não somos daqueles que se retiram para a perdição, mas daqueles que creem para a conservação da alma. HINOS SUGERIDOS: 46, 225 e...
não somos daqueles que se retiram para a perdição, mas daqueles que creem para a conservação da alma.
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HINOS SUGERIDOS: 46, 225 e 400 da Harpa Cristã.
OBJETIVO GERAL
Explicar que a fidelidade, fruto do Espírito, nos ajuda a permanecermos firmes na fé até a Segunda Vinda de Jesus.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.
I. Saber que a fidelidade é a característica do que é fiel;
II. Mostrar que a idolatria e a heresia são um perigo à fidelidade;
III. Compreender que precisamos permanecer fiéis até o fim.
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Vamos continuar com os estudos a respeito do fruto do Espírito. Estudaremos a fidelidade, contrapondo com a idolatria, uma das obras da velha natureza. No início da conversão, muitos desenvolvem uma fé inabalável, revelando sua fidelidade ao Senhor. Mas com o passar dos anos, diante das muitas dificuldades, os crentes vão esmorecendo na fé e comprometendo a sua fidelidade para com o Senhor. Não podemos nos esquecer que precisamos permanecer fiéis até o fim (Ap 2.10). É preciso perseverar! Vivemos tempos difíceis e somente um coração fiel a Deus e a sua Palavra pode nos livrar das heresias e da apostasia. Nesta lição, também trataremos a respeito da idolatria. Alguns, quando ouvem essa palavra, pensam logo em imagens de escultura. Porém, idolatria é tudo aquilo que ocupa o lugar de Deus em nosso coração. A fidelidade, fruto do Espírito, nos ajuda a banir de nossas vidas todo e qualquer ídolo.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Nesta lição, estudaremos outro aspecto do fruto do Espírito, a fidelidade. Veremos também a idolatria e as heresias como obras da carne e como oposições, ou seja, contrárias à fidelidade. Como novas criaturas, precisamos crer e confiar em Deus de todo o coração, pois a nossa fé vai nos ajudar a permanecer fiéis até o dia em que nos encontraremos com o Senhor. Aquele que realmente crê no Pai e no Filho não se deixa levar por qualquer sorte de doutrina, pois está sempre vigilante e atento à voz do Senhor. [Comentário: Fidelidade é uma das palavras mais empregadas na Bíblia. Está relacionada à probidade, integridade, fidedignidade, lealdade, honestidade e sinceridade. Frequentemente ela é associada a Deus, cujo atributo mais caro ao ser humano é precisamente a Sua fidelidade, pelo que muitas vezes é chamado de Rocha, numa indicação de Sua imutabilidade (Dt 32.4). Como aprendemos no Novo Testamento, “fiel é Deus, pelo qual fostes chamados à comunhão de seu Filho Jesus Cristo, nosso Senhor” (1Co 1.9). Nele, fidelidade é a Sua persistência no propósito de ser misericordioso e bondoso para conosco. Como o salmista, sabemos que a Sua “misericórdia se eleva até aos céus e a Sua fidelidade, até às nuvens” (Sl 57.10). Por isto, cada um de nós pode elevar a Ele a sua voz em termos semelhantes ao dos Salmos 69.13 e 89.1. Tal é essa verdade que, em Deus, misericórdia e fidelidade são sinônimas. Como fruto de Espírito, fidelidade (Gr. Pistis; fé, lealdade constante e inabalável a alguém com quem estamos unidos por promessa. A fé é o princípio vivo, a essência das coisas que se esperam e a certeza das coisas que se não vêem (Hb 11.1). É a dependência absoluta e a confiança na Palavra de Deus e de Cristo (Mt 15.28). É entregar-se a um novo modo de vida, é uma das coisas mais importantes na vida de todo cristão: "ai de vós escribas e fariseus hipócritas! Pois que dais o dizimo da hortelã e endro e do cominho e desprezais o mais importante da lei, juízo, a misericórdia e a fé.”(Mt 23.23).] Dito isto, vamos pensar maduramente a fé cristã?
PONTO CENTRAL
A fidelidade nos ajuda a permanecermos firmes na fé.
1. Definição. Fidelidade, segundo o Dicionário Houaiss é a “característica do que é fiel, do que demonstra zelo, respeito por alguém ou algo, lealdade”. Logo, podemos afirmar que a fidelidade é a característica de quem é leal. [Comentário:Em termos bíblicos, fidelidade é uma convicção e não um sentimento; é uma decisão de permanecer firme no propósito que Deus tem para cada um de nós, sem jamais fraquejar ou desistir, porque no final de tudo há um galardão: a vida eterna. Assim, fidelidade é um exercício da fé, é serviço prestado a Deus a despeito de qualquer situação, como Tiago escreve: “Bem - aventurado é o homem que suporta a provação com perseverança, porque após ter sido aprovado receberá a coroa da vida a qual o Senhor prometeu para aqueles a quem Ele ama” (Tg 1.12). Quando temos fé em Deus, agimos com fidelidade; os atos de fidelidade são a demonstração de nossa fé e as linhas que dão coesão ao nosso sistema de crenças e comportamento.]
2. A fidelidade como fruto do Espírito. Já vimos que a fidelidade é a característica de quem é leal, mas, como fruto do Espírito, tal virtude é desenvolvida em nós pela ação do Espírito Santo (Gl 5.22). À medida que confiamos em Deus e passamos a ter uma maior comunhão com Ele, mediante a leitura da Palavra, oração e jejum, desenvolvemos o fruto do Espírito.[Comentário: Como dito acima, fidelidade é a característica de quem possui fé. A fé que não conduz o crente à fidelidade, não tem valor nenhuma para a prática na vida cristã, portanto é uma fé morta (Tg 2.14-26). Nas Escrituras Sagradas vemos Deus a procura de pessoas fiéis para habitar com Ele(Sl 101.6). Temos que ser fiéis em tudo, pois Deus habita em nós e Ele é fidelidade: “Eis a Rocha! Suas obras são perfeitas, porque todos os seus caminhos são juízo; Deus é fidelidade, e não há nele injustiça; é justo e reto.”(Dt 32.4). A fidelidade como parte do fruto do Espírito, faz do cristão uma pessoa confiável e sua palavra digna de crédito. Essa virtude torna o cristão capaz de manter-se fiel ao Senhor em quaisquer circunstâncias. Implica em ser fiel a Deus ainda que nos custe a vida. É sempre ter em mente a fidelidade a Deus acima de qualquer outra autoridade ou poder – “Todavia, não me importo, nem considero a minha vida de valor algum para mim mesmo, se tão-somente puder terminar a corrida e completar o ministério que o Senhor Jesus me confiou, de testemunhar do evangelho da graça de Deus” (At 20.24). A fidelidade como parte do fruto do Espírito é imprescindível ao cristão em seu relacionamento com Deus, com os outros e consigo mesmo. Através da fidelidade, tornamo-nos diferentes dos outros que não temem a Deus. O Senhor está procurando os fiéis para andarem com ele e servi-lo (Sl 101.6).]
3. A fidelidade de Deus. Fidelidade é um dos atributos morais de Deus. Ele é fiel em sua natureza (2Ts 3.3). O Deus que é fiel, pela sua graça, nos salvou e nos deu uma nova vida a fim de que tenhamos comunhão com Ele e com o seu Filho (1Co 1.9). Como filhos de Deus e novas criaturas, precisamos ter para com Deus a mesma atitude de lealdade que Ele tem para conosco. A nossa fidelidade ao Senhor nos ajuda a resistir à idolatria e às heresias que tão de perto nos rodeiam. É importante ressaltar que idolatria não é somente adorar imagens de escultura, mas é tudo que toma o lugar de Deus em nossos corações, sejam pessoas, sejam objetos. Que Deus ocupe sempre o primeiro lugar em nossas vidas. Muitos infelizmente têm deixando que os bens materiais, os talentos e os cargos eclesiásticos ocupem o lugar em seus corações, lugar que deve ser somente do Pai (Dt 6.5). Que o Senhor nos livre de cometer tal loucura. [Comentário:“Saberás, pois, que o Senhor teu Deus, ele é Deus, o Deus fiel”. (Dt 7.9). A fidelidade é um atributo da Trindade; consiste no exato cumprimento de Suas promessas e/ou ameaças. A fidelidade fundamenta-se na Sua onipotência e imutabilidade (Dt 7.9; Sl 36.5; 1Co 1.9; Hb 10.23; Dt 4.24; 2Tm 2.13 1Ts 5.24; 1Pe 4.19; Hb 10.23). Deus Pai é fiel (Dt 7.9; 1 Co 10.13); o Senhor Jesus é chamado “Fiel e Verdadeiro” (Ap 19.11); e o Espírito Santo tem o mesmo atributo (Gl 5.22). Deus se veste de fidelidade. A fidelidade faz parte de Sua natureza pessoal (Is 11.5). É uma bênção perene para o crente fiel, mas ela é ineficaz para com aqueles que resistem à sua graça (ver 2.13, 2 Tm 2.13). A fidelidade de Deus, juntamente com Seu imenso poder é nossa esperança eterna. Podemos enfrentar a infidelidade e decepções em nossos relacionamentos, mas podemos confiar além destas e avistarmos Um que é grande em fidelidade, “Porque fiel é o que prometeu”. (Hb 10.23) - O que Ele propôs, isto fará, e o que prometeu, isto executará. A respeito de Deus lemos que “Se formos infiéis, ele permanece fiel; não pode negar-se a si mesmo” (2Tm 2.13). Isto significa que Ele efetuará tudo o que propôs. Romanos 8.28 diz que tudo opera para o bem dos que amam a Deus e são chamados segundo seu propósito.]
SÍNTESE DO TÓPICO I
Fidelidade é a característica de quem é leal.
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
“Fidelidade
Esta palavra é corretamente traduzida em Romanos 3.3 (fidelidade). Em Gálatas 5.22, a ARA corrige fé (ARC) por fidelidade.
Fé, pistis, primeiramente, ‘persuasão firme’, convicção fundamentada no ouvir (cognato de peitho, ‘persuadir’, sempre é usado no Novo Testamento acerca da ‘fé em Deus ou em Jesus, ou às coisas espirituais’. A palavra é usada com referência: (a) à confiança (por exemplo, Rm 3.25); (b) à fidedignidade, fidelidade, lealdade (por exemplo, Mt 23.23); (c) por metonímia, ao que é criado, o conteúdo da crença, a fé (At 6.7); (d) à base para a ‘fé’, a garantia, a certeza (At 17.31); (e) a um penhor de fidelidade, fé empenhada (1Tm 5.12).
Os principais elementos da fé em sua relação com o Deus invisível, em distinção da fé no homem, são ressaltados sobretudo no uso deste substantivo e do verbo correspondente, pisteuo. Tais elementos são: (1) uma firme convicção, produzindo um pleno reconhecimento da revelação ou verdade de Deus (por exemplo, 2Ts 2.11,12); (2) uma entrega pessoal a Ele (Jo 1.12); (3) uma conduta inspirada por tal entrega (2Co 5.7)” (Dicionário Vine: O significado exegético e expositivo das palavras do Antigo e do Novo Testamento. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2002, p.648).
CONHEÇA MAIS
Heresia
“A palavra ‘heresiologia’ deriva-se do vocábulo grego hairesia, que significa opinião escolhida, seleção, preferência, e ‘logia’ — tratado ou estudo. Assim a palavra exprime: Estudo sobre a opinião escolhida, em oposição a uma disciplina aceita, acatada. É, pois, uma doutrina falsa. A Bíblia fala de heresia em 2 Pedro 2.1 e Judas 4, e afirma que é um fruto da carne (Gl 5.20)”. Para conhecer mais leia, Heresiologia, Coleção Ensino Teológico, CPAD, p.12.
II. IDOLATRIA E HERESIA: UM PERIGO À FIDELIDADE
1. O que é idolatria? O vocábulo idolatria, no grego, é eidololatria e significa culto destinado a adoração de ídolos. A idolatria aparece na relação de obras da carne apresentada por Paulo aos Gálatas (Gl 5.20). Ela é proveniente da falta de conhecimento das Escrituras e de Deus, pois quem conhece a Bíblia sabe que tal prática é condenada pelo Senhor (Lv 26.1; 1Sm 12.21; Sl 115.4; At 15.20; 1Jo 5.21). Os israelitas, embora tivessem visto de perto a glória e o livramento de Deus, por diversas vezes se deixaram levar pela idolatria. Ainda na travessia do deserto, quando Moisés estava no monte Sinai para encontrar-se com o Senhor, o povo fez um bezerro de ouro e o adorou (Êx 32.1-18). Já no período monárquico, depois da morte de Salomão e a divisão do reino, todos os reis do Reino do Norte fizeram o que era mal aos olhos do Senhor, levando o povo à adoração de ídolos (1Rs 16.25,30; 22.52-54; 2Rs 3.3). Jeroboão fundou um sistema religioso idólatra, mandando fazer dois bezerros de ouro, institucionalizando a idolatria em Israel (1Rs 12.26-33). [Comentário: O termo “idolatria” vem de eidolon, “ídolo”, e latreia, “serviço sagrado, culto, adoração”. Idolatria é a forma pagã de adoração a ídolos, de adorar e servir a outros deuses ou a qualquer coisa que não seja o Deus verdadeiro. É prática incompatível com a fé judaico-cristã, pois nega o senhorio e a soberania de Deus. Moisés e os profetas viam na idolatria a destruição de toda a base religiosa e ética dos israelitas, além de negar a revelação (Dt 4.23-25). Podemos definir idolatria em um sentido mais abrangente, como qualquer dedicação ou amor excessivo prestado a alguém ou algo sem ser Deus; em outras palavras: colocar Deus em segundo plano. Idolatrar se refere ao reconhecimento público dado aos “deuses”, ou ainda ao reconhecimento público de que algo é mais valioso do que Deus para uma pessoa, ainda que muitas vezes não declare isso, mais os seus gestos demonstrem. Esse pecado era considerado pelos judeus como o motivo básico da corrupção do homem aquele que aliena o homem de Deus, servindo de alicerce para todos os demais pecados. (Rm 1.18-32). A idolatria é uma obra da carne (1Co 8.4-6 e 1Co 10.19-21, 1Co 5.10). Mediante a idolatria a natureza humana não regenerada cria suas divindades segundo a imagem humana e conforme os desejos mundanos, edificando uma teologia capaz de racionalizar a maneira como os pagãos viviam e como tencionavam continuar vivendo. Por todo o discurso da história da humanidade a sua forma mais sutil e perigosa tem sido sempre o estado da adoração ao próprio eu (1Co 5.10). OBS.: Os idólatras são os violadores do direito mais alto, isto é, de Deus. Essa é a instância mais antiga que se conhece do uso dessa palavra. Idolatria é tudo aquilo que ursupa o lugar que por direito cabe a Deus. A palavra diz-nos que a cobiça ou avareza é idolatria, e que aquele cobiçoso é um idólatra. Algumas pessoas adoram o dinheiro, outras adoram a posição social, outras ainda, o prestígio, e ainda outras, os prazeres carnais. Existem inúmeras formas de idolatria, e quase todas as pessoas, se não sempre, pelo menos ocasionalmente, se tornam culpadas desse pecado Leia mais acessando o link: http://solascriptura-tt.org/VidaDosCrentes/ComDeus/ObrasCarneFrutoEspirito-IBR-StaCatarina.htm.]
2. A idolatria no Novo Testamento. Na Roma antiga adorar aos imperadores era uma forma de lealdade e devoção. Por isso, os primeiros cristãos foram severamente perseguidos e mortos, pois eles não aceitavam que o homem ocupasse o lugar de Deus. Além dos imperadores, os romanos (e também os gregos) tinham uma variedade muito grande de ídolos. Na cidade de Listra, Paulo foi confundido com o deus Mercúrio, e Barnabé com o deus Júpiter (At 14.11-13). Passando por Atenas, Paulo encontra um altar onde estava escrito: “Ao Deus Desconhecido” (At 17.23). Contudo, tanto no Antigo Testamento quanto no Novo, a idolatria é condenada (Êx 20.3; Lv 26.1; Cl 3.5; Ap 22.15). Não podemos jamais esquecer que tudo aquilo que usurpa o lugar de Deus, em nosso coração, é idolatria. Qualquer pessoa ou objeto a que nos dedicamos com extremada atenção, e que não podemos viver sem os quais, podem se tornar um ídolo. A idolatria é a quebra da nossa fidelidade ao verdadeiro Deus. [Comentário: O primeiro mandamento estabelece a adoração somente a Deus e a mais ninguém. A ordem do segundo mandamento é para adorar a Deus diretamente, sem mediação de qualquer objeto. A idolatria é o primeiro dos três pecados capitais na tradição judaica, “a idolatria, a impureza e o derramamento de sangue”. Os cristãos devem se abster da contaminação dos ídolos (At 15.20). Certa ocasião Lutero disse: “As pessoas que confiam e se apoiam na sua grande habilidade, na sua inteligência, no seu poder, no seu trabalho, na sua misericórdia, nas suas amizades, na sua honra também tem deuses, mas tal deus não é o único Deus verdadeiro.” MARTINHO, Lutero. In: PEIXOTO, Leandro B. Deus somente Deus. Disponível em:http://ibcentral.org.br/mensagem/i-deus-somente-deus/. A tradição: “E, acercando-se dele os discípulos, disseram-lhe: Por que lhes falas por parábolas? Ele, respondendo, disse-lhes: Porque a vós é dado conhecer os mistérios do reino dos céus, mas a eles não lhes é dado; Porque àquele que tem, se dará, e terá em abundância; mas àquele que não tem, até aquilo que tem lhe será tirado. Por isso lhes falo por parábolas; porque eles, vendo, não veem; e, ouvindo, não ouvem nem compreendem. E neles se cumpre a profecia de Isaías, que diz: Ouvindo, ouvireis, mas não compreendereis, e, vendo, vereis, mas não percebereis. Porque o coração deste povo está endurecido, E ouviram de mau grado com seus ouvidos, E fecharam seus olhos; Para que não vejam com os olhos, E ouçam com os ouvidos, e compreendam com o coração, e se convertam, e eu os cure.” (Mt 13.10-15). Perceba que o juízo que Jesus pronuncia sobre o povo de sua época é o mesmo do profeta Isaías. Sendo assim, sobre que idolatria Jesus condenara? O Evangelista Marcos responde: “E ele, respondendo, disse-lhes: Bem profetizou Isaías acerca de vós, hipócritas, como está escrito: Este povo honra-me com os lábios, Mas o seu coração está longe de mim; Em vão, porém, me honram, Ensinando doutrinas que são mandamentos de homens. Porque, deixando o mandamento de Deus, retendes a tradição dos homens; como o lavar dos jarros e dos copos; e fazeis muitas outras coisas semelhantes a estas. E dizia-lhes: Bem invalidais o mandamento de Deus para guardardes a vossa tradição.” (7.6-9). Quando Jesus cita Isaías 29, sabia que o mandato profético de Isaías 6 se cumprira em Isaías 29.9-14 e 63.17,[8] assim podemos entender o que o profeta Isaías tinha predito sobre sua nação que prefiguravam aquilo que ocorreria no Novo Testamento. Sendo assim, podemos ver que o pecado de idolatria cometido pelos judeus da época de Jesus era invalidar a Palavra de Deus em nome de suas tradições, ou daquilo que chamamos de “boa intenção”. No entanto, a “boa intenção” da tradição, quando nos leva a desobedecer a Deus é pecado. Veja, por exemplo, o caso do Rei Saul que recebera a ordem de Deus para destruir todos os amalequitas e seus animais (1Sm 15.3,8). Não obstante, Saul poupou “tudo o que era bom” (1Sm 15.9) para “oferecer ao Senhor” (v.19). A “boa intenção” de Saul não agradou a Deus, pois Deus o respondera: “Não cumpriu as minhas palavras” (v.11), que é a mesma coisa de invalidar “o mandamento de Deus” (Mc 7.9). Mas alguém poderia dizer: “sacrificar animais não era mandamento de Deus?”. Sim. No entanto, a ordem de Deus era eliminar tudo e Saul não obedecera e, ainda mais, criou para si um estilo próprio e regra de adoração não obedecendo a Deus. Portanto, invalidar ou desobedecer a Palavra de Deus é pecado de idolatria, assim como Saul o fez (cf. 1Sm 15.23) os judeus da época de Jesus também o fizeram. A glória dos homens: Outra passagem a qual também cita Isaías 6 é João 12.37-43: “E, ainda que tinha feito tantos sinais diante deles, não criam nele; Para que se cumprisse a palavra do profeta Isaías, que diz: Senhor, quem creu na nossa pregação? E a quem foi revelado o braço do Senhor? Por isso não podiam crer, então Isaías disse outra vez: Cegou-lhes os olhos, e endureceu-lhes o coração, A fim de que não vejam com os olhos, e compreendam no coração, E se convertam, E eu os cure. Isaías disse isto quando viu a sua glória e falou dele. Apesar de tudo, até muitos dos principais creram nele; mas não o confessavam por causa dos fariseus, para não serem expulsos da sinagoga. Porque amavam mais a glória dos homens do que a glória de Deus.” A passagem acima faz duas referências a Isaías. Uma (Is 53.1) para indicar o cumprimento de que Israel não creria no servo, e a menção de Isaías 6 indica o cumprimento de juízo sobre aqueles que não creram. E, sendo assim, a preferência pela glória dos homens do que à glória de Deus é uma prova de idolatria. Pois, eles rejeitaram o Filho de Deus e Seus sinais, se assemelhando mais aos homens do que a Deus, preferindo a glória dos homens à glória de Deus. J.C. Ryle comenta: “O temor dos homens os impede de abandonar seu caminho. Têm receio de serem zombados, escarnecidos e desprezados pelo mundo. Odeiam perder a boa reputação da sociedade e o julgamento favorável de homens e mulheres semelhantes a eles.” Este texto foi extraído de: http://bereianos.blogspot.com.br/2015/11/a-idolatria-nossa-de-cada-dia.html]
3. O que significa heresia? No grego, esta palavra é hairesis e significa preferência, escolha. Segundo o Dicionário Teológico (CPAD) podemos definir heresia “como uma rejeição voluntária de um ou mais artigos da fé”. Precisamos ter cuidado, pois atualmente, muitos estão se utilizando de argumentos falsos para enganar e macular a Igreja do Senhor. Precisamos de homens como Paulo, que não usavam de engano nem fraudulência (2Ts 2.3). Contudo, também precisamos investir mais no ensino sistemático da Escrituras Sagradas, pois as heresias só podem ser rechaçadas pelo conhecimento bíblico (Mc 12.24). Estamos vivendo tempos difíceis, nos quais muitas igrejas já não conservam mais a sã doutrina, sendo os crentes enganados por filosofias humanas e ensinos de demônios contrários à Palavra de Deus. [Comentário: As palavras “herege”, “heresia” e “seita” vêm de palavras gregas usadas no Novo Testamento, derivadas da mesma raiz. A idéia fundamental atrás destas palavras é “escolher” ou “escolha”. Assim a forma de verbo é usada quando Deus diz que escolheu seu servo (Mt 12.18). Também, estas palavras se aplicam quando homens decidem seguir suas próprias opiniões, criando novas doutrinas e facções religiosas. É neste sentido que lemos no Novo Testamento sobre seitas como a dos saduceus em Atos 5.17 e fariseus em Atos 15.5, grupos que escolheram defender falsas doutrinas e tradições humanas. A melhor definição do que significa heresia / herético / herege não são aqueles encontrados nos dicionários de grego e português, nos léxicos do grego, talvez na etimologia da palavra e nos livros de teologia, mas a definição desses termos está na própria Bíblia, somente nela, comparando as coisas espirituais com as espirituais. Heresia é o ensino de algo que está frontalmente contrário a pelo menos um claro e explícito verso da Bíblia, cujo significado literal, é indiscutível entre os verdadeiramente salvos que sejam verdadeiramente sinceros, que sejam realmente seguidores do lema da Reforma "Sola Scripturæ". Nesse sentido, em Gálatas 5.20, os apóstolos condenaram o espírito faccioso, em 2Pe 2.1 alertaram sobre heresias destruidoras e Tito 3.10 ensina os cristãos a admoestarem e depois rejeitarem os hereges, ou homens facciosos. Escolher seguir qualquer doutrina que não vem de Deus é uma infração gravíssima da vontade do Senhor.]
SÍNTESE DO TÓPICO II
Fidelidade é a característica de quem é leal.
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
Idolatria
“Esta é uma transliteração da palavra gr. eidolatria, cujo significado entendemos ser ‘a adoração a ídolos; a adoração a imagens como divinas e sagradas’.
Como uma criatura ligada ao tempo e ao espaço, o homem tem estado especialmente inclinado a prestar adoração a algum tipo de símbolo visível de divindade. Ele aparece anelar por manifestações tangíveis da presença divina. Durante a história humana, esta atitude tomou várias formas e manifestações. Mesmo que o homem tenha abandonado a adoração ao verdadeiro Deus, ele não renunciou à religião, mas procurou substituir o verdadeiro Deus por um deus falso que tivesse de acordo com seu próprio gosto.
A proibição da idolatria é um dos poucos conceitos absolutos e imutáveis no sistema judaico de ética (juntamente com o incesto e o assassinato). A adoração sem a imagem de Jeová anunciava não meramente que Ele era maior do que a natureza, mas que também não era limitado por ela. No Antigo Testamento, há muitos termos hebraicos usados como escárnio à idolatria, indicando sua infância e obscenidade, bem como seu absoluto vazio.
Todas as camadas da lei judaica dão testemunho da oposição a se fazer um retrato de Deus. Os dois primeiros mandamentos proíbem a adoração de imagens, bem como a adoração a qualquer outro deus (cf. Êx 20). A idolatria era classificada como uma ofensa de estado e cheirava a traição, devendo ser punida com a morte (Dt 17.2-7)” (Dicionário Bíblico Wycliffe. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2009, p.946).
III. SEJAMOS FIÉIS ATÉ O FIM
1. Olhando para o passado. Para se conquistar um bom futuro é imprescindível ter estabelecido alicerces sólidos no passado. Por isso, o escritor aos Hebreus pede que os crentes deem uma olhadinha no passado. O propósito era que eles não se esquecessem das bênçãos que já haviam recebido da parte de Deus e dos muitos combates e aflições quais enfrentaram e saíram vitoriosos (Hb 10.32). O Senhor também cuidaria dos seus servos, dando-lhes novamente força e vigor para permanecerem fiéis até o fim. A fé que recebemos como fruto do Espírito nos ajuda a continuar firmes e fiéis a Cristo diante das circunstâncias contrárias.[Comentário: É interessante olharmos para aqueles memoriais do Antigo Testamento e sua finalidade. Estes memoriais destinavam-se a lembrar Israel da vontade de Deus, Sua bondade, graça e bênçãos da aliança. Eles apontavam para Deus, para o alto, em direção ao Senhor. Nesse sentido temos
o arco-íris depois do Dilúvio (Gn 9.13), a circuncisão (Gn 17.10-17), a festa da Páscoa (Nm 9.1-14), as borlas azuis nas roupas (Nm 15.38-41) e as pedras comemorativas que Josué erguera na travessia do Jordão (Js 4.3-9). Precisamos erguer nossos memoriais para não esquecermos a doutrina que temos aprendido dos pioneiros. João exorta "a senhora eleita e seus filhos" (2 Jo 1) a não confraternizarem com hereges e a não darem nenhum crédito à falsa doutrina deles. Ele busca ajudá-los a manter sua fé em face da oposição, como o escritor de Hebreus exorta em Hebreus 10.35: "Não abandoneis, portanto, a vossa confiança; ela tem grande galardão."]
2. A fé que nos ajuda a permanecermos fiéis. Já fomos justificados perante Deus pela nossa fé em Jesus (Rm 3.21,22). Esta é a chamada fé salvífica que vem pelo ouvir a Palavra de Deus (Rm 10.17). Mas, à medida que buscamos ter maior comunhão com Deus, desenvolvemos a fé como fruto do Espírito. Essa fé cresce em nós com o tempo e nos livra da idolatria, das heresias e da apostasia (2Co 10.15; 2Ts 1.3). A nossa confiança em Deus nos ajuda a permanecer fiéis em tudo até o dia em que iremos nos encontrar com o Senhor (Ap 2.10).[Comentário: A nossa fé constante e inabalável em Deus confere-nos a certeza de que Ele cumpre sua Palavra no tempo próprio. Para se ter Fidelidade é preciso ter fé e vice-versa; na bíblia a fé é o tema central, tendo como fim a salvação de todos os seres humanos. A fé é a expressão da fidelidade. Desde Gênesis 4, Abel apresentou sua oferta a Deus e o Senhor a aceitou por sua fé ou fidelidade. (Hb 11.4). A partir daí Deus vem procurando e encontrando, apesar de poucos, homens que se aproximam D'Ele por fé, dispostos a permanecerem fiéis em todas as situações advindas. Já foi esclarecido que a fidelidade é uma característica de quem tem fé, ou seja, de quem recebeu o fruto do Espírito Santo pela fé em Deus, através do sacrifício de Jesus Cristo. A fé é um dom de Deus (Rm 12.3; Ef 2.8; 6.23; Fp 1.29), exclui a vanglória pessoal (Rm 3.27) e a sua operação é pelo amor (Gl 5.6; 1Tm 1.5; Fl 5). Na prática da vida como proteção a fé é compara a um escudo: "tomando, sobretudo, o escudo da fé, com o qual podereis apagar todos os dardos inflamados do Maligno" (Ef 6.16). Ou a uma couraça: "mas nós, porque somos do dia, sejamos sóbrios, vestindo-nos da couraça da fé e do amor, e tendo por capacete a esperança da salvação; (1Ts 5.8). A fé produz: salvação (Mc 16.16; At 16.31; Rm 1.17); esperança (Rm 5.2); alegria (At 16.34; 1Pe 1.8); paz (Rm 15.3); confiança (Is 28.16 com 1Pe 2.6); ousadia na pregação (Sl 116.10 com 2Co 4.13).]
3. Seja fiel. O Deus fiel e imutável a quem adoramos deseja nos ajudar a permanecer fiéis em toda a nossa maneira de viver, neste mundo tenebroso, mau e que jaz no maligno (1Jo 5.19). Se quisermos permanecer fiéis não podemos descuidar da nossa comunhão com o Senhor. Precisamos buscá-lo enquanto é tempo, enquanto podemos achá-lo (Is 55.6). Noé, durante um bom tempo, anunciou que o dilúvio viria. Mas aquela geração não deu crédito à pregação do servo do Senhor. O dia do juízo chegou e somente ele e sua família foram salvos da fúria das águas. Mesmo vivendo em uma sociedade corrompida pelo pecado, Noé permaneceu fiel ao Senhor e cumpriu a sua missão com zelo e temor até o fim dos seus dias. [Comentário: “Sem fé é impossível agradar a Deus” (Hb 11.6,8). Como já foi bem definido, a palavra fé, no original do Novo Testamento, significa plena persuasão ou certeza fundamentada no ouvir (Rm 10.17). Já em Mateus 23.23, está relacionada à confiança ou fidelidade. É interessante observar que Jesus enfatizou ser a verdade e digno de toda confiança, ao introduzir suas declarações no Evangelho de João com a frase “na verdade, na verdade”, “em verdade, em verdade”, “digo-lhes a verdade” (Jo 1.51). Assim, o fruto da fidelidade abrange as idéias básicas de integridade, fidelidade, lealdade, honestidade e sinceridade. No novo concerto, a bênção de Deus e o relacionamento certo com Ele também são concedidos mediante a fé. Aqui está uma verdade fundamental no Novo Testamento (Rm 4.3; Gl 3.6; Tg 2.23;). É pela fé que somos tornados descendência de Abrão, o pai de todos os que crêem (Rm 4.11). A fidelidade como parte do fruto do Espírito é imprescindível ao cristão em seu relacionamento com Deus, com os outros e consigo mesmo. Através da fidelidade, tornamo-nos diferentes dos outros que não temem a Deus. O Senhor está procurando os fiéis para andarem com ele e servi-lo (Sl 101.6). A fidelidade de Deus é uma bênção perene para o crente fiel, mas ela é ineficaz para com aqueles que resistem à sua graça (ver 2.13, 2 Tm 2.13).]
SÍNTESE DO TÓPICO III
A fidelidade, fruto do Espírito, nos ajuda a nos mantermos fiéis até o fim.
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
“A fidelidade como fruto do Espírito tem muito a ver com a moral e ética cristã. Esse fruto abençoado coloca o padrão cristão no nível de responsabilidade em palavras e ação. Houve um tempo em que a palavra de um homem tinha grande valor, e um aperto de mão era tão bom quanto um contrato assinado. Isto não parece ser verdade em nossos dias. Mas o homem que anda com Deus é diferente, porque nele está o fruto que é lealdade, honestidade e sinceridade. O Espírito Santo sempre concede poder para o cristão ser um homem de palavra. A fidelidade como fruto do Espírito nos torna leais a Deus, leais a nossos companheiros, amigos, colegas de trabalho, empregados e empregadores. O homem leal apoiará o que é certo mesmo quando for mais fácil permanecer calado. Ele é leal quer esteja calado. Ele é leal quer esteja sendo observado, quer não. Este princípio é ilustrado em Mateus 25.14-30. Os servos que eram fiéis e fizeram como foram instruídos mesmo na ausência do senhor foram elogiados e recompensados. O servo infiel foi castigado” (GILBERTO, Antonio. O Fruto do Espírito: A plenitude de Cristo na vida do crente. 2ª Edição. RJ: CPAD, 2004 p.112).
CONCLUSÃO
Que Deus nos ajude a permanecer fiéis até o fim (Ap 2.10). A infidelidade ao Senhor tem feito com que alguns ensinem heresias, levando muitos a apostatarem da fé. A fidelidade, como fruto do Espírito, nos ajuda a não abrir mão de nossas convicções cristãs. Que em nossa caminhada de fé possamos dizer como o apóstolo Paulo: “Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé” (2Tm 4.7). [Comentário: Apesar de o Antigo Testamento ser de uma gigantesca extensão, a palavra “fé” somente aparece por duas vezes. A primeira delas, em I Samuel 21.5, quando, questionado pelo sacerdote Aimeleque no tocante à pureza moral dos mancebos, Davi responde: “Sim em boa fé, as mulheres se nos vedaram desde ontem; e, anteontem...” Porém como substantivo, ela somente é vista em Habacuque 2.4, quando o profeta diz: “... mas o justo, pela sua fé, viverá”; citação esta que é reiterada por três vezes no Novo Testamento (Rm 1.17; Gl 3.11; Hb 10.38). Neste ponto, a idéia é que aquele que é verdadeiramente justo confia inteiramente em Cristo, seja na abundância, seja na necessidade. Em todos os aspectos de sua vida Cristo ocupa o primeiro lugar (cf. Fp 4.11-13). A fé deve estar presente em nosso viver, devendo também nos acompanhar quando chegar a hora da partida desta vida para a outra. O sucesso daquelas testemunhas que são mencionadas no capítulo 11 de Hebreus, é que todas elas viveram e morreram na “fé” (11.13) - lealdade constante e inabalável a alguém com quem estamos unidos por promessa, compromisso, fidedignidade e honestidade (Mt 23.23; Rm 3.3; 1Tm 6.12; 2Tm 2.2; 4.7, Tt 2.10). É importante entender que esta fidelidade está relacionada ao conhecimento da Palavra, a vontade revelada de Deus. É preciso batalharmos por esta fé que nos foi entregue de uma vez por todas (Jd 3) – fé aqui é o conjunto das verdades em que cremos acerca da salvação. É claro que os salvos têm uma confiança viva em Jesus como seu Salvador e Senhor, e por isso adotam um conjunto de verdades sobre Deus Pai, Filho e Espírito Santo, sobre o homem, sobre o pecado, sobre a igreja e o mundo, enfim, um conjunto de verdades que é inerente ao cristianismo; é o corpo doutrinário do cristianismo, “a fé que uma vez por todas foi entregue aos santos”.] “NaquEle que me garante: "Pela graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é dom de Deus" (Ef 2.8)”,
Francisco Barbosa
Campina Grande-PB
Fevereiro de 2017
PARA REFLETIR
A respeito da fidelidade, firmes na fé, responda:
Defina fidelidade.
Fidelidade, segundo o Dicionário Houaiss é a “característica do que é fiel, do que demonstra zelo, respeito por alguém ou algo, lealdade”. Logo podemos afirmar que a fidelidade é a característica de quem tem fé.
Como podemos definir fé?
Dentro da perspectiva bíblica, podemos dizer que “é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que se não veem” (Hb 11.1).
Segundo a lição, nossa fidelidade a Deus nos ajuda e nos livra de quê?
Livra-nos da idolatria.
O que é idolatria?
O vocábulo idolatria, no grego, é eidololatria e significa culto destinado a adoração de ídolos.
Quem fundou, depois da morte de Salomão, um sistema religioso idólatra em Israel?
Jerobão fundou um sistema religioso idólatra, mandando fazer dois bezerros de ouro, institucionalizando a idolatria em Israel (1Rs 12.26-33).
SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO
Fidelidade, firmes na fé
A lição nove aborda sobre a oposição entre fidelidade x idolatria e heresia. O tema é bem contemporâneo, pois nunca estivemos diante de tantas invencionices em nome da pessoa do Senhor Jesus. São doutrinas, estratégias evangelísticas e músicas que nada têm a ver com o Evangelho do nosso Salvador. Por isso, é importante compreendermos bem o primeiro termo de nossa lição: fidelidade.
O significado da palavra fidelidade, conforme se encontra na epístola de Paulo aos Gálatas, se refere a lealdade. Mas é importante ressaltar que, na epístola aos Gálatas, mais precisamente no capítulo quatro e no versículo seis, aparece uma queixa de Paulo pela falta de fidelidade dos gálatas em relação ao Evangelho. Lembre que o apóstolo iniciou a carta lamentando a atitude dos crentes da cidade de Gálatas: “Maravilho-me de que tão depressa passásseis daquele que vos chamou à graça de Cristo para outro evangelho, o qual não é outro, mas há alguns que vos inquietam e querem transtornar o evangelho de Cristo” (Gl 1.6,7). Logo, podemos afirmar que o apóstolo Paulo está recomendando fidelidade e lealdade dos gálatas a Deus e sua vontade. Ora, a vontade de Deus é revelada em sua Palavra. Esta nos dá o norte, a direção e a orientação para vivermos abundantemente na presença dEle.
A idolatria conforme está posta na carta aos Gálatas não se refere somente à adoração de imagens, mas a qualquer prática condenatória em relação aos ídolos. Um exemplo é o que está relacionado em 1 Coríntios 10.14-16 e Colossenses 3.5, onde o apóstolo recomenda a não participarmos de um banquete oferecido aos ídolos. Entretanto, a recomendação aos colossenses aprofunda mais ainda a questão, trazendo à tona a avareza, isto é, o apego ao dinheiro e às coisas materiais como idolatria. Isto vai à contramão da lealdade ao Senhor. Acompanhada da idolatria, vem a heresia. Heresia representa assumir um postulado de ensino totalmente oposto ao que você recebeu outrora, ou seja, o Evangelho de Jesus Cristo recebido pelo Espírito Santo, por intermédio da tradição dos santos apóstolos. Aqui, a nossa fidelidade e lealdade para com Deus, o nosso Pai, também são testadas.
Portanto, após expor o conceito desses três termos — Fidelidade, Idolatria e Heresia — faça uma reflexão com os alunos a respeito da fidelidade ao Evangelho do Senhor Jesus Cristo. Encoraje-os a perseverarem no ensino do Evangelho! Boa aula!
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