TEXTO PRINCIPAL “Vós sois a luz do mundo; não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte.” ( Mt 5.14 ) RESUMO DA LIÇÃO Devemos viv...
TEXTO PRINCIPAL
“Vós sois a luz do mundo; não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte.” (Mt 5.14)
RESUMO DA LIÇÃO
Devemos viver de forma que a luz de Cristo brilhe em nossa vida.
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LEITURA SEMANAL
OBJETIVOS
INTERAÇÃO
Professor(a), na lição deste domingo estudaremos a respeito do sermão mais importante de Jesus: O Sermão do Monte. Explique aos alunos que o Sermão do Monte se encontra nos capítulos 5 a 7 do Evangelho de Mateus. Ele recebeu esse nome porque Jesus o pronunciou em um monte nas proximidades de Cafarnaum. “Este sermão provavelmente foi proferido em vários dias de pregação. Nele, Jesus revelou seu pensamento em relação à Lei.
Demonstrou que posição social, autoridade e dinheiro não são importantes em seu Reino, o que importa é a fiel obediência a Deus. O Sermão do Monte desafiou os líderes religiosos daquela época, orgulhosos e legalistas. O sermão os chamou de volta às mensagens dos profetas do Antigo Testamento, que ensinaram que a obediência sincera a Deus é mais importante a aplicação da lei” (Adaptado de Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, p. 1222).
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor(a), reproduza o quadro abaixo. Utilize-o para mostrar aos alunos algumas das maneiras de pensar de Cristo que estão inseridas no Sermão do Monte.
REFERÊNCIA | EXEMPLO | NÃO É O BASTANTE | DEVEMOS TAMBEM… |
Mt 5.21-22 | Assassinatos | Evitar matar. | Evitar a ira e o ódio |
Mt 5.23-26 | Ofertas | Ofertar com regularidade. | Ter relacionamento correto com Deus e com os outros. |
Mt 5.27-30 | Adúltero | Evitar o adultério | Manter nosso coração afastado da cobiça dos fiéis. |
Mt 5.31-32 | Divorcio | Ser legalmente casado. | Viver o compromisso do casamento. |
Mt 5.33-37 | Votos | Manter um voto. | Evitar compromissos casuais e irresponsáveis para com Deus. |
Mt 5.38-47 | Vinganças | Buscar a justiça para a nossa vida | Mostrar misericórdia e amor aos semelhantes. |
TEXTO BÍBLICO
INTRODUÇÃO
Na lição deste domingo, veremos no Evangelho de Mateus os ensinos práticos de Jesus no Sermão do Monte. Este Sermão é um dos cinco grandes discursos deste Evangelho. Ele expõe os ensinos de Jesus sobre uma vida de santificação. Neste estudo serão destacados o poder do testemunho do crente como “sal” da terra e “luz” do mundo e a prática da justiça para a glória de Deus.
I- OS SANTOS SÃO BEM-AVENTURADOS
1- Os bem-aventurados (Mt 5.1-12). Na abertura do Sermão do Monte encontramos oito bem-aventuranças. Como entender o Reino e a promessa de que os pobres e os excluídos seriam felizes? Os pobres e os que sofrem encontrariam a verdadeira felicidade nos ensinos de Cristo. Os aflitos encontrariam conforto e justiça sendo confortados pelo amor de Deus. Jesus Cristo inicia a proclamação do Reino de Deus indicando o caminho da felicidade.
Diferente do que alguns defendem, a santidade não é sinônimo de semblante fechado e sério, pois os santos têm a alegria como fruto do Espírito; e a alegria do Senhor é sua força e aformoseia o seu rosto (Ne 8.10; Pv 15.13).
2- Os santos são “sal” da terra e “luz” do mundo (Mt 5.13-16). As pessoas que se comprometem com os ensinos de Jesus e os vivendo em seu dia a dia são o “sal” da terra e a “luz” do mundo. Na concepção bíblica, o sal serve para temperar o alimento (Jó 6.6); está relacionado às ofertas (Lv 2.13) e purifica a água (2 Rs 2.19-22).
Os discípulos de Jesus devem ter uma vida “temperada”, purificada e sacrificial, comprometida e fiel aos propósitos de Deus na Terra. A figura do discípulo como “sal” da terra e ‘luz’ do mundo está relacionada com o bom testemunho e a influência positiva na sociedade por meio de uma vida de santidade.
3- O contraste entre a justiça da tradição e a justiça do Reino de Deus. Jesus critica a justiça propagada pelos líderes religiosos da época. Estes, com base em uma interpretação equivocada das Escrituras, diziam ser prósperos porque eram justos e santificados. O reinado de Deus propagado por Jesus traria bem-estar, prosperidade e felicidade para todos e não para um grupo específico.
Jesus adverte “se a vossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus, de modo nenhum entrareis no Reino dos Céus” (Mt 5.20). A Lei tinha como objetivo produzir justiça e uma vida solidária (Lv 19.15; Dt 4.5-8). Jesus mostrou que esse infelizmente não era o ensino, muito menos a prática dos principais mestres e Líderes do judaísmo.
SUBSÍDIO 1
‘As bem-aventuranças esboçam as atitudes do verdadeiro discípulo, aquele que aceitou as demandas do Reino de Deus em contraste com as atitudes do ‘homem do mundo’, e as apresentam como o melhor meio de vida não apenas na sua bondade intrínseca, mas também nos resultados’ (France, 1985, p,io8). Nenhuma palavra em nossa língua expressa adequadamente as nuanças do grego ou do hebraico. Estas beatitudes estabelecem o sentido e a substância do restante do sermão.
As questões da pobreza de espírito, choro, mansidão, justiça, misericórdia, limpeza do coração, paz e perseguição são desenvolvidas nos demais ensinos. Portanto temos de explorar cuidadosamente o significado de cada bem-aventurança para Jesus, a cosmovisão hebraica e a Igreja. Devemos tomar cuidado para distinguir estes conceitos das noções modernas que levam o mesmo nome.” (ARRINGTON, French L; STRONSTAD. Roger (Ed.). Comentário Bíblico Pentecostal: Novo Testamento 2.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2004, pp.34-35)
II- A SANTIFICAÇÃO SE DÁ POR MEIO DA PRÁTICA DA JUSTIÇA E DA SOLIDARIEDADE
1- Dar esmola por amor e não por ostentação (Mt 6.1-3). No Sermão do Monte, Jesus revelou que a generosidade em socorrer os necessitados é um dever dos súditos do Reino de Deus. Na época de Jesus, existia uma cultura de dar esmolas e se fazer visto por todos. Uma pessoa com boa condição financeira também poderia “compensar” suas falhas e manter as aparências, dando esmolas aos menos favorecidos.
Dessa forma, alguém que havia conseguido seus bens de forma ilícita, poderia, por meio da doação de esmolas, manter a imagem de uma pessoa piedosa e santa. Alguns estavam tão “cegos” que até acreditavam que realmente eram piedosos. Pode-se manter as aparências e aplacar a ira da consciência, mas diante do Justo Juiz não tem como camuflar as intenções e motivações do coração e se apresentar como um “santo”.
2- Orar em secreto (Mt 6.5,6). Algumas pessoas, quando oram em público, têm a tendência de se preocupar com o que vão falar. Fazem isso como se o importante fosse a aprovação da sua oração pelos ouvintes ou a demonstração de sua habilidade linguística ou conhecimentos teológicos. Os escribas e fariseus oravam para serem vistos.
Contudo, Jesus recomenda que a oração seja realizada em segredo, com as portas fechadas, “face a face” com Deus. A oração deve ser um diálogo sincero com o Pai Celeste. Entretanto, na atualidade, vemos pessoas que, ao orarem, fazem como os escribas e fariseus. O que vale não é a quantidade de palavras e nem o tempo de oração, como muitos alardeiam, mas um coração quebrantado e contrito diante do Senhor.
3- O jejum deve ser acompanhado com práticas de justiça e solidariedade. A doação de esmolas (Mt 6.1-3), a oração (Mt 6.5-7) e o jejum (Mt 6.16-18) eram práticas comuns dos judeus, ouvintes de Jesus. Ele inicia geralmente com a palavra “quando”, demonstrando que essa era uma prática comum. Todavia, Jesus adverte quanto às motivações durante essas práticas.
O profeta Isaías já havia exortado o povo de Deus pela prática do jejum sem justiça e solidariedade (Is 58.6-14). A mensagem de Isaías é reforçada pelo profeta Jeremias (Jr 14.12). A preocupação de algumas pessoas, erroneamente, era fazer da prática da oração e jejum um “marketing pessoal”, a fim de demonstrarem uma falsa santidade.
SUBSÍDIO 2
Professor(a), inicie o tópico fazendo a seguinte pergunta: “O que significa o termo hipócrita em Mateus 6.2?“ Ouça os alunos com atenção. Explique que o “termo é usado neste versículo para descrever pessoas que praticavam boas ações não por compaixão ou outros motivos, mas para obter glória diante dos homens. Suas ações eram boas, mas as motivações não. A vanglória será a única recompensa dos hipócritas, mas Deus recompensará os que são sinceros em sua fé.
Quando Jesus diz para não deixar que a mão esquerda saiba o que faz a mão direita, Ele está ensinando que nossos motivos ao dar a Deus e aos outros devem ser puros. É fácil fazer algo por alguém, esperando receber algum benefício em troca. Mas os crentes devem evitar todo ardil e trazer suas ofertas a Deus e aos outros pelo prazer de ofertar, e como uma resposta ao amor de Deus. Por que você dá algo a alguém?” (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, p. 1227.)
III- A EFICÁCIA DO ENSINO DE JESUS SOBRE A SANTIDADE
1- A didática do ensino de Jesus. A eficácia do ensino de Jesus era surpreendente. Ele falava para um público diversificado e por um longo período sem cansá-lo, em locais sem a mínima estrutura, mas com uma didática que possibilitava o entendimento da maioria, senão de todos os ouvintes. Ao final, Ele tinha a satisfação de vê-los saírem abismados com o ensino recebido.
Esse é o sonho de todo educador sério e comprometido com o Reino de Deus. Jesus utilizou ilustrações em cerca de um terço do Sermão do Monte. Tudo para facilitar a compreensão e demonstrar que o caminho da santidade é formado de coisas simples do dia a dia. Não há como simular a santificação; é preciso viver de modo santo e irrepreensível.
2- A vida do crente deve ser construída sobre a rocha (Mt 7.24-27). Na conclusão do Sermão do Monte, Jesus utiliza o exemplo da construção de duas casas: a primeira construída sobre a rocha por um homem prudente, que Jesus o assemelha com aquele que ouve a sua Palavra e a coloca em prática, vivendo uma vida de santidade.
A segunda, construída sobre a areia por um homem insensato, que Jesus assemelha com aquele que ouve a sua Palavra, mas não a coloca em prática. Jesus, desde o início do Sermão do Monte, vem contrastando a diferença entre a justiça dos homens, praticada pelos fariseus e escribas (casa construída sobre a areia), e a justiça do Reino de Deus (casa construída sobre a rocha).
Ele ensina que a vida (nossa casa) é construída por meio de opções fundamentais que vão nortear os comportamentos ao longo de nossa caminhada. Nesta parábola, a rocha significa os ensinos de Jesus colocados em prática.
3- A autoridade do ensino está na coerência entre a teoria e a prática (Mt 728,29). Um dos grandes anseios dos judeus da época de Jesus era a chegada do Reino de Deus, anunciado por séculos, e que alimentava as esperanças daquele povo subjugado pelos romanos. Jesus aparece ensinando que somente é possível alcançar o Reino de Deus mediante a santidade.
O caminho que oferece arrependimento e perdão dos pecados e em novo tipo de relacionamento com Deus, sem intermediários. Jesus afirmou que sua vida e ministério eram o cumprimento da Lei (Mt 5.17-20). A sua morte expiatória perfeita e definitiva, derruba qualquer ensino da necessidade de sacrifícios para se ter uma vida de santidade e que agrade a Deus. Jesus ensinou o que Ele estava vivendo, ai estava a autoridade que causava admiração em seus ouvintes (Mt 7.28,29).
SUBSÍDIO 3
Professor(a), leia com seus alunos a conclusão do Sermão do Monte que se encontra em Mateus 7.24-29. Enfatize a ilustração final, os dois alicerces. Explique que aquele que ouve e pratica a Palavra de Deus é como um homem que construiu a sua casa sobre a rocha. Quando as tempestades batem contra a casa, ela ainda permanece firme.
CONCLUSÃO
Nesta lição, aprendemos que aqueles que vivem em santidade, experimentam a verdadeira alegria, que é fruto do Espírito e reflete a luz de Cristo. Jesus confrontou o ensino e a prática hipócrita dos escribas e fariseus e mostrou que, para viver uma vida de santidade, o crente precisa agir com justiça e solidariedade. O exemplo era sua própria vida e ministério.
HORA DA REVISÃO
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Revista Jovens – 1º Trimestre De 2023
TEMA: SEPARADOS PARA DEUS – Buscando a Santificação para vermos vermos o Senhor e sermos usados por Ele
COMENTARISTA: Natalino das Neves
Lição 01: Santificação: o Caminho que leva à Vida Eterna com Deus
Lição 02: O Pecado sob a Perspectiva do Deus que é Santo
Lição 03: O Temor a Deus é o Caminho da Santificação
Lição 04: A Santificação e a Palavra de Deus
Lição 05: Libertos para Viver em Santidade
Lição 06: Mortos para o Pecado, mas ainda Lutando contra Ele
Lição 07: Santidade: de Dentro para Fora
Lição 08: O Ensino de Jesus sobre Santificação no Sermão do Monte
Lição 09: A Santidade é a Marca do Crente
Lição 10: Arrependimento, Perdão e Santificação
Lição 11: Santidade Integral
Lição 12: Uma Vida Cheia do Espirito
Lição 13: As Bênçãos de uma Vida Santificada
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