Texto Áureo Verdade Prática “Do SENHOR é a terra e a sua plenitude, o mundo e aqueles que nele habitam.” (Sl 24.1) Tudo q...
Texto Áureo
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Verdade Prática
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“Do SENHOR é a terra e a sua plenitude, o mundo e aqueles que nele habitam.” (Sl 24.1)
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Tudo quanto existe pertence ao Senhor e ao Senhor deve ser consagrado, principalmente o nosso ser.
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LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Almeida Corrigida e Revisada Fiel
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Levítico 9.1-14
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1 E aconteceu, ao dia oitavo, que Moisés chamou a Arão, e a seus filhos, e aos anciãos de Israel
2 e disse a Arão: Toma um bezerro, para expiação do pecado, e um carneiro, para holocausto, sem mancha, e traze-os perante o SENHOR.
3 Depois, falarás aos filhos de Israel, dizendo: Tomai um bode, para expiação do pecado, e um bezerro e um cordeiro de um ano, sem mancha, para holocausto;
4 também um boi e um carneiro, por sacrifício pacífico, para sacrificar perante o SENHOR, e oferta de manjares, amassada com azeite; porquanto hoje o SENHOR vos aparecerá.
5 Então, trouxeram o que ordenara Moisés, diante da tenda da congregação, e chegou-se toda a congregação e se pôs perante o SENHOR.
6 E disse Moisés: Esta coisa que o SENHOR ordenou fareis; e a glória do SENHOR vos aparecerá.
7 E disse Moisés a Arão: Chega-te ao altar e faze a tua expiação de pecado e o teu holocausto; e faze expiação por ti e pelo povo; depois, faze a oferta do povo e faze expiação por ele, como ordenou o SENHOR.
8 Então, Arão se chegou ao altar e degolou o bezerro da expiação que era por si mesmo.
9 E os filhos de Arão trouxeram-lhe o sangue; e molhou o dedo no sangue e o pôs sobre as pontas do altar; e o resto do sangue derramou ŕ base do altar.
10 Mas a gordura, e os rins, e o redenho do fígado de expiação do pecado queimou sobre o altar, como o SENHOR ordenara a Moisés.
11 Porém a carne e o couro queimou com fogo fora do arraial.
12 Depois, degolou o holocausto, e os filhos de Arão lhe entregaram o sangue, e ele espargiu-o sobre o altar em redor.
13 Também lhe entregaram o holocausto nos seus pedaços, com a cabeça; e queimou-o sobre o altar.
14 E lavou a fressura e as pernas e as queimou sobre o holocausto no altar.
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Comentário
INTRODUÇÃO
No livro de Levítico, há uma teologia sublime e altamente devocional, cujo objetivo é levar o crente israelita a reconhecer três verdades:
1) tudo quanto existe foi criado por Deus;
2) sendo Ele o Criador de todas as coisas, somente Ele deve ser adorado; e
3) tudo quanto há deve ser consagrado ao Deus Único e Verdadeiro.
Se observasse esse princípio, o povo de Israel ver-se-ia livre dos resquícios da idolatria do Egito, prevenindo-se didaticamente quanto às abominações de Canaã.
Nesta lição, veremos que a essência do culto levítico é conduzir o crente a adorar a Deus e a consagrar-lhe tudo quanto tem. Porque tudo pertence ao Senhor, pois Ele tudo criou e tudo preserva. Essa consagração, porém, só terá eficácia se começar pelo nosso próprio ser (Rm 12.1-3). (LB CPAD, 3º Trim 2018, Lição 6, 5 Ago 18)
Estamos estudando o culto no Antigo Testamento aplicado ao nosso tempo, e aqui devemos indagar: “Como posso adorar a Deus segundo os princípios do Antigo Testamento?” Em Levíticos ficamos sabendo que nem toda adoração agrada a Deus. Há o perigo de trazermos “fogo estranho” diante do altar e do trono do Senhor (Lv 10.1-2). Talvez estejamos oferecendo esse “fogo estranho” contrariando os mandamentos divinos quanto à adoração! Não apenas a adoração a falsos deuses é proibida nas Escrituras, mas também a adoração ao verdadeiro Deus de maneira errada e fora dos padrões bíblicos (Ml 1.7-10; Os 6.4-6; Am 5.21). É interessante notar que quando a Bíblia descreve a adoração, não usa termos similares aos que se referiam ao culto em outras religiões, mas descreve como serviço (liturgia); no Antigo Testamento, a adoração era prescrita e controlada, era litúrgica. Os sacrifícios, os sacerdotes e o Dia da Expiação abriram caminho para os israelitas se chegarem a Deus e estas instruções dizem respeito a um caminhar santo com Deus e a padrões de vida espiritual que ainda se aplicam aos dias de hoje. A verdadeira adoração e unidade com Deus começa quando nos arrependemos, confessamos os nosso pecados e aceitamos o Senhor Jesus Cristo como o único que pode remir-nos do pecado e aproximar-nos de Deus. Dito isto, convido-o a pensarmos maduramente a fé cristã!
TÓPICO l - A TERRA É DO SENHOR
O livro de Levítico reafirma, através de suas ações litúrgicas, as mensagens do Gênesis e do Êxodo. Ele mostra que Deus, sendo o Criador dos Céus e da Terra, tem de ser adorado por tudo quanto existe e por tudo que temos.
1. Deus é o Criador dos Céus e da Terra. Se o Gênesis mostra que Deus criou tudo quanto existe, o Levítico reivindica dos israelitas que consagrem tudo ao Senhor (Gn 1.1; Lv 1.17). Ao mesmo tempo, exorta-os didaticamente, por meios das ofertas e dos sacrifícios, que nenhum ídolo pode ser honrado como o nosso Deus (Lv 19.4; Is 42.8). (LB CPAD, 3º Trim 2018, Lição 6, 5 Ago 18)
O povo deveria imitar Deus na santidade, praticando vários deveres que reflitam seu comportamento. O capítulo 19 de Levítico enfatiza vários mandamentos dados ao povo a respeito da vida religiosa, bondade com o próximo, respeito pelos mais velhos e estrangeiros, e negociações.
2. Deus é o libertador de Israel. O livro de Levítico patenteia aos filhos de Israel que Deus é o libertador de seu povo. Por esse motivo, nenhum israelita poderia comparecer diante do Senhor de mãos vazias (Êx 23.15; 2 Co 9.7). (LB CPAD, 3º Trim 2018, Lição 6, 5 Ago 18)
Todo homem judeu deveria peregrinar até Jerusalém, três vezes ao ano (Êx 23.14), a fim de se apresentarem diante do Senhor. Estas festas tinham a duração de uma semana cada uma. A Festa dos Pães Asmos, que começava com a Páscoa; a Festa das Colheitas, que era chamada de a Festa de Pentecostes, pois tinha o seu início cinqüenta dias após a Páscoa; e por último, a Festa da Colheita, ou a Festa dos Tabernáculos, assim chamada pelo fato de Israel se mudar para tendas durante esta a festa (Lv 23.39-44). O propósito destas festas era:
a) manter as tribos de Israel unificadas como nação: e
b) perpetuar a memória dos grandes eventos da história de Israel. Nestas ocasiões, exortava-se a que cada participante desse o que pudesse em proporção ao que Deus lhe tinha dado (Dt 16.16,17).
3. Israel é o templo de Deus. A teologia de Levítico tinha por objetivo também conscientizar Israel de sua vocação divina (Lv 20.26). Logo, toda a nação israelita era (e no futuro o será) um templo de adoração ao Senhor (Lv.10.3). Isso significa que o povo hebreu não se limitava a ser uma mera teocracia, mas a comunidade de adoração por excelência ao Senhor (Lv 9.23).(LB CPAD, 3º Trim 2018, Lição 6, 5 Ago 18)
Qadosh, separado, dedicado à propósitos sagrados, limpo, moral ou cerimonialmente puro. A santidade é a separação de tudo o que é profano e que corrompe, e ao mesmo tempo, dedicação a tudo o que é santo e puro. Assim, a comunhão desejada (ou melhor ordenada) pelo Senhor dependia da assimilação de Seu conceito de santidade pelos israelitas. Esse conceito era radicalmente oposto ao uso do termo santidade pelos cananeus, para quem ser santo significava envolver-se com as formas mais degradantes de imoralidade, como ser prostituto ou prostituta cultual. Desta forma, o propósito primário do livro foi instruir os israelitas sobre como eles deveriam ser uma nação santa diante da presença do Senhor. Sendo o povo escolhido de Deus, Israel deveria viver de forma separada do mundo; a fim de que pudessem receber as bênçãos resultantes da Aliança ao invés de julgamentos.
TÓPICO II - OS ANIMAIS E OS VEGETAIS SÃO DO SENHOR
A teologia do Levítico mostra a criação como serva do Criador. Por essa razão, os animais e os vegetais, em Israel, não eram adorados, mas serviam para adorar a Deus.
1. No Egito, os animais eram deuses. Os egípcios não faziam distinção entre o Criador e a criação, nem estavam preocupados em distinguir os animais limpos dos impuros. Por isso, adoravam o boi, o crocodilo, o falcão, o gato, etc (Rm 1.25). Eis porque Deus, ao punir o Egito com as dez pragas, mostrou quão inúteis eram aqueles deuses. (LB CPAD, 3º Trim 2018, Lição 6, 5 Ago 18)
A religião no Egito Antigo era marcada por várias crenças, mitos e simbolismos. A prática religiosa era muito valorizada na sociedade egípcia, sendo que os rituais e cerimônias ocorriam em diversas cidades, cada uma com o seu deus. O culto de tais animais era um aspecto importante da religião popular dos egípcios e remonta a épocas pré-históricas. É importante que se diga que nem todos os animais tinham alguma relação com os deuses. Alguns animais que simbolizavam deuses são:
- Babuíno deus Thoth
- Boi deuses Osíris e Ptá
- Cachorro ou Bode deus Seth
- Carneiro deus Knum
- Chacal deus Anúbis
- Crocrodilo deus Sebek
- Escaravelho deus Khepra
- Falcão deus Rá ou Deus Hórus
- Gata deusa Bastet
- Hipopótamo deusa Tueris
- Íbis deus Thoth
- Leoa deusa Sekhmet
- Serpentes demônio Apófis
As dez pragas derramadas pelo Senhor sobre o Egito tinham por objetivo conduzir Faraó ao arrependimento e revelar que o Senhor é o único verdadeiro Deus, o Rei soberano no universo. Faraó significa ‘Filho de Rá’, o ‘embate’ era entre o filho de Deus, Moisés, e o filho de Rá, o deus do Sol do antigo Egito, representado pelo falcão. Cada uma das dez pragas foi dolorosamente literal e dirigida contra algum aspecto da falsa religião:
2. Os animais e a adoração a Deus. Ao contrário dos egípcios, os israelitas não se davam ao culto dos animais, mas entregava-os em sacrifício ao Senhor (Lv 1.2). Além disso, faziam distinção entre os animais limpos e impuros (Lv cap. 11). Nesse sentido, o povo de Israel sabia que os animais não são deuses, e, sim, criaturas do Deus, que, bondosamente, o sustenta (Sl 104.14). (LB CPAD, 3º Trim 2018, Lição 6, 5 Ago 18)
Deus nos revela em Levítico 11 e Deuteronômio 14 quais os animais - incluindo aves e peixe - são puros e impuros. As ofertas lembravam a Ele a futura morte de Cristo, pela qual, a misericórdia seria demonstrada aos pecadores (Ef 5.2).
“A separação de animais em categorias limpos e impuros veio pelo desejo soberano de Deus. Ele quer que Seu povo esteja diferente dos outros povos no mundo. Ele fez isso nessa maneira dando-lhes regras de vestimenta, agricultura, e adoração diferente. A ciência revelou depois que os animais permitidos são animais mais saudáveis para o corpo humano do que os impuros. Creio que, além de querer mostrar o Seu povo diferente que os outros povos no mundo, quis prevenir Seu povo de doenças e praticas destrutivas ao homem. Deus quer sempre ter o Seu povo separado em amor para com Ele. Isso se vê hoje no povo DELE não seguindo os costumes do mundo hoje, comendo e bebendo substancias diferentes, se vestindo de forma modesta e adorando em espírito e em verdade, por Cristo Jesus.” (Perguntas e respostas no livro de Gênesis. Disponível em:https://www.palavraprudente.com.br/estudos/sergio_f/genesis/cap05.html. Acesso em: 30 Jul, 2018)
3. Os vegetais e a adoração a Deus. Se por um lado, a Lei de Deus preconiza a preservação da natureza, por outro, condena a idolatria da natureza como acontecia em algumas antigas culturas cananeias e no período de apostasia dos judeus (1 Rs 14.23). Em Israel, os frutos da terra serviam para louvar e enaltecer a Deus (Lv 23.10). (LB CPAD, 3º Trim 2018, Lição 6, 5 Ago 18)
Em Levítico 23.10, a Festa das Primícias deveria ser comemorada quando eles estivessem em Canaã. Um molho das primícias da colheita deveria ser trazido ao Senhor e dessa maneira eles seriam aceitos diante de Deus (Lv 23.11). um molho das primícias da vossa sega era uma parte da primeira colheita de cereais, que pertencia a Deus como oferta especial, reconhecendo que a safra foi uma provisão divina. Essa festa é o símbolo da ressurreição de Jesus Cristo que, após morrer e ressuscitar, nos tornou aceitos diante do Senhor Deus. Com a Sua morte e ressurreição Jesus Cristo torna o homem, que crê na obra que Ele realizou, agradável perante Deus. Paulo chamou Cristo de as primícias dos que dormem - o primeiro dos mortos a ser ressuscitado (1Co 15.20).
TÓPICO III - O SER HUMANO É DO SENHOR
A teologia do Levítico preconiza a sacralidade da vida humana como imagem e semelhança de Deus. Em Israel, ao contrário das culturas cananeias, estava proibido o sacrifício humano, pois o verdadeiro sacrifício a Deus é um coração humilde e contrito (Is 57.15).
1. O ser humano é a imagem de Deus. O livro de Levítico corrobora a teologia do Gênesis, ao mostrar que o ser humano foi criado por Deus (Gn 1.26). Portanto, há vários dispositivos, visando promover o ser humano como a obra prima das mãos divinas. Por esse motivo, o crente israelita era intimado a cuidar de seu corpo tanto exterior quanto interiormente (Lv 20.7). Nem marcas nem tatuagens eram admitidas (Lv 19.28). Ou seja, o ser humano só agradará a Deus se buscar a excelência divina em toda a sua maneira de ser, existir e pensar. (LB CPAD, 3º Trim 2018, Lição 6, 5 Ago 18)
A Imago Dei é a doutrina de que o Homem foi criado à Imagem Divina. É a resposta bíblica a como surgiu o Homem, Criatura singular entre as existentes. O Reformador Lutero afirmou: “De posse desta imagem, o Homem era como os anjos e, após havê-la perdido inteiramente, tornou-se como os animais e o que o distingue deles tem pouca significação”. Os luteranos, com isso, aceitam o traducianismo [doutrina que postula que os filhos recebem a alma dos pais no momento de sua geração (Há um traducianismo materialista (linha de Tertuliano) e um espiritualista (de santo Agostinho), este também dito generacionismo)]. A Imago Dei abrange toda a pessoa do Homem – corpo, alma e espírito.
Em relação ao texto de Lv 19.28 e afirmação ‘nem marcas nem tatuagens eram permitidas’ não traduz corretamente o hebraico, já que não há aqui (e em nenhum outro texto bíblico) referência à tatuagem. A Bíblia de Estudo Defesa da Fé trás a seguinte nota de rodapé: "Lacerações e ferimentos físicos estavam incluídos nos ritos da adoração de fertilidade de Baal (cf. I Rs 18.28)" e a Bíblia Shedd diz (sobre os vv.27 e 28): "Os pagãos cortavam os cabelos da cabeça ou da barba de certas maneiras, para honrar seus ídolos ou para os ritos fúnebres pagãos, Dt 18.10. Cortar o corpo era praticado para mostrar arrependimento extremo ou desespero. Condenam-se estas práticas entre o povo de Deus. Estas proibições eram para guardar o povo de Israel de seguir as práticas supersticiosas e idólatras dos pagãos que viviam ao seu redor." Afirmar que tatuagem está incluso neste texto é falta de sinceridade teológica e um abuso. Todo teólogo honesto e bem instruído sabe bem disso. Assim, é perigoso usar esse versículo para condenar o uso de tatuagem. Se estiver disposto a usar este versículo para condenar a prática do uso de tatuagens (ainda que não se refira à), também deverá estar disposto a usar os outros versículos de Levítico, tais como a declaração de que toda mulher se torna imunda ao chegar o tempo da menstruação (Lv 15.19-28), ou quando dá a luz a um filho (Lv 12.2,5); pessoas que cortam os seus cabelos em redondo e os homens que fazem o canto das barbas estão em pecado (Lv 19.27), bem como qualquer que comer animal que rumina e não possui unhas fendidas (Lv 11.6). Percebe o perigo? Com isto não defendo a prática nem condeno. O ponto é ser sincero com o que o texto diz e julgando pelo que analisamos deste texto de Levítico, sabemos que não se trata de tatuagens e sim de culto aos mortos - que continua sendo um pecado, pois sabemos que os mortos não se comunicam com os vivos (Ec 9.5-6) e que isto é um ato de feitiçaria (1Sm 28.7-11; Ap 21.8).
2. A vida humana é sagrada. O crente israelita é exortado a ver a vida humana como sagrada. Por isso mesmo, não poderia, sob hipótese alguma, consagrar sua descendência aos ídolos (Lv 18.21). Portanto, toda a nação de Israel, como propriedade exclusiva do Senhor, ao Senhor tem de ser consagrada.(LB CPAD, 3º Trim 2018, Lição 6, 5 Ago 18)
A Bíblia King James Atualizada traz assim o texto de Levítico 18.21: “Não entregarás teus filhos para serem sacrificados no fogo ao deus Moloque. Ora, isso seria profanar o santo Nome do SENHOR Deus. Eu Sou Yahweh!”. Moloque era um deus criado e especialmente adorado pelo povo amonita. Esses amonitas eram um povo pagão que foram descendentes de uma das filhas de Ló que se deitou com o próprio pai (Gn 19.38).
“Tal como acontece com grande parte da história antiga, a origem exata da adoração a Moloque não é clara. Acredita-se que o termo Moloque tenha originado com o mlk fenício, que se refere a um tipo de sacrifício feito para confirmar ou absolver um voto. Melekh é a palavra hebraica para “rei.” Era comum para os israelitas combinarem o nome de deuses pagãos com as vogais na palavra hebraica para ‘vergonha’: "bosheth". Foi assim que a deusa da fertilidade e da guerra, Astarte, tornou-se Ashtoreth. A combinação de mlk, melekh e bosheth resultou em "Moloque", que poderia ser interpretado como "o governante personificado de um sacrifício vergonhoso". Ele também foi grafado como Milcom, Milkim, Malik e Moloch. Ashtoreth era sua consorte, e a prostituição ritual era considerada uma importante forma de adoração”. (Quem era Moloque? Disponível em: https://www.gotquestions.org/Portugues/Moloque.html. Acesso em: 30 Jul, 2018)
3. O ser humano é servo e adorador a Deus. Sendo Israel o povo do Senhor, deve, por conseguinte, dedicar-se totalmente ao serviço divino, oferecendo-lhe sacrifícios, celebrando seus grandes feitos e adorando-o na beleza de sua santidade (Lv 1.2; 23.2). (LB CPAD, 3º Trim 2018, Lição 6, 5 Ago 18)
É interessante observar que o relacionamento correto com Deus passa pelo conhecimento sobre quem Ele é. Diante da santidade de Deus se exige um modelo organizacional de culto. Outro foco importante na teologia de Levítico é que o culto ritualístico prestado a Deus é uma forma prática de santidade. O tema principal de Levítico é a santidade. A exigência de Deus pela santidade do Seu povo baseia-se na Sua própria natureza santa. Um tema correspondente é o de expiação. A santidade deve ser mantida diante de Deus, e ela só pode ser alcançada através de uma adequada expiação. Comunhão é o propósito de Deus para os Seus filhos, e essa comunhão só será possível mediante uma vida santa.
“A teologia de Levítico fala bastante na tensão entre pureza e impureza. A santidade, como lembra Henry Blackaby, é ver o pecado sob a pespectiva de Deus[8]. Embora Jesus tenha quebrado tabus sobre até onde poderia se envolver com pessoas impuras e lugares impuros, o Novo Testamento continua a ensinar que essa divisão existe. O apóstolo Paulo escreve: “Porque Deus não nos chamou para a impureza, mas para a santidade” (1 Tessalonicenses 4.7 NVI). Jesus em nenhum momento ensinou que não existe limite entre o puro e o impuro, mas combateu fortemente o orgulho religioso pela “posição de puro” e, também, o desprezo pelo próximo lembrando sempre que a pecaminosidade é uma condição universal na vida do homem.” (Levítico, Adoração e Serviço ao Senhor. Disponível em: https://teologiapentecostal.blog/2018/06/30/levitico-adoracao-e-servico-ao-senhor/. Acesso em: 30 Jul, 2018)
4. O sacrifício pacífico. A teologia do livro de Levítico tinha por objetivo, antes de tudo, levar o israelita a servir voluntária e amorosamente a Deus. Esse ideal é realçado pelo salmista (Sl 100.2). A síntese desse ensinamento está no sacrifício pacífico com que Israel mostrava a sua gratidão ao Senhor (Lv 7.11-17). Quanto a nós, somos exortados a oferecer a Deus, na pessoa de Jesus Cristo, por mediação do Espírito Santo, sacrifícios de louvores (Hb 13.15). (LB CPAD, 3º Trim 2018, Lição 6, 5 Ago 18)
Uma oferta de paz, a oferta pacífica, assim que o sangue era derramado, Deus e o adorador podiam estar em feliz e pacífica comunhão. O que Jesus veio trazer se encontra apenas no Reino de Deus (Rm 14.17). O mundo tenta promover essa paz, mas todos os meios empregados para que isso aconteça têm se mostrado completamente inúteis e frustrantes. No entanto, em Jesus, isso é alcançável para o homem. Em Jesus Cristo temos nossa oferta pacífica, nEle a paz da consciência é estabelecida e satisfaz todas as necessidades da alma. No sacrifício pacífico os sacerdotes viam que podiam oferecer um cheiro suave para Deus e também render uma porção substancial para si mesmos, da qual podiam alimentar-se em comunhão.
CONCLUSÃO
Nós somos o templo do Espírito Santo (1 Co 6.19). E, como tais, somos intimados a andar em novidade de vida, consagrando tudo ao Senhor, a começar por nós mesmos (1 Ts 5.23). Se não nos ofertarmos amorosa e incondicionalmente a Deus, e usarmos o nosso corpo para o pecado, como estaremos diante de Deus? Seremos réus diante dEle (1 Co 6.18-20). A essência da teologia do Levítico continua válida ainda hoje. O Deus que exortou Israel à santidade requer, de igual modo, a nossa santificação (Lv 19.2; 1 Ts 4.3). (LB CPAD, 3º Trim 2018, Lição 6, 5 Ago 18)
Finalizando, é importante afirmar que um desejo interior por vida santa é a prova de que estamos em Cristo. Ser santo não significa ser perfeito. Quem é salvo ainda peca mas já não é dominado pelo pecado (1Jo 1.8-9). Deus trabalha progressivamente em sua vida para a santificação. "Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça" (1 Jo 1:9). Confissão é a maneira de manter a consciência livre. João não diz, "se orarmos por perdão, ele é benigno e misericordioso para nos perdoar". Sem dúvida, é sempre um alívio para qualquer filho fazer chegar aos ouvidos do pai as suas necessidades - contar-lhe as suas fraquezas, confessar-lhe a sua loucura, defeitos e faltas.
“Achando-se as tuas palavras, logo as comi, e a tua palavra foi para mim o gozo e alegria do meu coração; porque pelo teu nome sou chamado, ó Senhor Deus dos Exércitos”. (Jeremias 15.16), Francisco Barbosa, Campina Grande-PB, Julho de 2018
PARA REFLETIR
A respeito de “A Doutrina do Culto Levítico”, responda:
1) Qual é a essência do Culto Levítico?
A essência do culto levítico é conduzir o crente a adorar a Deus e a consagrar-lhe tudo quanto tem, porque tudo pertence ao Senhor, pois Ele tudo criou e tudo preserva.
2) Quais os três pontos doutrinários do Levítico?
(1) Tudo quanto existe foi criado por Deus;
(2) sendo Ele o Criador de todas as coisas, somente Ele deve ser adorado; e
(3) tudo quanto há deve ser consagrado ao Deus Único e Verdadeiro.
3) Como devemos ver a criação de todas as coisas?
Segundo a teologia de Levítico devemos ver a criação como serva do Criador.
4) Como o Levítico vê os animais?
Como criaturas do Deus, que, bondosamente, os sustentam.
5) Qual a melhor oferta que podemos fazer ao Senhor?
Um coração humilde e contrito. (LB CPAD, 3º Trim 2018, Lição 6, 5 Ago 18)
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