Texto Áureo Verdade Prática “Portanto, ofereçamos sempre, por ele, a Deus sacrifício de louvor, isto é, o fruto dos lábios que ...
Texto Áureo
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Verdade Prática
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“Portanto, ofereçamos sempre, por ele, a Deus sacrifício de louvor, isto é, o fruto dos lábios que confessam o seu nome” (Hb 13.15).
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O crente oferece sacrifícios pacíficos a Deus quando pratica e semeia a paz do Senhor Jesus Cristo no poder do Espírito Santo.
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LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Almeida Corrigida e Revisada Fiel
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Levítico 7.11-21.
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11 E esta é a lei do sacrifício pacífico que se oferecerá ao SENHOR.
12 Se o oferecer por oferta de louvores, com o sacrifício de louvores, oferecerá bolos asmos amassados com azeite e coscoroes asmos amassados com azeite; e os bolos amassados com azeite serão fritos, de flor de farinha.
13 Com os bolos oferecerá pão levedado como sua oferta, com o sacrifício de louvores da sua oferta pacífica.
14 E de toda oferta oferecerá um deles por oferta alçada ao SENHOR, que será do sacerdote que espargir o sangue da oferta pacífica.
15 Mas a carne do sacrifício de louvores da sua oferta pacífica se comerá no dia do seu oferecimento; nada se deixará dela até à manha.
16 E, se o sacrifício da sua oferta for voto ou oferta voluntária, no dia em que oferecer o seu sacrifício se comerá; e o que dele ficar também se comerá no dia seguinte.
17 E o que ainda ficar da carne do sacrifício ao terceiro dia será queimado no fogo.
18 Porque, se da carne do seu sacrifício pacífico se comer ao terceiro dia, aquele que a ofereceu não será aceito, nem lhe será imputado; coisa abominável será, e a pessoa que comer dela levará a sua iniquidade.
19 E a carne que tocar alguma coisa imunda não se comerá; com fogo será queimada; mas da outra carne qualquer que estiver limpo comerá dela.
20 Porém, se alguma pessoa comer a carne do sacrifício pacífico, que é do SENHOR, tendo ela sobre si a sua imundícia, aquela pessoa será extirpada dos seus povos.
21 E, se uma pessoa tocar alguma coisa imunda, como imundícia de homem, ou gado imundo, ou qualquer abominação imunda, e comer da carne do sacrifício pacífico, que é do SENHOR, aquela pessoa será extirpada dos seus povos.
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Comentário
INTRODUÇÃO
Adoramos a Deus com ofertas pacíficas quando nos apresentamos diante dEle com o propósito de render-lhe graças por todas as bênçãos recebidas. Com tal atitude, honramos o Senhor com um culto racional, agradável e vivo.
Nesta lição, veremos que, das cinco ofertas prescritas no livro de Levítico, a mais excelente em voluntariedade era a pacífica, pois tinha como objetivo aprofundar a comunhão entre Israel e Deus. Ao aproximar-se do Senhor, com tal oferta, o crente do Antigo Testamento manifestava-lhe, em palavras e gestos, que o seu único almejo era agradecê-lo por todos os benefícios recebidos (Sl 103.1,2). (LB CPAD, 3º Trim 2018, Lição 10, 2 Set 18)
A oferta pacífica, oferta de paz, sacrifícios pacíficos ou sacrifícios de paz (hb zevah shelamim) era um dos cinco sacrifícios prescritos em Levítico (LV 3.1-17. 7.11-34); deveria acontecer de forma voluntária, quando o ofertante fosse movido pelo desejo de agradecer a Deus por algum motivo especial. Um animal macho ou fêmea deveria ser oferecido, mas sem qualquer mancha. Esta oferta era também chamada de "oferta da comunhão", já que inspirava por parte do ofertante um relacionamento de comunhão com o Senhor. Na Nova Aliança, a paz é permanente e foi conquistada através do Senhor Jesus em nosso favor (Rm 5.1), assim, soa estranho falar em ‘sacrifício’ hoje, na Graça. O sacrifício foi estabelecido por Deus para que o homem não morresse condenado por seus pecados. Soa estranho pelo fato de que na morte de Jesus, temos o sacrifício perfeito (Hb 10.10-12). Então, o crente não adora a Deus com ofertas pacíficas. Será que Deus se agrada de sacrifícios? (1Sm 15.22; Sl 40.6; 51.19-19). O único sacrifício que realmente agradou a Deus foi o sacrifício de Jesus (Is 53.10). Hoje o nosso sacrifício é ‘amar a Deus de todo o coração e de todo o entendimento e de toda a força, e amar ao próximo como a si mesmo excede a todos os holocaustos e sacrifícios’ (Mc 12.33); ‘andar em amor, como também Cristo nos amou e se entregou a si mesmo por nós, como oferta e sacrifício a Deus, em aroma suave (Ef 5.2), e ‘também vós mesmos, como pedras que vivem, sois edificados casa espiritual para serdes sacerdócio santo, a fim de oferecerdes sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por intermédio de Jesus Cristo’ (1Pd 2.5). Mas, quais são os ‘sacrifícios espirituais’ que devemos oferecer a Deus? Primeiramente, os nossos corpos: "Rogo-vos, pois irmãos...que apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional" (Rm 12.1). À semelhança dos sacrifícios de animais que eram totalmente queimados sobre o altar (holocausto), devemos oferecer a Deus o nosso corpo em completa consagração. Em termos práticos, o que significa esse sacrifício do nosso corpo? João Crisóstomo, um dos pais da Igreja, dá-nos belíssima resposta: "Que os olhos não contemplem o mal, e isso importa em sacrifício; que a língua não profira nenhuma vileza, e isso será uma oferta; que as mãos não operem o que é pecaminoso – e isso equivale a um holocausto. Mais do que isso! Devemos nos esforçar arduamente em favor do bem: as mãos dando esmolas, a boca bendizendo aqueles que nos amaldiçoam, e os ouvidos prontos a dar atenção a Deus". Ainda podemos afirmar que o ‘sacrifício’ requerido hoje é que sustentemos a obra do Reino (Fp 4.18, 19), louvor (Hb 13.15; Sl 50.14,23;Jo 4.23; Hb 13.16). Assim sendo, só podemos tomar aquilo como símbolo:
“a) Como o próprio nome nos diz, a Oferta Pacífica, tem a ver com "comunhão e paz", que somente pode vir através de um íntimo relacionamento entre Deus e o ofertante. Através desta oferta, a comunhão entre Deus e o pecador se tornava realidade. Nenhum homem poderia chegar ao Altar para oferecer a Oferta Pacífica, sem antes haver passado pela Oferta da Expiação, ou seja, não poderia haver qualquer comunhão do pecador com Deus, sem que antes, uma vítima substitutiva pelo pecado fosse oferecida. Cumprindo esta exigência, o ofertante podia chegar para oferecer a Oferta Pacífica, e gozar da paz oferecida pelo Senhor. Porém, a paz com Deus nos dias do Velho Pacto não era absoluta, uma vez que havia necessidade de se fazer constantes oferendas. Já, na Nova Aliança, a paz é permanente e foi conquistada através do Senhor Jesus em nosso favor, Rm 5.1. Conforme diz Mesquita:
"Cristo ofereceu por nós o sacrifício de paz. Ele não nos salvou para ainda nos deixar no mesmo estado de ansiedade e dúvida ou guerra com Deus. Certa vez Jesus disse que o Reino de Deus estava dentro de nós, e o Reino de Deus não é comida nem bebida, mas paz... Se há coisa que um cristão deve gozar como resultado de sua salvação, é paz, e paz com Deus. Não há dúvida de que ele terá muitas aflições, como Jesus mesmo adverte, mas Ele também diz que venceu o mundo, e é certo que nos conforta, para que vençamos também nossas lutas. A paz é o principal patrimônio do crente em Jesus. De tudo ele poderá ter pouco. Poderá ter pouco talento para umas tantas coisas; poderá ter pouco conhecimento das coisas desta vida; poderá ter pouco de tudo que há em todo sentido, mas poderá ser enriquecido de paz. É a única coisa em que todos podemos ser iguais e viver por igual nesta vida — na paz conosco mesmos e com Deus. "Não se turbe o vosso coração...". Se temos sido resgatados da maldição do pecado, tenhamos paz com Deus e paz dentro de nós. Certo que corvejam sobre esta nossa riqueza espiritual milhares de corvos. Sobre ela piam todas as corujas. Todavia, urge que não deixemos arrebatar tão preciosa dádiva. Conservemos a paz".(16)
b) Outro simbolismo envolvida na Oferta pacífica é o fato de que podemos erguer nossa voz para dar ações de graças a Deus. Devemos ter em mente que inúmeros dos sacrifícios que compunham as Ofertas Pacíficas, eram sacrifícios que deveriam expressar por parte do ofertante uma gratidão ao Senhor, "Se alguém o oferecer por oferta de ação de graças, com o sacrifício de ação de graças oferecerá bolos ázimos amassados com azeite, e coscorões ázimos untados com azeite, e bolos amassados com azeite, de flor de farinha, bem embebidos", Lv 7.12. Como filhos de Deus, temos muitos motivos para agradecê-lo! Falando aos crentes de Corinto Paulo não somente reconhece que devemos dar "graças a Deus", mas que esta prática seja também abundante, 2Co 4.15, "Pois tudo é por amor de vós, para que a graça, multiplicada por meio de muitos, faça abundar a ação de graças para glória de Deus". Falando ainda aos efésios, afirma que devemos dar graças continuamente, Ef 5.20, "sempre dando graças por tudo a Deus, o Pai, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo"
c) Outro ponto importante de simbolismo está em que a gratidão a Deus, sempre vem acompanhada com a alegria. Sabemos que a alegria é outro fator que deve ocupar a vida do filho de Deus. Não se pode admitir crente carrancudo, emburrado, mal humorado, pavio curto, etc., Em nós deve brilhar a alegria da salvação! Quando Davi pecou, uma das coisas que ele lamenta ter perdido, foi o gozo da salvação. Porém, Davi não deixou de reivindicar esta bênção, quando implorava pelo perdão e restauração de seu pecado, Sl 51.12, "Restitui-me a alegria da tua salvação, e sustém-me com um espírito voluntário". Como é bom servir a Deus e viver na alegria da Palavra. Segundo Mesquita:
"Já se disse que a vida do cristão é de festa. O que existe destoante deste postulado deve ser levado à conta de notas desafinadas na sinfonia humana. Devemos viver em festa espiritual, e assim vivem os que vivem verdadeiramente em Cristo. Há muitos cristãos tristes e chorosos, como há muitos queixosos e descontentes, mas simplesmente porque não vivem a verdadeira vida cristã. Pelo menos três vezes no ano deviam os crentes judeus comparecer a Jerusalém, a sede do culto, para oferecerem seus sacrifícios e fazerem festa. A nação não podia deixar-se matar de desânimo. Nós não podemos comparecer três vezes ao centro de nosso culto, porque comparecemos todos os dias e todos os momentos, pois que já chegou o dia quando nem em Jerusalém nem em Samaria se adora a Jeová, mas em qualquer parte da terra. Portanto, desta comunhão deve resultar maior alegria. Mesmo as melhores partes do culto de domingo são estragadas pelo espírito de amargura e angústia. Quantos crentes deixam a casa do Senhor em pior condição do que quando lá entraram! Há coisas que não estão sendo feitas como desejamos? Lembremo-nos de que tampouco as faríamos a contento de todos. O pregador não pregou como gostaríamos? Lembremo-nos de que não pregaríamos melhor do que ele. Há um mundo de coisas defeituosas e que não correm a nosso jeito, mas também nós somos um amontoado de defeitos e imperfeições e, todavia, nosso Pai nos aceita. Só há uma coisa que deve entristecer-nos: se andamos em pecado. Nenhuma outra coisa deve levar-nos a deixar de dar graças ao Senhor e vivermos alegres".(17)” (Extraído de: Pr. José Antônio Corrêa, AS OFERTAS E OS SACRIFÍCIOS LV 1-7. Disponível em:http://ibvir.com.br/tabernaculo/tabernaculo_as_ofertas_e_os_sacrficios.htm. Acesso em: 27 Ago, 2018)
Dito isto, convido-o a pensarmos maduramente a fé cristã!
TÓPICO l - A EXCELÊNCIA DA OFERTA PACÍFICA
Os dois sacrifícios mais antigos da História Sagrada são o holocausto e a oferta pacífica. Ambas as oferendas eram tidas, às vezes, como um único ofertório.
Queremos destacar principalmente as cinco principais ofertas e sacrifícios que são: A Oferta do Holocausto, A Oferta de Manjares, A Oferta Pelo Pecado, A Oferta Pelo Sacrilégio, O Sacrifício da Paz
1. Oferta pacífica. A voluntariedade da oferta pacífica fica bem evidente no livro de Levítico (Lv 7.12). A oferenda, para ser caracterizada como tal, deveria ser acompanhada de ações de graças; nenhuma petição era admitida. Naquele momento, o crente hebreu tinha como único desejo adorar e agradecer ao Senhor por todas as bênçãos, galardões e livramentos. Nos Salmos, as ofertas pacíficas manifestam-se em louvores ao Senhor por todas as suas benignidades (Sl 106.1). Como nos mostram os salmos 118 e 136. O apóstolo Paulo ensina-nos a oferecer, de forma contínua, ação de graças a Deus (1Ts 5.18). Se agirmos assim, jamais perderemos a comunhão quer com Deus, quer com a Igreja de Cristo (Cl 3.15). (LB CPAD, 3º Trim 2018, Lição 10, 2 Set 18)
Como já falamos em outras oportunidades neste trimestre, a oferta pacífica, ou sacrifício da paz deveria acontecer de forma voluntária, quando o ofertante fosse movido pelo desejo de agradecer a Deus por algum motivo especial. Também chamada de "oferta da comunhão", já que inspirava por parte do ofertante um relacionamento de comunhão com o Senhor.
“Esta oferta indicava um bom, saudável e amoroso relacionamento entre o ofertante e Deus, e entre o ofertante e o sacerdote. Havia paz com Deus e paz entre as pessoas em geral. omo o próprio nome nos diz, a Oferta Pacífica, tem a ver com "comunhão e paz", que somente pode vir através de um íntimo relacionamento entre Deus e o ofertante. Através desta oferta, a comunhão entre Deus e o pecador se tornava realidade. Nenhum homem poderia chegar ao Altar para oferecer a Oferta Pacífica, sem antes haver passado pela Oferta da Expiação, ou seja, não poderia haver qualquer comunhão do pecador com Deus, sem que antes, uma vítima substitutiva pelo pecado fosse oferecida. Cumprindo esta exigência, o ofertante podia chegar para oferecer a Oferta Pacífica, e gozar da paz oferecida pelo Senhor. Porém, a paz com Deus nos dias do Velho Pacto não era absoluta, uma vez que havia necessidade de se fazer constantes oferendas. Já, na Nova Aliança, a paz é permanente e foi conquistada através do Senhor Jesus em nosso favor, Rm 5.1. Conforme diz Mesquita:
"Cristo ofereceu por nós o sacrifício de paz. Ele não nos salvou para ainda nos deixar no mesmo estado de ansiedade e dúvida ou guerra com Deus. Certa vez Jesus disse que o Reino de Deus estava dentro de nós, e o Reino de Deus não é comida nem bebida, mas paz... Se há coisa que um cristão deve gozar como resultado de sua salvação, é paz, e paz com Deus. Não há dúvida de que ele terá muitas aflições, como Jesus mesmo adverte, mas Ele também diz que venceu o mundo, e é certo que nos conforta, para que vençamos também nossas lutas. A paz é o principal patrimônio do crente em Jesus. De tudo ele poderá ter pouco. Poderá ter pouco talento para umas tantas coisas; poderá ter pouco conhecimento das coisas desta vida; poderá ter pouco de tudo que há em todo sentido, mas poderá ser enriquecido de paz. É a única coisa em que todos podemos ser iguais e viver por igual nesta vida — na paz conosco mesmos e com Deus. "Não se turbe o vosso coração...". Se temos sido resgatados da maldição do pecado, tenhamos paz com Deus e paz dentro de nós. Certo que corvejam sobre esta nossa riqueza espiritual milhares de corvos. Sobre ela piam todas as corujas. Todavia, urge que não deixemos arrebatar tão preciosa dádiva. Conservemos a paz".(16)” (Extraído de: Pr. José Antônio Corrêa, AS OFERTAS E OS SACRIFÍCIOS LV 1-7. Disponível em:http://ibvir.com.br/tabernaculo/tabernaculo_as_ofertas_e_os_sacrficios.htm. Acesso em: 27 Ago, 2018)
2. Tipos de ofertas pacíficas. As ofertas pacíficas compreendiam três modalidades ou fases: ação de graças, voto e oferenda movida diante do altar.
a) Ação de graças. A fim de agradecer ao Senhor por um favor recebido, o crente hebreu oferecia-lhe bolos e coscorões ázimos amassados com azeite. Os bolos, feitos da flor de farinha, tinham de ser fritos (Lv 7.12-15). A carne, que acompanhava o sacrifício pacífico, devia ser consumida no mesmo dia (Lv 7.15). Os produtos trazidos a Deus vinham acompanhados de sacrifícios de louvores (Hb 13.15). Tanto ontem quanto hoje, somos exortados a louvar e a enaltecer continuamente o Senhor.
b) Voto. Nos momentos de angústia, os filhos de Israel faziam votos ao Senhor, prometendo-lhe ofertas pacíficas (Gn 28.20; 1Sm 1.11). Nesse caso específico, o sacrifício poderia ser comido tanto no mesmo dia quanto no dia seguinte (Lv 7.15,16). No terceiro dia, porém, nada podia ser ingerido. O voto, por ser uma ação voluntária, requeria uma atitude igualmente voluntária e amorosa. O ofertante, pois, deveria participar das ofertas com alegria, regozijo e ação de graça.
c) Oferta movida. Na última etapa, o adorador entregava a oferta pacífica ao sacerdote, que, seguindo o manual levítico, aspergia o sangue do sacrifício sobre o altar. Em seguida, queimava a gordura do animal (Lv 7.30). O peito era entregue a Arão e a seus filhos. Num último ato do sacrifício, o sacerdote movia a parte mais excelente da oferenda perante o altar: o peito e a coxa (Lv 7.31-35). (LB CPAD, 3º Trim 2018, Lição 10, 2 Set 18)
a) Dentre as outras ofertas, a Oferta Pacífica era a que expressava uma grande alegria e júbilo por parte do ofertante, já que ela era oferecida por aqueles que se julgavam estar em comunhão e paz com o Senhor. A oferta se constituía, então, numa forma de gratidão a Deus.
b) Outro detalhe importante é que esta oferta era aquela que era observada em último lugar, o que nos impulsiona a dizer que a paz certamente nos vem quando, como filhos de Deus, praticamos a obediência incondicional ao Senhor e procuramos andar em seus princípios.
c) Esta oferta poderia ser oferecida publicamente ou privativamente. Um exemplo de Oferta Pacífica pública está relacionado aos dois cordeiros que eram oferecidos por ocasião da Festa de Pentecoste, a qual era considerada "santíssima". Normalmente estas ofertas públicas ocorriam durante grandes manifestações nacionais, ou solenidades coletivas, onde havia muita alegria e regozijo.
d) As ofertas privadas vinham de:
- ações de graças, como reconhecimento do alcance de misericórdias, Lv 7.12, "Se fizer por ação de graças, com a oferta de ação de graças trará bolos asmos amassados com azeite, obreias asmas untadas com azeite e bolos de flor de farinha bem amassados com azeite".
- provenientes de votos, Lv 7.16, "E, se o sacrifício da sua oferta for voto ou oferta voluntária, no dia em que oferecer o seu sacrifício, se comerá; e o que dele ficar também se comerá no dia seguinte".
- Através de ofertas voluntárias, Lv 7.16, "E, se o sacrifício da sua oferta for voto ou oferta voluntária, no dia em que oferecer o seu sacrifício, se comerá; e o que dele ficar também se comerá no dia seguinte"”
3. Objetivos das ofertas pacíficas. Como já dissemos, eram dois os objetivos da oferta pacífica: aprofundar a comunhão entre Deus e o crente, e levar o ofertante a reconhecer que tudo quanto recebemos vem do Senhor, porque dEle é a terra e a sua plenitude (Sl 24.1). (LB CPAD, 3º Trim 2018, Lição 10, 2 Set 18)
Oferecia-se em ocasiões de regozijo, de gratidão por algum livramento especial, ou bênção recebida. Era oferecida de um coração cheio de louvor a Deus e transbordante de alegria. Na oferta pacífica o pensamento principal é a comunhão do adorador, por isso seu objetivo era dar graças!
TÓPICO II - A OFERTA PACÍFICA NA HISTÓRIA SAGRADA
Nesta lição, veremos três exemplos de pessoas que fizeram votos ao Senhor, e foram plenamente atendidas: Jacó, Ana e Davi.
1. Jacó, filho de Isaque. Quando fugia de Esaú, seu irmão, Jacó fez um comovente voto ao Senhor. E, depois de ter visto o céu aberto e os anjos de Deus subirem e descerem sobre uma escada que ligava a Terra ao Céu, prometeu ao Deus de seus pais: “Se Deus for comigo, e me guardar nesta viagem que faço, e me der pão para comer e vestes para vestir, e eu em paz tornar à casa de meu pai, o SENHOR será o meu Deus” (Gn 28.20,21). A partir daí, o patriarca tornou-se um fiel e zeloso adorador (Gn 35.1-3). (LB CPAD, 3º Trim 2018, Lição 10, 2 Set 18)
Nos tempos do Antigo Testamento as pessoas faziam diversos tipos de votos com Deus. Um exemplo disso encontramos em Gênesis 28.20-22, onde Jacó promete dizimar se contasse com a presença de Deus em sua jornada. É importante ser frisado para que se evite um mal entendido, que ao contrário do que se pode imaginar, o voto de Jacó não era uma barganha com Deus, mas uma declaração de que confiava no Eterno. Jacó fez o voto com o objetivo de conhecer o Todo Poderoso e ver se cumprir tudo o que havia sido prometido a ele através do sonho que teve.
2. Ana, mãe de Samuel. Afligida por sua rival porque não dava filhos a Elcana, seu marido, a desolada Ana fez este voto ao Senhor: “Senhor dos Exércitos! Se benignamente atentares para a aflição da tua serva, e de mim te lembrares, e da tua serva te não esqueceres, mas à tua serva deres um filho varão, ao SENHOR o darei por todos os dias da sua vida, e sobre a sua cabeça não passará navalha” (1Sm 1.11). Após haver desmamado a Samuel, entregou-o ao Senhor, cumprindo a ordenança quanto ao sacrifício pacífico (1Sm 1.24-28). (LB CPAD, 3º Trim 2018, Lição 10, 2 Set 18)
Ana alcançou resposta de Deus porque depositou toda a sua confiança nEle. Ele veio até ela para suprir sua necessidade, dar consolo e conforto à sua alma. Somente Ele seria capaz de consolar o seu coração, dar alívio, apoio e encorajamento. Deus é o provedor de todas as necessidades do homem e a gratidão é uma maneira de reconhecer esse ato do Criador. Satisfazer a necessidade não depende da quantidade do suprimento disponível, mas da bênção do Senhor repousar sobre o suprimento.
3. Davi, rei de Israel. Pelo que observamos nos Salmos, Davi foi o homem que, em todo o Israel, mais sacrifícios pacíficos apresentou ao Senhor (Sl 22.25; 56.12; 61.5,8). Aliás, os seus cânticos já são, em si mesmos, um sacrifício pacífico ao Senhor. (LB CPAD, 3º Trim 2018, Lição 10, 2 Set 18)
“O salmista Davi expressa: “Porque em ti está o manancial da vida; na tua luz veremos a luz” (Sl 36.9). A luz que ilumina o nosso entendimento para compreendermos a mensagem da Palavra de Deus. Essa luz ilumina todo o Velho Testamento e nos revela esse grandioso ensino dos sacrifícios, que se cumpriram em Jesus Cristo. O escritor aos Hebreus fala que eram sombras dos bens futuros (Hb 10.1). Essa revelação se dá pela presença dessa luz em nossa vida, que nos leva a um brado de exaltação, como fez Paulo escrevendo à igreja em Roma (Rm 11.33).” (Extraído de: http://adaliahelena.blogspot.com/2018/01/licao-04-o-sacrificio-pacifico-adultos.html. Acesso em: 29 Ago, 2018)
TÓPICO III - A OFERTA PACÍFICA NA VIDA DIÁRIA
De que modo apresentaremos, hoje, nossos sacrifícios pacíficos ao Senhor? Há três maneiras: consagrando-nos a nós mesmos; perseverando nos sacrifícios de louvores e adorando a Deus em todo o tempo.
1. Consagração incondicional. O melhor sacrifício que um crente pode oferecer ao Senhor é apresentar a si mesmo a Deus (Rm 12.1). Neste momento, nossa oferenda é, além de pacífica, amorosa e plena de serviços. A partir desse momento, começamos a experimentar as excelências da vontade de Deus. Paulo considerava-se uma libação oferecida ao Senhor Jesus (2Tm 4.6). (LB CPAD, 3º Trim 2018, Lição 10, 2 Set 18)
É muito importante salientar que agora não precisamos mais oferecer sacrifícios para obter o perdão de Deus, o maior sacrifício foi o sacrifício de Jesus na cruz. Por causa desse sacrifício, todos os nossos pecados são perdoados. Agora todo sacrifício que oferecemos é um sacrifício de gratidão. O sacrifício que agrada a Deus é uma vida de obediência e gratidão a ele. Sacrificamos nosso desejo de pecar e oferecemos nosso coração a Deus. Não adianta sacrificar-se, se não tivermos constante obediência, enfim, primeiramente Deus exige que tenhamos amor e obedeçamos (Hb 10.5-10). O culto racional é a adoração sincera a Deus, oferecida de boa vontade. Quando obedecemos a Deus de coração, oferecemos culto racional a Ele. Não devemos obedecer só porque sim, sem entendimento nem vontade.
2. Sacrifícios de louvores. Fazemos um sacrifício de louvor quando cumprimos plenamente a vontade de Deus (Hb 13.15). Mas, para que a cumpramos, é imprescindível apresentarmo-nos diante de Deus com um espírito quebrantado e ansioso por Ele (Sl 51.17). Portanto, quando cumprimos a vontade divina, apesar das circunstâncias adversas que nos cercam, oferecemos-lhe o mais excelente sacrifício de louvor. (LB CPAD, 3º Trim 2018, Lição 10, 2 Set 18)
Sacrifício é a oferta de alguma coisa muito preciosa a outra pessoa; sacrifício de louvor é o único sacrifício aceitável pelo Senhor e ele não pode ser fruto de um momento, mas sim de um estilo de vida que reconhece sempre a poderosa mão do Senhor agindo em sua vida e agradecer-Lhe por isso, gratidão que brota no íntimo de nosso ser e é externado por nossos lábios. Sacrifícios de louvor é viver de forma digna do Nome do Senhor; é exercitar o fruto do Espírito.
3. Adoração contínua. Paulo e Silas, quando presos, cantavam e adoravam a Deus, ofertando-lhe um sacrifício que, além de pacífico, era profundamente redentor (At 16.25-31). Por isso, o apóstolo recomenda-nos a louvar continuamente a Deus (Ef 5.19; Cl 2.16). (LB CPAD, 3º Trim 2018, Lição 10, 2 Set 18)
Tem diferença entre louvor e adoração?
Sim, tem diferença:
- louvar é falar bem de alguém; Louvar a Deus é elogiá-Lo; engrandecer-Lhe - seja em uma oração, seja em um hino, seja em uma conversa com o colega de trabalho;
-adorar é demonstrar honra e reverencia; adoração está ligada a pelo menos três outras idéias: sacrifício, gratidão e fé. Quando adoramos, reconhecemos nossa pequenez e dependência de Deus. Paulo descreve perfeitamente a verdadeira adoração em Romanos 12.1-2; afirmou ainda, que a verdadeira adoração é aquela que se oferece a Deus pelo Espírito, não confiando na carne, mas gloriando-se em Cristo Jesus (Fp 3.3), e isto independem de circunstâncias! Paulo e Silas foram maltratados e presos injustamente mas eles não perderam o ânimo e continuaram louvando a Deus. As circunstâncias não os impediram de ser uma benção, mesmo na prisão.
“O louvor exige palavras, mas não fica só em palavras. O perfeito louvor produz música (vocal e instrumental), poemas, palmas, danças, santidade de vida, doação e autoconsagração.” (Retirado de Refeições Diárias com o Sabor dos Salmos. Editora Ultimato)
CONCLUSÃO
Nestes dias trabalhosos e difíceis, somos instados pelo Espírito Santo a apresentar a Deus sacrifícios pacíficos: gratidão, louvor e amor provado. E, como já vimos, a oferta de maior relevância é o nosso próprio ser. Apresentemo-nos, pois, continuamente diante do Senhor com ofertas voluntárias, para que a nossa vida seja um sacrifício pacífico ao Deus Único e Verdadeiro (Rm 12.1). (LB CPAD, 3º Trim 2018, Lição 10, 2 Set 18)
Cristo, como sacrifício pacífico, estabelece a paz da consciência e satisfaz todas as necessidades da alma. No sacrifício pacífico os sacerdotes viam que podiam oferecer um cheiro suave para Deus e também render uma porção substancial para si mesmos, da qual podiam alimentar-se em comunhão.
“Achando-se as tuas palavras, logo as comi, e a tua palavra foi para mim o gozo e alegria do meu coração; porque pelo teu nome sou chamado, ó Senhor Deus dos Exércitos”. (Jeremias 15.16), Francisco Barbosa Campina Grande-PB Agosto de 2018
PARA REFLETIR
A respeito de “Ofertas Pacíficas para um Deus de Paz”, responda:
Qual é a característica mais importante da oferta pacífica?
A voluntariedade.
Quais são os tipos de ofertas pacíficas?
Ação de graças, voto e oferta movida.
Quais são os objetivos das ofertas pacíficas?
Os objetivos da oferta pacífica: aprofundar a comunhão entre Deus e o crente, e levar o ofertante a reconhecer que tudo quanto recebemos vem do Senhor, porque dEle é a terra e a sua plenitude (Sl 24.1).
Diga o nome de três pessoas que fizeram votos ao Senhor.
Jacó, Ana e Davi.
Em que consiste, hoje, o nosso sacrifício pacífico?
Consiste em entregar a Deus o nosso ser; perseverando nos sacrifícios de louvores e adorando a Deus em todo o tempo. (LB CPAD, 3º Trim 2018, Lição 10, 2 Set 18)
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