TEXTO ÁUREO “E sucedeu que, passado algum tempo, Ana concebeu, e teve um filho, e chamou o seu nome Samuel, porque, dizia ela, o tenh...
TEXTO ÁUREO
“E sucedeu que, passado algum tempo, Ana concebeu, e teve um filho, e chamou o seu nome Samuel, porque, dizia ela, o tenho pedido ao Senhor.” (1 Sm 1.20)
VERDADE PRÁTICA
O surgimento de pessoas vocacionadas, como Samuel, pode ser o resultado da oração, consagração e ensino dos pais no lar.
LEITURA DIÁRIA
Segunda – Mt 7.7: Devemos perseverar em oração
Terça – Rm 12.1: Devemos oferecer sacrifício vivo a Deus
Quarta – 1 Pe 3.7: O marido deve conviver com entendimento com sua esposa
Quinta – Sl 50.14: Devemos cumprir os votos que fazemos a Deus
Sexta – Sl 103.1-3: Agradeçamos a Deus por tudo o que Ele nos dá
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
1 Samuel 1.20-28
20 - E sucedeu que, passado algum tempo, Ana concebeu, e teve um filho, e chamou o seu nome Samuel, porque, dizia ela, o tenho pedido ao SENHOR.
21-E subiu aquele homem Elcana, com toda a sua casa, a sacrificar ao SENHOR o sacrifício anual e a cumprir o seu voto.
22-Porém Ana não subiu, mas disse a seu marido: Quando o menino for desmamado, então, o levarei, para que apareça perante o SENHOR e lá fique para sempre.
23-E Elcana, seu marido, lhe disse: Faze o que bem te parecer a teus olhos; fica até que o desmames; tão-somente confirme o SENHOR a sua palavra. Assim, ficou a mulher e deu leite a seu filho, até que o desmamou.
24-E, havendo-o desmamado, o levou consigo, com três bezerros e um efa de farinha e um odre de vinho, e o trouxe à Casa do SENHOR, a Siló. E era o menino ainda muito criança.
25-E degolaram um bezerro e assim trouxeram o menino a Eli.
26-E disse ela: Ah! Meu senhor, viva a tua alma, meu senhor; eu sou aquela mulher que aqui esteve contigo, para orar ao SENHOR.
27-Por este menino orava eu; e o SENHOR me concedeu a minha petição que eu lhe tinha pedido.
28-Pelo que também ao SENHOR eu o entreguei, por todos os dias que viver; pois ao SENHOR foi pedido. E ele adorou ali ao SENHOR.
OBJETIVO GERAL
Exortar que a família pode ser o ambiente propício para que Deus levante pessoas para sua obra.
HINOS SUGERIDOS: 60, 79, 96 da Harpa Cristã
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.
I - Elucidar o ambiente familiar de Samuel;
II- Esclarecer que Samuel foi fruto de oração;
III- Expor a dedicação de Samuel.
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Deus levanta pessoas para o ministério. Ele vocaciona os que serão usados por Ele para fazer uma grande obra. Entretanto, uma obra desse porte requer também zelo da família que ensina o menino, ou a menina, no caminho do Senhor. É preciso que a criança cresça num ambiente em que a prática de oração é um hábito, que haja consagração sincera a Deus e ensino da Palavra no lar. Assim, ao longo dos tempos, Deus vai moldando o coração do infante para que ame as coisas dEle. Uma família que serve a Deus de todo o coração é um ambiente propício para o Pai levantar pessoas para a sua obra.
INTRODUÇÃO
Antes de aparecer no cenário de Israel, Samuel já era consagrado diretamente ao Senhor (1 Sm 1.11). Nesta lição, veremos que esse homem tinha tudo a seu favor para ser o que foi. Primeiramente, ele foi fruto de oração de sua mãe. Em seguida, passou toda a sua juventude sob a mentoria do sacerdote Eli, morando no Santuário Central. Veremos que Samuel era constante na Casa do Senhor e, por isso, foi grandemente abençoado. O nosso objetivo é que, a partir desta lição, você e o seu lar sejam grandemente abençoados. Vale a pena criar os filhos no temor do Senhor; que eles não se afastem da Casa de Deus!
- Nesta aula veremos que podemos conhecer a Deus desde criança. Uma família, embora imperfeita e manchada pelos costumes contrários à vontade divina, Elcana e Ana desejaram muito um filho, ainda que Ana era estéril. Penina, a outra mulher de Elcana afrontava Ana diariamente por sua impossibilidade de gerar e isso era a pior maldição para uma mulher e motivo inclusive para divórcio. Ana buscou o Senhor e Deus lhe deu a graça de conceber, nasceu Samuel.Depois de desmamado, foi consagrado como nazireu a Deus e entregue aos cuidados de Eli para ser educado no serviço ao Senhor. É esta linda experiência de Ana, que consagrou seu filho a Deus antes mesmo de ser gerado. Que privilégio, nós como pais, temos de consagrar nossos filhos a Deus! Bom estudo e crescimento maduro na fé cristã!
- Nesta aula veremos que podemos conhecer a Deus desde criança. Uma família, embora imperfeita e manchada pelos costumes contrários à vontade divina, Elcana e Ana desejaram muito um filho, ainda que Ana era estéril. Penina, a outra mulher de Elcana afrontava Ana diariamente por sua impossibilidade de gerar e isso era a pior maldição para uma mulher e motivo inclusive para divórcio. Ana buscou o Senhor e Deus lhe deu a graça de conceber, nasceu Samuel.Depois de desmamado, foi consagrado como nazireu a Deus e entregue aos cuidados de Eli para ser educado no serviço ao Senhor. É esta linda experiência de Ana, que consagrou seu filho a Deus antes mesmo de ser gerado. Que privilégio, nós como pais, temos de consagrar nossos filhos a Deus! Bom estudo e crescimento maduro na fé cristã!
PONTO CENTRAL
Deus chama pessoas no ambiente familiar.
I – O AMBIENTE FAMILIAR DE SAMUEL
1. Onde Samuel nasceu?
No capítulo um de 1 Samuel, vemos que o lar onde ele nasceu não era perfeito. Estudiosos dos costumes bíblicos afirmam que nas famílias dos homens de Deus do passado havia os mesmos problemas de hoje: conflitos e maus tratos. Poligamia, rivalidade entre irmãos e oposição entre pais e filhos também estavam presentes nas famílias daquela época. Tais fatos, porém, não anularam o projeto de Deus para a família de Samuel.
A Bíblia diz que Elcana, pai do jovem juiz, sacerdote e profeta, era levita da família de Coate (1 Cr 6.22-28), um homem de elevada posição social e chefe da família de Zofim, que deu origem ao nome da aldeia, Ramataim de Zofim, que significa altitude ou elevação dupla, isso por causa de Ramá (elevação). Foi em Ramá que Samuel nasceu, viveu e morreu (1 Sm 1.19; 7.17; 25.1). Assim como seu pai Elcana, Samuel também era levita e vivia no território da Tribo de Efraim (1 Sm 1.1).
- Ramataim possivelmente significa "duas alturas"; esse nome só aparece aqui no Antigo Testamento. Em outras ocasiões a cidade é simplesmente chamada de Ramá. Ficava 8 km ao norte de Jerusalém. Elcana significa “Deus criou”; ele era o pai de Samuel, de Zufe - "Zufe" é tanto um lugar (1Sm 9.5) quanto um nome de pessoa (1 Cr 6.35), como aqui. efraimita. Em 1Cr 6.27 Elcana é identificado como membro do ramo coatita da tribo de Levi. Os levitas viviam entre as outras tribos (Lv 21.20-22). Efraim era a região tribal onde esse levita vivia. Embora a poligamia não fizesse parte do plano de Deus para o homem (Gn 2.24), ela era tolerada, embora nunca tenha sido aprovada em Israel (Dt 21.15-17). É provável que Elcana tenha se casado com Penina porque Ana era estéril. Ela orou por ele antes dele ser concebido e ele tornou-se um homem de oração. Não à toa, Ana significa "graça"; provavelmente, ela era a primeira esposa de Elcana. Já o significado do nome ‘Penina’ é "rubi"; ela era a segunda esposa de Elcana e a primeira a lhe dar filhos.
- Ramataim possivelmente significa "duas alturas"; esse nome só aparece aqui no Antigo Testamento. Em outras ocasiões a cidade é simplesmente chamada de Ramá. Ficava 8 km ao norte de Jerusalém. Elcana significa “Deus criou”; ele era o pai de Samuel, de Zufe - "Zufe" é tanto um lugar (1Sm 9.5) quanto um nome de pessoa (1 Cr 6.35), como aqui. efraimita. Em 1Cr 6.27 Elcana é identificado como membro do ramo coatita da tribo de Levi. Os levitas viviam entre as outras tribos (Lv 21.20-22). Efraim era a região tribal onde esse levita vivia. Embora a poligamia não fizesse parte do plano de Deus para o homem (Gn 2.24), ela era tolerada, embora nunca tenha sido aprovada em Israel (Dt 21.15-17). É provável que Elcana tenha se casado com Penina porque Ana era estéril. Ela orou por ele antes dele ser concebido e ele tornou-se um homem de oração. Não à toa, Ana significa "graça"; provavelmente, ela era a primeira esposa de Elcana. Já o significado do nome ‘Penina’ é "rubi"; ela era a segunda esposa de Elcana e a primeira a lhe dar filhos.
2. A bigamia presente.
O autor do livro de Samuel pontua que Elcana tinha duas mulheres, uma prática que feria o princípio bíblico, posto que esse nunca foi o ideal de Deus para a família (Gn 2.24; Mt 19.5,6); embora fosse tolerado pela lei (Dt 21.15-17) – alguns homens na Bíblia foram polígamos, mas tiveram consequências gravíssimas: Abraão, Jacó, Gideão, Davi, Salomão. A prática comprometedora de Elcana trouxe problema para si e para a sua mulher, Ana, a quem amava, pois Penina provocava sua rival, visto que ela tinha filhos, mas Ana, não. Crê-se que o casamento de Elcana com Penina se dera por causa da esterilidade de Ana.
Por vezes nossos lares se tornam conflituosos devido à falta de prudência e sabedoria de um dos cônjuges. Por isso, é imperioso que o esposo e a esposa saibam proceder com verdade e sinceridade, relacionando-se um com o outro em amor (Ef 4.2) e pedindo sabedoria do alto para a solução de conflitos (Tg 1.5).
- Ao leitor das Escrituras não pode pairar dúvida alguma sobre o padrão divino para o casamento: monogâmico e heterossexual: “Disse mais o Senhor Deus: Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma auxiliadora que lhe seja idônea (...) Por isso, deixe o homem pai e mãe e se una à sua mulher, tornando- se os dois uma só carne” (Gn 2.18-25). O desvio desse padrão veio pós queda com Lameque, filho de Caim (Gn 4). Na sequencia histórica, temos diversos outros motivos pelos quais praticou-se a poligamia, como o político, onde tratados internacionais eram selados com o casamento, como Salomão que se casou com a filha de Faraó (1Rs 3.1) e Acabe que se casou com Jezabel, filha do rei dos sidônios (1Rs 16.31), além das mulheres que já tinham. Outro caso em que culturalmente era permitido um segundo casamento acontecia quando a esposa era estéril, como acontece com a família de Elcana. No entanto, nenhum destes casos justifica a poligamia, pois se trata de um desvio do padrão monogâmico. Neste caso, não foi falta de prudência ou sabedoria de um dos cônjuges, já que era algo cultural do Oriente e regulado pela Lei de Moisés (Ex 21.7-11; Dt 21.15-17; Lv 18.18; cf. Gn 30.1). Como devemos lidar com esses exemplos de poligamia no Velho Testamento? Há três perguntas que precisam ser respondidas. (1) Por que Deus permitiu poligamia no Velho Testamento? (2) Como Deus enxerga poligamia hoje? (3) Por que houve uma mudança? Leia Aqui
- Ao leitor das Escrituras não pode pairar dúvida alguma sobre o padrão divino para o casamento: monogâmico e heterossexual: “Disse mais o Senhor Deus: Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma auxiliadora que lhe seja idônea (...) Por isso, deixe o homem pai e mãe e se una à sua mulher, tornando- se os dois uma só carne” (Gn 2.18-25). O desvio desse padrão veio pós queda com Lameque, filho de Caim (Gn 4). Na sequencia histórica, temos diversos outros motivos pelos quais praticou-se a poligamia, como o político, onde tratados internacionais eram selados com o casamento, como Salomão que se casou com a filha de Faraó (1Rs 3.1) e Acabe que se casou com Jezabel, filha do rei dos sidônios (1Rs 16.31), além das mulheres que já tinham. Outro caso em que culturalmente era permitido um segundo casamento acontecia quando a esposa era estéril, como acontece com a família de Elcana. No entanto, nenhum destes casos justifica a poligamia, pois se trata de um desvio do padrão monogâmico. Neste caso, não foi falta de prudência ou sabedoria de um dos cônjuges, já que era algo cultural do Oriente e regulado pela Lei de Moisés (Ex 21.7-11; Dt 21.15-17; Lv 18.18; cf. Gn 30.1). Como devemos lidar com esses exemplos de poligamia no Velho Testamento? Há três perguntas que precisam ser respondidas. (1) Por que Deus permitiu poligamia no Velho Testamento? (2) Como Deus enxerga poligamia hoje? (3) Por que houve uma mudança? Leia Aqui
3. Uma família piedosa.
Apesar de todas as querelas presentes na família de Samuel, há um destaque especial para o seu lado piedoso: de ano em ano subiam todos à Casa do Senhor para O adorar. Siló* era o centro religioso da nação, que distava de Betel 18 quilômetros ao norte. Essa família subia para prestar culto ao Senhor dos exércitos.
Apesar das dificuldades, pais e filhos não devem deixar de ir à casa de Deus, pois ali, Deus fala conosco! No tocante à piedade, Paulo diz que ela é proveitosa para tudo (1 Tm 4.8). A palavra “piedade”, do grego eusebeia, remete à reverência, respeito, temor e fidelidade a Deus. Assim, se no lar existe a verdadeira piedade, não haverá desrespeito aos pais nem abandono dos filhos em sua velhice (1 Tm 5.4).
- Todos os homens israelitas eram obrigados a comparecer a três festas anuais no santuário central (Dt 16.1-17). Elcana comparecia com regularidade a essas festas com suas esposas. A festa mencionada aqui seria provavelmente festividades relatadas em 1.9. Siló localizava-se cerca de 32 km ao norte de Jerusalém, em Efraim; ali ficavam o tabernáculo e a arca da Aliança (Js 18.1; Jz 18.31).
“Shiloh foi o centro do culto israelita. O povo aqui se reunia para as festas obrigatórias e sacrifícios, e aqui os lotes foram sorteados para as diversas áreas tribais e para as cidades levíticas. Este era um ato sagrado, como Deus revelaria os lotes nos quais ELE iria escolher para dividir a terra entre as tribos.” (CAFETORAH)
- A piedade de Elcana pode ser vista em seu amor dedicado à Ana, sua esposa estéril, motivo que garantia o divórcio. No entanto, ele a amava; É o amor é que sustenta um casamento diante das adversidades da vida. É estranho, mas, Elcana é um exemplo de marido! Cuidava da vida espiritual da família (1Sm 1.4,5); cuidava da vida emocional de sua esposa estéril (1Sm 1.8); cuidava para que Ana tivesse maturidade espiritual (1Sm 1.21-23); acreditava e incentiva os projetos de Ana (1Sm 1.23a). Note, ainda, que de acordo com a Lei, Elcana poderia ter declarado o voto de Ana uma promessa imprudente e tê-la proibido de realizá-lo (Nm 30.10-15). O fato de ele não ter feito isso demonstra o seu amor e estima por ela.
“As palavras piedoso e piedade aparecem poucas vezes no Novo Testamento; porém a Bíblia toda é um livro sobre piedade. E quando, estas palavras aparecem, estão carregadas de significado e instrução. O apóstolo Paulo, falando da essência da vida cristã em um breve parágrafo, concentra-se na piedade, dizendo que a graça de Deus “nos ensina a renunciar a impiedade e as paixões mundanas e a viver de maneira sensata, justa e piedosa”, enquanto aguardamos a vinda do nosso Senhor Jesus Cristo (Tito 2.11-13).” (IPCUIABA)
- ‘Piedade’ é demonstrada numa vida de devoção a Deus, é uma atitude pessoal para com Deus, que resulta em ações agradáveis a Ele.
SINTESE DO TOPICO 1
O lar que Samuel nasceu não era perfeito, entretanto, sua família era piedosa.
SUBSÍDIO DIDÁTICO - PEDAGÓGICO
Ao iniciar a aula faça a seguinte pergunta: “Qual é o significado do nome de Samuel?” A partir da resposta à pergunta, você pode introduzir a explicação sobre a família em que Samuel nasceu. Use este trecho para lhe auxiliar na resposta e no desenvolvimento do tópico: “Quando a criança nasceu, Ana chamou o seu nome Samuel (20; Shemuel em 1 Cr 6.33), que literalmente significa ‘nome de Deus’ ou ‘um nome piedoso’. Como recebera a criança em resposta a sua oração, Ana procurou por um nome e um caráter divinos. Os nomes do Antigo Testamento compostos por ‘el’ são derivados de Elohim ou El, os termos hebraicos genéricos para Deus” (Comentário Bíblico Beacon:2 Josué a Ester. Rio de Janeiro: CPAD, 2005, p.181).
II. SAMUEL: FRUTO DE ORAÇÃO
1. A humildade de Ana.
Descrita no primeiro capítulo como uma mulher forte, firme, decidida, apesar de toda provocação de Penina, Ana se mostrou humilde. Penina, sua rival, fazia de tudo para que Ana se irasse (1 Sm 1.6), perdesse o controle, mas o que esta fazia era subir à Casa de Deus (1 Sm 1.9,10).
Uma mulher cristã, espiritual, sempre busca sabedoria para proceder com prudência, como mulher piedosa (Pv 31.30). Ela evita responder aos ataques de outras, mas dirigi-se à pessoa certa, derramando o seu coração diante de Deus (1 Sm 1.12,13).
- Interessante que somente nos primeiros capítulo de 1º Samuel Ana aparece, no entanto, sua história a fez uma das mulheres mais conhecidas da Bíblia. Certamente ela foi uma mulher humilde, mas a virtude que mais se sobressai é a sua fé e perseverança. Determinada, não desanimou e derramou toda a sua fé no Deus do impossível. Note também, depois das palavras ditas por Eli, Ana agiu como se já tivesse alcançado seu objetivo em Deus. É possível constatarmos a sua gratidão e a firmeza das suas palavras depois de receber a bênção de Deus.
- Sabedoria é o conhecimento iluminado por Deus, é olhar párea a vida com os olhos de Deus, é ver a vida como Deus a vê. Não é sinônimo de conhecimento, mas o uso correto do conhecimento. Esta sabedoria é dada por Deus e deve ser buscada (Ef 1.17).
2. Ana e sua amargura de alma.
Toda a situação na qual vivia fez com que sua alma tivesse grande amargura. Aqui, a palavra é a mesma que aparece em Êxodo 15.23 e Rute 1.20. No caso de Ana, pode ser entendida como desapontamento, frustração. No santuário, ela orava ao Senhor apenas com os lábios, o que não era comum para os hebreus. Esse ato incomum fez Eli pensar que ela estivesse embriagada. Mas com reverência, ela explicou sua dor, de modo que o sacerdote lhe respondeu: “Vai em paz, e o Deus de Israel te conceda a tua petição que lhe pediste” (1 Sm 1.17). Assim, aprendemos que as nossas amarguras e ansiedades devem ser colocadas perante o soberano Senhor. Ele sabe como tratar conosco (1 Pe 5.7).
- Como Eli pode pensar que Ana estivesse embriagada? Normalmente, a oração pública em Israel era audível. Entretanto, Ana orava em silêncio, apenas mexendo os lábios, e isso fez Eli imaginar que estivesse embriagada. A Bíblia indica que Ana tinha dois grandes problemas na vida. Sobre o primeiro, ela tinha pouco controle; e sobre o segundo, nenhum. O seu nome, assim como o seu modo de ser, nos apresenta uma mulher graciosa, amável, mansa e generosa. Apesar de possuir estas tão boas características, ela vivia com a alma amargurada.
“Ela estava num casamento polígamo, e a outra esposa de seu marido a odiava. Além disso, Ana era estéril. Essa situação é difícil para qualquer mulher que deseja ter filhos, mas na cultura e na época de Ana era algo ainda pior porque todos esperavam ter descendência para dar continuidade ao nome da família. Ser estéril era uma grande vergonha. [...] Quer Elcana soubesse de toda a crueldade de Penina, quer não, uma coisa é certa: Deus sabia de tudo. Sua Palavra expõe o que aconteceu, dando assim um forte aviso a todos os que praticam atos aparentemente pequenos de ódio e ciúme. Por outro lado, pessoas inocentes e pacíficas como Ana podem sentir-se consoladas por saber que o Deus de justiça resolve todos os assuntos no seu tempo e à sua maneira. (Deuteronômio 32:4) Ana com certeza sabia disso, pois foi ao Senhor que ela procurou em busca de ajuda.” (BIBLIOTECABIBLICA)
3. O pedido de Ana.
Ana pediu um filho para Deus. Nesse pedido ela fez um voto, mencionando duas promessas: primeira, se o pedido fosse atendido, ela dedicaria o seu filho como levita para sempre (1 Sm 1.22) – note que o ministério de levita durava até 50 anos (Nm 4.3); segunda, ele seria um nazireu de Deus (1 Sm 1.11) – observe que o nazireado tinha um tempo determinado também (Nm 6.2-5). Deus ouviu o pedido de Ana e agiu em seu favor; a expressão “lembrou-se dela” aponta para o socorro divino. Como é maravilhoso entregar tudo a Deus, levar-lhe nossas causas, pois Seu agir é certo! Deus ainda intervém!
- Ana prometeu ao Senhor que, se Ele lhe desse um filho, ela o daria a Ele em troca desse favor. De acordo com Números 30.6-15, o voto de uma mulher casada podia ser confirmado ou anulado pelo marido. Notemos a maneira humilde e submissa de falar de si na presença do Soberano – “tua serva”. Ana pediu atenção e cuidado especial do Senhor, por todos os dias da sua vida. Um contraste com o voto normal nazireu, que era apenas, por um período de tempo (Nm 6.4-5,8). Embora não esteja especificado nesse capítulo, o voto nazireu é certamente pressuposto “sobre sua cabeça não passará navalha”. O ato de não raspar os cabelos da cabeça é um dos três requisitos do voto (Nm 6.5). Essa expressão foi usada em outra passagem apenas a respeito do nazireu Sansão (Jz 13.5; 16.17).
- Ana prometeu ao Senhor que, se Ele lhe desse um filho, ela o daria a Ele em troca desse favor. De acordo com Números 30.6-15, o voto de uma mulher casada podia ser confirmado ou anulado pelo marido. Notemos a maneira humilde e submissa de falar de si na presença do Soberano – “tua serva”. Ana pediu atenção e cuidado especial do Senhor, por todos os dias da sua vida. Um contraste com o voto normal nazireu, que era apenas, por um período de tempo (Nm 6.4-5,8). Embora não esteja especificado nesse capítulo, o voto nazireu é certamente pressuposto “sobre sua cabeça não passará navalha”. O ato de não raspar os cabelos da cabeça é um dos três requisitos do voto (Nm 6.5). Essa expressão foi usada em outra passagem apenas a respeito do nazireu Sansão (Jz 13.5; 16.17).
SINTESE DO TOPICO 2
No ambiente de oração e súplica de Ana, que revelara a angústia de sua alma, se encontra o nascimento de Samuel.
SUBSÍDIO BIBLICO-TEOLÓGICO
“Ana não acompanhou a família até Siló para a festa anual depois do nascimento de Samuel, até que seu filho crescesse o suficiente para ser desmamado (22), o que geralmente acontecia entre os dois e três anos de idade. Fica claro que Elcana foi informado sobre o voto que Ana fizera em relação ao seu filho desejado e que ele consentiu plenamente com o desejo de sua esposa. O significado de um sacrifício pessoal, tanto para ele como para Ana, é visto na atitude de Jacó para com José, o primeiro filho de sua esposa favorita, Raquel (Gn 37.1-4). No versículo 21, em vez de sacrifício anual e a cumprir o seu voto, a Septuaginta traz ‘pagar seus votos e todos os dízimos de sua terra’” (Comentário Bíblico Beacon: 2 Josué a Ester. Rio de Janeiro: CPAD, 2005, p.181).
III. A DEDICAÇÃO DE SAMUEL
1. O nascimento de Samuel.
O versículo 20 diz que, passado algum tempo, Ana concebeu, teve um filho, e o nomeou de Samuel, que pode significar “ouvido de Deus” (do heb. Shemu´á-el) ou “seu nome é poderoso” (do heb. Shemu-´el). Atente para o sufixo el, tanto no caso de Shemu´á-el quanto no de Shemu-´el. A ênfase aqui recai para um nome poderoso, ou seja, ao poder do Eterno, que deve ser adorado para sempre. Isso mostra que Samuel cresceu, fortaleceu-se e confiou no Deus Todo-Poderoso, como indica o seu próprio nome.
- Esse nome significa, literalmente, "nome de Deus", mas soava como "aquele que foi ouvido por Deus". Para Ana a assonância era o mais importante, pois Deus ouvira a sua oração.
- “Samuel é o personagem mais importante entre Moisés e Davi. Ele foi o Lutero ou o João Batista de seu tempo. Toda a sua carreira, desde o nascimento até a morte, nos eleva acima dos baixos níveis típicos desse período. A estéril Ana, com o anseio de uma hebréia por um filho, pede-o a Deus e depois o devolve a Deus. Assim, Samuel foi criado no tabernáculo em Silo. O sumo sacerdote, Eli, também era o "juiz" daqueles dias. Ele foi o primeiro a concentrar as duas ocupações numa só pessoa. O idoso Eli, embora pessoalmente fosse puro, permitiu que os gravíssimos pecados de seus filhos passassem em branco, sem repreensão. Através do menino Samuel, Deus revelou a sentença contra a casa de Eli. Esta ocorreu durante a famosa batalha de Afeque, quando os filisteus mataram os filhos de Eli e capturaram a arca. Eli caiu morto ao receber a notícia. Os anos de trevas que se seguiram foram amenizados com a esperança crescente em Samuel, chamado para ser um profeta de Deus” (WEBARTIGOS)
- “O nascimento do filho de Ana é parte de uma longa história de homens e mulheres de Deus que oraram por uma criança como um presente divino (Gn 12.1-3). Quando Ana teve o filho, ela o chamou Samuel, que significa ouvido por Deus. Ela explicou que o chamou assim porque o tinha pedido ao Senhor. Há um jogo de palavras nesse versículo, pois o nome Samuel soa como as palavras em hebraico pedido a Deus (1 Sm 1.28).” (BIBLIOTECABIBLICA)
2. O cumprimento do voto.
A partir do versículo 21, nota-se que Elcana, marido de Ana, subiu à casa de Deus para, juntamente com toda a sua casa (com a exceção de Ana, que só subiria após desmamar o menino) apresentar sacrifícios anuais e cumprir o seu voto. Pelo texto da Septuaginta, Elcana cumpriu seus votos e também entregou os dízimos do produto da terra (Dt 12.26,27). Esse procedimento consistia em entregar os dízimos do produto da terra, conforme se esperava que todo levita fizesse (Nm 18.26; Ne 10.38).
Após ser desmamado, aproximadamente três anos mais tarde, Samuel foi levado por seus pais à Casa de Deus, e entregue ao sacerdote Eli como cumprimento do voto feito por sua mãe. Assim, o casal cumpriu conforme o prometido: “Quando a Deus fizeres algum voto, não tardes em cumpri-lo” (Ec 5.4a).
- Elcana apoiou a esposa e se uniu a ela no voto ao Senhor. Depois do nascimento de Samuel, ele fez a sua oferta voluntária ao Senhor (Lv 7.16). As promessas feitas a Deus têm sérias implicações. A base no Antigo Testamento para essa advertência é encontrada em Dt 23.21-23; Jz 11.35. Ananias e Safira descobriram isso do modo mais difícil (At 5.1-11).
3. Dedicação de Samuel.
Ana lembrou a Eli de que esteve perante a sua presença, orando ao Senhor para que “se lembrasse dela”. Assim, Ana dedicou Samuel a Eli para o serviço no templo, devolvendo-o para o Deus Todo-Poderoso. Era uma dedicação irrevogável.
Como é bom quando os pais se dedicam as coisas de Deus e, consequentemente, mostram aos seus filhos, na prática, uma vida de devoção sincera. Ao chegarem ao templo, em reverência, oram a Deus; em casa, fazem o culto doméstico; primam por viver o Evangelho de Jesus Cristo. Os filhos que crescem, vendo tal dedicação sincera, naturalmente, são estimulados a temerem a Deus e a amá-lo de todo o coração. Mostremos, portanto, reverência, humildade e honra ao Senhor nosso Deus!
- As crianças hebreias eram normalmente desmamadas por volta dos dois ou três anos de idade. Ao cumprir seu voto, Ana deu um testemunho do que Deus havia feito por ela. Ao contar aos outros, ela exaltou a Deus e o louvou pela graça que Ele lhe concedeu. Quando no versículo 28 ela diz: “Ao Senhor eu o entreguei”, ela afirma que fez uma completa entrega da criança a Deus, esta é a idéia do verbo hebraico traduzido como ‘entreguei’.
“Dentro do contexto da sua oração, Ana fez um voto a Deus. Ela prometeu que, se Deus lhe desse um filho, a criança seria dedicada a Ele. Os levitas costumavam trabalhar dos 25 aos 50 anos (Nm4-3; 8.24-26). Ana dedicou seu filho à obra de Deus enquanto ele vivesse. (A Bíblia fala apenas de outra pessoa a serviço de Deus por toda a vida, o juiz Sansão — Jz 13— 16.) As palavras sobre a sua cabeça não passará navalha se referem à lei do nazireado. O voto do nazireado envolvia um período de tempo determinado (normalmente não mais do que algumas semanas ou meses), durante o qual havia o comprometimento de a pessoa se abster completamente do vinho, de cortar o cabelo e de tocar qualquer corpo morto. Ana prometeu que seu filho seria um nazireu por toda a vida.” (BIBLIOTECABIBLICA).
SINTESE DO TOPICO 3
Ana cumpriu seu voto, dedicando Samuel a Deus.
SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
“Voto. Essa palavra tem três diferentes usos gramaticais, isto é, pode ser um verbo transitivo, um verbo intransitivo ou um advérbio. Elas expressam a ideia de uma promessa verbal feita – geralmente, mas não exclusivamente – a Deus.
No AT foram usadas três palavras hebraicas. Uma delas é o verbo nadar, e outra é o substantivo neder, derivado desse verbo. A terceira é ‘issar, com um sentido negativo – um voto de abstinência. O substantivo do NT, usado apenas duas vezes, é o termo grego euche, que é traduzido como ‘um voto’.
Os votos do AT parecem adotar três formas básicas: do tipo de barganha, atos de abnegada devoção, e aqueles que têm como finalidade a abstenção” (Dicionário Bíblico Wycliffe. Rio de Janeiro: CPAD, 2010, p.2027).
CONCLUSÃO
Com esta lição, somos estimulados a apresentar a Deus as nossas petições. Uma vez abençoados, voltarmos à sua Casa, conforme o exemplo de Ana, para agradecê-lo pelas orações respondidas. Nesse sentido, nossa vida deve ser um testemunho aberto aos nossos filhos acerca da dedicação, reverência e humildade ao Deus Todo-Poderoso. Ana teve dois privilégios: ter um filho e, além disso, vê-lo ungido por Deus para o ministério. Por intermédio de sua família, Deus pode levantar novos vocacionados.
- “Agora Samuel está morando com o sacerdote Eli. Lá no templo ele ajudava o sacerdote Eli nos ofícios litúrgicos. Samuel ministrava perante o Senhor, sendo ainda menino, vestido de uma estola sacerdotal de linho (1 Samuel 2.18). Literalmente um aprendiz de sacerdote. Vestido como ele, fazendo as coisas que ele fazia. Samuel foi ensinado a amar as coisas de Deus. Assim deve ser na nossa casa, ensinado os nossos filhos no caminho em que devem andar, para quando forem mais velhos não se desviarem dele (Provérbios 22.6). As crianças são a igreja do hoje e do amanhã, elas precisam ser acolhidas e ministradas em todas as áreas de sua vida. Pr. Rodolfo nos falou há poucas semanas sobre os trabalhos integrados dos cultos, das células e das famílias com as revistas de devocionais. Temos uma visão clara de que a responsabilidade primeira da educação cristã dos filhos é dos pais com o apoio da igreja, por meio das celebrações e das células. O texto relata que Samuel crescia em estatura e no favor do Senhor (1 Samuel 2.26). Que Deus nos ajude para que nossas crianças sejam assim também.” (IPILON)
- Concluindo, vemos a alegria de Ana, no entanto, não esqueçamos que antes sua alma estava amargurada e desesperançada. Antes da vitória tem as lutas. Mas importante lembrar que, nós os remidos por Cristo, temos firme esperança, como Paulo orou em Efésios 1.17-18, precisamos receber de Deus um ‘espírito de sabedoria... coração’, para que tenhamos a disposição do conhecimento piedoso e a percepção do que uma mente santificada é capaz, e assim, entender a grandeza da esperança (Rm 8.29; 1 Jo 3.2) e da herança que temos em Cristo. Uma mente iluminada espiritualmente é o único meio do verdadeiro entendimento e apreciação da esperança e da herança em Cristo e de viver de maneira obediente a ele.
PARA REFLETIR
A respeito de “O Nascimento de um Líder Profético em Israel”, responda:
1. O que de especial podemos destacar na família de Samuel?
Apesar de todas as querelas presentes na família de Samuel, há um destaque especial para o seu lado piedoso: de ano em ano subiam todos à casa do Senhor para O adorar.
2. Como a palavra amargura pode ser entendida no caso de Ana?
No caso de Ana, pode ser entendida como desapontamento, frustração.
3. Qual voto Ana fez a Deus?
Ana fez um voto mencionando duas promessas: primeira, se o pedido fosse atendido, ela dedicaria o seu filho como levita para sempre (1 Sm 1.22; segunda, ele seria um nazireu de Deus (1 Sm 1.11).
4. O que diz o versículo 20 do capítulo um de 1 Samuel?
O versículo 20 diz que, passado algum tempo, Ana concebeu, teve um filho e o nomeou de Samuel.
5. O que Ana lembrou a Eli?
Ana lembrou a Eli que esteve perante a sua presença anos passados, orando ao Senhor para que “se lembrasse dela”.
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