TEXTO ÁUREO “ E, havendo dito isso, assoprou sobre eles e disse-lhes: Recebei o Espírito Santo.” (Jo 20.22) COMENTARIO EXTRA Comentário de H...
TEXTO ÁUREO
“ E, havendo dito isso, assoprou sobre eles e disse-lhes: Recebei o Espírito Santo.” (Jo 20.22)
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
📖 Texto Áureo – João 20.22
“E, havendo dito isso, assoprou sobre eles e disse-lhes: Recebei o Espírito Santo.” (Jo 20.22)
✍️ Comentário Bíblico-Teológico Aprofundado
1. Contexto Imediato
Esse versículo ocorre após a ressurreição de Jesus, no encontro com os discípulos na noite do primeiro dia da semana (Jo 20.19-23). Ele aparece entre eles, mostra as marcas da crucificação e declara a paz, sinalizando a restauração da comunhão. Após isso, Ele sopra e diz: “Recebei o Espírito Santo”.
2. Análise das Palavras no Grego
- ἐνεφύσησεν (enephýsēsen) – traduzido como "assoprou". Essa palavra é usada apenas aqui no Novo Testamento, mas é a mesma raiz do verbo usado na Septuaginta (Gn 2.7), quando Deus “soprou” fôlego de vida em Adão. O ato de Jesus é simbólico e criacional, indicando nova criação e vida espiritual pela ação do Espírito.
- Λάβετε (lábete) – traduzido como "recebei". É uma forma do verbo λαμβάνω (lambanō), que implica tomar posse, apropriar-se. Não é uma sugestão, mas um imperativo ativo aoristo — ou seja, um comando imediato com efeito duradouro.
- Πνεῦμα Ἅγιον (Pneuma Hagion) – “Espírito Santo”. O termo πνεῦμα (espírito, sopro, vento) está intimamente ligado ao “sopro divino” da criação. A presença do Espírito Santo aqui não é plena como em Atos 2, mas simbólica e preparatória (Jo 14.26; 16.13).
3. Implicações Teológicas
- Sinal da Nova Criação: Assim como Deus soprou vida física em Adão, Jesus agora sopra vida espiritual em seus discípulos. Ele é o segundo Adão (1Co 15.45), que dá vida eterna por meio do Espírito.
- Antecipação de Pentecostes: Muitos estudiosos veem aqui uma ação simbólica ou prenúncio do derramamento completo do Espírito em Atos 2. Esse ato aponta para o que viria, mas também comunica graça real: a autoridade e presença do Espírito para missão e comunhão (Jo 20.21-23).
- Autoridade Apostólica: O sopro está ligado ao envio e autoridade dos apóstolos como representantes de Cristo. O Espírito Santo capacita para perdoar (v.23), anunciar o evangelho e manter a comunhão.
📚 Referências Acadêmicas:
- Carson, D. A. - O Evangelho segundo João (PNTC): Carson afirma que este sopro “é uma investidura simbólica que aponta para o envio missionário e a capacitação espiritual que se cumpriria plenamente no Pentecostes”.
- Leon Morris - O Evangelho segundo João (NICNT): Para Morris, o ato de soprar conecta diretamente com a criação e é indicativo de nova vida espiritual e identidade da comunidade cristã.
- Craig Keener - Comentário Bíblico de Referência IVP: Destaca o paralelismo com Gn 2.7 como intencional, reforçando o papel de Jesus como criador da nova humanidade redimida.
🙋♂️ Aplicação Pessoal
- Vida com o Espírito: Somos convidados a viver uma vida com o Espírito Santo não como um conceito abstrato, mas como uma realidade contínua e transformadora (Ef 5.18).
- Nova Criação: Em Cristo, somos recriados — Ele sopra vida em nós. Isso muda nossa identidade, vocação e missão (2Co 5.17).
- Capacitação para o Ministério: O sopro aponta para o envio com autoridade espiritual. Cada cristão é chamado a viver na unção e direção do Espírito Santo (At 1.8).
📊 Tabela Expositiva – João 20.22
Elemento
Descrição
Verbo Principal
ἐνεφύσησεν (enephýsēsen) – assoprou, eco de Gn 2.7
Significado Espiritual
Sinal da nova criação e do novo nascimento em Cristo
Imperativo de Jesus
Λάβετε (Recebei) – ordem imediata para apropriação do Espírito
Pessoa do Espírito Santo
Πνεῦμα Ἅγιον – Espírito de Deus, que dá vida e poder para missão
Aplicação Teológica
Prévia do Pentecostes; fundação espiritual da Igreja
Aplicação Pessoal
Viver como nova criação, guiado e capacitado pelo Espírito Santo
Referência Paralela
Gênesis 2.7 – o sopro divino que cria; Atos 2 – o sopro que envia
📖 Texto Áureo – João 20.22
“E, havendo dito isso, assoprou sobre eles e disse-lhes: Recebei o Espírito Santo.” (Jo 20.22)
✍️ Comentário Bíblico-Teológico Aprofundado
1. Contexto Imediato
Esse versículo ocorre após a ressurreição de Jesus, no encontro com os discípulos na noite do primeiro dia da semana (Jo 20.19-23). Ele aparece entre eles, mostra as marcas da crucificação e declara a paz, sinalizando a restauração da comunhão. Após isso, Ele sopra e diz: “Recebei o Espírito Santo”.
2. Análise das Palavras no Grego
- ἐνεφύσησεν (enephýsēsen) – traduzido como "assoprou". Essa palavra é usada apenas aqui no Novo Testamento, mas é a mesma raiz do verbo usado na Septuaginta (Gn 2.7), quando Deus “soprou” fôlego de vida em Adão. O ato de Jesus é simbólico e criacional, indicando nova criação e vida espiritual pela ação do Espírito.
- Λάβετε (lábete) – traduzido como "recebei". É uma forma do verbo λαμβάνω (lambanō), que implica tomar posse, apropriar-se. Não é uma sugestão, mas um imperativo ativo aoristo — ou seja, um comando imediato com efeito duradouro.
- Πνεῦμα Ἅγιον (Pneuma Hagion) – “Espírito Santo”. O termo πνεῦμα (espírito, sopro, vento) está intimamente ligado ao “sopro divino” da criação. A presença do Espírito Santo aqui não é plena como em Atos 2, mas simbólica e preparatória (Jo 14.26; 16.13).
3. Implicações Teológicas
- Sinal da Nova Criação: Assim como Deus soprou vida física em Adão, Jesus agora sopra vida espiritual em seus discípulos. Ele é o segundo Adão (1Co 15.45), que dá vida eterna por meio do Espírito.
- Antecipação de Pentecostes: Muitos estudiosos veem aqui uma ação simbólica ou prenúncio do derramamento completo do Espírito em Atos 2. Esse ato aponta para o que viria, mas também comunica graça real: a autoridade e presença do Espírito para missão e comunhão (Jo 20.21-23).
- Autoridade Apostólica: O sopro está ligado ao envio e autoridade dos apóstolos como representantes de Cristo. O Espírito Santo capacita para perdoar (v.23), anunciar o evangelho e manter a comunhão.
📚 Referências Acadêmicas:
- Carson, D. A. - O Evangelho segundo João (PNTC): Carson afirma que este sopro “é uma investidura simbólica que aponta para o envio missionário e a capacitação espiritual que se cumpriria plenamente no Pentecostes”.
- Leon Morris - O Evangelho segundo João (NICNT): Para Morris, o ato de soprar conecta diretamente com a criação e é indicativo de nova vida espiritual e identidade da comunidade cristã.
- Craig Keener - Comentário Bíblico de Referência IVP: Destaca o paralelismo com Gn 2.7 como intencional, reforçando o papel de Jesus como criador da nova humanidade redimida.
🙋♂️ Aplicação Pessoal
- Vida com o Espírito: Somos convidados a viver uma vida com o Espírito Santo não como um conceito abstrato, mas como uma realidade contínua e transformadora (Ef 5.18).
- Nova Criação: Em Cristo, somos recriados — Ele sopra vida em nós. Isso muda nossa identidade, vocação e missão (2Co 5.17).
- Capacitação para o Ministério: O sopro aponta para o envio com autoridade espiritual. Cada cristão é chamado a viver na unção e direção do Espírito Santo (At 1.8).
📊 Tabela Expositiva – João 20.22
Elemento | Descrição |
Verbo Principal | ἐνεφύσησεν (enephýsēsen) – assoprou, eco de Gn 2.7 |
Significado Espiritual | Sinal da nova criação e do novo nascimento em Cristo |
Imperativo de Jesus | Λάβετε (Recebei) – ordem imediata para apropriação do Espírito |
Pessoa do Espírito Santo | Πνεῦμα Ἅγιον – Espírito de Deus, que dá vida e poder para missão |
Aplicação Teológica | Prévia do Pentecostes; fundação espiritual da Igreja |
Aplicação Pessoal | Viver como nova criação, guiado e capacitado pelo Espírito Santo |
Referência Paralela | Gênesis 2.7 – o sopro divino que cria; Atos 2 – o sopro que envia |
VERDADE PRÁTICA
A promessa do Pai não se restringe a um grupo particular ou a um período específico, mas inclui todos aqueles que se arrependem e creem no Evangelho.
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
📖 A expressão “a promessa do Pai” aparece com destaque em textos como:
- Lucas 24.49 – “E eis que sobre vós envio a promessa de meu Pai...”
- Atos 1.4 – “...esperassem a promessa do Pai, que (disse ele) de mim ouvistes.”
- Atos 2.38-39 – “...porque a promessa vos diz respeito a vós, a vossos filhos e a todos os que estão longe: a tantos quantos Deus nosso Senhor chamar.”
✍️ Comentário Bíblico-Teológico
1. A promessa do Pai
Trata-se da vinda e habitação do Espírito Santo, como prometido por Jesus e pelos profetas (cf. Jl 2.28-29). Ela não é uma promessa nova, mas um cumprimento progressivo do plano redentor de Deus revelado ao longo das Escrituras.
- Em Joel 2.28-29, Deus promete derramar Seu Espírito sobre toda a carne, incluindo filhos, filhas, servos e servas.
- Jesus ratifica essa promessa como algo que viria logo após sua ascensão (Lc 24.49; Jo 14.16-17).
- Em Atos 2, Pedro interpreta o derramamento do Espírito como o cumprimento dessa profecia (At 2.16-17).
2. Análise das Palavras Gregas
- ἐπαγγελία (epangelía) – “promessa”
- Significa uma declaração firme e garantida, normalmente feita por alguém em posição de autoridade (cf. Hebreus 6.13-18).
- Neste contexto, refere-se à garantia da vinda do Espírito Santo, não como recompensa meritória, mas como graça soberana de Deus.
- πάντας (pántas) – “todos”
- Um termo enfático de inclusão universal. O Espírito é prometido a “todos os que crerem”, rompendo barreiras étnicas, sociais e temporais (cf. At 2.39; Gl 3.28).
- καλέσῃ (kalésē) – “chamar”
- Do verbo καλέω (kaleō), usado em contextos de vocação divina, como em Romanos 8.30. A promessa está disponível àqueles que Deus chama eficazmente pela pregação do Evangelho.
3. Referências Acadêmicas Cristãs
- John Stott – A Mensagem de Atos: Stott ressalta que a descida do Espírito é um evento que marca a nova era da Igreja e não está restrito a uma elite espiritual ou a um tempo apostólico. O Espírito é dado a todos os crentes.
- Craig Keener – Novo Testamento: Keener observa que o uso de “todos os que estão longe” (At 2.39) é uma expressão judaica para os gentios, revelando a universalidade da promessa.
- Gordon D. Fee – A presença fortalecedora de Deus: Fee argumenta que o Espírito não é apenas uma “experiência pentecostal”, mas o próprio centro da vida cristã, aplicável a todo crente regenerado.
🙋♂️ Aplicação Pessoal
- Não há exclusividade no derramar do Espírito – O Espírito é para todo aquele que crê, seja jovem ou idoso, homem ou mulher, letrado ou simples. Isso nos chama a viver abertos e receptivos à ação do Espírito em nossas vidas, comunidades e tempos.
- O crente precisa andar no Espírito – A promessa cumprida deve gerar uma vida de santidade, poder e missão (Gl 5.16-25; At 1.8).
- A promessa é para hoje – O tempo da promessa não cessou com os apóstolos. Deus continua chamando pessoas ao arrependimento e selando-as com o Espírito (Ef 1.13).
📊 Tabela Expositiva – A Promessa do Pai
Elemento
Descrição
Termo Grego Principal
ἐπαγγελία (epangelía) – promessa firme, divina
Quem recebe a promessa
“Todos os que creem” – πάντας (pántas)
Condição para recebê-la
Arrependimento e fé no Evangelho (At 2.38)
Agente da promessa
O Pai, através de Jesus Cristo (Jo 14.16; Lc 24.49)
Cumprimento inicial
Pentecostes (Atos 2)
Continuidade da promessa
Todos quantos o Senhor nosso Deus chamar (At 2.39; Ef 1.13)
Aplicação pessoal
Andar em santidade, comunhão, poder e missão pelo Espírito
📖 A expressão “a promessa do Pai” aparece com destaque em textos como:
- Lucas 24.49 – “E eis que sobre vós envio a promessa de meu Pai...”
- Atos 1.4 – “...esperassem a promessa do Pai, que (disse ele) de mim ouvistes.”
- Atos 2.38-39 – “...porque a promessa vos diz respeito a vós, a vossos filhos e a todos os que estão longe: a tantos quantos Deus nosso Senhor chamar.”
✍️ Comentário Bíblico-Teológico
1. A promessa do Pai
Trata-se da vinda e habitação do Espírito Santo, como prometido por Jesus e pelos profetas (cf. Jl 2.28-29). Ela não é uma promessa nova, mas um cumprimento progressivo do plano redentor de Deus revelado ao longo das Escrituras.
- Em Joel 2.28-29, Deus promete derramar Seu Espírito sobre toda a carne, incluindo filhos, filhas, servos e servas.
- Jesus ratifica essa promessa como algo que viria logo após sua ascensão (Lc 24.49; Jo 14.16-17).
- Em Atos 2, Pedro interpreta o derramamento do Espírito como o cumprimento dessa profecia (At 2.16-17).
2. Análise das Palavras Gregas
- ἐπαγγελία (epangelía) – “promessa”
- Significa uma declaração firme e garantida, normalmente feita por alguém em posição de autoridade (cf. Hebreus 6.13-18).
- Neste contexto, refere-se à garantia da vinda do Espírito Santo, não como recompensa meritória, mas como graça soberana de Deus.
- πάντας (pántas) – “todos”
- Um termo enfático de inclusão universal. O Espírito é prometido a “todos os que crerem”, rompendo barreiras étnicas, sociais e temporais (cf. At 2.39; Gl 3.28).
- καλέσῃ (kalésē) – “chamar”
- Do verbo καλέω (kaleō), usado em contextos de vocação divina, como em Romanos 8.30. A promessa está disponível àqueles que Deus chama eficazmente pela pregação do Evangelho.
3. Referências Acadêmicas Cristãs
- John Stott – A Mensagem de Atos: Stott ressalta que a descida do Espírito é um evento que marca a nova era da Igreja e não está restrito a uma elite espiritual ou a um tempo apostólico. O Espírito é dado a todos os crentes.
- Craig Keener – Novo Testamento: Keener observa que o uso de “todos os que estão longe” (At 2.39) é uma expressão judaica para os gentios, revelando a universalidade da promessa.
- Gordon D. Fee – A presença fortalecedora de Deus: Fee argumenta que o Espírito não é apenas uma “experiência pentecostal”, mas o próprio centro da vida cristã, aplicável a todo crente regenerado.
🙋♂️ Aplicação Pessoal
- Não há exclusividade no derramar do Espírito – O Espírito é para todo aquele que crê, seja jovem ou idoso, homem ou mulher, letrado ou simples. Isso nos chama a viver abertos e receptivos à ação do Espírito em nossas vidas, comunidades e tempos.
- O crente precisa andar no Espírito – A promessa cumprida deve gerar uma vida de santidade, poder e missão (Gl 5.16-25; At 1.8).
- A promessa é para hoje – O tempo da promessa não cessou com os apóstolos. Deus continua chamando pessoas ao arrependimento e selando-as com o Espírito (Ef 1.13).
📊 Tabela Expositiva – A Promessa do Pai
Elemento | Descrição |
Termo Grego Principal | ἐπαγγελία (epangelía) – promessa firme, divina |
Quem recebe a promessa | “Todos os que creem” – πάντας (pántas) |
Condição para recebê-la | Arrependimento e fé no Evangelho (At 2.38) |
Agente da promessa | O Pai, através de Jesus Cristo (Jo 14.16; Lc 24.49) |
Cumprimento inicial | Pentecostes (Atos 2) |
Continuidade da promessa | Todos quantos o Senhor nosso Deus chamar (At 2.39; Ef 1.13) |
Aplicação pessoal | Andar em santidade, comunhão, poder e missão pelo Espírito |
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LEITURA DIÁRIA
Segunda – Jo 14.16,26 Jesus garante que enviará o Consolador, o Espírito Santo
Terça – 1 Co 6.17-19 O Espírito Santo habita em nós e nos purifica
Quarta – Rm 8.9-14 A capacidade vivificante do Espírito Santo
Quinta – Gl 5.16-22 O Espírito Santo molda em nós o caráter de Cristo
Sexta – At 1.4,8 A promessa de receber poder por meio do Espírito
Sábado – At 2.1-4 O maravilhoso derramamento do Espírito Santo
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
LEITURA DIÁRIA: A PROMESSA DO ESPÍRITO SANTO
Segunda – João 14.16,26
Jesus garante que enviará o Consolador, o Espírito Santo.
Comentário: Jesus promete o Paráclito, aquele que estará conosco para ensinar, lembrar e consolar, mostrando o cuidado divino contínuo após Sua partida.
Terça – 1 Coríntios 6.17-19
O Espírito Santo habita em nós e nos purifica.
Comentário: Somos templo do Espírito Santo, o que traz responsabilidade e santificação pessoal, refletindo a presença viva de Deus em nossa vida.
Quarta – Romanos 8.9-14
A capacidade vivificante do Espírito Santo.
Comentário: O Espírito dá vida espiritual, capacitando o cristão a vencer a carne e viver segundo a vontade de Deus, fruto da nova aliança.
Quinta – Gálatas 5.16-22
O Espírito Santo molda em nós o caráter de Cristo.
Comentário: O fruto do Espírito revela a transformação interior que acontece em quem está cheio d’Ele, evidenciando a nova natureza.
Sexta – Atos 1.4,8
A promessa de receber poder por meio do Espírito.
Comentário: Jesus instrui a aguardar o Espírito para o empoderamento missionário, essencial para o cumprimento da Grande Comissão.
Sábado – Atos 2.1-4
O maravilhoso derramamento do Espírito Santo.
Comentário: O Pentecostes marca o início da igreja, com o Espírito capacitando os discípulos a testemunhar em diversas línguas e culturas.
LEITURA DIÁRIA: A PROMESSA DO ESPÍRITO SANTO
Segunda – João 14.16,26
Jesus garante que enviará o Consolador, o Espírito Santo.
Comentário: Jesus promete o Paráclito, aquele que estará conosco para ensinar, lembrar e consolar, mostrando o cuidado divino contínuo após Sua partida.
Terça – 1 Coríntios 6.17-19
O Espírito Santo habita em nós e nos purifica.
Comentário: Somos templo do Espírito Santo, o que traz responsabilidade e santificação pessoal, refletindo a presença viva de Deus em nossa vida.
Quarta – Romanos 8.9-14
A capacidade vivificante do Espírito Santo.
Comentário: O Espírito dá vida espiritual, capacitando o cristão a vencer a carne e viver segundo a vontade de Deus, fruto da nova aliança.
Quinta – Gálatas 5.16-22
O Espírito Santo molda em nós o caráter de Cristo.
Comentário: O fruto do Espírito revela a transformação interior que acontece em quem está cheio d’Ele, evidenciando a nova natureza.
Sexta – Atos 1.4,8
A promessa de receber poder por meio do Espírito.
Comentário: Jesus instrui a aguardar o Espírito para o empoderamento missionário, essencial para o cumprimento da Grande Comissão.
Sábado – Atos 2.1-4
O maravilhoso derramamento do Espírito Santo.
Comentário: O Pentecostes marca o início da igreja, com o Espírito capacitando os discípulos a testemunhar em diversas línguas e culturas.
Hinos Sugeridos: 77, 118, 120 da Harpa Cristã
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
João 14.16-18,26; 16.7,8,13 ; 20.21,22
João 14
16 – E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre,
17 – o Espírito da verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê, nem o conhece; mas vós o conheceis, porque habita convosco e estará em vós.
18 – Não vos deixarei órfãos; voltarei para vós.
26 – Mas aquele Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito.
João 16
7 – Todavia, digo-vos a verdade: que vos convém que eu vá, porque, se eu não for, o Consolador não virá a vós; mas, se eu for, enviar-vo-lo-ei.
8 – E, quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, e da justiça, e do juízo. 13 – Mas, quando vier aquele Espírito da verdade, ele vos guiará em toda a verdade, porque não falará de si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido e vos anunciará o que há de vir.
João 20
21 – Disse-lhes, pois, Jesus outra vez: Paz seja convosco! Assim como o Pai me enviou, também eu vos envio a vós.
22 – E, havendo dito isso, assoprou sobre eles e disse-lhes: Recebei o Espírito Santo.
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
O CONSOLADOR PROMETIDO
🕊 João 14.16
“E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre.”
- Palavra-chave (grego): Parákletos (παράκλητος) — literalmente, “aquele chamado ao lado para ajudar”. Refere-se a um advogado, intercessor ou consolador (cf. 1Jo 2.1).
- Comentário: Jesus promete outro Consolador (allos Parákletos), indicando que o Espírito terá um ministério semelhante ao dEle, mas com presença contínua após Sua ascensão. A permanência do Espírito será eterna, em contraste com a limitação temporal da presença física de Cristo.
João 14.17
“O Espírito da verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê nem o conhece...”
- Palavra-chave: alētheia (ἀλήθεια) — verdade. Refere-se à realidade última e plena revelada por Deus.
- Comentário: O mundo (kosmos) está em oposição à verdade espiritual. O Espírito Santo só pode ser reconhecido espiritualmente (1Co 2.14). O verbo “habita” (menō, “permanecer”) enfatiza a morada contínua do Espírito nos crentes.
João 14.18
“Não vos deixarei órfãos; voltarei para vós.”
- Palavra-chave: orphanos (ὀρφανούς) — órfãos, desamparados. Aponta para uma relação filial e afetuosa com Jesus.
- Comentário: Jesus assegura que não abandonará os discípulos. Sua “volta” aqui é melhor entendida no contexto da vinda do Espírito como presença contínua do próprio Cristo (cf. Jo 14.23).
João 14.26
“Mas aquele Consolador, o Espírito Santo... vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar...”
- Palavras-chave: didaskō (ensinar), hypomnēsei (ὑπομνήσει, lembrar) — o Espírito será Mestre e lembrador, capacitando os apóstolos a transmitir a doutrina com fidelidade.
- Comentário: O ensino do Espírito não será independente, mas em continuidade com o ensino de Cristo. Isso fundamenta a autoridade apostólica no Novo Testamento (cf. 2Pe 1.21).
João 16.7
“Convém que eu vá... o Consolador não virá a vós...”
- Comentário: A ascensão de Cristo é condição necessária para o envio do Espírito (At 2.33). Isso aponta para a progressividade do plano redentor: encarnação → cruz → ressurreição → ascensão → Pentecostes.
João 16.8
“Convencerá o mundo do pecado, e da justiça, e do juízo.”
- Palavra-chave: elegchō (ἐλέγχω) — convencer, reprovar, trazer à luz o erro com vista à correção.
- Comentário: O Espírito não apenas consola, mas também confronta o pecado. Ele atua como prosecutor espiritual, trazendo convicção ao coração humano.
João 16.13
“... ele vos guiará em toda a verdade...”
- Palavra-chave: hodēgēsei (ὁδηγήσει) — guiar, conduzir como um guia ou mestre.
- Comentário: O Espírito é o guia seguro para a compreensão progressiva da revelação divina, conduzindo a igreja a toda a verdade que se encontra em Cristo (Jo 14.6; Cl 2.3).
João 20.21-22
“... assoprou sobre eles e disse-lhes: Recebei o Espírito Santo.”
- Palavra-chave: enephusēsen (ἐνεφύσησεν) — assoprar; usado também em Gn 2.7 na LXX (criação do homem).
- Comentário: Este ato simbólico antecipa o Pentecostes e indica a nova criação espiritual dos discípulos (cf. 2Co 5.17). É um prelúdio da plenitude do Espírito que viria em Atos 2.
📘 REFERÊNCIAS ACADÊMICAS CRISTÃS
- D.A. Carson - Exegese detalhada da ação do Espírito em João.
- Gordon D. Fee - Discussão sobre o papel do Espírito na teologia do NT.
- Craig S. Keener, The Gospel of John: A Commentary – Comentário acadêmico e culturalmente contextualizado.
- Francis Schaeffer, A Morte da Razão – O Espírito como revelador da Verdade absoluta em Cristo.
🙏 APLICAÇÃO PESSOAL
- O Consolador prometido é presente real e ativo na vida do crente hoje. Ele guia, ensina, consola e confronta.
- Não estamos sozinhos. O Espírito Santo é Deus habitando em nós para nos moldar à imagem de Cristo.
- Devemos cultivar sensibilidade à voz do Espírito, obedecendo à sua orientação.
- O Espírito continua nos lembrando das palavras de Jesus e nos conduzindo à fidelidade doutrinária e prática.
📊 TABELA EXPOSITIVA: FUNÇÃO DO ESPÍRITO SANTO EM JOÃO
Versículo
Palavra-chave (Grego)
Função do Espírito
Aplicação Pessoal
João 14.16
Parákletos
Consolador permanente
O Espírito nunca nos abandona
João 14.17
Alētheia
Espírito da Verdade
Nos guia em discernimento espiritual
João 14.26
Didaskō, Hypomnēsei
Mestre e lembrador
Capacita-nos a viver e ensinar a Palavra
João 16.8
Elegchō
Convencedor
Nos leva ao arrependimento genuíno
João 16.13
Hodēgēsei
Guia espiritual
Orienta em tempos de dúvida
João 20.22
Enephusēsen
Autor do novo nascimento
Somos nova criação pelo sopro do Espírito
O CONSOLADOR PROMETIDO
🕊 João 14.16
“E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre.”
- Palavra-chave (grego): Parákletos (παράκλητος) — literalmente, “aquele chamado ao lado para ajudar”. Refere-se a um advogado, intercessor ou consolador (cf. 1Jo 2.1).
- Comentário: Jesus promete outro Consolador (allos Parákletos), indicando que o Espírito terá um ministério semelhante ao dEle, mas com presença contínua após Sua ascensão. A permanência do Espírito será eterna, em contraste com a limitação temporal da presença física de Cristo.
João 14.17
“O Espírito da verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê nem o conhece...”
- Palavra-chave: alētheia (ἀλήθεια) — verdade. Refere-se à realidade última e plena revelada por Deus.
- Comentário: O mundo (kosmos) está em oposição à verdade espiritual. O Espírito Santo só pode ser reconhecido espiritualmente (1Co 2.14). O verbo “habita” (menō, “permanecer”) enfatiza a morada contínua do Espírito nos crentes.
João 14.18
“Não vos deixarei órfãos; voltarei para vós.”
- Palavra-chave: orphanos (ὀρφανούς) — órfãos, desamparados. Aponta para uma relação filial e afetuosa com Jesus.
- Comentário: Jesus assegura que não abandonará os discípulos. Sua “volta” aqui é melhor entendida no contexto da vinda do Espírito como presença contínua do próprio Cristo (cf. Jo 14.23).
João 14.26
“Mas aquele Consolador, o Espírito Santo... vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar...”
- Palavras-chave: didaskō (ensinar), hypomnēsei (ὑπομνήσει, lembrar) — o Espírito será Mestre e lembrador, capacitando os apóstolos a transmitir a doutrina com fidelidade.
- Comentário: O ensino do Espírito não será independente, mas em continuidade com o ensino de Cristo. Isso fundamenta a autoridade apostólica no Novo Testamento (cf. 2Pe 1.21).
João 16.7
“Convém que eu vá... o Consolador não virá a vós...”
- Comentário: A ascensão de Cristo é condição necessária para o envio do Espírito (At 2.33). Isso aponta para a progressividade do plano redentor: encarnação → cruz → ressurreição → ascensão → Pentecostes.
João 16.8
“Convencerá o mundo do pecado, e da justiça, e do juízo.”
- Palavra-chave: elegchō (ἐλέγχω) — convencer, reprovar, trazer à luz o erro com vista à correção.
- Comentário: O Espírito não apenas consola, mas também confronta o pecado. Ele atua como prosecutor espiritual, trazendo convicção ao coração humano.
João 16.13
“... ele vos guiará em toda a verdade...”
- Palavra-chave: hodēgēsei (ὁδηγήσει) — guiar, conduzir como um guia ou mestre.
- Comentário: O Espírito é o guia seguro para a compreensão progressiva da revelação divina, conduzindo a igreja a toda a verdade que se encontra em Cristo (Jo 14.6; Cl 2.3).
João 20.21-22
“... assoprou sobre eles e disse-lhes: Recebei o Espírito Santo.”
- Palavra-chave: enephusēsen (ἐνεφύσησεν) — assoprar; usado também em Gn 2.7 na LXX (criação do homem).
- Comentário: Este ato simbólico antecipa o Pentecostes e indica a nova criação espiritual dos discípulos (cf. 2Co 5.17). É um prelúdio da plenitude do Espírito que viria em Atos 2.
📘 REFERÊNCIAS ACADÊMICAS CRISTÃS
- D.A. Carson - Exegese detalhada da ação do Espírito em João.
- Gordon D. Fee - Discussão sobre o papel do Espírito na teologia do NT.
- Craig S. Keener, The Gospel of John: A Commentary – Comentário acadêmico e culturalmente contextualizado.
- Francis Schaeffer, A Morte da Razão – O Espírito como revelador da Verdade absoluta em Cristo.
🙏 APLICAÇÃO PESSOAL
- O Consolador prometido é presente real e ativo na vida do crente hoje. Ele guia, ensina, consola e confronta.
- Não estamos sozinhos. O Espírito Santo é Deus habitando em nós para nos moldar à imagem de Cristo.
- Devemos cultivar sensibilidade à voz do Espírito, obedecendo à sua orientação.
- O Espírito continua nos lembrando das palavras de Jesus e nos conduzindo à fidelidade doutrinária e prática.
📊 TABELA EXPOSITIVA: FUNÇÃO DO ESPÍRITO SANTO EM JOÃO
Versículo | Palavra-chave (Grego) | Função do Espírito | Aplicação Pessoal |
João 14.16 | Parákletos | Consolador permanente | O Espírito nunca nos abandona |
João 14.17 | Alētheia | Espírito da Verdade | Nos guia em discernimento espiritual |
João 14.26 | Didaskō, Hypomnēsei | Mestre e lembrador | Capacita-nos a viver e ensinar a Palavra |
João 16.8 | Elegchō | Convencedor | Nos leva ao arrependimento genuíno |
João 16.13 | Hodēgēsei | Guia espiritual | Orienta em tempos de dúvida |
João 20.22 | Enephusēsen | Autor do novo nascimento | Somos nova criação pelo sopro do Espírito |
PLANO DE AULA
1- INTRODUÇÃO
Na aula desta semana, iremos explorar a importância do Espírito Santo na mensagem de Jesus dirigida aos seus discípulos em João 14.16-18; 16.7,8,13 e 22.21,22. Não é por acaso que, ao se aproximar da sua crucificação, Jesus confortou os seus seguidores garantindo que não estariam desamparados, mas que receberiam o Espírito como Consolador e Guia. Assim sendo, o nosso objetivo nesta lição é analisar a Promessa do Pai conforme ensinada por Jesus no Evangelho de João, investigar o fato de que o Espírito habita nos discípulos para que estes cumpram a vontade de Deus e, por fim, evidenciar o poder transformador da descida do Espírito no Dia de Pentecostes.
2- APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
A) Objetivos da Lição:
I) Analisar a Promessa do Pai conforme ensinada por Jesus no Evangelho de João;
II) Investigar o fato de que o Espírito habita nos discípulos para que estes cumpram a vontade de Deus;
III) Evidenciar o poder transformador da descida do Espírito no Dia de Pentecostes.
B) Motivação: A promessa do Espírito não se restringe apenas aos discípulos do passado, mas é uma realidade que está ao alcance de cada crente nos dias de hoje. Não devemos subestimar a presença do Espírito Santo, pois Ele nos habilita a enfrentar os desafios espirituais, a compreender as Escrituras e a conduzir uma vida que exalte a Deus. Dessa forma, somos chamados a abrir os nossos corações para a ação do Espírito e o seu poder transformador.
C) Sugestão de Método: Conforme for abordando cada tema do respectivo tópico, aproveite os primeiros minutos para fazer perguntas que incentivem a participação da turma e promovam uma reflexão mais profunda. Por exemplo, no primeiro tópico, poderia perguntar: “O que representa ter o Espírito Santo como Consolador nas nossas vidas diárias?”; no segundo, “O que significa ser morada do Espírito Santo?”; e no terceiro, “Quais são as mudanças na nossa vida ao receber o Batismo no Espírito Santo?”. Depois de ouvir atentamente as respostas dos alunos, apresente o tópico correspondente de forma a guiá-los para um ensino prático e transformador das Sagradas Escrituras.
3- CONCLUSÃO DA LIÇÃO
A) Aplicação: O Espírito Santo orienta-nos e consola-nos, além de nos dotar de uma poderosa capacitação para testemunhar o Evangelho de Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. Não existe uma vida verdadeiramente cristã sem a presença do Espírito Santo.
4- SUBSÍDIO AO PROFESSOR
A) Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas Adultos. Na edição 101, p.41, você encontrará um subsídio especial para esta lição.
B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará auxílios que darão suporte na preparação de sua aula: 1) O texto “Recebei o Espírito Santo”, localizado após o segundo tópico, aprofunda o sentido da expressão: “Recebei o Espírito Santo”; 2) No final do terceiro tópico, o texto “A Promessa do Pai” traz uma reflexão significativa a respeito das distinções das duas obras do Espírito Santo: a Regeneração e a Capacitação.
DINAMICA EXTRA
Comentário de Hubner Braz
Dinâmica: “Recebendo a Promessa do Espírito”
Objetivo:
Ajudar os participantes a entenderem a importância da promessa do Espírito Santo, seu papel de Consolador, guia e capacitador, e como essa promessa está disponível para todos os que creem.
Material necessário:
- Cartões pequenos (papel) com frases ou palavras relacionadas ao Espírito Santo (exemplo: Consolador, Poder, Guia, Verdade, Amor, Fruto, Sabedoria, Transformação, Força, Alegria, etc.)
- Canetas ou lápis
- Caixa ou saco para colocar os cartões
- Bíblia para leitura do texto base (João 14.16-18,26; João 16.7-13; Atos 2.1-4)
Passo a passo:
- Introdução (5 minutos)
Leia com o grupo os textos-chave da lição sobre a promessa do Espírito Santo (pode ser João 14.16-18,26 e Atos 2.1-4). Explique brevemente que o Espírito Santo é a promessa do Pai para ajudar, consolar e capacitar os cristãos. - Distribuição dos cartões (5 minutos)
Coloque os cartões com as palavras relacionadas ao Espírito Santo dentro da caixa ou saco. Cada participante deve sortear um cartão, ler a palavra/frase e refletir por 1-2 minutos sobre o que ela significa para ele(a) na sua vida espiritual. - Compartilhamento em grupo (15 minutos)
Cada um, por sua vez, compartilha o que sua palavra/frase lhe trouxe à mente, como percebe a ação do Espírito Santo relacionada a ela em sua vida. Incentive o grupo a ouvir respeitosamente e refletir. - Dinâmica do “Assopro do Espírito” (10 minutos)
Explique que, em João 20.22, Jesus “assoprou” sobre os discípulos e disse: “Recebei o Espírito Santo”. Peça para todos fecharem os olhos. Uma pessoa (pode ser o líder) passará levemente a mão aberta ou fará um leve assopro na direção de cada participante, simbolizando o sopro do Espírito. Enquanto isso, leia lentamente João 20.22 em voz alta. - Momento de oração (10 minutos)
Após a dinâmica do assopro, convide os participantes para um momento de oração pessoal ou em grupos pequenos, pedindo a ação do Espírito Santo para fortalecer, consolar e guiar suas vidas.
Conclusão:
Reforce que a promessa do Espírito é para todos que creem em Jesus, para que nunca fiquem “órfãos”, mas tenham um Consolador e poder para viver e testemunhar. Encoraje o grupo a buscar diariamente essa presença e poder.
Dinâmica: “Recebendo a Promessa do Espírito”
Objetivo:
Ajudar os participantes a entenderem a importância da promessa do Espírito Santo, seu papel de Consolador, guia e capacitador, e como essa promessa está disponível para todos os que creem.
Material necessário:
- Cartões pequenos (papel) com frases ou palavras relacionadas ao Espírito Santo (exemplo: Consolador, Poder, Guia, Verdade, Amor, Fruto, Sabedoria, Transformação, Força, Alegria, etc.)
- Canetas ou lápis
- Caixa ou saco para colocar os cartões
- Bíblia para leitura do texto base (João 14.16-18,26; João 16.7-13; Atos 2.1-4)
Passo a passo:
- Introdução (5 minutos)
Leia com o grupo os textos-chave da lição sobre a promessa do Espírito Santo (pode ser João 14.16-18,26 e Atos 2.1-4). Explique brevemente que o Espírito Santo é a promessa do Pai para ajudar, consolar e capacitar os cristãos. - Distribuição dos cartões (5 minutos)
Coloque os cartões com as palavras relacionadas ao Espírito Santo dentro da caixa ou saco. Cada participante deve sortear um cartão, ler a palavra/frase e refletir por 1-2 minutos sobre o que ela significa para ele(a) na sua vida espiritual. - Compartilhamento em grupo (15 minutos)
Cada um, por sua vez, compartilha o que sua palavra/frase lhe trouxe à mente, como percebe a ação do Espírito Santo relacionada a ela em sua vida. Incentive o grupo a ouvir respeitosamente e refletir. - Dinâmica do “Assopro do Espírito” (10 minutos)
Explique que, em João 20.22, Jesus “assoprou” sobre os discípulos e disse: “Recebei o Espírito Santo”. Peça para todos fecharem os olhos. Uma pessoa (pode ser o líder) passará levemente a mão aberta ou fará um leve assopro na direção de cada participante, simbolizando o sopro do Espírito. Enquanto isso, leia lentamente João 20.22 em voz alta. - Momento de oração (10 minutos)
Após a dinâmica do assopro, convide os participantes para um momento de oração pessoal ou em grupos pequenos, pedindo a ação do Espírito Santo para fortalecer, consolar e guiar suas vidas.
Conclusão:
Reforce que a promessa do Espírito é para todos que creem em Jesus, para que nunca fiquem “órfãos”, mas tenham um Consolador e poder para viver e testemunhar. Encoraje o grupo a buscar diariamente essa presença e poder.
INTRODUÇÃO
Nesta lição, vamos analisar dois momentos significativos: em primeiro lugar, a afirmação de Jesus aos seus discípulos de que eles receberiam o Espírito Santo, que inicialmente atuaria na vida do pecador para promover a conversão (em relação ao pecado, justiça e juízo). Em seguida, estabeleceremos uma ligação entre essa visão regeneradora da Promessa do Espírito em João e a perspectiva capacitadora a respeito do Espírito, que encontramos no Livro de Atos dos Apóstolos, escrito pelo evangelista Lucas.
PALAVRA-CHAVE: ESPÍRITO
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
A PROMESSA DO ESPÍRITO – Regeneração e Capacitação
PALAVRA-CHAVE: ESPÍRITO (πνεῦμα – pneuma)
O termo pneuma aparece com frequência em todo o Novo Testamento e é usado para se referir:
- Ao Espírito Santo (Jo 14.17; At 1.8);
- Ao espírito humano (Mc 2.8; Rm 8.16);
- E ao vento ou sopro (Jo 3.8; Jo 20.22), remetendo a Gênesis 2.7 (na LXX, enephusēsen – assoprou).
O Espírito Santo é apresentado nas Escrituras como uma Pessoa divina e não uma mera força ou influência, atuando tanto na obra da salvação quanto na da capacitação para o serviço cristão (cf. Ef 1.13–14; At 1.8).
📖 ANÁLISE TEMÁTICA: JOÃO E ATOS
1. A DIMENSÃO REGENERADORA – EVANGELHO DE JOÃO
Nos capítulos 14 a 16, Jesus anuncia que enviará o Parákletos (Consolador), o Espírito da verdade, que:
- Convencerá o mundo do pecado (Jo 16.8);
- Ensinará todas as coisas e fará lembrar dos ensinamentos de Cristo (Jo 14.26);
- Habitará no crente (Jo 14.17);
- Será o agente da nova criação (Jo 20.22).
Teologicamente, isso se refere à regeneração – o novo nascimento, conforme enfatizado em João 3.5–6, quando Jesus diz: “nascer da água e do Espírito”.
📚 Gordon Fee, em “Paulo, o Espírito e o Povo de Deus”, aponta que o Espírito é essencial à identidade cristã, pois é por meio dEle que somos integrados no novo povo de Deus.
2. A DIMENSÃO CAPACITADORA – LIVRO DE ATOS
Em Atos 1.8, Jesus diz: “Mas recebereis poder (δύναμις – dýnamis), ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas...”.
- Aqui, o Espírito atua como capacitador para a missão.
- A promessa se cumpre no Pentecostes (At 2), com evidências sobrenaturais, ousadia na pregação e expansão do evangelho.
- A atuação do Espírito em Atos está intimamente ligada à evangelização, edificação da Igreja e aos dons espirituais.
📚 Craig S. Keener, em seu comentário sobre Atos, observa que a vinda do Espírito não era apenas um símbolo, mas o cumprimento das promessas do Antigo Testamento (Jl 2.28; Ez 36.27) e um marco na história da redenção.
🔍 COMPARAÇÃO ENTRE AS ENFASES DE JOÃO E ATOS
Aspecto
João (Regeneração)
Atos (Capacitação)
Obra do Espírito
Convencer, regenerar, ensinar, habitar
Conceder poder, dirigir, capacitar para missão
Ênfase
Interior – transformação do ser
Exterior – capacitação para o serviço
Termo-chave grego
Parákletos (Consolador)
Dýnamis (poder)
Símbolo usado
Sopro (Jo 20.22 – enephusēsen)
Fogo e vento (At 2.2-3)
Ponto de cumprimento
João 20 (sopro simbólico – início da nova vida)
Atos 2 (Pentecostes – início da missão da Igreja)
Ligação com Antigo Testamento
Criação (Gn 2.7), Nova Aliança (Ez 36)
Profecia de Joel (Jl 2.28)
Aplicação ao crente
Nova vida em Cristo
Poder para testemunhar e servir
🙏 APLICAÇÃO PESSOAL
- O Espírito Santo é essencial para a vida cristã – Ele nos faz nascer de novo e nos molda segundo Cristo.
- Não basta conhecer o Evangelho: precisamos ser cheios do Espírito para viver e servir eficazmente.
- A missão da Igreja depende do poder do Espírito – evangelização sem Ele se torna mero ativismo.
- Devemos buscar tanto a regeneração contínua quanto a capacitação constante, mantendo-nos sensíveis à voz do Espírito.
📘 REFERÊNCIAS ACADÊMICAS
A PROMESSA DO ESPÍRITO – Regeneração e Capacitação
PALAVRA-CHAVE: ESPÍRITO (πνεῦμα – pneuma)
O termo pneuma aparece com frequência em todo o Novo Testamento e é usado para se referir:
- Ao Espírito Santo (Jo 14.17; At 1.8);
- Ao espírito humano (Mc 2.8; Rm 8.16);
- E ao vento ou sopro (Jo 3.8; Jo 20.22), remetendo a Gênesis 2.7 (na LXX, enephusēsen – assoprou).
O Espírito Santo é apresentado nas Escrituras como uma Pessoa divina e não uma mera força ou influência, atuando tanto na obra da salvação quanto na da capacitação para o serviço cristão (cf. Ef 1.13–14; At 1.8).
📖 ANÁLISE TEMÁTICA: JOÃO E ATOS
1. A DIMENSÃO REGENERADORA – EVANGELHO DE JOÃO
Nos capítulos 14 a 16, Jesus anuncia que enviará o Parákletos (Consolador), o Espírito da verdade, que:
- Convencerá o mundo do pecado (Jo 16.8);
- Ensinará todas as coisas e fará lembrar dos ensinamentos de Cristo (Jo 14.26);
- Habitará no crente (Jo 14.17);
- Será o agente da nova criação (Jo 20.22).
Teologicamente, isso se refere à regeneração – o novo nascimento, conforme enfatizado em João 3.5–6, quando Jesus diz: “nascer da água e do Espírito”.
📚 Gordon Fee, em “Paulo, o Espírito e o Povo de Deus”, aponta que o Espírito é essencial à identidade cristã, pois é por meio dEle que somos integrados no novo povo de Deus.
2. A DIMENSÃO CAPACITADORA – LIVRO DE ATOS
Em Atos 1.8, Jesus diz: “Mas recebereis poder (δύναμις – dýnamis), ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas...”.
- Aqui, o Espírito atua como capacitador para a missão.
- A promessa se cumpre no Pentecostes (At 2), com evidências sobrenaturais, ousadia na pregação e expansão do evangelho.
- A atuação do Espírito em Atos está intimamente ligada à evangelização, edificação da Igreja e aos dons espirituais.
📚 Craig S. Keener, em seu comentário sobre Atos, observa que a vinda do Espírito não era apenas um símbolo, mas o cumprimento das promessas do Antigo Testamento (Jl 2.28; Ez 36.27) e um marco na história da redenção.
🔍 COMPARAÇÃO ENTRE AS ENFASES DE JOÃO E ATOS
Aspecto | João (Regeneração) | Atos (Capacitação) |
Obra do Espírito | Convencer, regenerar, ensinar, habitar | Conceder poder, dirigir, capacitar para missão |
Ênfase | Interior – transformação do ser | Exterior – capacitação para o serviço |
Termo-chave grego | Parákletos (Consolador) | Dýnamis (poder) |
Símbolo usado | Sopro (Jo 20.22 – enephusēsen) | Fogo e vento (At 2.2-3) |
Ponto de cumprimento | João 20 (sopro simbólico – início da nova vida) | Atos 2 (Pentecostes – início da missão da Igreja) |
Ligação com Antigo Testamento | Criação (Gn 2.7), Nova Aliança (Ez 36) | Profecia de Joel (Jl 2.28) |
Aplicação ao crente | Nova vida em Cristo | Poder para testemunhar e servir |
🙏 APLICAÇÃO PESSOAL
- O Espírito Santo é essencial para a vida cristã – Ele nos faz nascer de novo e nos molda segundo Cristo.
- Não basta conhecer o Evangelho: precisamos ser cheios do Espírito para viver e servir eficazmente.
- A missão da Igreja depende do poder do Espírito – evangelização sem Ele se torna mero ativismo.
- Devemos buscar tanto a regeneração contínua quanto a capacitação constante, mantendo-nos sensíveis à voz do Espírito.
📘 REFERÊNCIAS ACADÊMICAS
I- A PROMESSA DO PAI
1- Jesus enviará o Consolador. No Evangelho de João, capítulo 14, lemos: “ele vos dará outro Consolador” (v.16). Este Consolador é o Espírito Santo que “habita convosco e estará em vós” (v.17). No capítulo 16, é mencionado que quando o Consolador chegar “convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo” (v.8), evidenciando a atuação regeneradora da Terceira Pessoa da Santíssima Trindade.
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
🕊 I – A PROMESSA DO PAI
1. Jesus enviará o Consolador
Jesus promete:
“E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre.” (João 14.16)
📖 COMENTÁRIO BÍBLICO-TEOLÓGICO
a) A palavra “Consolador” – παράκλητος (parákletos)
- O termo grego parákletos literalmente significa "aquele chamado para estar ao lado" — um advogado, intercessor, ajudador ou consolador.
- No contexto do Evangelho de João, refere-se à pessoa do Espírito Santo, o substituto de Cristo na vida dos discípulos.
💡 Parákletos aparece apenas cinco vezes no Novo Testamento: quatro em João (14.16,26; 15.26; 16.7) e uma em 1 João 2.1, onde é usado para Cristo.
- Jesus usa o termo “outro Consolador” (ἄλλον παράκλητον – allon parákleton), o que sugere que Ele mesmo era o primeiro “parákletos” (cf. 1Jo 2.1), e o Espírito viria como continuador da presença e obra de Cristo entre os discípulos.
b) O Espírito que habita convosco e estará em vós (Jo 14.17)
- O verbo “habita” no grego é μένει (ménei) — permanecer, ficar, morar. Refere-se à presença contínua e íntima do Espírito com os discípulos.
- A promessa “estará em vós” marca uma transição teológica: da atuação externa do Espírito (como nos profetas do AT) para a presença interior e permanente no crente.
📚 D.A. Carson afirma que João 14.17 é uma promessa escatológica: “o Espírito que antes apenas os acompanhava agora estará dentro deles — como marca da nova era do Espírito”.
c) “Convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo” (Jo 16.8)
- A palavra “convencer” é do grego ἐλέγξει (eléngxei), que significa expor, corrigir, convencer por argumento, frequentemente com conotação de mostrar culpa.
- O Espírito opera na consciência humana para despertar a convicção profunda da necessidade de salvação — essa é sua função regeneradora.
💬 Craig S. Keener comenta que essa obra é mais do que emocional: é um processo intelectual e moral, onde o Espírito corrige o julgamento equivocado do mundo a respeito do pecado, da justiça de Cristo e do juízo de Deus.
🔍 TABELA EXPOSITIVA
Elemento
Termo Grego
Significado teológico
Referência bíblica
Consolador
παράκλητος (parákletos)
Advogado, auxiliador, defensor — o Espírito Santo
João 14.16; 1 João 2.1
Outro (no original)
ἄλλον (allon)
Outro do mesmo tipo (indicando continuidade de Cristo)
João 14.16
Habita
μένω (méno)
Permanecer, morar (presença constante do Espírito)
João 14.17
Convencerá
ἐλέγχω (elénkho)
Expor, convencer, convencer de erro ou culpa
João 16.8
Do pecado, justiça, juízo
ἁμαρτία, δικαιοσύνη, κρίσις
Os três grandes temas da atuação regeneradora do Espírito
João 16.8–11
📘 REFERÊNCIAS ACADÊMICAS CRISTÃS
- D.A. Carson - O Evangelho Segundo João (Comentário)
- Craig S. Keener - O Evangelho de João: Um Comentário
- Sinclair B. Ferguson - O Espírito Santo
- Gordon D. Fee - Paulo, o Espírito e o Povo de Deus
- John Stott – O Espírito Santo: Quem é Ele e o que faz
🙏 APLICAÇÃO PESSOAL
- O Espírito Santo não é uma força, mas uma Pessoa divina que deseja caminhar conosco.
- Ele habita em nós — essa presença íntima e permanente é sinal de que somos filhos de Deus.
- A atuação do Espírito é regeneradora: Ele nos convence do nosso pecado e nos leva a Cristo.
- Devemos buscar um relacionamento real com o Espírito, ouvindo Sua voz, obedecendo Sua direção e sendo transformados por Ele.
- A promessa do Consolador é válida hoje, para todos os que creem.
🕊 I – A PROMESSA DO PAI
1. Jesus enviará o Consolador
Jesus promete:
“E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre.” (João 14.16)
📖 COMENTÁRIO BÍBLICO-TEOLÓGICO
a) A palavra “Consolador” – παράκλητος (parákletos)
- O termo grego parákletos literalmente significa "aquele chamado para estar ao lado" — um advogado, intercessor, ajudador ou consolador.
- No contexto do Evangelho de João, refere-se à pessoa do Espírito Santo, o substituto de Cristo na vida dos discípulos.
💡 Parákletos aparece apenas cinco vezes no Novo Testamento: quatro em João (14.16,26; 15.26; 16.7) e uma em 1 João 2.1, onde é usado para Cristo.
- Jesus usa o termo “outro Consolador” (ἄλλον παράκλητον – allon parákleton), o que sugere que Ele mesmo era o primeiro “parákletos” (cf. 1Jo 2.1), e o Espírito viria como continuador da presença e obra de Cristo entre os discípulos.
b) O Espírito que habita convosco e estará em vós (Jo 14.17)
- O verbo “habita” no grego é μένει (ménei) — permanecer, ficar, morar. Refere-se à presença contínua e íntima do Espírito com os discípulos.
- A promessa “estará em vós” marca uma transição teológica: da atuação externa do Espírito (como nos profetas do AT) para a presença interior e permanente no crente.
📚 D.A. Carson afirma que João 14.17 é uma promessa escatológica: “o Espírito que antes apenas os acompanhava agora estará dentro deles — como marca da nova era do Espírito”.
c) “Convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo” (Jo 16.8)
- A palavra “convencer” é do grego ἐλέγξει (eléngxei), que significa expor, corrigir, convencer por argumento, frequentemente com conotação de mostrar culpa.
- O Espírito opera na consciência humana para despertar a convicção profunda da necessidade de salvação — essa é sua função regeneradora.
💬 Craig S. Keener comenta que essa obra é mais do que emocional: é um processo intelectual e moral, onde o Espírito corrige o julgamento equivocado do mundo a respeito do pecado, da justiça de Cristo e do juízo de Deus.
🔍 TABELA EXPOSITIVA
Elemento | Termo Grego | Significado teológico | Referência bíblica |
Consolador | παράκλητος (parákletos) | Advogado, auxiliador, defensor — o Espírito Santo | João 14.16; 1 João 2.1 |
Outro (no original) | ἄλλον (allon) | Outro do mesmo tipo (indicando continuidade de Cristo) | João 14.16 |
Habita | μένω (méno) | Permanecer, morar (presença constante do Espírito) | João 14.17 |
Convencerá | ἐλέγχω (elénkho) | Expor, convencer, convencer de erro ou culpa | João 16.8 |
Do pecado, justiça, juízo | ἁμαρτία, δικαιοσύνη, κρίσις | Os três grandes temas da atuação regeneradora do Espírito | João 16.8–11 |
📘 REFERÊNCIAS ACADÊMICAS CRISTÃS
- D.A. Carson - O Evangelho Segundo João (Comentário)
- Craig S. Keener - O Evangelho de João: Um Comentário
- Sinclair B. Ferguson - O Espírito Santo
- Gordon D. Fee - Paulo, o Espírito e o Povo de Deus
- John Stott – O Espírito Santo: Quem é Ele e o que faz
🙏 APLICAÇÃO PESSOAL
- O Espírito Santo não é uma força, mas uma Pessoa divina que deseja caminhar conosco.
- Ele habita em nós — essa presença íntima e permanente é sinal de que somos filhos de Deus.
- A atuação do Espírito é regeneradora: Ele nos convence do nosso pecado e nos leva a Cristo.
- Devemos buscar um relacionamento real com o Espírito, ouvindo Sua voz, obedecendo Sua direção e sendo transformados por Ele.
- A promessa do Consolador é válida hoje, para todos os que creem.
2- O Consolador. A palavra grega traduzida como “consolador” é parakletos, cujo significado refere-se a alguém chamado para ajudar, encorajar ou interceder por outra pessoa. Assim, um parakleto assemelha-se a um amigo que desempenha o papel de advogado ou consultor especial, ou ainda como um assistente que auxilia em momentos importantes. A expressão “outro consolador” designa o Espírito Santo como uma Pessoa. O termo grego állos significa “outro”, indicando assim a distinção dele em relação a outros indivíduos da mesma natureza, reafirmando a singularidade do Espírito Santo em relação às outras duas pessoas da Trindade, mas também a sua igualdade com elas (Jo 14.16).
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
🕊 2 – O CONSOLADOR
João 14.16
"E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre."
📖 COMENTÁRIO BÍBLICO-TEOLÓGICO
a) O termo “Consolador” — παράκλητος (parákletos)
A palavra parákletos tem raízes no grego jurídico e relacional. É composta de:
- para (παρά) – junto de, ao lado.
- kaleō (καλέω) – chamar.
Portanto, parákletos designa “alguém chamado para estar ao lado de outro em ajuda”, como um advogado defensor (como em 1Jo 2.1), um intercessor, conselheiro ou consolador. No mundo greco-romano, essa figura era vista como um representante legal ou um amigo que vinha em auxílio.
No Novo Testamento, Jesus aplica esse termo ao Espírito Santo, prometendo enviá-lo como substituto pessoal e divino, alguém que continuaria sua obra junto aos discípulos.
💬 Gordon D. Fee destaca que o parákletos é “a presença ativa de Deus com seu povo por meio do Espírito, não apenas um substituto, mas o próprio Espírito de Jesus (cf. At 16.7)”.
b) “Outro Consolador” — ἄλλον παράκλητον (allon parákleton)
A expressão grega usada por Jesus é ἄλλον (allon), o que significa “outro do mesmo tipo”. Isso é teologicamente significativo:
- Se Jesus tivesse usado heteros, significaria “outro de natureza diferente”.
- Mas com allos, Ele indica que o Espírito viria com a mesma natureza divina, reafirmando tanto a distinção pessoal quanto a igualdade substancial entre Jesus e o Espírito Santo.
🧠 Isso evidencia a doutrina da Trindade: uma única essência divina, mas três pessoas distintas — Pai, Filho e Espírito Santo, como ensina o Credo Niceno.
c) O Consolador como Pessoa
O texto de João deixa claro que o Espírito não é uma força impessoal, mas um ser pessoal:
- Ele ensina (Jo 14.26),
- lembra os ensinos de Cristo (Jo 14.26),
- testifica de Cristo (Jo 15.26),
- guia em toda a verdade (Jo 16.13),
- fala e ouve (Jo 16.13).
🕊 2 – O CONSOLADOR
João 14.16
"E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre."
📖 COMENTÁRIO BÍBLICO-TEOLÓGICO
a) O termo “Consolador” — παράκλητος (parákletos)
A palavra parákletos tem raízes no grego jurídico e relacional. É composta de:
- para (παρά) – junto de, ao lado.
- kaleō (καλέω) – chamar.
Portanto, parákletos designa “alguém chamado para estar ao lado de outro em ajuda”, como um advogado defensor (como em 1Jo 2.1), um intercessor, conselheiro ou consolador. No mundo greco-romano, essa figura era vista como um representante legal ou um amigo que vinha em auxílio.
No Novo Testamento, Jesus aplica esse termo ao Espírito Santo, prometendo enviá-lo como substituto pessoal e divino, alguém que continuaria sua obra junto aos discípulos.
💬 Gordon D. Fee destaca que o parákletos é “a presença ativa de Deus com seu povo por meio do Espírito, não apenas um substituto, mas o próprio Espírito de Jesus (cf. At 16.7)”.
b) “Outro Consolador” — ἄλλον παράκλητον (allon parákleton)
A expressão grega usada por Jesus é ἄλλον (allon), o que significa “outro do mesmo tipo”. Isso é teologicamente significativo:
- Se Jesus tivesse usado heteros, significaria “outro de natureza diferente”.
- Mas com allos, Ele indica que o Espírito viria com a mesma natureza divina, reafirmando tanto a distinção pessoal quanto a igualdade substancial entre Jesus e o Espírito Santo.
🧠 Isso evidencia a doutrina da Trindade: uma única essência divina, mas três pessoas distintas — Pai, Filho e Espírito Santo, como ensina o Credo Niceno.
c) O Consolador como Pessoa
O texto de João deixa claro que o Espírito não é uma força impessoal, mas um ser pessoal:
- Ele ensina (Jo 14.26),
- lembra os ensinos de Cristo (Jo 14.26),
- testifica de Cristo (Jo 15.26),
- guia em toda a verdade (Jo 16.13),
- fala e ouve (Jo 16.13).
3- “Não vos deixarei órfãos”. A palavra grega para “órfãos”, presente em João 14.18, é órphanós. Quando Jesus morreu, os discípulos sentiram-se órfãos. Deve ter sido difícil aceitar o fato de que o Senhor, o Cristo de Deus, estava morto. Não foi por acaso que nosso Senhor chamava os seus discípulos de “filhinhos” (Jo 13.33). Nesta relação pessoal entre Jesus e os seus discípulos, nosso Senhor garantia que eles nunca ficariam órfãos, desamparados ou desprezados.
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
🧡 João 14.18 — “Não vos deixarei órfãos”
“Não vos deixarei órfãos; voltarei para vós.”(οὐκ ἀφήσω ὑμᾶς ὀρφανούς · ἔρχομαι πρὸς ὑμᾶς)
📖 COMENTÁRIO BÍBLICO-TEOLÓGICO
1. Análise da palavra grega: ὀρφανούς (órphanous)
O termo ὀρφανούς (do nominativo: ὀρφανός – órphanos) é um adjetivo grego que originalmente designava:
- Uma criança sem pai, ou,
- Um discípulo sem mestre.
Era usado tanto literalmente (órfãos de pais) quanto figurativamente, no sentido de abandono emocional ou espiritual. Na cultura judaica e greco-romana, um órfão era um símbolo de extrema vulnerabilidade e falta de proteção, frequentemente associado ao sofrimento e à exclusão social.
📚 Segundo o Theological Dictionary of the New Testament (TDNT), o termo “órphanos” denota “alguém que perdeu sua fonte de orientação, sustento e proteção”.
No contexto de João 14, Jesus acalma os corações perturbados dos discípulos (cf. Jo 14.1) e promete que Sua partida não significaria abandono, mas que o Espírito viria como presença contínua de Deus com eles.
2. Jesus e a linguagem filial
Jesus frequentemente usa termos carinhosos para com os discípulos:
- Em João 13.33: “Filhinhos” (gr. teknía – τεκνία), termo afetuoso e paternal.
- Em João 21.5, após a ressurreição, novamente os chama de “filhos”.
Essa linguagem reflete uma relação de discipulado profundamente afetiva e formativa, onde Cristo é tanto Mestre quanto Pai espiritual. O temor dos discípulos com a partida de Jesus era compreensível, mas a promessa da vinda do Espírito (Parákletos) garantia continuidade do cuidado divino.
3. “Voltarei para vós” – A dupla promessa
“ἔρχομαι πρὸς ὑμᾶς” – "Voltarei para vós”
Essa declaração de Jesus tem camadas de cumprimento:
- Imediato: após Sua ressurreição, Jesus volta a estar fisicamente com os discípulos (Jo 20.19-22).
- Espirital: pela vinda do Espírito Santo no Pentecostes (At 2.1-4), o próprio Cristo habita em nós por meio do Espírito (cf. Jo 14.23).
- Escatológico: na segunda vinda, Jesus voltará em glória (cf. At 1.11).
Portanto, a promessa de Jesus é consoladora, contínua e escatológica.
📘 REFERÊNCIAS ACADÊMICAS CRISTÃS
- D.A. Carson - O Evangelho Segundo João (Comentário)
- Craig Keener - Histórico e Cultural: Um Comentário
- Andreas Köstenberger - Introdução NT (Comentário Exegético Baker)
- Millard Erickson – Teologia Sistemática
- Theological Dictionary of the New Testament (TDNT) – Artigo sobre “orphanos”
📊 TABELA EXPOSITIVA
Expressão / Palavra
Termo Grego
Significado e Implicação Teológica
Aplicação Espiritual
“Órfãos”
ὀρφανούς (órphanous)
Criança sem pai; discípulo sem mestre; pessoa abandonada
Deus jamais nos deixa desamparados
“Filhinhos”
τεκνία (teknía)
Termo carinhoso, usado por mestres aos seus discípulos amados
Jesus nos ama e cuida de nós como filhos
“Voltarei para vós”
ἔρχομαι πρὸς ὑμᾶς
Promessa de presença: ressurreição, vinda do Espírito e segunda vinda
Podemos viver com esperança e confiança
Promessa de companhia permanente
—
O Espírito Santo representa a presença constante de Jesus com os seus
Nunca estamos sozinhos — o Consolador habita
🙏 APLICAÇÃO PESSOAL
- Você nunca está sozinho. Jesus prometeu que não deixaria Seus discípulos órfãos, e essa promessa continua válida hoje.
- O Espírito Santo é a presença viva de Jesus em nós, guiando, consolando e fortalecendo-nos.
- Mesmo nas perdas e angústias, não somos desamparados. Deus está próximo dos que têm o coração quebrantado (Sl 34.18).
- Como Jesus amava Seus discípulos como filhos, devemos nutrir relações espirituais profundas, de cuidado e discipulado no Corpo de Cristo.
- Essa promessa deve alimentar nossa esperança escatológica: o Senhor voltará em glória, e estaremos para sempre com Ele (1Ts 4.17).
🧡 João 14.18 — “Não vos deixarei órfãos”
📖 COMENTÁRIO BÍBLICO-TEOLÓGICO
1. Análise da palavra grega: ὀρφανούς (órphanous)
O termo ὀρφανούς (do nominativo: ὀρφανός – órphanos) é um adjetivo grego que originalmente designava:
- Uma criança sem pai, ou,
- Um discípulo sem mestre.
Era usado tanto literalmente (órfãos de pais) quanto figurativamente, no sentido de abandono emocional ou espiritual. Na cultura judaica e greco-romana, um órfão era um símbolo de extrema vulnerabilidade e falta de proteção, frequentemente associado ao sofrimento e à exclusão social.
📚 Segundo o Theological Dictionary of the New Testament (TDNT), o termo “órphanos” denota “alguém que perdeu sua fonte de orientação, sustento e proteção”.
No contexto de João 14, Jesus acalma os corações perturbados dos discípulos (cf. Jo 14.1) e promete que Sua partida não significaria abandono, mas que o Espírito viria como presença contínua de Deus com eles.
2. Jesus e a linguagem filial
Jesus frequentemente usa termos carinhosos para com os discípulos:
- Em João 13.33: “Filhinhos” (gr. teknía – τεκνία), termo afetuoso e paternal.
- Em João 21.5, após a ressurreição, novamente os chama de “filhos”.
Essa linguagem reflete uma relação de discipulado profundamente afetiva e formativa, onde Cristo é tanto Mestre quanto Pai espiritual. O temor dos discípulos com a partida de Jesus era compreensível, mas a promessa da vinda do Espírito (Parákletos) garantia continuidade do cuidado divino.
3. “Voltarei para vós” – A dupla promessa
“ἔρχομαι πρὸς ὑμᾶς” – "Voltarei para vós”
Essa declaração de Jesus tem camadas de cumprimento:
- Imediato: após Sua ressurreição, Jesus volta a estar fisicamente com os discípulos (Jo 20.19-22).
- Espirital: pela vinda do Espírito Santo no Pentecostes (At 2.1-4), o próprio Cristo habita em nós por meio do Espírito (cf. Jo 14.23).
- Escatológico: na segunda vinda, Jesus voltará em glória (cf. At 1.11).
Portanto, a promessa de Jesus é consoladora, contínua e escatológica.
📘 REFERÊNCIAS ACADÊMICAS CRISTÃS
- D.A. Carson - O Evangelho Segundo João (Comentário)
- Craig Keener - Histórico e Cultural: Um Comentário
- Andreas Köstenberger - Introdução NT (Comentário Exegético Baker)
- Millard Erickson – Teologia Sistemática
- Theological Dictionary of the New Testament (TDNT) – Artigo sobre “orphanos”
📊 TABELA EXPOSITIVA
Expressão / Palavra | Termo Grego | Significado e Implicação Teológica | Aplicação Espiritual |
“Órfãos” | ὀρφανούς (órphanous) | Criança sem pai; discípulo sem mestre; pessoa abandonada | Deus jamais nos deixa desamparados |
“Filhinhos” | τεκνία (teknía) | Termo carinhoso, usado por mestres aos seus discípulos amados | Jesus nos ama e cuida de nós como filhos |
“Voltarei para vós” | ἔρχομαι πρὸς ὑμᾶς | Promessa de presença: ressurreição, vinda do Espírito e segunda vinda | Podemos viver com esperança e confiança |
Promessa de companhia permanente | — | O Espírito Santo representa a presença constante de Jesus com os seus | Nunca estamos sozinhos — o Consolador habita |
🙏 APLICAÇÃO PESSOAL
- Você nunca está sozinho. Jesus prometeu que não deixaria Seus discípulos órfãos, e essa promessa continua válida hoje.
- O Espírito Santo é a presença viva de Jesus em nós, guiando, consolando e fortalecendo-nos.
- Mesmo nas perdas e angústias, não somos desamparados. Deus está próximo dos que têm o coração quebrantado (Sl 34.18).
- Como Jesus amava Seus discípulos como filhos, devemos nutrir relações espirituais profundas, de cuidado e discipulado no Corpo de Cristo.
- Essa promessa deve alimentar nossa esperança escatológica: o Senhor voltará em glória, e estaremos para sempre com Ele (1Ts 4.17).
SINÓPSE I
Jesus Cristo garantiu que enviaria o Consolador e que não abandonaria os seus discípulos.
II- O ESPÍRITO HABITA OS DISCÍPULOS
1- João 20.22. É crucial considerarmos o contexto que envolve os versículos 21 e 22 do capítulo 20 de João. Nessa ocasião, o nosso Senhor apareceu ressuscitado e glorificado. A passagem bíblica onde se encontram os versículos 21 e 22 começa no versículo 19 (Jo 20.19-23). Assim, o cenário em que Jesus se apresenta ressuscitado, com um corpo glorificado, remete tanto ao contexto anterior (20.1-20) como ao imediato (20.23-31; 21.1-25) de João 20.22.
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
📖 João 20.22 – O Espírito habita os discípulos
“E, havendo dito isso, assoprou sobre eles e disse-lhes: Recebei o Espírito Santo.”
(καὶ τοῦτο εἰπὼν ἐνεφύσησεν καὶ λέγει αὐτοῖς· Λάβετε Πνεῦμα Ἅγιον)
🔍 CONTEXTO IMEDIATO (Jo 20.19–23)
Jesus aparece aos discípulos após a ressurreição. Eles estavam reunidos a portas fechadas por medo dos judeus. O Senhor então os saúda com paz (v.21), mostra-lhes as marcas da crucificação, envia-os como o Pai o enviou, e sopra sobre eles o Espírito Santo.
Esta ação ocorre no mesmo dia da ressurreição (Jo 20.19), e não deve ser confundida com o evento de Atos 2, que ocorre 50 dias depois (no Pentecostes).
🧠 COMENTÁRIO TEOLÓGICO
1. “Assoprou sobre eles” – ἐνεφύσησεν (enephýsēsen)
O verbo ἐνεφύσησεν (do grego emphusáō) é extremamente raro no Novo Testamento. É o único uso desse verbo nos Evangelhos e é uma alusão direta a Gênesis 2.7:
“E formou o Senhor Deus o homem do pó da terra, e soprou em seus narizes o fôlego da vida...” (Gn 2.7)
O paralelo é teologicamente profundo:
- Em Gênesis, Deus cria fisicamente o homem com Seu sopro.
- Em João 20.22, Cristo, o segundo Adão, dá vida espiritual aos discípulos, inaugurando a nova criação (2Co 5.17).
📚 D.A. Carson afirma que João está “deliberadamente evocando a linguagem da criação... para indicar que a nova criação começa com a ressurreição e com a outorga do Espírito”.
2. “Recebei o Espírito Santo” – Λάβετε Πνεῦμα Ἅγιον (Lábete Pneuma Hágion)
- Λάβετε (lábete) – verbo no aoristo imperativo, segunda pessoa do plural: "tomai", "recebei" com caráter imediato.
- Πνεῦμα Ἅγιον (Pneuma Hágion) – Espírito Santo, a Terceira Pessoa da Trindade.
Essa recepção do Espírito é interpretada por muitos estudiosos como a iniciação da regeneração nos discípulos. A plena capacitação com poder para o ministério viria no Pentecostes (At 2.1-4).
📚 Leon Morris destaca que este é um "prenúncio do Pentecostes", onde a obra regeneradora do Espírito tem início, mas a missão apostólica se consumará com poder mais adiante.
3. João e Lucas: duas ênfases complementares
- João 20.22 enfatiza a vida nova e regeneradora do Espírito.
- Lucas (Atos 1.8; 2.1-4) destaca o empoderamento para a missão.
🧾 REFERÊNCIAS ACADÊMICAS CRISTÃS
- D.A. Carson – The Gospel According to John (Pillar)
- Leon Morris – The Gospel According to John (NICNT)
- Craig Keener – The Gospel of John: A Commentary
- G.E. Ladd – Teologia do Novo Testamento
- F.F. Bruce – The Gospel of John
- Millard Erickson – Teologia Sistemática
📊 TABELA EXPOSITIVA
Elemento
Palavra Grega / Referência
Significado / Implicação Teológica
Aplicação Espiritual
“Assoprou sobre eles”
ἐνεφύσησεν (enephúsēsen)
Alusão à criação em Gn 2.7; início da nova criação em Cristo
Cristo é o doador da nova vida espiritual
“Recebei”
Λάβετε (lábete)
Ação imperativa, imediata; sinal de um dom divino pessoal
Devemos abrir o coração à ação do Espírito
“Espírito Santo”
Πνεῦμα Ἅγιον (Pneuma Hágion)
Terceira Pessoa da Trindade; presença divina regeneradora e capacitadora
Ele habita em nós e nos transforma por dentro
Contexto: Pós-ressurreição
João 20.19-23
Início da nova era da presença espiritual contínua de Cristo
Vivemos pela ressurreição, guiados pelo Espírito
🙏 APLICAÇÃO PESSOAL
- Cristo ressuscitado sopra nova vida sobre seus discípulos. Em tempos de medo e incerteza, Ele nos visita com paz e presença.
- O Espírito Santo não é apenas uma força, mas uma Pessoa divina que passa a habitar em nós e nos transforma à imagem de Cristo.
- O mesmo sopro que regenerou os discípulos nos é concedido hoje pela fé. Não podemos viver a nova vida cristã sem o Espírito.
- Assim como o Pai enviou Jesus, nós também somos enviados com a presença do Espírito em nós (Jo 20.21-22).
📖 João 20.22 – O Espírito habita os discípulos
“E, havendo dito isso, assoprou sobre eles e disse-lhes: Recebei o Espírito Santo.”
(καὶ τοῦτο εἰπὼν ἐνεφύσησεν καὶ λέγει αὐτοῖς· Λάβετε Πνεῦμα Ἅγιον)
🔍 CONTEXTO IMEDIATO (Jo 20.19–23)
Jesus aparece aos discípulos após a ressurreição. Eles estavam reunidos a portas fechadas por medo dos judeus. O Senhor então os saúda com paz (v.21), mostra-lhes as marcas da crucificação, envia-os como o Pai o enviou, e sopra sobre eles o Espírito Santo.
Esta ação ocorre no mesmo dia da ressurreição (Jo 20.19), e não deve ser confundida com o evento de Atos 2, que ocorre 50 dias depois (no Pentecostes).
🧠 COMENTÁRIO TEOLÓGICO
1. “Assoprou sobre eles” – ἐνεφύσησεν (enephýsēsen)
O verbo ἐνεφύσησεν (do grego emphusáō) é extremamente raro no Novo Testamento. É o único uso desse verbo nos Evangelhos e é uma alusão direta a Gênesis 2.7:
“E formou o Senhor Deus o homem do pó da terra, e soprou em seus narizes o fôlego da vida...” (Gn 2.7)
O paralelo é teologicamente profundo:
- Em Gênesis, Deus cria fisicamente o homem com Seu sopro.
- Em João 20.22, Cristo, o segundo Adão, dá vida espiritual aos discípulos, inaugurando a nova criação (2Co 5.17).
📚 D.A. Carson afirma que João está “deliberadamente evocando a linguagem da criação... para indicar que a nova criação começa com a ressurreição e com a outorga do Espírito”.
2. “Recebei o Espírito Santo” – Λάβετε Πνεῦμα Ἅγιον (Lábete Pneuma Hágion)
- Λάβετε (lábete) – verbo no aoristo imperativo, segunda pessoa do plural: "tomai", "recebei" com caráter imediato.
- Πνεῦμα Ἅγιον (Pneuma Hágion) – Espírito Santo, a Terceira Pessoa da Trindade.
Essa recepção do Espírito é interpretada por muitos estudiosos como a iniciação da regeneração nos discípulos. A plena capacitação com poder para o ministério viria no Pentecostes (At 2.1-4).
📚 Leon Morris destaca que este é um "prenúncio do Pentecostes", onde a obra regeneradora do Espírito tem início, mas a missão apostólica se consumará com poder mais adiante.
3. João e Lucas: duas ênfases complementares
- João 20.22 enfatiza a vida nova e regeneradora do Espírito.
- Lucas (Atos 1.8; 2.1-4) destaca o empoderamento para a missão.
🧾 REFERÊNCIAS ACADÊMICAS CRISTÃS
- D.A. Carson – The Gospel According to John (Pillar)
- Leon Morris – The Gospel According to John (NICNT)
- Craig Keener – The Gospel of John: A Commentary
- G.E. Ladd – Teologia do Novo Testamento
- F.F. Bruce – The Gospel of John
- Millard Erickson – Teologia Sistemática
📊 TABELA EXPOSITIVA
Elemento | Palavra Grega / Referência | Significado / Implicação Teológica | Aplicação Espiritual |
“Assoprou sobre eles” | ἐνεφύσησεν (enephúsēsen) | Alusão à criação em Gn 2.7; início da nova criação em Cristo | Cristo é o doador da nova vida espiritual |
“Recebei” | Λάβετε (lábete) | Ação imperativa, imediata; sinal de um dom divino pessoal | Devemos abrir o coração à ação do Espírito |
“Espírito Santo” | Πνεῦμα Ἅγιον (Pneuma Hágion) | Terceira Pessoa da Trindade; presença divina regeneradora e capacitadora | Ele habita em nós e nos transforma por dentro |
Contexto: Pós-ressurreição | João 20.19-23 | Início da nova era da presença espiritual contínua de Cristo | Vivemos pela ressurreição, guiados pelo Espírito |
🙏 APLICAÇÃO PESSOAL
- Cristo ressuscitado sopra nova vida sobre seus discípulos. Em tempos de medo e incerteza, Ele nos visita com paz e presença.
- O Espírito Santo não é apenas uma força, mas uma Pessoa divina que passa a habitar em nós e nos transforma à imagem de Cristo.
- O mesmo sopro que regenerou os discípulos nos é concedido hoje pela fé. Não podemos viver a nova vida cristã sem o Espírito.
- Assim como o Pai enviou Jesus, nós também somos enviados com a presença do Espírito em nós (Jo 20.21-22).
2- O sentido de “assoprou sobre eles” o Espírito. O capítulo 20 do Evangelho de João contém um versículo que gera diversas interpretações teológicas divergentes (v.22). No entanto, a Bíblia de Estudo Pentecostal (BEP) oferece uma observação significativa sobre a interpretação deste versículo. Ela esclarece que a palavra grega traduzida como “assoprar” é emphusao, a qual também aparece na versão grega da Bíblia (A Septuaginta) em Gênesis 2.7, significando “fôlego de vida”; e é utilizada em Ezequiel 37.9 no contexto de “assoprar sobre os mortos para que vivam”. Portanto, a expressão presente em João 20.22 sugere que o Espírito foi “soprado” para trazer nova vida, indicando uma perspectiva de regeneração dos discípulos, como uma obra do Espírito ocorrida antes do Dia de Pentecostes.
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
🔥 2. O sentido de “assoprou sobre eles” o Espírito (Jo 20.22)
“E, havendo dito isso, assoprou sobre eles e disse-lhes: Recebei o Espírito Santo.”(καὶ τοῦτο εἰπὼν ἐνεφύσησεν καὶ λέγει αὐτοῖς· Λάβετε Πνεῦμα Ἅγιον)
🔍 ANÁLISE DA EXPRESSÃO GREGa: ἐνεφύσησεν (enephúsēsen)
- O verbo ἐνεφύσησεν, traduzido como “assoprou”, vem do grego emphusáō, e é extremamente raro no Novo Testamento — ocorre apenas aqui.
- Esse verbo é usado na Septuaginta (LXX) em Gênesis 2.7:“E soprou [ἐνεφύσησεν] em suas narinas o fôlego de vida; e o homem tornou-se alma vivente.”
- Também aparece em Ezequiel 37.9 (LXX), na visão do vale dos ossos secos:“Vem dos quatro ventos, ó Espírito, e assopra [ἐμφύσησον] sobre estes mortos, para que vivam.”
📚 A Bíblia de Estudo Pentecostal (CPAD, p. 1506) observa que João 20.22 não representa a plenitude da promessa do Espírito (como no Pentecostes), mas sim um ato simbólico e real de regeneração dos discípulos: eles receberam vida espiritual antes de receber poder missionário.
🧠 INTERPRETAÇÃO TEOLÓGICA
1. Paralelo com Gênesis 2.7: Nova Criação
- Assim como Deus soprou o fôlego de vida em Adão, Cristo, o segundo Adão, sopra vida espiritual em seus discípulos (2Co 5.17).
- Isso simboliza que a nova criação começa com a ressurreição de Cristo, e esse ato é uma ação regeneradora do Espírito nos discípulos.
📚 Craig Keener afirma que João vê a ressurreição e o dom do Espírito como o início da nova era, sendo este “sopro” uma ação real e transformadora.
2. Paralelo com Ezequiel 37.9: Revivificação espiritual
- O “sopro” em Ezequiel era uma ação profética do Espírito para dar vida aos ossos mortos, ou seja, restaurar o povo de Deus.
- Em João 20.22, o sopro de Jesus antecipa essa revitalização espiritual, aplicada agora pessoalmente aos discípulos.
🕊️ RELAÇÃO COM O PENTECOSTES
- João 20.22 descreve o momento de regeneração pessoal e interna, em que os discípulos recebem vida nova.
- Atos 2 descreve o revestimento de poder para missão pública.
- Ambos são obras do mesmo Espírito, mas em dimensões distintas:
- Em João: regeneração (vida interior)
- Em Atos: capacitação (testemunho exterior)
📊 TABELA EXPOSITIVA
Elemento
Palavra Grega / Referência
Implicação Teológica
Aplicação Pessoal
“Assoprou sobre eles”
ἐνεφύσησεν (Jo 20.22)
Ato de Cristo trazendo nova vida espiritual; paralelo com Gn 2.7
Recebemos nova vida por meio de Cristo
Gênesis 2.7
ἐνεφύσησεν (LXX)
Sopro de vida física no primeiro homem
Cristo é o iniciador da nova humanidade
Ezequiel 37.9
ἐμφύσησον (LXX)
Espírito vivificando o povo morto espiritualmente
O Espírito restaura nossa vida e comunhão com Deus
“Recebei o Espírito Santo”
Λάβετε Πνεῦμα Ἅγιον
Ação imperativa: o Espírito é recebido pessoalmente
A regeneração é pessoal e transformadora
Ligação com Atos 2
At 1.8; 2.1-4
Pentecostes traz o poder; João 20 traz a vida
Somos chamados a viver e servir pelo Espírito
🙏 APLICAÇÃO PESSOAL
- Cristo sopra sobre nós a vida nova: Ele não apenas nos chama, mas nos recria espiritualmente pela presença do Espírito.
- A experiência com o Espírito não é limitada ao poder visível, mas começa com transformação interna.
- Tal como os discípulos, podemos estar trancados com medo (Jo 20.19), mas Jesus entra, nos dá paz, sopra sobre nós e nos envia.
- Receber o Espírito é abrir-se à nova vida e permitir que Ele reforme nosso interior para a missão e santidade.
📚 REFERÊNCIAS ACADÊMICAS
🔥 2. O sentido de “assoprou sobre eles” o Espírito (Jo 20.22)
🔍 ANÁLISE DA EXPRESSÃO GREGa: ἐνεφύσησεν (enephúsēsen)
- O verbo ἐνεφύσησεν, traduzido como “assoprou”, vem do grego emphusáō, e é extremamente raro no Novo Testamento — ocorre apenas aqui.
- Esse verbo é usado na Septuaginta (LXX) em Gênesis 2.7:“E soprou [ἐνεφύσησεν] em suas narinas o fôlego de vida; e o homem tornou-se alma vivente.”
- Também aparece em Ezequiel 37.9 (LXX), na visão do vale dos ossos secos:“Vem dos quatro ventos, ó Espírito, e assopra [ἐμφύσησον] sobre estes mortos, para que vivam.”
📚 A Bíblia de Estudo Pentecostal (CPAD, p. 1506) observa que João 20.22 não representa a plenitude da promessa do Espírito (como no Pentecostes), mas sim um ato simbólico e real de regeneração dos discípulos: eles receberam vida espiritual antes de receber poder missionário.
🧠 INTERPRETAÇÃO TEOLÓGICA
1. Paralelo com Gênesis 2.7: Nova Criação
- Assim como Deus soprou o fôlego de vida em Adão, Cristo, o segundo Adão, sopra vida espiritual em seus discípulos (2Co 5.17).
- Isso simboliza que a nova criação começa com a ressurreição de Cristo, e esse ato é uma ação regeneradora do Espírito nos discípulos.
📚 Craig Keener afirma que João vê a ressurreição e o dom do Espírito como o início da nova era, sendo este “sopro” uma ação real e transformadora.
2. Paralelo com Ezequiel 37.9: Revivificação espiritual
- O “sopro” em Ezequiel era uma ação profética do Espírito para dar vida aos ossos mortos, ou seja, restaurar o povo de Deus.
- Em João 20.22, o sopro de Jesus antecipa essa revitalização espiritual, aplicada agora pessoalmente aos discípulos.
🕊️ RELAÇÃO COM O PENTECOSTES
- João 20.22 descreve o momento de regeneração pessoal e interna, em que os discípulos recebem vida nova.
- Atos 2 descreve o revestimento de poder para missão pública.
- Ambos são obras do mesmo Espírito, mas em dimensões distintas:
- Em João: regeneração (vida interior)
- Em Atos: capacitação (testemunho exterior)
📊 TABELA EXPOSITIVA
Elemento | Palavra Grega / Referência | Implicação Teológica | Aplicação Pessoal |
“Assoprou sobre eles” | ἐνεφύσησεν (Jo 20.22) | Ato de Cristo trazendo nova vida espiritual; paralelo com Gn 2.7 | Recebemos nova vida por meio de Cristo |
Gênesis 2.7 | ἐνεφύσησεν (LXX) | Sopro de vida física no primeiro homem | Cristo é o iniciador da nova humanidade |
Ezequiel 37.9 | ἐμφύσησον (LXX) | Espírito vivificando o povo morto espiritualmente | O Espírito restaura nossa vida e comunhão com Deus |
“Recebei o Espírito Santo” | Λάβετε Πνεῦμα Ἅγιον | Ação imperativa: o Espírito é recebido pessoalmente | A regeneração é pessoal e transformadora |
Ligação com Atos 2 | At 1.8; 2.1-4 | Pentecostes traz o poder; João 20 traz a vida | Somos chamados a viver e servir pelo Espírito |
🙏 APLICAÇÃO PESSOAL
- Cristo sopra sobre nós a vida nova: Ele não apenas nos chama, mas nos recria espiritualmente pela presença do Espírito.
- A experiência com o Espírito não é limitada ao poder visível, mas começa com transformação interna.
- Tal como os discípulos, podemos estar trancados com medo (Jo 20.19), mas Jesus entra, nos dá paz, sopra sobre nós e nos envia.
- Receber o Espírito é abrir-se à nova vida e permitir que Ele reforme nosso interior para a missão e santidade.
📚 REFERÊNCIAS ACADÊMICAS
3- Um episódio anterior ao Pentecostes. Em João 20.22 também se lê: “Recebei o Espírito Santo”. Esta expressão surge como consequência direta da menção a “assoprou sobre eles”, indicando que o Espírito Santo habitou os discípulos naquele momento específico. A partir desse ponto, os discípulos tornaram-se nova criação, completamente regenerados e sendo governados, habitados e vivificados pelo Espírito Santo (Rm 8.9-14; Gl 5.16-26). Posteriormente, o que ocorreu em Pentecostes seria uma segunda obra distinta e capacitadora do Espírito para os discípulos pregarem o Evangelho, começando em Jerusalém até aos confins da terra (At 1.8).
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
📖 3. UM EPISÓDIO ANTERIOR AO PENTECOSTES
“E, havendo dito isso, assoprou sobre eles e disse-lhes: Recebei o Espírito Santo.” (Jo 20.22)
🔍 ANÁLISE LINGUÍSTICA E CONTEXTUAL
✨ Verbo “Recebei” – λάβετε (lábete)
- Forma verbal do aoristo imperativo do verbo lambánō, que significa “tomar, receber, apropriar-se”.
- Indica um ato objetivo, real e presente, não meramente simbólico. Isso mostra que Jesus não estava apenas antecipando o Pentecostes, mas realmente ministrando o Espírito aos discípulos naquele momento.
✨ Verbo “assoprou” – ἐνεφύσησεν (enephúsēsen)
- Como já estudado, este verbo é o mesmo da Septuaginta em Gênesis 2.7.
- Implica um novo sopro de vida espiritual, simbolizando a regeneração dos discípulos por meio do Espírito Santo.
🧠 DISTINÇÃO TEOLÓGICA: REGENERAÇÃO x CAPACITAÇÃO
1. João 20.22 – Regeneração
- Jesus sopra o Espírito, trazendo vida espiritual aos discípulos.
- Nesse momento, eles se tornam a nova criação, conforme a linguagem de Paulo (2Co 5.17; cf. Gl 6.15).
- A regeneração inclui:
- Habitação do Espírito (Rm 8.9)
- Vitória sobre a carne (Gl 5.16-26)
- Guia para santidade e obediência (Rm 8.14)
2. Atos 2 – Capacidade e Poder para Testemunhar
- O Pentecostes não repete a regeneração, mas sim reveste os discípulos de poder sobrenatural para pregar (cf. At 1.8).
- Essa segunda obra do Espírito é capacitatória, como ensinado na teologia pentecostal clássica, baseada em Atos 1.8 e evidenciada no derramamento visível do Espírito (línguas, ousadia, milagres).
📚 A Bíblia de Estudo Pentecostal ensina que João 20.22 marca o início da experiência interior com o Espírito, enquanto Atos 2 representa a manifestação pública dessa experiência com vistas à missão.
🧾 BASE PAULINA PARA A EXPERIÊNCIA
- Romanos 8.9-14: Os que têm o Espírito são filhos de Deus, andam segundo Ele e não segundo a carne.
- Gálatas 5.16-26: Viver no Espírito gera fruto espiritual e vitória sobre os desejos da carne.
📝 Estes textos reforçam que, após João 20.22, os discípulos já vivem sob o governo do Espírito, com evidências de nova natureza.
🔥 APLICAÇÃO PESSOAL
- Todo crente regenerado já tem o Espírito: Não precisamos esperar “grandes manifestações” para reconhecer a obra do Espírito. O Espírito já opera vida, santidade e guia interior.
- Mas há uma capacitação adicional: Devemos buscar a plenitude do Espírito (Ef 5.18), não como uma repetição da salvação, mas como poder e ousadia para servir.
- Cristo sopra vida antes de enviar ao mundo: O padrão de Jesus é transformar para depois enviar. Somos primeiro regenerados, depois comissionados (Jo 20.21-22).
📊 TABELA EXPOSITIVA – DUAS OBRAS DISTINTAS DO ESPÍRITO
Elemento
João 20.22
Atos 2.1-4
Ação do Espírito
Regeneração e habitação interior
Revestimento e poder para missão
Verbo utilizado
λάβετε (lábete) – Recebei
ἐπλήσθησαν (eplēsthēsan) – Ficaram cheios
Simbolismo bíblico
Sopro de vida – Gn 2.7
Derramamento de fogo e vento – Jl 2.28; At 2
Resultado imediato
Nova vida, governo do Espírito
Línguas, ousadia e pregação
Enfoque teológico
Pessoal, transformador
Missionário, empoderador
Aplicação
Viver guiado pelo Espírito
Testemunhar com autoridade do Espírito
Fundamentação paulina
Rm 8.9-14; Gl 5.16-26
1Co 12-14; Ef 4.11-13
📚 REFERÊNCIAS ACADÊMICAS
- Bíblia de Estudo Pentecostal, CPAD, comentário de João 20.22
- Craig Keener, O Evangelho de João: Um Comentário (Vol. 2, Baker Academic)
- Leon Morris, O Evangelho Segundo João (NICNT)
- George Eldon Ladd, Uma Teologia do Novo Testamento
- Stanley M. Horton, O que a Bíblia Diz Sobre o Espírito Santo
- Millard Erickson, Teologia Sistemática
📖 3. UM EPISÓDIO ANTERIOR AO PENTECOSTES
“E, havendo dito isso, assoprou sobre eles e disse-lhes: Recebei o Espírito Santo.” (Jo 20.22)
🔍 ANÁLISE LINGUÍSTICA E CONTEXTUAL
✨ Verbo “Recebei” – λάβετε (lábete)
- Forma verbal do aoristo imperativo do verbo lambánō, que significa “tomar, receber, apropriar-se”.
- Indica um ato objetivo, real e presente, não meramente simbólico. Isso mostra que Jesus não estava apenas antecipando o Pentecostes, mas realmente ministrando o Espírito aos discípulos naquele momento.
✨ Verbo “assoprou” – ἐνεφύσησεν (enephúsēsen)
- Como já estudado, este verbo é o mesmo da Septuaginta em Gênesis 2.7.
- Implica um novo sopro de vida espiritual, simbolizando a regeneração dos discípulos por meio do Espírito Santo.
🧠 DISTINÇÃO TEOLÓGICA: REGENERAÇÃO x CAPACITAÇÃO
1. João 20.22 – Regeneração
- Jesus sopra o Espírito, trazendo vida espiritual aos discípulos.
- Nesse momento, eles se tornam a nova criação, conforme a linguagem de Paulo (2Co 5.17; cf. Gl 6.15).
- A regeneração inclui:
- Habitação do Espírito (Rm 8.9)
- Vitória sobre a carne (Gl 5.16-26)
- Guia para santidade e obediência (Rm 8.14)
2. Atos 2 – Capacidade e Poder para Testemunhar
- O Pentecostes não repete a regeneração, mas sim reveste os discípulos de poder sobrenatural para pregar (cf. At 1.8).
- Essa segunda obra do Espírito é capacitatória, como ensinado na teologia pentecostal clássica, baseada em Atos 1.8 e evidenciada no derramamento visível do Espírito (línguas, ousadia, milagres).
📚 A Bíblia de Estudo Pentecostal ensina que João 20.22 marca o início da experiência interior com o Espírito, enquanto Atos 2 representa a manifestação pública dessa experiência com vistas à missão.
🧾 BASE PAULINA PARA A EXPERIÊNCIA
- Romanos 8.9-14: Os que têm o Espírito são filhos de Deus, andam segundo Ele e não segundo a carne.
- Gálatas 5.16-26: Viver no Espírito gera fruto espiritual e vitória sobre os desejos da carne.
📝 Estes textos reforçam que, após João 20.22, os discípulos já vivem sob o governo do Espírito, com evidências de nova natureza.
🔥 APLICAÇÃO PESSOAL
- Todo crente regenerado já tem o Espírito: Não precisamos esperar “grandes manifestações” para reconhecer a obra do Espírito. O Espírito já opera vida, santidade e guia interior.
- Mas há uma capacitação adicional: Devemos buscar a plenitude do Espírito (Ef 5.18), não como uma repetição da salvação, mas como poder e ousadia para servir.
- Cristo sopra vida antes de enviar ao mundo: O padrão de Jesus é transformar para depois enviar. Somos primeiro regenerados, depois comissionados (Jo 20.21-22).
📊 TABELA EXPOSITIVA – DUAS OBRAS DISTINTAS DO ESPÍRITO
Elemento | João 20.22 | Atos 2.1-4 |
Ação do Espírito | Regeneração e habitação interior | Revestimento e poder para missão |
Verbo utilizado | λάβετε (lábete) – Recebei | ἐπλήσθησαν (eplēsthēsan) – Ficaram cheios |
Simbolismo bíblico | Sopro de vida – Gn 2.7 | Derramamento de fogo e vento – Jl 2.28; At 2 |
Resultado imediato | Nova vida, governo do Espírito | Línguas, ousadia e pregação |
Enfoque teológico | Pessoal, transformador | Missionário, empoderador |
Aplicação | Viver guiado pelo Espírito | Testemunhar com autoridade do Espírito |
Fundamentação paulina | Rm 8.9-14; Gl 5.16-26 | 1Co 12-14; Ef 4.11-13 |
📚 REFERÊNCIAS ACADÊMICAS
- Bíblia de Estudo Pentecostal, CPAD, comentário de João 20.22
- Craig Keener, O Evangelho de João: Um Comentário (Vol. 2, Baker Academic)
- Leon Morris, O Evangelho Segundo João (NICNT)
- George Eldon Ladd, Uma Teologia do Novo Testamento
- Stanley M. Horton, O que a Bíblia Diz Sobre o Espírito Santo
- Millard Erickson, Teologia Sistemática
SINÓPSE II
João 20.21,22 refere-se a um acontecimento que ocorreu antes da descida do Espírito Santo no dia de Pentecostes.
AUXÍLIO BÍBLICO-TEOLÓGICO
III- A PROMESSA DO PAI NO DIA DE PENTECOSTES
1- “De repente”. O aparecimento de Jesus em João 20 refere-se ao período compreendido entre a Páscoa e o Dia de Pentecostes. Após a Ressurreição, o Senhor glorioso aparece aos seus discípulos. Na Páscoa, o cordeiro da expiação foi sacrificado, sendo Jesus o Cordeiro de Deus, conforme estudado ao longo do trimestre. No entanto, cinquenta dias depois da Páscoa, celebrava-se a Festa da Colheita no dia de Pentecostes. Foi ao final deste dia, ainda não concluído, após Jesus ter feito a promessa de recebimento de poder (At 1.4,8), que “de repente” (At 2.2) ocorreu um acontecimento extraordinário: o derramamento do Espírito Santo (At 2.1-4).
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
📖 III – A PROMESSA DO PAI NO DIA DE PENTECOSTES
1 – “De repente” (Atos 2.2)
“E, de repente, veio do céu um som, como de um vento veemente e impetuoso, e encheu toda a casa em que estavam assentados.” (At 2.2)
🔍 ANÁLISE LINGUÍSTICA E CONTEXTUAL
📌 Palavra grega: Ἐξαίφνης (exaíphnēs) – “De repente”
- Significa subitamente, sem aviso, inesperadamente.
- Aparece em contextos bíblicos onde a ação de Deus é soberana, surpreendente e incontrolável (cf. Mc 13.36; Lc 2.13).
- Implica que o evento não foi manipulado pelos discípulos, mas originado do céu (ἐκ τοῦ οὐρανοῦ).
📌 Palavra grega: πνοῆς βιαίας (pnoēs biaías) – “vento impetuoso”
- πνοῆς (pnoēs) = sopro, fôlego, vento — relacionada a vida e poder espiritual (cf. Gn 2.7, Ez 37.9).
- βιαίας (biaías) = forte, violento, poderoso — transmite ideia de força irresistível, uma invasão divina.
🔎 Significado teológico: O “de repente” mostra que o derramamento do Espírito é uma intervenção soberana e poderosa de Deus, e não apenas uma experiência emocional. Ele age no tempo e forma determinados por Ele, conforme a promessa do Pai (Lc 24.49; At 1.4).
🧠 IMPLICAÇÕES TEOLOGICAS
1. A soberania do Espírito
- O Espírito vem “de repente”, não por rituais ou méritos, mas pela iniciativa divina.
- Craig Keener observa que isso reflete a teologia lucana de que a promessa de Joel 2.28 estava sendo cumprida soberanamente no tempo de Deus.
2. Rompimento do silêncio espiritual
- O Pentecostes é o início de uma nova era espiritual — a Era do Espírito (cf. Jo 14.16; Gl 3.14).
- Como no Sinai, onde Deus se manifestou com som, fogo e tremor (Êx 19.16-18), aqui o Espírito desce com som, vento e fogo, sinalizando uma nova aliança escrita nos corações (Jr 31.33).
3. Conexão com as Festas Judaicas
- Páscoa: aponta para a redenção pela morte de Cristo.
- Pentecostes (Shavuot): festa da colheita (Lv 23.15-21), agora aponta para a “colheita espiritual” de almas e a vinda do Espírito como primícias da Nova Criação (Rm 8.23; Tg 1.18).
- A cronologia bíblica reforça que Cristo é o Cordeiro Pascal, e o Espírito Santo é o dom do Cristo glorificado (Jo 7.39; At 2.33).
🔥 APLICAÇÃO PESSOAL
- Deus ainda age “de repente”: Em meio a tempos de espera e oração, Deus pode intervir com poder inesperado. Esteja sensível ao tempo dEle.
- Prepare-se no presente para o de repente de Deus: Os discípulos estavam reunidos, obedientes, perseverando em oração (At 1.14). A preparação antecede a manifestação.
- Busque o revestimento do alto com fé e humildade: O Espírito vem para capacitar, transformar e enviar. Nossa missão depende desse poder.
📊 TABELA EXPOSITIVA – AÇÕES SOBERANAS NO PENTECOSTES
Elemento Bíblico
Expressão Grega
Significado / Teologia
Aplicação Espiritual
“De repente”
ἐξαίφνης (exaíphnēs)
Intervenção súbita de Deus
Deus age em seu tempo, não no nosso
“Veio do céu”
ἐκ τοῦ οὐρανοῦ (ek tou ouranou)
Origem divina do acontecimento
O poder espiritual não é fabricado
“Som de um vento forte”
πνοῆς βιαίας (pnoēs biaías)
Poder criativo e vivificante do Espírito
A vida no Espírito substitui a carnal
“Encheu toda a casa”
ἐπλήρωσεν (eplērōsen)
Plenitude da presença do Espírito
Deus quer encher todas as áreas da vida
Festa de Pentecostes
πεντηκοστῆς (pentēkostēs)
50 dias após a Páscoa – início da colheita
Início da missão evangelizadora da Igreja
📚 REFERÊNCIAS ACADÊMICAS CRISTÃS
- Craig Keener, Acts: An Exegetical Commentary, Vol. 1 (Baker Academic)
- González, Justo L., Atos: Comentário Bíblico (Ed. Ultimato)
- John Stott, A Mensagem de Atos (ABU Editora)
- F. F. Bruce, Comentário Bíblico de Atos dos Apóstolos (Ed. Vida Nova)
- Bíblia de Estudo Pentecostal, CPAD, nota sobre Atos 2.2
📖 III – A PROMESSA DO PAI NO DIA DE PENTECOSTES
1 – “De repente” (Atos 2.2)
“E, de repente, veio do céu um som, como de um vento veemente e impetuoso, e encheu toda a casa em que estavam assentados.” (At 2.2)
🔍 ANÁLISE LINGUÍSTICA E CONTEXTUAL
📌 Palavra grega: Ἐξαίφνης (exaíphnēs) – “De repente”
- Significa subitamente, sem aviso, inesperadamente.
- Aparece em contextos bíblicos onde a ação de Deus é soberana, surpreendente e incontrolável (cf. Mc 13.36; Lc 2.13).
- Implica que o evento não foi manipulado pelos discípulos, mas originado do céu (ἐκ τοῦ οὐρανοῦ).
📌 Palavra grega: πνοῆς βιαίας (pnoēs biaías) – “vento impetuoso”
- πνοῆς (pnoēs) = sopro, fôlego, vento — relacionada a vida e poder espiritual (cf. Gn 2.7, Ez 37.9).
- βιαίας (biaías) = forte, violento, poderoso — transmite ideia de força irresistível, uma invasão divina.
🔎 Significado teológico: O “de repente” mostra que o derramamento do Espírito é uma intervenção soberana e poderosa de Deus, e não apenas uma experiência emocional. Ele age no tempo e forma determinados por Ele, conforme a promessa do Pai (Lc 24.49; At 1.4).
🧠 IMPLICAÇÕES TEOLOGICAS
1. A soberania do Espírito
- O Espírito vem “de repente”, não por rituais ou méritos, mas pela iniciativa divina.
- Craig Keener observa que isso reflete a teologia lucana de que a promessa de Joel 2.28 estava sendo cumprida soberanamente no tempo de Deus.
2. Rompimento do silêncio espiritual
- O Pentecostes é o início de uma nova era espiritual — a Era do Espírito (cf. Jo 14.16; Gl 3.14).
- Como no Sinai, onde Deus se manifestou com som, fogo e tremor (Êx 19.16-18), aqui o Espírito desce com som, vento e fogo, sinalizando uma nova aliança escrita nos corações (Jr 31.33).
3. Conexão com as Festas Judaicas
- Páscoa: aponta para a redenção pela morte de Cristo.
- Pentecostes (Shavuot): festa da colheita (Lv 23.15-21), agora aponta para a “colheita espiritual” de almas e a vinda do Espírito como primícias da Nova Criação (Rm 8.23; Tg 1.18).
- A cronologia bíblica reforça que Cristo é o Cordeiro Pascal, e o Espírito Santo é o dom do Cristo glorificado (Jo 7.39; At 2.33).
🔥 APLICAÇÃO PESSOAL
- Deus ainda age “de repente”: Em meio a tempos de espera e oração, Deus pode intervir com poder inesperado. Esteja sensível ao tempo dEle.
- Prepare-se no presente para o de repente de Deus: Os discípulos estavam reunidos, obedientes, perseverando em oração (At 1.14). A preparação antecede a manifestação.
- Busque o revestimento do alto com fé e humildade: O Espírito vem para capacitar, transformar e enviar. Nossa missão depende desse poder.
📊 TABELA EXPOSITIVA – AÇÕES SOBERANAS NO PENTECOSTES
Elemento Bíblico | Expressão Grega | Significado / Teologia | Aplicação Espiritual |
“De repente” | ἐξαίφνης (exaíphnēs) | Intervenção súbita de Deus | Deus age em seu tempo, não no nosso |
“Veio do céu” | ἐκ τοῦ οὐρανοῦ (ek tou ouranou) | Origem divina do acontecimento | O poder espiritual não é fabricado |
“Som de um vento forte” | πνοῆς βιαίας (pnoēs biaías) | Poder criativo e vivificante do Espírito | A vida no Espírito substitui a carnal |
“Encheu toda a casa” | ἐπλήρωσεν (eplērōsen) | Plenitude da presença do Espírito | Deus quer encher todas as áreas da vida |
Festa de Pentecostes | πεντηκοστῆς (pentēkostēs) | 50 dias após a Páscoa – início da colheita | Início da missão evangelizadora da Igreja |
📚 REFERÊNCIAS ACADÊMICAS CRISTÃS
- Craig Keener, Acts: An Exegetical Commentary, Vol. 1 (Baker Academic)
- González, Justo L., Atos: Comentário Bíblico (Ed. Ultimato)
- John Stott, A Mensagem de Atos (ABU Editora)
- F. F. Bruce, Comentário Bíblico de Atos dos Apóstolos (Ed. Vida Nova)
- Bíblia de Estudo Pentecostal, CPAD, nota sobre Atos 2.2
2- “E todos foram cheios do Espírito Santo”. Observamos que durante o ato de conversão, o Espírito Santo realiza a Regeneração (Jo 14.17; 16.8-10; Jo 20.22; 2 Co 5.17). Contudo, desde que se dá esta obra regeneradora do Espírito, é necessário que os salvos sejam cheios do Espírito e revestidos de poder para testemunho do Evangelho. Assim sendo, especialmente no Livro dos Atos dos Apóstolos, os teólogos associam “ser cheio do Espírito” ao “Batismo no Espírito Santo”, como descrito quando dizemos: “todos foram cheios do Espírito Santo” e consequentemente “começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem” (At 2.4).
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
2 – “E todos foram cheios do Espírito Santo” (At 2.4)
“E todos foram cheios do Espírito Santo, e começaram a falar noutras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem.” (Atos 2.4)
🔍 ANÁLISE LINGUÍSTICA E EXEGÉTICA
📌 Palavra grega: ἐπλήσθησαν (eplēsthēsan) – “foram cheios”
- Do verbo πληρόω (plēróō), que significa encher completamente, preencher até o limite, dominar.
- Na voz passiva aorista, expressa uma ação divina completa e momentânea.
- Usado em Atos para descrever momentos de capacitação especial para proclamação com ousadia (cf. At 4.8, 4.31; 9.17; 13.9).
📘 John Stott observa que “a plenitude do Espírito não é apenas para a santidade pessoal, mas sobretudo para a proclamação poderosa do Evangelho.”
📌 Palavra grega: ἔλαλουν (elaloun) – “falavam”
- Do verbo λαλέω (laleō), usado para indicar comunicação vocal clara.
- O tempo verbal é imperfeito, sugerindo que continuaram falando por algum tempo.
📌 Palavra grega: γλώσσαις ἑτέραις (glóssais heterais) – “outras línguas”
- γλῶσσα (glōssa) pode significar idioma humano ou expressão extática inspirada.
- ἕτερος (heteros) significa de tipo diferente.
- Em Atos 2, o contexto indica línguas reconhecíveis e inteligíveis por outros povos (At 2.6-11).
📌 Palavra grega: ἀπεφθέγγοντο (apephtheggonto) – “concedia que falassem”
- Verbo raro, usado também em At 2.14; 26.25 — denota declaração solene, inspirada.
- Implica que o Espírito não apenas permitiu, mas inspirou e controlou a fala.
🧠 IMPLICAÇÕES TEOLOGICAS
1. Distinção entre regeneração e enchimento
- A regeneração já havia ocorrido em Jo 20.22 (“Recebei o Espírito Santo”), onde os discípulos receberam a nova vida.
- Aqui, em At 2.4, eles são revestidos de poder (cf. At 1.8), cumprindo a promessa do Pai para capacitação missionária.
📘 Stanley Horton, na Teologia Sistemática Pentecostal, afirma: “O batismo no Espírito Santo é uma experiência distinta da salvação, destinada a empoderar o crente para o serviço e testemunho.”
2. Sinal inicial: línguas
- O fenômeno das línguas em Atos 2 é inteligível (v.6), o que reforça o caráter missionário e universal da Igreja.
- As “línguas” aparecem como sinal externo da plenitude do Espírito, sendo descritas novamente em At 10.44-46 e At 19.6.
3. Universalidade do derramamento
- “Todos foram cheios” – O Espírito não é concedido a poucos privilegiados, mas a todos os que creram e estavam reunidos.
- Cumpre-se Joel 2.28: “derramarei do meu Espírito sobre toda a carne”.
🔥 APLICAÇÃO PESSOAL
- A plenitude do Espírito é para todos os salvos – Disponível a todo aquele que busca com fé e obediência.
- O propósito do batismo no Espírito é missional – Não é apenas para experiência pessoal, mas para proclamar Cristo com ousadia.
- Devemos buscar continuamente a plenitude do Espírito – O verbo “encher” aparece diversas vezes em Atos, mostrando que a vida cristã é dinâmica, cheia do Espírito e voltada ao serviço (Ef 5.18).
📊 TABELA EXPOSITIVA – ENCHIMENTO DO ESPÍRITO EM ATOS 2.4
Elemento Bíblico
Termo Grego / Expressão
Significado Teológico
Aplicação Espiritual
“Todos foram cheios”
ἐπλήσθησαν (eplēsthēsan)
Ação soberana e completa do Espírito
Deus deseja encher a todos que creem
“Do Espírito Santo”
πνεύματος ἁγίου (pneumatos hagiou)
Pessoa divina que capacita para o testemunho
Vivamos submissos à direção do Espírito
“Começaram a falar”
ἤρξαντο λαλεῖν (ērxanto lalein)
Falar de forma contínua, não mecânica
O Espírito ativa a fala e não anula a consciência
“Noutras línguas”
γλώσσαις ἑτέραις (glóssais heterais)
Idiomas distintos, inteligíveis (At 2.6-11)
O Espírito promove unidade na diversidade cultural
“Conforme o Espírito concedia”
καθὼς τὸ πνεῦμα ἐδίδου (kathōs... edidou)
A iniciativa é divina, não humana
Dependência total da graça e ação do Espírito
📚 REFERÊNCIAS ACADÊMICAS CRISTÃS
- Stanley Horton, Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal, CPAD.
- Craig S. Keener, Acts: An Exegetical Commentary, Baker Academic.
- John Stott, A Mensagem de Atos, ABU Editora.
- F. F. Bruce, Atos dos Apóstolos, Vida Nova.
- Bíblia de Estudo Pentecostal, CPAD – nota em Atos 2.4.
2 – “E todos foram cheios do Espírito Santo” (At 2.4)
“E todos foram cheios do Espírito Santo, e começaram a falar noutras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem.” (Atos 2.4)
🔍 ANÁLISE LINGUÍSTICA E EXEGÉTICA
📌 Palavra grega: ἐπλήσθησαν (eplēsthēsan) – “foram cheios”
- Do verbo πληρόω (plēróō), que significa encher completamente, preencher até o limite, dominar.
- Na voz passiva aorista, expressa uma ação divina completa e momentânea.
- Usado em Atos para descrever momentos de capacitação especial para proclamação com ousadia (cf. At 4.8, 4.31; 9.17; 13.9).
📘 John Stott observa que “a plenitude do Espírito não é apenas para a santidade pessoal, mas sobretudo para a proclamação poderosa do Evangelho.”
📌 Palavra grega: ἔλαλουν (elaloun) – “falavam”
- Do verbo λαλέω (laleō), usado para indicar comunicação vocal clara.
- O tempo verbal é imperfeito, sugerindo que continuaram falando por algum tempo.
📌 Palavra grega: γλώσσαις ἑτέραις (glóssais heterais) – “outras línguas”
- γλῶσσα (glōssa) pode significar idioma humano ou expressão extática inspirada.
- ἕτερος (heteros) significa de tipo diferente.
- Em Atos 2, o contexto indica línguas reconhecíveis e inteligíveis por outros povos (At 2.6-11).
📌 Palavra grega: ἀπεφθέγγοντο (apephtheggonto) – “concedia que falassem”
- Verbo raro, usado também em At 2.14; 26.25 — denota declaração solene, inspirada.
- Implica que o Espírito não apenas permitiu, mas inspirou e controlou a fala.
🧠 IMPLICAÇÕES TEOLOGICAS
1. Distinção entre regeneração e enchimento
- A regeneração já havia ocorrido em Jo 20.22 (“Recebei o Espírito Santo”), onde os discípulos receberam a nova vida.
- Aqui, em At 2.4, eles são revestidos de poder (cf. At 1.8), cumprindo a promessa do Pai para capacitação missionária.
📘 Stanley Horton, na Teologia Sistemática Pentecostal, afirma: “O batismo no Espírito Santo é uma experiência distinta da salvação, destinada a empoderar o crente para o serviço e testemunho.”
2. Sinal inicial: línguas
- O fenômeno das línguas em Atos 2 é inteligível (v.6), o que reforça o caráter missionário e universal da Igreja.
- As “línguas” aparecem como sinal externo da plenitude do Espírito, sendo descritas novamente em At 10.44-46 e At 19.6.
3. Universalidade do derramamento
- “Todos foram cheios” – O Espírito não é concedido a poucos privilegiados, mas a todos os que creram e estavam reunidos.
- Cumpre-se Joel 2.28: “derramarei do meu Espírito sobre toda a carne”.
🔥 APLICAÇÃO PESSOAL
- A plenitude do Espírito é para todos os salvos – Disponível a todo aquele que busca com fé e obediência.
- O propósito do batismo no Espírito é missional – Não é apenas para experiência pessoal, mas para proclamar Cristo com ousadia.
- Devemos buscar continuamente a plenitude do Espírito – O verbo “encher” aparece diversas vezes em Atos, mostrando que a vida cristã é dinâmica, cheia do Espírito e voltada ao serviço (Ef 5.18).
📊 TABELA EXPOSITIVA – ENCHIMENTO DO ESPÍRITO EM ATOS 2.4
Elemento Bíblico | Termo Grego / Expressão | Significado Teológico | Aplicação Espiritual |
“Todos foram cheios” | ἐπλήσθησαν (eplēsthēsan) | Ação soberana e completa do Espírito | Deus deseja encher a todos que creem |
“Do Espírito Santo” | πνεύματος ἁγίου (pneumatos hagiou) | Pessoa divina que capacita para o testemunho | Vivamos submissos à direção do Espírito |
“Começaram a falar” | ἤρξαντο λαλεῖν (ērxanto lalein) | Falar de forma contínua, não mecânica | O Espírito ativa a fala e não anula a consciência |
“Noutras línguas” | γλώσσαις ἑτέραις (glóssais heterais) | Idiomas distintos, inteligíveis (At 2.6-11) | O Espírito promove unidade na diversidade cultural |
“Conforme o Espírito concedia” | καθὼς τὸ πνεῦμα ἐδίδου (kathōs... edidou) | A iniciativa é divina, não humana | Dependência total da graça e ação do Espírito |
📚 REFERÊNCIAS ACADÊMICAS CRISTÃS
- Stanley Horton, Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal, CPAD.
- Craig S. Keener, Acts: An Exegetical Commentary, Baker Academic.
- John Stott, A Mensagem de Atos, ABU Editora.
- F. F. Bruce, Atos dos Apóstolos, Vida Nova.
- Bíblia de Estudo Pentecostal, CPAD – nota em Atos 2.4.
3- “E começaram a falar em outras línguas”. O Batismo no Espírito Santo constituiu uma experiência profunda na vida dos discípulos já regenerados em Cristo e essa experiência não se limitou àquele único dia. O cumprimento da promessa abrangeu toda a igreja nascente naquele momento e todas as gerações futuras até à volta de Cristo (At 2.38,39). O falar em outras línguas evidenciou esta obra capacitadora (At 2.11). Apesar de algumas pessoas compreenderem estas línguas nos seus próprios idiomas, eram na verdade expressões espirituais concedidas pelo Espírito que habilitou os discípulos a glorificar as grandezas de Deus. Eram línguas desconhecidas por quem falava, mas compreendidas pelos ouvintes. Assim sendo, as línguas mencionadas por Lucas são evidências físicas visíveis do Batismo no Espírito Santo.
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
3 – “E começaram a falar em outras línguas” (At 2.4b)
“E todos foram cheios do Espírito Santo, e começaram a falar noutras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem.” (At 2.4)
🔍 ANÁLISE LINGUÍSTICA E EXEGÉTICA
📌 Expressão: ἤρξαντο λαλεῖν ἑτέραις γλώσσαις
- ἤρξαντο (ērxanto) – Verbo no aoristo médio de ἄρχομαι, significa começaram – indica um ponto inicial de uma ação nova.
- λαλεῖν (lalein) – Infinitivo do verbo λαλέω, “falar”, com ênfase em fala vocal, audível. É usado amplamente no NT para designar falar normal ou profético.
- ἑτέραις γλώσσαις (heterais glóssais) – “outras línguas”:
- ἕτερος – “diferente em natureza” (e não apenas em quantidade).
- γλῶσσα – “língua”, tanto como órgão físico quanto idioma ou fala extática.
- No contexto, refere-se a línguas desconhecidas ao falante, mas reconhecíveis por ouvintes (At 2.6-11).
📌 Expressão: καθὼς τὸ πνεῦμα ἐδίδου ἀποφθέγγεσθαι αὐτοῖς
- ἐδίδου (edidou) – Imperfeito de δίδωμι: “conceder continuamente”.
- ἀποφθέγγεσθαι (apophtheggesthai) – Verbo raro que significa pronunciar de forma solene, profética, inspirada (cf. At 2.14; 26.25).
📘 Craig Keener comenta: “Lucas não apresenta o falar em línguas como expressão meramente emocional, mas como manifestação controlada e dirigida pelo Espírito, que visava glorificar a Deus perante os povos.”
🧠 IMPLICAÇÕES TEOLOGICAS
1. As línguas como sinal visível do Batismo no Espírito
- Atos 2.4 fornece o modelo inicial do Batismo no Espírito Santo com a evidência de falar em línguas.
- Este padrão repete-se em:
- At 10.44-46 (Cornélio);
- At 19.6 (Éfeso);
- At 9.17 / 1 Co 14.18 (Paulo, de modo implícito).
📘 Stanley Horton (Teologia Sistemática Pentecostal): “As línguas não são apenas evidência de enchimento, mas também um meio de adoração e oração espiritual.”
2. Não eram línguas naturais dos discípulos
- Eles não aprenderam essas línguas, mas as receberam sobrenaturalmente.
- O espanto das multidões se deu pelo fato de ouvirem “as grandezas de Deus” nos próprios idiomas (At 2.11), indicando que as línguas foram espirituais, mas inteligíveis aos ouvintes.
3. Continuidade da promessa
- Atos 2.38-39 deixa claro que o dom do Espírito é para todas as gerações futuras, o que inclui o Batismo com línguas como manifestação visível.
- Pentecostes não foi um evento isolado, mas o início de uma nova dispensação no relacionamento entre Deus e a humanidade.
📘 Donald Gee (autor clássico pentecostal): “O falar em línguas é a porta de entrada para uma vida espiritual mais profunda e uma ferramenta vital na oração.”
🔥 APLICAÇÃO PESSOAL
- A experiência do Batismo no Espírito está disponível hoje – para todo crente regenerado que deseja ser cheio do Espírito e capacitado para testemunhar.
- As línguas como expressão de adoração – Quando falamos em línguas, exaltamos as grandezas de Deus, mesmo sem entendermos com a mente (1 Co 14.2).
- Buscar com zelo, mas com reverência – Devemos desejar ardentemente a plenitude do Espírito (1 Co 14.1), mas reconhecendo que é uma ação soberana e graciosa de Deus.
📊 TABELA EXPOSITIVA – LÍNGUAS EM ATOS 2.4
Elemento do Texto Bíblico
Palavra Grega / Expressão
Implicação Teológica
Aplicação Prática
“Começaram a falar”
ἤρξαντο λαλεῖν (ērxanto lalein)
Ato inicial de falar guiado pelo Espírito
Este dom pode ser dado imediatamente após o enchimento
“Em outras línguas”
ἑτέραις γλώσσαις (heterais glóssais)
Idiomas diferentes, não conhecidos pelos falantes
Sinal visível e objetivo da obra espiritual
“Conforme o Espírito concedia”
ἐδίδου (edidou)
A iniciativa é divina, não humana
Devemos estar abertos à direção do Espírito
“Que falassem (de forma inspirada)”
ἀποφθέγγεσθαι (apophtheggesthai)
Discurso profético e adorador
As línguas glorificam a Deus – não são mero sinal
“As grandezas de Deus” (At 2.11)
τὰ μεγαλεῖα τοῦ θεοῦ (ta megaleia tou Theou)
O conteúdo das línguas é glorificação e louvor
Falar em línguas não é confusão, mas exaltação divina
📚 REFERÊNCIAS ACADÊMICAS CRISTÃS
- Stanley Horton, Teologia Sistemática Pentecostal, CPAD.
- Craig S. Keener, Acts: An Exegetical Commentary, Baker Academic.
- John Stott, A Mensagem de Atos, ABU Editora.
- F. F. Bruce, O Livro de Atos, Vida Nova.
- Donald Gee, O Vinho Novo: Estudo sobre os Dons Espirituais.
- Bíblia de Estudo Pentecostal, CPAD – nota de At 2.4 e 2.11.
3 – “E começaram a falar em outras línguas” (At 2.4b)
“E todos foram cheios do Espírito Santo, e começaram a falar noutras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem.” (At 2.4)
🔍 ANÁLISE LINGUÍSTICA E EXEGÉTICA
📌 Expressão: ἤρξαντο λαλεῖν ἑτέραις γλώσσαις
- ἤρξαντο (ērxanto) – Verbo no aoristo médio de ἄρχομαι, significa começaram – indica um ponto inicial de uma ação nova.
- λαλεῖν (lalein) – Infinitivo do verbo λαλέω, “falar”, com ênfase em fala vocal, audível. É usado amplamente no NT para designar falar normal ou profético.
- ἑτέραις γλώσσαις (heterais glóssais) – “outras línguas”:
- ἕτερος – “diferente em natureza” (e não apenas em quantidade).
- γλῶσσα – “língua”, tanto como órgão físico quanto idioma ou fala extática.
- No contexto, refere-se a línguas desconhecidas ao falante, mas reconhecíveis por ouvintes (At 2.6-11).
📌 Expressão: καθὼς τὸ πνεῦμα ἐδίδου ἀποφθέγγεσθαι αὐτοῖς
- ἐδίδου (edidou) – Imperfeito de δίδωμι: “conceder continuamente”.
- ἀποφθέγγεσθαι (apophtheggesthai) – Verbo raro que significa pronunciar de forma solene, profética, inspirada (cf. At 2.14; 26.25).
📘 Craig Keener comenta: “Lucas não apresenta o falar em línguas como expressão meramente emocional, mas como manifestação controlada e dirigida pelo Espírito, que visava glorificar a Deus perante os povos.”
🧠 IMPLICAÇÕES TEOLOGICAS
1. As línguas como sinal visível do Batismo no Espírito
- Atos 2.4 fornece o modelo inicial do Batismo no Espírito Santo com a evidência de falar em línguas.
- Este padrão repete-se em:
- At 10.44-46 (Cornélio);
- At 19.6 (Éfeso);
- At 9.17 / 1 Co 14.18 (Paulo, de modo implícito).
📘 Stanley Horton (Teologia Sistemática Pentecostal): “As línguas não são apenas evidência de enchimento, mas também um meio de adoração e oração espiritual.”
2. Não eram línguas naturais dos discípulos
- Eles não aprenderam essas línguas, mas as receberam sobrenaturalmente.
- O espanto das multidões se deu pelo fato de ouvirem “as grandezas de Deus” nos próprios idiomas (At 2.11), indicando que as línguas foram espirituais, mas inteligíveis aos ouvintes.
3. Continuidade da promessa
- Atos 2.38-39 deixa claro que o dom do Espírito é para todas as gerações futuras, o que inclui o Batismo com línguas como manifestação visível.
- Pentecostes não foi um evento isolado, mas o início de uma nova dispensação no relacionamento entre Deus e a humanidade.
📘 Donald Gee (autor clássico pentecostal): “O falar em línguas é a porta de entrada para uma vida espiritual mais profunda e uma ferramenta vital na oração.”
🔥 APLICAÇÃO PESSOAL
- A experiência do Batismo no Espírito está disponível hoje – para todo crente regenerado que deseja ser cheio do Espírito e capacitado para testemunhar.
- As línguas como expressão de adoração – Quando falamos em línguas, exaltamos as grandezas de Deus, mesmo sem entendermos com a mente (1 Co 14.2).
- Buscar com zelo, mas com reverência – Devemos desejar ardentemente a plenitude do Espírito (1 Co 14.1), mas reconhecendo que é uma ação soberana e graciosa de Deus.
📊 TABELA EXPOSITIVA – LÍNGUAS EM ATOS 2.4
Elemento do Texto Bíblico | Palavra Grega / Expressão | Implicação Teológica | Aplicação Prática |
“Começaram a falar” | ἤρξαντο λαλεῖν (ērxanto lalein) | Ato inicial de falar guiado pelo Espírito | Este dom pode ser dado imediatamente após o enchimento |
“Em outras línguas” | ἑτέραις γλώσσαις (heterais glóssais) | Idiomas diferentes, não conhecidos pelos falantes | Sinal visível e objetivo da obra espiritual |
“Conforme o Espírito concedia” | ἐδίδου (edidou) | A iniciativa é divina, não humana | Devemos estar abertos à direção do Espírito |
“Que falassem (de forma inspirada)” | ἀποφθέγγεσθαι (apophtheggesthai) | Discurso profético e adorador | As línguas glorificam a Deus – não são mero sinal |
“As grandezas de Deus” (At 2.11) | τὰ μεγαλεῖα τοῦ θεοῦ (ta megaleia tou Theou) | O conteúdo das línguas é glorificação e louvor | Falar em línguas não é confusão, mas exaltação divina |
📚 REFERÊNCIAS ACADÊMICAS CRISTÃS
- Stanley Horton, Teologia Sistemática Pentecostal, CPAD.
- Craig S. Keener, Acts: An Exegetical Commentary, Baker Academic.
- John Stott, A Mensagem de Atos, ABU Editora.
- F. F. Bruce, O Livro de Atos, Vida Nova.
- Donald Gee, O Vinho Novo: Estudo sobre os Dons Espirituais.
- Bíblia de Estudo Pentecostal, CPAD – nota de At 2.4 e 2.11.
SINOPSE III
A Promessa do Pai também tem a ver com o derramamento do Espírito Santo conforme aconteceu no dia de Pentecostes.
AUXÍLIO BIBLIOLÓGICO
“A PROMESSA DO PAI.
O dom que Deus Pai prometera (Jl 2.28-29; Mt 3.11) é o batismo no Espírito Santo (veja o v. 5, nota). O cumprimento dessa promessa é descrito como estar ‘cheio do Espírito Santo’ (2.4). Isto significa que ser ‘batizado no Espírito’ e ‘cheio do Espírito’ são expressões que, às vezes, são intercambiáveis no livro de Atos. No entanto, nem toda referência a estar cheio do Espírito indica o batismo no Espírito Santo. Este batismo no Espírito Santo não é a mesma coisa que passar a ter o Espírito Santo, o que acontece no momento em que uma pessoa aceita o perdão de Cristo, confia a Ele a sua vida, e se torna ‘salva’ espiritualmente (veja o artigo REGENERAÇÃO: NASCIMENTO E RENOVAÇÃO ESPIRITUAL, p. 1847). Essas são duas obras distintas do Espírito Santo, frequentemente separadas por um período de tempo (veja o artigo O NOVO E ESPIRITUAL NASCIMENTO DOS DISCÍPULOS, p. 1901)” (Bíblia de Estudo Pentecostal Edição Global. Rio de Janeiro: CPAD, 2022, p.1917).
CONCLUSÃO
A Promessa do Pai tem a ver com a regeneração do pecado e com a capacitação do salvo para testemunhar do Senhor Jesus em todos os lugares. Essa promessa perpassa toda a Bíblia, se manifesta completamente em Pentecostes e está presente até hoje para todos os que se arrependerem e crerem no Evangelho. Até a volta do Senhor Jesus, a Promessa do Pai pode se manifesta na vida do pecador, regenerando-o; na vida do salvo, batizando-o no Espírito Santo.
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
1. Contexto e significado da “Promessa do Pai”
A “Promessa do Pai” é uma expressão que aparece em Atos 1.4 e remete à promessa do envio do Espírito Santo, realizada por Deus Pai, para cumprir a obra de regeneração e capacitação dos crentes:
“E, estando com eles, ordenou-lhes que não se ausentassem de Jerusalém, mas que esperassem a promessa do Pai, que, disse ele, ouvistes de mim.” (At 1.4)
Essa promessa tem dois aspectos fundamentais:
- Regeneração: Obra inicial do Espírito Santo no pecador, fazendo dele nova criatura (Jo 3.5-8; Tt 3.5; 2 Co 5.17).
- Batismo no Espírito Santo: Experiência subsequente, de capacitação para o testemunho, poder e ministério (At 1.5, 8; At 2).
2. Análise das palavras gregas principais
Palavra/expressão grega
Análise e significado teológico
ἐπαγγελία (epangelía)
“Promessa” – termo usado para promessa de Deus (At 1.4; 2.33). Representa garantia firme e segura que Deus dá.
Πατρὸς (Patròs)
“Do Pai” – destaca que a promessa é do próprio Deus Pai, confirmando sua autoridade e vontade soberana.
πνεῦμα ἅγιον (pneûma hágion)
“Espírito Santo” – a terceira Pessoa da Trindade, enviada para habitar, regenerar e capacitar o crente.
βαπτίζω (baptízō)
“Batizar” – imergir, envolver, aqui usado para o batismo no Espírito (At 1.5; 11.16), simbolizando a capacitação do salvo.
ἀναγεννάω (anagennaó)
“Regenerar” – novo nascimento, tornar alguém espiritualmente vivo (Jo 3.3-8; Tt 3.5).
3. Fundamentação bíblica e teológica
- Regeneração:
- João 3.5-8: Jesus ensina Nicodemos que ninguém pode ver o Reino de Deus sem nascer de novo, “de água e do Espírito”.
- Tito 3.5: “... ele nos salvou mediante a lavagem da regeneração e da renovação pelo Espírito Santo.”
- A regeneração é obra soberana do Espírito, que transforma o pecador morto espiritualmente em viva alma em Cristo.
- Batismo no Espírito Santo:
- Atos 1.4-5,8: Jesus orienta os discípulos a esperar em Jerusalém pela promessa do Pai, o batismo no Espírito Santo para receber poder e ser testemunhas.
- Atos 2: O cumprimento da promessa com o derramamento do Espírito no dia de Pentecostes, capacitando os crentes para missão.
- 1 Coríntios 12.13: “Pois em um só Espírito todos nós fomos batizados em um corpo...”
4. A promessa na vida do pecador e do salvo
- No pecador arrependido:
- A promessa do Pai age para regenerar, trazendo nova vida espiritual, limpando do pecado e estabelecendo comunhão com Deus (Jo 1.12-13; 3.16).
- É uma obra interna, invisível, mas fundamental para a salvação.
- No salvo (crente regenerado):
- A promessa se manifesta na experiência do batismo no Espírito Santo, que é o enchimento e capacitação para o serviço e testemunho (At 4.31; Ef 5.18).
- Essa obra concede dons espirituais e poder sobrenatural para viver a vida cristã e proclamar o Evangelho.
5. Referências acadêmicas cristãs
- Leon Morris, O Espírito Santo, Paternoster Press – destaca a dimensão da promessa como obra de Deus Pai para o estabelecimento do Reino através do Espírito.
- F. F. Bruce, Atos dos Apóstolos, Eerdmans – analisa o batismo no Espírito como obra distinta da regeneração.
- J. Rodman Williams, Renewal Theology – aborda o Espírito como agente de regeneração e de capacitação para ministério.
- J. I. Packer, Concise Theology – ressalta que a promessa do Pai é expressão da aliança renovada para capacitar o povo de Deus.
6. Aplicação pessoal
- Experiência contínua: Como crentes, devemos entender que a promessa do Pai é contínua e disponível hoje para todos que creem, trazendo regeneração e a necessidade do enchimento constante do Espírito para frutificar na fé e testemunho.
- Busca espiritual: Devemos desejar ardentemente ser cheios do Espírito e manifestar os frutos e dons, para glorificar a Deus e cumprir o chamado missionário.
- Confiança e esperança: A promessa nos dá segurança da presença de Deus conosco até a volta de Jesus (Mt 28.20), fortalecendo a caminhada cristã.
7. Tabela expositiva – A Promessa do Pai: Regeneração e Capacitação
Aspecto da Promessa
Texto Bíblico
Palavra Grega
Descrição Teológica
Aplicação Prática
Promessa do Pai
At 1.4
ἐπαγγελία (epangelía)
Garantia divina para o envio do Espírito Santo
Confiar na fidelidade de Deus para o Espírito
Regeneração
Jo 3.5; Tt 3.5
ἀναγεννάω (anagennaó)
Novo nascimento espiritual
Reconhecer a necessidade do novo nascimento
Batismo no Espírito
At 1.5; 1 Co 12.13
βαπτίζω (baptízō)
Imersão ou capacitação no Espírito para testemunho
Buscar ser cheio do Espírito para missão
Capacitação para Testemunho
At 1.8; At 2
πνεῦμα ἅγιον (pneûma hágion)
Poder sobrenatural para anunciar o Evangelho
Viver empoderado e testemunhar com ousadia
Continuidade da Promessa
At 2.39
ἐπαγγελία (epangelía)
Promessa válida para todas as gerações
Confiar no Espírito para toda a vida cristã
1. Contexto e significado da “Promessa do Pai”
A “Promessa do Pai” é uma expressão que aparece em Atos 1.4 e remete à promessa do envio do Espírito Santo, realizada por Deus Pai, para cumprir a obra de regeneração e capacitação dos crentes:
“E, estando com eles, ordenou-lhes que não se ausentassem de Jerusalém, mas que esperassem a promessa do Pai, que, disse ele, ouvistes de mim.” (At 1.4)
Essa promessa tem dois aspectos fundamentais:
- Regeneração: Obra inicial do Espírito Santo no pecador, fazendo dele nova criatura (Jo 3.5-8; Tt 3.5; 2 Co 5.17).
- Batismo no Espírito Santo: Experiência subsequente, de capacitação para o testemunho, poder e ministério (At 1.5, 8; At 2).
2. Análise das palavras gregas principais
Palavra/expressão grega | Análise e significado teológico |
ἐπαγγελία (epangelía) | “Promessa” – termo usado para promessa de Deus (At 1.4; 2.33). Representa garantia firme e segura que Deus dá. |
Πατρὸς (Patròs) | “Do Pai” – destaca que a promessa é do próprio Deus Pai, confirmando sua autoridade e vontade soberana. |
πνεῦμα ἅγιον (pneûma hágion) | “Espírito Santo” – a terceira Pessoa da Trindade, enviada para habitar, regenerar e capacitar o crente. |
βαπτίζω (baptízō) | “Batizar” – imergir, envolver, aqui usado para o batismo no Espírito (At 1.5; 11.16), simbolizando a capacitação do salvo. |
ἀναγεννάω (anagennaó) | “Regenerar” – novo nascimento, tornar alguém espiritualmente vivo (Jo 3.3-8; Tt 3.5). |
3. Fundamentação bíblica e teológica
- Regeneração:
- João 3.5-8: Jesus ensina Nicodemos que ninguém pode ver o Reino de Deus sem nascer de novo, “de água e do Espírito”.
- Tito 3.5: “... ele nos salvou mediante a lavagem da regeneração e da renovação pelo Espírito Santo.”
- A regeneração é obra soberana do Espírito, que transforma o pecador morto espiritualmente em viva alma em Cristo.
- Batismo no Espírito Santo:
- Atos 1.4-5,8: Jesus orienta os discípulos a esperar em Jerusalém pela promessa do Pai, o batismo no Espírito Santo para receber poder e ser testemunhas.
- Atos 2: O cumprimento da promessa com o derramamento do Espírito no dia de Pentecostes, capacitando os crentes para missão.
- 1 Coríntios 12.13: “Pois em um só Espírito todos nós fomos batizados em um corpo...”
4. A promessa na vida do pecador e do salvo
- No pecador arrependido:
- A promessa do Pai age para regenerar, trazendo nova vida espiritual, limpando do pecado e estabelecendo comunhão com Deus (Jo 1.12-13; 3.16).
- É uma obra interna, invisível, mas fundamental para a salvação.
- No salvo (crente regenerado):
- A promessa se manifesta na experiência do batismo no Espírito Santo, que é o enchimento e capacitação para o serviço e testemunho (At 4.31; Ef 5.18).
- Essa obra concede dons espirituais e poder sobrenatural para viver a vida cristã e proclamar o Evangelho.
5. Referências acadêmicas cristãs
- Leon Morris, O Espírito Santo, Paternoster Press – destaca a dimensão da promessa como obra de Deus Pai para o estabelecimento do Reino através do Espírito.
- F. F. Bruce, Atos dos Apóstolos, Eerdmans – analisa o batismo no Espírito como obra distinta da regeneração.
- J. Rodman Williams, Renewal Theology – aborda o Espírito como agente de regeneração e de capacitação para ministério.
- J. I. Packer, Concise Theology – ressalta que a promessa do Pai é expressão da aliança renovada para capacitar o povo de Deus.
6. Aplicação pessoal
- Experiência contínua: Como crentes, devemos entender que a promessa do Pai é contínua e disponível hoje para todos que creem, trazendo regeneração e a necessidade do enchimento constante do Espírito para frutificar na fé e testemunho.
- Busca espiritual: Devemos desejar ardentemente ser cheios do Espírito e manifestar os frutos e dons, para glorificar a Deus e cumprir o chamado missionário.
- Confiança e esperança: A promessa nos dá segurança da presença de Deus conosco até a volta de Jesus (Mt 28.20), fortalecendo a caminhada cristã.
7. Tabela expositiva – A Promessa do Pai: Regeneração e Capacitação
Aspecto da Promessa | Texto Bíblico | Palavra Grega | Descrição Teológica | Aplicação Prática |
Promessa do Pai | At 1.4 | ἐπαγγελία (epangelía) | Garantia divina para o envio do Espírito Santo | Confiar na fidelidade de Deus para o Espírito |
Regeneração | Jo 3.5; Tt 3.5 | ἀναγεννάω (anagennaó) | Novo nascimento espiritual | Reconhecer a necessidade do novo nascimento |
Batismo no Espírito | At 1.5; 1 Co 12.13 | βαπτίζω (baptízō) | Imersão ou capacitação no Espírito para testemunho | Buscar ser cheio do Espírito para missão |
Capacitação para Testemunho | At 1.8; At 2 | πνεῦμα ἅγιον (pneûma hágion) | Poder sobrenatural para anunciar o Evangelho | Viver empoderado e testemunhar com ousadia |
Continuidade da Promessa | At 2.39 | ἐπαγγελία (epangelía) | Promessa válida para todas as gerações | Confiar no Espírito para toda a vida cristã |
REVISANDO O CONTEÚDO
1- De acordo com João 14, conforme apresentado na lição, como podemos perceber o registro de alguns ensinos de Jesus?
O Espírito Santo como Consolador e Regenerador.
2- Dê o conceito da palavra “Consolador” de acordo com a lição.
Refere-se a alguém chamado para ajudar, encorajar ou interceder por outra pessoa.
3- Quais são as duas expressões em João 20.22 que são muito importantes?
“Assoprou sobre eles” e “Recebei o Espírito Santo”.
4- Que obra extraordinária o Senhor Jesus realizou em Atos 2?
O Batismo no Espírito Santo.
5- No ato da conversão, o Espírito Santo opera a Regeneração. A partir da obra regeneradora, o salvo precisa de quê?
Desde que se dá esta obra regeneradora do Espírito, é necessário que os salvos sejam cheios do Espírito e revestidos de poder para testemunho do Evangelho.
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