TEXTO PRINCIPAL “Recitarei o decreto: O Senhor me disse: Tu és meu Filho; eu hoje te gerei. Pede-me, e eu te darei as nações por herança e o...
“Recitarei o decreto: O Senhor me disse: Tu és meu Filho; eu hoje te gerei. Pede-me, e eu te darei as nações por herança e os confins da terra por tua possessão.” (SI 2.7,8)
Bônus - acesse: Comentários do Salmos 02 Coroação do Rei
RESUMO DA LIÇÃO
Quem se submete ao reinado e ao senhorio de Cristo Jesus tem sua vida completamente ordenada por Ele.
LEITURA SEMANAL
OBJETIVOS
INTERAÇÃO
Prezado(a) professor(a), nesta terceira lição do trimestre estudaremos o Salmo Este é um Salmo messiânico, cujo propósito é mostrar que o reinado de Cristo nunca terá fim. As nações, até os dias atuais, insistem em rebelar-se contra o Ungido do Senhor revelado pelo salmista. Os insurgentes não ficaram impunes, chegará o dia em que o Messias pedirá contas dos atos de rebeldia dos homens. Veremos que o Salmo 2 é uma revelação profética do reinado messiânico de Jesus O Inimigo fez de tudo para que o Salvador não viesse ao mundo e não cumprisse a sua missão, entretanto haverá um tempo, que o reino do Senhor será plenamente estabelecido neste mundo.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor(a), reproduza o quadro abaixo e utilize-o na introdução da lição. Mostre aos alunos as quatro cenas principais do Salmo 2 mostrando que é uma alusão ao reino de Cristo.
TEXTO BÍBLICO
Muitos salmos são uma mensagem profética, enfocando a pessoa e a obra do Messias, que era tão aguardado pelo povo de Deus. Dentro desse grupo, estão os seguintes Salmos: 2, 8, 16, 22, 40, 45, 69, 72, 110 e 118.8 Os poetas, inspirados pelo Espírito Santo, apresentam um retrato de Jesus anos antes do seu nascimento. Eles revelaram que Jesus deixaria temporariamente parte da sua glória, que se faria carne e habitaria entre nós. A deidade do Messias é revelada no Salmo 2.7: “Recitarei o decreto: O SENHOR me disse: Tu és meu Filho; eu hoje te gerei”. O Filho Unigênito de Deus tomou a forma humana para morrer na cruz em nosso favor.
Durante muito tempo, os judeus tiveram que esperar a promessa de um futuro rei que seria da casa de Davi, e esse rei é o Messias (Mt 1.1-17). Jesus era descendente direto do rei Davi, e a sua descendência certamente o colocaria na linha de sucessão do trono; Jesus, todavia, não era somente rei, mas também o Messias, cujo Reino jamais teria fim: “E reinará eternamente na casa de Jacó, e o seu Reino não terá fim” (Lc 1.33). Todos os reinos deste mundo são efêmeros, por mais importantes que sejam. Davi foi o rei mais aclamado pelo seu povo, mas o Reino do Messias seria muito maior em glória e conquistas: “Este será grande e será chamado Filho do Altíssimo; e o Senhor Deus lhe dará o trono de Davi, seu pai” (Lc 1.32).
Pelo fato de o Messias ser um descendente do rei Davi — guerreiro esplêndido que matou Golias e que alcançou muitas vitórias, conquistando vários territórios e solidificando o reino sobre as demais nações —, os judeus esperavam um Messias político que os libertasse do domínio do Império Romano. Jesus, contudo, rejeitou veementemente o papel político e nunca alimentou as expectativas que o povo tinha em relação a Ele. Jesus pregou e ensinou de modo que as multidões entendessem e cressem nEle como o Messias. Nas suas mensagens, Ele procurava enfatizar que o seu Reino não era deste mundo e que, para fazer parte dele e tornar-se um dos seus súditos, era preciso nascer de novo (Jo 3).
(Livro de Apoio – Thiago Santos)
A história é marcada por impérios que tentaram dominar o mundo. Até hoje há líderes que possuem a utopia de dominá-lo. O Salmo 2 mostra que há um rei em que seu reinado nunca terá fim. Veremos como as nações insistem em rebelar-se contra esse rei, como este pedirá contas dos homens e, finalmente, como que o rei messiânico apela para que os reis se rendam ao seu senhorio.
I – A REBELIÃO CONTRA O UNGIDO DE DEUS
1-A importância do Salmo 2. O Salmo 2 está na categoria dos salmos régios ou messiânicos. Segundo estudiosos, é possível que os salmos régios se refiram a Davi ou algum rei em Israel. O ponto importante é que esses salmos são uma descrição do rei messiânico. Não por acaso, o Novo Testamento aplica o Salmo 2 à pessoa de Jesus tanto na perspectiva do ministério terreno quanto na perspectiva futura daquele que implantará o seu glorioso reino na terra. Em Mateus 3.17, a expressão “este é o meu filho amado” tem a ver com Salmo 2.7; Atos 4.25-28, o evangelista cita os versículos de Salmo 2.1,2 e aplica a perseguição registrada no Salmo a Jesus. Em Hebreus 1.5 e 5.5. você verá paralelos bem claros das passagens do salmo. Por isso, o Salmo 2 é muito importante para nós os cristãos.
2- A rebelião das nações. O Salmo está estruturado em quatro blocos de três versículos cada: vv.1-3; vv.4-6; vv.7-9; vv.10-12. O primeiro bloco diz respeito à rebelião dos gentios contra a autoridade de Deus. O versículo primeiro inicia com uma pergunta retórica: “Porque se amotinam as nações […] ” (v.1). Essa pergunta, na verdade, revela a presunção dos reis das nações ao se voltar contra o Senhor, Eles se preparam, planejam estratégias acreditando que terão êxito em seu propósito. O problema é que eles se levantam contra o Ungido do Senhor, na verdade, levantam-se contra o próprio Senhor (v.2). Eles acham mesmo que terão autonomia para romper o domínio divino, bem como seus planos (v.3). Os primeiros cristãos aplicaram essa passagem na perseguição que eles sofreram (At 4.25,26). No contexto do Novo Testamento, o Senhor Jesus é o Ungido, o Cristo de Deus, acima de todo principado, poder, potestade e domínio (Ef 2,20,21).
3- Rebelião contra Deus é tolice. Há uma lição muito preciosa nesses primeiros versículos. Se uma pessoa não servir ao Senhor Jesus e praticar o seu ensino, servirá a outro segundo a sua filosofia (Mt 6.24). Não tem como escapar. Liberdade longe de Deus é uma completa ilusão. Infelizmente, quando alguém se rebela contra o Altíssimo, deixando de seguir seus valores, tal pessoa passa a seguir uma série de falsidades e ilusões. Ora, os valores de Deus são eternos, bons e verdadeiros. O que leva um(a) jovem a deixar de desfrutar do bem espiritual que tem impacto positivo e construtivo na vida terrena para abraçar um estilo tolo e desordenado, que só trará prejuízos? Perder a juventude na rebelião contra Deus nunca foi uma boa ideia.
SUBSÍDIO 1
“Por que se amotinam as nações? (1) Refere-se ao goyim, ‘gentios’, ‘pagãos’, não israelitas, como distintos do povo de Israel. As nações estavam se amotinando com o propósito de organizar uma insurreição. As nações antagônicas ao verdadeiro Deus podem ser chamadas de forma apropriada de ‘gentios’. Os povos imaginam significa ‘os povos meditam’; a mesma palavra é usada em 1.2, mas aqui tem a conotação de tramar uma ação maléfica. Entende-se por coisas vãs uma rebelião irracional e sem esperança.
A rebelião não tem uma conotação meramente política. Ela é contra o Senhor e contra o seu ungido (v. 2). Em hebraico; Meshiach, que é Messias. Quando traduzido para o grego, Meshiact? se torna Christos. Essa é a justificativa para uma interpretação messiânica do Salmo, junto com a aplicação feita no Novo Testamento para Jesus. Os rebeldes estão determinados a romper as suas ataduras, possivelmente os ferrolhos que prendiam o jugo ao animal, e suas cordas, que podem representar as rédeas usadas para controlar o boi que puxava o arado, ‘Lance fora o seu jugo’.
Quaisquer que tenham sido as circunstâncias imediatas, esses versículos representam a descrição de pecado mais comum do Antigo Testamento. O pecado não é meramente uma imperfeição humana ou finita. O pecado é uma rebelião moral, uma revolta contra as leis de Deus. Pecar é colocar a vontade do homem no centro da vida, em vez da vontade de Deus. A revolta das nações é um retrato do pecado da alma humana de cada indivíduo,” (Comentário Bíblico Beacon. Vol 3. Rio de Janeiro: CPAD, 2005, P 116.)
II – O UNGIDO PEDIRÁ CONTAS
1- Como Deus contempla a resposta doa homens? No versículo 4, temos uma resposta de Deus num tom de desprezo e escárnio, típicas expressões da natureza humana. É muito comum essa linguagem na Bíblia, denominada em Teologia de antropopatismo, ou seja, atribuição das paixões humanas a Deus (cf. Gn 6.6; Zc 8.2). Essa figura de linguagem nos ajuda a compreender as verdades eternas da Bíblia de acordo com a nossa capacidade. Então, Deus está olhando para a rebelião humana, zombando dela porque Ele mesmo falará aos homens no derramamento de sua ira (v. 5). Os homens não podem fazer nada contra a soberania divina. Deus ungiu o seu rei sobre o monte Sião, isto é, o monte de sua santidade, onde está o Santo Templo (v.6). Não por acaso, o Novo Testamento apresenta a passagem que revela essa mesma relação entre Jesus e o Pai: “Quem vos recebe a mim me recebe; e quem me recebe a mim, recebe aquele que me enviou” (Mt 10.40; cf. Jo 13.20).
2- O Ungido do Senhor regerá o mundo todo. O versículo 7 remonta um oráculo divino, ou profecia, em que é dito ao ungido do Senhor: Tu és o meu filho; eu hoje te gerei” (v.7). Essa expressão tem a ver com um herdeiro da casa de Davi para sempre (2 Sm 7,13,14). No Novo Testamento, o autor aos Hebreus desenvolve a messianidade de Jesus a partir dessa mesma expressão (1.5). Nesse caso, Deus dará por herança as nações ao rei (v.8) e o ungido destruirá com “vara de ferro” os rebeldes e seu reinado será de justiça (v.9).
3- Todos prestarão contas. Deus “ri” das artimanhas dos homens aqui da Terra porque todo poder vem dEle. Os homens que arrogam para si orgulho e soberba e, ao mesmo tempo, buscam a rebelião contra o Altíssimo, estão fadados ao fracasso. Da mesma forma que eles foram dotados de poder, podem perdê-lo a qualquer momento (Dn 2.21). Por isso, precisamos andar em humildade e mansidão como Jesus ensinou (Mt 11.29). A soberba e a arrogância humanas só levam ao caminho de perdição. A Palavra de Deus mostra com clareza que, seja quem for, um dia todos estaremos diante do Juiz para prestar contas de todas as nossas ações (Rm 2.6,7). E tudo será feito de acordo com a reta justiça divina (Rm 2.14-16).
SUBSÍDIO 2
Professor(a), explique que a resposta de Deus contra os insurgentes é retratada pelo salmista em termos de escárnio e desprezo humanos, A Bíblia frequentemente atribui a Deus aspectos, atitudes e ações derivadas da experiência humana. Isto é feito sem a intenção de rebaixar o Infinito ao nível humano, mas para apresentar verdades em termos que somos capazes de entender.
O Senhor é visto como aquele que habita nos céus (v, 4), ‘entronizado nos céus’, Ele nem precisa se elevar para opor-se à insurreição. O Senhor não é o nome mais comum atribuído a Deus, Yahweh (traduzido por SENHOR na ARC e ARA) mas Adonai (Senhor, indicado pelas letras em caixa baixa e depois da letra maiúscula. ‘Deus é visto como o governante soberano do mundo, em vez de o Deus da aliança de Israel” (Comentário Bíblico Beacon, Vol 3, Rio de Janeiro: CPAD. 2005, p. 116,)
III – UM CHAMADO À RENDIÇÃO E À SUBMISSÃO
1- Um chamado aos reis da Terra. O último bloco do Salmo, ou estrofe, traz um chamado à rendição completa: “Agora, pois, ó reis, sede prudentes; deixai-vos instruir, juízes da terra” (Sl 2.10). É uma oportunidade dada às nações para reverter seus caminhos tortuosos. Esse chamado lembra muito o convite de sabedoria que lemos no livro de Provérbios (9.10). Ademais, o chamado também é para servir a Deus com temor e tremor (v.11). Por isso, a Bíblia diz que o temor do Senhor é o princípio do saber (Pv 1.7 – NAA).
2- Se curvando ao Filho. Aquele que se arrepende da rebelião contra Deus e o seu ungido, deve se submeter ao Altíssimo e ao seu Filho: “Beijai o Filho” (v.12). É uma homenagem de submissão ao senhorio do Filho. Quem assim proceder será poupado da ira vindoura. Por isso, é feliz e realizado quem se refugia e confia no Filho (v.12). Assim, o Salmo encerra exatamente com o convite de cultivar a confiança no ungido do Senhor. O Novo Testamento nos orienta a olhar “para Jesus, autor e consumador da fé” (Hb 12.2).
3- Jesus é Rei e Senhor? De maneira geral, o Salmo nos ajuda a refletir a respeito da completa rendição e submissão a Jesus. No mundo de hoje, submeter-se e render-se a Jesus não é um desafio fácil. Isso significa fazer dEle o Rei do nosso coração. Aqui, é que acontece a verdadeira batalha: quando Jesus deve ser o Rei do nosso pensamento, do nosso sentimento e da nossa vontade (2 Co 10.5). Quando nosso Senhor se torna Rei do nosso mundo interior, o mundo exterior é completamente ordenado. Entretanto, quando Ele não é Rei da nossa vida interior, a exterior fica completamente desordenada. Por isso, o Salmo nos ajuda a refletir a respeito de não lutarmos mais contra o reinado de Jesus em nós. Deixemo-Lo reinar! Então seremos verdadeiramente Livres.
SUBSÍDIO 3
“Na última estrofe, o salmista fala diretamente aos rebeldes. 0 texto hebraico começa com: Agora, pois’ (v. 10), como que indicando a conclusão extraída dos versículos precedentes. Deixai-vos instruir ou ‘admoestar’. Juízes é um termo usado para os governantes em geral, incluindo os subordinados do rei. Em vez de continuar com sua rebelião, o povo é impelido a servir ao Senhor com temor (v. 11).
Aqui se tem em mente mais do que uma mera submissão política, visto que servir e temor são termos usados constantemente no Antigo Testamento com significado religioso. ‘O temor do Senhor’ é o respeito reverente com o qual o homem deve venerar o Deus soberano. Esse conceito do Antigo Testamento é o que mais se aproxima da palavra ‘rebelião’. Esse serviço capacitará o homem a alegrar-se com o tremor. Não existe contradição nesta cláusula. Ela representa a harmonização da ‘alegria do Senhor’ com ‘o temor do Senhor’. As duas emoções são apropriadas ao homem diante do seu Criador.
Da mesma forma que a rebelião se expressou contra o Senhor e contra o seu ungido, assim o arrependimento deve influir tanto o Deus soberano como o seu Filho real.” (Comentário Bíblico Beacon. Vol 3. Rio de Janeiro: CPAD, 2005, p. 117)
CONCLUSÃO
O Salmo 2 tem uma ligação muito profunda com o reinado messiânico do Senhor Jesus. Ao longo dos séculos, os cristãos sempre leram esse Salmo com vista ao reino messiânico do Senhor Jesus. Haverá um tempo, em que o reino do Senhor será plenamente estabelecido neste mundo. Todavia, ele pode ser experimentado agora por meio do reinado de Cristo em nossos corações. É tempo de deixar Jesus reinar dentro de nós.
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O currículo de Escola Dominical CPAD é um aprendizado que acompanha toda a família. A cada trimestre, um reforço espiritual para aqueles que desejam edificar suas vidas na Palavra de Deus.
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Revista Jovens – 2º Trimestre De 2023
TEMA: Encorajamento, Instrução e Conselho – Alcance uma Vida Cristã Feliz com os Ensinos dos Salmos
COMENTARISTA: Marcelo Oliveira
SUMÁRIO:
Lição 1- O Livro de Salmos
Lição 2– O Caminho do ímpio e do justo
Lição 3– O Messias já veio
Lição 4– O Bom Pastor está comigo
Lição 5– Prestando um culto santo a Deus
Lição 6– O anseio da alma por Deus
Lição 7– Perdoe-me, Senhor
Lição 8– Alcançando um coração sábio
Lição 9– Habitando no esconderijo do Altíssimo
Lição 10– Bendiga ao Deus criador
Lição 11– Livramento e ação de graças
Lição 12- Quanto amo a tua palavra
Lição 13– A beleza da unidade espiritual
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