TEXTO PRINCIPAL “Aquele que habita no esconderijo do Altíssimo, à sombra do Onipotente descansará.” (SI 91.1) RESUMO DA LIÇÃO Quem se relaci...
TEXTO PRINCIPAL
“Aquele que habita no esconderijo do Altíssimo, à sombra do Onipotente descansará.” (SI 91.1)
RESUMO DA LIÇÃO
Quem se relaciona de maneira sincera com Deus, pode dizer que Ele é o seu refúgio e fortaleza.
LEITURA SEMANAL
OBJETIVOS
COMPREENDER que Deus é o nosso refúgio e fortaleza;
CONSCIENTIZAR de que podemos experimentar o livramento do Senhor;
SABER porque precisamos estar apegados com o Senhor
INTERAÇÃO
Prezado(a) professor(a), nesta lição estudaremos o Salmo 91 Este é um dos mais conhecidos e mais queridos Salmos de nossas igrejas. Entretanto, infelizmente alguns fazem um uso indevido dele, utilizando-o como um “amuleto” de proteção contra o mal. Não adianta deixar a Bíblia aberta no Salmo 91, pois temos que ler toda a Palavra de Deus e confiar que o nosso socorro vem somente do Senhor. Como o salmista, a nossa confiança deve estar depositada em Deus e só assim veremos o seu cuidado para conosco. Neste Salmo o autor nos revela o Altíssimo como um refúgio e uma fortaleza. Ele nos livra dos perigos e das muitas ciladas do Inimigo quando confiamos de modo incondicional em seu poder e misericórdia. Que a sua confiança no Senhor aumente cada dia mais e que você e seus alunos possam descansar à sombra dEle.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor(a), inicie a lição fazendo as seguintes perguntas: “Quando você enfrenta uma situação difícil em que se refugia?” “A quem você pede ajuda?” Incentive a participação dos alunos e ouça a todos com atenção. Em seguida, utilize o texto abaixo para explicar que Deus deve ser em toda e qualquer situação o nosso abrigo. Diga que “Deus é um abrigo, um refúgio quando sentimos medo. A fé do salmista no Deus Todo-Poderoso como protetor ajudou-o a atravessar todos os perigos e temores da vida. isto deve moldar a nossa confiança: trocar todos os nossos temores pela fé em Deus, não importando quão possam ser. Para fazer isto, devemos viver e permanecer nEle (v. 1). Confiando-nos à sua proteção e garantindo a nossa devoção diária a Ele, estaremos a salvo” (Adaptado de Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal: CPAD, p. 797).
TEXTO BÍBLICO
A temática desta lição é o Salmo 91, um dos salmos mais queridos de nossas igrejas. Veremos que ele é um cântico precioso a respeito da confiança em Deus. Ele revela o Altíssimo como refúgio e fortaleza do fiel, sua consequente promessa de livramento e um apelo para o fiel apegar-se mais ao seu Deus. Que possamos, à luz desse belíssimo salmo, descansar à sombra do Onipotente.
I – DEUS COMO O NOSSO REFÚGIO E FORTALEZA
2- O Deus soberano. Nos versículos 1 e 2 podemos identificar uma alternância entre a primeira e a segunda pessoa: “Aquele que habita […]” e “Ele é o meu Deus No primeiro versículo as palavras “esconderijo”, “Altíssimo”, “sombra”, “Onipotente”, “descansará” remontam a ideia de plena segurança em Deus. Nesse sentido, estamos diante do que o Senhor Jesus sempre esperou de seus seguidores: uma fé robusta e firme (Mt 171718; cf. Mt 8.26).
O versículo 1 é uma afirmação do salmista de que é preciso reconhecer a soberania de Deus em tudo em nossa vida, daí o destaque de palavras como Altíssimo e Onipotente. Só quem tem fé no Deus Altíssimo, habita com Ele, se esconde nEle e descansa debaixo de sua sombra, pode confiar plenamente no Senhor. Essa confiança é o resultado de um relacionamento estreito com o Deus Todo-Poderoso.
Diante de muitos ensinos que enfraquecem a doutrina da soberania de Deus, que a Bíblia expõe com riqueza de detalhes, o Salmo 91 é um convite para nos lembrar de que a soberania divina é uma doutrina bíblica e cristã inegociável na história da Igreja e com impacto profundo na qualidade da vida espiritual dos crentes.
Quem não crê na soberania divina tal qual encontramos na Bíblia, afastou-se do ensino bíblico, de uma herança de fé legada pelos primeiros pais e, principalmente, não poderá declarar: “Ele é o meu Deus, o meu refúgio, a minha fortaleza, e nele confiarei” (Sl 91.2).
3- Refúgio e fortaleza. O versículo 2 se encontra na primeira pessoa. É a afirmação concreta do que Deus é para a pessoa que declama o Salmo. Assim, podemos nos refugiar no Deus Altíssimo e Onipotente. A experiência de descansar no Senhor traz a plena confiança nEle. Sim, Deus é o nosso refúgio e a nossa fortaleza. Podemos nos esconder debaixo de “suas asas” e, ao mesmo tempo, podemos estar firmes nEle.
É preciso destacar aqui a importância da virtude bíblica da fortaleza. A fortaleza é uma virtude moral que encontramos abundantemente nas páginas da Bíblia: “Seja forte e corajoso” (Js 1.9 – NAA); “Fortalecei os vossos corações” (Tg 5.8); “[…]Mas tende bom ânimo; eu venci o mundo” (Jo 16.33). Nesse sentido, Deus espera de nós resistência, perseverança e resiliência para fazer o bem, resistir às muitas tentações e superar os obstáculos em nossa vida espiritual e moral. Essa fortaleza não tem fundamento em nós mesmos, mas se encontra em Deus. Por isso, podemos dizer: Ele é “a minha fortaleza” (Sl 91.2).
SUBSÍDIO 1
“Este cântico de adoração, junto com o salmo sapiencial seguinte, é com frequência ligado com o Salmo precedente formando o que ficou conhecido como trilogia da confiança. Várias conexões de pensamento e expressão servem para ligá-las. O Salmo 90 representa o pedido de libertação; o Salmo 92 se regozija na sua consumação; e o Salmo 91 une a oração e sua resposta em uma expressão de confiança quase inigualável. A primeira alternância entre a primeira e a segunda pessoa está nos versículos 1-8.
Nos versículos 1,2, o poeta expressa sua confiança na segurança proporcionada pelo esconderijo do Altíssimo (v. 1), que é o seu refúgio e sua fortaleza (v, 2), Nos versículos 3-8, ele dirige palavras de confiança e conforto aos seus ouvintes ou leitores. O esconderijo é o lugar escondido ou coberto provido pelo cuidado de Deus; a sombra é a proteção de Deus — possivelmente uma alusão à metáfora das asas da águia do versículo 4.
Os títulos Altíssimo e Onipotente são alusões ao poder soberano de Deus para proteger e suprir os seus O salmista encontra seu refúgio e sua fortaleza no Senhor Deus” (Comentário Bíblico Beacon. Vol 3. Rio de Janeiro: CPAD, 2005, p. 256)
II – EXPERIMENTANDO O LIVRAMENTO DO SENHOR (vv. 3-13)
1- Livramento dos homens maus e das doenças (vv.3-8). O salmista passa a descrever os diversos livramentos que Deus concede ao fiel que tem Deus como refúgio e fortaleza. O livramento diz respeito aos perigos de homens maus (“laço do passarinheiro”, “espanto noturno”, “seta de dia” [v.5]), bem como dos perigos de enfermidades (“peste na escuridão”, “mortandade que assola ao meio-dia” [v.6]). Os versículos 7 e 8 mostram que os ímpios cairão e receberão uma recompensa de juízo, mas o justo, o que vive em fidelidade a Deus, não será atingido e viverá em segurança.
2- Triunfando na batalha (vv. 9-13). Os versículos 9 a 13 são a continuidade da descrição da segurança que o fiel tem em Deus; “O Senhor como refúgio” e “o Altíssimo como habitação” (v.9). A praga, no versículo 10, segundo os intérpretes, é uma referência às pragas que caíram no Egito (Êx 11.1), ou seja, Deus livraria o seu povo como o fez no Egito. Os versículos 11 e 12 trazem a perspectiva da intervenção divina do mundo espiritual no mundo físico, por meio de anjos.
Note que no Novo Testamento, Satanás usou esses dois versículos para tentar nosso Senhor, distorcendo completamente o sentido (Mt 4.6), Em nenhum momento o salmo ensina que os crentes devem se expor deliberadamente aos perigos. E, finalmente, o leão e a cobra (v.13) trazem o símbolo de poderes destruidores e malignos, mas que o Deus Onipotente fará os seus fiéis superarem (cf. Rm 16.20).
3- Um olhar mais profundo. Precisamos ressaltar que o salmista se refere, de modo geral, à relação do fiel com o Deus soberano. Entretanto, concordo com o pastor George Wood, ele sabia que nem sempre o justo recebe uma medida igualmente justa nesta Terra (Sl 73.14). conforme lemos no livro de Jó na Bíblia, além da experiência concreta de exemplos que nos mostram isso.
Certamente você já presenciou um crente fiel a Jesus padecer de uma doença incurável, ou falecer por causa de um acidente. Sofrimentos e padecimentos também assolaram o Senhor Jesus e seus apóstolos, bem como muitos heróis da fé da Bíblia (Hb 11.35-40). Não há como negar o sofrimento na vida (Jo 16.33). Isso não quer dizer falta de fé ou de fidelidade por parte do crente. O saudoso pastor George Wood nos deu uma ótima chave para ler o Salmo 91: Romanos 8.31-39.
Aqui, o apóstolo Paulo nos ensina que Deus é por nós e, por isso, nada nos poderá separar do seu amor: “nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as potestades, nem o presente, nem o porvir, nem a altura, nem a profundidade, nem alguma outra criatura” (Rm 8.38,39). Assim, podemos experimentar grandes livramentos físicos neste mundo.
Entretanto, “sabemos que, se a nossa casa terrestre deste tabernáculo se desfizer, temos da parte de Deus um edifício, uma casa não feita por mãos humanas, eterna, nos céus” (2 Co 51; cf. Dn 3.16-18). Portanto, nada pode nos separar do amor de Deus derramado em Cristo Jesus, nosso Senhor, nem mesmo o padecimento físico.
SUBSÍDIO 2
III – APEGADOS COM O SENHOR (vv. 14-16)
1- Tempo de se apegar a Deus. O tema confiança continua presente no versículo 14. As palavras “livrarei” e “protegerei” aparecem como consequência de “se apegou a mim com amor” e “conhece o meu nome”. A Palavra de Deus diz que devemos “conhecer e prosseguir em conhecer o Senhor” (Os 6.3). É um exercício incessante. É preciso conhecer a Deus por meio de sua Palavra. Não há como conhecê-Lo fora da Bíblia, a Palavra de Deus. Esta é a fonte inesgotável de conhecimento a respeito do Deus Todo-Poderoso.
2- Tempo de relacionamento profundo. O versículo 15 diz que o fiel invocará ao Senhor e Este o responderá e, na angústia, receberá o livramento de Deus, É na oração que encontramos consolo no Senhor. Na oração, conhecemos o Senhor de uma maneira experiencial. Contemplamos a sua presença, que inunda a nossa alma. É na batalha da oração que o nosso relacionamento com Deus se aprofunda.
Que maravilha é perceber conscientemente que o Senhor responde as nossas orações (Jr 333). Você pode e deve desfrutar dessa rica experiência espiritual pois a oração sedimenta a solidez de nossa confiança em Deus. Quem o experimenta na oração, não duvida jamais de sua poderosa ação.
3- Desfrutando do favor do Senhor. O versículo 16 conclui o Salmo com uma promessa de longevidade e de salvação. Recobrando o prudente conselho do pastor George Wood, a promessa de longevidade e de salvação deve ser vista sempre à Luz da eternidade, como mencionamos no conteúdo acima. Sempre levando em conta a revelação do Novo Testamento a respeito da eternidade e da segurança no porvir. A lição que aprendemos no Salmo 91 é de que vale a pena confiar em Deus, tê-lo como refúgio e fortaleza, pois viveremos o seu bem tanto aqui na Terra quanto no Céu. Confie no Senhor!
CONCLUSÃO
Nesta lição, estudamos a respeito de Deus como nosso refúgio e fortaleza. Quem se refugia nEle, recebe sustento e livramento. Confiar inteiramente em Deus é a grande mensagem desse salmo. Por isso, a despeito das circunstâncias e das adversidades externas, a nossa fé está amparada em Deus. Ele é o nosso esteio, sustento e rocha inabalável.
O Salmo 91 é uma expressão que revela uma confiança inigualável no Todo-Poderoso. O Senhor é poderoso para nos guardar de todo o perigo. Os sistemas de segurança do homem, por mais sofisticados que sejam, podem falhar, mas o Senhor é infalível. Então, não deixe a preocupação e o medo dominarem seu coração. Confie inteiramente no Senhor.
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Descrição
O currículo de Escola Dominical CPAD é um aprendizado que acompanha toda a família. A cada trimestre, um reforço espiritual para aqueles que desejam edificar suas vidas na Palavra de Deus.
Tema: Relacionamentos em Família - Superando Desafios e Problemas com Exemplos da Palavra de Deus
Comentarista: Elienai Cabral
Revista Jovens – 2º Trimestre De 2023
TEMA: Encorajamento, Instrução e Conselho – Alcance uma Vida Cristã Feliz com os Ensinos dos Salmos
COMENTARISTA: Marcelo Oliveira
SUMÁRIO:
Lição 1- O Livro de Salmos
Lição 2– O Caminho do ímpio e do justo
Lição 3– O Messias já veio
Lição 4– O Bom Pastor está comigo
Lição 5– Prestando um culto santo a Deus
Lição 6– O anseio da alma por Deus
Lição 7– Perdoe-me, Senhor
Lição 8– Alcançando um coração sábio
Lição 9– Habitando no esconderijo do Altíssimo
Lição 10– Bendiga ao Deus criador
Lição 11– Livramento e ação de graças
Lição 12- Quanto amo a tua palavra
Lição 13– A beleza da unidade espiritual
O currículo de Escola Dominical CPAD é um aprendizado que acompanha toda a família. A cada trimestre, um reforço espiritual para aqueles que desejam edificar suas vidas na Palavra de Deus.
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Comentarista: Elienai Cabral
TEMA: Encorajamento, Instrução e Conselho – Alcance uma Vida Cristã Feliz com os Ensinos dos Salmos
COMENTARISTA: Marcelo Oliveira
SUMÁRIO:
Lição 1- O Livro de Salmos
Lição 2– O Caminho do ímpio e do justo
Lição 3– O Messias já veio
Lição 4– O Bom Pastor está comigo
Lição 5– Prestando um culto santo a Deus
Lição 6– O anseio da alma por Deus
Lição 7– Perdoe-me, Senhor
Lição 8– Alcançando um coração sábio
Lição 9– Habitando no esconderijo do Altíssimo
Lição 10– Bendiga ao Deus criador
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