TEXTO ÁUREO VERDADE PRÁTICA “Ora, o SENHOR disse a Abrão: Sai-te da tua terra e da tua parentela, e da casa de teu pai, para a...
TEXTO ÁUREO
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VERDADE PRÁTICA
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“Ora, o SENHOR disse a Abrão: Sai-te da tua terra e da tua parentela, e da casa de teu pai, para a terra que eu te mostrarei” (Gn 12.1).
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A história e a situação da terra de Jesus hoje testificam o plano de Deus para a nação de Israel e a veracidade das Escrituras.
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AGENDA DE LEITURA
Segunda - Gn 15.18
Promessa da terra a Abraão
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Quinta - Êx 19.1-8
Promessa confirmada a Moisés
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Terça - Gn 26.3-5
Promessa confirmada a Isaque
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Sexta Js 1.1-9
Promessa confirmada a Josué
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Quarta - Gn 35.8-15
Promessa confirmada a Jacó
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Sábado 2Sm 5.1-12
Davi conquista Jerusalém
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TEXTO BÍBLICO
Gênesis 12.1-4; 17.5-9.
Gênesis 12
1 — Ora, o SENHOR disse a Abrão: Sai-te da tua terra, e da tua parentela, e da casa de teu pai, para a terra que eu te mostrarei.
2 — E far-te-ei uma grande nação, e abençoar-te-ei, e engrandecerei o teu nome, e tu serás uma bênção.
3 — E abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; e em ti serão benditas todas as famílias da terra.
4 — Assim, partiu Abrão, como o SENHOR lhe tinha dito, e foi Ló com ele; e era Abrão da idade de setenta e cinco anos, quando saiu de Harã.
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Gênesis 17
5 — E não se chamará mais o teu nome Abrão, mas Abraão será o teu nome; porque por pai da multidão de nações te tenho posto.
6 — E te farei frutificar grandissimamente e de ti farei nações, e reis sairão de ti.
7 — E estabelecerei o meu concerto entre mim e ti e a tua semente depois de ti em suas gerações, por concerto perpétuo, para te ser a ti por Deus e à tua semente depois de ti.
8 — E te darei a ti e à tua semente depois de ti a terra de tuas peregrinações, toda a terra de Canaã em perpétua possessão, e ser-lhes-ei o seu Deus.
9 — Disse mais Deus a Abraão: Tu, porém, guardarás o meu concerto, tu e a tua semente depois de ti, nas suas gerações.
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OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
I. COMPREENDER a importância e o propósito da chamada divina de Abraão para a sua descendência;
II. APRESENTAR a história da formação do Estado de Israel;
III. CONHECER a situação da terra de Israel na atualidade.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Constantemente, Israel e o Oriente Médio ocupam lugar de destaque nos noticiários dos principais jornais do mundo. Os fatos que envolvem o país e aquela região são desproporcionais se considerarmos o seu tamanho geográfico em comparação a outros povos e nações. Contudo, tal repercussão não tem natureza geopolítica; ela é de natureza espiritual. Como veremos nesta aula, o plano divino, mediante a chamada de Abraão e sua descendência, é o elemento responsável pela história de Israel e pela situação da terra de Jesus nos dias atuais. [Comentário: O moderno Estado de Israel tem as suas raízes históricas e religiosas na Terra de Israel (Eretz Israel), um conceito central para o judaísmo desde os tempos antigos, e no coração dos antigos reinos de Israel e Judá. A história do povo de Israel começa com Abraão, aproximadamente em 2.100 a.C. Ele morava na Mesopotâmia quando o Senhor o chamou e ordenou-lhe que andasse sobre a terra (Gn 12.1-9; 13.14-18). Andou por toda a terra de Canaã que seria futuramente a terra escolhida por Deus para seu povo habitar. O Senhor prometeu que daria aos descendentes de Abraão "esta terra" (Gênesis 12.7), e repetiu a promessa para Abraão (Gênesis 13.14-15, 17; 17.8), Isaque (Gênesis 26.3-4) e Jacó (Gênesis 28.13). O Senhor explicou que o cumprimento ia demorar uns quatrocentos anos (Gênesis 15.13-16). De fato, 430 anos depois (Êxodo 12.40-41), o Senhor levantou Moisés que libertou o povo do Egito e o conduziu à terra prometida. Por causa da incredulidade do povo, a realização da promessa demorou mais uma geração (Números 13-14). Mas finalmente, Israel entrou e conquistou a terra (veja Josué). Em 70 d.C., Jerusalém foi destruída pelos romanos, os judeus dispersos e, pela segunda vez, eles perdem sua terra prometida. Em 1948, alguns judeus retornaram e construíram o que hoje é o Estado de Israel. Alguns estudiosos veem nesse retorno o cumprimento de profecias, outros, porém, afirmam ser simplesmente um acontecimento político. YAHWEH não viola Suas promessas. Se Ele deixasse de manter Sua Palavra, fosse de trazer bênção ou julgamento, Seu caráter seria manchado e Seu santo nome desonrado. Como Ele disse frequentemente por meio de Seus profetas a respeito de Sua intenção de trazer Israel de volta à sua terra nos últimos dias: "Não é por amor de vós que eu faço isto, ó casa de Israel, mas pelo meu santo nome" (Ezequiel 36.22). "Tu és o meu servo, és Israel por quem hei de ser glorificado" (Isaías 49.3). Que grande e convincente "sinal" é o retorno de Israel à sua terra após 2500 anos! Hoje, em cumprimento da profecia, os olhos do mundo estão sobre aquele aparentemente insignificante e pequeno pedaço de terra árida. Ela é, exatamente como previsto, um "cálice de tontear" para todas as nações - um estonteamento que diz respeito ao que poderá acontecer ali.] Convido você para mergulharmos mais fundo nas Escrituras!
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I. A PROMESSA DE UMA GRANDE NAÇÃO
1. A chamada de Abraão e a Terra Prometida. O capítulo 12 de Gênesis contém a magnífica promessa do nascimento do povo de Israel, pela qual Deus garante a Abrão (depois chamado de Abraão, Gn 17.5) que engrandeceria o seu nome e faria dele uma grande nação (vv.1,2). Para tanto, o Senhor estabelece um concerto perpétuo e lhe promete a posse da terra de Canaã (vv.7,8), exigindo, em contrapartida, a sua obediência (Gn 17.1; 26.5). Posteriormente, esse pacto é confirmado aos seus filhos Isaque (Gn 26.3-5), Jacó (Gn 35.8-15) e, também, a Moisés e ao povo de Israel (Êx 19.1-8). Após a morte de Moisés, sob a liderança de Josué, o povo tomou posse da terra de Canaã (Js 1-12), depois da jornada de 40 anos peregrinando no deserto. Isso explica o elo inseparável entre o povo de Israel e a Terra Prometida. [Comentário: A Terra Prometida (Hebraico: הארץ המובטחת, transl.: ha-Aretz ha-Muvtachat) é o termo utilizado para descrever a terra prometida ou dada por Deus aos israelitas através de Abraão e então renovada à Isaque e a Jacó. A terra prometida era descrita em termos de extensão territorial como indo do Rio do Egito ao Rio Eufrates (o que hoje compreenderia os territórios do Estado de Israel, Palestina, Cisjordânia, Jordânia, sul da Síria e sul do Líbano) e foi dada de fato aos descendentes dos patriarcas depois do êxodo. Abraão sai de Ur dos Caldeus, na Mesopotâmia, juntamente com Terá seu pai, sua esposa Sara e Ló seu sobrinho com destino a Canaã. Caminharam até Harã e ali se estabeleceram (Gn 11.31). Após a morte de Terá, Abraão retoma sua caminhada em obediência ao Senhor, contudo, a Palavra de Deus nos afirma que Ló foi com ele (Gn 12.4). Abraão se estabelece na Terra de Canaã, e Deus lhe faz promessas (Gn 12.7). Em Gn 13.14-16 lemos: “Disse o Senhor a Abrão, depois que Ló se separou dele: “Ergue os olhos e olha desde onde estás para o norte, para o sul, para o oriente e para o ocidente; porque toda essa terra que vês, eu ta darei, a ti e a tua descendência, para sempre. Farei a tua descendência como o pó da terra; de maneira que, se alguém puder contar o pó da terra, então se contará também a tua descendência.” Interessante notar que, os muçulmanos, por outro lado, insistem que não foram os descendentes de Isaque, mas os de Ismael que foram escolhidos por Deus. A tribo Quraita, à qual pertencia Maomé, afirmava que sua descendência se estendia até Ismael e, por meio dele, a Abraão. Logo, argumenta-se, a terra de Israel (que os muçulmanos insistem que foi prometida a Ismael) pertence aos árabes. Essa afirmação, porém, não tem fundamento. A Bíblia declara o contrário: que o território de Israel pertence aos descendentes de Isaque. Quanto ao Corão, ele sequer menciona Jerusalém ou qualquer parte do território de Israel - uma omissão que é fatal às afirmações islâmicas nestes últimos tempos.]
2. Propósito da chamada. Mas, qual foi o propósito da chamada de Abraão? A bênção destinava-se somente a ele e a sua família? De acordo com a Bíblia de Estudo Pentecostal, “a intenção de Deus era que houvesse um homem que O conhecesse e O servisse e guardasse os seus caminhos. Dessa família, surgiria uma nação escolhida, de pessoas que se separassem das práticas ímpias de outras nações, para fazerem a vontade de Deus. Dessa nação, viria Jesus Cristo, o Salvador do mundo, o prometido descendente da mulher”. Israel, portanto, seria um reino sacerdotal, povo santo e canal de bênção para os demais povos (Êx 19.6). A expressão “e em ti serão benditas todas as famílias” (Gn 12.3) revela que a promessa divina estava dentro de um propósito salvífico para a raça humana. [Comentário: Seja o que for que alguém escolha acreditar, a Palavra de Deus declara repetida e claramente que Israel é Seu povo especialmente escolhido e que jamais perderá essa condição singular. O destino peculiar de Israel, ordenado por Deus para cumprir Sua vontade para a humanidade, é o tema dominante das profecias bíblicas. As profecias sobre o Messias estão inseparavelmente ligadas a Seu povo, Israel. Seria a Israel, e através dele ao mundo, que o Messias, Ele mesmo um judeu, viria. Logo, uma percepção clara das profecias a respeito do passado, presente, e futuro de Israel é fundamental para a compreensão de ambos os adventos de Cristo, Sua vinda histórica e Sua promessa de "voltar novamente". Israel, como já notamos, é o relógio profético de Deus, um grande sinal que Ele deu ao mundo para provar a Sua existência e demonstrar que está no comando da história. Por mais que isso não agrade a alguns, os judeus são o povo escolhido de Deus. Um povo escolhido? Escolhido por Deus? Essa graça parece ter trazido mais que sua quota de problemas. No filme Um Violinista no Telhado, Topol (o artista principal do filme) ecoa o protesto perplexo de muitos judeus: "Que tal escolher um outro povo!" Obviamente esse pedido não muda os fatos. Não há como escapar do propósito de Deus ou do registro bíblico. Dave Hunt, http://www.chamada.com.br/mensagens/povo_escolhido.html]
3. O pacto com Israel e o Novo Testamento. Apesar da sua chamada, a nação de Israel foi incrédula, desobediente e rejeitou o Evangelho. Ainda assim, Deus mantém um plano especial para o verdadeiro Israel. Nos capítulos 9 a 11 da carta aos Romanos, o apóstolo Paulo fala sobre o plano divino para o povo escolhido, sua incredulidade atual e acerca da restauração futura. Ele afirma que a promessa divina não falhou, porquanto era destinada só para os fiéis da nação (9.6-8). Com efeito, Deus não rejeitou a Israel (11.1-6), e a incredulidade israelita é apenas parcial e temporária, mantendo-se um remanescente que permanece fiel. Futuramente, todo Israel aceitará a salvação divina em Cristo (11.26; Ap 7.1-8). [Comentário: A Bíblia repetidamente diz que os judeus, como toda a humanidade, são rebeldes indignos de qualquer coisa a não ser de julgamento. Mesmo assim, Deus, por graça, abençoou a Israel sem que este tivesse qualquer mérito, tudo por causa das promessas que Deus fez a Abraão, Isaque, e Jacó. Além disso, essa graça é possibilitada pela morte redentora do Messias.]
PENSE!
“Pela fé, Abraão, sendo chamado obedeceu, indo para um lugar que havia de receber por herança; e saiu, sem saber para onde ia” (Hb 11.8). Que isso sirva-nos de exemplo, pois sem fé é impossível agradar a Deus!
II. A FORMAÇÃO DO ESTADO DE ISRAEL
1. A proteção divina do povo israelita. A história comprova o propósito especial de Deus com a nação de Israel. Desde a chamada de Abraão nos tempos do Antigo Testamento, a conquista da Terra Prometida, passando pelas guerras, a subjugação sob o domínio de vários impérios, a perseguição sofrida, e a sua sobrevivência até o tempo presente, revelam o componente sobrenatural e miraculoso da existência de Israel. Os descendentes de Abraão, Isaque e Jacó foram escravos no Egito, peregrinaram no deserto e estiveram sob o domínio dos babilônios, medo-persas, gregos, assírios e romanos. [Comentário: Você Já se perguntou por que a minúscula nação de Israel está nos noticiários quase todos os dias? Por que quando Israel faz qualquer coisa, isso certamente produzirá uma manchete? Por que todo o foco da paz no Oriente Médio se centraliza em torno de Israel? Por que Israel, o que há de tão significante nesse minúsculo país mais ou menos do tamanho de Sergipe? Alguém pode honestamente comparar essas profecias a respeito de Israel com sua história e continuar sendo um ateu? Ou alguém poderá negar que Jesus Cristo é o único Salvador? Seu advento, profetizado pelos mesmos porta-vozes de Deus inspirados pelo Espírito, está intimamente ligado a Israel e sua história tortuosa de dispersão e retorno à sua terra. Um conhecedor dos profetas hebraicos não poderia deixar de lembrar da promessa que Deus fez há 2500 anos atrás, e que Ele disse que cumpriria nos últimos dias: "Porque assim diz o Senhor: Cantai com alegria a Jacó, exultai por causa da cabeça das nações; proclamai, cantai louvores, e dizei: Salva, Senhor, o teu povo, o restante de Israel. Eis que os trarei da terra do Norte, e os congregarei das extremidades da terra; e entre eles também os cegos e aleijados, as mulheres grávidas e as de parto; em grande congregação voltarão para aqui. Virão com choro, e com súplicas os levarei; guiá-los-ei aos ribeiros de águas, por caminho reto em que não tropeçarão; porque sou pai para Israel, e Efraim é o meu primogênito. Ouvi a palavra do Senhor, ó nações, e anunciai nas terras longínquas do mar, e dizei: Aquele que espalhou a Israel o congregará e o guardará, como o pastor ao seu rebanho... Hão de vir, e exultar na altura de Sião, radiantes de alegria por causa dos bens do Senhor" (Jeremias 31.7-12).]
2. A dispersão pelo mundo. Em virtude da desobediência e da idolatria do povo, Deus disse que tiraria a nação israelita da sua terra e a espalharia pelo mundo (Dt 28.63,64; Mt 23.37). Isso aconteceu várias vezes na história, quando foram levados cativos pelos assírios (cf. 2Rs 17.6), babilônios (cf. 2Rs 25.21) e pelos gregos (para Alexandria no século III a.C). Entretanto, a maior dispersão, chamada diáspora judaica, ocorreu em 70 d.C, quando os romanos invadiram Jerusalém e destruíram o templo. Com isso, milhares de israelitas foram dispersos pelo mundo (Lc 21.24), vivendo exilados de sua pátria. Já no Século XX, Adolf Hitler também empreendeu uma perversa perseguição contra os judeus, culminando no Holocausto, o genocídio de cerca de 6 milhões de judeus durante a Segunda Guerra Mundial. Nenhum outro povo sofreu tantos ataques quanto Israel, mas Jeová sempre os protegeu com sua forte mão, pois Ele é o seu guarda e Redentor (Sl 121.4; Is 41.14). [Comentário: Diáspora judaica (no hebraico tefutzah, "dispersado", ou גלות galut "exílio") refere-se a diversas expulsões forçadas dos judeus pelo mundo e da consequente formação das comunidades judaicas fora do que hoje é conhecido como Israel partes do Líbano e Jordânia (por dois mil anos). Em 70 d.C. a Legião Romana, sob as ordens do General Tito, foi despachada para Jerusalém para derrubar a última de uma série de rebeliões Israelitas. Suas ordens eram para destruir Israel como uma nação e como um povo distinto. A história nos conta que mais de um milhão de Judeus foram mortos. O Templo Judeu foi completamente destruído. Os sobreviventes foram espalhados como escravos e até mesmo proibidos de se ajuntarem em grupos de mais do que três, sob pena de morte. Os Judeus foram espalhados pelos continentes Asiático e Europeu, humilhados e desprezados onde quer que fossem. Ficaram desabrigados, conhecidos como os Judeus Errantes. Onde quer que fossem sofriam perseguição, mas não se esqueceram da promessa que Deus havia feito a Abraão. Eles sabiam que em algum momento no futuro, Deus cumpriria Sua promessa e eles iriam novamente superar todos os revezes e se tornar a Grande Nação que Deus pretendia que fossem. Uma nação que seria uma benção para todo o mundo.]
3. Retorno à Terra Prometida. Apesar da dispersão, a promessa divina da Terra Prometida ainda estava de pé (Gn 13.15), e o retorno do seu povo escolhido era inevitável (Ez 26.24,28; Os 14.7). Aos poucos, os israelitas começaram a despertar o sentimento de regressar ao lar prometido, o qual ganhou força com o movimento sionista, iniciado em 1897 por Teodoro Herzl. Elienai Cabral capta a essência do movimento ao afirmar que “não era um simples sentimento de um homem ou de um povo, e, sim, um impulso do Espírito de Deus na mente e no coração de cada judeu disperso, em cumprimento da Palavra de Deus (Jr 24.6)”. O ponto culminante desse regresso foi em 14 de maio de 1948, com a criação do Estado de Israel e a sua declaração de independência, que foi precedida pela aprovação da partilha do território palestino pela ONU em 1947, cuja sessão foi presidida pelo embaixador brasileiro Osvaldo Aranha. Nesse dia, então, cumpriu-se Isaías 66.8; “Quem jamais ouviu tal coisa? Quem viu coisas semelhantes? Poder-se-ia fazer nascer uma terra num só dia? Nasceria uma nação de uma só vez? Mas Sião esteve de parto e já deu à luz seus filhos”. [Comentário: O sionismo (de Sião, nome do monte onde ficava o templo de Jerusalém), surgiu na Europa em meados do século XIX. Inicialmente de caráter religioso, o sionismo pregava a volta dos judeus à Terra de Israel, como forma de estreitar os laços culturais do povo judeu em torno de sua religião e de sua cultura ancestral. Estima-se que 6 milhões de judeus foram exterminados nos campos de concentração durante a Segunda Guerra Mundial. Isso impulsionou a restabelecimento do Estado de Israel, o verdadeiro lar do povo judeu depois de quase 2000 anos em domínio estrangeiro. A diáspora terminou em 1948, com a tomada da Palestina, o que criou o Moderno Estado de Israel. Em 1996 estimou-se que haja 9,5 milhões de judeus vivendo em Israel, cerca de 7,5 milhões nos Estados Unidos, 900.000 na França, 700.000 no Reino Unido, 400.000 na Argentina, 124.000 no Brasil, e 100.000 no Chile.http://pt.wikipedia.org/wiki/Di%C3%A1spora_judaica. A profecia do vale dos ossos secos também nos diz muito espiritualmente. Mas a essência desta profecia foi justamente mostrar que o povo judeu retornaria dos países em que viviam para novamente formar sua nação. Desde que os judeus foram expulsos de Israel pelos romanos em 70 d.C, eles jamais regressaram até 1948. O Estado de Israel foi oficialmente idealizado depois que o cientista Chaim Weizmann, durante a Primeira Guerra Mundial, inventou uma tecnologia para se produzir pólvora rapidamente para a Inglaterra. Isto foi a chave para a Inglaterra vencer seus inimigos. Como gratidão a Chaim, os ingleses decidiram recompensá-lo com o que ele quisesse pedir. Porém, Chaim pediu aos ingleses para negociarem com os outros países vencedores da Primeira Guerra a volta dos judeus à região da Palestina. Foi então criado o primeiro tratado da criação do Estado de Israel, chamado de Declaração de Balfour, que se concluiu em 1948, quando então David Ben-Gurion, judeu nascido na Polônia em 1886, fundou oficialmente o país Israel, sendo seu primeiro ministro. Hoje, o aeroporto internacional de Tel Aviv leva o nome de Ben-Gurion. Basta verificarmos com mais atenção os versículos 11 a 14, para concluirmos que foi exatamente o que aconteceu em 1948.]
PENSE!
Nenhum outro povo sofreu tantos ataques quanto Israel, mas Jeová sempre os protegeu com sua forte mão, pois Ele é o seu guarda (Sl 121.4) e Redentor (Is 41.14).
III. ISRAEL NA ATUALIDADE
1. Conflitos com os árabes. Mesmo com a criação do Estado de Israel, as lutas não cessaram. Assim que declarou sua independência, Israel foi imediatamente atacado pelo Egito, Arábia Saudita, Jordânia, Iraque, Síria e Líbano, instaurando-se o conflito entre árabes e judeus. Nessa ofensiva, assim como em outras que se repetiram nos anos de 1990, Israel saiu-se vitorioso. Um desses ataques ocorreu em 1973. Aproveitando-se do feriado religioso judaico do Yom Kipur (“Dia do Perdão”) — ocasião em que grande parte dos soldados israelenses se encontravam de folga — Egito e Síria lançaram um ataque surpresa contra Israel. Entretanto, foram derrotados novamente. [Comentário: Deus deu a terra de Israel aos descendentes de Abraão, através de seu filho Isaque. O nascimento de Ismael, fora da vontade de Deus, originou o conflito que vemos hoje em Gaza e em todo o Oriente Médio. Este conflito não é novo, ele surgiu nas tendas de Abraão, quando Agar zombava de sua senhora Sara. Sem que a humanidade perceba, esse conflito está preparando o caminho no qual será decidido o destino de todas as nações. Aqui se cumprirá a profecia registrada em Ap 14.6 e 7. Como explicar tamanho ódio para com um povo que buscando a paz, foi capaz de violar o concerto milenar estabelecido entre o YAHWEH, o Deus Altíssimo, e seus pais (Abraão, Isaque e Jacó), ao entregar a seus inimigos parte de sua herança (território), para que nele fosse criado um estado palestino, por mais que as experiências do passado lhes mostrasse que alianças com outras nações em troca de favores, jamais foram bem sucedidas. Tudo o que Israel realizou, mesmo recentemente quando afastou-se de seu Deus em busca de soluções humanas para uma paz duradoura, já está esquecido pelas nações, confirmando assim que para Israel não existirá paz fora do Eterno. A Bíblia diz que haverá terrível conflito em Israel durante o final dos tempos. É por isso que esse período é conhecido como a Tribulação, a Grande Tribulação e o "tempo de angústia para Jacó" (Jeremias 30.7).
2. A presença histórica na terra. Depois de várias tentativas de paz, o conflito ainda persiste na região. Os palestinos não aceitaram a partilha da terra nos moldes estabelecidos pela ONU em 1947 e mantém uma postura belicosa e baseada no terror contra o Estado Judeu, afirmando que a Terra Santa lhes pertence. Contudo, uma pesquisa histórica mostra o contrário. Em virtude da promessa divina a Abraão, o povo de Israel tem estado presente naquela terra nos últimos 3.700 anos, com maior ou menor intensidade, apesar das invasões e exílios. Eles colonizaram e desenvolveram aquela região, renovando a terra assolada e desértica. Segundo Abraão de Almeida, “trabalhando diuturnamente nas condições mais desfavoráveis possíveis, os novos colonizadores plantaram dezenas de milhões de árvores e drenaram extensos pântanos através de um arrojado programa de recuperação do solo, em que parte do rio Jordão foi desviada, até que o deserto começasse a florescer”, como cumprimento profético (Ez. 36.33-35) (Israel, Gogue e o Anticristo, p.53). [Comentário: Já afirmei no início deste comentário que os árabes afirmam ser Ismael o descendente prometido a Abraão, e por isso a terra de Israel lhes pertence, enquanto que, para os judeus, é a Isaque que pertence o direito de primogenitura, logo, foi o nascimento de Ismael, fora da vontade de Deus, que originou o conflito que vemos hoje em Gaza e em todo o Oriente Médio. Há muita confusão em Israel hoje. Israel é perseguido, cercado por inimigos - Síria, Líbano, Jordânia, Arábia Saudita, Irã, Hamas, Jihad Islâmica, Hezbollah, etc. No entanto, esse ódio e perseguição de Israel são apenas uma amostra do que vai acontecer no fim dos tempos (Mt 24.15-21). A última rodada de perseguição começou quando Israel foi reconstituída como uma nação em 1948. Muitos estudiosos das profecias bíblicas acreditavam que a Guerra dos Seis Dias entre árabes e israelenses em 1967 foi o "começo do fim". Será que o que está acontecendo hoje em Israel pode indicar que o fim está próximo? Sim. Será que isso significa necessariamente que o fim esteja próximo? Não. O próprio Jesus explicou bem: "Acautelai-vos, que ninguém vos engane. Porque muitos virão em meu nome, dizendo: Eu sou o Cristo; a muitos enganarão. E ouvireis falar de guerras e rumores de guerras; olhai não vos perturbeis; porque forçoso é que assim aconteça; mas ainda não é o fim" (Mt 24.4-6)]
3. Situação atual. Nos dias atuais, o Estado de Israel é uma nação próspera e a única referência democrática do Oriente Médio, que respeita os direitos humanos, inclusive das mulheres, e permite aos cidadãos de todas as crenças praticarem sua religião, livre e publicamente. Ainda assim, vive ameaçado pelos palestinos. Hoje, os cristãos devem orar pela paz na região e interceder pela nação de Israel, pois eles são o relógio escatológico de Deus referente ao mundo, principalmente acerca da Grande Tribulação (Ap 16.12-21). Esse evento escatológico será terrível e indescritível para o povo de Israel. Ele estará mobilizado para a grande batalha do Armagedom. Os reis da terra, isto é, os governantes do mundo todo estarão reunidos com seus exércitos e armas destrutivas para o maior combate já registrado na história mundial; será no clímax dessa batalha que Jesus, o Messias, anteriormente rejeitado pelos israelitas, virá e destruirá os inimigos do seu povo, e implantará o seu reino milenial (Ap 19.11-21). [Comentário: Durante seu discurso na Assembleia Geral das Nações Unidas o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, chamou atenção ao fazer um alerta sobre o cumprimento das profecias bíblicas.
“As profecias bíblicas estão se cumprindo em nossos dias. No nosso tempo vemos serem realizadas as profecias bíblicas. Como o profeta Amós [9:14-15] disse, eles reconstruirão as cidades assoladas, e nelas habitarão. Plantarão vinhas e beberão o seu vinho. Cultivarão pomares e comerão os seus frutos. Serão plantados na sua terra para nunca mais serem arrancados da sua terra [que lhes dei, diz o Senhor]” http://www.verdadegospel.com/israel-alerta-as-profecias-biblicas-estao-se-cumprindo/. Israel é verdadeiramente o relógio histórico e profético. O programa profético universal de Deus, seja para Israel, seja para a Igreja, seja para as nações gentias, se desenvolve direta ou indiretamente por meio do povo judeu. Muito frequentemente, os crentes tentam ver onde se acham no programa profético com base em como eventos mundiais afetam o país em que vivem. No entanto, a verdadeira determinação de nossa posição na história se baseia em como os eventos mundiais afetam a história judaica e o povo judeu. Assim, quando ocorrem eventos de repercussão mundial, os critérios para relacioná-los à profecia bíblica não são a maneira pela qual afetam a Igreja, nem o modo pelo qual afetam qualquer nação gentílica, não importa quão grande e poderosa, mas o modo pelo qual afetam a história judaica e o povo de Israel. (Arnold G. Fruchtenbaum - extraído da Bíblia de Estudo Profética - http://www.beth-shalom.com.br)]
PENSE!
“A nação israelita não constitui apenas o centro geográfico do mundo, mas também o centro nevrálgico da política internacional” (Abraão de Almeida).
CONCLUSÃO
Deus ainda mantém um plano especial para Israel, protegendo aquela nação ao longo dos séculos, sempre livrando-a com mão forte. Isso prova que o Deus a quem servimos é o Senhor soberano que intervém no curso da história. Oremos, pois, pela terra de Jesus nos dias atuais, para que Ele faça cumprir os seus propósitos para o seu povo. [Comentário: Existem mais profecias falando da restauração de Israel do que da sua dispersão. Deus multiplicou as profecias sobre este tema para que ninguém tenha desculpas para duvidar. A Bíblia diz que os desertos em Israel iriam florescer “Também trarei do cativeiro o meu povo Israel; e eles reedificarão as cidades assoladas, e nelas habitarão; plantarão vinhas, e beberão o seu vinho; e farão pomares, e lhes comerão o fruto. Assim os plantarei na sua terra, e não serão mais arrancados da sua terra que lhes dei, diz o senhor teu Deus.” (Amós 9.13-14). Hoje Israel é o 3.º maior exportador de flores para o resto do mundo entre os mais de 200 países do planeta, Israel é um dos 30 que possuem o mais elevado índice de desenvolvimento humano do mundo. Entre os mais de 200 países do planeta, Israel é um dos 30 que possuem o mais elevado índice de esperança de vida – ganhando (de longe) até dos Estados Unidos. Israel o lugar que moldou o passado e definirá o futuro do planeta. Israel é a prova da existência de Deus e que Ele está com as rédeas da história nas mãos!] “NaquEle que me garante: "Pela graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é dom de Deus" (Ef 2.8)”,
Francisco Barbosa
Campina Grande-PB
Abril de 2015
HORA DA REVISÃO
1. Qual o propósito da chamada de Abraão?
De acordo com a BEP, “a intenção de Deus era que houvesse um homem que o conhecesse e o servisse e guardasse os seus caminhos. Dessa família surgiria uma nação escolhida, de pessoas que se separassem das práticas ímpias doutras nações, para fazerem a vontade de Deus. Dessa nação viria Jesus Cristo, o Salvador do mundo, o prometido descendente da mulher”.
2. Cite quatro ocasiões da história em que os israelitas foram dispersos.
Quando foram levados cativos pelos assírios (cf. 2Rs 17.6), babilônios (cf. 2Rs 25.21) e pelos gregos (para Alexandria no século III a.C.). Entretanto, a maior dispersão, chamada diáspora judaica, ocorreu em 70 d.C. quando os romanos invadiram Jerusalém e destruíram o Templo. Com isso, milhares de israelitas foram dispersos pelo mundo.
3. Qual foi o ponto culminante do regresso dos israelitas para a Terra Prometida?
Em 14 de maio de 1948, com a criação do Estado de Israel e a sua declaração de independência.
4. O que aconteceu logo após a criação do Estado de Israel?
Israel foi imediatamente atacado pelo Egito, Arábia Saudita, Jordânia, Iraque, Síria e Líbano, instaurando-se o conflito entre árabes e judeus. Nessa ofensiva, assim como em outras que se repetiram nos anos 1990, Israel saiu-se vitorioso.
5. Qual a atual situação do Estado de Israel?
Nos dias atuais, o Estado judeu representa apenas 1/6 de 1% da extensão do que é conhecido como “mundo árabe”, e vive cercado por nações que lutam contra a suaexistência.
NOTAS BIBLIOGRÁFICAS
Revista Lições Bíblicas Mestre - 2º Trim./2015 – CPAD
Título: Jesus e o seu tempo — Conhecendo o contexto da sociedade judaica nos tempos de Jesus
Comentarista: Valmir Milomem
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