No capítulo anterior de "Game of Crentes": A Igreja ficou em silêncio e Cercília prosseguiu: - E tem mas, ela guarda um segred...
No capítulo anterior de "Game of Crentes":
A Igreja ficou em silêncio e Cercília prosseguiu:
- E tem mas, ela guarda um segredo horrível em um quarto de sua casa e eu vou mostra-lo para todos vocês agora!!
- Não acreditem nessa mulher, ela não esta falando coisa com coisa... - disse eu com sangue no zóio em Cristo e me tremendo toda.
Cercília saiu correndo para fora da Igreja e retornou rapidamente com Fabiano da Unção e o segredo que eu tanto escondi de todos.
- Esse aqui é o segredo de Cleycianne. Olhem bem e me respondam: essa mulher merece mesmo ser a "rainha" de vocês? - questionou Cercília.
Eu fiquei branca em Cristo, não podia acreditar que aquilo estava acontecendo e na hora do desespero, sussurrei para mim mesma:
- QUERIA ESTAR MORTA!
Game os Crentes ("Jogo dos Crente" em inglês)
Capítulo 9: O Quarto da Porta Vermelha
Autor: `eus
Escritoura e revisoura gramatical: Cleycianne Ferreira
Tentei me recompor daquele susto, olhei para aquela imagem surreal em minha frente e disse:
- Wandersson, o que você faz aqui?
- Cleycianne, já disse que meu nome não é Wandersson. Meu nome é Wanessa!
Flashback em Cristo
Estava muito empolgada em comprar a minha primeira casa própria, ainda era oca e o dinheiro que havia conseguido tirar de homens idosos fornicadores, que ficavam admirados pelos meus seios duros, estava transbordando em minha conta bancária.
Wandersson, que na época era meu namorado bissexual que adorava ter ânus penetrado, me ajudou na escolha de meu novo lar. Encontrou uma casa linda, espaçosa e com 3 quartos enormes em Itaquera! Um desses quartos, uma suíte com entrada independente, encantou Wandersson:
- Olha Cleycianne, esse quarto tem uma porta independente! Podemos trazer os homens aqui, fazer surubas, gang bangs e eles nem precisam passar por dentro de nossa casa, é uma suíte linda!
Meus olhos brilharam quando vi aquele quarto e só de pensar no que poderia fazer ali, minha vagina se molhava toda.
- É aqui mesmo que quero morar, Wandersson. Tenho certeza que serei a piranha mas feliz do mundo neste lugar!!
E fui, dentro dos padrões da minha época oca, lógico. Fizemos várias festas especiais como "Surubão com Pedreiros", o primeiro Gang Bang anal do Wandersson, uma festa onde eu servia drinks em meus seios, vários bingocetas e até uma "Private Horse's Party". Foi uma época de perdição, mas que graças ao Senhor acabou logo.
Após nos convertermos, retirei todos os indícios de oquidão daquele recinto, tirei o espelho do teto, tirei os posts de gente pelada das paredes, a estante dos consolos virou uma prateleira cheia de DVDs de show gospel e aquele quarto virou uma sala de TV, onde assistíamos "Fala que eu te escuto" e os programas de Silas Malafaia com muito conforto.
A felicidade durou um bom tempo, fomos o casal mas badalado de toda a Igreja Ungida, devido ao nosso testemunho de força e fé, mas tudo começou a ruir no momento em que nos casamos. Wandersson descobriu que havia contraído uma doença misteriosa e que teria poucos meses de vida, e ao invés de passar esse tempo comigo resolveu voltar para o homossexualismo e me abandonou para viver seus últimos momentos fornicando com homens por aí. Revoltada declarei sua morte e fiz até um enterro para oficializar a morte de meu ex-amado, pois não queria ter fama de varoa desquitada na congregação, pois não sou piranha.
Fiquei depressiva em Cristo e passei noites e mas noites trancada no quarto de TV assistindo "Show da Fé", porém secretamente orava para que Wandersson se arrependesse e voltasse livre do homossexualismo e de sua doença misteriosa para os meus braços, pois apesar de todos os meus esforços para encontrar um novo varão, não estava nada fácil desencalhar.
Fiquei depressiva em Cristo e passei noites e mas noites trancada no quarto de TV assistindo "Show da Fé", porém secretamente orava para que Wandersson se arrependesse e voltasse livre do homossexualismo e de sua doença misteriosa para os meus braços, pois apesar de todos os meus esforços para encontrar um novo varão, não estava nada fácil desencalhar.
Mas Deus age de forma estranha e trouxe Wandersson de volta à minha vida depois de anos. Ele havia se curado misteriosamente da sua doença terminal desconhecida, só que algo não estava mas igual, o rapaz morenão e forte havia se transformado em uma mulher chamada Wanessa.
Como boa cristã que sou, a primeira coisa que ofereci para Wanessa foi a cura e o meu perdão. Sem pestanejar, ela aceitou a minha proposta, pois disse que era muito difícil ser uma travesti no mundo, que me amava e que estava pronto para virar Wandersson novamente, pois queria viver feliz com sua esposa e sua filha Layla Camile. Eu agradeci aos céus e comecei os procedimentos de cura.
Wandersson tirou o aplique, cortou os cabelos, suas roupas femininas foram substituídas por roupas masculinas e a única coisa que faltava para ele voltar a ser um homem completo era retirar os seios, mas mesmo assim fazia sucesso na congregação com seu testemunho de ex-travesti e eu também, pois não cansava de contar a história de como salvei a vida dele, que crente não quer um testemunho desses para a vida?
Nesse tempo, Wandersson fez da sala de Tv o seu quarto, pois eu me recusava a dormir com um homem de seios, tinha medo de toca-los e virar uma lésbica masculina. Depois de um tempo, disposta a resolver esse problema, dei 10 mil reais na mão de Wandersson e disse:
- Esse dinheiro é para você completar a sua cura, retire os seios, compre hormônios que os homens da The Week usam para ficarem fortes e volte a ser meu marido, meu varão reprodutivo.
- Sim, irei até o meu cirurgião no Rio de Janeiro e voltarei renovado para você, sem os seios. Quando chegar aqui, malharei e serei o varão mas forte de toda a congregação - disse Wandersson me abraçando.
E lá se foi Wandersson mas uma vez, fez as malas e foi para o Rio de Janeiro fazer a cirurgia, pois ele alegava que só confiava no cirurgião de lá para tal procedimento. Eu fiquei aflita com sua partida, pois sentia no coração que tudo se repetiria novamente.
E se repetiu, Wandersson sumiu, simplismente desapareceu da face da Terra! Seu celular só dava caixa postal, seu Facebook foi apagado e eu não conseguia localizar o nome do cirurgião que ele havia me passado. Desesperada, menti para todos da congregação e para Layla Camile, dizendo que meu marido havia viajado a trabalho, pois eu não admitia ter sido abandonada e enganada pelo meu próprio marido.
E se repetiu, Wandersson sumiu, simplismente desapareceu da face da Terra! Seu celular só dava caixa postal, seu Facebook foi apagado e eu não conseguia localizar o nome do cirurgião que ele havia me passado. Desesperada, menti para todos da congregação e para Layla Camile, dizendo que meu marido havia viajado a trabalho, pois eu não admitia ter sido abandonada e enganada pelo meu próprio marido.
Meses se passaram e enquanto isso eu fazia montagens de Wandersson na Europa para postar em meu Facebook, mostrando que ele estava no exterior trabalhando com vendas de alimentos (atendente do Mcdonalds), mas a realidade era totalmente outra, eu não fazia idéia de onde ele estava.
Mas numa noite de inverno eu tive uma supresa. Wandersson bateu na minha porta novamente e eu não pude acreditar no que vi! Ele estava mas feminina do que nunca, seios maiores e um cabelo louro do mesmo comprimento que o meu.
Fiquei um tempo de cabeça baixa chorando, até que levantei meu olhar para o rosto de Wanessa e disse:
Minha estratégia parecia perigosa, mas manter Wandersson perto de mim e dando aquela liberdade para passar confiança, poderia traze-lo de volta. Eu tinha fé, tinha certeza que aquilo daria certo!
Wandersson se mudou para o quarto de madrugada, sem ninguém vê-lo entrar, montou suas coisas e tranquei a porta. Na manhã seguinte, a pintei de vermelho, pois acreditava que a pombagira ao ver aquela cor iria se juntar à porta, deixando assim meu marido livre de qualquer travestismo.
Os dias se passaram, semanas se passaram e eu fiquei firme na minha oração, entrando todo dia no quarto para colocar a mão na cabeça de Wanessa e repreender aquele encosto de Roberta Close. O meu processo de cura, apesar de não mostrar indícios físicos, estava de vento em polpa, tudo estava correndo bem, até agora....
Mas numa noite de inverno eu tive uma supresa. Wandersson bateu na minha porta novamente e eu não pude acreditar no que vi! Ele estava mas feminina do que nunca, seios maiores e um cabelo louro do mesmo comprimento que o meu.
- O que você está fazendo aqui, Wandersson? - disse eu tentando manter a pose em Cristo para não dar na cara dele.
- Wanessa, pode me chamar de Wanessa. Eu estou aqui para pedir o seu perdão e ver a minha filha.
- Novamente? Quantas vezes eu vou ter que passar por isso? Você mentiu para mim, fugiu de casa e agora volta assim? Parecendo a Beyonce!!
- Quando eu saí daqui, percebi que não estava feliz como Wandersson, pois eu nasci Wanessa, essa sou eu de verdade... Quero que tudo fique bem entre a gente, quero ser seu amigo, devolver o seu dinheiro e ver a minha filha...
- Não, nunca que você verá Layla Camile! Não desse jeito... - disse eu caindo de joelhos lentamente e soltando lágrimas pelo olho esquerdo.
- O que eu posso fazer para você me perdoar? Eu fui muito escrota com vocês duas... - disse Wanessa se abaixando e passando a mão em meus lindos cabelos louros naturais.
Fiquei um tempo de cabeça baixa chorando, até que levantei meu olhar para o rosto de Wanessa e disse:
- Me deixe te curar de novo...
- Cley, deixa eu te explicar: eu nasci assim, sou Wanessa desde sempre!
- Não, você já foi um varão muito viril, fez uma filha em mim! Jesus diz que ninguém nasce assim, ta escrito na Bíblia! Me deixe te curar, que perdoo tudo o que você me fez!
- Não existe cura, Cleycianne.
- Peço que você fique aqui em casa comigo, durante um mês! Vou orar todo dia para que você se cure, vou tirar essa pombagira que tomou conta do seu corpo...
- Apenas um mês? E se eu não me curar?
- Você pode ir embora e ver Layla Camile, desse jeito mesmo.
- Ficarei trancada aqui? Agora meu trabalho é fazer shows em casas noturnas homossexuais, não posso ficar em quarentena.
- Você pode ir aos shows, ficará no quarto da entrada independente. Mas não quero que você veja Layla e nem ninguém durante esse tempo, olhará 10 vezes antes de sair na rua desse jeito.
- Eu estou morando de favor no apartamento de uma amiga na república, pode ser a chance de eu juntar um dinheiro para montar meu salão de cabeleireiros. Sei que jamas serei curada do que eu realmente sou, mas quero muito também ver a minha - disse Wandersson, como se estivesse pensando em voz alta.
- Ótimo, fique aqui comigo então! - supliquei mas uma vez.
Minha estratégia parecia perigosa, mas manter Wandersson perto de mim e dando aquela liberdade para passar confiança, poderia traze-lo de volta. Eu tinha fé, tinha certeza que aquilo daria certo!
Wandersson se mudou para o quarto de madrugada, sem ninguém vê-lo entrar, montou suas coisas e tranquei a porta. Na manhã seguinte, a pintei de vermelho, pois acreditava que a pombagira ao ver aquela cor iria se juntar à porta, deixando assim meu marido livre de qualquer travestismo.
Os dias se passaram, semanas se passaram e eu fiquei firme na minha oração, entrando todo dia no quarto para colocar a mão na cabeça de Wanessa e repreender aquele encosto de Roberta Close. O meu processo de cura, apesar de não mostrar indícios físicos, estava de vento em polpa, tudo estava correndo bem, até agora....
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- Isso mesmo congregação, Cleycianne mantém em sua casa um travesti! Seu marido travesti e escondeu isso de vocês esse tempo todo... - prosseguiu Fabiano da Grande Unção
- Não é bem assim, o Wandersson estava em casa pois estava passando por procedimentos de cura! Não é Wandersson? DIGA! - expliquei desesperadamente desesperada.
- Já disse que meu nome é Wanessa! Eu não estou sendo curada, Cleycianne, não estou doente... Sou apenas um ser humano tentando ser feliz, do jeito que eu quero ser! E eu vim aqui, porque não me conformo com o fato de você amarrar nossa filha numa cama e a manter sedada por dias? Isso é muita crueldade, ainda mas vindo de você que se diz tão ungida e abençoada. - disse Wandersson aos berros.
- Isso não se chama crueldade, se chama amor cristão e eu só quero o melhor para a minha filha! Você me abandona, me leva dinheiro, me engana e agora vem aqui me dar lição de moral? Ainda mas como esses dois que querem me destruir. Onde está Layla? - disse eu fazendo a crente barraqueira da fila do banco.
- Está lá fora, no carro de Cercília. Eu não me uni a eles, ouvi Layla gritando no quarto, abri a porta e dei de cara com Cercília e Fabiano tentando abrir o quarto onde eu moro. Revoltado com o que você fez, decidi vir com eles e me vingar te humilhando publicamente, pois é isso que você merece - disse Wandersson/Wanessa apontando o dedo em minha face.
Os irmões da Igreja acompanhava tudo com muita empolgação e faziam muitas fotos e vídeos para mandar pelo ZapZap enquanto Cercília subia no altar e tirava o microfone de minha mão para dizer:
- Então é isso, vocês querem uma mulher que dá abrigo para um travesti e tortura a filha como líder de vocês?
- Vocês querem uma mulher que faz chantagens, se casa por interesse e usa o dinheiro para conseguir vantagens por aí como líder de vocês? - disse eu tirando o microfone da mão de Cercília e a deixando com a Cara na Poeira.
- Pera, vamos organizar isso! Quem prefere a irmã que abrigou o travesti levanta a mão? E quem prefere a irmã da chantagem e do suborno levanta a mão? - disse Fabiano da Grande Unção se metendo no assunto
Dez pessoas levantaram a mão ao meu favor e as outras quatrocentos e noventa levantaram em favor de Cercília. A maioria das pessoas apoiavam o que fiz por Layla, pois a cura homossexual é Bíblia, mas rejeitavam a história da travesti, pois não havia nenhum indício de cura em Wanessa e ter relações sociais com um ser dessa espécie é o pior pecado que pode existir.
Wanessa saiu da Igreja enquanto Fabiano da Grande Unção me pegou pelo braço e disse:
- Ninguém te quer aqui, amante de travecos. Saia daqui agora!
- Vocês vão se arrepender disso! - respondi com voz raivosa de choro
Fabiano me puxou para fora da Igreja, enquanto as pessoas aplaudiam Cercília no altar que repetia a frase:
- AGORA A RAINHA SOU EU!
E agora? O que será de nossa heroína gospel? Não perca o último capítulo de "Game of Crentes"!
Game of Crentes ("Jogo dos Crente" em inglês)
Capítulo 1: O casamento negro.
Capítulo 2: O exército de Cleycianne.
Capítulo 3: A volta do homem sem rosto.
Capítulo 4: A intervenção de Cercília
Capítulo 5: Fogo, paixão e cura.
Capítulo 6: Manifestação em cristo.
Capítulo 7: Drink de baygon.
Capítulo 8: Um crente, um trono e um segredo.
Capítulo 9: O quarto da Porta Vermelha.
Capítulo 10: O adeus.
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