Texto Áureo “Para que o Deus de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai da glória, vos dê em seu conhecimento o espírito de sabedoria e de r...
Texto Áureo
“Para que o Deus de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai da glória, vos dê em seu conhecimento o espírito de sabedoria e de revelação.” (Ef 1.17)
VERDADE PRÁTICA
A vocação do crente inclui a herança de preciosas riquezas conferidas aos eleitos pela grandeza do poder de Deus.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - 1 Co 2.14,15
As coisas espirituais são discernidas espiritualmente
Ora, o homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente. Mas o que é espiritual discerne bem tudo, e ele de ninguém é discernido.
Terça - 1 Co 13.12
O crente tem a promessa de conhecer a Deus face a face
Porque agora vemos por espelho em enigma, mas então veremos face a face; agora conheço em parte, mas então conhecerei como também sou conhecido.
Quarta - 2 Pe 1.4
O poder divino é capaz de transformar o homem
Por intermédio destas ele nos deu as suas grandiosas e preciosas promessas, para que por elas vocês se tornassem participantes da natureza divina e fugissem da corrupção que há no mundo, causada pela cobiça.
Quinta - 1 Co 15.56,57
O triunfo sobre a morte está assegurado aos salvos
O aguilhão da morte é o pecado, e a força do pecado é a Lei. Mas graças a Deus
Sexta - 1 Ts 4.14
A ressurreição de Jesus é a garantia da nossa ressurreição
Porque, se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também aos que em Jesus dormem, Deus os tornará a trazer com ele.
Sábado - Mt 16.18
Nenhuma potestade do ar pode prevalecer contra a Igreja
Pois também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Efésios 1.15-23
15 - Pelo que, ouvindo eu também a fé que entre vós há no Senhor Jesus e o vosso amor para com todos os santos,
16 - não cesso de dar graças a Deus por vós, lembrando-me de vós nas minhas orações,
17 - para que o Deus de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai da glória, vos dê em seu conhecimento o espírito de sabedoria e de revelação,
18 - tendo iluminados os olhos do vosso entendimento, para que saibais qual seja a esperança da sua vocação e quais as riquezas da glória da sua herança nos santos
19 - e qual a sobre-excelente grandeza do seu poder sobre nós, os que cremos, segundo a operação da força do seu poder,
20 - que manifestou em Cristo, ressuscitando-o dos mortos e pondo-o à sua direita nos céus,
21 - acima de todo principado, e poder, e potestade, e domínio, e de todo nome que se nomeia, não só neste século, mas também no vindouro.
22 - E sujeitou todas as coisas a seus pés e, sobre todas as coisas, o constituiu como cabeça da igreja,
23 - que é o seu corpo, a plenitude daquele que cumpre tudo em todos.
HINOS SUGERIDOS: 300, 311, 491 da Harpa Cristã
OBJETIVO GERAL
Esclarecer a dimensão de nossa chamada, as riquezas da herança divina e a grandeza do poder de Deus.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.
I - Destacar a vocação e as riquezas da glória inclusas na herança divina;
II - Salientar a grandiosidade do poder divino que opera em favor dos crentes;
III- Expressar o exemplo de exaltação em Cristo.
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
O plano de salvação divina revela uma santa vocação, as riquezas da herança divina e a grandeza do poder de Deus. Uma vez salvos, somos vocacionados para a santidade, o serviço e a participação gloriosa no porvir. Uma vez salvos, desfrutamos das riquezas da glória divina experimentando o perdão dos pecados, a adoção de filhos e as bênçãos a ser desfrutadas no porvir. Uma vez salvos, seremos glorificados a exemplo de Cristo Jesus. Nesta lição, estudaremos as bênçãos espirituais e a profunda esperança que cada crente deve guardar em Cristo.
INTRODUÇÃO
Ainda no primeiro capítulo, o apóstolo Paulo inicia uma longa sentença assim dividida: ação de graças (1.15,16), oração intercessora (1.17-19) e confissão de louvor e exaltação (1.20-23). Nessa sentença somos exortados a louvar ao Senhor pela nossa eleição, buscar a iluminação do Espírito para compreender a dimensão de nossa chamada e herança divina, bem como entender a grandeza do poder de nosso Deus.
- No trecho da Carta aos Efésios que vamos estudar hoje (Ef 1.15-23), Paulo nos mostra que a igreja de Deus, é o povo mais poderoso do mundo. “Nesses versículos, Paulo, com coração devoto, lembrando-se de seus leitores, orando e agradecendo a Deus por eles, numa demonstração do seu espírito altruísta e intercessório, ensina-nos uma grande lição. Nos versos 3 a 14 do mesmo capítulo, nossa posição em Cristo é assegurada pelas três bênçãos principais que emanam de Deus: fomos eleitos em Cristo para sermos santos e irrepreensíveis; fomos remidos pelo seu sangue; e fo¬mos selados com o Espírito Santo até o dia em que corpo, alma e espírito sejam plenamente livres para o gozo eterno. A oração do "apóstolo das gentes" teve três pedidos especiais para os crentes da igreja em Éfeso. Ele começa com as palavras [que Ele] vos dê" (v. 17) e apresenta a seguir os três pedidos. Primeiro, "o espírito de sabedoria". Segundo, "[o espírito] de revelação". Terceiro, que lhes fossem "iluminados os olhos do... entendimento"”. (bibliotecabiblica). É com essa oração de Paulo que o convido a pensar maduramente a nossa fé cristã!
- No trecho da Carta aos Efésios que vamos estudar hoje (Ef 1.15-23), Paulo nos mostra que a igreja de Deus, é o povo mais poderoso do mundo. “Nesses versículos, Paulo, com coração devoto, lembrando-se de seus leitores, orando e agradecendo a Deus por eles, numa demonstração do seu espírito altruísta e intercessório, ensina-nos uma grande lição. Nos versos 3 a 14 do mesmo capítulo, nossa posição em Cristo é assegurada pelas três bênçãos principais que emanam de Deus: fomos eleitos em Cristo para sermos santos e irrepreensíveis; fomos remidos pelo seu sangue; e fo¬mos selados com o Espírito Santo até o dia em que corpo, alma e espírito sejam plenamente livres para o gozo eterno. A oração do "apóstolo das gentes" teve três pedidos especiais para os crentes da igreja em Éfeso. Ele começa com as palavras [que Ele] vos dê" (v. 17) e apresenta a seguir os três pedidos. Primeiro, "o espírito de sabedoria". Segundo, "[o espírito] de revelação". Terceiro, que lhes fossem "iluminados os olhos do... entendimento"”. (bibliotecabiblica). É com essa oração de Paulo que o convido a pensar maduramente a nossa fé cristã!
PONTO CENTRAL
A herança de preciosas riquezas espirituais conferidas aos eleitos faz parte da vocação do crente.
I – A ESPERANÇA DA VOCAÇÃO E AS RIQUEZAS DA GLÓRIA
O apóstolo ensina que os salvos precisam ser iluminados para compreenderem quais são a esperança da vocação e as riquezas da glória da sua herança.
1. Ação de graças e intercessão.
O apóstolo se alegra em dar graças a Deus pela vida dos eleitos (1.16) e por todas as bênçãos espirituais recebidas, tais como: a eleição, a predestinação, a filiação e o dom do Espírito Santo (1.3-14). Ele intercede para que seja concedido aos seus leitores “o espírito de sabedoria e de revelação” (1.17). Paulo estava ciente de quão maravilhoso é o Evangelho, mas ao mesmo, de quão impossível é alguém perceber a glória dessas boas novas sem ser ensinado por Deus (1 Co 2.14,15). Por isso, ele rogava para que os crentes recebessem a capacidade de compreenderem, por meio do Espírito Santo, a esperança da chamada, as riquezas da herança e a grandeza do poder de Deus (1.18,19).
“Em Efésios 1.1-14, Paulo mostra-nos que somos o povo mais rico do mundo. Mas, agora, ele pede para Deus abrir o nosso entendimento a fim de que saibamos que somos o povo mais poderoso do mundo. Ele começa com uma grande bênção (1.1-14) e continua com uma grande intercessão (1.15-23)” (Stott, John. A mensagem dc Efcsios, p. 29.). O apóstolo pede que Deus abra os olhos do nosso coração para sabermos o que já temos.
- Em Efésios 1.17-18, “espírito de sabedoria... coração”, Paulo estava orando para que os cristãos tivessem a disposição do conhecimento piedoso e a percepção do que uma mente santificada é capaz, e assim, entender a grandeza da esperança (Rm 8.29; 1 Jo 3.2) e da herança que eles têm em Cristo. O único meio do verdadeiro entendimento e apreciação da esperança e da herança em Cristo e de viver de maneira obediente a ele é somente através de uma mente iluminada espiritualmente, como assevera o versículo 8.
- “O conhecimento é a escada através da qual a fé sobe mais alto, é o trampolim de onde pula mais longe”. A palavra grega usada por Paulo, epignosis, “conhecimento”, deve ser distinguida degnosis, cuja tradução também é “conhecimento”. A palavra composta epignosis é uma amplitude de gnosis, denotando um conhecimento mais amplo e mais completo. Esse conhecimento pleno é aquele que advém de intimidade experimental. E mais do que conhecimento acadêmico e teórico. E pessoal” (Lopes, Hernandes Dias Efésios: igreja, a noiva gloriosa de Cristo / Hernandes Dias Lopes. — São Paulo: Hagnos, 2009. P. 37).
2. A esperança da vocação.
Em sua petição a Deus, Paulo intercede para que o Espírito Santo ilumine os crentes a fim de saberem “qual seja a esperança da sua vocação” (1.18). Assim, eles seriam capazes de experimentar e conhecer profunda e espiritualmente os privilégios de serem vocacionados. Podemos dizer que tal esperança divide-se em pelo menos três aspectos: a) Deus chamou pessoas no passado (2 Tm 1.9) Que nos salvou, e chamou com uma santa vocação; não segundo as nossas obras, mas segundo o seu próprio propósito e graça que nos foi dada em Cristo Jesus antes dos tempos dos séculos, ou seja, uma chamada em que Ele teve a iniciativa por meio da eleição em Cristo, da qual fazemos parte (1.3-14); b) a chamada abrange serviço e santificação no presente (Fp 3.14) Prossigo para o alvo, pelo prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus., isto é, achar-se irrepreensível, viver em comunhão e andar de modo digno (1.4; 2.11-18; 4.1); c) a participação gloriosa no futuro (5.27), que compreende a vida eterna e a esperança de conhecer Deus face a face (1 Co 13.12) Porque agora vemos por espelho em enigma, mas então veremos face a face; agora conheço em parte, mas então conhecerei como também sou conhecido.
- Paulo ora para que a igreja venha a conhecer e a experimentar essa gloriosa esperança. Paulo está falando que Deus é a nossa herança. Salmo 16.5 diz que Deus é a nossa herança. “Paulo expressa, aqui, o desejo de que os crentes compreendam quão preciosos eles são para Deus. Eles são o troféu da graça de Deus. O tesouro deles está em Deus, e, num sentido bem verdadeiro, o tesouro de Deus está nos santos”. (Vaughan, Curtis. Efésios, p. 42.)
- “Nós somos a riqueza de Deus, o presente de Deus, o tesouro de Deus, a menina dos olhos de Deus. Somos filhos, herdeiros, coerdeiros, santuários, ovelhas e a delícia de Deus.” (HERNANDES, p. 42).
- Aqueles que vivem afastados da iluminação do Evangelho estão cegados por satanás para a verdade espiritual (2Co 4.4; 6.14; Mt 15.14). Por este fato, os descrentes estarem nas trevas de sua cegueira espiritual, a Bíblia muitas vezes usa a luz para retratar a salvação (At 13.47; 26.23; Mt 4.16; Jo 1.4-5,7-9:3.19-21; 8.12; 9.5; 12.36).
3. As riquezas da glória da sua herança.
Na oração, o apóstolo pede para que os crentes entendessem “as riquezas da glória da sua herança” (1.18). A expressão “sua herança” enfatiza o que Deus deu aos seus eleitos (Cl 1.12) dando graças ao Pai, que nos tornou dignos de participar da herança dos santos no reino da luz.. Já o termo “riquezas” refere-se às maravilhosas bênçãos que acompanham o plano da salvação, tais como: o perdão dos pecados, a adoção de filhos e as bênçãos que serão desfrutadas no porvir (Cl 1.27; 1 Pe 1.4,5), como por exemplo: vermos a Deus, a Cristo e O adorarmos (Ap 22.3,4). Sim, no dia aprazado, os fiéis estarão reunidos nas bodas do Cordeiro (Ap 19.7-9). Então, os salvos tomarão posse da herança preparada desde a fundação do mundo (Mt 25.34) Então dirá o Rei aos que estiverem à sua direita: Vinde, benditos de meu Pai, possuí por herança o reino que vos está preparado desde a fundação do mundo.
SÍNTESE DO TÓPICO I
Os santos devem louvar a Deus pela eleição e ser iluminados para conhecer a esperança do chamado e as riquezas que fazem parte de nossa herança.
SUBSÍDIO DIDÁTICO-PEDAGÓGICO
É importante introduzir esta aula lendo com a classe os versículos 15-17. Esses versículos retratam a ação de graças e a intercessão apostólica. Para introduzir este tópico, além do texto do comentário, leve em conta o seguinte fragmento de texto: “Será muito importante observar o relacionamento entre 1.3-14 e 1.15-23. O primeiro representa um profundo hino de louvor pelas bênçãos redentoras de Deus em Cristo; o último é uma oração de intercessão para que os olhos espirituais dos
Sim, no dia aprazado, os fiéis estarão reunidos nas bodas do Cordeiro. Então, os salvos tomarão posse da herança [...].
crentes se abram para, através da experiência, alcançarem a compreensão da plenitude dessas bênçãos. Dessa forma, Paulo faz junção do louvor com a oração, da adoração com a intercessão, como dois componentes necessários ao verdadeiro conhecimento de Deus” (ARRINGTON, French L.; STRONSTAD, Roger (Eds.). Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. Vol.2. Rio de Janeiro: CPAD, 2017, p.403).
II – A SOBRE-EXCELENTE GRANDEZA E FORÇA DO PODER DIVINO
O poder divino é imensurável e nada pode detê-lo. Em sua Carta, Paulo se esmera no esforço de traduzir a grandiosidade e a eficácia desse poder que opera em favor dos crentes.
1. A sobre-excelente grandeza do seu poder.
O apóstolo orou para que os salvos pudessem entender a “sobre-excelente grandeza do poder de Deus” (1.19). Perceba que a palavra “sobre-excelente” é traduzida do grego uperballõ, que na forma adjetivada significa “extraordinário” (2 Co 4.7). Já a expressão seguinte, megethos (grandeza), objetiva enaltecer a magnitude do poder de Deus que a tudo sobrepuja (Mt 26.64) Respondeu-lhe Jesus: Tu o disseste; entretanto, eu vos declaro que, desde agora, vereis o Filho do Homem assentado à direita do Todo-Poderoso e vindo sobre as nuvens do céu.
O termo dunamis, aqui traduzido por “poder”, indica feitos miraculosos que requerem força “fora de medida” (At 8.13). Logo, a repetição desses termos indica que apenas o maior de todos os poderes é capaz de realizar a transformação e a salvação do homem (2 Pe 1.4); e que somente um poder tão grande assim pode operar e concretizar as bênçãos inclusas na “esperança da vocação” e nas “riquezas da herança” (1.18).
- O grande poder de Deus, esse mesmo poder que ressuscitou Jesus da morte e o elevou de volta pela ascensão para a glória a fim de fazê-lo sentar-se à direita de Deus, é dado a todo cristão no momento da salvação e está sempre disponível (At 1.8; Cl 1.29). Paulo, portanto, não ora para que o poder de Deus seja dado aos cristãos, mas para que eles se conscientizem do poder que já possuem em Cristo e façam uso dele (Ef 3.20). Paulo enfatiza o poder de Deus usando quatro palavras distintas para a palavra poder no versículo 19:
1) dunamis — traz a ideia de uma dinamite, um poder irresistível;
2) energeia — o poder que trabalha como uma energia;
3) kratos — poder ou força exercida;
4) ischus — poder, grande força inerente.
- Paulo faz uso dessas quatro palavras para enfatizar a plenitude e a certeza desse poder. Esse poder é tão tremendo que é o mesmo que Deus exerceu para ressuscitar seu Filho.
2. A força do poder divino.
Na sentença “segundo a operação da força do seu poder” (Ef 1.19), o apóstolo faz uso de três vocábulos gregos concordes entre si. Primeiro, a palavra “operação”, que é a tradução de energeia, e também significa “eficácia”, sinalizando a ideia de “poder em atividade” (Cl 1.29).
Segundo, a expressão “força” vem do termo kratos, que traz a ideia de “intensidade”. E, finalmente, ischus, que indica o “poder inerente” de Deus (Jo 1.12; 2 Pe 2.11). A associação desses conceitos revela o poder potencial de Deus que, inerente à sua natureza divina, opera em favor dos que creem. Para aprofundar essa impressionante descrição, Paulo apresenta três exemplos irrefutáveis da força desse poder: (1) A ressurreição de Cristo; (2) sua ascensão à direita de Deus nos céus (1.20); e (3) sua elevação acima de todo o domínio (1.21,22).
- “O poder que atua nos crentes é o poder da ressurreição. E o poder que ressuscitou a Cristo dentre os mortos, assentou-o à direita de Deus e lhe deu a soberania sobre o Universo inteiro. Esse poder é como um caudal impetuoso que arrasta com sua força os obstáculos que encontra pelo caminho. F. F. Bruce afirma que a morte de Cristo é a principal demonstração do amor de Deus, mas a ressurreição de Cristo é a principal demonstração do poder de Deus.[...] À luz do que Paulo pediu, como você avalia a sua vida espiritual? Você tem usufruído as riquezas que tem em Cristo? Você tem crescido no relacionamento íntimo com Deus? Você conhece mais a Deus? Você tem fome de Deus? Você compreende a esperança do seu chamado: de onde Deus o chamou, para que Deus o chamou e para onde Deus o chamou? Você compreende o quão valioso você é para Deus? Você tem experimentado de forma prática o poder da ressurreição em sua vida?” (HERNANDES, p. 42 e 45)
SÍNTESE DO TÓPICO II
O poder de Deus é extraordinário e supera todo e qualquer outro poder. Esse maravilhoso poder opera no interesse de salvar a humanidade caída.
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
“A NATUREZA DE DEUS
O Deus onipotente não pode ser plenamente compreendido pelo ser humano, mas nem por isso deixou de se revelar de diversas maneiras e em várias ocasiões a fim de que o venhamos a conhecer. Deus não pode ser compreendido pela mera lógica humana, e nem sequer sua própria existência pode ser comprovada desta maneira. Com isso, queremos dizer que não de forma alguma diminuindo os seus atributos, fazendo uma declaração confessional das nossas limitações e da infinitude divina.
Nosso modo de entender a Deus pode ser classificado em duas pressuposições primárias:
(1) Deus existe; e (2) Ele se revelou a nós de modo adequado através da sua revelação inspirada.
[...] Além disso, Deus está sustentando ativamente o mundo que criou. Na conservação, Ele sustenta a criação através de leis estabelecidas (At 17.25). Na providência, Ele controla todas as coisas existentes no Universo, com o propósito de levar a efeito seu plano sábio e amoroso, de forma que não venha a interferir na liberdade das suas criaturas (Gn 20.6; 50.20; Jó 1.12; Rm 1.24)” (HORTON, Stanley (Ed.). Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 2018, pp.151,53).
III – CRISTO: NOSSO EXEMPLO DE EXALTAÇÃO
Nesse ponto veremos três aspectos da exaltação de Cristo que atestam a grandiosidade do Poder de Deus disponível também aos crentes.
1. Cristo: As primícias dos que dormem.
Paulo enfatiza que o poder de Deus se “manifestou em Cristo, ressuscitando-o dos mortos” (1.20). De fato, o Novo Testamento descreve a ressurreição de Cristo como obra do poder de Deus Pai (At 2.24; 3.26; 17.31). Ao ressurgir dentre os mortos, Cristo foi feito as primícias dos que dormem (1 Co 15.20-22). Assim sendo, a ressurreição de Jesus é a garantia de que seremos ressuscitados (1 Ts 4.14). O mesmo poder que ressuscitou a Cristo está disponível também aos salvos (2.6). Desse modo, os crentes vencerão a morte e se erguerão gloriosamente de seus sepulcros para reinarem com Cristo eternamente (Jo 5.28,29; Fp 3.20,21).
- Por causa do seu poder divino (Jo 11.25; Hb 2.14), da promessa e do propósito de Deus (Lc 24.46; jo 2.18-22; 1 Co 15.16-26), a morte não podia reter Jesus na sepultura. A ressurreição autenticou o ministério do Senhor, selou sua obra de redenção, marcou o começo de sua glorificação e foi a confirmação pública de que o Pai aceitou seu sacrifício.
- Mas não apenas numa ação futura, Deus já nos resgatou da sepultura espiritual em que o pecado nos havia posto. Deus realizou uma poderosa ressurreição espiritual em nós por meio do poder do Espírito Santo. Quando cremos em Cristo, passamos da morte para a vida (Jo 5.24). Recebemos vida nova: a vida de Deus em nós.
2. Cristo elevado à direita de Deus.
Paulo reforça o poder de Deus quando da elevação de Cristo ao trono: “Pondo-o à sua direita nos céus” (1.20). Aqui está em foco à ascensão de Cristo em referência a promessa messiânica (Sl 110; At 1.6). O grau de exaltação para uma posição de honra e autoridade indica o completo triunfo de Cristo sobre o pecado e as forças do mal (Fp 2.9-11; Cl 2.15). Esse triunfo também está assegurado aos salvos (1 Co 15.56,57) e endossa nossa participação na vida celestial, conforme indica a expressão “nos fez assentar nos lugares celestiais” (2.6). Assim, tanto a ressurreição como à ascensão de Cristo são obras do poder do Pai.
- Depois de haver ressuscitado a Cristo dentre os mortos, Deus manifestou seu poder fazendo-o assentar-se “à sua direita” (1.20,21). A “direita” de Deus é uma figura de linguagem indicando o lugar de supremo privilégio e autoridade. A mais alta honra e autoridade no Universo foi tributada a Cristo (Mt 28.18).
- "ressuscitou" e "fez" indica serem esses os resultados imediatos e diretos da salvação. O cristão não só está morto para o pecado e vivo para a justiça por meio da ressurreição de Cristo, mas ele também desfruta da exaltação do Senhor e compartilha de sua glória preeminente. A esfera sobrenatural onde Deus reina é o lugar onde Cristo nos fez assentar! “Nos Lugares Celestiais” é a esfera espiritual onde as bênçãos dos cristãos estão (Ef 1.3), onde está a herança deles (1 Pe 1.4), onde os sentimentos deles devem estar (Cl 3.3) e onde eles desfrutam da comunhão com o Senhor. É a esfera de onde toda revelação divina provém e para onde vão todo o louvo e todas as petições.
3. Cristo exaltado sobremaneira.
Nesse ponto, Paulo ensina que o poder de Deus exaltou Cristo “acima de todo o principado, e poder, e potestade, e domínio, e de todo o nome que se nomeia” (1.21). Significa que Ele foi exaltado acima de toda eminência do bem e do mal e de todo título que se possa conferir nessa era e também no porvir. O resultado desse triunfo traz duplo benefício para a Igreja: primeiro, que Deus fez Cristo o cabeça da Igreja (1.22); e, segundo, que Deus designou a Igreja para ser a expressão plena de Cristo (1.23). Isso significa que nenhum poder pode prevalecer contra a Igreja do Senhor (Mt 16.18).
Assim sendo, a ressurreição de Jesus é a garantia de que seremos ressuscitados (1 Ts 4.14).
- Paulo queria que os crentes entendessem a grandeza de Deus comparada a outros seres celestiais. "Principado, potestade, poder e domínio" eram os termos tradicionais judaicos para designar seres angelicais que tinham unia alta posição no exército de Deus. Deus está acima deles todos (Ap 20.10-15).
- No versículo 22 Paulo cita o SaImo 8.6, indicando que Deus exaltou a Cristo sobre todas as coisas (Hb 2.8), incluindo a sua igreja (Cl 1.18). Cristo é, claramente, o cabeça dominante porque todas as coisas foram colocadas sob seus pés. No versículo 23, Paulo usa uma metáfora para o povo redimido de Deus, chamando-o de ‘Corpo’, metáfora essa que é usada exclusivamente no Novo Testamento para falar da igreja (Ef 4.12-16; 1 Co 12.12-27). Isso nos esclarece que, a Igreja é o único meio que o mundo pode enxergar a Cristo, é através da Igreja que Cristo pode ser conhecido pelo mundo entenebrecido. “A igreja é a plenitude de Cristo. A igreja está cheia da sua presença, animada pela sua vida, cheia com os seus dons, poder e graça.93 A igreja é o prolongamento da encarnação de Cristo. A igreja é o seu corpo em ação na terra. A igreja está cheia da própria Trindade: Filho (1.23), Pai (3.19) e Espírito Santo (5.18).” (HERNANDES, p. 44).
- Ainda, esclarecendo o ponto “Isso significa que nenhum poder pode prevalecer contra a Igreja do Senhor (Mt 16.18)”, em Mateus 16.18, "as portas do inferno", são literalmente "as portas do Hades". O inferno é o local de punição do espírito dos descrentes que morrem. O ponto de entrada para tal é a morte. Essa, então, é uma expressão judaica que se refere à morte. Até mesmo a morte, a derradeira arma de Satanás (Hb 2.14-15), não tem poder para obstruir a igreja. O sangue dos mártires, de fato, acelerou o crescimento da igreja em tamanho e em poder espiritual! Esse foi o principal propósito da encarnação: Jesus veio à terra para morrer. Ao morrer, ele pôde vencer a morte em sua ressurreição (Jo 14.19). Ao vencer a morte, ele tornou ineficaz o poder de Satanás contra todos os que são salvos. Para o cristão, "tragada foi a morte pela vitória" (1Co 15.54). Portanto, o pavor da morte e sua escravidão espiritual foram destruídos por meio da obra de Cristo!
SÍNTESE DO TÓPICO III
Tanto a ressurreição como o assentar-se nos céus está disponível aos crentes, e de semelhante modo à glorificação por meio do grande poder de Deus.
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
“A ênfase no Novo Testamento recai mais na ressurreição do corpo do que naquilo que acontece imediatamente depois da morte. A morte continua sendo uma inimiga, mas já não é para ser temida (1 Co 15.55-57; Hb 2.15). Para o crente, o viver é Cristo e o morrer é lucro; isto significa que morrer é receber mais de Cristo (Fp 1.21). Logo, morrer e estar com Cristo é muito melhor que permanecer no corpo presente, embora devamos ficar aqui enquanto Deus considera que isso seja necessário (Fp 1.23,24). Depois disso, a morte nos trará o repouso ou cessação das nossas labutas e sofrimentos terrestres, e a entrada na glória (2 Co 4.17; 2 Pe 1.10,11; Ap 14.13)” (HORTON, Stanley (Ed.). Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 2018, p.621).
CONCLUSÃO
Embevecido com as bênçãos espirituais, Paulo mantém adoração contínua ao Eterno Deus, atitude que deve ser seguida por todos os salvos. A compreensão das dádivas da salvação demonstra o excelso valor daquilo que Deus fez por nós. Seus atos poderosos viabilizam a transformação e a glorificação dos que creem. Aleluia!
- Cristo é a fonte da herança divina do cristão, a qual é tão certa que é mencionada como se já tivesse sido recebida (nele, digo, no qual fomos também feitos Herança...), Assim, em Efésios 1.1-14, Paulo mostra-nos que somos o povo mais rico da terra, e agora, ele pede para Deus abrir o nosso entendimento a fim de que saibamos que somos o povo mais poderoso da terra. Todas essas riquezas vêm pela graça de Deus e são para a glória de Deus. Toda a obra do Pai (1.6), do Filho (1.12) e do Espírito Santo (1.13,14) tem uma fonte (a graça) e um propósito (a glória de Deus). O nosso fim principal é glorificar a Deus, e o fim principal de Deus é glorificar a si mesmo.
- Cristo é a fonte da herança divina do cristão, a qual é tão certa que é mencionada como se já tivesse sido recebida (nele, digo, no qual fomos também feitos Herança...), Assim, em Efésios 1.1-14, Paulo mostra-nos que somos o povo mais rico da terra, e agora, ele pede para Deus abrir o nosso entendimento a fim de que saibamos que somos o povo mais poderoso da terra. Todas essas riquezas vêm pela graça de Deus e são para a glória de Deus. Toda a obra do Pai (1.6), do Filho (1.12) e do Espírito Santo (1.13,14) tem uma fonte (a graça) e um propósito (a glória de Deus). O nosso fim principal é glorificar a Deus, e o fim principal de Deus é glorificar a si mesmo.
PARA REFLETIR
A respeito de “A Iluminação Espiritual do Crente”, responda:
• Quais são as bênçãos espirituais recebidas que o autor destaca na lição?
A eleição, a predestinação, a filiação e o dom do Espírito Santo (1.3-14).
• Segundo a lição, qual o motivo da oração de Paulo pelos salvos?
O apóstolo orou para que os salvos pudessem entender a “sobre-excelente grandeza do poder de Deus” (1.19).
• Cite os três exemplos irrefutáveis que Paulo apresenta acerca da “força do poder” de Deus.
Paulo apresenta três exemplos irrefutáveis da força desse poder: (1) A ressurreição de Cristo; (2) sua ascensão à direita de Deus nos céus (1.20); e (3) sua elevação acima de todo o domínio (1.21,22).
• Segundo a lição, como o Novo Testamento descreve a ressurreição de Cristo?
O Novo Testamento descreve a ressurreição de Cristo como obra do poder de Deus Pai (At 2.24; 3.26; 17.31).
• Qual o duplo benefício que o triunfo de Cristo traz a Igreja?
O resultado desse triunfo traz duplo benefício para a Igreja: primeiro, que Deus fez Cristo o cabeça da Igreja (1.22); e, segundo, que Deus designou a Igreja para ser a expressão plena de Cristo (1.23).
COMMENTS