HINOS SUGERIDOS 224, 227, 396. TEXTO ÁUREO “Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu”...
HINOS SUGERIDOS 224, 227, 396.
TEXTO ÁUREO
“Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu” (Ec 3.1).
VERDADE PRÁTICA
O tempo e o espaço em que vivermos são limitados, por isso, devemos ser bons despenseiros de Deus nesta vida.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Ec 1.4 A transitoriedade da vida
Terça - Ec 3.11 A eternidade de Deus
Quarta - Ec 9. 11,12 O homem desconhece o tempo
Quinta - Ec 5. 18, 19 A satisfação do trabalho
Sexta - Ec 1. 17, 18 O tempo e o conhecimento
Sábado - Ec 2. 4-11 O trabalho e a prosperidade como vaidades
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Eclesiastes 3.1-8
1 - Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu:
2 - há tempo de nascer e tempo de morrer; tempo de plantar e tempo de arrancar o que se plantou;
3 - tempo de matar e tempo de curar; tempo de derribar e tempo de edificar;
4 - tempo de chorar e tempo de rir; tempo de prantear e tempo de saltar;
5 - tempo de espalhar pedras e tempo de ajuntar pedras; tempo de abraçar e tempo de afastar-se de abraçar;
6 - tempo de buscar e tempo de perder; tempo de guardar e tempo de deitar fora;
7 - tempo de rasgar e tempo de coser; tempo de estar calado e tempo de falar;
8 - tempo de amar e tempo de aborrecer; tempo de guerra e tempo de paz.
INTERAÇÃO
Alguém poderia dizer que o livro de Eclesiastes mais parece uma obra secular que a Palavra de Deus. Mas na verdade ele se apresenta realista. Ali, Salomão apresenta uma perspectiva de desencanto com a vida, se incomoda com a transitoriedade da existência e conclui: tudo na vida é “vaidade", isto é, passageiro. Se partirmos do ponto de vista de que o que Salomão está dizendo encontra-se interligado com o seu histórico de vida encharcado em pecado — ninguém mais do que ele sabia o que era viver uma vida outrora na presença de Deus, mas agora longe dos seus caminhos —, veremos que há apenas uma conclusão que ele poderia chegar: a vida sem Deus é vaidade!
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Conhecer o livro e a mensagem de Eclesiastes.
Explicar a transitoriedade da vida e a eternidade de Deus.
Administrar bem o tempo e as relações interpessoais.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Prezado professor para introduzir a lição desta semana sugerimos que você reproduza o esquema da página seguinte conforme suas possibilidades. Nesta lição, vamos iniciar o estudo do livro de Eclesiastes e, para isto, é imprescindível começarmos o estudo a partir de uma visão panorâmica de todo o livro. O esboço de Eclesiastes permite conhecer, de maneira panorâmica, seu conteúdo de uma só vez. Portanto, antes de iniciar a aula leia e analise o esboço juntamente com a classe.
PALAVRA-CHAVE Tempo; Duração relativa das coisas que cria no ser humano a ideia de passado, presente e futuro; período continuo no qual os eventos se sucedem.
ASSISTA OS 9° VÍDEO PRÉ-AULA PARA A ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL
1º Vídeo Pré-Aula - Dicas da CPAD para que o professor possa dar uma boa aula: O pastor Natalino das Neves ajuda você na preparação da sua aula de Escola Dominical.
2º Vídeo Pré-Aula - Dicas da CPAD para que o professor possa dar uma boa aula: O AD Londrina ajuda você na preparação da sua aula de Escola Dominical.
3º Vídeo Pré-Aula - Dicas da CPAD para que o professor possa dar uma boa aula: O pastor Caramuru ajuda você na preparação da sua aula de Escola Dominical.
4º Vídeo Pré-Aula - Dicas da CPAD para que o professor possa dar uma boa aula: O pastor Fábio Segantin ajuda você na preparação da sua aula de Escola Dominical.
5º Vídeo Pré-Aula - Dicas da CPAD para que o professor possa dar uma boa aula: O pastor da CPAD ajuda você na preparação da sua aula de Escola Dominical.
6º Vídeo Pré-Aula - Dicas da CPAD para que o professor possa dar uma boa aula: O AD Linhares ajuda você na preparação da sua aula de Escola Dominical.
7º Vídeo Pré-Aula - Dicas da CPAD para que o professor possa dar uma boa aula: O TV Escola Dominical ajuda você na preparação da sua aula de Escola Dominical.
8º Vídeo Pré-Aula - Dicas da CPAD para que o professor possa dar uma boa aula: O EBD Fora da Caixa ajuda você na preparação da sua aula de Escola Dominical.
9º Vídeo Extra Pré-Aula - Dicas da CPAD para que o professor possa dar uma boa aula: Silvio Silva ajudará você na preparação da sua aula de Escola Dominical.
LIÇÃO Nº 9 – O TEMPO PARA TODAS AS COISAS
Através do tempo, aprendemos as limitações humanas e a nossa dependência de Deus.
INTRODUÇÃO
- No início do estudo sobre o livro de Eclesiastes, analisaremos a questão do tempo.
- Através do tempo, aprendemos as limitações humanas e a nossa dependência de Deus.
I – A VIDA DEBAIXO DO SOL
- Damos início ao segundo bloco de nosso trimestre, em que iremos estudar o livro de Eclesiastes, cujas características e estrutura já tivemos ocasião de estudar na lição 1 deste trimestre.
- Eclesiastes é o livro da velhice de Salomão, o livro em que o sábio rei de Israel faz uma reflexão a respeito da “vida debaixo do sol”, ou seja, da vida sobre a face da Terra, depois de ter tido uma existência em que pôde desfrutar de tudo quanto o mundo terrenal pode oferecer: prazeres, riquezas, fama e poder.
- O pregador (que é o significado da palavra grega “Eclesiastes” e também do nome hebraico do livro, “Qohelét”), que é “o filho de Davi, rei em Jerusalém”, expressão que só pode se referir a Salomão, o único filho de Davi que reinou em Jerusalém, começa o seu livro afirmando com toda a convicção: “vaidade de vaidades! Diz o pregador, vaidade de vaidades! Tudo é vaidade” (Ec.1:2).
- A palavra hebraica aqui utilizada, ou seja, “hebel” (חבל) tem o significado de “aquilo que é vazio; aquilo que é vão; vapor; sopro”, ou seja, algo “sem sentido”, algo “transitório”, algo temporário, que não deixa vestígio, como é o vapor que sai de uma chaleira com água fervendo, que se perde no ar e não deixa qualquer rastro.
- Logo em sua primeira exclamação, o pregador, que vai se dedicar neste livro a falar a respeito da “vida debaixo do sol” (Ec.1:3), mostra-nos que, após uma grande reflexão, chegou a uma conclusão: a de que a “vida debaixo do sol”, em sua dimensão terrena, não tem sentido algum, nada deixa de rastro, é algo absolutamente passageiro e sem valor.
- De pronto, ao chamar de “vaidade de vaidades” tudo o que existe, por si só, na vida debaixo do sol, o pregador está a nos mostrar uma realidade que é, inclusive, o objeto de nossa lição: a transitoriedade da vida terrena, a sua submissão ao tempo.
- O tempo é uma das “travas”, dos “limites” que o Senhor impôs para a vida terrena, para a vida debaixo do sol. Logo no limiar da narrativa da criação, percebemos que tudo foi feito sob o domínio do tempo: ‘No princípio, criou Deus os céus e a terra” (Gn.1:1). A criação teve “um princípio”, “um começo”, ou seja, tudo ficou preso ao tempo.
- Como se não bastasse isso, a própria existência humana ficou limitada pelo tempo, em virtude do pecado. Se o plano divino é que o homem tivesse um início, como toda criatura, mas não tivesse fim, podendo ter uma vida indefinida mediante o acesso pleno e irrestrito à árvore da vida (cf. Gn.3:22), com a entrada do pecado, esta existência perene foi interrompida, na vida debaixo do sol, impondo-se-lhe a morte física (Gn.3:19).
OBS: Pela sua biblicidade, reproduzimos aqui o que diz o Catecismo da Igreja Romana a respeito do estado do homem antes do pecado: “Pela irradiação desta graça, todas as dimensões da vida do homem eram fortalecidas. Enquanto permanecesse na intimidade divina, o homem não devia nem morrer nem sofrer. A harmonia interior da pessoa humana, a harmonia entre o homem e a mulher e, finalmente, a harmonia entre o primeiro casal e toda a criação constituíam o estado denominado "justiça original".” (§ 376 CIC).
Lição 9: O tempo para todas as coisas
1º de dezembro de
2013
TEXTO ÁUREO
“Tudo tem o seu tempo determinado, e
há tempo para todo o propósito debaixo do céu” (Ec 3.1). Se a retribuição falha como uma explicação, talvez
exista alguma ordem cósmica e mística que conceda significado à vida, pois cada
coisa tem seu próprio tempo e ciclo.
VERDADE PRÁTICA
O tempo e o espaço em que vivemos são
limitados, por isso, devemos ser bons despenseiros de Deus nesta vida.
LEITURA BÍBLICA EM
CLASSE
Eclesiastes 3.1-8.
1 - Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo
para todo o propósito debaixo do céu:
2 - há tempo de nascer e tempo de morrer; tempo de
plantar e tempo de arrancar o que se plantou;
3 - tempo de matar e tempo de curar; tempo de
derribar e tempo de edificar;
4 - tempo de chorar e tempo de rir; tempo de
prantear e tempo de saltar;
5 - tempo de espalhar pedras e tempo de ajuntar
pedras; tempo de abraçar e tempo de afastar-se de abraçar;
6 - tempo de buscar e tempo de perder; tempo de
guardar e tempo de deitar fora;
7 - tempo de rasgar e tempo de coser; tempo de
estar calado e tempo de falar;
8 - tempo de amar e tempo de aborrecer; tempo de
guerra e tempo de paz.
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
• Conhecer o livro e a mensagem de Eclesiastes;
• Explicar a transitoriedade da vida e a eternidade de
Deus, e
• Administrar bem o tempo e as relações interpessoais.
PALAVRA-CHAVE
Tempo: Duração relativa das coisas
que cria no ser humano a ideia de presente, passado e futuro; período contínuo
no qual os eventos se sucedem.
COMENTÁRIO
introdução
Muitos filósofos
denominam os nossos dias de “a era do vazio e das incertezas”. Há uma explicação
para isso: a rejeição à tradição bíblica propagada pelo Cristianismo. Podemos
perceber o desencadeamento desse processo na relativização da ética e na total
rejeição à verdade absoluta. Neste ambiente de contradições filosóficas não
existe verdade, e sim “verdades” desprovidas de qualquer sentido. O livro de
Eclesiastes mostra a crise de um homem que vive a falta de harmonia existencial
que hoje presenciamos. Procurando viver intensamente a vida, ele mergulhou num
mundo duvidoso e sensual, para descobrir que a vida sem Deus é um mergulho no
vazio e uma corrida atrás do vento. [Comentário: Com
esta lição, damos início ao segundo bloco de nosso trimestre, estudando o livro
de Eclesiastes, sobre o qual falamos resumidamente na lição 1 deste trimestre.
Escrito na velhice de Salomão, o livro em que o sábio rei de Israel faz uma
reflexão a respeito da “vida debaixo do sol”, ou seja, da vida sobre a face da
Terra, depois de ter tido uma existência em que pôde desfrutar de tudo quanto o
mundo terrenal pode oferecer: prazeres, riquezas, fama e poder. Inicialmente, o
pregador, que vai se dedicar neste livro a falar a respeito da “vida debaixo do
sol” (Ec1.3), mostra-nos que, após uma vida dissoluta, sua conclusão é: a “vida
debaixo do sol”, em sua dimensão terrena, não tem sentido algum, nada deixa de
rastro, é algo absolutamente passageiro e sem valor]. Tenhamos todos uma
excelente e abençoada aula!
I. ECLESIASTES, O LIVRO E A MENSAGEM
1. Datação do livro. Estudos
indicam que o relato dos fatos ocorridos em Eclesiastes podem ser datados por
volta do ano 1000 a.C., período no qual o rei Salomão governava Israel. De
fato, o próprio Eclesiastes diz ser o rei Salomão o autor da obra sagrada (Ec
1.1, cf. v.12). [Comentário: Creditado a Salomão (cerca de 971 a 931 a.C.),
foi escrito em sua velhice - para muitos interpretes de Ecle-siastes, a
linhagem (1.1), o reinado em Jerusalém (1.12), a grande sabedoria (1.16) e a
riqueza inigualável (2.4-9) do autor indicam que Eclesiastes foi escrito por
Salomão, que se autodenominou o “Pregador”. A Bíblia de Jerusalém sustenta que
a atribuição a Salomão não passa de mera ficção literária do autor, a linguagem
do livro, e sua doutrina, permitem concluir que foi escrito após o Exílio na
Babilônia.]. A
palavra hebraica aqui utilizada, ou seja, “hebel” (חבל )
tem o significado de “aquilo que é vazio; aquilo que é vão; vapor; sopro”, ou
seja, algo “sem sentido”, algo “transitório”, algo temporário, que não deixa
vestígio, como é o vapor que sai de uma chaleira com água fervendo, que se
perde no ar e não deixa qualquer rastro.
2. Conhecendo o Pregador. Salomão
identifica-se como o pregador, traduzido do hebraico qoheleth (Ec 1.1,12). A
palavra “pregador” deriva de qahal, expressão que possui o sentido de “reunião”
ou “assembleia”. A Septuaginta (que é a tradução da Bíblia Hebraica para o
grego) traduziu qoheleth pelo seu equivalente grego ekklesia, daí o nome
Eclesiastes: uma referência a alguém que fala, ou discursa, em uma reunião ou
assembleia. O pregador foi Salomão, que já estava velho, mas tinha uma visão
bem realista da vida. Conforme registradas em Eclesiastes, e embora retratem um
período de declínio político, moral e econômico de Israel, suas palavras
apontam para Deus como a única fonte de satisfação, realização e felicidade
humana. [Comentário: O livro
de Eclesiastes faz parte dos livros poéticos e sapienciais do Antigo Testamento
da Bíblia cristã e judaica, vem depois do Livro dos Provérbios e antes de
Cântico dos Cânticos. O Livro tem seu nome emprestado da Septuaginta, e na
Bíblia hebraica é chamado Kohelet (קהלת).
Embora tenha seu significado considerado como incerto, a palavra tem sido
traduzida para o português como pregador. Faz parte dos escritos atribuídos
tradicionalmente ao Rei Salomão, por narrar fatos que coincidiriam com aqueles
de sua vida. O nome Qohellet, ou Eclesiastes deriva do termo hebraico qahal, em
grego ekklesia (assembleia) e significa “aquele que fala a uma assembleia”. O
termo hebraico Qohellet, como aparece na Bíblia hebraica, que significa “o
homem da assembleia” ou “aquele que convoca uma assembleia”, recebendo muitas
vezes a tradução de “Professor” ou “Pregador” em outras versões da Bíblia,
sugere que Cohellet possa ser uma pessoa ou um título; no caso, mestre ou
orador (12.9-10). Nesse livro, busca-se dar uma resposta à pergunta: que
proveito tem o homem no trabalho e na sabedoria? Assim, o trabalho e a
sabedoria constituem os dois temas principais. o início do livro enfatiza a
função de Salomão como aquele que convoca a comunidade da aliança, a fim de
testemunhar e de celebrar a glória do Rei dos céus, que enche seu templo
terrestre (1Rs 8)].
SINOPSE DO TÓPICO
(I)
O nome Eclesiastes é uma referência a
alguém que fala, ou discursa, em uma reunião ou assembleia.
II. DISCERNINDO OS TEMPOS
A palavra "tempo" vem do
latim "tempus", que, por sua vez, vem do grego "temno", que
significa "cortar", "decepar". Daí porque R.N. Champlin
define o tempo como " aquilo que divide o dia em frações"
1. A transitoriedade da vida. Um tema bem
claro em Eclesiastes é o da transitoriedade da vida. Ela é efêmera, passageira.
E Salomão estava consciente disso (Ec 1.4). Sendo a vida tão curta, que
“vantagem tem o homem de todo o seu trabalho, que ele faz debaixo do sol?” (Ec
1.3). Esse é o dilema que Salomão procura responder. A vida é passageira, dura
pouco. Por isso, muitos buscam satisfazer-se de várias formas. Há os que
acham que a sabedoria resolverá o seu problema (Ec 1.16-18; 2.12-16). Outros
buscam preencher a sua alma com os prazeres dessa existência (Ec 2.1-3). Ainda
outros recorrem às riquezas (Ec 2.4-11). E, por último, há aqueles que se
autorrealizam no trabalho (Ec 2.17-23). Tudo é vaidade! O centro da realização
humana não está nessas coisas. [Comentário: As
pessoas nascem e morrem, e o mundo não parece notar. O sol, o vento e os
ribeiros comportam-se exatamente como desde o início, independentemente do
empreendimento humano. O que, então, dá genuíno valor à curta existência
humana? O pregador explica com muita propriedade por que tudo aqui é inútil:
não há nenhum ganho, nenhum proveito, nenhum valor permanente para as pessoas a
partir de seu trabalho nesta vida - debaixo do sol (Ec 1.3). Portanto, o
pregador encontra fraqueza na incapacidade do esforço humano de introduzir uma
mudança duradoura no mundo].
Tendo sido o criador do tempo (Gn.1:14), Deus
é o seu Senhor, pois dele também é o tempo (Sl.24:1). A Bíblia, explicitamente,
assim afirma, como se pode ver em textos como Sl.31:15, onde o salmista afirma
que os seus tempos estão nas mãos do Senhor, ou no Sl.104:27, onde se afirma
que toda a criação aguarda o sustento divino no tempo oportuno, ou ainda, em
At.17:26, que diz que é o Senhor que determina os tempos, que já foram
anteriormente ordenados, como, aliás, lembra Daniel ao interpretar o sonho do
rei Nabucodonosor, quando afirmou que Deus, que tem todo o controle do tempo,
poderia saciar a curiosidade do monarca babilônio com respeito ao futuro (Dn.2:28).
Mas há, também, o tempo oportuno para a ajuda do Senhor, como nos mostra o
escritor aos Hebreus, em Hb.4:16.
2. A eternidade de Deus. Cerca de 40
vezes o Pregador refere-se a Deus no Eclesiastes. Ele o identifica pelo nome
hebraico Elohim, o Deus criador. Isto é proposital, pois Salomão alude com
frequência àquilo que acontece “debaixo do sol” (Ec 1.3,9,14; 2.18). É debaixo
do sol que está a criação; é debaixo do sol que o homem se encontra. Mas o
Pregador tem algo mais a dizer. Ele quer destacar o enorme contraste entre a
criação e o Criador, mais especificamente entre Deus e o Homem. Deus é eterno,
onipotente, autoexistente, enquanto o homem é finito, frágil e transitório. Por
ser mortal, o homem não deve fixar-se apenas nas coisas dessa vida, pois o Deus
Eterno pôs a eternidade em seu coração (Ec 3.11 — ARA). [Comentário: Nos
termos do Pregador, “debaixo do sol” (Ec 1.3,9,14; 2.18), é mais um sinônimo
para “nesta vida” do que para “neste planeta”. Na verdade, o contrastante aqui
é a transitoriedade da vida humana e a eternidade do Criador. Quando Deus criou
o mundo, ele pronunciou que tudo era muito bom (Gn 1.31). Visto que o Pregador
não pode melhorar a ordem da criação, a melhor coisa para o ser humano é
reconhecer isso desfrutando a vida. Se o homem não pode levar consigo o fruto
do seu trabalho e é incerto como seu herdeiro o trataria, este deveria
desfrutar o que tem enquanto está vivo (2.24-25). O gozo que alguém tem como
uma bênção de Deus é um tema secundário importante em Eclesiastes e reaparece
frequentemente. Isso não é álibi para o homem fixar-se apenas nas coisas dessa
vida]. O
homem, antes da queda, vivia no estado que os teólogos e filósofos medievais
denominaram de "aevum", ou seja, um tempo em que há princípio de existência,
mas não final, que é o estado vivido atualmente pelos anjos.
SINOPSE DO TÓPICO
(II)
Nas Escrituras, o tempo se mostra na
transitoriedade da vida e na eternidade de Deus.
III. O TEMPO E AS RELAÇÕES INTERPESSOAIS
1. Na família. O Eclesiastes ensina que
uma das características de nossa vida é a brevidade. Por isso, devemos usufruir
com intensa alegria, juntamente com o nosso cônjuge e filhos, dos bens que o
Senhor nos proporciona (Ec 9.7-9), pois a vida pode rapidamente se acabar.
Nesse capítulo, Salomão refere-se a vários itens que eram usados pelos
israelitas em ocasiões festivas (Am 6.6; Ct 1.3; 2Sm 14.2; Sl 104.15). O que
isso significa? Antes de mais nada, que o nosso lar deve ser uma permanente
ação de graças a Deus por tudo o que Ele nos concede. Nossa casa deve ser um
lugar de celebração. Desfrutemos, pois, as alegrias domésticas em companhia da
esposa amada (Ec 9.9). A metáfora tem uma mensagem bastante atual: a família cristã,
sem recorrer às bebidas alcoólicas e outras coisas inconvenientes e pecaminosas
(Ef 5.18), pode e deve alegrar-se intensamente. A vida do crente não precisa
ser triste. [Comentário: O
Pregador aconselha os seus leitores a terem uma vida em santidade. Nós devemos
viver observando a futilidade e a vaidade de uma vida vivida sem Deus. Muito da
energia que nós gastamos tentando realizar várias tarefas acaba como um “semear
ao vento”, A vida vivida em fidelidade e integridade é a única que tem algum
significado verdadeiro. Por isso, deve o homem contentar-se com aquilo que faz
debaixo do sol, desfrutando do que fizer aqui, reconhecendo que tudo está sob o
controle do Senhor e que tudo vem d’Ele e que, portanto, precisamos estar
submissos à Sua vontade, fazendo tudo dentro do tempo determinado, para que,
então, tenhamos a “nossa porção” nesta vida].
O salmista afirma que fazia a sua
oração num tempo aceitável (Sl.69:13; Is.61:2), o profeta diz que Deus ouviu o
Seu servo no tempo favorável (Is.49:8) e que devemos buscar ao Senhor enquanto
se pode achá-l’O (Is.55:6); o poeta, por sua vez, afirma que o inverno passou,
assim como a chuva cessou e que o tempo de cantar chegou (Ct.2:11,12).
2. No trabalho. O trabalho não deve ser
um fim em si mesmo. Quando ele é o centro de nossa vida transforma-se em fadiga
(Ec 5.16,17). Mas quando deixa de ser um fim em si mesmo, passa a ter real
significado, tornando-se algo prazeroso, não pesado (Ec 5.18). A palavra
traduzida do hebraico samach é “gozar”, evocando regozijo e alegria. Isto significa
que o nosso local de trabalho deve ser um lugar agradável e alegre, fruto das
relações interpessoais sadias. [Comentário: A
Bíblia também].
Esta
realidade do tempo deve ser observada, porque há muito que muitos filósofos e
estudiosos têm defendido a tese de que o tempo é uma ilusão, gente como o
panteísta Baruch Spinoza (1632-1677) ou o pragmático William James(1842-1910).
Esta ideia, aliás, com o advento da teoria da relatividade
SINOPSE DO TÓPICO
(III)
O relacionamento familiar do crente
deve ser intenso, assim como o trabalho deve ser uma atividade prazerosa e
agradável.
IV. ADMINISTRANDO BEM O TEMPO
Nao e fruto dos alquimistas. A busca
de um objeto que transformasse tudo em ouro e em riquezas (a “pedra filosofal”)
bem como de um remédio que curasse toda e qualquer enfermidade e permitisse a
vida eterna (“o elixir da longa vida”) têm sido, ou (fonte da juventude) em
suma, a busca inútil do homem de poder ascender à eternidade sem que precise de
Deus, o Eterno.
1. Evitando a falsa sabedoria e o hedonismo. A busca pelo conhecimento tem sido o alvo do homem através dos séculos.
Salomão também empreendeu essa busca (Ec 1.17,18). Mas quem procura o
conhecimento desperta a consciência em relação ao mundo ao seu redor, e é
tomado por um sentimento de impotência por saber da própria incapacidade de
melhorar a natureza das coisas. Nesse aspecto, a busca do conhecimento, como o
objeto de realização pessoal, pode conduzir à frustração. Semelhantemente, a
busca por prazer, por si só, configura uma prática hedonista e contrária a Deus
(Ec 2.1-3). Muitos são os que buscam a satisfação no álcool, drogas, sexo, etc.
Tudo terminará num sentimento de vazio e frustração. Quem beber dessa água
tornará a ter sede (Jo 4.13). Somente o Evangelho de Cristo pode satisfazer
plenamente o ser humano. [Comentário: Hedonismo é a tendência de buscar o prazer
imediato, individual, como única e possível forma de vida moral, evitando tudo
o que possa ser desagradável. O contrário do Hedonismo é a Anedonia, que é a
perda da capacidade de sentir prazer, próprio dos estados gravemente
depressivos. O termo Hedonismo vem do grego hedoné, que significa prazer.
Doutrina que considera que o prazer individual e imediato é o único bem possível,
princípio e fim da vida moral. A teoria socrática do bom e do útil, da
prudência, etc, quando entendida pela índole voluptuosa de Aristipo, leva ao
hedonismo, onde toda a bem-aventurança humana se resolve no prazer. Tudo tem
seu tempo determinado. Não há nada para o acaso, para o talvez. O fracasso de
muitos, na busca do prazer e do sucesso, consiste no fato de que há
transigências, modos de entender as coisas ou de pretender entendê-las. Temos
feito sentir haver para tudo um meio-termo. Os extremos são perigosos. O homem
culto é aquele que sabe aproveitar-se de todas as oportunidades, para a
riqueza, para o prazer, para a Inteligência, construindo um todo harmônico. A
harmonia da vida é tudo, e até a natureza nos, ensina isso, que veio das mãos do
Criador. A falta de discernimento, a impaciência em colher os frutos do labor
logo se apresentam ao homem depois de um dia afanoso de trabalho (pode ser
anos), e, em faltando-lhe o raciocínio e a calma ponderante para uma análise
fria e segura do que fez e esperou, atiçado pela dúvida, indaga: "Terei eu
chegado a realizar o meu ideal? Terei eu corrido atrás do vento? ou semeado
para outros colherem?" Aqui é que a sabedoria mostra a sua superioridade à
estultícia. O sábio espera e raciocina; o estulto se atira a qualquer solução,
e resolve que tudo é vaidade, que não adianta ser laborioso, trabalhador, pois
os estultos aí estão na sua frente, vistosos, deslumbrados, enquanto ele, o
sábio, vai ficando para trás. Daí a pergunta: De que vale a diligência, o labor
fecundo, o dia-a-dia no campo da observação e do trabalho? Quantos naufragam
porque não tiveram tempo para esperar, pois o tempo de segar ainda não tinha
chegado (v. 2). Não apenas esse fracasso mas a ideia de que breve chega a
morte, e tudo quanto fez para quem vai ficar? Se não houver aquele senso,
"basta a cada dia o seu mal", o homem desespera e se acaba. Existe
certa dificuldade que poderíamos chamar de paradoxo referente à sabedoria.
Sabedoria significa olhar para a frente e para cima; mas o tolo olha para baixo
e quer comer agora o que ontem plantou. Não tem o Instinto da formiga; é como
se diz do gafanhoto, que só quer devorar as plantas e nada mais. Então a
diferença entre o sábio e o insensato é esta: um sabe esperar, e o outro,
desesperar.].
2. Evitando a falsa prosperidade e o ativismo. Em Eclesiastes 2.4-11, Salomão desconstrói a ilusão daqueles que buscam,
nos bens terrenos, a razão fundamental para a vida. A falsa prosperidade leva o
homem a correr desenfreadamente para acumular riquezas, alcançar elevadas
posições na sociedade e obter notoriedade e fama. Tudo isso, conclui o sábio, é
correr atrás do vento. Por outro lado, e não menos danoso, é a prática de um
ativismo impiedoso, que pode estar nas esferas da profissão ou de qualquer
outra prática (Ec 2.17-23). Isso também é correr atrás do vento. O trabalho,
quando empreendido racionalmente, não nos desumaniza, mas nos faz crescer como
pessoas. [Comentário: Deus
tem um plano eterno que inclui os propósitos e atividades de toda pessoa na
terra. O crente deve entregar-se a Deus como sacrifício vivo, deixar que o
Espírito Santo leve a efeito o plano de Deus em sua vida e ter cuidado para não
se afastar da vontade de Deus, e assim perder a oportunidade quanto ao
propósito divino para a sua vida (ver Rm 12.1,2 .s). O dilema entre a sabedoria
e a loucura é de difícil resolução. O homem natural está desprovido dos
apetrechos necessários a uma boa solução. Não tem a sabedoria que vem do alto
(I Cor. 2:7) e vale-se apenas da sabedoria aqui embaixo. Sem aquela sabedoria é
difícil encontrar o caminho a seguir, uma inteligência natural para saber que
hoje é hoje e amanhã é amanhã. A confusão resulta em muitas dores e fracassos.
A incredulidade na providência divina e nos seus desígnios para a vida humana
faz do homem um tolo, um incapaz de conjugar os seus problemas e procurar no
seu intrincado o que lhe deve interessar. O xadrez com tantas pedrinhas a serem
jogadas, torna muito difícil uma solução tantas vezes. Pedras pretas e brancas:
quais as que servem? Se deixássemos a tarefa ao Criador, àquele que sabe
distinguir o certo do errado, então teríamos muitas soluções sábias; quantas
vezes, porém, nos esquecemos dessa existência!]. A expressão “aflição” aqui se
baseia na palavra hebraica “r`wuth” (רעןת ), cujo
significado é de “esforço vão; aflição; opressão”., ou seja, um empenho, um
esforço que causa cansaço e grande atarefamento mas que não traz resultado
algum.
SINOPSE DO TÓPICO
(IV)
Para administrarmos bem o nosso tempo
devemos começar por evitar a falsa sabedoria, o hedonismo, a falsa prosperidade
e o ativismo. Estes roubam-nos o tempo.
CONCLUSÃO
Vimos que há um
tempo para todas as coisas! Esse tempo é extremamente precioso para ser
desperdiçado! Por conta da transitoriedade da nossa existência, devemos saber
usar bem o nosso tempo, seja buscando conhecimento, seja desfrutando da
companhia de nossos familiares e, principalmente, servindo ao Senhor. Somente
Deus é eterno e somente Ele deve ser o centro de nossa busca. [Comentário: No
dia-a-dia, precisamos ter a disponibilidade interior de valorizar as atividades
que realizamos e as que outras pessoas realizam por nós. Se o trabalho de um
gari, por exemplo, for melhor valorizado, automaticamente ele o fará com mais
alegria, cumprirá seus horários e verá grande sentido em suas atividades. Assim
acontece com todas as outras formas de trabalho. Isso é viver cronos (tempo
medido pelo relógio, calendário, rotina. É o tempo determinado dentro de um
limite) transformado em Kairos (o momento certo, oportuno. Refere-se a
um aspecto qualitativo do tempo). Sentir a vida mesmo nas tensões
provocadas por tantos afazeres. Aprender a conviver com os ruídos de uma vida,
muitas vezes mecânica, porque quando estamos bem, as coisas vão bem e o tempo,
seja medido por um sentimento ou por um minuto é um instante que não volta a se
repetir. Como muito bem disse Rubem Alves: “O tempo pode ser medido com as
batidas de um relógio ou pode ser medido com as batidas do coração”.
Pensemos nisso e tenhamos um cronos recheado de Kairos.].
NaquEle que me garante: "Pela graça sois salvos, por meio da fé, e
isto não vem de vós, é dom de Deus" (Ef 2.8),
Graça e Paz a todos que estão em Cristo!
VOCABULÁRIO
Hedonismo: Doutrina que ensina o prazer como o
bem supremo da vida.
Tangíveis: Tocável, sensível, palpável.
Esfinge: Na Grécia antiga, monstro fabuloso
que propunha enigmas aos viandantes e devorava quem não conseguisse
decifrá-los. Pessoa enigmática, que pouco se manifesta e de quem não se sabe o
que pensa ou sente.
Niilismo: Ponto de vista que considera que as
crenças e os valores tradicionais são infundados e que não há qualquer sentido
ou utilidade na existência.
EXERCÍCIOS
1. Quem é o autor do livro de Eclesiastes?
R. Salomão.
2. A que se refere o termo “Eclesiastes”?
R. A alguém que fala, ou discursa, em uma reunião ou assembleia.
3. Qual dilema Salomão procura responder no Eclesiastes?
R. Sendo a vida tão curta que “vantagem tem o homem de todo o seu
trabalho, no que ele faz debaixo do sol?” (Ec 1.3).
4. Qual a mensagem atual da metáfora de Eclesiastes 9?
R. A família cristã, sem recorrer às bebidas alcoólicas e outras coisas
inconvenientes e pecaminosas (Ef 5.18), pode e deve alegrar-se intensamente.
5. Como a falsa prosperidade se revela na vida do homem?
R. Ela leva o homem a correr desenfreadamente para acumular riquezas,
alcançar elevadas posições na sociedade e obter notoriedade e fama.
NOTAS
BIBLIOGRÁFICAS
OBRAS CONSULTADAS:
-. Lições Bíblicas do 3º Trimestre de 2013 - CPAD - Jovens e Adultos; Comentarista: Pr. Elienai Cabral; CPAD;
-. Bíblia de Estudo Pentecostal – BEP (Digital);
-. Bíblia de Estudo Plenitude, Barueri, SP; SBB 2001, Dinâmica do Reino – Confissão de Fé; p. 1239;
-. Bíblia de Estudo Defesa da Fé: Questões reais; Respostas precisas; Fé Solidificada. 1 ed., RJ: CPAD, 2010.
-. MELO, J. L. de. Eclesiastes versículo por versículo. RJ: CPAD, 1999.
-. Lições Bíblicas do 3º Trimestre de 2013 - CPAD - Jovens e Adultos; Comentarista: Pr. Elienai Cabral; CPAD;
-. Bíblia de Estudo Pentecostal – BEP (Digital);
-. Bíblia de Estudo Plenitude, Barueri, SP; SBB 2001, Dinâmica do Reino – Confissão de Fé; p. 1239;
-. Bíblia de Estudo Defesa da Fé: Questões reais; Respostas precisas; Fé Solidificada. 1 ed., RJ: CPAD, 2010.
-. MELO, J. L. de. Eclesiastes versículo por versículo. RJ: CPAD, 1999.
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Colaboração para o Site Pecador Confesso.
- Ev. Dr. Caramuru Afonso Francisco
- Presbítero Eudes L Souza
- Ev. Natlino das Neves
- Luciano de Paula Lourenço
- Fábio Segantin
- TV Escola Dominical
- EBD Fora da Caixa
- AD Linhares
- AD Londrina
- Portal CPAD
Texto Editado e Postado por Hubner Braz - Twitter @PecadorConfesso – Facebook www.facebook.com\pecadoresconfessos
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