TEXTO PRINCIPAL “Ninguém despreze a tua mocidade; mas sê o exemplo dos fiéis, na palavra, no trato, no amor, no espírito, na fé, na pureza.”...
TEXTO PRINCIPAL
“Ninguém despreze a tua mocidade; mas sê o exemplo dos fiéis, na palavra, no trato, no amor, no espírito, na fé, na pureza.” (1 Tm 4.12)
RESUMO DA LIÇÃO
As cartas pastorais, embora escritas em um tempo distinto do nosso, apresentam orientações importantes para a igreja e a liderança atuais.
LEITURA SEMANAL
INTERAÇÃO
Prezado (a) professor(a), com a graça de Deus iniciamos o terceiro trimestre do ano. Estudaremos treze lições a respeito das Cartas Pastorais. Estas cartas são instruções de Paulo, servo de Deus, para dois jovens pastores: Timóteo e Tito. O comentarista das lições é o pastor Silas Queiroz, membro do Conselho de Comunicação e Imprensa da CGADB. Ele é Jornalista, Bacharel em Teologia e Direito. Especialista em Direito Público, Direito Processual Civil e Docência Universitária. É Procurador Geral do município de Ji-Paraná, RO e atua como pastor nas congregações de Ji-Paraná, cidade na qual reside. Que o estudo de cada lição possa trazer a certeza de que Jesus Cristo, o Sumo Pastor, tem ensinos preciosos para sua vida e Igreja.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor (a), para a primeira aula do trimestre sugerimos que você reproduza o quadro abaixo. Utilize-o na apresentação do primeiro tópico da lição, pois o objetivo é apresentar algumas informações importantes a respeito da Primeira Carta a Timóteo.
PRIMEIRA CARTA DE PAULO A TIMÓTEO
PROPÓSITO | Proporcionar encorajamento e instrução a Timóteo, um jovem Líder. |
AUTOR | Paulo |
DESTINATÁRIO | Timóteo, os jovens líderes da igreja, e os cristãos de todo o mundo. |
DATA | Provavelmente 64 d.C. |
PANORAMA | Timóteo era um dos companheiros mais íntimos de Paulo. Ele enviou Timóteo à igreja em Éfeso para deter o falso ensino que ali havia surgido (1.3,4). Timóteo provavelmente serviu por algum tempo como líder na igreja de Éfeso. Paulo esperava visitá-lo, mas enquanto isso, escreveu esta carta para dar a Timóteo instruções práticas sobre o ministério. |
PESSOAS-CHAVES | Paulo e Timóteo |
LUGAR-CHAVES | Éfeso |
TEXTO BÍBLICO
INTRODUÇÃO
As cartas pastorais são mensagens de um plantador de igrejas e experiente pastor, o apóstolo Paulo, a dois filhos na fé, vocacionados para o serviço cristão: Timóteo e Tito. Elas nos edificam, de um lado, com o exemplo paulino de afeição e cuidado pastoral, e, de outro, com a devoção, obediência e lealdade desses dois dedicados jovens pastores. A beleza dessas cartas, seu conteúdo doutrinário e sua singular praticidade eclesiástica serão analisados ao longo de todo o trimestre. Vamos conhecer os desafios que Timóteo e Tito enfrentaram e como foram instruídos para atuar como líderes espirituais. Que tenhamos uma compreensão maior da vida eclesiástica sob a ótica pastoral e sejamos mais engajados na sublime obra de servir a Deus na Igreja de Cristo.
COMENTÁRIOS:
JOVENS - LIÇÃO 01 INTRODUÇÃO A PRIMEIRA CARTA A TIMÓTEO
Já com cerca de 60 anos de idade e depois de experimentar cinco longos anos de prisão, Paulo lança-se a mais uma viagem missionária, a quarta e última da sua vida e ministério apostólico.
Na ilha de Creta, na Grécia, deixa Tito cuidando das igrejas que havia fundado (Tt 1.5). Já em Éfeso, capital da Ásia Menor, deixa Timóteo com semelhante missão. Algum tempo depois, escreve para ambos: primeiro, para Timóteo; depois, para Tito. Mais tarde, enquanto novamente preso em Roma, volta a escrever para Timóteo. Assim, Paulo produz as três cartas que, a partir do século XVIII, passariam a ser conhecidas como Epístolas Pastorais: 1 e 2 Timóteo e Tito.
As Pastorais, portanto, são cartas de um experiente apóstolo, “Paulo, o velho” (Fm 9), para dois jovens e fiéis colaboradores, Timóteo e Tito. As cartas foram escritas para reforçar recomendações que já haviam sido dadas e conferir autoridade às missões pastorais na terceira mais importante igreja do primeiro século, Éfeso,4 e na enorme ilha grega onde o apóstolo fundara igrejas em algumas das suas muitas cidades. Mais do que textos pessoais, as Pastorais contêm ensinos práticos para a vida da igreja e apresentam “lampejos de conceitos doutrinários”, como assinala Donald Guthrie.5
As datas atribuídas a muitos eventos da era neotestamentária (o primeiro século da era cristã) e à escrita dos 27 livros que compõem o Novo Testamento não são exatas, como também ocorre com textos do Antigo Testamento que não possuem datação precisa. É possível chegar a datas aproximadas a partir de muitos fatos da história geral citados nas obras, mas não a datas específicas e precisas para a escrita de cada livro.
Esta obra trabalha com datas em torno das quais há significativo consenso, encontradas a partir de uma visão geral dos livros canônicos à luz da cronologia dos fatos que neles são narrados.
Seguindo esse padrão geral, podemos estabelecer as seguintes datas para os eventos que mais nos importam no estudo das Cartas
Pastorais:
• Nascimento de Paulo: 5 d.C.;
• Conversão de Paulo: 35 d.C.;
• Primeira viagem missionária: 47–49 d.C.;
• Segunda viagem missionária: 49–51 d.C.;
• Terceira viagem missionária: 52–57 d.C.;
• Prisão de Paulo em Jerusalém e Cesareia: 58–60;
• Primeira prisão de Paulo em Roma: 61–63 d.C.;
• Quarta viagem missionária de Paulo: 63–65 d.C.;
• Segunda prisão de Paulo em Roma: 65–67 d.C.;
• Martírio de Paulo: 67 d.C.
Alguns eventos circunstanciais contemporâneos aos acontecimentos acima narrados são de indispensável nota:
1) A conversão de Timóteo, ocorrida provavelmente por volta do ano 48 d.C. durante a primeira viagem missionária de Paulo (At 14.6-23), e a sua aceitação ao convite do apóstolo para tornar o seu cooperador imediato durante a sua segunda viagem missionária (50 d.C.) (At 16.1-5).
2) O período de governo do imperador Nero: 54–68 d.C.
3) O incêndio de Roma entre os dias 18 e 24 de julho de 64 d.C., ocorrido muito provavelmente a mando do próprio Nero;
4) O período da grande perseguição aos cristãos sob o governo do sanguinário Nero: 64–68 d.C.
5) O suicídio de Nero: 68 d.C.
Consideradas essas datas, podemos estabelecer o contexto histórico de 1 Timóteo e Tito, que, como já afirmado, foi o período de 63 a 65 d.C., quando Paulo, liberto do seu primeiro aprisionamento em Roma, volta a viajar livremente até ser novamente preso e levado à capital do Império (65–67), onde permaneceu até a sua execução por ordem de Nero (67 d.C.). Seguindo a cronologia já apresentada, 2 Timóteo foi escrita no ano 67, já próximo da morte de Paulo.
Em 64 d.C. — durante, portanto, a quarta viagem missionária de Paulo —, Nero comete a insanidade de atear fogo em Roma. Com a péssima repercussão do incidente, lança a culpa sobre os cristãos e inicia contra eles uma terrível perseguição, que teve o seu auge no ano 67.
Paulo foi uma das muitas vítimas da perseguição de Nero. A sua segunda prisão em Roma provavelmente ocorreu entre o fim do ano 65 e o início do ano 66, e a sua execução no fim de 67, por decapitação.
(LIVRO DE APOIO)
I – TIMÓTEO NO CONTEXTO DAS CARTAS DE PAULO
1- Epístolas pastorais. Paulo escreveu 13 dos 27 livros do Novo Testamento. Nove são cartas dirigidas a igrejas e três enviadas a pastores: 1 e 2 Timóteo e Tito. O rol se completa com uma carta pessoal, escrita a Filemon. Dez cartas foram escritas antes e durante a primeira prisão do apóstolo em Roma, que se deu em 61 d.C. e durou dois anos (At 28.16,30). Antes da prisão, escreveu Gálatas, 1 e 2 Tessalonicenses, 1 e 2 Coríntios e Romanos. Colossenses, Efésios, Filipenses e Filemon são as chamadas cartas da prisão.
2- Escrevendo durante as viagens. Paulo escreveu 1 Timóteo e Tito entre 63 e 65 d.C., durante a viagem que realizou depois de seu primeiro aprisionamento em Roma. Seu último livro, a Segunda Carta a Timóteo, foi escrita durante o segundo aprisionamento, de dentro de uma das cadeias romanas (66 ou 67 d.C.). Os fatos narrados nas cartas pastorais, portanto, são posteriores às narrativas contidas em todos os demais textos paulinos e nos registros de Lucas em Atos 28.30,31. Por isso, além da substancial teologia pastoral, essas três cartas enriquecem o contexto neotestamentário com valiosas informações históricas dos últimos anos do ministério de Paulo.
3- De volta às viagens. Não foram apenas os dois anos de prisão domiciliar em Roma que afastaram Paulo de sua lida missionária (At 28.16-30). Antes disso, ficara preso aproximadamente três anos, desde sua prisão em Jerusalém (At 21.33), passando pelos mais de dois anos de encarceramento em Cesareia (At 24.27) até a chegada à capital do império (At 28.16). Somente depois de cinco longos anos privado de sua atividade apostólica e pastoral presencial, Paulo volta a viajar. É possível que, nessa oportunidade, ele tenha realizado seu desejo de ir à Espanha (Rm 15.24,28).
O que se sabe, com certeza, é que visitou algumas das igrejas que havia fundado durante suas três grandes viagens missionárias (At 13—21). Dentre elas, Creta e Éfeso. Como já mencionamos, mesmo aprisionado Paulo continuou vivendo como um fiel e atuante ministro de Cristo. Além das quatro cartas que escreveu, em Roma ele pregava e ensinava “as coisas pertencentes ao Senhor Jesus Cristo” (At 28.31), demonstrando seu profundo compromisso com o seu Salvador. Como ele mesmo escreveu, entendia que era “o prisioneiro de Jesus Cristo [pelos] gentios” (Ef 3.1). Foi fiel em todo o tempo (Jo 16.33; Ap 2.10).
SUBSÍDIO 1
“Prezado (a) professor (a), incentive seus alunos a lerem, no decorrer do trimestre, as Cartas de Paulo a Timóteo e a Tito. Se possível faça uma leitura em que todos possam acompanhar juntos. Para dar início ao primeiro tópico da lição faça a seguinte pergunta: “Qual era o cerne do ensino de Paulo a Timóteo?” Ouça os alunos com atenção e depois explique que “o centro do ensino de Paulo a Timóteo concentra-se no modo de vida que é apropriado dentro da igreja. As suas lições falam de oração (2.1-8), mulheres (2.9-15), a escolha de ‘bispos’ (3.1-7) e ‘diáconos’ (3.8-13) e concluem com uma liturgia de louvor (3. 14-16).
Estas lições têm o objetivo de ajudar Timóteo a saber ‘como convém andar na igreja do Deus vivo’. A seguir, Paulo passa a falar do próprio Timóteo. É aparente que, embora Paulo amasse muito Timóteo, e o enviasse em importantes missões. Timóteo, por natureza, era tímido e hesitante. Por isto as palavras de Paulo parecem, às vezes, ir além do incentivo e da exortação.
Paulo lembra Timóteo de que ele pode esperar falsos ensinos infectando as igrejas, e que é o seu dever ‘propor’ a verdade aos irmãos (4.1-10). Mas Timóteo deve fazer ainda mais. Ele deve ‘mandar e ensinar’ a verdade, e não permitir que alguém ‘despreze’ sua ‘mocidade’. E as exortações prosseguem: Timóteo deve ‘meditar nestas coisas’, ‘ocupar-se nelas’ e ‘perseverar nelas’ (4.10-16).”
II – TIMÓTEO, VERDADEIRO FILHO
1- Sua origem. Timóteo nasceu em Listra, cidade da Licaônia, na província romana da Galácia. Sua mãe, Eunice, e sua avó, Lóide, que eram judias, ensinaram as Escrituras para ele desde a infância (2 Tm 1.5; 3.14,15). Acredita-se que ele, sua mãe e sua avó tenham se tornado cristãos por ocasião da primeira viagem missionária de Paulo, junto com Barnabé, pois em Listra muitos se tornaram discípulos de Cristo pela pregação do apóstolo (At 14.6-23). Quando Paulo retorna à Listra, agora junto com Silas, em sua segunda viagem missionária, encontra Timóteo, “filho de uma judia que era crente, mas de pai grego, do qual davam bom testemunho os irmãos que estavam em Listra e em Icônio” (At 16.1,2).
2- Companheiro de Paulo. O bom testemunho de Timóteo, fruto de sua educação espiritual e seu progresso na fé cristã, motivou Paulo a convidá-lo para o acompanhar em sua jornada missionária. Como Timóteo não era circuncidado, o apóstolo decidiu circuncidá-lo “por causa dos judeus que estavam naqueles lugares” (At 16.3). Paulo não circuncidou Timóteo por considerar isso necessário à salvação, mas para evitar que os judeus tivessem um pretexto para rejeitarem o Evangelho.
Em muitas ocasiões o apóstolo já havia ensinado sobre a suficiência da fé em Cristo como meio de receber a graça salvadora, como deixou registrado em diversas epístolas (Rm 3.21-28; Ef 2.8,9 e Gl. 2.16). Paulo tinha uma compreensão muito clara da obra da salvação (Ef 3.1-7), acima de qualquer prática legalista: “Porque, em Jesus Cristo, nem a circuncisão nem a incircuncisão têm virtude alguma, mas, sim, a fé que opera por amor” (Gl 5.6).
Precisamos compreender bem o que é a liberdade cristã e o lugar das obras no propósito divino. Como nos ensina o apóstolo, somos salvos pela fé, “criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus preparou para que andássemos nelas” (Ef 2.10).
3- Evangelho da incircuncisão. Conforme o Dicionário Wycliffe, “a circuncisão é, literalmente, a remoção cirúrgica do prepúcio do órgão sexual masculino”. Foi ordenada por Deus como um concerto entre Ele e os descendentes de Abraão (Gn 17.10-14), tendo sido ratificada ao povo de Israel nos dias de Moisés (Lv 12.1-3). Observa-se que em relação a Tito, que era grego, o apóstolo deliberadamente decidiu que não deveria ser circuncidado, embora houvesse certa pressão de judeus, aos quais Paulo chama de “falsos irmãos” (Gl 2.1-4).
Aos gálatas, o apóstolo diz, textualmente, que havia sido comissionado a pregar o “evangelho da incircuncisão” (Gl 2.610; 5.1,2). Hoje, de igual forma, precisamos ter o cuidado de não ser enganados pelos judaizantes, que ignoram o fato de que em Cristo não estamos mais sujeitos aos preceitos da lei mosaica, como a guarda do sábado, a abstinência de certos alimentos e práticas litúrgicas do judaísmo (Rm 14.1-6; Gl 4.1-10).
PROFESSOR (A), “um dos cuidados principais que Paulo transmite ao seu jovem auxiliar é que Timóteo lute pela fé e refute os falsos ensinos que estavam comprometendo o poder salvífico do evangelho. Paulo também instrui Timóteo a respeito das qualificações espirituais e pessoais dos dirigentes da igreja, e oferece um quadro geral das qualidades de um obreiro candidato a futuro pastor de igreja” (Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, p. 1862).
SUBSÍDIO 2
III – TIMÓTEO: UM JOVEM MINISTRO
1- A trajetória. Antes de ser comissionado por Paulo para ser o pastor da igreja em Éfeso, Timóteo serviu ao apóstolo por longos anos, desde o dia em que foi convidado para acompanhá-lo em suas viagens (At 16.3-8). Considerando a opinião de alguns estudiosos, de que Timóteo tinha entre 30 e 35 anos quando pastoreava os efésios (65 d.C.), podemos afirmar que ele tenha se tornado cooperador de Paulo com, no máximo, 20 anos de idade (50 d.C.).
Foi assim, tão jovem, que ele acompanhou fielmente o apóstolo em sua segunda e terceira viagens, alcançando confiança para missões de alta relevância espiritual, como quando designado, durante as viagens, para servir nas igrejas em Tessalônica (1 Ts 3.1-10), Corinto (1 Co 4.16,17); e Filipos (Fp 2.19-24).
Por ocasião do primeiro aprisionamento de Paulo em Roma, lá estava Timóteo. O apóstolo cita-o em três das quatro cartas da prisão (Fp 1.1; Cl 1.1;). Solto, leva-o consigo em sua quarta e última viagem missionária, quando roga para que fique servindo na igreja em Éfeso (1 Tm 1.3).
2- O roteiro final. O exato roteiro da viagem de Paulo após sua primeira prisão em Roma não é conhecido, principalmente porque o propósito das cartas que ele escreveu a Timóteo e a Tito não era de registro histórico. O apóstolo escreveu com a finalidade de orientar os jovens pastores quanto ao cuidado espiritual que deveriam ter consigo mesmos e com a missão que tinham recebido junto às igrejas que pastoreavam (1 Tm 4.16; Tt 2.1,7).
As cartas trazem instruções práticas do que e de como deveria ser ensinado (1 Tm 4.6; 5.1,2; Tt 2.15). Como já afirmamos, é possível que Paulo tenha ido até à Espanha. Certo é que visitou Creta, onde deixou Tito (Tt 1.5) e algumas cidades da Ásia Menor, como Mileto (2 Tm 4.20) e possivelmente a própria Éfeso. De Mileto, seguiu para Trôade, rumo à Macedônia (Filipos, Tessalônica e Bereia), região de onde escreveu a primeira carta a Timóteo (1 Tm 1.3).
3- A responsabilidade de Timóteo. O problema da igreja em Éfeso eram os falsos mestres que estavam ensinando “outra doutrina”, envolvendo “fábulas” e “genealogias intermináveis”, que “mais [produziam] questões do que edificação de Deus” (1 Tm 1.3,4). A responsabilidade de Timóteo era adverti-los de seus erros doutrinários e cuidar, ele mesmo, do ensino da “boa doutrina” (1 Tm 4.6), a ortodoxia, a doutrina correta, que Paulo também chama de “sã doutrina” (1 Tm 1.10; Tt 2.1).
Timóteo também deveria transmitir ensinos práticos para toda a igreja e exercer a disciplina eclesiástica (1 Tm 5.20). Apesar de ser ainda jovem segundo os padrões da época, apresentar certa timidez (2 Tm 1.6-8) e enfrentar “frequentes enfermidades”, inclusive estomacais (1 Tm 5.23), foi-lhe dada a grande responsabilidade de cuidar de uma das principais igrejas do primeiro século. Aliás, a principal da Ásia Menor.
Segundo a Bíblia de Estudo Pentecostal, sete anos antes desta Primeira Carta a Timóteo, no final de sua terceira viagem missionária, quando seguia para Jerusalém, Paulo teve uma reunião com os presbíteros de Éfeso na vizinha cidade de Mileto, e os advertiu do aparecimento de “lobos cruéis […] que não [perdoariam] o rebanho” e de “[…] homens que [falariam] coisas perversas, para atraírem os discípulos após si” (At 20.29,30). Agora, isso já havia acontecido e cabia a Timóteo defender a pureza do Evangelho.
SUBSÍDIO 3
Prezado (a) professor (a) é importante que neste tópico seja enfatizado que Timóteo esteve presente, por ocasião do primeiro aprisionamento de Paulo em Roma. O apóstolo faz, por três vezes, citações ao seu “filho na fé”. Leia, juntamente com os alunos, os textos de Filipenses 1.1 e Colossenses 1.1. Paulo, ao ser solto, leva consigo a Timóteo em sua quarta e última viagem missionária, quando roga para que fique servindo na igreja em Éfeso (1 Tm 1.3). Explique a importância do líder estabelecer bons relacionamentos, tomando como exemplo Paulo e Timóteo.
CONCLUSÃO
Estamos apenas começando nossa empolgante jornada de estudo das cartas pastorais. Ao longo do trimestre estudaremos muito mais a respeito de Timóteo e seu edificante exemplo. Vamos examinar as recomendações transmitidas a ele por Paulo, seu pai espiritual, e constatar como são extremamente valiosas para a Igreja e para cada um dos cristãos de todos os tempos. Que a graça de Deus permaneça com todos nós.
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“Dai, e dar-se-vos-á; boa medida, recalcada, sacudida, transbordante, generosamente vos dará; porque com a medida com que tiverdes medido vos medirão também”. (Lucas 6:38)
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Tirou a opção de cópia o texto era muito bom
ResponderExcluirFoi implementado por questão de segurança. Mas você pode gerar um PDF da página, pedindo para imprimir. E em vez de imprimir você pode salvar. Assim dá para copiar o que precisa. Grato pelo apoio e oração.
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