TEXTO ÁUREO “E a sua mão estendida está; quem, pois a fará voltar atrás?” Isaías 14.27b VERDADE APLICADA Persevere na fé em Jesus Cristo e n...
“E a sua mão estendida está; quem, pois a fará voltar atrás?” Isaías 14.27b
VERDADE APLICADA
Persevere na fé em Jesus Cristo e na obediência à Palavra de Deus, pois os desígnios do Senhor prevalecerão.
OBJETIVOS DA LIÇÃO
TEXTOS DE REFERÊNCIAGÊNESIS 26
LEITURAS COMPLEMENTARES
QUARTA – Mt 22.29-32 Deus de Abraão, de Isaque e de Jacó.
QUINTA – Rm 9.6-13 A liberdade absoluta da graça de Deus.
SEXTA – GI 4.27-28 Somos filhos da promessa, como Isaque.
SÁBADO – Hb 11.20 Pela fé, Isaque abençoou Jacó e Esaú.
HINOS SUGERIDOS – 28, 427, 519
MOTIVO DE ORAÇÃO
Ore a Deus por mais confiança em Suas promessas.
ESBOÇO DA LIÇÃO
INTRODUÇÃO
O estudo sobre a vida de Isaque nos remete realidade de que, ao longo da nossa peregrinação como discípulos de Cristo, enfrentaremos diversas situações, requerendo de nós confiança, vigilância, perseverança a atenção quanto aos princípios bíblicos que devem ser aplicados em cada situação, com a ajuda a iluminação do Espírito Santo.
PONTO DE PARTIDA – Os propósitos de Deus sempre se cumprem.
1- UMA ESPOSA PARA ISAQUE
A mulher para Isaque deveria ser da linhagem piedosa de Sem. Esse era o principal critério. Com isso Abraão se mostra sincronizado com o piano de Deus ao longo da história para a vida do Salvador.
1.1. Uma esposa para o filho escolhido. “E era Abraão já velho e adiantado em idade, e o Senhor havia abençoado a Abraão em tudo.” [Gn 24.1]. Assim e o epílogo da vida de Abraão é a introdução da história de Isaque. As bênçãos de Deus que acompanharam Abraão até o fim da sua vida, seguiram o filho da aliança. Para que a corrente da promessa não fosse quebrada, Abraão se preocupa com a perpetuidade de sua semente pensando numa mulher para seu filho.
É uma benção ter um pai que se preocupa com o futuro de seus filhos [Gn 25.5]. Mas Abraão está mais ocupado com o propósito de Deus para os seus descendentes [Gn 24.7]. Sua iniciativa ao fim da vida não significa que ele não confia em Deus para conduzir tudo. Demonstra que Abraão entendeu que Deus o chamou para trabalhar junto com Ele.
Subsídio do Professor: Temos dificuldade de trabalhar com Deus. Ou achamos que devemos fazer tudo sem Deus ou achamos que Deus não quer que façamos algo. Mas acreditar na soberania de Deus é acreditar também em Seu desejo de nos incluir ativamente em Seus propósitos. Deus pode fazer tudo sozinho, mas escolheu nos envolver em Seus planos. Isso deveria nos motivar a confiar e trabalhar ao mesmo tempo, rendendo toda glória a Deus pelos resultados das nossas mãos sustentadas pelas dEle. Como nosso Pai Celestial, Deus tem alegria de ver nosso interesse de trabalharmos com Ele!
1.2. Um servo piedoso para uma tarefa preciosa. O servo a quem Abraão incumbiu esta importante tarefa era alguém igualmente temente de Deus. Ele promete a Abraão não escolher para Isaque uma mulher estrangeira [Gn 24.2-4, 9]. Ele pede a Deus graça e direção [Gn 24.12-14]. Ele agradece a Deus pelo sucesso [Gn.24.26-27, 51-52]. Embora Eliézer não tivesse a mesma intimidade com Deus que Abraão, seu senhor, pois ele diz “Ó Senhor, Deus de meu senhor Abraão” [Gn 24.12], pelo testemunho de Abraão [Gn 24.7] ele tinha muita confiança e dependência em Deus. Deus respondeu em detalhes a sua oração [Gn 24.49-61].
Subsídio do Professor: Comentário Bíblico Moody – Gênesis: “Colocar a mão sob a coxa era atitude solene, significando que se o juramento fosse violado, os filhos, mesmo os que ainda não tinham nascido, vingariam o ato de deslealdade. Por meio do juramento, o servo ficaria obrigado a maior diligência na obtenção de uma esposa aceitável para Isaque. Abraão assegurou-lhe que receberia a ajuda de Deus: Ele enviará o seu anjo, que te há de preceder, e tomarás de lá esposa para meu filho.”
1.3. O encontro marcado por Deus. Isaque perdera aquela que, até ali, fora a mulher mais importante da sua vida: sua mãe. Deus estava para confortá-lo com aquela que a partir de então se tornaria a mulher mais importante para os seus descendentes [Gn 24.67]. Quando Deus tem propósito em nossa vida, nossa história nunca termina na dor. Seu coração se alegra novamente. Ele conhece uma mulher maravilhosa em beleza e virtudes [Gn 24.62-65].
As belezas físicas eram as últimas coisas que um pretendente conhecia de uma mulher. Depois de sua origem, seu caráter, virtude e piedade eram as primeiras qualificações que um servo de Deus buscava. Quão distante estamos disso hoje em dia, onde o corpo é talvez a primeira e muitas vezes a única coisa que pretendentes desejam conhecer.
Subsídio do Professor: Comentário Bíblico Moody – Gênesis: “Ora, Isaque saíra a orar no campo” [Gn 24.63]. Isaque estava esperando a sua noiva perto de Beer-Laai-Roi, onde Hagar encontrará esperança, alegria e orientação divina. Isaque precisava de conforto [Gn 24.67]. É possível que Sara tenha falecido durante a ausência de Eliezer. A narrativa descreve Rebeca literalmente saltando do camelo, em atitude de respeito diante de Isaque e devida consideração por sua importância. Rapidamente arrumou o seu véu, de acordo com as regras da etiqueta vigente. Uma mulher comprometida devia permanecer com o rosto velado até que o casamento fosse consumado. Só então seu esposo poderia olhar o seu rosto.”
EU ENSINEI QUE:
Os servos de Deus precisam enxergar as escolhas de seus relacionamentos sob o ponto de vista dos propósitos de Deus.
2- UM NOVO PATRIARCA
Abraão concluiu o propósito da sua vida morrendo em boa velhice [Gn 25.7-8]. Mas o propósito que Deus começou em Abraão não morreu com ele.
2.1. Contando com um milagre. Depois da morte de seu pai, Deus abençoou Isaque [Gn 25.11]. Precisamos aprender isso. As bênçãos de Deus para a nossa vida não se resumem à nossa vida. Têm sempre propósitos maiores que afetam outros e futuras gerações. Semelhante à Sara, Rebeca, esposa de Isaque, tinha o ventre estéril, e ele precisa de um milagre de Deus para a continuação da promessa. Esta é a tônica insistente do Antigo Testamento. A despeito de qualquer esforço humano, sem uma constante ação soberana de Deus, as bênçãos prometidas a Abraão de abençoar em Cristo todas as famílias da terra não se cumpririam. Isaque está preocupado com a posteridade. Por isso ora ao Senhor e Deus o atende [Gn 25.21].
Subsídio do Professor: Comentário Bíblico do Antigo Testamento – Warren W. Wiersbe: “A morte de Abraão mostra o que a fé pode fazer por um homem. Ele morreu em paz [Gn 15.15]; morreu “ditoso” (satisfeito), e morreu em fé [Hb 11.13ss]. Essa foi a herança que Abraão deixou para seu filho: seu exemplo piedoso [Gn 18.19], a tenda e o altar [Gn 26.25] e a promessa maravilhosa de Deus [Gn 26.2-5]. Essas bênçãos espirituais representam muito mais para um filho que os bens materiais.”
2.2. Duas nações em um ventre. A narrativa do texto nos faz pensar sobre a gestação de filhos e a vida sob uma perspectiva divina. Gênesis 25.21 diz que Deus atendeu a oração de Isaque. A vinda dos gêmeos não foi acaso de um ventre agora fértil, mas, sim, providência divina. Há uma briga já destes dois filhos desde o ventre de Rebeca. Um prenúncio profético de como seria a futura relação entre estes dois. As duas nações que surgiriam destes dois filhos não apenas brigaram entre si, como os descendentes de Jacó seriam mais fortes que os descendentes de Esaú [Gn 25.23]. Devemos guardar isso na memória quando começarmos a observar os eventos que farão da tribo de Israel (Jacó) uma poderosa nação.
Subsídio do Professor: Comentário Bíblico Champlin – Gênesis: “Um propósito governava a linhagem Abraão-Isaque-Jacó. Outro propósito governava a linhagem Abraão-Ismael-Esaú. A linhagem de Rebeca, através de Jacó, produziu a nação de Israel. A outra linhagem produziu os ismaelitas e os edomitas, os quais, em considerável proporção, se mesclaram com várias nações árabes. Assim, Deus abençoou ambas as linhagens, mas de diferentes modos. Israel tornou-se mestre das nações e guardião das revelações divinas, que culminaram no Messias, Jesus. Mas isso aconteceu a fim de que todas as nações viessem a ser abençoadas. O propósito de Deus é grandioso e amplo. Onde não redime, restaura, do que Isaque e Ismael são tipos.”
2.3. O mais fraco governará o mais forte. . Em toda a Escritura Deus faz assim. Usa o menor e mais fraco para confundir os que acham que são [1Co 1.26-29]. Foi assim com Gideão [Jz 7.2], Davi [2Sm 7.8], e o próprio Israel [Dt 8.17-18]. “O maior servirá ao menor” [Gn 25.23]. E Deus tem uma razão bem específica para isso. Para que a glória dos feitos seja dada a Deus e não aos Seus servos. Esaú era formoso, caçador, homem do campo. Jacó era caseiro, mais fraco, inexpressível [Gn 25.24-28]. Por isso Isaque apreciava mais a Esaú que Jacó, e o via como o herdeiro das promessas. Rebeca estava decidida a fazer qualquer coisa para que seu preferido Jacó, e não seu outro filho, Esaú, fosse o herdeiro das promessas. Mas, acima das intenções de uma mãe, há um Deus dando prosseguimento aos Seus propósitos.
Subsídio do Professor: Saber que Deus com frequência usa até os mais fracos significa que Ele pode usar qualquer um de nós. Isso gera confiança e humildade. Deus usa gente comum para realizar coisas extraordinárias porque para Ele não há difícil e nem impossível [Tg 5.17].
EU ENSINEI QUE:
Nosso futuro não será produto do destino impessoal e nem estará limitado às nossas escolhas fracassadas.
3- DEUS DE ABRAÃO, DEUS DE ISAQUE
As mesmas promessas que Deus fez a Abraão se repetem agora em Isaque [Gn 12.7; 26.1-5]. Há um fio de propósito divino perpassando por detrás da história de vida dos patriarcas.
3.1. Promessas confirmadas. Enquanto Deus repete as bênçãos e promessas, Isaque parece repetir o erro e deslizes do seu pai. O mesmo medo que fez Abraão mentir dizendo que Sara era sua irmã [Gn 20.2-18], levou Isaque à mentira sobre Rebeca [Gn 26.6-11]. Tais erros e vacilos da jornada apenas mostram, como diz John Piper, “que o caminho dos justos não é uma linha reta do chamado até a vitória final”. Há curvas, buracos, desfiladeiros, bifurcações. Mas por causa da fidelidade e soberania de Deus, eles chegarão onde Deus planejou. Apesar desse deslize de Isaque, Deus preservou sua esposa e ele.
Subsídio do Professor: Comentário Bíblico Champlin – Gênesis: “A provisão do território, mencionada por diversas vezes no Pacto Abraâmico, é reiterada. A promessa divina agora é transferida para Isaque, que era o instrumento escolhido para dar continuidade ao desígnio do Senhor. Afirmado e anotado em Gênesis 12.3; 18.18 e 22.18. O trecho de Gálatas 3.14ss. fornece-nos a dimensão espiritual da promessa divina. Está em pauta a grandiosa promessa espiritual por meio do Messias, através do Filho maior de Abraão.”
3.2. A bênção da prosperidade. Isaque buscou refúgio na terra de Abimeleque em razão da fome [Gn 26.1]. Mas Deus o abençoará tanto que começou a causar medo e inveja entre os filisteus [Gn 26.14]. Os poços que Abraão, seu pai, havia cavado estavam em suas terras. Para que nenhum direito fosse requerido por Isaque, os filisteus entulharam estes poços [Gn 26.15]. Isaque é convidado a se retirar de Gerar, pois seu crescimento aparentava para Abimeleque uma ameaça [Gn 26.16]. Por garantia Abimeleque faz um acordo de paz com Isaque [Gn 26.26-33]. Como a terra onde Isaque prosperava com os poços era dos filisteus, eles requeriam os poços cavados [Gn 26.18-21]. Isso parece frustrar Isaque. Mas Deus está vendo como estas demandas estão gerando insegurança no coração do seu servo e lhe aparece para fortalecer a sua fé [Gn 26.24]. Sua resposta foi adoração [Gn 26.25].
Subsídio do Professor: Comentário Bíblico Champlin – Gênesis: “Esse episódio tem paralelo em Gênesis 21.25ss., onde Abraão enfrentou dificuldades com Abimeleque, por causa do suprimento de água. Naquele caso, foi conseguida uma solução pacífica. Cem anos mais tarde, entretanto, de Isaque foi simplesmente solicitado que fosse embora. Abraão tinha escavado os poços e estes faziam parte da herança de sua família. Mas com a passagem do tempo, o respeito à propriedade foi diminuindo. A terra era “deles”, e não de Isaque, pelo que o “estrangeiro” Isaque perdeu direito à terra. Sem dúvida, ele levou tudo quanto possuía, não tendo sido prejudicado de modo especial, excetuando a inconveniência de ter de encontrar um novo lugar onde lançar raízes.”
3.3. O legado das bênçãos. Isaque está velho e cego [Gn 27.1]. Mas antes de morrer, precisa abençoar seu primogênito e passar adiante as promessas de Deus dadas a Abraão [Gn 27.4]. No patriarcado, a bênção da primogenitura não se limitava à herança física, mas também incluía a herança de autoridade espiritual sobre o clã. Com a trama de Rebeca, Isaque abençoa Jacó ao invés de Esaú [Gn 27.6-29]. Embora Isaque fosse o portador das promessas, às suas preferências por Esaú não determinaram aquele a quem Deus escolheu abençoar [Gn 25.23]. Como a bênção era irrevogável, coube a Isaque recomendar ao filho da promessa aquilo que seu pai, Abraão, recomendou a seu respeito. Que Jacó não tomasse para si mulheres estrangeiras [Gn 28.1; 26.34-35]. Embora Esaú tivesse direito por nascimento, tudo nele apontava na direção oposta. Não valorizava o que deveria [Gn 25.34], não seguia os princípios de Deus [Gn 26.34-35].
Subsídio do Professor: Havia um direito biológico sobre Esaú. Porém, por causa das articulações de Rebeca, Isaque abençoa Jacó em nome de Deus. Não é que Deus tenha mudado de ideia sobre Seus planos. Abençoar Jacó sempre foi o Seu propósito. Isso não nos dá o direito de fazer o que é errado na crença que Deus fará com que as coisas deem certo de qualquer maneira. Somos responsáveis morais pelas nossas escolhas. Devemos obedecer a vontade revelada de Deus. Mas não podemos nos esquecer de uma coisa: os motivos e propósitos de Deus estão para além da nossa capacidade de compreensão [Is 55.9].
EU ENSINEI QUE:
Não importam as dificuldades ou o que os opositores queiram fazer para nos levar ao fracasso. Os propósitos de Deus sempre prosperarão.
CONCLUSÃO
A maior herança que podemos deixar de legado para os nossos filhos não são as posses materiais, nem a cultura, nem a influência pública, mas uma fé cristocêntrica que nos conduz a um comprometimento com Deus, certos de que somos dEle e vivemos para Ele.
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Tema do Trimestre: GÊNESIS – A segurança de viver pela fé nas promessas de Deus
Lição 01: Do Éden a Babel
Lição 02: A Criação revelando a glória do Criador
Lição 03: O Criador se relacionando com o ser humano
Lição 04: A alienação humana a partir da Queda
Lição 05: A necessidade da reconexão entre o ser humano e Seu Criador
Lição 06: A bênção de Abraão chega a todos por Jesus Cristo
Lição 07: Abraão e a prova de fé
Lição 08: Isaque o filho da promessa
Lição 09: Esaú – as bênçãos da promessa por um prato de lentilhas
Lição 10: Jacó – quando um pecador quer mais de Deus
Lição 11: Os planos de Deus nos sonhos de José
Lição 12: O custo pessoal de viver os planos de Deus
Lição 13: As bênçãos incomparáveis de viver os planos de Deus
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