeição ou amizade natural. A teologia joanina destaca Deus como a fonte do amor (1 Jo 4.8,16 – Θεὸς ἀγάπη ἐστίν), o que implica que o amor verdadeiro é uma manifestação da própria natureza de Deus.
2. A Expressão do Amor na Vida e Escritos de João
- João aprende e transmite o amor (Mt 11.29):
Jesus convida a aprender dEle, o Mestre da humildade e amor sacrificial. João incorporou esse ensino na prática e na pregação, tornando o amor o tema central de sua missão. - A forma carinhosa da escrita joanina:
João dirige-se repetidamente aos seus leitores com termos afetivos como “ἀγαπητοί” (agapētoi, “amados”) e “τέκνα” (tekna, “filhinhos”) (1 Jo 2.1,12; 3.18; 4.7), expressando não só autoridade apostólica, mas profunda ternura pastoral. - O amor como caminho para conhecer a Deus:
A afirmação “ὁ Θεὸς ἀγάπη ἐστίν” (1 Jo 4.8) não é apenas doutrinária, mas existencial, indicando que o amor vivido é a evidência da comunhão com Deus. A consequência é clara: “Se Deus nos amou, devemos amar uns aos outros” (1 Jo 4.11). - O amor como base da vida cristã:
João enfatiza que o amor é o “caminho mais excelente” (cf. 1 Co 12.31; 13), que deve ser a marca distintiva da comunidade cristã, servindo como luz e testemunho no mundo. - Motivação para o amor:
João destaca que nosso amor não é um esforço humano autônomo, mas uma resposta ao amor que Deus nos mostrou primeiro (1 Jo 4.19), demonstrando a prioridade da graça.
3. Referências Acadêmicas e Comentários
- D.A. Carson, em seu comentário sobre João, observa que o uso repetido do termo “amados” tem um impacto pastoral profundo, construindo uma comunidade enraizada no amor fraternal e na verdade, essencial para a unidade e testemunho cristãos.
- F.F. Bruce destaca que o amor para João é a medida da verdadeira fé e relacionamento com Deus: a experiência do amor divino transforma a ética e a comunhão do crente.
- William Barclay comenta que o amor joanino é ativo, não apenas sentimental — deve ser demonstrado em ações, especialmente em cuidar dos necessitados, como um reflexo do amor divino.
4. Aplicação Pessoal
- Vivenciar o amor de Deus: O cristão deve buscar não apenas entender, mas experimentar o amor ágape que transforma o coração, guiando atitudes e palavras.
- Amar como mandamento e testemunho: João nos lembra que amar não é opcional, é mandamento de Deus e prova da verdadeira comunhão com Ele.
- Comunidade centrada no amor: A igreja deve cultivar um ambiente onde o amor prevaleça, usando termos como “amados” para edificar e fortalecer seus membros.
- Resposta ao amor de Deus: Nosso amor deve ser uma resposta contínua à graça já recebida, não uma tentativa de merecer a aceitação divina.
5. Tabela Expositiva: João e o Amor Divino
Aspecto | Descrição | Texto-chave | Aplicação Prática |
Natureza do amor | Amor ágape, divino, sacrificial | 1 Jo 4.8,16 | Amar como Deus ama, com sacrifício |
Vocativos afetivos | “Amados”, “filhinhos” indicam cuidado pastoral | 1 Jo 2.1,12; 3.18 | Construir relacionamentos com ternura |
Amor como evidência | O amor é prova de comunhão com Deus | 1 Jo 4.7-12 | Refletir Deus em atitudes práticas |
Motivação para amar | Deus nos amou primeiro | 1 Jo 4.19 | Amor como resposta, não obrigação legal |
Caminho para conhecer Deus | Amar é meio para conhecer e permanecer em Deus | 1 Jo 4.8,16; Mt 11.29 | Viver o amor como caminho espiritual |
6. Conclusão
João não apenas ensinou o amor; ele foi moldado por ele. O “Apóstolo do Amor” revela que o centro da fé cristã é um relacionamento vivo e transformador com Deus, que se expressa em amor genuíno e contínuo para com o próximo. Essa ênfase permanece atual e desafia cada crente a ser um canal do amor divino no mundo.
EU ENSINEI QUE:
João foi contagiado por um tipo de amor que o seguiu até o fim de seus dias: o amor de Deus.
CONCLUSÃO
O discípulo João teve sua vida transformada a partir do momento que ouviu e atendeu ao chamado do Senhor Jesus para ser Seu discípulo (Mt 4.21,22). E, conforme caminhava com Jesus, ele foi aprendendo, sendo corrigido e aperfeiçoado. Mais tarde, João se tornou um dos instrumentos do Espírito Santo na evangelização e na edificação da Igreja. Que o mesmo Espírito continue operando hoje em cada membro do Corpo de Cristo e nos fazendo agentes evangelizadores e educadores para a glória de Deus.
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
🔍 ANÁLISE EXEGÉTICA E LINGUÍSTICA
✦ Mateus 4.21-22 — O chamado de João
“E, adiantando-se dali, viu outros dois irmãos, Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão, num barco com seu pai Zebedeu, consertando as redes; e chamou-os. Eles, deixando imediatamente o barco e seu pai, seguiram-no.”
A palavra grega para “chamou-os” é ἐκάλεσεν (ekálesen), do verbo καλέω (kaléō), que no Novo Testamento frequentemente implica um chamado vocacional e divino. Jesus não apenas os convidou; Ele os vocacionou para uma nova identidade e missão.
A resposta é imediata: “deixando imediatamente (εὐθέως, eutheōs) o barco... seguiram-no (ἠκολούθησαν, ēkolouthēsan)”.
→ O verbo ἀκολουθέω (akoloutheō) indica adesão permanente, não um simples seguir geográfico, mas discipulado integral.
📚 FUNDAMENTAÇÃO TEOLÓGICA
✦ Transformação pelo discipulado com Cristo
João foi transformado não por religião, mas por relacionamento com o Cristo vivo. Sua jornada espiritual é um paradigma da santificação — um processo contínuo de aperfeiçoamento, não uma mudança instantânea.
Como escreveu Craig Keener (IVP Bible Background Commentary, 1993):
“Os discípulos deixaram tudo por um rabino que, diferentemente dos líderes farisaicos, não apenas ensinava, mas vivia entre eles e moldava suas vidas. Esse tipo de discipulado era raro e profundamente formativo.”
✦ De impetuoso a amoroso
Inicialmente, João demonstrava traços de ira, exclusivismo e ambição (Lc 9.54; Mc 10.35-37), mas o contato constante com o exemplo de Cristo o transformou em instrumento de ternura, verdade e amor (1Jo 4.8).
Segundo Warren Wiersbe (Be Transformed, 1986):
“João é o exemplo clássico de como a graça de Deus pode pegar uma vida bruta e torná-la um vaso de honra. Ele aprendeu não apenas com os ensinos de Cristo, mas com Seu exemplo.”
✦ Missão contínua do Espírito Santo
Assim como João foi capacitado pelo Espírito para edificar a Igreja com seus escritos e testemunho (Ap 1.9-11), o mesmo Espírito opera hoje, conforme João 14.26 e Atos 1.8, preparando discípulos para a obra evangelizadora e pedagógica.
✝️ APLICAÇÃO PESSOAL
✅ Todos somos chamados por Cristo — assim como João, temos um chamado específico, e a resposta pronta é sinal de fé e confiança.
✅ A transformação é um processo — o que João se tornou é resultado de convivência com Cristo e ação do Espírito. Isso nos encoraja a não desistirmos de nós mesmos ou de outros.
✅ Nossa vocação é relacional e missional — seguimos Jesus não para ficarmos parados, mas para sermos moldados e enviados como testemunhas (At 1.8).
✅ O Espírito continua agindo hoje — nossa missão como educadores e evangelizadores depende da atuação contínua do Espírito Santo. Ele é quem capacita, convence e dirige.
📊 TABELA EXPOSITIVA – A Transformação de João
Aspecto
Antes da transformação
Após a transformação
Referência Bíblica
Temperamento
Impulsivo, irado (queria fogo sobre samaritanos)
Amoroso, compassivo, pastoral
Lc 9.54 vs. 1 Jo 4.7-8
Compreensão da missão
Excludente ("não é dos nossos")
Inclusivo ("quem ama conhece a Deus")
Mc 9.38 vs. 1 Jo 4.11
Chamado
Pescador de peixes
Pescador de homens e voz profética (Apocalipse)
Mt 4.21-22; Ap 1.9
Relacionamento com Jesus
Próximo e íntimo
Fiel e adorador até o fim
Jo 13.23; Jo 19.26; Ap 1.17
Fruto do discipulado
Seguidor impulsivo
Apóstolo do amor e colunas da igreja
Gl 2.9; 1 Jo 3.16
🕊️ CONCLUSÃO DEVOCIONAL
João é um exemplo claro de que o verdadeiro discipulado transforma. Ele aprendeu de Jesus, foi moldado pelo Espírito e se tornou um dos pilares do ensino cristão sobre o amor. O mesmo Jesus que chamou João continua chamando hoje. O mesmo Espírito que o capacitou continua presente para transformar e enviar. Que, como João, sejamos discípulos que ouvem, seguem, amadurecem e amam — até que o mundo conheça o Deus que é amor.
🔍 ANÁLISE EXEGÉTICA E LINGUÍSTICA
✦ Mateus 4.21-22 — O chamado de João
“E, adiantando-se dali, viu outros dois irmãos, Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão, num barco com seu pai Zebedeu, consertando as redes; e chamou-os. Eles, deixando imediatamente o barco e seu pai, seguiram-no.”
A palavra grega para “chamou-os” é ἐκάλεσεν (ekálesen), do verbo καλέω (kaléō), que no Novo Testamento frequentemente implica um chamado vocacional e divino. Jesus não apenas os convidou; Ele os vocacionou para uma nova identidade e missão.
A resposta é imediata: “deixando imediatamente (εὐθέως, eutheōs) o barco... seguiram-no (ἠκολούθησαν, ēkolouthēsan)”.
→ O verbo ἀκολουθέω (akoloutheō) indica adesão permanente, não um simples seguir geográfico, mas discipulado integral.
📚 FUNDAMENTAÇÃO TEOLÓGICA
✦ Transformação pelo discipulado com Cristo
João foi transformado não por religião, mas por relacionamento com o Cristo vivo. Sua jornada espiritual é um paradigma da santificação — um processo contínuo de aperfeiçoamento, não uma mudança instantânea.
Como escreveu Craig Keener (IVP Bible Background Commentary, 1993):
“Os discípulos deixaram tudo por um rabino que, diferentemente dos líderes farisaicos, não apenas ensinava, mas vivia entre eles e moldava suas vidas. Esse tipo de discipulado era raro e profundamente formativo.”
✦ De impetuoso a amoroso
Inicialmente, João demonstrava traços de ira, exclusivismo e ambição (Lc 9.54; Mc 10.35-37), mas o contato constante com o exemplo de Cristo o transformou em instrumento de ternura, verdade e amor (1Jo 4.8).
Segundo Warren Wiersbe (Be Transformed, 1986):
“João é o exemplo clássico de como a graça de Deus pode pegar uma vida bruta e torná-la um vaso de honra. Ele aprendeu não apenas com os ensinos de Cristo, mas com Seu exemplo.”
✦ Missão contínua do Espírito Santo
Assim como João foi capacitado pelo Espírito para edificar a Igreja com seus escritos e testemunho (Ap 1.9-11), o mesmo Espírito opera hoje, conforme João 14.26 e Atos 1.8, preparando discípulos para a obra evangelizadora e pedagógica.
✝️ APLICAÇÃO PESSOAL
✅ Todos somos chamados por Cristo — assim como João, temos um chamado específico, e a resposta pronta é sinal de fé e confiança.
✅ A transformação é um processo — o que João se tornou é resultado de convivência com Cristo e ação do Espírito. Isso nos encoraja a não desistirmos de nós mesmos ou de outros.
✅ Nossa vocação é relacional e missional — seguimos Jesus não para ficarmos parados, mas para sermos moldados e enviados como testemunhas (At 1.8).
✅ O Espírito continua agindo hoje — nossa missão como educadores e evangelizadores depende da atuação contínua do Espírito Santo. Ele é quem capacita, convence e dirige.
📊 TABELA EXPOSITIVA – A Transformação de João
Aspecto | Antes da transformação | Após a transformação | Referência Bíblica |
Temperamento | Impulsivo, irado (queria fogo sobre samaritanos) | Amoroso, compassivo, pastoral | Lc 9.54 vs. 1 Jo 4.7-8 |
Compreensão da missão | Excludente ("não é dos nossos") | Inclusivo ("quem ama conhece a Deus") | Mc 9.38 vs. 1 Jo 4.11 |
Chamado | Pescador de peixes | Pescador de homens e voz profética (Apocalipse) | Mt 4.21-22; Ap 1.9 |
Relacionamento com Jesus | Próximo e íntimo | Fiel e adorador até o fim | Jo 13.23; Jo 19.26; Ap 1.17 |
Fruto do discipulado | Seguidor impulsivo | Apóstolo do amor e colunas da igreja | Gl 2.9; 1 Jo 3.16 |
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