Lição 04 CPAD Jovens 2 trimestre 2022 CPAD Jovens Tema da revista: O PERIGO DAS TENTAÇÕES – As orientações da Palavra de Deus de como res...
Lição 04 CPAD Jovens 2 trimestre 2022 CPAD Jovens
Tema da revista: O PERIGO DAS TENTAÇÕES – As orientações da Palavra de Deus de como resistir e ter uma vida vitoriosa
📖 TEXTO PRINCIPAL
“Neste deserto cairá o vosso cadáver, como também todos os que voz foram contados segundo toda a vossa conta, de vinte anos para cima, os que dentre vós contra mim murmuraste” (Nm 14:27)
RESUMO DA LIÇÃO
A tentação da murmuração contra Deus fez os israelitas perderem uma geração inteira no deserto.
📅 LEITURA SEMANAL | |
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Segunda | 1 Co 10.5 – Deus não se agrada de murmuradores |
Terça | Êx 15:23 – Murmuração em Mara |
Quarta | Êx 17:1-2 – Murmuração em Refidim |
Quinta | Êx 17:7 – Deus está conosco ou não? |
Sexta | Nm 13:32 – A terra que consome |
Sábado | Nm 14:37 – Consequência de tentar a Deus |
🎯 OBJETIVOS
- MOSTRAR que os hebreus desprezam a presença de Deus durante a caminhada à Terra Prometida
- EXPLICAR as consequências de os espias terem informado a terra que Deus disse que era boa
- EXPOR a causa do atraso de 40 anos na entrada da Terra Prometida
👨🏫 INTERAÇÃO
Professor(a), na lição deste domingo estudaremos a respeito da Tentação de murmurar, reclamar contra o Senhor. Sabemos que Deus libertou Israel da escravidão e que o povo pagou um preço bem alto por ter reclamado do Senhor, toda Uma Geração morreu no deserto. No Novo Testamento o apóstolo Paulo adverte os crentes a não seguir o exemplo de alguns israelitas no deserto, pois estes pereceram pelo destruidor (1 Co 10:10)
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor(a), utilize o esquema abaixo para mostrar aos seus alunos que diante das dificuldades o povo de Deus sempre caía na tentação da murmuração
RECLAMAÇÃO | PECADO | CONSEQUÊNCIA |
Falta de comida (Nm 11:4) | Cobiçaram o que não tinham. | Deus mandou codornizes, mas quando as pessoas começaram a comer, Ele atingiu com uma praga. |
Desejaram o retornar ao Egito (Nm 14:1-4). | Rebelaram-se contra os líderes determinados por Deus e demonstraram a falta de confiança no Altíssimo. | Todos os requeridos não poderiam entrar na terra prometida |
A autoridade a liderança de Moisés e Arão (Nm 16:3) | Ganância por poder e autoridade. | As famílias, os amigos e as posses de Corá, Datã e Abirão Foram engolidos pela terra |
Falta de água (Nm 20.2-3) | Recusaram-se a crer que Deus provêria tudo como havia prometido | Moisés pecou com o povo e foi impedido de entrar na terra prometida |
TEXTO BÍBLICO |
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Números 13.25-33 |
25 Depois voltaram de espiar a Terra ao fim de 40 dias |
26 E caminharam e vieram a Moisés, e Arão, e toda a congregação dos filhos de Israel no deserto de Parã, a Cades, e, tomando, deram-lhe contas a eles e a toda a congregação, e mostraram o fruto da terra |
27 E contaram-lhe e disseram: Fomos à Terra a que nos enviaste, e, verdadeiramente, mana leite e mel, e este é o fruto |
28 O povo porém que habita nessa terra é poderoso e as cidades fortes e mui grandes e também ali vimos os filhos de Anaque. |
29 Os amalequitas habitam na terra do Sul, e os heteus e os jebuseus e os amorreus habitam na montanha, e os cananeus habitam ao pé do mar e pela ribeira do Jordão. |
30 Então, Calebe fez calar o povo perante Moisés e disse: Subamos animosamente e possuamo-la em herança, porque certamente, prevaleceremos contra ela. |
31 Porém os homens que com ele subiram disseram: Não poderemos subir contra aquele povo, porque é mais forte do que nós. |
32 E infamaram a terra, que tinham espiado perante os filhos de Israel dizendo: A terra, pelo meio da qual passamos a espiar é terra que consome os seus moradores e todo o povo que vimos no meio dela são homens de grande estatura |
33 Também vimos ali gigantes filhos de Anaque, descendentes dos gigantes e éramos aos nossos olhos como gafanhotos e assim também éramos aos seus olhos. |
📑 ESBOÇO DA LIÇÃO
INTRODUÇÃO
1. DESPREZANDO A PRESENÇA DE DEUS NA CAMINHADA
As Águas Amargas em Mara
O Envio do Maná
As Águas de Refidim
2. INFAMANDO A TERRA QUE DEUS DISSE QUE ERA BOA
Uma Honra Transformada em uma Vergonha
Quando Príncipes se Veem como Insetos
Desqualificando o que Deus Disse que Era Bom
3. UM ATRASO DE 40 ANOS
Quando a Promessa de Deus É Mudada
Tentar a Deus É Perder Tempo
Vale a Pena Desagradar a Deus?
CONCLUSÃO
INTRODUÇÃO
Fazer um passeio turístico por um deserto, quando estiver com roupas apropriadas, um veículo adequado e suplementos podem ser uma aventura radical. No entanto, não dá pelo deserto por 40 anos, sabendo que jamais sairá dele vivo, e consciente de que não ver a promessa de deus se cumprindo na sua vida, é desanimador. Veremos, na lição deste domingo que esse foi o preço pago pelos israelitas que haviam recebido a promessa de deus, de saírem da escravidão e entrar em uma terra onde seria donos da sua própria liberdade e ainda teria a proteção e a benção de Deus, se fossem obediente aos seus mandamentos. Contudo, por terem tentado a deus, deixaram de receber a promessa do Senhor, e pagaram com suas próprias vidas por sua incredulidade e rebeldia.
Comentário da Lição
A palavra “deserto” costuma trazer, em nossos dias, a ideia de um lugar sem condições de abrigar a vida humana, não apenas por causa das altas temperaturas durante o dia como também por causa das baixas temperaturas à noite. Não é comum haver restaurantes, escolas, igrejas nem centros comerciais em lugares desertos. É, no máximo, um lugar de passagem quando não há outro caminho pelo qual possamos chegar ao destino que consideramos “final”. Em nossos dias, dispomos de alguns recursos que nos facilitam a vida caso seja necessário trilhar esse tipo de terreno. Passar por um ambiente de deserto, quando se está com um veículo e suprimentos adequados, com instrumentos de orientação e uma equipe de apoio pode ser um passeio turístico diferente e radical, mas andar pelo deserto por quarenta anos, sabendo que jamais sairá dele vivo, e consciente de que não verá a promessa de Deus se cumprindo na sua vida é desanimador.
I. DESPREZANDO A PRESENÇA DE DEUS NA CAMINHADA
1. As Águas Amargas em Mara
Moisés registra que após saírem do Mar Vermelho, os hebreus andaram na direção do deserto de Sur por três dias, sem encontrar água (Êx 15.22). Ao chegar a uma localidade chamada Mara, encontraram água, mas logo descobriram que elas eram amargas (Êx 15.23). Não se consegue matar a sede em um deserto bebendo uma água com sabor desagradável. Na prática, provavelmente se tratava de águas com sabor diferenciado pela presença de minerais, o que pode ter causado estranheza aos israelitas sedentos. É curioso que os mesmos israelitas que bebiam das águas nada saudáveis do rio Nilo, reclamassem das águas amargas de Mara. Na escravidão, não reclamavam do que eram obrigados a beber, mas bastou ficarem livres que passaram a reclamar de tudo. De qualquer forma, a postura deles não foi buscar a ajuda de Deus em oração, mas sim murmuraram contra Moisés (Êx 15:24). Então, o servo de Deus clama ao Senhor, e Este o orienta a lançar um pedaço de madeira na água e a água ficou boa para beber (Êx 15:25). Ali, naquela situação, Deus os provou (Êx 15.25). Além de tornar a água agradável para o consumo, Deus garantiu aos hebreus que se eles obedecessem, não teria nenhuma das enfermidades que foram vistas nos egípcios (Êx 15:26).
🤓 Comentário da Lição
Depois de viajar três dias sem encontrar água, o povo finalmente chega a uma fonte, mas fica profundamente decepcionado, pois descobre que suas águas não são potáveis (15:22-23), mas, sim, amargas (daí o nome “Mara”, isto é, “amarga”). É possível que tenham se lembrado da refeição de Páscoa, na qual as “ervas amargas” simbolizavam a amargura da escravidão (12:8). As memórias ainda são recentes, o que talvez explique o fato de, neste episódio, o povo não expressar arrependimento de ter deixado o Egito, como fez em 14:11 e voltaria a fazer com frequência ao criticar Moisés por tê-los conduzido para o deserto. O povo se mostra incoerente: num instante está cantando louvores a Deus e, no dia seguinte, está murmurando a seu respeito. Talvez esse tipo de comportamento tenha levado Tiago a ressaltar que a mesma boca não deve proferir palavras contraditórias: “De uma só boca procede bênção e maldição. Meus irmãos, não é conveniente que estas coisas sejam assim. Acaso, pode a fonte jorrar do mesmo lugar o que é doce e o que é amargoso?” (Tg 3:10-11). Ao mesmo tempo que provê a solução para o problema de falta de água, Deus lembra o povo da importância de manter o compromisso com ele a fim de receber suas bênçãos, as quais ele compara a uma cura, dizendo: Eu sou o SENHOR que te sara (15:26). O contexto dessa declaração é indicado pelas palavras: Nenhuma enfermidade virá sobre ti, das que enviei sobre os egípcios. O Senhor lembra seu povo de que não apenas havia lançado e removido as pragas sobre o Egito, como também havia impedido que afetassem o povo de Israel. Agora, os israelitas se veem sem água, uma necessidade que o Senhor provê como parte de seu ministério de cura. Como esse gesto, ele está prometendo cuidar de seu povo. Se eles lhe obedecerem, experimentarão suas inesgotáveis bênçãos, representadas aqui pela abundância que encontram em Elim: Doze fontes de água e setenta palmeiras (15:27). (ADEYEMO, 2004, p. 320, 321)
2. O envio do Maná
Passado mais alguns dias, os hebreus novamente murmuraram contra Moisés e apresentaram a Arão suas queixas (Êx 16.2). Por qual motivo? Por não terem o que comer. Eles não pediram alimentos a Deus. Era mais fácil colocar a culpa em Moisés, do que se lembrarem de que haviam sido escravos de Faraó. As suas memórias não estavam nos milagres que haviam presenciado, mas nas panelas com carne e nos pães que comiam ‘até fartar’ (Êx 16.3). É importante observar que o esquecimento é muito próximo da ingratidão. Os hebreus não agradeceram a deus pela liberdade nem pela provisão recebida. Eles preferiram permanecer como escravos bem alimentados e murmuraram contra deus (Êx 16.7). Em sua bondade o Senhor proveu a carne e o pão, enviando codornizes de tarde e maná pela manhã (Êx 16.13). Mesmo com a orientação de Deus, nos dias da semana, pegarem somente um maná necessário, ouve israelitas que se apropriaram de mais do que precisavam, tentando estocar alimentos. A desobediência lhes rendeu bichos e mau cheiro nos alimentos. As lições necessárias para que confiasse no senhor seria apreendida com bastante dificuldade.
🤓 Comentário da Lição
Apesar dessa postura, em sua bondade, Deus proveu a carne e o pão, enviando codornas à tarde e o maná pela manhã. E, mesmo com a orientação de Deus, de nos dias da semana pegarem somente o maná necessário, houve israelitas que se apropriaram de mais do que precisavam, tentando estocar alimentos, e isso lhes rendeu bichos e mau cheiro. A lição necessária para que confiassem no Senhor e na sua fidelidade seria aprendida com bastante dificuldade.
3. Águas de Refidim
Como se fosse em poucas essas duas ocorrências anteriores, Moisés registra uma nova murmuração dos israelitas contra Deus. Ao chegarem em Refidim, e percebendo que não havia ali a água vir logo se puseram a reclamar contra Moisés (Êx 17.2). Esses relatos nos evidenciam duas verdades: era comum o povo reclamar contra Moisés, e essas murmurações eram vistas por Deus como um pecado contra Ele. Os hebreus chegaram a dizer: “Está o SENHOR no meio de nós, ou não” (Êx 17.7). Duvidar da presença de Deus junto a nós pelo fato de faltar em um ou mais elementos essenciais à vida é falta de confiança na provisão divina! Não podemos ser imaturos na fé ao ponto de acreditar que se passamos por dificuldades é porque Deus não está conosco. Na verdade, tanto a fartura quanto a escassez devem nos levar a Deus.
🤓 Comentário da Lição
Contendeu o povo com Moisés. “Discutiram” com Moisés. Este verbo é a palavra-chave da passagem, explicando por que o nome “Meribá” (“contenda”, “discussão”) foi usado dali em diante para se referir àquele lugar. Alguns comentaristas apresentaram explicações alternativas, baseadas no ponto de vista de que o nome surgiu das “decisões judiciais” tomadas junto às fontes do local, como em En-Mispate (Cades), “Poço do Julgamento” (Gn 14:7) ou porque os pastores contenderam por causa da água (cf. Gn 26:16-22). Sem sombra de dúvida, ambas as ocorrências são comuns, mas não são mencionadas neste contexto como razões para o uso de tal nome. Moisés faz eco à “discussão” em sua resposta, e faz associação com uma segunda raiz que subjaz o nome Massá (“testar”, “colocar à prova”). 3. Nossos rebanhos. Com a costumeira atribuição de motivos ridículos a Moisés, há aqui um toque de caracterização. Quem, a não ser um criador de gado, se preocuparia com a probabilidade de seu gado morrer de sede se já estivesse prestes a morrer de sede ele próprio? Aqui transparece o típico fazendeiro israelita. 4. Só lhe resta apedrejar-me. Este é o último estágio de rejeição para um líder em Israel. Ver o caso de Davi em Ziclague (1 Sm 30:6) e de Adorão em Siquém (1 Rs 12:18). Moisés deve ter-se lembrado aqui da reação inicial dos israelitas à sua vinda (5:21). Cristo (Jo 10:31), Estêvão (At 7:58) e Paulo (At 14:19) enfrentaram a possibilidade de apedrejamento pelas mãos do povo de Deus, aqueles mesmos a quem haviam sido enviados. (CARSON, 2009, p. 130) Moisés interpretou a querela de Israel contra ele como uma querela contra Deus. Em palavras que podiam pretender ser uma repreensão, ele usou a mesma palavra que o Senhor havia usado anteriormente a respeito de Israel: “Para que eu o prove” (nasah) (16:4). Israel inverteu o processo; em vez de ser provado pelo Senhor, ele o provou. (ALLEN, 1986, p. 474)
SUBSÍDIO 1
Professor(a), para dar início ao primeiro tópico da lição, faça a seguinte pergunta: O que significa murmurar? Ouçam os alunos com atenção e expliquem que murmurar significa falar mal de alguém ou algo, lamentar-se, queixar-se. Em seguida, diga que “a liderança é cara, por que a culpa pela diversidade recai nos líderes. Essas pessoas sabiam que Moisés era homem de Deus; por isso, o pecado também era contra deus. Grandes experiências com Deus não curam necessariamente o coração mau e queixoso. A murmuração cessa apenas quando crucificamos o eu e entronizamos a cristo (Ef 4.31-32). A única coisa que Moisés poderia fazer era reclamar ao Senhor. Não há dúvidas de que ele teria fornecido água potável em resposta à fé paciente de Israel, se tivesse permanecido firmes. O senhor às vezes satisfaz nossos caprichos em detrimento da fé. Aqui, as águas se tornaram doces quando Moisés lançou um lenho nelas mas a fé de Israel continuou fraca.
Desconhecemos o método natural que explica este milagre. Deus usou essa ocasião para enviar uma lição a Israel, dando-lhe estatutos e uma ordenação. Se as pessoas ouvissem a Deus e obedecessem inteiramente a sua palavra, elas seriam curadas de todas as enfermidades que Deus tinha força sobre o Egito. Assim como Deus curou as águas amargas de Mara, assim ele curaria em Israel satisfazendo as necessidades físicas e, mais importantes que tudo, curando o povo de sua natureza corrompida. Deus queria tirar o espírito de murmuração do meio do povo ele dar uma fé forte” (comentário bíblico Beacon. Vol 1. Rio de Janeiro, CPAD.2005,p.175).
II. INFAMANDO A TERRA QUE DEUS DISSE QUE ERA BOA
1. Uma honra transformada em uma vergonha.
Para que os hebreus pudessem entrar na terra que Deus lhe havia prometido, era preciso saber quem estava residindo nela. Um trabalho de inteligência precisava ser moldado para que eles pudessem ser bem-sucedidos na conquista daqueles territórios. O fato de Deus estar com eles não os isentava de serem precavidos e, acima de tudo, observadores. Então, Moisés escolheu representantes das tribos, homens tidos por cabeças (Nm 13.3). Isto significa que eram influentes, e tinha poderes de convencimento diante de seus irmãos.
A missão deles era saber “que a Terra é, o povo que nela habita: se é forte ou fraco, se é pouco ou muito” (Nm 13.18). Certamente Deus poderia revelar todos esses detalhes a Moisés, sem que fosse necessário escolher homens para uma missão tão arriscada. Mas, aqueles homens teriam a honra de cooperar com o plano de Deus. Eles, até hoje são lembrados por terem cumprido a sua missão e influenciando negativamente a opinião do povo diante daquilo que Deus havia falado. Em nossos dias, essa cena parece se repetir, pessoas que deveriam ser úteis na obra de Deus, cooperando com o Senhor, acaba influenciando outras pessoas para direções opostas tornando-se, assim, inúteis.
🤓 Comentário da Lição
Homens inteligentes, experimentados, com uma liderança reconhecida e conhecimento estratégico precisavam ser enviados nessa missão. Então Moisés escolhe representantes das tribos, homens tidos por “cabeças”. Mas eis a questão: Deus, em sua sabedoria, não segue sempre os mesmos critérios que achamos que Ele deve seguir. Deus desejava honrar líderes em Israel. Uma nação sem líderes fortes e tementes a Deus seria um desastre na Terra Prometida.
2. Quando príncipe se veem como insetos
“Éramos aos nossos olhos como gafanhotos e assim também éramos aos seus olhos” (Nm 13:33). Quem fez essa declaração? Os mesmos homens que a Bíblia diz que eram os cabeças dos filhos de Israel (Nm 13.3). A orientação Divina era que os homens capacitados na liderança fossem enviados para espionar a terra. Eles a espiaram mas, ao retornarem da missão, falaram coisas ruins da terra que Deus havia dito que era boa. Eles chegaram a dizer que se pareciam com gafanhotos diante dos moradores de Canaã, apresentando igualmente uma opinião do povo da terra sobre eles. Como é triste obedecer a Deus no início da caminhada, e perder a visão do que ele quer fazer no percurso.
🤓 Comentário da Lição
Quem disse aos espiões hebreus que eles eram como gafanhotos aos olhos dos moradores de Canaã? Devemos nos ver como Deus nos vê, e não como os homens podem nos ver. Há pessoas que inicialmente obedecem a Deus, mas depois tentam a esse mesmo Deus quando deturpam a sua Palavra. Há aqueles que se deixam influenciar pelos desafios que acham que não conseguirão vencer, e acreditam que Deus se enganou em seus planos. Para eles, há um erro na logística celeste. Mas, para Deus, esses eram sinais claros de que aquele grupo de pessoas precisava ser disciplinado.
3. Desqualificando o que Deus disse que era bom.
“E infamaram a terra, que tinham espiado, perante os filhos de Israel, dizendo: a terra, pelo meio de qual passamos a espiar, é terra que consome os seus moradores; e todo o povo que vimos no meio dela são homens de grande estatura” (Nm 13.32). Da mesma forma que Satanás no Éden, enganou de forma proposital o primeiro casal, desqualificando o que Deus disse, os espias, exceto Josué e Calebe, desqualificaram a terra que por séculos Deus estava preparando para os filhos de Abraão. Toda tentação, em algum nível, buscar tornar inútil, ou de pouco valor, aquilo que Deus disse que era bom, e tenta tornar valioso que Deus disse que não deveria ser valorizado.
III. UM ATRASO DE 40 ANOS
1. Quando a promessa de Deus é mudada
Os israelitas descobriram ao longo dos 40 anos seguintes, que desprezar a Deus e a sua palavra tinha consequências terríveis. O deserto não havia sido escolhido para que eles perdessem suas vidas (Êx 13:17). Deus sabia que os hebreus não tinham experiência de combate, e por isso os conduziu por outro caminho. Porque muitas vezes acreditamos ser uma provação de Deus pode ser, na verdade, uma forma de livramento que ele nos está dando, para que a sua promessa se cumpra em nossas vidas. Mas, por causa da rebeldia do seu povo, e das constantes murmurações com as quais tentaram ao Senhor, Deus reverteu sua promessa para aquela geração. O Todo-Poderoso não falhou em seus desígnios. Uma geração de hebreus libertos entrou na terra prometida, mas foi somente aquela que pressiona o deserto e valorizou a terra que Deus concedeu. Às vezes, Ele nos permite passar por dificuldades para que possamos entender o valor da bênção que Ele reservou para nós.
🤓 Comentário da Lição
Deus usou aquela situação para depurar do seu povo aqueles que não entrariam na terra. Uma nova geração, sem as referências do Egito, mas com as vivências do deserto, entraria na Terra Prometida. Os hebreus vinham de um Egito que, em tese, lhes dava “tudo”, mas lhes cobrava a liberdade. A geração do deserto, acostumada à escassez, mas livre, ansiava por uma terra. Essa geração teria a sua recompensa.
2. Tentar a Deus é pecado
O que devemos entender diante das narrativas que tratam dos primeiros dias do povo no deserto, é que tentar o Senhor é pecado: “Não tentarás o Senhor teu Deus” (MT 4:7). Por não verem a Deus, os hebreus queixavam-se dos homens que Ele havia escolhido para libertá-los e conduzi-los rumo à Terra Prometida. A geração que saiu do Egito teve todas as oportunidades de vivenciar duas experiências marcantes: a liberdade da escravidão e a chegada no lugar que Deus lhe reservara. Contudo, por causa da tentação, os homens que infamaram a terra “morreram de Praga perante o SENHOR” (Nm 14:37), e os demais hebreus, que se deixaram levar, perderam suas vidas no deserto.
🤓 Comentário da Lição
Moisés não era um homem perfeito, mas havia obedecido a Deus atendendo ao seu chamado, e o Senhor não toleraria qualquer pessoa se levantando contra o homem que Ele escolhera. Basta lembrar que a irmã de Moisés, Miriã, ficou temporariamente leprosa por desacatar seu irmão. Deus valoriza a autoridade e o respeito a ela.
3. Vale a pena desagradar a Deus?
Hebreus precisavam confiar no que Deus havia prometido. Eles já tinham visto o poder do Senhor contra os egípcios, mas, mesmo assim, preferiram atentar para as circunstâncias e tentaram a Deus com sua incredulidade. Já fomos alcançados pela salvação mas precisamos aprender a agradar a Deus com nossas ações. Agradamos ao Senhor dando crédito ao que ele nos diz.
🔔 Pense
Vale a pena desagradar ao Senhor?
📌 Ponto Importante
Desagradar ao Senhor só traz consequências maléficas
SUBSÍDIO 3
“O julgamento de Deus veio de forma que as pessoas mais temiam. O povo tinha medo de morrer no deserto Deus o puniu fazendo peregrinar lá até a morte daquela geração” (Bíblia de Estudo aplicação pessoal. Rio de Janeiro, CPAD, p. 11).
CONCLUSÃO
Da mesma forma que Deus não tenta ninguém, não podemos tentar com os nossos palavras, pensamentos ou ações, pois essas são formas de ingratidão contra aquEle que nos salvou e nos tirou da escravidão do pecado que jamais sejamos ingratos ou esquecido das bençãos que temos recebidos dEle.
🤓 Comentário da Lição
Ora, irmãos, não quero que ignoreis que nossos pais estiveram todos debaixo da nuvem; e todos passaram pelo mar, e todos foram batizados em Moisés, na nuvem e no mar, e todos comeram de um mesmo manjar espiritual, e beberam todos de uma mesma bebida espiritual, porque bebiam da pedra espiritual que os seguia; e a pedra era Cristo. Mas Deus não se agradou da maior parte deles, pelo que foram prostrados no deserto. (1 Co 10:1-5)
HORA DA REVISÃO
1. Por qual motivo Deus levou os hebreus para a terra prometida pelo deserto?
Para que o povo não desanimasse vendo a guerra.
2. Porque o povo não pode beber as águas de mara?
Porque ela era amargas e impróprias para o consumo
3. Quem Moisés escolheu para espionar a terra?
Os líderes das tribos de Israel
4. Segundo a lição, o que a desobediência dos hebreus lhes rendeu?
Rendeu-lhes bichos e mau cheiro
5. Como podemos agradar ao Senhor?
Agradamos ao Senhor dando crédito ao que ele nos diz.
Descrição
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