Texto Áureo "Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o qual nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nos lugare...
Texto Áureo
"Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o qual nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nos lugares celestiais em Cristo." (Ef 1.3)
Verdade Prática
Deus nos elegeu em Cristo antes da fundação do mundo para que desfrutássemos das bênçãos espirituais.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Ef 2.11-13
O que éramos e o que somos em Cristo Jesus
Terça - Ef 1.4-6
Deus nos elegeu e nos predestinou em Cristo antes da fundação do mundo
Quarta - Jo 3.16-18
Cristo foi enviado por Deus para salvar os pecadores
Quinta-Ef 2.8-10
A salvação é alcançada somente pela graça de Deus
Sexta -1 Jo 3.21-23
Deus atende aos pedidos dos fiéis por intermédio de seu grande amor
Sábado - 2 Co 1.20-22
0 Espírito Santo é o depósito que garante a nossa herança em Cristo
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Efésios 1.3,4, 9-14
3 - Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o qual nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nos lugares celestiais em Cristo,
4 - Como também nos elegeu nele antes da fundação do mundo, para que fôssemos santos e irrepreensíveis diante dele em amor,
9 - Descobrindo-nos o mistério da sua vontade, segundo o seu beneplácito, que propusera em si mesmo,
10 - de tornar a congregar em Cristo todas as coisas, na dispensação da plenitude dos tempos, tanto as que estão nos céus como as que estão na terra.
11 - Nele, digo, em quem também fomos feitos herança, havendo sido predestinados conforme o propósito daquele que faz todas as coisas, segundo o conselho da sua vontade,
12 - Com o fim de sermos para louvor da sua glória, nós, os que primeiro esperamos em Cristo;
13 - Em quem também vós estais, depois que ouvistes a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação; e, tendo nele também crido, fostes selados com o Espírito Santo da promessa;
14 - 0 qual é o penhor da nossa herança, para redenção da possessão de Deus, para louvor da sua glória.
HINOS SUGERIDOS: 162, 258, 510 da Harpa Cristã
OBJETIVO GERAL
Esclarecer as bênçãos espirituais concedidas por Cristo Jesus.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.
I - Refletira respeito da nossa nova posição em Cristo;
II - Evidenciar a realidade de uma vida cristocêntrica neste mundo;
III- Explicitar que o Espírito Santo desempenha importante papel no plano da salvação.
• INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Deus planejou de antemão conceder bênçãos espirituais aos seus eleitos. Essas bênçãos revelam a grandeza, a excelência e a perfeição do projeto divino. O plano de salvação arquitetado pelo nosso Criador é algo incomensurável. Em Cristo, Ele estava reconciliando o mundo consigo mesmo (2 Co 5-19). Essa é uma doutrina gloriosa que revela o imenso amor de Deus. Devemos nos alegrar por isso, pois em Cristo, fomos eleitos para desfrutar desse maravilhoso plano. Nosso desafio é que, após essa lição, nossos alunos sintam-se agraciado por tão extraordinária bênção e louvem e glorifiquem a Deus por tão maravilhosa bondade e misericórdia para com os pecadores.
INTRODUÇÃO
Nesta lição vamos abordar a grandeza, a excelência e a perfeição do projeto divino para conceder bênçãos espirituais aos seus escolhidos. Desde a eternidade, aprouve a Deus executar um plano de restauração e reconciliação com a humanidade caída. Por isso que, na Carta, o apóstolo Paulo se mostra profundamente agradecido pela revelação do mistério que estivera oculto desde todos os tempos. Ele nos convida a louvar e a glorificar a Deus pela sua bondade e misericórdia para com todos os pecadores.
- A Leitura Bíblica em Classe base para esta lição descreve o plano principal de Deus para a salvação no que diz respeito ao passado (a eleição, vs. 3-6a), ao presente (a redenção, vs. 6b-l 1) e ao futuro (a herança, vs. 12-14). Pode ser vista também como enfatizando o Pai (vs. 3-6), o Filho (vs. 7-12) e o Espírito (vs. 13-16). Paulo escreve essa carta para falar que a igreja é um povo muito abençoado. Ao focar sua atenção nessas bênçãos superlativas, o apóstolo prorrompe em bendita doxologia, dizendo: “Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo”. De acordo com Westcott, essa passagem (Ef 1.3-14) é “um salmo de louvor pela redenção e consumação das coisas criadas, cumpridas em Cristo peio Espírito segundo o propósito eterno de Deus” (Westcott, B. F. St. Paul’s Epistle to the Ephesians. Grand Rapids, MI: William B. Eerdmans Publishing Company, 1950, p. 4.). William Barclay afirma que, “Em grego a longa passagem que vai do versículo 3 ao 14 é uma só oração. É tão longa e tão complicada porque representa nem tanto o enunciado de um raciocínio como um lírico canto de louvor. A mente de Paulo avança, não porque esteja pensando logicamente, mas sim porque os dons e as maravilhas de Deus desfilam perante seus olhos e penetram em sua mente” (O NOVO TESTAMENTO Comentado por William Barclay. p. 24). Vamos pensar maduramente a nossa fé cristã?
- A Leitura Bíblica em Classe base para esta lição descreve o plano principal de Deus para a salvação no que diz respeito ao passado (a eleição, vs. 3-6a), ao presente (a redenção, vs. 6b-l 1) e ao futuro (a herança, vs. 12-14). Pode ser vista também como enfatizando o Pai (vs. 3-6), o Filho (vs. 7-12) e o Espírito (vs. 13-16). Paulo escreve essa carta para falar que a igreja é um povo muito abençoado. Ao focar sua atenção nessas bênçãos superlativas, o apóstolo prorrompe em bendita doxologia, dizendo: “Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo”. De acordo com Westcott, essa passagem (Ef 1.3-14) é “um salmo de louvor pela redenção e consumação das coisas criadas, cumpridas em Cristo peio Espírito segundo o propósito eterno de Deus” (Westcott, B. F. St. Paul’s Epistle to the Ephesians. Grand Rapids, MI: William B. Eerdmans Publishing Company, 1950, p. 4.). William Barclay afirma que, “Em grego a longa passagem que vai do versículo 3 ao 14 é uma só oração. É tão longa e tão complicada porque representa nem tanto o enunciado de um raciocínio como um lírico canto de louvor. A mente de Paulo avança, não porque esteja pensando logicamente, mas sim porque os dons e as maravilhas de Deus desfilam perante seus olhos e penetram em sua mente” (O NOVO TESTAMENTO Comentado por William Barclay. p. 24). Vamos pensar maduramente a nossa fé cristã?
PONTO CENTRAL
Deus nos concedeu bênçãos espirituais em Cristo Jesus.
I - A NOVA POSIÇÃO EM CRISTO
No passado estávamos perdidos e condenados à morte eterna, mas por sua infinita graça, Deus nos outorgou em Cristo o privilégio da salvação.
1. A Doxologia."
Após expor os versículos de abertura da Epístola (1.1,2), o apóstolo Paulo apresenta uma sequência de texto que se caracteriza pela verdadeira adoração e bondade ativa de Deus (1.3-14). Ele começa pela frase "Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo" (v.3), onde "bendito" significa "digno de louvor". O apóstolo dá sequência até o versículo 14 por meio de um maravilhoso tributo ao Eterno e suas muitas bênçãos concedidas aos homens. Nesse trecho bíblico trata-se de um hino teológico de gratidão, caracterizado pela repetição do seguinte refrão: "Para louvor e glória da sua graça" (v.6) ou "para louvor da sua glória" (vv.12,14). Aquele ao qual devemos adorar está identificado na expressão "Deus e Pai de Jesus Cristo", uma clara referência à Santíssima Trindade com ênfase na natureza divina de Jesus, seu Filho.
- Bendito deriva da mesma palavra grega para "elogio", que quer dizer louvar ou recomendar. Essa é a suprema obrigação de todas as criaturas. O propósito último da salvação é a glória de Deus (Fp 2.13; 2Ts 1,11-12). No Novo Testamento, a palavra grega eulogetos, “bendito”, é usada somente com referência a Deus. Só ele é digno de ser bendito. Os homens são benditos quando recebem suas bênçãos; Deus é bendito quando é louvado por tudo o que gratuitamente confere ao homem e ao seu mundo. Aqui podemos destacar três verdades: 1ª. A fonte de nossas bênçãos: Deus, o Pai, nos faz ricos em Jesus Cristo; 2ª. A natureza de nossas bênçãos: nós temos toda sorte de bênção espiritual, e 3ª. A esfera das bênçãos: “Nas regiões celestiais em Cristo”.
- Bendito deriva da mesma palavra grega para "elogio", que quer dizer louvar ou recomendar. Essa é a suprema obrigação de todas as criaturas. O propósito último da salvação é a glória de Deus (Fp 2.13; 2Ts 1,11-12). No Novo Testamento, a palavra grega eulogetos, “bendito”, é usada somente com referência a Deus. Só ele é digno de ser bendito. Os homens são benditos quando recebem suas bênçãos; Deus é bendito quando é louvado por tudo o que gratuitamente confere ao homem e ao seu mundo. Aqui podemos destacar três verdades: 1ª. A fonte de nossas bênçãos: Deus, o Pai, nos faz ricos em Jesus Cristo; 2ª. A natureza de nossas bênçãos: nós temos toda sorte de bênção espiritual, e 3ª. A esfera das bênçãos: “Nas regiões celestiais em Cristo”.
2. As bênçãos espirituais.
Obviamente que as bênçãos espirituais não são materiais, mas provenientes dos "lugares celestiais", isto é, do reino espiritual. Essas bênçãos são mencionadas na longa passagem de Efésios (1.3-14), tais como: Deus nos elegeu para sermos santos (1.4); predestinou-nos para sermos filhos (1.5); nos fez agradáveis para si (1.6); remiu-nos por meio do sangue de Cristo (1.7); acolheu-nos por sua vontade redentora (1.8-12); revelou-nos a Palavra da verdade (1.13a); selou-nos com o Espírito Santo da promessa (1.13b); ainda garantiu a validade da promessa (1.14). Tais bênçãos provêm de Deus, que planejou a redenção; do Filho, que a realizou; e do Espirito Santo, que a garante. Essas bênçãos nos conduzem a exclamar como Paulo: "Bendito Seja Deus!”
- Em sua graça providencial, Deus já deu aos cristãos toda sorte de bênçãos (Rm 8.28; Cl 2.10; Tg 1.17; 2Pe 1.3). "Espiritual" não se refere às bênçãos não materiais como contrárias às materiais, mas à obra de Deus, o qual é a fonte divina e espiritual de todas as bênçãos. “nas regiões celestiais” diz respeito à esfera do domínio completo e celestial de Deus, do qual provem todas as bênçãos. Todas as bênçãos elencadas são “Em Cristo”; As bênçãos superabundantes de Deus pertencem somente aos cristãos que são seus filhos pela fé em Cristo, de modo que o que ele tem pertence a eles — incluindo a sua justiça, os seus recursos, os seus privilégios, a sua posição e o sou poder (Rm 8.16-17).
- Em sua graça providencial, Deus já deu aos cristãos toda sorte de bênçãos (Rm 8.28; Cl 2.10; Tg 1.17; 2Pe 1.3). "Espiritual" não se refere às bênçãos não materiais como contrárias às materiais, mas à obra de Deus, o qual é a fonte divina e espiritual de todas as bênçãos. “nas regiões celestiais” diz respeito à esfera do domínio completo e celestial de Deus, do qual provem todas as bênçãos. Todas as bênçãos elencadas são “Em Cristo”; As bênçãos superabundantes de Deus pertencem somente aos cristãos que são seus filhos pela fé em Cristo, de modo que o que ele tem pertence a eles — incluindo a sua justiça, os seus recursos, os seus privilégios, a sua posição e o sou poder (Rm 8.16-17).
3. A nova condição.
A expressão "em Cristo" significa que somos abençoados com toda bênção espiritual, a partir de Sua pessoa e obra realizada no calvário (Jo 1.3; Hb 5.9; 9.12); relaciona-se ainda com a nossa experiência de conversão a Ele (2 Co 5.17). Essa nova vida é conferida somente para quem está “em Cristo", isto é, o oposto da antiga vida "em Adão" escravizada pelo pecado (Rm 5.11-15). Desse modo, não andamos mais em trevas, mas como filhos da luz (Rm 5.8). Portanto, nossa nova posição é caracterizada pela salvação “em Cristo" e, por isso, desfrutamos de todos os benefícios advindos dessa redenção.
- A nossa vida está “em” Cristo, em união com Ele, para ser vivida na harmonia prática que esta relação gera e implica. No Céu (regiões celestiais) – Estamos em Cristo (Ef 1.3); Na terra – Cristo está em nós (1Co 1.30; 3.22,23; 2Co 2.14).
- “Gálatas 3:26-28 nos dá uma compreensão da frase "em Cristo" e o que significa. "Pois todos vós sois filhos de Deus mediante a fé em Cristo Jesus; porque todos quantos fostes batizados em Cristo de Cristo vos revestistes. Dessarte, não pode haver judeu nem grego; nem escravo nem liberto; nem homem nem mulher; porque todos vós sois um em Cristo Jesus." Paulo está falando com os cristãos na Galácia, lembrando-lhes de sua nova identidade desde que colocaram sua fé em Jesus Cristo. Ser "batizado em Cristo" significa que se identificam com Cristo, tendo deixado suas velhas vidas pecaminosas e recebendo plenamente a nova vida em Cristo (Marcos 8:34, Lucas 9:23). Quando respondemos à atração do Espírito Santo, Ele "nos batiza" na família de Deus. 1 Coríntios 12:13 diz: "Pois, em um só Espírito, todos nós fomos batizados em um corpo, quer judeus, quer gregos, quer escravos, quer livres. E a todos nós foi dado beber de um só Espírito." Vários lugares da Escritura se referem ao crente estando "em Cristo" (1 Pedro 5:14; Filipenses 1:1, Romanos 8:1).” (gotquestions)
SÍNTESE DO TÓPICO I
As bênçãos espirituais que os crentes receberam da parte de Deus possibilitam uma nova vida em Cristo e, portanto, devemos-Lhe ser agradecidos.
SUBSÍDIO DIDÁTICO-PEDAGÓGICO
O primeiro tópico tem por objetivo refletir a respeito da nova posição em Cristo que o crente agora desfruta diante de Deus. Assim, você pode abrir esta lição indagando aos alunos a respeito do que eles entendem por "nova posição em Cristo". É importante que você estabeleça o mínimo de tempo para ouvir as respostas e considerações deles. Aqui, a fim de adentrar na explicação do tópico, há a oportunidade de você fazer uma recapitulação do conceito e consequências do Pecado na vida do Homem e da provisão de Deus para a salvação do ser humano como introdução ao fato de que, hoje, o crente tem uma nova posição diante de Deus. Assim, você pode expor com clareza o conteúdo do primeiro tópico.
II - UMA VIDA CRISTOCÊNTRICA NESTE MUNDO
Embora o pecado tenha adentrado ao mundo, Deus projetou a primazia de Cristo na remissão dos pecadores e na restauração de todas as coisas para o louvor de Sua glória.
1. A revelação do mistério.
A frase "descobrindo-nos o mistério da sua vontade" (1.9) sinaliza a revelação da verdade que estava oculta aos santos de Deus (Cl 1.26). Essa verdade diz respeito aos decretos eternos que Deus planejara, por sua soberana vontade, com o propósito de salvar os pecadores (Jo 3.16). Essa vontade divina é revelada segundo o seu beneplácito, isto é, de acordo com o que Lhe agrada fazer por amor e misericórdia (Rm 9.15,16; 11.32). Sua vontade foi executada conforme o seu desígnio por intermédio de Cristo para que o Filho em tudo tivesse a preeminência (Cl 1.16-20).
- do mistério. No Novo Testamento, essa palavra não tem a sua conotação atual, ao contrário, refere-se a algo escondido em épocas passadas, mas que foi dado a conhecer agora (1Co 4.1; Ef 5.32; 6.19; Cl 1.25-26; 1Tm 3.9,16). O mistério mais comum no Novo Testamento é que Deus concederia salvação aos gentios, bem como aos judeus (Ef 3.3-9). Essa palavra é usada para referir-se à verdade do Novo Testamento não revelada anteriormente. William Barclay cai dizer que “Este mistério consistia em que o evangelho estava aberto também aos gentios. Aqui radicava o grande segredo de Deus. Até Jesus chegar tinha parecido que os judeus eram o povo escolhido de Deus. Agora Deus tinha revelado que seu amor e seu cuidado, sua graça, sua misericórdia, as boas novas de Deus, estavam destinados não só aos judeus, mas também a todo mundo”. (O NOVO TESTAMENTO Comentado por William Barclay. p. 32)
- do mistério. No Novo Testamento, essa palavra não tem a sua conotação atual, ao contrário, refere-se a algo escondido em épocas passadas, mas que foi dado a conhecer agora (1Co 4.1; Ef 5.32; 6.19; Cl 1.25-26; 1Tm 3.9,16). O mistério mais comum no Novo Testamento é que Deus concederia salvação aos gentios, bem como aos judeus (Ef 3.3-9). Essa palavra é usada para referir-se à verdade do Novo Testamento não revelada anteriormente. William Barclay cai dizer que “Este mistério consistia em que o evangelho estava aberto também aos gentios. Aqui radicava o grande segredo de Deus. Até Jesus chegar tinha parecido que os judeus eram o povo escolhido de Deus. Agora Deus tinha revelado que seu amor e seu cuidado, sua graça, sua misericórdia, as boas novas de Deus, estavam destinados não só aos judeus, mas também a todo mundo”. (O NOVO TESTAMENTO Comentado por William Barclay. p. 32)
2. A plenitude dos tempos.
Paulo revela que o plano divino é fazer convergir em Cristo todas as coisas (1.10). Isso inclui tudo o que foi criado por Cristo, para Cristo e o que subsiste em Cristo (Jo 1.1-3; Hb 1.2,3). Implica dizer que todo o universo, céus e terra estarão submissos a autoridade e soberania de Cristo (Rm 14.11; 2 Co 10.5). Nesse sentido, a ruptura provocada pelo pecado de Adão é restaurada completamente em Cristo. Essa declaração não tem conotação universalista, a ideia de que no fim todos serão salvos, mas que finalmente tudo será como Deus planejou: Cristo a cabeça da Igreja e também a cabeça do Universo (1.21-23). A dispensação ou a administração desse plano será na plenitude dos tempos (1.10). Aqui, a palavra grega para "tempos" não é chronos, que traz uma ideia de cronologia, mas kairos, que se refere ao tempo divino previamente determinado para que todas as coisas estejam sob o domínio de Cristo (At 1.7).
-No final da história deste mundo, Deus reunirá os cristãos no reino milenar, que Paulo denomina aqui de "dispensação da plenitude dos tempos", que significa o final da História (Ap 20.1-6). Depois disso, Deus reunirá todas as coisas com ele mesmo na eternidade e o novo céu e a nova terra serão criados (Ap 21,1ss). O novo universo será totalmente unificado sob Cristo (1Co 15.27-28; Fp 2.10-11). Hernandes Dias Lopes citando John Stott (A mensagem de Efésios, p. 20,21), diz: “O plano de Deus para a plenitude dos tempos, quando o tempo voltar a fundir-se na eternidade, é fazer convergir nele (em Cristo) todas as coisas, tanto as do céu como as da terra (1.10). No tempo presente, ainda há discórdia no Universo, mas, na plenitude do tempo, esta cessará, e aquela unidade pela qual ansiamos virá com o domínio de Jesus Cristo”. (Lopes, Hernandes Dias. Efésios: igreja, a noiva gloriosa de Cristo — São Paulo: Hagnos, 2009. p. 29). Encerrando essa discussão, William Barclay afirma que “Acontece que estamos vivendo numa época em que os homens perderam a fé em que este mundo tenha algum sentido. Mas o cristão tem fé em que neste mundo está-se desenvolvendo o propósito divino; e Paulo tem a convicção de que esse propósito é que um dia todas as coisas e todos os homens cheguem a ser uma família em Cristo. Paulo vê que toda a história esteve partindo neste sentido. Em seu conceito, este segredo, este mistério, não foi captado até que veio Jesus. E — segundo Paulo — a Igreja tem a grande missão de realizar esse desígnio de unidade que é o propósito divino revelado em Jesus Cristo” (O NOVO TESTAMENTO Comentado por William Barclay. p. 34). “Assim, a grande surpresa foi a descoberta que, no plano divino, tanto judeus quanto gentios desfrutam das mesmas bênçãos celestiais (Ef 3.6), e o impacto mais surpreendente foi saber que Deus projetara reconciliar ambos os povos — judeus e gentios formando um único povo, a Igreja (2.1-22)”. (BAPTISTA, Douglas. A IGREJA ELEITA – Redimida pelo Sangue de Cristo e Selada com o Espírito Santo da Promessa. CPAD, 1ª edição, 2020. p. 29).
-No final da história deste mundo, Deus reunirá os cristãos no reino milenar, que Paulo denomina aqui de "dispensação da plenitude dos tempos", que significa o final da História (Ap 20.1-6). Depois disso, Deus reunirá todas as coisas com ele mesmo na eternidade e o novo céu e a nova terra serão criados (Ap 21,1ss). O novo universo será totalmente unificado sob Cristo (1Co 15.27-28; Fp 2.10-11). Hernandes Dias Lopes citando John Stott (A mensagem de Efésios, p. 20,21), diz: “O plano de Deus para a plenitude dos tempos, quando o tempo voltar a fundir-se na eternidade, é fazer convergir nele (em Cristo) todas as coisas, tanto as do céu como as da terra (1.10). No tempo presente, ainda há discórdia no Universo, mas, na plenitude do tempo, esta cessará, e aquela unidade pela qual ansiamos virá com o domínio de Jesus Cristo”. (Lopes, Hernandes Dias. Efésios: igreja, a noiva gloriosa de Cristo — São Paulo: Hagnos, 2009. p. 29). Encerrando essa discussão, William Barclay afirma que “Acontece que estamos vivendo numa época em que os homens perderam a fé em que este mundo tenha algum sentido. Mas o cristão tem fé em que neste mundo está-se desenvolvendo o propósito divino; e Paulo tem a convicção de que esse propósito é que um dia todas as coisas e todos os homens cheguem a ser uma família em Cristo. Paulo vê que toda a história esteve partindo neste sentido. Em seu conceito, este segredo, este mistério, não foi captado até que veio Jesus. E — segundo Paulo — a Igreja tem a grande missão de realizar esse desígnio de unidade que é o propósito divino revelado em Jesus Cristo” (O NOVO TESTAMENTO Comentado por William Barclay. p. 34). “Assim, a grande surpresa foi a descoberta que, no plano divino, tanto judeus quanto gentios desfrutam das mesmas bênçãos celestiais (Ef 3.6), e o impacto mais surpreendente foi saber que Deus projetara reconciliar ambos os povos — judeus e gentios formando um único povo, a Igreja (2.1-22)”. (BAPTISTA, Douglas. A IGREJA ELEITA – Redimida pelo Sangue de Cristo e Selada com o Espírito Santo da Promessa. CPAD, 1ª edição, 2020. p. 29).
3. Louvor da sua glória.
O apóstolo enfatiza que as bênçãos são destinadas aos crentes judeus e gentios - a Igreja. Paulo muda do pronome "nós" (ele e os judeus) para o "também vós" (os gentios), indicando que em Cristo os crentes de ambos os povos são herdeiros da promessa (1.11-13). Ele ratifica igualmente que o propósito da eleição não é outro senão Louvar e glorificar a Deus (1.12,14). Isso assinala não somente adorá-Lo com palavras e ações, mas também levar outros a fazer o mesmo (1 Pe 2.12). Por conseguinte, tudo o que somos, fazemos ou possuímos vem de Deus, pois começa na Sua vontade e culmina na Sua glória (At 17.28).
- Cristo é a fonte da herança divina do cristão, a qual é tão certa que é mencionada como se já tivesse sido recebida (1Co 3.22-23; 2Pe 1.3-4). A glória de Deus é o supremo propósito da redenção. Em Cristo, temos uma linda herança (1Pe 1.1- 4) e também somos uma herança.
- Cristo é a fonte da herança divina do cristão, a qual é tão certa que é mencionada como se já tivesse sido recebida (1Co 3.22-23; 2Pe 1.3-4). A glória de Deus é o supremo propósito da redenção. Em Cristo, temos uma linda herança (1Pe 1.1- 4) e também somos uma herança.
SÍNTESE DO TÓPICO II
Os decretos eternos planejados por Deus e executados por Cristo incluem a salvação dos pecadores e a restauração de todas as coisas.
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
"Devemos reconhecer, já de início, ser o conhecimento a respeito de Jesus Cristo igual e ao mesmo tempo diferente ao de outros assuntos. Como líder espiritual do Cristianismo, Jesus é o objeto do conhecimento e também da fé. Ele produz ainda, dentro de nós e mediante o Espírito Santo, conhecimentos espirituais. Os cristãos acreditam universalmente que Jesus continua vivo hoje, séculos depois da sua vida e morte na Terra, e que Ele está na presença de Deus Pai, no Céu. Mas esta convicção certamente provém da fé salvífica, mediante a qual a pessoa encontra Jesus Cristo e é regenerada, por meio do arrependimento e da fé, ' tornando-se assim nova criatura. O conhecimento de Jesus como Salvador leva, através da experiência, ao reconhecimento imediato da existência pessoal de Jesus no presente. Dessa maneira, o conhecimento de Jesus é diferente do conhecimento do de outras figuras históricas" (HORTON, Stanley (Ed.). Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, p.302).
III - O ESPÍRITO SANTO, PENHOR DA NOSSA HERANÇA
O Espírito Santo desempenha importante papel no plano de salvação idealizado por Deus Pai.
CONHEÇA MAIS
*Doxologia
"[Do gr. doxa, glória + logia, palavra] Manifestação de louvor e enaltecimento a Deus através de expressões de exaltamentos (Deus seja louvado! Aleluia!) e hinos. A doxologia não pode vir desassociada da verdadeira adoração. Ela exige adoração" (Dicionário de Teologia, CPAD, p.152).
1. O selo do Espírito Santo.
Aquele que ouve a Palavra de Deus - o Evangelho da Salvação - e que por meio da fé, se rende a Cristo, recebe o selo do Espírito Santo no momento da conversão (Tt 3.5-7). Nos tempos bíblicos, o selo era usado como sinal de propriedade e posse pessoal. Ao conceder o Espírito Santo ao crente, Deus identifica os que pertencem a Cristo, pois o Espírito testifica daqueles que são filhos de Deus (Rm 8.9,15,16) e o Maligno não lhes toca (1 Jo 5.18). Assim, a terceira pessoa da Santíssima Trindade tem o papel fundamental de regenerar, purificar e santificar o pecador (1 Co 6.11). Ele é quem convence o ser humano do pecado, da justiça e do juízo (Jo 16.7,8); e que também produz no crente o verdadeiro relacionamento com Deus por meio do fruto do Espírito (Gl 5.22,23).
- O Espírito Santo é referido como o "penhor", "selo" e "garantia" no coração dos cristãos (2Co 1.22; 5.5, Ef 1.13-14; 4.30). Um selo é aquilo que transmite autoridade, ou estabelece a autenticidade, a validade, e veracidade de um documento ou de uma declaração. No mundo antigo, quando se despachava um vulto, uma cesta ou um pacote, era selado como garantia de que procedia do remetente e que estava intacto. O selo indicava de onde procedia o pacote e a quem pertencia. O Espírito Santo é o selo de Deus sobre o Seu povo, a Sua reivindicação sobre nós como pertencentes a Ele. É o Espírito Santo aquele que conduz o homem ao conhecimento de Deus; aquele que o capacita para enfrentar a vida e não desfalecer; aquele que lhe diz o que deve fazer e lhe dá forças para fazê-lo. O Espírito Santo nos mostra a vontade de Deus e nos capacita a realizá-la.
- Relativo à citação “e o Maligno não lhes toca (1 Jo 5.18)”, uma vez que o cristão pertence a Deus, Satanás deve operar dentro da soberania de Deus e não pode ir além do que Deus permite, como no exemplo de Jó (Jó 2.5; Rm 16.20). Embora Satanás possa perseguir, tentar, provar e acusar o cristão, Deus protege seus filhos e estabelece limites definidos para a influência ou poder de Satanás (2.13; Jo 10.28; 17.12-15).
- O Espírito produz o fruto (atitudes piedosas que caracterizam a vida somente daqueles que pertencem a Deus pela fé em Cristo e possuem o Espírito de Deus) que consiste de nove características ou atitudes as quais estão, de modo insolúvel, ligadas umas às outras e são ordenadas aos cristãos ao longo de todo o Novo Testamento.
2. O penhor da nossa herança.
O termo grego arrabon pode ser traduzido como "depósito", "penhor", "garantia" ou ainda "primeira parcela" (1.14). A palavra tem origem semítica e era usada nas transações comerciais para assegurar o preço ou garantir o pagamento de algo. Paulo ensina que o Espírito Santo é o depósito que garante a nossa herança em Cristo (2 Co 1.21,22). Tudo isso significa que aquele que tem o selo do Espírito Santo tem a salvação garantida (1.14). Isso não quer dizer que o crente está salvo para sempre, independente de sua conduta, mas que a redenção está validada aos eleitos em Cristo que permanecem fiéis (Mt 24.13).
- O próprio Espírito de Deus vem habitar no cristão, assegurar a sua salvação eterna e preservá-la. Esse selo do qual Paulo fala diz respeito a uma marca oficial de identificação colocada numa carta, num contrato ou em qualquer outro documento. Por meio disso, esse documento estava, oficialmente, sob a autoridade da pessoa cujo timbre estava no selo. O selo expressa quatro verdades principais: 1) segurança (Dn 6.17; Mt 27.62-66); 2) autenticidade (1Rs 21.6-16); 3) domínio (Jr 32.10); e 4) autoridade (Et 8.8-12). O Espírito Santo é dado por Deus como garantia da herança futura do cristão em glória (2Co 1.21). William Barclay diz que, “no grego clássico, arrabon significava o sinal em dinheiro que um comerciante tinha de depositar com antecedência ao fechar um contrato, dinheiro que perderia caso a operação não se consumasse”. (Barclay, William. Palabras Griegas Del Nuevo Testamento). A possessão do Espírito Santo é o selo e o sinal de que o homem pertence a Deus. A experiência do Espírito Santo que temos neste mundo é uma antecipação das alegrias e bênçãos do céu; e ao mesmo tempo é a garantia de que um dia entraremos na plenitude do conhecimento, do poder e da alegria. É a garantia de que algum dia entraremos na plena possessão da felicidade e a bem-aventurança de Deus.
- O próprio Espírito de Deus vem habitar no cristão, assegurar a sua salvação eterna e preservá-la. Esse selo do qual Paulo fala diz respeito a uma marca oficial de identificação colocada numa carta, num contrato ou em qualquer outro documento. Por meio disso, esse documento estava, oficialmente, sob a autoridade da pessoa cujo timbre estava no selo. O selo expressa quatro verdades principais: 1) segurança (Dn 6.17; Mt 27.62-66); 2) autenticidade (1Rs 21.6-16); 3) domínio (Jr 32.10); e 4) autoridade (Et 8.8-12). O Espírito Santo é dado por Deus como garantia da herança futura do cristão em glória (2Co 1.21). William Barclay diz que, “no grego clássico, arrabon significava o sinal em dinheiro que um comerciante tinha de depositar com antecedência ao fechar um contrato, dinheiro que perderia caso a operação não se consumasse”. (Barclay, William. Palabras Griegas Del Nuevo Testamento). A possessão do Espírito Santo é o selo e o sinal de que o homem pertence a Deus. A experiência do Espírito Santo que temos neste mundo é uma antecipação das alegrias e bênçãos do céu; e ao mesmo tempo é a garantia de que um dia entraremos na plenitude do conhecimento, do poder e da alegria. É a garantia de que algum dia entraremos na plena possessão da felicidade e a bem-aventurança de Deus.
SÍNTESE DO TÓPICO III
O Espírito Santo faz morada na vida daqueles que recebem a salvação, os identifica como pertencentes a Cristo e lhes garante a vida eterna.
SUBSIDIO BÍBLICO-TEOLÓGICO
"O Espírito Santo como o Selo de nossa Fé em Cristo (1.13). Essa é a primeira referência que aparece em Efésios a respeito do papel do Espírito Santo na redenção. Daí em diante, Paulo raramente deixa de mencionar os aspectos de sua atuação na vida cristã. 0 crente é marcado, ou selado, em Cristo com o selo do Espírito Santo da promessa. Aqui encontramos duas questões: 'selo' e o Espírito Santo da "promessa":
1) Na antiguidade, o selo era um sinal de propriedade ou de posse pessoal. Concedendo o Espírito Santo como um selo. Deus nos marca em Cristo, como aqueles que autenticamente lhe pertencem (cf.2 Co 1,2) [...].
2) A designação 'prometido', referindo-se ao dom do Espírito, como aparece em Atos 2, está relacionada principalmente à promessa de Joel 2.28,29, tal como foi interpretada e aplicada por Pedro no livro de Atos, e no restante do Novo Testamento. Quando Paulo empregou essa expressão em Efésios, quis dizer que o Espírito Santo virá para transmitir 'sabedoria e revelação', a fim de podermos conhecer melhor a Deus e sermos informados a respeito das implicações de nossa vida 'em Cristo' (1.17-20) [...]" (ARRINGTON, French L; STRONSTAD, Roger (Eds.). Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. Vol.2. Rio de Janeiro: CPAD, 2017, p.402).
CONCLUSÃO
Nessa porção da Epístola aos Efésios o plano divino revelado resulta na reconciliação do ser humano com Deus por meio de Cristo e na restauração de todas as coisas visíveis e invisíveis. Ambos os propósitos devem redundar em louvor e glória ao Deus Eterno. Na plenitude dos tempos todo o desígnio divino estará plenamente executado.
- Para concluir, notemos que o penhor da nossa herança é o próprio Espírito Santo, e, de forma muito interessante, a palavra grega usada para penhor também pode ser usada para indicar um anel de noivado! Cristo é o Noivo, e a Igreja a noiva, o Espírito Santo é o sinal, o pagamento antecipado para o casamento há muito esperado entre os dois (Ap 19.7,8). Em Efésios, ficamos sabendo que nós, os remidos do Senhor, somos descritos como bens do Senhor, que custaram o sangue de Seu próprio Filho.
- Para concluir, notemos que o penhor da nossa herança é o próprio Espírito Santo, e, de forma muito interessante, a palavra grega usada para penhor também pode ser usada para indicar um anel de noivado! Cristo é o Noivo, e a Igreja a noiva, o Espírito Santo é o sinal, o pagamento antecipado para o casamento há muito esperado entre os dois (Ap 19.7,8). Em Efésios, ficamos sabendo que nós, os remidos do Senhor, somos descritos como bens do Senhor, que custaram o sangue de Seu próprio Filho.
PARA REFLETIR
A respeito de "A Sublimidade das Bênçãos Espirituais em Cristo" responda:
• Qual é a característica de Efésios 1.3-14?
O apóstolo Paulo apresenta uma sequência de texto que se caracteriza pela verdadeira adoração e bondade ativa de Deus (1.3-14).
• De onde provêm as bênçãos espirituais?
Obviamente que as bênçãos espirituais não são materiais, mas provenientes dos "lugares celestiais", isto é, do reino espiritual.
• O que a frase "descobrindo-nos o mistério da sua vontade" (1.9) sinaliza?
A frase "descobrindo-nos o mistério da sua vontade" (1.9) sinaliza a revelação da verdade que estava oculta aos santos de Deus (Cl 1.26).
• O que a expressão "também vós" indica?
Paulo muda do pronome "nós" (ele e os judeus) para o "também vós" (os gentios), indicando que em Cristo os crentes de ambos os povos são herdeiros da promessa (1.11-13).
• Tempos bíblicos como era usado o selo?
Nos tempos bíblicos, o selo era usado como sinal de propriedade e posse pessoal.
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