SUPLEMENTO EXCLUSIVO DO PROFESSOR Afora o suplemento do professor, todo o conteúdo de cada lição é igual para alunos e mestres, inclusive o ...
SUPLEMENTO EXCLUSIVO DO PROFESSOR
Afora o suplemento do professor, todo o conteúdo de cada lição é igual para alunos e mestres, inclusive o número da página.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
OBJETIVOS
PARA COMEÇAR A AULA
Interrogue a classe a respeito de quantos já sentiram a dor de perder alguém! Sem dúvidas, após a queda do homem, esse é o maior mal que temos que enfrentar. Logo em seguida, inicie a aula expondo que o pecado nos proporcionou a vulnerabilidade diante da morte e que, devido isso, já perdemos tantas pessoas queridas. Porém, a morte de Cristo e Sua ressurreição nos garantem futuramente uma suprema vitória sobre o pecado e a morte, o que Paulo evidencia ao dizer: “Onde está, ó morte, a tua vitória? Onde está, ó morte, o teu aguilhão?”.
LEITURA ADICIONAL
O capital 15 funciona tanto como um crescendo da carta de Paulo quanto como o ápice da exposição psicológica do apóstolo. Ele fornece a chave teológica que revela a mente de Paulo a seus leitores e explica a estrutura de sua ética. Para o apóstolo, tudo o que ele disse nessa carta depende da realidade histórica da ressurreição física de Cristo. A ressurreição de Cristo é o ápice sem o qual seu sofrimento e morte não fazem sentido algum e em razão do qual a graça restauradora concedida por Deus a sua criação agora é revelada. Por causa da ressurreição de Cristo, seus seguidores têm esperança de vida eterna na presença de Deus, uma vida que já iniciou e que provou seu poder na comunidade de Cristo. Os cristãos que se tornaram parte do corpo de Cristo e recebedores de seu Espírito têm a garantia de que serão ressuscitados dentre os mortos em Cristo. E Cristo, que se relaciona com seu corpo como cabeça, também se relaciona com seus seguidores como as primícias daqueles que são ressuscitados dos mortos (15.23). Livro: “1 Coríntios” (Preben Vang. Série Comentario Expositivo. Editora Vida Nova– SP, 2018, pág.200).
TEXTO ÁUREO
“Se a nossa esperança em Cristo se limita apenas a esta vida, somos os mais infelizes de todos os homens.” 1Co 15.19
LEITURA BÍBLICA PARA ESTUDO
VERDADE PRÁTICA
A ressurreição é o alicerce da fé cristã e a vitória sobre o pecado e a morte; sem ela, a fé não se mantém.
DEVOCIONAL DIÁRIO
INTRODUÇÃO
Alguns cristãos de Corinto resistiam à doutrina da ressurreição. Não acreditavam que haveria ressurreição do corpo. Mas Paulo é enfático ao dizer que, assim como Cristo ressuscitou, também os que creem Nele ressuscitarão. Se não tivéssemos essa certeza, seria a nossa crença, não teríamos uma mensagem a anunciar e continuaríamos sem perdão; porque um deus morto não salva ninguém. Para provar aos coríntios que existe ressurreição, Paulo lança mão do Evangelho, menciona as ocasiões em que Jesus apareceu vivo e fala sobre o seu próprio encontro com o Cristo ressuscitado.
I- A RESSURREIÇÃO DE CRISTO (1Co 15.1-34)
A ressurreição de Cristo, além de provar a sua divindade, é também a garantia de que os mortos em Cristo irão ressuscitar no acontecimento da volta de Jesus.
1- Testemunhas da ressurreição (1Co 15.4-8) Depois foi visto por mais de quinhentos irmãos de uma só vez, dos quais a maioria sobrevive até agora; porém alguns já dormem (15.6).
A crucificação e a ressurreição são os fatos centrais dos Evangelhos e comprovam que Jesus é o Messias predito no Antigo Testamento. O túmulo vazio confirma a ressurreição corporal de Jesus. Sempre aparecerão pessoas para contestar que Jesus ressuscitou dos mortos. Porém, as aparições, várias vezes e a muitas pessoas diferentes, comprovam a ressurreição. Paulo não pretende dar uma lista completa, Ele não menciona várias aparições mencionadas nos evangelhos.
Todavia, enriquece a lista com mais três aparições não mencionadas nos evangelhos qual sejam: a mais de 500 irmãos, a Tiago e a si próprio. Cefas, os doze apóstolos, Tiago, e mais de quinhentos irmãos (At 1.1-15; 9.8). Quando Paulo escreveu a carta, algumas testemunhas oculares ainda estavam vivas; outras já dormiam. Podemos crer firmemente na ressurreição de Cristo.
Crer seguramente na ressurreição do Cristo é crer no Seu triunfo sobre o pecado e a morte (1Co 15.56-57). Paulo alerta sobre o erro de esperar em Cristo somente para esta vida, como se ela fosse durar para sempre. Existe a vida eterna além desta vida, e que pode repercutir significativamente na existência humana.
2- As primícias dos que dormem (1Co 15.20-23) Cada um, porém, por sua própria ordem: Cristo, as primícias; depois, os que são de Cristo, na sua vinda. (15,23)
Nestes versos, Paulo trata da ordem dos acontecimentos deste dia glorioso da volta de Jesus: primeiro, a ressurreição dos que estiverem mortos; em seguida, a transformação dos que estiverem vivos. Os dois episódios correspondem àquilo que aprendemos como ressurreição para a vida eterna.
Cristo foi o primeiro a ressuscitar dentre os mortos e jamais morrerá novamente. Ele foi o primeiro de todos, abrindo o caminho, mas na Sua vinda será a vez daqueles que Nele dormiram e aguardam. Ele é o nosso precursor; é o penhor de que também nós ressuscitaremos ou seremos transformados se estivermos vivos durante este grande evento (1Ts 4.1,16-18).
3- Ressurreição e vida prática (1Co 15.32,33) Se, como homem, lutei em Éfeso com feras, que me aproveita isso? Se os mortos não ressuscitam, comamos e bebamos, que amanhã morreremos. (15.32)
Paulo adverte com certa ironia sobre as consequências de se ignorar a verdade acerca da ressurreição após a morte física. Nenhum esforço valeria a pena e seria mais proveitoso viver um estilo de vida despreocupado e desregrado até a hora da morte. De fato, muitos dos que negavam a ressurreição vindoura estavam agindo assim e convencendo a outros de que deveriam viver da mesma maneira (1Co 15.32,33). Paulo os chama à razão e os aconselha a não darem ouvidos a essas “conversas fiadas”: “As más conversações, corrompem os bons costumes” (v. 33).
“Doutra maneira, que farão os que se batizam por causa dos mortos? Se, absolutamente, os mortos não ressuscitam, por que se batizam por causa deles?” (15.29). Parece que em Corinto havia pessoas que eram batizadas a fim de garantir ressurreição de parentes que tinham morrido.
Paulo não está apoiando esta prática, ele usa apenas para ilustrar seu argumento com a própria prática dos coríntios. Alguns de dentro da igreja já estavam assimilando ideias contra a ressurreição e corrompendo os bons costumes cristãos, isso por causa das más companhias e conversações. Vale muito aquele ditado popular: “Diz-me com quem tu andas e te direi quem és”.
II- O CORPO DA RESSURREIÇÃO (1Co 15.35-49)
1- Adão e Jesus (1Co 15.48,49) Como foi o primeiro homem, o terreno, tais são também os demais homens terrenos; e, como é o homem celestial, tais também os celestiais (15.48).
Nesta passagem, Paulo faz um contraste entre Adão e Cristo. Naturalmente, semelhante a Adão, nascemos com um corpo terrestre, sujeito à morte e aos desgastes físicos. Já em Cristo, na Sua vinda, receberemos o corpo espiritual, que está isento de qualquer tipo de desgaste físico. Ele será espiritual, celestial e imortal (1Co 15.21-22). “Mas alguém dirá: Como ressuscitam os mortos? E em que corpo vêm?” (15.35).
Os coríntios tinham um bloqueio para compreender a ressurreição dos mortos. Um corpo que já se encontra em decomposição e se incorporou aos elementos de sua origem – o pó da terra – pode ser restaurado, numa natureza gloriosa? Paulo chama os seus inquiridores de insensatos. Querem ser tão sábios, mas não compreendem a lei primordial da vida vegetal? Uma árvore, para nascer, precisa primeiramente que a semente caia no solo e seja enterrada (morra) para depois germinar e, em seguida, nascer a planta.
A semeadura da semente (ou morte da mesma) é a origem de sua germinação, a partir da qual ela se tornará uma planta, um pé de milho, por exemplo, com muitas espigas e milhares de grãos. Existe um nexo causal entre a morte da semente e a sua germinação. Nesse fenômeno da vida temos uma representação do que acontece na ressurreição.
Não deve causar espanto o fato de que nossos corpos, incorporados ao solo, serão ressuscitados em estado glorioso. Deus dará um novo corpo como lhe aprouver dar. Se todos hão de morrer por causa de um homem – Adão – todos que morrem em Cristo hão de ressuscitar por causa de um homem – Cristo. Por estarmos unidos a Adão, haveremos de morrer, mas aquele que está unido a Cristo, há de ressuscitar. Paulo poderia, se quisesse, ter dito apenas que para Deus.
2- Carnal versus espiritual (1Co 15.50) Isto afirmo, irmãos, que a carne e o sangue não podem herdar o reino de Deus, nem a corrupção herdar a incorrupção.
Temos um corpo terreno. Se nascemos em um território terreno, é natural absorvemos todas as suas características; já o que é celestial traz consigo as coisas celestiais. Quando nascermos de novo, passaremos a fazer parte do “território celestial”. Quando Paulo afirma que “carne e sangue não podem herdar o Reino de Deus”, indica que nossos corpos físicos, por estarem sujeitos à corrupção, não podem adentrar no lugar celestial (Mt 16.17). Isso não significa que não teremos um corpo, mas que herdaremos um novo corpo não sujeito às fraquezas da carne, ou seja, transformado. Um corpo transformado, espiritual, glorificado, imortal. Aleluia!
3- A transformação do corpo (1Co 15.51) Eis que vos digo um mistério: nem todos dormiremos, mas transformados seremos todos.
Paulo ressalta que no momento exato da “volta de Jesus” alguns estarão vivos. Aqui, o termo “dormir” é um eufemismo usado para a morte. A geração que estará viva, esperando a volta de Jesus será transformada e arrebatada sem passar pela morte. Tamanha era a expectativa do retorno de Jesus, que Paulo emprega o termo “nós”. A expectativa de Paulo nos faz refletir e nos inspira a vivermos preparados para a vinda de Jesus a qualquer momento, até mesmo hoje!
III- RAPIDEZ DA RESSURREIÇÃO (Co 15,50-58)
1- Um piscar de olhos (1Co 15.52) Num momento, num abrir e fechar de olhos.
Quando Paulo diz: “Num momento”, quer dizer numa fração de segundo, num piscar de olhos. A última trombeta ressoa, na imitação do comandante, conclamando seu exército para a batalha, os mortos ressuscitarão primeiro e os salvos que estiverem vivos serão transformados. Aqueles que já morreram em obediência a Deus, desde Adão, ressuscitarão incorruptíveis. Aqueles que estiverem vivos serão transformados, de corpos corruptíveis para corpos incorruptíveis. Quando este corpo assim tornar-se espiritual, o corruptível se revestirá de incorruptibilidade e o que é mortal se revestirá de imortalidade.
Cumprir-se á o que está escrito em Isaías 25.8. “Tragará a morte para sempre, e, assim, enxugará o SENHOR Deus as lágrimas de todos os rostos, e tirará de toda a terra o opróbrio do seu povo, porque o SENHOR falou”. Ou seja, a morte foi totalmente vencida, abolida para sempre! No versículo 55, Paulo cita Oséias 13.14. “Onde está, ó morte, a tua vitória?”.
A morte foi aniquilada, não existirá mais. Paulo pergunta onde está o aguilhão (vara longa com ponta de ferro afiada, usada para tanger animais) da morte? O aguilhão da morte é o pecado, que está cheio de veneno infernal. Ele foi também destruído. Ao vencer o pecado, Jesus anulou o que dava poder à morte e ao Diabo (Hb 2.14,15).
2- A última trombeta (1Co 15.52) Ao ressoar da última trombeta
3- O triunfo sobre a morte (1Co 15.53-58) Portanto, meus amados irmãos, sede firmes, inabaláveis e sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que, no Senhor, o vosso trabalho não é vão (15.58).
Diante do falso ensino e tantas tentações diferentes, a esperança da ressurreição deve incentivar os coríntios a perseverar em sua fé. Paulo sente-se plenamente recompensado em expor aos coríntios a doutrina da ressurreição. O apóstolo Paulo termina o seu argumento, fazendo uma gloriosa declaração de gratidão a Deus que nos dá a vitória por intermédio de nosso Senhor Jesus Cristo e uma exortação de encorajamento aos irmãos.
“Portanto, meus amados irmãos, sede firmes, inabaláveis e sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que, no Senhor, o vosso trabalho não é vão” (1Co 15.58). A razão dessa exortação de encorajamento é o que está reservado para todos nós. A vida eterna e galardão celestial para os que servem a Deus de modo inabalável e participam abundantemente da sua obra. Naquele dia, teremos recompensa completa.
Nunca deixemos de cultivar a santificação, para manter essa esperança e anseio por esse dia glorioso, quando, na extensão máxima da ex- pressão, a morte será tragada para sempre e milhões de vozes, após o longo silêncio do túmulo, bradarão, de uma vez por todas, a canção triunfante: “Onde está, ó morte, a tua vitória? Onde está, ó morte, o teu aguilhão?” (v. 55). Glória a Deus! Maranata! Ora vem senhor Jesus!
APLICAÇÃO PESSOAL
Glória a Deus que nos dá a vitória, por intermédio de nosso Senhor Jesus Cristo para sermos firmes, e constantes e sempre abundantes nesta vida e por fim gozarmos a vida eterna com Jesus, no céu.
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