TEXTO PRINCIPAL “Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele...
TEXTO PRINCIPAL
“Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz.” (1 Pe 2.9)
RESUMO DA LIÇÃO
A santidade é a marca do crente tanto no Antigo Testamento quanto no Novo.
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LEITURA SEMANAL
OBJETIVOS
INTERAÇÃO
Professor(a), na lição deste domingo veremos que a santidade no Antigo Testamento estava diretamente relacionada com o Tabernáculo, enquanto no Novo Testamento está relacionada ao sacrifício de Cristo como cumprimento da Lei. O sacrifício perfeito de Jesus Cristo inutilizou os sacrifícios do Antigo Testamento e apresenta o culto racional como a nova forma de adoração a Deus em santidade (Rm 12.1,2). No Novo Testamento “Deus deseja que nos ofereçamos como sacrifício vivo. Ele não quer o sacrifício de animais. Isto significa que devemos deixar de lado os nossos desejos para segui-lo, colocando nossa energia e recursos à sua disposição, confiando para nos guiar. Agimos deste modo como uma demonstração de nossa gratidão, por nossos pecados terem sido perdoados” (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 1572).
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor(a), para esta aula sugerimos que você reproduza e amplie a imagem do Tabernáculo ao lado. Essa imagem foi extraída da Bíblia de Estudo Pentecostal, página 158. Utilizando a imagem, mostre todas as suas divisões. Explique também a respeito de seus mobiliários e a função tipológica de cada um. Faça a conclusão da atividade mostrando como o sacrifício de Jesus foi superior. Ele foi apresentado na presença de Deus, perfeito e único, abrindo o caminho para a confissão, adoração e louvor diretamente a Deus.
TEXTO BÍBLICO
INTRODUÇÃO
A santidade é exigida tanto no Antigo Testamento quanto no Novo. Todavia, no Antigo Testamento o povo era considerado santo por meio de sacrifícios de animais. No Novo Testamento, o crente é santificado mediante o sacrifício perfeito de Cristo. Como filhos(as) de Deus agora devemos oferecerão Senhor um culto racional e viver de maneira santa, justa e piedosa.
I- A SANTIDADE COMO MARCA DO CRENTE NO ANTIGO TESTAMENTO
1- Propriedade de Deus (Êx 19.5,6). O livro de Levítico apresenta dois temas importantes e que se sobressaem: a expiação — procedimentos sacrificiais que dizem respeito à remoção do pecado, a restauração da comunhão com Deus — e a santidade. De acordo com a Bíblia de Estudo Pentecostal, esse livro foi escrito para “instruir os israelitas acerca do acesso a Deus por meio do sangue expiador e para mostrar o padrão divino, da vida santa, que deve ter o povo escolhido de Deus.”
O Senhor estabeleceu uma aliança com os hebreus e essa aliança exigia santidade e compromisso a fim de que os outros povos pudessem ter o conhecimento de Deus. Os israelitas são advertidos, várias vezes, para não adotarem as práticas dos demais povos. Eles deveriam ter a marca de Deus, a santificação.
2- O Tabernáculo como lugar de adoração e santidade. O Tabernáculo e os serviços realizados nele revelam a santidade de Deus e do seu povo. Os sacerdotes recebiam as ofertas do povo, que tinha acesso somente ao Átrio do Tabernáculo, também chamado de Pátio, A partir daí, somente os sacerdotes e sumo sacerdotes continuavam com a oferta e a adoração.
No Átrio, ficavam o altar de Bronze, para oferta e sacrifícios, e a Pia de Cobre, para purificação das mãos e pés dos sacerdotes com água, antes de entrarem no interior do Tabernáculo para ministrar nos seus dois compartimentos: o Lugar Santo e o Lugar Santíssimo ou Santo dos Santos (Êx 38.1-6). No lugar Santo havia três mobiliários com significados importantes: o castiçal de ouro (Êx 25.31-37): a mesa com os pães da proposição (Êx 25.30) e o altar de Incenso (Êx 30.1-10).
No Santos dos Santos somente o sumo sacerdote podia entrar como representante de todo o povo e havia somente um único móvel, a Arca da Aliança (Êx 25.10-15), que guardava em seu interior as Tábuas da Lei (Dt 10.1-5). um vaso de ouro com maná do deserto (Êx 16.33-36) e a vara de Arão (Nm 17.10).
3- A santidade como purificação do pecado de injustiça. O convite de Deus para se aproximar dEle vai além de uma relação mais íntima, o seu povo deveria se comprometer com a prática da justiça, pois como afirma Isaías, “Deus, o Santo, será santificado em justiça” (Is 5.16b). A tradição sacerdotal priorizava a pureza ritual, enquanto os profetas prezavam pela pureza da justiça social e equidade nas relações humanas.
Já os livros poéticos e sapienciais apontam para a pureza da moralidade individual. Deus também age com justiça contra Israel, pois Ele é Justo e imparcial (Is 11.3-6). O salmista pergunta: “Quem subirá ao monte do SENHOR ou quem estará no seu lugar santo?’ Ele mesmo responde. “Aquele que é limpo de mãos e puro de coração, que não entrega a sua alma à vaidade, nem jura enganosamente” (Sl 24.3,4). Todo ser humano tem 0 poder em suas mãos em determinado momento de sua vida, por mais simples que seja, O que ele faz com isso, revelará o seu caráter e sua obediência ao Senhor.
SUBSÍDIO 1
“Rm 12.1 – […] que apresenteis vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus”. Que podemos entender por ‘apresentar vossos corpos?’ É através do corpo e dos seus membros que a nossa natureza interior se manifesta. O apelo de Paulo é um apelo à consagração. O ato de consagrar alguma coisa implica em dedicar e separar essa coisa. Oferecer os nossos corpos em sacrifício vivo implica em reconhecer que Deus está pronto a abençoar. Porém, quando o apelo vem com ‘apresenteis’ indica o que o crente pode fazer para cumprir e fazer o que Deus quer que faça.
A consagração envolve dois atos: o de Deus e o nosso. O nosso ato é apresentar-nos: o de Deus é tornar-nos aptos para pôr em prática a sua vontade. O nosso ato é impelido de dentro e nos leva a fazer, espontaneamente e racionalmente a sua vontade. Não temos condição de tornar-nos ‘santos’ só porque queremos, pois precisamos da indispensável ajuda do Espírito Santo para sermos santificados”.
Rm 12.1 – ‘Sacrifício vivo’. Não significa um sacrifício físico literal, mas espiritual. No Antigo Testamento os sacrifícios eram literais, No Novo Testamento, a ordem dos sacrifícios contínua, mas dentro de uma perspectiva espiritual.” (CABRAL, Elienai. Romanos: O Evangelho da Justiça de Deus. 7.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2003. p. 134.135)
PROFESSOR(A), “os profetas hebreus anteviam tempos em que Deus purificaria toda a raça humana e 0 mundo no qual ela habita. Deus revelou que levaria a efeito essa grande obra de purificação mediante o seu Espírito (Zc 4.6). Como consequência, os profetas frequentemente empregavam vocábulos dos rituais de purificação realizados no Templo para descrever a obra divina. Deus promete, ainda, que restaurará Israel e Judá à sua terra e os purificará (Ez 37.21-23). As cidades seriam reedificadas, e a terra se tornaria como 0 jardim do Éden” (JENNEY, Timothy P. Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. ig.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2018, p. 417)
II- A SANTIDADE CONTINUA SENDO EXIGIDA NO NOVO TESTAMENTO
1- A justificação pela fé e a santificação por meio do sacrifício de Cristo. Vimos que no Antigo Testamento a santidade estava diretamente relacionada com a Lei de Moisés, o Tabernáculo e a prática da justiça. No Novo Testamento, a função da lei no plano de salvação vai ficando mais clara, principalmente nos escritos do apóstolo Paulo, afirmando que a lei era insuficiente para salvar. Ela serviu como preceptora para se chegar a Cristo.
A morte de Jesus é acompanhada de sinais (Mt 27.51-56), e um deles foi o Véu do Templo, a separação do Lugar Santíssimo, símbolo de inacessibilidade do ser humano a Deus rasgou-se em dois de alto a baixo. Uma das demonstrações que Jesus estava cumprindo a Lei, e inutilizando qualquer forma de sacrifício para justificação. Agora quem crê em Cristo, por meio de seu sacrifício, tem o privilégio de entrar na presença de Deus e ser considerado justo (Hb 10.19-22). Por meio do sacrifício de Cristo o crente é justificado e santificado.
2- A santidade da Igreja de Cristo. Jesus cumpriu sua missão e retornou ao Pai, porém, Ele não retirou a Igreja do mundo (Jo 17), mas deixou-a para representar-lhe, anunciando seu Evangelho. A Igreja não pode se deixar vencer pelo mal (Jo 17.15). O cristão, guiado pelo Espírito Santo, torna-se embaixador de Cristo, conforme Paulo afirma à igreja de Corinto (2 Co 5.20). A Igreja, por meio dos discípulos, recebeu de Jesus uma vocação, a qual deve se manter fiel.
A principal marca que deve identificar a Igreja neste tempo pós-moderno continua sendo a santidade. Estando no mundo, mas com comportamento que inspire ser replicado e referenciado no trabalho, no comércio, na política, nos negócios, entre outras áreas. A Igreja tem conquistado espaços em nossa sociedade, mas será que tem feito a diferença, tem sido santa (separada) em sua forma de agir?
3- A santidade é exigida tanto no Antigo Testamento como no Novo. Encontramos, no Pentateuco, a seguinte recomendação divina ao povo de Israel: “Santos sereis, porque eu, o SENHOR, vosso Deus, sou santo” (Lv 19.2). Este texto é citado no Novo Testamento pelo apóstolo Pedro com a mesma reverência (1 Pe 1.15,16). O profeta Isaías revela Deus como o Santo de Israel (Is 17.7; 4114). De forma semelhante, o apóstolo Paulo se refere aos crentes de Roma como um povo santo (Rm 1.7).
Já sabemos que a santidade é exigida tanto no Antigo Testamento quanto no Novo. Todavia, a Igreja tem uma responsabilidade maior, pois recebeu a revelação maior de Deus por meio de Cristo, bem como pôde evidenciar o cumprimento do que estava previsto no Antigo Testamento, a saber, a redenção por meio do sacrifício perfeito de Cristo como sumo sacerdote perfeito. Seja você um representante de Deus nesta sociedade por meio de uma vida de santidade.
SUBSÍDIO 2
Professor(a), explique aos alunos que segundo a lei, ao sacrificar um animal, o sacerdote deveria matá-lo, cortá-lo em pedaços sobre o altar. Todavia, o mais importante e o que Deus realmente exigia era a obediência. Fale que “nossa decisão de escolher a Deus não é apenas pessoal para nós, mas ela também é pessoalmente relevante em relação a Ele, pois encara nossas escolhas e nossos pecados de forma bastante pessoal. Quando pecamos, sejam quais forem as especificidades do pecado, servimos a um ídolo, a alguém ou a algo que não seja Deus. E isso, é uma afronta pessoal a Ele.
Além disso, Deuteronômio e o resto da Bíblia, às vezes, referem-se à desobediência como falta de crença no Senhor. Você já havia pensado nisso antes? A essência, o pecado é basicamente não crer em Deus. E o foco dessa descrença são os ídolos. De certo modo, o Senhor tem rivais que disputam o coração de seu povo.” (DEVER. Mark. A Mensagem do Antigo Testamento: Uma Exposição Teológica e Homilética. Rio de Janeiro: CPAD, 2015. pp. 168.169.)
III- O CULTO RACIONAL NO NOVO TESTAMENTO
1- Consagrando o corpo como sacrifício vivo. No Antigo Testamento, uma das práticas principais do Tabernáculo era o sacrifício de animais. Estes rituais serviram para apontar para Cristo, encobrir os pecados, mas não eram eficazes para removê-los (Hb 10.3.4). O novo convertido passa a ter acesso ao sacrifício único e perfeito realizado por Cristo, porém, isso não elimina a consagração a Deus.
Exige-se uma consagração autêntica, e não mecânica e repetitiva. Paulo revela como entrar em comunhão com Deus, uma vez que os antigos rituais não eram mais necessários. O culto agora deveria ser realmente espiritual, onde o adorador entrega sua própria vida, seguindo o exemplo de Jesus, o corpo do crente passa a ser o lugar de encontro e da comunhão, lugar privilegiado na adoração, o templo do Espírito Santo (1 Co 3.16).
2- Consagrando a Deus o espírito, o corpo e a alma. O apóstolo Paulo orienta o crente a oferecer o corpo como sacrifício vivo e santo para Deus (Rm 12.1). No Antigo Testamento, a santidade era uma das preocupações dos sacerdotes. O povo era responsável por levar o sacrifício, mas era o sacerdote quem o oferecia, por isso ele deveria seguir todas as recomendações da Lei.
Os sacrifícios deveriam ser repetidos todos os anos (Hb 10.3). Na nova aliança, o crente não precisa mais de intermediários, pois cada crente é um sacerdote santo para oferecer sacrifícios espirituais agradáveis a Deus (1 Pe 2.5). O salvo passa a adorar a Deus por meio de seu próprio corpo, de forma integral (espírito, alma e corpo). O cristão deve oferecer o seu espírito, corpo e alma de forma exclusiva (separada) para Deus.
3- Consagrando o corpo de forma agradável a Deus. Deus se interessa pelo interior das pessoas, onde está o verdadeiro ‘eu’, mas é inegável que o interior se reflete no exterior. Desse modo, como devemos cuidar do Templo do Espírito Santo? O estudo dessa lição é um bom momento para refletirmos a respeito da mordomia do corpo, para que possamos considerá-lo a Deus de forma agradável.
Dentre vários cuidados, podemos citar a alimentação saudável. Alguns crentes levam uma vida desregrada e quando as consequências deflagram no corpo eles correm para Deus, como se Ele tivesse obrigação de curá-los. No entanto, devemos oferecer o melhor ao nosso corpo para que estejamos prontos para o serviço do Mestre. Isso é agradável a Deus.
SUBSÍDIO 3
Professor(a), explique que nosso maior desejo deve ser uma vida de santidade, e sermos aceitos por Deus. Para isso, precisamos separar-nos do mundo e nos aproximar cada vez mais de Deus. Devemos viver para o Senhor, adorá-lo, obedecer-lhe; pôr-nos ao pecado e apegar-nos à justiça; resistir e repudiar o mal, ser generosos com o próximo na prática de boas obras, imitar a Cristo, segui-lo, servi-lo. andar na direção do Espírito Santo e ser cheio dEle.” (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 1721.)
CONCLUSÃO
Aprendemos, nesta lição, que a santidade é uma marca do crente. Ela é exigida tanto no Antigo Testamento quanto no Novo. No entanto, com a revelação progressiva de Deus e o sacrifício de Cristo na cruz, o crente não precisa mais de intermediários, pois cada um possui um sacerdócio santo para oferecer sacrifício espiritual e agradável a Deus.
HORA DA REVISÃO
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Revista Jovens – 1º Trimestre De 2023
TEMA: SEPARADOS PARA DEUS – Buscando a Santificação para vermos vermos o Senhor e sermos usados por Ele
COMENTARISTA: Natalino das Neves
Lição 01: Santificação: o Caminho que leva à Vida Eterna com Deus
Lição 02: O Pecado sob a Perspectiva do Deus que é Santo
Lição 03: O Temor a Deus é o Caminho da Santificação
Lição 04: A Santificação e a Palavra de Deus
Lição 05: Libertos para Viver em Santidade
Lição 06: Mortos para o Pecado, mas ainda Lutando contra Ele
Lição 07: Santidade: de Dentro para Fora
Lição 08: O Ensino de Jesus sobre Santificação no Sermão do Monte
Lição 09: A Santidade é a Marca do Crente
Lição 10: Arrependimento, Perdão e Santificação
Lição 11: Santidade Integral
Lição 12: Uma Vida Cheia do Espirito
Lição 13: As Bênçãos de uma Vida Santificada
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