TEXTO PRINCIPAL “E glorificavam a Deus a respeito de mim.” (GI 1.24) RESUMO DA LIÇÃO Paulo conta um pouco da sua história para defender seu ...
TEXTO PRINCIPAL
“E glorificavam a Deus a respeito de mim.” (GI 1.24)
RESUMO DA LIÇÃO
Paulo conta um pouco da sua história para defender seu ministério e mostrar que a mensagem que pregava não era estranha aos apóstolos de Jerusalém.
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
Gálatas 1.24
Texto:
“E glorificavam a Deus a respeito de mim.” (Gálatas 1.24, ARA)
📖 1. Contexto Imediato
Gálatas 1 é a introdução da epístola em que Paulo defende a origem divina do seu apostolado e da mensagem que prega. Após relatar sua perseguição contra a Igreja (v.13), sua conversão (v.15-16) e seu distanciamento inicial dos apóstolos de Jerusalém (v.17-22), ele conclui com um testemunho poderoso: os irmãos que antes o temiam, agora glorificam a Deus por sua vida transformada (v.23-24).
📜 2. Análise das Palavras Gregas
- “Glorificavam” (ἐδόξαζον – edoxazon):
Do verbo doxázō, significa “dar glória”, “honrar”, “exaltar”. É usado frequentemente nos Evangelhos para expressar louvor a Deus por ações maravilhosas (Lc 5.25; Mt 9.8). O uso aqui indica uma resposta pública de adoração diante da transformação operada por Deus em Paulo. - “a Deus” (τὸν θεόν – ton Theón):
Refere-se ao Deus verdadeiro, o Pai. O artigo definido ressalta a ênfase: “glorificavam o Deus verdadeiro”, não apenas em gratidão, mas como reconhecimento da soberania divina na salvação de alguém considerado irrecuperável. - “por minha causa” / “a respeito de mim” (ἐν ἐμοί – en emoi):
Literalmente “em mim” – apontando para a obra de Deus na pessoa de Paulo. A glória não era dada a Paulo, mas a Deus em função daquilo que Ele fez na vida do apóstolo.
📚 3. Referências Acadêmicas Cristãs
- John Stott afirma que a conversão de Paulo é prova cabal da iniciativa divina no evangelho. Nenhum esforço humano o persuadiu, mas o próprio Cristo revelou-se a ele (Stott, A Mensagem de Gálatas, ABU).
- F. F. Bruce destaca que o testemunho da Igreja sobre Paulo revela a autenticidade de sua missão: mesmo aqueles que não o conheciam pessoalmente reconheceram a graça de Deus sobre ele (Bruce, The Epistle to the Galatians, NICNT).
- Craig Keener observa que, culturalmente, a glória era dada a heróis ou benfeitores; aqui, o foco está em Deus como o autor da transformação. Isso rompe com qualquer vanglória pessoal (Keener, IVP Bible Background Commentary).
🙌 4. Aplicação Pessoal
A história de Paulo nos ensina que:
- Ninguém está fora do alcance da graça de Deus. Paulo era perseguidor, mas se tornou apóstolo.
- A transformação genuína gera testemunho. Quando Deus age em alguém, isso repercute e inspira outros.
- Nosso propósito de vida deve ser glorificar a Deus. Quando as pessoas veem o que Deus fez em nós, o nome dEle deve ser exaltado.
- Não precisamos buscar validação humana. Paulo não buscou agradar a homens (v.10), mas foi fiel ao chamado de Deus. Isso se reflete em seu testemunho.
📊 Tabela Expositiva
Elemento
Descrição
Versículo
Gálatas 1.24
Verbo-chave
ἐδόξαζον (edoxazon) – glorificavam
Objeto da Glória
τὸν θεόν (ton Theón) – o Deus verdadeiro
Motivação
ἐν ἐμοί (en emoi) – por causa da obra de Deus em Paulo
Mensagem Central
A transformação de Paulo glorificava a Deus, não a ele próprio
Aplicação
Nosso testemunho deve levar outros a glorificarem a Deus por nossas vidas
✝️ Conclusão
O versículo Gálatas 1.24 revela o fim principal do evangelho: glorificar a Deus por Sua obra redentora na vida das pessoas. A conversão de Paulo, antes perseguidor, agora proclamador do evangelho, demonstra que o poder de Deus é capaz de reescrever qualquer história. Que nossa vida e ministério também sirvam de testemunho para que outros glorifiquem ao Senhor!
Gálatas 1.24
Texto:
“E glorificavam a Deus a respeito de mim.” (Gálatas 1.24, ARA)
📖 1. Contexto Imediato
Gálatas 1 é a introdução da epístola em que Paulo defende a origem divina do seu apostolado e da mensagem que prega. Após relatar sua perseguição contra a Igreja (v.13), sua conversão (v.15-16) e seu distanciamento inicial dos apóstolos de Jerusalém (v.17-22), ele conclui com um testemunho poderoso: os irmãos que antes o temiam, agora glorificam a Deus por sua vida transformada (v.23-24).
📜 2. Análise das Palavras Gregas
- “Glorificavam” (ἐδόξαζον – edoxazon):
Do verbo doxázō, significa “dar glória”, “honrar”, “exaltar”. É usado frequentemente nos Evangelhos para expressar louvor a Deus por ações maravilhosas (Lc 5.25; Mt 9.8). O uso aqui indica uma resposta pública de adoração diante da transformação operada por Deus em Paulo. - “a Deus” (τὸν θεόν – ton Theón):
Refere-se ao Deus verdadeiro, o Pai. O artigo definido ressalta a ênfase: “glorificavam o Deus verdadeiro”, não apenas em gratidão, mas como reconhecimento da soberania divina na salvação de alguém considerado irrecuperável. - “por minha causa” / “a respeito de mim” (ἐν ἐμοί – en emoi):
Literalmente “em mim” – apontando para a obra de Deus na pessoa de Paulo. A glória não era dada a Paulo, mas a Deus em função daquilo que Ele fez na vida do apóstolo.
📚 3. Referências Acadêmicas Cristãs
- John Stott afirma que a conversão de Paulo é prova cabal da iniciativa divina no evangelho. Nenhum esforço humano o persuadiu, mas o próprio Cristo revelou-se a ele (Stott, A Mensagem de Gálatas, ABU).
- F. F. Bruce destaca que o testemunho da Igreja sobre Paulo revela a autenticidade de sua missão: mesmo aqueles que não o conheciam pessoalmente reconheceram a graça de Deus sobre ele (Bruce, The Epistle to the Galatians, NICNT).
- Craig Keener observa que, culturalmente, a glória era dada a heróis ou benfeitores; aqui, o foco está em Deus como o autor da transformação. Isso rompe com qualquer vanglória pessoal (Keener, IVP Bible Background Commentary).
🙌 4. Aplicação Pessoal
A história de Paulo nos ensina que:
- Ninguém está fora do alcance da graça de Deus. Paulo era perseguidor, mas se tornou apóstolo.
- A transformação genuína gera testemunho. Quando Deus age em alguém, isso repercute e inspira outros.
- Nosso propósito de vida deve ser glorificar a Deus. Quando as pessoas veem o que Deus fez em nós, o nome dEle deve ser exaltado.
- Não precisamos buscar validação humana. Paulo não buscou agradar a homens (v.10), mas foi fiel ao chamado de Deus. Isso se reflete em seu testemunho.
📊 Tabela Expositiva
Elemento | Descrição |
Versículo | Gálatas 1.24 |
Verbo-chave | ἐδόξαζον (edoxazon) – glorificavam |
Objeto da Glória | τὸν θεόν (ton Theón) – o Deus verdadeiro |
Motivação | ἐν ἐμοί (en emoi) – por causa da obra de Deus em Paulo |
Mensagem Central | A transformação de Paulo glorificava a Deus, não a ele próprio |
Aplicação | Nosso testemunho deve levar outros a glorificarem a Deus por nossas vidas |
✝️ Conclusão
O versículo Gálatas 1.24 revela o fim principal do evangelho: glorificar a Deus por Sua obra redentora na vida das pessoas. A conversão de Paulo, antes perseguidor, agora proclamador do evangelho, demonstra que o poder de Deus é capaz de reescrever qualquer história. Que nossa vida e ministério também sirvam de testemunho para que outros glorifiquem ao Senhor!
LEITURA SEMANAL
SEGUNDA – GL 1.14 Saulo, um prodígio no judaísmo
TERÇA – GL 1.13 Saulo, o perseguidor de crentes
QUARTA – At 26.11 Saulo obrigou crentes blasfemarem contra Deus
QUINTA – At 9.5 Saulo persegue a Jesus
SEXTA – Gl 1.12 Jesus se revela a Saulo
SÁBADO – GL 2.9 Os apóstolos reconheceram o ministério de Paulo e Barnabé
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
1. SEGUNDA – Gálatas 1.14: Saulo, um prodígio no judaísmo
“E na minha nação excedia em judaísmo a muitos da minha idade, sendo extremamente zeloso das tradições de meus pais.”
Comentário:
Paulo se refere ao seu passado como um jovem que se destacava em zelo religioso. A palavra grega usada para “zeloso” é ζηλωτής (zēlōtēs), indicando um fervor ardente, quase fanático, pelas tradições dos anciãos (παραδόσεις τῶν πατέρων). Isso não remete à fidelidade às Escrituras, mas às tradições rabínicas interpretadas pela seita farisaica. Sua superioridade no judaísmo não era sinal de verdade, mas de apego a um sistema que resistia à revelação de Cristo.
Aplicação: O zelo sem discernimento pode nos afastar da verdadeira fé. O cristão precisa ter paixão, mas alicerçada na verdade da Palavra de Deus (Rm 10.2).
2. TERÇA – Gálatas 1.13: Saulo, o perseguidor de crentes
“Porque já ouvistes qual foi outrora a minha conduta no judaísmo, como sobremaneira perseguia a igreja de Deus e a assolava.”
Comentário:
Paulo reconhece sua antiga conduta (ἀναστροφή – comportamento, modo de vida). O verbo “perseguia” vem do grego διώκω (diōkō), que também é usado para “caçar” ou “perseguir com hostilidade”. A expressão “assolava” é πορθέω (portheō), significando “devastar” como se fosse uma cidade inimiga. Paulo se via como um zelote que, em nome de Deus, destruía a própria Igreja de Deus.
Aplicação: A graça é mais poderosa que nosso passado. Deus transforma perseguidores em proclamadores do Evangelho.
3. QUARTA – Atos 26.11: Saulo obrigou crentes a blasfemar
“E, castigando-os muitas vezes por todas as sinagogas, os obrigava a blasfemar; e, enfurecido demasiadamente contra eles, até nas cidades estranhas os perseguia.”
Comentário:
A intensidade da perseguição de Saulo é realçada com o termo ἐμμαινόμενος (emmainomenos) – “ficar louco de raiva” ou “fora de si em fúria”. Ele agia como instrumento da religiosidade opressora, tentando forçar os crentes a negar Cristo, algo que contrasta profundamente com seu futuro papel como proclamador do nome que antes tentava apagar.
Aplicação: O pecado pode nos levar à cegueira espiritual, mas a revelação de Cristo quebra esse ciclo e redireciona nosso zelo para o Reino de Deus.
4. QUINTA – Atos 9.5: Saulo persegue a Jesus
“E ele disse: Quem és, Senhor? E disse o Senhor: Eu sou Jesus, a quem tu persegues.”
Comentário:
Aqui temos uma cristologia profunda: Jesus se identifica com Sua Igreja. A perseguição aos cristãos era uma perseguição direta ao próprio Cristo. Isso mostra a união orgânica entre Cristo e os membros do Seu corpo. A palavra “persegue” novamente vem de διώκω, agora com aplicação direta a Jesus.
Aplicação: O cuidado com a Igreja é o cuidado com o próprio Cristo. Perseguir a Igreja é ferir o coração de Deus.
5. SEXTA – Gálatas 1.12: Jesus se revela a Saulo
“Porque não o recebi, nem aprendi de homem algum, mas pela revelação de Jesus Cristo.”
Comentário:
A palavra ἀποκάλυψις (apokalypsis) é central aqui – “revelação”. Paulo afirma que o Evangelho que pregava não era fruto de ensino humano ou tradição, mas resultado de uma revelação direta do Cristo ressurreto. Isso valida a autoridade apostólica de Paulo, mesmo sem ter convivido com Jesus em Seu ministério terreno.
Aplicação: O verdadeiro ministério cristão é fruto da revelação de Cristo e da comunhão com Ele, e não de títulos ou heranças religiosas.
6. SÁBADO – Gálatas 2.9: Reconhecimento do ministério de Paulo e Barnabé
“E conhecendo Tiago, Cefas e João, que eram reputados como colunas, a graça que me fora dada, deram-nos as destras, em comunhão comigo e com Barnabé.”
Comentário:
A expressão “graça que me fora dada” (gr. χάρις – charis) reconhece que o ministério de Paulo era dom de Deus, não mérito humano. “Colunas” (gr. στῦλοι – styloi) aponta para os líderes firmes da igreja. Dar “as destras” (δεξιάς κοινωνίας – dexias koinōnias) significa uma aliança de comunhão, aceitação e parceria missionária.
Aplicação: A Igreja deve reconhecer e apoiar os ministérios levantados por Deus, mesmo que venham de contextos não convencionais.
🧾 TABELA EXPOSITIVA
Dia
Texto
Tema
Palavras-Chave (Grego)
Aplicação
Segunda
Gl 1.14
Zelo sem entendimento
ζηλωτής (zeloso)
Zelo com discernimento é necessário.
Terça
Gl 1.13
Perseguidor da Igreja
διώκω (perseguir), πορθέω (devastar)
Deus transforma o pior passado.
Quarta
At 26.11
Forçando à blasfêmia
ἐμμαινόμενος (enfurecido fora de si)
A fúria religiosa cega.
Quinta
At 9.5
Perseguição a Cristo
διώκω (perseguir)
Cristo se identifica com a Igreja.
Sexta
Gl 1.12
Revelação do Evangelho
ἀποκάλυψις (revelação)
Autoridade espiritual vem de Cristo.
Sábado
Gl 2.9
Reconhecimento apostólico
χάρις (graça), δεξιάς κοινωνίας (comunhão)
Apoio mútuo entre os ministérios.
1. SEGUNDA – Gálatas 1.14: Saulo, um prodígio no judaísmo
“E na minha nação excedia em judaísmo a muitos da minha idade, sendo extremamente zeloso das tradições de meus pais.”
Comentário:
Paulo se refere ao seu passado como um jovem que se destacava em zelo religioso. A palavra grega usada para “zeloso” é ζηλωτής (zēlōtēs), indicando um fervor ardente, quase fanático, pelas tradições dos anciãos (παραδόσεις τῶν πατέρων). Isso não remete à fidelidade às Escrituras, mas às tradições rabínicas interpretadas pela seita farisaica. Sua superioridade no judaísmo não era sinal de verdade, mas de apego a um sistema que resistia à revelação de Cristo.
Aplicação: O zelo sem discernimento pode nos afastar da verdadeira fé. O cristão precisa ter paixão, mas alicerçada na verdade da Palavra de Deus (Rm 10.2).
2. TERÇA – Gálatas 1.13: Saulo, o perseguidor de crentes
“Porque já ouvistes qual foi outrora a minha conduta no judaísmo, como sobremaneira perseguia a igreja de Deus e a assolava.”
Comentário:
Paulo reconhece sua antiga conduta (ἀναστροφή – comportamento, modo de vida). O verbo “perseguia” vem do grego διώκω (diōkō), que também é usado para “caçar” ou “perseguir com hostilidade”. A expressão “assolava” é πορθέω (portheō), significando “devastar” como se fosse uma cidade inimiga. Paulo se via como um zelote que, em nome de Deus, destruía a própria Igreja de Deus.
Aplicação: A graça é mais poderosa que nosso passado. Deus transforma perseguidores em proclamadores do Evangelho.
3. QUARTA – Atos 26.11: Saulo obrigou crentes a blasfemar
“E, castigando-os muitas vezes por todas as sinagogas, os obrigava a blasfemar; e, enfurecido demasiadamente contra eles, até nas cidades estranhas os perseguia.”
Comentário:
A intensidade da perseguição de Saulo é realçada com o termo ἐμμαινόμενος (emmainomenos) – “ficar louco de raiva” ou “fora de si em fúria”. Ele agia como instrumento da religiosidade opressora, tentando forçar os crentes a negar Cristo, algo que contrasta profundamente com seu futuro papel como proclamador do nome que antes tentava apagar.
Aplicação: O pecado pode nos levar à cegueira espiritual, mas a revelação de Cristo quebra esse ciclo e redireciona nosso zelo para o Reino de Deus.
4. QUINTA – Atos 9.5: Saulo persegue a Jesus
“E ele disse: Quem és, Senhor? E disse o Senhor: Eu sou Jesus, a quem tu persegues.”
Comentário:
Aqui temos uma cristologia profunda: Jesus se identifica com Sua Igreja. A perseguição aos cristãos era uma perseguição direta ao próprio Cristo. Isso mostra a união orgânica entre Cristo e os membros do Seu corpo. A palavra “persegue” novamente vem de διώκω, agora com aplicação direta a Jesus.
Aplicação: O cuidado com a Igreja é o cuidado com o próprio Cristo. Perseguir a Igreja é ferir o coração de Deus.
5. SEXTA – Gálatas 1.12: Jesus se revela a Saulo
“Porque não o recebi, nem aprendi de homem algum, mas pela revelação de Jesus Cristo.”
Comentário:
A palavra ἀποκάλυψις (apokalypsis) é central aqui – “revelação”. Paulo afirma que o Evangelho que pregava não era fruto de ensino humano ou tradição, mas resultado de uma revelação direta do Cristo ressurreto. Isso valida a autoridade apostólica de Paulo, mesmo sem ter convivido com Jesus em Seu ministério terreno.
Aplicação: O verdadeiro ministério cristão é fruto da revelação de Cristo e da comunhão com Ele, e não de títulos ou heranças religiosas.
6. SÁBADO – Gálatas 2.9: Reconhecimento do ministério de Paulo e Barnabé
“E conhecendo Tiago, Cefas e João, que eram reputados como colunas, a graça que me fora dada, deram-nos as destras, em comunhão comigo e com Barnabé.”
Comentário:
A expressão “graça que me fora dada” (gr. χάρις – charis) reconhece que o ministério de Paulo era dom de Deus, não mérito humano. “Colunas” (gr. στῦλοι – styloi) aponta para os líderes firmes da igreja. Dar “as destras” (δεξιάς κοινωνίας – dexias koinōnias) significa uma aliança de comunhão, aceitação e parceria missionária.
Aplicação: A Igreja deve reconhecer e apoiar os ministérios levantados por Deus, mesmo que venham de contextos não convencionais.
🧾 TABELA EXPOSITIVA
Dia | Texto | Tema | Palavras-Chave (Grego) | Aplicação |
Segunda | Gl 1.14 | Zelo sem entendimento | ζηλωτής (zeloso) | Zelo com discernimento é necessário. |
Terça | Gl 1.13 | Perseguidor da Igreja | διώκω (perseguir), πορθέω (devastar) | Deus transforma o pior passado. |
Quarta | At 26.11 | Forçando à blasfêmia | ἐμμαινόμενος (enfurecido fora de si) | A fúria religiosa cega. |
Quinta | At 9.5 | Perseguição a Cristo | διώκω (perseguir) | Cristo se identifica com a Igreja. |
Sexta | Gl 1.12 | Revelação do Evangelho | ἀποκάλυψις (revelação) | Autoridade espiritual vem de Cristo. |
Sábado | Gl 2.9 | Reconhecimento apostólico | χάρις (graça), δεξιάς κοινωνίας (comunhão) | Apoio mútuo entre os ministérios. |
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OBJETIVOS
REFLETIR a respeito do Evangelho que Paulo pregava;
COMPREENDER que Paulo foi escolhido por Deus, mesmo com o seu currículo questionável e antes de conhecer Jesus;
APRESENTAR a diferença de uma vida transformada.
CORREÇÃO DA LIÇÃO CLICAR AQUI
INTERAÇÃO
Prezado(a) professor(a), nesta lição, estudaremos uma parte da vida de Paulo, em que ele precisou mostrar a origem do seu apostolado e da sua mensagem aos gálatas. Veremos que não somente o ministério de Paulo estava em jogo, mas igualmente a mensagem que ele havia ensinado àquelas igrejas. Paulo não se esqueceu das atrocidades cometidas por ele, antes de seu encontro com Jesus, contra a Igreja de Deus, mas veremos que ele mostrava que a graça do Senhor o salvou, e que o seu apostolado era um sinal do poder transformador, não da Lei, mas do Evangelho.
DINAMICA EXTRA
Comentário de Hubner Braz
Dinâmica: “Da Perseguição ao Ministério”
Objetivo:
Demonstrar como Deus pode transformar vidas e chamar pessoas para um propósito especial, mesmo que tenham um passado difícil ou diferente.
Material:
- Cartões ou papéis pequenos com palavras ou frases relacionadas à vida de Paulo (exemplo: “perseguidor”, “perdão”, “graça”, “chamado”, “transformação”, “fé”, “ministério”, “rejeição”, “esperança”, “revelação”).
- Uma caixa ou envelope para colocar os cartões.
Passo a passo:
- Introdução (5 minutos):
Explique brevemente a história de Paulo — perseguidor dos cristãos, chamado por Jesus na estrada para Damasco, e como sua vida foi transformada para um ministério poderoso. - Distribuição dos cartões (5 minutos):
Coloque os cartões com palavras/frases dentro da caixa/envelope. Cada participante deverá retirar um cartão (sem mostrar para os outros). - Reflexão em duplas (10 minutos):
Peça para que cada um leia a palavra/frase do cartão e converse com seu parceiro sobre como aquilo se relaciona com a história de Paulo e com sua própria vida.
Exemplos de perguntas para discussão:
- “Como essa palavra reflete o que Paulo viveu?”
- “Você já passou por algo que precisou da graça ou transformação de Deus?”
- “Como Deus pode usar suas experiências para um propósito maior?”
- Compartilhamento em grupo (15 minutos):
Convide alguns participantes para compartilhar o que conversaram e o que aprenderam sobre o chamado e a transformação em suas vidas. - Conclusão e oração (5 minutos):
Reforce que, assim como Paulo, cada um tem um chamado especial e que Deus pode transformar qualquer história para cumprir seus propósitos. Finalize com uma oração pedindo que o Senhor fortaleça cada um para viver essa missão.
Dicas para o facilitador:
- Prepare-se para relacionar cada palavra/frase com aspectos da vida de Paulo.
- Seja sensível para acolher depoimentos pessoais, incentivando o grupo a apoiar uns aos outros.
- Encoraje os participantes a pensar na chamada pessoal deles, não apenas na história bíblica.
Dinâmica: “Da Perseguição ao Ministério”
Objetivo:
Demonstrar como Deus pode transformar vidas e chamar pessoas para um propósito especial, mesmo que tenham um passado difícil ou diferente.
Material:
- Cartões ou papéis pequenos com palavras ou frases relacionadas à vida de Paulo (exemplo: “perseguidor”, “perdão”, “graça”, “chamado”, “transformação”, “fé”, “ministério”, “rejeição”, “esperança”, “revelação”).
- Uma caixa ou envelope para colocar os cartões.
Passo a passo:
- Introdução (5 minutos):
Explique brevemente a história de Paulo — perseguidor dos cristãos, chamado por Jesus na estrada para Damasco, e como sua vida foi transformada para um ministério poderoso. - Distribuição dos cartões (5 minutos):
Coloque os cartões com palavras/frases dentro da caixa/envelope. Cada participante deverá retirar um cartão (sem mostrar para os outros). - Reflexão em duplas (10 minutos):
Peça para que cada um leia a palavra/frase do cartão e converse com seu parceiro sobre como aquilo se relaciona com a história de Paulo e com sua própria vida.
Exemplos de perguntas para discussão:
- “Como essa palavra reflete o que Paulo viveu?”
- “Você já passou por algo que precisou da graça ou transformação de Deus?”
- “Como Deus pode usar suas experiências para um propósito maior?”
- Compartilhamento em grupo (15 minutos):
Convide alguns participantes para compartilhar o que conversaram e o que aprenderam sobre o chamado e a transformação em suas vidas. - Conclusão e oração (5 minutos):
Reforce que, assim como Paulo, cada um tem um chamado especial e que Deus pode transformar qualquer história para cumprir seus propósitos. Finalize com uma oração pedindo que o Senhor fortaleça cada um para viver essa missão.
Dicas para o facilitador:
- Prepare-se para relacionar cada palavra/frase com aspectos da vida de Paulo.
- Seja sensível para acolher depoimentos pessoais, incentivando o grupo a apoiar uns aos outros.
- Encoraje os participantes a pensar na chamada pessoal deles, não apenas na história bíblica.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor(a), escreva no quadro a seguinte palavra: “apóstolo”. Em seguida pergunte aos alunos o que significa ser um apóstolo no Novo Testamento. Ouça os alunos com atenção. Depois explique que apóstolo é, alguém ‘enviado’ com uma comissão direta de Cristo para transmitir a sua mensagem original e liderar os esforços para estabelecer a sua igreja no Novo Testamento. Diga que nesta lição, Paulo estava se referindo ao seu ministério como um apóstolo. Mas há também um sentido em que cada seguidor de Cristo é separado por Deus para que, por seu intermédio, Ele possa realizar o seu propósito de transmitir a mensagem e refletir o caráter do seu Filho, Jesus Cristo. Como cristãos, fomos salvos e separados do pecado e do mal para que possamos vivenciar um relacionamento íntimo e pessoal com Deus e transmitir eficazmente aos outros a mensagem de esperança e vida por intermédio de Cristo. Ser separado quer dizer estar reservado para Deus e para os seus propósitos. Desta maneira, esta bênção envolve estar com Deus, e viver por Deus e para Deus. A separação espiritual significa viver com fé e obediência para a honra de Deus e com o propósito de revelar o seu Filho ao mundo” (Bíblia de Estudo Pentecostal para Jovens. Rio de Janeiro: CPAD, 2023. p. 1625).
TEXTO BÍBLICO
Gálatas 1.11-24
11 Mas faço-vos saber, irmãos, que o evangelho que por mim foi anunciado não é segundo os homens,
12 porque não o recebi, nem aprendi de homem algum, mas pela revelação de Jesus Cristo.
13 Porque já ouvistes qual foi antigamente a minha conduta no judaísmo, como sobremaneira perseguia a igreja de Deus e a assolava.
14 E, na minha nação, excedia em judaísmo a muitos da minha idade, sendo extremamente zeloso das tradições de meus pais.
15 Mas, quando aprouve a Deus, que desde o ventre de minha mãe me separou e me chamou pela sua graça,
16 revelar seu Filho em mim, para que o pregasse entre os gentios, não consultei carne nem sangue,
17 nem tornei a Jerusalém, a ter com os que já antes de mim eram apóstolos, mas parti para a Arábia e voltei outra vez a Damasco.
18 Depois, passados três anos, fui a Jerusalém para ver a Pedro e fiquei com ele quinze dias.
19 E não vi a nenhum outro dos apóstolos, senão a Tiago, irmão do Senhor.
20 Ora, acerca do que vos escrevo, eis que diante de Deus testifico que não minto.
21 Depois, fui para as partes da Síria e da Cilícia.
22 E não era conhecido de vista das igrejas da Judéia, que estavam em Cristo;
23 mas somente tinham ouvido dizer. Aquele que já nos perseguiu anuncia, agora, a fé que, antes, destruia.
24 E glorificavam a Deus a respeito de mim.
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
(GÁLATAS 1.11-24)
▶️ Versículos 11-12 – Origem divina do Evangelho
“Mas faço-vos saber, irmãos, que o evangelho que por mim foi anunciado não é segundo os homens, porque não o recebi, nem aprendi de homem algum, mas pela revelação de Jesus Cristo.”
- Evangelho (εὐαγγέλιον): Boa notícia, especialmente da salvação realizada por Cristo. Paulo afirma que essa mensagem não é de invenção ou tradição humana.
- Revelação (ἀποκάλυψις): Termo que indica “desvelamento” de algo oculto. Aqui, Jesus Cristo Se revelou a Paulo (cf. At 9.3-6), evidenciando o caráter sobrenatural da mensagem recebida.
🔎 Karl Barth observa que o verdadeiro Evangelho só pode ser conhecido mediante revelação divina, não por instrução ou experiência humana.
📘 Cf. F. F. Bruce, "The Epistle to the Galatians", NICNT: "Paulo enfatiza que a origem divina do evangelho é o fundamento da sua autoridade apostólica".
▶️ Versículos 13-14 – O passado de Paulo no judaísmo
“Já ouvistes qual foi a minha conduta no judaísmo [...] extremamente zeloso das tradições de meus pais.”
- Perseguia (ἐδίωκον): Verbo que significa “caçar”, “perseguir com hostilidade”. Refere-se à perseguição implacável contra os cristãos.
- Zeloso (ζηλωτής): Literalmente, “alguém consumido por zelo”, frequentemente associado aos “zelotes”, grupo radical dentro do judaísmo.
🔎 Paulo não apenas participava do judaísmo, ele se destacava nele. Isso enfatiza que sua mudança foi obra de Deus, não uma evolução natural.
▶️ Versículos 15-16 – Chamado e missão
“Mas, quando aprouve a Deus, que [...] me chamou pela sua graça, revelar seu Filho em mim...”
- Aprouve (εὐδόκησεν): Agradou, foi do beneplácito divino. Expressa soberania e propósito.
- Chamou (καλέσας): Verbo relacionado ao chamado eficaz de Deus. Indica vocação profética (cf. Jr 1.5).
- Revelar em mim (ἀποκαλύψαι τὸν υἱὸν αὐτοῦ ἐν ἐμοί): Revelar não apenas a mim, mas em mim — implicando transformação interior para missão.
🔎 John Stott comenta que esta é a essência do evangelho: Deus revela o Filho em nós para que O revelemos aos outros.
📘 Cf. John Stott, "A Mensagem de Gálatas": “O chamado de Paulo tem paralelos claros com o chamado profético do Antigo Testamento.”
▶️ Versículos 17-20 – Isolamento e confirmação
“Não consultei carne nem sangue [...] fui à Arábia [...] fiquei com Pedro quinze dias [...] testifico que não minto.”
- Carne e sangue (σάρξ καὶ αἷμα): Expressão hebraica que significa “ser humano”, indicando que Paulo não buscou orientação humana.
- Paulo passa três anos em isolamento, antes de conhecer pessoalmente Pedro (κεφᾶς – Kephas) e Tiago, o irmão do Senhor.
🔎 O isolamento de Paulo reforça a origem sobrenatural do seu chamado e independência de Jerusalém. O próprio Deus o preparou.
📘 Cf. N. T. Wright, "Paul: A Biography": “Esses anos foram decisivos para a reconstrução da mente e do coração de Paulo.”
▶️ Versículos 21-24 – Reconhecimento e glorificação
“Não era conhecido de vista [...] Aquele que antes nos perseguia, agora prega [...] E glorificavam a Deus a respeito de mim.”
- Glorificavam (ἐδόξαζον): Verbo que implica dar glória, louvor a Deus. Mostra como a transformação de Paulo gerou louvor entre os cristãos.
🔎 A conversão e transformação de Paulo são vistas como prova da graça de Deus. O foco não está na fama de Paulo, mas na glória de Deus.
🙋 APLICAÇÃO PESSOAL
- A autoridade do evangelho vem de Deus, não de tradições humanas – Em tempos de relativismo, devemos manter a centralidade da Palavra revelada.
- Deus pode usar o nosso passado para manifestar Sua graça – Nenhum fracasso ou pecado impede a obra transformadora de Deus.
- O isolamento pode ser ferramenta divina de preparação – Não despreze os momentos de silêncio e deserto espiritual.
- A transformação genuína glorifica a Deus, não ao homem – Que nossas vidas testemunhem do poder do Evangelho.
📊 TABELA EXPOSITIVA – GÁLATAS 1.11-24
Versículo(s)
Tema Central
Palavra Grega Importante
Aplicação
11-12
Origem divina do Evangelho
ἀποκάλυψις (revelação)
A Palavra deve ser recebida como revelação, não tradição
13-14
Passado religioso de Paulo
ζηλωτής (zeloso)
O zelo sem Cristo é destrutivo
15-16
Chamado e revelação
καλέσας (chamou)
Deus nos chama soberanamente, com propósito
17-20
Isolamento e confirmação
σάρξ καὶ αἷμα (carne e sangue)
O preparo divino não depende de homens
21-24
Testemunho e glorificação de Deus
ἐδόξαζον (glorificavam)
Que a nossa vida glorifique a Deus pela transformação
(GÁLATAS 1.11-24)
▶️ Versículos 11-12 – Origem divina do Evangelho
“Mas faço-vos saber, irmãos, que o evangelho que por mim foi anunciado não é segundo os homens, porque não o recebi, nem aprendi de homem algum, mas pela revelação de Jesus Cristo.”
- Evangelho (εὐαγγέλιον): Boa notícia, especialmente da salvação realizada por Cristo. Paulo afirma que essa mensagem não é de invenção ou tradição humana.
- Revelação (ἀποκάλυψις): Termo que indica “desvelamento” de algo oculto. Aqui, Jesus Cristo Se revelou a Paulo (cf. At 9.3-6), evidenciando o caráter sobrenatural da mensagem recebida.
🔎 Karl Barth observa que o verdadeiro Evangelho só pode ser conhecido mediante revelação divina, não por instrução ou experiência humana.
📘 Cf. F. F. Bruce, "The Epistle to the Galatians", NICNT: "Paulo enfatiza que a origem divina do evangelho é o fundamento da sua autoridade apostólica".
▶️ Versículos 13-14 – O passado de Paulo no judaísmo
“Já ouvistes qual foi a minha conduta no judaísmo [...] extremamente zeloso das tradições de meus pais.”
- Perseguia (ἐδίωκον): Verbo que significa “caçar”, “perseguir com hostilidade”. Refere-se à perseguição implacável contra os cristãos.
- Zeloso (ζηλωτής): Literalmente, “alguém consumido por zelo”, frequentemente associado aos “zelotes”, grupo radical dentro do judaísmo.
🔎 Paulo não apenas participava do judaísmo, ele se destacava nele. Isso enfatiza que sua mudança foi obra de Deus, não uma evolução natural.
▶️ Versículos 15-16 – Chamado e missão
“Mas, quando aprouve a Deus, que [...] me chamou pela sua graça, revelar seu Filho em mim...”
- Aprouve (εὐδόκησεν): Agradou, foi do beneplácito divino. Expressa soberania e propósito.
- Chamou (καλέσας): Verbo relacionado ao chamado eficaz de Deus. Indica vocação profética (cf. Jr 1.5).
- Revelar em mim (ἀποκαλύψαι τὸν υἱὸν αὐτοῦ ἐν ἐμοί): Revelar não apenas a mim, mas em mim — implicando transformação interior para missão.
🔎 John Stott comenta que esta é a essência do evangelho: Deus revela o Filho em nós para que O revelemos aos outros.
📘 Cf. John Stott, "A Mensagem de Gálatas": “O chamado de Paulo tem paralelos claros com o chamado profético do Antigo Testamento.”
▶️ Versículos 17-20 – Isolamento e confirmação
“Não consultei carne nem sangue [...] fui à Arábia [...] fiquei com Pedro quinze dias [...] testifico que não minto.”
- Carne e sangue (σάρξ καὶ αἷμα): Expressão hebraica que significa “ser humano”, indicando que Paulo não buscou orientação humana.
- Paulo passa três anos em isolamento, antes de conhecer pessoalmente Pedro (κεφᾶς – Kephas) e Tiago, o irmão do Senhor.
🔎 O isolamento de Paulo reforça a origem sobrenatural do seu chamado e independência de Jerusalém. O próprio Deus o preparou.
📘 Cf. N. T. Wright, "Paul: A Biography": “Esses anos foram decisivos para a reconstrução da mente e do coração de Paulo.”
▶️ Versículos 21-24 – Reconhecimento e glorificação
“Não era conhecido de vista [...] Aquele que antes nos perseguia, agora prega [...] E glorificavam a Deus a respeito de mim.”
- Glorificavam (ἐδόξαζον): Verbo que implica dar glória, louvor a Deus. Mostra como a transformação de Paulo gerou louvor entre os cristãos.
🔎 A conversão e transformação de Paulo são vistas como prova da graça de Deus. O foco não está na fama de Paulo, mas na glória de Deus.
🙋 APLICAÇÃO PESSOAL
- A autoridade do evangelho vem de Deus, não de tradições humanas – Em tempos de relativismo, devemos manter a centralidade da Palavra revelada.
- Deus pode usar o nosso passado para manifestar Sua graça – Nenhum fracasso ou pecado impede a obra transformadora de Deus.
- O isolamento pode ser ferramenta divina de preparação – Não despreze os momentos de silêncio e deserto espiritual.
- A transformação genuína glorifica a Deus, não ao homem – Que nossas vidas testemunhem do poder do Evangelho.
📊 TABELA EXPOSITIVA – GÁLATAS 1.11-24
Versículo(s) | Tema Central | Palavra Grega Importante | Aplicação |
11-12 | Origem divina do Evangelho | ἀποκάλυψις (revelação) | A Palavra deve ser recebida como revelação, não tradição |
13-14 | Passado religioso de Paulo | ζηλωτής (zeloso) | O zelo sem Cristo é destrutivo |
15-16 | Chamado e revelação | καλέσας (chamou) | Deus nos chama soberanamente, com propósito |
17-20 | Isolamento e confirmação | σάρξ καὶ αἷμα (carne e sangue) | O preparo divino não depende de homens |
21-24 | Testemunho e glorificação de Deus | ἐδόξαζον (glorificavam) | Que a nossa vida glorifique a Deus pela transformação |
INTRODUÇÃO
Paulo dá continuidade à Carta aos Gálatas, mas nesta seção, ele conta um pouco a sua história. E por qual motivo ele faria isso? O seu ministério e sua mensagem estavam sendo atacados por ele não ter sido um dos apóstolos de Jerusalém. A tática dos judaizantes era desqualificar Paulo como apóstolo, para depois desqualificar a sua mensagem. E de que forma tentaram fazer isso? Os inimigos de Paulo provavelmente conheciam o seu passado, e tentaram colocar isso em foco para descredibilizar o apóstolo. Por isso, ele entendeu ser necessário, ainda no início de sua Carta, apresentar uma parte da sua biografia, não para se exaltar, mas para mostrar o que a graça de Deus pode fazer por um pecador.
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
🔍 INTRODUÇÃO AMPLIADA
Nesta seção autobiográfica, Paulo não busca vanglória, mas defender o caráter divino do evangelho que pregava. A crítica contra ele não era apenas pessoal, mas doutrinária. Se seus opositores conseguissem provar que Paulo não era apóstolo legítimo, poderiam desacreditar sua mensagem de salvação pela fé, sem obras da Lei.
Assim, ao narrar sua conversão e chamada, Paulo demonstra que:
- Seu chamado é independente da autoridade humana;
- Sua conversão foi resultado da iniciativa soberana de Deus;
- Sua missão foi dada por revelação direta de Jesus Cristo, não por tradições religiosas ou influência humana;
- A mensagem que pregava era a mesma recebida por revelação, e não inventada ou aprendida com outros apóstolos.
Essa narrativa é um testemunho poderoso da graça transformadora de Deus e da legitimidade do ministério paulino.
📖 COMENTÁRIO VERSÍCULO POR VERSÍCULO
Gálatas 1.11
“Mas faço-vos saber, irmãos, que o evangelho que por mim foi anunciado não é segundo os homens.”
- εὐαγγέλιον (evangelion): “Boas novas”, “evangelho”. Refere-se à mensagem redentora centrada em Cristo.
- κατὰ ἄνθρωπον: “segundo homem”, ou seja, de origem humana.
🔎 Teologia: Paulo afirma a origem divina e sobrenatural do evangelho que pregava (cf. Rm 1.16-17).
📌 Aplicação: A nossa fé não pode se basear em opiniões humanas, mas na revelação de Deus nas Escrituras.
Gálatas 1.12
“Porque não o recebi, nem aprendi de homem algum, mas pela revelação de Jesus Cristo.”
- ἀποκάλυψις (apokálypsis): Revelação, desvelamento sobrenatural. Refere-se à revelação direta de Cristo no caminho de Damasco (At 9.3-6).
📘 Craig Keener comenta que essa experiência foi decisiva para Paulo abandonar o legalismo e abraçar a graça (cf. IVP Bible Background Commentary).
📌 Aplicação: O evangelho que seguimos é fruto de revelação. Mesmo os ministros mais capacitados devem ser formados por Deus.
Gálatas 1.13-14
“Porque já ouvistes qual foi antigamente a minha conduta no judaísmo…”
- ἐπόρθουν (epórthoun): destruição violenta, devastação.
- ζηλωτής (zēlōtēs): Zeloso, fervoroso. Indica sua adesão radical às tradições dos pais.
📘 N.T. Wright nota que Paulo era mais do que um fariseu comum — ele era um “radical zelote” da Lei (Paul and the Faithfulness of God, 2013).
📌 Aplicação: Nenhum passado é tão terrível que Deus não possa redimir. A graça transforma perseguidores em proclamadores.
Gálatas 1.15-16
“Mas, quando aprouve a Deus...”
- εὐδόκησεν (eudokēsen): “Agradou”, denota o prazer soberano de Deus.
- ἀφορίσας (aphorisas): Separar com propósito (cf. Jr 1.5).
- ἐν ἐμοὶ (en emoi): “em mim” – Cristo revelado interiormente, não apenas externamente.
📘 John Stott enfatiza que “Paulo não se converteu por persuasão humana, mas por revelação divina” (A Mensagem de Gálatas, ABU).
📌 Aplicação: Cada crente é separado por Deus com um propósito específico. A obra começa com a graça e se realiza no tempo dEle.
Gálatas 1.17-20
“Nem tornei a Jerusalém...”
- Paulo prova que sua doutrina não é cópia dos apóstolos. Ele ficou 3 anos sem contato com eles antes de visitá-los.
- Ἰάκωβον τὸν ἀδελφὸν τοῦ Κυρίου: Tiago, irmão de Jesus (líder da igreja em Jerusalém).
📘 F. F. Bruce observa que o período na Arábia pode ter sido de meditação e revelação direta de Deus (The Epistle to the Galatians, NICNT).
📌 Aplicação: O crescimento espiritual exige tempos de solitude com Deus. Antes de ministrar, é preciso ser ministrado por Ele.
Gálatas 1.21-24
“Depois, fui para as partes da Síria e da Cilícia…”
- Paulo começa a pregar, mesmo sem reconhecimento humano. As igrejas só conheciam seu testemunho — e glorificavam a Deus por isso.
- ἐδόξαζον τὸν Θεὸν: “glorificavam a Deus” – foco em Deus, não na fama de Paulo.
📘 Douglas Moo explica que a transformação de Paulo é “prova viva do poder do evangelho” (Galatians, BECNT).
📌 Aplicação: Nosso testemunho pessoal pode levar outros a glorificarem a Deus. A graça que nos salvou é a mesma que nos envia.
📊 TABELA EXPOSITIVA
Versículo
Ênfase
Palavra-chave (grego)
Teologia Central
Aplicação Pessoal
1.11
Evangelho não humano
κατὰ ἄνθρωπον
Evangelho tem origem divina
Cremos na autoridade divina da Palavra?
1.12
Revelação de Cristo
ἀποκάλυψις
Cristo revela pessoalmente seu evangelho
Você já teve um encontro real com Jesus?
1.13-14
Passado perseguidor
ζηλωτής, ἐπόρθουν
O zelo humano pode estar contra Deus
O que seu passado revela da sua transformação?
1.15-16
Separado pela graça
ἀφορίσας, εὐδόκησεν
Vocação divina e soberana
Você reconhece o chamado de Deus sobre você?
1.17-20
Independência apostólica
Ἰάκωβον (Tiago)
Legitimidade da missão paulina
Quem molda sua fé: a Bíblia ou tradições?
1.21-24
Transformação e testemunho
ἐδόξαζον
Glória dada a Deus pela vida transformada
Sua vida leva outros a glorificarem a Deus?
✍️ CONCLUSÃO E APLICAÇÃO GERAL
O testemunho de Paulo reforça a centralidade da graça, a soberania divina no chamado, e a autoridade da revelação de Cristo. Não há espaço para vanglória humana. Sua vida aponta para um evangelho que não nasce da tradição dos homens, mas da revelação do Filho de Deus.
💡 Para o professor ou pregador: Este texto é ideal para enfatizar a doutrina da salvação pela graça, o chamado pessoal, e a autoridade das Escrituras. Ele também encoraja os crentes com um passado difícil — pois Deus transforma vidas para a Sua glória.
🔍 INTRODUÇÃO AMPLIADA
Nesta seção autobiográfica, Paulo não busca vanglória, mas defender o caráter divino do evangelho que pregava. A crítica contra ele não era apenas pessoal, mas doutrinária. Se seus opositores conseguissem provar que Paulo não era apóstolo legítimo, poderiam desacreditar sua mensagem de salvação pela fé, sem obras da Lei.
Assim, ao narrar sua conversão e chamada, Paulo demonstra que:
- Seu chamado é independente da autoridade humana;
- Sua conversão foi resultado da iniciativa soberana de Deus;
- Sua missão foi dada por revelação direta de Jesus Cristo, não por tradições religiosas ou influência humana;
- A mensagem que pregava era a mesma recebida por revelação, e não inventada ou aprendida com outros apóstolos.
Essa narrativa é um testemunho poderoso da graça transformadora de Deus e da legitimidade do ministério paulino.
📖 COMENTÁRIO VERSÍCULO POR VERSÍCULO
Gálatas 1.11
“Mas faço-vos saber, irmãos, que o evangelho que por mim foi anunciado não é segundo os homens.”
- εὐαγγέλιον (evangelion): “Boas novas”, “evangelho”. Refere-se à mensagem redentora centrada em Cristo.
- κατὰ ἄνθρωπον: “segundo homem”, ou seja, de origem humana.
🔎 Teologia: Paulo afirma a origem divina e sobrenatural do evangelho que pregava (cf. Rm 1.16-17).
📌 Aplicação: A nossa fé não pode se basear em opiniões humanas, mas na revelação de Deus nas Escrituras.
Gálatas 1.12
“Porque não o recebi, nem aprendi de homem algum, mas pela revelação de Jesus Cristo.”
- ἀποκάλυψις (apokálypsis): Revelação, desvelamento sobrenatural. Refere-se à revelação direta de Cristo no caminho de Damasco (At 9.3-6).
📘 Craig Keener comenta que essa experiência foi decisiva para Paulo abandonar o legalismo e abraçar a graça (cf. IVP Bible Background Commentary).
📌 Aplicação: O evangelho que seguimos é fruto de revelação. Mesmo os ministros mais capacitados devem ser formados por Deus.
Gálatas 1.13-14
“Porque já ouvistes qual foi antigamente a minha conduta no judaísmo…”
- ἐπόρθουν (epórthoun): destruição violenta, devastação.
- ζηλωτής (zēlōtēs): Zeloso, fervoroso. Indica sua adesão radical às tradições dos pais.
📘 N.T. Wright nota que Paulo era mais do que um fariseu comum — ele era um “radical zelote” da Lei (Paul and the Faithfulness of God, 2013).
📌 Aplicação: Nenhum passado é tão terrível que Deus não possa redimir. A graça transforma perseguidores em proclamadores.
Gálatas 1.15-16
“Mas, quando aprouve a Deus...”
- εὐδόκησεν (eudokēsen): “Agradou”, denota o prazer soberano de Deus.
- ἀφορίσας (aphorisas): Separar com propósito (cf. Jr 1.5).
- ἐν ἐμοὶ (en emoi): “em mim” – Cristo revelado interiormente, não apenas externamente.
📘 John Stott enfatiza que “Paulo não se converteu por persuasão humana, mas por revelação divina” (A Mensagem de Gálatas, ABU).
📌 Aplicação: Cada crente é separado por Deus com um propósito específico. A obra começa com a graça e se realiza no tempo dEle.
Gálatas 1.17-20
“Nem tornei a Jerusalém...”
- Paulo prova que sua doutrina não é cópia dos apóstolos. Ele ficou 3 anos sem contato com eles antes de visitá-los.
- Ἰάκωβον τὸν ἀδελφὸν τοῦ Κυρίου: Tiago, irmão de Jesus (líder da igreja em Jerusalém).
📘 F. F. Bruce observa que o período na Arábia pode ter sido de meditação e revelação direta de Deus (The Epistle to the Galatians, NICNT).
📌 Aplicação: O crescimento espiritual exige tempos de solitude com Deus. Antes de ministrar, é preciso ser ministrado por Ele.
Gálatas 1.21-24
“Depois, fui para as partes da Síria e da Cilícia…”
- Paulo começa a pregar, mesmo sem reconhecimento humano. As igrejas só conheciam seu testemunho — e glorificavam a Deus por isso.
- ἐδόξαζον τὸν Θεὸν: “glorificavam a Deus” – foco em Deus, não na fama de Paulo.
📘 Douglas Moo explica que a transformação de Paulo é “prova viva do poder do evangelho” (Galatians, BECNT).
📌 Aplicação: Nosso testemunho pessoal pode levar outros a glorificarem a Deus. A graça que nos salvou é a mesma que nos envia.
📊 TABELA EXPOSITIVA
Versículo | Ênfase | Palavra-chave (grego) | Teologia Central | Aplicação Pessoal |
1.11 | Evangelho não humano | κατὰ ἄνθρωπον | Evangelho tem origem divina | Cremos na autoridade divina da Palavra? |
1.12 | Revelação de Cristo | ἀποκάλυψις | Cristo revela pessoalmente seu evangelho | Você já teve um encontro real com Jesus? |
1.13-14 | Passado perseguidor | ζηλωτής, ἐπόρθουν | O zelo humano pode estar contra Deus | O que seu passado revela da sua transformação? |
1.15-16 | Separado pela graça | ἀφορίσας, εὐδόκησεν | Vocação divina e soberana | Você reconhece o chamado de Deus sobre você? |
1.17-20 | Independência apostólica | Ἰάκωβον (Tiago) | Legitimidade da missão paulina | Quem molda sua fé: a Bíblia ou tradições? |
1.21-24 | Transformação e testemunho | ἐδόξαζον | Glória dada a Deus pela vida transformada | Sua vida leva outros a glorificarem a Deus? |
✍️ CONCLUSÃO E APLICAÇÃO GERAL
O testemunho de Paulo reforça a centralidade da graça, a soberania divina no chamado, e a autoridade da revelação de Cristo. Não há espaço para vanglória humana. Sua vida aponta para um evangelho que não nasce da tradição dos homens, mas da revelação do Filho de Deus.
💡 Para o professor ou pregador: Este texto é ideal para enfatizar a doutrina da salvação pela graça, o chamado pessoal, e a autoridade das Escrituras. Ele também encoraja os crentes com um passado difícil — pois Deus transforma vidas para a Sua glória.
I- O EVANGELHO DE PAULO
1- Paulo faz sua defesa. A história de vida de uma pessoa tem importância. De onde ela veio, o que aconteceu na sua vida, que adversidades enfrentou e que tipo de acontecimentos moldaram o que a pessoa é hoje podem nos servir de exemplo. Paulo se preocupa em estabelecer as suas credenciais narrando um pouco a sua história, mas por um motivo nobre: falsos mestres que tinham ido à Galácia tentavam desqualificar o seu ministério. É comum, em nossos dias, que um indivíduo chegue a uma determinada posição na sociedade e que terceiros. desconhecedores de sua história. o avaliem como alguém que teve sorte, que teve ajuda, que no fundo não merece a posição que ocupa ou que a sua história não corresponde à função em que está. Por isso, devemos ser cautelosos em nossas opiniões, e pensar bastante antes de falar coisas, desconhecendo fatos. Paulo não conta a sua história para impressionar os gálatas. Ele não faz com o objetivo de comover os seus leitores, e sim para mostrar que ele tinha autoridade para pregar e defender o Evangelho aos gentios. Histórias e testemunhos sempre nos fazem lembrar de que as nossas lutas podem ser muito parecidas com as de outros irmãos, e no caso de Paulo, é possível que os gálatas não tivessem, quando foram evangelizados, conhecido com detalhes o seu passado como perseguidor. A expressão “já ouvistes” é um indicativo de que Paulo falou um pouco de sua história provavelmente enquanto os evangelizava, mas o que ele vai descrever a seguir reforça a sua autoridade apostólica, visto que recebeu o Evangelho do Senhor Jesus, e não de homem algum. Ele não fora comissionado pela igreja de Jerusalém, mas pelo próprio Cristo.
2- Ele não pregou o Evangelho dos apóstolos de Jerusalém. Que tipo de Evangelho Paulo estava ensinando e pregando? O Evangelho é um só, mas judeus e gentios tinham culturas distintas e foi necessário mostrar que da mesma forma que o Evangelho dos irmãos de Jerusalém tinha como fonte o Senhor Jesus, o dos gentios também tinha o Senhor Jesus como fonte. A mensagem de Paulo não era diferente do Evangelho dos apóstolos em Jerusalém, a base e origem da Igreja. A salvação continuava sendo pela fé em Jesus, pois o Evangelho é o “poder de Deus para a salvação de todo aquele que cré, primeiro do judeu, e do grego (Rm 1.16). Grupos culturais diferentes, mas o mesmo Evangelho da salvação. É possível que, em nossos dias, haja pessoas que aleguem ter recebido uma nova mensagem da parte do próprio Senhor Jesus. Entendemos que Deus pode nos trazer revelações específicas por meio de dons do Espírito, mas nunca essas interações serão contrárias ao que está escrito na Palavra de Deus.
3- O Evangelho que Paulo pregava havia sido aprovado pelos apóstolos em Jerusalém. A mensagem de Paulo, como já dissemos, era a mesma dos apóstolos, mas o público era diferente. E os apóstolos de Jerusalém reconheceram o ministério de Paulo e a mensagem que ele pregava. O apóstolo comenta que “deram-nos as destras, em comunhão, comigo e com Barnabé, para que fôssemos aos gentios. e eles, à circuncisão” (Gl 2.9).
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
Gálatas 1.11-24
Gálatas 1.11 – “Mas faço-vos saber, irmãos, que o evangelho que por mim foi anunciado não é segundo os homens.”
🔍 Comentário:
Paulo inicia sua defesa com uma forte negação de qualquer origem humana de sua mensagem. A expressão “não é segundo os homens” (gr. oukatá anthrōpon) significa que o conteúdo do Evangelho não se conforma aos padrões humanos nem procede de origem humana.
📘 Palavra-chave grega:
- κατά ἄνθρωπον (katá ánthrōpon) – segundo o padrão humano, conforme a natureza ou lógica humana.
📚 Referência:
- F. F. Bruce observa que aqui Paulo reforça que sua mensagem é resultado de revelação divina, contrastando com a acusação de que ele teria aprendido dos apóstolos ou modificado o Evangelho para agradar gentios (cf. The Epistle to the Galatians, NICNT).
✍ Aplicação pessoal:
Devemos sempre verificar se a mensagem que ouvimos é de origem divina (bíblica), e não moldada por interesses humanos ou culturais.
Gálatas 1.12 – “Porque não o recebi, nem o aprendi de homem algum, mas pela revelação de Jesus Cristo.”
🔍 Comentário:
O verbo “recebi” (gr. parelabon) indica uma tradição formal, algo ensinado de mestre a discípulo. Paulo diz que não foi discipulado por homens, mas teve uma revelação direta de Cristo. Isso reforça sua autoridade apostólica independente.
📘 Palavra-chave grega:
- ἀποκάλυψις (apokálypsis) – revelação, desvelar aquilo que estava oculto.
- παραλαμβάνω (paralambánō) – receber uma tradição, como um ensino rabínico.
📚 Referência:
- John Stott afirma que o apóstolo, embora posterior aos doze, recebeu sua comissão e mensagem de Cristo ressurreto com igual autoridade (The Message of Galatians).
✍ Aplicação pessoal:
O Evangelho transforma nossa vida quando é revelado a nós por meio do Espírito, não apenas como informação, mas como verdade viva.
Gálatas 1.13-14 – “Porque já ouvistes qual foi antigamente a minha conduta no judaísmo...”
🔍 Comentário:
Paulo relembra sua antiga vida como zeloso fariseu e perseguidor da Igreja. Isso reforça que sua transformação foi sobrenatural. Ele não se converteu por persuasão humana, mas por ação divina direta.
📘 Palavra-chave grega:
- διωκόν (diōkón) – perseguia; verbo forte, usado para caçar ou perseguir com violência.
- προέκοπτον (proékopton) – progredia rapidamente, dava avanço extraordinário.
📚 Referência:
- Craig Keener destaca que essa narrativa autobiográfica é semelhante a um testemunho rabínico, porém com o foco teológico na graça transformadora de Deus (IVP Bible Background Commentary).
✍ Aplicação pessoal:
A mudança de Paulo nos ensina que Deus pode transformar qualquer vida — mesmo os que antes resistiam à verdade.
Gálatas 1.15-16 – “...aprove a Deus revelar seu Filho em mim...”
🔍 Comentário:
Paulo atribui sua vocação ao propósito eterno de Deus (cf. Jr 1.5; Is 49.1). A revelação de Cristo “em mim” (gr. en emoi) sugere uma experiência interior, não apenas externa, enfatizando a união mística com Cristo.
📘 Palavra-chave grega:
- ἀφορίσας (aphorisas) – separar, consagrar para um propósito específico.
- ἀποκαλύψαι (apokalypsai) – revelar (no sentido espiritual).
📚 Referência:
- Richard Longenecker comenta que a linguagem remete à vocação profética, como os chamados de Jeremias e Isaías, apontando que Paulo se vê como instrumento da missão de Deus aos gentios (Word Biblical Commentary: Galatians).
✍ Aplicação pessoal:
Deus nos separa desde o ventre para um propósito. Quando Cristo é revelado em nós, não podemos mais viver do mesmo modo.
Gálatas 1.17-24 – Viagem à Arábia e aprovação dos apóstolos
🔍 Comentário:
Paulo relata que não consultou carne e sangue, ou seja, não buscou aprovação humana. Sua ida à Arábia (v.17) demonstra que seu ministério foi moldado na solitude com Deus, não na estrutura de Jerusalém. Ao ser finalmente reconhecido pelos líderes da Igreja (v.24), glorificavam a Deus por sua vida.
📘 Palavras-chave gregas:
- συνεζήτησα (sunezētēsa) – consultar, discutir com alguém.
- δοξάζοντες (doxazontes) – glorificar, dar glória pública a Deus.
📚 Referência:
- N.T. Wright afirma que a ausência inicial de contato com os apóstolos fortalece a origem divina do apostolado paulino (Paul: A Biography).
✍ Aplicação pessoal:
Às vezes, Deus nos conduz ao deserto antes de nos usar. O reconhecimento vem depois — primeiro, vem a formação com o Senhor.
📊 TABELA EXPOSITIVA: O EVANGELHO DE PAULO – GÁLATAS 1.11-24
Versículo
Tema Central
Palavra Grega Chave
Aplicação Pessoal
1.11
Origem divina do Evangelho
katá ánthrōpon
O Evangelho verdadeiro não se adapta ao homem, mas transforma o homem.
1.12
Revelação direta de Jesus
apokálypsis, paralambánō
Cristo deseja revelar-se a nós de modo pessoal.
1.13-14
Passado como perseguidor
diōkón, proékopton
Deus usa até mesmo nossos erros para mostrar o poder da graça.
1.15-16
Chamado desde o ventre
aphorisas, apokalypsai
Você já foi separado por Deus para um propósito.
1.17-24
Isolamento e reconhecimento
sunezētēsa, doxazontes
Nem sempre o reconhecimento é imediato; Deus nos forma em silêncio.
📌 CONCLUSÃO
A defesa de Paulo em Gálatas 1.11-24 é mais do que uma resposta a críticas: é uma declaração da origem celestial do Evangelho, da autoridade apostólica recebida diretamente de Cristo e da transformação radical operada pela graça. Ele mostra que nem oposição humana, nem passado sombrio, nem ausência de validação imediata podem impedir o agir soberano de Deus.
Gálatas 1.11-24
Gálatas 1.11 – “Mas faço-vos saber, irmãos, que o evangelho que por mim foi anunciado não é segundo os homens.”
🔍 Comentário:
Paulo inicia sua defesa com uma forte negação de qualquer origem humana de sua mensagem. A expressão “não é segundo os homens” (gr. oukatá anthrōpon) significa que o conteúdo do Evangelho não se conforma aos padrões humanos nem procede de origem humana.
📘 Palavra-chave grega:
- κατά ἄνθρωπον (katá ánthrōpon) – segundo o padrão humano, conforme a natureza ou lógica humana.
📚 Referência:
- F. F. Bruce observa que aqui Paulo reforça que sua mensagem é resultado de revelação divina, contrastando com a acusação de que ele teria aprendido dos apóstolos ou modificado o Evangelho para agradar gentios (cf. The Epistle to the Galatians, NICNT).
✍ Aplicação pessoal:
Devemos sempre verificar se a mensagem que ouvimos é de origem divina (bíblica), e não moldada por interesses humanos ou culturais.
Gálatas 1.12 – “Porque não o recebi, nem o aprendi de homem algum, mas pela revelação de Jesus Cristo.”
🔍 Comentário:
O verbo “recebi” (gr. parelabon) indica uma tradição formal, algo ensinado de mestre a discípulo. Paulo diz que não foi discipulado por homens, mas teve uma revelação direta de Cristo. Isso reforça sua autoridade apostólica independente.
📘 Palavra-chave grega:
- ἀποκάλυψις (apokálypsis) – revelação, desvelar aquilo que estava oculto.
- παραλαμβάνω (paralambánō) – receber uma tradição, como um ensino rabínico.
📚 Referência:
- John Stott afirma que o apóstolo, embora posterior aos doze, recebeu sua comissão e mensagem de Cristo ressurreto com igual autoridade (The Message of Galatians).
✍ Aplicação pessoal:
O Evangelho transforma nossa vida quando é revelado a nós por meio do Espírito, não apenas como informação, mas como verdade viva.
Gálatas 1.13-14 – “Porque já ouvistes qual foi antigamente a minha conduta no judaísmo...”
🔍 Comentário:
Paulo relembra sua antiga vida como zeloso fariseu e perseguidor da Igreja. Isso reforça que sua transformação foi sobrenatural. Ele não se converteu por persuasão humana, mas por ação divina direta.
📘 Palavra-chave grega:
- διωκόν (diōkón) – perseguia; verbo forte, usado para caçar ou perseguir com violência.
- προέκοπτον (proékopton) – progredia rapidamente, dava avanço extraordinário.
📚 Referência:
- Craig Keener destaca que essa narrativa autobiográfica é semelhante a um testemunho rabínico, porém com o foco teológico na graça transformadora de Deus (IVP Bible Background Commentary).
✍ Aplicação pessoal:
A mudança de Paulo nos ensina que Deus pode transformar qualquer vida — mesmo os que antes resistiam à verdade.
Gálatas 1.15-16 – “...aprove a Deus revelar seu Filho em mim...”
🔍 Comentário:
Paulo atribui sua vocação ao propósito eterno de Deus (cf. Jr 1.5; Is 49.1). A revelação de Cristo “em mim” (gr. en emoi) sugere uma experiência interior, não apenas externa, enfatizando a união mística com Cristo.
📘 Palavra-chave grega:
- ἀφορίσας (aphorisas) – separar, consagrar para um propósito específico.
- ἀποκαλύψαι (apokalypsai) – revelar (no sentido espiritual).
📚 Referência:
- Richard Longenecker comenta que a linguagem remete à vocação profética, como os chamados de Jeremias e Isaías, apontando que Paulo se vê como instrumento da missão de Deus aos gentios (Word Biblical Commentary: Galatians).
✍ Aplicação pessoal:
Deus nos separa desde o ventre para um propósito. Quando Cristo é revelado em nós, não podemos mais viver do mesmo modo.
Gálatas 1.17-24 – Viagem à Arábia e aprovação dos apóstolos
🔍 Comentário:
Paulo relata que não consultou carne e sangue, ou seja, não buscou aprovação humana. Sua ida à Arábia (v.17) demonstra que seu ministério foi moldado na solitude com Deus, não na estrutura de Jerusalém. Ao ser finalmente reconhecido pelos líderes da Igreja (v.24), glorificavam a Deus por sua vida.
📘 Palavras-chave gregas:
- συνεζήτησα (sunezētēsa) – consultar, discutir com alguém.
- δοξάζοντες (doxazontes) – glorificar, dar glória pública a Deus.
📚 Referência:
- N.T. Wright afirma que a ausência inicial de contato com os apóstolos fortalece a origem divina do apostolado paulino (Paul: A Biography).
✍ Aplicação pessoal:
Às vezes, Deus nos conduz ao deserto antes de nos usar. O reconhecimento vem depois — primeiro, vem a formação com o Senhor.
📊 TABELA EXPOSITIVA: O EVANGELHO DE PAULO – GÁLATAS 1.11-24
Versículo | Tema Central | Palavra Grega Chave | Aplicação Pessoal |
1.11 | Origem divina do Evangelho | katá ánthrōpon | O Evangelho verdadeiro não se adapta ao homem, mas transforma o homem. |
1.12 | Revelação direta de Jesus | apokálypsis, paralambánō | Cristo deseja revelar-se a nós de modo pessoal. |
1.13-14 | Passado como perseguidor | diōkón, proékopton | Deus usa até mesmo nossos erros para mostrar o poder da graça. |
1.15-16 | Chamado desde o ventre | aphorisas, apokalypsai | Você já foi separado por Deus para um propósito. |
1.17-24 | Isolamento e reconhecimento | sunezētēsa, doxazontes | Nem sempre o reconhecimento é imediato; Deus nos forma em silêncio. |
📌 CONCLUSÃO
A defesa de Paulo em Gálatas 1.11-24 é mais do que uma resposta a críticas: é uma declaração da origem celestial do Evangelho, da autoridade apostólica recebida diretamente de Cristo e da transformação radical operada pela graça. Ele mostra que nem oposição humana, nem passado sombrio, nem ausência de validação imediata podem impedir o agir soberano de Deus.
PENSE! Que tipo de Evangelho estamos ensinando e pregando?
PONTO IMPORTANTE! Como Paulo devemos pregar a verdade, mostrando que a salvação é pela fé em Jesus, pois o Evangelho é o “poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê” (Rm 1.16).
SUBSÍDIO 1
Professor(a) de início ao tópico fazendo a seguinte pergunta: “Por que Paulo conta sua história de vida para os gálatas?” Incentive a participação dos alunos e depois explique que “Paulo não conta a sua história para impressionar os gálatas. Ele não o faz com o objetivo de comover os seus leitores, e sim para mostrar que ele tinha autoridade para pregar e defender o Evangelho aos gentios. As circunstâncias ruins que foi preciso enfrentar não ditaram como Paulo escolheu vê-las. Seu serviço a Cristo lhe trouxe tristeza, privação e pobreza, mas em meio a todas estas circunstâncias nunca perdeu de vista a perspectiva divina. Este conhecimento permitiu que se regozijasse nas tristezas, percebendo que através de sua pobreza trouxe a riqueza do céu para as almas empobrecidas. Embora o mundo o visse como não possuindo nada, Paulo sabia que possuía ‘todas as bênçãos espirituais’ em Cristo (Ef 1.3).” (Adaptado de Comentário Bíblico Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 2004. pp. 1098.1099.)
II- RELEMBRANDO O PASSADO
1- Escolhido por Deus. Paulo fora escolhido, mesmo com o seu currículo questionável antes de conhecer Jesus. O que ele fazia como perseguidor da Igreja é relatado por ele mesmo quando discursa ao rei Agripa: “[…] E, havendo recebido poder dos principais dos sacerdotes, encerrei muitos dos santos nas prisões; e, quando os matavam, eu dava o meu voto contra eles” (At 26.10). Paulo se voltará contra os seguidores de Jesus, e com autorização dos líderes judeus, prendeu muitos crentes, e deu seu voto favorável até para a execução de alguns deles. Ele ainda acrescenta: “E, castigando-os muitas vezes por todas as sinagogas, os obriguei a blasfemar. E, enfurecido demasiadamente contra eles, até nas cidades estranhas os persegui” (At 26.11). Como se fosse pouco o que havia feito, ele se recorda de que utilizou as sinagogas como ambiente de castigo aos seguidores de Jesus, e fez com que crentes chegassem a blasfemar do nome do Salvador. Ele não limitou sua perseguição a Jerusalém, e relata que perseguiu cristãos até em cidades que não faziam parte dos limites de Israel. É possível ser uma pessoa cumpridora dos seus deveres, religiosa e, mesmo assim, detestar Jesus e a sua Igreja.
2- Dias em Jerusalém. Paulo menciona que esteve 15 dias em Jerusalém, e nesses dias, esteve com Pedro e Thiago. Não nos é dito muito acerca desse tempo, mas a menção dos nomes de Pedro e Tiago é importante, por serem colunas da Igreja (Gl 2.9). Os que se opuseram a Paulo até poderiam ignorá-lo ou descredibilizá-lo. Mas em vez disso, não somente o receberam como também reconheceram que os gentios poderiam ser alcançados pela sua pregação. Era uma forma clara de dizer que ele não estava pregando sem o conhecimento da igreja de Jerusalém.
3- Pedro e Tiago. Como vimos, Paulo faz menção de Pedro e Tiago, homens de Deus que lideravam a igreja em Jerusalém. Essa menção fez com que os gálatas fossem informados de que o apóstolo conhecia os ministros de Jerusalém, e que os respeitava. Ele não se considerava superior a eles e pode não ter sido ordenado apóstolo por eles, mas nunca os desprezou, pois na época em que eles começaram o ministério apostólico, Paulo nem mesmo era convertido, razão pela qual jamais poderia ser apóstolo no lugar de Judas. Deus havia reservado uma outra perspectiva ministerial para Saulo.
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
II – RELEMBRANDO O PASSADO
Gálatas 1.13–24
1. Escolhido por Deus (Gl 1.13–16)
Comentário Teológico:
Paulo faz questão de lembrar os gálatas de seu passado não para se vangloriar, mas para destacar o poder da graça transformadora de Deus. Ele afirma:
“Porque já ouvistes qual foi a minha conduta noutro tempo no judaísmo, como sobremaneira perseguia a igreja de Deus e a assolava.” (Gl 1.13)
A palavra grega traduzida como “perseguia” é diōkō (διώκω), que significa literalmente “caçar, perseguir com intenção hostil”. O termo indica um esforço ativo, sistemático e violento — Paulo não apenas se opôs à Igreja, ele a devastou (porthéō, πορθέω — “destruir, arrasar, fazer estrago”), uma palavra rara usada aqui e também em Atos 9.21.
Apesar desse histórico, Paulo afirma que Deus o separou desde o ventre materno (aphorisas ek koilias mētros mou, ἀφορίσας ἐκ κοιλίας μητρός μου – Gl 1.15), linguagem profética similar à vocação de Jeremias (Jr 1.5) e Isaías (Is 49.1). Isso mostra que a eleição divina precede a conversão e as ações humanas.
Referências Acadêmicas:
- John Stott, em A Mensagem de Gálatas, afirma que Paulo relembra seu passado para mostrar a completa inversão de valores: “o perseguidor virou pregador, o destruidor virou edificador da fé”.
- F. F. Bruce, em The Epistle to the Galatians, nota que a ênfase de Paulo está na soberania de Deus, e não em mérito próprio. Sua eleição foi pela graça e não por causa de seu zelo religioso (cf. Gl 1.14-15).
Aplicação Pessoal:
O passado de Paulo nos lembra que ninguém está fora do alcance da graça de Deus. Mesmo os que hoje se opõem violentamente ao Evangelho podem, pela soberana eleição e chamada de Deus, se tornar poderosos instrumentos do Reino. Isso encoraja a intercessão perseverante por pessoas “impossíveis” aos olhos humanos.
2. Dias em Jerusalém (Gl 1.18–20)
Comentário Teológico:
Paulo relata que, três anos após sua conversão, subiu a Jerusalém para conhecer (historeō, ἱστορέω) Pedro — termo que significa “investigar, visitar com o propósito de aprender”. Este verbo sugere que Paulo procurava conhecer pessoalmente a fé e ministério de Pedro, e não buscava aprovação ou autorização.
Ele ficou 15 dias com Pedro, e viu apenas a Tiago, irmão do Senhor. Ao enfatizar isso, Paulo demonstra independência apostólica: sua mensagem não foi recebida de homens, mas diretamente de Cristo (Gl 1.12). Contudo, ele não é um rebelde sem causa — reconhece o valor da comunhão com os líderes da Igreja de Jerusalém.
Referências Acadêmicas:
- Craig Keener, em Comentário Bíblico Cultural do Novo Testamento, destaca que a duração da visita e a limitação de encontros servem para mostrar que sua autoridade não se originava da Igreja Mãe, mas de Cristo.
- R. Alan Cole, em Comentário da série Tyndale, observa que a intenção de Paulo é refutar a acusação dos judaizantes de que ele era uma extensão ou distorção da pregação apostólica original.
Aplicação Pessoal:
O exemplo de Paulo nos ensina o equilíbrio entre dependência de Cristo e respeito pela liderança espiritual. O ministério cristão autêntico é ao mesmo tempo independente em chamado, mas humilde na submissão à comunhão da Igreja.
3. Pedro e Tiago (Gl 1.18–19)
Comentário Teológico:
Pedro (Kēphas, Κηφᾶς – aramaico para “pedra”) e Tiago (Iakōbos, Ἰάκωβος), irmão do Senhor, são apresentados como referências apostólicas. A escolha desses nomes não é casual. Pedro representa a liderança apostólica entre os judeus, e Tiago, como líder da Igreja em Jerusalém (At 15), representa a autoridade da tradição cristã primitiva.
Paulo não buscava aprovação, mas mostrava que seu evangelho não era isolado nem contraditório ao dos outros apóstolos. A menção desses nomes é um testemunho da unidade doutrinária, ainda que com campos missionários distintos (judeus e gentios).
Referências Acadêmicas:
- N. T. Wright, em Paul: A Biography, afirma que a relação de Paulo com Tiago e Pedro mostra que havia reconhecimento mútuo, mesmo em meio a tensões.
- William Barclay, em Cartas aos Gálatas e Efésios, comenta que Paulo, embora apóstolo aos gentios, nunca deixou de reconhecer os pilares da Igreja — uma marca de maturidade ministerial.
Aplicação Pessoal:
Reconhecer a liderança espiritual não anula o chamado pessoal. Paulo sabia que havia recebido algo singular de Cristo, mas não agia de forma isolada ou rebelde. Assim também, todo cristão maduro deve desenvolver sua vocação sem romper a comunhão com a Igreja.
📊 TABELA EXPOSITIVA – GÁLATAS 1.13–24
Tópico
Referência Bíblica
Termo Grego
Significado / Observação Teológica
Aplicação Pessoal
Perseguição à Igreja
Gl 1.13
diōkō (διώκω)
Perseguir com intenção hostil – zelo religioso sem discernimento espiritual
Zelo sem discernimento pode ser destrutivo
Devastação da Igreja
Gl 1.13
portheō (πορθέω)
Arruinar, destruir – usado para o dano causado à Igreja
Deus transforma destruição em edificação
Separado desde o ventre
Gl 1.15
aphorisas (ἀφορίσας)
Separado, consagrado com propósito – vocabulário de eleição
Deus tem propósitos antes mesmo de nossa conversão
Subida a Jerusalém
Gl 1.18
historeō (ἱστορέω)
Visitar para investigar ou aprender – não submissão, mas comunhão
Buscar comunhão sem abrir mão do chamado
Pedro e Tiago
Gl 1.18–19
Kēphas, Iakōbos
Representantes da autoridade apostólica e da Igreja de Jerusalém
Humildade para reconhecer os que Deus levantou
II – RELEMBRANDO O PASSADO
Gálatas 1.13–24
1. Escolhido por Deus (Gl 1.13–16)
Comentário Teológico:
Paulo faz questão de lembrar os gálatas de seu passado não para se vangloriar, mas para destacar o poder da graça transformadora de Deus. Ele afirma:
“Porque já ouvistes qual foi a minha conduta noutro tempo no judaísmo, como sobremaneira perseguia a igreja de Deus e a assolava.” (Gl 1.13)
A palavra grega traduzida como “perseguia” é diōkō (διώκω), que significa literalmente “caçar, perseguir com intenção hostil”. O termo indica um esforço ativo, sistemático e violento — Paulo não apenas se opôs à Igreja, ele a devastou (porthéō, πορθέω — “destruir, arrasar, fazer estrago”), uma palavra rara usada aqui e também em Atos 9.21.
Apesar desse histórico, Paulo afirma que Deus o separou desde o ventre materno (aphorisas ek koilias mētros mou, ἀφορίσας ἐκ κοιλίας μητρός μου – Gl 1.15), linguagem profética similar à vocação de Jeremias (Jr 1.5) e Isaías (Is 49.1). Isso mostra que a eleição divina precede a conversão e as ações humanas.
Referências Acadêmicas:
- John Stott, em A Mensagem de Gálatas, afirma que Paulo relembra seu passado para mostrar a completa inversão de valores: “o perseguidor virou pregador, o destruidor virou edificador da fé”.
- F. F. Bruce, em The Epistle to the Galatians, nota que a ênfase de Paulo está na soberania de Deus, e não em mérito próprio. Sua eleição foi pela graça e não por causa de seu zelo religioso (cf. Gl 1.14-15).
Aplicação Pessoal:
O passado de Paulo nos lembra que ninguém está fora do alcance da graça de Deus. Mesmo os que hoje se opõem violentamente ao Evangelho podem, pela soberana eleição e chamada de Deus, se tornar poderosos instrumentos do Reino. Isso encoraja a intercessão perseverante por pessoas “impossíveis” aos olhos humanos.
2. Dias em Jerusalém (Gl 1.18–20)
Comentário Teológico:
Paulo relata que, três anos após sua conversão, subiu a Jerusalém para conhecer (historeō, ἱστορέω) Pedro — termo que significa “investigar, visitar com o propósito de aprender”. Este verbo sugere que Paulo procurava conhecer pessoalmente a fé e ministério de Pedro, e não buscava aprovação ou autorização.
Ele ficou 15 dias com Pedro, e viu apenas a Tiago, irmão do Senhor. Ao enfatizar isso, Paulo demonstra independência apostólica: sua mensagem não foi recebida de homens, mas diretamente de Cristo (Gl 1.12). Contudo, ele não é um rebelde sem causa — reconhece o valor da comunhão com os líderes da Igreja de Jerusalém.
Referências Acadêmicas:
- Craig Keener, em Comentário Bíblico Cultural do Novo Testamento, destaca que a duração da visita e a limitação de encontros servem para mostrar que sua autoridade não se originava da Igreja Mãe, mas de Cristo.
- R. Alan Cole, em Comentário da série Tyndale, observa que a intenção de Paulo é refutar a acusação dos judaizantes de que ele era uma extensão ou distorção da pregação apostólica original.
Aplicação Pessoal:
O exemplo de Paulo nos ensina o equilíbrio entre dependência de Cristo e respeito pela liderança espiritual. O ministério cristão autêntico é ao mesmo tempo independente em chamado, mas humilde na submissão à comunhão da Igreja.
3. Pedro e Tiago (Gl 1.18–19)
Comentário Teológico:
Pedro (Kēphas, Κηφᾶς – aramaico para “pedra”) e Tiago (Iakōbos, Ἰάκωβος), irmão do Senhor, são apresentados como referências apostólicas. A escolha desses nomes não é casual. Pedro representa a liderança apostólica entre os judeus, e Tiago, como líder da Igreja em Jerusalém (At 15), representa a autoridade da tradição cristã primitiva.
Paulo não buscava aprovação, mas mostrava que seu evangelho não era isolado nem contraditório ao dos outros apóstolos. A menção desses nomes é um testemunho da unidade doutrinária, ainda que com campos missionários distintos (judeus e gentios).
Referências Acadêmicas:
- N. T. Wright, em Paul: A Biography, afirma que a relação de Paulo com Tiago e Pedro mostra que havia reconhecimento mútuo, mesmo em meio a tensões.
- William Barclay, em Cartas aos Gálatas e Efésios, comenta que Paulo, embora apóstolo aos gentios, nunca deixou de reconhecer os pilares da Igreja — uma marca de maturidade ministerial.
Aplicação Pessoal:
Reconhecer a liderança espiritual não anula o chamado pessoal. Paulo sabia que havia recebido algo singular de Cristo, mas não agia de forma isolada ou rebelde. Assim também, todo cristão maduro deve desenvolver sua vocação sem romper a comunhão com a Igreja.
📊 TABELA EXPOSITIVA – GÁLATAS 1.13–24
Tópico | Referência Bíblica | Termo Grego | Significado / Observação Teológica | Aplicação Pessoal |
Perseguição à Igreja | Gl 1.13 | diōkō (διώκω) | Perseguir com intenção hostil – zelo religioso sem discernimento espiritual | Zelo sem discernimento pode ser destrutivo |
Devastação da Igreja | Gl 1.13 | portheō (πορθέω) | Arruinar, destruir – usado para o dano causado à Igreja | Deus transforma destruição em edificação |
Separado desde o ventre | Gl 1.15 | aphorisas (ἀφορίσας) | Separado, consagrado com propósito – vocabulário de eleição | Deus tem propósitos antes mesmo de nossa conversão |
Subida a Jerusalém | Gl 1.18 | historeō (ἱστορέω) | Visitar para investigar ou aprender – não submissão, mas comunhão | Buscar comunhão sem abrir mão do chamado |
Pedro e Tiago | Gl 1.18–19 | Kēphas, Iakōbos | Representantes da autoridade apostólica e da Igreja de Jerusalém | Humildade para reconhecer os que Deus levantou |
PENSE! É possível ser uma pessoa religiosa e mesmo assim, detestar a Jesus e a sua Igreja?
PONTO IMPORTANTE! A vida de Paulo antes da conversão é um exemplo de que isso é possível.
III- A DIFERENÇA DE UMA VIDA TRANSFORMADA
1- Paulo, desconhecido na Judeia. Em sua defesa, o apóstolo comenta que não era “conhecido de vista das igrejas da Judéia”. Diferente do que temos em nossos dias, onde as redes sociais costumam expor as fotos dos donos de perfis tornando-o conhecido, no primeiro século uma pessoa só seria conhecida se aparecesse presencialmente em um lugar, se fosse uma figura pública ou se já fosse conhecida anteriormente. Apesar de não ter seu rosto manifesto, Paulo sabia que a sua fama de perseguidor chegaria a vários lugares, inclusive na Judeia.
2- Uma vida transformada. Que poder é capaz de transformar a vida de uma pessoa? Por quais experiências uma pessoa pode passar e fazer com que ela adquira um novo hábito, uma nova perspectiva de vida? Existem formas, humanamente falando, com as quais uma pessoa muda, como a de conclusão de um curso superior, a maternidade, a formação militar, ou mesmo um desafio profissional. Em nossos dias, muitas pessoas tomam tempo em nossos cultos contando, quando têm oportunidade, sobre o seu passado. Passam bastante tempo falando as coisas que cometeram, e deixam pouco espaço para falar o que Jesus fez. Se observarmos os escritos do apóstolo, ele menciona, sim, parte da sua história, mas somente quando estritamente necessário. As Cartas de Paulo no Novo Testamento se ocupam extensivamente não da sua vida pessoal e do que ele era ou fazia antes do Evangelho, mas sim do poder de Deus em sua vida e da forma como esse poder estava disponível para salvar e transformar todos os homens. Não é difícil qualificar uma pessoa pelas coisas que ela fez ou faz. Paulo tinha sido um perseguidor até que se encontrou com Jesus. Não foram poucas as mazelas que ele cometeu contra os santos e, num primeiro momento, a sua conversão foi colocada em dúvida. Mas ele foi paciente e deixou que Deus tratasse do seu passado.
3- O que as pessoas dizem acerca de você? Paulo diz que os irmãos da Judéia glorificavam a Deus pela vida dele. Em que aspecto residia a alegria daqueles irmãos? No fato de que a fé em Jesus Cristo havia alcançado o coração do perseguidor, e que ele estava anunciando a fé. Apesar da fama que ele havia adquirido como algoz dos santos, Deus havia mudado a sua história de perseguidor para perseguido. Paulo era um fariseu que encontrou o seu Messias, e defenderia a sua mensagem até a morte. Enquanto a igreja era perseguida por Paulo, Deus estava trabalhando. Foi Ele que conduziu Saulo para estrada de Damasco. Os irmãos daquela localidade já sabiam da sua fama, mas o que parecia ser uma extensão da perseguição dos crentes que residiam em Damasco seria o ponto final na vida do perseguidor, que seria transformado em perseguido por causa do Evangelho.
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
Gálatas 1.22-24
📖 Texto-base: Gálatas 1.22-24
"E não era conhecido de vista das igrejas da Judeia, que estão em Cristo. Mas somente tinham ouvido dizer: Aquele que já nos perseguia anuncia agora a fé que antes destruía. E glorificavam a Deus a meu respeito."
1. Paulo, desconhecido na Judeia (v. 22)
Texto:
"E não era conhecido de vista das igrejas da Judeia..."
🔎 Análise da expressão grega:
- "οὐκ ἤμην γνωριζόμενος τῷ προσώπῳ" – literalmente, “eu não era conhecido de rosto” ou “por aparência”.
- "γνωριζόμενος" (gnōrizomenos) → particípio presente passivo de gnōrizō = tornar conhecido, revelar.
- "τῷ προσώπῳ" (tō prosōpō) → rosto, aparência, face visível.
Paulo indica que, apesar de ser conhecido pelas ações, não era reconhecido fisicamente. Isso destaca a desconexão entre reputação e identidade visível nas comunidades cristãs da Judeia.
🧠 Referência acadêmica:
Craig Keener observa que, na cultura do primeiro século, o conhecimento pessoal era limitado a interações diretas. A ausência de imagens e registros públicos tornava o reconhecimento facial improvável. A reputação era construída mais por relatos e ações do que pela presença física (Keener, IVP Bible Background Commentary, 1993).
2. Uma vida transformada (v. 23)
Texto:
“Aquele que já nos perseguia anuncia agora a fé que antes destruía.”
🔎 Análise da expressão grega:
- "Ὁ διώκων ἡμᾶς ποτε" – “Aquele que nos perseguia antes”
- διώκων (diōkō) = perseguir com hostilidade (usado para perseguição religiosa).
- "νῦν εὐαγγελίζεται τὴν πίστιν" – “agora prega o evangelho da fé”
- εὐαγγελίζεται (euangelizetai) = proclamar boas novas.
- τὴν πίστιν (tēn pistin) = a fé (doutrina do Evangelho, justificação pela fé).
Aqui, temos um poderoso contraste: o perseguidor tornou-se pregador. Essa é uma das mais fortes ilustrações da graça transformadora do Evangelho no Novo Testamento.
🧠 Referência acadêmica:
F. F. Bruce comenta que “o uso da palavra euangelizetai por Paulo reforça a ideia de que sua pregação não era apenas ensino doutrinário, mas a proclamação da boa notícia da reconciliação com Deus por meio de Cristo – a mesma mensagem que ele antes se empenhava por destruir” (The Epistle to the Galatians, 1982).
3. Reação das igrejas: Glorificavam a Deus (v. 24)
Texto:
“E glorificavam a Deus a meu respeito.”
🔎 Análise da expressão grega:
- "ἐδόξαζον τὸν θεὸν" – “glorificavam a Deus”
- Verbo δοξάζω (doxazō) = honrar, louvar, glorificar.
- Implica um reconhecimento da ação sobrenatural de Deus na vida de Paulo.
Essa glorificação não era dirigida a Paulo, mas a Deus, em reconhecimento de que só Ele poderia transformar um perseguidor em apóstolo.
🧠 Referência acadêmica:
John Stott destaca que “a glória da transformação de Paulo não estava em seu zelo ou em sua decisão, mas na iniciativa soberana de Deus que o chamou pela graça e o comissionou para pregar” (The Message of Galatians, BST, 1984).
🙋 APLICAÇÃO PESSOAL
- Nem todos vão te conhecer de vista, mas muitos ouvirão sobre o que Deus fez por você. Em tempos de vaidade e autopromoção, que nossa reputação seja de alguém transformado por Cristo, e não de alguém famoso.
- Testemunho é sobre Jesus, não sobre nós. Muitos exageram nas histórias do passado. Paulo só menciona seu histórico quando necessário para enaltecer a graça de Deus, e não a si mesmo.
- Quem glorifica a Deus por sua vida? A verdadeira conversão gera admiração que glorifica o Pai, pois é impossível alguém ser transformado sem deixar marcas visíveis do agir divino.
📊 TABELA EXPOSITIVA – Gálatas 1.22-24
Ponto
Versículo
Palavra-chave (grego)
Explicação
Aplicação
1. Paulo era desconhecido de vista
v. 22
γνωριζόμενος (tornado conhecido)
Paulo não era reconhecido fisicamente nas igrejas da Judeia. Sua reputação precedia seu rosto.
Nem todos saberão quem somos visualmente, mas nossa história pode chegar onde não pisamos.
2. A transformação é pela fé
v. 23
διώκων (perseguir); εὐαγγελίζεται (prega o evangelho)
O perseguidor se tornou o pregador da mesma fé que tentava destruir.
Jesus transforma qualquer história, e o evangelho que salvou Paulo salva hoje.
3. Glorificavam a Deus
v. 24
ἐδόξαζον (glorificavam)
O louvor não era para Paulo, mas para Deus, que realizou tal transformação.
Nossa vida deve apontar para a glória de Deus, e não para o passado que deixamos.
Gálatas 1.22-24
📖 Texto-base: Gálatas 1.22-24
"E não era conhecido de vista das igrejas da Judeia, que estão em Cristo. Mas somente tinham ouvido dizer: Aquele que já nos perseguia anuncia agora a fé que antes destruía. E glorificavam a Deus a meu respeito."
1. Paulo, desconhecido na Judeia (v. 22)
Texto:
"E não era conhecido de vista das igrejas da Judeia..."
🔎 Análise da expressão grega:
- "οὐκ ἤμην γνωριζόμενος τῷ προσώπῳ" – literalmente, “eu não era conhecido de rosto” ou “por aparência”.
- "γνωριζόμενος" (gnōrizomenos) → particípio presente passivo de gnōrizō = tornar conhecido, revelar.
- "τῷ προσώπῳ" (tō prosōpō) → rosto, aparência, face visível.
Paulo indica que, apesar de ser conhecido pelas ações, não era reconhecido fisicamente. Isso destaca a desconexão entre reputação e identidade visível nas comunidades cristãs da Judeia.
🧠 Referência acadêmica:
Craig Keener observa que, na cultura do primeiro século, o conhecimento pessoal era limitado a interações diretas. A ausência de imagens e registros públicos tornava o reconhecimento facial improvável. A reputação era construída mais por relatos e ações do que pela presença física (Keener, IVP Bible Background Commentary, 1993).
2. Uma vida transformada (v. 23)
Texto:
“Aquele que já nos perseguia anuncia agora a fé que antes destruía.”
🔎 Análise da expressão grega:
- "Ὁ διώκων ἡμᾶς ποτε" – “Aquele que nos perseguia antes”
- διώκων (diōkō) = perseguir com hostilidade (usado para perseguição religiosa).
- "νῦν εὐαγγελίζεται τὴν πίστιν" – “agora prega o evangelho da fé”
- εὐαγγελίζεται (euangelizetai) = proclamar boas novas.
- τὴν πίστιν (tēn pistin) = a fé (doutrina do Evangelho, justificação pela fé).
Aqui, temos um poderoso contraste: o perseguidor tornou-se pregador. Essa é uma das mais fortes ilustrações da graça transformadora do Evangelho no Novo Testamento.
🧠 Referência acadêmica:
F. F. Bruce comenta que “o uso da palavra euangelizetai por Paulo reforça a ideia de que sua pregação não era apenas ensino doutrinário, mas a proclamação da boa notícia da reconciliação com Deus por meio de Cristo – a mesma mensagem que ele antes se empenhava por destruir” (The Epistle to the Galatians, 1982).
3. Reação das igrejas: Glorificavam a Deus (v. 24)
Texto:
“E glorificavam a Deus a meu respeito.”
🔎 Análise da expressão grega:
- "ἐδόξαζον τὸν θεὸν" – “glorificavam a Deus”
- Verbo δοξάζω (doxazō) = honrar, louvar, glorificar.
- Implica um reconhecimento da ação sobrenatural de Deus na vida de Paulo.
Essa glorificação não era dirigida a Paulo, mas a Deus, em reconhecimento de que só Ele poderia transformar um perseguidor em apóstolo.
🧠 Referência acadêmica:
John Stott destaca que “a glória da transformação de Paulo não estava em seu zelo ou em sua decisão, mas na iniciativa soberana de Deus que o chamou pela graça e o comissionou para pregar” (The Message of Galatians, BST, 1984).
🙋 APLICAÇÃO PESSOAL
- Nem todos vão te conhecer de vista, mas muitos ouvirão sobre o que Deus fez por você. Em tempos de vaidade e autopromoção, que nossa reputação seja de alguém transformado por Cristo, e não de alguém famoso.
- Testemunho é sobre Jesus, não sobre nós. Muitos exageram nas histórias do passado. Paulo só menciona seu histórico quando necessário para enaltecer a graça de Deus, e não a si mesmo.
- Quem glorifica a Deus por sua vida? A verdadeira conversão gera admiração que glorifica o Pai, pois é impossível alguém ser transformado sem deixar marcas visíveis do agir divino.
📊 TABELA EXPOSITIVA – Gálatas 1.22-24
Ponto | Versículo | Palavra-chave (grego) | Explicação | Aplicação |
1. Paulo era desconhecido de vista | v. 22 | γνωριζόμενος (tornado conhecido) | Paulo não era reconhecido fisicamente nas igrejas da Judeia. Sua reputação precedia seu rosto. | Nem todos saberão quem somos visualmente, mas nossa história pode chegar onde não pisamos. |
2. A transformação é pela fé | v. 23 | διώκων (perseguir); εὐαγγελίζεται (prega o evangelho) | O perseguidor se tornou o pregador da mesma fé que tentava destruir. | Jesus transforma qualquer história, e o evangelho que salvou Paulo salva hoje. |
3. Glorificavam a Deus | v. 24 | ἐδόξαζον (glorificavam) | O louvor não era para Paulo, mas para Deus, que realizou tal transformação. | Nossa vida deve apontar para a glória de Deus, e não para o passado que deixamos. |
PENSE! Os inimigos de Paulo conheciam o seu passado, e tentaram colocar isso em foco para descredibilizar o apóstolo e sua mensagem.
PONTO IMPORTANTE! Paulo não ocultou o seu passado aos gálatas, mas quando ele conta parte de sua vida, o faz para exaltar o poder transformador do Evangelho em sua vida
CONCLUSÃO
Nesta lição, estudamos uma parte da vida de Paulo. Isso se deu porque foi necessário mostrar a origem do seu apostolado e da sua mensagem aos gálatas. Não somente o ministério de Paulo estava em jogo, mas igualmente a mensagem que ele havia ensinado àquelas igrejas. Paulo nunca se esqueceu das atrocidades cometidas por ele contra a Igreja de Deus, mas também deixou claro que a graça do Senhor o salvou, e que o seu apostolado era um sinal do poder transformador, não da Lei, mas do Evangelho.
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
A vida e ministério do apóstolo Paulo revelam uma verdade central do cristianismo: o poder transformador do Evangelho, capaz de mudar até o pior dos inimigos da Igreja em seu maior defensor. Paulo, que outrora perseguiu violentamente a Igreja de Deus, reconhece sua própria história com honestidade e humildade (Gálatas 1.13-14). Ele não busca esconder o passado, mas antes mostrar que a graça de Deus é soberana e que o seu chamado e apostolado são frutos da revelação direta de Jesus Cristo (Gálatas 1.12,15-16).
Análise das palavras gregas:
- “χάρις” (charis) — graça, favor imerecido de Deus, conceito central para a salvação que Paulo enfatiza como a força que o separou desde o ventre materno e o chamou (v.15).
- “εὐαγγέλιον” (euangelion) — evangelho, a boa notícia da salvação pela fé em Cristo, que Paulo recebeu diretamente pela revelação de Jesus, não “segundo os homens” (v.11-12).
- “ἀπόστολος” (apostolos) — enviado, apóstolo, autoridade conferida diretamente por Deus, que Paulo defende contra questionamentos humanos (v.1).
- “μεταμορφόω” (metamorphoō) — transformar, metamorfosear, palavra que subentende a obra profunda do Espírito no coração, presente implicitamente no testemunho da mudança radical da vida de Paulo.
Referências acadêmicas:
- F. F. Bruce (1982) observa que Paulo enfatiza que seu ministério não deriva da aprovação humana, mas da revelação divina, sublinhando a autoridade da mensagem que pregava (The Epistle to the Galatians).
- Gordon Fee destaca a importância da graça no processo de santificação, apontando que Paulo se apresenta como exemplo vivo da transformação operada pela graça de Cristo (Paul, the Spirit, and the People of God, 1996).
- John Stott ressalta que a conversão e o ministério de Paulo desafiam qualquer pretensão humana à justiça, pois demonstram que o Evangelho é o poder de Deus para salvar e transformar pecadores (Stott, The Message of Galatians, 1984).
Aplicação pessoal:
- Reconhecer a própria história e suas falhas, não para ser condenado, mas para experimentar e testemunhar o poder redentor de Deus. Nenhum passado é tão pesado que a graça não possa transformar.
- Ser um instrumento vivo do Evangelho, pois o ministério de Paulo nos lembra que a autoridade espiritual vem de Deus, não de títulos, influência ou aprovação humana.
- Confiar na fidelidade da Palavra de Deus, sabendo que o Evangelho é eterno e imutável, e que a salvação não depende de obras da Lei, mas da fé viva em Cristo.
- Perseverar no chamado que Deus deu, mesmo diante de oposição, sabendo que a graça que transforma é também a que capacita para o serviço fiel.
Tabela Expositiva — Gálatas 1: A Vida e Ministério de Paulo como Sinal da Graça de Deus
Tema
Texto-chave
Palavra Grega
Comentário Teológico
Aplicação Prática
O chamado divino
v.15-16
χάρις (graça)
Paulo foi separado e chamado pela graça, não por mérito próprio.
Reconhecer a iniciativa soberana de Deus em nossa vida.
Evangelho revelado
v.11-12
εὐαγγέλιον (evangelho)
Paulo recebeu a mensagem diretamente de Jesus, não de homens.
Valorizar a Palavra revelada como única fonte da verdade.
Autoridade apostólica
v.1,18-19
ἀπόστολος (apóstolo)
Paulo é enviado por Deus, com autoridade legítima.
Honrar a autoridade divina no serviço cristão.
Transformação pela graça
v.13-14,23-24
μεταμορφόω (implícito)
De perseguidor a pregador: sinal do poder do Evangelho.
Testemunhar a transformação pessoal como obra de Deus.
Ministério aprovado
v.18-20
μαρτυρία (testemunho)
O ministério de Paulo é reconhecido por líderes da igreja.
Buscar aprovação espiritual, não humana.
A vida e ministério do apóstolo Paulo revelam uma verdade central do cristianismo: o poder transformador do Evangelho, capaz de mudar até o pior dos inimigos da Igreja em seu maior defensor. Paulo, que outrora perseguiu violentamente a Igreja de Deus, reconhece sua própria história com honestidade e humildade (Gálatas 1.13-14). Ele não busca esconder o passado, mas antes mostrar que a graça de Deus é soberana e que o seu chamado e apostolado são frutos da revelação direta de Jesus Cristo (Gálatas 1.12,15-16).
Análise das palavras gregas:
- “χάρις” (charis) — graça, favor imerecido de Deus, conceito central para a salvação que Paulo enfatiza como a força que o separou desde o ventre materno e o chamou (v.15).
- “εὐαγγέλιον” (euangelion) — evangelho, a boa notícia da salvação pela fé em Cristo, que Paulo recebeu diretamente pela revelação de Jesus, não “segundo os homens” (v.11-12).
- “ἀπόστολος” (apostolos) — enviado, apóstolo, autoridade conferida diretamente por Deus, que Paulo defende contra questionamentos humanos (v.1).
- “μεταμορφόω” (metamorphoō) — transformar, metamorfosear, palavra que subentende a obra profunda do Espírito no coração, presente implicitamente no testemunho da mudança radical da vida de Paulo.
Referências acadêmicas:
- F. F. Bruce (1982) observa que Paulo enfatiza que seu ministério não deriva da aprovação humana, mas da revelação divina, sublinhando a autoridade da mensagem que pregava (The Epistle to the Galatians).
- Gordon Fee destaca a importância da graça no processo de santificação, apontando que Paulo se apresenta como exemplo vivo da transformação operada pela graça de Cristo (Paul, the Spirit, and the People of God, 1996).
- John Stott ressalta que a conversão e o ministério de Paulo desafiam qualquer pretensão humana à justiça, pois demonstram que o Evangelho é o poder de Deus para salvar e transformar pecadores (Stott, The Message of Galatians, 1984).
Aplicação pessoal:
- Reconhecer a própria história e suas falhas, não para ser condenado, mas para experimentar e testemunhar o poder redentor de Deus. Nenhum passado é tão pesado que a graça não possa transformar.
- Ser um instrumento vivo do Evangelho, pois o ministério de Paulo nos lembra que a autoridade espiritual vem de Deus, não de títulos, influência ou aprovação humana.
- Confiar na fidelidade da Palavra de Deus, sabendo que o Evangelho é eterno e imutável, e que a salvação não depende de obras da Lei, mas da fé viva em Cristo.
- Perseverar no chamado que Deus deu, mesmo diante de oposição, sabendo que a graça que transforma é também a que capacita para o serviço fiel.
Tabela Expositiva — Gálatas 1: A Vida e Ministério de Paulo como Sinal da Graça de Deus
Tema | Texto-chave | Palavra Grega | Comentário Teológico | Aplicação Prática |
O chamado divino | v.15-16 | χάρις (graça) | Paulo foi separado e chamado pela graça, não por mérito próprio. | Reconhecer a iniciativa soberana de Deus em nossa vida. |
Evangelho revelado | v.11-12 | εὐαγγέλιον (evangelho) | Paulo recebeu a mensagem diretamente de Jesus, não de homens. | Valorizar a Palavra revelada como única fonte da verdade. |
Autoridade apostólica | v.1,18-19 | ἀπόστολος (apóstolo) | Paulo é enviado por Deus, com autoridade legítima. | Honrar a autoridade divina no serviço cristão. |
Transformação pela graça | v.13-14,23-24 | μεταμορφόω (implícito) | De perseguidor a pregador: sinal do poder do Evangelho. | Testemunhar a transformação pessoal como obra de Deus. |
Ministério aprovado | v.18-20 | μαρτυρία (testemunho) | O ministério de Paulo é reconhecido por líderes da igreja. | Buscar aprovação espiritual, não humana. |
HORA DA REVISÃO
1- Por que Paulo conta uma parte de sua história aos gálatas?
Paulo não conta a sua história para impressionar os gálatas. Ele não faz com o objetivo de comover os seus leitores, e sim para mostrar que ele tinha autoridade para pregar e defender o Evangelho aos gentios.
2- Os apóstolos de Jerusalém aprovaram o Evangelho pregado por Paulo?
Sim. Eles reconheceram o ministério de Paulo e a mensagem que ele pregava.
3- Por qual motivo os irmãos da Judéia deram graças a Deus?
Paulo diz que os irmãos da Judéia glorificavam a Deus pela vida dele. Em que aspecto residia a alegria daqueles irmãos? No fato de que a fé em Jesus Cristo havia alcançado o coração do perseguidor, e que ele estava anunciando a fé.
4- As Cartas de Paulo no Novo Testamento se ocupam extensivamente de quê?
As Cartas de Paulo no Novo Testamento se ocupam extensivamente não da sua vida pessoal e do que ele era ou fazia antes do Evangelho, e sim do poder de Deus em sua vida e da forma como esse poder estava disponível para salvar e transformar todos os homens.
5- Quem conduziu Saulo para a estrada de Damasco?
Enquanto a igreja era perseguida por Paulo. Deus estava trabalhando. Foi Ele que conduziu Saulo para estrada de Damasco.
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