TEXTO ÁUREO “E, na sua testa, estava escrito o nome: Mistério, a Grande Babilônia, a Mãe das Prostituições e Abominações da Terra.” (Ap 17.5...
TEXTO ÁUREO
“E, na sua testa, estava escrito o nome: Mistério, a Grande Babilônia, a Mãe das Prostituições e Abominações da Terra.” (Ap 17.5)
Subsídio extra:
1° Babilônia: um dos maiores impérios já existentes.
2° A Bíblia narra a época do reinado de Nabucodonosor e o império da Babilônia Daniel 2
a 5.
3° Geograficamente localizado: Antiga cidade-estado situada em ambas as margens do rio
Eufrates na terra de Sinar (chamada de Caldéia), aprox. 65-80 Km ao sul da atual Bagdá,
e 480 Km ao norte do Golfo Pérsico (Iraque), e 1500 Km de Jerusalém, fundada pelos
descendentes de Cuxe e seu filho, Ninrode (Gn 10.8-10).
4° A palavra Babilônia ocorrências: 296 vezes VT 284; NT 12, em Ap. 6 vezes
5° No livro das revelações representa um sistema utilizado pelo inimigo.
6° Fala de um período da manifestação do sistema do inimigo.
7° Um sistema que reproduz todos os ataques a igreja e a seu povo e a forma de trabalho
do inimigo.
VERDADE PRÁTICA
A igreja deve resistir ao “espírito da Babilônia” presente no cenário atual. Isso deve ser feito por meio do compromisso inegociável com a autoridade da Palavra de Deus.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSEApocalipse 17.1-6
PLANO DE AULA
O Apocalipse é a “Revelação de Jesus Cristo” (Ap 1.1a) cujo propósito é mostrar “as coisas que brevemente devem acontecer” (Ap 1.1b).
Por ser de natureza escatológica, o livro não é de fácil interpretação. Por isso, convém esclarecer que, nesta lição, não se pretende identificar a babilônia literal nem listar os eventos da Grande Tribulação.
Nosso objetivo é alertar a Igreja acerca dos aspectos gerais do “espírito da Babilônia” presente no cenário global em que vivemos.
Palavra-Chave: BABILÔNIA
COMENTÁRIOS:
1° O próprio título do livro é a chave da mensagem: "A revelação de Jesus Cristo", é a revelação do Cristo vivo. Cada livro apresenta o Cristo como um personagem; Mateus: Messias; Marcos: Filho do Homem; Lucas: O Salvado do mundo; João: Filho de Deus; em Apocalipse Jesus é Rei dos Reis e Senhor dos Senhores.
2° Revelação no grego apokalupsis significa "desvendar, descobrir; fala sobre o Cristo e os
eventos que aconteceriam em tempos futuros, incluindo os não revelados em profecias
anteriores.
3° O cap. 17, elucida a grande prostituta e a besta de cor escarlate, trazendo um alerta a
igreja, sobre os aspectos do espírito da Babilônia no cenário global, no sistema religioso,
social, cultural, político e econômico.
4° No cap. 17 não se refere propriamente ao local geográfico, mas a um simbolismo da
babilônia e o que ela representa.
5° O Livro das revelações apresenta 5 inimigos do Cristo: o dragão, o anticristo, o falso
profeta, a grande meretriz e os homens que têm a marca da besta, sendo a queda da
grande meretriz no presente estudo Ap. 17 e 18 a sua queda completa; e Ap. 19 a vitória
sobre todos os inimigos.
6° Ap. 17 aponta 3 quadros: O primeiro faz uma descrição da grande meretriz. O segundo, descreve a besta. O terceiro, fala da vitória de Cristo e da sua igreja.
1 Apresentação
2 e 3 As 7 Igrejas
4 Visão do Trono de Deus
5 e 6 Os 7 Selos
7 Os Remidos no céu
8 e 9 As 7 Trombetas
10 O livrinho
11 As 2 Testemunhas
12 A Mulher e o dragão
13 As 2 bestas: mar e terra
14 A Colheita dos salvos
15 e 16 As 7 Taças da Ira
17 e 18 A Grande Babilônia
19 Bodas do Cordeiro
20 Milênio e Juízo Final
21 Novos Céus e nova terra
22 Conclusão
Babilônia foi uma importante cidade-estado situada na região da Mesopotâmia. Historicamente, surgiu por volta do século XIX a.C., sendo considerada como o berço da civilização nas áreas políticas e culturais, sociais e econômicas. Porém, quando o livro de Apocalipse cita essa cidade (e.g. Ap 17.5), não se refere ao local geográfico da Babilônia, mas, sim, ao simbolismo que ela representa.
O uso de diferentes métodos de interpretação bíblica provocou variadas posições escatológicas entre os estudiosos do livro de Apocalipse. Portanto, ressalta-se que, nesta obra, não está em debate o método empregado na interpretação da literatura apocalíptica.
O propósito deste capítulo é elucidar alguns personagens do livro das revelações, tais como a “grande prostituta” (Ap 17.1) e a “besta de cor escarlate” (Ap 17.3), bem como alertar a Igreja acerca dos aspectos gerais do espírito da Babilônia no cenário global que vivemos, tanto no sistema religioso, quanto no social, cultural, político e econômico.
Por fim, desvela-se que o papel do cristão neste mundo, que jaz no Maligno (1 Jo 5.19), é o de manter uma fé correta (ortodoxia), uma vida correta (ortopraxia), um verdadeiro caráter cristão, andar em santidade e aguardar a volta do Senhor Jesus (Hb 12.14; Fp 3.20).
Baptista. Douglas,. A IGREJA DE CRISTO E O IMPÉRIO DO MAL, Editora CPAD. 1ª edição: 2023. pag. 10.
I – BABILÔNIA E SEUS SIGNIFICADOS
1- A Grande Prostituta. A personagem é apresentada como a grande meretriz com a qual os reis da terra se prostituíram (Ap 17.1,2). No texto bíblico destacam-se três termos gregos: pórne (prostituta); pornéuo (prostituir-se); e porneia (prostituição).
Na mensagem dos profetas do Antigo Testamento, essas expressões apontam para a idolatria, isto é, a prostituição espiritual (Na 3.4; Is 23.15; Jr 2.20; Os 2.5).
Em Apocalipse, as muitas águas onde a prostituta se assenta simboliza multidões seduzidas pela idolatria, paganismo e sua oposição à fé cristã (Ap 17.15). Assim, a prostituta é identificada como uma das facetas da imoralidade e do falso sistema religioso representado pelo “espírito da Babilônia” (Ap 14.8; 17.5).
COMENTÁRIOS:
Um dos sete anjos que têm as taças da ira de Deus agora fala, dizendo a João que irá
mostrar-lhe o "julgamento" (isto é, a condenação e castigo) da "grande meretriz" que se
acha sentada sobre muitas águas.
A Bíblia frequentemente usa termos e imagens de adultério e prostituição para descrever a
adoração de deuses pagãos, ou outros tipos de infidelidade ao Deus verdadeiro, incluindo
a rebelião (vide Is 1.21; Jr 3.9; Ez 16.14-18,32; Tg 4.4). Consequentemente, muitos
entendem este termo como figurativo em relação ao aspecto religioso de Babilônia, que
inclui todas as falsas religiões, seita e igrejas apóstatas. Sua forma final durante a tribulação
é a adoração ao Anticristo. À semelhança de seus antecessores, o sistema religioso
babilônico rejeitará o evangelho pregado por Cristo e pelos apóstolos (2Tm 4.3-4). A
Babilônia religiosa terá uma forma de piedade mas negará, ou rejeitará, o verdadeiro poder
da piedade, o poder do Espírito Santo (2Tm 3.5). Portanto, ela rejeitará a inspiração da
Bíblia e afastar-se-á das verdades básicas das Escrituras (Gl 1.9; 2Tm 3.5,8,13).
FONTE: HORTON. Staleym. M. Serie Comentário Bíblico Apocalipse. As coisa que brevemente devem acontecer. Editora CPAD. 7a impressão/2011.
1° O contraste entre a noiva e a meretriz e a nova Jerusalém e a grande Babilônia
2° João é chamado para ver a queda da falsa igreja e o triunfo da igreja verdadeira.
3° A noiva é a igreja verdadeira que é fiel, santa e pura; a Meretriz é a igreja apostata, que representa a grande Babilônia, infiel, profana, adultera e imunda, estes termos a bíblia descreve estes termos a adoração a falsos deuses Is 1.21; Jr 3.9; Ez 16.14-18,32; Tg 4.4.
4° A mulher representa o sistema eclesiástico de Satanás; que é composto de idolatria espiritual de suas meretrizes. Com toda espécie de condutas abomináveis, como politeísmo, a promiscuidade moral, a imoralidade sexual (Lv 18.1-23; 20.10-22) e inclui todas as falsas religiões, seita e igrejas apóstatas.
5° A Babilônia representa a cidade-estado, e figuradamente devassidão, paganismo, sincretismo, violência e rebeldia, pois quando invadiram Jerusalém, saquearam e queimaram o templo, matando homens, mulheres e crianças (2Cr 36.6-20).
6° O espírito da Babilônia, usa a cultura e as ideologias secular para persistentemente oferecer resistência contra tudo o que se chama Deus (2Ts 2.4).
7° Sua ruina já é certa, Deus já previu Ap. 17 ao 19.
O contraste entre a noiva e a meretriz e a nova Jerusalém e a grande Babilônia • João recebe uma visão (17:1) e ele pode contrastar essa visão com outra (21:9). Ele é chamado para ver a queda da falsa igreja e o triunfo da igreja verdadeira.
• O diabo sempre tentou imitar a Deus. Assim é que temos o contraste entre a noiva e a meretriz, a cidade santa e a grande Babilônia. A noiva fala da igreja verdadeira, a meretriz da igreja apóstata. A Babilônia fala da cidade do mundo, a nova Jerusalém da cidade de Deus.
• As duas figuras representam a mesma coisa: a mulher e a cidade. Ambas as figuras
representam a falsa igreja.
• A mulher aqui descrita é o sistema eclesiástico de Satanás. Todos os sistemas idolatras
são meretrizes, suas filhas.
• A grande Babilônia não é apenas uma cidade, mas também é a grande meretriz. A
Babilônia já havia sido mencionada (14:8; 16:19). Em ambas sua queda já havia sido
prevista.
FONTE: LOPES. Hernandes Dias. Apocalipse: o Futuro Chegou, as Coisas que em Breve Devem Acontecer" Editora Hagnos. 1 Ed. 2005.
A Mulher Envolvida de Sol e a Grande Prostituta são apresentadas como antitéticas, são portadoras de atributos sobrenaturais e possuem características compatíveis às humanas.
Através deste estudo, observou-se que duas das personagens apresentadas por João têm a capacidade de sintetizar a mensagem contida em seu livro do Apocalipse. A Mulher Envolvida de Sol, surgida no céu, é enfeitada com dons divinos, representa a fidelidade a Deus e a confiança em seus planos. A outra, a Grande Prostituta, tem características exatamente opostas, fascinada pelo luxo, poder e opressão contra aqueles que se recusam a também participar do seu estilo de vida. Esta simboliza os comportamentos mais repugnantes aos olhos de Deus.
Cada uma delas serve a seu senhor da melhor maneira que pode e recebe em troca o justo salário por suas ações. A primeira gesta o(s) Filho(s) de Deus e, não obstante toda dificuldade no seu caminho, está prestes a alcançar a plenitude junto a seu Criador. Já a segunda é uma taça de pecados e abominações, buscando a cada dia levar homens e mulheres à idolatria e corrupção moral. Tantas diferenças fazem prever o destino que as aguarda; uma será cuidada, protegida e salva, a outra será destruída.
Todavia, acima de tudo isso, estas duas figuras representam a mulher e o homem, em sua caminhada por este mundo, através dos tempos. Num momento, são santos; no seguinte, pecadores capazes de se perder no amor de Deus com a mesma força que podem aderir à imoralidade e a prostituição. Nesse sentido, ressalta-se que cada pessoa defina sua trincheira, pois a sentença de Deus, já proclamada, rapidamente será cumprida
Fonte: Toledo, Sergio Ricardo. O contraste entre a mulher envolvida de sol e a grande prostituta. 2022. Dissertação (Mestrado em Teologia) - Programa de Estudos Pós-Graduados em Teologia da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo, 2022.
2- A Mulher e a besta Escarlata. A mulher montada sobre a Besta é a descrição da grande prostituta (Ap 17.3a).
Ela se veste de púrpura e de escarlata (Ap 17.4a) o que significa reinado e luxo (Mt 27.28; Mc 15.17; Lc 16.19).
Ela também se adorna com ouro, pedras preciosas e pérolas (Ap 17.4b), o que sinaliza o materialismo e o poder econômico.
O cálice em sua mão diz respeito às abominações e as imundícias da sua prostituição (Ap 17.4c), o que representa toda a forma obscena e impura de contaminação moral e espiritual da sociedade.
A fera na qual a mulher está montada é a Besta que saiu do mar (Ap 13.1).
Trata-se do Anticristo que, pelo poder de Satanás, faz oposição a Jesus (2 Ts 2.4,9,10). Ele profere blasfêmias em consciente repulsa ao senhorio de Cristo (Ap 13.6; 17.3b). Suas sete cabeças e dez chifres simbolizam os poderes do mundo e a sua força política (Ap 17.3c,10,12).
A união entre o cavaleiro (mulher) e a montaria (besta) simboliza a nefasta força dos sistemas religioso, econômico e político do “espírito da Babilônia”.
COMENTARIOS:
1° Vestes são de escarlate. Que representa reinado de luxo, materialismo e poder econômico, púrpura e escarlata são cores de realeza e de grandeza nos tempos bíblicos (Jz 8.26; Dn 5.7; Na 2.3); debaixo das suas vestes estão escondidas suas abominações.
2° Está adornada de ouro e pedras preciosas. Fala do poder econômico e riqueza; sua beleza é superficial e aparente.
3° Ela segura em sua mão um cálice de ouro. Faz referência as imundícias das suas
prostituições (Ap 17.4c), seja moral e espiritual. O cálice de Cristo oferece salvação, o cálice
da meretriz oferece a satisfação carnal.
4° A mulher montada na besta é a da grande meretriz que estava assentada sobre a muitas
águas no versículo um. Ela domina o sistema mundial e influência e infiltra-se nos povos e
nações do mundo inteiro. Ela profere blasfema contra Deus e insulta sua santidade.
Também demonstra seu compromisso com os poderes políticos e sua tolerância com as
injustiças do mundo pagão.
5° A besta fera tem sete cabeças e dez chifres. É a mesma besta descrita em Apocalipse 13.1, os chifres simbolizam os poderes do mundo e a sua força política (Ap 17.3c,10,12). A união entre o cavaleiro (grande prostituta) e a montaria (besta) simbolizam a nefasta força do sistema religioso, econômico e político do espírito da Babilônia.
Os Pais Apostólicos
Tertuliano (155-222 a.d.), comentando 2 Ts 2:7 e a revelação do Anticristo: “Que obstáculo há para que o estado Romano dividido e fragmentado em dez reinos, introduza o Anticristo em suas próprias ruínas?” (7) (A divisão do Império Romano não havia ainda completado até 476 a.d.)
Cirilo de Jerusalém (315-386 a.d): “Levantar-se-ão, juntos dez reinos de Roma, reinando em diferentes partes, talvez, mas todos ao mesmo tempo; e após este, um décimo primeiro, o Anticristo, que através de suas artes mágicas ocupará o poder de Roma”. (8) O papado não somente tomou Roma para se assentar sobre sua autoridade, mas usurpou até o título de “Pontifex Maximus” da Roma pagã para dar ao bispo supremo, o papa.
Jerônimo (347-420a.d): “Diz o apóstolo Paulo em sua segunda carta aos Tessalonicenses” que, a menos que o Império Romano seja primeiro desolado, e o anticristo se manifeste, Cristo não virá”. (9)
Agostinho de Canterbury (540-604 a.d.): “Eu digo, confidencialmente no entanto, aquele que chama a si mesmo Bispo Universal, ou mesmo deseja em seu orgulho ser chamado de tal, é o precursor do anticristo”. (10)
Reformadores
Lutero (1483-1546 a.d) (Numa carta a George Spalatin, um Reformador Alemão e amigo, em 1520), disse: “Eu estou extremamente aflito em minha mente. Não tenho mais dúvida de que o papa é realmente o anticristo. As vidas e as conversas dos papas, suas ações, seus decretos, tudo aponta para a descrição que as Escrituras fazem dele”. (11)
Calvino (1509-1564): “Daniel (Dn 9:27) e Paulo (2Ts. 2:4) predizem que o Anticristo se assentaria no Templo de Deus. Entre nós, é o Pontífice Romano que fazemos líder e representante legítimo deste iníquo e abominável reino”. (12)
Thomas Cranmer (1489-1556): (Por ocasião do seu martírio) “E quanto ao papa, eu o abomino como inimigo de Cristo, e anticristo, com todas as suas falsas doutrinas”. (13)
John Knox (1514-1572): (Ao Deão Annan, um Romanista, em 1547) “Quanto à sua Igreja Romana, encontra-se corrompida… Eu não tenho mais dúvida quanto a ela ser Sinagoga de Satanás e aquele que se intitula cabeça dela, o papa, o homem do pecado de que o apóstolo Paulo falou, do que eu tenho dúvida que Jesus Cristo sofreu pela instigação da Igreja visível de Jerusalém. (14)
Sucessores
Matthew Poole (1624-1679): “Vou falar ousadamente: ou não há anticristo, ou o bispo de Roma é ele”. (15)
Matthew Henry (1662-1714): “O anticristo aqui mencionado é alguém usurpador da autoridade de Deus na Igreja Cristã e que reivindica honra divina; e a quem isto melhor se aplica além do bispo de Roma, a quem os títulos mais blasfemos têm sido dados…?”. (16)
Patrick Fairbairn ( 1805-1875): (Ao alistar os maiores erros e abusos do papado) “Tudo isso vai de encontro de forma admirável às condições da profecia de S. Paulo, e sua história e progresso também se encaixam com as admoestações apostólicas sobre seu aparecimento gradual e dissimulado, que onde quer que outro anticristo possa existir, é preciso estar estranhamente influenciado, para não discernir a semelhança que há na apostasia Romana”. (17)
Charles H. Spurgeon (1834-1892): “É responsabilidade e dever de todo cristão orar contra o Anticristo, e quem seria este anticristo ninguém em sã consciência ousa questionar. Se não é o papado na Igreja de Roma não há nada neste mundo que possa ser chamado como tal. Se temos um aviso sobre o Anticristo, deveríamos ter esta igreja em suspeição,… pelo fato de corresponder tão exatamente à descrição”. (18)
Outros
Igreja Ortodoxa: (Em conexão com a recente visita do Papa à Grécia) “Mas nos dias que antecederam a chegada do pontífice à Grécia, a União Clerical Ortodoxa, denunciou o papa como ‘arque-herético’ e o chamou de ‘grotesco monstro de dois chifres de Roma’” (Rod Dreher, um colunista do New York Post, 08/05/01). Alguns foram até mais além. Do mosteiro em Mont Athos, uma comunidade de monges ortodoxos, penduraram nas paredes do mosteiro uma faixa dizendo: “O Papa é anticristo”. (19)
“A trepidação que nós, Gregos Ortodoxos, temos com relação ao papado origina-se dos sérios desvios dessa instituição da Fé Apostólica e seu papel histórico na tentativa de forçar, o mundo cristão Grego a estes mesmos desvios. O Cardeal croata Stepinac e seu companheiro nazista Ustasha forçaram a conversão de milhares de ortodoxos sérvios ao catolicismo massacrando milhares de refugiados. O Cardeal Stepinac foi recentemente beatificado pelo papa João Paulo II”. (20)
O romanista, (Cardeal Manning) “A Igreja Católica é, ou a obra-prima de Satanás, ou o Reino do Filho de Deus”. (21)
(John Henry Newman) “A ordem sacerdotal é historicamente a essência da Igreja de Roma; se não foi apontada divinamente,então ela é, doutrinariamente, a essência do anticristo”. (22)
Fontes: (7) Found at: http://www.biblelight.net/fathers-on-antichrist.htm (8) Found at: http://www.biblelight.net/fathers-on-antichrist.htm (9) Found at: http://www.temcat.com/liberty/standish/antichrist/aih04.htm (10) Found at: http://www.temcat.com/liberty/standish/antichrist/aih04.htm (the title here should be ‘bishop of Canterbury’ and not ‘bishop of Hippo’)
(11) Guinness, H. Grattan, Romanism and the Reformation. Lewes, East Sussex: Focus Christian Ministries Trust, 1987, p.140. (12) Calvin, John, Institutes of the Christian Religion, translated by Ford L. Battles. John T. McNeill, Ed., Philadelphia, Pennsylvania, USA: The Westminster Press, 1960, Vol.1, 4:2:12. (13) Guinness, p.152. (14) Guinness, p.148. (15) Poole, Matthew, A Commentary on the Holy Bible. McLean, Virginia, USA: Macdonald Publishing Co., n.d., Vol.III, p.761 [on 2 Thessalonians 2:4].
(16) Henry, Matthew, Commentary on the Whole Bible. Peabody, Massachusetts, USA: Hendrickson Publishers, Inc., 1991, p.2347 [on 2 Thessalonians 2:4]. (17) Fairbairn, Patrick, The Interpretation of Prophecy. Edinburgh: The Banner of Truth Trust, 1996, p.369. (18) Quoted in Paisley, Ian R.K., Antichrist. Belfast: Martyrs Memorial Productions, n.d., p.71. (19) British Church Newspaper, Issue of 7th & 14th February 2003. (20) Bishop Christodoulos, Auxiliary to the Metropolitan Pavlos Hellenic Orthodox Traditionalist Church of America Astoria, N.Y., 24/5/01. (21) Quoted in Paisley, p.69. (22) Quoted in Paisley, p.71.
3- Mistério: a Grande Babilônia. Na sequência da revelação, o nome da prostituta é desvendado: “Mistério, a Grande Babilônia” (Ap 17.5a).
O termo “mistério” indica que o nome “babilônia” não é meramente geográfico, mas simbólico. Babilônia é descrita como grande porque é poderosa e de vasto alcance. Refere-se à “Mãe das Prostituições e Abominações da Terra” (Ap 17.5b). Ela é a mentora de toda a rebelião contra Deus e a consequente depravação da sociedade.
Babilônia é a responsável pelo assassinato dos santos e das testemunhas de Jesus (Ap 17.6a), simboliza o espírito de perseguição e a desconstrução da fé bíblica. Não se trata apenas de uma cultura sem Deus, mas de uma cultura contra Deus. Assim, o “espírito da Babilônia” é um sistema global deliberadamente anticristão.
COMENTÁRIOS:
4° Babilônia é todo o sistema religioso anti-Deus, sinaliza o espírito de perseguição e de desconstrução da fé bíblica. É a religião popular que atrai as multidões e não impõe limites. 5° O sistema do governo anticristão não destrói os edifícios da igreja, mas mudam alguns deles em lugares de diversão mundana. A ordem de Deus para os fiéis é sair do meio dela (Ap 18:4).
SINOPSE I
O “espírito da Babilônia” representa uma cultura que é completamente contra Deus.
AMPLIANDO O CONHECIMENTO
AUXÍLIO TEOLÓGICO
II – O ESPÍRITO DA BABILÔNIA
1- No sistema religioso. O “espírito da Babilônia” faz com que as pessoas sejam seduzidas pela “prostituição espiritual” (Ap 17.2). Nesse sentido, o culto ao ego torna o ser humano amante de si mesmo, do dinheiro e dos deleites (2 Tm 3.2-4).
Além disso, o argumento de “liberdade” estimula a devassidão por meio do afrouxamento da moral (2 Pe 2.19);
o ecumenismo doutrinário provoca a erosão da fé bíblica (Gl 1.6,8);
o relativismo rejeita a doutrina dos apóstolos e a autoridade bíblica (2 Tm 4.3);
o humanismo reinterpreta e ressignificar os mandamentos divinos (2 Pe 3.16);
o sincretismo mistura o sagrado e o profano (2 Co 6.16,17).
Assim, tudo passa a ser permitido e a verdade é desconstruída (2 Tm 3.7). Em consequência disso, a Igreja verdadeira é brutalmente perseguida (Mt 24.9).
COMENTARIOS:
A premissa básica dessa cultura e civilização, por meio da qual a Babilônia mantém sob o seu fascínio os povos, é a prostituição, o desenfreamento. Para ela a rigor tudo é permitido e nada constitui uma verdade compromissiva. Toda espécie de vínculo com os mandamentos de Deus é queimada, de modo a desenvolver sobre essa cratera de vulcão um modo de vida sem Deus e sem Cristo.
Porque o ecumenismo é perigoso:
Ele é perigoso porque não é Bíblico nem Cristão. É afronta a Deus, Sua Palavra, Seu Filho e Sua Igreja e ao Espírito Santo também. Por isso não devemos entrar na onda e termos medo ou vergonha de sermos considerados sectaristas ou Separatistas!
O Ecumenismo não é bíblico, pois não podemos concordar com as denominações sem discordar da Bíblia. É HIPOCRISIA não dar importância as diferenças doutrinarias ou dizer "ele crê errado, mas isto não tem importância...Está bem para mim deste jeito", se sabemos que Deus não pensa assim. Se ele o fizesse, não haveria necessidade da Bíblia e Deus aceitaria a todos de qualquer maneira( espírita, budista, macumbeiro, católico, evangélico...) e desta forma Cristo teria morrido em vão...Se de qualquer jeito está bom, para que Cristo e para que Bíblia???
O Ecumenismo não é Cristão, pois seu promotor não é Cristão e seus parceiros também não o são. Ser CRISTÃO é crer que SÓ CRISTO SALVA. Ele é o único Deus, Salvador, Senhor do universo, O Todo- Poderoso ( v. IS 43.11/At 4.12; Rm 3.24; I Jo 5.10-13 e 20...Gl 1.6-10). Se o promotor do ecumenismo e seus parceiros crêem na salvação por Jesus, mas com a necessidade de complementar com obras boas, cumprimento de Sacramentos, auxílio de santos, etc, não creêm em Cristo como ÚNICO e exclusivo SALVADOR e portanto não são CRISTÃOS! Como partilhar um culto a deus com um povo que nem confia Nele? O Ecumenismo não é Cristão!
O Ecumenismo é afronta a Deus porque prega o ajuntamento igual de todas as pessoas diante de Deus, indistintamente de usas crenças e práticas. Já que todos nós bem sabemos que dentro do chamado cristianismo há todo o tipo de crença, e "cristãos" que nada sabem e nada fazem do que Cristo ordenou, logo, podemos concluir, que isto seria afrontar a Deus, que quer e tem "um povo seu especial, zeloso de boas obras"( Tt 2.14) e "uma geração eleita...nação santa, um povo adquirido ( comprado...pelo sangue...) para anunciar as Suas Virtudes"( I Pe 2.9). O Ecumenismo afronta a Deus porque Deus não quer todo mundo de qualquer jeito, Ele quer o Seu povo comprado por Ele com seu próprio sangue ( At 20.28) e separado (santo).
O Ecumenismo é afronta á Palavra de Deus porque, se doutrina não é importante, a Bíblia ( Palavra de Deus) cai em descrédito. Se doutrina não é importante, logo a Bíblia não é importante. Nossos irmãos no passado não pensavam assim. Os apóstolos e muitos depois deles, foram presos, torturados e mortos, porque insistiam em pregar a verdade ( não parcial, mas total). Se estes tivessem cedido, hoje não teríamos mais nada do que chamamos A BÏBLIA. Não se trata de meros detalhes, mas sim de pontos de suma importância que geram e justificam uma separação ( II Co 10. 5 – Jd 3 ). Não é uma guerra ou um conflito entre pessoas e igrejas que pregamos, mas a separação entre o falso e o verdadeiro, o que vem de Deus e o que vem do homem. Aliás, o apóstolo Pedro já disse: "Mais importa obedecer a Deus do que aos homens"( At 5. 29) . O jeito de obedecer a Deus é guardar o que ele diz em sua palavra e, atender aos apelos ecumenistas é deixar isto de lado e, portanto, é obedecer aos homens. O Ecumenismo é afronta à Bíblia!
O Ecumenismo é afronta ao Senhor Jesus porque Ele perde a sua posição de Cabeça ( chefe/dono/governante) da Igreja, ( Ef 5 . 23 / Cl 1. 18 ) pois o Vaticano diz que a mãe de todas as igrejas cristãs é a Católica Romana e que o seu cabeça ( como chefe e detentor da prerrogativa da infalibilidade) é o Papa. Ele pode mudar até o que Jesus e seus apóstolos ensinaram ( e como tem mudado !?!). O Ecumenismo é afronta ao Senhor Jesus também porque o depõe de sua posição de única fonte de salvação. Se uma igreja que crê e prega que só a Fé em Cristo é que salva, misturar-se a outra que crê e prega que algo mais é necessário para "completar, assegurar ou garantir" a salvação, como poderão conciliar as duas posições? Só há duas alternativas: ou a Segunda reconhece a Cristo como o bastante pela Sua Graça ( Jo 5.24/14.6/Ef 2. 8-9/Rm 3.23-24/I Tm 2.5-6...) ou a primeira deixa esta verdade fundamental do evangelho de lado. O que você acha que vai acontecer neste caso? O Ecumenismo é uma afronta total ao Senhor Jesus!
O Ecumenismo é uma afronta á Igreja de Jesus Cristo porque ela perde a sua identidade de anunciadora do Evangelho de Arrependimento e Fé, missão esta que Jesus destinou a ela na grande comissão ( Mt 28. 18-20), e de defensora da verdade como "coluna e firmeza" dela ( I Tm 3.15). Jesus comprou e resgatou a sua igreja do pecado com seu sangue, mas, será que Ele comprou todas? Imagine que ao nascer um filho seu você fosse vê-lo no berçário da maternidade e que quando chegasse lá, procurando o "seu" filho, enfermeira lhe dissesse que todos são tão parecidos que não faz diferença qual seria o seu bebê. Na verdade todos poderiam ser seus". Você aceitaria isto? Não, é claro! Só um deles é "sangue do teu sangue e carne da tua carne". Por que vai Ter que aceitar todas se só uma foi gerada do Seu Sangue e da Sua Doutrina? As outras foram geradas por homens rebeldes, insatisfeitos que se desviaram da verdade ou que protestaram contra sabe-se lá o que. A Igreja de Jesus Cristo pode ser reconhecida porque tem a "Sua Cara" como dizemos. Não é "protestante" e nem precisou se "renovar" porque é a mesma com a mesma doutrina desde que Ele a gerou quando chamou seus primeiros discípulos e começou seu ministério na terra. O Ecumenismo é uma afronta a esta igreja de Jesus.
O Ecumenismo é uma afronta ao Espírito Santo porque, embora tanto se fale Nele neste meio, seu papel é inconcebível no meio do ecumenismo. Basta olharmos rapidamente para o discurso de Jesus aos seus discípulos, feito para explicar-lhes sobre a vinda do Espírito e o que Ele faria na Igreja e no mundo. Este discurso encontra-se em Jo 16. Vamos ver algumas coisas:
O Espírito convence do pecado (v.8)-. num encontro ecumênico, como o pecado pode ser combatido se o que é pecado para uns não é para outros? Uns têm seu santo de devoção mas outros vêem nisto a idolatria; uns praticam a poligamia mas outros vêem nisto adultério; uns crêem que é pecado a mulher se maquiar ou usar jóias mas outros nada vêem nisto. O que ocorre então nos encontros ecumênicos é que o pecado não é atacado (pelo contrário, muitas vezes é incentivado). Portanto, o Espírito não vai convencer ninguém ali. O servo de Deus prega e o Espírito convence o pecador.
O espírito guia em TODA A VERDADE (v.13) – Num aglomerado de igrejas com doutrinas diferentes e onde cada um tem a sua verdade, é ilusão pensar-se que através de debates e convivência vão-se todos achegar à verdade divina. Na verdade, nos encontros ecumênicos, já não se tenta fazer isto, pois isto os afastaria. Então, fica cada um na sua própria mentira e tudo bem... O Espírito não está lá, pois ele está onde possa estar guiando os servos de Deus em TODA VERDADE e não somente em ALGUMAS VERDADES.
Ainda no capítulo 14 do mesmo evangelho, quando Jesus prometeu a vinda do Seu Espírito Consolador, ele diz que o que O ama guarda e cumpre a Sua Palavra e que o mesmo Espírito os ensinaria ( fazer entender) e faria lembrar de tudo o que Ele ensinou. (v.21-26). Mesmo que alguém queira restringir esta obra do Espirito Santo como dirigida somente aos apóstolos, não se pode negar que seria uma bobagem enviá-lo com esta finalidade, caso não fosse importante que a Igreja de Jesus Cristo guardasse TUDO o que Ele ensinou. Obviamente, no ecumenismo não se pode falar de tudo que Jesus ensinou, pois isto causaria facção entre as partes. Os ecumenístas NÃO SE LEMBRAM, se é que algum dia APRENDERAM o que o Senhor ensinou. Portanto, o Espirito não esta no meio deles e se alguém que está lá, tem o Espirito, logo entenderá que não é possível continuar com aquela farsa e sairá de lá para servir FIELMENTE ao Senhor. O Ecumenismo, é uma afronta ao Espirito Santo.
2- No sistema político e cultural. O “espírito da Babilônia” exerce forte influência na política e na cultura (Mt 13.38;1 Jo 5.19). Pautas progressistas de inversão de valores são impostas em afronta à cultura cristã, tais como: apologia ao aborto, ideologia de gênero, legalização das drogas e da prostituição (Is 5.20).
Logo, o patrulhamento ideológico estigmatiza como “fundamentalista” quem ousa discordar dessas pautas (Lc 6.22; 1Pe 4.4); há censura contra quem defende os valores bíblicos (Lc 12.11,12; 1 Tm 6.3-5); a grande mídia, as artes, a literatura e a educação promovem o doutrinamento contrário à fé cristã (Jo 15.19).
Coagida pelo “politicamente correto”, a sociedade assimila e defende a “nova cultura” (1Jo 4.5,6). Nesse contexto, cristãos são perseguidos e julgados (Lc 21.16,17).
COMENTARIOS:
Na presente era da história, Deus tem limitado seu supremo poder e domínio sobre o mundo. Esta autoeliminação é apenas temporária, porque no tempo determinado pela sua sabedoria, Ele destruirá toda a iniquidade e o próprio Satanás (Ap 19.20).
Fonte: Bíblia de Estudo Pentecostal (STAMPS, 1995, p. 1.965)
O surgimento do liberalismo teológico
A melhor maneira de compreender a origem do termo “fundamentalista” é entender o crescimento do liberalismo teológico radical nas principais denominações históricas dos Estados Unidos no fim do século XIX e início do século XX. O liberalismo era, de muitas maneiras, um fruto do iluminismo, movimento surgido no início do século XVIII que tinha em seu âmago uma revolta contra o poder da religião institucionalizada e contra a religião em geral. As pressuposições filosóficas do movimento eram, em primeiro lugar, o racionalismo de Descartes, Spinoza e Leibniz e o empirismo de Locke, Berkeley e Hume. Os efeitos combinados dessas duas filosofias – que, mesmo sendo teoricamente contrárias entre si, concordavam que Deus tem que ficar de fora do conhecimento humano – produziu profundo impacto na teologia cristã.
Em muitas universidades cristãs, seminários e igrejas da Europa (e, posteriormente, nos Estados Unidos), as idéias racionalistas começaram a ganhar larga aceitação. Não é que os teólogos se tornaram ateus ou agnósticos, mas sim, que procuraram compatibilizar a crença em Deus com os postulados do racionalismo. Muitos teólogos passaram a afirmar a existência de Deus, mas negavam sua intervenção na História humana, quer através de revelação, quer através de milagres ou da providência.
Como resultado da invasão do racionalismo na teologia, chegou-se à conclusão de que o sobrenatural não invade a história . A história passou a ser vista como simplesmente uma relação natural de causas e efeitos. O conceito de que Deus se revela ao homem e de que intervém e atua na história humana foram excluídos “de cara”. Como conseqüência, os relatos bíblicos envolvendo a atuação miraculosa de Deus na História, como a criação do mundo, os milagres de Moisés e os milagres de Jesus, passaram a ser desacreditados. Segundo esta linha de pensamento, já que milagres não existem, segue-se que esses relatos são fabricações do povo de Israel e, depois, da Igreja, que atribuiu a Jesus atos sobrenaturais que nunca aconteceram historicamente.
Para se interpretar corretamente a Bíblia, seria necessária uma abordagem “não religiosa”, desprovida de conceitos do tipo “Deus se revela”; ou: “A Bíblia é a revelação infalível de Deus”; ou ainda: “A Bíblia não pode errar”. Teólogos protestantes que adotaram essa abordagem crítica (que consideravam como “neutra”) justificavam-se afirmando que a Igreja Cristã, pelos seus dogmas e decretos, havia obscurecido a verdadeira mensagem das Escrituras. No caso dos Evangelhos, os dogmas dos grandes concílios ecumênicos acerca da divindade de Jesus haviam obscurecido sua figura humana e tornaram impossível, durante muito tempo, uma reconstrução histórica da sua vida. Esta impossibilidade, eles afirmavam, tornou-se ainda maior após a Reforma, quando a exegese dos Evangelhos e da Bíblia em geral passou a ser controlada pelas confissões de fé e pela teologia sistemática.
Os estudiosos críticos argumentaram ainda que, para que se pudesse chegar aos fatos por trás do surgimento da religião de Israel e do cristianismo, seria necessário deixar para trás dogmas e teologia sistemática, e tentar entender e reconstruir os fatos daquela época. O principal critério a ser empregado nessa empreitada seria a razão , que os racionalistas entendiam como sendo a medida suprema da verdade. As ferramentas a serem usadas seriam aquelas produzidas pela crítica bíblica, como crítica da forma, crítica literária, entre outras. Assim, muitos pastores e teólogos que criam que a Bíblia era a Palavra de Deus, influenciados pela filosofia da época, tentaram criar um sistema de interpretação da Bíblia que usasse como critério o que fosse racional ao homem moderno, dando origem ao chamado “método histórico-crítico” de interpretação bíblica.
Os estudiosos responsáveis pelo surgimento e desenvolvimento inicial do método crítico defendiam que o “dogma” da inspiração divina da Bíblia deveria ser deixado fora da exegese para que ela pudesse ser feita de forma “neutra”. Seguiu-se a separação entre Palavra de Deus e Escritura Sagrada, rejeitando-se o conceito da inspiração e infalibilidade da Bíblia. Surge a idéia de “mito” na Bíblia, que era a maneira pela qual a raça humana, em tempos primitivos, articulava aquilo que não conseguia compreender. Segundo os exegetas críticos, as fontes que os autores bíblicos usaram estavam revestidas de “mitos”, ou lendas criadas por Israel e pela Igreja apostólica. O surgimento da dialética de Hegel marcou esta fase. Hegel oferecia uma visão da História sem Deus, explicando os acontecimentos não em termos da intervenção divina, mas em termos de um movimento conjunto do pensamento, fazendo sínteses entre os movimentos contraditórios (tese e antítese).
A tentativa de unir o racionalismo com a exegese bíblica não produziu um resultado satisfatório. Ficou-se com uma Bíblia que deixou de ser a Palavra de Deus para se tornar o testemunho de fé do povo de Israel e da Igreja Primitiva. Como resultado, surgiu um movimento dentro do cristianismo que se chamou liberalismo, o qual rapidamente influenciou as igrejas cristãs na Europa, e de lá, seguiu para os Estados Unidos, onde defendia os seguintes pontos:
- O caráter de Deus é de puro amor, sem padrões morais. Todos os homens são seus filhos e o pecado não separa ninguém do amor de Deus. A paternidade de Deus e a filiação divina são universais.
- Existe uma centelha divina em cada pessoa. Portanto, o homem, no íntimo, é bom, e só precisa de encorajamento para fazer o que é certo.
- Jesus Cristo é Salvador somente no sentido em que ele é o exemplo perfeito do homem. Ele é Deus somente no sentido de que tinha consciência perfeita e plena de Deus. Era um homem normal, não nasceu de uma virgem, não realizou milagres, não ressuscitou dos mortos.
- O cristianismo só é diferente das demais religiões quantitativamente, e não qualitativamente. Ou seja, todas as religiões são boas e levam a Deus; o cristianismo é apenas a melhor delas.
- A Bíblia não é o registro infalível e inspirado da revelação divina, mas o testamento escrito da religião que os judeus e os cristãos praticavam. Ela não fala de Deus, mas do que criam sobre ele.
- A doutrina ou as declarações proposicionais, como as que encontramos nos credos e confissões da Igreja, não são essenciais ou básicas para o cristianismo, visto que o que molda e forma a religião é a experiência, e não a revelação. A única coisa permanente no cristianismo, e que serve de geração a geração, é o ensino moral de Cristo.
Nem todos os liberais abraçavam todos estes pontos, e havia diferentes manifestações do liberalismo. Entretanto, todas elas estavam enraizadas no racionalismo (só a ciência tem a verdade) e no naturalismo (negação da intervenção criadora de Deus no mundo), e queriam adaptar as doutrinas do cristianismo à moderna teoria científica e às filosofias da época.
A reação conservadora: surgimento do fundamentalismo cristão
O nome “fundamentalistas” foi cunhado para se referir aos pastores, presbíteros e professores conservadores americanos de todas as denominações históricas que se coligaram para defender a fé cristã da intrusão do liberalismo nos seus seminários e igrejas. O nome foi usado por três motivos. Primeiro, os conservadores insistiam que o liberalismo atacava determinadas doutrinas bíblicas que eram fundamentais do cristianismo e que, ao negá-las, transformava o cristianismo em outra religião, diferente do cristianismo bíblico.
Segundo, a publicação em 1910-1915 da série “Os fundamentos”, doze volumes de artigos escritos por conservadores que defendiam os pontos fundamentais do cristianismo e atacavam o modernismo, a teoria da evolução etc., dos quais foram publicadas 3 milhões de cópias e espalhadas pelos Estados Unidos. Há artigos de eruditos conservadores como J.G. Machen, John Murray, B.B. Warfield, R.A. Torrey, Campbell Morgan e outros.
Terceiro, a elaboração de uma lista dos pontos considerados fundamentais do cristianismo. Muito embora o conflito entre liberais e fundamentalistas envolvesse muito mais do que somente esses tópicos, citados abaixo, foram considerados na época pelos conservadores como os pontos fundamentais da fé e do cristianismo evangélico, tendo se tornado o slogan dos conservadores e a bandeira do movimento fundamentalista:
3- No sistema econômico. O Livro de Apocalipse registra o enriquecimento dos mercadores por meio da exploração da luxúria e da licenciosidade do “espírito da Babilônia” (Ap 18.3).
Ele mostra como o comércio e o governo subornam os cidadãos por avareza, dinheiro e poder (Mq 2.1-3; Ap 18.12,13); as pessoas são motivadas a levar vantagem financeira, ilícita e imoral em prejuízo do próximo (Pv 16.29; Mq 3.11); a sociedade é extorquida em troca da satisfação dos prazeres pecaminosos e consumismo desenfreado (Is 55.2; Lc 12.15).
Nesse sentido, o materialismo, os deleites e a autossuficiência conduzem o ser humano a confiar no dinheiro (1 Tm 6.9,10, 17) e os que controlam a economia impõe embargos, tributos e multas em desfavor do cidadão impotente (Tg 2.6,7; Ap 13.16,17).
COMENTÁRIOS:
[...] o termo [ortodoxia] é usado para se referir aos pontos essenciais da doutrina cristã sobre os quais toda a igreja — ou quase todos — concordaram por muito tempo, e é por isso que muitas igrejas protestantes tradicionais definem a ortodoxia como concordando com as decisões dos primeiros quatro — ou às vezes sete — concílios ecumênicos. (tradução nossa).
Fonte: Gonzalez (2010, p. 211)
O que teria a Bíblia a nos dizer sobre essa reorganização política mundial e constitucional?
Nova Ordem Mundial e a Bíblia
Ao estudarmos as profecias de Daniel e Apocalipse, juntamente ao sermão profético feito por Cristo nos três evangelhos, percebemos que de fato, o mundo tende a rumar ao colapso. O texto bíblico nos informa que quanto mais o tempo passar, mais o amor se esfriará pelo aumento da iniquidade no coração humano (Mateus 24:12). Haverá cada vez mais conflitos, rumores de guerras, epidemias, fome (Mateus 24:6,7; Lucas 21:11,12), problemas que poderiam ser resolvidos, se não houvesse tanto interesse egoísta envolvido.
Em meio a esse cenário é que a Bíblia descreve em Apocalipse 13, o surgimento no cenário mundial de uma aliança entre dois poderes terrestres. O primeiro é apresentado na figura simbólica de um animal saindo da água, o segundo é descrito como um animal saindo da terra. Dentro do contexto literário do Antigo Testamento, essas duas figuras mitológicas são uma representatividade do mal. João usa esse contexto como pano de fundo para descrever que no tempo do fim, haverá dois poderes humanos, considerados aliados do dragão que é uma representatividade do diabo (Apocalipse 12:7-9), que se unirão, formando assim uma nova ordem mundial.
A união desses poderes é algo tão poderoso e influente que seduzirá todos os habitantes da Terra (Apocalipse 13:14), e mexerá com a economia e a liberdade civil (Apocalipse 13:16,17).
A primeira besta, conforme a sua descrição, representa Roma (Daniel 7:7,17; Apocalipse 17:18), a segunda besta, será um aliado político dela. Quando esses dois poderes se unirem e fundirem num só, estará formado aquilo que a teologia entende como Nova Ordem Mundial. Essa união do poder religioso com o político, estabelecerá um decreto que será de nível mundial e com fortes represália aos seus opositores.
Podemos concluir então que a política será reorganizada mundialmente, passando a existir apenas uma forma de governo? A resposta é um sonoro sim! Embora, o Apocalipse não detalhe como acontecerá e nem quando, ele descreve que acontecerá.
Um fator muito interessante é que desde que a pandemia de coronavírus se intensificou, os apelos para uma constituição mundial, tem se tornado cada vez mais fortes.
O que acontecerá com a humanidade quando a nova ordem mundial se estabelecer?
Será imposto sobre ela uma marca e ela é quem definirá quem está a favor ou contra essa coligação. O cenário de união entre as potências religiosas e políticas do mundo é um dos últimos sinais que vão anteceder a segunda vinda de Cristo e o fim do mundo. Quando Cristo vier, as autoridades políticas e religiosas vão perder seus poderes, e Deus salvará o seu povo e será o único governante do Universo, e “Ele reinará pelos séculos dos séculos” (Apocalipse 11:15).
Sendo assim, o único governo que reinará proeminentemente na história, formando a verdadeira nova ordem mundial, será o reino de Deus.
Fonte: Notas de Maiara Costa - Teóloga.
SINOPSE II
O “espírito da Babilônia” se revela nos sistemas religioso, político, cultural e econômico.
III – A POSIÇÃO DA IGREJA DIANTE DO ESPÍRITO DA BABILÔNIA
1- Não negociar a ortodoxia bíblica. A palavra ortodoxia vem do grego orthos que significa “correto” e da expressão dóxa, do verbo dokéo, com o sentido de “crer”. A junção dos termos traz a ideia de “crença correta”.
Nesse aspecto, a ortodoxia cristã tem a Bíblia Sagrada como a suprema e inquestionável árbitra em matéria de fé e prática. Por conseguinte, a Igreja precisa reafirmar a verdade bíblica como valor universal e imutável (Sl 100.5; Mt 24.35).
Assim, por meio do estudo bíblico, sistemático e doutrinário, torna-se possível capacitar o crente para enfrentar o “espírito da Babilônia” e suas ideologias contrárias aos valores absolutos da fé cristã com mansidão, temor e boa consciência (1 Pe 3.15,16).
COMENTÁRIOS:
A Igreja precisa mais do que ortodoxia, ela precisa de ortopraxia. Ortodoxia significa “doutrina correta”. Ter doutrina correta é muito importante e necessária. Mas a palavra que expressa a necessidade da Igreja hoje é ortopraxia, que significa “conduta correta”. A conduta condizente com a fé, eis o de que a Igreja necessita hoje. A eficácia do discurso da Igreja só alcança até onde vai a sua ação. O ensino do Espírito Santo através de Tiago é: “assim falai e assim procedei” (Tg 2.12).
Fonte: Lira e Silva (2014, p. 34)
2- Formar o caráter de Cristo. O caráter cristão refere-se à nova vida, modo de pensar e agir daqueles que pertencem a Cristo (Ef 4.22-30). Nesse aspecto, torna-se necessário enfatizar que é o Fruto do Espírito que desenvolve o caráter do salvo (Gl 5.22-25).
Jesus ensinou que é pelo fruto que se conhece uma árvore (Mt 12.33). Não por acaso, o apóstolo Paulo observa que o melhor antídoto contra o veneno e o jugo do pecado é andar no Espírito (Gl 5.16,17).
A falha na formação moral do caráter produz pseudocristãos escravizados pela carne (Jd 1.12,13). Portanto, a igreja que prima pelo estudo e aplicação da Palavra de Deus produz crentes espiritualmente maduros, capazes de resistir o “espírito da Babilônia” presente no cenário global (Rm 8.35,38,39).
COMENTÁRIOS:
3- Aguardar a volta de Cristo. A dispensação da graça termina com o Arrebatamento da Igreja, antes da Grande Tribulação (1 Co 15.51,52; 1 Ts 1.10; 4.13-18; 5.9; 2 Ts 2.6-10).
Acerca dos sinais que precedem a volta de Cristo, destacamos: a apostasia, a inversão de valores, perseguição, guerras, fomes, pestes e terremotos (Mt 24.5-12,24; 1 Tm 4.1; 2 Tm 4.3).
Diante desses eventos, o cristão é exortado a não viver despercebido, mas a esperar o seu Senhor em oração e vigilância (Mc 13.33).
Ainda, requer-se do salvo, enquanto aguarda a bendita esperança, a renúncia à impiedade, às paixões mundanas e a viver neste presente século uma vida de autodomínio, integridade e santidade (Tt 2.12,13).
COMENTARIOS:
SINOPSE III
Espera-se da igreja que se mantenha fiel na ortodoxia bíblica, desenvolva o caráter de Cristo e cultive a espera pela vinda do Senhor.
AUXÍLIO BIBLIOLÓGICO
CONCLUSÃO
Vivemos um período em que o “espírito da Babilônia” exerce forte influência na sociedade global. Suas ações buscam o completo domínio político, econômico, cultural e religioso em oposição aos valores da fé cristã. O avanço dessas ideologias aponta para a iminente volta de Cristo (Lc 21.28). Nesse interlúdio, é dever da Igreja oferecer resistência ao mal (2 Ts 2.6,7), ensinar a doutrina bíblica (Mt 28.20), formar o caráter dos discípulos (Gl 4.19) e santificar-se para a vinda do Senhor (Hb 12.14).
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Antes podia cópia o texto agora não.
ResponderExcluirFoi implementado por questão de segurança. Mas você pode gerar um PDF da página, pedindo para imprimir. E em vez de imprimir você pode salvar. Assim dá para copiar o que precisa.
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