TEXTO ÁUREO “Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo” 2 Соríntios 5.1...
TEXTO ÁUREO
“Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo” 2 Соríntios 5.17.
VERDADE APLICADA
Somente o conhecimento intelectual da Bíblia e a boa vontade não nos dispensam de passar pelo novo nascimento para entrar no Reino de Deus.
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
📖 TEXTO ÁUREO COMENTADO
"Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo."
📍 2 Coríntios 5.17
✍️ COMENTÁRIO BÍBLICO-TEOLÓGICO
O versículo de 2 Coríntios 5.17 é central para a doutrina do novo nascimento e da regeneração em Cristo. Ele representa uma mudança ontológica, ou seja, no próprio ser da pessoa, e não apenas uma reforma externa ou moral.
▶ Palavra-chave grega:
καινὴ κτίσις (kainē ktisis) — “nova criatura”
- Kainē (καινὴ) refere-se a algo qualitativamente novo, e não apenas novo no tempo (como neos). Trata-se de uma natureza completamente diferente da anterior, produzida pela ação regeneradora do Espírito Santo.
- Ktisis (κτίσις) significa criação ou criatura. Em alguns contextos, é usada para descrever tanto a criação original de Deus (Gn 1) quanto o novo ser gerado pela ação do Espírito.
Segundo Gordon Fee (Pauline Christology), essa transformação implica que "a nova criação é uma realidade presente na vida do crente, iniciada pela união com Cristo, e não apenas uma esperança escatológica futura."
🧠 REFERÊNCIAS DE AUTORES CRISTÃOS
- Anthony A. Hoekema, em Saved by Grace, afirma que "a regeneração é uma mudança sobrenatural na natureza espiritual do ser humano, operada exclusivamente pelo Espírito de Deus".
- Leon Morris, em The Second Epistle to the Corinthians (NICNT), enfatiza que este versículo revela a profunda mudança de identidade e perspectiva que ocorre no crente.
- John Stott, em A Mensagem de 2 Coríntios, comenta: “Estar ‘em Cristo’ significa ter a vida do próprio Cristo fluindo em nós pela união espiritual, o que implica também viver sob o senhorio dEle.”
🔥 APLICAÇÃO PESSOAL
A verdadeira conversão não é apenas uma decisão emocional ou um ato religioso, mas uma transformação espiritual radical operada por Deus. O crente não deve viver preso ao passado — pecados, culpas, frustrações — pois tudo foi recriado em Cristo. Esse novo nascimento deve refletir-se em novas atitudes, valores, pensamentos e estilo de vida, o que só é possível pela habitação do Espírito Santo (Rm 8.1-9).
📊 TABELA EXPOSITIVA
Elemento
Significado
Implicações Teológicas
Referência
“Se alguém está em Cristo”
União espiritual com Cristo
Base da regeneração e nova identidade
Jo 15.5; Rm 6.3-5
“Nova criatura é” (kainē ktisis)
Criação qualitativa e espiritual
O Espírito Santo cria um novo ser com nova natureza
Ef 2.10
“As coisas velhas já passaram”
Abandono da antiga vida
Rompimento com o pecado, vícios, velhos hábitos
Rm 6.6; Gl 2.20
“Tudo se fez novo”
Renovação integral
A vida cristã é um processo de santificação contínua
Cl 3.10; Ef 4.24
📌 CONCLUSÃO TEOLÓGICA
Este versículo resume a realidade da salvação completa em Cristo. A volição humana (boa vontade) e o intelecto (conhecimento bíblico) não bastam para entrar no Reino de Deus. É necessário nascer do Espírito (Jo 3.5), e isso se evidencia por uma nova vida moldada pela mente de Cristo (Fp 2.5).
📖 TEXTO ÁUREO COMENTADO
"Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo."
📍 2 Coríntios 5.17
✍️ COMENTÁRIO BÍBLICO-TEOLÓGICO
O versículo de 2 Coríntios 5.17 é central para a doutrina do novo nascimento e da regeneração em Cristo. Ele representa uma mudança ontológica, ou seja, no próprio ser da pessoa, e não apenas uma reforma externa ou moral.
▶ Palavra-chave grega:
καινὴ κτίσις (kainē ktisis) — “nova criatura”
- Kainē (καινὴ) refere-se a algo qualitativamente novo, e não apenas novo no tempo (como neos). Trata-se de uma natureza completamente diferente da anterior, produzida pela ação regeneradora do Espírito Santo.
- Ktisis (κτίσις) significa criação ou criatura. Em alguns contextos, é usada para descrever tanto a criação original de Deus (Gn 1) quanto o novo ser gerado pela ação do Espírito.
Segundo Gordon Fee (Pauline Christology), essa transformação implica que "a nova criação é uma realidade presente na vida do crente, iniciada pela união com Cristo, e não apenas uma esperança escatológica futura."
🧠 REFERÊNCIAS DE AUTORES CRISTÃOS
- Anthony A. Hoekema, em Saved by Grace, afirma que "a regeneração é uma mudança sobrenatural na natureza espiritual do ser humano, operada exclusivamente pelo Espírito de Deus".
- Leon Morris, em The Second Epistle to the Corinthians (NICNT), enfatiza que este versículo revela a profunda mudança de identidade e perspectiva que ocorre no crente.
- John Stott, em A Mensagem de 2 Coríntios, comenta: “Estar ‘em Cristo’ significa ter a vida do próprio Cristo fluindo em nós pela união espiritual, o que implica também viver sob o senhorio dEle.”
🔥 APLICAÇÃO PESSOAL
A verdadeira conversão não é apenas uma decisão emocional ou um ato religioso, mas uma transformação espiritual radical operada por Deus. O crente não deve viver preso ao passado — pecados, culpas, frustrações — pois tudo foi recriado em Cristo. Esse novo nascimento deve refletir-se em novas atitudes, valores, pensamentos e estilo de vida, o que só é possível pela habitação do Espírito Santo (Rm 8.1-9).
📊 TABELA EXPOSITIVA
Elemento | Significado | Implicações Teológicas | Referência |
“Se alguém está em Cristo” | União espiritual com Cristo | Base da regeneração e nova identidade | Jo 15.5; Rm 6.3-5 |
“Nova criatura é” (kainē ktisis) | Criação qualitativa e espiritual | O Espírito Santo cria um novo ser com nova natureza | Ef 2.10 |
“As coisas velhas já passaram” | Abandono da antiga vida | Rompimento com o pecado, vícios, velhos hábitos | Rm 6.6; Gl 2.20 |
“Tudo se fez novo” | Renovação integral | A vida cristã é um processo de santificação contínua | Cl 3.10; Ef 4.24 |
📌 CONCLUSÃO TEOLÓGICA
Este versículo resume a realidade da salvação completa em Cristo. A volição humana (boa vontade) e o intelecto (conhecimento bíblico) não bastam para entrar no Reino de Deus. É necessário nascer do Espírito (Jo 3.5), e isso se evidencia por uma nova vida moldada pela mente de Cristo (Fp 2.5).
OBJETIVOS DA LIÇÃO
Identificar a preocupação de Nicodemos com a sua própria situação espiritual
Destacar a importância do novo nascimento na vida do crente.
Saber que Nicodemos amou Jesus até a Sua morte.
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TEXTOS DE REFERÊNCIA
JOÃO 3
1 E havia entre os fariseus um homem chamado Nicodemos, príncipe dos judeus.
2 Este foi ter de noite com Jesus, e disse-lhe: Rabi, bem sabemos que és Mestre, vindo de Deus, porque ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes, se Deus não for com ele.
3 Jesus respondeu, e disse-lhe: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo não pode ver o Reino de Deus;
4 Disse-lhe Nicodemos: Como pode um homem nascer, sendo velho? Porventura pode tornar a entrar no ventre de sua mãe e nascer?
5 Jesus respondeu: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer da água e do Espírito não pode entrar no reino de Deus.
6 O que é nascido da carne, é carne, e o que é nascido do Espírito, é espírito.
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
🔎 Análise Versículo por Versículo com Palavras Gregas
João 3.1
“E havia entre os fariseus um homem chamado Nicodemos, príncipe dos judeus.”
- Nicodemos (Νικόδημος): Nome grego que significa “vencedor do povo”. Apesar de ser fariseu, Nicodemos mostra abertura ao diálogo, representando os religiosos sinceros.
- Príncipe dos judeus (ἄρχων τῶν Ἰουδαίων): Líder ou membro do Sinédrio, indicando que Nicodemos tinha grande influência e conhecimento da Lei.
João 3.2
“Este foi ter de noite com Jesus...”
- A ida à noite (νυκτός) pode indicar medo ou busca por entendimento privado. Simbolicamente, pode representar a escuridão espiritual (cf. Jo 1.5).
- Sinais (σημεῖα): Não são apenas milagres, mas sinais com propósito revelacional. Nicodemos reconhece que esses sinais apontam para Deus.
João 3.3
“Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo não pode ver o Reino de Deus.”
- Na verdade, na verdade (ἀμὴν ἀμὴν): Fórmula solene de afirmação absoluta.
- Nascer de novo: Do grego γεννηθῇ ἄνωθεν, que pode ser traduzido como "nascer do alto" ou "nascer novamente" — ambas ideias são importantes teologicamente. Jesus fala de um novo nascimento operado por Deus.
- Ver o Reino (ἰδεῖν τὴν βασιλείαν τοῦ θεοῦ): “Ver” aqui implica experimentar, participar, não apenas observar. Refere-se à dimensão espiritual do governo de Deus.
João 3.4
“Como pode um homem nascer, sendo velho?...”
- Nicodemos pensa em termos físicos, literais. Sua pergunta revela o limite da compreensão humana sem a iluminação do Espírito (cf. 1Co 2.14).
João 3.5
“Aquele que não nascer da água e do Espírito não pode entrar no reino de Deus.”
- Água e Espírito (ἐξ ὕδατος καὶ πνεύματος): Muitos estudiosos como Carson (1991) e Beasley-Murray (1999) entendem esta expressão à luz de Ezequiel 36.25-27, onde Deus promete purificar e renovar com água e dar um novo espírito — indicando uma renovação completa.
- Entrar no Reino (εἰσελθεῖν): Diferente de “ver”, aqui enfatiza participar plenamente da nova vida sob o domínio de Deus.
João 3.6
“O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é espírito.”
- Carne (σάρξ): Natureza humana caída, incapaz de se aproximar de Deus por si mesma.
- Espírito (πνεῦμα): O nascimento espiritual, promovido pelo Espírito Santo. Só esse nascimento capacita o ser humano a viver na realidade do Reino.
📚 Referências Acadêmicas Cristãs
- DA CARSON, O Evangelho Segundo João, Série NTC – Vida Nova:
“Nascer de novo” deve ser compreendido como nascer “do alto”, mostrando que o novo nascimento é iniciativa divina, não humana.
- CRAIG KEENER, Comentário Bíblico do NT Cultural, Vida Nova:
A associação com água e Espírito remete à esperança escatológica judaica baseada em Ezequiel 36.25-27.
- GEORGE ELDON LADD, Teologia do Novo Testamento:
A entrada no Reino requer uma transformação interior que não pode ser operada pela carne — apenas pelo Espírito de Deus.
- D. A. Hagner, Comentário ao Novo Testamento, Ed. Vida:
Nicodemos representa os que possuem zelo e conhecimento, mas carecem da experiência espiritual da regeneração.
💡 Aplicação Pessoal
O novo nascimento não é uma mudança de comportamento superficial, mas uma transformação essencial da natureza humana. Aqueles que cresceram em ambientes cristãos ou têm conhecimento bíblico (como Nicodemos) ainda assim necessitam nascer do Espírito. O ensino de Jesus nos convida a refletir: "Eu nasci do alto ou apenas me aproximei da religião?"
- É possível conhecer Jesus como Mestre, sem tê-lo como Salvador.
- O novo nascimento nos leva a uma nova visão, nova vida e nova entrada no Reino.
- A salvação é uma obra do Espírito, não um esforço humano.
📊 Tabela Expositiva – João 3.1–6
Versículo
Ensinamento Central
Palavra Grega-Chave
Teologia Aplicada
Jo 3.1
Nicodemos: religioso sincero, mas incompleto
ἄρχων (príncipe)
O conhecimento sem conversão é insuficiente
Jo 3.2
Reconhecimento dos sinais de Jesus
σημεῖα (sinais)
Os milagres apontam para a divindade e missão do Cristo
Jo 3.3
Necessidade do novo nascimento para ver o Reino
ἄνωθεν (do alto)
Regeneração é condição para discernimento espiritual
Jo 3.4
Limitação da mente natural
—
Sem o Espírito, não se compreende as verdades espirituais
Jo 3.5
Nascimento da água e do Espírito
ὕδατος καὶ πνεύματος
Renovação interior conforme a promessa de Ezequiel 36
Jo 3.6
Natureza carnal vs. natureza espiritual
σάρξ (carne), πνεῦμα (espírito)
A carne não pode produzir vida espiritual
🔎 Análise Versículo por Versículo com Palavras Gregas
João 3.1
“E havia entre os fariseus um homem chamado Nicodemos, príncipe dos judeus.”
- Nicodemos (Νικόδημος): Nome grego que significa “vencedor do povo”. Apesar de ser fariseu, Nicodemos mostra abertura ao diálogo, representando os religiosos sinceros.
- Príncipe dos judeus (ἄρχων τῶν Ἰουδαίων): Líder ou membro do Sinédrio, indicando que Nicodemos tinha grande influência e conhecimento da Lei.
João 3.2
“Este foi ter de noite com Jesus...”
- A ida à noite (νυκτός) pode indicar medo ou busca por entendimento privado. Simbolicamente, pode representar a escuridão espiritual (cf. Jo 1.5).
- Sinais (σημεῖα): Não são apenas milagres, mas sinais com propósito revelacional. Nicodemos reconhece que esses sinais apontam para Deus.
João 3.3
“Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo não pode ver o Reino de Deus.”
- Na verdade, na verdade (ἀμὴν ἀμὴν): Fórmula solene de afirmação absoluta.
- Nascer de novo: Do grego γεννηθῇ ἄνωθεν, que pode ser traduzido como "nascer do alto" ou "nascer novamente" — ambas ideias são importantes teologicamente. Jesus fala de um novo nascimento operado por Deus.
- Ver o Reino (ἰδεῖν τὴν βασιλείαν τοῦ θεοῦ): “Ver” aqui implica experimentar, participar, não apenas observar. Refere-se à dimensão espiritual do governo de Deus.
João 3.4
“Como pode um homem nascer, sendo velho?...”
- Nicodemos pensa em termos físicos, literais. Sua pergunta revela o limite da compreensão humana sem a iluminação do Espírito (cf. 1Co 2.14).
João 3.5
“Aquele que não nascer da água e do Espírito não pode entrar no reino de Deus.”
- Água e Espírito (ἐξ ὕδατος καὶ πνεύματος): Muitos estudiosos como Carson (1991) e Beasley-Murray (1999) entendem esta expressão à luz de Ezequiel 36.25-27, onde Deus promete purificar e renovar com água e dar um novo espírito — indicando uma renovação completa.
- Entrar no Reino (εἰσελθεῖν): Diferente de “ver”, aqui enfatiza participar plenamente da nova vida sob o domínio de Deus.
João 3.6
“O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é espírito.”
- Carne (σάρξ): Natureza humana caída, incapaz de se aproximar de Deus por si mesma.
- Espírito (πνεῦμα): O nascimento espiritual, promovido pelo Espírito Santo. Só esse nascimento capacita o ser humano a viver na realidade do Reino.
📚 Referências Acadêmicas Cristãs
- DA CARSON, O Evangelho Segundo João, Série NTC – Vida Nova:
“Nascer de novo” deve ser compreendido como nascer “do alto”, mostrando que o novo nascimento é iniciativa divina, não humana. - CRAIG KEENER, Comentário Bíblico do NT Cultural, Vida Nova:
A associação com água e Espírito remete à esperança escatológica judaica baseada em Ezequiel 36.25-27. - GEORGE ELDON LADD, Teologia do Novo Testamento:
A entrada no Reino requer uma transformação interior que não pode ser operada pela carne — apenas pelo Espírito de Deus. - D. A. Hagner, Comentário ao Novo Testamento, Ed. Vida:
Nicodemos representa os que possuem zelo e conhecimento, mas carecem da experiência espiritual da regeneração.
💡 Aplicação Pessoal
O novo nascimento não é uma mudança de comportamento superficial, mas uma transformação essencial da natureza humana. Aqueles que cresceram em ambientes cristãos ou têm conhecimento bíblico (como Nicodemos) ainda assim necessitam nascer do Espírito. O ensino de Jesus nos convida a refletir: "Eu nasci do alto ou apenas me aproximei da religião?"
- É possível conhecer Jesus como Mestre, sem tê-lo como Salvador.
- O novo nascimento nos leva a uma nova visão, nova vida e nova entrada no Reino.
- A salvação é uma obra do Espírito, não um esforço humano.
📊 Tabela Expositiva – João 3.1–6
Versículo | Ensinamento Central | Palavra Grega-Chave | Teologia Aplicada |
Jo 3.1 | Nicodemos: religioso sincero, mas incompleto | ἄρχων (príncipe) | O conhecimento sem conversão é insuficiente |
Jo 3.2 | Reconhecimento dos sinais de Jesus | σημεῖα (sinais) | Os milagres apontam para a divindade e missão do Cristo |
Jo 3.3 | Necessidade do novo nascimento para ver o Reino | ἄνωθεν (do alto) | Regeneração é condição para discernimento espiritual |
Jo 3.4 | Limitação da mente natural | — | Sem o Espírito, não se compreende as verdades espirituais |
Jo 3.5 | Nascimento da água e do Espírito | ὕδατος καὶ πνεύματος | Renovação interior conforme a promessa de Ezequiel 36 |
Jo 3.6 | Natureza carnal vs. natureza espiritual | σάρξ (carne), πνεῦμα (espírito) | A carne não pode produzir vida espiritual |
LEITURAS COMPLEMENTARES
SEGUNDA | Jo 3.4 A conversa com Nicodemos.
TERÇA | Jo 3.3 O momento da conversa com o Filho de Deus.
QUARTA | Jo 7.45-53 Nicodemos fala em defesa de Jesus.
QUINTA | Jo 3.7 Como entrar no Reino de Deus.
SEXTA | Jo 7.46 Ninguém falou assim com o Filho de Deus.
SÁBADO | Jo 19.38,9 Nicodemos no sepultamento de Jesus.
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
(Leituras Complementares – João e Nicodemos)
📖 SEGUNDA – João 3.4
“Disse-lhe Nicodemos: Como pode um homem nascer, sendo velho? Porventura pode tornar a entrar no ventre de sua mãe e nascer?”
Nicodemos, apesar de ser um mestre em Israel, interpreta literalmente as palavras de Jesus sobre “nascer de novo” (γεννηθῇ ἄνωθεν – gennēthē anōthen, v.3). Aqui, ele revela a limitação de uma fé baseada apenas no conhecimento religioso. O verbo γεννάω (“gerar, nascer”) e o advérbio ἄνωθεν (literalmente “de cima”, “do alto”) apontam para o novo nascimento que provém do alto — da iniciativa de Deus, não de esforço humano (cf. D.A. Carson, The Gospel According to John, p. 187).
Aplicação:
Conhecimento sem regeneração produz confusão espiritual. É preciso mais do que tradição ou posição: é necessário nascer do Espírito.
📖 TERÇA – João 3.3
“Jesus respondeu, e disse-lhe: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo não pode ver o Reino de Deus;”
A expressão “na verdade, na verdade” (ἀμὴν ἀμὴν, transliteração: amēn amēn) denota ênfase solene. Jesus afirma que sem o novo nascimento (γεννηθῇ ἄνωθεν), o Reino (βασιλεία τοῦ θεοῦ) não pode ser visto (ἰδεῖν, de horaō – perceber, experimentar). Trata-se de uma realidade espiritual perceptível somente por aqueles que foram regenerados pelo Espírito.
Aplicação:
Não se trata apenas de uma “mudança de vida”, mas de uma nova vida recebida pela fé. O Reino de Deus é uma experiência espiritual real que só os regenerados podem acessar.
📖 QUARTA – João 7.45-53
Nicodemos defende Jesus diante dos fariseus, perguntando se a Lei permite julgar alguém sem antes ouvi-lo.
Aqui, Nicodemos revela uma semente de fé em crescimento. Ele tenta aplicar a justiça legal (Dt 1.16; Dt 19.15) e, de maneira indireta, defende Jesus. Seu progresso demonstra como a revelação do novo nascimento (Jo 3) estava germinando.
Palavra-chave: νόμος (nomos) – “lei”. Nicodemos apela à lei mosaica para justiça.
Aplicação:
O novo nascimento transforma também nossa coragem e postura diante da sociedade e da religiosidade injusta.
📖 QUINTA – João 3.7
“Não te maravilhes de te ter dito: Necessário vos é nascer de novo.”
Jesus adverte Nicodemos a não se espantar (θαυμάζω, “maravilhar-se, ficar admirado”) com a necessidade do novo nascimento. A expressão “necessário” é δεῖ (é essencial, é obrigação divina), o que mostra que o novo nascimento não é uma opção, mas um pré-requisito para a salvação.
Aplicação:
A regeneração é uma obra indispensável do Espírito. Nenhuma experiência ou posição humana substitui essa realidade.
📖 SEXTA – João 7.46
“Responderam os servidores: Nunca homem algum falou assim como este homem.”
Mesmo os guardas enviados para prender Jesus ficaram maravilhados. A expressão οὐδέποτε ἐλάλησεν οὕτως ἄνθρωπος (“jamais alguém falou assim”) revela o impacto espiritual de Suas palavras. Sua autoridade e sabedoria são características do Verbo eterno (Jo 1.1).
Aplicação:
A fala de Jesus penetra o coração humano como espada (Hb 4.12). O novo nascimento começa pela escuta da Palavra viva.
📖 SÁBADO – João 19.38-39
Nicodemos ajuda a sepultar o corpo de Jesus, trazendo uma grande quantidade de mirra e aloés.
Nicodemos aparece pela última vez realizando um ato público de honra e devoção a Jesus. A quantidade de perfumes (cerca de 30 kg) revela reverência real, como nos enterros de reis (cf. 2Cr 16.14).
Palavra-chave: νάρδος – “mirra” (um perfume nobre e caro).
Segundo Craig Keener (IVP Bible Background Commentary), era um gesto de alto custo e compromisso.
Aplicação:
Quem nasce do Espírito se torna discípulo de verdade. O novo nascimento produz atos visíveis de adoração e entrega.
📊 TABELA EXPOSITIVA – “Nicodemos e o Novo Nascimento”
Dia
Texto
Ênfase Teológica
Palavra Grega-Chave
Aplicação Prática
Segunda
João 3.4
Confusão sobre o novo nascimento
γεννηθῇ ἄνωθεν (nascido do alto)
O conhecimento religioso não substitui o novo nascimento
Terça
João 3.3
Novo nascimento como condição do Reino
ἰδεῖν (ver, experimentar)
Só os regenerados podem perceber o Reino
Quarta
João 7.45-53
Nicodemos defende Jesus
νόμος (lei)
A fé crescente se manifesta em atos públicos
Quinta
João 3.7
O novo nascimento é essencial
δεῖ (é necessário)
A regeneração é indispensável para a salvação
Sexta
João 7.46
Impacto da Palavra de Jesus
ἐλάλησεν (falou)
A Palavra viva convence até os céticos
Sábado
João 19.38-39
Nicodemos honra Jesus com grande devoção
νάρδος (mirra)
A fé regenerada produz atitudes de entrega e adoração
📚 REFERÊNCIAS ACADÊMICAS CRISTÃS
- CARSON, D. A. The Gospel According to John (PNTC). Grand Rapids: Eerdmans, 1991.
- KEENER, Craig. The IVP Bible Background Commentary: New Testament. Downers Grove, IL: IVP Academic, 1993.
- BEASLEY-MURRAY, G. R. John (Word Biblical Commentary). Nashville: Thomas Nelson, 1987.
- STOTT, John. O Espírito, a Igreja e o Mundo: O ensino de Atos hoje. São Paulo: ABU Editora, 1997.
- LADD, George Eldon. Teologia do Novo Testamento. São Paulo: Edições Vida Nova, 2001.
(Leituras Complementares – João e Nicodemos)
📖 SEGUNDA – João 3.4
“Disse-lhe Nicodemos: Como pode um homem nascer, sendo velho? Porventura pode tornar a entrar no ventre de sua mãe e nascer?”
Nicodemos, apesar de ser um mestre em Israel, interpreta literalmente as palavras de Jesus sobre “nascer de novo” (γεννηθῇ ἄνωθεν – gennēthē anōthen, v.3). Aqui, ele revela a limitação de uma fé baseada apenas no conhecimento religioso. O verbo γεννάω (“gerar, nascer”) e o advérbio ἄνωθεν (literalmente “de cima”, “do alto”) apontam para o novo nascimento que provém do alto — da iniciativa de Deus, não de esforço humano (cf. D.A. Carson, The Gospel According to John, p. 187).
Aplicação:
Conhecimento sem regeneração produz confusão espiritual. É preciso mais do que tradição ou posição: é necessário nascer do Espírito.
📖 TERÇA – João 3.3
“Jesus respondeu, e disse-lhe: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo não pode ver o Reino de Deus;”
A expressão “na verdade, na verdade” (ἀμὴν ἀμὴν, transliteração: amēn amēn) denota ênfase solene. Jesus afirma que sem o novo nascimento (γεννηθῇ ἄνωθεν), o Reino (βασιλεία τοῦ θεοῦ) não pode ser visto (ἰδεῖν, de horaō – perceber, experimentar). Trata-se de uma realidade espiritual perceptível somente por aqueles que foram regenerados pelo Espírito.
Aplicação:
Não se trata apenas de uma “mudança de vida”, mas de uma nova vida recebida pela fé. O Reino de Deus é uma experiência espiritual real que só os regenerados podem acessar.
📖 QUARTA – João 7.45-53
Nicodemos defende Jesus diante dos fariseus, perguntando se a Lei permite julgar alguém sem antes ouvi-lo.
Aqui, Nicodemos revela uma semente de fé em crescimento. Ele tenta aplicar a justiça legal (Dt 1.16; Dt 19.15) e, de maneira indireta, defende Jesus. Seu progresso demonstra como a revelação do novo nascimento (Jo 3) estava germinando.
Palavra-chave: νόμος (nomos) – “lei”. Nicodemos apela à lei mosaica para justiça.
Aplicação:
O novo nascimento transforma também nossa coragem e postura diante da sociedade e da religiosidade injusta.
📖 QUINTA – João 3.7
“Não te maravilhes de te ter dito: Necessário vos é nascer de novo.”
Jesus adverte Nicodemos a não se espantar (θαυμάζω, “maravilhar-se, ficar admirado”) com a necessidade do novo nascimento. A expressão “necessário” é δεῖ (é essencial, é obrigação divina), o que mostra que o novo nascimento não é uma opção, mas um pré-requisito para a salvação.
Aplicação:
A regeneração é uma obra indispensável do Espírito. Nenhuma experiência ou posição humana substitui essa realidade.
📖 SEXTA – João 7.46
“Responderam os servidores: Nunca homem algum falou assim como este homem.”
Mesmo os guardas enviados para prender Jesus ficaram maravilhados. A expressão οὐδέποτε ἐλάλησεν οὕτως ἄνθρωπος (“jamais alguém falou assim”) revela o impacto espiritual de Suas palavras. Sua autoridade e sabedoria são características do Verbo eterno (Jo 1.1).
Aplicação:
A fala de Jesus penetra o coração humano como espada (Hb 4.12). O novo nascimento começa pela escuta da Palavra viva.
📖 SÁBADO – João 19.38-39
Nicodemos ajuda a sepultar o corpo de Jesus, trazendo uma grande quantidade de mirra e aloés.
Nicodemos aparece pela última vez realizando um ato público de honra e devoção a Jesus. A quantidade de perfumes (cerca de 30 kg) revela reverência real, como nos enterros de reis (cf. 2Cr 16.14).
Palavra-chave: νάρδος – “mirra” (um perfume nobre e caro).
Segundo Craig Keener (IVP Bible Background Commentary), era um gesto de alto custo e compromisso.
Aplicação:
Quem nasce do Espírito se torna discípulo de verdade. O novo nascimento produz atos visíveis de adoração e entrega.
📊 TABELA EXPOSITIVA – “Nicodemos e o Novo Nascimento”
Dia | Texto | Ênfase Teológica | Palavra Grega-Chave | Aplicação Prática |
Segunda | João 3.4 | Confusão sobre o novo nascimento | γεννηθῇ ἄνωθεν (nascido do alto) | O conhecimento religioso não substitui o novo nascimento |
Terça | João 3.3 | Novo nascimento como condição do Reino | ἰδεῖν (ver, experimentar) | Só os regenerados podem perceber o Reino |
Quarta | João 7.45-53 | Nicodemos defende Jesus | νόμος (lei) | A fé crescente se manifesta em atos públicos |
Quinta | João 3.7 | O novo nascimento é essencial | δεῖ (é necessário) | A regeneração é indispensável para a salvação |
Sexta | João 7.46 | Impacto da Palavra de Jesus | ἐλάλησεν (falou) | A Palavra viva convence até os céticos |
Sábado | João 19.38-39 | Nicodemos honra Jesus com grande devoção | νάρδος (mirra) | A fé regenerada produz atitudes de entrega e adoração |
📚 REFERÊNCIAS ACADÊMICAS CRISTÃS
- CARSON, D. A. The Gospel According to John (PNTC). Grand Rapids: Eerdmans, 1991.
- KEENER, Craig. The IVP Bible Background Commentary: New Testament. Downers Grove, IL: IVP Academic, 1993.
- BEASLEY-MURRAY, G. R. John (Word Biblical Commentary). Nashville: Thomas Nelson, 1987.
- STOTT, John. O Espírito, a Igreja e o Mundo: O ensino de Atos hoje. São Paulo: ABU Editora, 1997.
- LADD, George Eldon. Teologia do Novo Testamento. São Paulo: Edições Vida Nova, 2001.
HINOS SUGERIDOS: 165, 227, 345
MOTIVO DE ORAÇÃO
Ore para que possamos reconhecer a necessidade de nascer de novo.
ESBOÇO DA LIÇÃO
Introdução
1- Conversando com o Filho de Deus
2- Compreendendo o novo nascimento
3- Nicodemos no Evangelho de João
Conclusão
DINAMICA EXTRA
Comentário de Hubner Braz
🎯 DINÂMICA: “De Novo!”
Objetivo:
Levar os alunos a refletirem sobre o que significa nascer de novo espiritualmente, destacando a transformação que o novo nascimento opera na vida do cristão, como no exemplo de Nicodemos.
🧾 Materiais:
- Cartões ou folhas em branco (1 por aluno)
- Canetas ou lápis
- Um recipiente grande ou uma caixa decorada como “útero espiritual” ou “vida nova”
- Etiquetas ou papel com as palavras: raiva, mentira, vício, orgulho, egoísmo, ódio, imoralidade, etc. (opcional)
- Bíblia
🧠 Desenvolvimento:
- Introdução – Reflexão inicial (3 min):
Leia João 3.3-6. Explique brevemente o que Jesus quis dizer com “nascer de novo”.
Pergunte: - “O que você entende por novo nascimento?”
- “Você conhece alguém cuja vida foi completamente transformada após conhecer Jesus?”
- Ação simbólica (10 min):
Peça aos alunos que escrevam, em silêncio, em seus cartões, algo que representa o ‘velho homem’: atitudes, hábitos ou sentimentos que precisam ser deixados para viver uma vida nova com Cristo (ex.: raiva, inveja, pornografia, orgulho, religiosidade, etc.).
Depois, peça que dobrem os papéis e coloquem no recipiente ou caixa representando a entrega do velho homem.
(Se quiser algo mais visual, cole as palavras negativas nas costas dos participantes, e depois peça para que se retirem no momento do “novo nascimento”). - Aplicação bíblica (5 min):
Leia 2 Coríntios 5.17 – “Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é...”
Explique que, como Nicodemos, não basta ser religioso, moralmente correto ou ter cargo — é preciso nascer de novo, da água (Palavra) e do Espírito (Jo 3.5). - Nova identidade (5 min):
Distribua novos cartões ou fichas com frases como: - “Sou nova criatura”
- “Fui perdoado”
- “Nasci do Espírito”
- “Cristo vive em mim”
- “Tenho uma nova vida”
- Deixe que cada aluno escolha um para representar sua nova identidade em Cristo, reforçando que é uma experiência interior e espiritual, mas com efeitos exteriores e visíveis.
✨ Conclusão:
Encerre com uma oração, pedindo que o Espírito Santo conduza cada aluno a viver uma vida renovada. Reforce que o novo nascimento é o começo de uma vida com Deus, como aconteceu com Nicodemos, que no fim mostrou publicamente sua fé em Cristo.
📊 Tabela Expositiva de Apoio – Dinâmica do Novo Nascimento
Aspecto
Velho Homem (antes de Cristo)
Novo Homem (nascido do Espírito)
Natureza espiritual
Morto em delitos e pecados (Ef 2.1)
Vivo em Cristo (Ef 2.5)
Relacionamento com Deus
Separado (Is 59.2)
Reconciliado (2Co 5.18)
Conduta
Obras da carne (Gl 5.19-21)
Fruto do Espírito (Gl 5.22-23)
Identidade
Escravo do pecado (Jo 8.34)
Filho de Deus (Jo 1.12-13; Rm 8.14-16)
Destino eterno
Condenação (Jo 3.18)
Vida eterna (Jo 3.16; 1Jo 5.11-13)
🎯 DINÂMICA: “De Novo!”
Objetivo:
Levar os alunos a refletirem sobre o que significa nascer de novo espiritualmente, destacando a transformação que o novo nascimento opera na vida do cristão, como no exemplo de Nicodemos.
🧾 Materiais:
- Cartões ou folhas em branco (1 por aluno)
- Canetas ou lápis
- Um recipiente grande ou uma caixa decorada como “útero espiritual” ou “vida nova”
- Etiquetas ou papel com as palavras: raiva, mentira, vício, orgulho, egoísmo, ódio, imoralidade, etc. (opcional)
- Bíblia
🧠 Desenvolvimento:
- Introdução – Reflexão inicial (3 min):
Leia João 3.3-6. Explique brevemente o que Jesus quis dizer com “nascer de novo”.
Pergunte: - “O que você entende por novo nascimento?”
- “Você conhece alguém cuja vida foi completamente transformada após conhecer Jesus?”
- Ação simbólica (10 min):
Peça aos alunos que escrevam, em silêncio, em seus cartões, algo que representa o ‘velho homem’: atitudes, hábitos ou sentimentos que precisam ser deixados para viver uma vida nova com Cristo (ex.: raiva, inveja, pornografia, orgulho, religiosidade, etc.).
Depois, peça que dobrem os papéis e coloquem no recipiente ou caixa representando a entrega do velho homem.
(Se quiser algo mais visual, cole as palavras negativas nas costas dos participantes, e depois peça para que se retirem no momento do “novo nascimento”). - Aplicação bíblica (5 min):
Leia 2 Coríntios 5.17 – “Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é...”
Explique que, como Nicodemos, não basta ser religioso, moralmente correto ou ter cargo — é preciso nascer de novo, da água (Palavra) e do Espírito (Jo 3.5). - Nova identidade (5 min):
Distribua novos cartões ou fichas com frases como: - “Sou nova criatura”
- “Fui perdoado”
- “Nasci do Espírito”
- “Cristo vive em mim”
- “Tenho uma nova vida”
- Deixe que cada aluno escolha um para representar sua nova identidade em Cristo, reforçando que é uma experiência interior e espiritual, mas com efeitos exteriores e visíveis.
✨ Conclusão:
Encerre com uma oração, pedindo que o Espírito Santo conduza cada aluno a viver uma vida renovada. Reforce que o novo nascimento é o começo de uma vida com Deus, como aconteceu com Nicodemos, que no fim mostrou publicamente sua fé em Cristo.
📊 Tabela Expositiva de Apoio – Dinâmica do Novo Nascimento
Aspecto | Velho Homem (antes de Cristo) | Novo Homem (nascido do Espírito) |
Natureza espiritual | Morto em delitos e pecados (Ef 2.1) | Vivo em Cristo (Ef 2.5) |
Relacionamento com Deus | Separado (Is 59.2) | Reconciliado (2Co 5.18) |
Conduta | Obras da carne (Gl 5.19-21) | Fruto do Espírito (Gl 5.22-23) |
Identidade | Escravo do pecado (Jo 8.34) | Filho de Deus (Jo 1.12-13; Rm 8.14-16) |
Destino eterno | Condenação (Jo 3.18) | Vida eterna (Jo 3.16; 1Jo 5.11-13) |
INTRODUÇÃO
Veremos, nesta lição, o encontro do fariseu Nicodemos com o Filho de Deus, que lhe fala sobre a necessidade do novo nascimento. Além do singular encontro, abordaremos outros dois textos no Evangelho de João que mencionam Nicodemos. Com a indispensável ajuda do Espírito Santo, é possível extrair desses registros lições preciosas para o nosso crescimento em Cristo.

PONTO DE PARTIDA: É necessário nascer de novo.
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
O ENCONTRO DE NICODEMOS COM JESUS
O capítulo 3 do Evangelho segundo João registra um dos diálogos mais profundos do ministério de Jesus, travado com Nicodemos, um fariseu e membro do Sinédrio. A conversa gira em torno da necessidade do novo nascimento (grego: gennēthē anōthen) — não como mera reforma moral, mas como transformação espiritual gerada "da água e do Espírito" (Jo 3.5).
1. NICODEMOS: UM LÍDER RELIGIOSO EM BUSCA DE LUZ
Nicodemos é introduzido como “um dos principais dos judeus” (Jo 3.1). O termo grego ἄρχων (archōn), traduzido por "príncipe", refere-se a alguém com autoridade no Sinédrio. Isso indica que Nicodemos tinha status, erudição e influência religiosa. No entanto, mesmo com toda essa bagagem, ele não compreendia o Reino de Deus, o que revela a limitação do conhecimento religioso sem revelação espiritual.
✍️ Leon Morris comenta:
“Nicodemos é um exemplo do tipo de pessoa para quem o evangelho pode parecer confuso à primeira vista, mas que, pela obra do Espírito, pode ser profundamente transformado” (MORRIS, The Gospel According to John, Eerdmans, 1995, p. 201).
2. “NASCER DE NOVO”: EXEGESE DO TERMO
No versículo 3, Jesus afirma:
“Se alguém não nascer de novo, não pode ver o Reino de Deus”.
A expressão “nascer de novo” em grego é:
- γεννηθῇ ἄνωθεν (gennēthē anōthen)
- gennēthē: forma passiva de “gerar” ou “dar à luz”
- anōthen: significa literalmente “do alto” ou “de cima”
💡 Assim, o termo pode ser traduzido como “nascer do alto”, o que dá ênfase à origem divina e sobrenatural dessa nova vida. Jesus não propõe apenas um recomeço moral, mas uma geração espiritual operada pelo Espírito Santo.
📚 D. A. Carson observa:
“A ambiguidade de anōthen é proposital: Jesus está falando de um nascimento que vem do alto, enquanto Nicodemos pensa apenas em termos naturais” (The Gospel According to John, Eerdmans, 1991, p. 189).
3. “NASCIDO DA ÁGUA E DO ESPÍRITO” (Jo 3.5)
A frase tem sido interpretada de diversas formas ao longo da história da Igreja. A leitura mais coerente com o contexto bíblico é que Jesus está fazendo uma referência dupla:
- “Água”: símbolo de purificação espiritual (cf. Ez 36.25-27)
- “Espírito”: representa a regeneração operada por Deus
Essa ligação com Ezequiel 36 fortalece a ideia de que Jesus está explicando o novo nascimento como cumprimento das promessas do Antigo Testamento.
💬 Wayne Grudem explica:
“O novo nascimento é uma obra sobrenatural do Espírito Santo, no qual Deus nos concede nova vida espiritual” (Teologia Sistemática, Vida Nova, 1999, p. 708).
4. O PROCESSO ESPIRITUAL DO NOVO NASCIMENTO
Jesus distingue claramente entre o nascimento físico e o espiritual:
“O que é nascido da carne é carne, o que é nascido do Espírito é espírito” (Jo 3.6)
Isso mostra que o ser humano, mesmo religioso, precisa de uma nova vida que vem unicamente por meio do Espírito Santo. A salvação não é alcançada por esforço humano, mas por fé no Filho de Deus (Jo 3.14-16).
🧠 APLICAÇÃO PESSOAL
Nicodemos representa muitas pessoas que têm conhecimento religioso, mas ainda não nasceram de novo. Esse texto desafia-nos a examinarmos a natureza da nossa fé: é apenas informada intelectualmente ou transformada pelo Espírito?
Aplicações práticas:
- O novo nascimento é essencial, não opcional.
- Religião sem regeneração é insuficiente.
- A fé deve ser pessoal, vivida e fruto da ação do Espírito.
📊 TABELA EXPOSITIVA
Elemento
Referência
Termo Grego / Hebraico
Explicação Teológica
Nicodemos
Jo 3.1
ἄρχων (archōn)
Um dos líderes religiosos do Sinédrio, fariseu erudito
Novo nascimento
Jo 3.3
γεννηθῇ ἄνωθεν (gennēthē anōthen)
Significa “nascer do alto”, indicando transformação espiritual vinda de Deus
Água e Espírito
Jo 3.5
ὕδατος καὶ πνεύματος (hydatos kai pneumatos)
Alusão a Ezequiel 36.25-27, apontando purificação e regeneração
Carne e Espírito
Jo 3.6
σάρξ / πνεῦμα (sarx / pneuma)
Nascimento natural vs. nascimento espiritual; necessidade da obra divina
📚 REFERÊNCIAS ACADÊMICAS CRISTÃS
- Carson, D. A. The Gospel According to John. Eerdmans, 1991.
- Grudem, Wayne. Teologia Sistemática. Vida Nova, 1999.
- Morris, Leon. The Gospel According to John. NICNT. Eerdmans, 1995.
- Kostenberger, Andreas. John (BECNT). Baker Academic, 2004.
- Hendriksen, William. João (Comentário do Novo Testamento). Cultura Cristã, 2004.
O ENCONTRO DE NICODEMOS COM JESUS
O capítulo 3 do Evangelho segundo João registra um dos diálogos mais profundos do ministério de Jesus, travado com Nicodemos, um fariseu e membro do Sinédrio. A conversa gira em torno da necessidade do novo nascimento (grego: gennēthē anōthen) — não como mera reforma moral, mas como transformação espiritual gerada "da água e do Espírito" (Jo 3.5).
1. NICODEMOS: UM LÍDER RELIGIOSO EM BUSCA DE LUZ
Nicodemos é introduzido como “um dos principais dos judeus” (Jo 3.1). O termo grego ἄρχων (archōn), traduzido por "príncipe", refere-se a alguém com autoridade no Sinédrio. Isso indica que Nicodemos tinha status, erudição e influência religiosa. No entanto, mesmo com toda essa bagagem, ele não compreendia o Reino de Deus, o que revela a limitação do conhecimento religioso sem revelação espiritual.
✍️ Leon Morris comenta:
“Nicodemos é um exemplo do tipo de pessoa para quem o evangelho pode parecer confuso à primeira vista, mas que, pela obra do Espírito, pode ser profundamente transformado” (MORRIS, The Gospel According to John, Eerdmans, 1995, p. 201).
2. “NASCER DE NOVO”: EXEGESE DO TERMO
No versículo 3, Jesus afirma:
“Se alguém não nascer de novo, não pode ver o Reino de Deus”.
A expressão “nascer de novo” em grego é:
- γεννηθῇ ἄνωθεν (gennēthē anōthen)
- gennēthē: forma passiva de “gerar” ou “dar à luz”
- anōthen: significa literalmente “do alto” ou “de cima”
💡 Assim, o termo pode ser traduzido como “nascer do alto”, o que dá ênfase à origem divina e sobrenatural dessa nova vida. Jesus não propõe apenas um recomeço moral, mas uma geração espiritual operada pelo Espírito Santo.
📚 D. A. Carson observa:
“A ambiguidade de anōthen é proposital: Jesus está falando de um nascimento que vem do alto, enquanto Nicodemos pensa apenas em termos naturais” (The Gospel According to John, Eerdmans, 1991, p. 189).
3. “NASCIDO DA ÁGUA E DO ESPÍRITO” (Jo 3.5)
A frase tem sido interpretada de diversas formas ao longo da história da Igreja. A leitura mais coerente com o contexto bíblico é que Jesus está fazendo uma referência dupla:
- “Água”: símbolo de purificação espiritual (cf. Ez 36.25-27)
- “Espírito”: representa a regeneração operada por Deus
Essa ligação com Ezequiel 36 fortalece a ideia de que Jesus está explicando o novo nascimento como cumprimento das promessas do Antigo Testamento.
💬 Wayne Grudem explica:
“O novo nascimento é uma obra sobrenatural do Espírito Santo, no qual Deus nos concede nova vida espiritual” (Teologia Sistemática, Vida Nova, 1999, p. 708).
4. O PROCESSO ESPIRITUAL DO NOVO NASCIMENTO
Jesus distingue claramente entre o nascimento físico e o espiritual:
“O que é nascido da carne é carne, o que é nascido do Espírito é espírito” (Jo 3.6)
Isso mostra que o ser humano, mesmo religioso, precisa de uma nova vida que vem unicamente por meio do Espírito Santo. A salvação não é alcançada por esforço humano, mas por fé no Filho de Deus (Jo 3.14-16).
🧠 APLICAÇÃO PESSOAL
Nicodemos representa muitas pessoas que têm conhecimento religioso, mas ainda não nasceram de novo. Esse texto desafia-nos a examinarmos a natureza da nossa fé: é apenas informada intelectualmente ou transformada pelo Espírito?
Aplicações práticas:
- O novo nascimento é essencial, não opcional.
- Religião sem regeneração é insuficiente.
- A fé deve ser pessoal, vivida e fruto da ação do Espírito.
📊 TABELA EXPOSITIVA
Elemento | Referência | Termo Grego / Hebraico | Explicação Teológica |
Nicodemos | Jo 3.1 | ἄρχων (archōn) | Um dos líderes religiosos do Sinédrio, fariseu erudito |
Novo nascimento | Jo 3.3 | γεννηθῇ ἄνωθεν (gennēthē anōthen) | Significa “nascer do alto”, indicando transformação espiritual vinda de Deus |
Água e Espírito | Jo 3.5 | ὕδατος καὶ πνεύματος (hydatos kai pneumatos) | Alusão a Ezequiel 36.25-27, apontando purificação e regeneração |
Carne e Espírito | Jo 3.6 | σάρξ / πνεῦμα (sarx / pneuma) | Nascimento natural vs. nascimento espiritual; necessidade da obra divina |
📚 REFERÊNCIAS ACADÊMICAS CRISTÃS
- Carson, D. A. The Gospel According to John. Eerdmans, 1991.
- Grudem, Wayne. Teologia Sistemática. Vida Nova, 1999.
- Morris, Leon. The Gospel According to John. NICNT. Eerdmans, 1995.
- Kostenberger, Andreas. John (BECNT). Baker Academic, 2004.
- Hendriksen, William. João (Comentário do Novo Testamento). Cultura Cristã, 2004.
1- Conversando com o Filho de Deus
Nicodemos reconheceu que Jesus foi enviado por Deus: “Bem sabemos que és Mestre vindo de Deus, porque ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes, se Deus não for com ele”, Jo 3.2. Jesus explicou a Nicodemos que, para entrar no Reino de Deus, é preciso nascer de novo (Jo 3.3). Isso gerou dúvida no religioso, que questionou como um homem velho poderia nascer novamente se não teria como voltar ao ventre de sua mãe (Jo 3.4).
1.1. Um encontro improvável. Nicodemos tinha uma posição respeitada na sociedade da época, já que era um príncipe dos judeus (Jo 3.1). Além disso, ele era fariseu, ou seja, pertencia ao núcleo mais rigoroso do judaísmo, constituído essencialmente por pessoas da classe média, com grande autoridade entre o povo e muitos protocolos a seguir (Jo 12.42,43). Isso significa que Nicodemos era meticuloso quanto ao cumprimento da Lei Mosaica, tornando o encontro com Jesus um insulto ao seu legalismo.
Revista Betel Dominical, 2º Trimestre de 2002, Lição 5: “Este diálogo, tra-vado entre Jesus e uma pessoa especificada, é o mais bem desenvolvido de todos. Como Nicodemos é tão claramente identificado, é possível traçar-se uma clara imagem de sua personalidade e do propósito de sua visita. Como um dos principais dos fariseus, pertencia à fraternidade mas profundamente religiosa de todo o judaísmo. Como líder dos judeus, integrava o supremo organismo jurídico permitido pelos romanos, o Sinédrio, encarregado da liderança espiritual e moral da nação. Como mestre de Israel, era um teólogo preocupado com a verdadeira compreensão e ensino da revelação dada por Deus”.
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
1. A Identidade de Nicodemos (Jo 3.1)
“E havia entre os fariseus um homem, chamado Nicodemos, príncipe dos judeus.”
Nicodemos é descrito como “ἄνθρωπος ἐκ τῶν Φαρισαίων” (ánthrōpos ek tōn Pharisaíōn), isto é, um “homem dos fariseus”, destacando sua filiação a um dos grupos mais rigorosos na obediência à Lei. Ele também é chamado de “ἄρχων τῶν Ἰουδαίων” (árchōn tōn Ioudaíōn), literalmente “um dos principais dos judeus” — uma referência à sua posição no Sinédrio, o conselho supremo dos judeus (cf. João 7.50-52; 19.39).
Segundo o teólogo D.A. Carson, “Nicodemos representa o que há de melhor no judaísmo antigo: moralidade, religião e erudição, mas mesmo assim, carece do novo nascimento” (CARSON, The Gospel According to John, p. 185).
2. A Confissão de Nicodemos (Jo 3.2)
“Rabi, bem sabemos que és Mestre vindo de Deus, porque ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes, se Deus não for com ele.”
A palavra grega para “Mestre” é διδάσκαλος (didáskalos), o mesmo termo usado para designar Jesus como Mestre em vários contextos (cf. Mt 22.16; Jo 1.38). O reconhecimento de Nicodemos parte do pressuposto de que os sinais (σημεῖα – sēmeía) realizados por Jesus confirmavam sua origem divina, porém sua fé era limitada aos sinais, e não à plena revelação do Filho de Deus.
Aplicação pessoal: Muitas pessoas ainda hoje reconhecem Jesus apenas como um mestre ou realizador de milagres, mas não se rendem ao novo nascimento. Isso mostra que reverência externa não é suficiente para o Reino.
3. A Declaração de Jesus (Jo 3.3)
“Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo, não pode ver o Reino de Deus.”
A expressão γεννηθῇ ἄνωθεν (gennēthē anōthen) pode ser traduzida por “nascer do alto” ou “nascer de novo”. A ambiguidade proposital do termo grego ἄνωθεν (anōthen) é teologicamente rica — envolve tanto um novo nascimento no tempo quanto um nascimento espiritual originado do alto (de Deus).
Craig Keener explica: “O novo nascimento não é um simples recomeço, mas um nascimento celestial que transforma radicalmente a natureza humana, mediante o Espírito” (The IVP Bible Background Commentary: New Testament, p. 266).
4. A Dúvida de Nicodemos (Jo 3.4)
“Como pode um homem nascer, sendo velho?”
Nicodemos entende literalmente o nascer de novo, o que revela sua limitação espiritual. Como um “mestre em Israel” (Jo 3.10), ele deveria discernir que o Messias não estava propondo uma nova regra, mas uma transformação interior conforme profetizada (cf. Ez 36.26-27).
O verbo γεννάω (gennáō – “gerar, dar à luz”) é usado aqui para expressar uma regeneração espiritual, o que Paulo também ensina em Tito 3.5: “...pela regeneração e renovação do Espírito Santo”.
Aplicação pessoal: O novo nascimento não é uma mudança de comportamento apenas, mas uma obra sobrenatural do Espírito, que nos concede nova identidade, novos afetos e nova esperança.
📊 TABELA EXPOSITIVA
Versículo
Termo Grego / Palavra-chave
Significado / Implicação Teológica
Aplicação
João 3.1
ἄρχων (árchōn)
“Príncipe” – membro do Sinédrio
Posição social ou religiosa não substitui a conversão
João 3.2
σημεῖα (sēmeía)
“Sinais” – milagres com propósito revelador
Não basta admirar milagres; é preciso fé verdadeira
João 3.3
γεννηθῇ ἄνωθεν (gennēthē anōthen)
“Nascer do alto” – regeneração divina
O novo nascimento é obra do Espírito, não do esforço humano
João 3.4
γεννάω (gennáō)
“Gerar espiritualmente”
Nicodemos entendia literal, mas Jesus falava do espiritual
📚 REFERÊNCIAS ACADÊMICAS CRISTÃS
- CARSON, D. A. O Evangelho Segundo João. São Paulo: Edições Vida Nova, 2007.
- KOSTENBERGER, Andreas J. John (BECNT). Grand Rapids: Baker Academic, 2004.
- KEENER, Craig S. The IVP Bible Background Commentary: New Testament. Downers Grove: IVP, 1993.
- WRIGHT, N. T. Surpreendido pela Esperança. São Paulo: Ultimato, 2008.
- STOTT, John. O Discípulo Radical. São Paulo: Ultimato, 2010.
1. A Identidade de Nicodemos (Jo 3.1)
“E havia entre os fariseus um homem, chamado Nicodemos, príncipe dos judeus.”
Nicodemos é descrito como “ἄνθρωπος ἐκ τῶν Φαρισαίων” (ánthrōpos ek tōn Pharisaíōn), isto é, um “homem dos fariseus”, destacando sua filiação a um dos grupos mais rigorosos na obediência à Lei. Ele também é chamado de “ἄρχων τῶν Ἰουδαίων” (árchōn tōn Ioudaíōn), literalmente “um dos principais dos judeus” — uma referência à sua posição no Sinédrio, o conselho supremo dos judeus (cf. João 7.50-52; 19.39).
Segundo o teólogo D.A. Carson, “Nicodemos representa o que há de melhor no judaísmo antigo: moralidade, religião e erudição, mas mesmo assim, carece do novo nascimento” (CARSON, The Gospel According to John, p. 185).
2. A Confissão de Nicodemos (Jo 3.2)
“Rabi, bem sabemos que és Mestre vindo de Deus, porque ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes, se Deus não for com ele.”
A palavra grega para “Mestre” é διδάσκαλος (didáskalos), o mesmo termo usado para designar Jesus como Mestre em vários contextos (cf. Mt 22.16; Jo 1.38). O reconhecimento de Nicodemos parte do pressuposto de que os sinais (σημεῖα – sēmeía) realizados por Jesus confirmavam sua origem divina, porém sua fé era limitada aos sinais, e não à plena revelação do Filho de Deus.
Aplicação pessoal: Muitas pessoas ainda hoje reconhecem Jesus apenas como um mestre ou realizador de milagres, mas não se rendem ao novo nascimento. Isso mostra que reverência externa não é suficiente para o Reino.
3. A Declaração de Jesus (Jo 3.3)
“Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo, não pode ver o Reino de Deus.”
A expressão γεννηθῇ ἄνωθεν (gennēthē anōthen) pode ser traduzida por “nascer do alto” ou “nascer de novo”. A ambiguidade proposital do termo grego ἄνωθεν (anōthen) é teologicamente rica — envolve tanto um novo nascimento no tempo quanto um nascimento espiritual originado do alto (de Deus).
Craig Keener explica: “O novo nascimento não é um simples recomeço, mas um nascimento celestial que transforma radicalmente a natureza humana, mediante o Espírito” (The IVP Bible Background Commentary: New Testament, p. 266).
4. A Dúvida de Nicodemos (Jo 3.4)
“Como pode um homem nascer, sendo velho?”
Nicodemos entende literalmente o nascer de novo, o que revela sua limitação espiritual. Como um “mestre em Israel” (Jo 3.10), ele deveria discernir que o Messias não estava propondo uma nova regra, mas uma transformação interior conforme profetizada (cf. Ez 36.26-27).
O verbo γεννάω (gennáō – “gerar, dar à luz”) é usado aqui para expressar uma regeneração espiritual, o que Paulo também ensina em Tito 3.5: “...pela regeneração e renovação do Espírito Santo”.
Aplicação pessoal: O novo nascimento não é uma mudança de comportamento apenas, mas uma obra sobrenatural do Espírito, que nos concede nova identidade, novos afetos e nova esperança.
📊 TABELA EXPOSITIVA
Versículo | Termo Grego / Palavra-chave | Significado / Implicação Teológica | Aplicação |
João 3.1 | ἄρχων (árchōn) | “Príncipe” – membro do Sinédrio | Posição social ou religiosa não substitui a conversão |
João 3.2 | σημεῖα (sēmeía) | “Sinais” – milagres com propósito revelador | Não basta admirar milagres; é preciso fé verdadeira |
João 3.3 | γεννηθῇ ἄνωθεν (gennēthē anōthen) | “Nascer do alto” – regeneração divina | O novo nascimento é obra do Espírito, não do esforço humano |
João 3.4 | γεννάω (gennáō) | “Gerar espiritualmente” | Nicodemos entendia literal, mas Jesus falava do espiritual |
📚 REFERÊNCIAS ACADÊMICAS CRISTÃS
- CARSON, D. A. O Evangelho Segundo João. São Paulo: Edições Vida Nova, 2007.
- KOSTENBERGER, Andreas J. John (BECNT). Grand Rapids: Baker Academic, 2004.
- KEENER, Craig S. The IVP Bible Background Commentary: New Testament. Downers Grove: IVP, 1993.
- WRIGHT, N. T. Surpreendido pela Esperança. São Paulo: Ultimato, 2008.
- STOTT, John. O Discípulo Radical. São Paulo: Ultimato, 2010.
1.2. É necessário nascer de novo. Nicodemos devia estar inseguro quanto à sua situação espiritual, por isso foi ver Jesus (Jo 3.2). Mesmo sendo membro do Sinédrio, que tinha cerca de setenta membros, Nicodemos estava carente de Deus (Sl 42.1,2). O Sinédrio tinha o poder de decidir todas as questões além da jurisdição das cortes locais. Apesar de sua importância e de ser conhecedor das Escrituras, Nicodemos só ouviu sobre a necessidade de nascer de novo ao encontrar Jesus (Jo 3.3). Mais tarde, ele defendeu o Mestre quando os fariseus e os principais dos sacerdotes queriam prender Jesus durante a Festa dos Tabernáculos em Jerusalém (Jo 7.45-53).
Revista Betel Dominical, 4º Trimestre de 2017, Lição 5: “A regeneração causada pelo efeito do novo nascimento acontece individualmente, no interior de cada cristão (1Pe 1.23). É o ato pelo qual o pecador recebe vida espiritual através da graça soberana de Deus e obra especial do Espírito Santo, passando a compreender e discernir as coisas espirituais. Sem o novo nascimento não existe qualquer esperança para a salvação. Jesus disse a Nicodemos que o novo nascimento era uma necessidade, sem a qual não havia possibilidade alguma de se fazer parte do Reino de Deus (Jo 3.5). Interessante que o termo ‘novo, no gre-go ‘anothen, significa ‘oriundo do alto, de cima’; por isso, é utilizado se referindo a tudo que tem origem celestial ou do céu. Assim, é possível dizer ‘nascer do alto’ ou ‘nascer de Deus’ (Jo 1.13).
1.3. O que significa nascer de novo. Conforme o Dicionário Grego do Novo Testamento de Strong, a expressão “nascer”, dentre outros sentidos, indica “gerar, no sentido ativo, referindo-se a Deus, que tem a prerrogativa de gerar em um sentido espiritual; transmissão de uma nova vida e de um novo espírito em Cristo (1Jo 5.1)”. E a expressão “novo” aponta para o que “é de Deus”. Assim, “nascer de novo” é nascer de Deus (Jo 1.13), receber de Deus uma nova vida espiritual. Trata-se de uma ação que tem origem celestial. É a operação do grande poder em nós (Ef 1.19); não por sermos merecedores, mas porque Deus é riquíssimo em misericórdia e por Seu grande amor (Ef 2.4).
Revista Betel Dominical, 4º Trimestre de 2017, Lição 5:”Um termo sinônimo para novo nascimento é ‘regeneração’. A palavra ‘regeneração’ significa “voltar a criar”. É uma referência ao ato pelo qual o homem caído é recriado internamente a uma condição que lhe permite ter comunhão com Deus. Em outras palavras, o novo nascimento é a renovação espiritual da imagem de Deus no homem (Ef 4.24; Cl 3.10). A nossa condição antes da regeneração era esta: “Entenebrecidos no entendimento, separados da vida de Deus pela ignorância que há neles, pela dureza do seu coração” (Ef 4.18).
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
1.2 – É necessário nascer de novo (Jo 3.3,5)
“Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo não pode ver o Reino de Deus.” (Jo 3.3)
📖 Palavra grega central:
- ἀνωθεν (anōthen) – traduzido como “de novo”, mas também pode significar “do alto”.
A ambiguidade de anōthen é proposital e profunda. Ela comunica duas verdades simultâneas:
- O novo nascimento é uma experiência radicalmente nova;
- Ele procede de Deus, não do esforço humano.
📚 Segundo George R. Beasley-Murray, "João usa anōthen para indicar não apenas uma repetição, mas uma transformação originada do alto, implicando um nascimento espiritual e celestial" (John – Word Biblical Commentary, p. 47).
Jesus, ao falar com Nicodemos, desmonta a lógica meritocrática farisaica e revela que nem o conhecimento religioso nem a posição social no Sinédrio garantem entrada no Reino de Deus.
1.3 – O que significa nascer de novo
“O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é espírito.” (Jo 3.6)
O novo nascimento, ou regeneração (παλιγγενεσία – palingenesia, em outras passagens como Tt 3.5), é a obra sobrenatural do Espírito Santo que comunica ao pecador uma nova vida espiritual. O ser humano natural está morto espiritualmente (Ef 2.1), e o novo nascimento é o meio pelo qual Deus ressuscita o interior do homem, recriando-o à Sua imagem (Ef 4.24; Cl 3.10).
📖 Expressões chaves:
- γεννηθῇ ἐξ ὕδατος καὶ πνεύματος (gennēthē ex hydatos kai pneumatos) – “nascer da água e do Espírito” (Jo 3.5)
- “Água” pode representar purificação (cf. Ez 36.25-27), e “Espírito”, a renovação interior operada por Deus.
- γεννάω (gennáō) – “gerar”, usado aqui para descrever a ação divina de criar nova vida espiritual (cf. 1Jo 5.1).
📚 Conforme Wayne Grudem:
“O novo nascimento é uma obra sobrenatural que resulta na regeneração, na qual Deus implanta uma nova vida espiritual na pessoa” (Teologia Sistemática, p. 699).
📚 Também segundo Martyn Lloyd-Jones:
“A regeneração não é algo que o homem pode alcançar. É um ato soberano de Deus sobre a alma humana, que cria nela uma nova disposição espiritual.” (Vida no Espírito, vol. 1, p. 31)
✝️ APLICAÇÃO PESSOAL
Muitos, como Nicodemos, podem conhecer a Bíblia, frequentar cultos, participar de ministérios e ainda não terem nascido de novo. O novo nascimento não é reforma de comportamento, mas uma transformação de natureza.
Só quando o Espírito Santo age regenerando o coração, a pessoa passa a compreender e desejar as coisas espirituais (1Co 2.14; Tt 3.5). Isso resulta em frutos visíveis: arrependimento, fé viva, santificação, amor a Deus e ao próximo.
📊 TABELA EXPOSITIVA
Versículo
Palavra grega / expressão
Significado / Doutrina
Aplicação prática
Jo 3.3
ἀνωθεν (anōthen)
"De novo" ou "do alto": nascimento espiritual, celestial
Nenhum mérito humano substitui a necessidade do novo nascimento
Jo 3.5
ἐξ ὕδατος καὶ πνεύματος (ex hydatos kai pneumatos)
"Da água e do Espírito": purificação + renovação interior (Ez 36.25-27)
Somente o Espírito Santo pode regenerar; não é um ato humano
Jo 3.6
γεννάω (gennáō)
Gerar espiritualmente; ação divina que cria nova vida
O que é nascido da carne continua carnal; é preciso nascer de Deus
1Pe 1.23
ἀναγεγεννημένοι (anagegennēmenoi)
"Gerados de novo" – regenerados pela Palavra viva e eterna
A regeneração é duradoura e fundamentada na Palavra
Tt 3.5
παλιγγενεσία (palingenesia)
"Regeneração" – recriação espiritual do ser humano
A salvação é uma obra da graça, não de justiça própria
📚 REFERÊNCIAS ACADÊMICAS CRISTÃS
- GRUDEM, Wayne. Teologia Sistemática. São Paulo: Vida Nova, 1999.
- BEASLEY-MURRAY, George R. John (WBC). Thomas Nelson, 1999.
- LLOYD-JONES, Martyn. Vida no Espírito, Vol. 1. São Paulo: PES, 2009.
- KEENER, Craig. Gospel of John: A Commentary. Grand Rapids: Baker Academic, 2003.
- CARSON, D.A. O Evangelho Segundo João. São Paulo: Vida Nova, 2007.
- Dicionário de Strong #1080 (γεννάω) e #509 (ἀνωθεν)
1.2 – É necessário nascer de novo (Jo 3.3,5)
“Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo não pode ver o Reino de Deus.” (Jo 3.3)
📖 Palavra grega central:
- ἀνωθεν (anōthen) – traduzido como “de novo”, mas também pode significar “do alto”.
A ambiguidade de anōthen é proposital e profunda. Ela comunica duas verdades simultâneas:
- O novo nascimento é uma experiência radicalmente nova;
- Ele procede de Deus, não do esforço humano.
📚 Segundo George R. Beasley-Murray, "João usa anōthen para indicar não apenas uma repetição, mas uma transformação originada do alto, implicando um nascimento espiritual e celestial" (John – Word Biblical Commentary, p. 47).
Jesus, ao falar com Nicodemos, desmonta a lógica meritocrática farisaica e revela que nem o conhecimento religioso nem a posição social no Sinédrio garantem entrada no Reino de Deus.
1.3 – O que significa nascer de novo
“O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é espírito.” (Jo 3.6)
O novo nascimento, ou regeneração (παλιγγενεσία – palingenesia, em outras passagens como Tt 3.5), é a obra sobrenatural do Espírito Santo que comunica ao pecador uma nova vida espiritual. O ser humano natural está morto espiritualmente (Ef 2.1), e o novo nascimento é o meio pelo qual Deus ressuscita o interior do homem, recriando-o à Sua imagem (Ef 4.24; Cl 3.10).
📖 Expressões chaves:
- γεννηθῇ ἐξ ὕδατος καὶ πνεύματος (gennēthē ex hydatos kai pneumatos) – “nascer da água e do Espírito” (Jo 3.5)
- “Água” pode representar purificação (cf. Ez 36.25-27), e “Espírito”, a renovação interior operada por Deus.
- γεννάω (gennáō) – “gerar”, usado aqui para descrever a ação divina de criar nova vida espiritual (cf. 1Jo 5.1).
📚 Conforme Wayne Grudem:
“O novo nascimento é uma obra sobrenatural que resulta na regeneração, na qual Deus implanta uma nova vida espiritual na pessoa” (Teologia Sistemática, p. 699).
📚 Também segundo Martyn Lloyd-Jones:
“A regeneração não é algo que o homem pode alcançar. É um ato soberano de Deus sobre a alma humana, que cria nela uma nova disposição espiritual.” (Vida no Espírito, vol. 1, p. 31)
✝️ APLICAÇÃO PESSOAL
Muitos, como Nicodemos, podem conhecer a Bíblia, frequentar cultos, participar de ministérios e ainda não terem nascido de novo. O novo nascimento não é reforma de comportamento, mas uma transformação de natureza.
Só quando o Espírito Santo age regenerando o coração, a pessoa passa a compreender e desejar as coisas espirituais (1Co 2.14; Tt 3.5). Isso resulta em frutos visíveis: arrependimento, fé viva, santificação, amor a Deus e ao próximo.
📊 TABELA EXPOSITIVA
Versículo | Palavra grega / expressão | Significado / Doutrina | Aplicação prática |
Jo 3.3 | ἀνωθεν (anōthen) | "De novo" ou "do alto": nascimento espiritual, celestial | Nenhum mérito humano substitui a necessidade do novo nascimento |
Jo 3.5 | ἐξ ὕδατος καὶ πνεύματος (ex hydatos kai pneumatos) | "Da água e do Espírito": purificação + renovação interior (Ez 36.25-27) | Somente o Espírito Santo pode regenerar; não é um ato humano |
Jo 3.6 | γεννάω (gennáō) | Gerar espiritualmente; ação divina que cria nova vida | O que é nascido da carne continua carnal; é preciso nascer de Deus |
1Pe 1.23 | ἀναγεγεννημένοι (anagegennēmenoi) | "Gerados de novo" – regenerados pela Palavra viva e eterna | A regeneração é duradoura e fundamentada na Palavra |
Tt 3.5 | παλιγγενεσία (palingenesia) | "Regeneração" – recriação espiritual do ser humano | A salvação é uma obra da graça, não de justiça própria |
📚 REFERÊNCIAS ACADÊMICAS CRISTÃS
- GRUDEM, Wayne. Teologia Sistemática. São Paulo: Vida Nova, 1999.
- BEASLEY-MURRAY, George R. John (WBC). Thomas Nelson, 1999.
- LLOYD-JONES, Martyn. Vida no Espírito, Vol. 1. São Paulo: PES, 2009.
- KEENER, Craig. Gospel of John: A Commentary. Grand Rapids: Baker Academic, 2003.
- CARSON, D.A. O Evangelho Segundo João. São Paulo: Vida Nova, 2007.
- Dicionário de Strong #1080 (γεννάω) e #509 (ἀνωθεν)
EU ENSINEI QUE:
Jesus explicou a Nicodemos que, para entrar no Reino de Deus, é preciso nascer de novo.
2- Compreendendo o novo nascimento
Nascer de novo é passar por uma mudança profunda (Gl 2.20), começar novamente e renovar-se espiritualmente (2Co 5.17). O Filho de Deus nos livrou da lei do pecado e da morte (Rm 8.2).
2.1. O novo nascimento transforma vidas. Quando alguém nasce de novo, há um desejo de viver a nova vida pautada nos ensinamentos do Filho de Deus (1 Jo 2.24-28). Isso acontece porque a mudança proposta por Jesus é uma mudança de consciência, não de aparência (At 24.16). Quando Nicodemos ouviu Jesus falar de novo nascimento, ele não conseguiu perceber que se tratava de uma nova consciência, de morrer para os próprios desejos (1Jo 2.16,17). Ο novo nascimento nos leva a abandonar práticas antigas para viver uma nova vida em Cristo (1Jo 1.9).
Revista Betel Dominical, 4° Trimestre de 2017, Lição 5: “O apóstolo Paulo em sua primeira Carta aos Coríntios 2.14 diz: “Ora, o homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente. Escrevendo aos efésios, o apóstolo Paulo descreve o novo nascimento como uma ressurreição de entre os mortos (Ef 2.5,6). Ou seja, quando estávamos mortos em nossos delitos e pecados, a primeira coisa que Deus realizou em nossas vidas foi ressuscitarmos espiritualmente para que pudéssemos compreender, ver, ouvir e receber o espiritual, e, dessa maneira, ter comunhão com Ele através da fé”.
2.2. A necessidade do novo nascimento. Todos os seres humanos têm necessidade do novo nascimento para se reconciliar com Deus. O autor da Carta aos Hebreus recomenda não nos afastarmos de Deus: “Vede, irmãos, que haja em qualquer de vós um coração mau e infiel, para se apartar do Deus vivo”, Hb 3.12. Jesus ensinou a Nicodemos que todos precisam nascer de novo para entrar no Reino de Deus (Jo 3.3). Jesus disse a Nicodemos que aquele que é nascido da carne é carne, e o nascido do Espírito é espírito (Jo 3.6).
Ralph Earle & Joseph Mayfield (2019, p.50): “O gerado sempre é semelhante ao que o gerou. A aliança antiga só pode produzir a vida antiga. A escuridão gera escuridão. A lei, que é para aqueles que estão sem lei, não pode gerar uma vida boa. Se alguém quer ter vida, a fonte deve ser o Espírito. A preposição usada nesta última frase é muito clara. Uma tradução literal seria “O que é nascido a partir do Espírito é espírito”.
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
🌿 COMPREENDENDO O NOVO NASCIMENTO
Texto-chave: João 3.3-6; 2 Coríntios 5.17; Romanos 8.2
🔎 1. Fundamento bíblico-teológico do novo nascimento
Jesus introduz a doutrina do novo nascimento (grego: γεννηθῇ ἄνωθεν – gennēthē anōthen, Jo 3.3), que significa literalmente "nascer do alto" ou "nascer de novo". A palavra ἄνωθεν (anōthen) é ambígua no grego e pode significar “de novo” ou “de cima”, implicando não apenas repetição, mas origem celestial (cf. D.A. Carson, The Gospel According to John, p. 188).
“A regeneração não é uma reabilitação moral, mas uma transformação ontológica: uma nova criação (2Co 5.17), pela atuação do Espírito.”
— Millard J. Erickson, Teologia Sistemática, p. 957.
No v. 6, Jesus esclarece a diferença entre nascimento natural e espiritual:
“O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é espírito” (Jo 3.6).
A palavra usada para "espírito" aqui é πνεῦμα (pneuma), que também se refere ao Espírito Santo, mostrando que o novo nascimento é obra sobrenatural e não humana (Tito 3.5 – “regeneração do Espírito Santo”).
📖 2. Transformação radical: de morto para vivo
Efésios 2.1,5 usa a metáfora da ressurreição espiritual:
"Estando nós ainda mortos em nossos delitos, nos vivificou juntamente com Cristo" (συνεζωοποίησεν – synezōopoiēsen).
Isso reforça a ideia de que o novo nascimento não é um esforço humano, mas um ato soberano de Deus.
“O novo nascimento é a iniciativa de Deus, que vivifica o morto espiritual para que ele possa crer.”
— Wayne Grudem, Teologia Sistemática, p. 703.
🧠 3. Nova mente, nova consciência
O novo nascimento não é mera mudança de aparência, mas uma transformação da mente e consciência (Rm 12.2). Em Atos 24.16, Paulo afirma que se esforçava por manter a consciência limpa diante de Deus. A mudança espiritual toca o âmago do ser humano: seus valores, desejos, direção e sensibilidade espiritual (1Co 2.14).
🏛️ 4. A incapacidade do homem natural
“Ora, o homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus...” (1Co 2.14)
O termo grego para “homem natural” é ψυχικὸς ἄνθρωπος (psychikos anthrōpos), indicando alguém que vive segundo a alma natural, sem regeneração. A oposição não é entre racional e irracional, mas entre espiritual e não espiritual, mostrando a necessidade do novo nascimento para compreender as verdades divinas.
📚 Citação Acadêmica
“A velha natureza, mesmo sob a lei, não pode gerar a vida de Deus. O novo nascimento é o milagre espiritual que gera o caráter do Pai no filho regenerado.”
— Ralph Earle & Joseph Mayfield, Comentário Bíblico Beacon, vol. 8, p. 50.
🙋 Aplicação pessoal
- Examine sua fé: já experimentou a transformação espiritual de dentro para fora?
- Viva de acordo com o Espírito: o nascido do Espírito tem sensibilidade à voz de Deus (Rm 8.14).
- Fuja de religiosidade morta: Nicodemos era mestre, mas lhe faltava a experiência com o Espírito.
📊 Tabela Expositiva: O Novo Nascimento
Aspecto
Referência Bíblica
Palavra Grega
Significado
Aplicação
Nascer de novo
João 3.3
γεννηθῇ ἄνωθεν (gennēthē anōthen)
Nascer do alto
Nova origem espiritual
Espírito Santo como agente
João 3.6; Tito 3.5
πνεῦμα (pneuma)
Espírito/Vento
Obra regeneradora
Nova criação
2 Coríntios 5.17
καινὴ κτίσις (kainē ktisis)
Nova criação
Vida transformada
Ressurreição espiritual
Efésios 2.5
συνεζωοποίησεν (synezōopoiēsen)
Deu vida com
Sensibilidade ao espiritual
Homem natural
1 Coríntios 2.14
ψυχικὸς ἄνθρωπος (psychikos anthrōpos)
Humano não regenerado
Incapaz de entender Deus
🌿 COMPREENDENDO O NOVO NASCIMENTO
Texto-chave: João 3.3-6; 2 Coríntios 5.17; Romanos 8.2
🔎 1. Fundamento bíblico-teológico do novo nascimento
Jesus introduz a doutrina do novo nascimento (grego: γεννηθῇ ἄνωθεν – gennēthē anōthen, Jo 3.3), que significa literalmente "nascer do alto" ou "nascer de novo". A palavra ἄνωθεν (anōthen) é ambígua no grego e pode significar “de novo” ou “de cima”, implicando não apenas repetição, mas origem celestial (cf. D.A. Carson, The Gospel According to John, p. 188).
“A regeneração não é uma reabilitação moral, mas uma transformação ontológica: uma nova criação (2Co 5.17), pela atuação do Espírito.”
— Millard J. Erickson, Teologia Sistemática, p. 957.
No v. 6, Jesus esclarece a diferença entre nascimento natural e espiritual:
“O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é espírito” (Jo 3.6).
A palavra usada para "espírito" aqui é πνεῦμα (pneuma), que também se refere ao Espírito Santo, mostrando que o novo nascimento é obra sobrenatural e não humana (Tito 3.5 – “regeneração do Espírito Santo”).
📖 2. Transformação radical: de morto para vivo
Efésios 2.1,5 usa a metáfora da ressurreição espiritual:
"Estando nós ainda mortos em nossos delitos, nos vivificou juntamente com Cristo" (συνεζωοποίησεν – synezōopoiēsen).
Isso reforça a ideia de que o novo nascimento não é um esforço humano, mas um ato soberano de Deus.
“O novo nascimento é a iniciativa de Deus, que vivifica o morto espiritual para que ele possa crer.”
— Wayne Grudem, Teologia Sistemática, p. 703.
🧠 3. Nova mente, nova consciência
O novo nascimento não é mera mudança de aparência, mas uma transformação da mente e consciência (Rm 12.2). Em Atos 24.16, Paulo afirma que se esforçava por manter a consciência limpa diante de Deus. A mudança espiritual toca o âmago do ser humano: seus valores, desejos, direção e sensibilidade espiritual (1Co 2.14).
🏛️ 4. A incapacidade do homem natural
“Ora, o homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus...” (1Co 2.14)
O termo grego para “homem natural” é ψυχικὸς ἄνθρωπος (psychikos anthrōpos), indicando alguém que vive segundo a alma natural, sem regeneração. A oposição não é entre racional e irracional, mas entre espiritual e não espiritual, mostrando a necessidade do novo nascimento para compreender as verdades divinas.
📚 Citação Acadêmica
“A velha natureza, mesmo sob a lei, não pode gerar a vida de Deus. O novo nascimento é o milagre espiritual que gera o caráter do Pai no filho regenerado.”
— Ralph Earle & Joseph Mayfield, Comentário Bíblico Beacon, vol. 8, p. 50.
🙋 Aplicação pessoal
- Examine sua fé: já experimentou a transformação espiritual de dentro para fora?
- Viva de acordo com o Espírito: o nascido do Espírito tem sensibilidade à voz de Deus (Rm 8.14).
- Fuja de religiosidade morta: Nicodemos era mestre, mas lhe faltava a experiência com o Espírito.
📊 Tabela Expositiva: O Novo Nascimento
Aspecto | Referência Bíblica | Palavra Grega | Significado | Aplicação |
Nascer de novo | João 3.3 | γεννηθῇ ἄνωθεν (gennēthē anōthen) | Nascer do alto | Nova origem espiritual |
Espírito Santo como agente | João 3.6; Tito 3.5 | πνεῦμα (pneuma) | Espírito/Vento | Obra regeneradora |
Nova criação | 2 Coríntios 5.17 | καινὴ κτίσις (kainē ktisis) | Nova criação | Vida transformada |
Ressurreição espiritual | Efésios 2.5 | συνεζωοποίησεν (synezōopoiēsen) | Deu vida com | Sensibilidade ao espiritual |
Homem natural | 1 Coríntios 2.14 | ψυχικὸς ἄνθρωπος (psychikos anthrōpos) | Humano não regenerado | Incapaz de entender Deus |
2.3. A ação do Espírito Santo no novo nascimento. A nova criação, que Paulo em Efésios expressa como “criados em Cristo Jesus” (Ef 2.10), é levada a efeito pela ação do Espírito Santo: “nascer do Espírito” (Jo 3.5,6). O Espírito Santo opera o novo nascimento e nos concede uma nova vida em Cristo (Tt 3.5). E, após o novo nascimento, o mesmo Espírito habita na nova criatura operando outras obras: capacitação, fruto, ajuda, santificação e tantas outras. Como o próprio Senhor disse: o Espírito está com os discípulos de Cristo e vive com os Seus discípulos (Jo 14.16-17).
Revista Betel Dominical, 4º Trimestre de 2017, Lição 5:”Assim como o Espírito Santo desempenhou um papel na criação (Gn 1.2) a regeneração é Obra do Espírito Santo no íntimo das pessoas. Como o Senhor Jesus Cristo foi gerado pelo Espírito Santo, assim, pela operação do mesmo Espírito, somos “feitos filhos de Deus” (Jo 1.12). Como já visto anteriormente, antes do novo nascimento, o ser humano está, espiritualmente, morto em ofensas e pecados. A regeneração é Deus agindo em favor do homem: “E porei em vós o meu Espírito, e vivereis…” (Ez 37.14). O Espírito Santo é o Espírito de Vida (Rm 8.2). Logo, o novo nascimento não é somente uma doutrina, mas uma realidade”.
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
🔍 Análise teológica e exegética do tema
O novo nascimento é uma das doutrinas centrais da teologia cristã. Ele é apresentado por Jesus a Nicodemos como uma condição indispensável para ver e entrar no Reino de Deus (Jo 3.3,5). O termo grego usado para “nascer de novo” é γεννηθῇ ἄνωθεν (gennēthē anōthen), que pode ser traduzido tanto como “nascer de novo” quanto como “nascer do alto”. Essa ambiguidade é intencional e teologicamente rica, revelando que o novo nascimento é uma obra espiritual e celestial, não uma reforma moral ou uma adesão religiosa.
Jesus também menciona: “nascer da água e do Espírito” (ἐξ ὕδατος καὶ πνεύματος – Jo 3.5). Muitos estudiosos, como Leon Morris (em The Gospel According to John, NICNT), observam que a expressão remete à purificação espiritual (como em Ez 36.25-27) e à regeneração pelo Espírito Santo, não se limitando ao batismo físico, mas implicando uma transformação interior operada pelo Espírito.
Em Tito 3.5, Paulo reafirma essa verdade:
“Não pelas obras de justiça que houvéssemos feito, mas segundo a sua misericórdia, nos salvou pela lavagem da regeneração e da renovação do Espírito Santo”.
As palavras gregas aqui, παλινγενεσία (palingenesia)_ para regeneração e ἀνακαίνωσις (anakainōsis) para renovação, indicam um recomeço radical da vida humana com nova identidade, nova motivação e novo propósito — todos frutos da ação do Espírito Santo.
A conexão entre o Espírito Santo e a vida nova é também destacada em Romanos 8.2, onde o apóstolo declara:
“Porque a lei do Espírito da vida, em Cristo Jesus, me livrou da lei do pecado e da morte”.
Assim como em Gênesis 1.2, o Espírito pairava sobre as águas no momento da criação, agora Ele paira sobre o coração humano para gerar a nova criação em Cristo (2 Co 5.17).
📚 Referências acadêmicas cristãs
- Anthony Hoekema, em Salvation and the Holy Spirit, destaca que o novo nascimento é uma mudança radical de natureza, não apenas de comportamento, operada pelo Espírito no momento da conversão.
- Wayne Grudem, em Teologia Sistemática, capítulo sobre regeneração, enfatiza que o novo nascimento precede a fé salvadora e é totalmente um ato soberano de Deus.
- Millard J. Erickson, em Christian Theology, aponta que o novo nascimento marca a entrada do indivíduo em um novo relacionamento com Deus, mediante a presença contínua do Espírito.
- Berkhof, em Teologia Sistemática Reformada, afirma que o Espírito Santo, como agente da Trindade, realiza eficazmente a regeneração por meio da Palavra.
🙋 Aplicação pessoal
A regeneração espiritual não é apenas um conceito teológico, mas uma experiência prática. Ao nascer do Espírito, a pessoa é transformada em seu interior, recebendo uma nova mente, novos desejos e um novo coração. Isso implica uma nova ética, nova conduta e nova comunhão com Deus.
Não basta estar na igreja ou conhecer a Bíblia intelectualmente. Nicodemos era um mestre em Israel, mas ainda não havia nascido do Espírito. O Espírito Santo, portanto, não apenas nos convence do pecado (Jo 16.8), mas também nos gera de novo e passa a habitar em nós (Jo 14.17), operando frutos (Gl 5.22-23) e capacitando-nos a viver como novas criaturas.
📊 Tabela expositiva: A ação do Espírito Santo no novo nascimento
Elemento
Referência bíblica
Palavra grega
Ação do Espírito
Aplicação prática
Novo nascimento
João 3.3,5
γεννηθῇ ἄνωθεν (nascido do alto)
Gera vida espiritual
Transformação interior além da religião
Regeneração
Tito 3.5
παλινγενεσία (palingenesia)
Novo começo, nova natureza
Rompimento com o passado, nova identidade em Cristo
Renovação
Tito 3.5
ἀνακαίνωσις (anakainōsis)
Mudança contínua da mente e do coração
Vida moldada à imagem de Cristo
Espírito da Vida
Romanos 8.2
πνεῦμα ζωῆς (pneuma zōēs)
Liberta da morte espiritual
Vitória sobre o pecado, capacitação para santidade
Espírito habitando
João 14.17
μένει ἐν ὑμῖν (permanece em vós)
Presença constante e pessoal de Deus
Relacionamento íntimo e contínuo com o Senhor
Nova criatura
2 Coríntios 5.17
καινὴ κτίσις (kainē ktisis)
Nova criação em Cristo
Vida com propósito, serviço e comunhão com Deus
🔍 Análise teológica e exegética do tema
O novo nascimento é uma das doutrinas centrais da teologia cristã. Ele é apresentado por Jesus a Nicodemos como uma condição indispensável para ver e entrar no Reino de Deus (Jo 3.3,5). O termo grego usado para “nascer de novo” é γεννηθῇ ἄνωθεν (gennēthē anōthen), que pode ser traduzido tanto como “nascer de novo” quanto como “nascer do alto”. Essa ambiguidade é intencional e teologicamente rica, revelando que o novo nascimento é uma obra espiritual e celestial, não uma reforma moral ou uma adesão religiosa.
Jesus também menciona: “nascer da água e do Espírito” (ἐξ ὕδατος καὶ πνεύματος – Jo 3.5). Muitos estudiosos, como Leon Morris (em The Gospel According to John, NICNT), observam que a expressão remete à purificação espiritual (como em Ez 36.25-27) e à regeneração pelo Espírito Santo, não se limitando ao batismo físico, mas implicando uma transformação interior operada pelo Espírito.
Em Tito 3.5, Paulo reafirma essa verdade:
“Não pelas obras de justiça que houvéssemos feito, mas segundo a sua misericórdia, nos salvou pela lavagem da regeneração e da renovação do Espírito Santo”.
As palavras gregas aqui, παλινγενεσία (palingenesia)_ para regeneração e ἀνακαίνωσις (anakainōsis) para renovação, indicam um recomeço radical da vida humana com nova identidade, nova motivação e novo propósito — todos frutos da ação do Espírito Santo.
A conexão entre o Espírito Santo e a vida nova é também destacada em Romanos 8.2, onde o apóstolo declara:
“Porque a lei do Espírito da vida, em Cristo Jesus, me livrou da lei do pecado e da morte”.
Assim como em Gênesis 1.2, o Espírito pairava sobre as águas no momento da criação, agora Ele paira sobre o coração humano para gerar a nova criação em Cristo (2 Co 5.17).
📚 Referências acadêmicas cristãs
- Anthony Hoekema, em Salvation and the Holy Spirit, destaca que o novo nascimento é uma mudança radical de natureza, não apenas de comportamento, operada pelo Espírito no momento da conversão.
- Wayne Grudem, em Teologia Sistemática, capítulo sobre regeneração, enfatiza que o novo nascimento precede a fé salvadora e é totalmente um ato soberano de Deus.
- Millard J. Erickson, em Christian Theology, aponta que o novo nascimento marca a entrada do indivíduo em um novo relacionamento com Deus, mediante a presença contínua do Espírito.
- Berkhof, em Teologia Sistemática Reformada, afirma que o Espírito Santo, como agente da Trindade, realiza eficazmente a regeneração por meio da Palavra.
🙋 Aplicação pessoal
A regeneração espiritual não é apenas um conceito teológico, mas uma experiência prática. Ao nascer do Espírito, a pessoa é transformada em seu interior, recebendo uma nova mente, novos desejos e um novo coração. Isso implica uma nova ética, nova conduta e nova comunhão com Deus.
Não basta estar na igreja ou conhecer a Bíblia intelectualmente. Nicodemos era um mestre em Israel, mas ainda não havia nascido do Espírito. O Espírito Santo, portanto, não apenas nos convence do pecado (Jo 16.8), mas também nos gera de novo e passa a habitar em nós (Jo 14.17), operando frutos (Gl 5.22-23) e capacitando-nos a viver como novas criaturas.
📊 Tabela expositiva: A ação do Espírito Santo no novo nascimento
Elemento | Referência bíblica | Palavra grega | Ação do Espírito | Aplicação prática |
Novo nascimento | João 3.3,5 | γεννηθῇ ἄνωθεν (nascido do alto) | Gera vida espiritual | Transformação interior além da religião |
Regeneração | Tito 3.5 | παλινγενεσία (palingenesia) | Novo começo, nova natureza | Rompimento com o passado, nova identidade em Cristo |
Renovação | Tito 3.5 | ἀνακαίνωσις (anakainōsis) | Mudança contínua da mente e do coração | Vida moldada à imagem de Cristo |
Espírito da Vida | Romanos 8.2 | πνεῦμα ζωῆς (pneuma zōēs) | Liberta da morte espiritual | Vitória sobre o pecado, capacitação para santidade |
Espírito habitando | João 14.17 | μένει ἐν ὑμῖν (permanece em vós) | Presença constante e pessoal de Deus | Relacionamento íntimo e contínuo com o Senhor |
Nova criatura | 2 Coríntios 5.17 | καινὴ κτίσις (kainē ktisis) | Nova criação em Cristo | Vida com propósito, serviço e comunhão com Deus |
EU ENSINEI QUE:
O novo nascimento nos leva a viver uma nova vida em Cristo.
3- Nicodemos no Evangelho de João
O nome Nicodemos, no grego, significa “conquistador por povo” ou “vencedor sobre o povo”. Somente o Evangelho de João menciona esse homem. Os registros revelam um homem interessado em conhecer mais sobre Jesus; posteriormente, argumentando com os principais dos sacerdotes e fariseus a favor de Jesus; e participando da preparação do corpo de Jesus e Seu sepultamento.
3.1. Nicodemos reconheceu Jesus como Mestre. Jesus era amplamente reconhecido por Suas palavras e ensinamentos, sendo chamado tanto de “Rabi” quanto de “Senhor”, títulos que evidenciavam o respeito que o povo nutria por Ele como Mestre. Esse reconhecimento não se limitava apenas ao povo comum, mas também alcançou membros da elite religiosa judaica. Nicodemos, um fariseu e membro do Sinédrio, rompeu com o preconceito dominante entre as autoridades religiosas ao buscar Jesus para aprender com Ele. Apesar da resistência de seus pares, Nicodemos reconheceu a autoridade de Cristo, dirigindo-se a Ele com respeito e admiração: “Rabi, bem sabemos que és Mestre vindo de Deus, porque ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes, se Deus não for com ele”, (João 3:2). A atitude de Nicodemos nos lembra que o verdadeiro discipulado exige humildade para reconhecer a verdade e coragem para romper com paradigmas estabelecidos.
D.A. Carson (O Comentário de João, Shedd Publicações, 1ª Edição Abril de 2007, p. 187): “Embora fosse um mestre destacado, Nicodemos se dirigiu a Jesus com um colegial rabi. Em certo sentido, isso valeu mais que quando a mesma palavra foi pronunciada por dois discípulos de João Batista não informados (1.38); foi certamente mais respeitoso que o tom de alguns dos colegas de Nicodemos (7.15, 45-52). Tampouco, este desdenhava os milagres de Jesus como aqueles que atribuíram suas Obras ao poder de Satanás (8.48, 52). É a evidência dos sinais miraculosos que convence Nicodemos de que Jesus não é um mestre comum: Ele deve ser um mestre que veio de Deus – o que certamente não é uma confissão da preexistência de Jesus, mas um reconhecimento de que Deus estava peculiarmente com Ele […].”
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
📖 TEXTO BASE: João 3.1-2
"Havia entre os fariseus um homem chamado Nicodemos, um dos principais dos judeus. Este, de noite, foi ter com Jesus e lhe disse: Rabi, sabemos que és Mestre vindo da parte de Deus; porque ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes, se Deus não estiver com ele."
🧠 COMENTÁRIO BÍBLICO-TEOLÓGICO
1. O CONTEXTO DE NICODEMOS
Nicodemos é apresentado como “um dos principais dos judeus” (gr. archōn tōn Ioudaiōn), indicando sua posição elevada como membro do Sinédrio, o supremo tribunal religioso judaico. Era também fariseu (pharisaios), grupo comprometido com a interpretação rigorosa da Lei.
Apesar da postura crítica da maioria dos fariseus frente a Jesus, Nicodemos se destaca como uma exceção honesta e investigativa. O Evangelho de João o menciona em três episódios (Jo 3.1-21; 7.50-52; 19.39-42), revelando uma progressiva transformação espiritual.
2. “RABI”: UM TÍTULO DE RESPEITO
Nicodemos inicia sua abordagem com “Rabi” (gr. ῥαββί, translit. rhabbi), termo aramaico traduzido por "meu mestre", usado com profundo respeito a um instrutor da Lei. O uso desse título por um mestre da Lei em direção a Jesus — que não possuía formação rabínica formal — revela admiração genuína e respeito pela autoridade espiritual de Cristo.
👉 D.A. Carson observa que Nicodemos “não desdenha os milagres de Jesus” como seus colegas, mas os reconhece como sinais da presença divina (cf. Jo 2.23; 3.2).
3. “MESTRE VINDO DE DEUS”
Nicodemos afirma: “Bem sabemos que és Mestre vindo de Deus” (didaskalos elēlythas apo tou Theou), reconhecendo que Jesus não é apenas um mestre humano, mas alguém cuja autoridade provém do céu. O verbo “elēlythas” (perf. de erchomai) indica que Jesus veio e permanece com autoridade dada por Deus.
💬 Carson aponta que essa confissão não indica, ainda, uma plena fé cristológica (como a divindade de Cristo), mas um importante passo em direção à fé.
4. “SINAIS”: EVIDÊNCIA DA PRESENÇA DE DEUS
Nicodemos menciona os sinais (sēmeia) como provas de que Deus está com Jesus. Em João, os “sinais” nunca são meros milagres; são manifestações que apontam para quem Jesus é (Jo 2.11; 20.30-31). Nicodemos reconhece neles algo divino, e não demoníaco (cf. Mt 12.24).
👉 Segundo Leon Morris (O Evangelho Segundo João, Vida Nova), “os sinais são janelas através das quais podemos ver a glória de Jesus”.
5. NICODEMOS: UM DISCÍPULO EM PROCESSO
Apesar de ir a Jesus “de noite” (nuktos), o que pode indicar medo, prudência ou desejo de uma conversa profunda, Nicodemos representa alguém sincero em sua busca. Como observa Andreas Köstenberger, “a noite pode ser tanto literal quanto simbólica, refletindo a confusão espiritual de Nicodemos” (John, BECNT).
Nos capítulos seguintes, ele aparece defendendo o direito de Jesus (Jo 7.50-52) e, finalmente, auxiliando no Seu sepultamento com grande quantidade de bálsamos (Jo 19.39), o que indica valentia, honra e fé crescente.
📌 APLICAÇÃO PESSOAL
- Nicodemos ensina que é possível ser religioso e ainda assim necessitar de um novo nascimento. Sua trajetória nos mostra que a fé verdadeira pode surgir no coração mesmo dos mais formais.
- Como ele, precisamos superar nossos medos, preconceitos e reputações para buscarmos Jesus de forma autêntica.
- O verdadeiro discipulado exige humildade intelectual (reconhecer que Jesus sabe mais) e coragem espiritual (romper com o sistema quando necessário).
📊 TABELA EXPOSITIVA
Aspecto
Detalhe
Nome
Nicodemos (gr. Nikodēmos = “vencedor do povo”)
Grupo religioso
Fariseu e membro do Sinédrio
Ato de reconhecimento
Chamou Jesus de “Rabi” e “Mestre vindo de Deus”
Base da confissão
Os “sinais” (sēmeia) realizados por Jesus
Atitude inicial
Veio à noite; buscava compreensão espiritual
Evolução espiritual
Apareceu defendendo Jesus e depois participou do Seu sepultamento
Lição pessoal
Humildade para aprender, coragem para se posicionar, fé em transformação
📚 REFERÊNCIAS ACADÊMICAS
- Carson, D. A. O Comentário de João. Shedd Publicações, 2007.
- Morris, Leon. O Evangelho Segundo João. Editora Vida Nova.
- Köstenberger, Andreas J. John (BECNT – Baker Exegetical Commentary on the New Testament), Baker Academic.
- Beasley-Murray, George R. John (WBC – Word Biblical Commentary), Thomas Nelson.
- Craig S. Keener. The Gospel of John: A Commentary, Baker Academic.
📖 TEXTO BASE: João 3.1-2
"Havia entre os fariseus um homem chamado Nicodemos, um dos principais dos judeus. Este, de noite, foi ter com Jesus e lhe disse: Rabi, sabemos que és Mestre vindo da parte de Deus; porque ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes, se Deus não estiver com ele."
🧠 COMENTÁRIO BÍBLICO-TEOLÓGICO
1. O CONTEXTO DE NICODEMOS
Nicodemos é apresentado como “um dos principais dos judeus” (gr. archōn tōn Ioudaiōn), indicando sua posição elevada como membro do Sinédrio, o supremo tribunal religioso judaico. Era também fariseu (pharisaios), grupo comprometido com a interpretação rigorosa da Lei.
Apesar da postura crítica da maioria dos fariseus frente a Jesus, Nicodemos se destaca como uma exceção honesta e investigativa. O Evangelho de João o menciona em três episódios (Jo 3.1-21; 7.50-52; 19.39-42), revelando uma progressiva transformação espiritual.
2. “RABI”: UM TÍTULO DE RESPEITO
Nicodemos inicia sua abordagem com “Rabi” (gr. ῥαββί, translit. rhabbi), termo aramaico traduzido por "meu mestre", usado com profundo respeito a um instrutor da Lei. O uso desse título por um mestre da Lei em direção a Jesus — que não possuía formação rabínica formal — revela admiração genuína e respeito pela autoridade espiritual de Cristo.
👉 D.A. Carson observa que Nicodemos “não desdenha os milagres de Jesus” como seus colegas, mas os reconhece como sinais da presença divina (cf. Jo 2.23; 3.2).
3. “MESTRE VINDO DE DEUS”
Nicodemos afirma: “Bem sabemos que és Mestre vindo de Deus” (didaskalos elēlythas apo tou Theou), reconhecendo que Jesus não é apenas um mestre humano, mas alguém cuja autoridade provém do céu. O verbo “elēlythas” (perf. de erchomai) indica que Jesus veio e permanece com autoridade dada por Deus.
💬 Carson aponta que essa confissão não indica, ainda, uma plena fé cristológica (como a divindade de Cristo), mas um importante passo em direção à fé.
4. “SINAIS”: EVIDÊNCIA DA PRESENÇA DE DEUS
Nicodemos menciona os sinais (sēmeia) como provas de que Deus está com Jesus. Em João, os “sinais” nunca são meros milagres; são manifestações que apontam para quem Jesus é (Jo 2.11; 20.30-31). Nicodemos reconhece neles algo divino, e não demoníaco (cf. Mt 12.24).
👉 Segundo Leon Morris (O Evangelho Segundo João, Vida Nova), “os sinais são janelas através das quais podemos ver a glória de Jesus”.
5. NICODEMOS: UM DISCÍPULO EM PROCESSO
Apesar de ir a Jesus “de noite” (nuktos), o que pode indicar medo, prudência ou desejo de uma conversa profunda, Nicodemos representa alguém sincero em sua busca. Como observa Andreas Köstenberger, “a noite pode ser tanto literal quanto simbólica, refletindo a confusão espiritual de Nicodemos” (John, BECNT).
Nos capítulos seguintes, ele aparece defendendo o direito de Jesus (Jo 7.50-52) e, finalmente, auxiliando no Seu sepultamento com grande quantidade de bálsamos (Jo 19.39), o que indica valentia, honra e fé crescente.
📌 APLICAÇÃO PESSOAL
- Nicodemos ensina que é possível ser religioso e ainda assim necessitar de um novo nascimento. Sua trajetória nos mostra que a fé verdadeira pode surgir no coração mesmo dos mais formais.
- Como ele, precisamos superar nossos medos, preconceitos e reputações para buscarmos Jesus de forma autêntica.
- O verdadeiro discipulado exige humildade intelectual (reconhecer que Jesus sabe mais) e coragem espiritual (romper com o sistema quando necessário).
📊 TABELA EXPOSITIVA
Aspecto | Detalhe |
Nome | Nicodemos (gr. Nikodēmos = “vencedor do povo”) |
Grupo religioso | Fariseu e membro do Sinédrio |
Ato de reconhecimento | Chamou Jesus de “Rabi” e “Mestre vindo de Deus” |
Base da confissão | Os “sinais” (sēmeia) realizados por Jesus |
Atitude inicial | Veio à noite; buscava compreensão espiritual |
Evolução espiritual | Apareceu defendendo Jesus e depois participou do Seu sepultamento |
Lição pessoal | Humildade para aprender, coragem para se posicionar, fé em transformação |
📚 REFERÊNCIAS ACADÊMICAS
- Carson, D. A. O Comentário de João. Shedd Publicações, 2007.
- Morris, Leon. O Evangelho Segundo João. Editora Vida Nova.
- Köstenberger, Andreas J. John (BECNT – Baker Exegetical Commentary on the New Testament), Baker Academic.
- Beasley-Murray, George R. John (WBC – Word Biblical Commentary), Thomas Nelson.
- Craig S. Keener. The Gospel of John: A Commentary, Baker Academic.
3.2. Nicodemos rejeita a condenação do Mestre. Nicodemos era membro do Sinédrio. João relatou que os principais sacerdotes e fariseus enviaram servos para prender Jesus, mas eles não conseguiram executar a missão, pois as palavras de Jesus tinham autoridade (Jo 7.46). Nicodemos protestou contra a condenação de Jesus pelos líderes religiosos, uma vez que Ele não teve chance de se defender (Jo 7.51).
F.F. Bruce (1987, p. 165): “A regra a qual Nicodemos apela é assim formulada na literatura rabínica: ‘Carne e sangue podem julgar um homem depois de ouvir suas palavras; sem ouvi-las, não podem pronunciar julgamento. A lei romana coincidia com a lei judaica neste aspecto […] Mas até o protesto de Nicodemos só conseguiu da maioria irada a sugestão desdenhosa de que ele mesmo também se tornará galileu”. O argumento usado pelos principais dos sacerdotes e fariseus (Jo 7.52) demonstra como eram ignorantes a respeito de Jesus, inclusive sobre a região de seu nascimento.
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
A postura de Nicodemos e o julgamento injusto de Jesus
🔍 Análise Exegética e Teológica
📖 João 7.50-51
“Nicodemos, um deles (que antes fora ter com Jesus), disse-lhes: Porventura condena a nossa lei um homem sem primeiro o ouvir e saber o que faz?”
✳️ Palavra-chave grega:
- ἀκούσῃ (akousē) – “ouvir” (v.51): verbo no subjuntivo aoristo ativo de akouō, denotando uma escuta atenta e cuidadosa, usada com frequência para descrever ouvir com discernimento ou entendimento espiritual (cf. Mc 4.9).
- γινώσκῃ (ginōskē) – “saber” (v.51): verbo no subjuntivo presente ativo de ginōskō, que implica conhecimento progressivo e pessoal. Nicodemos pede que se conheça os atos de Jesus por meio de uma análise justa e não de boatos ou preconceitos.
🔎 Nicodemos, membro do Sinédrio (gr. Συνέδριον), o supremo tribunal religioso dos judeus, apela ao devido processo legal da Lei Mosaica (cf. Dt 1.16-17; 17.4; Êx 23.1-2). Sua fala não é necessariamente uma confissão de fé plena, mas uma defesa velada de Jesus diante de um tribunal hostil.
🧠 Referência Acadêmica:
F.F. Bruce observa corretamente que a regra que Nicodemos invoca tem base tanto na literatura rabínica quanto no direito romano, demonstrando que a justiça, segundo ambas as tradições, exigia audiência prévia antes de qualquer condenação. Ao usar esse argumento, Nicodemos está mais próximo da justiça do que seus colegas, revelando-se em transição espiritual (BRUCE, O Evangelho de João, p. 165).
📖 João 7.52
“Responderam eles e disseram-lhe: És tu também da Galileia? Examina e vê que da Galileia não surgiu profeta.”
⚠️ A resposta desdenhosa dos líderes (gr. Ἐρεύνησον καὶ ἴδε – "Examina e vê") revela dois aspectos importantes:
- Ignorância histórica: Contradizem textos como Isaías 9.1-2 e a história de Jonas (2Rs 14.25), que veio de Gate-Hefer, na Galileia.
- Preconceito regional: Associavam a Galileia com falta de cultura e piedade, tratando-a como terra marginal (cf. Jo 1.46).
📚 Craig Keener, em seu comentário, ressalta que o preconceito contra a Galileia era tão intenso que os próprios fariseus viam os galileus como ignorantes da Lei e desprezíveis (KEENER, The Gospel of John, vol. 1, p. 728).
🧠 Conexões Bíblicas e Teológicas
- Justiça divina vs. justiça humana: A postura de Nicodemos ecoa os princípios de mishpat (justiça) e tzedaqah (retidão), pilares da ética do Antigo Testamento (Mq 6.8; Pv 21.3).
- Coragem espiritual em crescimento: Nicodemos está saindo da escuridão para a luz (Jo 3.2 → Jo 7.50 → Jo 19.39). Sua trajetória ilustra o lento progresso da fé diante da hostilidade religiosa.
- Preconceito e cegueira espiritual: A resposta dos líderes mostra que a resistência a Jesus era menos racional e mais ideológica, fruto de orgulho e rejeição ao agir divino fora dos padrões esperados (cf. Mt 23.23-28).
🧩 Aplicação Pessoal
- Defesa da verdade, mesmo em minoria: Como Nicodemos, muitas vezes o justo se encontra em posição solitária, mas deve agir com integridade (Pv 31.8-9).
- Conhecimento verdadeiro exige escuta justa: Antes de julgar pessoas ou ideias, é necessário ouvir com discernimento, buscando compreender com justiça (Tg 1.19).
- Crescimento espiritual é um processo: A jornada de Nicodemos ensina que o discipulado pode começar em segredo, mas deve crescer em coragem e compromisso.
📊 Tabela Expositiva
Versículo
Palavra-Chave (Grego)
Conceito Teológico
Implicação Prática
João 7.51
ἀκούσῃ (akousē)
Justiça processual e escuta ativa
Ouvir antes de julgar
João 7.51
γινώσκῃ (ginōskē)
Conhecimento pessoal e justo
Buscar entendimento, não suposições
João 7.52
Ἐρεύνησον καὶ ἴδε
Investigação superficial
Preconceito e ignorância teológica
—
Nicodemos
Coragem em crescimento
Defenda a verdade mesmo entre opositores
📚 Referências Acadêmicas
- BRUCE, F. F. O Evangelho de João: Introdução, Exposição e Comentário. São Paulo: Vida Nova, 1987.
- KEENER, Craig S. The Gospel of John: A Commentary, vol. 1. Grand Rapids: Baker Academic, 2003.
- BEASLEY-MURRAY, G. R. John (Word Biblical Commentary, vol. 36). Nashville: Thomas Nelson, 1999.
- CARSON, D. A. O Comentário de João. São Paulo: Shedd Publicações, 2021.
A postura de Nicodemos e o julgamento injusto de Jesus
🔍 Análise Exegética e Teológica
📖 João 7.50-51
“Nicodemos, um deles (que antes fora ter com Jesus), disse-lhes: Porventura condena a nossa lei um homem sem primeiro o ouvir e saber o que faz?”
✳️ Palavra-chave grega:
- ἀκούσῃ (akousē) – “ouvir” (v.51): verbo no subjuntivo aoristo ativo de akouō, denotando uma escuta atenta e cuidadosa, usada com frequência para descrever ouvir com discernimento ou entendimento espiritual (cf. Mc 4.9).
- γινώσκῃ (ginōskē) – “saber” (v.51): verbo no subjuntivo presente ativo de ginōskō, que implica conhecimento progressivo e pessoal. Nicodemos pede que se conheça os atos de Jesus por meio de uma análise justa e não de boatos ou preconceitos.
🔎 Nicodemos, membro do Sinédrio (gr. Συνέδριον), o supremo tribunal religioso dos judeus, apela ao devido processo legal da Lei Mosaica (cf. Dt 1.16-17; 17.4; Êx 23.1-2). Sua fala não é necessariamente uma confissão de fé plena, mas uma defesa velada de Jesus diante de um tribunal hostil.
🧠 Referência Acadêmica:
F.F. Bruce observa corretamente que a regra que Nicodemos invoca tem base tanto na literatura rabínica quanto no direito romano, demonstrando que a justiça, segundo ambas as tradições, exigia audiência prévia antes de qualquer condenação. Ao usar esse argumento, Nicodemos está mais próximo da justiça do que seus colegas, revelando-se em transição espiritual (BRUCE, O Evangelho de João, p. 165).
📖 João 7.52
“Responderam eles e disseram-lhe: És tu também da Galileia? Examina e vê que da Galileia não surgiu profeta.”
⚠️ A resposta desdenhosa dos líderes (gr. Ἐρεύνησον καὶ ἴδε – "Examina e vê") revela dois aspectos importantes:
- Ignorância histórica: Contradizem textos como Isaías 9.1-2 e a história de Jonas (2Rs 14.25), que veio de Gate-Hefer, na Galileia.
- Preconceito regional: Associavam a Galileia com falta de cultura e piedade, tratando-a como terra marginal (cf. Jo 1.46).
📚 Craig Keener, em seu comentário, ressalta que o preconceito contra a Galileia era tão intenso que os próprios fariseus viam os galileus como ignorantes da Lei e desprezíveis (KEENER, The Gospel of John, vol. 1, p. 728).
🧠 Conexões Bíblicas e Teológicas
- Justiça divina vs. justiça humana: A postura de Nicodemos ecoa os princípios de mishpat (justiça) e tzedaqah (retidão), pilares da ética do Antigo Testamento (Mq 6.8; Pv 21.3).
- Coragem espiritual em crescimento: Nicodemos está saindo da escuridão para a luz (Jo 3.2 → Jo 7.50 → Jo 19.39). Sua trajetória ilustra o lento progresso da fé diante da hostilidade religiosa.
- Preconceito e cegueira espiritual: A resposta dos líderes mostra que a resistência a Jesus era menos racional e mais ideológica, fruto de orgulho e rejeição ao agir divino fora dos padrões esperados (cf. Mt 23.23-28).
🧩 Aplicação Pessoal
- Defesa da verdade, mesmo em minoria: Como Nicodemos, muitas vezes o justo se encontra em posição solitária, mas deve agir com integridade (Pv 31.8-9).
- Conhecimento verdadeiro exige escuta justa: Antes de julgar pessoas ou ideias, é necessário ouvir com discernimento, buscando compreender com justiça (Tg 1.19).
- Crescimento espiritual é um processo: A jornada de Nicodemos ensina que o discipulado pode começar em segredo, mas deve crescer em coragem e compromisso.
📊 Tabela Expositiva
Versículo | Palavra-Chave (Grego) | Conceito Teológico | Implicação Prática |
João 7.51 | ἀκούσῃ (akousē) | Justiça processual e escuta ativa | Ouvir antes de julgar |
João 7.51 | γινώσκῃ (ginōskē) | Conhecimento pessoal e justo | Buscar entendimento, não suposições |
João 7.52 | Ἐρεύνησον καὶ ἴδε | Investigação superficial | Preconceito e ignorância teológica |
— | Nicodemos | Coragem em crescimento | Defenda a verdade mesmo entre opositores |
📚 Referências Acadêmicas
- BRUCE, F. F. O Evangelho de João: Introdução, Exposição e Comentário. São Paulo: Vida Nova, 1987.
- KEENER, Craig S. The Gospel of John: A Commentary, vol. 1. Grand Rapids: Baker Academic, 2003.
- BEASLEY-MURRAY, G. R. John (Word Biblical Commentary, vol. 36). Nashville: Thomas Nelson, 1999.
- CARSON, D. A. O Comentário de João. São Paulo: Shedd Publicações, 2021.
3.3. Nicodemos leva especiarias para ungir o corpo de Jesus. No último registro sobre Nicodemos no Evangelho de João, vemos que ele participou, junto com José de Arimateia, da preparação do corpo de Jesus e de Seu sepultamento. Nicodemos levou uma grande quantidade de especiarias para ungir o corpo de Jesus: “E foi também Nicodemos (aquele que, anteriormente, se dirigira de noite a Jesus), levando quase cem libras de um composto de mirra e aloés”, Jo 19.39.
F.F. Bruce (1987, pp. 324-325): “Mes-mo que esta mistura de aloés e mirra não fosse um unguento tão caro como o ‘nardo puro’ de Maria de Betânia (12.3-5), uma quantidade tão grande deve ter representado uma despesa que somente um homem excepcionalmente rico podia fazer. Entretanto, por que razão foi trazida uma quantidade tão grande de substância aromáticas para sepultar um homem? Não ficaríamos surpresos se todo este preparo fosse um sepultamento real mas, aos olhos de Nicodemos, e provavelmente também de José, o sepultamento de Jesus tinha tal natureza. Para eles, Jesus era verdadeiramente o que a inscrição na cruz proclamara através de zombaria – O Rei dos Judeus”.
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
(Nicodemos leva especiarias para ungir Jesus)
Versículo-chave: “E foi também Nicodemos (aquele que anteriormente se dirigira de noite a Jesus), levando quase cem libras de um composto de mirra e aloés.” – João 19.39
🔍 1. Contexto Teológico e Narrativo
Este é o último relato bíblico a respeito de Nicodemos, agora não mais um inquiridor noturno (Jo 3.1-21), mas um discípulo corajoso que se expõe publicamente ao lado de José de Arimateia para honrar Jesus após Sua crucificação. Este ato revela um amadurecimento espiritual e uma conversão silenciosa, porém visível, de Nicodemos.
O texto destaca duas coisas essenciais:
- A generosidade (quase 33 kg de especiarias) como demonstração de devoção.
- A coragem de associar-se a Jesus após Sua morte vergonhosa na cruz.
📖 2. Análise das Palavras Gregas
- Νικόδημος (Nikódēmos) – “Conquistador do povo”, símbolo do fariseu que, mesmo pertencendo à elite religiosa, reconheceu em Jesus algo divino.
- ἐλθὼν νυκτὸς (elthōn nyktos) – “que antes viera de noite”: João relembra sua antiga cautela. A gramática aorista indica que esse ato agora é pontual e ousado.
- μίγματος σμύρνης καὶ ἀλόης (mígmastos smýrnēs kai aloēs) – “mistura de mirra e aloés”:
- Σμύρνα (mirra): resina aromática, usada para embalsamar e também como presente régio (cf. Mt 2.11).
- Ἄλοη (aloés): planta amarga e aromática, provavelmente o sândalo do Oriente, também usada em sepultamentos reais (cf. Sl 45.8).
- λιτρὰς ἑκατόν (litra hekaton): unidade romana de peso; 100 libras ≈ 32,7 kg. Uma quantidade muito superior à usual (cf. At 5.6-10), indicando honra e realeza.
📚 3. Apoio Acadêmico
- F. F. Bruce (1987, p. 324-325): Destaca que a quantidade de especiarias era digna de um sepultamento real, refletindo a visão messiânica de Nicodemos. A referência à inscrição da cruz (Jo 19.19) como "Rei dos Judeus" é interpretada por ele não como ironia, mas como verdade aceita por Nicodemos e José de Arimateia.
- D. A. Carson (1991, p. 629): Argumenta que esta quantidade de especiarias aponta para uma veneração messiânica, evidência de que Nicodemos creu verdadeiramente em Jesus como Rei e Salvador, mesmo diante da aparente derrota da cruz.
- Raymond E. Brown (1970, vol. 2, p. 956): Observa que João é o único evangelista que inclui Nicodemos nesse relato, o que reforça o papel dele como discípulo em crescimento.
🙋♂️ 4. Aplicação Pessoal
- De discípulo tímido a discípulo ousado: Nicodemos começou como alguém que buscava Jesus às escondidas, mas agora O honra publicamente, mesmo após a morte. Isso nos ensina que o discipulado é um processo progressivo, que exige decisões corajosas com o tempo.
- Honrar a Cristo além da aparência de derrota: Nicodemos creu mesmo quando Jesus parecia vencido. Isso nos desafia a seguir e honrar Cristo mesmo quando o mundo zomba ou despreza nossa fé.
- Adoração custosa: A oferta de quase 33 kg de especiarias não foi apenas generosa, mas um ato de adoração sacrificial, semelhante ao nardo de Maria (Jo 12.3). Seguidores verdadeiros entregam o que têm de melhor.
📊 Tabela Expositiva: João 19.39 – Nicodemos e a Honra ao Rei
Elemento
Descrição
Aplicação
Personagem
Nicodemos, fariseu e membro do Sinédrio
Discípulo que amadurece e se torna ousado
Ato
Leva cerca de 33 kg de mirra e aloés para embalsamar Jesus
Honra a Cristo com generosidade e coragem
Significado
Sepultamento digno de um rei
Reconhecimento messiânico de Jesus
Palavras gregas
σμύρνα (mirra), ἄλοη (aloés), λίτρα (libra)
Símbolos de adoração, embalsamamento e realeza
Paralelo bíblico
Maria de Betânia ungiu Jesus com nardo (Jo 12.3)
Adoração antecipada e costosa
Mensagem teológica
Mesmo após a cruz, Jesus é o Rei digno de honra
Fidelidade não depende de circunstâncias favoráveis
🧠 Conclusão
O último ato de Nicodemos registrado em João 19.39 revela o desfecho de um processo de conversão e amadurecimento espiritual. Sua generosidade, ousadia e reconhecimento de que Jesus era digno de um sepultamento real evidenciam uma fé genuína e transformadora. Somos desafiados a honrar a Cristo com nossas atitudes, independentemente das pressões sociais, e a crescer no discipulado até que nossa fé se manifeste em obras visíveis e custosas.
(Nicodemos leva especiarias para ungir Jesus)
Versículo-chave: “E foi também Nicodemos (aquele que anteriormente se dirigira de noite a Jesus), levando quase cem libras de um composto de mirra e aloés.” – João 19.39
🔍 1. Contexto Teológico e Narrativo
Este é o último relato bíblico a respeito de Nicodemos, agora não mais um inquiridor noturno (Jo 3.1-21), mas um discípulo corajoso que se expõe publicamente ao lado de José de Arimateia para honrar Jesus após Sua crucificação. Este ato revela um amadurecimento espiritual e uma conversão silenciosa, porém visível, de Nicodemos.
O texto destaca duas coisas essenciais:
- A generosidade (quase 33 kg de especiarias) como demonstração de devoção.
- A coragem de associar-se a Jesus após Sua morte vergonhosa na cruz.
📖 2. Análise das Palavras Gregas
- Νικόδημος (Nikódēmos) – “Conquistador do povo”, símbolo do fariseu que, mesmo pertencendo à elite religiosa, reconheceu em Jesus algo divino.
- ἐλθὼν νυκτὸς (elthōn nyktos) – “que antes viera de noite”: João relembra sua antiga cautela. A gramática aorista indica que esse ato agora é pontual e ousado.
- μίγματος σμύρνης καὶ ἀλόης (mígmastos smýrnēs kai aloēs) – “mistura de mirra e aloés”:
- Σμύρνα (mirra): resina aromática, usada para embalsamar e também como presente régio (cf. Mt 2.11).
- Ἄλοη (aloés): planta amarga e aromática, provavelmente o sândalo do Oriente, também usada em sepultamentos reais (cf. Sl 45.8).
- λιτρὰς ἑκατόν (litra hekaton): unidade romana de peso; 100 libras ≈ 32,7 kg. Uma quantidade muito superior à usual (cf. At 5.6-10), indicando honra e realeza.
📚 3. Apoio Acadêmico
- F. F. Bruce (1987, p. 324-325): Destaca que a quantidade de especiarias era digna de um sepultamento real, refletindo a visão messiânica de Nicodemos. A referência à inscrição da cruz (Jo 19.19) como "Rei dos Judeus" é interpretada por ele não como ironia, mas como verdade aceita por Nicodemos e José de Arimateia.
- D. A. Carson (1991, p. 629): Argumenta que esta quantidade de especiarias aponta para uma veneração messiânica, evidência de que Nicodemos creu verdadeiramente em Jesus como Rei e Salvador, mesmo diante da aparente derrota da cruz.
- Raymond E. Brown (1970, vol. 2, p. 956): Observa que João é o único evangelista que inclui Nicodemos nesse relato, o que reforça o papel dele como discípulo em crescimento.
🙋♂️ 4. Aplicação Pessoal
- De discípulo tímido a discípulo ousado: Nicodemos começou como alguém que buscava Jesus às escondidas, mas agora O honra publicamente, mesmo após a morte. Isso nos ensina que o discipulado é um processo progressivo, que exige decisões corajosas com o tempo.
- Honrar a Cristo além da aparência de derrota: Nicodemos creu mesmo quando Jesus parecia vencido. Isso nos desafia a seguir e honrar Cristo mesmo quando o mundo zomba ou despreza nossa fé.
- Adoração custosa: A oferta de quase 33 kg de especiarias não foi apenas generosa, mas um ato de adoração sacrificial, semelhante ao nardo de Maria (Jo 12.3). Seguidores verdadeiros entregam o que têm de melhor.
📊 Tabela Expositiva: João 19.39 – Nicodemos e a Honra ao Rei
Elemento | Descrição | Aplicação |
Personagem | Nicodemos, fariseu e membro do Sinédrio | Discípulo que amadurece e se torna ousado |
Ato | Leva cerca de 33 kg de mirra e aloés para embalsamar Jesus | Honra a Cristo com generosidade e coragem |
Significado | Sepultamento digno de um rei | Reconhecimento messiânico de Jesus |
Palavras gregas | σμύρνα (mirra), ἄλοη (aloés), λίτρα (libra) | Símbolos de adoração, embalsamamento e realeza |
Paralelo bíblico | Maria de Betânia ungiu Jesus com nardo (Jo 12.3) | Adoração antecipada e costosa |
Mensagem teológica | Mesmo após a cruz, Jesus é o Rei digno de honra | Fidelidade não depende de circunstâncias favoráveis |
🧠 Conclusão
O último ato de Nicodemos registrado em João 19.39 revela o desfecho de um processo de conversão e amadurecimento espiritual. Sua generosidade, ousadia e reconhecimento de que Jesus era digno de um sepultamento real evidenciam uma fé genuína e transformadora. Somos desafiados a honrar a Cristo com nossas atitudes, independentemente das pressões sociais, e a crescer no discipulado até que nossa fé se manifeste em obras visíveis e custosas.
EU ENSINEI QUE:
Nicodemos rompeu com o preconceito dos fariseus ao reconhecer Jesus como Mestre.
CONCLUSÃO
Concluímos que, porque todos pecaram (Rm 3.23), todos precisam se submeter à condição estabelecida por Deus para entrar em Seu Reino: o novo nascimento. Essa experiência é resultado da ação do Espírito Santo e da Palavra de Deus na vida daquele que crê em Jesus Cristo e se arrepende de seus pecados (At 2.38; 3.19), resultando em um viver como nova criatura em Cristo (2Co 5.17).
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
Conclusão: O Novo Nascimento – A Porta de Entrada ao Reino de Deus
"Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus" (Rm 3.23)
A palavra "pecaram" no grego é ἥμαρτον (hēmarton), forma do verbo hamartanō, que significa “errar o alvo” — um conceito que remonta à falha universal da humanidade em viver conforme o padrão de justiça divina. Paulo não deixa espaço para exceções: todos, sem distinção de classe, cultura ou religião, estão destituídos (ὑστεροῦνται – hysteroûntai) da glória de Deus, ou seja, privados de comunhão com o Criador e incapazes de refletir plenamente Sua santidade.
"Importa-vos nascer de novo" (Jo 3.7)
Jesus afirma a Nicodemos: δεῖ ὑμᾶς γεννηθῆναι ἄνωθεν (dei hymas gennēthēnai anōthen) — “vos é necessário nascer do alto”. O termo ἄνωθεν (anōthen) pode significar tanto “de novo” quanto “do alto”. A maioria dos estudiosos, como D. A. Carson (1991, The Gospel According to John), interpreta esse termo como um nascimento do alto, isto é, da parte de Deus, destacando a natureza sobrenatural da regeneração.
A regeneração é obra do Espírito e da Palavra
Pedro escreve que somos regenerados “não de semente corruptível, mas da incorruptível, pela palavra de Deus” (1Pe 1.23). Já Jesus diz que “o que é nascido do Espírito, espírito é” (Jo 3.6). Isso implica numa transformação interior operada pelo Espírito Santo (πνεῦμα – pneuma) e pela Palavra (λόγος – logos). O novo nascimento não é mera mudança de comportamento, mas uma nova existência em Cristo (cf. Ef 2.1-5).
O arrependimento: porta de entrada (At 2.38; 3.19)
No chamado ao arrependimento (μετανοέω – metanoeō), há a ideia de mudança de mente e direção. O Espírito conduz o pecador ao reconhecimento de sua culpa, à fé em Cristo e à conversão. John Stott (1986, A Cruz de Cristo) afirma que “o arrependimento é a resposta apropriada à graça de Deus manifestada na cruz”.
Nova criatura: transformação integral (2Co 5.17)
Paulo declara que, em Cristo, somos uma καινὴ κτίσις (kainē ktisis) — “nova criação”. Não se trata apenas de reformar o velho homem, mas de criação radicalmente nova. Anthony A. Hoekema (1986, Saved by Grace) defende que a regeneração afeta todas as dimensões do ser: o intelecto, a vontade, as emoções e o corpo.
🙋♂️ APLICAÇÃO PESSOAL
O novo nascimento é a experiência que revoluciona completamente a existência humana. Nicodemos, religioso e mestre da lei, teve de ouvir que seu currículo espiritual não bastava — ele precisava nascer de novo. Isso nos ensina que nenhuma tradição, ritual ou mérito humano pode substituir a obra transformadora de Deus.
Quem nasce do Espírito passa a viver com novos desejos, novo propósito e uma nova identidade. A regeneração nos impulsiona a uma vida de santidade, serviço e comunhão com Deus e com o próximo. Como nova criatura, o crente não apenas "acredita" em Jesus, mas vive em Jesus.
📊 TABELA EXPOSITIVA
Aspecto
Descrição Bíblica
Termo Grego
Implicações Teológicas
Universalidade do pecado
Rm 3.23
ἥμαρτον (hēmarton)
Todos precisam da salvação
Novo nascimento
Jo 3.3-7
γεννηθῆναι ἄνωθεν
Nascimento espiritual vindo do alto
Obra do Espírito e Palavra
Jo 3.5; 1Pe 1.23
πνεῦμα / λόγος
Transformação interior operada por Deus
Arrependimento
At 2.38; 3.19
μετανοέω (metanoeō)
Mudança de mente, coração e comportamento
Nova criatura
2Co 5.17
καινὴ κτίσις
Nova identidade e natureza espiritual em Cristo
Conclusão: O Novo Nascimento – A Porta de Entrada ao Reino de Deus
"Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus" (Rm 3.23)
A palavra "pecaram" no grego é ἥμαρτον (hēmarton), forma do verbo hamartanō, que significa “errar o alvo” — um conceito que remonta à falha universal da humanidade em viver conforme o padrão de justiça divina. Paulo não deixa espaço para exceções: todos, sem distinção de classe, cultura ou religião, estão destituídos (ὑστεροῦνται – hysteroûntai) da glória de Deus, ou seja, privados de comunhão com o Criador e incapazes de refletir plenamente Sua santidade.
"Importa-vos nascer de novo" (Jo 3.7)
Jesus afirma a Nicodemos: δεῖ ὑμᾶς γεννηθῆναι ἄνωθεν (dei hymas gennēthēnai anōthen) — “vos é necessário nascer do alto”. O termo ἄνωθεν (anōthen) pode significar tanto “de novo” quanto “do alto”. A maioria dos estudiosos, como D. A. Carson (1991, The Gospel According to John), interpreta esse termo como um nascimento do alto, isto é, da parte de Deus, destacando a natureza sobrenatural da regeneração.
A regeneração é obra do Espírito e da Palavra
Pedro escreve que somos regenerados “não de semente corruptível, mas da incorruptível, pela palavra de Deus” (1Pe 1.23). Já Jesus diz que “o que é nascido do Espírito, espírito é” (Jo 3.6). Isso implica numa transformação interior operada pelo Espírito Santo (πνεῦμα – pneuma) e pela Palavra (λόγος – logos). O novo nascimento não é mera mudança de comportamento, mas uma nova existência em Cristo (cf. Ef 2.1-5).
O arrependimento: porta de entrada (At 2.38; 3.19)
No chamado ao arrependimento (μετανοέω – metanoeō), há a ideia de mudança de mente e direção. O Espírito conduz o pecador ao reconhecimento de sua culpa, à fé em Cristo e à conversão. John Stott (1986, A Cruz de Cristo) afirma que “o arrependimento é a resposta apropriada à graça de Deus manifestada na cruz”.
Nova criatura: transformação integral (2Co 5.17)
Paulo declara que, em Cristo, somos uma καινὴ κτίσις (kainē ktisis) — “nova criação”. Não se trata apenas de reformar o velho homem, mas de criação radicalmente nova. Anthony A. Hoekema (1986, Saved by Grace) defende que a regeneração afeta todas as dimensões do ser: o intelecto, a vontade, as emoções e o corpo.
🙋♂️ APLICAÇÃO PESSOAL
O novo nascimento é a experiência que revoluciona completamente a existência humana. Nicodemos, religioso e mestre da lei, teve de ouvir que seu currículo espiritual não bastava — ele precisava nascer de novo. Isso nos ensina que nenhuma tradição, ritual ou mérito humano pode substituir a obra transformadora de Deus.
Quem nasce do Espírito passa a viver com novos desejos, novo propósito e uma nova identidade. A regeneração nos impulsiona a uma vida de santidade, serviço e comunhão com Deus e com o próximo. Como nova criatura, o crente não apenas "acredita" em Jesus, mas vive em Jesus.
📊 TABELA EXPOSITIVA
Aspecto | Descrição Bíblica | Termo Grego | Implicações Teológicas |
Universalidade do pecado | Rm 3.23 | ἥμαρτον (hēmarton) | Todos precisam da salvação |
Novo nascimento | Jo 3.3-7 | γεννηθῆναι ἄνωθεν | Nascimento espiritual vindo do alto |
Obra do Espírito e Palavra | Jo 3.5; 1Pe 1.23 | πνεῦμα / λόγος | Transformação interior operada por Deus |
Arrependimento | At 2.38; 3.19 | μετανοέω (metanoeō) | Mudança de mente, coração e comportamento |
Nova criatura | 2Co 5.17 | καινὴ κτίσις | Nova identidade e natureza espiritual em Cristo |
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