Lição 09 - Uma Parábola sobre Israel | 2° Trimestre De 2024 | EBD – Adolescentes

  OBJETIVOS ENSINAR  sobre a importância do arrependimento; EXPLICAR  o significado e a mensagem da parábola para Israel e para a Igreja; RE...

 

OBJETIVOS

ENSINAR sobre a importância do arrependimento;

EXPLICAR o significado e a mensagem da parábola para Israel e para a Igreja;

REFLETIR sobre a importância de termos uma vida de propósito com Deus e uma vocação ministerial frutífera.

LEITURA BÍBLICA

Lucas 13.6-9

COMENTÁRIO EXTRA

Comentário de Hubner Braz

Lucas 13:6-9 - Comentário Bíblico Versículo por Versículo

Versículo 6 "Então, Jesus contou esta parábola: Certo homem tinha uma figueira plantada na sua vinha; e, vindo procurar fruto nela, não o achou."

Neste versículo, Jesus começa a parábola da figueira estéril. A "figueira" (συκῆν, sykēn) é frequentemente usada na Bíblia para simbolizar Israel ou o povo de Deus. Aqui, ela está "plantada na sua vinha" (ἀμπελῶνι, ampelōni), o que é significativo, pois a vinha é um símbolo do povo de Deus (Isaías 5:1-7). O dono da vinha representa Deus, que busca fruto (καρπὸν, karpon) ou resultados espirituais na vida de Seu povo.

Versículo 7 "Pelo que disse ao viticultor: Há três anos venho procurar fruto nesta figueira e não acho. Corta-a; por que está ela ainda ocupando inutilmente a terra?"

O dono da vinha, que representa Deus, vem procurar fruto por três anos consecutivos, sem encontrar nada. O período de "três anos" pode simbolizar paciência e expectativa razoável para ver frutos. O comando "Corta-a" (Ἔκκοψον αὐτήν, Ekkopson autēn) reflete a justiça divina e a consequência da improdutividade espiritual. A palavra "inutilmente" (καταργεῖ, katargei) sugere que a figueira está ocupando espaço e recursos que poderiam ser usados por uma planta frutífera.

Versículo 8 "Ele, porém, respondeu: Senhor, deixa-a ainda este ano, até que eu cave ao redor dela e lhe ponha estrume."

O "viticultor" (γεωργός, geōrgos), que pode representar Jesus ou um líder espiritual, intercede pela figueira. Ele pede paciência adicional, propondo cavar ao redor e adicionar "estrume" (κόπρια, kopria), o que simboliza nutrir e dar uma chance extra para o arrependimento e crescimento espiritual. A ação de cavar e adubar representa esforços intencionais de cuidado e cultivo espiritual.

Versículo 9 "Se vier a dar fruto, bem; se não, mandarás cortá-la."

O viticultor reconhece a justiça de Deus, indicando que, após esse período extra de cuidado, se a figueira ainda não der fruto, ela deve ser cortada. A expressão "dar fruto" (καρποφορήσῃ, karpophorēsēi) é central no Novo Testamento, representando a evidência de uma vida transformada e produtiva para o Reino de Deus (João 15:2, Mateus 7:19). A palavra "mandarás" (ἐκκόψεις, ekkopseis) reitera a inevitabilidade do julgamento justo se não houver arrependimento e fruto.

Conclusão Teológica

A parábola da figueira estéril ilustra a paciência e a justiça de Deus. Ele espera que Seu povo produza frutos espirituais como evidência de um relacionamento genuíno com Ele. A intercessão do viticultor mostra a misericórdia e a segunda chance oferecida através de Cristo. No entanto, a paciência de Deus tem um limite, e a falta de fruto espiritual eventualmente leva ao julgamento. John MacArthur enfatiza que esta parábola é um chamado ao arrependimento e à vida frutífera em obediência a Deus. Hernandes Dias Lopes destaca a importância de utilizar os recursos espirituais dados por Deus para produzir frutos que glorifiquem a Ele.

Assim, esta passagem nos desafia a avaliar nossas vidas espirituais, a nos arrepender e a buscar viver de forma frutífera, aproveitando as oportunidades de crescimento e transformação que Deus nos concede.

A MENSAGEM

“E a natureza gloriosa do meu Pai se revela quando vocês produzem muitos frutos e assim mostram que são meus discípulos.” João 15.8

COMENTÁRIO EXTRA

Comentário de Hubner Braz

Texto Bíblico

"Nisto é glorificado meu Pai, que deis muito fruto; e assim sereis meus discípulos." (João 15:8, ARA)

Análise e Contexto

Neste versículo, Jesus continua Sua analogia da videira e dos ramos, que enfatiza a necessidade de permanecer nEle para produzir fruto espiritual. A produção de fruto não apenas valida a identidade dos discípulos de Jesus, mas também glorifica a Deus Pai.

Exploração das Palavras Gregas

1. Glorificado (δοξάζεται, doxazetai)
• Raiz: δοξάζω (doxazō)
• Significado: Honrar, magnificar, glorificar.
• Comentário: Esta palavra indica a ação de dar glória, honra e reconhecimento. Na cultura judaica e greco-romana, glorificar algo ou alguém significava reconhecer sua importância e elevar sua reputação. Aqui, Jesus ensina que a produção de frutos espirituais por Seus discípulos honra e eleva a reputação de Deus Pai.
2. Pai (Πατήρ, Patēr)
• Raiz: Πατήρ (Patēr)
• Significado: Pai.
• Comentário: O uso desta palavra reforça a relação íntima e familiar entre Deus e os crentes. Deus é visto não apenas como Criador, mas como um Pai que cuida e se relaciona pessoalmente com Seus filhos.
3. Deis (φέρητε, pherēte)
• Raiz: φέρω (pherō)
• Significado: Levar, produzir, trazer.
• Comentário: Este verbo sugere a ação de produzir ou carregar. No contexto da videira e dos ramos, "dar" frutos significa que a vida de Cristo fluindo através dos crentes resulta em ações e atitudes que refletem Seu caráter.
4. Muito (πολύν, polyn)
• Raiz: πολύς (polys)
• Significado: Muito, grande quantidade.
• Comentário: A palavra "muito" enfatiza a abundância. Jesus não está falando de uma pequena quantidade de fruto, mas de uma produção abundante, indicando a plenitude da vida espiritual quando se permanece nEle.
5. Fruto (καρπός, karpos)
• Raiz: καρπός (karpos)
• Significado: Fruto, resultado, produto.
• Comentário: O "fruto" aqui refere-se aos resultados visíveis de uma vida de fé e obediência em Cristo. Pode incluir o caráter cristão (Gálatas 5:22-23), boas obras (Colossenses 1:10), e a multiplicação de discípulos (Mateus 28:19-20).
6. Discípulos (μαθηταί, mathētai)
• Raiz: μαθητής (mathētēs)
• Significado: Aluno, seguidor, discípulo.
• Comentário: Ser discípulo implica em seguir os ensinamentos de um mestre e imitá-lo. No contexto do Evangelho de João, ser discípulo de Jesus significa permanecer em Sua palavra e produzir fruto que reflete Seu ensino e caráter.

Contexto Teológico

Produção de Fruto como Evidência de Discipulado:

Jesus deixa claro que a produção de fruto é uma evidência de que alguém é verdadeiramente Seu discípulo. John MacArthur observa que o fruto espiritual é o resultado inevitável de uma união vital com Cristo. O fruto não é apenas um sinal de vida espiritual, mas também um meio pelo qual Deus é glorificado.

Glorificação de Deus através dos Crentes:

Matthew Henry comenta que a glória de Deus é o objetivo final de todas as ações dos crentes. Quando os crentes produzem frutos, eles mostram o poder transformador de Deus em suas vidas, o que leva outros a reconhecerem a glória de Deus.

A Necessidade de Permanecer em Cristo:

Hernandes Dias Lopes enfatiza que a capacidade de dar fruto está diretamente ligada à nossa permanência em Cristo. Sem Ele, nada podemos fazer (João 15:5). A produção de fruto é uma consequência natural de viver em comunhão constante e profunda com Jesus.

Reflexão Final

João 15:8 destaca a interconexão entre a produção de frutos espirituais, a glorificação de Deus e a verdadeira identidade dos discípulos de Jesus. Cada crente é chamado a permanecer em Cristo, permitindo que Sua vida flua através deles, resultando em frutos abundantes que refletem Seu caráter e trazem glória a Deus Pai. Este processo não só autentica o discipulado, mas também demonstra ao mundo a transformação poderosa que Deus opera na vida daqueles que O seguem.

DEVOCIONAL

Segunda » Sl 1.1-3

Terça » Jo 15.1-5

Quarta » Lc 9.23,24

Quinta » 2 Pe 3.9

Sexta » At 3.19

Sábado » Mc 11.20-22

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EI PROFESSOR!

No livro “Liderando Adolescentes" lemos que “o ativismo religioso geralmente está vestido de serviço ao Reino de Deus; porém, aos poucos, toma todo o tempo dos líderes, limitando os períodos de oração, meditação na Palavra e de adoração a quase nada. E isso é fatal. É impossível ser um líder cristão sem ter comunhão com Jesus. De forma que cada um, independentemente dos seus anos de experiência, precisa zelar pelo seu relacionamento com Deus. É necessário ter momentos regulares de oração e amar as Escrituras. É preciso buscar o Espírito Santo”. E estes princípios são fundamentais para termos frutos no ministério do ensino cristão. Por isso, revise sua agenda e garanta que Deus recebe o melhor do seu tempo.

PONTO DE PARTIDA

Os anos de 2020 e 2021 foram atípicos na história da humanidade. Fomos assolados pela pandemia da Covid-19 que matou centenas de milhares de pessoas, em diversos países. Muitos viram tal situação como um juízo de está sobre os seres humanos, outros como uma consequência do pecado do homem. Seja como for, antes de tentarmos encontrar um culpado, ou melhor, um agente causador de tal mal e justificarmos que a morte de algumas pessoas foi punição de Deus, precisamos fazer exatamente o que Jesus nos ensinou no texto que estudaremos hoje. Diante de calamidades que ocorreram naquela época. Jesus convocou o povo a refletir e se arrepender dos próprios pecados.

DINAMICA EXTRA

Comentário de Hubner Braz

Dinâmica - Uma Parábola sobre Israel

Objetivo: Entender e refletir sobre a Parábola da Figueira Estéril (Lucas 13:6-9)

Material Necessário:

1. Folhas de papel em branco
2. Canetas coloridas
3. Uma planta pequena (real ou de papel) para simbolizar a figueira
4. Frutas de plástico ou de papel para "frutificar" a figueira
5. Cartões de desafio com perguntas bíblicas
6. Prêmios pequenos para motivação (opcional)

Passo a Passo:

1. Introdução e Leitura Bíblica (10 minutos):
• Comece explicando brevemente a Parábola da Figueira Estéril (Lucas 13:6-9).
• Leia o texto bíblico junto com os adolescentes.
• Explique o contexto da parábola: Jesus estava falando sobre a necessidade de arrependimento e a paciência de Deus, mas também sobre a urgência de mostrar frutos espirituais.
2. Discussão em Grupo (15 minutos):
• Divida os adolescentes em pequenos grupos.
• Distribua as folhas de papel e as canetas coloridas.
• Peça que cada grupo escreva o que acham que significa "dar frutos" na vida cristã.
• Pergunte: "Quais são alguns exemplos de frutos espirituais que podemos ver em nossas vidas diárias?"
• Após a discussão, peça que cada grupo compartilhe suas ideias com todos.
3. Atividade Prática: Frutificando a Figueira (20 minutos):
• Coloque a planta (ou a representação de uma figueira) no centro da sala.
• Distribua as frutas de plástico ou de papel entre os adolescentes.
• Explique que cada fruta representa uma boa ação, um comportamento positivo ou uma atitude que reflete os frutos espirituais.
• Peça que cada adolescente pense em uma ação ou atitude positiva que possam fazer e escreva isso na fruta de papel (ou simplesmente diga em voz alta se forem frutas de plástico).
• Cada adolescente deve então colocar sua fruta na figueira, simbolizando o "frutificar" na vida espiritual.
4. Desafios e Perguntas (15 minutos):
• Prepare cartões com perguntas baseadas na Parábola da Figueira Estéril e em outros ensinamentos de Jesus sobre frutos espirituais.
• Exemplo de perguntas:
• "O que significa arrepender-se?"
• "Quais são os frutos do Espírito mencionados em Gálatas 5:22-23?"
• "Como podemos mostrar o amor de Cristo através de nossas ações diárias?"
• Cada adolescente tira um cartão e tenta responder a pergunta. Se acertar, ganha um pequeno prêmio.
5. Reflexão e Oração (10 minutos):
• Reúna todos novamente e peça que compartilhem o que aprenderam com a atividade.
• Discuta como eles podem aplicar a lição sobre frutificação espiritual em suas vidas diárias.
• Termine com uma oração pedindo a Deus que ajude cada um a dar frutos espirituais e a viver de maneira que O glorifique.

Considerações Finais

Essa dinâmica tem o objetivo de tornar a lição mais prática e aplicável para os adolescentes. Ao participarem ativamente da discussão e das atividades, eles podem internalizar melhor a mensagem de Jesus sobre a necessidade de dar frutos espirituais.

EBD Adolescentes | 2° Trimestre De 2024 | Tema: As Parábolas de Jesus são Vivas | Escola Biblica Dominical | CPAD | Lição 09: Uma Parábola sobre Israel

VAMOS DESCOBRIR

Imagine que você fosse um dono de uma empresa e ficasse sabendo que um dos seus funcionários é improdutivo. Você o chama para conversar e fica esperando que ele mude de comportamento. Porém, para sua tristeza, nada mudou. Ele continua sem trabalhar. O que você faria? Daria uma nova oportunidade ou o demitiria? Na aula de hoje falaremos sobre a paciência de Deus diante da improdutividade do seu povo e seu convite ao arrependimento e a mudança de comportamento.

HORA DE APRENDER

Quando uma pessoa é tomada por desânimo espiritual, isso faz com que ela se torne insensível às coisas do Espírito e infrutífera em sua vida. Na aula de hoje, trabalharemos o antídoto desse mal: um chamado urgente ao arrependimento sincero e à frutificação no Reino.

I – UMA ADVERTÊNCIA SOBRE O ARREPENDIMENTO

O capítulo 13 do Evangelho de Lucas começa com algumas pessoas abordando Jesus para falar sobre o massacre promovido por Pilatos (o governador romano da Judéia) contra algumas pessoas da Galileia, no momento em que sacrificavam no tempo de Jerusalém (v.1). Logo em seguida, Jesus lhes relembra o trágico episódio acontecido no bairro de Siloé, onde uma torre caiu e dezoito pessoas foram a óbito (v.4). Jesus, então, aproveita essas duas tragédias para advertir seus ouvintes sobre a necessidade de olharem para suas próprias vidas e se arrependerem dos seus pecados enquanto há tempo (vv.3,5).

A grande questão levantada por Jesus é que precisamos fazer uma autoanálise da vida que estamos vivendo e sermos sinceros diante de Deus. O pecado, por menor que seja ou inofensivo que pareça aos nossos olhos, é sempre uma afronta à santidade de Deus e, por isso, é grave e requer imediato arrependimento, caso contrário, no tempo oportuno, o juízo do Deus santo virá sobre nós. Aceitemos, diariamente, o convite ao arrependimento do Evangelho do Senhor Jesus Cristo (Mt 3.2,8; Mc 6.12).

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I – AUXÍLIO DEVOCIONAL

“Jesus explicou que o sofrimento não tem nada a ver com o estado espiritual da pessoa. Na verdade, todas as pessoas são pecadoras, e, a menos que se arrependam, todas irão perecer. Isto não quer dizer que todos serão mortos dessa maneira. Isto pode querer dizer que a morte será súbita, sem uma segunda oportunidade para o arrependimento, ou que os ouvintes de Jesus iriam sofrer nas mãos dos conquistadores romanos (o que aconteceu com toda a nação em 70 d.C., quando Jerusalém foi destruída e milhões de judeus foram mortos). Assim como o sofrimento não é um indicador do estado espiritual de um indivíduo, tampouco é a tragédia. […] Ao invés de culpar outras pessoas, cada um deveria considerar o seu próprio dia do julgamento. O fato de que uma pessoa morra em um trágico acidente, ou sobreviva milagrosamente, não é uma medida de justiça” (Comentário do Novo Testamento – Aplicação Pessoal (Vol.1). Rio de Janeiro: CPAD, 2010, p.412)

II – UMA DEMONSTRAÇÃO DE PACIÊNCIA

De acordo com a parábola, o dono de uma terra tinha uma expectativa para a figueira cultivada no meio de sua plantação de uvas (Lc 13.6). Ela tinha tudo que precisava para dar frutos no tempo determinado. Entretanto, para a tristeza do dono da terra, aquela que deveria produzir em abundância não dava nenhum sinal de frutos. Muito paciente, o dono, com suas expectativas frustradas, declara seu descontentamento: “[…] Já faz três anos seguidos que venho buscar figos nesta figueira e não encontro nenhum […]” (v.7). Decidido a cortá-la, o dono aceita a intervenção do trabalhador da vinha que pede por mais um tempo de tolerância, ou seja, uma segunda chance para a árvore infrutífera (v.8).

Essa parábola faz referência ao povo de Israel, que obstinadamente escolheu rejeitar o Messias enviado por Deus. Durante sua primeira vinda à Terra, Jesus foi ignorado, perseguido e morto. Ele convocou seus compatriotas ao arrependimento e demonstrou com atitudes concretas o amor e a misericórdia do Pai, mas eles se recusavam a dar frutos para Deus. Mas, segundo o texto bíblico, o nosso Deus tem demonstrado paciência: “[…] porque não quer que ninguém seja destruído, mas deseja que todos se arrependam dos seus pecados” (2 Pe 3.9). Se não fosse a misericórdia paciente de Deus e a intercessão de Cristo tanto por Israel, quanto pela Igreja e pela humanidade, já teríamos perecido. Todos nós recebemos uma segunda oportunidade de Deus e não devemos desprezá-la. Não podemos abusar de sua santa paciência, pois como está explícito na parábola, onde falta arrependimento, o juízo é inevitável.

O dono da figueira atende ao pedido do trabalhador e estende o tempo da paciência. Entretanto, ele é claro, diante da oportunidade concedida: “Se no ano que vem ela der figos, muito bem. Se não der, então mande cortá-la” (Lc 13.9). Essa história ilustra que, embora Deus seja gracioso e misericordioso ao dar ao seu povo tempo poro se arrepender, vir até Ele e crescer nELe, a sua paciência não durará para sempre.

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II – AUXÍLIO DIDÁTICO

“De acordo com Levítico 19.23 deveriam se passar três anos até que o fruto de uma figueira fosse ritualmente “limpo”, e pudesse ser comido. Portanto, o dono da terra havia plantado a árvore há cerca de seis anos. Tudo indica que a árvore era permanentemente estéril. O problema é que as figueiras tiram da terra quantidades extremamente grandes de minerais, fazendo com que as outras plantas morram de fome. Era apenas uma questão de prudência para o dono da terra ordenar a remoção da árvore inútil que exauria a terra sem fornecer nada em troca. […] Deus havia sentenciado Israel por não gerarem frutos; contudo, em sua graça, Ele fez muito mais do que alguém tinha o direito de esperar” (RICHARDS, Lawrence O. Comentário histórico-cultural do Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2007, p.171).

III – UM CONVITE À FRUTIFICAÇÃO

Como vimos, Deus procura frutos entre seus filhos. Toda tentativa permanente de desculpas para uma vida infrutífera será ineficaz, pois Ele nos conhece e tem nos dado todas as condições necessárias para frutificar no seu Reino. Ele nos deu sua Palavra, seu Espírito, sua presença, seu poder, por isso espera de nós muitos frutos (Jo 15.5-8), e jamais se contentará apenas com folhas e galhos, ou seja, com uma vida espiritual de aparência. Jesus disse: “Não foram vocês que me escolheram; pelo contrário, fui eu que os escolhi para que vão e deem fruto e que esse fruto não se perca” (Jo 15.16). É importante que entendamos que a frutificação espiritual depende fundamentalmente da nossa comunhão com Jesus Cristo (Jo 15.5). É preciso viver para glória de Deus, pois “quem põe os seus próprios interesses em primeiro lugar nunca terá a vida verdadeira; mas quem esquece a si mesmo por minha causa terá a vida verdadeira” (Lc 9.24).

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III – AUXÍLIO TEOLÓGICO

“A parábola afirma que a falta de produtividade é uma causa de juízo. Jesus apontou para o seu próprio ministério como sendo um tempo de protelação, de alerta, antes da vinda do juízo. Nos nossos dias temos pouca consciência do juízo e, seguramente, perdeu-se a ideia da época do juízo ou o senso de crise […]. Não sabemos quando seremos chamados a prestar contas das nossas vidas, mas precisamos recuperar a noção de que as nossas ações são realmente significativas e que o Evangelho inclui o juízo, a misericórdia e um chamado ao arrependimento e a uma vida produtiva.

A falta de frutos continua sendo motivo de acusação diante de Deus. Se o privilégio de sermos o povo de Deus não nos leva à produtividade, ele nos levará ao juízo. A Igreja cristã está enquadrada na acusação feita por essa parábola da mesma forma que Israel esteve” (SNODGRASS, Klyne. Compreendendo todas as parábolas de Jesus – Guia completo. Rio de Janeiro; CPAD, 2012, p.378).

CONCLUSÃO

O nosso Deus é misericordioso com os pecadores. Mas para aqueles que o rejeitam, Ele não será misericordioso para sempre. Haverá um dia que serão punidos os que vivem como se Ele não existisse. Por essa razão, somos chamados ao arrependimento sincero e verdadeiro e à uma vida marcada por frutos dignos da conversão que experimentamos.

COMENTÁRIO EXTRA

Comentário de Hubner Braz

EM BREVE

VAMOS PRATICAR

1- O que a parábola da figueira improdutiva ilustra? Ilustra que, embora Deus seja gracioso e misericordioso ao dar ao seu povo tempo para se arrepender, vir até Ele e crescer nELe, a sua paciência não durará para sempre.

2- Por que as desculpas para não vivermos uma vida frutífera são ineficazes? Porque Deus tem nos dado todas as condições necessárias para frutificar no seu Reino. Ele nos deu sua Palavra, seu Espírito, sua presença, seu poder.

3- Complete a frase abaixo conforme estudamos na lição:

Ele nos deu sua Palavra , seu Espírito , sua presença, seu poder , por isso espera de nós muitos frutos (Jo 15.5-8), e jamais se contentará apenas com folhas e galhos, ou seja com uma vida espiritual de aparência .

PENSE NISSO

Como você tem experimentado sua caminhada com Deus? Você está crescendo espiritualmente? Não importa quantos anos você tenha de cristão, sempre é um bom tempo para crescermos em intimidade com Deus, em conhecimento da Palavra e na vida de oração. É através dessas práticas que nos tornamos frutíferos no Reino de Deus.

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