TEXTO ÁUREO “Veio para o que era seu, e os seus não o receberam”, João 1.11. VERDADE APLICADA Assim como Jesus, Seus discípulos devem persev...
TEXTO ÁUREO
“Veio para o que era seu, e os seus não o receberam”, João 1.11.
VERDADE APLICADA
Assim como Jesus, Seus discípulos devem perseverar na caminhada a fim de cumprir sua missão, mesmo diante de oposições e rejeições.
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
📖 João 1.11 “Veio para o que era seu, e os seus não o receberam.”
1. Contexto Geral de João 1
O prólogo do Evangelho de João (Jo 1.1–18) é uma das seções teológicas mais densas das Escrituras. Ele apresenta Jesus como o Logos eterno, o Verbo divino que criou todas as coisas (v.3) e que veio ao mundo como luz verdadeira (v.9). João 1.11 marca uma virada trágica no prólogo: a rejeição do Verbo pelo Seu próprio povo.
2. Análise Exegética e das Palavras Gregas
a) "Veio para o que era seu"
🔍 Greg.: εἰς τὰ ἴδια ἦλθεν
- ἴδια (ídia): Neutro plural de ἴδιος, que significa “próprio”, “pertencente a si”.
- A construção grega indica que Jesus veio ao Seu território, domicílio ou herança, o que teologicamente aponta para Israel como nação eleita (cf. Êx 19.5; Sl 135.4).
- Como observa Leon Morris, “o uso do neutro aqui transmite a ideia de que Ele veio ao que Lhe pertencia por direito, como alguém que chega em casa” (The Gospel According to John, NICNT).
b) "E os seus não o receberam"
🔍 Greg.: καὶ οἱ ἴδιοι αὐτὸν οὐ παρέλαβον
- οἱ ἴδιοι (hoi ídioi): Masculino plural – refere-se a pessoas, ou seja, o povo judeu.
- παρέλαβον (parelabon): do verbo παραλαμβάνω, que significa “acolher”, “aceitar”, “receber”.
- A conjugação verbal no aoristo ativo indica uma ação pontual e deliberada de rejeição.
👉 Essa estrutura reforça o contraste doloroso: Jesus veio ao que era Seu por direito, mas foi rejeitado por aqueles que deveriam tê-lo acolhido com honra.
3. Referências Acadêmicas Cristãs
- D.A. Carson observa que “João 1.11 apresenta a tragédia da rejeição do Messias por parte de Israel, o povo da aliança, o que prepara o terreno para a inclusão dos gentios” (The Gospel According to John, PNTC).
- Craig Keener salienta que “a rejeição por parte dos Seus é uma antecipação da hostilidade progressiva que Jesus enfrentará em seu ministério público” (The IVP Bible Background Commentary: New Testament).
- Herman Ridderbos enfatiza que “o verbo ‘receber’ aqui tem um significado profundo: não se trata de mera hospitalidade, mas da aceitação da revelação de Deus em Cristo” (The Gospel of John: A Theological Commentary).
4. Aplicação Pessoal
- Jesus experimentou a rejeição não de estranhos, mas dos seus próprios conterrâneos e religiosos, aqueles que diziam esperar o Messias.
- Como discípulos de Cristo, também enfrentaremos rejeições, especialmente quando nossa fé confrontar os valores mundanos ou tradições humanas.
- Contudo, assim como Jesus perseverou até a cruz, somos chamados a perseverar na missão, mesmo quando não somos aceitos, pois nossa identidade e aprovação vêm de Deus.
- Essa rejeição também nos ensina sobre a importância de estar com o coração aberto à revelação de Deus — para que não sejamos hoje como os que “não o receberam”.
🧾 Tabela Expositiva – João 1.11
Elemento
Descrição
Texto Original
εἰς τὰ ἴδια ἦλθεν, καὶ οἱ ἴδιοι αὐτὸν οὐ παρέλαβον
Palavra-chave 1: ἴδια
“Coisas que lhe pertencem” – aponta para o território, herança, Israel
Palavra-chave 2: οἱ ἴδιοι
“Os seus próprios” – refere-se ao povo judeu
Palavra-chave 3: παρέλαβον
“Receberam, acolheram” – usado para expressar aceitação plena
Teologia
A rejeição de Cristo prefigura a oposição que Ele e Seus seguidores enfrentariam
Aplicação
Mesmo diante da rejeição, devemos permanecer firmes na missão de anunciar o Evangelho
📖 João 1.11 “Veio para o que era seu, e os seus não o receberam.”
1. Contexto Geral de João 1
O prólogo do Evangelho de João (Jo 1.1–18) é uma das seções teológicas mais densas das Escrituras. Ele apresenta Jesus como o Logos eterno, o Verbo divino que criou todas as coisas (v.3) e que veio ao mundo como luz verdadeira (v.9). João 1.11 marca uma virada trágica no prólogo: a rejeição do Verbo pelo Seu próprio povo.
2. Análise Exegética e das Palavras Gregas
a) "Veio para o que era seu"
🔍 Greg.: εἰς τὰ ἴδια ἦλθεν
- ἴδια (ídia): Neutro plural de ἴδιος, que significa “próprio”, “pertencente a si”.
- A construção grega indica que Jesus veio ao Seu território, domicílio ou herança, o que teologicamente aponta para Israel como nação eleita (cf. Êx 19.5; Sl 135.4).
- Como observa Leon Morris, “o uso do neutro aqui transmite a ideia de que Ele veio ao que Lhe pertencia por direito, como alguém que chega em casa” (The Gospel According to John, NICNT).
b) "E os seus não o receberam"
🔍 Greg.: καὶ οἱ ἴδιοι αὐτὸν οὐ παρέλαβον
- οἱ ἴδιοι (hoi ídioi): Masculino plural – refere-se a pessoas, ou seja, o povo judeu.
- παρέλαβον (parelabon): do verbo παραλαμβάνω, que significa “acolher”, “aceitar”, “receber”.
- A conjugação verbal no aoristo ativo indica uma ação pontual e deliberada de rejeição.
👉 Essa estrutura reforça o contraste doloroso: Jesus veio ao que era Seu por direito, mas foi rejeitado por aqueles que deveriam tê-lo acolhido com honra.
3. Referências Acadêmicas Cristãs
- D.A. Carson observa que “João 1.11 apresenta a tragédia da rejeição do Messias por parte de Israel, o povo da aliança, o que prepara o terreno para a inclusão dos gentios” (The Gospel According to John, PNTC).
- Craig Keener salienta que “a rejeição por parte dos Seus é uma antecipação da hostilidade progressiva que Jesus enfrentará em seu ministério público” (The IVP Bible Background Commentary: New Testament).
- Herman Ridderbos enfatiza que “o verbo ‘receber’ aqui tem um significado profundo: não se trata de mera hospitalidade, mas da aceitação da revelação de Deus em Cristo” (The Gospel of John: A Theological Commentary).
4. Aplicação Pessoal
- Jesus experimentou a rejeição não de estranhos, mas dos seus próprios conterrâneos e religiosos, aqueles que diziam esperar o Messias.
- Como discípulos de Cristo, também enfrentaremos rejeições, especialmente quando nossa fé confrontar os valores mundanos ou tradições humanas.
- Contudo, assim como Jesus perseverou até a cruz, somos chamados a perseverar na missão, mesmo quando não somos aceitos, pois nossa identidade e aprovação vêm de Deus.
- Essa rejeição também nos ensina sobre a importância de estar com o coração aberto à revelação de Deus — para que não sejamos hoje como os que “não o receberam”.
🧾 Tabela Expositiva – João 1.11
Elemento | Descrição |
Texto Original | εἰς τὰ ἴδια ἦλθεν, καὶ οἱ ἴδιοι αὐτὸν οὐ παρέλαβον |
Palavra-chave 1: ἴδια | “Coisas que lhe pertencem” – aponta para o território, herança, Israel |
Palavra-chave 2: οἱ ἴδιοι | “Os seus próprios” – refere-se ao povo judeu |
Palavra-chave 3: παρέλαβον | “Receberam, acolheram” – usado para expressar aceitação plena |
Teologia | A rejeição de Cristo prefigura a oposição que Ele e Seus seguidores enfrentariam |
Aplicação | Mesmo diante da rejeição, devemos permanecer firmes na missão de anunciar o Evangelho |
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OBJETIVOS DA LIÇÃO
Saber que o Filho de Deus foi rejeitado por muitos.
Compreender que a rejeição não faz parte dos que amam a Deus.
Ressaltar que o Pai não se agradou dos que rejeitaram Seu Filho.
TEXTOS DE REFERÊNCIA
JOÃO 6
60 Muitos, pois, dos seus discípulos, ouvindo isso, disseram: Duro é este discurso; quem o pode ouvir?
61 Sabendo, pois, Jesus em si mesmo que os seus discípulos murmuravam disto, disse-lhes: Isto vos escandaliza?
66 Desde então, muitos dos seus discípulos tornaram-se para trás e já não andavam com ele.
67 Então disse Jesus aos doze: Quereis vós também retirar-vos?
68 Respondeu-lhe, pois, Simão Pedro: Senhor, para quem iremos nós? Tu tens as palavras da vida eterna.
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
João 6.60
"Muitos, pois, dos seus discípulos, ouvindo isso, disseram: Duro é este discurso; quem o pode ouvir?"
A palavra “duro” no grego é σκληρός (sklērós), que pode ser traduzida como “severo”, “áspero”, “difícil de aceitar”. Não se refere apenas à complexidade intelectual, mas à exigência moral e espiritual da mensagem de Jesus (v.53-58), sobretudo a ideia de comer sua carne e beber seu sangue — linguagem fortemente simbólica e ofensiva à sensibilidade judaica (Lv 17.10-14).
Esses “discípulos” não eram os Doze, mas um grupo mais amplo de seguidores ocasionais. Ao ouvirem que seguir a Jesus exigia total entrega, inclusive aceitar seu sacrifício, muitos se afastaram, incapazes de abraçar um discipulado radical.
📚 Craig Keener observa que, no contexto judaico do século I, a linguagem de João 6 seria escandalosa e associada ao canibalismo. Assim, a dificuldade não era literal, mas cultural e teológica (KEENER, The Gospel of John, 2003).
João 6.61
"Sabendo, pois, Jesus em si mesmo que os seus discípulos murmuravam disto, disse-lhes: Isto vos escandaliza?"
A palavra “escandaliza” vem do grego σκανδαλίζει (skandalizei), que significa "fazer tropeçar", "ofender profundamente", “causar repulsa moral ou espiritual”. Jesus está consciente de que seu ensino confronta as expectativas messiânicas e religiosas da multidão.
É interessante que o verbo skandalizei carrega a ideia de tropeço que leva à queda (cf. Mt 11.6; 13.57). Isso remete à profecia de Isaías sobre o “pedra de tropeço” (Is 8.14), que Pedro também aplica a Cristo (1Pe 2.8). Ou seja, a rejeição ao ensino de Jesus revela uma rejeição ao próprio Messias.
João 6.66
"Desde então, muitos dos seus discípulos tornaram-se para trás e já não andavam com ele."
O verbo “tornaram-se para trás” no grego é ἀπῆλθον εἰς τὰ ὀπίσω (apēlthon eis ta opisō), que indica um abandono deliberado, voltando atrás em sua decisão de seguir a Cristo. É um movimento de apostasia (Hb 10.38-39).
Esse versículo destaca o custo do discipulado. A caminhada com Jesus exige compromisso contínuo, mesmo diante de palavras difíceis. A reação desses discípulos reflete corações não regenerados, que seguiam por interesse, não por fé (cf. Jo 6.26).
📚 D.A. Carson comenta: “As multidões estavam mais interessadas em milagres do que na verdade. Quando confrontadas com a revelação divina, muitas se afastaram.” (CARSON, The Gospel According to John, 1991).
João 6.67
"Então disse Jesus aos doze: Quereis vós também retirar-vos?"
Jesus não força ninguém a segui-lo. Ele respeita a liberdade humana e propõe um discipulado baseado em amor e verdade. A pergunta é direta e introspectiva. A palavra “retirar-vos” também vem do grego ὑπάγειν (hypagein), sugerindo um afastamento definitivo.
É um momento de crise e decisão. Diante da deserção dos muitos, os Doze são convidados a refletir: continuarão, mesmo sem entender tudo?
João 6.68
"Respondeu-lhe, pois, Simão Pedro: Senhor, para quem iremos nós? Tu tens as palavras da vida eterna."
Pedro expressa uma profunda convicção teológica. A palavra usada para “palavras” é ῥήματα (rhēmata), que se refere a declarações faladas, vivas, eficazes (cf. Hb 4.12). “Vida eterna” no grego ζωὴν αἰώνιον (zōēn aiōnion) aponta para a qualidade da vida recebida de Deus, não apenas uma existência sem fim.
Pedro reconhece que, mesmo sem entender tudo, a única esperança está em Jesus. Sua resposta é um modelo de fé perseverante, contrastando com a apostasia dos demais.
📌 APLICAÇÃO PESSOAL
Muitos seguem a Jesus enquanto isso for conveniente, mas se afastam diante de exigências espirituais mais profundas. A fé verdadeira é provada em tempos de escândalo, frustração e incompreensão. Devemos decidir, como Pedro, permanecer firmes porque só em Cristo há vida eterna. Ser discípulo é andar com Jesus mesmo quando o discurso é “duro”, porque nele estão os rhēmata zōēs aiōniou — as palavras que vivificam eternamente.
📊 TABELA EXPOSITIVA
Versículo
Termo-chave (Grego)
Significado
Aplicação
João 6.60
σκληρός (sklērós)
duro, severo, difícil de aceitar
O evangelho confronta nossas conveniências.
João 6.61
σκανδαλίζει (skandalizei)
escandalizar, fazer tropeçar
A verdade pode ofender, mas liberta.
João 6.66
ἀπῆλθον εἰς τὰ ὀπίσω
voltar atrás
Muitos abandonam quando a fé é provada.
João 6.67
ὑπάγειν (hypagein)
afastar-se
A decisão de seguir é pessoal e contínua.
João 6.68
ῥήματα ζωῆς αἰωνίου
palavras da vida eterna
Só Cristo tem as palavras que alimentam a alma.
João 6.60
"Muitos, pois, dos seus discípulos, ouvindo isso, disseram: Duro é este discurso; quem o pode ouvir?"
A palavra “duro” no grego é σκληρός (sklērós), que pode ser traduzida como “severo”, “áspero”, “difícil de aceitar”. Não se refere apenas à complexidade intelectual, mas à exigência moral e espiritual da mensagem de Jesus (v.53-58), sobretudo a ideia de comer sua carne e beber seu sangue — linguagem fortemente simbólica e ofensiva à sensibilidade judaica (Lv 17.10-14).
Esses “discípulos” não eram os Doze, mas um grupo mais amplo de seguidores ocasionais. Ao ouvirem que seguir a Jesus exigia total entrega, inclusive aceitar seu sacrifício, muitos se afastaram, incapazes de abraçar um discipulado radical.
📚 Craig Keener observa que, no contexto judaico do século I, a linguagem de João 6 seria escandalosa e associada ao canibalismo. Assim, a dificuldade não era literal, mas cultural e teológica (KEENER, The Gospel of John, 2003).
João 6.61
"Sabendo, pois, Jesus em si mesmo que os seus discípulos murmuravam disto, disse-lhes: Isto vos escandaliza?"
A palavra “escandaliza” vem do grego σκανδαλίζει (skandalizei), que significa "fazer tropeçar", "ofender profundamente", “causar repulsa moral ou espiritual”. Jesus está consciente de que seu ensino confronta as expectativas messiânicas e religiosas da multidão.
É interessante que o verbo skandalizei carrega a ideia de tropeço que leva à queda (cf. Mt 11.6; 13.57). Isso remete à profecia de Isaías sobre o “pedra de tropeço” (Is 8.14), que Pedro também aplica a Cristo (1Pe 2.8). Ou seja, a rejeição ao ensino de Jesus revela uma rejeição ao próprio Messias.
João 6.66
"Desde então, muitos dos seus discípulos tornaram-se para trás e já não andavam com ele."
O verbo “tornaram-se para trás” no grego é ἀπῆλθον εἰς τὰ ὀπίσω (apēlthon eis ta opisō), que indica um abandono deliberado, voltando atrás em sua decisão de seguir a Cristo. É um movimento de apostasia (Hb 10.38-39).
Esse versículo destaca o custo do discipulado. A caminhada com Jesus exige compromisso contínuo, mesmo diante de palavras difíceis. A reação desses discípulos reflete corações não regenerados, que seguiam por interesse, não por fé (cf. Jo 6.26).
📚 D.A. Carson comenta: “As multidões estavam mais interessadas em milagres do que na verdade. Quando confrontadas com a revelação divina, muitas se afastaram.” (CARSON, The Gospel According to John, 1991).
João 6.67
"Então disse Jesus aos doze: Quereis vós também retirar-vos?"
Jesus não força ninguém a segui-lo. Ele respeita a liberdade humana e propõe um discipulado baseado em amor e verdade. A pergunta é direta e introspectiva. A palavra “retirar-vos” também vem do grego ὑπάγειν (hypagein), sugerindo um afastamento definitivo.
É um momento de crise e decisão. Diante da deserção dos muitos, os Doze são convidados a refletir: continuarão, mesmo sem entender tudo?
João 6.68
"Respondeu-lhe, pois, Simão Pedro: Senhor, para quem iremos nós? Tu tens as palavras da vida eterna."
Pedro expressa uma profunda convicção teológica. A palavra usada para “palavras” é ῥήματα (rhēmata), que se refere a declarações faladas, vivas, eficazes (cf. Hb 4.12). “Vida eterna” no grego ζωὴν αἰώνιον (zōēn aiōnion) aponta para a qualidade da vida recebida de Deus, não apenas uma existência sem fim.
Pedro reconhece que, mesmo sem entender tudo, a única esperança está em Jesus. Sua resposta é um modelo de fé perseverante, contrastando com a apostasia dos demais.
📌 APLICAÇÃO PESSOAL
Muitos seguem a Jesus enquanto isso for conveniente, mas se afastam diante de exigências espirituais mais profundas. A fé verdadeira é provada em tempos de escândalo, frustração e incompreensão. Devemos decidir, como Pedro, permanecer firmes porque só em Cristo há vida eterna. Ser discípulo é andar com Jesus mesmo quando o discurso é “duro”, porque nele estão os rhēmata zōēs aiōniou — as palavras que vivificam eternamente.
📊 TABELA EXPOSITIVA
Versículo | Termo-chave (Grego) | Significado | Aplicação |
João 6.60 | σκληρός (sklērós) | duro, severo, difícil de aceitar | O evangelho confronta nossas conveniências. |
João 6.61 | σκανδαλίζει (skandalizei) | escandalizar, fazer tropeçar | A verdade pode ofender, mas liberta. |
João 6.66 | ἀπῆλθον εἰς τὰ ὀπίσω | voltar atrás | Muitos abandonam quando a fé é provada. |
João 6.67 | ὑπάγειν (hypagein) | afastar-se | A decisão de seguir é pessoal e contínua. |
João 6.68 | ῥήματα ζωῆς αἰωνίου | palavras da vida eterna | Só Cristo tem as palavras que alimentam a alma. |
LEITURAS COMPLEMENTARES
SEGUNDA | SI 27.10 A rejeição fere.
TERÇA | Jo 6.37 Jesus não rejeita ninguém.
QUARTA | Is 53.3 Jesus foi rejeitado pelos seus.
QUINTA | Lc 17.25 Era necessário que Jesus fosse rejeitado.
SEXTA | Mc 8.31 Jesus foi rejeitado pelos líderes religiosos.
SÁBADO | Dt 31.6 Deus não rejeita Seus filhos.
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
📖 SEGUNDA | Salmo 27.10 – “Porque, quando meu pai e minha mãe me desampararem, o Senhor me recolherá.”
Comentário:
A rejeição é uma experiência humana profundamente dolorosa, especialmente quando provém daqueles que deveriam nos amar. Davi usa uma hipérbole (“pai e mãe”) para mostrar a intensidade da solidão possível. Mas o verbo hebraico אָסַף (’āsaph), traduzido por "recolherá", sugere acolher com cuidado e propósito, como quem junta alguém perdido. Deus se apresenta como o Pai que nunca rejeita os seus, mesmo quando os mais íntimos falham (cf. Is 49.15).
Aplicação pessoal:
Mesmo nas mais profundas feridas emocionais provocadas pela rejeição, podemos descansar na fidelidade de um Deus que cuida.
📖 TERÇA | João 6.37 – “Todo o que o Pai me dá virá a mim; e o que vem a mim de maneira nenhuma o lançarei fora.”
Comentário:
O verbo grego ἐκβάλλω (ekballō), traduzido como “lançar fora”, denota expulsar com força ou rejeitar violentamente. Jesus afirma categoricamente que nunca fará isso com aqueles que vêm a Ele. Trata-se de uma promessa de acolhimento incondicional e segura união com Cristo. William Hendriksen comenta que esse versículo é um antídoto contra o medo da rejeição espiritual, pois revela o amor perseverante do Salvador.
Aplicação pessoal:
Nos momentos em que nos sentimos indignos ou rejeitados, devemos lembrar que Cristo não exclui os que se achegam a Ele com fé.
📖 QUARTA | Isaías 53.3 – “Era desprezado, e o mais rejeitado entre os homens, homem de dores, experimentado nos trabalhos; e, como um de quem os homens escondiam o rosto, era desprezado, e não fizemos dele caso algum.”
Comentário:
A palavra hebraica חָדֵל (ḥāḏēl) traduzida como “rejeitado” indica ser evitado ou afastado por completo. O Servo Sofredor é alguém que conhece o sofrimento não apenas físico, mas emocional e social: desprezo, isolamento e indiferença. Segundo John Oswalt, “o sofrimento de Cristo nos conecta a Deus porque Ele assumiu o lugar mais baixo”.
Aplicação pessoal:
Quando enfrentarmos o desprezo, lembremo-nos que Jesus passou por isso por nós — e com isso, nos entende plenamente.
📖 QUINTA | Lucas 17.25 – “Mas primeiro convém que ele padeça muito e seja reprovado por esta geração.”
Comentário:
O verbo grego ἀποδοκιμάζω (apodokimazō), “reprovar”, carrega o sentido de testar algo e julgá-lo indigno ou falso. A rejeição de Jesus não foi apenas pessoal, mas doutrinária: rejeitaram seu ensino, seus sinais e sua missão. Craig Keener observa que a rejeição de Jesus era o cumprimento profético do padrão dos profetas rejeitados por Israel (cf. Mt 23.37).
Aplicação pessoal:
O discípulo de Cristo deve compreender que fazer parte da missão de Jesus também implica participar de seus sofrimentos, inclusive o da rejeição.
📖 SEXTA | Marcos 8.31 – “E começou a ensinar-lhes que era necessário que o Filho do homem padecesse muito, e que fosse rejeitado pelos anciãos, e pelos principais dos sacerdotes, e pelos escribas, e que fosse morto, e que depois de três dias ressuscitasse.”
Comentário:
A expressão “era necessário” traduz o grego δεῖ (dei), indicando uma necessidade divina ou propósito inevitável. A rejeição por parte dos líderes religiosos (ἀποδοκιμασθῆναι – "ser rejeitado") fazia parte do plano redentor. A morte de Cristo não foi um acidente, mas um ato intencional e profético. Donald Guthrie afirma que a cruz era inevitável porque a salvação exigia sacrifício.
Aplicação pessoal:
Mesmo quando somos rejeitados por aqueles que ocupam cargos de autoridade, podemos ter certeza de que Deus continua conduzindo sua vontade.
📖 SÁBADO | Deuteronômio 31.6 – “Esforçai-vos e animai-vos; não temais, nem vos espanteis diante deles; porque o Senhor, teu Deus, é o que vai contigo; não te deixará nem te desamparará.”
Comentário:
A palavra hebraica עָזַב (ʿāzaḇ), traduzida como “deixar”, também pode significar abandonar, desertar, virar as costas. Deus promete que nunca abandonará seu povo. Ele vai com eles, mesmo diante de inimigos mais fortes. O termo “animai-vos” é חָזַק (ḥāzaq), que significa fortalecer-se internamente com confiança na presença divina.
Aplicação pessoal:
Diante das batalhas espirituais e emocionais, devemos lembrar que nunca estamos sozinhos. A presença de Deus é constante, mesmo nos vales da rejeição.
📊 TABELA EXPOSITIVA
Dia
Texto Bíblico
Palavra-Chave (Heb./Gr.)
Significado
Aplicação Devocional
Segunda
Salmo 27.10
אָסַף (’āsaph)
Recolher, acolher
Deus acolhe até quando os mais próximos nos deixam
Terça
João 6.37
ἐκβάλλω (ekballō)
Lançar fora
Cristo jamais rejeita os que vão até Ele
Quarta
Isaías 53.3
חָדֵל (ḥāḏēl)
Rejeitado, evitado
Jesus entende nossas dores emocionais
Quinta
Lucas 17.25
ἀποδοκιμάζω (apodokimazō)
Reprovar, julgar indigno
A rejeição faz parte do discipulado
Sexta
Marcos 8.31
δεῖ (dei)
É necessário
Deus cumpre Sua vontade mesmo em meio à oposição
Sábado
Deut. 31.6
עָזַב (ʿāzaḇ)
Abandonar
Deus nunca desampara seus filhos
📖 SEGUNDA | Salmo 27.10 – “Porque, quando meu pai e minha mãe me desampararem, o Senhor me recolherá.”
Comentário:
A rejeição é uma experiência humana profundamente dolorosa, especialmente quando provém daqueles que deveriam nos amar. Davi usa uma hipérbole (“pai e mãe”) para mostrar a intensidade da solidão possível. Mas o verbo hebraico אָסַף (’āsaph), traduzido por "recolherá", sugere acolher com cuidado e propósito, como quem junta alguém perdido. Deus se apresenta como o Pai que nunca rejeita os seus, mesmo quando os mais íntimos falham (cf. Is 49.15).
Aplicação pessoal:
Mesmo nas mais profundas feridas emocionais provocadas pela rejeição, podemos descansar na fidelidade de um Deus que cuida.
📖 TERÇA | João 6.37 – “Todo o que o Pai me dá virá a mim; e o que vem a mim de maneira nenhuma o lançarei fora.”
Comentário:
O verbo grego ἐκβάλλω (ekballō), traduzido como “lançar fora”, denota expulsar com força ou rejeitar violentamente. Jesus afirma categoricamente que nunca fará isso com aqueles que vêm a Ele. Trata-se de uma promessa de acolhimento incondicional e segura união com Cristo. William Hendriksen comenta que esse versículo é um antídoto contra o medo da rejeição espiritual, pois revela o amor perseverante do Salvador.
Aplicação pessoal:
Nos momentos em que nos sentimos indignos ou rejeitados, devemos lembrar que Cristo não exclui os que se achegam a Ele com fé.
📖 QUARTA | Isaías 53.3 – “Era desprezado, e o mais rejeitado entre os homens, homem de dores, experimentado nos trabalhos; e, como um de quem os homens escondiam o rosto, era desprezado, e não fizemos dele caso algum.”
Comentário:
A palavra hebraica חָדֵל (ḥāḏēl) traduzida como “rejeitado” indica ser evitado ou afastado por completo. O Servo Sofredor é alguém que conhece o sofrimento não apenas físico, mas emocional e social: desprezo, isolamento e indiferença. Segundo John Oswalt, “o sofrimento de Cristo nos conecta a Deus porque Ele assumiu o lugar mais baixo”.
Aplicação pessoal:
Quando enfrentarmos o desprezo, lembremo-nos que Jesus passou por isso por nós — e com isso, nos entende plenamente.
📖 QUINTA | Lucas 17.25 – “Mas primeiro convém que ele padeça muito e seja reprovado por esta geração.”
Comentário:
O verbo grego ἀποδοκιμάζω (apodokimazō), “reprovar”, carrega o sentido de testar algo e julgá-lo indigno ou falso. A rejeição de Jesus não foi apenas pessoal, mas doutrinária: rejeitaram seu ensino, seus sinais e sua missão. Craig Keener observa que a rejeição de Jesus era o cumprimento profético do padrão dos profetas rejeitados por Israel (cf. Mt 23.37).
Aplicação pessoal:
O discípulo de Cristo deve compreender que fazer parte da missão de Jesus também implica participar de seus sofrimentos, inclusive o da rejeição.
📖 SEXTA | Marcos 8.31 – “E começou a ensinar-lhes que era necessário que o Filho do homem padecesse muito, e que fosse rejeitado pelos anciãos, e pelos principais dos sacerdotes, e pelos escribas, e que fosse morto, e que depois de três dias ressuscitasse.”
Comentário:
A expressão “era necessário” traduz o grego δεῖ (dei), indicando uma necessidade divina ou propósito inevitável. A rejeição por parte dos líderes religiosos (ἀποδοκιμασθῆναι – "ser rejeitado") fazia parte do plano redentor. A morte de Cristo não foi um acidente, mas um ato intencional e profético. Donald Guthrie afirma que a cruz era inevitável porque a salvação exigia sacrifício.
Aplicação pessoal:
Mesmo quando somos rejeitados por aqueles que ocupam cargos de autoridade, podemos ter certeza de que Deus continua conduzindo sua vontade.
📖 SÁBADO | Deuteronômio 31.6 – “Esforçai-vos e animai-vos; não temais, nem vos espanteis diante deles; porque o Senhor, teu Deus, é o que vai contigo; não te deixará nem te desamparará.”
Comentário:
A palavra hebraica עָזַב (ʿāzaḇ), traduzida como “deixar”, também pode significar abandonar, desertar, virar as costas. Deus promete que nunca abandonará seu povo. Ele vai com eles, mesmo diante de inimigos mais fortes. O termo “animai-vos” é חָזַק (ḥāzaq), que significa fortalecer-se internamente com confiança na presença divina.
Aplicação pessoal:
Diante das batalhas espirituais e emocionais, devemos lembrar que nunca estamos sozinhos. A presença de Deus é constante, mesmo nos vales da rejeição.
📊 TABELA EXPOSITIVA
Dia | Texto Bíblico | Palavra-Chave (Heb./Gr.) | Significado | Aplicação Devocional |
Segunda | Salmo 27.10 | אָסַף (’āsaph) | Recolher, acolher | Deus acolhe até quando os mais próximos nos deixam |
Terça | João 6.37 | ἐκβάλλω (ekballō) | Lançar fora | Cristo jamais rejeita os que vão até Ele |
Quarta | Isaías 53.3 | חָדֵל (ḥāḏēl) | Rejeitado, evitado | Jesus entende nossas dores emocionais |
Quinta | Lucas 17.25 | ἀποδοκιμάζω (apodokimazō) | Reprovar, julgar indigno | A rejeição faz parte do discipulado |
Sexta | Marcos 8.31 | δεῖ (dei) | É necessário | Deus cumpre Sua vontade mesmo em meio à oposição |
Sábado | Deut. 31.6 | עָזַב (ʿāzaḇ) | Abandonar | Deus nunca desampara seus filhos |
HINOS SUGERIDOS: 182, 465, 545
MOTIVO DE ORAÇÃO
Ore para que os cristãos não rejeitem os necessitados de Deus.
ESBOÇO DA LIÇÃO
Introdução
1- Jesus enfrentou a rejeição
2- Jesus não parou diante da rejeição
3- Rejeitado por muitos, exaltado pelo Pai
Conclusão
DINAMICA EXTRA
Comentário de Hubner Braz
🎯 DINÂMICA: “A MISSÃO CONTINUA!”
Objetivo:
Ajudar os alunos a compreender que, assim como Jesus enfrentou rejeição e oposição, nós também enfrentaremos, mas não podemos permitir que isso nos impeça de cumprir a missão de Deus em nossas vidas.
🧰 MATERIAIS NECESSÁRIOS:
- Cartões com frases de desânimo ou oposição (exemplos abaixo)
- Cartões com promessas bíblicas e declarações de propósito
- Fita adesiva
- Um pequeno caminho simbólico marcado no chão com fita ou papel (pode ser um corredor ou linha)
- Uma cruz ou cartaz escrito “MISSÃO CUMPRIDA” no final do percurso
👣 DESENVOLVIMENTO:
1. Introdução (5 min):
Explique que durante Seu ministério, Jesus foi rejeitado pelos seus, acusado, perseguido e até abandonado por muitos — mas nada disso O impediu de cumprir Sua missão. Leia João 1.11 e Isaías 53.3.
2. A caminhada da missão (10–15 min):
- Escolha de 2 a 4 voluntários.
- Peça que caminhem até o final do trajeto, onde está a cruz ou o cartaz “Missão Cumprida”.
- Durante a caminhada, outros alunos (orientados previamente) devem colar em suas roupas cartões com frases como:
“Você não é capaz.”
“Ninguém acredita em você.”
“Desista.”
“Você está sozinho.”
“Você é um fracasso.”
- Isso representa a rejeição e oposição que tentam nos parar.
3. Contraponto: Promessas que fortalecem (5 min):
Depois, outros alunos devem substituir os cartões de desânimo por cartões com versículos e verdades bíblicas, como:
“Maior é o que está em vós.” (1 João 4.4)
“Estarei convosco todos os dias.” (Mateus 28.20)
“Posso todas as coisas naquele que me fortalece.” (Filipenses 4.13)
“Fiel é o que vos chama.” (1 Tessalonicenses 5.24)
“Deus é por nós.” (Romanos 8.31)
4. Conclusão e reflexão (5 min):
- Conduza uma breve conversa:
O que mais tenta impedir você de cumprir sua missão?
Como reagir quando somos rejeitados por obedecer a Deus?
- Diga que Jesus nos deixou o exemplo de perseverança, e por isso podemos suportar a rejeição confiando no propósito maior.
📖 APLICAÇÃO BÍBLICA:
- Jesus foi rejeitado, mas cumpriu Sua missão (Lucas 4.28-30; João 1.11).
- Nós também somos enviados ao mundo com uma missão (João 17.18; 20.21).
- A oposição é inevitável, mas não intransponível (2 Timóteo 3.12; Atos 5.41-42).
- O segredo está em permanecer firmes como Jesus permaneceu (Hebreus 12.2-3).
📝 VERSÍCULO-CHAVE PARA MEMORIZAÇÃO:
“O mundo não vos pode odiar, mas ele me odeia, porque dele testifico que as suas obras são más.” (João 7.7)
✅ RESULTADO ESPERADO:
Os alunos sairão com a certeza de que ser rejeitado ou combatido por causa da fé não é sinal de fracasso, mas parte do caminho da missão. Assim como Jesus, devemos seguir adiante com coragem, fé e fidelidade.
🎯 DINÂMICA: “A MISSÃO CONTINUA!”
Objetivo:
Ajudar os alunos a compreender que, assim como Jesus enfrentou rejeição e oposição, nós também enfrentaremos, mas não podemos permitir que isso nos impeça de cumprir a missão de Deus em nossas vidas.
🧰 MATERIAIS NECESSÁRIOS:
- Cartões com frases de desânimo ou oposição (exemplos abaixo)
- Cartões com promessas bíblicas e declarações de propósito
- Fita adesiva
- Um pequeno caminho simbólico marcado no chão com fita ou papel (pode ser um corredor ou linha)
- Uma cruz ou cartaz escrito “MISSÃO CUMPRIDA” no final do percurso
👣 DESENVOLVIMENTO:
1. Introdução (5 min):
Explique que durante Seu ministério, Jesus foi rejeitado pelos seus, acusado, perseguido e até abandonado por muitos — mas nada disso O impediu de cumprir Sua missão. Leia João 1.11 e Isaías 53.3.
2. A caminhada da missão (10–15 min):
- Escolha de 2 a 4 voluntários.
- Peça que caminhem até o final do trajeto, onde está a cruz ou o cartaz “Missão Cumprida”.
- Durante a caminhada, outros alunos (orientados previamente) devem colar em suas roupas cartões com frases como:
“Você não é capaz.”
“Ninguém acredita em você.”
“Desista.”
“Você está sozinho.”
“Você é um fracasso.” - Isso representa a rejeição e oposição que tentam nos parar.
3. Contraponto: Promessas que fortalecem (5 min):
Depois, outros alunos devem substituir os cartões de desânimo por cartões com versículos e verdades bíblicas, como:
“Maior é o que está em vós.” (1 João 4.4)
“Estarei convosco todos os dias.” (Mateus 28.20)
“Posso todas as coisas naquele que me fortalece.” (Filipenses 4.13)
“Fiel é o que vos chama.” (1 Tessalonicenses 5.24)
“Deus é por nós.” (Romanos 8.31)
4. Conclusão e reflexão (5 min):
- Conduza uma breve conversa:
O que mais tenta impedir você de cumprir sua missão?
Como reagir quando somos rejeitados por obedecer a Deus? - Diga que Jesus nos deixou o exemplo de perseverança, e por isso podemos suportar a rejeição confiando no propósito maior.
📖 APLICAÇÃO BÍBLICA:
- Jesus foi rejeitado, mas cumpriu Sua missão (Lucas 4.28-30; João 1.11).
- Nós também somos enviados ao mundo com uma missão (João 17.18; 20.21).
- A oposição é inevitável, mas não intransponível (2 Timóteo 3.12; Atos 5.41-42).
- O segredo está em permanecer firmes como Jesus permaneceu (Hebreus 12.2-3).
📝 VERSÍCULO-CHAVE PARA MEMORIZAÇÃO:
“O mundo não vos pode odiar, mas ele me odeia, porque dele testifico que as suas obras são más.” (João 7.7)
✅ RESULTADO ESPERADO:
Os alunos sairão com a certeza de que ser rejeitado ou combatido por causa da fé não é sinal de fracasso, mas parte do caminho da missão. Assim como Jesus, devemos seguir adiante com coragem, fé e fidelidade.
INTRODUÇÃO
Nesta lição, veremos como Jesus enfrentou a rejeição, e isso sem desistir de cumprir o Seu ministério na terra. Ele continuou anunciando o Evangelho e operando curas e milagres. Nosso Senhor soube lidar com a rejeição e com as manifestações de exaltação por parte do povo. Ele bem sabia o que estava para acontecer para cumprir o Plano da Redenção (Mt 16.21; 26.51-56; Jo 18.11).
PONTO DE PARTIDA: A rejeição do Filho e a exaltação pelo Pai.
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
A Rejeição do Filho e a Exaltação pelo Pai
1. A Rejeição do Filho: Realidade Profetizada
Jesus, o Messias esperado, foi rejeitado por muitos de seus contemporâneos, especialmente pelos líderes religiosos. Como afirma João:
"Veio para o que era seu, e os seus não o receberam." (Jo 1.11)
🔎 A palavra grega para "receberam" é παραλαμβάνω (paralambanó), mas no verso em questão, João utiliza παραδέχομαι (paradechomai), que transmite a ideia de acolher com aprovação, reconhecer e aceitar. A negativa desse verbo mostra não apenas uma rejeição passiva, mas uma recusa ativa ao reconhecimento messiânico de Jesus.
Essa rejeição não foi surpresa para Jesus. Ele já havia anunciado:
“Importa que o Filho do Homem padeça muitas coisas, e seja rejeitado (ἀποδοκιμάζω – apodokimazō) pelos anciãos...” (Mc 8.31)
📖 ἀποδοκιμάζω carrega a ideia de reprovar após exame, como se, mesmo diante das evidências, o Messias tivesse sido formalmente recusado pelos seus.
🔍 Referência acadêmica: O teólogo Leon Morris (em The Gospel According to John, NICNT) comenta que João 1.11 expressa uma das mais tristes ironias do Evangelho: Aquele que criou o mundo e que vinha como luz foi rejeitado pela própria casa a que pertencia.
2. A Exaltação pelo Pai: A Honra de Cristo Vindicada
Ainda que os homens tenham rejeitado Jesus, o Pai o exaltou soberanamente:
“Pelo que também Deus o exaltou soberanamente e lhe deu um nome que é sobre todo nome” (Fp 2.9)
O verbo grego aqui é ὑπερυψόω (hyperypsoō) – “exaltar sobremaneira”, “levantar acima de todos”. Indica que a rejeição humana foi compensada com a mais alta honra divina. O mesmo Jesus que foi desprezado na cruz, agora está à destra do Pai (Hb 1.3).
📚 O comentarista Gordon Fee, em Paul’s Letter to the Philippians (NICNT), observa que essa exaltação é não apenas um ato de justiça divina, mas também a resposta escatológica do Pai ao servo sofredor.
3. Aplicação Pessoal
A rejeição é dolorosa, especialmente quando se trata daqueles que mais amamos ou queremos alcançar. Jesus experimentou a rejeição dos seus e não retaliou, nem desistiu, mas permaneceu firme em sua missão.
▶ Aplicação prática: Os discípulos de Cristo devem estar preparados para enfrentar desprezo, oposição e crítica, principalmente por parte dos que mais deveriam reconhecer a luz. Todavia, assim como o Pai honrou o Filho, há honra reservada aos fiéis (Rm 8.17-18).
📊 TABELA EXPOSITIVA
TEMA
DETALHE BÍBLICO-TEOLÓGICO
Rejeição Profetizada
Is 53.3; Mc 8.31 – A rejeição foi prevista pelos profetas e pelo próprio Cristo.
Rejeição Ativa
Jo 1.11 – Paradechomai: recusa ativa de aceitar Jesus como Messias.
Causas da Rejeição
Cegueira espiritual, orgulho religioso (Jo 5.39-40; 9.39-41).
Reação de Jesus à Rejeição
Perseverança, não retaliação (Lc 9.51-56; Jo 6.66-69).
Exaltação do Filho
Fp 2.9 – Hyperypsoō: Elevação suprema após a humilhação.
Resposta do Pai
Hb 1.3; At 2.36 – Deus exaltou aquele que os homens desprezaram.
Lição aos discípulos
1Pe 4.12-14; 2Tm 2.12 – Sofrer com Cristo é também caminho para reinar com Ele.
Conclusão
Jesus enfrentou a rejeição sem perder o foco da missão. Isso nos ensina que o sucesso no Reino de Deus não é ausência de oposição, mas fidelidade apesar dela. Como discípulos, seremos por vezes incompreendidos ou rejeitados, mas a exaltação e a aprovação final virão do Pai.
“Porque, ainda que meu pai e minha mãe me desamparem, o Senhor me recolherá.” (Sl 27.10)
A Rejeição do Filho e a Exaltação pelo Pai
1. A Rejeição do Filho: Realidade Profetizada
Jesus, o Messias esperado, foi rejeitado por muitos de seus contemporâneos, especialmente pelos líderes religiosos. Como afirma João:
"Veio para o que era seu, e os seus não o receberam." (Jo 1.11)
🔎 A palavra grega para "receberam" é παραλαμβάνω (paralambanó), mas no verso em questão, João utiliza παραδέχομαι (paradechomai), que transmite a ideia de acolher com aprovação, reconhecer e aceitar. A negativa desse verbo mostra não apenas uma rejeição passiva, mas uma recusa ativa ao reconhecimento messiânico de Jesus.
Essa rejeição não foi surpresa para Jesus. Ele já havia anunciado:
“Importa que o Filho do Homem padeça muitas coisas, e seja rejeitado (ἀποδοκιμάζω – apodokimazō) pelos anciãos...” (Mc 8.31)
📖 ἀποδοκιμάζω carrega a ideia de reprovar após exame, como se, mesmo diante das evidências, o Messias tivesse sido formalmente recusado pelos seus.
🔍 Referência acadêmica: O teólogo Leon Morris (em The Gospel According to John, NICNT) comenta que João 1.11 expressa uma das mais tristes ironias do Evangelho: Aquele que criou o mundo e que vinha como luz foi rejeitado pela própria casa a que pertencia.
2. A Exaltação pelo Pai: A Honra de Cristo Vindicada
Ainda que os homens tenham rejeitado Jesus, o Pai o exaltou soberanamente:
“Pelo que também Deus o exaltou soberanamente e lhe deu um nome que é sobre todo nome” (Fp 2.9)
O verbo grego aqui é ὑπερυψόω (hyperypsoō) – “exaltar sobremaneira”, “levantar acima de todos”. Indica que a rejeição humana foi compensada com a mais alta honra divina. O mesmo Jesus que foi desprezado na cruz, agora está à destra do Pai (Hb 1.3).
📚 O comentarista Gordon Fee, em Paul’s Letter to the Philippians (NICNT), observa que essa exaltação é não apenas um ato de justiça divina, mas também a resposta escatológica do Pai ao servo sofredor.
3. Aplicação Pessoal
A rejeição é dolorosa, especialmente quando se trata daqueles que mais amamos ou queremos alcançar. Jesus experimentou a rejeição dos seus e não retaliou, nem desistiu, mas permaneceu firme em sua missão.
▶ Aplicação prática: Os discípulos de Cristo devem estar preparados para enfrentar desprezo, oposição e crítica, principalmente por parte dos que mais deveriam reconhecer a luz. Todavia, assim como o Pai honrou o Filho, há honra reservada aos fiéis (Rm 8.17-18).
📊 TABELA EXPOSITIVA
TEMA | DETALHE BÍBLICO-TEOLÓGICO |
Rejeição Profetizada | Is 53.3; Mc 8.31 – A rejeição foi prevista pelos profetas e pelo próprio Cristo. |
Rejeição Ativa | Jo 1.11 – Paradechomai: recusa ativa de aceitar Jesus como Messias. |
Causas da Rejeição | Cegueira espiritual, orgulho religioso (Jo 5.39-40; 9.39-41). |
Reação de Jesus à Rejeição | Perseverança, não retaliação (Lc 9.51-56; Jo 6.66-69). |
Exaltação do Filho | Fp 2.9 – Hyperypsoō: Elevação suprema após a humilhação. |
Resposta do Pai | Hb 1.3; At 2.36 – Deus exaltou aquele que os homens desprezaram. |
Lição aos discípulos | 1Pe 4.12-14; 2Tm 2.12 – Sofrer com Cristo é também caminho para reinar com Ele. |
Conclusão
Jesus enfrentou a rejeição sem perder o foco da missão. Isso nos ensina que o sucesso no Reino de Deus não é ausência de oposição, mas fidelidade apesar dela. Como discípulos, seremos por vezes incompreendidos ou rejeitados, mas a exaltação e a aprovação final virão do Pai.
“Porque, ainda que meu pai e minha mãe me desamparem, o Senhor me recolherá.” (Sl 27.10)
1- Jesus enfrentou a rejeição
Jesus não paralisou diante da rejeição que sofreu (Jo 1.11); pelo contrário, Ele continua focado na missão que tinha a cumprir. Os Evangelhos Sinóticos registram que o Filho de Deus foi rejeitado até mesmo pela população de Sua cidade natal, Nazaré (Mt 13.54-58; Mc 6.1-6; Lc 4. 16-29).
1.1. Jesus seguiu em Sua missão. Jesus seguiu pregando o Reino e o Amor de Deus para que quem cresse no Filho tivesse a vida eterna (Jo 3.16). Apesar de ter sido rejeitado por muitos, o Filho de Deus foi exaltado pelo Pai, como já previam as Escrituras: “A pedra que os edificadores rejeitaram tornou-se cabeça de esquina. Foi o Senhor que fez isto, e é uma coisa maravilhosa aos nossos olhos”, Sl 118.22,23. O Filho de Deus recebeu a missão de reconciliar os perdidos com o Pai, e seguiu firme nesse propósito até o fim (Jo 19.30).
Ralph Earle; Joseph Mayfield (2019, p.30): “Uma tradução literal seria a seguinte: ‘Ele veio para as suas próprias coisas, e o seu próprio povo não o recebeu. Não foi o mundo natural que recusou aceitá-lo. A recusa e a rebeldia vieram dos corações dos homens. João usa a palavra ‘conhecer’ para abraçar mais do que um entendimento intelectual. “O fracasso em conhecer a Deus é um fracasso sobre um plano ético. É a rejeição voluntária de Deus, e o repúdio à sua justiça”. Sem dúvida, a rejeição completa da melhor e mais elevada revelação de Deus foi demonstrada pelos líderes de Israel, geralmente descritos por João como ‘os judeus”.
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
1. “Veio para o que era seu, e os seus não o receberam” (Jo 1.11)
▪ Análise do texto grego:
O texto grego de João 1.11 é:
"Εἰς τὰ ἴδια ἦλθεν, καὶ οἱ ἴδιοι αὐτὸν οὐ παρέλαβον."
- "εἰς τὰ ἴδια" = “para os seus bens” ou “para aquilo que Lhe pertencia” (neutro plural). Refere-se à terra, ao povo, à herança messiânica (cf. Sl 24.1; Dt 7.6).
- "οἱ ἴδιοι" = “os seus próprios” (masculino plural), referindo-se ao povo de Israel.
- "παρέλαβον" = do verbo παραλαμβάνω – "acolher, aceitar, receber junto", com implicação de aceitação íntima e voluntária.
🧠 Ralph Earle observa que há um contraste intencional entre o neutro “τὰ ἴδια” e o masculino “οἱ ἴδιοι”, mostrando que o Filho entrou no seu próprio mundo, mas foi rejeitado pelos seus próprios.
▪ Rejeição profética:
Essa rejeição já havia sido antecipada em textos como Salmo 118.22 e Isaías 53.3 – onde o Messias é rejeitado como “pedra que os edificadores rejeitaram” e como “desprezado e o mais rejeitado entre os homens”. O evangelho de João está ecoando essa tradição profética.
2. A rejeição em Nazaré (Mt 13.54-58; Mc 6.1-6; Lc 4.16-30)
Jesus, ao pregar em sua cidade natal, Nazaré, foi rejeitado por causa da familiaridade superficial que as pessoas tinham com Ele. Diziam: “Não é este o filho do carpinteiro?” (Mt 13.55).
- A palavra usada em Marcos 6.3 para indicar a rejeição é σκανδαλίζω (skandalízō) – “escandalizar, fazer tropeçar”. Eles tropeçaram por causa da humildade de Jesus.
- Lc 4.28-29 mostra que a rejeição não foi apenas verbal, mas violenta. Os nazarenos tentaram matá-lo.
📘 Craig Keener observa que “a rejeição do profeta em sua terra natal era uma expectativa comum na tradição profética do Antigo Testamento” (cf. Jr 11.21; 12.6).
3. O significado teológico da rejeição
- A rejeição de Jesus não o impediu de cumprir sua missão. Ele sabia que sua obra redentora incluiria o desprezo (Is 50.6-7; Mt 16.21).
- A rejeição humana não anula o plano divino. Deus exaltou o Filho (Fp 2.9-11), e fez da pedra rejeitada a principal do edifício (Sl 118.22; Ef 2.20).
🙏 APLICAÇÃO PESSOAL
- Fidelidade diante da rejeição: Assim como Cristo, os discípulos também devem estar preparados para enfrentar o desprezo e a incompreensão. O evangelho nem sempre será popular.
- Acolhimento de Cristo: O texto nos convida a examinar se verdadeiramente recebemos a Cristo – não apenas intelectualmente, mas com fé e submissão.
- Esperança para os rejeitados: O exemplo de Jesus inspira confiança. Mesmo sendo rejeitado, Ele foi exaltado pelo Pai. Deus não despreza os seus filhos (Dt 31.6; Sl 27.10).
📊 TABELA EXPOSITIVA
Aspecto
Descrição
Texto-chave
João 1.11 – “Veio para o que era seu, e os seus não o receberam.”
Palavras gregas
ἴδια (próprios bens), οἱ ἴδιοι (seus próprios), παρέλαβον (receberam, acolheram), σκανδαλίζω (escandalizar, ofender)
Contexto histórico
O povo judeu esperava um Messias poderoso e político, não um carpinteiro humilde e profeta itinerante. Isso gerou rejeição e incredulidade.
Cumprimento profético
Salmo 118.22; Isaías 53.3 – A rejeição do Messias era prevista.
Lição teológica
A rejeição humana não impede a exaltação divina. O plano de Deus é soberano mesmo diante da incredulidade.
Aplicação à vida cristã
Mesmo diante da oposição, o cristão deve continuar firme na missão. A aceitação de Cristo exige mais que simpatia – requer entrega e fé verdadeira.
📚 REFERÊNCIAS ACADÊMICAS CRISTÃS
- Ralph Earle & Joseph Mayfield, Comentário Bíblico Beacon – João (CPAD, 2019).
- Craig S. Keener, The IVP Bible Background Commentary: New Testament.
- D. A. Carson, O Comentário Bíblico de João (Vida Nova).
- William Hendriksen, Comentário do Novo Testamento – João.
- Bíblia de Estudo NAA com Notas de Estudo da Reforma (SBB).
1. “Veio para o que era seu, e os seus não o receberam” (Jo 1.11)
▪ Análise do texto grego:
O texto grego de João 1.11 é:
"Εἰς τὰ ἴδια ἦλθεν, καὶ οἱ ἴδιοι αὐτὸν οὐ παρέλαβον."
- "εἰς τὰ ἴδια" = “para os seus bens” ou “para aquilo que Lhe pertencia” (neutro plural). Refere-se à terra, ao povo, à herança messiânica (cf. Sl 24.1; Dt 7.6).
- "οἱ ἴδιοι" = “os seus próprios” (masculino plural), referindo-se ao povo de Israel.
- "παρέλαβον" = do verbo παραλαμβάνω – "acolher, aceitar, receber junto", com implicação de aceitação íntima e voluntária.
🧠 Ralph Earle observa que há um contraste intencional entre o neutro “τὰ ἴδια” e o masculino “οἱ ἴδιοι”, mostrando que o Filho entrou no seu próprio mundo, mas foi rejeitado pelos seus próprios.
▪ Rejeição profética:
Essa rejeição já havia sido antecipada em textos como Salmo 118.22 e Isaías 53.3 – onde o Messias é rejeitado como “pedra que os edificadores rejeitaram” e como “desprezado e o mais rejeitado entre os homens”. O evangelho de João está ecoando essa tradição profética.
2. A rejeição em Nazaré (Mt 13.54-58; Mc 6.1-6; Lc 4.16-30)
Jesus, ao pregar em sua cidade natal, Nazaré, foi rejeitado por causa da familiaridade superficial que as pessoas tinham com Ele. Diziam: “Não é este o filho do carpinteiro?” (Mt 13.55).
- A palavra usada em Marcos 6.3 para indicar a rejeição é σκανδαλίζω (skandalízō) – “escandalizar, fazer tropeçar”. Eles tropeçaram por causa da humildade de Jesus.
- Lc 4.28-29 mostra que a rejeição não foi apenas verbal, mas violenta. Os nazarenos tentaram matá-lo.
📘 Craig Keener observa que “a rejeição do profeta em sua terra natal era uma expectativa comum na tradição profética do Antigo Testamento” (cf. Jr 11.21; 12.6).
3. O significado teológico da rejeição
- A rejeição de Jesus não o impediu de cumprir sua missão. Ele sabia que sua obra redentora incluiria o desprezo (Is 50.6-7; Mt 16.21).
- A rejeição humana não anula o plano divino. Deus exaltou o Filho (Fp 2.9-11), e fez da pedra rejeitada a principal do edifício (Sl 118.22; Ef 2.20).
🙏 APLICAÇÃO PESSOAL
- Fidelidade diante da rejeição: Assim como Cristo, os discípulos também devem estar preparados para enfrentar o desprezo e a incompreensão. O evangelho nem sempre será popular.
- Acolhimento de Cristo: O texto nos convida a examinar se verdadeiramente recebemos a Cristo – não apenas intelectualmente, mas com fé e submissão.
- Esperança para os rejeitados: O exemplo de Jesus inspira confiança. Mesmo sendo rejeitado, Ele foi exaltado pelo Pai. Deus não despreza os seus filhos (Dt 31.6; Sl 27.10).
📊 TABELA EXPOSITIVA
Aspecto | Descrição |
Texto-chave | João 1.11 – “Veio para o que era seu, e os seus não o receberam.” |
Palavras gregas | ἴδια (próprios bens), οἱ ἴδιοι (seus próprios), παρέλαβον (receberam, acolheram), σκανδαλίζω (escandalizar, ofender) |
Contexto histórico | O povo judeu esperava um Messias poderoso e político, não um carpinteiro humilde e profeta itinerante. Isso gerou rejeição e incredulidade. |
Cumprimento profético | Salmo 118.22; Isaías 53.3 – A rejeição do Messias era prevista. |
Lição teológica | A rejeição humana não impede a exaltação divina. O plano de Deus é soberano mesmo diante da incredulidade. |
Aplicação à vida cristã | Mesmo diante da oposição, o cristão deve continuar firme na missão. A aceitação de Cristo exige mais que simpatia – requer entrega e fé verdadeira. |
📚 REFERÊNCIAS ACADÊMICAS CRISTÃS
- Ralph Earle & Joseph Mayfield, Comentário Bíblico Beacon – João (CPAD, 2019).
- Craig S. Keener, The IVP Bible Background Commentary: New Testament.
- D. A. Carson, O Comentário Bíblico de João (Vida Nova).
- William Hendriksen, Comentário do Novo Testamento – João.
- Bíblia de Estudo NAA com Notas de Estudo da Reforma (SBB).
1.2. Alguns rejeitaram os milagres de Jesus. Em seu Evangelho, João narra sete milagres realizados por Jesus. Entre eles, quando Jesus cospe na terra, faz lama e unta os olhos de um homem cego; depois, manda que ele vá se lavar no tanque de Siloé. O homem obedeceu e voltou a ver (Jo 9.6,7). Esse milagre evidencia, uma vez mais, a divindade de Jesus, irritando grandemente os fariseus (Jo 9.28,29), já que o milagre foi realizado num dia de sábado (Jo 9.16). O fato de aquele homem reconhecer que foi curado pelo Filho de Deus deixou os fariseus furiosos, porque eles se consideravam espiritualmente superiores (Jo 9.34).
César Roza de Melo (2021, L.13): “A análise deste milagre operado por Jesus é interessante, pois Jesus aproveita para corrigir um erro quanto às enfermidades, pois muitos acreditavam que uma deficiência de nascença provinha de algum pecado de seus antepassados, ou até mesmo pecado de uma criança no ventre. Basta olhar a perícope de João 9 e veremos a resposta de Jesus. Ele foi enfático ao dizer que nem a criança e nem seus pais pecaram. Jesus deixa claro que Seu poder é maior do que qualquer tragédia humana ou defeito de nascimento: o Seu poder sobrepujar nossas expectativas. A grande lição é que Deus não está preso aos métodos humanos; Jesus é o Filho de Deus e tem poder sobre a vida e as circunstâncias”.
1.3. Rejeitado pelos irmãos. Jesus teve irmãos biológicos, também filhos de Maria, entre eles: Tiago, José, Judas e Simão (Mc 6.3). Porém, houve um tempo em que eles também O rejeitam: “Disseram-lhe, pois, seus irmãos: Sai daqui, e vai para a Judéia, para que também os teus discípulos vejam as obras que fazes, Jo 7.3. Ou seja, os irmãos de Jesus não estavam entre os Seus seguidores até aquele momento (Jo 7.5).
French Arrington; Roger Stronstad (2009, pp.528,529): “Como os irmãos de Jesus falam claramente os coloca na categoria dos incrédulos. Jesus se distingue ainda mais dos seus irmãos. Seus irmãos foram vistos pela última vez em João 2.12. Jesus não confiava neles e também não confia agora. Nestes pequenos parágrafos, estes irmãos desempenham papel importante e tornam-se antagonistas de Jesus, aparecendo duas vezes (vv.3,10). Eles estão com o mundo (que o odeia) em seu pecado e incapacidade de conhecer as coisas espirituais. Mais tarde, em João 20.17, Jesus envia uma mensagem a seus irmãos acerca de ir para o Pai, muito veemente a fim de encorajá-los a crer”.
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
1.2. Alguns rejeitaram os milagres de Jesus (João 9.6-7,16,28-29,34)
O milagre da cura do cego de nascença é exclusivo do Evangelho de João, uma das sete “sinais” (σημεῖον, sēmeion) que apontam para a identidade messiânica e divina de Jesus (Jo 20.30-31). Esse sinal confronta tanto a teologia popular da época como a religiosidade endurecida dos fariseus.
➤ Análise exegética:
- João 9.6: Jesus mistura terra com saliva para fazer lama (πηλός – pēlós) e unge os olhos do cego. Esse gesto lembra a criação do homem a partir do barro (cf. Gn 2.7), sugerindo que o Criador está presente em Cristo, recriando a visão.
- João 9.7: O verbo usado para "lavar" é νίψαι (nipsai), forma de νίπτω, usado para lavagens rituais ou simbólicas. O tanque de Siloé (que significa “Enviado” – Σιλοάμ, Silōam) reforça que o enviado por Deus é quem traz cura física e espiritual.
- João 9.16: Os fariseus dizem: “Este homem não é de Deus, porque não guarda o sábado”. A palavra grega usada para “guardar” é τηρέω (tēreō), que pode significar “observar cuidadosamente”. Jesus, ao curar no sábado, é rejeitado por não seguir as tradições deles, embora estivesse cumprindo o verdadeiro espírito da Lei.
➤ Implicações teológicas:
- O episódio revela que a rejeição da verdade muitas vezes ocorre em nome da religiosidade. A oposição dos fariseus à cura mostra que milagres não convencem os corações endurecidos.
- Jesus desconstrói a teologia do sofrimento ligada ao pecado herdado. Ele afirma que a condição do cego não era resultado de pecado, mas uma oportunidade de manifestação da glória divina (Jo 9.3).
➤ Referência acadêmica:
Segundo Andreas Köstenberger (2004), “O sinal do cego mostra que Jesus é a luz do mundo, e que a verdadeira cegueira é espiritual. A incredulidade dos fariseus destaca que os verdadeiros cegos eram aqueles que se recusavam a ver a verdade mesmo diante do milagre.”
1.3. Rejeitado pelos irmãos (João 7.3-5)
Mesmo os irmãos de Jesus não creram nEle durante seu ministério terreno. João os classifica como incrédulos (ἠπίστουν – ēpistoun, de ἀπιστέω – apisteō, "não crer").
➤ Análise exegética:
- Jo 7.3: A expressão “sai daqui” usa o imperativo de ἔρχομαι (erchomai), sugerindo uma exortação sarcástica, quase desdenhosa. Era um desafio irônico à missão de Jesus.
- Jo 7.5: “Pois nem mesmo seus irmãos criam nele.” O verbo πιστεύω (pisteuō, crer) aparece na forma imperfeita, indicando uma descrença contínua, e não apenas momentânea.
➤ Implicações teológicas:
- A rejeição pelos irmãos aponta para o cumprimento de profecias como Isaías 53.3: “Rejeitado entre os homens”.
- Esse fato revela que a verdadeira fé não depende da proximidade biológica com Jesus, mas do reconhecimento espiritual da sua identidade divina.
- A fé dos irmãos de Jesus veio depois, como se vê com Tiago (At 1.14), mostrando o poder transformador da ressurreição.
➤ Referência acadêmica:
Craig Keener (2003) observa: “O retrato dos irmãos de Jesus nos Evangelhos é honesto: eles não criam nele inicialmente. Essa rejeição inicial é teologicamente importante, pois mostra que até mesmo os mais próximos podem resistir à verdade antes de uma revelação divina mais plena.”
✍️ APLICAÇÃO PESSOAL
- Você já foi rejeitado por fazer o bem ou por obedecer a Deus? Jesus também foi. Ele entende sua dor e é seu exemplo de perseverança.
- A fé pode surgir mesmo após a rejeição. Se alguém da sua família ainda não crê, ore e continue testemunhando com amor e firmeza.
- Cuidado com a religiosidade que impede de ver os milagres de Deus hoje. Não permita que tradições humanas obscureçam a ação de Deus em sua vida.
📊 TABELA EXPOSITIVA
Aspecto
João 9 – Cura do Cego
João 7 – Rejeição pelos Irmãos
Milagre
Lama e cura no tanque de Siloé
Nenhum milagre, apenas desprezo
Palavra-chave (gr.)
πηλός (lama), νίψαι (lavar)
ἀπιστέω (não crer)
Reação
Rejeição por parte dos fariseus
Rejeição por parte da família
Teologia
Jesus como Criador, Luz do mundo
Jesus como rejeitado entre os seus
Lições
A religiosidade pode cegar
A proximidade física não garante fé
Aplicação
Confiar em Jesus mesmo na dor
Orar pelos que ainda não creem
1.2. Alguns rejeitaram os milagres de Jesus (João 9.6-7,16,28-29,34)
O milagre da cura do cego de nascença é exclusivo do Evangelho de João, uma das sete “sinais” (σημεῖον, sēmeion) que apontam para a identidade messiânica e divina de Jesus (Jo 20.30-31). Esse sinal confronta tanto a teologia popular da época como a religiosidade endurecida dos fariseus.
➤ Análise exegética:
- João 9.6: Jesus mistura terra com saliva para fazer lama (πηλός – pēlós) e unge os olhos do cego. Esse gesto lembra a criação do homem a partir do barro (cf. Gn 2.7), sugerindo que o Criador está presente em Cristo, recriando a visão.
- João 9.7: O verbo usado para "lavar" é νίψαι (nipsai), forma de νίπτω, usado para lavagens rituais ou simbólicas. O tanque de Siloé (que significa “Enviado” – Σιλοάμ, Silōam) reforça que o enviado por Deus é quem traz cura física e espiritual.
- João 9.16: Os fariseus dizem: “Este homem não é de Deus, porque não guarda o sábado”. A palavra grega usada para “guardar” é τηρέω (tēreō), que pode significar “observar cuidadosamente”. Jesus, ao curar no sábado, é rejeitado por não seguir as tradições deles, embora estivesse cumprindo o verdadeiro espírito da Lei.
➤ Implicações teológicas:
- O episódio revela que a rejeição da verdade muitas vezes ocorre em nome da religiosidade. A oposição dos fariseus à cura mostra que milagres não convencem os corações endurecidos.
- Jesus desconstrói a teologia do sofrimento ligada ao pecado herdado. Ele afirma que a condição do cego não era resultado de pecado, mas uma oportunidade de manifestação da glória divina (Jo 9.3).
➤ Referência acadêmica:
Segundo Andreas Köstenberger (2004), “O sinal do cego mostra que Jesus é a luz do mundo, e que a verdadeira cegueira é espiritual. A incredulidade dos fariseus destaca que os verdadeiros cegos eram aqueles que se recusavam a ver a verdade mesmo diante do milagre.”
1.3. Rejeitado pelos irmãos (João 7.3-5)
Mesmo os irmãos de Jesus não creram nEle durante seu ministério terreno. João os classifica como incrédulos (ἠπίστουν – ēpistoun, de ἀπιστέω – apisteō, "não crer").
➤ Análise exegética:
- Jo 7.3: A expressão “sai daqui” usa o imperativo de ἔρχομαι (erchomai), sugerindo uma exortação sarcástica, quase desdenhosa. Era um desafio irônico à missão de Jesus.
- Jo 7.5: “Pois nem mesmo seus irmãos criam nele.” O verbo πιστεύω (pisteuō, crer) aparece na forma imperfeita, indicando uma descrença contínua, e não apenas momentânea.
➤ Implicações teológicas:
- A rejeição pelos irmãos aponta para o cumprimento de profecias como Isaías 53.3: “Rejeitado entre os homens”.
- Esse fato revela que a verdadeira fé não depende da proximidade biológica com Jesus, mas do reconhecimento espiritual da sua identidade divina.
- A fé dos irmãos de Jesus veio depois, como se vê com Tiago (At 1.14), mostrando o poder transformador da ressurreição.
➤ Referência acadêmica:
Craig Keener (2003) observa: “O retrato dos irmãos de Jesus nos Evangelhos é honesto: eles não criam nele inicialmente. Essa rejeição inicial é teologicamente importante, pois mostra que até mesmo os mais próximos podem resistir à verdade antes de uma revelação divina mais plena.”
✍️ APLICAÇÃO PESSOAL
- Você já foi rejeitado por fazer o bem ou por obedecer a Deus? Jesus também foi. Ele entende sua dor e é seu exemplo de perseverança.
- A fé pode surgir mesmo após a rejeição. Se alguém da sua família ainda não crê, ore e continue testemunhando com amor e firmeza.
- Cuidado com a religiosidade que impede de ver os milagres de Deus hoje. Não permita que tradições humanas obscureçam a ação de Deus em sua vida.
📊 TABELA EXPOSITIVA
Aspecto | João 9 – Cura do Cego | João 7 – Rejeição pelos Irmãos |
Milagre | Lama e cura no tanque de Siloé | Nenhum milagre, apenas desprezo |
Palavra-chave (gr.) | πηλός (lama), νίψαι (lavar) | ἀπιστέω (não crer) |
Reação | Rejeição por parte dos fariseus | Rejeição por parte da família |
Teologia | Jesus como Criador, Luz do mundo | Jesus como rejeitado entre os seus |
Lições | A religiosidade pode cegar | A proximidade física não garante fé |
Aplicação | Confiar em Jesus mesmo na dor | Orar pelos que ainda não creem |
EU ENSINEI QUE:
Jesus teve irmãos biológicos, entre eles: Tiago, José, Judas e Simão.
2- Jesus não parou diante da rejeição
O Filho de Deus foi rejeitado pelas autoridades religiosas (Jo 11.57), pelo Seu próprio povo (Mt 23.37) e por alguns de Seus seguidores (Jo 6.66). Porém, nada disso fez com que Ele deixasse de cumprir a Sua missão.
2.1. Rejeitado pelas autoridades religiosas. A Presença de Jesus revelou como os líderes religiosos de Seus dias estavam vazios e longe de Deus. No entanto, Jesus sabia que seria rejeitado por eles: “É necessário que o Filho do Homem padeça muitas coisas, e seja rejeitado dos anciãos e dos escribas, e seja morto, e ressuscite ao terceiro dia”, Lc 9.22. Ainda no AT, o Profeta Isaías escreveu que ele seria o mais desprezado e o mais rejeitado entre os homens (Is 53.3).
Matthew Henry (2003, p.783): “Realmente somos o que somos por dentro. Os motivos externos podem manter limpo o exterior, enquanto o interior está imundo; porém, se o coração e o espírito são feitos novos, haverá vida nova; aqui devemos começar por nós mesmos. A justiça dos escribas e dos fariseus era como os adornos de uma tumba ou o vestido de um cadáver, que só serviam como espetáculo. O engano dos corações dos pecadores se manifesta em que navegam, rio abaixo, pelas torrentes de pecado de sua própria época, enquanto se sentem orgulhosos de oporem-se aos pecados mais frequentes em épocas anteriores”.
2.2. Rejeitado pelo povo escolhido. A rejeição do Filho de Deus pelos líderes de Israel levou muitos israelenses a também rejeitar o Senhor: “(…) porquanto já os judeus tinham resolvido que, se alguém confessasse ser Ele o Cristo, fosse expulso da sinagoga”, Jo 9.22. O evangelista Mateus relata o alerta de Jesus: “Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas e apedrejas os que te são enviados! Quantas vezes quis eu ajuntar os teus filhos, como a galinha ajunta os seus pintos debaixo das asas, e tu não quiseste!”, Mt 23.37.
Leon L. Morris (1983, pp. 103-14), comenta sobre Lucas 4.28-30: “A ira propagou-se pela congregação inteira e se propuseram a linchar Jesus. A tentativa de precipitá-Lo do cume do monte parece ser um esforço para jogá-Lo por um precipício. Ressalta-se também a majestade da presença de Jesus. Meramente passando por entre eles, retirou-se. Não falou nenhuma parada irada, nem operou qualquer milagre espetacular. Simplesmente andou por meio da turba. […] Em tudo isto, temos um comentário sobre a terceira tentação. O povo procurou colocar Jesus na posição que Satanás sugerira. Mas Ele não deixou”.
2.3. Rejeitado por alguns de Seus seguidores. Jesus não atendeu às perspectivas materialistas de alguns de Seus seguidores, pregando uma mensagem dura, a qual eles não suportaram (Jo 6.60). Jesus, portanto, foi rejeitado por quem ouviu Suas pregações e presenciou Seus milagres (Jo 6.66).
French Arrington; Roger Stronstad (2009, pp.526): “Neste momento do ministério de Jesus, Ele tinha vários seguidores que poderiam vagamente serem chamados de seus discípulos. Estes ‘discípulos’ não eram os doze, e muitos deles não receberiam a sua mensagem. Eles demonstram dificuldade para aprender. O motivo por trás das palavras ásperas de Jesus não é difícil de se ver: Ele queria que as pessoas considerassem o custo de segui-lo (Lucas 14.25-33)”.
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
A rejeição de Jesus durante Seu ministério terreno é um tema recorrente nos Evangelhos. Ele foi rejeitado por autoridades religiosas, por Seu próprio povo e até mesmo por alguns de Seus seguidores mais próximos. Contudo, essa rejeição não impediu o cumprimento fiel da missão redentora. Ao contrário, ela fazia parte do plano soberano de Deus para a salvação da humanidade (Lc 9.22; Is 53.3; Jo 1.11).
2.1 – Rejeitado pelas autoridades religiosas
Texto-chave: Lucas 9.22
“É necessário que o Filho do Homem padeça muitas coisas, e seja rejeitado [ἀποδοκιμασθῆναι – apodokimasthēnai] pelos anciãos, principais sacerdotes e escribas, e seja morto, e ressuscite ao terceiro dia.”
🔍 Palavra grega – ἀποδοκιμάζω (apodokimazō)
Significa “reprovar após teste”, “rejeitar como indigno ou falso”. É usada para indicar um julgamento deliberado e consciente contra algo que foi examinado e rejeitado, especialmente em sentido espiritual e moral.
✍ Comentário teológico
Jesus não foi rejeitado por acidente ou por mal-entendido. Os líderes religiosos, após observarem Seu ensino e obras, decidiram rejeitá-Lo, pois Ele ameaçava seu sistema de poder e religiosidade externa. Como bem observa Matthew Henry, a justiça dos fariseus era como ornamentos fúnebres: bela por fora, morta por dentro (cf. Mt 23.27). A presença de Jesus expunha essa hipocrisia.
📚 Referência adicional
- R. T. France (2007) destaca que a rejeição por parte dos líderes não só estava prevista (Sl 118.22), mas também revelava o contraste entre a expectativa messiânica popular e a identidade real de Jesus como Servo Sofredor.
2.2 – Rejeitado pelo povo escolhido
Texto-chave: Mateus 23.37
“Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas… quantas vezes quis eu ajuntar os teus filhos [...] e tu não quiseste!”
🔍 Palavra grega – ἠθέλησα (ēthelēsa)
Traduzida como “quis”, vem de θέλω (thelō), que expressa um desejo profundo, uma vontade deliberada. Contrasta com o “não quiseste” (οὐκ ἠθελήσατε), mostrando o livre-arbítrio do povo na recusa.
✍ Comentário teológico
O clamor de Jesus demonstra tanto Sua compaixão quanto a dor da rejeição. Ele desejava acolher o povo, mas a dureza de coração levou-os a recusar. Leon Morris observa que até mesmo atos miraculosos e uma presença majestosa foram desprezados pela multidão movida pela fúria (Lc 4.28-30).
📚 Referência adicional
- Craig Keener (2014) enfatiza que rejeitar os enviados de Deus era um padrão histórico de Israel (cf. Ne 9.26). Jesus se posiciona como o último e maior desses enviados, sendo, por isso, rejeitado com maior severidade.
2.3 – Rejeitado por alguns de Seus seguidores
Texto-chave: João 6.66
“Desde então muitos dos seus discípulos tornaram para trás, e já não andavam com ele.”
🔍 Palavra grega – μαθηταί (mathētai)
Significa “discípulos”, mas aqui refere-se a seguidores em sentido amplo. Muitos eram apenas admiradores superficiais, interessados em milagres e benefícios (Jo 6.26), mas não em compromisso e renúncia.
✍ Comentário teológico
A pregação de Jesus era exigente: vida eterna por meio do “comer da carne e beber do sangue” do Filho do Homem (Jo 6.53) chocava tanto judeus quanto discípulos nominais. A rejeição aqui revela que nem todos os seguidores estão dispostos a pagar o preço da fé. Como destacam Arrington e Stronstad, Jesus queria que refletissem no custo de segui-Lo (Lc 14.25-33).
📚 Referência adicional
- Dietrich Bonhoeffer (2004), em O Custo do Discipulado, afirma que “graça barata” não sustenta o discipulado. Aqueles que abandonam o caminho quando as palavras de Cristo tornam-se duras, mostram que buscavam conforto e não a cruz.
2. APLICAÇÃO PESSOAL
📌 Perseverança em meio à rejeição
A experiência de Jesus nos ensina a perseverar quando enfrentamos rejeição em nossa fé, ministério ou convicções cristãs. Nem todos aceitarão a verdade do Evangelho – e muitos se afastarão quando a mensagem for confrontadora.
📌 Discernimento espiritual
Assim como os líderes religiosos foram desmascarados pela presença de Jesus, devemos examinar se nossa vida espiritual está fundamentada numa relação sincera com Deus ou em aparências.
📌 Compromisso genuíno
Seguir Jesus exige renúncia, fidelidade e resistência a tentações de superficialidade. O Evangelho não é apenas conforto, mas também cruz (Lc 9.23).
3. TABELA EXPOSITIVA
Aspecto da Rejeição
Texto Bíblico
Palavra Grega
Ensinamento Central
Aplicação Pessoal
Pelas autoridades religiosas
Lc 9.22
ἀποδοκιμάζω (apodokimazō) – rejeitar deliberadamente
Jesus expôs a hipocrisia dos líderes
Enfrentar oposição ao viver a verdade
Pelo povo escolhido
Mt 23.37; Jo 9.22
θέλω (thelō) – desejar, querer
O povo recusou o amor de Deus
Compromisso genuíno com Cristo
Por alguns discípulos
Jo 6.66
μαθηταί (mathētai) – seguidores
Muitos abandonaram por não suportar a verdade
Permanecer mesmo quando a fé exige renúncia
CONCLUSÃO
A rejeição de Jesus não foi um obstáculo, mas parte do plano divino de redenção. Ele seguiu firme, obediente até a morte, e nos deixou exemplo de perseverança e fidelidade. Em nossos dias, a mensagem do Evangelho ainda encontra resistência. Contudo, como discípulos do Mestre, somos chamados a proclamar a verdade com coragem, amor e constância.
A rejeição de Jesus durante Seu ministério terreno é um tema recorrente nos Evangelhos. Ele foi rejeitado por autoridades religiosas, por Seu próprio povo e até mesmo por alguns de Seus seguidores mais próximos. Contudo, essa rejeição não impediu o cumprimento fiel da missão redentora. Ao contrário, ela fazia parte do plano soberano de Deus para a salvação da humanidade (Lc 9.22; Is 53.3; Jo 1.11).
2.1 – Rejeitado pelas autoridades religiosas
Texto-chave: Lucas 9.22
“É necessário que o Filho do Homem padeça muitas coisas, e seja rejeitado [ἀποδοκιμασθῆναι – apodokimasthēnai] pelos anciãos, principais sacerdotes e escribas, e seja morto, e ressuscite ao terceiro dia.”
🔍 Palavra grega – ἀποδοκιμάζω (apodokimazō)
Significa “reprovar após teste”, “rejeitar como indigno ou falso”. É usada para indicar um julgamento deliberado e consciente contra algo que foi examinado e rejeitado, especialmente em sentido espiritual e moral.
✍ Comentário teológico
Jesus não foi rejeitado por acidente ou por mal-entendido. Os líderes religiosos, após observarem Seu ensino e obras, decidiram rejeitá-Lo, pois Ele ameaçava seu sistema de poder e religiosidade externa. Como bem observa Matthew Henry, a justiça dos fariseus era como ornamentos fúnebres: bela por fora, morta por dentro (cf. Mt 23.27). A presença de Jesus expunha essa hipocrisia.
📚 Referência adicional
- R. T. France (2007) destaca que a rejeição por parte dos líderes não só estava prevista (Sl 118.22), mas também revelava o contraste entre a expectativa messiânica popular e a identidade real de Jesus como Servo Sofredor.
2.2 – Rejeitado pelo povo escolhido
Texto-chave: Mateus 23.37
“Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas… quantas vezes quis eu ajuntar os teus filhos [...] e tu não quiseste!”
🔍 Palavra grega – ἠθέλησα (ēthelēsa)
Traduzida como “quis”, vem de θέλω (thelō), que expressa um desejo profundo, uma vontade deliberada. Contrasta com o “não quiseste” (οὐκ ἠθελήσατε), mostrando o livre-arbítrio do povo na recusa.
✍ Comentário teológico
O clamor de Jesus demonstra tanto Sua compaixão quanto a dor da rejeição. Ele desejava acolher o povo, mas a dureza de coração levou-os a recusar. Leon Morris observa que até mesmo atos miraculosos e uma presença majestosa foram desprezados pela multidão movida pela fúria (Lc 4.28-30).
📚 Referência adicional
- Craig Keener (2014) enfatiza que rejeitar os enviados de Deus era um padrão histórico de Israel (cf. Ne 9.26). Jesus se posiciona como o último e maior desses enviados, sendo, por isso, rejeitado com maior severidade.
2.3 – Rejeitado por alguns de Seus seguidores
Texto-chave: João 6.66
“Desde então muitos dos seus discípulos tornaram para trás, e já não andavam com ele.”
🔍 Palavra grega – μαθηταί (mathētai)
Significa “discípulos”, mas aqui refere-se a seguidores em sentido amplo. Muitos eram apenas admiradores superficiais, interessados em milagres e benefícios (Jo 6.26), mas não em compromisso e renúncia.
✍ Comentário teológico
A pregação de Jesus era exigente: vida eterna por meio do “comer da carne e beber do sangue” do Filho do Homem (Jo 6.53) chocava tanto judeus quanto discípulos nominais. A rejeição aqui revela que nem todos os seguidores estão dispostos a pagar o preço da fé. Como destacam Arrington e Stronstad, Jesus queria que refletissem no custo de segui-Lo (Lc 14.25-33).
📚 Referência adicional
- Dietrich Bonhoeffer (2004), em O Custo do Discipulado, afirma que “graça barata” não sustenta o discipulado. Aqueles que abandonam o caminho quando as palavras de Cristo tornam-se duras, mostram que buscavam conforto e não a cruz.
2. APLICAÇÃO PESSOAL
📌 Perseverança em meio à rejeição
A experiência de Jesus nos ensina a perseverar quando enfrentamos rejeição em nossa fé, ministério ou convicções cristãs. Nem todos aceitarão a verdade do Evangelho – e muitos se afastarão quando a mensagem for confrontadora.
📌 Discernimento espiritual
Assim como os líderes religiosos foram desmascarados pela presença de Jesus, devemos examinar se nossa vida espiritual está fundamentada numa relação sincera com Deus ou em aparências.
📌 Compromisso genuíno
Seguir Jesus exige renúncia, fidelidade e resistência a tentações de superficialidade. O Evangelho não é apenas conforto, mas também cruz (Lc 9.23).
3. TABELA EXPOSITIVA
Aspecto da Rejeição | Texto Bíblico | Palavra Grega | Ensinamento Central | Aplicação Pessoal |
Pelas autoridades religiosas | Lc 9.22 | ἀποδοκιμάζω (apodokimazō) – rejeitar deliberadamente | Jesus expôs a hipocrisia dos líderes | Enfrentar oposição ao viver a verdade |
Pelo povo escolhido | Mt 23.37; Jo 9.22 | θέλω (thelō) – desejar, querer | O povo recusou o amor de Deus | Compromisso genuíno com Cristo |
Por alguns discípulos | Jo 6.66 | μαθηταί (mathētai) – seguidores | Muitos abandonaram por não suportar a verdade | Permanecer mesmo quando a fé exige renúncia |
CONCLUSÃO
A rejeição de Jesus não foi um obstáculo, mas parte do plano divino de redenção. Ele seguiu firme, obediente até a morte, e nos deixou exemplo de perseverança e fidelidade. Em nossos dias, a mensagem do Evangelho ainda encontra resistência. Contudo, como discípulos do Mestre, somos chamados a proclamar a verdade com coragem, amor e constância.
EU ENSINEI QUE:
O Filho de Deus foi rejeitado pelos líderes religiosos, pelo Seu próprio povo e por alguns de Seus seguidores. 6061, 19109
3- Rejeitado por muitos, exaltado pelo Pai
Mesmo o Filho sendo rejeitado por muitos, o Senhor perseverou no cumprimento da missão. Assim, muitos não se deixaram ser levados pelos que O rejeitavam, mas creram em Jesus, receberam a Sua Palavra e O exaltaram. Vemos isto no Evangelho de João: Primeiramente, no testemunho de João Batista (Jo 1.29-34); depois, na cura do cego de nascença (Jo 9.1-41); por fim, diante de uma grande multidão em Sua entrada triunfal em Jerusalém (Jo 12.12-19).
3.1. João Batista testemunha Filho de Deus. João Batista testificou do Filho de Deus ao dizer que o Cristo viria após ele (Jo 1.15). Essa certeza de João Batista fez com que, ao ver Jesus caminhando em sua direção, ele o reconhecesse, dizendo: “Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo”, Jo 1.29. Aqui, João Batista cumpre com firmeza a missão de testemunhar e exaltar Jesus Cristo ao relatar que viu o Espírito Santo descer do céu como uma pomba e repousar sobre Ele (Jo 1.32).
Merril Unger (2006, p.440): “As autoridades judaicas queriam saber por que João batizava ou realizava um rito oficial sem status oficial. Sua resposta foi que a cerimônia da água que ele oficiava não era um fim em si mesma, mas a introdução e preparação para uma realização espiritual de importância bem maior a ser executada por aquele cujo caminho ele preparava e cujas correias das sandálias ele não era digno de desatar (função de escravos)”.
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
TÓPICO 3
✦ Rejeitado por muitos, exaltado pelo Pai
O ministério de Jesus foi marcado por uma tensão constante entre rejeição humana e exaltação divina. Essa oposição já estava prevista nas Escrituras, como no Salmo 118.22: “A pedra que os edificadores rejeitaram tornou-se a cabeça da esquina”. O cumprimento se dá plenamente em Cristo, que, embora rejeitado pelos líderes religiosos e por parte do povo, é exaltado publicamente pelo Pai, tanto por meio de testemunhos humanos (João Batista, o cego curado, a multidão) quanto por meio das manifestações sobrenaturais (Jo 12.28; Mt 3.17).
A glória de Cristo não depende do reconhecimento humano, mas é fruto de Sua submissão perfeita à vontade do Pai (Fp 2.6-11).
📖 ANÁLISE DAS PALAVRAS GREGAS
1. “Eis o Cordeiro de Deus” – Ἰδοὺ ὁ ἀμνὸς τοῦ θεοῦ (Jo 1.29)
- ἀμνὸς (amnos): "cordeiro", um termo sacrificial (cf. Ex 12.3-6; Is 53.7).
- João identifica Jesus como o Cordeiro expiatório, aquele que “tira” (αἴρων – airōn, levantar, remover) o pecado do mundo, evocando o conceito da substituição vicária.
2. “Viu o Espírito... repousar sobre Ele” – μένει ἐπ’ αὐτόν (Jo 1.32)
- μένω (menō): “permanecer, habitar” – aponta para a presença duradoura do Espírito sobre Jesus, em contraste com a unção temporária de profetas no AT.
- Esse verbo é essencial no vocabulário joanino (Jo 15.4-10), indicando relacionamento íntimo e contínuo com Deus.
3. “Hosana!” – Ὡσαννά (Jo 12.13)
- Transliteração do hebraico הוֹשִׁיעָה נָּא (hoshiah na) = “Salva, por favor!”
- A multidão, mesmo que parcialmente, reconhece em Jesus o Rei prometido no Salmo 118.26.
- A exaltação popular, porém, é distorcida por expectativas messiânicas políticas, não espirituais.
📚 REFERÊNCIAS ACADÊMICAS CRISTÃS
- D.A. Carson (2008), O Evangelho Segundo João
“A proclamação de João Batista apresenta Jesus como o Cordeiro que tira o pecado do mundo – uma fusão profunda dos temas do Cordeiro pascal (Êx 12), do servo sofredor (Is 53) e do sacrifício diário no templo.”
- Andreas J. Köstenberger (2004), John, Baker Exegetical Commentary
“A entrada triunfal revela uma ironia joanina: enquanto a multidão o aclama como rei, ela não compreende a natureza de seu reinado. O verdadeiro trono será a cruz.”
- Leon Morris (1995), The Gospel According to John
“O verbo ‘menō’ é teologicamente carregado no Quarto Evangelho. O Espírito ‘permanecer’ sobre Jesus mostra que Ele é o ungido definitivo e aquele que batiza no Espírito.”
🙋 APLICAÇÃO PESSOAL
- Perseverança na missão: Jesus nos ensina que a fidelidade a Deus não depende da aceitação humana. Mesmo sendo rejeitado, Ele cumpriu com firmeza o propósito do Pai.
- Testemunho corajoso: João Batista, o cego de nascença e até a multidão em Jerusalém servem como vozes que exaltam o Senhor, desafiando-nos a também sermos fiéis em proclamar Cristo mesmo quando o mundo o rejeita.
- Valor da exaltação divina: A verdadeira glória e aprovação vêm do Pai. A exaltação de Cristo não foi promovida por popularidade, mas por obediência até a morte (Fp 2.8-9). O mesmo se aplica a nós (1Pe 5.6).
📊 TABELA EXPOSITIVA
Evento
Texto-chave
Tipo de Exaltação
Resposta do Pai / Multidão
Aplicação Espiritual
João Batista exalta o Cordeiro
João 1.29-34
Profética e teofânica
Descida do Espírito Santo
Testemunhar de Cristo com ousadia
Cego de nascença testemunha
João 9.1-41
Experiência pessoal
Defesa pública contra líderes religiosos
Valorizar o testemunho pessoal da fé
Entrada triunfal em Jerusalém
João 12.12-19
Reconhecimento popular
“Hosana!” e ramos de palmeira
Glorificar a Cristo mesmo em meio a oposições
TÓPICO 3
✦ Rejeitado por muitos, exaltado pelo Pai
O ministério de Jesus foi marcado por uma tensão constante entre rejeição humana e exaltação divina. Essa oposição já estava prevista nas Escrituras, como no Salmo 118.22: “A pedra que os edificadores rejeitaram tornou-se a cabeça da esquina”. O cumprimento se dá plenamente em Cristo, que, embora rejeitado pelos líderes religiosos e por parte do povo, é exaltado publicamente pelo Pai, tanto por meio de testemunhos humanos (João Batista, o cego curado, a multidão) quanto por meio das manifestações sobrenaturais (Jo 12.28; Mt 3.17).
A glória de Cristo não depende do reconhecimento humano, mas é fruto de Sua submissão perfeita à vontade do Pai (Fp 2.6-11).
📖 ANÁLISE DAS PALAVRAS GREGAS
1. “Eis o Cordeiro de Deus” – Ἰδοὺ ὁ ἀμνὸς τοῦ θεοῦ (Jo 1.29)
- ἀμνὸς (amnos): "cordeiro", um termo sacrificial (cf. Ex 12.3-6; Is 53.7).
- João identifica Jesus como o Cordeiro expiatório, aquele que “tira” (αἴρων – airōn, levantar, remover) o pecado do mundo, evocando o conceito da substituição vicária.
2. “Viu o Espírito... repousar sobre Ele” – μένει ἐπ’ αὐτόν (Jo 1.32)
- μένω (menō): “permanecer, habitar” – aponta para a presença duradoura do Espírito sobre Jesus, em contraste com a unção temporária de profetas no AT.
- Esse verbo é essencial no vocabulário joanino (Jo 15.4-10), indicando relacionamento íntimo e contínuo com Deus.
3. “Hosana!” – Ὡσαννά (Jo 12.13)
- Transliteração do hebraico הוֹשִׁיעָה נָּא (hoshiah na) = “Salva, por favor!”
- A multidão, mesmo que parcialmente, reconhece em Jesus o Rei prometido no Salmo 118.26.
- A exaltação popular, porém, é distorcida por expectativas messiânicas políticas, não espirituais.
📚 REFERÊNCIAS ACADÊMICAS CRISTÃS
- D.A. Carson (2008), O Evangelho Segundo João
“A proclamação de João Batista apresenta Jesus como o Cordeiro que tira o pecado do mundo – uma fusão profunda dos temas do Cordeiro pascal (Êx 12), do servo sofredor (Is 53) e do sacrifício diário no templo.” - Andreas J. Köstenberger (2004), John, Baker Exegetical Commentary
“A entrada triunfal revela uma ironia joanina: enquanto a multidão o aclama como rei, ela não compreende a natureza de seu reinado. O verdadeiro trono será a cruz.” - Leon Morris (1995), The Gospel According to John
“O verbo ‘menō’ é teologicamente carregado no Quarto Evangelho. O Espírito ‘permanecer’ sobre Jesus mostra que Ele é o ungido definitivo e aquele que batiza no Espírito.”
🙋 APLICAÇÃO PESSOAL
- Perseverança na missão: Jesus nos ensina que a fidelidade a Deus não depende da aceitação humana. Mesmo sendo rejeitado, Ele cumpriu com firmeza o propósito do Pai.
- Testemunho corajoso: João Batista, o cego de nascença e até a multidão em Jerusalém servem como vozes que exaltam o Senhor, desafiando-nos a também sermos fiéis em proclamar Cristo mesmo quando o mundo o rejeita.
- Valor da exaltação divina: A verdadeira glória e aprovação vêm do Pai. A exaltação de Cristo não foi promovida por popularidade, mas por obediência até a morte (Fp 2.8-9). O mesmo se aplica a nós (1Pe 5.6).
📊 TABELA EXPOSITIVA
Evento | Texto-chave | Tipo de Exaltação | Resposta do Pai / Multidão | Aplicação Espiritual |
João Batista exalta o Cordeiro | João 1.29-34 | Profética e teofânica | Descida do Espírito Santo | Testemunhar de Cristo com ousadia |
Cego de nascença testemunha | João 9.1-41 | Experiência pessoal | Defesa pública contra líderes religiosos | Valorizar o testemunho pessoal da fé |
Entrada triunfal em Jerusalém | João 12.12-19 | Reconhecimento popular | “Hosana!” e ramos de palmeira | Glorificar a Cristo mesmo em meio a oposições |
3.2. A Luz que ilumina os rejeitados. O Evangelho de João nos apresenta a história de um homem cego de nascença que experimentou tanto a rejeição quanto a exaltação divina (Jo 9.6,7). Jesus, ao encontrá-lo, fez lama com sua própria saliva e a aplicou sobre seus olhos, ordenando-lhe que se lavasse no tanque de Siloé. Obediente à palavra do Mestre, ele se lavou e passou a enxergar, surpreendendo a todos ao seu redor (Jo 9.8). Esse milagre não apenas restaurou sua visão física, mas revelou uma verdade espiritual ainda mais profunda. Enquanto ele foi curado e teve seus olhos abertos, os religiosos da época permaneceram cegos espiritualmente, recusando-se a enxergar a obra de Deus. O próprio João descreve que, após o milagre, aquele homem creu em Jesus e o adorou (Jo 9.35-38), em contraste com os que, apesar de sua visão perfeita, estavam presos à escuridão da incredulidade.
Bíblia de Estudo Wiersbe (2016, p.1662): “O mendigo era físico e espiritualmente cego, mas tanto seus olhos como seu coração foram abertos. Por quê? Porque ele ouviu a Palavra, creu, obedeceu e experimentou a graça de Deus. Os fariseus tinham, fisicamente, uma boa visão; mas eram cegos espiritualmente. Se tivessem ouvido a Palavra e, sinceramente, considerado as evidências do Senhor, também teriam crido em Jesus Cristo e tido a oportunidade de nascer de novo”.
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
João 9.6–7,35–38
📖 TEXTO CHAVE: João 9.6–7,35–38
Jesus curou um homem cego de nascença, usando lama feita de saliva, e ordenou-lhe que lavasse no tanque de Siloé. Após a cura, o homem foi perseguido e rejeitado pelos líderes religiosos, mas Jesus o reencontrou e revelou-se como o Filho do Homem, sendo então adorado por ele.
1. O Milagre que Aponta para a Luz
Em João 9, Jesus realiza um sinal messiânico profetizado em Isaías 35.5: "Então os olhos dos cegos serão abertos". Este milagre não é apenas físico, mas teologicamente simbólico. A cegueira representa a condição espiritual de Israel, especialmente de seus líderes religiosos. Jesus é a "luz do mundo" (Jo 8.12), e ao curar o cego, revela que Ele ilumina a escuridão do pecado e da ignorância espiritual.
Palavra Grega:
- φῶς (phōs) — “luz”; usada para se referir à revelação divina e à vida que Jesus traz (Jo 1.4-5; 9.5).
- τυφλός (typhlos) — “cego”; literal e metaforicamente usado para cegueira espiritual (Jo 9.39-41).
“Jesus não apenas dá visão física, mas revela quem vê verdadeiramente, o que se torna um contraste entre fé e incredulidade.” (Carson, The Gospel According to John, 1991)
2. O Processo da Fé: Ouvir, Obedecer e Crer
O cego não pediu cura, mas respondeu à palavra de Jesus com obediência, indo ao tanque de Siloé. João destaca esse nome: “(que significa Enviado)” (Jo 9.7), apontando para Cristo como o verdadeiro Enviado do Pai. Esse detalhe não é trivial: a fé salvadora responde à Palavra de Cristo com ação, mesmo sem entender completamente (Rm 10.17).
Como destaca a Bíblia Wiersbe, “ele ouviu, creu, obedeceu e experimentou a graça”. O caminho da salvação envolve essa jornada progressiva.
3. Rejeitado pelos Homens, Recebido por Cristo
Após ser curado, o homem é rejeitado pelas autoridades religiosas, o que culmina em sua expulsão da sinagoga (Jo 9.34). Este é um paralelo com a rejeição de Cristo: os que creem n’Ele, muitas vezes, serão marginalizados pelo sistema religioso ou social. Contudo, Jesus vai ao seu encontro (Jo 9.35), revelando-Se como o “Filho do Homem” (cf. Dn 7.13-14).
Palavra Grega:
- προσκυνέω (proskyneō) — “adorar, prostrar-se”; usada em Jo 9.38 para mostrar que o homem reconhece Jesus como divino.
- Essa adoração não é mera reverência, mas verdadeira adoração espiritual — uma resposta do coração iluminado.
Craig Keener destaca: “O homem curado progressivamente reconhece Jesus como profeta (v.17), vindo de Deus (v.33), até chamá-lo de Senhor (κύριε) e adorá-lo (v.38). A fé cresce à medida que a luz aumenta.” (The IVP Bible Background Commentary, 1993)
4. Aplicação Pessoal
- A fé obediente abre os olhos espirituais (v.7). Quantas vezes queremos ver sem antes obedecer?
- Jesus busca os rejeitados (v.35). Se você foi excluído, Jesus te procura para uma revelação maior.
- Adoração verdadeira vem do encontro com a Luz. Quem teve os olhos espirituais abertos adora de forma viva e real.
📊 TABELA EXPOSITIVA – João 9.6–7,35–38
Aspecto
Descrição
Milagre
Cura do cego de nascença com lama e saliva
Local
Tanque de Siloé (hebraico: Shiloach – “Enviado”)
Atitude do cego
Obedeceu sem questionar; fé prática antes mesmo da visão
Reação dos fariseus
Cegueira espiritual, rejeição do milagre e do Messias
Encontro com Jesus
Jesus o busca e revela-se como o Filho do Homem (v.35-37)
Palavra-chave (grego)
φῶς (phōs) – Luz; προσκυνέω (proskyneō) – Adorar
Aplicação teológica
Jesus revela a luz espiritual aos humildes e rejeita o orgulho cego
Aplicação pessoal
Quem obedece à Palavra verá a glória de Deus e se tornará verdadeiro adorador
João 9.6–7,35–38
📖 TEXTO CHAVE: João 9.6–7,35–38
Jesus curou um homem cego de nascença, usando lama feita de saliva, e ordenou-lhe que lavasse no tanque de Siloé. Após a cura, o homem foi perseguido e rejeitado pelos líderes religiosos, mas Jesus o reencontrou e revelou-se como o Filho do Homem, sendo então adorado por ele.
1. O Milagre que Aponta para a Luz
Em João 9, Jesus realiza um sinal messiânico profetizado em Isaías 35.5: "Então os olhos dos cegos serão abertos". Este milagre não é apenas físico, mas teologicamente simbólico. A cegueira representa a condição espiritual de Israel, especialmente de seus líderes religiosos. Jesus é a "luz do mundo" (Jo 8.12), e ao curar o cego, revela que Ele ilumina a escuridão do pecado e da ignorância espiritual.
Palavra Grega:
- φῶς (phōs) — “luz”; usada para se referir à revelação divina e à vida que Jesus traz (Jo 1.4-5; 9.5).
- τυφλός (typhlos) — “cego”; literal e metaforicamente usado para cegueira espiritual (Jo 9.39-41).
“Jesus não apenas dá visão física, mas revela quem vê verdadeiramente, o que se torna um contraste entre fé e incredulidade.” (Carson, The Gospel According to John, 1991)
2. O Processo da Fé: Ouvir, Obedecer e Crer
O cego não pediu cura, mas respondeu à palavra de Jesus com obediência, indo ao tanque de Siloé. João destaca esse nome: “(que significa Enviado)” (Jo 9.7), apontando para Cristo como o verdadeiro Enviado do Pai. Esse detalhe não é trivial: a fé salvadora responde à Palavra de Cristo com ação, mesmo sem entender completamente (Rm 10.17).
Como destaca a Bíblia Wiersbe, “ele ouviu, creu, obedeceu e experimentou a graça”. O caminho da salvação envolve essa jornada progressiva.
3. Rejeitado pelos Homens, Recebido por Cristo
Após ser curado, o homem é rejeitado pelas autoridades religiosas, o que culmina em sua expulsão da sinagoga (Jo 9.34). Este é um paralelo com a rejeição de Cristo: os que creem n’Ele, muitas vezes, serão marginalizados pelo sistema religioso ou social. Contudo, Jesus vai ao seu encontro (Jo 9.35), revelando-Se como o “Filho do Homem” (cf. Dn 7.13-14).
Palavra Grega:
- προσκυνέω (proskyneō) — “adorar, prostrar-se”; usada em Jo 9.38 para mostrar que o homem reconhece Jesus como divino.
- Essa adoração não é mera reverência, mas verdadeira adoração espiritual — uma resposta do coração iluminado.
Craig Keener destaca: “O homem curado progressivamente reconhece Jesus como profeta (v.17), vindo de Deus (v.33), até chamá-lo de Senhor (κύριε) e adorá-lo (v.38). A fé cresce à medida que a luz aumenta.” (The IVP Bible Background Commentary, 1993)
4. Aplicação Pessoal
- A fé obediente abre os olhos espirituais (v.7). Quantas vezes queremos ver sem antes obedecer?
- Jesus busca os rejeitados (v.35). Se você foi excluído, Jesus te procura para uma revelação maior.
- Adoração verdadeira vem do encontro com a Luz. Quem teve os olhos espirituais abertos adora de forma viva e real.
📊 TABELA EXPOSITIVA – João 9.6–7,35–38
Aspecto | Descrição |
Milagre | Cura do cego de nascença com lama e saliva |
Local | Tanque de Siloé (hebraico: Shiloach – “Enviado”) |
Atitude do cego | Obedeceu sem questionar; fé prática antes mesmo da visão |
Reação dos fariseus | Cegueira espiritual, rejeição do milagre e do Messias |
Encontro com Jesus | Jesus o busca e revela-se como o Filho do Homem (v.35-37) |
Palavra-chave (grego) | φῶς (phōs) – Luz; προσκυνέω (proskyneō) – Adorar |
Aplicação teológica | Jesus revela a luz espiritual aos humildes e rejeita o orgulho cego |
Aplicação pessoal | Quem obedece à Palavra verá a glória de Deus e se tornará verdadeiro adorador |
3.3. A entrada em Jerusalém e a revelação do Messias. Os evangelistas Mateus (Mt 21.1-11), Marcos (Mc 11.1-11), Lucas (Lc 19.28-44) e João (Jo 12.12-19) relataram a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém, mostrando que Ele é o Messias, o Filho de Davi, cumprindo as profecias. Este que está sendo recepcionado em Jerusalém está prestes a ser levantado na cruz, ressuscitar e retornar à glória que tinha com o Pai antes da fundação do mundo (Jo 12.32; 17.5,24). Os discípulos testemunhariam o que Jesus já lhes tinha revelado (Mt 16.21). O Filho de Deus não veio como um líder para libertar Israel do jugo romano, mas como o Redentor da humanidade.
Comentário do Novo Testamento Aplicação Pessoal (2021, p.560): “Eles acreditavam que aquele que viesse em nome do Senhor fosse o Rei de Israel (SI 118.25-26; Sf3.15; Jo 1.49). Portanto, os judeus pensavam que estavam saudando a chegada de seu Rei. Mas aquelas pessoas que estavam louvando a Deus por lhes ter dado um rei tinham uma ideia equivocada a respeito de Jesus. Elas tinham a certeza de que ele seria um líder nacional, que iria restaurar a nação deles à sua glória anterior; desse modo, estavam surdos em relação às palavras de seus profetas e cegos em relação à verdadeira missão de Jesus”.
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
3.3. A Entrada Triunfal em Jerusalém e a Revelação do Messias
Textos-base: João 12.12-19; Mateus 21.1-11; Marcos 11.1-11; Lucas 19.28-44
1. Contexto e Significado da Entrada Triunfal
A entrada de Jesus em Jerusalém é um momento de grande significado messiânico que inaugura a semana final de Seu ministério terreno, a Paixão. A multidão saudava Jesus com ramos e aclamações, declarando-o “Rei de Israel”, cumprindo, assim, profecias do Antigo Testamento, especialmente o Salmo 118.25-26 e Zacarias 9.9.
O título “Filho de Davi” aponta para a expectativa judaica do Messias, descendente do rei Davi, que restauraria o reino de Israel (Mt 21.9; Jo 12.13).
2. O Equívoco Popular e a Verdadeira Missão de Jesus
Apesar das aclamações, a compreensão popular estava limitada a uma visão politicamente nacionalista do Messias — esperavam um libertador político que os tirasse do jugo romano. No entanto, Jesus veio para cumprir uma missão mais profunda e espiritual: ser o Redentor da humanidade, entregando-Se para a salvação de todos (Jo 12.32; 17.5).
Palavra Grega Analisada:
- Βασιλεὺς (basileus) – “Rei”
- Σῶμα (sōma) – “corpo” (em contexto da cruz, implicando sacrifício redentor)
- Ὑψόω (hypsóō) – “elevar”, “levantar” — usado em João 12.32, indicando que Jesus será elevado na cruz, glorificado para trazer salvação.
3. A Glória Revelada na Humilhação
Jesus não rejeitou essa aclamação popular, mas sabia que a verdadeira glória não estaria na restauração política, e sim em ser “levantado” — crucificado e ressuscitado (Jo 12.32-33). A glória do Filho está paradoxalmente na humilhação (Fl 2.6-11). Este momento marca a confirmação pública do Messias, mas também prenuncia o conflito que levaria à Sua rejeição e morte.
4. Testemunho dos Discípulos e Cumprimento Profético
Os discípulos testemunharam a entrada triunfal como cumprimento das profecias e confirmação da identidade messiânica de Jesus (Mt 16.21). Eles estavam prestes a entender a missão integral do Mestre: morte e ressurreição (Lc 24).
Referências Acadêmicas:
- Leon Morris (The Gospel According to John, 1995): destaca que a aclamação de “Hosana!” significa “Salva-nos agora!” — um grito de súplica que revela a expectativa de salvação imediata, embora mal compreendida.
- Craig Keener (The Gospel of John, 2003): salienta que a multidão estava animada, mas “a glória messiânica que eles esperavam era temporal, enquanto Jesus oferecia uma glória eterna e espiritual.”
- F.F. Bruce (The New Testament Documents, 1981): enfatiza que Jesus é o “Rei Servo” do Isaías 53, cuja glória viria na cruz, e não na vitória política.
Aplicação Pessoal:
- Reconhecer Jesus como Rei, não segundo nossas expectativas limitadas, mas conforme a revelação bíblica, que inclui sacrifício, redenção e vitória espiritual.
- Perseverar na fé mesmo quando a glória parece oculta ou contrária às nossas expectativas imediatas.
- Entregar nossa vida para que Cristo reine plenamente, não somente em palavras, mas em atitudes diárias.
- Entender que o caminho do discipulado implica, muitas vezes, contradição e rejeição, mas também a promessa da glória eterna (Jo 16.33).
Tabela Expositiva: A Entrada Triunfal de Jesus em Jerusalém
Elemento
Descrição
Referência Bíblica
Multidão Aclamante
Pessoas que estendem ramos, clamando “Hosana!”, esperando o Rei libertador
Jo 12.12-13; Mt 21.8-9
Título Messianico
“Filho de Davi” — reconhecendo Jesus como descendente do rei prometido
Mt 21.9; Jo 12.13
Profecia Cumprida
Salmo 118.25-26; Zacarias 9.9 — Rei humilde entrando em Jerusalém montado em jumenta
Jo 12.14-15; Mt 21.4-5
Reação Popular
Exaltação mas expectativa equivocada de libertação política
Comentários do Novo Testamento Aplicação Pessoal (2021, p.560)
A Missão Verdadeira
Ser “levantado” na cruz para redenção da humanidade; glorificação na humilhação
Jo 12.32-33; Fl 2.6-11
Testemunho dos discípulos
Entendimento gradual da missão do Messias: morte e ressurreição
Mt 16.21; Lc 24
Aplicação
Reconhecer Jesus como Rei e Salvador segundo a vontade divina, perseverando mesmo em rejeição
João 16.33
3.3. A Entrada Triunfal em Jerusalém e a Revelação do Messias
Textos-base: João 12.12-19; Mateus 21.1-11; Marcos 11.1-11; Lucas 19.28-44
1. Contexto e Significado da Entrada Triunfal
A entrada de Jesus em Jerusalém é um momento de grande significado messiânico que inaugura a semana final de Seu ministério terreno, a Paixão. A multidão saudava Jesus com ramos e aclamações, declarando-o “Rei de Israel”, cumprindo, assim, profecias do Antigo Testamento, especialmente o Salmo 118.25-26 e Zacarias 9.9.
O título “Filho de Davi” aponta para a expectativa judaica do Messias, descendente do rei Davi, que restauraria o reino de Israel (Mt 21.9; Jo 12.13).
2. O Equívoco Popular e a Verdadeira Missão de Jesus
Apesar das aclamações, a compreensão popular estava limitada a uma visão politicamente nacionalista do Messias — esperavam um libertador político que os tirasse do jugo romano. No entanto, Jesus veio para cumprir uma missão mais profunda e espiritual: ser o Redentor da humanidade, entregando-Se para a salvação de todos (Jo 12.32; 17.5).
Palavra Grega Analisada:
- Βασιλεὺς (basileus) – “Rei”
- Σῶμα (sōma) – “corpo” (em contexto da cruz, implicando sacrifício redentor)
- Ὑψόω (hypsóō) – “elevar”, “levantar” — usado em João 12.32, indicando que Jesus será elevado na cruz, glorificado para trazer salvação.
3. A Glória Revelada na Humilhação
Jesus não rejeitou essa aclamação popular, mas sabia que a verdadeira glória não estaria na restauração política, e sim em ser “levantado” — crucificado e ressuscitado (Jo 12.32-33). A glória do Filho está paradoxalmente na humilhação (Fl 2.6-11). Este momento marca a confirmação pública do Messias, mas também prenuncia o conflito que levaria à Sua rejeição e morte.
4. Testemunho dos Discípulos e Cumprimento Profético
Os discípulos testemunharam a entrada triunfal como cumprimento das profecias e confirmação da identidade messiânica de Jesus (Mt 16.21). Eles estavam prestes a entender a missão integral do Mestre: morte e ressurreição (Lc 24).
Referências Acadêmicas:
- Leon Morris (The Gospel According to John, 1995): destaca que a aclamação de “Hosana!” significa “Salva-nos agora!” — um grito de súplica que revela a expectativa de salvação imediata, embora mal compreendida.
- Craig Keener (The Gospel of John, 2003): salienta que a multidão estava animada, mas “a glória messiânica que eles esperavam era temporal, enquanto Jesus oferecia uma glória eterna e espiritual.”
- F.F. Bruce (The New Testament Documents, 1981): enfatiza que Jesus é o “Rei Servo” do Isaías 53, cuja glória viria na cruz, e não na vitória política.
Aplicação Pessoal:
- Reconhecer Jesus como Rei, não segundo nossas expectativas limitadas, mas conforme a revelação bíblica, que inclui sacrifício, redenção e vitória espiritual.
- Perseverar na fé mesmo quando a glória parece oculta ou contrária às nossas expectativas imediatas.
- Entregar nossa vida para que Cristo reine plenamente, não somente em palavras, mas em atitudes diárias.
- Entender que o caminho do discipulado implica, muitas vezes, contradição e rejeição, mas também a promessa da glória eterna (Jo 16.33).
Tabela Expositiva: A Entrada Triunfal de Jesus em Jerusalém
Elemento | Descrição | Referência Bíblica |
Multidão Aclamante | Pessoas que estendem ramos, clamando “Hosana!”, esperando o Rei libertador | Jo 12.12-13; Mt 21.8-9 |
Título Messianico | “Filho de Davi” — reconhecendo Jesus como descendente do rei prometido | Mt 21.9; Jo 12.13 |
Profecia Cumprida | Salmo 118.25-26; Zacarias 9.9 — Rei humilde entrando em Jerusalém montado em jumenta | Jo 12.14-15; Mt 21.4-5 |
Reação Popular | Exaltação mas expectativa equivocada de libertação política | Comentários do Novo Testamento Aplicação Pessoal (2021, p.560) |
A Missão Verdadeira | Ser “levantado” na cruz para redenção da humanidade; glorificação na humilhação | Jo 12.32-33; Fl 2.6-11 |
Testemunho dos discípulos | Entendimento gradual da missão do Messias: morte e ressurreição | Mt 16.21; Lc 24 |
Aplicação | Reconhecer Jesus como Rei e Salvador segundo a vontade divina, perseverando mesmo em rejeição | João 16.33 |
EU ENSINEI QUE:
João Batista testemunhou sobre o Filho de Deus, declarando que Cristo viria depois dele.
CONCLUSÃO
O próprio Senhor Jesus Cristo, em Seu discurso de despedida, advertiu que Seus discípulos enfrentaram rejeição e oposição ao longo da caminhada cristã (Jo 15.18-20). No entanto, Ele também assegurou que o Espírito Santo os fortaleceria e capacitá-los-ia para perseverar na missão (Jo 15.26-27). Dessa forma, nenhuma forma de rejeição ou oposição pode impedir o avanço da Igreja quando ela caminha no poder do Espírito Santo.
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
Rejeição e Perseverança dos Discípulos no Discurso de Despedida de Jesus
Texto-base: João 15.18-20; 15.26-27
1. A Realidade da Rejeição para os Discípulos (Jo 15.18-20)
Jesus não esconde a realidade da oposição: “Se o mundo vos odeia, sabei que, primeiro do que a vós, me odiou a mim” (v.18). A palavra grega μισεῖ (misei) traduz “odiar”, que expressa rejeição ativa e hostilidade. Jesus relaciona diretamente a rejeição ao fato dos discípulos pertencerem a Ele, pois o mundo odeia a verdadeira comunhão com Cristo.
- Κόσμος (kosmos) — o mundo, entendido aqui como o sistema humano corrupto e em oposição a Deus.
- Μισέω (miseó) — odiar, rejeitar veementemente.
Jesus afirma que os discípulos não são maiores que o Mestre; assim, enfrentariam perseguição semelhante, pois caminham no mesmo caminho.
2. A Função do Espírito Santo no Fortalecimento da Igreja (Jo 15.26-27)
Jesus promete o envio do Paráclito (Παράκλητος - Paraklētos), o Espírito da Verdade, que:
- Testificará de Jesus (v.26) e
- Capacitará os discípulos a testemunhar com ousadia (v.27).
O Espírito Santo é o consolador, advogado e capacitador enviado para garantir a eficácia da missão, mesmo diante da oposição.
3. Perseverança no Poder do Espírito
A missão dos discípulos não está condicionada à aceitação do mundo, mas ao poder e à presença do Espírito Santo que os habilita a resistir, perseverar e avançar.
- O fortalecimento do Espírito faz da Igreja uma testemunha viva da obra de Cristo na terra.
- Essa perseverança é a marca da verdadeira comunhão com Jesus.
Referências Acadêmicas
- Leon Morris (The Gospel According to John, 1995): “A rejeição enfrentada pelos discípulos é parte integrante do discipulado cristão. Eles são convidados a permanecer firmes, confiando no poder do Espírito para testemunhar a verdade.”
- Craig Keener (The Gospel of John, 2003): destaca que o Espírito Santo é quem habilita a Igreja para um testemunho eficaz, especialmente em contextos hostis.
- F.F. Bruce (The New Testament Documents, 1981): sublinha que o discurso de despedida prepara os discípulos para as dificuldades futuras, mas assegura-lhes o consolo e a capacitação divina.
Aplicação Pessoal
- Na caminhada cristã, rejeições e oposições são inevitáveis, mas não devem nos desencorajar.
- Devemos confiar no Espírito Santo para nos fortalecer e nos dar sabedoria e coragem para testemunhar fielmente.
- A rejeição é um selo de identificação com Cristo — aqueles que sofrem por Ele participam de Sua missão e vitória.
- Em meio às adversidades, manter firme o compromisso com a verdade e o amor, lembrando que Jesus venceu o mundo (Jo 16.33).
Tabela Expositiva: Rejeição e Capacitação dos Discípulos (João 15)
Elemento
Descrição
Referência Bíblica
Rejeição pelo mundo
O mundo odeia os discípulos porque odeia Jesus, e os discípulos não são maiores que Ele
Jo 15.18-20
Espírito Paráclito
O Espírito Santo enviado pelo Pai para testemunhar de Jesus e capacitar os discípulos
Jo 15.26-27
Função do Espírito
Consolador, fortalecedor, capacitador para o testemunho e perseverança
Jo 14.16-17, 26
Perseverança
Permanecer firmes na fé e na missão mesmo diante da oposição
Jo 15.20
Aplicação pessoal
Confiar no poder do Espírito, ver a rejeição como parte do discipulado, testemunhar com coragem
João 16.33
Rejeição e Perseverança dos Discípulos no Discurso de Despedida de Jesus
Texto-base: João 15.18-20; 15.26-27
1. A Realidade da Rejeição para os Discípulos (Jo 15.18-20)
Jesus não esconde a realidade da oposição: “Se o mundo vos odeia, sabei que, primeiro do que a vós, me odiou a mim” (v.18). A palavra grega μισεῖ (misei) traduz “odiar”, que expressa rejeição ativa e hostilidade. Jesus relaciona diretamente a rejeição ao fato dos discípulos pertencerem a Ele, pois o mundo odeia a verdadeira comunhão com Cristo.
- Κόσμος (kosmos) — o mundo, entendido aqui como o sistema humano corrupto e em oposição a Deus.
- Μισέω (miseó) — odiar, rejeitar veementemente.
Jesus afirma que os discípulos não são maiores que o Mestre; assim, enfrentariam perseguição semelhante, pois caminham no mesmo caminho.
2. A Função do Espírito Santo no Fortalecimento da Igreja (Jo 15.26-27)
Jesus promete o envio do Paráclito (Παράκλητος - Paraklētos), o Espírito da Verdade, que:
- Testificará de Jesus (v.26) e
- Capacitará os discípulos a testemunhar com ousadia (v.27).
O Espírito Santo é o consolador, advogado e capacitador enviado para garantir a eficácia da missão, mesmo diante da oposição.
3. Perseverança no Poder do Espírito
A missão dos discípulos não está condicionada à aceitação do mundo, mas ao poder e à presença do Espírito Santo que os habilita a resistir, perseverar e avançar.
- O fortalecimento do Espírito faz da Igreja uma testemunha viva da obra de Cristo na terra.
- Essa perseverança é a marca da verdadeira comunhão com Jesus.
Referências Acadêmicas
- Leon Morris (The Gospel According to John, 1995): “A rejeição enfrentada pelos discípulos é parte integrante do discipulado cristão. Eles são convidados a permanecer firmes, confiando no poder do Espírito para testemunhar a verdade.”
- Craig Keener (The Gospel of John, 2003): destaca que o Espírito Santo é quem habilita a Igreja para um testemunho eficaz, especialmente em contextos hostis.
- F.F. Bruce (The New Testament Documents, 1981): sublinha que o discurso de despedida prepara os discípulos para as dificuldades futuras, mas assegura-lhes o consolo e a capacitação divina.
Aplicação Pessoal
- Na caminhada cristã, rejeições e oposições são inevitáveis, mas não devem nos desencorajar.
- Devemos confiar no Espírito Santo para nos fortalecer e nos dar sabedoria e coragem para testemunhar fielmente.
- A rejeição é um selo de identificação com Cristo — aqueles que sofrem por Ele participam de Sua missão e vitória.
- Em meio às adversidades, manter firme o compromisso com a verdade e o amor, lembrando que Jesus venceu o mundo (Jo 16.33).
Tabela Expositiva: Rejeição e Capacitação dos Discípulos (João 15)
Elemento | Descrição | Referência Bíblica |
Rejeição pelo mundo | O mundo odeia os discípulos porque odeia Jesus, e os discípulos não são maiores que Ele | Jo 15.18-20 |
Espírito Paráclito | O Espírito Santo enviado pelo Pai para testemunhar de Jesus e capacitar os discípulos | Jo 15.26-27 |
Função do Espírito | Consolador, fortalecedor, capacitador para o testemunho e perseverança | Jo 14.16-17, 26 |
Perseverança | Permanecer firmes na fé e na missão mesmo diante da oposição | Jo 15.20 |
Aplicação pessoal | Confiar no poder do Espírito, ver a rejeição como parte do discipulado, testemunhar com coragem | João 16.33 |
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