SUPLEMENTO EXCLUSIVO DO PROFESSOR Afora o suplemento do professor, todo o conteúdo de cada lição é igual para alunos e mestres, inclusive o ...
SUPLEMENTO EXCLUSIVO DO PROFESSOR
Afora o suplemento do professor, todo o conteúdo de cada lição é igual para alunos e mestres, inclusive o número da página.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Em Jeremias 11 a 17, há 158 versos. Sugerimos começar a aula lendo, com os alunos, Jeremias 14.7-15.1 (5 a 7 min.). A revista funciona como guia de estudo e leitura complementar, mas não substitui a leitura da Bíblia. Professor(a), neste estudo você deve destacar a gravidade da quebra da aliança entre Deus e Judá, enfatizando como a infidelidade do povo e dos líderes levou ao juízo divino. Jeremias enfrenta perseguição e intercede pelo povo, mas Deus revela que a intercessão já não é suficiente diante da obstinação coletiva. O contraste entre o coração enganoso do ser humano e a bênção reservada aos que confiam no Senhor deve ser explorado, mostrando que a verdadeira segurança está na obediência a Deus, não em circunstâncias externas. Incentive os alunos a refletirem sobre a importância de manter um coração maleável diante de Deus, evitando o endurecimento que leva à ruína. Use exemplos da vida de Jeremias para ilustrar a fidelidade em meio à oposição e como a Palavra de Deus é fonte de consolo mesmo nas adversidades (15.16).
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OBJETIVOS
Compreender a crítica de Jeremias ao formalismo religioso de Judá.
Avaliar o perigo de confiar em rituais sem compromisso com Deus.
Reconhecer que a verdadeira fé exige obediência e sinceridade.
PARA COMEÇAR A AULA
Utilize um objeto de barro ou cerâmica e escreva nele “Aliança”. Peça a um voluntário que o quebre cuidadosamente. Mostre os cacos e reflitam: que atitudes nossas quebram alianças com Deus? Como reconstruí-las? Explique que, embora a desobediência tenha consequências, Deus, em Sua misericórdia, nos chama ao arrependimento e, como oleiro, sabe reconstruir vidas com paciência e amor.
LEITURA ADICIONAL
Jeremias 12.7-17. O relacionamento quebrado e a agonia de Deus. Ele agoniza diante das terríveis consequências do relacionamento rompido com seu povo, mas ainda oferece esperança para o futuro. O tema central que percorre Jeremias 1-29 é a aliança quebrada e o consequente juízo que vem sobre Judá por ter abandonado e rejeitado Deus e sua aliança graciosa. Dentro desse tema mais amplo, Jeremias 11-29 se concentra na hostilidade direcionada a Jeremias como profeta de Deus por ser “encarregado” de enfatizar o pecado de Judá e proclamar o juízo vindouro. Jeremias 11.18-12.6 apresenta o profundo lamento do profeta sobre o fato de que seu próprio povo, até mesmo de sua cidade natal, o rejeitou e o persegue abertamente. Jeremias 12.7-17, a passagem em análise, é paralela a esse texto, pois apresenta a hostilidade e a rejeição de Deus pelo seu próprio povo amado, os habitantes de Judá e Jerusalém. Essa passagem começa com declarações paradoxalmente comoventes e dolorosas de Deus: “Eu abandonarei a minha casa, abandonarei minha herança, desistirei de quem eu amo”. Tanto a rejeição de Deus por seu povo como o consequente juízo sobre ele são experiências muito dolorosas e pessoais para Deus. Não se trata de um país qualquer, de um povo qualquer, mas da terra e do povo de Deus. Entristece-o trazer juízo sobre eles. Deus não é um supercomputador impassível nem um velho frio e cínico que se assenta em um trono para pronunciar juízo contra as pessoas. Ele amou seu povo e sua terra e quer estar em um relacionamento amoroso com aqueles que fazem parte desse povo. Deus se entristece quando esse relacionamento é rejeitado e o Senhor é desprezado, culminando em juízo. Isso é tão verdade hoje quanto era no tempo de Jeremias. Livro: Jeremias e Lamentações (Série Comentário Expositivo) (Daniel Hays. São Paulo: Vida Nova, 2024, p. 70, 73).
Texto Áureo
“Disse-me, porém, o SENHOR: Ainda que Moisés e Samuel se pusessem diante de mim, meu coração não se inclinaria para este povo; lança-os de diante de mim, e saiam” Jeremias 15.1
Leitura Bíblica Com Todos
Jeremias 14.7-15.1
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
Jeremias 14.7-15.1
Texto Áureo:
“Disse-me, porém, o SENHOR: Ainda que Moisés e Samuel se pusessem diante de mim, meu coração não se inclinaria para este povo; lança-os de diante de mim, e saiam” (Jeremias 15.1).
1. Contexto Histórico e Literário
Os capítulos 14 e 15 de Jeremias refletem o clima de desespero e juízo iminente sobre Judá devido à persistente apostasia, idolatria e violência. Jeremias clama a Deus pela misericórdia, mas recebe a dura resposta divina que evidencia a gravidade da rebeldia do povo.
2. Análise Teológica e Linguística
- “Disse-me, porém, o SENHOR” (Hebraico: וַיֹּאמֶר לִי יְהוָה — vayomer li Yahweh)
Expressa uma revelação direta e autoritativa de Deus, ressaltando a seriedade da mensagem. - “Ainda que Moisés e Samuel se pusessem diante de mim”
Moisés e Samuel simbolizam as maiores figuras intercessoras e líderes espirituais do Antigo Testamento. Moisés era o mediador da Aliança e Samuel um profeta e juiz que intercedeu pelo povo (1Sm 7.5-6). A menção deles destaca que nem mesmo os intercessores mais poderosos poderiam mudar o juízo divino. - “Meu coração não se inclinaria para este povo” (hebraico: לֹא יִכְּרַע לִבִּי לָעָם הַזֶּה — lo yikkra libi la'am hazeh)
A expressão “inclinaria” (do verbo kará, curvar-se, inclinar-se) indica a disposição de Deus em atender ou mostrar compaixão. Aqui, a negativa ressalta a dureza do juízo. - “Lança-os de diante de mim, e saiam”
É a expressão de uma rejeição definitiva, a expulsão de Israel da presença da glória divina. Significa que, por causa do pecado, o povo está apartado da comunhão com Deus.
3. Referências Acadêmicas Cristãs
- J. A. Thompson (Jeremiah, Word Biblical Commentary, 1980): Thompson destaca que esta declaração enfatiza a inflexibilidade do juízo divino diante da persistência no pecado. Mesmo a intercessão dos maiores líderes não seria suficiente para deter a punição.
- Walter Brueggemann (A Commentary on Jeremiah, 1998): chama a atenção para o contraste entre o desejo humano por misericórdia e a soberania de Deus em executar justiça, ressaltando a tensão entre o amor de Deus e a santidade exigente.
- John Goldingay (The Message of Jeremiah, 1995): salienta que essa palavra de Deus enfatiza a responsabilidade coletiva e o limite da paciência divina, não se tratando de um abandono total, mas de um chamado ao arrependimento que, se ignorado, gera consequências severas.
4. Aplicação Pessoal
- Reconhecimento da gravidade do pecado: Assim como Judá, o nosso coração e vida precisam ser examinados para que não haja persistência em práticas que afaste o relacionamento com Deus.
- O limite da misericórdia: Deus é longânime, mas há um ponto em que a resistência ao arrependimento torna o juízo inevitável.
- A importância da intercessão: Apesar do limite do juízo, o papel da oração e intercessão é fundamental — mas requer um povo disposto a ouvir e mudar.
- Chamado ao arrependimento: Somos chamados a responder à graça com uma vida de obediência, evitando que a justiça divina precise se manifestar em juízo.
5. Tabela Expositiva: Jeremias 14.7-15.1 – O Juízo Iminente e a Rejeição Divina
Elemento
Descrição
Referência Bíblica/Comentário
Contexto de seca e aflição
O povo sofre fome e sede, clamando a Deus, mas o juízo está prestes a ser executado
Jer 14.1-6
Intercessão de Jeremias
O profeta ora por misericórdia, lembrando a Deus da fidelidade passada de Israel
Jer 14.7-9
Resposta de Deus
Deus reconhece o pecado, a hipocrisia e a idolatria do povo; juízo inevitável
Jer 14.10-12
Juízo inabalável (15.1)
Mesmo Moisés e Samuel não poderiam mudar a decisão de Deus; rejeição total do povo
Jer 15.1
Implicação para o povo
Separação de Deus, expulsão da presença divina por causa do pecado persistente
Jer 15.1
Aplicação pessoal
Importância do arrependimento e da intercessão, reconhecer limites da misericórdia divina
Aplicação contemporânea
Jeremias 14.7-15.1
Texto Áureo:
“Disse-me, porém, o SENHOR: Ainda que Moisés e Samuel se pusessem diante de mim, meu coração não se inclinaria para este povo; lança-os de diante de mim, e saiam” (Jeremias 15.1).
1. Contexto Histórico e Literário
Os capítulos 14 e 15 de Jeremias refletem o clima de desespero e juízo iminente sobre Judá devido à persistente apostasia, idolatria e violência. Jeremias clama a Deus pela misericórdia, mas recebe a dura resposta divina que evidencia a gravidade da rebeldia do povo.
2. Análise Teológica e Linguística
- “Disse-me, porém, o SENHOR” (Hebraico: וַיֹּאמֶר לִי יְהוָה — vayomer li Yahweh)
Expressa uma revelação direta e autoritativa de Deus, ressaltando a seriedade da mensagem. - “Ainda que Moisés e Samuel se pusessem diante de mim”
Moisés e Samuel simbolizam as maiores figuras intercessoras e líderes espirituais do Antigo Testamento. Moisés era o mediador da Aliança e Samuel um profeta e juiz que intercedeu pelo povo (1Sm 7.5-6). A menção deles destaca que nem mesmo os intercessores mais poderosos poderiam mudar o juízo divino. - “Meu coração não se inclinaria para este povo” (hebraico: לֹא יִכְּרַע לִבִּי לָעָם הַזֶּה — lo yikkra libi la'am hazeh)
A expressão “inclinaria” (do verbo kará, curvar-se, inclinar-se) indica a disposição de Deus em atender ou mostrar compaixão. Aqui, a negativa ressalta a dureza do juízo. - “Lança-os de diante de mim, e saiam”
É a expressão de uma rejeição definitiva, a expulsão de Israel da presença da glória divina. Significa que, por causa do pecado, o povo está apartado da comunhão com Deus.
3. Referências Acadêmicas Cristãs
- J. A. Thompson (Jeremiah, Word Biblical Commentary, 1980): Thompson destaca que esta declaração enfatiza a inflexibilidade do juízo divino diante da persistência no pecado. Mesmo a intercessão dos maiores líderes não seria suficiente para deter a punição.
- Walter Brueggemann (A Commentary on Jeremiah, 1998): chama a atenção para o contraste entre o desejo humano por misericórdia e a soberania de Deus em executar justiça, ressaltando a tensão entre o amor de Deus e a santidade exigente.
- John Goldingay (The Message of Jeremiah, 1995): salienta que essa palavra de Deus enfatiza a responsabilidade coletiva e o limite da paciência divina, não se tratando de um abandono total, mas de um chamado ao arrependimento que, se ignorado, gera consequências severas.
4. Aplicação Pessoal
- Reconhecimento da gravidade do pecado: Assim como Judá, o nosso coração e vida precisam ser examinados para que não haja persistência em práticas que afaste o relacionamento com Deus.
- O limite da misericórdia: Deus é longânime, mas há um ponto em que a resistência ao arrependimento torna o juízo inevitável.
- A importância da intercessão: Apesar do limite do juízo, o papel da oração e intercessão é fundamental — mas requer um povo disposto a ouvir e mudar.
- Chamado ao arrependimento: Somos chamados a responder à graça com uma vida de obediência, evitando que a justiça divina precise se manifestar em juízo.
5. Tabela Expositiva: Jeremias 14.7-15.1 – O Juízo Iminente e a Rejeição Divina
Elemento | Descrição | Referência Bíblica/Comentário |
Contexto de seca e aflição | O povo sofre fome e sede, clamando a Deus, mas o juízo está prestes a ser executado | Jer 14.1-6 |
Intercessão de Jeremias | O profeta ora por misericórdia, lembrando a Deus da fidelidade passada de Israel | Jer 14.7-9 |
Resposta de Deus | Deus reconhece o pecado, a hipocrisia e a idolatria do povo; juízo inevitável | Jer 14.10-12 |
Juízo inabalável (15.1) | Mesmo Moisés e Samuel não poderiam mudar a decisão de Deus; rejeição total do povo | Jer 15.1 |
Implicação para o povo | Separação de Deus, expulsão da presença divina por causa do pecado persistente | Jer 15.1 |
Aplicação pessoal | Importância do arrependimento e da intercessão, reconhecer limites da misericórdia divina | Aplicação contemporânea |
Verdade Prática
A obediência a Deus e a confiança Nele devem estar acima das circunstâncias, principalmente em tempos de adversidade.
INTRODUÇÃO
I- A QUEBRA DA ALIANÇA E A QUEIXA DE JEREMIAS 11 e 12
1- Violação da aliança e suas consequências 11.10
2- Conspiração contra Jeremias 11.21
3- Queixa de Jeremias e resposta de Deus 12.1
II- INTERCESSÃO DE JEREMIAS, MOISÉS E SAMUEL 13 a 15
1- O cinto de linho e o jarro quebrado 13.7
2- Intercessões rejeitadas 14.11, 15.1
3- Achadas as tuas palavras 15.16
III- A CONFIANÇA NO SENHOR E O CORAÇÃO ENGANOSO 16e 17
1- A vida solitária do profeta como sinal 16.2
2- Bendito o que confia no Senhor 17.7
3- Não recusei ser pastor e ser curado 17.16
APLICAÇÃO PESSOAL
DINAMICA EXTRA
Comentário de Hubner Braz
🎯 DINÂMICA: “ALIANÇA RASGADA”
Objetivo:
Levar os alunos a refletirem sobre a seriedade da aliança com Deus e as consequências da infidelidade, como destacado em Jeremias 11–17. Mostrar que quebrar a aliança traz afastamento, juízo e silêncio da parte de Deus.
✂️ MATERIAIS NECESSÁRIOS:
- Cópias de um “Contrato de Aliança” (modelo abaixo) para cada aluno
- Canetas
- Um envelope grande
- Tesoura (ou peça para que rasguem com as mãos)
- Bíblia
📜 ROTEIRO DA ATIVIDADE:
1. Introdução (5 min):
Explique que a aliança entre Deus e Seu povo é comparada a um contrato espiritual, que envolve promessas e compromissos. Leia com a turma Jeremias 11.1-5, destacando as expressões “ouve” e “cumpre”.
2. Entrega do “Contrato” (10 min):
Distribua a folha com o “Contrato de Aliança”. Peça que os alunos leiam e assinem simbolicamente, reconhecendo os compromissos como se fossem parte do povo de Deus na época de Jeremias.
📃 MODELO DO CONTRATO:
CONTRATO DE ALIANÇA COM DEUS
Eu, ________________________________________, reconheço que:
- O Senhor me resgatou e me chamou para andar em Seus caminhos.
- Aceito viver em obediência à Sua Palavra.
- Comprometo-me a adorá-Lo somente, rejeitando ídolos e alianças contrárias.
“Assim diz o Senhor: Maldito o homem que não ouvir as palavras desta aliança.” (Jeremias 11.3)
Assinatura: _____________________
Data: //____
3. Quebra simbólica da aliança (5 min):
Peça que, simbolicamente, alguns voluntários rasguem seus contratos, representando o povo de Judá que quebrou sua aliança com Deus ao desobedecer e adorar outros deuses.
4. Reflexão e aplicação (10 min):
Mostre como essa atitude provocou a rejeição das orações e o afastamento da presença de Deus (Jeremias 11.14; 14.10-12). Deus mandou Jeremias não orar mais por aquele povo. Reforce a seriedade da fidelidade.
5. Restauração da aliança (opcional)
Você pode encerrar com uma oração de comprometimento pessoal e distribuir novos "contratos", convidando os alunos a restaurarem espiritualmente sua aliança com Deus, agora com entendimento renovado.
📌 VERSÍCULO-CHAVE PARA MEMORIZAÇÃO:
“Bendito o homem que confia no Senhor, e cuja esperança é o Senhor.” (Jeremias 17.7)
💬 APLICAÇÃO:
- Em tempos de adversidade, é a fidelidade a Deus que nos sustenta.
- A oração não é um substituto para a obediência. Quando a aliança é quebrada, a oração pode não ser ouvida (Jeremias 14.12).
- Deus quer mais do que palavras: deseja coração quebrantado, fé e obediência.
🎯 DINÂMICA: “ALIANÇA RASGADA”
Objetivo:
Levar os alunos a refletirem sobre a seriedade da aliança com Deus e as consequências da infidelidade, como destacado em Jeremias 11–17. Mostrar que quebrar a aliança traz afastamento, juízo e silêncio da parte de Deus.
✂️ MATERIAIS NECESSÁRIOS:
- Cópias de um “Contrato de Aliança” (modelo abaixo) para cada aluno
- Canetas
- Um envelope grande
- Tesoura (ou peça para que rasguem com as mãos)
- Bíblia
📜 ROTEIRO DA ATIVIDADE:
1. Introdução (5 min):
Explique que a aliança entre Deus e Seu povo é comparada a um contrato espiritual, que envolve promessas e compromissos. Leia com a turma Jeremias 11.1-5, destacando as expressões “ouve” e “cumpre”.
2. Entrega do “Contrato” (10 min):
Distribua a folha com o “Contrato de Aliança”. Peça que os alunos leiam e assinem simbolicamente, reconhecendo os compromissos como se fossem parte do povo de Deus na época de Jeremias.
📃 MODELO DO CONTRATO:
CONTRATO DE ALIANÇA COM DEUS
Eu, ________________________________________, reconheço que:
- O Senhor me resgatou e me chamou para andar em Seus caminhos.
- Aceito viver em obediência à Sua Palavra.
- Comprometo-me a adorá-Lo somente, rejeitando ídolos e alianças contrárias.
“Assim diz o Senhor: Maldito o homem que não ouvir as palavras desta aliança.” (Jeremias 11.3)
Assinatura: _____________________
Data: //____
3. Quebra simbólica da aliança (5 min):
Peça que, simbolicamente, alguns voluntários rasguem seus contratos, representando o povo de Judá que quebrou sua aliança com Deus ao desobedecer e adorar outros deuses.
4. Reflexão e aplicação (10 min):
Mostre como essa atitude provocou a rejeição das orações e o afastamento da presença de Deus (Jeremias 11.14; 14.10-12). Deus mandou Jeremias não orar mais por aquele povo. Reforce a seriedade da fidelidade.
5. Restauração da aliança (opcional)
Você pode encerrar com uma oração de comprometimento pessoal e distribuir novos "contratos", convidando os alunos a restaurarem espiritualmente sua aliança com Deus, agora com entendimento renovado.
📌 VERSÍCULO-CHAVE PARA MEMORIZAÇÃO:
“Bendito o homem que confia no Senhor, e cuja esperança é o Senhor.” (Jeremias 17.7)
💬 APLICAÇÃO:
- Em tempos de adversidade, é a fidelidade a Deus que nos sustenta.
- A oração não é um substituto para a obediência. Quando a aliança é quebrada, a oração pode não ser ouvida (Jeremias 14.12).
- Deus quer mais do que palavras: deseja coração quebrantado, fé e obediência.
DEVOCIONAL DIÁRIO
Segunda – Jeremias 11.10
Terça – Jeremias 11.21
Quarta – Jeremias 12.1
Quinta – Jeremias 15.1
Sexta – Jeremias 15.16
Sábado – Jeremias 17.5
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
Devocional Diário: Jeremias 11.10; 11.21; 12.1; 15.1; 15.16; 17.5
1. Jeremias 11.10 – O Pacto Quebrado
Texto: “E cortaram uma aliança com a morte e fizeram um pacto com o Seol, que não vigora; quando passarem pelas portas da sua terra, e se espalharem pelas suas cidades, então se saberá isto.”
- Pacto com a morte e o Seol (שְׁאוֹל - Sheol): Sheol é o termo hebraico para o mundo dos mortos, o lugar de sombras e separação de Deus.
- O povo de Judá quebrou a aliança com Deus, buscando proteção em pactos inúteis e falsos, como se a morte ou o mundo dos mortos pudessem protegê-los.
- Essa aliança é um pacto de autodestruição, mostrando rebelião e alienação total da aliança verdadeira com Deus.
Referência: O tema da aliança quebrada é recorrente (Ez 16.59-60), e aponta para a responsabilidade da nação diante do juízo.
2. Jeremias 11.21 – O Pedido de Justiça
Texto: “Portanto assim diz o SENHOR a respeito dos homens da Anatóte, que procuram a tua vida, dizendo: Não profetizes em nome do SENHOR, para que não morras pelas nossas mãos.”
- Jeremias enfrenta oposição feroz, especialmente dos seus conterrâneos de Anatóte.
- O verbo “procurar” (דָּרַשׁ - darash) tem o sentido de buscar com insistência, indicando perseguição.
- A hostilidade contra os profetas ilustra a rejeição da palavra de Deus pelos pecadores endurecidos.
3. Jeremias 12.1 – O Lamento do Profeta
Texto: “Tu és justo, SENHOR, quando faço queixa contigo; porém quero falar contigo sobre os teus juízos.”
- Expressa o conflito interno do profeta diante da aparente prosperidade dos ímpios e a angústia pelo juízo divino.
- A palavra “justo” (צַדִּיק - tsaddiq) sublinha que Jeremias reconhece a justiça de Deus, mesmo quando questiona o modo de agir d’Ele.
- Esse versículo reflete o realismo teológico — a honestidade diante de Deus em momentos difíceis.
4. Jeremias 15.1 – O Juízo Irreversível
Texto: “Disse-me, porém, o SENHOR: Ainda que Moisés e Samuel se pusessem diante de mim, meu coração não se inclinaria para este povo; lança-os de diante de mim, e saiam.”
- O juízo anunciado é inevitável, pois o povo persistiu no pecado.
- A referência a Moisés e Samuel (grandes intercessores) reforça que nem mesmo a intercessão dos maiores líderes históricos pode impedir a punição.
- Palavra forte sobre o limite da misericórdia divina diante da obstinação.
5. Jeremias 15.16 – A Palavra de Deus como Fonte de Vida
Texto: “Achei as tuas palavras e as guardei; elas são a minha alegria e o gozo do meu coração; porque o teu nome é invocado sobre mim, ó SENHOR Deus dos Exércitos.”
- O profeta reconhece o valor das palavras divinas, que trazem alegria e sustento espiritual.
- A palavra hebraica para “alegria” (חֵפֶץ - chefets) indica deleite e prazer profundo.
- Deus é invocado como YHWH Tzevaot (Senhor dos Exércitos), título que enfatiza seu poder e autoridade.
6. Jeremias 17.5 – A Maldição da Confiança no Homem
Texto: “Assim diz o SENHOR: Maldito o homem que confia no homem, e faz da carne o seu braço, e aparta o seu coração do SENHOR.”
- Destaca a dependência equivocada no homem em vez de Deus.
- “Confia” (בָּטַח - batach) significa confiar com segurança plena, aqui indicando uma confiança mal colocada.
- A “carne” simboliza a fraqueza humana, vulnerável e falha.
Aplicação Pessoal
- Devemos refletir sobre onde colocamos nossa confiança: em alianças humanas, poderes temporais ou no Deus eterno e fiel.
- A Palavra de Deus deve ser o nosso deleite, fonte de alegria e vida, mesmo em meio às dificuldades e rejeições.
- A intercessão e o clamor são importantes, mas Deus respeita o livre arbítrio e a disposição do coração humano.
- Precisamos ter coragem para permanecer firmes na verdade e missão, mesmo diante da oposição e perseguição.
- Confiar em Deus, e não no homem, é o caminho para a verdadeira vida e bênção.
Tabela Expositiva: Temas Centrais de Jeremias 11.10 a 17.5
Versículo
Tema
Palavra Hebraica/Significado
Aplicação
Jeremias 11.10
Pacto quebrado
Sheol (morte, lugar dos mortos)
Evitar confiar em coisas vãs
Jeremias 11.21
Perseguição ao profeta
Darash (buscar insistentemente)
Coragem na fidelidade
Jeremias 12.1
Questionamento da justiça
Tsaddiq (justo)
Honestidade espiritual
Jeremias 15.1
Juízo inevitável
Intercessão sem efeito
Reverência à justiça divina
Jeremias 15.16
Palavra como alegria
Chefets (deleite)
Nutrir-se da Palavra
Jeremias 17.5
Maldição da confiança humana
Batach (confiar plenamente)
Confiança exclusiva em Deus
Devocional Diário: Jeremias 11.10; 11.21; 12.1; 15.1; 15.16; 17.5
1. Jeremias 11.10 – O Pacto Quebrado
Texto: “E cortaram uma aliança com a morte e fizeram um pacto com o Seol, que não vigora; quando passarem pelas portas da sua terra, e se espalharem pelas suas cidades, então se saberá isto.”
- Pacto com a morte e o Seol (שְׁאוֹל - Sheol): Sheol é o termo hebraico para o mundo dos mortos, o lugar de sombras e separação de Deus.
- O povo de Judá quebrou a aliança com Deus, buscando proteção em pactos inúteis e falsos, como se a morte ou o mundo dos mortos pudessem protegê-los.
- Essa aliança é um pacto de autodestruição, mostrando rebelião e alienação total da aliança verdadeira com Deus.
Referência: O tema da aliança quebrada é recorrente (Ez 16.59-60), e aponta para a responsabilidade da nação diante do juízo.
2. Jeremias 11.21 – O Pedido de Justiça
Texto: “Portanto assim diz o SENHOR a respeito dos homens da Anatóte, que procuram a tua vida, dizendo: Não profetizes em nome do SENHOR, para que não morras pelas nossas mãos.”
- Jeremias enfrenta oposição feroz, especialmente dos seus conterrâneos de Anatóte.
- O verbo “procurar” (דָּרַשׁ - darash) tem o sentido de buscar com insistência, indicando perseguição.
- A hostilidade contra os profetas ilustra a rejeição da palavra de Deus pelos pecadores endurecidos.
3. Jeremias 12.1 – O Lamento do Profeta
Texto: “Tu és justo, SENHOR, quando faço queixa contigo; porém quero falar contigo sobre os teus juízos.”
- Expressa o conflito interno do profeta diante da aparente prosperidade dos ímpios e a angústia pelo juízo divino.
- A palavra “justo” (צַדִּיק - tsaddiq) sublinha que Jeremias reconhece a justiça de Deus, mesmo quando questiona o modo de agir d’Ele.
- Esse versículo reflete o realismo teológico — a honestidade diante de Deus em momentos difíceis.
4. Jeremias 15.1 – O Juízo Irreversível
Texto: “Disse-me, porém, o SENHOR: Ainda que Moisés e Samuel se pusessem diante de mim, meu coração não se inclinaria para este povo; lança-os de diante de mim, e saiam.”
- O juízo anunciado é inevitável, pois o povo persistiu no pecado.
- A referência a Moisés e Samuel (grandes intercessores) reforça que nem mesmo a intercessão dos maiores líderes históricos pode impedir a punição.
- Palavra forte sobre o limite da misericórdia divina diante da obstinação.
5. Jeremias 15.16 – A Palavra de Deus como Fonte de Vida
Texto: “Achei as tuas palavras e as guardei; elas são a minha alegria e o gozo do meu coração; porque o teu nome é invocado sobre mim, ó SENHOR Deus dos Exércitos.”
- O profeta reconhece o valor das palavras divinas, que trazem alegria e sustento espiritual.
- A palavra hebraica para “alegria” (חֵפֶץ - chefets) indica deleite e prazer profundo.
- Deus é invocado como YHWH Tzevaot (Senhor dos Exércitos), título que enfatiza seu poder e autoridade.
6. Jeremias 17.5 – A Maldição da Confiança no Homem
Texto: “Assim diz o SENHOR: Maldito o homem que confia no homem, e faz da carne o seu braço, e aparta o seu coração do SENHOR.”
- Destaca a dependência equivocada no homem em vez de Deus.
- “Confia” (בָּטַח - batach) significa confiar com segurança plena, aqui indicando uma confiança mal colocada.
- A “carne” simboliza a fraqueza humana, vulnerável e falha.
Aplicação Pessoal
- Devemos refletir sobre onde colocamos nossa confiança: em alianças humanas, poderes temporais ou no Deus eterno e fiel.
- A Palavra de Deus deve ser o nosso deleite, fonte de alegria e vida, mesmo em meio às dificuldades e rejeições.
- A intercessão e o clamor são importantes, mas Deus respeita o livre arbítrio e a disposição do coração humano.
- Precisamos ter coragem para permanecer firmes na verdade e missão, mesmo diante da oposição e perseguição.
- Confiar em Deus, e não no homem, é o caminho para a verdadeira vida e bênção.
Tabela Expositiva: Temas Centrais de Jeremias 11.10 a 17.5
Versículo | Tema | Palavra Hebraica/Significado | Aplicação |
Jeremias 11.10 | Pacto quebrado | Sheol (morte, lugar dos mortos) | Evitar confiar em coisas vãs |
Jeremias 11.21 | Perseguição ao profeta | Darash (buscar insistentemente) | Coragem na fidelidade |
Jeremias 12.1 | Questionamento da justiça | Tsaddiq (justo) | Honestidade espiritual |
Jeremias 15.1 | Juízo inevitável | Intercessão sem efeito | Reverência à justiça divina |
Jeremias 15.16 | Palavra como alegria | Chefets (deleite) | Nutrir-se da Palavra |
Jeremias 17.5 | Maldição da confiança humana | Batach (confiar plenamente) | Confiança exclusiva em Deus |
Hinos da Harpa: 77-394
INTRODUÇÃO
Nos capítulos 11 a 17, Deus reafirma Seu juízo sobre Judá devido à quebra da aliança e à contínua rebeldia do povo. Jeremias sofre perseguição e expressa sua angústia diante da injustiça e da dureza do coração humano. Apesar de ele interceder pela nação, Deus rejeita suas súplicas, pois o tempo da misericórdia havia se esgotado. O profeta é chamado a viver em solidão como um sinal do juízo vindouro e aprende que a única verdadeira segurança está em confiar no Senhor.
I- A QUEBRA DA ALIANÇA E A QUEIXA DE JEREMIAS (11 e 12)
Nos capítulos 11 e 12, Deus lembra a Judá a aliança feita com seus antepassados e denuncia a infidelidade do povo, que seguiu os mesmos pecados das gerações passadas, atraindo o juízo inevitável. Além disso, Jeremias enfrenta uma conspiração contra sua vida, mas Deus lhe garante proteção.
1- Violação da aliança e suas consequências (11.10) Tornaram às maldades de seus primeiros pais, que não quiseram ouvir as minhas palavras.
Deus declara que Judá quebrou a aliança estabelecida desde os dias de Moisés, afastando-se de Seus mandamentos. O povo escolheu seguir a idolatria e os caminhos perversos de seus antepassados, recusando-se a dar ouvidos às advertências divinas. Essa rebeldia não era um erro isolado, mas um padrão repetido ao longo das gerações. A aliança exigia fidelidade a Deus em troca de bênçãos e proteção, mas a nação preferiu seguir outros deuses, confiando em sua própria sabedoria. Como consequência, Deus anuncia que traria sobre eles todas as maldições descritas na Lei, pois já não ouviria suas orações. Essa passagem nos ensina que a desobediência contínua endurece o coração e nos afasta da presença de Deus. O juízo divino não é arbitrário, mas resultado da persistência no pecado e da rejeição ao chamado ao arrependimento.
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
Jeremias 11.10
Texto:
“Tornaram às maldades de seus primeiros pais, que não quiseram ouvir as minhas palavras.”
1. Contexto Geral
Neste versículo, Deus através do profeta Jeremias denuncia a contínua infidelidade do povo de Judá, que repete os erros dos seus antepassados. Apesar das advertências e da aliança solene feita no Sinai, o povo rejeita a palavra do Senhor e se afasta da aliança, comprometendo seu relacionamento com Deus.
2. Análise das Palavras Hebraicas-Chave
- “Tornaram” — שָׁבוּ (shabu)
Significa “voltar”, “retornar”, mas no contexto tem sentido negativo, indicando um retrocesso espiritual. O povo voltou aos mesmos pecados, abandonando o caminho da fidelidade. - “Maldades” — רָעָה (ra‘ah)
Palavra que abrange “mal”, “iniquidade”, “maldade”. Aqui, refere-se à prática contínua do pecado e da rebelião contra Deus. - “Primeiros pais” — אָבוֹת (avot)
Denota os ancestrais, os antepassados, especificamente aqueles que iniciaram o ciclo de infidelidade e idolatria. - “Não quiseram ouvir” — לֹא שָׁמְעוּ (lo shamu)
Expressão que enfatiza a obstinação e rejeição consciente da palavra divina. Ouvir em hebraico (shama‘) tem uma carga que vai além da audição física, implicando obediência e submissão.
3. Aspectos Teológicos
- Quebra da aliança: A aliança mosaica (Ex 19–24) é a base do relacionamento entre Deus e Israel. Essa aliança exigia obediência como condição para bênçãos e proteção (Dt 28). A infidelidade reiterada é uma violação grave que leva ao juízo (cf. Jr 11.3-8).
- Pecado geracional: O versículo mostra que a rebeldia é uma prática histórica e persistente, indicando que o pecado pode se tornar estrutural e cultural.
- Juízo de Deus: A desobediência deliberada resulta na ruptura da comunhão com Deus e na manifestação do juízo, que é justo e necessário para manter a santidade divina (Hb 12.6).
- Perseverança na graça: Apesar da dureza do povo, Jeremias ainda clama pelo arrependimento, mostrando a paciência e misericórdia divina (2 Pe 3.9).
4. Referências Acadêmicas Cristãs
- Walter Brueggemann (Theology of the Old Testament): destaca que a infidelidade à aliança não é um mero erro moral, mas uma ruptura da relação que fundamenta a existência do povo como povo de Deus.
- J. A. Thompson (Jeremiah: An Introduction and Commentary): observa que a repetição dos pecados ancestrais revela a incapacidade do povo de romper com o ciclo de pecado sem intervenção divina.
- Ralph Earle & Joseph Mayfield: afirmam que o "não ouvir" indica rejeição ética e espiritual, e não apenas falta de audição física. Ouvir implica submissão e resposta obediente.
5. Aplicação Pessoal
- O pecado repetido e a falta de arrependimento podem endurecer o coração, afastando-nos da comunhão com Deus.
- É fundamental buscar arrependimento genuíno, quebrantamento e renovação espiritual para não cairmos na mesma armadilha da rebeldia ancestral.
- Devemos examinar nossa vida para identificar áreas de “pecado histórico” que podem estar enraizadas por influência cultural ou familiar.
- Ouvir a Deus é mais do que escutar suas palavras — implica obedecer e agir em conformidade com a Sua vontade.
- A fidelidade à aliança divina traz bênçãos e proteção; a quebra dela conduz à crise espiritual e pessoal.
6. Tabela Expositiva: Jeremias 11.10
Elemento
Análise
Significado Teológico
Aplicação Pessoal
שָׁבוּ (tornaram)
Voltar, retroceder ao pecado
Persistência na rebeldia gera juízo
Evitar retroceder à velha vida de pecado
רָעָה (maldades)
Mal, iniqüidade, pecado
O pecado rompe a aliança
Identificar e abandonar práticas pecaminosas
אָבוֹת (pais)
Antepassados, geração passada
O pecado pode ser estrutural e geracional
Romper ciclos familiares de pecado
לֹא שָׁמְעוּ (não ouvir)
Rejeição consciente da palavra de Deus
Ouvir implica obediência e submissão
Ouvir a Deus com coração aberto e obediente
Jeremias 11.10
Texto:
“Tornaram às maldades de seus primeiros pais, que não quiseram ouvir as minhas palavras.”
1. Contexto Geral
Neste versículo, Deus através do profeta Jeremias denuncia a contínua infidelidade do povo de Judá, que repete os erros dos seus antepassados. Apesar das advertências e da aliança solene feita no Sinai, o povo rejeita a palavra do Senhor e se afasta da aliança, comprometendo seu relacionamento com Deus.
2. Análise das Palavras Hebraicas-Chave
- “Tornaram” — שָׁבוּ (shabu)
Significa “voltar”, “retornar”, mas no contexto tem sentido negativo, indicando um retrocesso espiritual. O povo voltou aos mesmos pecados, abandonando o caminho da fidelidade. - “Maldades” — רָעָה (ra‘ah)
Palavra que abrange “mal”, “iniquidade”, “maldade”. Aqui, refere-se à prática contínua do pecado e da rebelião contra Deus. - “Primeiros pais” — אָבוֹת (avot)
Denota os ancestrais, os antepassados, especificamente aqueles que iniciaram o ciclo de infidelidade e idolatria. - “Não quiseram ouvir” — לֹא שָׁמְעוּ (lo shamu)
Expressão que enfatiza a obstinação e rejeição consciente da palavra divina. Ouvir em hebraico (shama‘) tem uma carga que vai além da audição física, implicando obediência e submissão.
3. Aspectos Teológicos
- Quebra da aliança: A aliança mosaica (Ex 19–24) é a base do relacionamento entre Deus e Israel. Essa aliança exigia obediência como condição para bênçãos e proteção (Dt 28). A infidelidade reiterada é uma violação grave que leva ao juízo (cf. Jr 11.3-8).
- Pecado geracional: O versículo mostra que a rebeldia é uma prática histórica e persistente, indicando que o pecado pode se tornar estrutural e cultural.
- Juízo de Deus: A desobediência deliberada resulta na ruptura da comunhão com Deus e na manifestação do juízo, que é justo e necessário para manter a santidade divina (Hb 12.6).
- Perseverança na graça: Apesar da dureza do povo, Jeremias ainda clama pelo arrependimento, mostrando a paciência e misericórdia divina (2 Pe 3.9).
4. Referências Acadêmicas Cristãs
- Walter Brueggemann (Theology of the Old Testament): destaca que a infidelidade à aliança não é um mero erro moral, mas uma ruptura da relação que fundamenta a existência do povo como povo de Deus.
- J. A. Thompson (Jeremiah: An Introduction and Commentary): observa que a repetição dos pecados ancestrais revela a incapacidade do povo de romper com o ciclo de pecado sem intervenção divina.
- Ralph Earle & Joseph Mayfield: afirmam que o "não ouvir" indica rejeição ética e espiritual, e não apenas falta de audição física. Ouvir implica submissão e resposta obediente.
5. Aplicação Pessoal
- O pecado repetido e a falta de arrependimento podem endurecer o coração, afastando-nos da comunhão com Deus.
- É fundamental buscar arrependimento genuíno, quebrantamento e renovação espiritual para não cairmos na mesma armadilha da rebeldia ancestral.
- Devemos examinar nossa vida para identificar áreas de “pecado histórico” que podem estar enraizadas por influência cultural ou familiar.
- Ouvir a Deus é mais do que escutar suas palavras — implica obedecer e agir em conformidade com a Sua vontade.
- A fidelidade à aliança divina traz bênçãos e proteção; a quebra dela conduz à crise espiritual e pessoal.
6. Tabela Expositiva: Jeremias 11.10
Elemento | Análise | Significado Teológico | Aplicação Pessoal |
שָׁבוּ (tornaram) | Voltar, retroceder ao pecado | Persistência na rebeldia gera juízo | Evitar retroceder à velha vida de pecado |
רָעָה (maldades) | Mal, iniqüidade, pecado | O pecado rompe a aliança | Identificar e abandonar práticas pecaminosas |
אָבוֹת (pais) | Antepassados, geração passada | O pecado pode ser estrutural e geracional | Romper ciclos familiares de pecado |
לֹא שָׁמְעוּ (não ouvir) | Rejeição consciente da palavra de Deus | Ouvir implica obediência e submissão | Ouvir a Deus com coração aberto e obediente |
2- Conspiração contra Jeremias (11.21) Portanto, assim diz o SENHOR acerca dos homens de Anatote que procuram a tua morte e dizem: Não profetizes sem o nome do SENHOR, para que não morras às nossas mãos.
Ao proclamar o juízo de Deus, Jeremias se torna alvo de conspiração. Os próprios habitantes de Anatote, sua cidade natal, planejam matá-lo para silenciá-lo. O profeta se vê traído por aqueles que deveriam ser seus irmãos, sem sequer suspeitar do perigo. Jeremias expressa sua dor diante dessa injustiça, mas entrega sua causa ao Senhor, confiando que Ele trará juízo sobre seus inimigos. Deus confirma que punirá os conspiradores de Anatote e garante ao profeta que sua missão não será interrompida. A fidelidade a Deus nos trará perseguições e oposições, até mesmo de pessoas próximas. Contudo, assim como Jeremias, devemos confiar na justiça divina e permanecer firmes em nosso chamado. Essa experiência antecipa a rejeição que Cristo sofreria, sendo levado como um cordeiro ao matadouro (Isaías 53.7).
3- Queixa de Jeremias e resposta de Deus (12.1) Justo és, ó Senhor, quando entro contigo num pleito; contudo, falarei contigo dos teus juízos.
Diante da prosperidade dos ímpios e do sofrimento dos justos, Jeremias apresenta sua queixa a Deus. Ele reconhece a justiça do Senhor, mas questiona por que aqueles que praticam o mal continuam a florescer enquanto os fiéis enfrentam dificuldades. Esse dilema reflete a angústia de Jeremias e, ao longo da história, tem levado muitos servos de Deus a se perguntarem por que o mal parece prevalecer. A resposta divina desafia Jeremias a perseverar: se ele já se cansava diante das dificuldades atuais, como enfrentaria desafios ainda maiores? Deus não dá uma explicação direta, mas ensina que o profeta precisava crescer espiritualmente e confiar em Sua soberania. Essa passagem nos ensina que, mesmo quando não entendemos os caminhos de Deus, devemos continuar firmes, pois Ele governa com justiça e cumprirá Seus propósitos no tempo certo.
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
2. Conspiração contra Jeremias — Jeremias 11.21
Texto:
“Portanto, assim diz o SENHOR acerca dos homens de Anatote que procuram a tua morte e dizem: Não profetizes sem o nome do SENHOR, para que não morras às nossas mãos.”
Análise Bíblica e Teológica
- Contexto:
Jeremias, ao denunciar o pecado e o juízo iminente, sofre oposição feroz, inclusive de sua própria cidade natal, Anatote (cf. Jr 1.1). Os habitantes de Anatote desejam silenciar o profeta, planejando matá-lo. A perseguição a profetas é um tema recorrente no Antigo Testamento (1Rs 18.4; 2Cr 24.19). Jeremias está só e vulnerável, mas Deus o protege e garante o cumprimento da missão. - “Homens de Anatote” (אֲנָתוֹתִים, Anatotim):
Cidade da qual Jeremias era natural. O fato de seus conterrâneos conspirarem contra ele destaca o custo do chamado profético: a rejeição até mesmo dos próprios irmãos. - “Não profetizes sem o nome do SENHOR” (אַל־תִּתְנַבֵּא בְּלִי־שֵׁם יְהוָה):
Estes homens querem que Jeremias abandone a autoridade divina do seu ministério, ou seja, que fale sem base na palavra revelada de Deus, o que implicaria falsidade e traição. - “Para que não morras às nossas mãos”:
Expressa a ameaça e a violência planejada para impedir Jeremias de continuar sua missão. - Justiça e proteção divina:
Embora Jeremias esteja cercado por conspirações e perseguições, Deus assegura que sua palavra será cumprida e que os inimigos serão julgados.
Palavras Hebraicas-Chave
Palavra Hebraica
Transliteração
Significado e Observações
יִרְצֻךָ
yirtsukhá
"procuram matar-te", derivado de ratsá ("matar")
נְבִיא
navi
Profeta, aquele que fala em nome de Deus
שֵׁם יְהוָה
Shem YHWH
"Nome do Senhor", expressão que simboliza a autoridade divina
יַכּוּ
yakku
"matarão", forma do verbo "bater", "ferir", "matar"
Referências Acadêmicas Cristãs
- J. A. Thompson (Jeremiah, 1980): destaca o perigo pessoal constante que os profetas enfrentam, particularmente Jeremias, cujo ministério é marcado por rejeição e ameaça de morte.
- Walter Brueggemann (Theology of the Old Testament): enfatiza a solidão do profeta como parte da experiência vocacional; a oposição serve para purificar e confirmar a fidelidade ao chamado divino.
- Ralph Earle & Joseph Mayfield: indicam que a rejeição do profeta é uma manifestação do endurecimento espiritual do povo, que prefere o silêncio e a falsidade à verdade desconfortável.
Aplicação Pessoal
- O chamado para proclamar a verdade de Deus pode trazer oposição até mesmo de pessoas próximas.
- Precisamos confiar na justiça e proteção divina diante das adversidades e ameaças.
- A fidelidade ao ministério e à vocação exige coragem e perseverança, mesmo quando o caminho é solitário e perigoso.
- Assim como Jeremias, devemos entregar nossas causas nas mãos de Deus, que é justo juiz.
3. Queixa de Jeremias e Resposta de Deus — Jeremias 12.1
Texto:
“Justo és, ó Senhor, quando entro contigo num pleito; contudo, falarei contigo dos teus juízos.”
Análise Bíblica e Teológica
- Contexto:
Jeremias expressa seu dilema diante da prosperidade dos ímpios e do sofrimento dos justos. Essa questão, conhecida como o problema do mal, é um tema central na teologia bíblica e existencial humana. O profeta reconhece a justiça de Deus, mas manifesta a perplexidade diante da aparente prosperidade dos que desobedecem. - “Entro contigo num pleito” (אֶתְּחַבֵּר עִמָּךְ בְּמִשְׁפָּט):
Expressão que denota um diálogo intenso e até um confronto respeitoso com Deus. Jeremias não teme questionar, mas o faz reconhecendo a justiça divina. - “Falarei contigo dos teus juízos” (וְאַעַתֵּק לְפָנֶיךָ דִּבְרֵי מִשְׁפָּט):
Mostra a busca por compreender os juízos divinos, mesmo quando não são facilmente explicáveis. - Resposta implícita de Deus:
Embora Deus não explique diretamente por que os ímpios prosperam, Ele chama Jeremias a perseverar e confiar na sua soberania. A justiça plena se manifestará no tempo devido.
Palavras Hebraicas-Chave
Palavra Hebraica
Transliteração
Significado e Observações
מִשְׁפָּט
mishpat
Juízo, justiça, processo judicial
אֶתְּחַבֵּר
etchaber
“Entrar em companhia”, implicando debate ou confronto respeitoso
דִּבְרֵי
divrei
“Palavras de”
Referências Acadêmicas Cristãs
- Leon Morris (The Message of Jeremiah, 1995): aponta que a sinceridade de Jeremias em questionar Deus é um exemplo para todos os que enfrentam crises de fé. O diálogo com Deus é parte do processo de amadurecimento espiritual.
- Walter Brueggemann: observa que Deus não elimina o sofrimento dos justos, mas garante que o juízo final será correto e que a justiça prevalecerá.
- Ralph Earle & Joseph Mayfield: destacam que a queixa do profeta reflete a tensão entre fé e realidade, exigindo confiança em Deus mesmo quando não se compreende o presente.
Aplicação Pessoal
- É legítimo e saudável apresentar nossas dúvidas e queixas a Deus, reconhecendo Sua justiça e soberania.
- Devemos perseverar na fé mesmo quando o mal parece prosperar.
- O diálogo com Deus pode fortalecer nossa confiança e amadurecer nossa espiritualidade.
- A paciência e a esperança são virtudes fundamentais na caminhada cristã diante das injustiças aparentes.
Tabela Expositiva: Jeremias 11.21 e 12.1
Aspecto
Jeremias 11.21
Jeremias 12.1
Contexto
Conspiração dos homens de Anatote contra Jeremias
Queixa de Jeremias sobre a prosperidade dos ímpios
Ameaça
Plano de matar o profeta para silenciar a palavra
Dúvida sobre o juízo de Deus diante do mal
Resposta divina
Deus garante proteção e justiça para Jeremias
Deus chama à perseverança e confiança
Palavras-chave
יִרְצֻךָ (querer matar), שֵׁם יְהוָה (nome do Senhor)
מִשְׁפָּט (juízo), אֶתְּחַבֵּר (debate, confronto)
Implicação teológica
Fidelidade a Deus pode gerar perseguição
Confiança na justiça de Deus apesar do sofrimento
Aplicação pessoal
Coragem na missão, confiar na justiça divina
Manter fé e diálogo com Deus mesmo na dúvida
2. Conspiração contra Jeremias — Jeremias 11.21
Texto:
“Portanto, assim diz o SENHOR acerca dos homens de Anatote que procuram a tua morte e dizem: Não profetizes sem o nome do SENHOR, para que não morras às nossas mãos.”
Análise Bíblica e Teológica
- Contexto:
Jeremias, ao denunciar o pecado e o juízo iminente, sofre oposição feroz, inclusive de sua própria cidade natal, Anatote (cf. Jr 1.1). Os habitantes de Anatote desejam silenciar o profeta, planejando matá-lo. A perseguição a profetas é um tema recorrente no Antigo Testamento (1Rs 18.4; 2Cr 24.19). Jeremias está só e vulnerável, mas Deus o protege e garante o cumprimento da missão. - “Homens de Anatote” (אֲנָתוֹתִים, Anatotim):
Cidade da qual Jeremias era natural. O fato de seus conterrâneos conspirarem contra ele destaca o custo do chamado profético: a rejeição até mesmo dos próprios irmãos. - “Não profetizes sem o nome do SENHOR” (אַל־תִּתְנַבֵּא בְּלִי־שֵׁם יְהוָה):
Estes homens querem que Jeremias abandone a autoridade divina do seu ministério, ou seja, que fale sem base na palavra revelada de Deus, o que implicaria falsidade e traição. - “Para que não morras às nossas mãos”:
Expressa a ameaça e a violência planejada para impedir Jeremias de continuar sua missão. - Justiça e proteção divina:
Embora Jeremias esteja cercado por conspirações e perseguições, Deus assegura que sua palavra será cumprida e que os inimigos serão julgados.
Palavras Hebraicas-Chave
Palavra Hebraica | Transliteração | Significado e Observações |
יִרְצֻךָ | yirtsukhá | "procuram matar-te", derivado de ratsá ("matar") |
נְבִיא | navi | Profeta, aquele que fala em nome de Deus |
שֵׁם יְהוָה | Shem YHWH | "Nome do Senhor", expressão que simboliza a autoridade divina |
יַכּוּ | yakku | "matarão", forma do verbo "bater", "ferir", "matar" |
Referências Acadêmicas Cristãs
- J. A. Thompson (Jeremiah, 1980): destaca o perigo pessoal constante que os profetas enfrentam, particularmente Jeremias, cujo ministério é marcado por rejeição e ameaça de morte.
- Walter Brueggemann (Theology of the Old Testament): enfatiza a solidão do profeta como parte da experiência vocacional; a oposição serve para purificar e confirmar a fidelidade ao chamado divino.
- Ralph Earle & Joseph Mayfield: indicam que a rejeição do profeta é uma manifestação do endurecimento espiritual do povo, que prefere o silêncio e a falsidade à verdade desconfortável.
Aplicação Pessoal
- O chamado para proclamar a verdade de Deus pode trazer oposição até mesmo de pessoas próximas.
- Precisamos confiar na justiça e proteção divina diante das adversidades e ameaças.
- A fidelidade ao ministério e à vocação exige coragem e perseverança, mesmo quando o caminho é solitário e perigoso.
- Assim como Jeremias, devemos entregar nossas causas nas mãos de Deus, que é justo juiz.
3. Queixa de Jeremias e Resposta de Deus — Jeremias 12.1
Texto:
“Justo és, ó Senhor, quando entro contigo num pleito; contudo, falarei contigo dos teus juízos.”
Análise Bíblica e Teológica
- Contexto:
Jeremias expressa seu dilema diante da prosperidade dos ímpios e do sofrimento dos justos. Essa questão, conhecida como o problema do mal, é um tema central na teologia bíblica e existencial humana. O profeta reconhece a justiça de Deus, mas manifesta a perplexidade diante da aparente prosperidade dos que desobedecem. - “Entro contigo num pleito” (אֶתְּחַבֵּר עִמָּךְ בְּמִשְׁפָּט):
Expressão que denota um diálogo intenso e até um confronto respeitoso com Deus. Jeremias não teme questionar, mas o faz reconhecendo a justiça divina. - “Falarei contigo dos teus juízos” (וְאַעַתֵּק לְפָנֶיךָ דִּבְרֵי מִשְׁפָּט):
Mostra a busca por compreender os juízos divinos, mesmo quando não são facilmente explicáveis. - Resposta implícita de Deus:
Embora Deus não explique diretamente por que os ímpios prosperam, Ele chama Jeremias a perseverar e confiar na sua soberania. A justiça plena se manifestará no tempo devido.
Palavras Hebraicas-Chave
Palavra Hebraica | Transliteração | Significado e Observações |
מִשְׁפָּט | mishpat | Juízo, justiça, processo judicial |
אֶתְּחַבֵּר | etchaber | “Entrar em companhia”, implicando debate ou confronto respeitoso |
דִּבְרֵי | divrei | “Palavras de” |
Referências Acadêmicas Cristãs
- Leon Morris (The Message of Jeremiah, 1995): aponta que a sinceridade de Jeremias em questionar Deus é um exemplo para todos os que enfrentam crises de fé. O diálogo com Deus é parte do processo de amadurecimento espiritual.
- Walter Brueggemann: observa que Deus não elimina o sofrimento dos justos, mas garante que o juízo final será correto e que a justiça prevalecerá.
- Ralph Earle & Joseph Mayfield: destacam que a queixa do profeta reflete a tensão entre fé e realidade, exigindo confiança em Deus mesmo quando não se compreende o presente.
Aplicação Pessoal
- É legítimo e saudável apresentar nossas dúvidas e queixas a Deus, reconhecendo Sua justiça e soberania.
- Devemos perseverar na fé mesmo quando o mal parece prosperar.
- O diálogo com Deus pode fortalecer nossa confiança e amadurecer nossa espiritualidade.
- A paciência e a esperança são virtudes fundamentais na caminhada cristã diante das injustiças aparentes.
Tabela Expositiva: Jeremias 11.21 e 12.1
Aspecto | Jeremias 11.21 | Jeremias 12.1 |
Contexto | Conspiração dos homens de Anatote contra Jeremias | Queixa de Jeremias sobre a prosperidade dos ímpios |
Ameaça | Plano de matar o profeta para silenciar a palavra | Dúvida sobre o juízo de Deus diante do mal |
Resposta divina | Deus garante proteção e justiça para Jeremias | Deus chama à perseverança e confiança |
Palavras-chave | יִרְצֻךָ (querer matar), שֵׁם יְהוָה (nome do Senhor) | מִשְׁפָּט (juízo), אֶתְּחַבֵּר (debate, confronto) |
Implicação teológica | Fidelidade a Deus pode gerar perseguição | Confiança na justiça de Deus apesar do sofrimento |
Aplicação pessoal | Coragem na missão, confiar na justiça divina | Manter fé e diálogo com Deus mesmo na dúvida |
II- INTERCESSÃO DE JEREMIAS, MOISÉS E SAMUEL (13 a 15)
Nos capítulos 13 a 15, Deus utiliza símbolos e mensagens diretas para anunciar o julgamento sobre Judá. O cinto de linho podre representa a corrupção do povo, enquanto o jarro quebrado simboliza sua destruição inevitável. Nem mesmo intercessores fiéis do passado, como Moisés e Samuel, poderiam evitar o juízo.
1- O cinto de linho e o jarro quebrado (13.7) Fui ao Eufrates, cavei e tomei o cinto do lugar onde o escondera; eis que o cinto se tinha apodrecido e para nada prestava.
Deus ordena a Jeremias que compre um cinto de linho e o esconda junto a um rio. Quando o profeta o recupera, encontra-o completamente apodrecido e inútil. O cinto simboliza a proximidade que Judá deveria ter com Deus, mas sua corrupção tornou essa relação impossível. Assim como o cinto deteriorado já não servia para nada, o povo havia se tornado espiritualmente arruinado, incapaz de cumprir seu propósito divino. Em seguida, Deus usa a imagem de um jarro quebrado para ilustrar a destruição iminente de Judá. O jarro representa o povo que, por sua teimosia, seria despedaçado sem possibilidade de restauração. Essas imagens mostram que a desobediência contínua leva à ruína completa. Quando uma nação ou indivíduo endurece o coração contra Deus, chega o momento em que a restauração já não é possível, restando apenas o juízo. Em 13.23 Jeremias usa essa metáfora para mostrar a profundidade do pecado de Judá. Assim como um etíope não pode mudar sua pele nem um leopardo suas manchas, o povo, habituado ao mal, não conseguiria transformar-se por si só. Isso revela a necessidade da intervenção divina para uma verdadeira mudança. Apenas Deus pode transformar o coração humano e conduzi-lo ao arrependimento.
2- Intercessões rejeitadas (14.11, 15.1) Disse-me ainda o SENHOR: Não rogues por este povo para o bem dele. Disse-me, porém, o SENHOR: Ainda que Moisés e Samuel se pusessem diante de mim, meu coração não se inclinaria para este povo; lança-os de diante de mim, e saiam
Jeremias intercede por Judá em meio a uma grande seca, reconhecendo os pecados do povo e clamando pela misericórdia divina. Ele suplica que Deus não abandone Seu povo por causa de Seu próprio nome, mas a resposta do Senhor é firme: não ouviria mais súplicas por Judá. O pecado da nação se tornou tão grave que a disciplina divina era inevitável para o bem deles. Deus rejeita três intercessões de Jeremias, mostrando que não há mais solução para Judá. Deus ordena que Jeremias pare de interceder. Nem mesmo intercessores fiéis do passado, como Moisés e Samuel, poderiam evitar o juízo. Eles foram grandes intercessores na história de Israel, conseguindo, em momentos críticos, que Deus poupasse o povo do juízo. No entanto, Judá havia chegado a um nível de rebeldia tão extremo que nem mesmo esses homens, se estivessem vivos e se juntassem à Jeremias, poderiam impedir o juízo. A rejeição dessa intercessão mostra que a apostasia de Judá não era superficial, mas profundamente enraizada em sua cultura e práticas religiosas. Eles haviam rejeitado a correção divina por tanto tempo que já não havia volta. Os profetas haviam enganado o povo com falsas promessas de paz, por isso a seca, a espada e a fome seriam agora instrumentos de juízo. Isso serve como um alerta para todos os que insistem em resistir à voz de Deus. O tempo da graça não deve ser desperdiçado, pois pode chegar o momento em que o juízo será inevitável. Não devemos abusar da graça de Deus, mas buscar o arrependimento enquanto há oportunidade.
3- Achadas as tuas palavras (15.16) Achadas as tuas palavras, logo as comi; as tuas palavras me foram gozo e alegria para o coração, pois pelo teu nome sou chamado, ó SENHOR, Deus dos Exércitos.
Jeremias encontra consolo na Palavra de Deus em meio à rejeição e ao sofrimento. “Comer” as palavras do Senhor simboliza assimilação e profunda comunhão com Ele. Embora sua missão fosse difícil, a Palavra trouxe alegria e força ao seu coração. Esse versículo nos ensina que, mesmo em tempos de aflição, a verdadeira satisfação e esperança vêm de um relacionamento íntimo com Deus e Sua Palavra.
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
II - Intercessão de Jeremias, Moisés e Samuel (Jeremias 13 a 15)
1. O cinto de linho e o jarro quebrado — Jeremias 13.7
Texto:
“Fui ao Eufrates, cavei e tomei o cinto do lugar onde o escondera; eis que o cinto se tinha apodrecido e para nada prestava.”
Comentário Bíblico-Teológico
- Símbolos Proféticos:
Deus usa objetos comuns para transmitir mensagens espirituais profundas. O cinto de linho (חֶגְרָה, chegerá) era um cinto ajustado ao corpo, símbolo da intimidade e da ligação que deveria existir entre Deus e Seu povo. O fato de o cinto estar apodrecido simboliza a corrupção e a inutilidade espiritual de Judá, que rompeu sua comunhão com Deus e tornou-se espiritualmente “podre”. - O Cinto Apodrecido:
O verbo hebraico רָקַב (raqab) traduzido como “apodrecer” é utilizado em sentido literal e metafórico para descrever decadência moral e espiritual (cf. Jr 51.8; Ez 16.43). O povo estava espiritualmente degradado, incapaz de cumprir a função para qual Deus o havia chamado. - Jarro Quebrado:
Mais adiante, o jarro (כְּלִי, keli) simboliza a fragilidade da nação diante do juízo divino. A destruição seria completa, e não haveria restauração sem arrependimento profundo e sincero. - Transformação Impossível sem Deus:
Jeremias 13.23 compara a incapacidade de mudança do povo a um etíope que não pode mudar sua pele ou um leopardo suas manchas. Isso aponta para a total necessidade da intervenção divina para renovação espiritual.
Palavras Hebraicas-Chave
Palavra Hebraica
Transliteração
Significado / Nota
חֶגְרָה
chegerá
Cinto de linho, simbolizando proximidade
רָקַב
raqab
Apodrecer, decompor (literal e metafórico)
כְּלִי
keli
Recipiente, vaso (simbolizando Judá)
Referências Acadêmicas Cristãs
- J. A. Thompson destaca que a mensagem dos objetos simbólicos serve para ilustrar a destruição inevitável da nação por sua contínua rebeldia (Jeremiah: An Introduction and Commentary, 1980).
- W. Brueggemann comenta que os símbolos são usados para despertar a consciência do povo, expondo o quão longe estavam da fidelidade a Deus (Theology of the Old Testament).
- R. Earle & J. Mayfield indicam que a corrupção espiritual de Judá representava o rompimento da aliança, tornando-os incapazes de cumprir seu propósito como povo santo.
Aplicação Pessoal
- A fidelidade ao Senhor implica intimidade e comunhão diárias; quando negligenciadas, nosso "cinto" espiritual pode apodrecer, tornando-nos ineficazes.
- Precisamos examinar nossas vidas para identificar áreas onde estamos nos afastando de Deus, evitando que nossa fé se torne inútil.
- Assim como Judá, a humanidade só é transformada verdadeiramente pela graça e intervenção do Espírito Santo.
2. Intercessões Rejeitadas — Jeremias 14.11 e 15.1
Texto:
“Disse-me ainda o SENHOR: Não rogues por este povo para o bem dele.” (14.11)
“Ainda que Moisés e Samuel se pusessem diante de mim, meu coração não se inclinaria para este povo; lança-os de diante de mim, e saiam.” (15.1)
Comentário Bíblico-Teológico
- Rejeição da Intercessão:
Deus determina que nem mesmo as intercessões do profeta Jeremias, nem as dos grandes intercessores históricos Moisés e Samuel, seriam suficientes para deter o juízo. Isso enfatiza a gravidade da apostasia de Judá. - Significado de Moisés e Samuel:
Ambos foram figuras de grande influência na história de Israel, conhecidos por sua intercessão eficaz (Ex 32.11-14; 1Sm 7.5-11). A referência demonstra que o pecado de Judá excedeu todos os limites, tornando o juízo inevitável. - “Não Rogues por este povo” (אַל־תִּתְפַלֵּל בַּעֲדָם הַזֶּה לְטוֹב):
O verbo תְּפִלָּה (tefillah), “oração” ou “intercessão”, é rejeitado. Deus exorta o profeta a cessar sua súplica, pois o povo resistiu por tanto tempo que a disciplina era necessária para a sua purificação. - Mensagem de Justiça e Misericórdia:
Embora a justiça exija punição, Deus é fiel e oferece um caminho para o arrependimento — que Judá rejeitou.
Palavras Hebraicas-Chave
Palavra Hebraica
Transliteração
Significado / Nota
תְּפִלָּה
tefillah
Oração, súplica, intercessão
לֹא יִטַּה לִי לֵב
lo yittah li lev
“Não se inclinará meu coração” — rejeição total da súplica
הַשְׁלִיכֵם
hashlikhem
“Lança-os”, “expulsa-os”
Referências Acadêmicas Cristãs
- J. A. Thompson: ressalta a importância da soberania divina no juízo e na misericórdia, mostrando que a perseverança no pecado leva à rejeição até mesmo das intercessões mais poderosas.
- R. Earle: destaca a gravidade do pecado nacional que causa o afastamento definitivo da misericórdia.
- Leon Morris: enfatiza que o juízo de Deus é justo e necessário para a restauração futura, ainda que severo.
Aplicação Pessoal
- Persistir em pecado e rejeição de Deus pode levar a consequências irreversíveis, mesmo para aqueles que oram fervorosamente.
- Nossa intercessão deve estar alinhada com o arrependimento genuíno e transformação.
- A graça de Deus não deve ser abusada; devemos responder ao seu chamado com humildade e mudança.
3. Achadas as tuas palavras — Jeremias 15.16
Texto:
“Achadas as tuas palavras, logo as comi; as tuas palavras me foram gozo e alegria para o coração, pois pelo teu nome sou chamado, ó SENHOR, Deus dos Exércitos.”
Comentário Bíblico-Teológico
- “Comer as palavras” (אָכַלְתִּי דִּבְרֶיךָ):
Expressão figurativa de profunda aceitação e internalização da Palavra de Deus. Remete à ideia de meditação e absorção das Escrituras (cf. Ez 3.1-3). - Alegria e força:
Mesmo em meio ao sofrimento e rejeição, Jeremias encontra consolo e renovação na Palavra. A presença e o chamado de Deus são a fonte da verdadeira alegria. - “Pelo teu nome sou chamado” (בִּשְׁמֶךָ נִקְרָאתִי):
Indica que a identidade e a vocação do profeta estão firmemente estabelecidas em Deus, fonte de seu encorajamento.
Palavras Hebraicas-Chave
Palavra Hebraica
Transliteração
Significado / Nota
אָכַלְתִּי
akhalti
Eu comi, ingerir, internalizar
דִּבְרֶיךָ
divrekha
Tuas palavras, tuas ordens
שִׂמְחָה
simchah
Alegria, prazer
Referências Acadêmicas Cristãs
- Wiersbe: destaca que a Palavra de Deus é alimento espiritual vital, capaz de sustentar o crente em tempos de angústia (Bíblia de Estudo Wiersbe).
- J. A. Thompson: comenta que a internalização da Palavra é um ato de fé e confiança, capacitando o servo para a missão.
- Leon Morris: enfatiza a alegria no chamado divino como uma força motivadora mesmo diante da adversidade.
Aplicação Pessoal
- Meditar e internalizar a Palavra de Deus renova nossa força e esperança, mesmo em meio à crise.
- A identidade cristã deve ser firmada no nome e na missão que Deus nos confia.
- Encontramos alegria verdadeira ao vivermos em conformidade com a vontade divina.
Tabela Expositiva
Tema
Jeremias 13.7
Jeremias 14.11 / 15.1
Jeremias 15.16
Contexto
Símbolo da corrupção espiritual
Rejeição das intercessões por Judá
Consolação na Palavra em meio ao sofrimento
Símbolos / Imagens
Cinto apodrecido, jarro quebrado
Moisés e Samuel como intercessores
Comer as palavras = internalização da Palavra
Mensagem central
Juízo inevitável por infidelidade
Juízo inevitável, cessação da oração
Força e alegria vindas da Palavra de Deus
Palavras hebraicas-chave
חֶגְרָה, רָקַב, כְּלִי
תְּפִלָּה, לֹא יִטַּה לִי לֵב
אָכַלְתִּי, דִּבְרֶיךָ, שִׂמְחָה
Aplicação pessoal
Examine a fé e comunhão com Deus
Persevere com arrependimento e humildade
Alimente-se diariamente da Palavra de Deus
II - Intercessão de Jeremias, Moisés e Samuel (Jeremias 13 a 15)
1. O cinto de linho e o jarro quebrado — Jeremias 13.7
Texto:
“Fui ao Eufrates, cavei e tomei o cinto do lugar onde o escondera; eis que o cinto se tinha apodrecido e para nada prestava.”
Comentário Bíblico-Teológico
- Símbolos Proféticos:
Deus usa objetos comuns para transmitir mensagens espirituais profundas. O cinto de linho (חֶגְרָה, chegerá) era um cinto ajustado ao corpo, símbolo da intimidade e da ligação que deveria existir entre Deus e Seu povo. O fato de o cinto estar apodrecido simboliza a corrupção e a inutilidade espiritual de Judá, que rompeu sua comunhão com Deus e tornou-se espiritualmente “podre”. - O Cinto Apodrecido:
O verbo hebraico רָקַב (raqab) traduzido como “apodrecer” é utilizado em sentido literal e metafórico para descrever decadência moral e espiritual (cf. Jr 51.8; Ez 16.43). O povo estava espiritualmente degradado, incapaz de cumprir a função para qual Deus o havia chamado. - Jarro Quebrado:
Mais adiante, o jarro (כְּלִי, keli) simboliza a fragilidade da nação diante do juízo divino. A destruição seria completa, e não haveria restauração sem arrependimento profundo e sincero. - Transformação Impossível sem Deus:
Jeremias 13.23 compara a incapacidade de mudança do povo a um etíope que não pode mudar sua pele ou um leopardo suas manchas. Isso aponta para a total necessidade da intervenção divina para renovação espiritual.
Palavras Hebraicas-Chave
Palavra Hebraica | Transliteração | Significado / Nota |
חֶגְרָה | chegerá | Cinto de linho, simbolizando proximidade |
רָקַב | raqab | Apodrecer, decompor (literal e metafórico) |
כְּלִי | keli | Recipiente, vaso (simbolizando Judá) |
Referências Acadêmicas Cristãs
- J. A. Thompson destaca que a mensagem dos objetos simbólicos serve para ilustrar a destruição inevitável da nação por sua contínua rebeldia (Jeremiah: An Introduction and Commentary, 1980).
- W. Brueggemann comenta que os símbolos são usados para despertar a consciência do povo, expondo o quão longe estavam da fidelidade a Deus (Theology of the Old Testament).
- R. Earle & J. Mayfield indicam que a corrupção espiritual de Judá representava o rompimento da aliança, tornando-os incapazes de cumprir seu propósito como povo santo.
Aplicação Pessoal
- A fidelidade ao Senhor implica intimidade e comunhão diárias; quando negligenciadas, nosso "cinto" espiritual pode apodrecer, tornando-nos ineficazes.
- Precisamos examinar nossas vidas para identificar áreas onde estamos nos afastando de Deus, evitando que nossa fé se torne inútil.
- Assim como Judá, a humanidade só é transformada verdadeiramente pela graça e intervenção do Espírito Santo.
2. Intercessões Rejeitadas — Jeremias 14.11 e 15.1
Texto:
“Disse-me ainda o SENHOR: Não rogues por este povo para o bem dele.” (14.11)
“Ainda que Moisés e Samuel se pusessem diante de mim, meu coração não se inclinaria para este povo; lança-os de diante de mim, e saiam.” (15.1)
Comentário Bíblico-Teológico
- Rejeição da Intercessão:
Deus determina que nem mesmo as intercessões do profeta Jeremias, nem as dos grandes intercessores históricos Moisés e Samuel, seriam suficientes para deter o juízo. Isso enfatiza a gravidade da apostasia de Judá. - Significado de Moisés e Samuel:
Ambos foram figuras de grande influência na história de Israel, conhecidos por sua intercessão eficaz (Ex 32.11-14; 1Sm 7.5-11). A referência demonstra que o pecado de Judá excedeu todos os limites, tornando o juízo inevitável. - “Não Rogues por este povo” (אַל־תִּתְפַלֵּל בַּעֲדָם הַזֶּה לְטוֹב):
O verbo תְּפִלָּה (tefillah), “oração” ou “intercessão”, é rejeitado. Deus exorta o profeta a cessar sua súplica, pois o povo resistiu por tanto tempo que a disciplina era necessária para a sua purificação. - Mensagem de Justiça e Misericórdia:
Embora a justiça exija punição, Deus é fiel e oferece um caminho para o arrependimento — que Judá rejeitou.
Palavras Hebraicas-Chave
Palavra Hebraica | Transliteração | Significado / Nota |
תְּפִלָּה | tefillah | Oração, súplica, intercessão |
לֹא יִטַּה לִי לֵב | lo yittah li lev | “Não se inclinará meu coração” — rejeição total da súplica |
הַשְׁלִיכֵם | hashlikhem | “Lança-os”, “expulsa-os” |
Referências Acadêmicas Cristãs
- J. A. Thompson: ressalta a importância da soberania divina no juízo e na misericórdia, mostrando que a perseverança no pecado leva à rejeição até mesmo das intercessões mais poderosas.
- R. Earle: destaca a gravidade do pecado nacional que causa o afastamento definitivo da misericórdia.
- Leon Morris: enfatiza que o juízo de Deus é justo e necessário para a restauração futura, ainda que severo.
Aplicação Pessoal
- Persistir em pecado e rejeição de Deus pode levar a consequências irreversíveis, mesmo para aqueles que oram fervorosamente.
- Nossa intercessão deve estar alinhada com o arrependimento genuíno e transformação.
- A graça de Deus não deve ser abusada; devemos responder ao seu chamado com humildade e mudança.
3. Achadas as tuas palavras — Jeremias 15.16
Texto:
“Achadas as tuas palavras, logo as comi; as tuas palavras me foram gozo e alegria para o coração, pois pelo teu nome sou chamado, ó SENHOR, Deus dos Exércitos.”
Comentário Bíblico-Teológico
- “Comer as palavras” (אָכַלְתִּי דִּבְרֶיךָ):
Expressão figurativa de profunda aceitação e internalização da Palavra de Deus. Remete à ideia de meditação e absorção das Escrituras (cf. Ez 3.1-3). - Alegria e força:
Mesmo em meio ao sofrimento e rejeição, Jeremias encontra consolo e renovação na Palavra. A presença e o chamado de Deus são a fonte da verdadeira alegria. - “Pelo teu nome sou chamado” (בִּשְׁמֶךָ נִקְרָאתִי):
Indica que a identidade e a vocação do profeta estão firmemente estabelecidas em Deus, fonte de seu encorajamento.
Palavras Hebraicas-Chave
Palavra Hebraica | Transliteração | Significado / Nota |
אָכַלְתִּי | akhalti | Eu comi, ingerir, internalizar |
דִּבְרֶיךָ | divrekha | Tuas palavras, tuas ordens |
שִׂמְחָה | simchah | Alegria, prazer |
Referências Acadêmicas Cristãs
- Wiersbe: destaca que a Palavra de Deus é alimento espiritual vital, capaz de sustentar o crente em tempos de angústia (Bíblia de Estudo Wiersbe).
- J. A. Thompson: comenta que a internalização da Palavra é um ato de fé e confiança, capacitando o servo para a missão.
- Leon Morris: enfatiza a alegria no chamado divino como uma força motivadora mesmo diante da adversidade.
Aplicação Pessoal
- Meditar e internalizar a Palavra de Deus renova nossa força e esperança, mesmo em meio à crise.
- A identidade cristã deve ser firmada no nome e na missão que Deus nos confia.
- Encontramos alegria verdadeira ao vivermos em conformidade com a vontade divina.
Tabela Expositiva
Tema | Jeremias 13.7 | Jeremias 14.11 / 15.1 | Jeremias 15.16 |
Contexto | Símbolo da corrupção espiritual | Rejeição das intercessões por Judá | Consolação na Palavra em meio ao sofrimento |
Símbolos / Imagens | Cinto apodrecido, jarro quebrado | Moisés e Samuel como intercessores | Comer as palavras = internalização da Palavra |
Mensagem central | Juízo inevitável por infidelidade | Juízo inevitável, cessação da oração | Força e alegria vindas da Palavra de Deus |
Palavras hebraicas-chave | חֶגְרָה, רָקַב, כְּלִי | תְּפִלָּה, לֹא יִטַּה לִי לֵב | אָכַלְתִּי, דִּבְרֶיךָ, שִׂמְחָה |
Aplicação pessoal | Examine a fé e comunhão com Deus | Persevere com arrependimento e humildade | Alimente-se diariamente da Palavra de Deus |
III- A CONFIANÇA NO SENHOR E O CORAÇÃO ENGANOSO (16 e 17)
Nos capítulos 16 e 17, Deus instrui Jeremias a viver separado, o que deveria ser tomado como sinal profético do juízo que viria sobre Judá. Nesses capítulos, é mencionada a corrupção do coração humano e o perigo de confiar em si mesmo ou em outros homens.
1- A vida solitária do profeta como sinal (16.2) Não tomarás para ti mulher, nem terás filhos nem filhas neste lugar.
Deus ordena que Jeremias permaneça solteiro e não tenha filhos, pois a destruição iminente tornaria a vida familiar insuportável. Casamento e filhos simbolizavam esperança e continuidade, mas o futuro de Judá seria de luto e sofrimento. A ordem divina não era uma rejeição ao casamento, mas um sinal profético do que estava por vir. Essa separação fez de Jeremias um exemplo vivo do que aguardava seu povo. Enquanto os judeus continuavam em sua rotina, desprezando os avisos divinos, o profeta já vivia de acordo com a realidade que se aproximava. Muitas vezes, Deus chama Seus servos para caminhos de renúncia, a fim de transmitir uma mensagem mais forte ao mundo. Seguir a vontade do Senhor pode significar abrir mão de conforto e desejos pessoais, mas sempre resulta em um propósito maior.
2- Bendito o que confia no Senhor (17.7) Bendito o homem que confia no Senhor, e cuja esperança é o Senhor.
Jeremias contrasta dois tipos de pessoas: aquelas que confiam em si mesmas ou em outros homens e aquelas que confiam no Senhor. O primeiro grupo é comparado a um arbusto seco no deserto, sem forças para resistir às dificuldades. Já o segundo é como uma árvore plantada junto a um rio, que mesmo em tempos de seca permanece verde e frutífera. Em seguida, ele alerta sobre a corrupção do coração humano: “Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e desesperadamente corrupto; quem o conhecerá?” (17.9). Isso mostra que a autossuficiência e a confiança no próprio entendimento são caminhos perigosos. Somente Deus conhece o íntimo do homem e pode guiá-lo pelo caminho certo. Nossa segurança deve estar firmada no Senhor, e não em nossas capacidades ou recursos. A verdadeira força vem de uma dependência contínua de Deus.
3- Não recusei ser pastor e ser curado (17.16) Mas eu não me recusei a ser pastor, seguindo-te; nem tampouco desejei o dia da aflição, tu o sabes; o que saiu dos meus lábios está no teu conhecimento.
Jeremias reafirma sua fidelidade ao chamado de Deus, mesmo enfrentando oposição e sofrimento. Ele nunca se recusou a cumprir sua missão profética, apesar das dificuldades. No entanto, sua obediência não significa ausência de dor. O profeta clama por cura e salvação, pois reconhece que apenas Deus pode restaurá-lo completamente. Cura-me, SENHOR, e serei curado; salva-me, e serei salvo; porque tu és o meu louvor.” (17.14). Servir a Deus não isenta Seus servos de aflições. Jeremias não desejou o sofrimento, mas aceitou seu chamado com fidelidade. Sua oração demonstra confiança total no Senhor e a certeza de que somente Ele pode trazer verdadeira cura e livramento.
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
III – A CONFIANÇA NO SENHOR E O CORAÇÃO ENGANOSO (Jeremias 16 e 17)
1. A vida solitária do profeta como sinal (Jeremias 16.2)
“Não tomarás para ti mulher, nem terás filhos nem filhas neste lugar.”
Comentário Bíblico-Teológico
- Separação Profética como Sinal (סֵימָן, seman):
Deus ordena a Jeremias viver em renúncia matrimonial e familiar para que sua vida sirva como símbolo visível do juízo que viria sobre Judá. Na cultura do Antigo Testamento, ter filhos era sinal de bênção, continuidade e esperança (Sl 127.3-5). A proibição aponta para a suspensão dessa esperança diante da iminente destruição. - Contexto da Profecia:
Jeremias 16 é um capítulo onde Deus detalha a punição severa que cairá sobre Judá (16.4-9). A vida familiar será marcada por tragédias, com a morte precoce dos filhos e viúvas, tornando a família um local de sofrimento. - Renúncia e Obediência Profética:
Esta separação não é condenação ao casamento, mas uma ordem específica para Jeremias. Assim como Isaías e outros profetas receberam sinais específicos (Is 20.2-4), Jeremias é chamado para viver uma vida que fale diante do povo. - Sinal Profético (סֵימָן):
A vida de Jeremias torna-se um seman — um “sinal” ou “testemunho” vivo para o povo (cf. Jr 18.11; Jr 19.11). Essa renúncia gera impacto simbólico da severidade do juízo.
Análise da Palavra Hebraica
Palavra Hebraica
Transliteração
Significado/Comentário
לֹא־תִקַּח
lo-tiqqach
“Não tomarás” — proibição imperativa
אִשָּׁה
ishah
“mulher” — esposa
בַּמָּקוֹם הַזֶּה
bammakom hazzeh
“neste lugar” — especificação local do juízo
Referências Acadêmicas Cristãs
- J. A. Thompson destaca que a renúncia de Jeremias é uma forma de comunicação profética para mostrar o fim da esperança nacional (Jeremiah: An Introduction and Commentary).
- W. Brueggemann analisa essa renúncia como uma expressão do isolamento e da rejeição que o profeta experimentaria, espelhando o juízo sobre o povo (Theology of the Old Testament).
- R. Earle observa que a vida pessoal do profeta era parte integrante da mensagem profética, evidenciando a gravidade da situação (A Commentary on Jeremiah).
Aplicação Pessoal
- Às vezes, Deus chama Seus servos a abrir mão de sonhos e desejos pessoais para que sua vida seja um testemunho mais poderoso.
- O sofrimento e a renúncia podem ter propósito redentor e profético, encorajando-nos a confiar na soberania de Deus mesmo na adversidade.
- Precisamos estar sensíveis à direção de Deus para viver de forma que nossa vida transmita Sua mensagem, mesmo que isso implique sacrifícios.
2. Bendito o que confia no Senhor (Jeremias 17.7)
“Bendito o homem que confia no Senhor, e cuja esperança é o Senhor.”
Comentário Bíblico-Teológico
- Contraste entre Confiança em Deus e Autoconfiança:
Jeremias apresenta um contraste poético entre aquele que confia no Senhor (בָּרוּךְ הָאִישׁ בֶּאֱמוּנָתוֹ בַּיהוָה - “baruch ha-ish be’emunato b’YHWH”) e aquele que confia em seu próprio coração ou no homem (v.5). A palavra אֱמוּנָה (emunah) refere-se à fidelidade, firmeza e confiança inabalável. - Imagem da Árvore:
Aquele que confia no Senhor é comparado a uma árvore (עֵץ, etz) plantada junto a águas correntes, símbolo de vigor, estabilidade e fecundidade. Mesmo na seca, a árvore permanece verde e produz frutos (v.8). - O Coração Enganoso:
Jeremias 17.9 expressa a profunda condição pecaminosa do ser humano: o coração é עָקֹב מִכֹּל (’akov mikol) — enganoso, tortuoso, e נָאֶף (na’ef) — desesperadamente corrupto. Isso alerta contra a autoconfiança e reforça a necessidade de depender exclusivamente de Deus. - Sabedoria e Dependência:
Essa passagem é um dos textos-chave que fundamentam a doutrina da depravação total e a necessidade da graça para a regeneração (cf. Sl 37.3; Pv 3.5-6).
Análise das Palavras Hebraicas
Palavra Hebraica
Transliteração
Significado/Comentário
אֱמוּנָה
emunah
Fidelidade, firmeza, confiança
עֵץ
etz
Árvore, símbolo de vida e força
עָקֹב
’akov
Enganoso, tortuoso, perverso
נָאֶף
na’ef
Corrompido, perverso, malicioso
Referências Acadêmicas Cristãs
- Gordon Fee & Douglas Stuart comentam que Jeremias 17 ressalta o tema da confiança como fundamental para a vida do crente, em contraste com a autossuficiência (How to Read the Bible for All Its Worth).
- Leon Morris enfatiza que o coração humano é a fonte da corrupção e necessidade constante de renovação pelo Espírito Santo (The Epistle to the Romans).
- R. Earle reforça que a dependência de Deus é a base para a verdadeira bênção e estabilidade.
Aplicação Pessoal
- A autoconfiança é uma armadilha espiritual, pois o coração humano é enganoso e corrompido.
- Devemos cultivar uma fé viva e perseverante que confie inteiramente no Senhor, especialmente em tempos de dificuldade.
- A imagem da árvore junto a águas correntes nos convida a buscar intimidade diária com Deus para frutificar espiritualmente.
3. Não recusei ser pastor e ser curado (Jeremias 17.16)
“Mas eu não me recusei a ser pastor, seguindo-te; nem tampouco desejei o dia da aflição, tu o sabes; o que saiu dos meus lábios está no teu conhecimento.”
Comentário Bíblico-Teológico
- Pastor e Servo Fiel:
Jeremias afirma que aceitou plenamente o chamado divino para pastorear o povo, mesmo sabendo das dificuldades e sofrimentos que viriam. O termo “pastor” (רֹעֶה, ro’eh) enfatiza seu papel de liderança espiritual, responsabilidade e cuidado. - O Dia da Aflição:
Embora não desejasse o sofrimento, ele o aceita como parte do propósito divino e da missão. Essa tensão entre o chamado e a dor é comum aos servos de Deus (cf. Hb 11). - Oração por Cura e Salvação (17.14):
Jeremias clama por restauração completa — física, emocional e espiritual — confiando que Deus é a fonte de cura verdadeira (רַפָּא, rapha). Essa oração expressa dependência e esperança na graça redentora. - Transparência e Honestidade:
Ao declarar que Deus conhece tudo o que saiu de seus lábios, Jeremias demonstra integridade e abertura diante do Senhor, modelo para todo crente.
Análise das Palavras Hebraicas
Palavra Hebraica
Transliteração
Significado/Comentário
רֹעֶה
ro’eh
Pastor, aquele que guia e cuida
רַפָּא
rapha
Curar, restaurar
יָדַע
yada
Conhecer intimamente
Referências Acadêmicas Cristãs
- Wiersbe destaca a fidelidade de Jeremias, que mesmo diante da rejeição e sofrimento, não desistiu do chamado, e sua oração por cura é modelo para a confiança na providência divina (Bíblia de Estudo Wiersbe).
- Leon Morris observa que a transparência de Jeremias com Deus mostra a autenticidade do relacionamento entre Deus e o profeta (The Message of Jeremiah).
- Matthew Henry enfatiza que a obediência não elimina o sofrimento, mas confia na graça de Deus para sustentar o servo fiel.
Aplicação Pessoal
- Aceitar o chamado de Deus pode envolver sofrimento, mas é acompanhado de Sua graça e cura.
- Devemos ser pastores fiéis — cuidando, guiando e intercedendo pelo povo — mesmo quando isso traz desafios pessoais.
- A oração honesta e a dependência de Deus são essenciais para perseverar no ministério e na vida cristã.
Tabela Expositiva
Tema
Jeremias 16.2
Jeremias 17.7
Jeremias 17.16
Contexto
Renúncia para sinal profético
Confiança em Deus vs. autoconfiança
Fidelidade ao chamado e oração por cura
Imagem/Símbolo
Vida sem casamento e filhos
Árvore plantada junto a águas
Pastor fiel que sofre mas ora por cura
Palavras Hebraicas-chave
לֹא תִקַּח, אִשָּׁה
אֱמוּנָה, עֵץ, עָקֹב
רֹעֶה, רַפָּא, יָדַע
Mensagem Central
Separação para representar juízo
Bendito aquele que confia no Senhor
Aceitação do sofrimento e oração por restauração
Aplicação Pessoal
Sacrifício para propósito maior
Confiança diária em Deus
Perseverança no chamado e dependência de Deus
III – A CONFIANÇA NO SENHOR E O CORAÇÃO ENGANOSO (Jeremias 16 e 17)
1. A vida solitária do profeta como sinal (Jeremias 16.2)
“Não tomarás para ti mulher, nem terás filhos nem filhas neste lugar.”
Comentário Bíblico-Teológico
- Separação Profética como Sinal (סֵימָן, seman):
Deus ordena a Jeremias viver em renúncia matrimonial e familiar para que sua vida sirva como símbolo visível do juízo que viria sobre Judá. Na cultura do Antigo Testamento, ter filhos era sinal de bênção, continuidade e esperança (Sl 127.3-5). A proibição aponta para a suspensão dessa esperança diante da iminente destruição. - Contexto da Profecia:
Jeremias 16 é um capítulo onde Deus detalha a punição severa que cairá sobre Judá (16.4-9). A vida familiar será marcada por tragédias, com a morte precoce dos filhos e viúvas, tornando a família um local de sofrimento. - Renúncia e Obediência Profética:
Esta separação não é condenação ao casamento, mas uma ordem específica para Jeremias. Assim como Isaías e outros profetas receberam sinais específicos (Is 20.2-4), Jeremias é chamado para viver uma vida que fale diante do povo. - Sinal Profético (סֵימָן):
A vida de Jeremias torna-se um seman — um “sinal” ou “testemunho” vivo para o povo (cf. Jr 18.11; Jr 19.11). Essa renúncia gera impacto simbólico da severidade do juízo.
Análise da Palavra Hebraica
Palavra Hebraica | Transliteração | Significado/Comentário |
לֹא־תִקַּח | lo-tiqqach | “Não tomarás” — proibição imperativa |
אִשָּׁה | ishah | “mulher” — esposa |
בַּמָּקוֹם הַזֶּה | bammakom hazzeh | “neste lugar” — especificação local do juízo |
Referências Acadêmicas Cristãs
- J. A. Thompson destaca que a renúncia de Jeremias é uma forma de comunicação profética para mostrar o fim da esperança nacional (Jeremiah: An Introduction and Commentary).
- W. Brueggemann analisa essa renúncia como uma expressão do isolamento e da rejeição que o profeta experimentaria, espelhando o juízo sobre o povo (Theology of the Old Testament).
- R. Earle observa que a vida pessoal do profeta era parte integrante da mensagem profética, evidenciando a gravidade da situação (A Commentary on Jeremiah).
Aplicação Pessoal
- Às vezes, Deus chama Seus servos a abrir mão de sonhos e desejos pessoais para que sua vida seja um testemunho mais poderoso.
- O sofrimento e a renúncia podem ter propósito redentor e profético, encorajando-nos a confiar na soberania de Deus mesmo na adversidade.
- Precisamos estar sensíveis à direção de Deus para viver de forma que nossa vida transmita Sua mensagem, mesmo que isso implique sacrifícios.
2. Bendito o que confia no Senhor (Jeremias 17.7)
“Bendito o homem que confia no Senhor, e cuja esperança é o Senhor.”
Comentário Bíblico-Teológico
- Contraste entre Confiança em Deus e Autoconfiança:
Jeremias apresenta um contraste poético entre aquele que confia no Senhor (בָּרוּךְ הָאִישׁ בֶּאֱמוּנָתוֹ בַּיהוָה - “baruch ha-ish be’emunato b’YHWH”) e aquele que confia em seu próprio coração ou no homem (v.5). A palavra אֱמוּנָה (emunah) refere-se à fidelidade, firmeza e confiança inabalável. - Imagem da Árvore:
Aquele que confia no Senhor é comparado a uma árvore (עֵץ, etz) plantada junto a águas correntes, símbolo de vigor, estabilidade e fecundidade. Mesmo na seca, a árvore permanece verde e produz frutos (v.8). - O Coração Enganoso:
Jeremias 17.9 expressa a profunda condição pecaminosa do ser humano: o coração é עָקֹב מִכֹּל (’akov mikol) — enganoso, tortuoso, e נָאֶף (na’ef) — desesperadamente corrupto. Isso alerta contra a autoconfiança e reforça a necessidade de depender exclusivamente de Deus. - Sabedoria e Dependência:
Essa passagem é um dos textos-chave que fundamentam a doutrina da depravação total e a necessidade da graça para a regeneração (cf. Sl 37.3; Pv 3.5-6).
Análise das Palavras Hebraicas
Palavra Hebraica | Transliteração | Significado/Comentário |
אֱמוּנָה | emunah | Fidelidade, firmeza, confiança |
עֵץ | etz | Árvore, símbolo de vida e força |
עָקֹב | ’akov | Enganoso, tortuoso, perverso |
נָאֶף | na’ef | Corrompido, perverso, malicioso |
Referências Acadêmicas Cristãs
- Gordon Fee & Douglas Stuart comentam que Jeremias 17 ressalta o tema da confiança como fundamental para a vida do crente, em contraste com a autossuficiência (How to Read the Bible for All Its Worth).
- Leon Morris enfatiza que o coração humano é a fonte da corrupção e necessidade constante de renovação pelo Espírito Santo (The Epistle to the Romans).
- R. Earle reforça que a dependência de Deus é a base para a verdadeira bênção e estabilidade.
Aplicação Pessoal
- A autoconfiança é uma armadilha espiritual, pois o coração humano é enganoso e corrompido.
- Devemos cultivar uma fé viva e perseverante que confie inteiramente no Senhor, especialmente em tempos de dificuldade.
- A imagem da árvore junto a águas correntes nos convida a buscar intimidade diária com Deus para frutificar espiritualmente.
3. Não recusei ser pastor e ser curado (Jeremias 17.16)
“Mas eu não me recusei a ser pastor, seguindo-te; nem tampouco desejei o dia da aflição, tu o sabes; o que saiu dos meus lábios está no teu conhecimento.”
Comentário Bíblico-Teológico
- Pastor e Servo Fiel:
Jeremias afirma que aceitou plenamente o chamado divino para pastorear o povo, mesmo sabendo das dificuldades e sofrimentos que viriam. O termo “pastor” (רֹעֶה, ro’eh) enfatiza seu papel de liderança espiritual, responsabilidade e cuidado. - O Dia da Aflição:
Embora não desejasse o sofrimento, ele o aceita como parte do propósito divino e da missão. Essa tensão entre o chamado e a dor é comum aos servos de Deus (cf. Hb 11). - Oração por Cura e Salvação (17.14):
Jeremias clama por restauração completa — física, emocional e espiritual — confiando que Deus é a fonte de cura verdadeira (רַפָּא, rapha). Essa oração expressa dependência e esperança na graça redentora. - Transparência e Honestidade:
Ao declarar que Deus conhece tudo o que saiu de seus lábios, Jeremias demonstra integridade e abertura diante do Senhor, modelo para todo crente.
Análise das Palavras Hebraicas
Palavra Hebraica | Transliteração | Significado/Comentário |
רֹעֶה | ro’eh | Pastor, aquele que guia e cuida |
רַפָּא | rapha | Curar, restaurar |
יָדַע | yada | Conhecer intimamente |
Referências Acadêmicas Cristãs
- Wiersbe destaca a fidelidade de Jeremias, que mesmo diante da rejeição e sofrimento, não desistiu do chamado, e sua oração por cura é modelo para a confiança na providência divina (Bíblia de Estudo Wiersbe).
- Leon Morris observa que a transparência de Jeremias com Deus mostra a autenticidade do relacionamento entre Deus e o profeta (The Message of Jeremiah).
- Matthew Henry enfatiza que a obediência não elimina o sofrimento, mas confia na graça de Deus para sustentar o servo fiel.
Aplicação Pessoal
- Aceitar o chamado de Deus pode envolver sofrimento, mas é acompanhado de Sua graça e cura.
- Devemos ser pastores fiéis — cuidando, guiando e intercedendo pelo povo — mesmo quando isso traz desafios pessoais.
- A oração honesta e a dependência de Deus são essenciais para perseverar no ministério e na vida cristã.
Tabela Expositiva
Tema | Jeremias 16.2 | Jeremias 17.7 | Jeremias 17.16 |
Contexto | Renúncia para sinal profético | Confiança em Deus vs. autoconfiança | Fidelidade ao chamado e oração por cura |
Imagem/Símbolo | Vida sem casamento e filhos | Árvore plantada junto a águas | Pastor fiel que sofre mas ora por cura |
Palavras Hebraicas-chave | לֹא תִקַּח, אִשָּׁה | אֱמוּנָה, עֵץ, עָקֹב | רֹעֶה, רַפָּא, יָדַע |
Mensagem Central | Separação para representar juízo | Bendito aquele que confia no Senhor | Aceitação do sofrimento e oração por restauração |
Aplicação Pessoal | Sacrifício para propósito maior | Confiança diária em Deus | Perseverança no chamado e dependência de Deus |
APLICAÇÃO PESSOAL
Manter nossa aliança com Deus exige fidelidade no cumprimento da nossa missão. Aproveitemos as adversidades para alimentar nossa fé com Sua Palavra.
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
1. Aliança com Deus (בְּרִית - berit; διαθήκη - diathēkē)
A palavra “aliança” tem origem no hebraico בְּרִית (berit), que significa um acordo formal e sagrado entre duas partes, geralmente com obrigações mútuas. No Novo Testamento, a palavra grega διαθήκη (diathēkē) é usada, referindo-se tanto à aliança mosaica quanto à nova aliança em Cristo (cf. Hb 8.6-13).
Segundo Willem VanGemeren, "a berit hebraica era mais do que um contrato legal — era uma expressão do relacionamento redentivo de Deus com seu povo" (cf. New International Dictionary of Old Testament Theology and Exegesis, vol. 1).
2. Fidelidade (אֱמוּנָה - emunah; πίστις - pistis)
A fidelidade em hebraico (emunah) está ligada à ideia de firmeza, lealdade e constância. No grego, πίστις (pistis) também é traduzida como fé, mas seu sentido abrange fidelidade contínua em relacionamento com Deus.
Segundo Craig Keener, "pistis no contexto cristão primitivo não era apenas crer, mas viver consistentemente com aquilo em que se crê." (cf. The IVP Bible Background Commentary: New Testament).
3. Missão (ἀποστολή - apostolē; שָׁלוּחַ - shaluach)
A ideia de missão se relaciona com o envio de alguém com um propósito. O termo grego ἀποστολή (apostolē) vem de ἀποστέλλω (apostellō), “enviar com autoridade”. Jeremias, por exemplo, é um modelo de chamado profético enviado por Deus, apesar das oposições (cf. Jr 1.5-10).
Christopher J. H. Wright afirma: "A missão de Deus começa com Sua própria fidelidade à aliança e é confiada a servos que vivem essa aliança em meio a desafios" (cf. The Mission of God).
4. Adversidades como ferramenta de crescimento
O conceito bíblico de adversidade frequentemente envolve provação (peirasmos, no grego), e essas situações são vistas como meios para refinar a fé e revelar a fidelidade (cf. Tg 1.2-4). O sofrimento de Jeremias (Jr 17.16) mostra um profeta fiel que não desejou a dor, mas permaneceu constante em sua missão.
John Piper comenta: "Deus usa provações como ferramentas para produzir perseverança e maturidade espiritual nos seus santos" (cf. Desiring God).
5. A Palavra como sustento da fé (ῥῆμα - rhēma; λόγος - logos)
A Palavra de Deus, seja como logos (mensagem eterna de Deus) ou rhēma (palavra específica de revelação), é o alimento da alma em tempos difíceis. Jeremias afirma: “Achando-se as tuas palavras, logo as comi, e a tua palavra foi para mim o gozo e a alegria do meu coração” (Jr 15.16).
🙏 APLICAÇÃO PESSOAL
- Em tempos de oposição, nossa fidelidade à aliança com Deus é testada. Assim como Jeremias permaneceu firme mesmo quando não desejava o sofrimento, somos chamados a permanecer fiéis à missão que Deus nos confiou.
- As adversidades são oportunidades para confiar mais profundamente na Palavra. Ao invés de afastar-se de Deus, o sofrimento deve nos conduzir à sua presença, onde encontramos consolo e direção.
- Alimentar-se da Palavra de Deus é essencial para não desfalecer na missão. Assim como o corpo não sobrevive sem alimento, a fé não resiste sem a nutrição constante da Palavra viva.
📊 TABELA EXPOSITIVA
Elemento
Termo Original
Significado
Aplicação Bíblica
Exemplo Bíblico
Aliança
בְּרִית (berit) / διαθήκη (diathēkē)
Pacto sagrado com Deus
Relacionamento baseado na fidelidade divina
Jr 11.10; Hb 8.6
Fidelidade
אֱמוּנָה (emunah) / πίστις (pistis)
Constância, lealdade
Perseverança diante da oposição
Jr 17.16; 2Tm 4.7
Missão
ἀποστολή (apostolē)
Envio com propósito divino
Chamado com responsabilidade profética
Jr 1.5-10; Mt 28.19
Adversidade
πειρασμός (peirasmos)
Provação, dificuldade
Crescimento espiritual e dependência de Deus
Tg 1.2-4; 1Pe 1.6
Palavra
λόγος (logos) / ῥῆμα (rhēma)
Palavra eterna / Palavra aplicada
Nutrição da fé e direção divina
Jr 15.16; Mt 4.4
1. Aliança com Deus (בְּרִית - berit; διαθήκη - diathēkē)
A palavra “aliança” tem origem no hebraico בְּרִית (berit), que significa um acordo formal e sagrado entre duas partes, geralmente com obrigações mútuas. No Novo Testamento, a palavra grega διαθήκη (diathēkē) é usada, referindo-se tanto à aliança mosaica quanto à nova aliança em Cristo (cf. Hb 8.6-13).
Segundo Willem VanGemeren, "a berit hebraica era mais do que um contrato legal — era uma expressão do relacionamento redentivo de Deus com seu povo" (cf. New International Dictionary of Old Testament Theology and Exegesis, vol. 1).
2. Fidelidade (אֱמוּנָה - emunah; πίστις - pistis)
A fidelidade em hebraico (emunah) está ligada à ideia de firmeza, lealdade e constância. No grego, πίστις (pistis) também é traduzida como fé, mas seu sentido abrange fidelidade contínua em relacionamento com Deus.
Segundo Craig Keener, "pistis no contexto cristão primitivo não era apenas crer, mas viver consistentemente com aquilo em que se crê." (cf. The IVP Bible Background Commentary: New Testament).
3. Missão (ἀποστολή - apostolē; שָׁלוּחַ - shaluach)
A ideia de missão se relaciona com o envio de alguém com um propósito. O termo grego ἀποστολή (apostolē) vem de ἀποστέλλω (apostellō), “enviar com autoridade”. Jeremias, por exemplo, é um modelo de chamado profético enviado por Deus, apesar das oposições (cf. Jr 1.5-10).
Christopher J. H. Wright afirma: "A missão de Deus começa com Sua própria fidelidade à aliança e é confiada a servos que vivem essa aliança em meio a desafios" (cf. The Mission of God).
4. Adversidades como ferramenta de crescimento
O conceito bíblico de adversidade frequentemente envolve provação (peirasmos, no grego), e essas situações são vistas como meios para refinar a fé e revelar a fidelidade (cf. Tg 1.2-4). O sofrimento de Jeremias (Jr 17.16) mostra um profeta fiel que não desejou a dor, mas permaneceu constante em sua missão.
John Piper comenta: "Deus usa provações como ferramentas para produzir perseverança e maturidade espiritual nos seus santos" (cf. Desiring God).
5. A Palavra como sustento da fé (ῥῆμα - rhēma; λόγος - logos)
A Palavra de Deus, seja como logos (mensagem eterna de Deus) ou rhēma (palavra específica de revelação), é o alimento da alma em tempos difíceis. Jeremias afirma: “Achando-se as tuas palavras, logo as comi, e a tua palavra foi para mim o gozo e a alegria do meu coração” (Jr 15.16).
🙏 APLICAÇÃO PESSOAL
- Em tempos de oposição, nossa fidelidade à aliança com Deus é testada. Assim como Jeremias permaneceu firme mesmo quando não desejava o sofrimento, somos chamados a permanecer fiéis à missão que Deus nos confiou.
- As adversidades são oportunidades para confiar mais profundamente na Palavra. Ao invés de afastar-se de Deus, o sofrimento deve nos conduzir à sua presença, onde encontramos consolo e direção.
- Alimentar-se da Palavra de Deus é essencial para não desfalecer na missão. Assim como o corpo não sobrevive sem alimento, a fé não resiste sem a nutrição constante da Palavra viva.
📊 TABELA EXPOSITIVA
Elemento | Termo Original | Significado | Aplicação Bíblica | Exemplo Bíblico |
Aliança | בְּרִית (berit) / διαθήκη (diathēkē) | Pacto sagrado com Deus | Relacionamento baseado na fidelidade divina | Jr 11.10; Hb 8.6 |
Fidelidade | אֱמוּנָה (emunah) / πίστις (pistis) | Constância, lealdade | Perseverança diante da oposição | Jr 17.16; 2Tm 4.7 |
Missão | ἀποστολή (apostolē) | Envio com propósito divino | Chamado com responsabilidade profética | Jr 1.5-10; Mt 28.19 |
Adversidade | πειρασμός (peirasmos) | Provação, dificuldade | Crescimento espiritual e dependência de Deus | Tg 1.2-4; 1Pe 1.6 |
Palavra | λόγος (logos) / ῥῆμα (rhēma) | Palavra eterna / Palavra aplicada | Nutrição da fé e direção divina | Jr 15.16; Mt 4.4 |
RESPONDA
1) Por que Judá atraiu o juízo de Deus segundo Jeremias 11?
Por quebrar a aliança e seguir a idolatria.
2) Qual foi o significado do cinto de linho e do jarro quebrado?
Simbolizam corrupção e destruição de Judá.
3) O que Jeremias reconhece sobre o coração humano em 17.9?
Que é enganoso e desesperadamente corrupto.
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