TEXTO AUREO “Pois todos nós somos como o imundo, e todas as nossas justiças como trapo da imundícia; e todos nós murchamos como a fo...
TEXTO AUREO
“Pois todos nós somos como o imundo, e todas as nossas justiças como trapo da imundícia; e todos nós murchamos como a folha, e as nossas iniquidades, como o vento, nos arrebatam”. Is 64.6
Comentarista: Pastor Joabes Rodrigues do Rosário
VERDADE APLICADA
A justiça própria é inimiga do Evangelho de Cristo; O homem que busca ser salvo por meio de suas boas obras, está enganando a si mesmo.
OBJETIVOS DA LIÇÃO
► Levar ao aluno o conhecimento das Origens e História do Budismo;
► Mostrar alguns termos da Teologia Budista;
► Refutar as heresias do Budismo.
TEXTOS DE REFERÊNCIA
Is 64.5 - Tu sais ao encontro daquele que, com alegria, pratica a justiça, daqueles que se lembram de ti nos teus caminhos. Eis que te iraste, porque pecamos; há muito tempo temos estado em pecados; acaso seremos salvos?
Is 64.6 - Pois todos nós somos como o imundo, e todas as nossas justiças como trapo da imundícia; e todos nós murchamos como a folha, e as nossas iniquidades, como o vento, nos arrebatam.
Is 64.7 - E não há quem invoque o teu nome, que desperte, e te detenha; pois escondeste de nós o teu rosto e nos consumiste, por causa das nossas iniquidades.
Is 64.8 - Mas agora, ó Senhor, tu és nosso Pai; nós somos o barro, e tu o nosso oleiro; e todos nós obras das tuas mãos.
“Saíste ao encontro daquele que se alegrava e praticava justiça. Saíste ao encontro dele com o bem que para ele preparaste (v. 4), daquele que se lembra de ti nos seus caminhos”. Veja aqui que comunhão há entre o Deus bondoso e uma alma bondosa.
[1] O que Deus espera de nós, a fim de que tenhamos uma comunhão com Ele. Primeiro, devemos ter consciência de fazer a nossa obrigação em tudo. Devemos praticar a justiça, devemos fazer o que é bom e o que o Senhor nosso Deus exige de nós, e devemos fazer tudo bem feito. Em segundo lugar, devemos estar alegres ao fazermos a nossa obrigação. Devemos nos regozijar e praticar a justiça. Devemos nos deleitar em Deus e em sua lei. Devemos ser alegres em seu serviço e cantar em nosso trabalho. Deus ama aquele que dá com alegria, aquele que adora com alegria. Devemos servir ao Senhor com alegria. Terceiro, devemos nos conformar com todos os métodos de sua providência a nosso respeito, e sermos adequadamente influenciados por eles. Devemos nos lembrar do Senhor e dos seus caminhos, de todos os caminhos pelos quais ele anda, quer Ele ande em nossa direção ou em uma direção contrária à nossa. Devemos pensar nele e fazer menção dele com ações de graça quando entendermos que os seus caminhos são caminhos de misericórdia (no dia da prosperidade devemos ser alegres); mas também devemos agir com paciência e submissão quando Ele nos corrigir. Temos esperado por ti nos caminhos dos teus juízos; pois no dia da adversidade, devemos considerar.
[2] Somos aqui informados do que podemos esperar de Deus se assim o servirmos no caminho da obrigação: Saíste ao encontro dele. Isto sugere a amizade, a comunhão, e a familiaridade com que Deus aceita o seu povo; Ele sai ao seu encontro, para conversar com eles, para se manifestar a eles, e para receber as suas declarações (Êx 20.24; 29.43). Isto sugere igualmente a sua liberdade e prontidão em lhes fazer o bem; o Senhor lhes antecipará as bênçãos da sua bondade, se alegrará em fazer o bem àqueles que se alegram em praticar a justiça, e espera ser misericordioso àqueles que esperam por Ele. Ele sai ao encontro do seu povo penitente com o perdão, assim como o pai do filho pródigo saiu ao encontro do seu filho que regressava (Lc 15.20). Ele sai ao encontro do seu povo que ora com uma resposta de paz, enquanto eles ainda estão falando (cap. 65.24).
3. Eles alegam a imutabilidade do favor de Deus e da estabilidade da sua promessa, apesar dos pecados do seu povo e do seu desagrado contra eles devido aos pecados que praticavam: “... eis que te iraste muitas vezes, porque pecamos, e estivemos debaixo dos sinais da tua ira; mas nos teus caminhos, nos caminhos de misericórdia nos quais nos lembramos de ti, há continuidade”, ou “neles tu estás para sempre” (a tua misericórdia dura para sempre), e “portanto seremos finalmente salvos, embora tu te iraste porque pecamos”. Isto está de acordo com a essência da aliança de Deus: se abandonarmos a lei, Ele visitará a nossa transgressão com uma vara, mas a sua bondade amorosa não será totalmente retirada, e ele não romperá a sua aliança (SI 89.30ss). E através disso, o seu povo tem sido muitas vezes salvo da destruição, estando prestes a ser destruído (SI 78.38). E através dessa continuidade da aliança esperamos ser salvos, porque o fato de ela ser uma aliança eterna representa toda a nossa salvação. Embora Deus tenha se irado conosco por causa dos nossos pecados, e com razão, a sua ira tem durado apenas um instante e logo passa; mas no seu favor está a vida, porque nela está a continuidade; nos caminhos do seu favor Ele continua e persevera, e dependemos disso para a nossa salvação (veja o capítulo 54.7,8). E bom para nós que as nossas esperanças de salvação não sejam edificadas sobre qualquer mérito ou suficiência que acreditamos ter (porque nisto não há certeza; nem mesmo Adão permaneceu em sua inocência), mas sobre as misericórdias e promessas de Deus; porque podemos ter absoluta certeza de que elas sempre terão a sua continuidade.
Assim como temos as Lamentações de Jeremias, aqui temos as Lamentações de Isaías; o assunto de ambas é o mesmo: a destruição de Jerusalém pelos caldeus e o pecado de Israel que trouxe esta destruição, somente com esta diferença: que Isaías a vê de longe e a lamenta pelo Espírito de profecia, enquanto Jeremias a vê cumprida. Nesses versículos:
O povo de Deus, em sua aflição, confessa e lamenta seus pecados, justificando assim a Deus em suas angústias, reconhecendo-se indignos de sua misericórdia, e desse modo enfatizam os seus problemas e se preparam para o livramento. Agora que eles estavam sob as repreensões divinas pelo pecado, não tinham nada em que confiar além da preciosa misericórdia de Deus e a sua continuidade; porque entre eles não há ninguém que ajude, ninguém que sustente, ninguém que fique na brecha e faça intercessão, porque todos eles estão corrompidos pelo pecado. Portanto, são indignos de interceder; todos são negligentes e descuidados no dever, incapazes e inadequados para interceder.
1. Havia uma corrupção geral de costumes entre eles (v. 6): “... todos nós somos como o imundo”, ou como uma pessoa imunda, como alguém infestado pela lepra, que deveria ser expulso do acampamento. O corpo do povo estava como que debaixo de uma contaminação cerimonial, que não era admitida nos pátios do Tabernáculo, ou como alguém atacado por alguma doença repugnante, do topo da cabeça até a sola dos pés; não tinham nada além de feridas e machucados (cap. 1.6). Todos nós, pelo pecado, nos tornamos não só abomináveis à justiça de Deus, mas odiosos à sua santidade; porque o pecado é a coisa abominável que o Senhor odeia, e não pode contemplar. Até mesmo todas as nossas justiças são imundas, como trapos de imundícia. (1) “Nossas melhores pessoas são assim; todos nós somos tão corruptos e contaminados que até mesmo aqueles entre nós que são considerados homens justos, em comparação com o que os nossos pais eram (e se alegravam por praticar a justiça, v.5), são exatamente como trapos de imundícia, próprios para serem rejeitados como esterco. O melhor deles é como uma sarça espinhosa”. (2) “As melhores das nossas realizações são assim. Não só há uma corrupção geral dos costumes, mas também uma deserção geral dos exercícios de devoção. Aqueles que passam na qualificação para os sacrifícios de justiça, quando são verificados se mostram rasgados, mancos, e doentes. Portanto, são provocação a Deus, e tão repugnantes quanto trapos de imundícia”. Nossas realizações, embora sejam sempre muito plausíveis aos nossos olhos, estão aquém do padrão requerido. Se dependermos delas como a nossa justiça e pensarmos que mereceremos por elas a aceitação de Deus, serão como trapos de imundícia - trapos, e não nos cobrirão - trapos de imundícia, e apenas nos contaminarão. Os verdadeiros penitentes jogam fora os seus ídolos como trapos de imundícia (cap. 30.22), pois são odiosos à sua vista. Aqui eles reconhecem até a sua justiça como imunda aos olhos de Deus, se Ele os tratar com uma justiça severa. Nossas melhores obrigações são tão deficientes, e tão distantes da lei, que são como trapos de imundícia. São tão cheias de pecado, e há tanta corrupção ligada a elas, que são como trapos de imundícia. Quando queremos fazer o bem, o mal está presente conosco. E a iniquidade das nossas coisas santas seria a nossa ruína se estivéssemos debaixo da lei.
2. Havia uma frieza geral quanto à devoção deles (v.7). A medida foi cheia pela iniquidade abundante do povo e nada foi feito para esvaziá-la. (1) A oração foi de certo modo negligenciada: “Não há ninguém que invoque o teu nome, ninguém que busque a ti para obter a graça para nos corrigir e remover o pecado, ou para obter a misericórdia para nos aliviar e remover os juízos que os nossos pecados trouxeram sobre nós”. Portanto, o povo é muito mau, porque não ora. Compare a situação com o Salmo 14.3,4; Desviaram-se todos e juntamente se fizeram imundos. Eles não invocam ao Senhor. A falta de oração faz mal ao povo. (2) As orações eram feitas com muita negligência. Se houvesse aqui e ali alguém que invocasse o nome de Deus, isto era feito com muita indiferença: Não há ninguém que se esforce para ter uma vida com Deus. Observe que: [1] A oração representa um esforço para nos apegarmos a Deus. E agarrar, pela fé, as promessas e as declarações que Deus fez da sua boa vontade para conosco, fazendo súplicas a Ele - é agarrá-lo como a alguém que está pronto a partir, implorando ardentemente que Ele não nos deixe, ou pedir o retorno de alguém que já partiu - agarrá-lo como alguém que luta; porque a semente de Jacó luta com Ele e prevalece em oração. Mas quando nos agarramos a Deus, agimos como o marinheiro que agarra a praia com o seu gancho, como se ele puxasse a praia para junto de si, quando, na verdade, ele está levando a si mesmo para junto da praia. Assim, oramos, não para trazer Deus ao nosso pensamento, mas para que possamos ir a Ele. [2] Aqueles que querem agarrar a Deus em oração, de forma a prevalecer na sua excelsa presença, devem se esforçar para fazer isso; tudo o que está dentro de nós deve ser empregado no dever (até mesmo as menores qualidades); os nossos pensamentos devem ser dirigidos e fixados em Deus, e os nossos sentimentos devem ser inflamados. Para esse propósito, tudo o que está dentro de nós deve ser empenhado e concentrado no serviço. Devemos mover o dom que está em nós através de uma consideração real da importância do trabalho que está diante de nós, aplicando o nosso pensamento a Ele; mas como podemos esperar que Deus venha até nós por caminhos de misericórdia, quando não há ninguém que nos ajude nisto, quando aqueles que professam ser intercessores não passam de pessoas levianas?
Eles reconhecem as suas aflições como o fruto e o produto dos seus próprios pecados e da ira de Deus. 1. Eles trouxeram os seus problemas sobre si mesmos por sua própria loucura: “...todos nós somos como o imundo [...] e todos nós caímos como a folha(v. 6). Nós não só murchamos e perdemos a nossa beleza, mas caímos e desaparecemos” (este é o significado da palavra) “como folhas no outono. Nossa profissão de religião murcha, e assim secamos e ficamos sem vigor. Nossa prosperidade murcha e desaparece. Caímos no chão, como criaturas vis e desprezíveis. E então as nossas iniquidades como os ventos nos arrebataram e nos levaram para o cativeiro. Tornamo-nos como os ventos do outono, que sopram para longe as folhas murchas, e elas desaparecem” (SI 1.3,4). Os pecadores são soprados e então carregados para longe, pelo vento pernicioso e violento da nossa própria iniquidade. Ele os faz murchar, e então os destrói. 2. Deus trouxe sobre eles, através da sua ira, os problemas que granjearam para si mesmos (v. 7): “... escondes de nós o teu rosto”; ficaste desgostoso conosco e te recusaste a nos conceder qualquer ajuda. Quando eles se fizeram uma coisa imunda, não é de admirar que Deus tenha escondido o seu rosto deles, como nos escondemos de algo abominável. No entanto, isto não é tudo: Tu “... nos fazes derreter, por causa das nossas iniquidades”.
Esta queixa é igual a uma outra (SI 90.7,8): Somos consumidos pela tua ira; tu nos fazes derreter (assim a palavra é traduzida). Deus os havia colocado em uma fornalha, não para consumi-los como escória, mas para derretê-los como ouro, para que pudessem ser purificados e moldados de novo.
Eles reivindicam o relacionamento com Deus como seu Deus, e humildemente suplicam a Ele. E, quanto a isso, entregam-se alegremente a Ele (v. 8): “Mas, agora, ó Senhor, tu és o nosso Pai. Embora tenhamos agido de forma muito desobediente e ingrata em relação a ti, ainda assim te reconhecemos como o nosso Pai. E, embora tenhas nos corrigido, não nos expulsaste. Loucos e negligentes como somos, pobres, desprezados e pisados como somos pelos nossos inimigos, ainda assim tu és o nosso Pai. A ti, portanto, nos voltamos em nosso arrependimento, como o filho pródigo se levantou e voltou para o seu pai. A ti nos dirigimos em oração. De quem iríamos esperar alívio e socorro além do nosso Pai? Estamos sob a ira de um Pai que se reconciliará e não manterá a sua ira para sempre”. Deus é o Pai deles: 1. Pela criação. Ele lhes deu a sua existência, formou-os como um povo, e os fez como desejou: “Somos o barro e tu és o nosso oleiro”, portanto, não discutiremos contigo. No entanto, tens prazer em tratar conosco (Jr 18.6). Portanto, esperaremos que nos trates bem, que nos faças de novo aquilo que nos fizeste, embora tenhamos nos desfeito e nos deformado: Todos nós nos tornamos como o imundo, mas originalmente fomos obra das tuas mãos; portanto, remova a nossa imundícia, para que possamos ser adequados para o teu uso, o uso para o qual fomos feitos. Somos as obras das tuas mãos; portanto, não nos abandone (SI 138.8). 2. Pela aliança. Esta é a alegação (v. 9): Contempla, nós te pedimos. Todos nós somos o teu povo, todo o povo que tu tens no mundo, o povo que faz uma confissão aberta do teu nome. Somos chamados como teu povo. E os nossos vizinhos nos consideram como tais. Portanto, aquilo que sofremos reflete sobre ti, e o alívio que o nosso caso requer é esperado unicamente de ti. Somos o teu povo. E será que um povo não deveria buscar o seu Deus? (cap. 8.19). “Nós somos teus. Salva-nos” (SI 119.94). Observe que quando estamos sob as repreensões providenciais de Deus, é bom nos mantermos firmes na relação de aliança com Ele.
Fonte: Comentário Matthew Henry
Introdução
Sem ortodoxia ou crença divina, o Budismo tem conquistado pobres e ricos mundo afora. Cada país ou região onde o Budismo foi difundido, ganharam contornos populares, novos rituais, mosteiros, templos e diferentes escolas; somando atualmente no mundo mais de 400 milhões de adeptos. Essa seita chegou ao Brasil através dos imigrantes japoneses, no início do século XX e, de forma silenciosa e sutil, dia a dia, registra crescimento assustador.
OBJETIVO
► Levar ao aluno o conhecimento das Origens e História do Budismo;
1. Origem e História do Budismo
Na índia, os Brâmanes (casta dos sacerdotes), eram considerados legítimos intermediários entre a humanidade e os deuses. Os indivíduos pertencentes às castas inferiores não podiam realizar rituais e cultos. Por volta do século VI a.C., muitos indianos questionavam a tradição e a rigidez da religião existente: o bramanismo ou religião védica. Foi neste contexto de profunda indagação religiosa e filosófica que o Budismo surgiu.
O sistema de castas dividia a sociedade indiana em quatro classes principais: 1) os Brâmanes (sacerdotes); 2) Os Xátrias (guerreiros); 3) Os Vaixás (comerciantes, camponeses e artesãos);
4) Os Párias (servos). Essas classes, por sua vez, subdividiam-se em dezenas de outras. A classificação das castas era determinada pela hereditariedade, sendo proibida a mistura entre pessoas de castas diferentes. Ensinam que só é possível passar de uma casta para outra pela morte e reencarnação. Quem contrai matrimônio com pessoa de outras castas passa à condição de pária, sendo destituído de todos os direitos sociais. Em 1950, a Constituição Indiana dissolveu o sistema de castas no país, mas elas continuam tendo grande influência social na índia moderna, apesar de haver agora mais mobilidade social entre elas. O tal sistema de castas é reprovada na Bíblia (Gl 3.28).
1.1. O Fundador do Budismo
O fundador foi Siddharta Gautama, nasceu por volta de 560 a.C., na índia. Era um príncipe, que fora criado pelos pais cercado de opulência e longe do sofrimento humano. Aos vinte e nove anos de idade, teve o primeiro encontro com a realidade fora dos muros do palácio. Enquanto passeava entre as pessoas comuns, deparou-se respectivamente com um velho, um doente e um morto - conheceu sofrimentos que jamais imaginou existir. Chocado com essas cenas, decidiu abandonar o palácio e a família para encontrar um meio de superar as dores e os sofrimentos humanos. Após seis anos de intenso sacrifício e peregrinação, Gautama se sentou embaixo de uma figueira para meditar e, depois de oito dias, finalmente sentiu-se iluminado. Conta o Budismo que Gautama havia encontrado a resposta que tanto procurava: “Eu e todos os seres do céu e da terra, simultaneamente, nos tornamos o caminho”. Isso significa dizer que o homem “depende apenas de si mesmo para ser salvo”. Ao adquirir tal compreensão, tornou-se o primeiro “Buda” (iluminado). Gautama morreu aos 80 anos de Idade. Os Budistas acreditam que o maior líder Budista da atualidade, “Dalai Lama”, um monge tibetano, é uma encarnação da divindade.
1.2. O Budismo e sua grande influência no mundo
No século III a.C. o Budismo chegou ao sudeste asiático e se difundiu no Sri-Lanka, Tailândia, Nepal e Butão. No primeiro século da Era Cristã, essa seita atingiu a China, a Mongólia, a Coréia e o Japão, estendendo-se para o Vietnã, Camboja e Indonésia. No Japão, adquiriu “status” de religião oficial. Atualmente, o Japão possui cerca de sete mil templos Budistas, sendo hoje um dos principais centros Budistas do mundo.
1.3. Livro Sagrado do Budismo
A filosofia e a doutrina Budista estão registradas em um conjunto de livros denominados “Cânone”. Escrita originalmente no idioma páli, essa obra é conhecida como “tripitaka” ou “Três Cestos”. Cada cesto reúne um tipo de texto, que trata de: 1) Autodisciplina e regras monásticas; 2) Contém os sermões de Buda, as parábolas e histórias contadas para explicar os ensinamentos e a vida de Buda; 3) Doutrinas e a filosofia Budista. O “Cânone Páli” foi escrito após a morte de Buda e chegou ao Ceilão no século III a. C. De lá, propagou-se para outras regiões, incorporando novos textos. O “Cânone tibetano” inclui, além dos sermões de Buda e das regras monásticas, vários tratados filosóficos, poemas, crônicas e textos de medicina e astrologia.
OBJETIVO
► Mostrar alguns termos da Teologia Budista;
2. A Teologia Budista
A teologia Budista é extensa e complexa; acredita-se que Buda deixou oitenta e quatro mil ensinamentos. Veja alguns deles:
2.1. O Budismo e o ensino sobre Deus.
Os Budistas acreditam em vários deuses, e ensina que a existência deles é transitória; da mesma forma que é transitória a vida humana. Acreditam que, assim como os homens morrem e tornam a nascer, os deuses também passam pelo ciclo do renascimento. Por esse motivo, para o Budismo, os deuses são insignificantes. O episódio da criação do homem é uma prova clara que existe um ser Criador e um ser criado, provando assim a superioridade de Deus em relação à vida meramente humana (Gn 1.27; lTm 6.16).
2.2. O Budismo e o ensino sobre a salvação
Buda ensinava que a salvação se dá com o fim da própria ignorância. Para isso, seria necessário conscientizar das “Quatro Nobres Verdades”: 1) Toda existência implica dor - no nascimento, na idade, na morte e na doença; 2) A origem do sofrimento é o desejo e o apego à busca dos prazeres; 3) A solução para o sofrimento está no controle e abandono desses desejos; 4) Conhecer os oito caminhos que levam ao fim do sofrimento: Crença correta, sentimento correto, fala correta, conduta correta, maneira de viver correta, esforço correto, memória correta e concentração correta. Além disso, os budistas devem seguir um conjunto de normas éticas, denominado “Os Cinco Preceitos” (veja ponto 3.3 desta lição). Em Romanos 3.20, Paulo afirma que a justiça ou retidão pessoal não é suficiente diante de Deus. O Apóstolo Paulo diz que Abraão não foi justificado pelas “obras” da lei, (Rm 4.2). Não existe lei ou norma, por mais louvável e nobre que seja, capaz de transmitir salvação aos homens (G13.21). Assim sendo, não é a obediência a um “conjunto de regras” (Rm 3.28), como ensinai o Budismo, que salvará o homem.
Os oito caminhos, ou “Caminho do Meio” e ainda “O Nobre Caminho Óctuplo” como são também conhecidos, para o Budismo é uma espécie de guia para o desenvolvimento mental das habilidades benéficas que devem ser praticadas. Veja o que significam os oito caminhos: 1) Compreensão correta - entender os ensinamentos de Buda; 2) Pensamento e atitude corretos - pensar o bem; 3) Palavra correta - não mentir e não usar palavras agressivas; 4) Ação correta - não prejudicar nenhuma pessoa ou animal; 5) Modo de vida correto - não causar sofrimento aos outros; 6) Esforço correto - pensar antes de agir; 7) Atenção correta - manter-se alerta e consciente; 8) Concentração correta - manter a mente calma e concentrada A Bíblia afirma que a salvação é individual e obedece a três estágios: 1º justificação, 2º regeneração; 3º santificação. A salvação necessariamente precisa da justificação em Cristo, sem a qual, os outros dois estágios se tomam irrelevantes.
2.3. O Budismo e o ensino sobre o pecado
Segundo a doutrina budista, o pecado está ligado ao desejo; desejo que causa sofrimento e dor, que deve ser eliminado para que o homem se liberte de sua ignorância. A palavra de Deus revela, em Romanos 5.12, o princípio da herança pecaminosa com suas diversas manifestações entre os homens, que governa sobre eles qual um tirano. A Palavra de Deus prova que o pecado é mais que um sentimento; ele penetrou na própria natureza humana (SI 51.5). Porém a Palavra de Deus tem uma notícia salvadora: “onde o pecado abundou, superabundou a graça” (Rm 5.20).
OBJETIVO
► Refutar as heresias do Budismo.
3. Os Principais Ensinos do Budismo
O Budismo ensina que para alcançar a libertação ou a salvação, o homem não depende de nenhum deus ou autoridade transcendental, apenas de si mesmo.
3.1. O Nirvana
Para os budistas, o principal problema da existência humana está no fato dos homens não perceberem que vivem em um mundo gerado por seus sentimentos, pensamentos e desejos. Por isso, eles ficam atados às ilusões produzidas pela própria mente, responsável pelo sofrimento humano. Para interromper o processo de ilusões e dores, os budistas indicam o caminho da “Suprema libertação”, ou seja, a aniquilação de todos os desejos e apegos, quando, então, torna-se possível alcançar um estado de absoluta paz, beatitude e felicidade, definido como “Nirvana”. A Bíblia ensina que a libertação por meios próprios é ineficaz (Jo. 1.29).
3.2. O Carma
A filosofia budista acredita na existência de um ciclo ininterrupto de encarnações e desencarnações. A repetição contínua de nascimentos e mortes ocorre com aqueles que ainda estão presos às ilusões dos desejos. Ao morrer, o ser humano carrega consigo os efeitos de seus atos e pensamentos. Fica aprisionado, retornando ao plano material com os mesmos impulsos, sensações, atrações e experiências de vida. Daí surge a ideia de “Carma”, a lei de causa e efeito, em que as atitudes e ações negativas e positivas são transmitidas de uma vida para outra. Esse ciclo faz parte das construções da mente iludida. Ao atingir o Nirvana, a superação do “eu individual”, a ilusão de renascimentos é dissolvida. Mas Jesus ensinou que as pessoas decidem o seu eterno destino em uma única vida (Mt 25.46). Essa, precisamente, a razão pela qual o Apóstolo Paulo enfatizou que “eis aqui agora o dia da salvação” (2Co 6.2).
Algumas seitas, como o Budismo, ensinam que doenças e outros males da vida, são consequências de atos cometidos em encarnações anteriores; e que, em uma nova encarnação, nasce com um “carma” (ver item 3.2). No texto de João 9.1-3, registra que Jesus curou um homem que havia nascido cego. Os discípulos de Jesus lhe perguntaram: “Rabi, quem pecou, este ou seus pais, para que nascesse cego?” (Jo 9.2). Jesus respondeu: “Nem ele pecou, nem seus pais; mas foi assim para que se manifestem nele as obras de Deus” (Jo 9.3). Se Jesus cresse na lei do carma, não teria dito isso; antes, teria dito que o homem nasceu cego por causa dos pecados cometidos em uma vida anterior. O ensino da reencarnação é contrário ao que é ensinado pelas Sagradas Escrituras como um todo. A doutrina da reencarnação e a doutrina do carma ensinam que as pessoas morrem várias vezes até que alcancem a perfeição (o Nirvana). O texto de Jo 3.3 também é mal interpretado e utilizado pelos defensores da reencarnação. O que Jesus está ensinando não é a reencarnação, mas sim o nascimento espiritual para o reino de Deus.
3.3. Os cinco Preceitos do Budismo
Além de obedecer às “Quatro Nobres Verdades”, (relacionadas no item 2.2 desta lição), os budistas devem seguir um conjunto de normas éticas denominadas “Os Cinco Preceitos”: 1) Não prejudicar ou matar nenhum ser vivo; 2) Não roubar ou pegar algo que não lhe seja ofertado livremente; 3) Controlar o desejo sexual; 4) Não mentir; 5) Não beber nem tomar drogas ou substâncias que embotem a mente. Estes preceitos podem até ser louváveis, mas não salvam (Is 64.6).
Conclusão
Com um código ético, como pode ser percebido nesta lição, os budistas buscam o livramento da pecaminosidade da carne, onde só conseguem, no máximo, reprimir a natureza do “velho homem” (Ef 4.22), pois a libertação do poder do pecado só é, alcançada pela graça salvadora que há em Cristo Jesus: “Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres” (Jo 8.36).
QUESTIONÁRIO
1. Para o Budismo, alcançar a libertação ou a salvação, o homem depende de quê?
R. Depende apenas de si mesmos.
2. Qual o significado da palavra Buda?
R. Ruminado.
3. Em qual país o Budismo adquiriu “status” de religião oficial?
R. No Japão.
4. Segundo o Budismo, quantos ensinamentos Buda deixou para os seus seguidores?
R. Acredita-se que Buda deixou oitenta e quatro mil ensinamentos.
5. Em Isaías 64.6, a que a Bíblia compara a justiça própria do homem?
R. É como trapo da imundícia.
REFERÊCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
Editora Betel 1º Trimestre de 2014, ano 24 nº 90 – Jovens e Adultos - “Dominical” Professor – RELIGIÕES, SEITAS E HERESIAS como identificar e refutar os falsos profetas e seus ensinos.
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