LIÇÃO 6 – O AVIVAMENTO NO MINISTÉRIO DE PEDRO

  TEXTO ÁUREO “Pedro, porém, pondo-se em pé com os onze, levantou a voz e disse-lhes: Varões judeus e todos os que habitais em Jerusalém, se...

 


TEXTO ÁUREO

“Pedro, porém, pondo-se em pé com os onze, levantou a voz e disse-lhes: Varões judeus e todos os que habitais em Jerusalém, seja-vos isto notório, e escutai as minhas palavras.” (At 2.14)

VERDADE PRÁTICA

A vida de um crente pode ser comparada entre o antes e o depois de um avivamento.


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LEITURA DIÁRIA

Segunda – Mt 26.41 Vigilância e oração, pois a carne é fraca

Terça – Mt 6.9-13 Modelo de oração ensinado por Jesus

Quarta – At 10.45,46 Línguas e magnificação a Deus no Espírito

Quinta – At 19.1-6 Batismo no Espírito Santo e imposição de mãos

Sexta – 1 Co 13.1 O falar em línguas e a prática do amor

Sábado – 1 Co 14.39 Não deve haver proibição para o falar em línguas



LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Atos 2.14-24

14 – Pedro, porém, pondo-se em pé com os onze, levantou a voz e disse-lhes: Varões judeus e todos os que habitais em Jerusalém, seja-vos isto notório, e escutai as minhas palavras.

15 – Estes homens não estão embriagados, como vós pensais, sendo esta a terceira hora do dia.

16 – Mas isto é o que foi dito pelo profeta Joel:

17 – E nos últimos dias acontecerá, diz Deus, que do meu Espírito derramarei sobre toda a carne; e os vossos filhos e as vossas filhas profetizarão, os vossos jovens terão visões, e os vossos velhos sonharão sonhos;

18 – e também do meu Espírito derramarei sobre os meus servos e minhas servas, naqueles dias, e profetizarão;

19 – e farei aparecer prodígios em cima no céu e sinais em baixo na terra: sangue, fogo e vapor de fumaça.

20 – O sol se converterá em trevas, e a lua, em sangue, antes de chegar o grande e glorioso Dia do Senhor;

21 – e acontecerá que todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo.

22 – Varões israelitas, escutai estas palavras: A Jesus Nazareno, varão aprovado por Deus entre vós com maravilhas, prodígios e sinais, que Deus por ele fez no meio de vós, como vós mesmos bem sabeis;

23 – a este que vos foi entregue pelo determinado conselho e presciência de Deus, tomando-o vós, o crucificastes e matastes pelas mãos de injustos;

24 – ao qual Deus ressuscitou, soltas as ânsias da morte, pois não era possível que fosse retido por ela.

HINOS SUGERIDOS:  24, 249, 470 da Harpa Cristã





INTRODUÇÃO COMENTÁRIO

        Nesta lição, veremos o protagonismo do apóstolo Pedro, um dos mais destacados discípulos de Jesus Cristo, em dois momentos de sua vida. Primeiro, antes de ser batizado no Espírito Santo, apresentava-se como um homem impulsivo, voluntarioso e espiritualmente débil; segundo, depois do Pentecostes, foi transformado em um homem cheio de unção e revestido do poder do Alto. Temos preciosos ensinamentos para extrair dessa experiência na vida do apóstolo Pedro.

COMENTÁRIO

        Vários personagens destacaram-se naquele momento histórico do Dia de Pentecostes, na História da Igreja. Jesus dissera antes da sua morte que haveria de ressuscitar e que não deixaria os seus discípulos órfãos. Ele certamente percebeu e sabia que aqueles três anos de convivência com eles mudara todas as suas vidas. Eles deixaram tudo para seguir a Jesus (Mt 19.27), inclusive profissões rentáveis e de grande importância social, como foi o caso de Levi, que era funcionário público do governo romano (Mc 2.14).

Jesus prometeu-lhes o Consolador, que ficaria com eles para sempre (Jo 14.16).

O Consolador chegou naquele auspicioso dia de maneira visível, impactante, jamais imaginada, com os sinais evidentes de que não se tratava de um evento comum ou conhecido antes. Eles próprios sentiram o impacto poderoso do derramamento do Espírito Santo.

Não por coincidência, mas por providência de Deus, Jerusalém estava repleta de “judeus, varões religiosos, de todas as nações que estão debaixo do céu” (At 2.5). Além dos residentes em Jerusalém, havia visitantes de diversos lugares, de peregrinos, de viajantes, “forasteiros romanos (tanto judeus como prosélitos)” (2.10), que para lá foram para comemorar a Festa do Pentecostes, que é a

segunda mais importante dos judeus depois da Páscoa.

Foi grande o espanto das pessoas que estavam próximas do cenáculo. Certamente, ao serem batizados no Espírito Santo, os cento e vinte elevaram as suas vozes em adoração a Deus com línguas estranhas, de tal modo que o barulho das suas vozes ultrapassou as paredes do edifício. Diz o texto:

E, correndo aquela voz, ajuntou-se uma multidão e estava confusa, porque cada um os ouvia falar na sua própria língua. E todos pasmavam e se maravilhavam, dizendo uns aos outros: Pois quê! Não são galileus todos esses homens que estão falando? Como pois os ouvimos, cada um, na nossa própria língua em que somos nascidos? (2.6-8).

[…] todos os temos ouvido em nossas próprias línguas falar das grandezas de Deus. E todos se maravilhavam e estavam suspensos, dizendo uns para os outros: Que quer isto dizer”? E outros, zombando, diziam: Estão cheios de mosto. (2.11-13 – grifo acrescentado)

Por um lado, houve uma admiração lógica daquelas pessoas quanto ao que significaria aquele estranho fenômeno nunca visto ou falado no Antigo Testamento. Nunca os rabinos disseram qualquer coisa no Templo ou nas sinagogas sobre alguém falar em línguas de diversos países sem jamais as ter aprendido. Não só isso, mas eles falavam “das grandezas de Deus” (2.11). Por outro lado, como sempre acontece, quando Deus opera coisas grandiosas no meio do seu povo, havia os críticos e zombadores carnais, usados pelo Diabo para depreciar o movimento pentecostal. Esse tipo de gente dizia: “Estão cheios de mosto”, ou seja, estão embriagados.

Atualmente, há muitos com esse comportamento carnal, incluindo pastores, pregadores e teólogos da linha cessassionista, geralmente calvinistas, das igrejas históricas. Um deles, de certa igreja, disse que falar línguas “não é o grunhido dos pentecostais”. Ou seja: comparando os pentecostais a cachorros. Um reverendo muito conhecido disse num dos seus vídeos que os pentecostais são desequilibrados, pois dizem “siri canta lá na praia”, numa total falta de respeito aos que aceitam o batismo no Espírito Santo, com línguas estranhas, mas Deus, o supremo Juiz, sabe como julgar os que assim procedem. Não sabem eles que podem estar blasfemando contra o Espírito Santo (Mt 12.31).

Diante da crítica ácida contra os que receberam o batismo no Espírito Santo no cenáculo, acusando os discípulos de estarem embriagados, entra em cena o apóstolo Pedro, que, ouvindo tamanha depreciação e ignorância sobre a realidade do que ocorrera ali, se levantou e deu uma palavra sábia, oportuna e incisiva sobre o significado daquele fenômeno de “glossaislalo”, ou falar em outras línguas (2.14-21). Neste estudo, veremos o protagonismo de Pedro, um dos mais destacados discípulos de Jesus, em duas realidades na sua vida: antes de ser batizado no Espírito Santo e depois de ser revestido do poder do Alto.

Renovato. Elinaldo,. Aviva a Tua Obra. O chamado das Escrituras ao quebrantamento e ao poder de Deus. Editora CPAD. 1ª edição: 2023.



        Caracterização Geral

Fica claro, nos evangelhos, que Pedro ocupava posição de supremacia entre os doze. E essa posição é mantida no livro de Atos, até que Paulo parece ter-lhe feito sombra. Pedro é alistado em primeiro lugar nas quatro listas dos doze discípulos de Cristo (ver Mat. 10:2; Mar. 3:16; Luc. 6:14-16; Atos 1:13). Pedro é o mais frequentemente mencionado dos doze apóstolos; e em certos episódios, como aquele no qual é chamado de fundamental, ou o outro, no qual negou a Jesus (Mat. 16 e Mat. 26:69-75, respectivamente), seus atos são descritos longamente. Noutras oportunidades, Pedro é descrito como um dos três discípulos mais chegados de Cristo, juntamente com Tiago e João (por ocasião da transfiguração, Mat. 17:1-9; no jardim do Getsêmani, Mat. 26:37-49; e por ocasião da ressurreição da filha de Jairo, Mar. 5:37). Foram esses três, juntamente com André, que fizeram perguntas sondadoras sobre questões escatológicas (ver Mar. 13:3).

Em Atos, depois de Paulo, Pedro é o maior vulto. Este livro termina sem nos dar qualquer indicação sobre a sua vida posterior; mas isso é preenchido por informes provenientes da tradição. Não há base suficiente para alguém disputar a residência de Pedro em Roma e seu martírio naquela cidade. Quase certamente, a primeira epístola de Pedro foi escrita dali, porquanto a palavra Babilônia (ver I Ped. 5:13), era um título críptico para indicar Roma. O livro apócrifo, Atos de Pedro, registra seu martírio por crucificação de cabeça para baixo, bem como seu ministério prévio em Roma. Não sabemos quanto desses informes é válido, mas é provável que o esboço principal o seja. As escavações feitas na capital do antigo império romano têm revelado um antigo culto de Pedro em Roma. Isso pode ser comparado com o que diz Eusébio, em sua História Eclesiástica 11.25. Portanto, há indicações de que Pedro trabalhou ali, embora isso talvez tenha sido exagerado. A tradição afirma que ele pereceu na matança dos cristãos, na colina do Vaticano em 64 D.C., sob as perseguições neronianas.

Pedro foi uma rocha e uma coluna da igreja nos seus primeiros anos. Devido à sua fé e ardor, ao seu temperamento gentil e de mente aberta, além de seus dotes intelectuais, ele salvou a igreja em seus dias iniciais e mais difíceis da possível desintegração. Em alguns lugares ele era altamente favorecido, acima de todos os demais apóstolos, conforme fica claro na famosa passagem da «pedra-, no décimo sexto capítulo do evangelho de Mateus. A igreja cristã, após a destruição de Jerusalém, com seu templo e seu Sinédrio e, consequentemente, com sua autoridade religiosa, buscou alguma autoridade estabilizadora. Alguns segmentos da igreja puseram Pedro nesse lugar; mas outros (conforme se reflete no evangelho de João 20:22,23) deram ao Sinédrio a autoridade anteriormente dada ao concilio dos doze. Mais tarde, a própria igreja cristã foi investida dessa autoridade, conforme fica demonstrado no décimo oitavo capitulo do evangelho de Mateus, bem como em vários lugares do livro de Atos, onde se vê que a igreja é que comissiona os seus líderes e seus respectivos labores, por consenso geral.

Foi Jesus quem deu a Simão o nome de «Pedro», que significa «rocha», para caracterizar a missão que ele estava prestes a realizar (ver Mat. 16:18 acerca disso). Assim, ao referir-se a si mesmo, ele usa o novo nome, Pedro, e não o nome original, «Simão», tal como Paulo nunca mais chamou a si mesmo de Saulo, depois que se tornara conhecido como Paulo entre os cristãos. Paulo, entretanto, chamou Pedro de «Cefas», que é transliteração do termo aramaico que significa rocha (ver Gál. 2:9 sobre isso).

CHAMPLIN, Russell Norman, Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia. Editora Hagnos. Vol. 5. 11 ed. 2013. pag. 159.

        PEDRO Um dos primeiros e mais proeminentes discípulos do Senhor Jesus. Vários nomes lhe são dados: o hebraico Simeão (At 15.14) e o grego Simão, um filho de Jacó cujos descendentes tornaram-se uma das tribos de Israel; Cefas (Jo 1.43) e Pedro, ambos significando “pedra”. Veja Simeão; Simão; Cefas.

A Personalidade de Pedro

Pedro foi claramente um tipo rural — vigoroso, forte, impulsivo, direto, e extrovertido.

Ele era normalmente falador e curioso, de certo modo emotivo, sanguíneo, leal aos seus amigos e violento contra seus inimigos, e totalmente autoconfiante. Possuía uma grande capacidade natural de liderança por causa da sua natureza entusiasmada e calorosa.

Sua disposição precipitada, em particular, o levou a instabilidades e excentricidades, que por fim o levavam a se desculpar ou a se arrepender. Sua pregação mostra que ele era mais um encorajador do que alguém cujo pensamento estava voltado à lógica. Sua natureza carinhosa, sua completa devoção a Cristo, e seu corajoso ministério, fizeram dele um líder de destaque nos primeiros anos de existência da Igreja.

PFEIFFER. Charles F. Dicionário Bíblico Wycliffe. Editora CPAD. 2 Ed. 2007. pag. 1490-1491;1493.



PALAVRA-CHAVE: Ministério

I – PEDRO ANTES DO PENTECOSTES

 1. As duas atitudes de Pedro.

        Certo dia, Jesus perguntou aos discípulos a respeito de como as pessoas o identificavam. As respostas foram diversas: uns entendiam que Jesus era João Batista; outros, Elias; outros, Jeremias ou um dos profetas.

A partir dessas respostas, Jesus indagou-lhes a respeito da opinião deles acerca de sua identidade. Tomando a palavra, Pedro respondeu prontamente: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo. E Jesus, respondendo, disse-lhe: Bem-aventurado és tu, Simão Barjonas, porque não foi carne e sangue quem to revelou, mas meu Pai, que está nos céus” (Mt 16.16,17). Certamente, Pedro se sentiu gratificado, até mesmo, lisonjeado, com a resposta de Jesus a seu respeito diante dos outros discípulos.

Imediatamente após esse episódio, Pedro recebe uma reprimenda de Jesus. Nosso Senhor havia dito que Ele iria para Jerusalém e padeceria nas mãos dos religiosos, mas ressuscitaria ao terceiro dia. Em seguida, o mesmo Pedro retrucou: “Senhor tem compaixão de ti; de modo nenhum te acontecerá isso” (Mt 16.22). De pronto, Jesus o repreendeu: “Para trás de mim, Satanás, que me serves de escândalo; porque não compreendes as coisas que são de Deus, mas só as que são dos homens” (Mt 16.23). Como deve ter sido desconfortável para Pedro ouvir uma pesada reprimenda após uma palavra de aprovação.

COMENTÁRIO

        Depois de completar o número dos doze discípulos, Jesus levou-os para proclamar o seu evangelho em diversos lugares e operou muitos milagres à vista deles. Um dia, Jesus quis ouvir os seus discípulos sobre como as pessoas identificavam-no:

E, chegando Jesus às partes de Cesareia de Filipe, interrogou os seus discípulos, dizendo: Quem dizem os homens ser o Filho do Homem? E eles disseram: Uns, João Batista; outros, Elias, e outros, Jeremias ou um dos profetas. Disse-lhes ele: E vós, quem dizeis que eu sou? (Mt 16.13-15).

Observe que, após ouvir deles o que as pessoas diziam ao seu respeito, indagou-lhes sobre a opinião deles, que o acompanhavam já há algum tempo mais de perto.

Atitude elogiada por Jesus

O Mestre deve ter esperado um pouco para ouvir a opinião dos discípulos, mas Pedro, de temperamento sanguíneo, provavelmente respondeu de pronto, dizendo o que ele percebera sobre Jesus:

E Simão Pedro, respondendo, disse: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo.

E Jesus, respondendo, disse-lhe: Bem-aventurado és tu, Simão Barjonas, porque não foi carne e sangue quem to revelou, mas meu Pai, que está nos céus. Pois também eu te digo que tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela. E eu te darei as chaves do Reino dos céus, e tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus. (Mt 16.16-19)

Pedro certamente se sentiu muito gratificado e lisonjeado com a resposta de Jesus ao seu respeito diante dos outros discípulos.

Atitude reprovada por Jesus

Tempos depois, Jesus reuniu os doze e cientificou-lhes de que era necessário ir a Jerusalém padecer nas mãos dos líderes religiosos, ser morto por eles, mas que haveria de ressuscitar ao terceiro dia.

Ao ouvir essas informações tão constrangedoras, Pedro não se conteve e declarou-se contrário a tais coisas, imaginando que estaria agradando a Jesus:

E Pedro, tomando-o de parte, começou a repreendê-lo, dizendo: Senhor, tem compaixão de ti; de modo nenhum te acontecerá isso. Ele, porém, voltando-se, disse a Pedro: Para trás de mim, Satanás, que me serves de escândalo; porque não compreendes as coisas que são de Deus, mas só as que são dos homens. (Mt 16.20-23)

Deve ter sido um choque emocional para Pedro. Depois de ter a revelação direta da parte de Deus acerca da identidade espiritual de Jesus, sentiu-se bastante desconfortável, sem dúvida, ao ouvir a reprovação de Cristo, considerando-o usado por Satanás. Pedro quis agradar a Jesus como homem, sendo portador de argumentos que tinham lógica, mas não sentido nem oportunidade diante do que Jesus já houvera falado sobre a sua missão, que só seria consumada após a sua morte na cruz, mas que Ele seria vencedor, ressuscitando ao terceiro dia.

Renovato. Elinaldo,. Aviva a Tua Obra. O chamado das Escrituras ao quebrantamento e ao poder de Deus. Editora CPAD. 1ª edição: 2023.

        Vemos, portanto, dois momentos decisivos na vida de Pedro: seu chamado no mar da Galileia — também chamado de mar de Quinerete ou Kinnereth (Nm 34.11; Js 12.3; 13.27), lago de Genesaré (Lc 5.1; Mt 14.34) ou mar de Tiberíades (Jo 6.1; 21.1) — e sua confissão de fé em Cesareia de Filipe. Foi neste momento que o Senhor disse a ele: “[…] Bem-aventurado és, Simão Barjonas, porque não foi carne e sangue que to revelaram, mas meu Pai, que está nos céus. Também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela” (Mt 16.17,18, ARA).

[…]

A partir da pesca maravilhosa no mar da Galileia (Lc 5.1-11), Pedro vai-se tornando mais próximo do Mestre a cada dia. Ele é participativo, falante, sempre está por perto, faz perguntas, quer aprender, interage, vive experiências marcantes, mas também é repreendido por agir mais por impulso do que pela fé. No entanto, logo depois de sua importante declaração de que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, seu ministério deveria ter adquirido outro status, já que o Mestre disse a ele: “eu te digo que tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha igreja” (Mt 16.18).

Como vimos, Jesus não quis dizer que Pedro tornou-se o fundamento da Igreja ou o seu primeiro papa por causa de sua confissão de fé, e sim que, desde então, sua responsabilidade aumentou. Todavia, minutos depois, o mesmo apóstolo põe tudo a perder ao incentivar o Salvador a desistir da cruz.

Jesus era um tipo de Mestre que corrigia seus discípulos — especialmente os que estavam participando de um treinamento especial, como era o caso de Pedro — imediatamente. E, por isso, reagiu sem meias palavras: “Para trás de mim, Satanás, que me serves de escândalo; porque não compreendes as coisas que são de Deus, mas só as que são dos homens” (Mt 16.23). Que ironia!

Talvez, em toda a Bíblia, esse apóstolo seja o único que entregou a mensagem de Deus e, em seguida, empolgado, passou a falar da parte do Diabo.

Quando se quer elogiar a potência de um automóvel, diz-se que ele vai de zero a cem quilômetros em poucos segundos. No caso de Pedro, ele foi do “céu” ao “inferno” em poucos minutos, e essa experiência dupla parece ter afetado seu comportamento. A partir desse episódio até a última Páscoa de Jesus com seus discípulos, com exceção do ocorrido no monte da Transfiguração, vemos um Pedro mais comedido, cuidadoso com as palavras, menos afoito e disposto a seguir o Mestre mais de perto.

Zibordi., Ciro Sanches,. Pedro O Primeiro Pregador Pentecostal. Editora CPAD. 1 Ed. 2018.



        […] Por isso, Jesus voltou-se para seus discípulos e perguntou-lhes: […] Mas vós, quem dizeis que eu sou? (Mt 16.15). Pedro, sempre falante, sempre proativo, sempre líder, respondeu pelo grupo: […] Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo (Mt 16.16). Pedro sabia que o carpinteiro de Nazaré, o rabi da Galileia, era mais do que um profeta e mais do que um mestre moral. Ele sabia que Jesus era o Messias prometido, o Cristo de Deus, o Filho do altíssimo. É provável que Pedro esperasse de Jesus um eloquente reconhecimento por definição tão precisa, por profissão de fé tão robusta, por definição doutrina ria tão ortodoxa.

Jesus, porém, ao ouvir de Pedro tão precisa declaração, respondeu: […] Simão Barjonas, tu és bem-aventurado, pois não foi carne e sangue que te revelaram isso, mas meu Pai, que está no céu (Mt 16.17). Jesus diz a Pedro que o seu correto conhecimento e sua precisa confissão não foram frutos de sua descoberta, mas da revelação do Pai. Ninguém conhece Jesus se primeiro o Pai não revelar o seu Filho. O correto entendimento espiritual acerca de Jesus não é resultado da pesquisa humana, mas da revelação divina. É o próprio Pai que nos apresenta o seu Filho.

Depois de ouvir de Pedro sua confissão, Jesus anuncia: E digo-te ainda que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela (Mt 16.18). Este, talvez, seja o versículo mais emblemático da Bíblia. De sua interpretação depem dem os rumos do cristianismo. A grande questão aqui é: quem é a pedra sobre a qual a igreja está edificada? Alguns defendem que a pedra é Pedro. Outros dizem que é a declaração de Pedro. Defenderei a tese de que a pedra é Cristo. Tratarei deste assunto de forma mais ampla ao final deste livro.

Uma vez que os discípulos estavam cientes de sua verdadeira identidade, Jesus abre um novo capítulo de seu ensino e mostra claramente aos discípulos que era necessário que ele fosse preso, julgado, condenado, mor- to e sepultado para ressuscitar ao terceiro dia. Jesus deixa claro aos discípulos que sua missão passava pela cruz. Sua morte não deveria ser vista como um acidente nem sua ressurreição como uma surpresa. Mesmo Jesus sofrendo um complô de judeus e gentios para levado à cruz, essa agenda não estava nas mãos dos homens, mas nos eternos decretos de Deus. Jesus veio para morrer, e morrer pelos nossos pecados. Jesus veio para dar sua vida pelo seu povo. Ele veio para morrer pelas suas ove- lhas, pela sua igreja.

Diante dessa espantosa declaração de Jesus, o mesmo Pedro que acabara de proferir sua fé ortodoxa na messianidade de Jesus e na sua filiação divina passa a repreender Jesus, dizendo: […] Deus tenha compaixão de ti, Senhor! Isso jamais te acontecerá (Mt 16.22). Faltou a Pedro o discernimento espiritual. Ele não conseguia ver o futuro com os mesmos olhos de Jesus. Por isso, Jesus se volta para ele e diz de forma contundente: […] Para trás de mim, Satanás! Tu és para mim motivo de tropeço, pois não pensas nas coisas de Deus, mas, sim, nas que são dos homens (Mt 16.23). Pedro vai de um extremo ao outro. Num instante, recebe revelação de Deus; no outro, é instrumentalizado por Satanás. Num momento, afirma ser Jesus o Cristo e o Filho de Deus; no outro, tenta afastar Jesus da cruz. Pedro é uma gangorra que vai da fé à incredulidade, da afirmação mais fiel à tentação mais vil. Fica evidente que a igreja não poderia ter sido edificada sobre um fundamento tão frágil!

E claro que Jesus não está dizendo que Pedro é Satanás. Também não está afirmando que Pedro está possesso. Nem Jesus manda Pedro arredar. O que Jesus está fazendo aqui é mandando Satanás, que instigou Pedro, arredar. Satanás usou várias estratégias para afastar Jesus da cruz. Aqui, dá mais uma cartada, mas Jesus discerne seu ardil e diz para ele arredar. Satanás sai, e Pedro fica. Pedro é discípulo, e em Pedro Jesus vai continuar investindo.

LOPES. Hernandes Dias. Pedro: Pescador de homens. Editora Hagnos. 1 Ed. 2015. pag. 22-25.



2. Pedro nega Jesus três vezes.

        Outro episódio revelador foi quando Pedro afirmou que jamais negaria o Senhor e Jesus lhe diz que ele o negaria três vezes (Mt 26.31-35). A primeira vez, negou-o diante de uma criada (26.69,70). A segunda, diante de outra criada que dissera que o vira com Jesus (26.71,72). E, pela terceira vez, Pedro negou Cristo diante de várias pessoas, praguejando e jurando (26.73,74).

Depois desse momento, o galo cantou, e Pedro sentiu profundo arrependimento (26.75). Nosso Senhor, todavia, não o desprezou. Pelo contrário, quando ressuscitou, o anjo disse às mulheres que fossem dar a boa nova a seus discípulos; e o nome de Pedro foi destacado (Mc 16.7). Devemos ter o cuidado de não descartar pessoas por causa de alguma falha, pois Deus pode restaurar o espiritualmente fraco.



COMENTÁRIO

        Pedro Nega a Jesus Três Vezes

Aquele Pedro, que se precipitou e disse que jamais Jesus haveria de morrer e que foi repreendido por Ele de forma tão contundente, com o seu temperamento impulsivo, fez outra vez uma declaração não aprovada por Jesus. Depois da última Páscoa, Jesus cantou um hino e foi com os discípulos para o monte das Oliveiras, que estava a caminho do Gólgota.

Pedro promete jamais negar a Jesus

Jesus falou-lhes que todos se escandalizariam nEle naquela noite:

Mas, depois de eu ressuscitar, irei adiante de vós para a Galileia. Mas Pedro, respondendo, disse-lhe: Ainda que todos se escandalizem em ti, eu nunca me escandalizarei. Disse-lhe Jesus: Em verdade te digo que, nesta mesma noite, antes que o galo cante, três vezes me negarás.

Disse-lhe Pedro: Ainda que me seja necessário morrer contigo, não te negarei. E todos os discípulos disseram o mesmo. (Mt 26.32-35)

Ele revelava um espírito voluntarioso, com boa intenção, mas precipitado, sem pensar no que iria dizer. Nesse episódio, depois que Pedro disse que jamais negaria a Jesus, “todos os discípulos disseram o mesmo”. Nessa declaração de Pedro, vemos alguns aspectos comprometedores:

a) Ele desprezou a Palavra de Deus. Jesus não fez uma declaração pessoal ou retórica sobre ser ferido e a dispersão dos seus seguidores. Ele citou a Palavra de Deus (Zc 13.7):

Então, Jesus lhes disse: Todos vós esta noite vos escandalizareis em mim, porque está escrito: Ferirei o pastor, e as ovelhas do rebanho se dispersarão. Mas, depois de eu ressuscitar, irei adiante de vós para a Galileia. (26.31,32)

Diante dessa palavra de Jesus, Pedro desprezou a Palavra de Deus e mostrou-se autossuficiente. “Disse-lhe Pedro: Ainda que me seja necessário morrer contigo, não te negarei” (26.35).

b) Ele não foi vigilante na oração. No Getsêmani, Pedro e os seus dois amigos foram convidados por Jesus para orar com Ele naquele momento tão amargo; mas, ao retornar do lugar onde fora orar, encontrou-os dormindo: “E, voltando para os seus discípulos, achou-os adormecidos; e disse a Pedro: Então, nem uma hora pudeste vigiar comigo?” (26.40).

O fracasso de Pedro

Ele esteve com Jesus no Getsêmani, acompanhou-o na oração angustiosa, pegou no sono com os outros discípulos e viu quando Jesus foi preso após ser traído por Judas: “Mas tudo isso aconteceu para que se cumpram as Escrituras dos profetas. Então, todos os discípulos, deixando-o, fugiram” (Mt 26.56). Imaginemos o que Jesus sentiu diante dos que foram prendê-lo, traído por Judas com um beijo de falsidade e falta de temor a Deus; imaginemos o que Ele sentiu quando viu os seus discípulos, um a um, deixarem-no e fugirem! Pedro também fugiu, mas depois resolveu acompanhar de longe o julgamento de Jesus no Sinédrio: “E Pedro o seguiu de longe até ao pátio do sumo sacerdote e, entrando, assentou-se entre os criados, para ver o fim” (Mt 26.58).

a) Pedro nega a Jesus a primeira vez. Sentindo intensa preocupação com o que aconteceria a Jesus depois da sua prisão, Pedro foi ao pátio e assentou-se entre os criados do sumo sacerdote Caifás, que se reunira com os escribas e anciãos para julgarem a Jesus. O julgamento de Jesus foi ilegítimo, pois não lhe deram direito à defesa, conforme o Direito Romano. Certamente, porque naquela instância o Sinédrio era um tribunal religioso que julgava as causas de transgressores da Lei de Moisés. Ali Jesus foi humilhado ao responder ao que o julgava. Quando indagado se era o Cristo, respondeu: “[…] Tu o disseste; digo-vos, porém, que vereis em breve o Filho do Homem assentado à direita do Todo-Poderoso e vindo sobre as nuvens do céu” (Mt 26.64). Essa resposta irritou Caifás, que o acusou de ter blasfemado. Diante de tal acusação, cuspiram no rosto de Jesus, esmurraram-no e esbofetearam-no (26.64-68).

Pedro assistiu a todo esse quadro de horror e violência contra Jesus em silêncio e acovardado. Ele, que tantas vezes levantou a voz, dizendo estar ao lado de Jesus, afirmando que jamais permitiria que Cristo morresse e que nunca o negaria, provou a sua fraqueza moral e espiritual perante pessoas sem qualificação. Diz o texto:

“Ora, Pedro estava assentado fora, no pátio; e, aproximando-se dele uma criada, disse: Tu também estavas com Jesus, o galileu. Mas ele negou diante de todos, dizendo: Não sei o que dizes” (26.69,70).

Deve ter sido terrivelmente constrangedor para Pedro encarar aquela situação. Diante dos algozes que desonravam o seu Salvador, Pedro negou-o pela primeira vez, mentindo e dizendo que não sabia o que uma simples criada estava dizendo a ele.

b) Pedro nega a Jesus a segunda vez. Pedro ficou bastante confuso e incomodado após negar a Jesus. Em seguida, ele levantou-se de onde estava e foi para o vestíbulo. Mais uma vez, Pedro agiu de modo egoísta e carnal diante de outra empregada: “E, saindo para o vestíbulo, outra criada o viu e disse aos que ali estavam: Este também estava com Jesus, o Nazareno. E ele negou outra vez, com juramento: Não conheço tal homem” (26.71,72).

Dessa vez, a sua covardia foi maior. Além de negar a Jesus, ele fez dessa vez “com juramento”! Deve ter dito algo do tipo: “Juro que não sei quem é esse Jesus”. A essa altura, a consciência de Pedro deve ter ficado em brasas, mas não resistiu à tentação para mentir outra vez, negando o seu Senhor com a frieza de um traidor.

c) Pedro nega a Jesus a terceira vez. O fracasso de Pedro diante do julgamento cruel a que Jesus fora submetido parece que não teria limites, mas ele foi provado pela terceira vez, quando não somente uma criada confrontava-lhe, como sendo conhecido de Jesus. Um grupo de pessoas que assistiam o julgamento do Senhor colocou-o em situação mais vexatória ainda do que as anteriores:

“E, logo depois, aproximando-se os que ali estavam, disseram a Pedro: Verdadeiramente, também tu és deles, pois a tua fala te denuncia. Então, começou ele a praguejar e a jurar, dizendo: Não conheço esse homem. E imediatamente o galo cantou” (26.73,74).

Não sabemos qual das três negações de Pedro foi a mais ignominiosa. Na primeira, ele disse que não sabia o que a criada estava dizendo; na segunda, disse que não conhecia a Jesus. E, na terceira vez, fez-se de louco, começou a rogar pragas e disse, talvez de modo mais vergonhoso para um discípulo de Jesus: “Não conheço esse homem”. Pedro provou que não era o homem tão corajoso e decidido que aparentava ser noutras ocasiões em que se pronunciou sobre determinados fatos críticos na vida de Jesus. Ao negar o seu Mestre três vezes, mostrou-se fraco e pusilânime.

Pedro certamente não aprendera a orar e a vigiar para não cair em tentação (Mt 26.41).

A Restauração de Pedro

Diante do seu fracasso perante pessoas ímpias e tendo negado a Jesus três vezes, Pedro tomou o caminho da restauração: O arrependimento doloroso de Pedro Cumprira-se o que Jesus dissera a Pedro quando este precipitadamente declarou que jamais o negaria. Jesus advertiu que um galo haveria de ser testemunha do fracasso de Pedro: “E lembrou-se Pedro das palavras de Jesus, que lhe dissera: Antes que o galo cante, três vezes me negarás. E, saindo dali, chorou amargamente” (26.75). Pedro lembrou-se da advertência de que trairia Jesus naquela noite somente após a terceira vez em que o negou. Talvez ele tenha tido fé ou, então, imaginava que tinha mais fé do que os outros, mas a fé sem a oração e a vigilância é fracasso anunciado.

Esse foi o passo decisivo para a sua restauração espiritual diante de Deus. Antes de chorar amargamente, arrependeu-se profundamente. Se ele tivesse começado como terminou, não teria terminado com tamanha tristeza e dor no coração. Ele estava como que dominado por sentimentos carnais de orgulho e autossuficiência. Outros homens de Deus também passaram por esse processo apesar de a situação em si ter sido diferente, ou seja, pecaram gravemente, mas arrependeram-se e foram vitoriosos.

Davi, por exemplo, depois de cometer dois pecados gravíssimos, confessou o seu arrependimento ao ser confrontado pelo profeta: “Então, disse Davi a Natã: Pequei contra o Senhor. E disse Natã a Davi: Também o Senhor traspassou o teu pecado; não morrerás” (2Sm 12.13).

Renovato. Elinaldo,. Aviva a Tua Obra. O chamado das Escrituras ao quebrantamento e ao poder de Deus. Editora CPAD. 1ª edição: 2023.



        Negando Jesus abertamente

Pedro dá mais um passo rumo ao desastre, quando nega Jesus diante de seus inimigos. A negação de Pedro foi tríplice. Ele negou, jurou e falou impropérios, afirmando categoricamente que não conhecia Jesus. O evangelista Mateus descreve essa cena com cores vivas.

A primeira negação aconteceu quando Pedro estava no pátio cia casa do sumo sacerdote, assentado entre os serventuários (Mt 26.58), aquentando se à beira da fogueira (Mc 14.53,54). Assim registra Mateus: Pedro estava sentado do lado de fora, no pátio; uma criada aproximou- se dele e disse: Tu também estavas com Jesus, o galileu. Mas ele- negou diante de todos, dizendo: Não sei o que estás falando (Mt 26.69,70). Uma criada vimo e o denunciou, afirmando ser Pedro um dos seguidores de Jesus. Ele negou peremptoriamente, diante de todos, dizendo que não sabia do que a mulher estava falando. Sua covardia foi maior do que sua promessa de fidelidade. A pressão do meio, o temor das consequências e a fraqueza de seu amor levaram no ao naufrágio da fidelidade. Pedro nega o seu Senhor, nega a sua fé, nega o seu apostolado, nega o seu nome. Pedro se acovarda na hora mais decisiva da vida de Jesus.

Nessa mesma noite, nesse mesmo lugar, os principais sacerdotes e todo o Sinédrio estavam reunidos de forma ilegal para condenar Jesus à morte. Aquela reunião do Sinédrio, a suprema corte judaica, era ilegal por várias razões. Primeiro, o Sinédrio não podia prender nem condenar ninguém durante a festa da Páscoa. Segundo, o Sinédrio não podia reunir-se à noite para julgar e condenar nenhum prisioneiro. Terceiro, o Sinédrio não podia condenar ninguém sem antes dar-lhe ampla oportunidade de defesa. O Sinédrio, além de contratar testemunhas falsas contra Jesus, não ouviu nenhuma testemunha a seu favor. Aquele tribunal era um simulacro de julgamento. Ali a justiça foi amordaçada, e dali o inocente saiu sentenciado à morte.



A segunda negação de Pedro aconteceu no alpendre da casa do sumo sacerdote diante de outra criada. Mateus registra a cena com as seguintes palavras: E dirigindo-se ele para a entrada, outra criada o viu e disse aos que ali estavam: Este também estava com Jesus, o nazareno. E, jurando, ele negou outra vez Não conheço esse homem (Mt 26.71,72). Ambas as criadas se referiram a Jesus como galileu e nazareno respectivamente. Essas referências não têm apenas o propósito de identificar a procedência geográfica de Jesus, mas, sobretudo, lançar sobre ele uma pecha negativa, com fortes laivos de preconceito. Os galileus eram vistos em Jerusalém como gente de segunda classe, um povo atrasado, pobre, doente e possesso. “Nazareno” era, na boca dessa criada, uma palavra assaz pejorativa, pois o entendimento da época é que nada de bom podería ter saído de Nazaré.

A criada nem mesmo conversa com Pedro. Ela fala aos que estavam no alpendre, testemunhando que ele estava com Jesus, o nazareno. O mesmo Pedro que já havia negado firmemente da primeira vez faz, agora, solenes juramentos, dizendo: Não conheço esse homem. Pedro não apenas nega que conhece Jesus, mas faz isso com juramento. Dá garantias de que Jesus é para ele um desconhecido. Pedro quebra todos os seus vínculos com Jesus. Rompe sua aliança e retrocede em sua fidelidade. O medo das consequências empalideceu a sua fé. Sua covardia sobrepujou a sua lealdade. Pedro é um fracasso. Sua valentia era apenas um ímpeto irrefletido. Seu medo, porém, o dominava a ponto de ditar suas palavras e forjar suas ações. Pedro faz um solene juramento em cima de uma mentira desabrida. Ele jura por Deus e lança mão da mentira, cujo pai é o diabo.



A terceira negação de Pedro é mais intensa, pois não procede apenas de uma criada como da primeira vez, nem emana de uma acusação indireta de outra criada como da segunda vez. Agora, todos aqueles que estavam ao redor olharam nos seus olhos e o atacaram com fatos írretorquíveis. Assim narra Mateus: Pouco depois, os que estavam ali aproximaram-se e disseram a Pedro: Certamente, tu também és um deles, pois o teu falar te denuncia. Então, ele começou a proferir maldições e a jurar: Não conheço esse homem […] (Mt 26.73,74). A acusação vem da coletividade. Não se trata de uma insinuação isolada. Todos os presentes reconhecem que Pedro era um discípulo de Jesus e falam isso direta e convictamente. Os circunstantes não apenas acusam, mas sustentam a acusação com uma prova irrefutável. O sotaque galíleu de Pedro era inconfundível. Um galíleu não conseguiria manter-se anônimo de boca aberta. Pedro tropeçou não apenas em suas palavras, mas também em seu pesado sotaque galileu.

O mesmo Pedro que já havia negado seu vínculo com Jesus, lançando mão de um juramento falso, agora desce mais um degrau em sua vertiginosa queda, quando pragueja, blasfema e usa palavras torpes para sustentar o seu juramento.

Lá dentro da casa do sumo sacerdote, o Sinédrio monta um esquema perverso para incriminar Jesus. Não estava interessado na verdade nem mesmo na justiça. Antes, procurava algum testemunho falso contra ele. Muitas testemunhas falsas se apresentaram, mas eram por demais inconsistentes. Afinal, apareceram duas testemunhas, afirmando: Ele afirmou: Posso destruir o santuário de Deus e reconstruído em três dias (Mt 26.61). Essas falsas testemunhas laboraram em erro quando deram às palavras de Jesus uma interpretação diferente daquela intentada pelo Senhor, uma vez que Jesus não falara essas palavras numa referência ao templo de Jerusalém, mas ao templo do seu corpo, que seria morto, mas ao terceiro dia ressurgiria gloriosamente.

LOPES. Hernandes Dias. Pedro: Pescador de homens. Editora Hagnos. 1 Ed. 2015. pag. 56-59.

        Primeiro Degrau: Negação

Quando estava assentado à beira da fogueira, uma serventuária aproximou-se e disse, olhando para ele: “Este também estava com ele” (Lc 22.56). E o “corajoso” Pedro “negou-o, dizendo: Mulher, não o conheço” (v. 57). O homem que recebeu Jesus em sua casa e fazia parte de seu círculo de amigos mais chegados agora o nega. Pouco tempo depois, “vendo-o outro, disse: Tu és também deles. Mas Pedro disse: Homem, não sou” (v. 58).

Passada “quase uma hora, um outro afirmava, dizendo: Também este verdadeiramente estava com ele, pois também é galileu” (Lc 22.59). Todos os apóstolos, exceto Judas Iscariotes, eram galileus.

Pedro, porém, respondeu-lhe com a maior desfaçatez: “Homem, não sei o que dizes” (v. 60).

Ele fez isso, enquanto “os homens que detinham Jesus zombavam dele, ferindo-o. E, vendando-lhe os olhos, feriram-no no rosto e perguntaram-lhe, dizendo: Profetiza-nos: quem é que te feriu?” (vv. 63,64).

Ao negar a Jesus pela terceira vez, o galo começou a cantar, e Pedro percebeu o tamanho do seu pecado. Não bastasse o canto do galo, o próprio Jesus, em meio a escarnecedores e torturadores, virou-se e olhou para Pedro, que, imediatamente, “lembrou-se da palavra do Senhor, como lhe tinha dito: Antes que o galo cante hoje, me negarás três vezes. E, saindo Pedro para fora, chorou amargamente” (Lc 22.61,62).

Segundo Degrau: Mentira

O quarto Evangelho menciona outros detalhes desse quádruplo pecado de Pedro. Ele estava com outro discípulo — possivelmente, o apóstolo João —, que entrou na sala do sumo sacerdote, enquanto aquele ficou do lado de fora (18.15,16). Quando tal discípulo, que conhecia o sumo sacerdote, pediu para a recepcionista chamar Pedro, ela perguntou-lhe:

“Não és tu também dos discípulos deste homem?” E ele, friamente, respondeu: “Não sou” (v. 17). Havia servos e criados aquentando-se ao redor da fogueira; fazia muito frio. Logo que Pedro entrou ali, perguntaram a ele: “Não és também tu um dos seus discípulos? Ele negou e disse: Não Sou” (Jo 18.25). No entanto, para sua surpresa, “um dos servos do sumo sacerdote, parente daquele a quem Pedro cortara a orelha, disse: Não te vi no horto com ele?” (v. 26). Nova negação, “e logo o galo cantou” (v. 27). Pedro, portanto, mentiu descaradamente ao dizer que não conhecia Jesus.

Veja como é grande o amor de nosso Senhor Jesus, a ponto de perdoar, posteriormente, tamanha deslealdade e traição!

Terceiro e quarto Degraus: Juramento e Maledicência

Mateus informa que Pedro negou ao Senhor “diante de todos” (26.70) e, ao negá-lo pela segunda vez, fez isso “com juramento” (v. 72). Por fim, quando os serventuários perceberam que ele era galileu — sua própria fala denunciava-o (v. 73) —, começou “a praguejar e a jurar” (v. 74; cf. Mc 14.71), dizendo que não conhecia o Nazareno.

Pedro chegou, de fato, ao “fundo do poço”. Negou, mentiu, jurou e praguejou. E, se não fosse a graça de Deus, seu destino teria sido o mesmo de Judas.

Na hora mais decisiva da vida do Senhor, Pedro negou a Jesus, à sua fé, ao seu apostolado e ao seu próprio nome. Ele recusou-se a identificar-se com o Galileu e o Nazareno (Mt 26.69-72). Esses dois qualificativos lançavam sobre Jesus uma pecha negativa, com fortes laivos de preconceito.

Os galileus eram vistos em Jerusalém como gente de segunda classe, um povo atrasado, pobre, doente e possesso. “Nazareno” era […] uma palavra assaz pejorativa, pois o entendimento da época é que nada de bom poderia ter saído de Nazaré (LOPES, 2015, p. 57-58).

Ser galileu ou nazareno nos dias em que Jesus andou na terra equivalia, em certa medida, a ser um cristão na pós-modernidade. Nessa era pós-cristã, os seguidores de Jesus são tratados como gente de segunda classe, atrasada, fanática e fundamentalista. Entretanto, aprendamos com o Mestre, que, mesmo sendo visto com preconceito pela sociedade daquela época, ganhou muitas almas para o Reino de Deus (Jo 1.45-51; 4.1-30). Como o próprio Pedro — que ora nega a Jesus — ensinará, devemos estar sempre preparados para responder ao mundo apologeticamente (1 Pe 3.15).

Zibordi., Ciro Sanches,. Pedro O Primeiro Pregador Pentecostal. Editora CPAD. 1 Ed. 2018.


SINOPSE I

O Espírito Santo transformou o Pedro, até então espiritualmente fraco, em apóstolo do Evangelho de Cristo.

AUXÍLIO TEOLÓGICO

PEDRO EM JERUSALÉM

        “Depois da ascensão de Jesus, os discípulos estavam reunidos em um aposento para orar, aguardando a promessa do dom do Espírito Santo. Pedro sugeriu que um deles fosse escolhido para ocupar o lugar de Judas, para que o apostolado fosse completo. No dia de Pentecostes, ele pregou a mensagem inicial à multidão que se reuniu, e declarou que eles deveriam arrepender-se e ser batizados no nome do Senhor Jesus. Cerca de 3 mil pessoas converteram-se, e a Igreja começou (At 2.14-42).

Durante os primeiros anos da Igreja em Jerusalém, Pedro foi reconhecido como seu líder. Ele realizou grandes milagres (At 3.1-10; 5.12-16), defendeu a causa perante o Sinédrio (4.5-12), e disciplinou ofensores como Ananias e Safira (5.1-11). Embora tenha saído da cidade depois da perseguição de Herodes em 44 d.C. (At 12.1-17), ele retornou a Jerusalém para participar do conselho relacionado à liberdade dos gentios (15.6-11). Ele concordou com Paulo contra os legalistas, onde os gentios não deveriam ser obrigados a obedecer à lei cerimonial como uma condição de salvação além da fé em Cristo” (Dicionário Bíblico Wycliffe. 1. ed. Rio de
Janeiro: CPAD, 2006, p. 1492).



II – PEDRO APÓS O PENTECOSTES

1. Pedro batizado no Espírito Santo.

        Após ser batizado no Espírito Santo, Pedro tornou-se outro homem. Devido ao espanto das pessoas diante daquele fenômeno espiritual, o apóstolo dos judeus levantou a voz e, com eloquência, falou a respeito da promessa de Deus proferida pelo profeta Joel: “do meu Espírito derramarei sobre toda a carne” (At 2.18).

“A pregação do apóstolo Pedro teve tão grande impacto sobre os ouvintes, que muitos deles, compungidos no coração, indagavam-lhe, a respeito do que deveriam fazer.”

A pregação do apóstolo Pedro teve tão grande impacto sobre os ouvintes, que muitos deles, compungidos no coração, indagavam-lhe a respeito do que deveriam fazer. Assim, Pedro concluiu sua calorosa pregação apelando para que se arrependessem e fossem batizados em nome de Jesus Cristo para receberem “o dom do Espírito Santo” (At 2.38). Resultado: quase três mil almas foram batizadas (At 2.41).

COMENTÁRIO

        Após ser batizado no Espírito Santo, Pedro foi transformado noutro homem. Aquele que teve tantos altos e baixos na vida ao lado de Jesus e fracassou grandemente ao negar o Senhor três vezes, revelou-se um Pedro cheio da graça, da unção e do poder de Deus após o Pentecostes. De fato, depois que alguém tem um encontro pessoal com Jesus jamais poderá ser da mesma forma, como na sua velha vida de incredulidade e pecado. Da mesma forma, quem recebe o batismo no Espírito Santo experimenta uma mudança radical na vida espiritual e até emocional.

Após ouvir a interpretação depreciativa de que os que foram batizados estariam bêbados no cenáculo, Pedro não se conteve e nem esperou que algum dos outros discípulos tomasse a iniciativa de esclarecer esse engano carnal.

Pedro levanta-se e dirige-se à multidão Cheio do Espírito Santo, Pedro levantou-se com os onze e esclareceu o que estava acontecendo com os que foram batizados no cenáculo:

Pedro, porém, pondo-se em pé com os onze, levantou a voz e disse-lhes: Varões judeus e todos os que habitais em Jerusalém, seja-vos isto notório, e escutai as minhas palavras. Estes homens não estão embriagados, como vós pensais, sendo esta a terceira hora do dia. (At 2.14,15)

Com autoridade de Deus, Pedro desfez o engano ou a maldade dos que julgavam os batizados no Espírito Santo de estarem embriagados à “terceira hora do dia”, ou às 9 horas da manhã no horário romano.

Pedro explica o que aconteceu no cenáculo

Após esclarecer que não era como as pessoas pensavam, Pedro passou a discorrer com grande sabedoria e eloquência o que significava todo aquele fenômeno espiritual jamais visto em toda a história de Israel. O seu discurso depois do Pentecostes é a prova mais eloquente da sua restauração espiritual. Por isso, Pedro levantou a voz e disse:

Mas isto é o que foi dito pelo profeta Joel: E nos últimos dias acontecerá, diz Deus, que do meu Espírito derramarei sobre toda a carne; e os vossos filhos e as vossas filhas profetizarão, os vossos jovens terão visões, e os vossos velhos sonharão sonhos; e também do meu Espírito derramarei sobre os meus servos e minhas servas, naqueles dias, e profetizarão (At 2.16-18).

Renovato. Elinaldo,. Aviva a Tua Obra. O chamado das Escrituras ao quebrantamento e ao poder de Deus. Editora CPAD. 1ª edição: 2023.

        O Pentecostes foi um divisor de águas na vida de quem tantas vezes esteve dentro do mar da Galileia! “Antes de ser revestido com o poder do Espírito Santo, Pedro era um homem impetuoso, mas covarde; falante, mas precipitado; ousado em suas declarações, mas frágil em suas atitudes” (LOPES, 2015, p. 84).

Diante da zombaria de uma parte da multidão de judeus no dia de Pentecostes, ele colocou-se em pé, apresentando-se para falar. Num primeiro momento, ele apenas respondeu à pergunta: “Que quer isto dizer?”, seguida da acusação absurda de que os cristãos estavam “cheios de mosto”, citando a célebre profecia de Joel 2.28-21 (At 2.12-21). Foi somente depois dessa resposta pontual que ele, de fato, começou a pregar cheio do Espírito Santo.

Zibordi., Ciro Sanches,. Pedro O Primeiro Pregador Pentecostal. Editora CPAD. 1 Ed. 2018.



        A era do Espírito foi predita há muito tempo pelos profetas: “Isto é o que foi dito pelo profeta Joel” (v. 16). No Antigo Testamento, só algumas pessoas experimentaram o Espírito. Do Dia de Pentecostes em diante, Deus torna disponível a todos os seus filhos a plenitude do Espírito. O poder carismático do Espírito já não está limitado aos líderes do povo de Deus. Fundamentando sua mensagem na profecia de Joel, Pedro promete que o derramamento do Espírito é para “toda a carne”. E de escopo universal — sobre jovens e velhos, sobre filhas e filhos, até sobre os de posição social baixa, tanto homens quanto mulheres. Em vez de ser derramado apenas sobre reis, sacerdotes e profetas, o Espírito será derramado sobre os crentes de toda raça, nacionalidade e gênero.

Ao receberem o batismo com o Espírito as pessoas devem profetizar. Línguas que acompanham a experiência de imersão no Espírito têm o caráter de fala profética, e Pedro liga o poder do Espírito com a explosão universal de profecia. A mesma ligação é feita entre o poder carismático do Espírito e a profecia em Números 11.24- 29, onde os anciãos profetizam depois que o Espírito foi transferido de Moisés para eles. Moisés expressa o desejo de que todo o povo de Deus profetize. Joel 2 promete o cumprimento do desejo de Moisés, e os acontecimentos do Dia de Pentecostes cumprem esse desejo potencialmente. A era da condição de profetas de todos os crentes desponta com o derramamento do Espírito em poder profético, criando uma comunidade de profetas nos últimos dias.

Ó cumprimento inicial da promessa de Joel no Dia de Pentecostes batiza os discípulos para um ministério profético de dar testemunho da obra salvadora de Cristo. Mas este batismo do Espírito para profecia não é limitado aos crentes no Dia de Pentecostes. As palavras de Pedro: “Os vossos filhos e as vossas filhas profetizarão”, indicam a atividade profética contínua da igreja. Evidências adicionais das obras do Espírito serão vistas em “sonhos” e “visões”. Estes tipos de experiência eram meios de receber revelação profética (Nm 12.6). Através de “sonhos” e “visões” o Espírito Santo revelou a verdade divina ao povo de Deus (Lc I.22; 9.28-36; At7.55,56; 8.29; 9.10; 10.10; II.5,28; 16.9; 22.17-21; 27.23).

Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. Editora CPAD. 4 Ed 2006. pag. 634-635.



2. Pedro e a cura do coxo.

        Juntamente com João, Pedro chegou à Porta Formosa do Templo em Jerusalém. Eles viram um paralítico pedindo uma esmola. Em lugar de dar-lhe o que pedia, cheio do Espírito Santo, o apóstolo ordenou que o paralítico se levantasse e andasse “em nome de Jesus Cristo”.

Imediatamente, o homem foi curado, entrou no Templo, saltando e louvando a Deus. Isso causou grande espanto entre os que estavam ali (At 3.10,11). Logo depois, o apóstolo Pedro aproveitou a ocasião do milagre para pregar a respeito da morte e da ressurreição de Cristo, enfatizando que o enfermo recebeu “perfeita saúde” no nome de Jesus (At 3.16).

COMENTÁRIO

        O avivamento na Porta Formosa

O avivamento na vida de Pedro continuou a revelar-se nos dias que se seguiram. Quando ele foi ao Templo junto com João, algumas pessoas haviam colocado, como o faziam sempre, um homem que nascera coxo para esmolar na chamada Porta Formosa do Templo em Jerusalém. Como acontecia com esses enfermos, ele pedia ajuda a quem por ali entrasse. Certamente ele recebia esmolas todos os dias e era levado de maca ou de cama para a sua casa. Contudo, naquele dia, foi o dia marcante na vida daquele doente. Ao ver Pedro e João entrando no Templo, pediu-lhes que lhe dessem uma esmola:

E Pedro, com João, fitando os olhos nele, disse: Olha para nós. E olhou para eles, esperando receber alguma coisa. E disse Pedro: Não tenho prata nem ouro, mas o que tenho, isso te dou. Em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, levanta-te e anda. E, tomando-o pela mão direita, o levantou, e logo os seus pés e tornozelos se firmaram. E, saltando ele, pôs-se em pé, e andou, e entrou com eles no templo, andando, e saltando, e louvando a Deus. E todo o povo o viu andar e louvar a Deus. (3.4-9)

Pedro mostra a sua fé em ação

Notemos que, mais uma vez, depois de ser batizado no Espírito Santo, no Pentecostes, Pedro destacou-se como um grande pregador, cheio da unção e do poder de Deus. João estava ao seu lado, mas foi ele quem levantou a voz e disse ao enfermo: “Olha para nós”. E fez uma declaração de fé inabalável. Ordenou ao paralítico que se levantasse “em nome de Jesus Cristo” (3.6), e o homem levantou-se pelo poder de Deus. Os que estavam no Templo ou nas proximidades e viram o homem curado “andando, e saltando, e louvando a Deus” foram tomados de grande espanto, “cheios de pasmo e assombro pelo que lhe acontecera” (2.10-11).

Mais uma vez, o Pedro, já batizado no Espírito Santo, disse-lhes que Jesus fora glorificado por Deus, e eles mataram-no, preferindo um ladrão e homicida; e mataram “o Príncipe da vida, ao qual Deus ressuscitou dos mortos”. E completou, exaltando o nome de Jesus:

“E, pela fé no seu nome, fez o seu nome fortalecer a este que vedes e conheceis; e a fé que é por ele deu a este, na presença de todos vós, está perfeita saúde” (3.16). Pedro, que antes do Pentecostes disse diante de uma criada que não conhecia a Jesus, agora, depois do batismo no Espírito Santo e cheio da unção de Deus, fazia declarações afirmativas que exaltavam o nome do Senhor.

Pedro declara como ter a salvação

No seu discurso inflamado pelo poder de Deus, Pedro proclamou lhes a salvação de Deus, dizendo: “Arrependei-vos, pois, e convertei-vos, para que sejam apagados os vossos pecados, e venham, assim, os tempos do refrigério pela presença do Senhor” (3.19). Concluindo esse grande discurso, ele lembrou o concerto de Deus com Abraão, a quem disse: “[…] Na tua descendência serão benditas todas as famílias da terra. Ressuscitando Deus a seu Filho Jesus, primeiro o enviou a vós, para que nisso vos abençoasse, e vos desviasse, a cada um, das vossas maldades” (3.25b,26).

Renovato. Elinaldo,. Aviva a Tua Obra. O chamado das Escrituras ao quebrantamento e ao poder de Deus. Editora CPAD. 1ª edição: 2023.

        Pregador Pentecostal… e Humilde!

Os milhares de judeus arrependidos após a pregação de Pedro converteram-se, de fato, haja vista as suas características. De acordo com Atos 2.42-47, eles perseveravam na doutrina dos apóstolos, na comunhão e no partir do pão, ajudavam uns aos outros e eram tementes a Deus, louvando-o todos os dias.

No entanto, como os apóstolos foram treinados pelo Mestre para não dormir sobre seus louros, o terceiro capítulo de Atos dos Apóstolos inicia com Pedro e João subindo “juntos ao templo à hora da oração, a nona”. Esse lugar sagrado era, para eles, seu local preferido de oração, embora não tomassem parte dos sacrifícios — uma vez que o Cordeiro de Deus fora oferecido de uma vez por todas — (cf. Mt 21.13).

Pedro e João mantiveram a tradição dos judeus de orar em três turnos no Templo. Como o dia judaico começava às seis da manhã (primeira hora) e terminava às seis da tarde (hora duodécima), havia três momentos de oração por dia para os devotos do judaísmo. Eles oravam às nove da manhã (hora terceira), ao meio-dia (hora sexta) e às três da tarde (hora nona).

Os apóstolos oravam porque queriam cumprir o chamado que receberam do Senhor. E o Paráclito começou a realizar grandes milagres por meio deles (At 2.43), cumprindo a promessa de Jesus de que fariam obras maiores do que as suas por meio do Espírito Santo (Jo 14.12-17). E, ao dirigirem-se ao Templo, depararam com um homem coxo “desde o ventre de sua mãe” que era levado com frequência para junto da porta chamada Formosa para pedir esmola (At 3.2).

Não há consenso entre os eruditos sobre esse portão (ou porta). Para alguns, como não havia nenhuma porta com esse nome, trata-se de uma em honra de Nicanor (de Alexandria) chamada de “Formosa” por ser toda de bronze. Como se supõe, entre “o átrio dos gentios e o átrio das mulheres havia uma bela porta de bronze cinzelado, estilo corinto, com incrustações de ouro e prata. Era mais valiosa do que se tivesse sido feita de ouro maciço” (HORTON, 1983, p. 45). Quem olhava para esse portão, que dava acesso ao pátio do Templo, e para os mendigos à sua frente, podia refletir sobre a desigualdade em Jerusalém.

Sempre ignorado por sacerdotes, levitas e outros frequentadores do Templo, o mendigo aleijado teve uma surpresa quando abordou Pedro e João. Estes não apenas pararam para ouvir seu pedido, como também lhe disseram: “Olha para nós” (At 3.4).

Deus sempre começa o milagre por meio daquilo que podemos fazer. O mendigo de Jericó, que não podia ver, precisou colocar-se em pé (Mc 10.49). Já o de Jerusalém, que não podia levantar-se, teve de olhar para os apóstolos. E ele mirou-os, com a mão estendida, esperando receber uma moeda.

O primeiro pregador pentecostal tinha algo mais precioso para oferecer-lhe. Se fosse um pregador triunfalista, adepto do antropocentrismo, teria dito ao aleijado: “Determina a tua cura agora!”. E, se o homem não tivesse sido curado, dir-lhe-ia que não teve fé para fazê-lo. Pedro, porém, era verdadeiramente pentecostal e disse-lhe: “Não tenho prata nem ouro, mas o que tenho, isso te dou.

Em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, levanta-te e anda” (At 3.6).

Estamos diante de um novo Pedro — guiado pelo Paráclito —, o qual falou com autoridade e, pela fé, levantou pela mão um homem que jamais andara e sequer sabia caminhar (At 3.7). Para alguém andar, não basta apenas ter pernas saudáveis. É preciso saber usá-las. Uma criança, por exemplo, leva vários dias para aprender a dar os primeiros passos.

Portanto, o que houve ali foi mais que uma restauração de pernas e pés!

Não pensemos, porém, que esse milagre ocorreu por causa da fé de Pedro ou da do mendigo. Os mestres triunfalistas, que prezam o falso evangelho antropocêntrico, costumam supervalorizar a fé — a fé na fé —, que é apenas o meio usado por Deus para realizar grandes maravilhas.

Curado, o homem entrou no Templo e começou a saltar, louvando a Deus diante daqueles que o conheciam, mas jamais o ajudaram. A narrativa de Lucas sugere que ele puxou os apóstolos pela mão para alegrarem-se com ele (At 3.8-10). Além de andar, o mendigo estava realizando outro sonho, o de ingressar no Templo, visto que “aos aleijados não era permitida a entrada” (HORTON, 1983, p.46).

Pense num homem alegre, saltando e glorificando a Deus sem nenhum receio! Não se tratava, porém, de dança exibicionista, frenética ou performática dentro da Casa de Deus, como vemos nos dias de hoje, e sim do extravasamento de uma felicidade jamais sentida por aquele mendigo até então.

Os dois apóstolos estavam preparados para não cair na tentação de receber o louvor do povo. E, diante da alegria do homem curado e do assédio da multidão, o pregador pentecostal sabia que precisava manter-se humilde e dar toda a glória a Jesus. Lucas diz que o povo estava maravilhado com o ocorrido e apegou-se a Pedro e João, junto ao chamado pórtico ou alpendre de Salomão, ignorando que fora o Senhor quem havia levantado o coxo de nascença (At 3.10,11).

Pedro era realmente um novo homem.

Diferentemente de muitos pregadores da atualidade que se gabam de ser pentecostais, mas que, na verdade, são soberbos, ele disse ao povo: “Varões israelitas, por que vos maravilhais disto? Ou, por que olhais tanto para nós, como se por nossa própria virtude ou santidade fizéssemos andar este homem?” (At 3.12). Calcula-se que havia ali, nos arredores do Templo, cerca de dez mil pessoas (cf. HORTON, 1983, p. 47). Que oportunidade para anunciar a Cristo!

Zibordi., Ciro Sanches,. Pedro O Primeiro Pregador Pentecostal. Editora CPAD. 1 Ed. 2018.

        O mendigo pediu uma esmola, e recebeu novas pernas. Pedro não tinha prata nem ouro, mas tinha poder; hoje a igreja tem prata e ouro, mas não tem poder. O poder não está em Pedro, mas no nome de Jesus, ou seja, em sua suprema autoridade.

Pedro conhecia o poder daquele nome e não hesitou em invocá-lo. “Em nome de” designa a autoridade que está por trás do falar e agir de pessoas frágeis. O “nome” presenteia o portador com sua magnitude e seu poder, sua força e sua importância. O poder era de Cristo, mas a mão era de Pedro. O milagre da cura desse coxo era o cumprimento da profecia messiânica: Então o coxo saltará como o cervo […] (Is 35.6).

A legendária história de Tomás de Aquino e o papa Inocêncio II vem à mente em conexão com essa passagem. Aquino surpreendeu o papa ao visitá-lo no momento em que este estava contando uma grande quantidade de moedas de ouro e prata. Ao vê-lo, o papa disse: “Irmão, como você pode ver, não posso dizer mais como Pedro disse ao paralítico: Não tenho ouro nem prata”. Aquino, então, lhe respondeu: “Isso é verdade. Mas também o senhor não pode mais dizer ao paralítico: ‘Levanta e anda!’”.

Pedro e João fitam os olhos no paralítico. Muitos acham melhor doar uma mísera esmola e virar o rosto. Pedro e João olham e encaram aquele mendigo. Trataram- no como gente. Pedro falou com ele. Ordenou-lhe: […] Olha para nós. Colocou-se à disposição para ajudar, para ser referencial e modelo. Pedro compartilhou com ele o que possuía. Pedro tinha consciência de que havia recebido o poder do Espírito Santo e a autoridade do nome de Jesus. O poder não é usado para benefício próprio, mas para abençoar pessoas. Poder sem compaixão é autopromoção.

LOPES. Hernandes Dias. Pedro: Pescador de homens. Editora Hagnos. 1 Ed. 2015. pag. 90-91.



3. Pedro avivado em outras ocasiões.

        O avivamento do Espírito Santo na vida de Pedro foi notório em outras ocasiões. Quase cinco mil pessoas aceitaram a Cristo como Salvador com a mensagem dos apóstolos (At 4.1-4). Esse fato teve repercussão junto ao Sinédrio, o tribunal religioso dos judeus.

Os apóstolos foram interrogados pelo Sumo Sacerdote sobre com que autoridade eles faziam milagres, quando responderam com ousadia que era “em nome de Jesus Cristo”, a quem os judeus crucificaram injustamente (At 4.6-11). Após serem liberados da prisão, Pedro e João reuniram-se com os demais discípulos e relataram o ocorrido; até o lugar onde oraram, tremeu (At 4.29-31).

Em Lida, houve um grandioso avivamento. Quando Pedro ali chegou, orou por um homem chamado Eneias que estava paralítico há oito anos. Eneias foi curado e, por isso, houve muitas conversões ao Senhor (At 9.34-35); por sua oração, Dorcas ressuscitou dentre os mortos em Jope (At 9.36-42).

COMENTÁRIO

Pedro Avivado em outras Ocasiões

Perante o Sinédrio

Depois da cura do coxo de nascença, à porta do Templo, em Jerusalém, a notoriedade daquele milagre abalou a cidade e as suas autoridades religiosas, atraindo a ira das mesmas contra Pedro e João. Quando eles estavam falando ao povo, receberam ordem de prisão de parte dos sacerdotes, revoltados porque os apóstolos falavam de Jesus Cristo e da ressurreição dos mortos. Por isso, os sacerdotes e os saduceus fizeram o capitão do Templo prender os dois apóstolos, lançando-os na prisão.

Por causa da pregação do evangelho através dele: “Muitos, porém, dos que ouviram a palavra creram, e chegou o número desses homens a quase cinco mil” (4.1-4). Esse fato teve repercussão junto ao sinédrio, o tribunal religioso dos judeus. Reuniram-se “[…] Anás, o sumo sacerdote, e Caifás, e João, e Alexandre, e todos quantos havia da linhagem do sumo sacerdote. E, pondo-os no meio, perguntaram: Com que poder ou em nome de quem fizestes isto? (4.6,7).

A resposta foi dada por Pedro na unção do Espírito Santo. Sem qualquer temor, […] Principais do povo e vós, anciãos de Israel, visto que hoje somos interrogados acerca do benefício feito a um homem enfermo e do modo como foi curado, seja conhecido de vós todos e de todo o povo de Israel, que em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, aquele a quem vós crucificastes e a quem Deus ressuscitou dos mortos, em nome desse é que este está são diante de vós. Ele é a pedra que foi rejeitada por vós, os edificadores, a qual foi posta por cabeça de esquina. E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos. (4.8b-12)

Pedro declarou com ousadia que o milagre da cura do coxo de nascença fora feito “em nome de Jesus Cristo, o Nazareno”, a quem eles haviam crucificado, mas Deus ressuscitou-o dos mortos. E acrescentou na sua declaração incisiva que Jesus “é a pedra que foi rejeitada” pelos edificadores e que “[…] em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos”.

As autoridades ficaram impressionadas com a desenvoltura de Pedro em companhia de João, pelo fato de serem eles homens indoutos, sem cultura. Depois de ameaçarem-nos para não falarem mais no nome de Jesus, ambos foram libertos. Os apóstolos reuniram-se com os outros discípulos, contaram tudo o que passaram por causa do nome de Jesus e fizeram uma fervorosa oração a Deus:

Agora, pois, ó Senhor, olha para as suas ameaças e concede aos teus servos que falem com toda a ousadia a tua palavra, enquanto estendes a mão para curar, e para que se façam sinais e prodígios pelo nome do teu santo Filho Jesus. E, tendo eles orado, moveu-se o lugar em que estavam reunidos; e todos foram cheios do Espírito Santo e anunciavam com ousadia a palavra de Deus. (4.29-31 – grifo acrescido)

O avivamento em vários lugares

Houve um grandioso avivamento em Lida. Quando Pedro ali chegou, falaram-lhe de um homem chamado Eneias, que estava paralítico há oito anos: “E disse-lhe Pedro: Eneias, Jesus Cristo te dá saúde; levanta-te e faze a tua cama. E logo se levantou. E viramno todos os que habitavam em Lida e Sarona, os quais se converteram ao Senhor” (At 9.34,35). De lá, Pedro foi para Jope, onde tomou conhecimento de uma mulher de nome Tabita, conhecida por Dorcas, que estivera enferma e veio a falecer. Ao saberem os discípulos de Jope que Pedro estava em Lida, mandaram chamá-lo para que orasse por Tabita, mulher “cheia de boas obras e esmolas que fazia”. Pedro atendeu ao chamado deles e foi até onde o corpo da defunta jazia:

Mas Pedro, fazendo-as sair a todas, pôs-se de joelhos e orou; e, voltando-se para o corpo, disse: Tabita, levanta-te. E ela abriu os olhos e, vendo a Pedro, assentou-se. E ele, dando-lhe a mão, a levantou e, chamando os santos e as viúvas, apresentou-lhe viva. E foi isto notório por toda a Jope, e muitos creram no Senhor. (At 9.40-42). Mais um avivamento espiritual extraordinário houve naquelas cidades.

Renovato. Elinaldo,. Aviva a Tua Obra. O chamado das Escrituras ao quebrantamento e ao poder de Deus. Editora CPAD. 1ª edição: 2023.

        Agenda nas Mãos de Deus

A sobrevivência de Pedro em Jerusalém é uma prova da soberania de Deus. Esse apóstolo foi preso duas vezes e julgado pelos mesmos juízes perversos que condenaram à morte o Nazareno e Estêvão (At 4.3-23; 5.17-40). Eles, que tentaram, mas não conseguiram tirar a vida do pregador pentecostal, agora esperavam que Herodes Antipas I pudesse fazê-lo, uma vez que este mandara matar a Tiago e entregaria Pedro ao povo após a Páscoa (12.4). Isso indica que Agripa pretendia levá-lo a julgamento para condená-lo e executá-lo.

Tudo já devia estar combinado nos bastidores.

Herodes e o Sinédrio esperariam que a maior parte da multidão fosse embora após a Páscoa para que não houvesse tumulto, e assim Pedro, finalmente, poderia receber um julgamento similar aos de Jesus e Estêvão. Herodes deve ter sido informado de que Pedro conseguira escapar da prisão de modo inexplicável em outra ocasião, pois, “havendo-o prendido, o encerrou na prisão, entregando-o a quatro quaternos de soldados, para que o guardassem” (At 12.4).

Isso mesmo: havia dezesseis homens para impedir que o pregador pentecostal escapasse da prisão! E mais: “estava Pedro dormindo entre dois soldados, ligado com duas cadeias, e os guardas diante da porta guardavam a prisão” (At 12.6). Enquanto isso, a igreja em Jerusalém fazia por ele a única coisa que poderia mudar a programação do conluio entre Herodes e o Sinédrio: “contínua oração” (At 12.5). Nossas armas não são carnais, mas poderosas em Deus (2 Co 10.4; At 4.28-31).

Zibordi., Ciro Sanches,. Pedro O Primeiro Pregador Pentecostal. Editora CPAD. 1 Ed. 2018.

        O livro de Atos, embora seja conhecido como Atos dos Apóstolos, destaca especialmente o ministério de Pedro e Paulo. Esses dois apóstolos são destacados como pregadores e operadores de milagres. O livro de Atos registra vários milagres operados por Pedro e outros experimentados por ele.

O primeiro milagre operado por Pedro foi a cura do paralítico na Porta Formosa do templo (At 3.1-3). Esse milagre deu a Pedro a oportunidade de pregar seu segundo sermão em Jerusalém, elevando o número de crentes para cinco mil.

O segundo milagre foi a morte instantânea de Ananias e Safira, num claro juízo de Deus à hipocrisia desse casal, que, para ganhar notoriedade na igreja, mentiu ao Espírito Santo (At 5.1-11).

O terceiro milagre ocorreu em Jerusalém, quando os enfermos eram levados pelas ruas e colocados em leitos c macas, para que, quando Pedro passasse, ao menos sua sombra se projetasse sobre alguns deles. Também das cidades ao redor ia muita gente para Jerusalém, levando doentes e atormentados por espíritos impuros, e todos eram curados (At 5.15,16).

O quarto milagre acontece em Lida, quando Pedro cura o paralítico Eneias (At 9.32-35). Depois de Lucas nos relatar a conversão de Saulo, volta sua atenção para Pedro. No começo da perseguição da igreja, os apóstolos julgaram prudente permanecer em Jerusalém (At 8.1b), mas, agora que a igreja estava desfrutando um tempo de paz (At 9.31), sentiram-se livres para deixar a cidade. É dessa forma que Pedro inicia seu ministério itinerante (At 9.32a), pregando o evangelho e visitando os santos (At 9.32b).

A cura de Eneias foi algo maravilhoso. Ele era paralítico, e havia oito anos jazia de cama. Pedro lhe disse: […] Eneias, Jesus Cristo te cura. Levanta-te e arruma a tua cama. Ele logo se levantou (At 9.34). De maneira ainda mais nítida do que na cura do mendigo aleijado em Atos 3, aqui Jesus é imediatamente destacado como o verdadeiro e único doador da cura. Pela autoridade do seu nome, o Cristo ressurreto restabeleceu Eneias completamente. A cura foi instantânea, e o homem conseguiu se levantar e arrumar sua cama (At 9.34). Tornou-se um milagre ambulante, pois todos aqueles que viram esse fato extraordinário em Lida e Sarona converteram-se ao Senhor (At 9.35).

O quinto milagre aconteceu em Jope. Em Atos 9.36-43, há o registro da ressurreição de Dorcas (Tabita = gazela), uma mulher notável pelas boas obras e esmolas que fazia. Ela vivia integralmente dedicada à beneficência e à ajuda ao próximo. Ela cuidava especialmente das viúvas. Essa notável serva do Senhor adoeceu e morreu, e os irmãos colocaram seu corpo no cenáculo. Não havia registro até então de que os apóstolos tivessem sido usados por Deus para a ressurreição de mortos. Isso mostra a fé e a confiança dos crentes de Jope em mandar buscar Pedro em Lida.

Pedro chegou e ordenou que as pessoas que estavam chorando e lamentando saíssem do quarto, pois o milagre que estava para acontecer ali não era um espetáculo, e ele, colocando-se de joelhos, orou e, voltando-se para o corpo, disse: […] Tabita, levantaste. Ela abriu os olhos e, vendo Pedro, sentou-se. Ele lhe deu a mão, levantou-a e, chamando os santos, e as viúvas, apresentou-a viva (At 9.40,41). Que diferença fundamental em relação a todas as práticas feiticeiras e milagreiras de cunho ocultista! Aqui não são sussurradas fórmulas mágicas, não se cita nenhum nome misterioso, nem se realizam estranhas benzeduras. Emite-se uma ordem cordial, e espera-se com fé que essa ordem, possível como tal, será cumprida pela ação de Deus.

LOPES. Hernandes Dias. Pedro: Pescador de homens. Editora Hagnos. 1 Ed. 2015. pag. 133-135.

SINOPSE II

O avivamento do Espírito Santo na vida de Pedro foi notório em muitas ocasiões.

AUXÍLIO TEOLÓGICO

O PROPÓSITO DO PENTECOSTES

        “No âmago do resultado da nova vida do Espírito não estão somente o poder e o dom do Espírito para o ministério, mas o que nós poderíamos chamar (na linguagem de Paulo) de ‘fruto’ do Espírito. Os crentes empoderados pelo Espírito amavam-se tanto que valorizavam uns aos outros mais do que valorizavam as suas propriedades. […] Em Lucas-Atos, a verdadeira conversão envolve arrependimento e compromisso com um novo Senhor.

Tal compromisso com o novo Senhor também envolve compromisso com os novos irmãos na nova comunidade (11.30; 12.25). À medida que Atos avança, fica claro que essa nova comunidade não pertencerá a uma só cultura, sua comunhão à mesa circunscrita por hábitos alimentares sagrados (10.28; 16.34; 27.35,36).

Algumas vezes, os cristãos em Atos realmente se mostram relutantes em cruzar tais fronteiras (10.28; 11.3; cf. Gl 2.11-14), exatamente como os fariseus fizeram por ocasião da comunhão de Jesus à mesa com pecadores em arrependimento no primeiro livro de Lucas (Lc 5.30; 7.34; 15.2); mas Deus não alivia até fazê-los cruzar essas fronteiras humanas. Deus empodera seu povo com o Espírito para cruzar as barreiras culturais, para adorar a Deus e para formar uma nova comunidade multicultural de adoradores comprometidos com Cristo e uns com os outros” (KEENER, Craig S. Entre a História e a Igreja. 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2021, pp. 252, 253).

III – A IGREJA DE HOJE E O AVIVAMENTO DO PENTECOSTES

1. A Igreja atual e o Pentecostes.

            O Senhor Jesus previu que, antes da sua volta, haveria uma grande falta de fé; daí a reveladora pergunta: “[…] Quando, porém, vier o Filho do Homem, porventura, achará fé na terra?” (Lc 18.8). Num tempo como esse, a necessidade de um grande avivamento é imensa. Segundo a Bíblia, só pode haver um tempo de avivamento nos dias presentes se os crentes buscarem o derramamento do Espírito Santo como no Dia de Pentecostes (At 2.1).

COMENTÁRIO

        A Igreja Primitiva precisava do poder do alto. Israel era um povo que tomara conhecimento do que o Senhor Deus fez nos antigos tempos na antiga aliança; dos milagres e prodígios operados desde a libertação do Egito e do que Ele fez durante os anos em que o povo passou no deserto abrasador. Na memória coletiva, havia esses registros. Depois, com a vinda de Cristo ao mundo, todos tomavam conhecimento dos seus sinais, milagres e prodígios operados nas suas ruas, nas sinagogas, no Templo, à beira do mar da Galileia e noutros pontos. O povo de Israel viveu um tempo sem ouvir a voz de Deus.

A Igreja nos seus primórdios nasceu debaixo do grande avivamento trazido por Jesus por meio do seu evangelho de poder. Assim começou um novo tempo no Pentecostes. Já vimos em capítulo anterior como Deus manifestou o seu poder e trouxe avivamento nos evangelhos. Em Atos dos Apóstolos, foi implantado pelo Espírito Santo o modelo de igreja que Deus quer ver no mundo em todos os tempos, sobretudo nos que antecedem a volta de Jesus.

Tempos de incredulidade global

Nos dias de hoje, a realidade espiritual do mundo mudou drasticamente. Antevendo essa realidade, Jesus disse aos seus discípulos: “Digo-vos que, depressa, lhes fará justiça. Quando, porém, vier o Filho do Homem, porventura, achará fé na terra?” (Lc 18.8). A pergunta de Jesus traz consigo uma afirmação real.

Quando Ele voltar para buscar a sua Igreja, será num tempo em que haverá acentuada falta de fé em todo o mundo. Num tempo assim, é enorme a necessidade de um grande avivamento. Pelas páginas da Bíblia, só poderá haver um tempo de avivamento se os seguidores de Jesus buscarem o derramamento do Espírito Santo como foi no Dia de Pentecostes.

Tempos de multiplicação da iniquidade

No seu sermão profético sobre o fim dos tempos, Jesus alertou os seus discípulos para diversas características desses tempos. Além de prever a falta de fé no mundo, Jesus mostrou outras características que marcarão os dias finais da ordem mundial das coisas. Haverá falsos cristos, guerras e rumores de guerras, fomes, pestes e terremotos em vários lugares. Será uma época catastrófica em termos de eventos escatológicos. E Jesus previu a morte de discípulos seus com ódio por causa do seu nome. No meio desse tempo tenebroso e catastrófico, Jesus disse:

E, por se multiplicar a iniquidade, o amor de muitos se esfriará. Mas aquele que perseverar até ao fim será salvo. E este evangelho do Reino será pregado em todo o mundo, em testemunho a todas as gentes, e então virá o fim. (Mt 24.12-14)

Ao mesmo tempo que se multiplicar a iniquidade, as pessoas perderão o amor umas pelas outras e até mesmo pelo próprio Deus. Jesus previu um sinal altamente positivo, que foi a pregação do evangelho em todo o mundo. Os que escaparão da situação caótica no mundo serão os fiéis ao Senhor e que perseverarem até o fim.

Renovato. Elinaldo,. Aviva a Tua Obra. O chamado das Escrituras ao quebrantamento e ao poder de Deus. Editora CPAD. 1ª edição: 2023.

        A ATUALIDADE DA EXPERIÊNCIA PENTECOSTAL

Há um grupo de teólogos que, se não peca por comissão, está sempre a pecar pelas omissões incabíveis e até impiedosas que perpetram contra a doutrina pentecostal.

Alegam eles, entre outras coisas, que o batismo no Espírito Santo e os dons espirituais já não têm qualquer serventia ou préstimo para estes últimos dias. E que só foram necessários àqueles dias primeiros da Igreja. As Escrituras Sagradas e a história do Cristianismo os desmentem; demostram que a experiência pentecostal jamais se ausentou dos arraiais cristãos. E tão atual hoje como o foi aos tempos antigos.

Em seu discurso, o apóstolo Pedro é mais do que conclusivo: “Porque a promessa vos diz respeito a vós, a vossos filhos e a todos os que estão longe: a tantos quantos Deus, nosso Senhor, chamar” (At 3.39). Ao comentar essa passagem, o pastor Donald Stamps confirma: “A promessa do batismo no Espírito Santo não foi apenas para aqueles presentes no dia de Pentecostes, mas também para todos os que cressem em Cristo durante toda esta era. O batismo no Espírito Santo com o poder que o acompanha, não foi uma ocorrência isolada, sem repetição, na história da igreja”.

Não é somente a Bíblia que nos está a atestar essa verdade; a própria história comprova a realidade do Pentecostes em todas as eras.

Andrade. Claudionor Corrêa de,. Fundamentos Bíblicos De Um Autêntico Avivamento. Editora CPAD. 1ª edição: 2014. pag. 103-104.

2. Tempos de multiplicação da iniquidade.

        Jesus alertou aos seus discípulos para as principais características dos fins dos tempos. Será uma época marcada pela multiplicação da iniquidade e do esfriamento do amor. Entretanto, o Senhor Jesus também previu um sinal altamente positivo a respeito da pregação do Evangelho por todo o mundo (Mt 24.4-14).

Nesse sentido, para pregar o Evangelho nesses “tempos trabalhosos”, como o apóstolo Paulo escreveu a Timóteo (2Tm 3.1-5), a igreja deve estar avivada da mesma maneira que o apóstolo Pedro estava quando desempenhou seu ministério em Atos. 

COMENTÁRIO

Tempos trabalhosos

O apóstolo Paulo recebeu pelo Espírito Santo a revelação profética das características dos últimos tempos, que antecedem à vinda de Jesus. Naquele tempo, crentes e igrejas que não tiverem a presença, o poder e a unção do Espírito Santo não suportarão a realidade espiritual do mundo, que será dominado por tremenda corrupção. Paulo, escrevendo a Timóteo, o jovem obreiro e o seu filho na fé, disse:

Sabe, porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos; porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos, sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons, traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus, tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela. Destes afasta-te. (2Tm 3.1-5)

Renovato. Elinaldo,. Aviva a Tua Obra. O chamado das Escrituras ao quebrantamento e ao poder de Deus. Editora CPAD. 1ª edição: 2023.

        Virão Dias Difíceis (3-1). Abruptamente, o apóstolo volta sua atenção à maldade dos últimos dias e aos desastres dos erros doutrinários. Tal discussão é uma importante mudança na carta, passando das instruções pessoais a Timóteo para o enfoque dos falsos mestres. É o ataque final do apóstolo às heresias antes de sua conclusão pessoal de encorajamento a Timóteo.

Embora as Cartas Pastorais tenham repetidamente abordado a questão dos falsos mestres, neste contexto Paulo se refere ao conflito sob uma perspectiva teológica — a presença dos falsos mestres como uma indicação do final dos tempos. O Novo Testamento usa a expressão “últimos dias” para referir-se à vinda de Cristo, ao advento da nova era, e à era cristã (cf. At 2.16-21; Hb 1.2). Em outras palavras, os tempos do fim já chegaram, e estamos vivendo esta era.

O ponto principal é que Paulo deseja que Timóteo saiba (isto é, entenda, reconheça, perceba) “que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos”. O verbo

“sobrevir”, nesta oração, não é simplesmente copulativo, uma vez que indica algo que é iminente. Fee (1988,269) assinala a conexão entre o fim dos tempos e a dificuldade como uma característica comum no apocalipse judaico do Antigo Testamento (Dn 12.1), na literatura intertestamentária (1 Enoque 80.2- 8; 100.1-3; Ascensão de Moisés 8.1; 2 Baruque 25-27; 48.32-36; 70.2-8), nas palavras dejesus (Mc 13-3-23), e nos escritos da igreja primitiva (1 Co 7.26; 2 Pe 3.3; 1 Jo 2.18; Jd 17,18). Estes últimos dias são descritos como “trabalhosos” ou “terríveis”, não simplesmente porque serão difíceis ou perigosos, mas por causa do mal associado a eles.

As Pessoas que Devem Ser Evitadas (3.2-5). Apesar de Paulo usar o tempo futuro no verso anterior, a lista de vícios apresentada reflete os problemas que prevaleciam na sociedade pagã, provando que Timóteo já estava vivenciando estes males. Já vimos uma lista de defeitos em 1 Timóteo 1.9,10 (cf. Rm 1.29-31; 1 Co 6.9,10), que era claramente organizada; porém esta lista de dezoito características parece não ter um padrão organizacional:

1) A lista começa descrevendo estas pessoas como “amantes de si mesmos” (v. 2). O egoísmo encabeça a lista dos males do final dos tempos;

2) O materialismo vem em segundo lugar; as pessoas serão “avarentas”, amando o dinheiro e aquilo que este é capaz de comprar;

3) A arrogância é o terceiro vício. A palavra “presunçosos” se refere a “alguém que alardeia e ostenta suas realizações, e em sua jactância ultrapassa os limites da verdade, procurando se destacar e se engrandecer em uma tentativa de impressionar” (Rienecker, 1980, 644);

4) A pessoa “soberba” (isto é, arrogante ou altiva) é “alguém que procura se mostrar superior aos outros” (ibid.);

5) Os “blasfemos” são aqueles que usam suas palavras para caluniar os outros. O termo grego fornece a raiz da palavra portuguesa “blasfêmia”;

6) Os “desobedientes a pais e mães” são os rebeldes;

7) Eles são “ingratos” ou mal-agradecidos;

8) Eles são “profanos” ou não religiosos (cf.

1 Tm 1.9);

9) Aqueles “sem afeto natural” (v. 3) são os que não amam a família, e insensivelmente não amam aos pais, isto é, desprezam o afeto nat,ural. Sêneca cita a prática de expor os bebês indesejados como uma ilustração de tal falta de humanidade e sensibilidade, e de afeto natural (Brown, 1976, 2.542);

10) Os “irreconciliáveis” são aqueles cuja hostilidade não admitirá nenhuma trégua, aqueles que recusam a reconciliação, os implacáveis;

11) Os “caluniadores” são aqueles cujas palavras (literalmente) “diabólicas” colocam as pessoas em conflito umas com as outras. Promovem os conflitos na esperança de ter algum benefício (Lock, 1973, 106);

12) Aos “incontinentes” falta o poder e a autodisciplina da conversação até o apetite; não possuem a temperança;

13) Os “cruéis” são como os animais selvagens — indomados e incivilizados;

14) Aqueles que não têm “amor para com os bons” são indiferentes à bondade; odeiam o bem e não têm qualquer escrúpulo em relação à virtude;

15) Os “traidores” (v. 4) são falsos e enganadores. “Esta palavra era usada para alguém que traísse seu país ou que não cumprisse um juramento, ou ainda para aqueles que abandonassem outra pessoa em perigo” (Rienecker, 1980, 644);

16) Os “obstinados” são negligentes. Este adjetivo vem do verbo “cair à frente ou adiante”; isto é, ser precipitado em palavras ou atitudes. Estas pessoas “não medem as conseqüências para alcançar os seus objetivos” (Kelly, 1963, 194);

17) Os “orgulhosos” (literalmente) se “inflam, ou se enchem com fumaça”, ou “incham”. Todas estas imagens, como na idéia hebraica da névoa, da fumaça ou do vapor, significam vaidade, vazio, falta de autenticidade (veja também 1 Tm 3.6; 6.4);

18) Nesta lista, que apresenta pessoas com más condutas, existem numerosos exemplos de amor impróprio ou mal orientado. O exemplo final é o pior de todos — trata-se daqueles que são “mais amigos dos deleites do

que amigos de Deus”. Estes hedonistas mantêm a “aparência de piedade” (cf. 1 Tm 2.2; Tt 1.16) enquanto negam seu poder. O apóstolo retornou ao enfoque de suas observações que eram direcionadas aos falsos mestres.

Estes gostavam das expressões visíveis, das práticas ascéticas e das discussões intermináveis sobre trivialidades religiosas, pensando ser obviamentejustospor serem obviamente religiosos. Mas assim “negaram” a eficácia ou o poder da piedade cristã, eusebeia, por tomarem parte em tantas atitudes e práticas “não religiosas” que caracterizaram o mundo pagão (Fee, 1988, 270-271; ênfases acrescentadas pelo autor).

O apóstolo Paulo tem uma ordem explícita para Timóteo a respeito de tais pessoas; “Destes afasta-te”.

Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. Editora CPAD. 4 Ed 2006. pag. 1497-1498.

        Marcas de Degradação Moral Iminente, 3.1-5

Até este ponto da carta, Paulo lidou com as demandas impostas em Timóteo por sua tarefa como pastor. Mas agora, em espírito profético, ele se dirige à sociedade em que estava a igreja infante e descobre nela fatores que exerceriam influência trágica no povo de Deus: Sabe, porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos (1). A expressão nos últimos dias refere-se ao período do fim da atual dispensação, imediatamente precedente à volta de Cristo; não há razão para crermos que o apóstolo tivesse algo diferente em mente. Paulo acreditava na proximidade da volta de Cristo, embora não vivesse para vê-la. O período que Paulo está descrevendo poderia estar logo à frente de Timóteo. E ele o chama tempos trabalhosos.

Servindo-se de uma lista, ele detalha as atitudes pecadoras dos homens as quais caracterizarão este período: Homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos, sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons, traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus (2-4). A lista inteira é somente uma frase. E descrição sórdida e deprimente dos pecados humanos. A literatura ética do século I continha semelhantes listas, e o próprio Paulo já havia recorrido a este dispositivo (Rm 1.30,31). Pecados de diversos graus de gravidade são reunidos mais ou menos indiscriminadamente, talvez com a ideia de mostrar que na ótica de Deus todos os pecados são do mesmo jeito sérios, quer pecados da carne ou do espírito, quer cometidos contra Deus ou contra nosso semelhante. Estes pecados, comuns no século I, também vicejam em medida alarmante hoje em dia. Esta é indicação clara de que estamos nos últimos dias.

No versículo 5 está o pensamento perturbador deste parágrafo: Tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia (“o poder”, AEC, BAB, BJ, NTLH, NVI, RA) dela. Destes afasta-te. Kelly afirma que o versículo 5 é uma “frase lancinante”, a qual o apóstolo “força, por via do clímax, […] os praticantes dos erros efésios […] a fazer uma grande parada do cristianismo”.1 E deveras surpreendente que os culpados de tais pecados flagrantes ainda encontrem na religião formal um lenitivo para a consciência. Isto não quer dizer que na verdadeira religião não haja formalidade.

A formalidade e o poder não são inimigos naturais ou mutuamente exclusivos. Na verdade, tem de haver um casamento entre formalidade e poder para que o culto a Deus tenha a graça e beleza que ele deseja. Há muitos modos de negar a eficácia da religião. O modo mais sutil e mortal é a disposição de viver dia a dia sem a presença do poder de Deus em nossa vida religiosa. Este é o risco que afronta muitas pessoas que corariam de vergonha só com a leitura da lista sórdida de pecados que Paulo enumera.

Árnold E. Airhart. Comentário Bíblico Beacon. I e II Timóteo.  Editora CPAD. Vol. 9. pag. 525-526.

3. A Igreja será arrebatada.

        A Parábola das dez virgens (Mt 25.1-13), mais especialmente, as cinco prudentes, traz a imagem de uma Igreja santa, consagrada a Deus, ungida pelo Espírito Santo. É uma virgem preparada para o Noivo (Ef 5.26,27). É a Igreja que subirá na ocasião do Arrebatamento. Como o apóstolo Pedro que anelava pela vinda do Senhor de maneira avivada, estejamos também avivados e preparados para ouvir o toque da trombeta por ocasião do Arrebatamento da Igreja.

COMENTÁRIO

        A Igreja dos tempos que antecedem a vinda de Jesus para o arrebatamento será a formada pelos crentes salvos e lavados no sangue de Jesus e que estiveram avivados na unção do Espírito Santo em obediência e santificação (Hb 12.14; 1Ts 5.23; 1Pe 1.15).

Será a Igreja dos crentes que são comparados às cinco virgens pudentes da parábola das dez virgens, proferida por Jesus. Cinco delas eram prudentes, e as outras cinco, insensatas. As prudentes, além de terem azeite nas suas lâmpadas para a espera pelo noivo, tinham reserva nas vasilhas, enquanto as insensatas, ou loucas, apenas possuíam azeite nas lâmpadas e não tiveram tempo de reabastecê-las quando se ouviu o grito da chegada do noivo (Mt 25.1-13).

Além de ser constituída de crentes prudentes, a Igreja que vai subir é santa, consagrada a Deus, na unção do Espírito Santo, comparada a uma virgem preparada para o seu esposo no dia das núpcias. Paulo remete a esse fato quando fala dos deveres dos maridos para com as suas esposas, exortando-os a amá-las como Cristo ama a Igreja, a ponto de dar a vida por ela “[…] para a santificar, purificando-a com a lavagem da água, pela palavra, para a apresentar a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, mas santa e irrepreensível” (Ef 5.26,27).

Que Deus nos ajude para que nós, os salvos, estejamos preparados para ouvir o toque da trombeta do arcanjo no arrebatamento.

Renovato. Elinaldo,. Aviva a Tua Obra. O chamado das Escrituras ao quebrantamento e ao poder de Deus. Editora CPAD. 1ª edição: 2023.

        A santificação da igreja torna possível a Cristo apresentar-se a si mesmo igreja gloriosa (27). Não devemos entender o verbo apresentar (parastese) com o sentido de apresentação de uma oferta, mas como mera “demonstração” de que Cristo é, “ao mesmo tempo, o agente e o fim ou objetivo da apresentação”.17 Cristo apresenta a sua noiva a si mesmo. E estranho que a preparação da noiva para o casamento seja fundamentalmente trabalho do Noivo. Não há embelezamento externo que a torne aceitável para ele. Beleza é o trabalho do amor. Neste caso, o amor sacrificatório do Noivo refina a relação com a igreja até que a noiva apareça na beleza da santidade. Gloriosa significa “de acordo com a natureza com que ele a dotou”, uma natureza resplandecente por seus próprios méritos. Westcott parafraseia a expressão sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante por “sem um traço de corrupção ou marca de idade”.18 Wesley interpreta sem mácula por “impureza de qualquer pecado”. Ele explica que ruga é uma “deformidade de qualquer deterioração”.19 Santa e irrepreensível é repetição do pensamento de 1.4. Este é o grande objetivo do ministério de purificação do Senhor. Em 2 Coríntios 11.2, o apóstolo fala do seu próprio “ciúme divino” sobre a igreja para apresentá-la como “noiva pura para o marido” (RSV). A última apresentação ocorrerá no dia final da aparição de Cristo, mas mesmo agora está ocorrendo, para que os homens vejam a maravilhosa graça de Cristo.

Nos versículos 25 a 27, temos “A igreja Gloriosa”. A igreja detém uma relação tripla: a) Com o mundo, é a ecclesia (os reunidos); b) consigo mesma, é a koinonia (comunhão); c) com Cristo sendo seu corpo, é o kerygma (pregação). 1) A igreja é amada para que seja santificada, 25,26; 2) A igreja é santificada e purificada: pela lavagem da água — o batismo. Pelo sangue aplicado, conforme apresentado na Ceia do Senhor. Pela palavra. Todos estes são vitalizados e efetuados na presença do Espírito, 26. 3) A igreja é apresentada como a noiva de Cristo, submissa, gloriosa, universal e vitoriosa, 27 (G. B. Williamson).

Willard H. Taylor. Comentário Bíblico Beacon. Efésios. Editora CPAD. Vol. 9. pag. 185.

        O amor do esposo, semelhante ao de Cristo, é um amor santificador (5.26-27). Paulo usa cinco verbos para descrever a imensa dimensão do amor de Cristo por sua noiva, a Igreja. Ele “a amou” (5.25b), “sacrificou-se por ela” ou “se entregou por ela” (5.25c), para “santificá-la” (5.26a) e “para a apresentar a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga” (5.27). O amor abnegado de Cristo pela igreja exerce sobre ela um efeito de santificação e de embelezamento. Da mesma forma, quando um esposo ama sua esposa “como Cristo amou a Igreja”, esse amor a santificará e embelezará. Observe que Cristo torna a Igreja santificada “purificando-a com a lavagem da água” (não a regeneração pelo batismo, porém a pureza da regeneração em Tt 3.5, a qual é testemunhada pelo batismo) “pela palavra” (ou por uma confissão de fé ou da palavra expressa pelo Espírito de Deus que libera a fé).

Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. Editora CPAD. 4 Ed 2006. pag. 1260.

SINOPSE III

O avivamento espiritual é uma necessidade imediata da Igreja que aguarda esperançosa pelo grande Dia do Arrebatamento.

CONCLUSÃO

        O ministério do apóstolo Pedro mudou completamente após ser revestido do poder de Deus. Antes do Pentecostes, ele não tinha firmeza, era precipitado e voluntarioso; mas depois, passou a existir um Pedro cheio da graça de Deus, de unção, de sabedoria e de poder para cumprir a missão confiada por Jesus aos discípulos. Sem dúvida, o apóstolo Pedro é um modelo de vida e de ministério avivado sob o poder do Espírito Santo.

REVISANDO O CONTEÚDO

1. Diante de quem Pedro negou Jesus três vezes?

Diante das duas criadas e perante várias pessoas.

2. Qual foi o impacto dos ouvintes com a pregação de Pedro?

A pregação do apóstolo Pedro teve tão grande impacto sobre os ouvintes, que muitos deles, compungidos no coração, indagavam-lhe a respeito do que deveriam fazer.

3 . Qual foi o tema da pregação de Pedro após o milagre do coxo?

Logo depois, o apóstolo Pedro aproveitou a ocasião do milagre para pregar a respeito da morte e da ressurreição de Cristo, enfatizando que o enfermo recebeu “perfeita saúde” no nome de Jesus (At 3.16).

4. Como pode haver um tempo de avivamento nos dias presentes?

Segundo a Bíblia, só pode haver um tempo de avivamento nos dias presentes se os crentes buscarem o derramamento do Espírito Santo como no Dia de Pentecostes (At 2.1).

5. O que o Senhor Jesus previu que aconteceria antes de sua volta?

O Senhor Jesus previu um sinal altamente positivo que, antes da sua volta, o Evangelho seria pregado em todo o mundo.


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Descrição

O currículo de Escola Dominical CPAD é um aprendizado que acompanha toda a família. A cada trimestre, um reforço espiritual para aqueles que desejam edificar suas vidas na Palavra de Deus.

Neste 1º trimestre de 2023, estudaremos:
Tema: Aviva a Tua Obra
O Chamado das Escrituras ao quebrantamento e ao poder de Deus
Comentarista: Elinaldo Renovato

1- O Avivamento Espiritual
2- O Avivamento no Antigo Testamento
3- O Avivamento no Novo Testamento
4- O Ministério Avivado de Jesus
5- O Avivamento na Vida da Igreja
6- O Avivamento no Ministério de Pedro
7- Estêvão – Um Mártir Avivado
8- O Avivamento Espiritual no Mundo
9- O Avivamento Pentecostal no Brasil
10- O Avivamento na Vida Pessoal
11- O Avivamento e a Missão da Igreja
12- Vivendo no Espírito
13- Aviva, Ó Senhor, a tua Obra

Características

ISBN1678-6823
Altura21
Largura13,5
AcabamentoGrampeado
PeriodicidadeTrimestral
Faixa EtáriaAdultos
TipoEscola Dominical

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Sobre o Autor:
Ev. Hubner BrazÉ escritor, professor, blogueiro, pastor. Vivendo para o Reino de Deus. Trabalhando incansavelmente para deixar o blog sempre atualizado abençoando e evangelizando as vidas que acessam este espaço de aprendizado cristão. Criador do projeto Pecador Confesso e tem se destacado em palestras e cursos para jovens, casais, obreiros e missões urbanas | (Tecnologia WordPress).

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Assista ao vídeo,1,Levítico,1,Liberdade,2,Libertação,1,Libertador,1,Libertinagem,1,Libertos,2,Lição,25,Lição 5,1,Lições,1,Lições Bíblicas,8,Lições Bíblicas da BETEL,402,Lições Bíblicas da CPAD,582,Lições de Vida,28,Líder,8,Líder Adolescente,28,Líder Jovem,25,Liderança,16,Líderes,3,Lídia,1,LinkedIn,1,Lino,1,Lista,2,Litoral,1,Liverpool,1,livre,5,Livre Arbítrio,7,Livres,2,Livro,37,Livro do Trono,3,Livro em Audio,7,Livro Selado,2,Livros - Comentarios,94,Livros Evangelicos,49,livros poéticos,11,Localização,1,Logos,1,Loide,3,Loira,1,Longanimidade,1,Lopes,1,Louco,1,Louvor,10,LSD,1,Lua Nova,1,Lucas,14,Lucifer,1,Lutando,1,Lutas Marciais Mistas,1,Luto,7,Luz,1,Luz do mundo,2,Lya Luft,1,MacBook Air,1,machine learning,1,Maçonaria,1,Maconha,1,Madame de Stael,1,Mãe de Moises,8,‪Magia,1,Magogue,2,Maias,1,Mal,4,Malala,1,Malaquias,3,Manancial,1,Mandamento,1,Manifestação,3,Manifestação em Cristo,2,Manual de missões,22,Mãos,2,Maquiagem,2,Marcador de Páginas,1,Marcas,2,Marcha Para Jesus,2,Marco Pereira,1,Marcos Pereira,2,Mardoqueu,1,Maria Madalena,2,Mário Quintana,2,Martinho Lutero,1,Mártir,2,Mártires Cristãos,4,Massacre,1,Masturbação,7,Materialismo,1,maternal,16,Mateus,1,Matityáhu,1,Matrimonio,7,maturidade cristã,8,Max Lucado,2,Meditação,1,Mega Sena da Virada com Fé,1,Melhor Bíblia de Estudo,11,Melhores Blogs,3,Melhores Sites,4,Meninos de Rua,1,Menor,1,Mensagem,5,MENSAGENS,2,Mensagens para SMS,12,Mensagens SMS,2,Mensal,2,Messias,3,Mestre,4,Mesulão,1,metaverso,1,Meteoro,1,Metusalém,1,Michelle Bolsonaro,1,Mídias Sociais,2,Milagres,9,Milênio,3,Milionário,1,Millôr Fernandes,1,Milton,1,Minas,1,Ministério,20,Ministério Público Federal,2,Miqueias,2,Miriã,2,Misericórdia,6,Missão,44,Missiologia,30,Missionário,28,Missões,24,Mistério,1,Mitologia,1,Mitos,1,MMA,1,Mobilização,2,Moda Bíblica,2,Moda Cristã,2,Moda Evangélica,2,Modelo,3,Modelos,1,Moisés,21,Monarquia,3,Monte,4,Monte Tabor,1,Moralismo,1,Mordomia,9,Mordomo,1,Morrer,2,morte,13,Mortos,2,Motim,6,Motivos,1,Movimento,1,Muda,1,Mulçumano,1,Mulher,5,Mulher de Potifar,1,Mulheres,7,multiplicação,1,Mundo,9,Muro,1,Muros,1,Musica,8,Naama,1,Nacional,2,Namorado,18,Namorar,34,Namoro,105,Não,1,Não Prometeu,1,Nascença,2,Nascimento,3,Natureza,6,Naum,1,Necessidade,2,Neemias,4,Negar,2,Neimar de Barros,5,nem Cristo a Derrotaria,1,Neopentecostal,2,NetFlix,1,Nigéria,1,Ninrode,1,No Fundo Do Poço,1,Noadia,1,Noé,1,Nome,2,Nome de Bebê,1,Nomes,2,Nora,2,Normalização,3,Norte,1,Noruega,1,Nota,1,Notícia gospel,67,Notícias Gospel,214,Nova,16,Novas Lições,2,Novela,2,Novo,5,Novo Testamento,6,Novos Céus e Nova Terra,6,Novos Convertidos,14,Novos Valores,2,nutricionista,1,Nuvem,1,NX Zero,1,O adeus,1,O beijo de Vancouver,1,O Bom Samaritano,1,O Bom Travesti,1,O casamento negro,1,O Exército de Cleycianne,1,O MINISTÉRIO DE EVANGELISTA,6,O MINISTÉRIO DE PASTOR,12,O Quarto da Porta Vermelha,1,O que é visível e apenas o avesso da Realidade,1,Obadias,1,Obede-Edom,1,Obediência,5,Obesidade,1,Obra,4,Obras,3,obreiro,2,Obstáculos,1,Odio,1,Ofertada,8,Ofertas,8,Oficial,1,Olhando para direção errada,1,Olhar,3,Onde Estiver,1,ônibus,1,Onipotente,1,Onipresente,6,Onisciente,1,Online,1,Onri,1,ONU,1,Opinião,1,Opinião dos Outros,2,Oposição,1,Opressão,1,Oração,24,Orando,1,Orar,4,Orfanato,1,Organização,2,Origem,6,Os Melhores Livros,29,Os Valores do Reino de Deus,2,Oséias,5,Oséias e Gomer,5,Outra Chance,3,Ovelha,8,Padrões,1,Paganismo,1,Pagãos,1,Pai,6,Paixão,3,Paixão e Cura,1,Palavra,6,Palavra de Deus,7,Palavras,1,Pandemia,5,Pânico,1,pão,2,Papa,1,Papa Francisco I,1,Papai,6,Papo,1,Paquera,2,Paquistanesa,1,Paquistão,1,Para Sempre,1,Parábolas,21,Paradoxo,2,Paródia Gospel,2,Paródia Gospel da música Kuduro com Jonathan Nemer #RiLitros,1,Participe,1,Partido Trabalhista PT,1,Páscoa,4,Pastor,21,Pastor Paul Mackenzie Nthenge,1,Pastor Presidente da Igreja do Evangelho Quadrangular,1,Pastor que cheirou a Bíblia como droga diz que essa foi a menor loucura que já fez por ela: “Eu já comi a minha Bíblia”. Assista ao vídeo,1,Pastora,2,Pastores,4,Paternidade,2,Patrick Greene,1,patristicas,2,Paulo,31,Pb. Renan Pierini,1,PDF,65,Pecado,37,Pecador Confesso,14,PECC,51,Pedindo,1,Pedofilia,2,Pedofilo,1,Pedra,1,Pedras,1,Pedro,9,peixe,1,Pelos,1,Pensamento,3,Pentateuco,6,Pentecostal,11,Pentecostes,3,Perda,3,Perdão,14,Perdidos,6,Perfeito,2,Perigo,3,Perigos,1,Perlla,1,Permanecer,1,Permitir,1,Perseguição Religiosa,3,Perseguidor,2,Personalizadas,1,Personalizar Foto,1,Perspectiva,1,Pesquisa,2,Pessoa,2,pessoas,5,Peter Moosleitner,1,Philip Yancey,8,Piada,1,Piercing,2,Pinguins,1,pintar unhas,1,Pira,1,Pirataria,1,Pirralha,1,Pison,1,Planeta Terra,2,Plano de Aula,7,PLANO DE LEITURA BÍBLICA,15,Planos,6,Plantador de Igrejas,2,Play Back,1,playboy,1,Plenitude,7,Poder,4,Poema,3,Poesia,4,Polêmica,4,Poligamia,2,Politica,1,Política,1,Pop Gospel,1,Porção,1,pornô,1,Porque caímos sempre nos mesmos pecados?,8,Portões,1,Posse,1,Possível,1,Posto,1,Povos,2,Pr Gilmar Santos,1,Pr Napoleão Falcão,3,Pr. Alexandre Marinho,1,Pr. Caio Fábio,2,Pr. Carvalho Junior,1,Pr. Ciro Sanches Zibordi,3,Pr. Claudionor de Andrade,1,Pr. Jaime Rosa,1,Pr. Jeremias Albuquerque Rocha,1,Pr. Marcelo Cintra,5,Pr. Marco Feliciano,8,Pr. Mário de Oliveira,1,Pr. Silas Malafaia,12,Pr. Yossef Akiva,1,Pragas,2,Praia,1,Prática,2,Praticar,3,Pré-Adolescentes,19,Preço,1,Predestinação,4,PrefiroBeijarABíblia,1,Pregação,14,Pregadores,4,Premier,1,Premium,1,Preocupar,1,Preparado,2,Preparativos,1,Presbíteros,1,presidente,4,Presídio,1,Prevenção,2,previdência,1,Primário,28,Primeira,2,primeiro,4,Primeiro Amor,18,Primeiro Beijo,5,Primícias,2,Primogênitos,1,Princípios,1,Prioridades,2,Prisão,4,Prisioneiro da Paixão,4,privada,1,Problemas,3,Profecia,21,Professor,21,Profeta,34,Profeta Jeremias,3,Profetas,25,Profetas Menores,23,Profética,4,Profético,9,Programa de Educação Cristã Continuada,1,Programa Na Moral,1,Programa Superpop,1,Progressista,1,Projeto,2,Projeto Cura Gay,2,Promessa,9,Prometida,2,Promoção,5,Promoção Blogosfera Apaixonada,2,Propósito,4,Prosperidade,1,Prostituta,2,Proteção,1,Protesto,1,Provai,1,Provê,1,Proverbios,13,PSDB,1,Pura,1,Purifica,2,Puro,1,Pv 4.23,1,Qualidades,1,Quando Deus diz não,9,Queda,10,Quem segue a Cristo,3,Quem Sou?,1,Querer,2,Querite,1,Raça,1,Racismo,1,Rainha de Sabá,3,Rainha Ester,2,Raptare,1,Raquel,2,Realidade,5,Rebeldia,3,Rebelião,1,Receber,1,Reconciliação,2,Reconstrução,1,Recuperação,1,Rede Globo,2,Rede Insana,2,Redenção,1,Redentora,1,redes neurais,1,reflexão,21,reformado,1,regime,1,Regininha,1,Registro Módico,1,regras,1,Rei,3,Rei Xerxes,1,Reinado,15,Reino,19,Reino de Deus,14,Reino dividido,8,Reino do Messias,6,Reis,1,Rejeição,1,Relacionamento,68,Relativismo,3,Relatos,5,Relógio da Oração,4,Remida,1,Renato Aragão esclarece polêmica sobre seu próximo filme sobre o “segundo filho de Deus” que gerou polêmica nas redes sociais.,1,Renuncia,1,Renúncia,1,Reportagem,2,Resenha,75,Reservado,2,Resguardar,1,Resistir,1,Resplandecer,1,Responde,1,Responsabilidade,2,Resposta,1,resposta bíblica,1,Ressurreição,6,Restauração,3,Restauracionismo,1,Resumo,8,Retorno de Cristo,3,Retribua,1,Reuel Bernardino,1,Rev. Augustus Nicodemus,1,Revelação,5,Revelado,1,Revista,92,revolução industrial,1,Rezar e Amar,1,Richard Baxter,1,Rico,4,Rio Tigre,1,Riqueza,3,Riscos,1,Roboão,1,Rock Gospel,1,Rodolfo Abrantes,1,Roupas,3,Rubem Alves,1,Ruins,1,Russel Shedd,1,Rute,3,Sá de Barros,3,Sábado,1,Sabedoria,15,SABER+,1,Sacerdócio,5,Sacerdotal,5,Sacrifício,4,Sadhu Sundar Singh,1,Safira,2,Safra,1,Sal da Terra,1,Salmos,30,Salomão,12,Salvação,17,Salvador,10,Sambalate,1,Samuel,14,Samuel Mariano,1,Sangue,3,Sangue no Nariz,1,Sansão,2,Santa Ceia,4,Santidade,9,Santificação,11,Santo,4,sapienciais,1,sapiências,1,Sara,2,Sarah Sheva,1,Satanás,6,Saudações,2,Saudades,4,Saul,10,Saulo,2,Savífica,1,Secrets by OneRepublic,1,Segredo,1,Seguidor,1,Seguir,1,Segunda,2,Segundo,1,Segundos,1,Segurança,1,Seita,2,Seja um empreendedor Polishop e ganhe dinheiro sem sair de casa,1,Selada,1,Seleção Brasileira,1,Sem,1,Sem Garantia,1,Semeador,2,Semente,2,Sementes,2,Seminário,1,Senhor,4,Senhorio. Jesus,1,Sensibilidade,1,Sentido da Vida,6,Sentimento,2,Sentimentos,4,Separação,2,Separar,2,Ser,3,será que é pago?,2,Serenata de Amor,1,Série Chá Com Professores,4,Série Dicas de Como Liderar,23,Série Mensagem Subliminar,1,Série Versículos Mal Interpretados,5,Sermão,4,Sermão do Monte,4,Sex,2,Sexo,5,Sexual,4,Sexualidade,2,Sidney Sinai,1,SIFRÁ e PUÁ,1,Significados,4,Silas Malafaia,5,Silêncio no Céu,5,Silk,1,Silk Digital,1,Símbolos,1,Simples,1,Sinal,1,Sincero,1,Sistema,2,Sites,3,Slide PC,2,Slider,462,slides,6,Smartphone começa a ser vendido por operadoras nesta quarta-feira (6). Galaxy S3 é o principal rival do iPhone 4S. Compare os dois modelos,1,SMS Gratuito com WhatsApp para seu Smartphone,1,Soberania,1,Sofonias,3,Sofrimento,4,Sogra,3,Soldados,5,Solidão,2,Solidariedade,1,Solução,1,Sonhos,5,Sonhos de Valsa,1,Sono,1,Sono da Alma,10,Sorrir,3,Sorteio,2,Sou,1,Subjugação,1,Sublimação,1,Sublimidade,1,Submissão,2,Subsídio,90,Sucessor,1,Sueca,1,Sujeição,1,Sul,1,Sulamita,5,suprema,2,Surface Pro 2,1,Suspenção,1,Sutiã,1,Sutileza,11,Sutilezas,1,tabela,1,Tabernáculo,4,Tabita,1,Tablet,1,Talentos Cristãos,3,Tarado,1,Tarso,1,Tatuagem,3,TCC,1,Tecido,1,Tecnologia,2,Tela Cinza,1,Telegram,1,Temas,2,Temática,2,Temor,8,Temperamento,1,Tempestade,2,Templo,3,Tempo,5,Tempo de Viver Coisas Novas,3,Tempos,2,tensorflow,1,Tentação,5,Teologia,15,Teologia da Libertação,2,Termino de Namoro,7,Término do Namoro,2,Termos,1,Terra,4,Terra Prometida,7,Terremoto,1,Testamento,1,Testemunho,21,Thalles Roberto,3,Thalles Roberto comenta da repercussão de música cantada por Ivete Sangalo,1,The Best,1,The Noite,1,Theotônio Freire,1,Tiago,3,Tigres,1,Tim Keller,1,timidez,2,Timna,1,Timóteo,13,Timothy Keller,1,Tipos,1,Tiras,1,Tirinha,4,Tirinhas Gospel,13,Tiro,1,tisbita,1,Títulos,1,Tomas de Aquino,1,Top,2,Top Blogs,4,TOP Canais,1,Top Sites Fotos,3,Top5,2,Torá,1,TPM,1,Trabalho,2,Tragedias no Rio de Janeiro,1,Traição,2,Transcendência,2,Transfer,1,Transforma,2,Tratando de uma leucemia,1,treinamento,1,Trevas,1,Tribunal de Cristo,2,Tribunal de Justiça,1,Trimestre,2,Trindade,3,Trino,2,Triunfal,1,Trono Branco,2,Tudo vê,1,Túnica,1,Tutelar,1,TV,1,TV Band,2,TV Record,3,Twitter,5,UFC,1,Ultimos Dias,1,Últimos Dias,1,um trono e um segredo,1,Uma crente,1,Uma História de Ficção,79,Unção,2,Ungido,1,Unidade,9,Universo,2,Uno,1,Urias,1,Utensilios,1,Uzá,1,Vagabundo Confesso,29,Valdemiro Santiago,4,Valores,1,Vanilda Bordieri,1,Velhice,2,Velho Testamento,1,Velório,1,Vem,2,Vencendo,2,Vencer,2,Vendedor de Droga,1,Vento,3,Ver Deus,1,Veracidade,1,Verdade,2,Verdadeira,4,Verdadeira História,1,Verdadeiro,4,verdades,1,Versículos,4,Viagem,5,Vício,1,Vida,29,VIDA CRISTÃ,2,Vida depois da morte,13,Vida Pessoal,3,Vidas,1,Vídeo,24,Vigilância,2,vinda,4,Vindouro,3,Vinho,1,Violência,2,Virá,2,Virgem,3,Virgindade,3,Virtude,1,Visão,2,Vitor Hugo,1,Vitória em Cristo,1,Vivendo,1,Viver,5,Voca,1,vocacionados,1,Volta,2,Volta de Cristo,5,Votação,1,Wanda Freire da Costa,1,webdevelops,2,Yehoshua,1,Yeshua,1,YOSHÍA,1,You Tube,2,youtuber,2,Zacarias,2,Zaqueu,1,Zelo,5,
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Pecador Confesso: LIÇÃO 6 – O AVIVAMENTO NO MINISTÉRIO DE PEDRO
LIÇÃO 6 – O AVIVAMENTO NO MINISTÉRIO DE PEDRO
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