TEXTO BÍBLICO BÁSICO 1 Pedro 4.1,2,8-10 1 - Ora, pois,já que Cristo padeceu por nós na carne, annai-vos também vós com este pensamento: que ...
TEXTO BÍBLICO BÁSICO
1 Pedro 4.1,2,8-10
1 - Ora, pois,já que Cristo padeceu por nós na carne, annai-vos também vós com este pensamento: que aquele que padeceu na carne já cessou do pecado,
2 - para que, no tempo que vos resta na carne, não vivais mais segundo as concupiscências dos homens, mas segundo a vontade de Deus.
8 - Mas, sobretudo, tende ardente amor uns para com os outros, porque o amor cobrirá a multidão de pecados,
9 - sendo hospitaleiros uns para os outros, sem munnurações.
1 O - Cada um administre aos outros o dom como o recebeu, como bons despenseiros da multifonne graça de Deus.
1 Pedro 5.1-3,5-7
1 - Aos presbíteros que estão entre vós, admoesto eu ( ... ):
2 - apascentai o rebanho de Deus que está entre vós, tendo cuidado dele, não por força, mas voluntariamente; nem por torpe ganância, mas de ânimo pronto;
3 - nem como tendo domínio sobre a herança de Deus, mas servindo de exemplo ao rebanho.
5 - Semelhantemente vós, jovens, sede sujeitos aos anciãos; e sede todos sujeitos uns aos outros e revesti-vos de humildade, porque Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes.
6 - Humilhai-vos, pois, debaixo da potente mão de Deus, para que, a seu tempo, vos exalte,
7 - lançando sobre ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós.
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
1 Pedro 4:1-2 – Viver segundo a vontade de Deus
Pedro escreve a cristãos perseguidos na Ásia Menor, incentivando-os a sofrer com a mesma disposição de Cristo.
A expressão “armar-vos” (grego: hoplízō, ὁπλίζω) é um termo militar que significa “equipar-se com armas para a batalha” — aqui, a batalha é espiritual, contra o pecado. Cristo “padeceu na carne” (sarx, σάρξ), indicando sofrimento físico real, e o cristão deve assumir a mesma mente (ennoia, ἔννοια — disposição mental).
O “cessar do pecado” não significa perfeição sem falha, mas rompimento com o domínio do pecado (cf. Rm 6:6-11).
A “concupiscência” (epithymía, ἐπιθυμία) refere-se a desejos humanos distorcidos, contrastados com a thelēma (θέλημα) — “vontade” — de Deus.
📖 Referência acadêmica:
Wayne Grudem observa que Pedro conecta sofrimento e santificação, mostrando que quem sofre por Cristo adota uma postura de ruptura radical com a vida anterior (1 Peter, TNTC, p. 181).
1 Pedro 4:8-10 – Amor, hospitalidade e serviço
O “ardente amor” (ektenḗs agápē, ἐκτενὴς ἀγάπη) significa amor persistente, estendido ao limite, não superficial. Pedro ecoa Pv 10:12 — “o amor cobre a multidão de pecados” — indicando que o amor não minimiza o pecado, mas promove reconciliação e perdão.
A “hospitalidade” (philoxenía, φιλοξενία — “amor ao estrangeiro”) era vital numa época sem hospedagem segura para missionários.
“Dom” (charisma, χάρισμα) refere-se a capacidades concedidas pelo Espírito para edificação da comunidade. “Bons despenseiros” (kaloi oikonomoi, καλοὶ οἰκονόμοι) indica administradores fiéis que não desperdiçam a “multiforme” (poikílos, ποικίλος — “variada”) graça de Deus.
📖 Referência acadêmica:
Edmund Clowney destaca que a hospitalidade e o uso dos dons são parte da resistência cristã em tempos de perseguição, fortalecendo o corpo de Cristo (The Message of 1 Peter, p. 178).
1 Pedro 5:1-3 – Liderança servidora
Pedro exorta os presbíteros (presbýteros, πρεσβύτερος — líderes experientes) a pastorear (poimainō, ποιμαίνω) o rebanho de Deus. “Não por torpe ganância” (aischrokerdōs, αἰσχροκερδῶς) significa não buscar lucro desonesto. “Servindo de exemplo” (týpos, τύπος) enfatiza liderança pelo modelo de vida, não pela coerção.
A “herança” (klēros, κλῆρος) aqui significa “lote” ou “porção”, referindo-se à comunidade como possessão de Deus.
📖 Referência acadêmica:
John Stott lembra que Pedro, que conheceu a tentação do poder e a necessidade da restauração, enfatiza uma liderança moldada pela humildade de Cristo (The Living Church, p. 54).
1 Pedro 5:5-7 – Humildade e confiança em Deus
“Revesti-vos de humildade” (egkombóomai, ἐγκομβόομαι) é a imagem de vestir um avental de servo — possivelmente lembrando Jesus no lava-pés (Jo 13:4-5).
“Deus resiste” (antitássō, ἀντιτάσσω) significa se colocar em linha de batalha contra o soberbo. A exaltação de Deus ocorre “a seu tempo” (kairos, καιρός — o momento certo segundo Deus).
“Lançando” (epirríptō, ἐπιρρίπτω) sobre Ele toda a ansiedade (merímna, μέριμνα) é imagem de depositar um peso sobre outro — confiança total no cuidado divino.
📖 Referência acadêmica:
Karen Jobes observa que Pedro combina humildade e confiança, pois somente o humilde reconhece a própria incapacidade e se entrega totalmente ao cuidado de Deus (1 Peter, BECNT, p. 314).
APLICAÇÃO PESSOAL
- O sofrimento por Cristo não é derrota, mas libertação do domínio do pecado.
- O amor prático e a hospitalidade são armas espirituais contra o individualismo e a frieza.
- A liderança espiritual deve ser um serviço, não uma oportunidade de autopromoção.
- A humildade é a veste do discípulo fiel; a ansiedade é depositada em Deus, não carregada sozinho.
TABELA EXPOSITIVA
Versículo
Palavra-chave (grego)
Sentido original
Aplicação prática
4:1
ὁπλίζω (hoplízō)
Equipar-se como soldado
Preparar a mente para resistir ao pecado
4:2
θέλημα (thelēma)
Vontade, desejo
Submeter desejos à vontade de Deus
4:8
ἐκτενής (ektenḗs)
Amor intenso e persistente
Praticar perdão e reconciliação
4:9
φιλοξενία (philoxenía)
Amor ao estrangeiro
Receber e cuidar dos irmãos sem murmurar
4:10
οἰκονόμος (oikonomos)
Administrador fiel
Usar dons para edificação, não autopromoção
5:2
ποιμαίνω (poimainō)
Pastorear, cuidar
Liderar servindo, não explorando
5:3
τύπος (týpos)
Modelo, exemplo
Viver de modo que outros possam imitar
5:5
ἐγκομβόομαι (egkombóomai)
Vestir-se de humildade
Servir com espírito humilde
5:6
καιρός (kairos)
Tempo oportuno
Confiar que Deus exalta no momento certo
5:7
μέριμνα (merímna)
Ansiedade, preocupação
Entregar preocupações ao cuidado divino
1 Pedro 4:1-2 – Viver segundo a vontade de Deus
Pedro escreve a cristãos perseguidos na Ásia Menor, incentivando-os a sofrer com a mesma disposição de Cristo.
A expressão “armar-vos” (grego: hoplízō, ὁπλίζω) é um termo militar que significa “equipar-se com armas para a batalha” — aqui, a batalha é espiritual, contra o pecado. Cristo “padeceu na carne” (sarx, σάρξ), indicando sofrimento físico real, e o cristão deve assumir a mesma mente (ennoia, ἔννοια — disposição mental).
O “cessar do pecado” não significa perfeição sem falha, mas rompimento com o domínio do pecado (cf. Rm 6:6-11).
A “concupiscência” (epithymía, ἐπιθυμία) refere-se a desejos humanos distorcidos, contrastados com a thelēma (θέλημα) — “vontade” — de Deus.
📖 Referência acadêmica:
Wayne Grudem observa que Pedro conecta sofrimento e santificação, mostrando que quem sofre por Cristo adota uma postura de ruptura radical com a vida anterior (1 Peter, TNTC, p. 181).
1 Pedro 4:8-10 – Amor, hospitalidade e serviço
O “ardente amor” (ektenḗs agápē, ἐκτενὴς ἀγάπη) significa amor persistente, estendido ao limite, não superficial. Pedro ecoa Pv 10:12 — “o amor cobre a multidão de pecados” — indicando que o amor não minimiza o pecado, mas promove reconciliação e perdão.
A “hospitalidade” (philoxenía, φιλοξενία — “amor ao estrangeiro”) era vital numa época sem hospedagem segura para missionários.
“Dom” (charisma, χάρισμα) refere-se a capacidades concedidas pelo Espírito para edificação da comunidade. “Bons despenseiros” (kaloi oikonomoi, καλοὶ οἰκονόμοι) indica administradores fiéis que não desperdiçam a “multiforme” (poikílos, ποικίλος — “variada”) graça de Deus.
📖 Referência acadêmica:
Edmund Clowney destaca que a hospitalidade e o uso dos dons são parte da resistência cristã em tempos de perseguição, fortalecendo o corpo de Cristo (The Message of 1 Peter, p. 178).
1 Pedro 5:1-3 – Liderança servidora
Pedro exorta os presbíteros (presbýteros, πρεσβύτερος — líderes experientes) a pastorear (poimainō, ποιμαίνω) o rebanho de Deus. “Não por torpe ganância” (aischrokerdōs, αἰσχροκερδῶς) significa não buscar lucro desonesto. “Servindo de exemplo” (týpos, τύπος) enfatiza liderança pelo modelo de vida, não pela coerção.
A “herança” (klēros, κλῆρος) aqui significa “lote” ou “porção”, referindo-se à comunidade como possessão de Deus.
📖 Referência acadêmica:
John Stott lembra que Pedro, que conheceu a tentação do poder e a necessidade da restauração, enfatiza uma liderança moldada pela humildade de Cristo (The Living Church, p. 54).
1 Pedro 5:5-7 – Humildade e confiança em Deus
“Revesti-vos de humildade” (egkombóomai, ἐγκομβόομαι) é a imagem de vestir um avental de servo — possivelmente lembrando Jesus no lava-pés (Jo 13:4-5).
“Deus resiste” (antitássō, ἀντιτάσσω) significa se colocar em linha de batalha contra o soberbo. A exaltação de Deus ocorre “a seu tempo” (kairos, καιρός — o momento certo segundo Deus).
“Lançando” (epirríptō, ἐπιρρίπτω) sobre Ele toda a ansiedade (merímna, μέριμνα) é imagem de depositar um peso sobre outro — confiança total no cuidado divino.
📖 Referência acadêmica:
Karen Jobes observa que Pedro combina humildade e confiança, pois somente o humilde reconhece a própria incapacidade e se entrega totalmente ao cuidado de Deus (1 Peter, BECNT, p. 314).
APLICAÇÃO PESSOAL
- O sofrimento por Cristo não é derrota, mas libertação do domínio do pecado.
- O amor prático e a hospitalidade são armas espirituais contra o individualismo e a frieza.
- A liderança espiritual deve ser um serviço, não uma oportunidade de autopromoção.
- A humildade é a veste do discípulo fiel; a ansiedade é depositada em Deus, não carregada sozinho.
TABELA EXPOSITIVA
Versículo | Palavra-chave (grego) | Sentido original | Aplicação prática |
4:1 | ὁπλίζω (hoplízō) | Equipar-se como soldado | Preparar a mente para resistir ao pecado |
4:2 | θέλημα (thelēma) | Vontade, desejo | Submeter desejos à vontade de Deus |
4:8 | ἐκτενής (ektenḗs) | Amor intenso e persistente | Praticar perdão e reconciliação |
4:9 | φιλοξενία (philoxenía) | Amor ao estrangeiro | Receber e cuidar dos irmãos sem murmurar |
4:10 | οἰκονόμος (oikonomos) | Administrador fiel | Usar dons para edificação, não autopromoção |
5:2 | ποιμαίνω (poimainō) | Pastorear, cuidar | Liderar servindo, não explorando |
5:3 | τύπος (týpos) | Modelo, exemplo | Viver de modo que outros possam imitar |
5:5 | ἐγκομβόομαι (egkombóomai) | Vestir-se de humildade | Servir com espírito humilde |
5:6 | καιρός (kairos) | Tempo oportuno | Confiar que Deus exalta no momento certo |
5:7 | μέριμνα (merímna) | Ansiedade, preocupação | Entregar preocupações ao cuidado divino |
TEXTO ÁUREO
Mas alegrai-vos no fato de serdes participantes das aflições de Cristo, para que também na revelação da sua glória vos regozijeis e alegreis.
1 Pedro 4.13
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
Texto:
“Mas alegrai-vos no fato de serdes participantes das aflições de Cristo, para que também na revelação da sua glória vos regozijeis e alegreis.”
1. Contexto
A carta de 1 Pedro foi escrita para cristãos que sofriam perseguições na Ásia Menor (1 Pe 1:1; 4:12), encorajando-os a perseverar e manter a santidade mesmo em meio à oposição. O versículo 13 é a continuação direta do versículo 12, que afirma que as provações não devem ser vistas como algo estranho, mas como parte do chamado cristão. Pedro eleva o olhar dos crentes para uma perspectiva escatológica, mostrando que o sofrimento por Cristo antecipa a participação na Sua glória futura.
2. Análise das Palavras-Chave no Grego
- χαίρετε (chaírete) – “alegrai-vos”
Imperativo presente do verbo χαίρω, que expressa uma alegria contínua, não circunstancial. A ideia é: “continuem se alegrando”, mesmo durante o sofrimento. - κοινωνεῖτε (koinōneite) – “serdes participantes”
Derivado de κοινωνός (“companheiro”, “associado”), denota comunhão ativa. Sofrer por Cristo não é algo isolado, mas é participar em Sua própria experiência (Fp 3:10). - παθήματα (pathēmata) – “aflições”
Refere-se a sofrimentos intensos, físicos ou emocionais. No NT, é frequentemente usado para os sofrimentos de Cristo (Hb 2:9-10), reforçando que o cristão compartilha a mesma rota do Mestre. - ἀποκάλυψις (apokálypsis) – “revelação”
Significa “descoberta”, “desvelar algo oculto”. Aqui, aponta para a manifestação gloriosa de Cristo na Sua segunda vinda (Cl 3:4). - ἀγαλλιάω (agalliáō) – “regozijeis”
Um verbo que descreve uma alegria transbordante e jubilosa, especialmente diante da presença de Deus (Mt 5:12).
3. Teologia do Texto
Este versículo ensina três princípios centrais:
- O sofrimento cristão é um privilégio – Ele nos identifica com Cristo e confirma nossa união com Ele (At 5:41; Fp 1:29).
- A alegria cristã é escatológica – Ela olha além da dor presente para a glória futura (Rm 8:17-18).
- A glória futura é garantida pela fidelidade presente – Assim como Cristo sofreu e depois foi exaltado (Fp 2:8-9), o cristão seguirá o mesmo caminho.
4. Referências Acadêmicas Cristãs
- Wayne Grudem, 1 Peter (TNTC): “Pedro vê o sofrimento como um meio de comunhão íntima com Cristo, que antecipa a participação na Sua glória vindoura.”
- John Stott, A Cruz de Cristo: “Compartilhar o sofrimento de Cristo é não apenas suportar oposição, mas experimentar a graça de Deus de forma mais profunda.”
- Comentário Bíblico Beacon: “A alegria no sofrimento não é masoquismo, mas confiança de que o caminho da cruz leva inevitavelmente à coroa.”
5. Aplicação Pessoal
- Quando enfrentamos injustiça ou perseguição por nossa fé, devemos lembrar que isso não é sinal de abandono, mas de identificação com Cristo.
- A alegria cristã não depende das circunstâncias, mas da certeza de que a glória vindoura supera infinitamente qualquer sofrimento presente (2 Co 4:17).
- Nossa resposta às provações é testemunho vivo: alegrar-se em meio à dor é evidência de que confiamos na promessa de Deus.
6. Tabela Expositiva de 1 Pedro 4:13
Elemento
Original Grego
Significado
Implicação Teológica
Aplicação
Alegrai-vos
χαίρετε (chaírete)
Alegria contínua
A alegria é fruto do Espírito e independe de circunstâncias
Cultivar gratidão mesmo em tempos difíceis
Participantes
κοινωνεῖτε (koinōneite)
Ter comunhão íntima
Sofrer por Cristo confirma nossa união com Ele
Ver o sofrimento como honra espiritual
Aflições
παθήματα (pathēmata)
Sofrimentos intensos
O sofrimento de Cristo é modelo e medida para o nosso
Perseverar lembrando que Ele sofreu primeiro
Revelação
ἀποκάλυψις (apokálypsis)
Manifestação plena
Glória futura como recompensa certa
Viver com esperança na vinda de Cristo
Regozijeis
ἀγαλλιάω (agalliáō)
Alegria transbordante
A presença de Cristo gera júbilo eterno
Focar no céu para enfrentar a terra
Texto:
“Mas alegrai-vos no fato de serdes participantes das aflições de Cristo, para que também na revelação da sua glória vos regozijeis e alegreis.”
1. Contexto
A carta de 1 Pedro foi escrita para cristãos que sofriam perseguições na Ásia Menor (1 Pe 1:1; 4:12), encorajando-os a perseverar e manter a santidade mesmo em meio à oposição. O versículo 13 é a continuação direta do versículo 12, que afirma que as provações não devem ser vistas como algo estranho, mas como parte do chamado cristão. Pedro eleva o olhar dos crentes para uma perspectiva escatológica, mostrando que o sofrimento por Cristo antecipa a participação na Sua glória futura.
2. Análise das Palavras-Chave no Grego
- χαίρετε (chaírete) – “alegrai-vos”
Imperativo presente do verbo χαίρω, que expressa uma alegria contínua, não circunstancial. A ideia é: “continuem se alegrando”, mesmo durante o sofrimento. - κοινωνεῖτε (koinōneite) – “serdes participantes”
Derivado de κοινωνός (“companheiro”, “associado”), denota comunhão ativa. Sofrer por Cristo não é algo isolado, mas é participar em Sua própria experiência (Fp 3:10). - παθήματα (pathēmata) – “aflições”
Refere-se a sofrimentos intensos, físicos ou emocionais. No NT, é frequentemente usado para os sofrimentos de Cristo (Hb 2:9-10), reforçando que o cristão compartilha a mesma rota do Mestre. - ἀποκάλυψις (apokálypsis) – “revelação”
Significa “descoberta”, “desvelar algo oculto”. Aqui, aponta para a manifestação gloriosa de Cristo na Sua segunda vinda (Cl 3:4). - ἀγαλλιάω (agalliáō) – “regozijeis”
Um verbo que descreve uma alegria transbordante e jubilosa, especialmente diante da presença de Deus (Mt 5:12).
3. Teologia do Texto
Este versículo ensina três princípios centrais:
- O sofrimento cristão é um privilégio – Ele nos identifica com Cristo e confirma nossa união com Ele (At 5:41; Fp 1:29).
- A alegria cristã é escatológica – Ela olha além da dor presente para a glória futura (Rm 8:17-18).
- A glória futura é garantida pela fidelidade presente – Assim como Cristo sofreu e depois foi exaltado (Fp 2:8-9), o cristão seguirá o mesmo caminho.
4. Referências Acadêmicas Cristãs
- Wayne Grudem, 1 Peter (TNTC): “Pedro vê o sofrimento como um meio de comunhão íntima com Cristo, que antecipa a participação na Sua glória vindoura.”
- John Stott, A Cruz de Cristo: “Compartilhar o sofrimento de Cristo é não apenas suportar oposição, mas experimentar a graça de Deus de forma mais profunda.”
- Comentário Bíblico Beacon: “A alegria no sofrimento não é masoquismo, mas confiança de que o caminho da cruz leva inevitavelmente à coroa.”
5. Aplicação Pessoal
- Quando enfrentamos injustiça ou perseguição por nossa fé, devemos lembrar que isso não é sinal de abandono, mas de identificação com Cristo.
- A alegria cristã não depende das circunstâncias, mas da certeza de que a glória vindoura supera infinitamente qualquer sofrimento presente (2 Co 4:17).
- Nossa resposta às provações é testemunho vivo: alegrar-se em meio à dor é evidência de que confiamos na promessa de Deus.
6. Tabela Expositiva de 1 Pedro 4:13
Elemento | Original Grego | Significado | Implicação Teológica | Aplicação |
Alegrai-vos | χαίρετε (chaírete) | Alegria contínua | A alegria é fruto do Espírito e independe de circunstâncias | Cultivar gratidão mesmo em tempos difíceis |
Participantes | κοινωνεῖτε (koinōneite) | Ter comunhão íntima | Sofrer por Cristo confirma nossa união com Ele | Ver o sofrimento como honra espiritual |
Aflições | παθήματα (pathēmata) | Sofrimentos intensos | O sofrimento de Cristo é modelo e medida para o nosso | Perseverar lembrando que Ele sofreu primeiro |
Revelação | ἀποκάλυψις (apokálypsis) | Manifestação plena | Glória futura como recompensa certa | Viver com esperança na vinda de Cristo |
Regozijeis | ἀγαλλιάω (agalliáō) | Alegria transbordante | A presença de Cristo gera júbilo eterno | Focar no céu para enfrentar a terra |
SUBSÍDIOS PARA O ESTUDO DIÁRIO
2ª feira - 1 Pedro 4.12,13; Apocalipse 3.10
Suporte as provas; Deus guarda os fiéis na tribulação
3ª feira - Hebreus 13.2; Romanos 12.13
Pratique a hospitalidade; acolha com amor
4ª feira - 2 Coríntios 4.1 7; 1 Pedro 4.16
Sofrimentos são momentâneos, mas a glória é eterna
5ª feira - 1 Pedro 4.17; Ezequiel 9.6
O juízo começa pela casa de Deus
6ª feira - João 21.15-17
Ame a Cristo e apascente Suas ovelhas
Sábado - 1 Pedro 5.9; Tiago 4.7; Efésios 4.27
Resista ao diabo e permaneça firme na fé
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
2ª feira – 1 Pedro 4.12-13; Apocalipse 3.10
Tema: Suporte as provas; Deus guarda os fiéis na tribulação
Comentário Teológico:
Em 1 Pedro 4.12-13, o apóstolo usa o termo grego πύρωσις (pýrosis, “provação pelo fogo”), remetendo à ideia de purificação e teste de autenticidade, como no processo de refinar metais (cf. Ml 3.3). Pedro incentiva os crentes a não se surpreenderem (ξενίζεσθε, “estranhar”, “considerar fora do comum”) quando passarem por sofrimentos, pois estes fazem parte da vida cristã. Em Apocalipse 3.10, o verbo τηρέω (tēréō, “guardar, preservar”) indica a ação contínua e protetora de Cristo sobre os fiéis, prometendo preservá-los “da hora da tentação” (ἐκ τῆς ὥρας τοῦ πειρασμοῦ), o que pode indicar livramento ou fortalecimento em meio à provação.
Referências acadêmicas:
- Marshall, I. H. 1 Peter (The IVP New Testament Commentary) — afirma que Pedro liga sofrimento e glória como partes inseparáveis da jornada cristã.
- Beale, G. K. The Book of Revelation — destaca que “guardar” no Apocalipse não é apenas livrar do sofrimento, mas capacitar a perseverar nele.
Aplicação:
O cristão fiel não deve buscar escapar de todas as dificuldades, mas aprender a permanecer firme, confiando que Deus o guarda mesmo no meio do fogo das provações.
3ª feira – Hebreus 13.2; Romanos 12.13
Tema: Pratique a hospitalidade; acolha com amor
Comentário Teológico:
O termo φιλοξενία (philoxenía) em Hebreus 13.2 significa “amor ao estrangeiro”, não apenas hospedagem. A passagem lembra que, ao acolher estranhos, alguns hospedaram anjos (ἄγγελοι), remetendo a Abraão (Gn 18) e Ló (Gn 19). Em Romanos 12.13, Paulo exorta à κοινωνία (koinonía, “compartilhamento, comunhão”) com os santos em suas necessidades, e à διώκοντες (diōkontes, “perseguir, empenhar-se intensamente”) hospitalidade, indicando que não é algo casual, mas diligente.
Referências acadêmicas:
- Lane, W. L. Hebrews — afirma que hospitalidade no NT é uma expressão concreta de amor fraternal e fé prática.
- Moo, D. The Epistle to the Romans — destaca que hospitalidade é uma marca visível do discipulado cristão.
Aplicação:
A hospitalidade bíblica não é apenas abrir as portas da casa, mas abrir o coração e agir proativamente para servir os outros.
4ª feira – 2 Coríntios 4.17; 1 Pedro 4.16
Tema: Sofrimentos são momentâneos, mas a glória é eterna
Comentário Teológico:
Em 2 Coríntios 4.17, Paulo contrasta o “peso” (βάρος, baros, “peso, carga”) da glória eterna com a leveza (ἐλαφρός, elaphrós, “leve, sem peso”) das aflições presentes, reforçando a perspectiva eterna. Em 1 Pedro 4.16, o termo χριστιανός (christianós, “seguidor de Cristo”) aparece apenas três vezes no NT, e aqui é usado para encorajar a não ter vergonha de sofrer por este nome, mas glorificar (δοξάζω, doxázō) a Deus.
Referências acadêmicas:
- Harris, M. The Second Epistle to the Corinthians — mostra que Paulo vê as aflições como temporárias e com valor pedagógico espiritual.
- Grudem, W. 1 Peter — afirma que sofrer como cristão é participar da honra de Cristo.
Aplicação:
A perspectiva eterna dá ao cristão força para enfrentar sofrimentos, sabendo que a glória vindoura é incomparavelmente maior.
5ª feira – 1 Pedro 4.17; Ezequiel 9.6
Tema: O juízo começa pela casa de Deus
Comentário Teológico:
Em 1 Pedro 4.17, “casa de Deus” (οἶκος τοῦ Θεοῦ, oikos tou Theou) refere-se à comunidade dos crentes. O verbo ἄρχομαι (archomai, “começar”) indica que o juízo inicia entre o povo de Deus, como purificação, antes de alcançar o mundo. Em Ezequiel 9.6, a ordem “começai pelo meu santuário” (הֵחֵלּוּ מִמִּקְדָּשִׁי, heḥēlû mimmiqdāshî) reflete o princípio de que Deus julga primeiramente os que estão mais próximos dEle.
Referências acadêmicas:
- Davids, P. The First Epistle of Peter — destaca que o juízo divino sobre os crentes é corretivo, não condenatório.
- Block, D. The Book of Ezekiel — enfatiza a seriedade da santidade de Deus diante do pecado do Seu povo.
Aplicação:
Antes de apontar para o mundo, a Igreja deve examinar a si mesma, pois Deus começa a purificação dentro de Sua casa.
6ª feira – João 21.15-17
Tema: Ame a Cristo e apascente Suas ovelhas
Comentário Teológico:
Jesus pergunta a Pedro se Ele o ama usando duas palavras gregas: ἀγαπάω (agapáō, “amor sacrificial”) nas duas primeiras vezes, e φιλέω (philéō, “amor fraternal, afeto”) na terceira. O chamado para “apascentar” (ποιμαίνω, poimaínō, “pastorear, cuidar”) e “alimentar” (βόσκω, bóskō, “dar de comer”) as ovelhas reforça que amor por Cristo se traduz em cuidado pastoral ativo.
Referências acadêmicas:
- Carson, D. A. The Gospel According to John — vê no diálogo uma restauração completa do ministério de Pedro.
- Köstenberger, A. John — interpreta a variação de verbos como uma ênfase estilística, mas que mantém o foco no compromisso pastoral.
Aplicação:
O verdadeiro amor por Jesus é comprovado no cuidado e serviço fiel ao Seu rebanho.
Sábado – 1 Pedro 5.9; Tiago 4.7; Efésios 4.27
Tema: Resista ao diabo e permaneça firme na fé
Comentário Teológico:
O verbo ἀνθίστημι (anthístēmi, “opor-se, resistir”) em 1 Pedro 5.9 e Tiago 4.7 indica resistência ativa e contínua contra o diabo. Efésios 4.27 usa o verbo δίδωμι (dídōmi, “dar”) em “não deis lugar” (τόπος, tópos, “espaço, oportunidade”), mostrando que a abertura para o inimigo vem por negligência espiritual.
Referências acadêmicas:
- Green, G. 1 Peter — enfatiza que a resistência não é passiva, mas envolve fé firme.
- O’Brien, P. The Letter to the Ephesians — lembra que “não dar lugar” ao diabo envolve vigilância e santidade prática.
Aplicação:
A vida cristã exige vigilância constante, resistência ativa ao mal e firmeza na fé.
Tabela Expositiva – Subsídios para Estudo Diário
Dia
Texto Bíblico
Palavra-chave (grego/hebraico)
Significado
Aplicação Prática
2ª feira
1Pe 4.12-13; Ap 3.10
πύρωσις / τηρέω
Provação pelo fogo / Guardar, preservar
Permanecer firme na prova, confiando na proteção de Cristo
3ª feira
Hb 13.2; Rm 12.13
φιλοξενία / διώκοντες
Amor ao estrangeiro / Buscar com empenho
Praticar hospitalidade ativa e amorosa
4ª feira
2Co 4.17; 1Pe 4.16
βάρος / χριστιανός
Peso, glória / Seguidor de Cristo
Enfrentar sofrimentos com perspectiva eterna
5ª feira
1Pe 4.17; Ez 9.6
οἶκος τοῦ Θεοῦ / מִמִּקְדָּשִׁי
Casa de Deus / Do meu santuário
Buscar santidade, pois o juízo começa na Igreja
6ª feira
Jo 21.15-17
ἀγαπάω, φιλέω, ποιμαίνω
Amor sacrificial, fraternal / Pastorear
Provar amor a Cristo cuidando do Seu rebanho
Sábado
1Pe 5.9; Tg 4.7; Ef 4.27
ἀνθίστημι / τόπος
Resistir / Lugar, oportunidade
Resistir ativamente ao diabo e não abrir brechas
2ª feira – 1 Pedro 4.12-13; Apocalipse 3.10
Tema: Suporte as provas; Deus guarda os fiéis na tribulação
Comentário Teológico:
Em 1 Pedro 4.12-13, o apóstolo usa o termo grego πύρωσις (pýrosis, “provação pelo fogo”), remetendo à ideia de purificação e teste de autenticidade, como no processo de refinar metais (cf. Ml 3.3). Pedro incentiva os crentes a não se surpreenderem (ξενίζεσθε, “estranhar”, “considerar fora do comum”) quando passarem por sofrimentos, pois estes fazem parte da vida cristã. Em Apocalipse 3.10, o verbo τηρέω (tēréō, “guardar, preservar”) indica a ação contínua e protetora de Cristo sobre os fiéis, prometendo preservá-los “da hora da tentação” (ἐκ τῆς ὥρας τοῦ πειρασμοῦ), o que pode indicar livramento ou fortalecimento em meio à provação.
Referências acadêmicas:
- Marshall, I. H. 1 Peter (The IVP New Testament Commentary) — afirma que Pedro liga sofrimento e glória como partes inseparáveis da jornada cristã.
- Beale, G. K. The Book of Revelation — destaca que “guardar” no Apocalipse não é apenas livrar do sofrimento, mas capacitar a perseverar nele.
Aplicação:
O cristão fiel não deve buscar escapar de todas as dificuldades, mas aprender a permanecer firme, confiando que Deus o guarda mesmo no meio do fogo das provações.
3ª feira – Hebreus 13.2; Romanos 12.13
Tema: Pratique a hospitalidade; acolha com amor
Comentário Teológico:
O termo φιλοξενία (philoxenía) em Hebreus 13.2 significa “amor ao estrangeiro”, não apenas hospedagem. A passagem lembra que, ao acolher estranhos, alguns hospedaram anjos (ἄγγελοι), remetendo a Abraão (Gn 18) e Ló (Gn 19). Em Romanos 12.13, Paulo exorta à κοινωνία (koinonía, “compartilhamento, comunhão”) com os santos em suas necessidades, e à διώκοντες (diōkontes, “perseguir, empenhar-se intensamente”) hospitalidade, indicando que não é algo casual, mas diligente.
Referências acadêmicas:
- Lane, W. L. Hebrews — afirma que hospitalidade no NT é uma expressão concreta de amor fraternal e fé prática.
- Moo, D. The Epistle to the Romans — destaca que hospitalidade é uma marca visível do discipulado cristão.
Aplicação:
A hospitalidade bíblica não é apenas abrir as portas da casa, mas abrir o coração e agir proativamente para servir os outros.
4ª feira – 2 Coríntios 4.17; 1 Pedro 4.16
Tema: Sofrimentos são momentâneos, mas a glória é eterna
Comentário Teológico:
Em 2 Coríntios 4.17, Paulo contrasta o “peso” (βάρος, baros, “peso, carga”) da glória eterna com a leveza (ἐλαφρός, elaphrós, “leve, sem peso”) das aflições presentes, reforçando a perspectiva eterna. Em 1 Pedro 4.16, o termo χριστιανός (christianós, “seguidor de Cristo”) aparece apenas três vezes no NT, e aqui é usado para encorajar a não ter vergonha de sofrer por este nome, mas glorificar (δοξάζω, doxázō) a Deus.
Referências acadêmicas:
- Harris, M. The Second Epistle to the Corinthians — mostra que Paulo vê as aflições como temporárias e com valor pedagógico espiritual.
- Grudem, W. 1 Peter — afirma que sofrer como cristão é participar da honra de Cristo.
Aplicação:
A perspectiva eterna dá ao cristão força para enfrentar sofrimentos, sabendo que a glória vindoura é incomparavelmente maior.
5ª feira – 1 Pedro 4.17; Ezequiel 9.6
Tema: O juízo começa pela casa de Deus
Comentário Teológico:
Em 1 Pedro 4.17, “casa de Deus” (οἶκος τοῦ Θεοῦ, oikos tou Theou) refere-se à comunidade dos crentes. O verbo ἄρχομαι (archomai, “começar”) indica que o juízo inicia entre o povo de Deus, como purificação, antes de alcançar o mundo. Em Ezequiel 9.6, a ordem “começai pelo meu santuário” (הֵחֵלּוּ מִמִּקְדָּשִׁי, heḥēlû mimmiqdāshî) reflete o princípio de que Deus julga primeiramente os que estão mais próximos dEle.
Referências acadêmicas:
- Davids, P. The First Epistle of Peter — destaca que o juízo divino sobre os crentes é corretivo, não condenatório.
- Block, D. The Book of Ezekiel — enfatiza a seriedade da santidade de Deus diante do pecado do Seu povo.
Aplicação:
Antes de apontar para o mundo, a Igreja deve examinar a si mesma, pois Deus começa a purificação dentro de Sua casa.
6ª feira – João 21.15-17
Tema: Ame a Cristo e apascente Suas ovelhas
Comentário Teológico:
Jesus pergunta a Pedro se Ele o ama usando duas palavras gregas: ἀγαπάω (agapáō, “amor sacrificial”) nas duas primeiras vezes, e φιλέω (philéō, “amor fraternal, afeto”) na terceira. O chamado para “apascentar” (ποιμαίνω, poimaínō, “pastorear, cuidar”) e “alimentar” (βόσκω, bóskō, “dar de comer”) as ovelhas reforça que amor por Cristo se traduz em cuidado pastoral ativo.
Referências acadêmicas:
- Carson, D. A. The Gospel According to John — vê no diálogo uma restauração completa do ministério de Pedro.
- Köstenberger, A. John — interpreta a variação de verbos como uma ênfase estilística, mas que mantém o foco no compromisso pastoral.
Aplicação:
O verdadeiro amor por Jesus é comprovado no cuidado e serviço fiel ao Seu rebanho.
Sábado – 1 Pedro 5.9; Tiago 4.7; Efésios 4.27
Tema: Resista ao diabo e permaneça firme na fé
Comentário Teológico:
O verbo ἀνθίστημι (anthístēmi, “opor-se, resistir”) em 1 Pedro 5.9 e Tiago 4.7 indica resistência ativa e contínua contra o diabo. Efésios 4.27 usa o verbo δίδωμι (dídōmi, “dar”) em “não deis lugar” (τόπος, tópos, “espaço, oportunidade”), mostrando que a abertura para o inimigo vem por negligência espiritual.
Referências acadêmicas:
- Green, G. 1 Peter — enfatiza que a resistência não é passiva, mas envolve fé firme.
- O’Brien, P. The Letter to the Ephesians — lembra que “não dar lugar” ao diabo envolve vigilância e santidade prática.
Aplicação:
A vida cristã exige vigilância constante, resistência ativa ao mal e firmeza na fé.
Tabela Expositiva – Subsídios para Estudo Diário
Dia | Texto Bíblico | Palavra-chave (grego/hebraico) | Significado | Aplicação Prática |
2ª feira | 1Pe 4.12-13; Ap 3.10 | πύρωσις / τηρέω | Provação pelo fogo / Guardar, preservar | Permanecer firme na prova, confiando na proteção de Cristo |
3ª feira | Hb 13.2; Rm 12.13 | φιλοξενία / διώκοντες | Amor ao estrangeiro / Buscar com empenho | Praticar hospitalidade ativa e amorosa |
4ª feira | 2Co 4.17; 1Pe 4.16 | βάρος / χριστιανός | Peso, glória / Seguidor de Cristo | Enfrentar sofrimentos com perspectiva eterna |
5ª feira | 1Pe 4.17; Ez 9.6 | οἶκος τοῦ Θεοῦ / מִמִּקְדָּשִׁי | Casa de Deus / Do meu santuário | Buscar santidade, pois o juízo começa na Igreja |
6ª feira | Jo 21.15-17 | ἀγαπάω, φιλέω, ποιμαίνω | Amor sacrificial, fraternal / Pastorear | Provar amor a Cristo cuidando do Seu rebanho |
Sábado | 1Pe 5.9; Tg 4.7; Ef 4.27 | ἀνθίστημι / τόπος | Resistir / Lugar, oportunidade | Resistir ativamente ao diabo e não abrir brechas |
OBJETIVOS
Ao término do estudo bíblico, o aluno deverá:
- compreender que a reflexão sobre o sofrimento de Cristo prepara para a luta contra o pecado;
- reconhecer a gloriosa promessa de alegria perene para aqueles que aceitam sofrer injustamente por amor a Cristo;
- entender que a humildade é a marca essencial de todo líder cristão.
ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS
Prezado professor, ao conduzir esta lição, incentive os alunos a refletirem sobre o sofrimento de Jesus como inspiração para sua própria jornada de fé, destacando a importância da mortificação, do amor fraternal e da esperança gloriosa em Cristo, nosso Senhor.
Se houver espaço em seu plano de aula, divida a turma em pequenos grupos e peça que cada equipe identifique e compartilhe situações práticas em que possam demonstrar perseverança, amor ao próximo e confiança em Deus diante das adversidades.
Conclua com um momento de oração, reforçando o esplendor da glória eterna que aguarda os salvos.
Boa aula!
DINAMICA EXTRA
Comentário de Hubner Braz
Dinâmica: “O Peso e a Coroa”
📖 Texto-chave: 1 Pedro 4.13
🎯 Objetivo
Demonstrar de forma prática que, apesar do peso do sofrimento, o crente pode olhar para a recompensa e manter a alegria abundante em Cristo.
Materiais Necessários
- Uma mochila ou bolsa resistente.
- Pedras ou objetos pesados (representando as aflições).
- Uma coroa de papel, plástico ou metal simbólica (representando a glória futura).
- Etiquetas ou papéis pequenos com palavras como: perseguição, injustiça, calúnia, enfermidade, perda, escassez, rejeição (ou outras situações que causam sofrimento).
Passo a Passo
- Introdução
O professor lê 1 Pedro 4.12-13 e explica que o sofrimento do cristão não é sem propósito, mas uma participação nos sofrimentos de Cristo, que resultará em alegria e glória eterna. - Ilustração Prática
- Escolha um voluntário e coloque a mochila vazia nas costas dele.
- Leia um exemplo de sofrimento (das etiquetas) e, a cada um, coloque uma pedra ou peso na mochila.
- Mostre como o peso vai aumentando, dificultando o caminhar.
- Aplicação da Coroa
- Depois que a mochila estiver cheia, mostre a coroa.
- Leia 2 Coríntios 4.17 (“Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós um peso eterno de glória mui excelente”).
- Explique que o sofrimento não é o fim — a coroa é a recompensa.
- Coloque a coroa no voluntário, simbolizando a vitória final.
- Reflexão Final
- Retire os pesos, mas mantenha a coroa, para mostrar que na eternidade não haverá mais dor nem lágrimas (Ap 21.4).
- Enfatize que a alegria abundante no sofrimento vem da esperança e da certeza da glória futura.
Aplicação Prática
- Mesmo que hoje a mochila esteja pesada, lembre-se: a coroa já está preparada.
- O sofrimento é temporário, mas a glória é eterna.
- Nossa reação de alegria em meio às provas é um testemunho poderoso para o mundo.
Dinâmica: “O Peso e a Coroa”
📖 Texto-chave: 1 Pedro 4.13
🎯 Objetivo
Demonstrar de forma prática que, apesar do peso do sofrimento, o crente pode olhar para a recompensa e manter a alegria abundante em Cristo.
Materiais Necessários
- Uma mochila ou bolsa resistente.
- Pedras ou objetos pesados (representando as aflições).
- Uma coroa de papel, plástico ou metal simbólica (representando a glória futura).
- Etiquetas ou papéis pequenos com palavras como: perseguição, injustiça, calúnia, enfermidade, perda, escassez, rejeição (ou outras situações que causam sofrimento).
Passo a Passo
- Introdução
O professor lê 1 Pedro 4.12-13 e explica que o sofrimento do cristão não é sem propósito, mas uma participação nos sofrimentos de Cristo, que resultará em alegria e glória eterna. - Ilustração Prática
- Escolha um voluntário e coloque a mochila vazia nas costas dele.
- Leia um exemplo de sofrimento (das etiquetas) e, a cada um, coloque uma pedra ou peso na mochila.
- Mostre como o peso vai aumentando, dificultando o caminhar.
- Aplicação da Coroa
- Depois que a mochila estiver cheia, mostre a coroa.
- Leia 2 Coríntios 4.17 (“Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós um peso eterno de glória mui excelente”).
- Explique que o sofrimento não é o fim — a coroa é a recompensa.
- Coloque a coroa no voluntário, simbolizando a vitória final.
- Reflexão Final
- Retire os pesos, mas mantenha a coroa, para mostrar que na eternidade não haverá mais dor nem lágrimas (Ap 21.4).
- Enfatize que a alegria abundante no sofrimento vem da esperança e da certeza da glória futura.
Aplicação Prática
- Mesmo que hoje a mochila esteja pesada, lembre-se: a coroa já está preparada.
- O sofrimento é temporário, mas a glória é eterna.
- Nossa reação de alegria em meio às provas é um testemunho poderoso para o mundo.
COMENTÁRIO
Palavra introdutória
Ao analisar a primeira carta de Pedro, é imprescindível considerar o sofrimento de Cristo (1 Pe 2.21) como o eixo centrai de sua mensagem. O texto apresenta certa complexidade interpretativa, uma vez que o apóstolo transita rapidamente entre diferentes assuntos, compondo uma estrutura mais temática do que linear, característica de sua abordagem pastoral e exortativa.
Nesta lição, serão abordados quatro grandes temas: a identificação do crente com Cristo em diversas áreas da vida (1 Pe 4.1-19); a importância de uma liderança espiritual autêntica (1 Pe 5.1-4); instruções para os jovens (1 Pe 5.5-7); e, por fim, a orientação sobre como resistir aos ardis do adversário (1 Pe 5.8-12)..
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
Introdução à Primeira Carta de Pedro
1. Contexto Geral e Estrutura Temática
A Primeira Carta de Pedro foi escrita por volta do ano 60-65 d.C., destinada a cristãos dispersos em diversas províncias da Ásia Menor (1 Pe 1.1). O tom epistolar é pastoral e encorajador, endereçado a uma comunidade que enfrentava sofrimentos, perseguições e desafios espirituais.
O apóstolo Pedro não organiza sua carta de forma linear, mas sim por temas interligados, característica típica das cartas pastorais do Novo Testamento. Essa estrutura temática se deve à necessidade de abordar diferentes aspectos da vida cristã em meio à tribulação, estimulando a identificação com Cristo, a perseverança e o crescimento espiritual.
2. O Sofrimento de Cristo como Eixo Central (1 Pe 2.21)
A expressão grega que merece destaque é “τύπος” (typos) em 1 Pe 2.21, que significa "modelo" ou "exemplo". Cristo é apresentado como o modelo perfeito de sofrimento aceito voluntariamente, que serve de paradigma para o crente. Pedro exorta os cristãos a imitarem o Senhor, vivendo uma vida de santidade e paciência mesmo em meio ao sofrimento.
O sofrimento não é meramente passivo, mas tem propósito redentor e formativo (cf. Hebreus 12.1-3). Assim, a identificação com Cristo na dor é também uma identificação com sua missão e vitória.
3. Temas Abordados na Lição
a) Identificação do Crente com Cristo (1 Pe 4.1-19)
Aqui, Pedro usa o verbo grego “παρακαλέω” (parakaleo), que significa “exortar” ou “encorajar”, para fortalecer os cristãos a sofrerem como Jesus sofreu, resistindo ao pecado e vivendo de acordo com a vontade de Deus. A palavra “πάσχω” (pascho) – sofrer – é recorrente, indicando que o sofrimento é uma realidade inevitável para o seguidor de Cristo, mas que deve ser suportado com esperança.
b) Liderança Espiritual Autêntica (1 Pe 5.1-4)
Pedro chama os presbíteros a “ποιμαίνω” (poimaino), ou seja, “pastorear” o rebanho de Deus com humildade e prontidão, não por ganância, mas por amor. Este termo remete à imagem do pastor, cuidando do povo com dedicação e exemplo, fundamental para a saúde espiritual da igreja.
c) Instruções para os Jovens (1 Pe 5.5-7)
A exortação para que os jovens se sujeitem aos anciãos (5.5) é uma chamada à humildade, traduzida na palavra “ταπεινόω” (tapeinoo), que significa “humilhar-se”. A submissão e a humildade são essenciais para a convivência saudável e para o crescimento espiritual comunitário.
d) Resistência aos Ardis do Adversário (1 Pe 5.8-12)
Pedro usa a imagem do “λύκος ὠρυόμενος” (lykos orymēnos), o “lobo que ruge”, para ilustrar Satanás como inimigo que busca devorar os cristãos (v.8). A exortação para vigilância (“γρηγορέω” - gregoreo, estar alerta) e resistência firmada na fé é crucial para a vitória sobre as ciladas do diabo.
4. Referências Acadêmicas Cristãs
- Wayne Grudem, Comentário Bíblico do Novo Testamento, destaca que 1 Pedro enfatiza a “esperança viva” no meio do sofrimento e a identidade do crente como “estrangeiro e peregrino” nesta terra.
- Douglas J. Moo, em seu comentário sobre 1 Pedro (Eerdmans), chama a atenção para a linguagem de sofrimento como participação na obra redentora de Cristo, vital para a formação da santidade cristã.
- NT Wright ressalta que o sofrimento da igreja primitiva refletia o custo real do discipulado, e que a carta encoraja a perseverança com um forte senso de identidade e esperança escatológica.
5. Aplicação Pessoal
- O cristão é chamado a identificar-se com Cristo não apenas em sua vitória, mas também em seu sofrimento, mantendo a fé e a esperança na glória futura.
- A liderança na igreja deve ser exercida com humildade e exemplo, afastando-se do poder mundano e buscando o cuidado genuíno da comunidade.
- Os jovens e os mais velhos devem cultivar a humildade e a submissão mútua, fortalecendo a unidade no corpo de Cristo.
- A vigilância espiritual constante é necessária para resistir às investidas de Satanás, firmados na fé e no poder do Espírito Santo.
6. Tabela Expositiva
Tema
Texto Base
Palavra Grega/Conceito
Comentário Teológico
Aplicação Pessoal
Sofrimento de Cristo como modelo
1 Pe 2.21
τύπος (Typos) – modelo
Cristo como exemplo para o sofrimento crente
Enfrentar tribulações com esperança
Vida segundo a vontade de Deus
1 Pe 4.1-19
παρακαλέω (Parakaleo) – exortar
Sofrer com propósito, rejeitar o pecado
Perseverar em meio às provas
Liderança espiritual autêntica
1 Pe 5.1-4
ποιμαίνω (Poimaino) – pastorear
Cuidar do rebanho com amor e humildade
Servir com dedicação e integridade
Submissão e humildade
1 Pe 5.5-7
ταπεινόω (Tapeinoo) – humilhar-se
Respeito e ordem para crescimento espiritual
Cultivar humildade e respeito mútuo
Resistência ao inimigo
1 Pe 5.8-12
λύκος ὠρυόμενος (Lykos orymēnos) – lobo feroz
Satanás, inimigo que deve ser resistido vigilante
Permanecer alerta e firme na fé
Introdução à Primeira Carta de Pedro
1. Contexto Geral e Estrutura Temática
A Primeira Carta de Pedro foi escrita por volta do ano 60-65 d.C., destinada a cristãos dispersos em diversas províncias da Ásia Menor (1 Pe 1.1). O tom epistolar é pastoral e encorajador, endereçado a uma comunidade que enfrentava sofrimentos, perseguições e desafios espirituais.
O apóstolo Pedro não organiza sua carta de forma linear, mas sim por temas interligados, característica típica das cartas pastorais do Novo Testamento. Essa estrutura temática se deve à necessidade de abordar diferentes aspectos da vida cristã em meio à tribulação, estimulando a identificação com Cristo, a perseverança e o crescimento espiritual.
2. O Sofrimento de Cristo como Eixo Central (1 Pe 2.21)
A expressão grega que merece destaque é “τύπος” (typos) em 1 Pe 2.21, que significa "modelo" ou "exemplo". Cristo é apresentado como o modelo perfeito de sofrimento aceito voluntariamente, que serve de paradigma para o crente. Pedro exorta os cristãos a imitarem o Senhor, vivendo uma vida de santidade e paciência mesmo em meio ao sofrimento.
O sofrimento não é meramente passivo, mas tem propósito redentor e formativo (cf. Hebreus 12.1-3). Assim, a identificação com Cristo na dor é também uma identificação com sua missão e vitória.
3. Temas Abordados na Lição
a) Identificação do Crente com Cristo (1 Pe 4.1-19)
Aqui, Pedro usa o verbo grego “παρακαλέω” (parakaleo), que significa “exortar” ou “encorajar”, para fortalecer os cristãos a sofrerem como Jesus sofreu, resistindo ao pecado e vivendo de acordo com a vontade de Deus. A palavra “πάσχω” (pascho) – sofrer – é recorrente, indicando que o sofrimento é uma realidade inevitável para o seguidor de Cristo, mas que deve ser suportado com esperança.
b) Liderança Espiritual Autêntica (1 Pe 5.1-4)
Pedro chama os presbíteros a “ποιμαίνω” (poimaino), ou seja, “pastorear” o rebanho de Deus com humildade e prontidão, não por ganância, mas por amor. Este termo remete à imagem do pastor, cuidando do povo com dedicação e exemplo, fundamental para a saúde espiritual da igreja.
c) Instruções para os Jovens (1 Pe 5.5-7)
A exortação para que os jovens se sujeitem aos anciãos (5.5) é uma chamada à humildade, traduzida na palavra “ταπεινόω” (tapeinoo), que significa “humilhar-se”. A submissão e a humildade são essenciais para a convivência saudável e para o crescimento espiritual comunitário.
d) Resistência aos Ardis do Adversário (1 Pe 5.8-12)
Pedro usa a imagem do “λύκος ὠρυόμενος” (lykos orymēnos), o “lobo que ruge”, para ilustrar Satanás como inimigo que busca devorar os cristãos (v.8). A exortação para vigilância (“γρηγορέω” - gregoreo, estar alerta) e resistência firmada na fé é crucial para a vitória sobre as ciladas do diabo.
4. Referências Acadêmicas Cristãs
- Wayne Grudem, Comentário Bíblico do Novo Testamento, destaca que 1 Pedro enfatiza a “esperança viva” no meio do sofrimento e a identidade do crente como “estrangeiro e peregrino” nesta terra.
- Douglas J. Moo, em seu comentário sobre 1 Pedro (Eerdmans), chama a atenção para a linguagem de sofrimento como participação na obra redentora de Cristo, vital para a formação da santidade cristã.
- NT Wright ressalta que o sofrimento da igreja primitiva refletia o custo real do discipulado, e que a carta encoraja a perseverança com um forte senso de identidade e esperança escatológica.
5. Aplicação Pessoal
- O cristão é chamado a identificar-se com Cristo não apenas em sua vitória, mas também em seu sofrimento, mantendo a fé e a esperança na glória futura.
- A liderança na igreja deve ser exercida com humildade e exemplo, afastando-se do poder mundano e buscando o cuidado genuíno da comunidade.
- Os jovens e os mais velhos devem cultivar a humildade e a submissão mútua, fortalecendo a unidade no corpo de Cristo.
- A vigilância espiritual constante é necessária para resistir às investidas de Satanás, firmados na fé e no poder do Espírito Santo.
6. Tabela Expositiva
Tema | Texto Base | Palavra Grega/Conceito | Comentário Teológico | Aplicação Pessoal |
Sofrimento de Cristo como modelo | 1 Pe 2.21 | τύπος (Typos) – modelo | Cristo como exemplo para o sofrimento crente | Enfrentar tribulações com esperança |
Vida segundo a vontade de Deus | 1 Pe 4.1-19 | παρακαλέω (Parakaleo) – exortar | Sofrer com propósito, rejeitar o pecado | Perseverar em meio às provas |
Liderança espiritual autêntica | 1 Pe 5.1-4 | ποιμαίνω (Poimaino) – pastorear | Cuidar do rebanho com amor e humildade | Servir com dedicação e integridade |
Submissão e humildade | 1 Pe 5.5-7 | ταπεινόω (Tapeinoo) – humilhar-se | Respeito e ordem para crescimento espiritual | Cultivar humildade e respeito mútuo |
Resistência ao inimigo | 1 Pe 5.8-12 | λύκος ὠρυόμενος (Lykos orymēnos) – lobo feroz | Satanás, inimigo que deve ser resistido vigilante | Permanecer alerta e firme na fé |
1. IDENTIFICAÇÃO COM CRISTO
Desde o primeiro capítulo de sua primeira carta, Pedro introduz o tema do sofrimento como uma preparação para os desafios maiores que os cristãos viriam a enfrentar. No quarto capítulo, ele convoca os leitores a se identificarem com Cristo em três aspectos: sofrimento, amor e glorificação.
1.1. No sofrimento
A vida terrena é breve comparada à eternidade; por essa razão, Pedro encoraja os cristãos a adotarem a disposição de Cristo em suportar o sofrimento (1 Pe 4.1), destacando a importância do sacrifício de mortificação como parte essencial da jornada cristã.
O sofrimento é a evidência de que o crente está crucificado com Cristo e possui a capacidade de vencer a carne e suas paixões. Paulo reforça esse princípio: E os que são de Cristo crucificaram a carne com as suas paixões e concupiscências (GI 5.24).
1.1.1. Vivendo sob a vontade de Deus
O prazer legítimo é uma dádiva, desde que respeite os limites estabelecidos por Deus em aspectos como sexo,
alimentação, descanso e lazer. O texto bíblico apresenta três tipos de vontade: a da carne (1 Pe 4.2a), a de Deus (1 Pe 4.2b,19) e a do mundo (= pagãos ou gentios, cf. 1 Pe 4.3,4). Diante do crente, a escolha é clara: viver segundo as paixões humanas ou submeter-se à vontade do Senhor (1 Pe 4.2).
O chamado à santidade conduz naturalmente a um distanciamento dos padrões mundanos, o que pode causar
perplexidade e até escárnio por parte dos ímpios (1 Pe 4.4).
No entanto, cada pessoa prestará contas diante de Deus (1 Pe 4.5). Para os descrentes, essa advertência é uma oportunidade de arrependimento; para os salvos, um convite à sobriedade e à vigilância contínua na oração, como expressão de confiança e esperança no Senhor (1 Pe 4. 7).
1.2. No amor
O amor cristão deve ser demonstrado em atitudes concretas, não em palavras vazias. Esse tipo de amor, descrito com o termo grego ektené, deve ser intenso e constante, forte o suficiente para relevar ofensas: O amor cobrirá a multidão de pecados (1 Pe 4.8). Nos versículos 7 a 11, Pedro apresenta sete orientações práticas, introduzindo o conceito de mordomia cristã. Observe:
- Sejam sóbrios - é fundamental manter a mente clara e o autocontrole para viver com discernimento (1 Pe 4. 7).
- Vigiem em oração - é requerida uma atitude constante de oração e vigilância, como expressão de dependência de Deus (1 Pe 4.7).
- Tenham ardente amor uns para com os outros - é indispensável demonstrar amor fervoroso, que cobre multidões de pecados e promove unidade (1 Pe 4.8).
- Sejam hospitaleiros, sem murmurações - essa prática era comum na Igreja primitiva e herança cultural do judaísmo (Hb 13.2). No Antigo Testamento, a hospitalidade obedecia à Lei; no Novo, tornou-se expressão de amor cristão (1 Pe 4.9).
- Sejam mordomos dos dons de Deus - é necessário administrar os dons recebidos para a edificação do Corpo de Cristo, reconhecendo que todo crente possui pelo menos um dom (1 Pe 4.10; cf. Ef 4.11,12; 1 Co 12.7).
- Falem de acordo com os oráculos de Deus - é imperativo proclamar a verdade com fidelidade, seja na pregação, profecia ou fala cotidiana, evitando palavras que desagradem a Deus (1 Pe 4.11; cf. Is 50.4; Ef 4.29).
- Administrem segundo o poder de Deus - é crucial servir com zelo e disposição para beneficiar o próximo, conforme a força que Deus concede (1 Pe 4.11; cf. Rm 12.6-8).
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
Identificação com Cristo – 1 Pedro 4
1. Identificação com Cristo no Sofrimento (1 Pe 4.1-2)
Pedro chama o crente a assumir a mesma atitude de Cristo diante do sofrimento, expressa no verbo grego “πάσχω” (pascho), que significa “sofrer” ou “passar por algo”, indicando uma participação ativa no sofrimento. Esse sofrimento é para Pedro um “τύπος” (modelo), uma identificação profunda com a experiência redentora de Jesus.
O termo “νηπενθής” (nepenthēs), que aparece em outras passagens para designar “mortificação”, conecta-se à ideia de crucificar a carne, como Paulo enfatiza em Gálatas 5.24, usando a expressão “ἐσταύρωσαν τὴν σάρκα” (estaurōsan tēn sarka) – “crucificaram a carne”. A mortificação não é morte literal, mas um exercício espiritual de domínio sobre as paixões.
Aplicação: O cristão é convidado a renunciar aos desejos desordenados, vivendo a santidade não por imposição, mas por identificação com Cristo e desejo sincero de agradar a Deus.
1.1. Vivendo sob a vontade de Deus
Pedro destaca três tipos de vontade:
- Vontade da carne (σάρξ - sarx) — desejos egoístas e mundanos.
- Vontade de Deus (θέλημα θεοῦ - thelēma Theou) — aquilo que é bom, agradável e perfeito (Rm 12.2).
- Vontade do mundo (κόσμος - kosmos) — sistema pagão e hostil a Deus.
O contraste enfatiza a "ἀνακοπτόμενοι" (anakoptomenoi), palavra que expressa o processo de se desligar da antiga vida, típico de uma conversão verdadeira. A consequência de viver conforme a carne é o escárnio dos gentios, representando a oposição do mundo (1 Pe 4.3-4).
Aplicação: A fé cristã demanda uma ruptura consciente e contínua com os valores do mundo, ainda que isso provoque incompreensão ou rejeição social.
2. Identificação com Cristo no Amor (1 Pe 4.7-11)
O amor cristão em 1 Pedro é descrito pela palavra “ἐκτενής” (ektenēs) — “intenso”, “ardente”, um amor que transcende o mero sentimentalismo, caracterizando-se por atos concretos de misericórdia e perdão. A ideia de que o amor “cobre a multidão de pecados” (1 Pe 4.8) traduz a palavra “καλύπτω” (kalyptō), que sugere ocultar, proteger e perdoar.
Pedro lista instruções práticas para a vida em comunidade:
Versículo
Instrução
Palavra Grega
Comentário Teológico
4.7
Sejam sóbrios
νήφαλοι (nēphaloi)
Clareza mental, autocontrole para discernimento
4.7
Vigiem em oração
γρηγορέω (gregoreō)
Vigília e oração contínua, demonstrando dependência
4.8
Amor ardente
ἐκτενής (ektenēs)
Amor intenso, que promove unidade e perdão
4.9
Sejam hospitaleiros
φιλοξενία (philoxenia)
Prática cultural judaico-cristã de acolhimento
4.10
Administrem os dons
οἰκονομία (oikonomia)
Mordomia: administrar com fidelidade os dons de Deus
4.11
Falar segundo os oráculos
λόγος (logos)
Proclamar a verdade divina com fidelidade
4.11
Servir segundo o poder
δυναμις (dunamis)
Exercitar os dons com o poder que Deus concede
Aplicação: O amor cristão é prático e sistemático, manifestado em comportamento vigilante, hospitalidade genuína, serviço dedicado e ensino fiel. Esse amor fortalece a comunidade e evidencia a presença do Espírito.
Referências Acadêmicas
- Wayne Grudem destaca que o amor em 1 Pedro é essencial para a vida comunitária saudável, ressaltando que o amor que cobre a multidão de pecados é um amor que perdoa constantemente (Systematic Theology, p.1090).
- Karen H. Jobes, em seu comentário sobre 1 Pedro (Baker Academic), enfatiza que a prática da hospitalidade é uma marca do cristão autêntico, refletindo o amor de Deus e ajudando a manter a unidade no meio do sofrimento.
- John Stott ensina que a mordomia dos dons é um serviço sacrificial e responsável para a edificação da igreja (The Message of 1 Peter).
Aplicação Pessoal
- Aprender a viver com sobriedade e vigilância na oração fortalece a vida espiritual diante das adversidades.
- Demonstrar um amor ardente e constante é uma forma poderosa de testemunho e cura para os conflitos na comunidade cristã.
- A hospitalidade, mesmo simples, constrói pontes e demonstra a face prática do evangelho.
- Reconhecer e usar os dons espirituais com humildade e zelo é um chamado para cada crente que deseja glorificar a Deus.
Tabela Expositiva Resumo
Tema
Texto
Palavra Grega
Significado Principal
Aplicação Prática
Sofrimento
1 Pe 4.1-2
πάσχω (pascho)
Sofrer identificando-se com Cristo
Suportar provações com fé e santidade
Vontade
1 Pe 4.2
θέλημα θεοῦ (thelēma)
Vontade de Deus
Viver separado do mundo e na oração
Amor ardente
1 Pe 4.8
ἐκτενής (ektenēs)
Amor intenso e perseverante
Praticar perdão e unidade
Hospitalidade
1 Pe 4.9
φιλοξενία (philoxenia)
Acolher com amor
Exercitar a hospitalidade sem murmurações
Mordomia dos dons
1 Pe 4.10-11
οἰκονομία (oikonomia)
Administração fiel dos dons
Servir na igreja com os dons dados
Identificação com Cristo – 1 Pedro 4
1. Identificação com Cristo no Sofrimento (1 Pe 4.1-2)
Pedro chama o crente a assumir a mesma atitude de Cristo diante do sofrimento, expressa no verbo grego “πάσχω” (pascho), que significa “sofrer” ou “passar por algo”, indicando uma participação ativa no sofrimento. Esse sofrimento é para Pedro um “τύπος” (modelo), uma identificação profunda com a experiência redentora de Jesus.
O termo “νηπενθής” (nepenthēs), que aparece em outras passagens para designar “mortificação”, conecta-se à ideia de crucificar a carne, como Paulo enfatiza em Gálatas 5.24, usando a expressão “ἐσταύρωσαν τὴν σάρκα” (estaurōsan tēn sarka) – “crucificaram a carne”. A mortificação não é morte literal, mas um exercício espiritual de domínio sobre as paixões.
Aplicação: O cristão é convidado a renunciar aos desejos desordenados, vivendo a santidade não por imposição, mas por identificação com Cristo e desejo sincero de agradar a Deus.
1.1. Vivendo sob a vontade de Deus
Pedro destaca três tipos de vontade:
- Vontade da carne (σάρξ - sarx) — desejos egoístas e mundanos.
- Vontade de Deus (θέλημα θεοῦ - thelēma Theou) — aquilo que é bom, agradável e perfeito (Rm 12.2).
- Vontade do mundo (κόσμος - kosmos) — sistema pagão e hostil a Deus.
O contraste enfatiza a "ἀνακοπτόμενοι" (anakoptomenoi), palavra que expressa o processo de se desligar da antiga vida, típico de uma conversão verdadeira. A consequência de viver conforme a carne é o escárnio dos gentios, representando a oposição do mundo (1 Pe 4.3-4).
Aplicação: A fé cristã demanda uma ruptura consciente e contínua com os valores do mundo, ainda que isso provoque incompreensão ou rejeição social.
2. Identificação com Cristo no Amor (1 Pe 4.7-11)
O amor cristão em 1 Pedro é descrito pela palavra “ἐκτενής” (ektenēs) — “intenso”, “ardente”, um amor que transcende o mero sentimentalismo, caracterizando-se por atos concretos de misericórdia e perdão. A ideia de que o amor “cobre a multidão de pecados” (1 Pe 4.8) traduz a palavra “καλύπτω” (kalyptō), que sugere ocultar, proteger e perdoar.
Pedro lista instruções práticas para a vida em comunidade:
Versículo | Instrução | Palavra Grega | Comentário Teológico |
4.7 | Sejam sóbrios | νήφαλοι (nēphaloi) | Clareza mental, autocontrole para discernimento |
4.7 | Vigiem em oração | γρηγορέω (gregoreō) | Vigília e oração contínua, demonstrando dependência |
4.8 | Amor ardente | ἐκτενής (ektenēs) | Amor intenso, que promove unidade e perdão |
4.9 | Sejam hospitaleiros | φιλοξενία (philoxenia) | Prática cultural judaico-cristã de acolhimento |
4.10 | Administrem os dons | οἰκονομία (oikonomia) | Mordomia: administrar com fidelidade os dons de Deus |
4.11 | Falar segundo os oráculos | λόγος (logos) | Proclamar a verdade divina com fidelidade |
4.11 | Servir segundo o poder | δυναμις (dunamis) | Exercitar os dons com o poder que Deus concede |
Aplicação: O amor cristão é prático e sistemático, manifestado em comportamento vigilante, hospitalidade genuína, serviço dedicado e ensino fiel. Esse amor fortalece a comunidade e evidencia a presença do Espírito.
Referências Acadêmicas
- Wayne Grudem destaca que o amor em 1 Pedro é essencial para a vida comunitária saudável, ressaltando que o amor que cobre a multidão de pecados é um amor que perdoa constantemente (Systematic Theology, p.1090).
- Karen H. Jobes, em seu comentário sobre 1 Pedro (Baker Academic), enfatiza que a prática da hospitalidade é uma marca do cristão autêntico, refletindo o amor de Deus e ajudando a manter a unidade no meio do sofrimento.
- John Stott ensina que a mordomia dos dons é um serviço sacrificial e responsável para a edificação da igreja (The Message of 1 Peter).
Aplicação Pessoal
- Aprender a viver com sobriedade e vigilância na oração fortalece a vida espiritual diante das adversidades.
- Demonstrar um amor ardente e constante é uma forma poderosa de testemunho e cura para os conflitos na comunidade cristã.
- A hospitalidade, mesmo simples, constrói pontes e demonstra a face prática do evangelho.
- Reconhecer e usar os dons espirituais com humildade e zelo é um chamado para cada crente que deseja glorificar a Deus.
Tabela Expositiva Resumo
Tema | Texto | Palavra Grega | Significado Principal | Aplicação Prática |
Sofrimento | 1 Pe 4.1-2 | πάσχω (pascho) | Sofrer identificando-se com Cristo | Suportar provações com fé e santidade |
Vontade | 1 Pe 4.2 | θέλημα θεοῦ (thelēma) | Vontade de Deus | Viver separado do mundo e na oração |
Amor ardente | 1 Pe 4.8 | ἐκτενής (ektenēs) | Amor intenso e perseverante | Praticar perdão e unidade |
Hospitalidade | 1 Pe 4.9 | φιλοξενία (philoxenia) | Acolher com amor | Exercitar a hospitalidade sem murmurações |
Mordomia dos dons | 1 Pe 4.10-11 | οἰκονομία (oikonomia) | Administração fiel dos dons | Servir na igreja com os dons dados |
1.3. Na glorificação
Pedro reconhece que o sofrimento faz parte da jornada rumo ao lar celestial. Alguns o veem como uma prova
necessária; outros, como obra maligna. Contudo, as provações devem ser encaradas como um meio pelo qual Deus mede e aperfeiçoa a fé (1 Pe 1.7). Assim como existe o amor ardente (1 Pe 4.8), há também a prova ardente (1 Pe 4.12). Nessas situações, o cristão é chamado a resistir com coragem e altruísmo, sabendo que o fim está próximo e que, em breve, a recompensa eterna será concedida.
1.3.1. Alegria indizível
A alegria cristã não é um consolo passageiro, mas um vislumbre antecipado da glória futura. Pedro orienta: Alegrai-vos por serdes participantes das aflições de Cristo, para que também na revelação da Sua glória vos regozijeis (1 Pe 4.13). O sofrimento por Cristo nos une ainda mais a Ele e nos faz participantes de Sua vitória. Como afirmou John Piper: "Deus é mais glorificado em nós quando estamos mais satisfeitos com Ele.".
1.3.2. O juízo na casa de Deus
Pedro também adverte sobre a necessidade de viver o evangelho com dignidade, pois nem mesmo a casa de Deus está livre de julgamento (1 Pe 4.1 7). Esse juízo começa pela Igreja, com o propósito de purificá-la e fortalecê-la (1 Pe 4.18; cf. Pv 11.31; Rm 11.22).
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
Identificação com Cristo na Glorificação (1 Pedro 4.12-19)
1.3 Na Glorificação: Sofrimento e Esperança
Pedro reconhece o sofrimento como parte intrínseca da caminhada cristã, uma realidade que prepara o crente para a glória eterna. O verbo grego “προσκείμενον” (proskeimenon), do particípio presente, significa “estar próximo” ou “estar por vir” (1 Pe 4.7), enfatizando a iminência do fim dos tempos e da recompensa divina.
A “πρόξενος” (proxenos), ou “provocação, prova, tentação” (1 Pe 4.12), é traduzida como “prova ardente”. É a palavra “πύρωσις” (pyrosis) que sugere um fogo intenso que purifica. As provações são vistas não como punição injusta, mas como fogo refinador da fé, ecoando a metáfora do ouro purificado em 1 Pedro 1.7.
1.3.1 Alegria Indizível: “Χαίρετε” (Chairete)
Pedro exorta os crentes a “alegrarem-se” (χαίρετε), um chamado surpreendente diante do sofrimento. A alegria aqui não é mera emoção superficial, mas uma “χαρά ἀνεκλάλητος” (chara aneklalētos), uma alegria “indizível” (1 Pe 1.8), profunda e espiritual, que nasce da comunhão com Cristo e da antecipação da glória.
Este tipo de alegria foi detalhado por John Piper, que afirma: “Deus é mais glorificado em nós quando estamos mais satisfeitos com Ele”. A glória futura justifica o sofrimento presente, pois cada aflição é participação na vitória de Cristo.
1.3.2 Juízo na Casa de Deus
Pedro também enfatiza o juízo (κρίσις, krisis) como uma realidade que começa pela casa de Deus (1 Pe 4.17). O juízo aqui é entendido como uma purificação necessária para a santificação da igreja, alinhando-se com a ideia de disciplina divina (Hb 12.6).
O juízo não é apenas punitivo, mas corretivo e formativo, com a finalidade de manter a integridade e a pureza da comunidade dos santos. O aviso serve para que o crente viva com dignidade, santidade e vigilância (1 Pe 4.7).
Referências Acadêmicas
- Wayne Grudem destaca que a expectativa da glória futura deve motivar o cristão a suportar as aflições presentes com esperança e perseverança (Systematic Theology, p.1135).
- Peter H. Davids em seu comentário sobre 1 Pedro, ressalta a tensão entre sofrimento e alegria como tema central da carta, indicando que a participação no sofrimento é também uma participação na vitória (1 Peter, NIV Application Commentary).
- John Stott explica que o juízo na casa de Deus implica que a igreja é um povo santo e deve rejeitar todo pecado, sendo disciplinada para crescer em santidade (The Message of 1 Peter).
Aplicação Pessoal
- Encarar as provações com coragem, sabendo que o sofrimento é temporário e produtivo para a fé.
- Desenvolver uma alegria profunda que transcende as circunstâncias, baseada na comunhão com Cristo e na esperança da glória futura.
- Viver com dignidade e santidade, conscientes do juízo de Deus, que purifica e fortalece a igreja.
- Exercer vigilância e oração constante, preparando-se para o retorno de Cristo e a plenitude do Reino.
Tabela Expositiva: Identificação com Cristo na Glorificação
Tema
Texto
Palavra Grega / Hebraica
Significado Principal
Aplicação Prática
Prova ardente
1 Pe 4.12
πύρωσις (pyrosis)
Prova intensa, fogo refinador
Encarar sofrimentos como purificação
Alegria no sofrimento
1 Pe 4.13
χαίρετε (chairete)
Alegria, regozijo
Alegrar-se na comunhão com Cristo
Juízo na casa de Deus
1 Pe 4.17
κρίσις (krisis)
Julgamento, disciplina
Viver com santidade e vigilância
Esperança da glória futura
1 Pe 4.7
προσκέιμαι (proskeimai)
Estar próximo, iminente
Perseverar com esperança e oração
Identificação com Cristo na Glorificação (1 Pedro 4.12-19)
1.3 Na Glorificação: Sofrimento e Esperança
Pedro reconhece o sofrimento como parte intrínseca da caminhada cristã, uma realidade que prepara o crente para a glória eterna. O verbo grego “προσκείμενον” (proskeimenon), do particípio presente, significa “estar próximo” ou “estar por vir” (1 Pe 4.7), enfatizando a iminência do fim dos tempos e da recompensa divina.
A “πρόξενος” (proxenos), ou “provocação, prova, tentação” (1 Pe 4.12), é traduzida como “prova ardente”. É a palavra “πύρωσις” (pyrosis) que sugere um fogo intenso que purifica. As provações são vistas não como punição injusta, mas como fogo refinador da fé, ecoando a metáfora do ouro purificado em 1 Pedro 1.7.
1.3.1 Alegria Indizível: “Χαίρετε” (Chairete)
Pedro exorta os crentes a “alegrarem-se” (χαίρετε), um chamado surpreendente diante do sofrimento. A alegria aqui não é mera emoção superficial, mas uma “χαρά ἀνεκλάλητος” (chara aneklalētos), uma alegria “indizível” (1 Pe 1.8), profunda e espiritual, que nasce da comunhão com Cristo e da antecipação da glória.
Este tipo de alegria foi detalhado por John Piper, que afirma: “Deus é mais glorificado em nós quando estamos mais satisfeitos com Ele”. A glória futura justifica o sofrimento presente, pois cada aflição é participação na vitória de Cristo.
1.3.2 Juízo na Casa de Deus
Pedro também enfatiza o juízo (κρίσις, krisis) como uma realidade que começa pela casa de Deus (1 Pe 4.17). O juízo aqui é entendido como uma purificação necessária para a santificação da igreja, alinhando-se com a ideia de disciplina divina (Hb 12.6).
O juízo não é apenas punitivo, mas corretivo e formativo, com a finalidade de manter a integridade e a pureza da comunidade dos santos. O aviso serve para que o crente viva com dignidade, santidade e vigilância (1 Pe 4.7).
Referências Acadêmicas
- Wayne Grudem destaca que a expectativa da glória futura deve motivar o cristão a suportar as aflições presentes com esperança e perseverança (Systematic Theology, p.1135).
- Peter H. Davids em seu comentário sobre 1 Pedro, ressalta a tensão entre sofrimento e alegria como tema central da carta, indicando que a participação no sofrimento é também uma participação na vitória (1 Peter, NIV Application Commentary).
- John Stott explica que o juízo na casa de Deus implica que a igreja é um povo santo e deve rejeitar todo pecado, sendo disciplinada para crescer em santidade (The Message of 1 Peter).
Aplicação Pessoal
- Encarar as provações com coragem, sabendo que o sofrimento é temporário e produtivo para a fé.
- Desenvolver uma alegria profunda que transcende as circunstâncias, baseada na comunhão com Cristo e na esperança da glória futura.
- Viver com dignidade e santidade, conscientes do juízo de Deus, que purifica e fortalece a igreja.
- Exercer vigilância e oração constante, preparando-se para o retorno de Cristo e a plenitude do Reino.
Tabela Expositiva: Identificação com Cristo na Glorificação
Tema | Texto | Palavra Grega / Hebraica | Significado Principal | Aplicação Prática |
Prova ardente | 1 Pe 4.12 | πύρωσις (pyrosis) | Prova intensa, fogo refinador | Encarar sofrimentos como purificação |
Alegria no sofrimento | 1 Pe 4.13 | χαίρετε (chairete) | Alegria, regozijo | Alegrar-se na comunhão com Cristo |
Juízo na casa de Deus | 1 Pe 4.17 | κρίσις (krisis) | Julgamento, disciplina | Viver com santidade e vigilância |
Esperança da glória futura | 1 Pe 4.7 | προσκέιμαι (proskeimai) | Estar próximo, iminente | Perseverar com esperança e oração |
2. LIDERANÇA AUTÊNTICA
A verdadeira liderança é legitimada pelo serviço, não pela posição ocupada. No exercício do ministério, a dedicação está intrinsecamente ligada ao sofrimento, exigindo entrega e disposição genuína, mesmo em meio às adversidades.
2.1. A postura do verdadeiro líder
Mesmo sendo apóstolo de Jesus, Pedro não reivindica sua posição apostólica, embora tivesse autoridade para fazê-lo.
Em vez disso, revela humildade ao se equiparar aos demais líderes, apresentando-se como presbítero (1 Pe 5.1). Pedro reconhecia que, assim como os demais, também era uma ovelha do rebanho de Cristo (1 Pe 2.25; cf. Jo 21.15-17).
Dirigindo-se aos presbíteros, Pedro relembra suas experiências ao lado do Mestre (1 Pe 5.1), sendo uma testemunha ocular dos Seus sofrimentos - não apenas no Calvário, mas durante todo o Seu ministério (At 2.22,23).
Ao se declarar participante da glória que se há de revelar (1 Pe 5.lb), o apóstolo destaca duas verdades importantes:
- a participação na glória futura não era garantida por seu título apostólico nem por ter caminhado pessoalmente com Jesus, mas pelo fato de ser salvo;
- a experiência do sofrimento não é um sinal de abandono, mas a evidência de que uma recompensa gloriosa aguarda os que perseveram.
2.2. Marcas da liderança cristã
Na sequência, Pedro exorta os presbíteros a apascentarem o rebanho de Deus e define a forma adequada de exercer esse pastoreio (1 Pe 5.2-4). Os obreiros não devem pastorear:
- por obrigação - não como forçados ou constrangidos a cuidar das ovelhas, mas por voluntariedade, movidos
- por amor a Cristo e pelo desejo de servir. Diferentemente dos mercenários, que cuidam por interesse pessoal, o
- verdadeiro pastor age por devoção (1 Pe 5.2);
- por cobiça - não devem ser guiados pelo lucro vergonhoso ou interesses materiais (At 20.28-35). A liderança
- deve ser marcada por zelo, entusiasmo e sincero desejo de edificação (1 Pe 5.2);
- com tirania - as ovelhas pertencem a Jesus, não aos ministros. O povo de Deus é, simultaneamente, Seu rebanho e Sua herança (1 Pe 5.2,3);
- sem perspectiva da recompensa eterna - o Sumo Pastor retornará para avaliar cada ministério e conceder a incorruptível coroa de glória àqueles
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
Liderança Autêntica (1 Pedro 5.1-4)
2. Liderança Autêntica: Serviço e Sufrimento
Pedro apresenta a liderança cristã como um ministério fundamentado no serviço humilde, diferentemente da liderança mundana pautada em autoridade, poder ou benefícios pessoais. O verdadeiro líder cristão é aquele que se entrega voluntariamente, sofrendo por amor às ovelhas, seguindo o exemplo de Cristo, o Bom Pastor (Jo 10.11).
2.1 A Postura do Verdadeiro Líder
Pedro se apresenta como “presbítero” (πρεσβύτερος - presbýteros), termo que designa líder ou ancião, ressaltando a humildade do ministério. O verbo grego “συμμετέχω” (symmetéchō), traduzido como “participante” da glória futura (1 Pe 5.1b), expressa a comunhão do líder com Cristo, não por mérito, mas por graça.
Pedro relembra sua experiência junto a Jesus, enfatizando sua legitimidade como testemunha ocular dos sofrimentos de Cristo (“μάρτυς” - mártys), e reconhece que a glória será manifesta para aqueles que perseveram na fidelidade, mesmo diante da dor e do sofrimento.
2.2 Marcas da Liderança Cristã
Pedro exorta os líderes a:
- Apascentar o rebanho (ποιμαίνω - poimaínō): verbo que denota cuidar, nutrir e guiar o povo de Deus, com amor e zelo genuínos, à semelhança do pastor.
- Voluntariamente, não por força (οὐ κατ’ ἀνάγκην): a liderança deve fluir do coração, um ato livre e espontâneo, não por imposição externa ou desejo egoísta.
- Não por torpe ganância (οὐδὲ αἰσχροκερδῶς): o termo “αἰσχροκερδής” (aischrokerdēs) significa “buscando lucro vergonhoso”, indicando que o pastor não deve agir movido por interesses financeiros ou poder, mas por devoção sincera.
- Sem domínio tirânico (οὐδὲ ὡς ἐπισκοποῦντες ἐπί ὑποταγὰς): o líder não exerce autoridade despótica, pois as ovelhas não são propriedade do pastor, mas do Senhor.
- Apresentar-se como exemplo (τύπος γινόμενοι τοῦ ποιμνίου): o líder deve ser modelo para o rebanho, demonstrando humildade, serviço e caráter irrepreensível.
- Perspectiva da recompensa (τὴν ἀκένωτον δόξαν): o pastor fiel aguarda a incorruptível coroa da glória que Deus dará na revelação de Cristo (1 Pe 5.4), motivação para perseverar no serviço apesar das dificuldades.
Referências Acadêmicas
- Wayne Grudem comenta que a liderança bíblica contrasta com a liderança secular porque não busca dominar, mas servir, e o verdadeiro líder é aquele que segue o exemplo do Cristo servo (Systematic Theology, p.1139).
- John Stott enfatiza que o cuidado pastoral é um chamado para sacrificar-se pelos outros, não para explorar, sendo a humildade e o serviço características essenciais para uma liderança cristã eficaz (The Message of 1 Peter).
- Peter H. Davids destaca que o líder em 1 Pedro deve apresentar-se como exemplo, guiando pelo testemunho, não pela imposição (1 Peter, NIV Application Commentary).
Aplicação Pessoal
- Refletir se a motivação para o serviço cristão é sincera e voluntária, evitando a ganância ou desejo de poder.
- Cultivar a humildade, lembrando que liderança é ministério de serviço, e não status.
- Viver como exemplo para outros, demonstrando integridade, amor e fidelidade.
- Encorajar líderes a perseverarem, sabendo que sua recompensa está garantida em Cristo.
Tabela Expositiva: Liderança Autêntica segundo 1 Pedro 5.1-4
Tema
Texto Bíblico
Palavra Grega / Hebraica
Significado Principal
Aplicação Prática
Líder como presbítero
1 Pe 5.1
πρεσβύτερος (presbýteros)
Ancião, líder humilde
Liderar com humildade e serviço
Participante da glória
1 Pe 5.1b
συμμετέχω (symmetéchō)
Comunhão na glória futura
Perseverar na fé apesar do sofrimento
Apascentar o rebanho
1 Pe 5.2
ποιμαίνω (poimaínō)
Cuidar, nutrir, guiar
Zelar pelo crescimento espiritual do povo
Liderar voluntariamente
1 Pe 5.2
οὐ κατ’ ἀνάγκην
Não por compulsão, mas livremente
Servir de coração, sem obrigação
Rejeitar a ganância
1 Pe 5.2
αἰσχροκερδής (aischrokerdēs)
Busca vergonhosa por lucro
Servir sem interesses materiais
Liderar sem domínio tirânico
1 Pe 5.3
ἐπισκοπέω (episkopéō)
Cuidar, supervisionar sem dominação
Liderar com amor e respeito
Ser exemplo para o rebanho
1 Pe 5.3
τύπος (týpos)
Modelo, exemplo
Demonstrar integridade e caráter
Esperar a coroa incorruptível
1 Pe 5.4
ἀκένωτος δόξα (akénōtos dóxa)
Glória eterna, recompensa divina
Manter firmeza e esperança
Liderança Autêntica (1 Pedro 5.1-4)
2. Liderança Autêntica: Serviço e Sufrimento
Pedro apresenta a liderança cristã como um ministério fundamentado no serviço humilde, diferentemente da liderança mundana pautada em autoridade, poder ou benefícios pessoais. O verdadeiro líder cristão é aquele que se entrega voluntariamente, sofrendo por amor às ovelhas, seguindo o exemplo de Cristo, o Bom Pastor (Jo 10.11).
2.1 A Postura do Verdadeiro Líder
Pedro se apresenta como “presbítero” (πρεσβύτερος - presbýteros), termo que designa líder ou ancião, ressaltando a humildade do ministério. O verbo grego “συμμετέχω” (symmetéchō), traduzido como “participante” da glória futura (1 Pe 5.1b), expressa a comunhão do líder com Cristo, não por mérito, mas por graça.
Pedro relembra sua experiência junto a Jesus, enfatizando sua legitimidade como testemunha ocular dos sofrimentos de Cristo (“μάρτυς” - mártys), e reconhece que a glória será manifesta para aqueles que perseveram na fidelidade, mesmo diante da dor e do sofrimento.
2.2 Marcas da Liderança Cristã
Pedro exorta os líderes a:
- Apascentar o rebanho (ποιμαίνω - poimaínō): verbo que denota cuidar, nutrir e guiar o povo de Deus, com amor e zelo genuínos, à semelhança do pastor.
- Voluntariamente, não por força (οὐ κατ’ ἀνάγκην): a liderança deve fluir do coração, um ato livre e espontâneo, não por imposição externa ou desejo egoísta.
- Não por torpe ganância (οὐδὲ αἰσχροκερδῶς): o termo “αἰσχροκερδής” (aischrokerdēs) significa “buscando lucro vergonhoso”, indicando que o pastor não deve agir movido por interesses financeiros ou poder, mas por devoção sincera.
- Sem domínio tirânico (οὐδὲ ὡς ἐπισκοποῦντες ἐπί ὑποταγὰς): o líder não exerce autoridade despótica, pois as ovelhas não são propriedade do pastor, mas do Senhor.
- Apresentar-se como exemplo (τύπος γινόμενοι τοῦ ποιμνίου): o líder deve ser modelo para o rebanho, demonstrando humildade, serviço e caráter irrepreensível.
- Perspectiva da recompensa (τὴν ἀκένωτον δόξαν): o pastor fiel aguarda a incorruptível coroa da glória que Deus dará na revelação de Cristo (1 Pe 5.4), motivação para perseverar no serviço apesar das dificuldades.
Referências Acadêmicas
- Wayne Grudem comenta que a liderança bíblica contrasta com a liderança secular porque não busca dominar, mas servir, e o verdadeiro líder é aquele que segue o exemplo do Cristo servo (Systematic Theology, p.1139).
- John Stott enfatiza que o cuidado pastoral é um chamado para sacrificar-se pelos outros, não para explorar, sendo a humildade e o serviço características essenciais para uma liderança cristã eficaz (The Message of 1 Peter).
- Peter H. Davids destaca que o líder em 1 Pedro deve apresentar-se como exemplo, guiando pelo testemunho, não pela imposição (1 Peter, NIV Application Commentary).
Aplicação Pessoal
- Refletir se a motivação para o serviço cristão é sincera e voluntária, evitando a ganância ou desejo de poder.
- Cultivar a humildade, lembrando que liderança é ministério de serviço, e não status.
- Viver como exemplo para outros, demonstrando integridade, amor e fidelidade.
- Encorajar líderes a perseverarem, sabendo que sua recompensa está garantida em Cristo.
Tabela Expositiva: Liderança Autêntica segundo 1 Pedro 5.1-4
Tema | Texto Bíblico | Palavra Grega / Hebraica | Significado Principal | Aplicação Prática |
Líder como presbítero | 1 Pe 5.1 | πρεσβύτερος (presbýteros) | Ancião, líder humilde | Liderar com humildade e serviço |
Participante da glória | 1 Pe 5.1b | συμμετέχω (symmetéchō) | Comunhão na glória futura | Perseverar na fé apesar do sofrimento |
Apascentar o rebanho | 1 Pe 5.2 | ποιμαίνω (poimaínō) | Cuidar, nutrir, guiar | Zelar pelo crescimento espiritual do povo |
Liderar voluntariamente | 1 Pe 5.2 | οὐ κατ’ ἀνάγκην | Não por compulsão, mas livremente | Servir de coração, sem obrigação |
Rejeitar a ganância | 1 Pe 5.2 | αἰσχροκερδής (aischrokerdēs) | Busca vergonhosa por lucro | Servir sem interesses materiais |
Liderar sem domínio tirânico | 1 Pe 5.3 | ἐπισκοπέω (episkopéō) | Cuidar, supervisionar sem dominação | Liderar com amor e respeito |
Ser exemplo para o rebanho | 1 Pe 5.3 | τύπος (týpos) | Modelo, exemplo | Demonstrar integridade e caráter |
Esperar a coroa incorruptível | 1 Pe 5.4 | ἀκένωτος δόξα (akénōtos dóxa) | Glória eterna, recompensa divina | Manter firmeza e esperança |
____________________________
Aquele que sofre deve confiar sua alma ao Senhor (1 Pe 4.19). No sofrimento, é comum temer o futuro. Contudo, há uma garantia: Cristo, que passou pelo abandono e pela dor na cruz (Mt 27 .46), sabe exatamente como confortar e fortalecer os que atravessam momentos difíceis (Hb 2.18). Ele é o fiel guardião do salvo.
____________________________
3. INSTRUÇÕES PARA OS JOVENS
O presbítero Pedro, como ele mesmo se apresenta, dedica atenção especial aos jovens. Com uma abordagem afetuosa, ele os encoraja à vitória sobre o príncipe deste mundo.
3.1. Sejam humildes
O sentimento de autossuficiência é comum em alguns, levando ao desinteresse pelos conselhos
dos mais experientes. No entanto, a sujeição recomendada por Pedro deve ser praticada não apenas em relação aos anciãos, mas também no convívio entre os próprios jovens.
3.2. Abandonem a ansiedade
Pedro orienta os crentes a humilharem- se sob a poderosa mão de Deus, lançando sobre Ele todas as suas ansiedades ( 1 Pe 5. 7). A palavra ansiedade (gr. merimnan) transmite a ideia de "estrangulamento".
É necessário estar vigilante para que essa carga emocional não sufoque a alma, abrindo brechas para a atuação do inimigo (1 Pe 5.8a).
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
Instruções para os Jovens (1 Pedro 5.5-7)
3. Instruções para os Jovens
Pedro dedica um cuidado especial para os jovens cristãos, que muitas vezes enfrentam o desafio da autossuficiência e da ansiedade diante das pressões do mundo. Ele os convida a uma postura humilde e vigilante, firmados na confiança plena em Deus.
3.1 Sejam humildes (1 Pe 5.5)
A exortação de Pedro para que os jovens se sujeitem aos mais velhos e se revistam de humildade é fundamentada no princípio bíblico da submissão mútua. O verbo grego “ὑποτάσσω” (hypotássō) significa “submeter-se”, “estar sob autoridade”, e está no imperativo, mostrando a ordem prática de Pedro para uma convivência harmoniosa.
A humildade, traduzida do grego “ταπεινοφροσύνη” (tapeinophrosýnē), é vista como uma virtude essencial na vida cristã, ligada a um reconhecimento da própria dependência de Deus e do próximo. Pedro lembra que Deus resiste aos soberbos (“ὑπερήφανοι” - hyperēphánoi) e dá graça aos humildes, reforçando a importância desta postura (v.5b).
Esta submissão não é um mero formalismo, mas um exercício espiritual de amor e respeito, que fortalece a unidade e o testemunho da Igreja.
3.2 Abandonem a ansiedade (1 Pe 5.6-7)
Pedro incentiva os jovens a se humilharem sob a poderosa mão de Deus para que Ele os exalte no tempo devido. Aqui, a palavra grega “ἐξουθενέω” (exouthenéō) significa “humilhar”, “rebaixar-se”, implicando uma entrega confiante à soberania divina.
O lançamento das ansiedades sobre Deus é um convite para confiar plenamente na providência e cuidado divino. A palavra “ansiedade” vem do grego “μέριμνα” (mérimna), que originalmente traz a ideia de “estrangulamento” ou “distração mental”, uma preocupação que sufoca e impede a paz interior.
Essa confiança é vital para que os jovens não sejam esmagados pela pressão emocional ou espiritual e, assim, não se tornem vulneráveis às investidas do inimigo, que busca aproveitar essas fraquezas (1 Pe 5.8).
Referências Acadêmicas
- Wayne Grudem destaca que a humildade é um tema recorrente no Novo Testamento, fundamental para a vida cristã e especialmente para a comunidade jovem, que muitas vezes enfrenta a tentação do orgulho e da autossuficiência (Systematic Theology, p. 1178).
- John Stott ressalta que o apóstolo apresenta a humildade como pré-requisito para receber a graça de Deus, que é a força necessária para vencer as dificuldades e a ansiedade (The Message of 1 Peter).
- Peter H. Davids explica que a exortação a lançar a ansiedade sobre Deus reflete o ensino judaico-cristão sobre a providência divina e a necessidade de uma fé ativa e confiante (1 Peter, NIV Application Commentary).
Aplicação Pessoal
- Cultivar uma postura de humildade diária, buscando aprender com os mais experientes e submetendo-se às autoridades espirituais.
- Praticar o abandono das ansiedades e preocupações, confiando na soberania e cuidado amoroso de Deus, especialmente diante das pressões da vida.
- Estar vigilante contra o inimigo, reconhecendo que as preocupações excessivas podem abrir brechas para sua ação.
Tabela Expositiva: Instruções para os Jovens (1 Pedro 5.5-7)
Tema
Texto Bíblico
Palavra Grega
Significado Principal
Aplicação Prática
Submissão aos anciãos
1 Pe 5.5a
ὑποτάσσω (hypotássō)
Submeter-se, obedecer com respeito
Aprender e respeitar a autoridade
Vestir-se de humildade
1 Pe 5.5b
ταπεινοφροσύνη (tapeinophrosýnē)
Humildade, reconhecimento da dependência
Evitar orgulho; cultivar dependência em Deus
Deus resiste aos soberbos
1 Pe 5.5b
ὑπερήφανοι (hyperēphánoi)
Orgulhosos, arrogantes
Humilhar-se para receber graça
Humilhar-se sob Deus
1 Pe 5.6
ἐξουθενέω (exouthenéō)
Entregar-se, rebaixar-se
Confiança na soberania divina
Lançar ansiedades sobre Deus
1 Pe 5.7
μέριμνα (mérimna)
Ansiedade, preocupação sufocante
Confiar plenamente e entregar preocupações a Deus
Instruções para os Jovens (1 Pedro 5.5-7)
3. Instruções para os Jovens
Pedro dedica um cuidado especial para os jovens cristãos, que muitas vezes enfrentam o desafio da autossuficiência e da ansiedade diante das pressões do mundo. Ele os convida a uma postura humilde e vigilante, firmados na confiança plena em Deus.
3.1 Sejam humildes (1 Pe 5.5)
A exortação de Pedro para que os jovens se sujeitem aos mais velhos e se revistam de humildade é fundamentada no princípio bíblico da submissão mútua. O verbo grego “ὑποτάσσω” (hypotássō) significa “submeter-se”, “estar sob autoridade”, e está no imperativo, mostrando a ordem prática de Pedro para uma convivência harmoniosa.
A humildade, traduzida do grego “ταπεινοφροσύνη” (tapeinophrosýnē), é vista como uma virtude essencial na vida cristã, ligada a um reconhecimento da própria dependência de Deus e do próximo. Pedro lembra que Deus resiste aos soberbos (“ὑπερήφανοι” - hyperēphánoi) e dá graça aos humildes, reforçando a importância desta postura (v.5b).
Esta submissão não é um mero formalismo, mas um exercício espiritual de amor e respeito, que fortalece a unidade e o testemunho da Igreja.
3.2 Abandonem a ansiedade (1 Pe 5.6-7)
Pedro incentiva os jovens a se humilharem sob a poderosa mão de Deus para que Ele os exalte no tempo devido. Aqui, a palavra grega “ἐξουθενέω” (exouthenéō) significa “humilhar”, “rebaixar-se”, implicando uma entrega confiante à soberania divina.
O lançamento das ansiedades sobre Deus é um convite para confiar plenamente na providência e cuidado divino. A palavra “ansiedade” vem do grego “μέριμνα” (mérimna), que originalmente traz a ideia de “estrangulamento” ou “distração mental”, uma preocupação que sufoca e impede a paz interior.
Essa confiança é vital para que os jovens não sejam esmagados pela pressão emocional ou espiritual e, assim, não se tornem vulneráveis às investidas do inimigo, que busca aproveitar essas fraquezas (1 Pe 5.8).
Referências Acadêmicas
- Wayne Grudem destaca que a humildade é um tema recorrente no Novo Testamento, fundamental para a vida cristã e especialmente para a comunidade jovem, que muitas vezes enfrenta a tentação do orgulho e da autossuficiência (Systematic Theology, p. 1178).
- John Stott ressalta que o apóstolo apresenta a humildade como pré-requisito para receber a graça de Deus, que é a força necessária para vencer as dificuldades e a ansiedade (The Message of 1 Peter).
- Peter H. Davids explica que a exortação a lançar a ansiedade sobre Deus reflete o ensino judaico-cristão sobre a providência divina e a necessidade de uma fé ativa e confiante (1 Peter, NIV Application Commentary).
Aplicação Pessoal
- Cultivar uma postura de humildade diária, buscando aprender com os mais experientes e submetendo-se às autoridades espirituais.
- Praticar o abandono das ansiedades e preocupações, confiando na soberania e cuidado amoroso de Deus, especialmente diante das pressões da vida.
- Estar vigilante contra o inimigo, reconhecendo que as preocupações excessivas podem abrir brechas para sua ação.
Tabela Expositiva: Instruções para os Jovens (1 Pedro 5.5-7)
Tema | Texto Bíblico | Palavra Grega | Significado Principal | Aplicação Prática |
Submissão aos anciãos | 1 Pe 5.5a | ὑποτάσσω (hypotássō) | Submeter-se, obedecer com respeito | Aprender e respeitar a autoridade |
Vestir-se de humildade | 1 Pe 5.5b | ταπεινοφροσύνη (tapeinophrosýnē) | Humildade, reconhecimento da dependência | Evitar orgulho; cultivar dependência em Deus |
Deus resiste aos soberbos | 1 Pe 5.5b | ὑπερήφανοι (hyperēphánoi) | Orgulhosos, arrogantes | Humilhar-se para receber graça |
Humilhar-se sob Deus | 1 Pe 5.6 | ἐξουθενέω (exouthenéō) | Entregar-se, rebaixar-se | Confiança na soberania divina |
Lançar ansiedades sobre Deus | 1 Pe 5.7 | μέριμνα (mérimna) | Ansiedade, preocupação sufocante | Confiar plenamente e entregar preocupações a Deus |
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A expressão "revesti-vos de humildade" (1 Pe 5.Sa) remete à imagem de um escravo que se cingia com um avental para servir. Esse quadro traz à memória a atitude de Cristo ao tomar uma toalha e lavar os pés dos discípulos, demonstrando Seu caráter de servo (Jo 13.4,5). Para reforçar a importância dessa virtude, Pedro cita Provérbios 3.34, lembrando que Deus concede graça aos humildes.
____________________________
4. VIGILÂNÇIA CONTRA AS INVESTIDAS DO ADVERSARIO
A batalha espiritual entre o mundo das trevas e os salvos em Cristo é uma realidade constante. Paulo trata
desse conflito com clareza, orientando os crentes sobre a natureza dessa luta e apresentando as armas espirituais para que possam resistir e permanecer firmes (Ef 6.10-18).
4.1. Sobriedade, vigilância e firmeza
Pedro alerta que Satanás anda em derredor, bramando como leão e buscando a quem possa devorar (1 Pe 5.8,9). Esse bramido representa uma estratégia de intimidação, suscitando temor e instabilidade, mesmo sem um ataque direto. O objetivo é paralisar a Igreja e impedir seu avanço na obra do Reino.
Na batalha espiritual, três elementos são indispensáveis:
- sobriedade - o termo grego nêpsate indica "autocontrole", ressaltando a importância de manter a calma e a clareza de pensamento nos embates (1 Pe 5.8a);
- vigilância - refere-se a estar atento e espiritualmente alerta, com os sentidos apurados para discernir a ação do inimigo (1 Pe 5.8b);
- firmeza - Pedro exorta os crentes à firmeza na fé (1 Pe 5.9a) e na graça (1 Pe 5.12), destacando a perseverança como condição essencial para resistir.
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
4. VIGILÂNCIA CONTRA AS INVESTIDAS DO ADVERSÁRIO
Contexto Geral
A batalha espiritual é uma realidade clara no Novo Testamento. O cristão é chamado a estar alerta para o conflito invisível entre o Reino de Deus e as forças das trevas. Paulo em Efésios 6.10-18 apresenta a armadura de Deus como meio para resistir. Pedro, por sua vez, chama a Igreja para vigiar com sobriedade e firmeza, reconhecendo a estratégia do inimigo.
4.1 Sobriedade, vigilância e firmeza
Texto-chave: 1 Pedro 5.8-9
“Sede sóbrios, vigiai; porque o diabo, vosso adversário, anda em derredor, bramando como leão, buscando a quem possa tragar; a quem resisti firmes na fé.”
Análise Bíblico-Teológica
- Sobriedade – νήψατε (nêpsate)
- Raiz grega: νήφω (nēphō) significa “estar sóbrio, manter autocontrole, evitar embriaguez” — aqui, usada figurativamente para o domínio das emoções e pensamentos, mantendo clareza e disciplina espiritual.
- Significado: Sobriedade indica uma atitude de autocontrole e vigilância mental, uma mente clara para não ser enganada ou dominada por falsas emoções que podem vir do inimigo (cf. 1 Ts 5.6-8; Ef 5.18).
- Referências acadêmicas: Wayne Grudem comenta que “nêpsate” é uma chamada para “manter a mente clara, não permitir que emoções ou pressões tomem conta do coração”. O termo enfatiza o domínio da mente sobre o espírito e emoções, condição essencial para a batalha espiritual.
- Vigilância – γρηγορεῖτε (grēgoreite)
- Raiz grega: γρηγορέω significa “estar acordado, estar alerta, atento”. Esta palavra tem a ideia de “vigiar”, “não dormir”, espiritual e fisicamente atentos.
- Significado: A vigilância refere-se à prontidão constante para perceber os ataques do inimigo e discernir suas estratégias (cf. Mc 14.38, Mt 26.41). O crente não pode se dar ao luxo da distração ou do relaxamento espiritual.
- Referências acadêmicas: John Stott afirma que “a vigilância espiritual é uma condição necessária para resistir, pois o inimigo trabalha sorrateiramente e em momentos de fraqueza”.
- Firmeza – ἀντίστητε (antistēte)
- Raiz grega: ἀνθίστημι, verbo que significa “resistir, opor-se firmemente, estar firme contra”. Pedro exorta o crente a resistir o adversário com determinação e convicção na fé.
- Significado: Resistir firme não é apenas rejeitar o mal, mas fazê-lo com uma confiança ativa e estável na graça de Deus.
- Referências acadêmicas: R.C. Sproul destaca que “resistir ao diabo é uma ação de combate espiritual que requer força, preparo e a graça de Deus para perseverar”.
Referências bíblicas complementares:
- Efésios 6.10-18: Apresenta a armadura de Deus, que suporta a sobriedade (cinturão da verdade), vigilância (capacete da salvação) e firmeza (escudo da fé).
- 1 Tessalonicenses 5.6-8: Liga sobriedade e vigilância como preparação para a vinda do Senhor.
- Mateus 26.41: Jesus ensina a vigiar e orar para não cair em tentação.
Aplicação Pessoal
- Autocontrole e clareza espiritual: Devemos cultivar uma mente disciplinada que não se deixa levar pelo desespero, ansiedade ou confusão. Isso inclui práticas como oração, meditação na Palavra e jejum.
- Estar atento: A vigilância exige sensibilidade ao Espírito Santo para perceber armadilhas e tentações. É preciso evitar distrações que possam entorpecer o discernimento espiritual.
- Resistência ativa: Não basta reconhecer o inimigo, é preciso resistir firmes na fé. Isso implica oração, comunhão, uso da Palavra e a armadura espiritual.
- Comunidade: Somos chamados a exercer sobriedade e vigilância em comunhão, encorajando uns aos outros a permanecer firmes.
Tabela Expositiva
Elemento
Termo Grego
Significado Essencial
Referências Bíblicas
Aplicação Prática
Sobriedade
νήψατε (nêpsate)
Autocontrole, clareza mental
1 Pe 5.8a; 1 Ts 5.6-8
Cultivar mente clara e equilibrada
Vigilância
γρηγορεῖτε (grēgoreite)
Estar alerta, atento, espiritualmente acordado
1 Pe 5.8b; Mt 26.41
Desenvolver sensibilidade ao Espírito
Firmeza (Resistência)
ἀντίστητε (antistēte)
Resistir firmemente, opor-se
1 Pe 5.9; Ef 6.13-14
Permanecer firme na fé e na graça
Considerações finais
A vigilância e a resistência espiritual não são passivas. São uma postura ativa e permanente. Manter sobriedade, estar vigilante e resistir firme são elementos essenciais para que a Igreja não seja paralisada pelo “bramido” do leão, que busca destruir o corpo de Cristo. O crente tem, por meio da graça de Deus, os meios para essa batalha.
4. VIGILÂNCIA CONTRA AS INVESTIDAS DO ADVERSÁRIO
Contexto Geral
A batalha espiritual é uma realidade clara no Novo Testamento. O cristão é chamado a estar alerta para o conflito invisível entre o Reino de Deus e as forças das trevas. Paulo em Efésios 6.10-18 apresenta a armadura de Deus como meio para resistir. Pedro, por sua vez, chama a Igreja para vigiar com sobriedade e firmeza, reconhecendo a estratégia do inimigo.
4.1 Sobriedade, vigilância e firmeza
Texto-chave: 1 Pedro 5.8-9
“Sede sóbrios, vigiai; porque o diabo, vosso adversário, anda em derredor, bramando como leão, buscando a quem possa tragar; a quem resisti firmes na fé.”
Análise Bíblico-Teológica
- Sobriedade – νήψατε (nêpsate)
- Raiz grega: νήφω (nēphō) significa “estar sóbrio, manter autocontrole, evitar embriaguez” — aqui, usada figurativamente para o domínio das emoções e pensamentos, mantendo clareza e disciplina espiritual.
- Significado: Sobriedade indica uma atitude de autocontrole e vigilância mental, uma mente clara para não ser enganada ou dominada por falsas emoções que podem vir do inimigo (cf. 1 Ts 5.6-8; Ef 5.18).
- Referências acadêmicas: Wayne Grudem comenta que “nêpsate” é uma chamada para “manter a mente clara, não permitir que emoções ou pressões tomem conta do coração”. O termo enfatiza o domínio da mente sobre o espírito e emoções, condição essencial para a batalha espiritual.
- Vigilância – γρηγορεῖτε (grēgoreite)
- Raiz grega: γρηγορέω significa “estar acordado, estar alerta, atento”. Esta palavra tem a ideia de “vigiar”, “não dormir”, espiritual e fisicamente atentos.
- Significado: A vigilância refere-se à prontidão constante para perceber os ataques do inimigo e discernir suas estratégias (cf. Mc 14.38, Mt 26.41). O crente não pode se dar ao luxo da distração ou do relaxamento espiritual.
- Referências acadêmicas: John Stott afirma que “a vigilância espiritual é uma condição necessária para resistir, pois o inimigo trabalha sorrateiramente e em momentos de fraqueza”.
- Firmeza – ἀντίστητε (antistēte)
- Raiz grega: ἀνθίστημι, verbo que significa “resistir, opor-se firmemente, estar firme contra”. Pedro exorta o crente a resistir o adversário com determinação e convicção na fé.
- Significado: Resistir firme não é apenas rejeitar o mal, mas fazê-lo com uma confiança ativa e estável na graça de Deus.
- Referências acadêmicas: R.C. Sproul destaca que “resistir ao diabo é uma ação de combate espiritual que requer força, preparo e a graça de Deus para perseverar”.
Referências bíblicas complementares:
- Efésios 6.10-18: Apresenta a armadura de Deus, que suporta a sobriedade (cinturão da verdade), vigilância (capacete da salvação) e firmeza (escudo da fé).
- 1 Tessalonicenses 5.6-8: Liga sobriedade e vigilância como preparação para a vinda do Senhor.
- Mateus 26.41: Jesus ensina a vigiar e orar para não cair em tentação.
Aplicação Pessoal
- Autocontrole e clareza espiritual: Devemos cultivar uma mente disciplinada que não se deixa levar pelo desespero, ansiedade ou confusão. Isso inclui práticas como oração, meditação na Palavra e jejum.
- Estar atento: A vigilância exige sensibilidade ao Espírito Santo para perceber armadilhas e tentações. É preciso evitar distrações que possam entorpecer o discernimento espiritual.
- Resistência ativa: Não basta reconhecer o inimigo, é preciso resistir firmes na fé. Isso implica oração, comunhão, uso da Palavra e a armadura espiritual.
- Comunidade: Somos chamados a exercer sobriedade e vigilância em comunhão, encorajando uns aos outros a permanecer firmes.
Tabela Expositiva
Elemento | Termo Grego | Significado Essencial | Referências Bíblicas | Aplicação Prática |
Sobriedade | νήψατε (nêpsate) | Autocontrole, clareza mental | 1 Pe 5.8a; 1 Ts 5.6-8 | Cultivar mente clara e equilibrada |
Vigilância | γρηγορεῖτε (grēgoreite) | Estar alerta, atento, espiritualmente acordado | 1 Pe 5.8b; Mt 26.41 | Desenvolver sensibilidade ao Espírito |
Firmeza (Resistência) | ἀντίστητε (antistēte) | Resistir firmemente, opor-se | 1 Pe 5.9; Ef 6.13-14 | Permanecer firme na fé e na graça |
Considerações finais
A vigilância e a resistência espiritual não são passivas. São uma postura ativa e permanente. Manter sobriedade, estar vigilante e resistir firme são elementos essenciais para que a Igreja não seja paralisada pelo “bramido” do leão, que busca destruir o corpo de Cristo. O crente tem, por meio da graça de Deus, os meios para essa batalha.
CONCLUSÃO
O apóstolo encerra sua carta com uma doxologia, exaltando a Deus e mencionando Silvano (Silas ARA) como seu amanuense e Marcos, seu filho na fé, como colaborador (1 Pe 5.11-13).
A mensagem de Pedro exorta à perseverança diante das provações, reafirmando que o sofrimento por Cristo nunca é em vão. A glória eterna é a recompensa prometida àqueles que permanecem fiéis.
Identificar-se com Cristo, no amor e na dor, conduz à verdadeira vitória: a glorificação com o Senhor na eternidade.
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
CONCLUSÃO: Perseverança e Glória Eterna — 1 Pedro 5.11-13
Texto-chave:
“A Ele, pois, a glória e o poder para todo o sempre. Amém. Silvano, fiel irmão, vos exorta, como também Paulo, o presbítero desta igreja. Saudai-vos uns aos outros com ósculo de amor. Saudam-vos os que estão da Babilônia, eleitos, como também Marcos, meu filho.” (1 Pe 5.11-13, ARA)
Comentário Bíblico-Teológico
- Doxologia e Glorificação de Deus (v.11)
- A palavra “glória” (δόξα, dóxa) em grego denota a honra, o esplendor e a majestade que pertencem exclusivamente a Deus.
- O termo “poder” (ἐξουσία, exousía) refere-se à autoridade e à capacidade de exercer domínio.
- Pedro conclui com uma doxologia que reconhece a soberania absoluta e eterna de Deus, mostrando que todo poder e honra pertencem a Ele “para todo o sempre” (εἰς τοὺς αἰῶνας τῶν αἰώνων).
- Referência acadêmica: John Stott destaca que esta doxologia reflete o propósito do sofrimento cristão — glorificar a Deus, cuja presença sustenta o fiel.
- Colaboradores e Comunhão na Igreja (v.12-13)
- Silvano (Silas): reconhecido como amanuense e companheiro fiel (ἀδελφὸς πιστός).
- Marcos: chamado de “filho” na fé, possivelmente o mesmo Marcos do Evangelho, destaca a continuidade ministerial.
- A saudação da igreja “da Babilônia” — comumente entendida como Roma — indica o contexto da dispersão e exílio dos cristãos.
- Essa menção reforça a comunhão e o encorajamento mútuo em meio à perseguição.
- Perseverança no Sofrimento
- O apóstolo enfatiza que a fidelidade em meio às provações não é em vão. Sofrer por Cristo está alinhado com o próprio sofrimento de Jesus e resulta em recompensa eterna.
- Palavra grega para perseverança: ὑπομονή (hypomonē) — paciência, constância, perseverança sob pressão.
- O crente é chamado a identificar-se com Cristo na cruz, participando da sua dor para compartilhar da sua glória (cf. Rom 8.17; 2 Tim 2.12).
Aplicação Pessoal
- Reconheça a soberania de Deus sobre todas as circunstâncias, especialmente no sofrimento. Isso fortalece a fé e evita o desânimo.
- Valorize a comunhão na Igreja, sabendo que irmãos na fé, mesmo distantes, compartilham das mesmas lutas e oram uns pelos outros.
- Permaneça firme na fé, identificando-se com Cristo, sabendo que o sofrimento presente gera uma glória eterna que excede qualquer dor.
- Encoraje-se e encoraje outros a perseverar, cultivando uma atitude de amor e saudação fraternal.
Tabela Expositiva
Aspecto
Palavra Grega / Hebraica
Significado
Referências Bíblicas
Aplicação Prática
Glória
δόξα (dóxa)
Honra, majestade divina
1 Pe 5.11; Rm 11.36; Ef 3.21
Honrar a Deus em todas as circunstâncias
Poder
ἐξουσία (exousía)
Autoridade, domínio
1 Pe 5.11; Mt 28.18
Reconhecer a soberania e controle de Deus
Perseverança
ὑπομονή (hypomonē)
Paciência, constância
Rm 5.3-5; Hb 12.1-3
Suportar as provações com fé firme
Comunhão e Saudação
ἀδελφός πιστός (adelphós pistós)
Irmão fiel, companheiro
1 Pe 5.12-13; Rm 16.16
Valorizar a comunhão e o encorajamento
Considerações Finais
A carta de 1 Pedro termina com um poderoso convite à perseverança fundamentada na soberania e no poder eterno de Deus. A identificação com Cristo no sofrimento abre caminho para a participação na sua glória eterna. A comunhão dos irmãos na fé é fonte de conforto e fortalecimento para manter-se firme até o fim.
CONCLUSÃO: Perseverança e Glória Eterna — 1 Pedro 5.11-13
Texto-chave:
“A Ele, pois, a glória e o poder para todo o sempre. Amém. Silvano, fiel irmão, vos exorta, como também Paulo, o presbítero desta igreja. Saudai-vos uns aos outros com ósculo de amor. Saudam-vos os que estão da Babilônia, eleitos, como também Marcos, meu filho.” (1 Pe 5.11-13, ARA)
Comentário Bíblico-Teológico
- Doxologia e Glorificação de Deus (v.11)
- A palavra “glória” (δόξα, dóxa) em grego denota a honra, o esplendor e a majestade que pertencem exclusivamente a Deus.
- O termo “poder” (ἐξουσία, exousía) refere-se à autoridade e à capacidade de exercer domínio.
- Pedro conclui com uma doxologia que reconhece a soberania absoluta e eterna de Deus, mostrando que todo poder e honra pertencem a Ele “para todo o sempre” (εἰς τοὺς αἰῶνας τῶν αἰώνων).
- Referência acadêmica: John Stott destaca que esta doxologia reflete o propósito do sofrimento cristão — glorificar a Deus, cuja presença sustenta o fiel.
- Colaboradores e Comunhão na Igreja (v.12-13)
- Silvano (Silas): reconhecido como amanuense e companheiro fiel (ἀδελφὸς πιστός).
- Marcos: chamado de “filho” na fé, possivelmente o mesmo Marcos do Evangelho, destaca a continuidade ministerial.
- A saudação da igreja “da Babilônia” — comumente entendida como Roma — indica o contexto da dispersão e exílio dos cristãos.
- Essa menção reforça a comunhão e o encorajamento mútuo em meio à perseguição.
- Perseverança no Sofrimento
- O apóstolo enfatiza que a fidelidade em meio às provações não é em vão. Sofrer por Cristo está alinhado com o próprio sofrimento de Jesus e resulta em recompensa eterna.
- Palavra grega para perseverança: ὑπομονή (hypomonē) — paciência, constância, perseverança sob pressão.
- O crente é chamado a identificar-se com Cristo na cruz, participando da sua dor para compartilhar da sua glória (cf. Rom 8.17; 2 Tim 2.12).
Aplicação Pessoal
- Reconheça a soberania de Deus sobre todas as circunstâncias, especialmente no sofrimento. Isso fortalece a fé e evita o desânimo.
- Valorize a comunhão na Igreja, sabendo que irmãos na fé, mesmo distantes, compartilham das mesmas lutas e oram uns pelos outros.
- Permaneça firme na fé, identificando-se com Cristo, sabendo que o sofrimento presente gera uma glória eterna que excede qualquer dor.
- Encoraje-se e encoraje outros a perseverar, cultivando uma atitude de amor e saudação fraternal.
Tabela Expositiva
Aspecto | Palavra Grega / Hebraica | Significado | Referências Bíblicas | Aplicação Prática |
Glória | δόξα (dóxa) | Honra, majestade divina | 1 Pe 5.11; Rm 11.36; Ef 3.21 | Honrar a Deus em todas as circunstâncias |
Poder | ἐξουσία (exousía) | Autoridade, domínio | 1 Pe 5.11; Mt 28.18 | Reconhecer a soberania e controle de Deus |
Perseverança | ὑπομονή (hypomonē) | Paciência, constância | Rm 5.3-5; Hb 12.1-3 | Suportar as provações com fé firme |
Comunhão e Saudação | ἀδελφός πιστός (adelphós pistós) | Irmão fiel, companheiro | 1 Pe 5.12-13; Rm 16.16 | Valorizar a comunhão e o encorajamento |
Considerações Finais
A carta de 1 Pedro termina com um poderoso convite à perseverança fundamentada na soberania e no poder eterno de Deus. A identificação com Cristo no sofrimento abre caminho para a participação na sua glória eterna. A comunhão dos irmãos na fé é fonte de conforto e fortalecimento para manter-se firme até o fim.
ATIVIDADE PARA FIXAÇÃO
1. Qual deve ser a atitude do crente diante das investidas de Satanás?
R.: O crente deve resistir firmemente na fé, mantendo vigilância, sobriedade e confiança no Senhor, que concede vitória e restauração (1 Pe 5.9).
Fonte: Revista Central Gospel.
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