TEXTO ÁUREO “Não obstante, vós, cada um em particular também ame a própria esposa como a si mesmo, e a esposa respeite ao marido.” E...
TEXTO ÁUREO
“Não obstante, vós, cada um em particular também ame a própria esposa como a si mesmo, e a esposa respeite ao marido.” Ef 5.33
VERDADE APLICADA
A fidelidade conjugal é uma decisão que se toma com consciência, regada e movida pelo amor.
OBJETIVOS DA LIÇÃO
► Demonstrar que a fidelidade é um princípio bíblico;
► Fortalecer a relação conjugal, entendendo que a mutualidade é o desenvolvimento de uma realidade partilhada entre o casal;
► Desenvolver o amor incondicional, evidente na própria natureza de Deus.
TEXTOS DE REFERÊNCIA
Ef 5.22 - As mulheres sejam submissas ao seu próprio marido, como ao Senhor;
Ef 5.23 - porque o marido é o cabeça da mulher, como também Cristo é o cabeça da igreja, sendo este mesmo o salvador do corpo.
Ef 5.24 - Como, porém, a igreja está sujeita a Cristo, assim também as mulheres sejam em tudo submissas ao seu marido.
Ef 5.25 - Maridos, amai vossa mulher, como também Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela.
INTRODUÇÃO
A instituição do matrimônio foi criada por Deus para que o homem e a mulher pudessem se completar mutuamente e participar na obra criativa da procriação. Essa união é importante, pois indica e lustra a união espiritual entre o marido e a esposa. O apóstolo Paulo usa esta união para simbolizar o relacionamento entre Cristo e sua Igreja (Ef 5.25), deforma semelhante que o Antigo Testamento descreve a aliança entre Deus e Israel por meio do relacionamento do matrimônio. Para que os cônjuges permaneçam unidos, é preciso estar firmes no compromisso, amor e fidelidade, sendo que o cuidado, unidade, intimidade e apoio mútuos devem ser à base do relacionamento conjugal.
1. O COMPROMISSO DE FIDELIDADE NO CASAMENTO
O verdadeiro fundamento do matrimónio é o compromisso. Sabemos que o amor é importante, porém até esse amor deve estar baseado no compromisso. Pois, como disse Erich Fromm: "Amar alguém não é apenas um sentimento forte. É uma decisão, um julgamento, uma promessa".Ao declararmos os votos conjugais, estamos assumindo o compromisso de amar, honrar, cuidar e defender o nosso cônjuge e ser-lhe fiel, na saúde e na doença, na prosperidade e na adversidade, na alegria e na dor. Comprometemo-nos também a viver ao seu lado até que a morte nos separe. E estes compromissos se tornam a nossa meta, o nosso alvo. É verdade que os casamentos estão sujeito aos problemas, lutas e dificuldades. Mas quando o casal leva a sério o compromisso e o seu alvo é viver juntos com fidelidade até que a morte os separe, torna-se muito mais fácil superar as crises. Existe a história de alguns missionários americanos que trabalhavam no interior de nosso país, eles usavam veículos equipados com uma polia e um longo cabo de aço. Quando encontravam um atoleiro na estrada, eles amarravam o cabo de aço no outro lado do atoleiro, ligavam a polia e, à medida que ela rodava, ia enrolando o cabo de aço. Assim, o carro ia sendo puxado até atravessar o atoleiro. Isto ilustra o papel do compromisso no casamento. Os casamentos estão sujeito a crises. Às vezes deparamo-nos com "atoleiros" que ameaçam a nossa "viagem". Mas o nosso alvo é "viver juntos até que a morte nos separe". Temos de vencer as barreiras. Temos de transpor os atoleiros. E o compromisso funciona como o cabo de aço que nos leva para o outro lado. Depois, tudo continua normalmente. E só nos lembramos das crises como águas que passaram.
1.1. Amor e mutualidade entre homem e mulher
Mutualidade e amor devem se a base sólida para o casamento, as duas coisas sempre andam juntas. O amor deum para o outro tem que ser verdadeiro, amar de forma voluntária e espontânea, o cônjuge deve se senti bem em demonstrar seu amor, seu carinho pela pessoa amada. Este tipo de amor é o que Deus deseja no casamento, um amor sincero, fiel e verdadeiro que não é comprado, mas é um lindo presente a ser desfrutado mutuamente no casamento. Veja que o amor sempre edifica (1 Co 8.1). O amor mútuo, sempre traz crescimento espiritual e une os cônjuges cada vez mais. Se não tiver amor mútuo no casamento, fica difícil vencer os problemas. Com compreensão, paciência e um coração disposto a amar seu cônjuge firmado no compromisso diante de Deus, seu casamento será feliz e abençoado.
1.2. Fidelidade dos cônjuges
Felizes são aqueles que amam seus cônjuges mais do que qualquer outra pessoa e que obedecem com satisfação seus votos de casamento vivendo sempre com fidelidade e respeito mútuos. Atos de infidelidade podem destruir de forma rápida um bom casamento, não podemos deixar isso acontecer, pois os prejuízos serão não somente sobre o casal, mas na vida dos filhos e das famílias envolvidas. Num bom casamento, cada cônjuge precisa abster-se de atos de impureza sexual, e nem dar ao outro causa para suspeita. O marido tem o dever de evitar que seus olhos se fixem na direção de outras mulheres, da mesma maneira, a esposa deve ter cuidado para que seu comportamento seja puro em relação a outros homens (Mateus 5.27-28). Cultivar e manter o romance, mantendo-se em comunhão com Deus, com Sua Palavra e a prática da oração, certamente ajudará firmar o relacionamento e manter a fidelidade no casamento.
1.3. As necessidades sexuais de cada um
O sexo entre marido e esposa foi instituído por Deus e é aprovado por Ele. O livro de Provérbios está repleto de expressões que incentivam o marido a ter relação sexual com a esposa. Veja, por exemplo, este conselho:" Alegra-te com a mulher da tua mocidade, corça de amores e gazela graciosa. Saciem-te os seus seios em todo o tempo; e embriaga-te sempre com as suas carícias" (Provérbios 5.18,19). E o autor da Epístola aos Hebreus declara: "Venerado seja entre todos o matrimônio e o leito sem mácula" (Hebreus 13.4a).
2. OS DESAFIOS DA FIDELIDADE
Vivemos tempo onde algumas pessoas prezam pelas fantasias sexuais, muitos especialistas acreditam que é normal e de certa forma saudável um cônjuge ter experiências sexuais com outros parceiros. Este comportamento visa tão somente à satisfação pessoal, é egocêntrico e não tem respaldo na Palavra de Deus para o casamento. No livro de Provérbios (5.15), adverte que o cônjuge deve ser fiel ao seu parceiro. A frase “Bebe a água da tua cisterna e das correntes do teu poço” é um convite à fidelidade conjugal, significa que cada cônjuge deve admirare respeitar o cônjuge que Deus lhe deu. No casamento os cônjuges devem olhar e desejar um ao outro afim de satisfazer seus desejos. Muitas tentações sobrevêm aos maridos e esposas para que deixem seus parceiros quando o casamento se torna uma rotina. Diante disso, alguns procuram excitação e prazer em outras “cisternas, poços”. Porém o casamento é santificado por Deus, somente dentro do casamento encontramos o verdadeiro amor e a verdadeira felicidade. O nosso casamento não pode ser desfeito pela ilusão de querer saciar nossa sede em outras “águas”. Antes devemos regozijar com nossos cônjuges, nos entregando a Deus e um ao outro.
2.1. O amor incondicional do esposo
A Escritura Sagrada diz que o amor do marido por sua mulher deverá ser igual ao amor que ele sente por si mesmo. Assim, o marido deve estar disposto a sacrificar tudo por sua esposa, dar importância ao seu bem-estar e cuidar dela como se fosse seu próprio corpo. Deus o instruiu para que amasse sua esposa sacrificialmente, como Cristo amou à Igreja e deu Sua vida por ela. Nenhuma mulher se sentirá infeliz se receber essa espécie de amor, e o marido que dá tal amor será o recipiente de um amor sacrificial. Mas necessitamos da ajuda do Espírito Santo para atingir este amor que Deus quer que tenhamos em relação ao nosso cônjuge. É o Espírito Santo que nos capacita a conseguir este objetivo (Gl 5.22,23). O dever de amar são de ambas as partes, as mulheres pelo menos uma vez, são orientadas a amarem seus esposos (Tt 2.4), ao passo que o marido recebe três vezes a ordem de amar suas mulheres Efésios 5.25,28,33. Talvez esta recomendação, é que as mulheres, por natureza, possuem maior capacidade para amar.
2.2. Submissão da mulher
A recusa de muitas esposas cristãs em aceitar o princípio de submissão é cada vez mais comum hoje em dia, é isso que satanás tenta fazer, distorcer o verdadeiro sentido da palavra“submissão” e assim acabar com a instituição do casamento feita por Deus. Porém a submissão não significa que uma mulher seja tratada pelo marido como uma escrava e de forma desprezível não podendo dar sua opinião, a final, foi Deus que a fez para estar ao seu lado para ser sua ajudadora (Gn 2.18), Todavia, gostando ou não, a submissão é um mandamento de Deus, e sua recusa em cumpri-lo é um ato de desobediência. A esposa cristã deve ser submissa a seu marido.O apóstolo Paulo recomenda este princípio a toda as mulheres cristãs. Paulo em Éfeso 5.33 revela que a submissão da esposa envolve respeito ao seu esposo. Do mesmo modo, o esposo não deverá tratar sua esposa como inferior a ele porque ela voluntariamente aceitou uma posição de submissão (1 Pe 3.7). Em vez disso, ele deverá tratá-la com dignidade e consideração. Ele não deve diminuí-la nem tratá-la com aspereza ou amargura simplesmente porque Deus lhe deu autoridade na família Colossenses 3.19.
2.3. Promiscuidade e pornografia
Promiscuidade e pornografia são inimigos terríveis do casamento, cenas pornográficas são exibidas através da mídia e está livremente à disposição de qualquer pessoa, seja adulto ou até mesmo crianças, onde a finalidade é atrair a pessoa ao erotismo, a sensualidade, a lascívia, o desejo de prostituição, no entanto, as pornografias sãocoisa comum em nosso meio.É o apelo forte às obras da carne (Gl 5.19). Não podemos ser iludidos por essas atrações pecaminosas para não sermos arrastado ao erotismo do pecado, incentivador do adultério, da prostituição e das práticas libidinosas do sexo que não é condizente com o uso do corpo que é o "templo de Deus" (1 Co 3.16).Muitas pessoas estão acessando sem controle, pelo vício indecente de cenas proibidas através da internet. Estão sendo “dominados” por temas perigosos, tais como o amor livre, a infidelidade conjugal, conteúdo vazio, fofocas, a violência e outros exemplos degradantes. Tudo isso são inimigos do lar, que precisam ser evitados e combatidos. Pode alguém colocar fogo no peito sem queimar a roupa? Pode alguémandar sobre brasas sem queimar os pés?” (Provérbios 6.27).
3. OS BENEFÍCIOS DA FIDELIDADE
A fidelidade é algo precioso que precisa ser cultivado, seja em qualquer área da vida, quanto mais se referindo ao casamento! Os cônjuges que se mantém fieis um ao outro certamente alcançarão as bênçãos de Deus em seus lares, a fidelidade proporciona segurança, prosperidade e união. Seus filhos serão influenciados a seguirem seus exemplos, onde há fidelidade, a paz de Deus estará presente.
3.1. Segurança no casamento
Deus estabeleceu o casamento para que o homem e mulher pudesse se relacionar de forma íntima, “tornar-se uma só carne”, ou seja, viver em unidade (Gn 2.24). Essa união retrata além da intimidade sexual, ela está vinculado ao apego emocional, onde os cônjuges têm o desejo de satisfazer a felicidade do outro, isso gera confiança e respeito mútuo entre o casal (Pv 31.11), e contribui paraque o casamento permaneça firme e fique protegido dos atos de infidelidade espiritual e emocional.
3.2. Prosperidade no lar
Deus deseja que nossa casa seja um lugar onde tenha abençoado e próspero, um refúgio de amor, em que o casal juntamente com os filhos vivam num clima de segurança e paz. A fidelidade entre os cônjuges somado ao amor a Deus são fatores importantes para esta realização. Através do casamento Deus estabeleceu o lar para ser esse lugar de paz, prosperidade e segurança.É o desejo de todos os cônjuges ter um lar assim, mas um lar feliz não é obra do acaso. É o resultado de um bom relacionamento e amor incondicional de um para outro, os quais foram estabelecidos por Deus na Bíblia.
3.3. Paz com Deus
Nosso lar precisa ser um lugar onde os relacionamentos sejam de harmonia e paz, a fidelidade a Deus e á Sua Palavra é que vão reger a tranquilidade no casamento. A paz do mundo é efêmera, não tem fundamento sólido. Os cônjuges precisam desfrutar da paz de Deus, uma paz real que permanece para sempre. Dessa forma, nossa casa será um lugar de união, de paz e prosperidade por intermédio da graça de Deus.
CONCLUSÃO
O plano de Deus para os cônjuges é para eles viver juntos, alegres e unidos no Senhor, até que a morte os separe. Viver felizespor toda vida é o objetivo; então cada casal deve se empenhar para alcançar este ideal divino.
FONTES BIBLIOGRÁFICAS:
Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 1995.
Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Edição Revista e Corrigida, tradução de João Ferreira de Almeida,Rio de Janeiro: CPAD, 2008.
Bíblia de Estudo MacArthur. Edição Revista e Atualizada, tradução de João Ferreira de Almeida. Barueri, SP: SBB, 2013.
CARLOS, Adão Nascimento. Oficina de Casamentos.Campinas, SP: Editora Pastoral, 2002.
LaHAYE, Tim.Casados Mas Felizes. São Paulo: Editora Fiel, 1980.
Revista do professor: Jovens e Adultos. Fidelidade. Rio de Janeiro: Editora Betel – 1º Trimestre de 2015. Ano 25 n° 94.Lição 6 – O Caminho da fidelidade conjugal.
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