SUPLEMENTO EXCLUSIVO DO PROFESSOR Afora o suplemento do professor, todo o conteúdo de cada lição é igual para alunos e mestres, inclusive ...
SUPLEMENTO EXCLUSIVO DO PROFESSOR
Afora o suplemento do professor, todo o conteúdo de cada lição é igual para alunos e mestres, inclusive o número da página
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Em Gálatas 4 há 31 versos. Sugerimos começar a aula lendo, com os alunos, Gálatas 4.1-20 (5 a 7 min.). A revista funciona como guia de estudo e leitura complementar, mas não substitui a leitura da Bíblia. Seguimos na esteira da argumentação teológica paulina. Conforme estudado, o apóstolo compara a lei a um “aio”, por conta de seu papel pedagógico. No capítulo 4, ele segue lançando mão de alegorias e dessa vez compara a lei a um tutor. Posteriormente, ele faz um paralelo entre dois sistemas (legalismo judaizante e justificação pela graça), e os filhos do patriarca Abraão (Ismael e Isaque). Tenha em mente, que o uso de tais alegorias aponta taxativamente para a real funcionalidade da lei, seu caráter transitório, e acima de tudo para a liberdade usufruída pelos crentes e conquistada pela imputação da justiça de Cristo. Nosso Pai determinou em Seu desígnio eterno que na plenitude dos tempos enviaria Seu filho, a fim de alçar-nos da tutela pedagógica da lei para a condição de filhos de Deus.
OBJETIVOS
Aprender que Deus nos promoveu de escravos a filhos Dele.
Mostrar que mesmo enfermo, Paulo servia aos gálatas com excelência.
Esclarecer que não somos escravos da lei.
PARA COMEÇAR A AULA
Iniciei a aula de hoje argumentando com seus alunos que, baseado na argumentação de Paulo, um dos maiores perigos à nossa liberdade cristã é o legalismo. Demonstra que o exemplo dos Gálatas deve servir de alerta para a Igreja atual. Procure o auxílio de uma boa teologia sistemática e pesquise de antemão conceitos como: graça e justificação, e exponha-os em classe. Incentive o diálogo respeitoso sobre tais temas, com o fito de engajar os alunos no tema da aula.
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LEITURA ADICIONAL
“A Igreja tem suas idades próprias”. [Bengel]. Deus não faz nada antes do tempo devido, mas sim, prevendo o resultado desde o começo, espera até que tudo esteja amadurecido para a execução de Seu propósito. Se Cristo tivesse vindo imediatamente depois da queda, a enormidade e os frutos mortais do pecado não teriam sido devidamente entendidos pelo homem de modo que sentisse seu estado de desespero e sua necessidade de um Salvador. O pecado já estava plenamente desenvolvido. A incapacidade do homem de salvar-se a si mesmo pela lei, fosse a de Moisés ou a da consciência, foi completamente manifestada; todas as profecias dos diferentes séculos acharam seu centro comum neste tempo particular; e a Providência, por meio de vários ajustes no mundo social e político, como também no moral, tinha preparado perfeitamente o caminho para o Redentor que viria. Deus frequentemente permite o mal físico por muito tempo, antes de revelar o remédio. Por muito tempo a varíola fez seus estragos, antes de ser descoberta a inoculação e logo a vacina. Foi essencial para que a lei de Deus fosse honrada, o permitir o mal por longo tempo, antes que Ele revelasse o remédio completo. Veja-se “o prazo é chegado” (Sl 102.13).
Livro: Comentário Crítico e Explicativo de toda a Bíblia: Gálatas (Jamieson-Fausset-Brown, Hendrickson Pub, 1996, Pg. 53).
Texto Áureo
“Vindo, porém, a plenitude do tempo, Deus enviou seu filho, nascido de mulher, nascido sob a lei.” GI 4.4
Leitura Bíblica Com Todos
Gálatas 4.1-20
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
📖 Texto Áureo – Gálatas 4.4
"Vindo, porém, a plenitude do tempo, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei."
Comentário:
- "Plenitude do tempo" (πλήρωμα τοῦ χρόνου – plḗrōma tou chrónou): "Plenitude" carrega a ideia de tempo "cheio", "completo", indicando o momento exato no plano soberano de Deus. Deus não age antes nem depois, mas no momento certo.
- "Enviou" (ἐξαπέστειλεν – exapésteilen): verbo composto de ek (fora) + apostéllō (enviar), indicando um envio com missão. Aponta para a preexistência do Filho (cf. Jo 1.1; Fp 2.6).
- "Nascido de mulher": expressa a encarnação verdadeira (cf. Is 7.14; Mt 1.23), em oposição a qualquer doutrina gnóstica.
- "Nascido sob a lei" (γενόμενον ὑπὸ νόμον – genómenon hypò nómon): indica que Jesus se submeteu voluntariamente à Torá para redimir os que estavam debaixo dela. Aqui está o coração da substituição vicária de Cristo.
📚 Leitura Bíblica: Gálatas 4.1–20
🟩 Versículos 1–3: Ilustração do herdeiro imaturo
1. Digo, pois, que, durante o tempo em que o herdeiro é menor, em nada difere do servo, ainda que seja senhor de tudo;2. Mas está debaixo de tutores e curadores até ao tempo determinado pelo pai.3. Assim também nós, quando éramos meninos, estávamos reduzidos à servidão debaixo dos rudimentos do mundo.Comentário:
- "Menor" (νήπιος – nḗpios): literalmente "criança sem fala". Aponta para imaturidade espiritual, incapaz de usufruir da herança.
- "Servo" (δοῦλος – doûlos): mesmo sendo herdeiro, na prática vivia como escravo até atingir a maturidade.
- "Tutores" (ἐπίτροποι – epítropoi) e "curadores" (οἰκονόμοι – oikonomoi): referências ao sistema romano de tutela, aplicadas à antiga aliança.
- "Rudimentos do mundo" (στοιχεῖα τοῦ κόσμου – stoicheía tou kósmou): pode se referir aos princípios básicos da religião judaica ou até a elementos espirituais (ver Col 2.8,20). Paulo aponta que a Torá, fora de Cristo, pode aprisionar.
🟩 Versículos 4–7: Adoção em Cristo
4. Vindo, porém, a plenitude do tempo, Deus enviou seu Filho...5. Para remir os que estavam debaixo da lei, a fim de recebermos a adoção de filhos.6. E, porque sois filhos, Deus enviou aos vossos corações o Espírito de seu Filho, que clama: Aba, Pai.7. Assim que já não és mais servo, mas filho; e, se és filho, és também herdeiro de Deus por Cristo.Comentário:
- "Redimir" (ἐξαγοράσῃ – exagorásēi): literalmente “comprar fora do mercado”, usado para escravos libertos. Refere-se ao preço pago por Cristo (cf. Gl 3.13).
- "Adoção" (υἱοθεσία – huiothesía): status legal de filho adotado com todos os direitos de herança (cf. Rm 8.15).
- "Clama" (κράζων – krázō): clamor emocional e íntimo, indicando a liberdade de expressão da nova filiação.
- "Aba" (אבא): termo aramaico afetivo, usado pelas crianças; o uso aponta para uma relação íntima e confiante com Deus.
🟩 Versículos 8–11: Repreensão quanto à volta aos rudimentos
8. Outrora, quando não conhecíeis a Deus, servíeis aos que por natureza não são deuses.9. Mas agora, conhecendo a Deus... como tornais outra vez aos rudimentos fracos e pobres...?10. Guardais dias, meses, tempos e anos.11. Receio de vós que não haja trabalhado em vão para convosco.Comentário:
- "Conhecendo" (γνόντες – gnóntes): conhecimento relacional, não apenas intelectual.
- "Rudimentos fracos e pobres": reforça que retornar à antiga aliança como meio de salvação é regredir à escravidão religiosa.
- "Dias, meses...": referências ao calendário judaico, indicando legalismo religioso.
🟩 Versículos 12–16: Apelo pastoral
12. Rogo-vos, irmãos, sede como eu, porque também eu sou como vós...13. Vós sabeis que vos preguei o evangelho a primeira vez por causa de uma enfermidade da carne.14. E não desprezastes isso...15. Que é feito, logo, daquele sentimento de bem-aventurança...?16. Fiz-me, porventura, vosso inimigo, dizendo a verdade?Comentário:
- Paulo recorda o afeto inicial dos gálatas e os desafia a examinar sua mudança de atitude.
- "Fiz-me vosso inimigo": sugere que a verdade confrontadora pode ser mal recebida, mas continua sendo um ato de amor pastoral.
🟩 Versículos 17–20: Cuidado com os falsos mestres
17. Eles têm zelo por vós, mas não para o bem...18. É bom ser zeloso, mas sempre no bem...19. Meus filhinhos, por quem de novo sinto as dores de parto...20. Quisera estar presente convosco agora...Comentário:
- "Zelo" (ζηλοῦσιν – zēloûsin): pode indicar inveja ou paixão manipuladora. Paulo denuncia o zelo dos judaizantes como nocivo.
- "Filhinhos" (τεκνία – teknía): termo carinhoso, denota o amor pastoral.
- "Dores de parto" (ὠδίνω – ōdínō): Paulo sofre espiritualmente como uma mãe que espera que Cristo seja formado nos gálatas.
- "Cristo seja formado" (μορφωθῇ – morphōthē): o verbo indica transformação interior, de caráter. É o alvo da vida cristã.
📖 Texto Áureo – Gálatas 4.4
"Vindo, porém, a plenitude do tempo, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei."
Comentário:
- "Plenitude do tempo" (πλήρωμα τοῦ χρόνου – plḗrōma tou chrónou): "Plenitude" carrega a ideia de tempo "cheio", "completo", indicando o momento exato no plano soberano de Deus. Deus não age antes nem depois, mas no momento certo.
- "Enviou" (ἐξαπέστειλεν – exapésteilen): verbo composto de ek (fora) + apostéllō (enviar), indicando um envio com missão. Aponta para a preexistência do Filho (cf. Jo 1.1; Fp 2.6).
- "Nascido de mulher": expressa a encarnação verdadeira (cf. Is 7.14; Mt 1.23), em oposição a qualquer doutrina gnóstica.
- "Nascido sob a lei" (γενόμενον ὑπὸ νόμον – genómenon hypò nómon): indica que Jesus se submeteu voluntariamente à Torá para redimir os que estavam debaixo dela. Aqui está o coração da substituição vicária de Cristo.
📚 Leitura Bíblica: Gálatas 4.1–20
🟩 Versículos 1–3: Ilustração do herdeiro imaturo
Comentário:
- "Menor" (νήπιος – nḗpios): literalmente "criança sem fala". Aponta para imaturidade espiritual, incapaz de usufruir da herança.
- "Servo" (δοῦλος – doûlos): mesmo sendo herdeiro, na prática vivia como escravo até atingir a maturidade.
- "Tutores" (ἐπίτροποι – epítropoi) e "curadores" (οἰκονόμοι – oikonomoi): referências ao sistema romano de tutela, aplicadas à antiga aliança.
- "Rudimentos do mundo" (στοιχεῖα τοῦ κόσμου – stoicheía tou kósmou): pode se referir aos princípios básicos da religião judaica ou até a elementos espirituais (ver Col 2.8,20). Paulo aponta que a Torá, fora de Cristo, pode aprisionar.
🟩 Versículos 4–7: Adoção em Cristo
Comentário:
- "Redimir" (ἐξαγοράσῃ – exagorásēi): literalmente “comprar fora do mercado”, usado para escravos libertos. Refere-se ao preço pago por Cristo (cf. Gl 3.13).
- "Adoção" (υἱοθεσία – huiothesía): status legal de filho adotado com todos os direitos de herança (cf. Rm 8.15).
- "Clama" (κράζων – krázō): clamor emocional e íntimo, indicando a liberdade de expressão da nova filiação.
- "Aba" (אבא): termo aramaico afetivo, usado pelas crianças; o uso aponta para uma relação íntima e confiante com Deus.
🟩 Versículos 8–11: Repreensão quanto à volta aos rudimentos
Comentário:
- "Conhecendo" (γνόντες – gnóntes): conhecimento relacional, não apenas intelectual.
- "Rudimentos fracos e pobres": reforça que retornar à antiga aliança como meio de salvação é regredir à escravidão religiosa.
- "Dias, meses...": referências ao calendário judaico, indicando legalismo religioso.
🟩 Versículos 12–16: Apelo pastoral
Comentário:
- Paulo recorda o afeto inicial dos gálatas e os desafia a examinar sua mudança de atitude.
- "Fiz-me vosso inimigo": sugere que a verdade confrontadora pode ser mal recebida, mas continua sendo um ato de amor pastoral.
🟩 Versículos 17–20: Cuidado com os falsos mestres
Comentário:
- "Zelo" (ζηλοῦσιν – zēloûsin): pode indicar inveja ou paixão manipuladora. Paulo denuncia o zelo dos judaizantes como nocivo.
- "Filhinhos" (τεκνία – teknía): termo carinhoso, denota o amor pastoral.
- "Dores de parto" (ὠδίνω – ōdínō): Paulo sofre espiritualmente como uma mãe que espera que Cristo seja formado nos gálatas.
- "Cristo seja formado" (μορφωθῇ – morphōthē): o verbo indica transformação interior, de caráter. É o alvo da vida cristã.
Verdade Prática
Por meio do Seu sacrifício, Cristo nos resgatou da maldição da Lei e nos tornou filhos de Deus.
INTRODUÇÃO
I- FILHOS E HERDEIROS DE DEUS 4.1-11
1- Escravos ou filhos? 4.1,2
2- A plenitude do tempo 4.4
3- Aba, Pai 4.6
II- UM PASTOR QUEBRANTADO 4.12-20
1- Apelo pastoral 4.12
2- Enfermo, recebido como anjo 4.14
3- Dores de parto 4.19
III- SARA E AGAR: DUAS ALIANÇAS 4.21-31
1- Agar. Antiga Aliança 4.23
2- Sara: Nova Aliança 4.23
3- Filhos da promessa 4.28
APLICAÇÃO PESSOAL
DINAMICA EXTRA
Comentário de Hubner Braz
🎯 Dinâmica: “Libertos ou Aprisionados?”
🎯 Objetivo:
Levar os participantes a refletirem sobre a diferença entre viver sob a escravidão da lei e desfrutar da liberdade da graça em Cristo, conforme ensinado em Gálatas 4.
🛠️ Materiais:
- 2 tipos de objetos:
🔒 Correntes ou cordas (representando escravidão da lei)
🕊️ Cartões com palavras como: “Graça”, “Liberdade”, “Filiação”, “Herança” - Bíblia
- Papel e caneta (opcional para reflexão final)
⏱️ Tempo estimado:
15 a 20 minutos
📜 Base Bíblica:
Gálatas 4.7 – “Assim que já não és mais servo, mas filho; e, se és filho, és também herdeiro de Deus por Cristo.”
🔄 Desenvolvimento:
- Introdução Rápida (2-3 min):
O líder explica que em Gálatas 4, Paulo compara a vida sob a lei com a vida na graça. Os judeus estavam tentando voltar a viver como escravos espirituais. Mas Cristo nos deu liberdade. - Parte 1 – Escravidão (5 min):
Divida os participantes em dois grupos.
No grupo 1, amarre de leve os pulsos dos voluntários com as cordas ou correntes (de forma simbólica).
Entregue a eles cartões com palavras como: “Medo”, “Culpa”, “Esforço Humano”, “Rituais”, “Lei”.
➤ Pergunte: - Como vocês se sentem presos a algo?
- O que essas palavras representam na vida cristã?
- Parte 2 – Liberdade em Cristo (5 min):
Ao grupo 2, entregue os cartões com: “Graça”, “Liberdade”, “Filiação”, “Amor”, “Herança”.
➤ Pergunte: - Como vocês se sentem com essas palavras?
- Que tipo de vida cristã elas refletem?
- Reflexão Final (5 min):
Junte os dois grupos. Leia Gálatas 4.4–7.
➤ Explique que muitos cristãos, mesmo salvos, vivem como escravos da culpa, do esforço humano, da religiosidade vazia.
➤ Cristo nos libertou para vivermos como filhos, com acesso ao Pai e ao Espírito.
➤ Pergunta para todos: - Em quais áreas da sua vida você ainda vive como servo, e não como filho?
💬 Aplicação Espiritual:
- O Evangelho da graça nos tira da escravidão do medo e da religião baseada em méritos e nos coloca na posição de filhos amados.
- Filhos não precisam “merecer” amor – já são herdeiros.
✍️ Dica Extra:
No fim, distribua pequenos cartões com Gálatas 4.7 impresso e peça que levem como lembrança da identidade que têm em Cristo: filhos, e não servos.
🎯 Dinâmica: “Libertos ou Aprisionados?”
🎯 Objetivo:
Levar os participantes a refletirem sobre a diferença entre viver sob a escravidão da lei e desfrutar da liberdade da graça em Cristo, conforme ensinado em Gálatas 4.
🛠️ Materiais:
- 2 tipos de objetos:
🔒 Correntes ou cordas (representando escravidão da lei)
🕊️ Cartões com palavras como: “Graça”, “Liberdade”, “Filiação”, “Herança” - Bíblia
- Papel e caneta (opcional para reflexão final)
⏱️ Tempo estimado:
15 a 20 minutos
📜 Base Bíblica:
Gálatas 4.7 – “Assim que já não és mais servo, mas filho; e, se és filho, és também herdeiro de Deus por Cristo.”
🔄 Desenvolvimento:
- Introdução Rápida (2-3 min):
O líder explica que em Gálatas 4, Paulo compara a vida sob a lei com a vida na graça. Os judeus estavam tentando voltar a viver como escravos espirituais. Mas Cristo nos deu liberdade. - Parte 1 – Escravidão (5 min):
Divida os participantes em dois grupos.
No grupo 1, amarre de leve os pulsos dos voluntários com as cordas ou correntes (de forma simbólica).
Entregue a eles cartões com palavras como: “Medo”, “Culpa”, “Esforço Humano”, “Rituais”, “Lei”.
➤ Pergunte: - Como vocês se sentem presos a algo?
- O que essas palavras representam na vida cristã?
- Parte 2 – Liberdade em Cristo (5 min):
Ao grupo 2, entregue os cartões com: “Graça”, “Liberdade”, “Filiação”, “Amor”, “Herança”.
➤ Pergunte: - Como vocês se sentem com essas palavras?
- Que tipo de vida cristã elas refletem?
- Reflexão Final (5 min):
Junte os dois grupos. Leia Gálatas 4.4–7.
➤ Explique que muitos cristãos, mesmo salvos, vivem como escravos da culpa, do esforço humano, da religiosidade vazia.
➤ Cristo nos libertou para vivermos como filhos, com acesso ao Pai e ao Espírito.
➤ Pergunta para todos: - Em quais áreas da sua vida você ainda vive como servo, e não como filho?
💬 Aplicação Espiritual:
- O Evangelho da graça nos tira da escravidão do medo e da religião baseada em méritos e nos coloca na posição de filhos amados.
- Filhos não precisam “merecer” amor – já são herdeiros.
✍️ Dica Extra:
No fim, distribua pequenos cartões com Gálatas 4.7 impresso e peça que levem como lembrança da identidade que têm em Cristo: filhos, e não servos.
INTRODUÇÃO
Paulo continua a defender a liberdade em Cristo. Ele reitera que tanto judeus como gentios só têm um caminho para a justificação diante de Deus: a fé em Cristo Jesus. Paulo faz comparações entre Lei e Graça; entre liberdade e escravidão, demonstrando assim, a superioridade do Evangelho de Cristo sobre o legalismo judaico.
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
🧠 INTRODUÇÃO EXEGÉTICA E TEOLÓGICA:
Tema: A Liberdade em Cristo e a Superioridade da Graça sobre a Lei
🔍 1. A Justificação pela Fé – O único caminho para judeus e gentios
O apóstolo Paulo afirma enfaticamente que tanto judeus como gentios têm acesso à salvação não pela Lei, mas exclusivamente pela fé em Cristo Jesus. Isso está alinhado com o ensino anterior:
“...sabei, pois, que os que são da fé é que são filhos de Abraão.”
(Gálatas 3.7)
“Porque todos vós sois filhos de Deus pela fé em Cristo Jesus.”
(Gálatas 3.26)
🔹 A palavra "fé" aqui é πίστις (pístis), que não é apenas crença intelectual, mas confiança ativa, fidelidade a Cristo, distinta da obediência mecânica à Lei.
🔹 A justificação (δικαίωσις – dikaíōsis, cf. Rm 4.25) é o ato legal de Deus de declarar justo aquele que crê, algo que a Lei jamais pôde fazer (Gl 2.16; Rm 3.20).
📚 Referência acadêmica:
“A fé em Cristo é o novo princípio regulador da vida do crente, substituindo a Lei mosaica como base da identidade e da retidão diante de Deus.”
– Douglas Moo, Galatians, Baker Exegetical Commentary
⚖️ 2. Lei x Graça | Escravidão x Liberdade
Paulo usa antíteses poderosas para confrontar o sistema legalista que ameaçava a liberdade cristã:
- Lei (νόμος – nómos) representa um período de tutela (Gl 3.24) e servidão.
- Graça (χάρις – cháris) revela o favor imerecido de Deus que capacita e transforma.
“Assim também nós, quando éramos meninos, estávamos reduzidos à servidão debaixo dos rudimentos do mundo.”
(Gálatas 4.3)
🔹 O termo “rudimentos” (στοιχεῖα – stoicheía) carrega a ideia de princípios elementares e pode referir-se tanto aos preceitos da Lei mosaica como às estruturas espirituais do mundo (cf. Colossenses 2.8,20).
🧠 Segundo John Stott,
“Os rudimentos são os ABCs da religião, tanto pagã quanto judaica. Paulo vê em ambos os sistemas o mesmo princípio: o esforço humano por alcançar Deus.”
🧬 3. A Plenitude do Tempo e a Encarnação do Filho
“Vindo, porém, a plenitude do tempo, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei...”
(Gálatas 4.4)
🔹 Plenitude (πλήρωμα – plḗrōma): aponta para o momento certo e determinado por Deus na história da redenção.
🔹 Enviou (ἐξαπέστειλεν – exapésteilen): verbo usado para descrever o envio de um em missão com autoridade, implicando a preexistência do Filho.
Esse versículo mostra como Deus entrou na história humana através de Cristo para resgatar (gr. ἐξαγοράζω – exagorázō, “comprar de volta”) os que estavam sob a Lei e torná-los filhos adotivos (gr. υἱοθεσία – huiothesía, cf. Rm 8.15).
📚 R. C. Sproul, em Justificados pela Fé, diz:
“A Lei nos mantinha em prisão, aguardando o Libertador. Cristo não apenas cumpre a Lei – Ele nos liberta dela como meio de justificação.”
👑 4. Filiação e Herança: o Evangelho transforma status espiritual
“E porque sois filhos, Deus enviou aos vossos corações o Espírito de seu Filho, que clama: Aba, Pai.”
(Gálatas 4.6)
🔹 A palavra "clama" (κράζων – krázō), no grego, expressa um grito de intensidade emocional, de intimidade profunda.
🔹 A adoção transforma a relação do crente com Deus – de escravo para filho, e de servo para herdeiro.
📚 Segundo a Bíblia de Estudo NVI:
“A filiação não é uma metáfora, mas uma realidade espiritual e legal no Reino de Deus. A presença do Espírito testifica dessa nova identidade.”
🧭 Conclusão da Introdução:
A mensagem de Gálatas 4 é clara: não se volta à escravidão depois de ter recebido a liberdade em Cristo. O legalismo judaico – que se manifesta hoje em qualquer tentativa humana de merecer a salvação – é incompatível com a graça soberana do Evangelho. O que Cristo realizou é superior, completo, eterno.
🧠 INTRODUÇÃO EXEGÉTICA E TEOLÓGICA:
Tema: A Liberdade em Cristo e a Superioridade da Graça sobre a Lei
🔍 1. A Justificação pela Fé – O único caminho para judeus e gentios
O apóstolo Paulo afirma enfaticamente que tanto judeus como gentios têm acesso à salvação não pela Lei, mas exclusivamente pela fé em Cristo Jesus. Isso está alinhado com o ensino anterior:
“...sabei, pois, que os que são da fé é que são filhos de Abraão.”
(Gálatas 3.7)
“Porque todos vós sois filhos de Deus pela fé em Cristo Jesus.”
(Gálatas 3.26)
🔹 A palavra "fé" aqui é πίστις (pístis), que não é apenas crença intelectual, mas confiança ativa, fidelidade a Cristo, distinta da obediência mecânica à Lei.
🔹 A justificação (δικαίωσις – dikaíōsis, cf. Rm 4.25) é o ato legal de Deus de declarar justo aquele que crê, algo que a Lei jamais pôde fazer (Gl 2.16; Rm 3.20).
📚 Referência acadêmica:
“A fé em Cristo é o novo princípio regulador da vida do crente, substituindo a Lei mosaica como base da identidade e da retidão diante de Deus.”
– Douglas Moo, Galatians, Baker Exegetical Commentary
⚖️ 2. Lei x Graça | Escravidão x Liberdade
Paulo usa antíteses poderosas para confrontar o sistema legalista que ameaçava a liberdade cristã:
- Lei (νόμος – nómos) representa um período de tutela (Gl 3.24) e servidão.
- Graça (χάρις – cháris) revela o favor imerecido de Deus que capacita e transforma.
“Assim também nós, quando éramos meninos, estávamos reduzidos à servidão debaixo dos rudimentos do mundo.”
(Gálatas 4.3)
🔹 O termo “rudimentos” (στοιχεῖα – stoicheía) carrega a ideia de princípios elementares e pode referir-se tanto aos preceitos da Lei mosaica como às estruturas espirituais do mundo (cf. Colossenses 2.8,20).
🧠 Segundo John Stott,
“Os rudimentos são os ABCs da religião, tanto pagã quanto judaica. Paulo vê em ambos os sistemas o mesmo princípio: o esforço humano por alcançar Deus.”
🧬 3. A Plenitude do Tempo e a Encarnação do Filho
“Vindo, porém, a plenitude do tempo, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei...”
(Gálatas 4.4)
🔹 Plenitude (πλήρωμα – plḗrōma): aponta para o momento certo e determinado por Deus na história da redenção.
🔹 Enviou (ἐξαπέστειλεν – exapésteilen): verbo usado para descrever o envio de um em missão com autoridade, implicando a preexistência do Filho.
Esse versículo mostra como Deus entrou na história humana através de Cristo para resgatar (gr. ἐξαγοράζω – exagorázō, “comprar de volta”) os que estavam sob a Lei e torná-los filhos adotivos (gr. υἱοθεσία – huiothesía, cf. Rm 8.15).
📚 R. C. Sproul, em Justificados pela Fé, diz:
“A Lei nos mantinha em prisão, aguardando o Libertador. Cristo não apenas cumpre a Lei – Ele nos liberta dela como meio de justificação.”
👑 4. Filiação e Herança: o Evangelho transforma status espiritual
“E porque sois filhos, Deus enviou aos vossos corações o Espírito de seu Filho, que clama: Aba, Pai.”
(Gálatas 4.6)
🔹 A palavra "clama" (κράζων – krázō), no grego, expressa um grito de intensidade emocional, de intimidade profunda.
🔹 A adoção transforma a relação do crente com Deus – de escravo para filho, e de servo para herdeiro.
📚 Segundo a Bíblia de Estudo NVI:
“A filiação não é uma metáfora, mas uma realidade espiritual e legal no Reino de Deus. A presença do Espírito testifica dessa nova identidade.”
🧭 Conclusão da Introdução:
A mensagem de Gálatas 4 é clara: não se volta à escravidão depois de ter recebido a liberdade em Cristo. O legalismo judaico – que se manifesta hoje em qualquer tentativa humana de merecer a salvação – é incompatível com a graça soberana do Evangelho. O que Cristo realizou é superior, completo, eterno.
I- FILHOS E HERDEIROS DE DEUS (4.1-11)
A fim de demonstrar a superioridade do Evangelho da salvação sobre o “evangelho” legalista dos judaizantes, Paulo usa algumas figuras.
1- Escravos ou filhos? (4.1,2) Digo, pois, que, durante o tempo em que o herdeiro é menor, em nada difere de escravo, posto que é ele senhor de tudo. Mas está sob tutores e curadores até o tempo predeterminado pelo Pai (4.1).
Paulo estabelece um contraste entre o filho herdeiro e um escravo, valendo-se de dois importantes institutos do Direito Romano: a tutela e a curatela, que são institutos do Direito Civil voltados à proteção de pessoas que, por alguma razão, não possuem plena capacidade para os atos da vida civil. A tutela, exercida por um tutor, aplica-se a menores de idade, visando proteger e administrar seus interesses até que atinjam a maioridade ou sejam emancipados. Sendo herdeiro, mas ainda sem poder tomar decisões, a criança encontrava-se em condição semelhante à de um escravo (4.2). A curatela, por sua vez, é exercida por um curador e destina-se a maiores de idade que não possuem capacidade plena para reger sua pessoa e seus bens, após processo judicial de interdição. A condição de “tutelados” representa o estado espiritual de judeus e gentios antes do sacrifício expiatório de Cristo. Ele quer dizer que, antes de Cristo, estávamos debaixo da escravidão da lei e, de fato, ainda não havíamos herdado a promessa. Antes da conversão a Cristo, os gálatas estavam mergulhados no paganismo (4.8). O Evangelho da graça os alcançou e eles passaram a cultivar a comunhão com Deus. Agora, eles estão voltando ao estado anterior, abraçando o legalismo judaico, menosprezando, assim, a eficácia do sacrifício de Cristo. Para Paulo, “rudimentos fracos e pobres”, significa a anterior vida pagã dos gálatas e o legalismo dos judaizantes.
2- A plenitude do tempo (4.4) Vindo, porém, a plenitude do tempo, Deus enviou seu filho, nascido de mulher, nascido sob a lei.
Deus preparou o mundo para a chegada de seu filho. Os judeus ofereceram ao mundo as Escrituras; os gregos, a língua grega; e os romanos, as leis e as estradas que facilitaram o trânsito célere dos mensageiros e da mensagem. A manifestação do “verbo divino” se deu no tempo exato e determinado pelo Pai, antes da fundação do mundo. No verso 5 a palavra “resgatar” significa libertar mediante um preço. Estávamos encerrados sob o pecado. Não podemos livrar-nos da maldição que a Lei nos havia imposto. Jesus Cristo foi o nosso fiador, representante e substituto. Seu sangue nos livrou do cativeiro e da maldição da Lei.
3- Aba, Pai (4.6) E, porque vós sois filhos, enviou Deus ao nosso coração o Espírito de seu Filho, que clama Aba, Pai!
Deus enviou seu Filho para habitar entre nós e seu Espírito para habitar em nós. É o próprio Espírito do Filho que ora em nós, por nós e nos conduz à intimidade com o Pai, chamando-o de Aba. Aba significa “o Pai” ou “meu Pai” em aramaico expressando íntima comunhão e confiança filial. É a mesma palavra que Jesus usou em sua oração angustiante no Getsêmani (Mt 26.39). Aba é a preservação de um termo sagrado pelos primeiros cristãos, que usavam essa expressão ao se referirem a Deus. Os crentes gregos e romanos adotaram esse vocabulário como forma de se dirigir a Deus.
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
I – FILHOS E HERDEIROS DE DEUS (Gálatas 4.1–11)
Tema: A transição da servidão para a filiação plena em Cristo
📖 1. Escravos ou filhos? (4.1–2)
"Digo, pois, que, durante o tempo em que o herdeiro é menor, em nada difere de escravo, posto que é ele senhor de tudo. Mas está sob tutores e curadores até o tempo predeterminado pelo pai."
🔍 Exegese e contexto histórico:
- O apóstolo Paulo recorre ao Direito Romano para ilustrar a relação entre o povo de Deus e a Lei antes da vinda de Cristo.
- Tutor: responsável pelo menor de idade que ainda não possui autonomia legal.
- Curador: destinado a adultos considerados incapazes, em caráter temporário ou permanente.
Esse exemplo jurídico ilustra como os judeus, embora herdeiros da promessa (Gn 12.3; Rm 9.4), ainda estavam "presos à Lei", como menores que aguardam atingir a maioridade espiritual.
Gentios, por outro lado, estavam cativos dos "rudimentos do mundo" (v.3), seja pela idolatria, seja por ritos religiosos vazios.
🧠 Raiz das palavras:
- "Herdeiro" – no grego: κληρονόμος (klēronómos), “aquele que possui por sorte ou direito legal”.
- "Escravo" – δοῦλος (doûlos), refere-se à condição de completa submissão, aqui aplicada espiritualmente.
📚 Referência acadêmica:
“A metáfora do herdeiro menor de idade demonstra que, embora a Lei tenha sido dada por Deus, ela jamais foi o destino final. Ela apenas preparava o caminho para a liberdade da fé.”
– F. F. Bruce, The Epistle to the Galatians
📖 2. A plenitude do tempo (4.4–5)
"Vindo, porém, a plenitude do tempo, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei, para resgatar os que estavam debaixo da lei, a fim de que recebêssemos a adoção de filhos."
🔍 Teologia da Encarnação e da Redenção:
A "plenitude do tempo" (πλήρωμα τοῦ χρόνου – plḗrōma tou chrónou) indica o tempo divinamente determinado para a manifestação do plano de salvação. É o cume da história redentiva, quando convergiram os fatores religiosos, culturais e políticos que favoreceram a propagação do Evangelho:
- Religioso: os judeus prepararam espiritualmente o mundo com o monoteísmo e as Escrituras.
- Cultural: o idioma grego era comum em todo o império.
- Político: a "Pax Romana" e as estradas romanas facilitaram a evangelização.
🧠 Raiz das palavras:
- "Enviou" – ἐξαπέστειλεν (exapésteilen): verbo composto que indica uma missão oficial com autoridade. Implica a preexistência do Filho.
- "Resgatar" – ἐξαγοράζω (exagorázō): libertar mediante pagamento de preço; termo usado para a compra de escravos no mercado.
Aqui se vê claramente a doutrina da substituição vicária: Jesus nasceu sob a Lei para cumprir a Lei em nosso lugar (cf. Mt 5.17) e nos libertar da maldição da Lei (cf. Gl 3.13).
📚 Comentário acadêmico:
“A vinda do Filho na ‘plenitude do tempo’ é uma intersecção entre o eterno e o temporal. Jesus entrou na nossa história para nos tirar da tutela da Lei e nos elevar à posição de filhos adotivos.”
– Thomas Schreiner, Paul, Apostle of God's Glory in Christ
📖 3. Aba, Pai (4.6)
"E, porque sois filhos, enviou Deus aos nossos corações o Espírito de seu Filho, que clama: Aba, Pai!"
🔍 Teologia da filiação e habitação do Espírito:
- A adoção (υἱοθεσία – huiothesía, cf. Rm 8.15) é mais do que um status legal. Implica em relação íntima com Deus, possibilitada pela habitação do Espírito.
- A palavra "clama" (κράζω – krázō) denota intensidade emocional, como um grito de alguém que confia profundamente em seu pai.
"Aba" é aramaico e significa “meu pai querido”, expressão de intimidade raramente usada no judaísmo para Deus.
Quando os cristãos a usavam, estavam expressando uma nova forma de relacionamento com Deus – relacional, não ritualista.
📚 Citações:
“A verdadeira evidência da filiação espiritual não é um rito exterior, mas o grito interior: ‘Aba, Pai!’ É o Espírito quem dá essa certeza.”
– John Stott, A Mensagem de Gálatas
“Não é apenas Jesus que chama Deus de Aba – agora nós também o fazemos. Isso é o ápice da graça: Deus não apenas nos perdoa, Ele nos adota.”
– J. I. Packer, O Conhecimento de Deus
✍️ Conclusão Teológica do Bloco (Gálatas 4.1–11):
- Paulo mostra que antes de Cristo, judeus e gentios estavam debaixo de tutela espiritual, aguardando o cumprimento da promessa.
- A redenção efetuada por Cristo nos liberta da escravidão da Lei, nos coloca como filhos adotivos e nos dá o Espírito Santo como selo dessa nova identidade.
- O Evangelho da graça não apenas corrige o pecado; ele transforma nosso status e identidade diante de Deus: de servos para filhos, de órfãos para herdeiros.
I – FILHOS E HERDEIROS DE DEUS (Gálatas 4.1–11)
Tema: A transição da servidão para a filiação plena em Cristo
📖 1. Escravos ou filhos? (4.1–2)
"Digo, pois, que, durante o tempo em que o herdeiro é menor, em nada difere de escravo, posto que é ele senhor de tudo. Mas está sob tutores e curadores até o tempo predeterminado pelo pai."
🔍 Exegese e contexto histórico:
- O apóstolo Paulo recorre ao Direito Romano para ilustrar a relação entre o povo de Deus e a Lei antes da vinda de Cristo.
- Tutor: responsável pelo menor de idade que ainda não possui autonomia legal.
- Curador: destinado a adultos considerados incapazes, em caráter temporário ou permanente.
Esse exemplo jurídico ilustra como os judeus, embora herdeiros da promessa (Gn 12.3; Rm 9.4), ainda estavam "presos à Lei", como menores que aguardam atingir a maioridade espiritual.
Gentios, por outro lado, estavam cativos dos "rudimentos do mundo" (v.3), seja pela idolatria, seja por ritos religiosos vazios.
🧠 Raiz das palavras:
- "Herdeiro" – no grego: κληρονόμος (klēronómos), “aquele que possui por sorte ou direito legal”.
- "Escravo" – δοῦλος (doûlos), refere-se à condição de completa submissão, aqui aplicada espiritualmente.
📚 Referência acadêmica:
“A metáfora do herdeiro menor de idade demonstra que, embora a Lei tenha sido dada por Deus, ela jamais foi o destino final. Ela apenas preparava o caminho para a liberdade da fé.”
– F. F. Bruce, The Epistle to the Galatians
📖 2. A plenitude do tempo (4.4–5)
"Vindo, porém, a plenitude do tempo, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei, para resgatar os que estavam debaixo da lei, a fim de que recebêssemos a adoção de filhos."
🔍 Teologia da Encarnação e da Redenção:
A "plenitude do tempo" (πλήρωμα τοῦ χρόνου – plḗrōma tou chrónou) indica o tempo divinamente determinado para a manifestação do plano de salvação. É o cume da história redentiva, quando convergiram os fatores religiosos, culturais e políticos que favoreceram a propagação do Evangelho:
- Religioso: os judeus prepararam espiritualmente o mundo com o monoteísmo e as Escrituras.
- Cultural: o idioma grego era comum em todo o império.
- Político: a "Pax Romana" e as estradas romanas facilitaram a evangelização.
🧠 Raiz das palavras:
- "Enviou" – ἐξαπέστειλεν (exapésteilen): verbo composto que indica uma missão oficial com autoridade. Implica a preexistência do Filho.
- "Resgatar" – ἐξαγοράζω (exagorázō): libertar mediante pagamento de preço; termo usado para a compra de escravos no mercado.
Aqui se vê claramente a doutrina da substituição vicária: Jesus nasceu sob a Lei para cumprir a Lei em nosso lugar (cf. Mt 5.17) e nos libertar da maldição da Lei (cf. Gl 3.13).
📚 Comentário acadêmico:
“A vinda do Filho na ‘plenitude do tempo’ é uma intersecção entre o eterno e o temporal. Jesus entrou na nossa história para nos tirar da tutela da Lei e nos elevar à posição de filhos adotivos.”
– Thomas Schreiner, Paul, Apostle of God's Glory in Christ
📖 3. Aba, Pai (4.6)
"E, porque sois filhos, enviou Deus aos nossos corações o Espírito de seu Filho, que clama: Aba, Pai!"
🔍 Teologia da filiação e habitação do Espírito:
- A adoção (υἱοθεσία – huiothesía, cf. Rm 8.15) é mais do que um status legal. Implica em relação íntima com Deus, possibilitada pela habitação do Espírito.
- A palavra "clama" (κράζω – krázō) denota intensidade emocional, como um grito de alguém que confia profundamente em seu pai.
"Aba" é aramaico e significa “meu pai querido”, expressão de intimidade raramente usada no judaísmo para Deus.
Quando os cristãos a usavam, estavam expressando uma nova forma de relacionamento com Deus – relacional, não ritualista.
📚 Citações:
“A verdadeira evidência da filiação espiritual não é um rito exterior, mas o grito interior: ‘Aba, Pai!’ É o Espírito quem dá essa certeza.”
– John Stott, A Mensagem de Gálatas
“Não é apenas Jesus que chama Deus de Aba – agora nós também o fazemos. Isso é o ápice da graça: Deus não apenas nos perdoa, Ele nos adota.”
– J. I. Packer, O Conhecimento de Deus
✍️ Conclusão Teológica do Bloco (Gálatas 4.1–11):
- Paulo mostra que antes de Cristo, judeus e gentios estavam debaixo de tutela espiritual, aguardando o cumprimento da promessa.
- A redenção efetuada por Cristo nos liberta da escravidão da Lei, nos coloca como filhos adotivos e nos dá o Espírito Santo como selo dessa nova identidade.
- O Evangelho da graça não apenas corrige o pecado; ele transforma nosso status e identidade diante de Deus: de servos para filhos, de órfãos para herdeiros.
II- UM PASTOR QUEBRANTADO (4.12-20)
Paulo faz uma espécie de balanço do seu relacionamento com os galácticos. O apego aos seus filhos na fé é muito mais profundo que as tristezas pelos fracassos. Aqui temos um belo exemplo de amor pastoral nos moldes daquele praticado por Jesus em relação a Pedro. As decepções não impediram o mestre de continuar investindo no apóstolo.
1- Apelo pastoral (4.12) Sede qual eu sou; pois também eu sou com vós. Irmãos, assim vos suplico. Em nada me ofendestes.
A postura de Paulo neste texto nos remete a três importantes aspectos do relacionamento entre pastores e ovelhas:
a) A identificação com as ovelhas, “pois também eu sou como vós”. Paulo assume a condição de ovelha que, aliás, deve ser a primeira para alguém exercer o pastorado. Ele apela aos gálatas para que se identifiquem com ele. Isso tem relação direta com a liberdade em Cristo Jesus. Mesmo sendo um judeu e, portanto, circuncidado, o apóstolo aceitou a fé no sacrifício de Cristo, rejeitando, assim, o legalismo que tanto conhecera;
b) A humildade diante das ovelhas. “irmãos, assim vos suplico”. Como pastor, Paulo tem o poder do cajado, mas resolve usar o diálogo. Ser humilde e sereno não diminui ninguém, pelo contrário, enaltece e abre caminhos para relacionamentos mais sólidos;
c) Relacionamento mais profundo com as pessoas, “em nada me ofendestes”. O comportamento dos gálatas não era dos melhores, mas Paulo não explora o passado para abrir mais feridas. Ele usa as fraquezas de seus filhos na fé para reconstruir os laços. Ele renuncia às recompensas pessoais e tão somente busca o bem-estar do rebanho. Essa é a marca do legítimo pastoreio.
2- Enfermo, recebido como anjo (4.14) E, posto que a minha enfermidade na carne vos foi uma tentação, não me revelastes desprezo nem desgosto; antes, me recebestes como anjo de Deus, como o próprio Cristo Jesus.
Paulo tinha uma doença grave. Todavia, isso não abalou a fraternidade dos gálatas com ele. Eles viam no apóstolo a imagem do próprio Deus, mas todo esse carinho e reconhecimento estavam sendo destruídos pelas intervenções hipócritas dos legalistas. Não sabemos qual era a doença de Paulo. Alguns estudiosos sustentam que há fortes indícios de que a doença do apóstolo era oftalmológica. Isto, se levarmos em conta o texto que menciona que os crentes da Galácia se compadecem a tal ponto que estavam dispostos a arrancar os próprios olhos para lhes dar (4.15), e quando encerra a carta aos gálatas, o apóstolo diz: “Vede com que letras grandes vos escrevi de meu próprio punho” (6.11). Corrobora a esta perspectiva o fato do apóstolo ter ficado temporariamente sem visão, logo após o seu chamado por Cristo (Atos 9.1-9,18).
3- Dores de parto (4.19) Meus filhos, por quem, de novo, sofro as dores de parto, até ser Cristo formado em vós.
É perceptível a firmeza com que o apóstolo Paulo confronta os crentes gálatas. Ele é incisivo ao defender a essência do Evangelho da graça que aqueles irmãos haviam recebido, e que, agora, estavam abandonando. Apesar de ser duro nas palavras, o apóstolo demonstra que tem um coração bondoso para com eles ao chamá-los de “filhos gerados com dores de parto”. O evangelista João utiliza com frequência essa expressão, mas Paulo não a utiliza em nenhuma outra passagem. Aqui, ele suspira com ternura pelos filhos desviados. O verdadeiro pastor repreende, exorta, disciplina, mas não trabalha com a “teologia do descarte”. Paulo aflige-se pelos crentes da Galácia até vê-los nascer de novo de verdade. Que belo anseio pastoral!
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
II – UM PASTOR QUEBRANTADO (Gálatas 4.12–20)
Tema: Amor pastoral em meio à crise espiritual dos filhos na fé
📖 1. Apelo pastoral (4.12)
“Sede como eu sou, porque também eu sou como vós. Irmãos, rogo-vos: em nada me ofendestes.”
🔍 Exegese e análise grega:
- “Sede como eu sou” – Γίνεσθε ὡς ἐγώ (gínesthe hōs egō): o verbo gínomai traz a ideia de transformação, tornar-se algo. Paulo clama por uma identificação espiritual e prática com ele, que abandonou os rigores da Lei para viver pela graça.
- “Também eu sou como vós” – Paulo se refere à sua renúncia às prerrogativas judaicas (cf. Fp 3.5-7). Ele se fez como gentio para ganhar os gentios (1Co 9.21).
- “Rogo-vos” – δέομαι (déomai): “suplico com humildade”. O verbo é comumente usado em contextos de intercessão e súplica espiritual.
🧠 Teologia pastoral:
Aqui encontramos três pilares da espiritualidade pastoral de Paulo:
- Identificação com as ovelhas – Ele compartilha das lutas e limitações delas.
- Humildade na liderança – Em vez de imposição, Paulo apela ao coração (cf. 2Co 10.1).
- Perdão e reconciliação – “Em nada me ofendestes” mostra que Paulo evita alimentar mágoas, mesmo com a ingratidão dos gálatas.
📚 Referência acadêmica:
“Paulo desce do púlpito e entra na vida dos gálatas. Ele não exige como um fariseu, mas roga como um pai.”– Ralph Martin, New Testament Foundations
📖 2. Enfermo, recebido como anjo (4.14)
“E, posto que a minha enfermidade na carne vos foi uma tentação, não me desprezastes nem repelistes; antes, me recebestes como um anjo de Deus, como o próprio Cristo Jesus.”
🔍 Análise da condição física de Paulo:
- “Enfermidade” – ἀσθένεια (asthéneia): fraqueza física, doença.
- “Tentação” – πειρασμός (peirasmós): pode significar tanto prova quanto tentação. Aqui, provavelmente indica que a doença de Paulo pôs à prova a fé e o amor dos gálatas.
- “Recebestes como anjo” – a palavra ἄγγελος (ángelos) significa mensageiro, e nesse contexto, aponta para a honra espiritual que deram a Paulo.
O contexto parece sugerir que Paulo enfrentava alguma limitação física notável, provavelmente oftalmológica (cf. Gl 4.15; 6.11). Seu sofrimento não anulou sua autoridade, mas a intensificou, como também ocorrera com o próprio Cristo (Is 53.2–3).
📚 Opinião acadêmica:
“Paulo estava marcado pela fraqueza, não pela glória. Mas foi justamente nisso que sua autoridade se confirmou como apostólica.”– Ben Witherington III, Grace in Galatia
📖 3. Dores de parto (4.19)
“Meus filhinhos, por quem de novo sofro as dores de parto, até que Cristo seja formado em vós.”
🔍 Análise linguística e teológica:
- “Filhinhos” – τεκνία (teknía): termo carinhoso e paternal (cf. Jo 13.33). Paulo assume o papel de uma mãe espiritual.
- “Dores de parto” – ὠδίνω (ōdínō): verbo usado para o sofrimento intenso do parto. Essa figura é raramente usada por Paulo e mostra a intensidade emocional e espiritual de seu ministério.
- “Formado” – μορφόω (morphóō): moldar, tomar forma. Refere-se à formação interior de Cristo no caráter do crente (cf. Rm 8.29 – “sermos conformes à imagem do Filho”).
A imagem é poderosa: Paulo já havia sofrido para gerar os gálatas na fé e agora sofre "de novo", pois eles estavam regredindo espiritualmente. Sua dor é redentora, não ressentida.
📚 Comentário acadêmico:
“O ministério pastoral é doloroso porque envolve não apenas o ensino, mas o sofrimento com e pelos outros até que Cristo seja formado neles. Essa é a pedagogia do discipulado.”– Eugene Peterson, Subversive Spirituality
✍️ Conclusão Teológica do Bloco (Gálatas 4.12–20):
- Paulo exemplifica o verdadeiro pastorado, fundado não no poder, mas no amor, na humildade e na disposição de sofrer pelo rebanho (cf. 2Co 12.15).
- Sua postura aponta para Cristo como o modelo supremo de liderança pastoral: Ele que se fez servo, sofreu pelos seus e os amou até o fim (Jo 13.1).
- O apóstolo está mais interessado na formação espiritual dos gálatas do que em seu próprio reconhecimento. Sua dor não é pela perda da honra, mas pela desfiguração do Evangelho entre os filhos espirituais.
II – UM PASTOR QUEBRANTADO (Gálatas 4.12–20)
Tema: Amor pastoral em meio à crise espiritual dos filhos na fé
📖 1. Apelo pastoral (4.12)
“Sede como eu sou, porque também eu sou como vós. Irmãos, rogo-vos: em nada me ofendestes.”
🔍 Exegese e análise grega:
- “Sede como eu sou” – Γίνεσθε ὡς ἐγώ (gínesthe hōs egō): o verbo gínomai traz a ideia de transformação, tornar-se algo. Paulo clama por uma identificação espiritual e prática com ele, que abandonou os rigores da Lei para viver pela graça.
- “Também eu sou como vós” – Paulo se refere à sua renúncia às prerrogativas judaicas (cf. Fp 3.5-7). Ele se fez como gentio para ganhar os gentios (1Co 9.21).
- “Rogo-vos” – δέομαι (déomai): “suplico com humildade”. O verbo é comumente usado em contextos de intercessão e súplica espiritual.
🧠 Teologia pastoral:
Aqui encontramos três pilares da espiritualidade pastoral de Paulo:
- Identificação com as ovelhas – Ele compartilha das lutas e limitações delas.
- Humildade na liderança – Em vez de imposição, Paulo apela ao coração (cf. 2Co 10.1).
- Perdão e reconciliação – “Em nada me ofendestes” mostra que Paulo evita alimentar mágoas, mesmo com a ingratidão dos gálatas.
📚 Referência acadêmica:
📖 2. Enfermo, recebido como anjo (4.14)
“E, posto que a minha enfermidade na carne vos foi uma tentação, não me desprezastes nem repelistes; antes, me recebestes como um anjo de Deus, como o próprio Cristo Jesus.”
🔍 Análise da condição física de Paulo:
- “Enfermidade” – ἀσθένεια (asthéneia): fraqueza física, doença.
- “Tentação” – πειρασμός (peirasmós): pode significar tanto prova quanto tentação. Aqui, provavelmente indica que a doença de Paulo pôs à prova a fé e o amor dos gálatas.
- “Recebestes como anjo” – a palavra ἄγγελος (ángelos) significa mensageiro, e nesse contexto, aponta para a honra espiritual que deram a Paulo.
O contexto parece sugerir que Paulo enfrentava alguma limitação física notável, provavelmente oftalmológica (cf. Gl 4.15; 6.11). Seu sofrimento não anulou sua autoridade, mas a intensificou, como também ocorrera com o próprio Cristo (Is 53.2–3).
📚 Opinião acadêmica:
📖 3. Dores de parto (4.19)
“Meus filhinhos, por quem de novo sofro as dores de parto, até que Cristo seja formado em vós.”
🔍 Análise linguística e teológica:
- “Filhinhos” – τεκνία (teknía): termo carinhoso e paternal (cf. Jo 13.33). Paulo assume o papel de uma mãe espiritual.
- “Dores de parto” – ὠδίνω (ōdínō): verbo usado para o sofrimento intenso do parto. Essa figura é raramente usada por Paulo e mostra a intensidade emocional e espiritual de seu ministério.
- “Formado” – μορφόω (morphóō): moldar, tomar forma. Refere-se à formação interior de Cristo no caráter do crente (cf. Rm 8.29 – “sermos conformes à imagem do Filho”).
A imagem é poderosa: Paulo já havia sofrido para gerar os gálatas na fé e agora sofre "de novo", pois eles estavam regredindo espiritualmente. Sua dor é redentora, não ressentida.
📚 Comentário acadêmico:
✍️ Conclusão Teológica do Bloco (Gálatas 4.12–20):
- Paulo exemplifica o verdadeiro pastorado, fundado não no poder, mas no amor, na humildade e na disposição de sofrer pelo rebanho (cf. 2Co 12.15).
- Sua postura aponta para Cristo como o modelo supremo de liderança pastoral: Ele que se fez servo, sofreu pelos seus e os amou até o fim (Jo 13.1).
- O apóstolo está mais interessado na formação espiritual dos gálatas do que em seu próprio reconhecimento. Sua dor não é pela perda da honra, mas pela desfiguração do Evangelho entre os filhos espirituais.
III- SARA E AGAR: DUAS ALIANÇAS (4.21-31)
Os legalistas estavam levando as Igrejas da Galácia a adotar uma espiritualidade eclética, perigosa e inútil, que minimizava a graça de Cristo sob a hegemonia da Lei judaica. Paulo usou a história dos dois filhos do patriarca Abraão e suas respectivas mães para ilustrar a diferença entre viver pela Lei e viver pela graça.
1- Agar: Antiga Aliança (4.23) Mas o da escrava, nasceu segundo a carne.
Agar era uma escrava dada a Abraão na tentativa de se fazer cumprir a promessa de um herdeiro. Paulo enfatiza que Agar representa o Monte Sinai onde foi entregue a Lei (Antiga Aliança), que escraviza e não redime. Ele também a compara com a Jerusalém terrestre, escrava com seus filhos (4.25). Isso é uma menção direta ao legalismo judaico, fonte do “outro evangelho” que os judaizantes queriam impor aos gálatas. Sendo Agar uma escrava, Ismael, seu filho, é filho da escravidão. Na cultura da época, a mulher escrava gerava filho para a escravidão mesmo que o pai da criança fosse um homem livre. Ismael foi fruto da tentativa de Sara e Abraão desejarem cooperar com Deus no plano de salvação, mas isso não representava a forma como Deus cumpriria Sua promessa.
2- Sara: Nova Aliança (4.23) O da livre, mediante a promessa.
Sara, além de livre, é a legítima esposa de Abraão (4.23). Paulo diz que ela representa Jerusalém do alto (4.26), e é mãe dos cristãos. Isso se dá em virtude de sua origem celestial, uma referência à origem da fé de cada crente. João joga uma luz sobre essa verdade ao dizer que “os filhos de Deus são aqueles que não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus” (Jo 1.13). Paulo diz que o “filho da livre nasceu como resultado da promessa”. Sendo Sara uma mulher livre, Isaque nasceu para a liberdade e não para a escravidão. O nascimento de Isaque foi um planejamento divino a fim de cumprir propósitos divinos. Na mesma direção, nós nascemos em Cristo, pela ação do Espírito Santo, a fim de nos tornarmos filhos da promessa divina.
3- Filhos da promessa (4.28) Vós, porém, irmãos, sois filhos da promessa, como Isaque.
Os judaizantes se orgulhavam em afirmar que eram “filhos de Abraão”. Mas não basta ser descendente natural de Abraão. É necessário ser filho do patriarca pelo caminho de Isaque, o qual representa os herdeiros da promessa e da liberdade. Paulo conclui dizendo aos irmãos gálatas que eles não tinham necessidade de receber “outro evangelho”. No evangelho da liberdade em Cristo, os gálatas, embora gentios, podiam considerar-se os verdadeiros filhos de Abraão; filhos da promessa e da fé.
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
III – SARA E AGAR: DUAS ALIANÇAS (Gálatas 4.21–31)
Tema: Liberdade em Cristo versus escravidão da Lei
Neste trecho, Paulo faz uso de uma alegoria (v. 24 – ἅτινά ἐστιν ἀλληγορούμενα, “as quais são alegorias”) com base na história de Sara e Agar, para contrastar a graça da Nova Aliança com a escravidão da Antiga Aliança.
📖 1. Agar: Antiga Aliança – escravidão da carne (v.23, 24–25)
“Mas o da escrava nasceu segundo a carne […] corresponde ao Monte Sinai, que gera filhos para a escravidão.”
🔍 Exegese e análise grega:
- “Segundo a carne” – κατὰ σάρκα (kata sárka): expressão paulina que frequentemente designa ações humanas alheias à operação do Espírito (cf. Rm 8.4–8). A tentativa de Abraão e Sara em cumprir a promessa por meios humanos representa a autossuficiência religiosa – aqui ligada ao legalismo.
- “Monte Sinai” – Lugar onde a Lei foi dada, mas Paulo associa esse local com escravidão espiritual. Essa aplicação é ousada, pois subverte o orgulho judaico na Lei mosaica.
🧠 Teologia paulina:
Agar representa um sistema religioso que, embora iniciado por Deus (a Lei), se tornou insuficiente para justificar o homem diante de Deus. Ao contrário do que os judaizantes pregavam, apegar-se à Lei era voltar à escravidão (cf. Gl 5.1).
📚 Comentário teológico:
“Agar representa todos os sistemas religiosos baseados na performance humana. Mesmo que envolvam mandamentos divinos, tornam-se sistemas de escravidão quando não estão fundamentados na graça.”
– Timothy Keller, Gálatas para Você
📖 2. Sara: Nova Aliança – liberdade da promessa (v.23, 26)
“Mas o da livre, pela promessa. […] Mas a Jerusalém do alto é livre; e essa é nossa mãe.”
🔍 Análise da linguagem e simbolismo:
- “Pela promessa” – δι’ ἐπαγγελίας (di’ epangelías): o nascimento de Isaque foi fruto de uma ação divina, não de esforço humano, o que reflete a doutrina da justificação pela fé.
- “Jerusalém do alto” – ἡ ἄνω Ἰερουσαλήμ (hē ánō Ierousalēm): símbolo da comunidade celestial e escatológica dos salvos (cf. Hb 12.22; Ap 21.2), contraposta à Jerusalém terrestre presa à Lei.
✝️ Aplicação cristológica:
Sara representa a mãe da fé, pois a promessa foi cumprida por um milagre. Assim também, a salvação em Cristo não vem da carne (esforço humano), mas da promessa de Deus concretizada pelo Espírito Santo (cf. Rm 9.8; Jo 1.13).
📚 Citação acadêmica:
“A nova Jerusalém é o destino da nova criação. Ela é símbolo do povo redimido que não nasceu de mandamentos, mas do milagre da graça.”
– F. F. Bruce, The Epistle to the Galatians
📖 3. Filhos da promessa (v.28)
“Vós, irmãos, sois filhos da promessa como Isaque.”
🔍 Análise doutrinária:
- “Filhos da promessa” – Paulo reafirma que a verdadeira identidade dos crentes não está na descendência física, mas no nascimento espiritual.
- Isso também remete à promessa feita a Abraão em Gênesis 15.6, crida pela fé e anterior à Lei (cf. Gl 3.17–18).
O verdadeiro povo de Deus é composto por aqueles nascidos pela fé, não pela genealogia ou rituais.
🧠 Perspectiva teológica:
Paulo rompe com qualquer tipo de exclusivismo étnico-religioso. Ele afirma que os gentios também são herdeiros das promessas abraâmicas, se estão em Cristo (cf. Gl 3.29).
📚 Comentário de aplicação:
“A promessa não foi dada aos que se esforçam mais, mas aos que confiam plenamente no Deus que justifica o ímpio.”
– John Stott, A Mensagem de Gálatas
🪔 Conclusão Teológica e Pastoral
AGAR
SARA
Escrava
Livre
Monte Sinai
Jerusalém do Alto
Nascimento segundo a carne
Nascimento segundo a promessa
Lei e esforço humano
Graça e operação divina
Representa o legalismo
Representa a fé
Filhos da escravidão
Filhos da liberdade
• Paulo não desvaloriza a Lei enquanto revelação, mas aponta que ela não salva – apenas revela o pecado (Gl 3.19, Rm 3.20).
- Ao confrontar os legalistas, Paulo diz: “Voltar à Lei é como preferir Agar a Sara, escravidão à liberdade”.
- A identidade do cristão está na promessa cumprida por Cristo e não em méritos religiosos.
III – SARA E AGAR: DUAS ALIANÇAS (Gálatas 4.21–31)
Tema: Liberdade em Cristo versus escravidão da Lei
Neste trecho, Paulo faz uso de uma alegoria (v. 24 – ἅτινά ἐστιν ἀλληγορούμενα, “as quais são alegorias”) com base na história de Sara e Agar, para contrastar a graça da Nova Aliança com a escravidão da Antiga Aliança.
📖 1. Agar: Antiga Aliança – escravidão da carne (v.23, 24–25)
“Mas o da escrava nasceu segundo a carne […] corresponde ao Monte Sinai, que gera filhos para a escravidão.”
🔍 Exegese e análise grega:
- “Segundo a carne” – κατὰ σάρκα (kata sárka): expressão paulina que frequentemente designa ações humanas alheias à operação do Espírito (cf. Rm 8.4–8). A tentativa de Abraão e Sara em cumprir a promessa por meios humanos representa a autossuficiência religiosa – aqui ligada ao legalismo.
- “Monte Sinai” – Lugar onde a Lei foi dada, mas Paulo associa esse local com escravidão espiritual. Essa aplicação é ousada, pois subverte o orgulho judaico na Lei mosaica.
🧠 Teologia paulina:
Agar representa um sistema religioso que, embora iniciado por Deus (a Lei), se tornou insuficiente para justificar o homem diante de Deus. Ao contrário do que os judaizantes pregavam, apegar-se à Lei era voltar à escravidão (cf. Gl 5.1).
📚 Comentário teológico:
“Agar representa todos os sistemas religiosos baseados na performance humana. Mesmo que envolvam mandamentos divinos, tornam-se sistemas de escravidão quando não estão fundamentados na graça.”
– Timothy Keller, Gálatas para Você
📖 2. Sara: Nova Aliança – liberdade da promessa (v.23, 26)
“Mas o da livre, pela promessa. […] Mas a Jerusalém do alto é livre; e essa é nossa mãe.”
🔍 Análise da linguagem e simbolismo:
- “Pela promessa” – δι’ ἐπαγγελίας (di’ epangelías): o nascimento de Isaque foi fruto de uma ação divina, não de esforço humano, o que reflete a doutrina da justificação pela fé.
- “Jerusalém do alto” – ἡ ἄνω Ἰερουσαλήμ (hē ánō Ierousalēm): símbolo da comunidade celestial e escatológica dos salvos (cf. Hb 12.22; Ap 21.2), contraposta à Jerusalém terrestre presa à Lei.
✝️ Aplicação cristológica:
Sara representa a mãe da fé, pois a promessa foi cumprida por um milagre. Assim também, a salvação em Cristo não vem da carne (esforço humano), mas da promessa de Deus concretizada pelo Espírito Santo (cf. Rm 9.8; Jo 1.13).
📚 Citação acadêmica:
“A nova Jerusalém é o destino da nova criação. Ela é símbolo do povo redimido que não nasceu de mandamentos, mas do milagre da graça.”
– F. F. Bruce, The Epistle to the Galatians
📖 3. Filhos da promessa (v.28)
“Vós, irmãos, sois filhos da promessa como Isaque.”
🔍 Análise doutrinária:
- “Filhos da promessa” – Paulo reafirma que a verdadeira identidade dos crentes não está na descendência física, mas no nascimento espiritual.
- Isso também remete à promessa feita a Abraão em Gênesis 15.6, crida pela fé e anterior à Lei (cf. Gl 3.17–18).
O verdadeiro povo de Deus é composto por aqueles nascidos pela fé, não pela genealogia ou rituais.
🧠 Perspectiva teológica:
Paulo rompe com qualquer tipo de exclusivismo étnico-religioso. Ele afirma que os gentios também são herdeiros das promessas abraâmicas, se estão em Cristo (cf. Gl 3.29).
📚 Comentário de aplicação:
“A promessa não foi dada aos que se esforçam mais, mas aos que confiam plenamente no Deus que justifica o ímpio.”
– John Stott, A Mensagem de Gálatas
🪔 Conclusão Teológica e Pastoral
AGAR | SARA |
Escrava | Livre |
Monte Sinai | Jerusalém do Alto |
Nascimento segundo a carne | Nascimento segundo a promessa |
Lei e esforço humano | Graça e operação divina |
Representa o legalismo | Representa a fé |
Filhos da escravidão | Filhos da liberdade |
• Paulo não desvaloriza a Lei enquanto revelação, mas aponta que ela não salva – apenas revela o pecado (Gl 3.19, Rm 3.20).
- Ao confrontar os legalistas, Paulo diz: “Voltar à Lei é como preferir Agar a Sara, escravidão à liberdade”.
- A identidade do cristão está na promessa cumprida por Cristo e não em méritos religiosos.
APLICAÇÃO PESSOAL
Somente pela fé é que podemos nos tornar verdadeiros filhos de Deus, conforme o exemplo de Abraão e a linhagem de Isaque.
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
✅ APLICAÇÃO PESSOAL
Somente pela fé é que podemos nos tornar verdadeiros filhos de Deus, conforme o exemplo de Abraão e a linhagem de Isaque.
- Isso reflete João 1.12-13: “Mas a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que creem no seu nome...”.
- E também Gálatas 3.7: “Sabei, pois, que os da fé é que são filhos de Abraão.”
✅ RESPONDA – Verdadeiro ou Falso
- (F) Na Lei Romana, as crianças administravam a própria herança.
❌ Falso.
→ Segundo o sistema romano (tutela e curatela), os herdeiros menores de idade só recebiam a posse efetiva da herança após atingir a maturidade legal. Enquanto isso, um tutor a administrava (Gálatas 4.1-2 explica isso com clareza). - (V) O Evangelho libertou os gálatas da ignorância espiritual.
✅ Verdadeiro.
→ Em Gálatas 4.8-9, Paulo afirma que, antes do Evangelho, eles estavam escravizados “aos que por natureza não são deuses”, ou seja, viviam na ignorância religiosa. - (V) A fonte de nossa salvação é Cristo.
✅ Verdadeiro.
→ Conforme Efésios 2.8: “Pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus”.
→ E também Gálatas 2.16: “Sabendo que o homem não é justificado pelas obras da lei, e sim mediante a fé em Jesus Cristo…”
✅ APLICAÇÃO PESSOAL
Somente pela fé é que podemos nos tornar verdadeiros filhos de Deus, conforme o exemplo de Abraão e a linhagem de Isaque.
- Isso reflete João 1.12-13: “Mas a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que creem no seu nome...”.
- E também Gálatas 3.7: “Sabei, pois, que os da fé é que são filhos de Abraão.”
✅ RESPONDA – Verdadeiro ou Falso
- (F) Na Lei Romana, as crianças administravam a própria herança.
❌ Falso.
→ Segundo o sistema romano (tutela e curatela), os herdeiros menores de idade só recebiam a posse efetiva da herança após atingir a maturidade legal. Enquanto isso, um tutor a administrava (Gálatas 4.1-2 explica isso com clareza). - (V) O Evangelho libertou os gálatas da ignorância espiritual.
✅ Verdadeiro.
→ Em Gálatas 4.8-9, Paulo afirma que, antes do Evangelho, eles estavam escravizados “aos que por natureza não são deuses”, ou seja, viviam na ignorância religiosa. - (V) A fonte de nossa salvação é Cristo.
✅ Verdadeiro.
→ Conforme Efésios 2.8: “Pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus”.
→ E também Gálatas 2.16: “Sabendo que o homem não é justificado pelas obras da lei, e sim mediante a fé em Jesus Cristo…”
RESPONDA
Marque (V) para verdadeiro ou (F) para falso.
(F) Na Lei Romana, as crianças administravam a própria herança.
(V) O Evangelho libertou os gálatas da ignorância espiritual.
(V) A fonte de nossa salvação é Cristo.
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