Texto áureo Êx 1.7 “E os filhos de Israel frutificaram, aumentaram muito, e multiplicaram-se, e foram fortalecidos grandemente; de man...
Texto áureo
Êx 1.7 “E os filhos de Israel frutificaram, aumentaram muito, e multiplicaram-se, e foram fortalecidos grandemente; de maneira que a terra se encheu deles”.
Verdade Aplicada
Mesmo que tudo seja obscuro e sem sentido, não existe nada neste mundo que o Senhor não veja, não conheça ou não controle.
Objetivos da lição
Ensinar como principiou o cativeiro hebreu no Egito e suas implicações;
Revelar como o Senhor administrou os eventos até o nascimento do libertador;
Mostrar aos alunos que deus trabalha com propósitos específicos em tudo o que faz.
Glossário
Ralé: camada inferior da sociedade;
Infanticídio: Morte dada a uma criança, principalmente recém-nascida;
Conivente: cúmplice.
Textos de referência
Êx 1.13-16
13 E os egípcios faziam servir os filhos de Israel com dureza;
14 assim, lhes fizeram amargar a vida com dura servidão, em barro e em tijolos, e com todo o trabalho no campo, com todo o seu serviço, em que os serviam com dureza.
15 E o rei do Egito falou às parteiras das hebreias (das quais o nome de uma era Sifrá, e o nome da outra, Puá)
16 e disse: Quando ajudardes no parto as hebreias, e as virdes sobre os assentos, se for filho, matai-o; mas, se for filha, então, viva.
Leituras complementares
Segunda Gn 50.26
Terça Êx 1.8
Quarta Jó 42.2
Quinta Jr 33.3
Sexta At 7.22
Sábado Hb 3.5
Esboço da Lição
Introdução
1. O princípio do cativeiro hebreu
2. Guardado de forma sobrenatural
3. Lições práticas
Conclusão
Introdução
Neste trimestre, abordaremos profundos assuntos concernentes à vida de Moisés, um dos mais importantes personagens da Bíblia. Nesta lição, trataremos do princípio do cativeiro hebreu no Egito, a poderosa forma divina de administrar os acontecimentos e a maneira sobrenatural e profética do nascimento de Moisés.
1. O princípio do cativeiro hebreu.
O principal personagem dos últimos capítulos de Gênesis é José. Através dele, Jacó e toda sua família habitaram na magnífica terra fértil de Gosén. Porém, com a mudança de governante, uma nova lei foi estabelecida e o povo, que antes vivia em paz, agora enfrentaria o pior drama de sua vida: a escravidão.
1.1 Um povo pastoril.
José tinha provavelmente trinta e nove anos quando sua família foi morar no Egito. Ele viveu setenta e um anos depois disso e morreu (Gn 50.26). Quando José partiu, a vida cômoda dos hebreus no Egito também findou. Uma vez que José não podia mais interceder por seu povo, a população nativa passou a olhar Israel de modo intolerante e desconfiado. Os egípcios eram muito avançados em cultura e sofisticação e viam os pastores como parte da ralé da sociedade. Isso para eles, manchava a imagem imponente da classe nobre (Gn 46.31, 33, 34). Nesse tempo, a população de Israel já havia aumentado consideravelmente, tornando-se poderosa no Egito. Outro fato importante é que tanto José quanto suas realizações foram totalmente ignorados e o novo Faraó passou a desprezar aquela população crescente (Êx 1.8).
Explique aos seus alunos que a sociedade egípcia era regida pelo sistema de castas. Assim como a pirâmide se constitui de camadas, de igual modo funcionava aquela sociedade. Quem pertencia a uma casta permaneceria nela até morrer, diferentemente do capitalismo, em que há a chance de ascensão social. Naquela época, a sociedade se constituía piramidalmente em: Faraó e sua família; a seguir, os sacerdotes e a nobreza; depois os escribas constituíam uma única casta; em seguida, os coletores de impostos e militares; por último, na base da pirâmide, ficavam os camponeses e escravos vindos de outros povos.
1.2 Um povo numeroso.
Com o novo Faraó nasce uma nova política e um novo estilo de vida passa a vigorar para os hebreus no Egito (Êx 1.10, 11ª). Uma nova lei foi determinada para um povo que vivia de forma regalada e esplêndida, e, a partir dali, a vida para eles jamais seria como antes. É muito claro o discurso feito por Faraó; ele se sentiu ameaçado com o crescimento do povo e, como não era portador de nenhuma aliança com o falecido governador, apossou-se da fértil e bem localizada Gosén, humilhando o povo através da escravidão e da chibata. Porém, antes que fossem diluídos no pó do Egito, eles clamaram e, após quatrocentos e trinta anos, suas orações foram enfim atendidas (Êx 12.40).
1.3 Deus controla os eventos.
É inevitável não nos fascinarmos pela maneira como Deus, de forma majestosa e grande, domina todas as coisas. Embora saibamos que o sofrimento do povo hebreu tenha sido cruel e brutal, vemos também a poderosa mão de deus por trás de tudo, controlando os acontecimentos e usando os eventos para formar a identidade cultural e o caráter de uma grande nação. Séculos antes, o Senhor já havia falado a Abraão sobre o que aconteceria aos seus descendentes e como eles seriam libertos com mão poderosa (Gn 15.13, 14). O Senhor afirma para Seu servo o que ocorreria e também como julgaria seus opressores. Não existe nada debaixo do sol que o senhor não veja, não conheça ou não controle (Jó 28.24).
Destaque para seus alunos que Deus ouviu esse clamor anos após anos. Mas, atuou no tempo certo em que o fruto estava maduro pronto para colher. Às vezes, esquecemos –nos que Deus tem o controle de todas as coisas. Porém uma coisa é certa: “quando chega o tempo dEle agir, ninguém poderá impedir que o faça” (Is 43.13b).
2. Guardado de forma sobrenatural.
O tempo da liberdade chegou; um libertador viria, um homem escolhido pela mão de deus, um líder preparado especialmente para lidar com os israelitas e confrontar o Faraó. Embora houvesse planos terrestres para impedir a ação divina, o nosso Deus começou a agir da forma como Ele é: Grande.
2.1 Quem poderia impedir o futuro?
Com o passar dos tempos, os hebreus se tornaram tão numerosos que passaram a assustar tremendamente os egípcios. E, por medo de perder a terra, os egípcios foram impelidos a agir de forma brutal e selvagem contra os hebreus. A insegurança e ódio dos egípcios tinham uma explicação; o medo (Êx 1.13, 14). Felizmente, o plano de Faraó não obteve resultado, pois quanto mais o povo de Deus era afligido, mais cresciam e aumentavam. Ao perceber que seus fins não eram alcançados, Faraó aumentou a dose de sofrimento e partiu para o infanticídio (Êx 1.15, 16). Uma inspiração maligna que daria fim ao nascimento do libertador. No entanto, o que está determinado nos céus jamais poderá ser sequer abalado por nada terreno.
Explique aos seus alunos que tal como aconteceu com Israel no Egito, quanto mais a Igreja é perseguida neste mundo, mais ela cresce e avança. Embora vejamos maldade e perversidade de forma descontrolada, injustiça social e opressão agindo em lugar da paz, deveríamos pensar no que Deus está fazendo ao preparar Sua Igreja para um grande livramento.
2.2 Sifrá e Puá
Sifrá e Puá são duas mulheres extremamente importantes no plano divino para o nascimento do libertador Moisés. O nome Sifrá significa “beleza” e Puá “esplêndida”. Elas, com certeza deixaram um lindo e esplêndido exemplo para nossos dias; temer a Deus acima de qualquer circunstância. Elas eram as parteiras das hebreias, uma tarefa melindrosa, porém gratificante. Essas duas mulheres receberam um edito muito cruel da parte de Faraó. A ordem era matar os meninos e deixar viver as meninas. Não cumprir a ordem de Faraó era arriscar a própria vida. Mas elas decidiram temer somente a Deus e não ser coniventes com o erro, evitando derramar sangue inocente. A bravura dessas duas mulheres teve influência direta no nascimento de Moisés.
2.3 A morte deu lugar à vida.
A maldade e a crueldade de Faraó não terminaram quando as parteiras recusaram lhe atender. Ele não conhecia limites para o terror e, assim, expediu outro decreto ordenando a morte de todos os meninos (Êx 1.22). No mesmo tempo de Moisés, era impossível não identificar uma casa onde houvesse um recém-nascido. A sabedoria de Joquebede durou três meses e o Nilo, que deveria ser o lugar da morte dos machos, tornou-se o lugar da Salvação de Moisés. Naquele cesto, estava a esperança de uma nação e o próprio Egito, que tentara matar o libertador, foi o lugar onde ele foi cuidado, instruído e qualificado. Não devemos pensar que Deus está dormindo ou que o inimigo anda vagando pelo mundo a fazer o que bem entende. Lembremos que o Senhor está acima de todas as coisas, até mesmo de nossos pensamentos (Is 55.8, 9).
As parteiras obedeceram a Deus e não a Faraó. Por sua coragem e por optarem pela justiça, o Senhor resolveu recompensá-las. Nem sempre o que é certo é o mais fácil. Como elas não foram coniventes com o erro, veio sobre elas a benção de Deus (Êx 1.20, 21).
3. Lições práticas.
Tudo o que é grandioso passa por sérios tratamentos antes de existir. Não foi fácil para os hebreus ver a liberdade sucumbir e, do dia para a noite, tornar-se escravo. Seu clamor durou quatrocentos anos, mas, quando chegou o tempo de ser livre outra vez. Deus agiu com mão forte e não houve quem pudesse impedir o que por Ele mesmo foi determinado.
3.1 Deus está no controle.
Nos momentos de grandes provações, é comum esquecermos do que o nosso Deus é capaz. Ele sempre sabe tudo o que acontece conosco (Êx 3.7, 8ª). Seu livramento pode não chegar de acordo com o nosso horário ou no momento em que pensamos, mas chegará na hora certa. Por mais severa e dura que seja a provação que estivermos enfrentando, elas não diminuirão o interesse de deus. O futuro pode parecer sombrio e podemos nos perguntar: onde Deus está? Se bem O conhecermos, entenderemos que Ele está a caminho e, quando chegar, tudo o que parecia ser absurdo se tornará real e palpável para cada um de nós.
Explique aos seus alunos que o agir de Deus em favor daqueles que nEle esperam é sempre poderoso e gratificante. Os capítulos sete e oito de Êxodo, revelam como Ele já poderia ter liquidado a fatura. Mas Ele é tão poderoso que se revela passo a passo para que, a cada dia, venhamos descobrir como é belo e maravilhoso.
3.2 Todos nós nascemos com uma finalidade.
Moisés passou por tantos preparos, expectativas e desilusões que, ao deparar-se com Deus, já não acreditava que poderia ser o homem para o objetivo pelo qual nasceu (Êx 3.10, 11). Ele sempre soube desde o pequeno que sua missão era libertar seu povo. É muito importante quando sabemos para qual finalidade vivemos neste mundo. Não foi por acidente que nascemos nesta era específica, na atual conjuntura da história, em determinado país e neste mundo. Sabia que Deus está buscando homens e mulheres que obedeçam a Seu propósito. Podemos até nos sentir incultos, incapazes e até mesmo desqualificados, talvez cheguemos até a usar as mesmas desculpas de Moisés diante de deus. Mas Deus chamou as coisas loucas, vis e desprezíveis; o que não é para confundir o que é (1Co 1.28).
3.3 Operando Deus quem impedirá?
Mais que libertar os hebreus ou punir os egípcios, Deus queria tornar aquele momento inesquecível em toda a história da humanidade. De uma só vez, o Senhor riscou para sempre a memória daquela geração de egípcios. Retirando os hebreus do Egito, o Senhor sabiamente estava pondo um fim na economia daquela nação. É por isso que Faraó não os queria libertar, pois eles eram os responsáveis por toda a mão de obra do Egito. Deus, em um só golpe, exterminou os primogênitos do Egito, que simbolizavam o futuro da nação e, em seguida, libertou Seu povo, deixando de uma só vez o Egito, sem futuro e sem presente. O último golpe foi a destruição de todo o exército no Mar Vermelho, mostrando que quando Ele opera não há quem possa impedir o Seu agir (Is 43.13).
Devemos pensar muito bem sobre nossas vocações. Deus, quando nos chama, não está vendo o que vemos hoje, Ele já sabe o que vai acontecer. Abrace seu chamado, alegre-se, você pode ser a esperança de salvação de uma nação.
Conclusão
A aflição pode durar um tempo, mas ela possui prazo de validade. Embora a situação dos hebreus fosse de total calamidade, Deus estava acompanhando tudo de perto sem perder um detalhe sequer. Por fim, Moisés nasceu, o povo foi liberto e Faraó morreu. Nada pôde impedir o agir de Deus. Em tempos difíceis, coloquemos nossa confiança no Senhor.
Questionário
1. Qual o principal personagem dos últimos capítulos de Gênesis?
R: José (Gn 39 a 50).
2. Quando teve início o cativeiro dos hebreus no Egito?
R: A partir da morte de José e da chegada do novo Faraó (Êx 1.6-11).
3. Quais os principais motivos que originaram a escravidão dos hebreus?
R: A revelação dada a Abraão e o fato de serem pastores e numerosos (Gn 15.13; 46.34; Êx 1.7).
4. O que podemos aprender acerca de Deus nesta lição?
R: Que Ele tem um propósito em tudo e que ninguém poderá impedir o Seu agir (Is 43.13).
5. Qual o ensinamento mais importante dessa lição?
R: Que Deus sabe tudo, vê tudo e não perde o controle de nada (Jó 28.24).
Fonte: Revista Dominical, Jovens e Adultos, Betel 2º trimestre de 2015, Moisés o legislador de Israel.
http://ministeriorestauracaodaalianca.blogspot.com/
Revista: Moisés – Editora Betel – 2º Trimestre de 2015
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