TEXTO ÁUREO “Na verdade, na verdade vos digo que aquele que crê em mim também fará as obras que eu faço, e as fará maiores do que esta...
TEXTO ÁUREO
“Na verdade, na verdade vos digo que aquele que crê em mim também fará as obras que eu faço, e as fará maiores do que estas, porque eu vou para meu Pai” Jo 14.12
VERDADE APLICADA
Uma igreja viva e atuante traz consigo além de uma poderosa mensagem de impacto, uma manifestação contagiante que aproxima as pessoas de Deus.
OBJETIVOS DA LIÇÃO
► Explicar porque a igreja de nosso século é tão carente de milagres;
► Falar acerca da necessidade de uma poderosa visitação em nossos dias;
► Revelar o que Deus preparou para nosso tempo.
TEXTOS DE REFERÊNCIA
1Co 2.4 - E a minha palavra, e a minha pregação, não consistiram em palavras persuasivas de sabedoria humana, mas em demonstração de Espírito e de poder;
1Co 2.5 - Para que a vossa fé não se apoiasse em sabedoria dos homens, mas no poder de Deus.
1Co 2.6 - Todavia falamos sabedoria entre os perfeitos; não, porém, a sabedoria deste mundo, nem dos príncipes deste mundo, que se aniquilam;
1Co 2.7 - Mas falamos a sabedoria de Deus, oculta em mistério, a qual Deus ordenou antes dos séculos para nossa glória;
1Co 2.8 - A qual nenhum dos príncipes deste mundo conheceu; porque, se a conhecessem, nunca crucificariam ao Senhor da glória.
INTRODUÇÃO
Embora seja dotada de uma revelação progressiva e de um vasto conhecimento teológico, a igreja do século 21 é carente demais de uma manifestação do poder de Deus como registrado na Bíblia. Assim, nasce uma pergunta: milagres são possíveis em nossos dias? Se forem possíveis, como fazê-los emergir?
1. POR QUE A IGREJA CARECE DE MILAGRES?
Vivemos um tempo muito difícil, onde tudo parece ser comum para muita gente, inclusive, para a comunidade cristã. É num tempo como esse que precisamos assumir nossa postura e combater não somente com palavras, mas com demonstração de poder (1Co 2.4), esses agentes tão ofensivos a fé cristã. Vejamos por que carecemos de milagres.
1.1. Porque a ordem natural está invertida
Vivemos em uma sociedade violenta onde os jovens deixam de ser esperança da nação para se tornarem seu terror. Não é a ordem natural os pais sepultarem seus filhos. Mas, essa é uma dura realidade em nossos dias. Não podemos somente culpar a educação de nosso país, sabemos que esse é fator de ordem espiritual (2Tm 3.1), que não se resolve com alfabetização, é caso de libertação mesmo. Enquanto as meninas se tornarem mães aos onze anos, os adolescentes comandarem o tráfico, e os jovens morrerem antes de completa a maior idade, a sociedade está fadada ao fracasso. Não vemos em nossos jovens uma perspectiva do futuro, eles apenas sobrevivem. A Bíblia nos ensina que os filhos desobedientes, que não honram seus pais, além de serem infelizes, serão tragados pela morte antes do tempo (Êx 20.2; Ef 6.2-3).
Os noticiários estão repletos de casos onde filhos estão matando seus pais, famílias inteiras estão sofrendo pela insubordinação dos filhos e por sua maldade cada vez mais crescente. Chegamos a um ponto em que devemos marcar nossa posição como igreja, e assumir que somos a luza para aqueles que estão sob as densas trevas da escuridão do pecado.
1.2. Porque a manifestação dos filhos da desobediência é uma realidade
O capítulo primeiro da carta de Paulo aos crentes de Roma traz uma descrição completa da situação que vivemos atualmente em todas as partes do mundo, a perversão da sexualidade. Como se não bastasse os altos índices da indústria sexual (pornografia, prostituição, pedofilia e a turismo sexual) os governantes tornaram legal no mundo aquilo que Deus declarou ilícito (o homossexualismo), que é digno de juízo tanto quem o pratica quanto quem consente (Rm 1.32). Nós cristãos não temos que aceitar, nem achar comum essa prática. Embora tenhamos dever de amar ao próximo, o que é abominação para Deus, deve ser uma lei para todos nós. Nosso pior problema hoje é que, no mundo espiritual Satanás tem direito legal para agir nessa área, porque esse direito foi dado por uma autoridade constituída por Deus (Rm 13.1-2).
1.3. Porque a corrupção está generalizada
A corrupção em nosso país já chegou a níveis absurdos. É claro que não podemos generalizar e dizer que todos são corruptos, mas a grande maioria dos líderes são os culpados pelo caos da sociedade. A lei se afrouxa diante de pessoa de alto escalão, os que deveriam nos defender nos oprimem, e não existe segmento da sociedade em que não haja corrupção, inclusive no meio do povo de Deus, que traz em seu bojo pessoas em fase de libertação, e muitos, apenas como o desejo de tornar o evangelho uma fonte de lucro (1Tm 6.5,7-10).
A igreja não pode tratar estes fatores como normais ou comuns, quando não nos comovemos com o pecado da sociedade que está ao nosso redor é porque o nosso foco perdeu o sentido. Não fomos salvos apenas para observar o que acontece ao nosso redor, mas para transformar esse mundo pecaminoso, somos interlocutores de Deus na história.
2. MOTIVOS PELOS QUAIS PRECISAMOS DE UMA VISITAÇÃO
Precisamos urgentemente de uma obra sobrenatural da parte do Espírito Santo, que traga poder à pregação da Palavra para motivar os crentes da nossa nação (1Co 2.4). Com esse impacto a vaidade de nossos dias seria atraída para a oração, e pelo desejo ardente da presença de Deus.
2.1. A adulteração das Santas Escrituras
Há centenas de anos, Charles Spurgeon já havia detectado esse adultério: “Na atualidade, não conhecemos uma doutrina bíblica que não tenha sido prejudicada por aqueles que deveriam defendê-las. Existem muitas doutrinas preciosas as nossas almas que foram negadas por aqueles cujo ofício seria proclamá-las, necessitamos com urgência de um retorno as nossas antigas origens”. E, conclui: As Escrituras têm de se tornar o infalível alicerce de todo o ensino da igreja, sabemos que se os crentes perderem sua firmeza, a igreja será arremessada de um lado para outro, por isso, cada cristão precisa fazer a diferença, para que a igreja continue viva. (Mt 5.13).
O futuro da igreja depende de pessoas conectadas espiritualmente com Deus, pessoas que não somente conheçam Sua vontade, mas que sejam capazes de morrer por essa verdade. Pessoas alicerçadas na Palavra e cheias do Espírito Santo para proclamar Suas verdades.
2.2. A ausência do culto doméstico
A Bíblia nos ensina que o primeiro lugar onde a vida cristã deve estar alicerçada é no lar (1Tm 3.4-5). Um dos maiores desafios de nosso tempo tem sido a família cristã. Embora tenhamos tantas pregações e inúmeros seminários e encontro sobre famílias, nosso problema reside na realização do ensino cristão e da adoração no lar. Não podemos esperar que nossas famílias sejam transformadas apenas durante um culto. Uma planta necessita ser regada para viver, precisamos erigir um altar em nossas casas. Como podemos esperar que o reino de Deus prospere, quando os discípulos de Cristo não ensinam o evangelho a seus próprios filhos?
2.3. Pessoas superdependentes de outras
A parábola das dez virgens apresenta um quadro interessante onde havia uma reserva de azeite trazida pelas prudentes, e nos informa que as néscias dormiram, certamente confiando que as prudentes iriam lhes emprestar do seu azeite (Mt 25.3-9). Até hoje a expressão “dai-nos do vosso azeite” é uma constante na vida de muitos cristãos que jamais entenderam que cada um dará conta de si a Deus, que a unção é pessoal, que não se pode viver na dependência do ministério de outros (Rm 14.12). Temos uma gama de crentes “caroneiros”, pessoas que somente possuem vidas nos cultos, mas fora deles, não regam suas vidas espirituais, não leem a Bíblia, e não separam tempo para se dedicar a oração.
Esforcemo-nos para descansar em nossa verdadeira confiança no Senhor Jesus. Que nenhum de nós caia numa situação infeliz e medíocre de dependência dos homens! Que sejamos crentes firmes e resistentes, não sejamos crentes semelhantes a casas de saibro, e sim edifícios bem construídos, capazes de suportar todas as intempéries e desafiar o próprio tempo.
3. O QUE A BÍBLIA RESERVOU PARA NÓS NESSE TEMPO?
Escrevendo aos crentes de Corinto, Paulo expõe claramente a questão da cegueira espiritual dos judeus e o que está reservado para todos aqueles que são guiados pelo Espírito de Deus. Vejamos:
3.1 Uma glória permanente
Até hoje o mundo relata os fatos acontecidos no Egito na época de Moisés. São feitos maravilhosos que todos conhecemos, e mesmo não o tendo visto, sabemos que foram reais ao ponto de anunciá-los geração após geração. Parece que nossos antepassados vivenciaram um sonho quando lemos as páginas da Sagrada Escrituras. Porém, de forma ousada, Paulo nos afirma que toda essa glória não passava de uma sombra do que ainda aconteceria nos nossos dias, que o que Deus deseja derramar sobre seus filhos é superior a tudo o que já aconteceu no passado, e que esteve contido na época de Moisés porque deveria acontecer nos dias da igreja (2Co 3.16). Paulo classifica os milagres de Moisés como transitórios, e nos revela que sobre a igreja existe uma glória permanente (2Co 3.7-12).
É difícil imaginar ou até mesmo crer que realizaremos coisas grandiosas que irão superar as obras de Moisés, mas é o que a Bíblia nos revela. Sendo assim, corramos para os braços do Espírito Santo, pois Ele tem todas as respostas para nossas indagações e para esta geração perversa que nos rodeia.
3.2 O ministério da glória do Espírito Santo
“Porque, se o que era transitório foi para a glória, muito mais é em glória o que permanece” (2Co 3.11). O tempo do verbo nesta passagem é crítico: “o que se desvanecia”. Paulo o escreveu num período histórico de sobreposição de eras. Nesse tempo os judaizantes desejavam que os cristãos voltassem a viver sob o jugo da Lei, que mesclassem as duas alianças. Paulo está dizendo: “por que voltar que é temporário e o que desvanece?”, vivam na glória da nova aliança que é cada vez maior. A glória da Lei é apenas a glória da história passada, enquanto a glória da nova aliança é a glória da experiência presente. Deus preparou algo grandioso para nossos dias, mas o véu da revelação ainda está encoberto para muitos.
3.3 A glória permanente tem um alvo específico e primordial
“Mas todos nós, com rosto descoberto, refletindo como um espelho a glória do Senhor, somos transformados de glória em glória na mesma imagem, como pelo Espírito do Senhor” (2Co 3.18). Paulo nos revela que toda essa glória tem como objetivo nos tornar em imagem e semelhança de Deus, ou seja, parecidos com Jesus. Lá no Éden o homem se desfigurou perdendo a imagem e a semelhança; no calvário, Cristo tomou de volta o que foi perdido (Lc 19.10; 1Co 15.45-48); e o alvo final do cristianismo é que todos os filhos de Deus se tornem semelhantes a Ele no dia do encontro (1Jo 3.2). Se fizermos tudo e não nos tornarmos semelhantes a Cristo toda nossa vida terá sido em vão.
Desde a criação, Deus revelou seu poder a humanidade. Ao reconstruir o mundo dos caos Ele usou apenas a Sua Palavra e tudo passou a existir. Milagres, sinais e maravilhas são uma credencial da igreja, eles não podem em hipótese alguma andarem distantes. Uma igreja sem o sobrenatural não passa apenas de mais uma religião. Se começamos no sobrenatural, terminaremos nele. Acreditemos no poder dessa palavra!
CONCLUSÃO
O Senhor reservou todo o seu melhor para esses últimos dias da igreja, o próprio Jesus nos revelou ser possível realizar grandes feitos. O princípio ainda é o mesmo: a santidade, a fé, e a separação de tudo aquilo que se chama pecado. Deus ainda é o
mesmo e ainda realiza grandes feitos (Hb 13.8).
QUESTIONÁRIO
1. O que os governantes tornaram legal?
R. O que Deus declarou ilícito e digno de morte (Rm 1.32).
2. Cite um item da corrupção generalizada.
R. Os que tornam o evangelho como fonte de lucro (1Tm 6.5,7-10).
3. Cite um motivo pelo qual precisamos de uma visitação poderosa.
R. A ausência da semente divina no lar (1Tm 3.4,5).
4. Qual a expressão constante da vida de muitos cristãos?
R. “Dai-nos do vosso azeite” (Mt 25.8).
5. Qual o alvo principal do cristianismo?
R. Nos tornar semelhante a Cristo (1Jo 3.2).
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Bíblia. Português. Atualizada da tradução de João Ferreira de Almeida, da Sociedade Bíblica do Brasil, 2010.
Revista do professor: Jovens e Adultos. Milagres do Antigo Testamento. Rio de Janeiro: Editora Betel - 4º Trimestre de 2014. Ano 24 n° 93. Lição 13 – A relevância dos milagres em nossos dias.
Postado pela equipe Pecador Confesso.
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