TEXTO PRINCIPAL “Setenta semanas estão determinadas sobre o teu povo e sobre a tua santa cidade […].” (Dn 9.24) COMENTÁRIO EXTRA Comentário ...
TEXTO PRINCIPAL
“Setenta semanas estão determinadas sobre o teu povo e sobre a tua santa cidade […].” (Dn 9.24)
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz - Bíblico e Teológico: Daniel 9.24
1. Contexto Histórico e Literário
O Livro de Daniel é um texto rico e complexo, escrito durante um período de exílio babilônico (c. 586-538 a.C.). Daniel, um jovem hebreu, foi levado cativo para Babilônia, onde se destacou entre os sábios da corte. No capítulo 9, Daniel se dedica à oração e à confissão pelos pecados de Israel, reconhecendo a desobediência do povo e pedindo a intervenção de Deus. A profecia das setenta semanas surge neste contexto de súplica, enfatizando a soberania de Deus sobre a história e a esperança de restauração para Israel.
2. A Estrutura das Setenta Semanas
A expressão "setenta semanas" (שָׁבוּעִים שִׁבְעָה, shav'ua'îm shiv'ah) refere-se a um período que pode ser interpretado como setenta períodos de sete anos, totalizando 490 anos. Essa estrutura temporal é significativa, pois divide-se em três partes principais:
- Setenta anos para a restauração de Jerusalém e do templo.
- Sessenta e duas semanas até a vinda do "Ungido" (Messias).
- Uma última semana que é frequentemente associada aos eventos finais e à culminação do plano redentor de Deus.
3. A Raiz das Palavras em Hebraico
A palavra "semana" (שָׁבוּעַ, shavua) deriva de uma raiz que significa "semanal" ou "período de sete". Essa escolha de palavra não é apenas numérica, mas também sugere a ideia de completude e um ciclo que se encerra. O uso da palavra "determinadas" (כָּתַב, katav) implica um decreto divino, indicando que esses períodos estão sob a autoridade e o controle soberano de Deus.
4. Teologia e Significado Profundo
A profecia das setenta semanas revela o plano redentor de Deus, destacando a importância de tempos de punição, arrependimento e restauração. As setenta semanas também simbolizam o cumprimento do tempo divino — um conceito frequentemente mencionado nas Escrituras, onde Deus atua em momentos específicos da história para realizar Sua vontade.
5. Opiniões de Acadêmicos e Teólogos
Diversos estudiosos têm interpretado a profecia de maneiras variadas. Por exemplo:
- William E. Biederwolf argumenta que essa profecia é uma revelação crucial sobre a vinda do Messias e a expiação dos pecados.
- John Walvoord, em seu livro Daniel: The Key to Prophetic Revelation, vê as setenta semanas como um cronograma que leva ao fim dos tempos e à restauração de Israel.
A interpretação do "Ungido" (o Messias) que aparece após as primeiras sessenta e duas semanas tem implicações messiânicas profundas, sendo frequentemente associada a Jesus Cristo, que cumpriu essas profecias ao vir e ser sacrificado.
6. Textos Históricos e Culturais
Historicamente, o período de exílio e a subsequente restauração de Israel têm sido um tema central na literatura judaica e cristã. O retorno do exílio, a reconstrução do templo e a reformulação da identidade nacional foram momentos que moldaram a compreensão da aliança de Deus com Seu povo.
Além disso, a expectativa messiânica que surge a partir da interpretação desta profecia é uma característica do pensamento judaico e cristão. Textos como o Talmude e os escritos dos Pais da Igreja refletem sobre a vinda do Messias e o cumprimento das promessas divinas.
Conclusão: A Soberania e a Esperança de Deus
Em Daniel 9.24, vemos não apenas um anúncio de juízo, mas também uma promessa de esperança e restauração. O cumprimento das setenta semanas é uma afirmação da soberania de Deus ao longo da história e Sua disposição de restaurar Seu povo. Para os cristãos, essa profecia culmina na vinda de Cristo, que é o cumprimento da promessa de redenção, mostrando que, apesar das dificuldades e do exílio, Deus está sempre em controle e trabalhando para o bem de Seu povo. Essa mensagem de esperança e restauração continua a ressoar entre os crentes, lembrando-nos da fidelidade de Deus às Suas promessas.
1. Contexto Histórico e Literário
O Livro de Daniel é um texto rico e complexo, escrito durante um período de exílio babilônico (c. 586-538 a.C.). Daniel, um jovem hebreu, foi levado cativo para Babilônia, onde se destacou entre os sábios da corte. No capítulo 9, Daniel se dedica à oração e à confissão pelos pecados de Israel, reconhecendo a desobediência do povo e pedindo a intervenção de Deus. A profecia das setenta semanas surge neste contexto de súplica, enfatizando a soberania de Deus sobre a história e a esperança de restauração para Israel.
2. A Estrutura das Setenta Semanas
A expressão "setenta semanas" (שָׁבוּעִים שִׁבְעָה, shav'ua'îm shiv'ah) refere-se a um período que pode ser interpretado como setenta períodos de sete anos, totalizando 490 anos. Essa estrutura temporal é significativa, pois divide-se em três partes principais:
- Setenta anos para a restauração de Jerusalém e do templo.
- Sessenta e duas semanas até a vinda do "Ungido" (Messias).
- Uma última semana que é frequentemente associada aos eventos finais e à culminação do plano redentor de Deus.
3. A Raiz das Palavras em Hebraico
A palavra "semana" (שָׁבוּעַ, shavua) deriva de uma raiz que significa "semanal" ou "período de sete". Essa escolha de palavra não é apenas numérica, mas também sugere a ideia de completude e um ciclo que se encerra. O uso da palavra "determinadas" (כָּתַב, katav) implica um decreto divino, indicando que esses períodos estão sob a autoridade e o controle soberano de Deus.
4. Teologia e Significado Profundo
A profecia das setenta semanas revela o plano redentor de Deus, destacando a importância de tempos de punição, arrependimento e restauração. As setenta semanas também simbolizam o cumprimento do tempo divino — um conceito frequentemente mencionado nas Escrituras, onde Deus atua em momentos específicos da história para realizar Sua vontade.
5. Opiniões de Acadêmicos e Teólogos
Diversos estudiosos têm interpretado a profecia de maneiras variadas. Por exemplo:
- William E. Biederwolf argumenta que essa profecia é uma revelação crucial sobre a vinda do Messias e a expiação dos pecados.
- John Walvoord, em seu livro Daniel: The Key to Prophetic Revelation, vê as setenta semanas como um cronograma que leva ao fim dos tempos e à restauração de Israel.
A interpretação do "Ungido" (o Messias) que aparece após as primeiras sessenta e duas semanas tem implicações messiânicas profundas, sendo frequentemente associada a Jesus Cristo, que cumpriu essas profecias ao vir e ser sacrificado.
6. Textos Históricos e Culturais
Historicamente, o período de exílio e a subsequente restauração de Israel têm sido um tema central na literatura judaica e cristã. O retorno do exílio, a reconstrução do templo e a reformulação da identidade nacional foram momentos que moldaram a compreensão da aliança de Deus com Seu povo.
Além disso, a expectativa messiânica que surge a partir da interpretação desta profecia é uma característica do pensamento judaico e cristão. Textos como o Talmude e os escritos dos Pais da Igreja refletem sobre a vinda do Messias e o cumprimento das promessas divinas.
Conclusão: A Soberania e a Esperança de Deus
Em Daniel 9.24, vemos não apenas um anúncio de juízo, mas também uma promessa de esperança e restauração. O cumprimento das setenta semanas é uma afirmação da soberania de Deus ao longo da história e Sua disposição de restaurar Seu povo. Para os cristãos, essa profecia culmina na vinda de Cristo, que é o cumprimento da promessa de redenção, mostrando que, apesar das dificuldades e do exílio, Deus está sempre em controle e trabalhando para o bem de Seu povo. Essa mensagem de esperança e restauração continua a ressoar entre os crentes, lembrando-nos da fidelidade de Deus às Suas promessas.
RESUMO DA LIÇÃO
Deus revela os seus planos, mas os fiéis devem buscar entendimento e interceder pelo povo da promessa.
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
A frase que você trouxe — "Deus revela os seus planos, mas os fiéis devem buscar entendimento e interceder pelo povo da promessa" — reflete uma verdade central nas Escrituras, presente tanto no Antigo quanto no Novo Testamento. Para fazer um comentário bíblico-teológico profundo, analisaremos os conceitos principais de "revelação", "entendimento" e "intercessão", e como eles se relacionam com o plano de Deus para Seu povo.
1. A Revelação de Deus aos Seus Servos
Revelação é uma palavra central na teologia bíblica. No hebraico, a raiz da palavra "revelar" (גָּלָה, galah) significa "desvendar" ou "tornar conhecido". A revelação de Deus ocorre tanto de forma geral (através da criação) quanto de forma especial (através da Sua Palavra e dos profetas). Um exemplo clássico de revelação está em Amós 3:7: “Certamente o Senhor Deus não fará coisa alguma, sem primeiro revelar o seu segredo aos seus servos, os profetas.”
No contexto do Livro de Daniel, que serve como base para a lição, Daniel é o profeta por meio do qual Deus revela planos futuros, incluindo o destino de Israel e os tempos do fim. A profecia das setenta semanas (Daniel 9.24-27) é uma dessas revelações que apontam para o cumprimento do plano divino de redenção.
Teólogos como John Walvoord e Edward Young argumentam que essas revelações em Daniel não são apenas para informar o povo, mas para estimular uma resposta de fé e obediência. Isso ressalta que a revelação de Deus é sempre voltada para a ação do Seu povo.
2. O Papel do Entendimento e da Sabedoria
O entendimento nas Escrituras é mais do que conhecimento intelectual; é uma habilidade espiritual para discernir os propósitos de Deus. A palavra hebraica para "entendimento" (בִּינָה, binah) implica a capacidade de captar a essência das coisas, discernindo entre o certo e o errado, entre o divino e o profano. Provérbios 2:6 ensina que "o Senhor dá sabedoria, da sua boca procedem o conhecimento e o entendimento."
No caso de Daniel, o próprio profeta busca entendimento sobre as revelações recebidas, como em Daniel 9:2-3, quando ele se volta ao Senhor em oração e súplica para compreender os setenta anos de cativeiro anunciados por Jeremias. John Goldingay, em seus estudos sobre Daniel, destaca que o entendimento espiritual é concedido por Deus, mas deve ser buscado com fervor por meio da oração e da submissão à vontade divina.
3. A Intercessão pelos Fiéis
O conceito de intercessão é chave na teologia bíblica. Em hebraico, a palavra para interceder (פָּגַע, paga) pode significar "encontrar" ou "se encontrar com", indicando uma mediação entre duas partes. Daniel exemplifica o papel de intercessor quando ele ora em Daniel 9.3-19, confessando os pecados do povo e suplicando pela misericórdia de Deus.
Interceder é uma marca do profeta e do líder espiritual, como vemos em Moisés (Êx 32.11-14), e em Cristo no Novo Testamento (Hb 7.25). Dietrich Bonhoeffer, em sua obra Vida em Comunhão, destaca a importância da intercessão na vida da Igreja, ressaltando que o cristão tem a responsabilidade de orar pelos outros, especialmente pelo povo da aliança de Deus.
4. O Povo da Promessa e a História da Redenção
O conceito de "povo da promessa" tem suas raízes no pacto de Deus com Abraão (Gn 12.1-3), no qual Israel é chamado para ser uma nação santa e um canal de bênção para todas as nações. No contexto do exílio babilônico, Israel parecia estar abandonado, mas as promessas de Deus permanecem firmes, como revelado a Daniel. A restauração e a redenção do povo são promessas feitas a partir da fidelidade de Deus.
No Novo Testamento, o conceito de "povo da promessa" se expande para incluir os gentios (Ef 2.12-13). N.T. Wright argumenta que a Igreja assume o papel de Israel na missão de proclamar o Reino de Deus e viver como povo da promessa em um mundo caído.
5. Reflexão Histórica e Cultural
Culturalmente, durante o período de Daniel, o exílio e o domínio de impérios estrangeiros colocavam em dúvida o destino do povo de Israel. As revelações divinas, portanto, serviam como âncoras de esperança para um povo em crise. Historicamente, o período do exílio babilônico foi de intensa renovação teológica e espiritual, com um foco renovado na Torá e nas promessas de Deus.
O ambiente babilônico era caracterizado por uma visão cíclica do tempo e pela crença no destino controlado por forças impessoais. A revelação de Deus a Daniel, ao contrário, apresenta uma visão linear e soberana da história, com Deus no controle dos eventos e trazendo redenção no tempo certo.
Conclusão
Deus, em Sua soberania, revela Seus planos ao Seu povo, mas espera que aqueles que recebem a revelação busquem entendimento espiritual e se coloquem em oração e intercessão pelos outros. A história de Daniel nos mostra que, mesmo em tempos de crise e exílio, o fiel deve agir como intercessor e mediador, confiando que as promessas de Deus se cumprem no tempo devido. Essa verdade teológica é vital para a compreensão do papel dos fiéis na história redentora de Deus.
Os textos de Daniel nos ensinam a importância de buscarmos sabedoria e entendimento e de permanecermos firmes na intercessão por aqueles que pertencem ao povo de Deus, sempre crendo que Ele tem planos de redenção e restauração.
A frase que você trouxe — "Deus revela os seus planos, mas os fiéis devem buscar entendimento e interceder pelo povo da promessa" — reflete uma verdade central nas Escrituras, presente tanto no Antigo quanto no Novo Testamento. Para fazer um comentário bíblico-teológico profundo, analisaremos os conceitos principais de "revelação", "entendimento" e "intercessão", e como eles se relacionam com o plano de Deus para Seu povo.
1. A Revelação de Deus aos Seus Servos
Revelação é uma palavra central na teologia bíblica. No hebraico, a raiz da palavra "revelar" (גָּלָה, galah) significa "desvendar" ou "tornar conhecido". A revelação de Deus ocorre tanto de forma geral (através da criação) quanto de forma especial (através da Sua Palavra e dos profetas). Um exemplo clássico de revelação está em Amós 3:7: “Certamente o Senhor Deus não fará coisa alguma, sem primeiro revelar o seu segredo aos seus servos, os profetas.”
No contexto do Livro de Daniel, que serve como base para a lição, Daniel é o profeta por meio do qual Deus revela planos futuros, incluindo o destino de Israel e os tempos do fim. A profecia das setenta semanas (Daniel 9.24-27) é uma dessas revelações que apontam para o cumprimento do plano divino de redenção.
Teólogos como John Walvoord e Edward Young argumentam que essas revelações em Daniel não são apenas para informar o povo, mas para estimular uma resposta de fé e obediência. Isso ressalta que a revelação de Deus é sempre voltada para a ação do Seu povo.
2. O Papel do Entendimento e da Sabedoria
O entendimento nas Escrituras é mais do que conhecimento intelectual; é uma habilidade espiritual para discernir os propósitos de Deus. A palavra hebraica para "entendimento" (בִּינָה, binah) implica a capacidade de captar a essência das coisas, discernindo entre o certo e o errado, entre o divino e o profano. Provérbios 2:6 ensina que "o Senhor dá sabedoria, da sua boca procedem o conhecimento e o entendimento."
No caso de Daniel, o próprio profeta busca entendimento sobre as revelações recebidas, como em Daniel 9:2-3, quando ele se volta ao Senhor em oração e súplica para compreender os setenta anos de cativeiro anunciados por Jeremias. John Goldingay, em seus estudos sobre Daniel, destaca que o entendimento espiritual é concedido por Deus, mas deve ser buscado com fervor por meio da oração e da submissão à vontade divina.
3. A Intercessão pelos Fiéis
O conceito de intercessão é chave na teologia bíblica. Em hebraico, a palavra para interceder (פָּגַע, paga) pode significar "encontrar" ou "se encontrar com", indicando uma mediação entre duas partes. Daniel exemplifica o papel de intercessor quando ele ora em Daniel 9.3-19, confessando os pecados do povo e suplicando pela misericórdia de Deus.
Interceder é uma marca do profeta e do líder espiritual, como vemos em Moisés (Êx 32.11-14), e em Cristo no Novo Testamento (Hb 7.25). Dietrich Bonhoeffer, em sua obra Vida em Comunhão, destaca a importância da intercessão na vida da Igreja, ressaltando que o cristão tem a responsabilidade de orar pelos outros, especialmente pelo povo da aliança de Deus.
4. O Povo da Promessa e a História da Redenção
O conceito de "povo da promessa" tem suas raízes no pacto de Deus com Abraão (Gn 12.1-3), no qual Israel é chamado para ser uma nação santa e um canal de bênção para todas as nações. No contexto do exílio babilônico, Israel parecia estar abandonado, mas as promessas de Deus permanecem firmes, como revelado a Daniel. A restauração e a redenção do povo são promessas feitas a partir da fidelidade de Deus.
No Novo Testamento, o conceito de "povo da promessa" se expande para incluir os gentios (Ef 2.12-13). N.T. Wright argumenta que a Igreja assume o papel de Israel na missão de proclamar o Reino de Deus e viver como povo da promessa em um mundo caído.
5. Reflexão Histórica e Cultural
Culturalmente, durante o período de Daniel, o exílio e o domínio de impérios estrangeiros colocavam em dúvida o destino do povo de Israel. As revelações divinas, portanto, serviam como âncoras de esperança para um povo em crise. Historicamente, o período do exílio babilônico foi de intensa renovação teológica e espiritual, com um foco renovado na Torá e nas promessas de Deus.
O ambiente babilônico era caracterizado por uma visão cíclica do tempo e pela crença no destino controlado por forças impessoais. A revelação de Deus a Daniel, ao contrário, apresenta uma visão linear e soberana da história, com Deus no controle dos eventos e trazendo redenção no tempo certo.
Conclusão
Deus, em Sua soberania, revela Seus planos ao Seu povo, mas espera que aqueles que recebem a revelação busquem entendimento espiritual e se coloquem em oração e intercessão pelos outros. A história de Daniel nos mostra que, mesmo em tempos de crise e exílio, o fiel deve agir como intercessor e mediador, confiando que as promessas de Deus se cumprem no tempo devido. Essa verdade teológica é vital para a compreensão do papel dos fiéis na história redentora de Deus.
Os textos de Daniel nos ensinam a importância de buscarmos sabedoria e entendimento e de permanecermos firmes na intercessão por aqueles que pertencem ao povo de Deus, sempre crendo que Ele tem planos de redenção e restauração.
LEITURA SEMANAL
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
Comentário sobre a Leitura Semanal
SEGUNDA – Jeremias 25.12-14: Setenta anos profetizados por Jeremias
Neste trecho, Jeremias profetiza sobre o cativeiro babilônico, afirmando que a nação de Israel passaria por setenta anos de exílio. Essa profecia é fundamental para entender o contexto de Daniel e sua busca por entendimento sobre o cumprimento das promessas de Deus. O número setenta, simbolizando um ciclo completo, indica não apenas o tempo de punição, mas também a expectativa de restauração.
TERÇA – 2 Pedro 1.20,21: Homens que falaram inspirados pelo Espírito
Pedro destaca a natureza divina das Escrituras, afirmando que os profetas falaram movidos pelo Espírito Santo. Isso é crucial para entender a revelação de Deus em Daniel e a importância de buscar entendimento sobre as profecias. Essa passagem reforça que a interpretação da revelação deve ser feita com reverência e discernimento, pois é fruto da inspiração divina.
QUARTA – Hebreus 1.14: Anjos, espíritos ministradores
Este versículo nos lembra que os anjos são servos de Deus, enviados para ministrar aos que herdarão a salvação. Em tempos de crise, como o exílio babilônico, a presença de seres espirituais que servem a Deus traz conforto e esperança. A consciência de que há forças espirituais atuando em favor dos fiéis é uma fonte de encorajamento.
QUINTA – Neemias 2: O início das Setenta Semanas
Neemias relata o processo de reconstrução de Jerusalém, que é essencial para o cumprimento das setenta semanas profetizadas por Daniel. A restauração do templo e da cidade é um símbolo do retorno ao relacionamento correto com Deus. Essa passagem enfatiza a importância da liderança e da ação do povo de Deus para realizar Seus planos.
SEXTA – Lucas 21.24: O tempo dos gentios
Aqui, Jesus fala sobre a condição de Jerusalém e os tempos dos gentios, referindo-se ao período em que Israel estaria sob domínio estrangeiro. Essa profecia complementa a visão de Daniel sobre a história de Israel e sua relação com as nações. O reconhecimento de que Deus ainda está no controle, mesmo em tempos de dificuldade, é uma mensagem central.
SÁBADO – 1 Tessalonicenses 1.10: A igreja preservada
Este versículo destaca a esperança da Igreja em Cristo, que foi ressuscitado e que livrará os fiéis da ira futura. A promessa de preservação é uma continuidade do tema da restauração e proteção de Deus sobre o Seu povo. A mensagem de esperança que permeia todas essas passagens encoraja os fiéis a permanecer firmes em sua fé e a buscar um entendimento mais profundo do plano divino.
Essas passagens, quando lidas em conjunto, oferecem uma rica tapeçaria da intervenção de Deus na história, da revelação aos Seus profetas, da esperança de restauração e da promessa de preservação para o Seu povo. A intercessão, a busca por entendimento e a confiança nas promessas de Deus são temas que ressoam em cada uma delas, fortalecendo a fé dos crentes.
Comentário sobre a Leitura Semanal
SEGUNDA – Jeremias 25.12-14: Setenta anos profetizados por Jeremias
Neste trecho, Jeremias profetiza sobre o cativeiro babilônico, afirmando que a nação de Israel passaria por setenta anos de exílio. Essa profecia é fundamental para entender o contexto de Daniel e sua busca por entendimento sobre o cumprimento das promessas de Deus. O número setenta, simbolizando um ciclo completo, indica não apenas o tempo de punição, mas também a expectativa de restauração.
TERÇA – 2 Pedro 1.20,21: Homens que falaram inspirados pelo Espírito
Pedro destaca a natureza divina das Escrituras, afirmando que os profetas falaram movidos pelo Espírito Santo. Isso é crucial para entender a revelação de Deus em Daniel e a importância de buscar entendimento sobre as profecias. Essa passagem reforça que a interpretação da revelação deve ser feita com reverência e discernimento, pois é fruto da inspiração divina.
QUARTA – Hebreus 1.14: Anjos, espíritos ministradores
Este versículo nos lembra que os anjos são servos de Deus, enviados para ministrar aos que herdarão a salvação. Em tempos de crise, como o exílio babilônico, a presença de seres espirituais que servem a Deus traz conforto e esperança. A consciência de que há forças espirituais atuando em favor dos fiéis é uma fonte de encorajamento.
QUINTA – Neemias 2: O início das Setenta Semanas
Neemias relata o processo de reconstrução de Jerusalém, que é essencial para o cumprimento das setenta semanas profetizadas por Daniel. A restauração do templo e da cidade é um símbolo do retorno ao relacionamento correto com Deus. Essa passagem enfatiza a importância da liderança e da ação do povo de Deus para realizar Seus planos.
SEXTA – Lucas 21.24: O tempo dos gentios
Aqui, Jesus fala sobre a condição de Jerusalém e os tempos dos gentios, referindo-se ao período em que Israel estaria sob domínio estrangeiro. Essa profecia complementa a visão de Daniel sobre a história de Israel e sua relação com as nações. O reconhecimento de que Deus ainda está no controle, mesmo em tempos de dificuldade, é uma mensagem central.
SÁBADO – 1 Tessalonicenses 1.10: A igreja preservada
Este versículo destaca a esperança da Igreja em Cristo, que foi ressuscitado e que livrará os fiéis da ira futura. A promessa de preservação é uma continuidade do tema da restauração e proteção de Deus sobre o Seu povo. A mensagem de esperança que permeia todas essas passagens encoraja os fiéis a permanecer firmes em sua fé e a buscar um entendimento mais profundo do plano divino.
Essas passagens, quando lidas em conjunto, oferecem uma rica tapeçaria da intervenção de Deus na história, da revelação aos Seus profetas, da esperança de restauração e da promessa de preservação para o Seu povo. A intercessão, a busca por entendimento e a confiança nas promessas de Deus são temas que ressoam em cada uma delas, fortalecendo a fé dos crentes.
OBJETIVOS
INTERAÇÃO
Prezado(a) professor(a), como tem sido a compreensão dos alunos sobre as aulas ministradas? É muito importante que você acompanhe a assimilação da sua classe, especialmente sobre temas escatológicos. Lembre-se de que o entendimento do significado das profecias bíblicas requer dedicação, como fez Daniel ao estudar com zelo os escritos; de Jeremias. Nesta aula, verifique se algum tópico da aula anterior permanece obscuro para eles ou se há alguma dúvida persistente que precisa ser esclarecida. Ressalta a relevância do tópico que abordaremos, uma das profecias escatológicas mais significantes: as Setenta Semanas de Daniel. Ela começou a se cumprir a partir do decreto da restauração de Israel por ordem do rei Artaxerxes (Ne 2.1-8), contudo, a última semana ainda não teve início. Esta profecia trata do plano de Deus para Israel e anuncia o Anticristo e a Grande Tribulação nos tempos do fim.
DINAMICA EXTRA
Comentário de Hubner Braz
Dinâmica: Estudo, Oração e as Setenta Semanas de Daniel
Objetivo: Refletir sobre a importância do estudo da Palavra de Deus e da oração na compreensão das profecias de Daniel, especialmente as setenta semanas, e como isso se aplica à vida cristã hoje.
Materiais Necessários:
- Papel e caneta para cada participante
- Quadro branco ou flip chart
- Marcadores
- Um cronômetro ou relógio
Preparação:
- Antes da dinâmica, faça uma breve introdução sobre a Lição 12, destacando os temas principais: o estudo das Escrituras, a importância da oração e a profecia das setenta semanas de Daniel.
- Explique que a dinâmica vai envolver uma atividade prática de estudo em grupo e oração.
Passos da Dinâmica:
- Divisão em Grupos (5 minutos):
- Divida os participantes em grupos pequenos (3-5 pessoas cada).
- Cada grupo receberá uma passagem relacionada à profecia de Daniel ou a temas de oração e estudo (sugestões: Daniel 9, Jeremias 25, Lucas 21.24, 2 Pedro 1.20,21).
- Estudo em Grupo (15 minutos):
- Cada grupo deve ler a passagem atribuída e discutir as seguintes questões:
- Qual é a mensagem central da passagem?
- Como essa passagem se relaciona com as setenta semanas de Daniel?
- Qual é a aplicação prática para a vida cristã hoje?
- Preparação para a Oração (5 minutos):
- Após a discussão, cada grupo deve escrever uma breve oração com base na passagem estudada, pedindo entendimento, sabedoria e um coração disposto a aplicar os ensinamentos em suas vidas.
- Compartilhamento (10 minutos):
- Cada grupo terá 2 minutos para compartilhar um resumo de suas discussões e a oração que prepararam.
- Durante cada apresentação, incentive os demais a fazer perguntas ou adicionar comentários.
- Momento de Oração Coletiva (10 minutos):
- Após todos os grupos compartilharem, faça um momento de oração coletiva. Peça a cada grupo que ore em voz alta a oração que prepararam.
- Encoraje os participantes a orar em conjunto, pedindo a Deus entendimento das Escrituras e um comprometimento renovado com a oração.
- Reflexão Final (5 minutos):
- Conclua a dinâmica refletindo sobre a importância de estudar a Palavra e de estar em oração contínua. Lembre os participantes de que, assim como Daniel, somos chamados a buscar a Deus com fervor e a interceder pelos outros.
Conclusão:
Essa dinâmica não só ajuda os participantes a aprofundar seu conhecimento sobre as profecias de Daniel, mas também a cultivar uma prática de oração ativa e intercessão. A troca de experiências e orações fortalece a comunidade e enriquece a caminhada espiritual de cada um.
Dinâmica: Estudo, Oração e as Setenta Semanas de Daniel
Objetivo: Refletir sobre a importância do estudo da Palavra de Deus e da oração na compreensão das profecias de Daniel, especialmente as setenta semanas, e como isso se aplica à vida cristã hoje.
Materiais Necessários:
- Papel e caneta para cada participante
- Quadro branco ou flip chart
- Marcadores
- Um cronômetro ou relógio
Preparação:
- Antes da dinâmica, faça uma breve introdução sobre a Lição 12, destacando os temas principais: o estudo das Escrituras, a importância da oração e a profecia das setenta semanas de Daniel.
- Explique que a dinâmica vai envolver uma atividade prática de estudo em grupo e oração.
Passos da Dinâmica:
- Divisão em Grupos (5 minutos):
- Divida os participantes em grupos pequenos (3-5 pessoas cada).
- Cada grupo receberá uma passagem relacionada à profecia de Daniel ou a temas de oração e estudo (sugestões: Daniel 9, Jeremias 25, Lucas 21.24, 2 Pedro 1.20,21).
- Estudo em Grupo (15 minutos):
- Cada grupo deve ler a passagem atribuída e discutir as seguintes questões:
- Qual é a mensagem central da passagem?
- Como essa passagem se relaciona com as setenta semanas de Daniel?
- Qual é a aplicação prática para a vida cristã hoje?
- Preparação para a Oração (5 minutos):
- Após a discussão, cada grupo deve escrever uma breve oração com base na passagem estudada, pedindo entendimento, sabedoria e um coração disposto a aplicar os ensinamentos em suas vidas.
- Compartilhamento (10 minutos):
- Cada grupo terá 2 minutos para compartilhar um resumo de suas discussões e a oração que prepararam.
- Durante cada apresentação, incentive os demais a fazer perguntas ou adicionar comentários.
- Momento de Oração Coletiva (10 minutos):
- Após todos os grupos compartilharem, faça um momento de oração coletiva. Peça a cada grupo que ore em voz alta a oração que prepararam.
- Encoraje os participantes a orar em conjunto, pedindo a Deus entendimento das Escrituras e um comprometimento renovado com a oração.
- Reflexão Final (5 minutos):
- Conclua a dinâmica refletindo sobre a importância de estudar a Palavra e de estar em oração contínua. Lembre os participantes de que, assim como Daniel, somos chamados a buscar a Deus com fervor e a interceder pelos outros.
Conclusão:
Essa dinâmica não só ajuda os participantes a aprofundar seu conhecimento sobre as profecias de Daniel, mas também a cultivar uma prática de oração ativa e intercessão. A troca de experiências e orações fortalece a comunidade e enriquece a caminhada espiritual de cada um.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICAS
Prezado(a) professor(a), para facilitar a compreensão da profecia das Setenta Semanas, reproduza o esquema ao lado que mostra as etapas do seu comprimento ao longo da história. No terceiro tópico, enfatiza que estamos vivendo um hiato que antecede a septuagésima semana. De acordo com a nossa linha teológica, a igreja de Cristo será arrebatada e não estará na terra durante a última semana, período da Grande Tribulação.
TEXTO BÍBLICODaniel 9.1-4; 4.20-24
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz - Bíblico sobre Daniel 9.1-4; 20-24
Contexto Histórico: O livro de Daniel foi escrito durante o exílio babilônico, em um período de grande sofrimento e desolação para o povo de Israel. Daniel, um jovem israelita levado cativo a Babilônia, serviu em diversas funções na corte babilônica e, posteriormente, persa. O capítulo 9, em particular, é uma oração e intercessão de Daniel, marcada por um profundo reconhecimento da necessidade de arrependimento e restauração.
Versículo 1-2: Entendimento pelos Livros
- “No ano primeiro de Dario, filho de Assuero…”: Dario, um rei medo, sucedeu Belsazar e começou a reinar sobre os caldeus. O uso do nome "Assuero" sugere um contexto persa, uma vez que ele governou um vasto império.
- “Eu, Daniel, entendi pelos livros…”: Daniel se refere aos escritos dos profetas, especialmente a Jeremias, que profetizou um período de setenta anos de desolação para Jerusalém (Jr 25.11-12). O hebraico para “entendi” (יָדַע, yada) implica um entendimento profundo e espiritual, não apenas intelectual.
Versículo 3: Busca ao Senhor
- “Dirigi o meu rosto ao Senhor Deus…”: Esta expressão indica determinação e foco na oração. Daniel se compromete a buscar a Deus com sinceridade.
- “com oração, e rogos, e jejum…”: A combinação dessas práticas reflete um profundo desejo de comunhão e arrependimento. O jejum, frequentemente acompanhado de sacos de pano e cinzas, simboliza humilhação e sinceridade diante de Deus. O uso de “saco” (שַׂק, sak) e “cinza” (אֵפֶר, efer) é típico nas tradições de lamento.
Versículo 4: Reconhecimento de Deus
- “Ah! Senhor! Deus grande e tremendo…”: Daniel inicia sua oração reconhecendo a grandeza e a soberania de Deus. Ele apela à natureza de Deus como guardião do pacto e da misericórdia, um tema comum na oração israelita. A palavra “grande” (גָּדוֹל, gadol) implica um Deus que é incomparável.
Versículo 20-23: Resposta e Revelação
- “Estando eu ainda falando…”: A prontidão de Deus em responder a oração é notável. Gabriel, o mensageiro angelical, é enviado para trazer entendimento.
- “porque és mui amado”: Esta frase destaca o relacionamento especial entre Daniel e Deus. A palavra "amado" (חָשַׁק, hashaq) implica um amor que resulta em favor divino.
- “toma, pois, bem sentido na palavra…”: A instrução para Daniel entender a visão mostra que a revelação de Deus requer esforço e busca.
Versículo 24: As Setenta Semanas
- “Setenta semanas estão determinadas…”: Este versículo é central para a interpretação das profecias de Daniel. A palavra “semanas” (שָׁבוּעַ, shabuwa) pode ser entendida como "sete" em hebraico, levando a diferentes interpretações quanto à duração (setenta semanas de anos ou dias).
- “para extinguir a transgressão…”: A lista de propósitos reflete a intenção redentora de Deus, culminando na vinda do Messias. As expressões “dar fim aos pecados” e “expiar a iniquidade” apontam para a obra de Cristo na cruz, que cumpre as promessas do Antigo Testamento.
- “ungir o Santo dos santos”: Este termo é frequentemente associado ao Messias, sugerindo que a obra redentora culmina na unção e na santidade de Deus. A palavra “santo” (קָדוֹשׁ, qadosh) denota pureza e separação.
Opiniões de Livros Acadêmicos e Textos Históricos
Os comentários de estudiosos como John Walvoord e Gleason Archer enfatizam a importância da profecia de Daniel como um marco na história bíblica e no entendimento cristão da escatologia. A interpretação das setenta semanas, especialmente em relação ao Messias, é crucial para a teologia cristã, especialmente em discussões sobre a vinda de Cristo.
Conclusão
Daniel 9 é uma rica tapeçaria de arrependimento, intercessão e revelação divina. A oração de Daniel nos ensina sobre a importância da busca sincera por Deus e a certeza de que Ele responde àqueles que se voltam para Ele com coração contrito. As profecias contidas neste capítulo não apenas moldam a compreensão do povo de Israel sobre seu futuro, mas também oferecem um quadro abrangente da salvação que se cumpre em Jesus Cristo. Essa passagem encoraja os crentes a serem fervorosos na oração e atentos à Palavra de Deus, buscando sempre o entendimento e a sabedoria que vêm dEle.
Contexto Histórico: O livro de Daniel foi escrito durante o exílio babilônico, em um período de grande sofrimento e desolação para o povo de Israel. Daniel, um jovem israelita levado cativo a Babilônia, serviu em diversas funções na corte babilônica e, posteriormente, persa. O capítulo 9, em particular, é uma oração e intercessão de Daniel, marcada por um profundo reconhecimento da necessidade de arrependimento e restauração.
Versículo 1-2: Entendimento pelos Livros
- “No ano primeiro de Dario, filho de Assuero…”: Dario, um rei medo, sucedeu Belsazar e começou a reinar sobre os caldeus. O uso do nome "Assuero" sugere um contexto persa, uma vez que ele governou um vasto império.
- “Eu, Daniel, entendi pelos livros…”: Daniel se refere aos escritos dos profetas, especialmente a Jeremias, que profetizou um período de setenta anos de desolação para Jerusalém (Jr 25.11-12). O hebraico para “entendi” (יָדַע, yada) implica um entendimento profundo e espiritual, não apenas intelectual.
Versículo 3: Busca ao Senhor
- “Dirigi o meu rosto ao Senhor Deus…”: Esta expressão indica determinação e foco na oração. Daniel se compromete a buscar a Deus com sinceridade.
- “com oração, e rogos, e jejum…”: A combinação dessas práticas reflete um profundo desejo de comunhão e arrependimento. O jejum, frequentemente acompanhado de sacos de pano e cinzas, simboliza humilhação e sinceridade diante de Deus. O uso de “saco” (שַׂק, sak) e “cinza” (אֵפֶר, efer) é típico nas tradições de lamento.
Versículo 4: Reconhecimento de Deus
- “Ah! Senhor! Deus grande e tremendo…”: Daniel inicia sua oração reconhecendo a grandeza e a soberania de Deus. Ele apela à natureza de Deus como guardião do pacto e da misericórdia, um tema comum na oração israelita. A palavra “grande” (גָּדוֹל, gadol) implica um Deus que é incomparável.
Versículo 20-23: Resposta e Revelação
- “Estando eu ainda falando…”: A prontidão de Deus em responder a oração é notável. Gabriel, o mensageiro angelical, é enviado para trazer entendimento.
- “porque és mui amado”: Esta frase destaca o relacionamento especial entre Daniel e Deus. A palavra "amado" (חָשַׁק, hashaq) implica um amor que resulta em favor divino.
- “toma, pois, bem sentido na palavra…”: A instrução para Daniel entender a visão mostra que a revelação de Deus requer esforço e busca.
Versículo 24: As Setenta Semanas
- “Setenta semanas estão determinadas…”: Este versículo é central para a interpretação das profecias de Daniel. A palavra “semanas” (שָׁבוּעַ, shabuwa) pode ser entendida como "sete" em hebraico, levando a diferentes interpretações quanto à duração (setenta semanas de anos ou dias).
- “para extinguir a transgressão…”: A lista de propósitos reflete a intenção redentora de Deus, culminando na vinda do Messias. As expressões “dar fim aos pecados” e “expiar a iniquidade” apontam para a obra de Cristo na cruz, que cumpre as promessas do Antigo Testamento.
- “ungir o Santo dos santos”: Este termo é frequentemente associado ao Messias, sugerindo que a obra redentora culmina na unção e na santidade de Deus. A palavra “santo” (קָדוֹשׁ, qadosh) denota pureza e separação.
Opiniões de Livros Acadêmicos e Textos Históricos
Os comentários de estudiosos como John Walvoord e Gleason Archer enfatizam a importância da profecia de Daniel como um marco na história bíblica e no entendimento cristão da escatologia. A interpretação das setenta semanas, especialmente em relação ao Messias, é crucial para a teologia cristã, especialmente em discussões sobre a vinda de Cristo.
Conclusão
Daniel 9 é uma rica tapeçaria de arrependimento, intercessão e revelação divina. A oração de Daniel nos ensina sobre a importância da busca sincera por Deus e a certeza de que Ele responde àqueles que se voltam para Ele com coração contrito. As profecias contidas neste capítulo não apenas moldam a compreensão do povo de Israel sobre seu futuro, mas também oferecem um quadro abrangente da salvação que se cumpre em Jesus Cristo. Essa passagem encoraja os crentes a serem fervorosos na oração e atentos à Palavra de Deus, buscando sempre o entendimento e a sabedoria que vêm dEle.
INTRODUÇÃO
Nesta lição, estudaremos o capítulo 9 do livro de Daniel, ocasião em que o profeta se acha profundamente preocupado com o destino de seu povo e de Jerusalém. Ele busca entender o plano de Deus para a restauração de Israel e o fim do exílio, Com fervor espiritual, orou a Deus buscando respostas, e sua oração sincera e atendida por uma revelação profunda por meio do anjo Gabriel Esta revelação divina contém a profecia das Setenta Semanas, por meio da qual Deus faz saber sobre um período de tempo decretado para o seu povo e sua cidade santa. Neste episódio, além de aprendermos mais uma vez com a postura piedosa de Daniel veremos a história redentora que se desdobra na Bíblia, incluindo a vinda do Messias, sua morte e o subsequente destino de Jerusalém.
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
Introdução da Lição do Capítulo 9 de Daniel
Contexto Histórico: O capítulo 9 de Daniel se insere em um momento crítico da história de Israel, durante o exílio babilônico. Daniel, que já estava em Babilônia por cerca de 70 anos, testemunhou a queda de Jerusalém e o sofrimento do seu povo. Neste período, ele se volta para Deus em oração, buscando não apenas uma compreensão do futuro de Israel, mas também uma restauração espiritual.
Oração de Daniel: A oração de Daniel reflete sua profunda preocupação com o destino de Jerusalém e seu povo. Essa busca por entendimento espiritual e por respostas de Deus é central para a mensagem do livro de Daniel. A palavra hebraica para "oração" (תְּפִלָּה, tefillah) implica uma comunicação sincera e íntima com Deus. Essa oração é uma expressão de um coração quebrantado, um tema que perpassa as Escrituras, onde a humilhação diante de Deus é frequentemente associada a um retorno à comunhão.
Revelação de Gabriel: A resposta de Deus à oração de Daniel vem por meio do anjo Gabriel. O nome Gabriel (גַּבְרִיאֵל, gavri'el) significa "Deus é meu guerreiro". Ele aparece como um mensageiro que traz a revelação divina e é associado à proteção e ao auxílio de Deus ao Seu povo. Gabriel não apenas traz a resposta, mas também fornece entendimento, enfatizando que o conhecimento de Deus é essencial para o entendimento de Seus planos.
Profecia das Setenta Semanas: A profecia das Setenta Semanas (שָׁבוּעַ, shabuwa) é uma das mais importantes do livro de Daniel. As "semanas" podem ser interpretadas como períodos de sete anos, totalizando 490 anos, que abrangem desde o decreto de restauração de Jerusalém até a vinda do Messias. Essa cronologia é vital para a teologia cristã, pois aponta diretamente para a vinda de Cristo e sua obra redentora.
A História Redentora: A história redentora que se desdobra nas Escrituras é um tema central em toda a Bíblia. Desde a promessa de um Redentor em Gênesis até a realização dessa promessa em Jesus Cristo, a mensagem de salvação é clara. Daniel, como um profeta do Antigo Testamento, antecipa e profetiza sobre o futuro do Messias, a destruição de Jerusalém e a restauração final. Essa linha do tempo profética conecta o Antigo e o Novo Testamento, mostrando que Deus tem um plano soberano para a humanidade.
Opiniões de Livros Acadêmicos e Textos Históricos
Estudiosos como Kenneth L. Barker e John Walvoord oferecem interpretações detalhadas das profecias de Daniel, destacando a relevância histórica e teológica. A obra de Walvoord, em particular, é notável por sua análise detalhada da profecia das Setenta Semanas e suas implicações para a escatologia cristã. O livro de Daniel é frequentemente citado em discussões sobre a relação entre o judaísmo e o cristianismo, especialmente em relação à expectativa messiânica.
Conclusão
A introdução do capítulo 9 de Daniel nos convida a refletir sobre a importância da oração, do arrependimento e da busca sincera por Deus em tempos de crise. A resposta divina a Daniel não é apenas uma revelação sobre o futuro de Israel, mas também uma declaração do amor e da fidelidade de Deus ao Seu povo. A profecia das Setenta Semanas revela um plano divino que culmina na vinda do Messias, ressaltando a continuidade da história redentora que perpassa as Escrituras. Essa passagem nos encoraja a ser fervorosos em oração e a confiar na soberania de Deus em nossas vidas e na história do mundo.
Introdução da Lição do Capítulo 9 de Daniel
Contexto Histórico: O capítulo 9 de Daniel se insere em um momento crítico da história de Israel, durante o exílio babilônico. Daniel, que já estava em Babilônia por cerca de 70 anos, testemunhou a queda de Jerusalém e o sofrimento do seu povo. Neste período, ele se volta para Deus em oração, buscando não apenas uma compreensão do futuro de Israel, mas também uma restauração espiritual.
Oração de Daniel: A oração de Daniel reflete sua profunda preocupação com o destino de Jerusalém e seu povo. Essa busca por entendimento espiritual e por respostas de Deus é central para a mensagem do livro de Daniel. A palavra hebraica para "oração" (תְּפִלָּה, tefillah) implica uma comunicação sincera e íntima com Deus. Essa oração é uma expressão de um coração quebrantado, um tema que perpassa as Escrituras, onde a humilhação diante de Deus é frequentemente associada a um retorno à comunhão.
Revelação de Gabriel: A resposta de Deus à oração de Daniel vem por meio do anjo Gabriel. O nome Gabriel (גַּבְרִיאֵל, gavri'el) significa "Deus é meu guerreiro". Ele aparece como um mensageiro que traz a revelação divina e é associado à proteção e ao auxílio de Deus ao Seu povo. Gabriel não apenas traz a resposta, mas também fornece entendimento, enfatizando que o conhecimento de Deus é essencial para o entendimento de Seus planos.
Profecia das Setenta Semanas: A profecia das Setenta Semanas (שָׁבוּעַ, shabuwa) é uma das mais importantes do livro de Daniel. As "semanas" podem ser interpretadas como períodos de sete anos, totalizando 490 anos, que abrangem desde o decreto de restauração de Jerusalém até a vinda do Messias. Essa cronologia é vital para a teologia cristã, pois aponta diretamente para a vinda de Cristo e sua obra redentora.
A História Redentora: A história redentora que se desdobra nas Escrituras é um tema central em toda a Bíblia. Desde a promessa de um Redentor em Gênesis até a realização dessa promessa em Jesus Cristo, a mensagem de salvação é clara. Daniel, como um profeta do Antigo Testamento, antecipa e profetiza sobre o futuro do Messias, a destruição de Jerusalém e a restauração final. Essa linha do tempo profética conecta o Antigo e o Novo Testamento, mostrando que Deus tem um plano soberano para a humanidade.
Opiniões de Livros Acadêmicos e Textos Históricos
Estudiosos como Kenneth L. Barker e John Walvoord oferecem interpretações detalhadas das profecias de Daniel, destacando a relevância histórica e teológica. A obra de Walvoord, em particular, é notável por sua análise detalhada da profecia das Setenta Semanas e suas implicações para a escatologia cristã. O livro de Daniel é frequentemente citado em discussões sobre a relação entre o judaísmo e o cristianismo, especialmente em relação à expectativa messiânica.
Conclusão
A introdução do capítulo 9 de Daniel nos convida a refletir sobre a importância da oração, do arrependimento e da busca sincera por Deus em tempos de crise. A resposta divina a Daniel não é apenas uma revelação sobre o futuro de Israel, mas também uma declaração do amor e da fidelidade de Deus ao Seu povo. A profecia das Setenta Semanas revela um plano divino que culmina na vinda do Messias, ressaltando a continuidade da história redentora que perpassa as Escrituras. Essa passagem nos encoraja a ser fervorosos em oração e a confiar na soberania de Deus em nossas vidas e na história do mundo.
I- ESTUDO E INTERCESSÃO DE DANIEL
1- Estudando as profecias. O reino dos caldeus havia chegado ao fim com a queda da Babilônia (Dn 5.30-31), e agora Israel encontrava-se sob o domínio do império Medo-Persa, sob o governo de Dario. Consciente acerca das visões que Deus lhe dera, a mente de Daniel se volta para o seu povo, dedicando-se ao estudo das antigas profecias por meio das Escrituras (v.2). Ele se recordou da referência de Jeremias, profeta que vaticinou sobre o cativeiro babilônico. Este tinha convicção de que Deus falava com Jeremias e que podia falar com ele também. Tendo estudado os livros, os pergaminhos trazidos de Jerusalém. Daniel teve entendimento acerca do cumprimento da desolação de Jerusalém no período de setenta anos. Esta profecia encontra-se nos capítulos 25 e 29 de Jeremias, referindo-se ao período de provação dos israelitas sob domínio estrangeiro.
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
Estudo e Intercessão de Daniel
Contexto Histórico: No tempo de Daniel, o império babilônico havia sido conquistado pelos medos e persas, marcando uma transição significativa na história do povo israelita. Dario, um rei medo, assumiu o governo, e Israel continuava sob o domínio estrangeiro. O povo estava ansioso por libertação e pela restauração de Jerusalém, o que tornava o estudo das profecias e a intercessão de Daniel ainda mais cruciais.
Estudo das Profecias: Daniel, reconhecendo a importância das Escrituras, dedicou-se a estudar as profecias, especialmente as de Jeremias. A expressão "estudei pelos livros" (מִכְתָּבִים, mikhtavim) indica não apenas a leitura, mas um aprofundamento nas mensagens divinas. A palavra "profecia" (נְבוּאָה, nevuah) implica uma revelação direta de Deus, o que mostra que Daniel acreditava na veracidade e relevância das mensagens proféticas.
A Profecia de Jeremias: Jeremias, que havia profetizado sobre o exílio (Jr 25.12-14), também mencionou a restauração. O cumprimento da profecia de que Jerusalém estaria desolada por setenta anos é central para o entendimento do plano de Deus. O uso do número setenta (שִׁבְעִים, shiv'im) simboliza um tempo completo, um período de purificação e preparação para a restauração. Essa mensagem é um convite à reflexão e à esperança, mostrando que, mesmo em cativeiro, Deus não abandonou Seu povo.
O Coração Intercessor de Daniel: A intercessão de Daniel (Dn 9.3) é um exemplo poderoso de como a oração deve ser feita com sinceridade e intensidade. Ele não apenas ora por si mesmo, mas também pelos pecados de seu povo. O termo "jejum" (צָوּם, tzom) sugere uma busca fervorosa por Deus, onde a abstenção de alimentos é uma demonstração de compromisso e seriedade na busca por respostas divinas. Essa postura reflete a humildade e o arrependimento, que são fundamentais na oração.
Referências Bíblicas: Além de Jeremias, outras passagens que reforçam o tema da intercessão e do arrependimento incluem:
- Esdras 9.6-15: A confissão de pecados em nome do povo.
- Neemias 1.4-11: A oração de Neemias pela restauração de Jerusalém.
- Salmos 51: O arrependimento de Davi, um exemplo de contrição e busca de perdão.
Opiniões Acadêmicas e Textos Históricos: Estudiosos como Gleason Archer e Richard A. Allen abordam a relevância da oração de Daniel e a sua compreensão das profecias em suas obras. Archer, por exemplo, enfatiza como Daniel se tornou um intercessor, uma figura que se colocou entre Deus e seu povo, refletindo um padrão de oração que deve ser seguido. A importância das profecias no livro de Daniel também é discutida em textos como "Daniel: The Key to Prophetic Revelation" de Paul D. Feinberg, que destaca como o entendimento das profecias de Daniel é essencial para a escatologia cristã.
Conclusão
A dedicação de Daniel ao estudo das Escrituras e à intercessão é um modelo para os crentes de hoje. Sua busca sincera por entendimento e seu papel como intercessor demonstram a importância de uma vida de oração fundamentada na Palavra de Deus. Ele nos ensina que, mesmo em situações de desespero e exílio, devemos voltar nosso coração a Deus, buscando Sua orientação e intercedendo por nosso povo. A profecia das setenta semanas é um lembrete de que Deus tem um plano soberano e que a esperança é encontrada na fidelidade dEle.
Estudo e Intercessão de Daniel
Contexto Histórico: No tempo de Daniel, o império babilônico havia sido conquistado pelos medos e persas, marcando uma transição significativa na história do povo israelita. Dario, um rei medo, assumiu o governo, e Israel continuava sob o domínio estrangeiro. O povo estava ansioso por libertação e pela restauração de Jerusalém, o que tornava o estudo das profecias e a intercessão de Daniel ainda mais cruciais.
Estudo das Profecias: Daniel, reconhecendo a importância das Escrituras, dedicou-se a estudar as profecias, especialmente as de Jeremias. A expressão "estudei pelos livros" (מִכְתָּבִים, mikhtavim) indica não apenas a leitura, mas um aprofundamento nas mensagens divinas. A palavra "profecia" (נְבוּאָה, nevuah) implica uma revelação direta de Deus, o que mostra que Daniel acreditava na veracidade e relevância das mensagens proféticas.
A Profecia de Jeremias: Jeremias, que havia profetizado sobre o exílio (Jr 25.12-14), também mencionou a restauração. O cumprimento da profecia de que Jerusalém estaria desolada por setenta anos é central para o entendimento do plano de Deus. O uso do número setenta (שִׁבְעִים, shiv'im) simboliza um tempo completo, um período de purificação e preparação para a restauração. Essa mensagem é um convite à reflexão e à esperança, mostrando que, mesmo em cativeiro, Deus não abandonou Seu povo.
O Coração Intercessor de Daniel: A intercessão de Daniel (Dn 9.3) é um exemplo poderoso de como a oração deve ser feita com sinceridade e intensidade. Ele não apenas ora por si mesmo, mas também pelos pecados de seu povo. O termo "jejum" (צָوּם, tzom) sugere uma busca fervorosa por Deus, onde a abstenção de alimentos é uma demonstração de compromisso e seriedade na busca por respostas divinas. Essa postura reflete a humildade e o arrependimento, que são fundamentais na oração.
Referências Bíblicas: Além de Jeremias, outras passagens que reforçam o tema da intercessão e do arrependimento incluem:
- Esdras 9.6-15: A confissão de pecados em nome do povo.
- Neemias 1.4-11: A oração de Neemias pela restauração de Jerusalém.
- Salmos 51: O arrependimento de Davi, um exemplo de contrição e busca de perdão.
Opiniões Acadêmicas e Textos Históricos: Estudiosos como Gleason Archer e Richard A. Allen abordam a relevância da oração de Daniel e a sua compreensão das profecias em suas obras. Archer, por exemplo, enfatiza como Daniel se tornou um intercessor, uma figura que se colocou entre Deus e seu povo, refletindo um padrão de oração que deve ser seguido. A importância das profecias no livro de Daniel também é discutida em textos como "Daniel: The Key to Prophetic Revelation" de Paul D. Feinberg, que destaca como o entendimento das profecias de Daniel é essencial para a escatologia cristã.
Conclusão
A dedicação de Daniel ao estudo das Escrituras e à intercessão é um modelo para os crentes de hoje. Sua busca sincera por entendimento e seu papel como intercessor demonstram a importância de uma vida de oração fundamentada na Palavra de Deus. Ele nos ensina que, mesmo em situações de desespero e exílio, devemos voltar nosso coração a Deus, buscando Sua orientação e intercedendo por nosso povo. A profecia das setenta semanas é um lembrete de que Deus tem um plano soberano e que a esperança é encontrada na fidelidade dEle.
2- Persiste em ler. É interessante perceber o zelo de Daniel em ler e estudar o ensino ministrado por outros profetas. O verdadeiro profeta, afinal, jamais despreza o estudo sistematizado das Escrituras. Daniel era um homem de oração e também dos livros, tinha visões, mas nunca abandonou a Palavra escrita de Deus, Eis um dos segredos de como viver na Babilônia, sem que a ‘Babilônia’ viva em você. Isso nos lembra de que a leitura da Bíblia e de livros de bons autores e vital para o entendimento do cristão sobre as questões espirituais. Por isso, Paulo aconselha o jovem Timóteo a persistir na leitura (1 Tm 4.12).
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
Persistência na Leitura
Contexto Histórico: Daniel, como um jovem hebreu levado ao exílio na Babilônia, enfrentava um ambiente hostil à sua fé e aos seus valores. O desafio de viver em um contexto tão diferente do seu, sem se deixar contaminar pelos costumes e práticas babilônicas, era imenso. A história de Daniel, portanto, é um exemplo de fidelidade e perseverança na busca por Deus, mesmo em circunstâncias adversas.
Zelo pela Palavra de Deus: A expressão "persistir em ler" reflete a dedicação de Daniel ao estudo das Escrituras. O verbo "ler" (קָרָא, kara) implica uma ação ativa e contínua, não apenas uma leitura ocasional. O "ensino" mencionado diz respeito às instruções dadas por outros profetas, e Daniel demonstrou respeito pela tradição profética. Sua atitude ressalta que um verdadeiro crente deve se dedicar ao estudo sistemático da Bíblia, buscando sempre compreender a mensagem de Deus.
A Importância do Estudo Teológico: Daniel não abandonou a Palavra escrita. Mesmo tendo visões e experiências sobrenaturais, ele compreendeu que a revelação contínua de Deus se dá através das Escrituras. Isso é um alerta para todos nós: experiências espirituais não substituem a necessidade de um profundo conhecimento da Palavra de Deus. Assim como Paulo aconselha Timóteo a "persistir na leitura", essa prática é fundamental para que os crentes mantenham sua fé firme (1 Tm 4.13).
A Conexão entre Oração e Estudo: Daniel era um homem de oração e de livros. Sua prática de oração (Dn 9.3) era acompanhada de um estudo contínuo da Palavra. A intercessão e a meditação nas Escrituras andam juntas na vida espiritual. A oração sem conhecimento da Palavra pode se tornar superficial, enquanto o estudo sem oração pode ser apenas intelectual. Juntas, elas formam uma base sólida para a vida cristã.
Referências Bíblicas:
- Salmos 119.105: "Lâmpada para os meus pés é a tua palavra e luz para o meu caminho." Essa passagem enfatiza a importância da Palavra de Deus na orientação da vida do crente.
- Atos 17.11: Os bereanos foram elogiados por examinarem as Escrituras diariamente para ver se o que Paulo dizia era verdade, mostrando o valor do estudo sistemático.
Opiniões Acadêmicas e Textos Históricos: Estudiosos como John Stott e N.T. Wright enfatizam em suas obras a necessidade da Escritura na vida do cristão. Stott, em "A Mensagem da Bíblia", afirma que o cristão deve ser uma pessoa da Palavra, equilibrando conhecimento e prática. Wright, em "Simply Jesus", argumenta que o entendimento correto das Escrituras é essencial para compreender a obra redentora de Cristo e a missão da igreja.
Conclusão
A persistência de Daniel na leitura e estudo das Escrituras é um exemplo poderoso para os crentes de hoje. Em um mundo que muitas vezes se opõe à fé, a dedicação à Palavra de Deus e à oração é crucial para não apenas sobreviver, mas prosperar espiritualmente. Como Daniel, devemos nos aprofundar no estudo das Escrituras e permanecer firmes em nossa intercessão, garantindo que, mesmo em meio à Babilônia moderna, nossos corações e mentes sejam renovados e transformados pela Palavra de Deus.
Persistência na Leitura
Contexto Histórico: Daniel, como um jovem hebreu levado ao exílio na Babilônia, enfrentava um ambiente hostil à sua fé e aos seus valores. O desafio de viver em um contexto tão diferente do seu, sem se deixar contaminar pelos costumes e práticas babilônicas, era imenso. A história de Daniel, portanto, é um exemplo de fidelidade e perseverança na busca por Deus, mesmo em circunstâncias adversas.
Zelo pela Palavra de Deus: A expressão "persistir em ler" reflete a dedicação de Daniel ao estudo das Escrituras. O verbo "ler" (קָרָא, kara) implica uma ação ativa e contínua, não apenas uma leitura ocasional. O "ensino" mencionado diz respeito às instruções dadas por outros profetas, e Daniel demonstrou respeito pela tradição profética. Sua atitude ressalta que um verdadeiro crente deve se dedicar ao estudo sistemático da Bíblia, buscando sempre compreender a mensagem de Deus.
A Importância do Estudo Teológico: Daniel não abandonou a Palavra escrita. Mesmo tendo visões e experiências sobrenaturais, ele compreendeu que a revelação contínua de Deus se dá através das Escrituras. Isso é um alerta para todos nós: experiências espirituais não substituem a necessidade de um profundo conhecimento da Palavra de Deus. Assim como Paulo aconselha Timóteo a "persistir na leitura", essa prática é fundamental para que os crentes mantenham sua fé firme (1 Tm 4.13).
A Conexão entre Oração e Estudo: Daniel era um homem de oração e de livros. Sua prática de oração (Dn 9.3) era acompanhada de um estudo contínuo da Palavra. A intercessão e a meditação nas Escrituras andam juntas na vida espiritual. A oração sem conhecimento da Palavra pode se tornar superficial, enquanto o estudo sem oração pode ser apenas intelectual. Juntas, elas formam uma base sólida para a vida cristã.
Referências Bíblicas:
- Salmos 119.105: "Lâmpada para os meus pés é a tua palavra e luz para o meu caminho." Essa passagem enfatiza a importância da Palavra de Deus na orientação da vida do crente.
- Atos 17.11: Os bereanos foram elogiados por examinarem as Escrituras diariamente para ver se o que Paulo dizia era verdade, mostrando o valor do estudo sistemático.
Opiniões Acadêmicas e Textos Históricos: Estudiosos como John Stott e N.T. Wright enfatizam em suas obras a necessidade da Escritura na vida do cristão. Stott, em "A Mensagem da Bíblia", afirma que o cristão deve ser uma pessoa da Palavra, equilibrando conhecimento e prática. Wright, em "Simply Jesus", argumenta que o entendimento correto das Escrituras é essencial para compreender a obra redentora de Cristo e a missão da igreja.
Conclusão
A persistência de Daniel na leitura e estudo das Escrituras é um exemplo poderoso para os crentes de hoje. Em um mundo que muitas vezes se opõe à fé, a dedicação à Palavra de Deus e à oração é crucial para não apenas sobreviver, mas prosperar espiritualmente. Como Daniel, devemos nos aprofundar no estudo das Escrituras e permanecer firmes em nossa intercessão, garantindo que, mesmo em meio à Babilônia moderna, nossos corações e mentes sejam renovados e transformados pela Palavra de Deus.
3- Oração e jejum. Ao compreender a mensagem, Daniel buscou o Senhor em oração e súplicas, com jejum (v.3). Ele estava empenhado em uma busca profunda e sincera pela ajuda divina. Ao longo de sua jornada de fidelidade, Daniel sempre se mostrou um homem de oração. Ele orou por livramento; orou para agradecer, e agora orava para interceder. Daniel tinha convicção de que era preciso voltar-se ao Senhor com um coração contrito e arrependido por causa da sua nação. Por isso, ele põe-se a interceder pelo povo de Judá, de Jerusalém e de todo o Israel. O uso do pano de saco e as cinzas simboliza arrependimento. A oração do profeta foi, sobretudo, uma confissão de reconhecimento de culpa (vv.4-14). Embora íntegro, Daniel não se pôs acima do povo, mas na mesma condição. Ele não apresenta desculpas ou justificativas, antes reconhece a justiça do Senhor e suplica pelo seu perdão (vv.15-19). Com este exemplo bíblico, um verdadeiro modelo de influência que devemos seguir, somos inspirados em nossos dias a compreender o valor da oração intercessória e do jejum (Ef 6.18; 1Ts 1.2; 1Tm 2.1,2; Mt 6.16-18).
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
Oração e Jejum
Contexto Histórico e Cultural: O ato de orar e jejuar era uma prática profundamente enraizada na cultura israelita, especialmente em tempos de crise e arrependimento. Daniel, como um homem de Deus em um exílio, estava consciente de sua responsabilidade espiritual e da condição de seu povo. O pano de saco e as cinzas eram expressões visíveis de luto e penitência, simbolizando um estado de quebrantamento e humilhação diante de Deus (Jr 4.8; Jl 1.13-14).
Oração como Intercessão: Daniel se coloca em um papel de intercessor, reconhecendo a gravidade da situação de Israel e a necessidade urgente de arrependimento. A palavra "oração" (תְּפִלָּה, tefillah) denota um ato de adoração e comunicação com Deus, enquanto "súplica" (תַּחֲנוּן, tachanun) implica um pedido fervoroso e insistente. A busca de Daniel era não apenas por perdão, mas também por restauração, demonstrando um coração que se preocupa com o destino de seu povo.
Jejum e seu Significado: O jejum (צֹום, tzom) é frequentemente associado ao arrependimento e à busca por Deus. Em Daniel 9.3, ele se dedica a essa prática, simbolizando a renúncia às necessidades físicas em favor de um foco espiritual. O jejum, portanto, é uma forma de expressar a urgência e a seriedade de sua súplica, uma atitude que reflete a compreensão de que o povo estava sob juízo e precisava de intervenção divina.
A Confissão e o Reconhecimento de Culpas: O reconhecimento das falhas do povo é central na oração de Daniel. Embora ele mesmo seja descrito como íntegro (Dn 6.4), ele não se distancia do restante de Israel, mas se identifica com eles. A palavra "culpa" (עָוֹן, avon) refere-se a uma transgressão ou desvio do padrão moral estabelecido por Deus. Daniel reconhece que o exílio é uma consequência da desobediência do povo, e sua oração é um modelo de humildade e honestidade diante de Deus.
Exemplos e Referências Bíblicas:
- 1 Reis 8.46-50: A oração de Salomão durante a dedicatória do templo, onde ele também confessa os pecados do povo e pede perdão.
- Esdras 9.5-15: A intercessão de Esdras em reconhecimento da iniquidade de Israel e em busca de restauração.
- Mateus 6.16-18: Jesus ensina sobre o jejum, enfatizando a sinceridade e a discrição nesse ato.
Opiniões Acadêmicas e Textos Históricos: O teólogo Walter Brueggemann destaca em suas obras que o lamento e a confissão são fundamentais na vida de oração do povo de Deus, proporcionando uma maneira de retornar à relação correta com Ele. Oração e jejum, segundo Brueggemann, não são apenas práticas individuais, mas comunitárias, refletindo a necessidade de um retorno coletivo ao Senhor.
Conclusão
A oração e o jejum de Daniel são exemplos poderosos de como devemos nos aproximar de Deus em tempos de crise. Sua intercessão não apenas revela um coração arrependido, mas também um compromisso com a justiça e a misericórdia. Assim, somos chamados a imitar essa atitude, buscando em nossas próprias vidas uma relação profunda com Deus, reconhecendo nossas falhas e intercedendo por aqueles que nos cercam. Essa prática é essencial para a vida cristã, fortalecendo nossa fé e nos alinhando com o propósito divino.
Oração e Jejum
Contexto Histórico e Cultural: O ato de orar e jejuar era uma prática profundamente enraizada na cultura israelita, especialmente em tempos de crise e arrependimento. Daniel, como um homem de Deus em um exílio, estava consciente de sua responsabilidade espiritual e da condição de seu povo. O pano de saco e as cinzas eram expressões visíveis de luto e penitência, simbolizando um estado de quebrantamento e humilhação diante de Deus (Jr 4.8; Jl 1.13-14).
Oração como Intercessão: Daniel se coloca em um papel de intercessor, reconhecendo a gravidade da situação de Israel e a necessidade urgente de arrependimento. A palavra "oração" (תְּפִלָּה, tefillah) denota um ato de adoração e comunicação com Deus, enquanto "súplica" (תַּחֲנוּן, tachanun) implica um pedido fervoroso e insistente. A busca de Daniel era não apenas por perdão, mas também por restauração, demonstrando um coração que se preocupa com o destino de seu povo.
Jejum e seu Significado: O jejum (צֹום, tzom) é frequentemente associado ao arrependimento e à busca por Deus. Em Daniel 9.3, ele se dedica a essa prática, simbolizando a renúncia às necessidades físicas em favor de um foco espiritual. O jejum, portanto, é uma forma de expressar a urgência e a seriedade de sua súplica, uma atitude que reflete a compreensão de que o povo estava sob juízo e precisava de intervenção divina.
A Confissão e o Reconhecimento de Culpas: O reconhecimento das falhas do povo é central na oração de Daniel. Embora ele mesmo seja descrito como íntegro (Dn 6.4), ele não se distancia do restante de Israel, mas se identifica com eles. A palavra "culpa" (עָוֹן, avon) refere-se a uma transgressão ou desvio do padrão moral estabelecido por Deus. Daniel reconhece que o exílio é uma consequência da desobediência do povo, e sua oração é um modelo de humildade e honestidade diante de Deus.
Exemplos e Referências Bíblicas:
- 1 Reis 8.46-50: A oração de Salomão durante a dedicatória do templo, onde ele também confessa os pecados do povo e pede perdão.
- Esdras 9.5-15: A intercessão de Esdras em reconhecimento da iniquidade de Israel e em busca de restauração.
- Mateus 6.16-18: Jesus ensina sobre o jejum, enfatizando a sinceridade e a discrição nesse ato.
Opiniões Acadêmicas e Textos Históricos: O teólogo Walter Brueggemann destaca em suas obras que o lamento e a confissão são fundamentais na vida de oração do povo de Deus, proporcionando uma maneira de retornar à relação correta com Ele. Oração e jejum, segundo Brueggemann, não são apenas práticas individuais, mas comunitárias, refletindo a necessidade de um retorno coletivo ao Senhor.
Conclusão
A oração e o jejum de Daniel são exemplos poderosos de como devemos nos aproximar de Deus em tempos de crise. Sua intercessão não apenas revela um coração arrependido, mas também um compromisso com a justiça e a misericórdia. Assim, somos chamados a imitar essa atitude, buscando em nossas próprias vidas uma relação profunda com Deus, reconhecendo nossas falhas e intercedendo por aqueles que nos cercam. Essa prática é essencial para a vida cristã, fortalecendo nossa fé e nos alinhando com o propósito divino.
SUBSÍDIO 1
Professor (a), explique aos alunos que “Daniel entendeu, a partir das profecias de Jeremias, que o exílio na Babilônia duraria setenta anos (Dn 9.2; Jr 25.11; 29.10). Ele reconheceu que a restauração dependia do arrependimento nacional (Jr 29.10-14), de modo que Daniel intercedeu pessoalmente por Israel com penitência e petições. Ele orou especificamente pela restauração de Jerusalém e do Templo (Dn 9.3-19). Aparentemente, Daniel esperava o cumprimento imediato e completo da restauração de Israel com a conclusão do cativeiro dos setenta anos. No entanto, a resposta que lhe foi entregue por Gabriel (a profecia dos setenta anos) revelou que a restauração de Israel seria progressiva e se cumpriria definitivamente somente no tempo do fim.”
II – DEUS REVELA O FUTURO DO SEU POVO
1- A resposta da oração. Antes mesmo de terminar a sua intensa oração, o anjo Gabriel aparece repentinamente diante dele (v.21). Este ser angelical, o mesmo registrado no capítulo 8, é mencionado na Bíblia como mensageiro de Deus (Lc 1.19.20, 26). Foi enviado nesta ocasião em resposta à súplica do profeta, para lhe dar entendimento sobre a visão (vv. 22.23). Apesar do espanto, Daniel deve ter experimentado um conforto indescritível ao ouvir a voz do anjo. Seu pedido moveu o céu. Muitas vezes, em nossas vidas, não recebemos uma resposta divina rápida, daí a necessidade da perseverança (Cl 4.2). No caso de Daniel, porém, o Senhor apressou-se em atender ao seu servo, porque era ele ‘mui amado” (v.23). A verdade maravilhosa é que Deus tem prazer em ouvir a oração dos seus filhos, sobretudo quando se concentram na glória do seu nome!
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
Resposta da Oração
Contexto Histórico e Cultural: O capítulo 9 do livro de Daniel se insere em um período crítico para o povo de Israel, que se encontrava no exílio babilônico. Daniel, sendo um dos principais líderes e profetas, estava profundamente preocupado com a restauração de seu povo e a cidade de Jerusalém. A resposta de Deus por meio do anjo Gabriel é um exemplo claro da comunicação divina em momentos de desespero e busca sincera.
A Resposta Imediata de Deus: O versículo 21 menciona que Gabriel aparece "enquanto eu ainda falava", enfatizando a prontidão de Deus em responder às súplicas de Daniel. A palavra hebraica para "resposta" (תְּשׁוּבָה, teshuvah) também implica um retorno, sugerindo que a oração de Daniel não apenas chamou a atenção de Deus, mas que houve um movimento celestial em direção a ele. Essa prontidão divina destaca a importância de uma vida de oração fervorosa e sincera.
Gabriel como Mensageiro: Gabriel (גַּבְרִיאֵל, Gavri'el) é um dos principais anjos mencionados na Bíblia, representando a presença de Deus e atuando como mediador de mensagens divinas (Dn 8.16; Lc 1.19, 26). O fato de ele ser enviado para confortar Daniel e explicar a visão demonstra a intimidade do relacionamento entre Deus e seus servos. O papel de Gabriel como mensageiro reforça a crença na continuidade da comunicação entre o céu e a terra, um tema que permeia as Escrituras.
A Designação "Mui Amado": A descrição de Daniel como “mui amado” (חָשׁוּב, chashuv) destaca a relação especial que ele tinha com Deus. Essa frase não apenas implica que Daniel era querido, mas também que suas ações e orações eram de grande valor. A relação de amor e favor entre Deus e seus servos é um tema recorrente, como visto em outros exemplos bíblicos, como Moisés (Êx 33.11) e João, o apóstolo (Jo 13.23).
A Necessidade de Perseverança: Embora a resposta de Deus tenha sido rápida neste caso, muitas vezes, na vida dos crentes, as respostas podem demorar. Isso ressalta a importância da perseverança na oração, conforme mencionado em Colossenses 4.2. A espera e a persistência são partes cruciais da jornada espiritual, moldando o caráter do crente e aprofundando sua fé.
Referências Bíblicas:
- Daniel 8.16: A menção de Gabriel como mensageiro de Deus.
- Lucas 1.19: A aparição de Gabriel a Zacarias, enfatizando seu papel de mensageiro.
- Colossenses 4.2: A exortação de Paulo à perseverança na oração.
Opiniões Acadêmicas: Teólogos como John Goldingay argumentam que a prontidão de Deus em responder à oração de Daniel não é apenas um ato de misericórdia, mas também uma declaração do compromisso de Deus com Seu povo. Goldingay sugere que a resposta imediata de Gabriel reflete a dinâmica da aliança, onde Deus se compromete a ouvir e responder os apelos de Seu povo.
Conclusão
A resposta de Deus à oração de Daniel revela a eficácia da intercessão e o amor de Deus por aqueles que O buscam sinceramente. A prontidão de Gabriel para trazer a mensagem divina sublinha a importância da oração persistente, mostrando que, mesmo em tempos de grande angústia, Deus está atento às súplicas de Seus servos. Essa passagem nos inspira a manter a fé e a confiança na comunicação contínua com Deus, sabendo que Ele é um Deus que ouve e responde.
Resposta da Oração
Contexto Histórico e Cultural: O capítulo 9 do livro de Daniel se insere em um período crítico para o povo de Israel, que se encontrava no exílio babilônico. Daniel, sendo um dos principais líderes e profetas, estava profundamente preocupado com a restauração de seu povo e a cidade de Jerusalém. A resposta de Deus por meio do anjo Gabriel é um exemplo claro da comunicação divina em momentos de desespero e busca sincera.
A Resposta Imediata de Deus: O versículo 21 menciona que Gabriel aparece "enquanto eu ainda falava", enfatizando a prontidão de Deus em responder às súplicas de Daniel. A palavra hebraica para "resposta" (תְּשׁוּבָה, teshuvah) também implica um retorno, sugerindo que a oração de Daniel não apenas chamou a atenção de Deus, mas que houve um movimento celestial em direção a ele. Essa prontidão divina destaca a importância de uma vida de oração fervorosa e sincera.
Gabriel como Mensageiro: Gabriel (גַּבְרִיאֵל, Gavri'el) é um dos principais anjos mencionados na Bíblia, representando a presença de Deus e atuando como mediador de mensagens divinas (Dn 8.16; Lc 1.19, 26). O fato de ele ser enviado para confortar Daniel e explicar a visão demonstra a intimidade do relacionamento entre Deus e seus servos. O papel de Gabriel como mensageiro reforça a crença na continuidade da comunicação entre o céu e a terra, um tema que permeia as Escrituras.
A Designação "Mui Amado": A descrição de Daniel como “mui amado” (חָשׁוּב, chashuv) destaca a relação especial que ele tinha com Deus. Essa frase não apenas implica que Daniel era querido, mas também que suas ações e orações eram de grande valor. A relação de amor e favor entre Deus e seus servos é um tema recorrente, como visto em outros exemplos bíblicos, como Moisés (Êx 33.11) e João, o apóstolo (Jo 13.23).
A Necessidade de Perseverança: Embora a resposta de Deus tenha sido rápida neste caso, muitas vezes, na vida dos crentes, as respostas podem demorar. Isso ressalta a importância da perseverança na oração, conforme mencionado em Colossenses 4.2. A espera e a persistência são partes cruciais da jornada espiritual, moldando o caráter do crente e aprofundando sua fé.
Referências Bíblicas:
- Daniel 8.16: A menção de Gabriel como mensageiro de Deus.
- Lucas 1.19: A aparição de Gabriel a Zacarias, enfatizando seu papel de mensageiro.
- Colossenses 4.2: A exortação de Paulo à perseverança na oração.
Opiniões Acadêmicas: Teólogos como John Goldingay argumentam que a prontidão de Deus em responder à oração de Daniel não é apenas um ato de misericórdia, mas também uma declaração do compromisso de Deus com Seu povo. Goldingay sugere que a resposta imediata de Gabriel reflete a dinâmica da aliança, onde Deus se compromete a ouvir e responder os apelos de Seu povo.
Conclusão
A resposta de Deus à oração de Daniel revela a eficácia da intercessão e o amor de Deus por aqueles que O buscam sinceramente. A prontidão de Gabriel para trazer a mensagem divina sublinha a importância da oração persistente, mostrando que, mesmo em tempos de grande angústia, Deus está atento às súplicas de Seus servos. Essa passagem nos inspira a manter a fé e a confiança na comunicação contínua com Deus, sabendo que Ele é um Deus que ouve e responde.
2- Oração aos anjos? Você deve notar que Daniel dirigiu a sua oração a Deus e não ao anjo Gabriel Em lugar algum das Escrituras temos autorização para orar aos seres angelicais. Esse tipo de prática é chamada de angelolatria, ou seja, idolatria aos anjos. Embora eles sejam seres espirituais com poderes extraordinários superiores aos homens (Sl 8.4,5; 103.20; 2 Pe 2.11), são criaturas limitadas. Não são oniscientes (1 Pe 1.12) e recusam a adoração (Ap 22.8.9), antes, adoram a Deus e a Cristo (Ap 511.12). Eles são espíritos ministradores, enviados para servir a favor daqueles que hão de herdar a salvação” (Hb 1.14). Assim, supostas mensagens angelicais não podem perverter o Evangelho revelado em sua Palavra (Gl 18). Por essas mesmas razões, conforme consta em nossa Declaração de Fé das Assembleias de Deus no Brasil, a ideia de que todas as pessoas possuem um anjo da guarda designado para acompanhá-las durante toda a sua vida não tem sustentação bíblica.
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
Oração aos Anjos
Contexto Teológico: A prática de orar a seres angelicais, conhecida como angelolatria, é um assunto controverso no meio cristão e tem implicações significativas para a fé e a prática religiosa. Ao examinar as Escrituras, especialmente no contexto da oração de Daniel, fica claro que a adoração e a súplica devem ser direcionadas unicamente a Deus.
A Oração de Daniel: Daniel, ao dirigir sua oração a Deus, demonstra um entendimento profundo da natureza divina e do seu papel como profeta. Ele se dirige a Yahweh, reconhecendo Sua grandeza e fidelidade, e não busca a intercessão de Gabriel. Este exemplo é crucial para entender a relação que devemos manter com os seres celestiais: eles são mensageiros e servos de Deus, não intermediários na oração.
Natureza dos Anjos: Os anjos, conforme descrito nas Escrituras, são criaturas espirituais criadas por Deus. A palavra hebraica para anjo é מַלְאָךְ (mal'akh), que significa "mensageiro". Embora tenham um papel importante como servos de Deus, sua natureza é limitada em comparação com a onisciência e a onipotência de Deus. O Salmo 8.4-5 fala da posição única do ser humano em relação aos anjos, sublinhando que somos feitos "um pouco menor do que os anjos" (NAA), mas não são dignos de adoração.
A Recusa à Adoração: A recusa dos anjos em receber adoração é enfatizada em Apocalipse 22.8-9, onde o apóstolo João tenta adorar o anjo que lhe falava, mas é prontamente interrompido. Isso indica que mesmo seres de elevada posição no reino espiritual reconhecem que a adoração pertence somente a Deus. Esse princípio é vital para evitar desvios na prática cristã.
Espíritos Ministradores: Hebreus 1.14 descreve os anjos como "espíritos ministradores, enviados para servir a favor daqueles que hão de herdar a salvação". Isso revela que o papel dos anjos é apoiar os crentes na realização do propósito de Deus, mas não como objetos de oração ou adoração.
Referências Bíblicas:
- Salmo 103.20: "Bendizei ao Senhor, vós seus anjos, poderosos em força, que executais a sua palavra."
- 1 Pedro 1.12: Fala sobre a limitação dos anjos em conhecer completamente o plano de Deus, indicando sua natureza criada.
- Gálatas 1.8: "Mas, ainda que nós ou um anjo do céu pregue outro evangelho além do que já vos pregamos, seja anátema."
Opiniões Acadêmicas: Teólogos, como John Stott e Wayne Grudem, discutem a angelologia e a importância de entender corretamente a função dos anjos em relação a Deus e à humanidade. Stott enfatiza que a Bíblia nos ensina a orar somente a Deus, enquanto Grudem ressalta que a ideia de um "anjo da guarda" não encontra sustentação nas Escrituras, embora a proteção divina seja um tema reconhecido.
Conclusão: A oração deve ser exclusivamente dirigida a Deus, o Criador e Sustentador. A angelolatria não só desvia a adoração da fonte apropriada, mas também enfraquece a compreensão do papel dos anjos como servos de Deus. A prática correta envolve reconhecer a grandeza de Deus, dirigir a Ele nossas orações e confiar na assistência que Ele providencia através de Seus mensageiros. Essa perspectiva teológica é essencial para manter a pureza da fé cristã e o correto entendimento das Escrituras.
Oração aos Anjos
Contexto Teológico: A prática de orar a seres angelicais, conhecida como angelolatria, é um assunto controverso no meio cristão e tem implicações significativas para a fé e a prática religiosa. Ao examinar as Escrituras, especialmente no contexto da oração de Daniel, fica claro que a adoração e a súplica devem ser direcionadas unicamente a Deus.
A Oração de Daniel: Daniel, ao dirigir sua oração a Deus, demonstra um entendimento profundo da natureza divina e do seu papel como profeta. Ele se dirige a Yahweh, reconhecendo Sua grandeza e fidelidade, e não busca a intercessão de Gabriel. Este exemplo é crucial para entender a relação que devemos manter com os seres celestiais: eles são mensageiros e servos de Deus, não intermediários na oração.
Natureza dos Anjos: Os anjos, conforme descrito nas Escrituras, são criaturas espirituais criadas por Deus. A palavra hebraica para anjo é מַלְאָךְ (mal'akh), que significa "mensageiro". Embora tenham um papel importante como servos de Deus, sua natureza é limitada em comparação com a onisciência e a onipotência de Deus. O Salmo 8.4-5 fala da posição única do ser humano em relação aos anjos, sublinhando que somos feitos "um pouco menor do que os anjos" (NAA), mas não são dignos de adoração.
A Recusa à Adoração: A recusa dos anjos em receber adoração é enfatizada em Apocalipse 22.8-9, onde o apóstolo João tenta adorar o anjo que lhe falava, mas é prontamente interrompido. Isso indica que mesmo seres de elevada posição no reino espiritual reconhecem que a adoração pertence somente a Deus. Esse princípio é vital para evitar desvios na prática cristã.
Espíritos Ministradores: Hebreus 1.14 descreve os anjos como "espíritos ministradores, enviados para servir a favor daqueles que hão de herdar a salvação". Isso revela que o papel dos anjos é apoiar os crentes na realização do propósito de Deus, mas não como objetos de oração ou adoração.
Referências Bíblicas:
- Salmo 103.20: "Bendizei ao Senhor, vós seus anjos, poderosos em força, que executais a sua palavra."
- 1 Pedro 1.12: Fala sobre a limitação dos anjos em conhecer completamente o plano de Deus, indicando sua natureza criada.
- Gálatas 1.8: "Mas, ainda que nós ou um anjo do céu pregue outro evangelho além do que já vos pregamos, seja anátema."
Opiniões Acadêmicas: Teólogos, como John Stott e Wayne Grudem, discutem a angelologia e a importância de entender corretamente a função dos anjos em relação a Deus e à humanidade. Stott enfatiza que a Bíblia nos ensina a orar somente a Deus, enquanto Grudem ressalta que a ideia de um "anjo da guarda" não encontra sustentação nas Escrituras, embora a proteção divina seja um tema reconhecido.
Conclusão: A oração deve ser exclusivamente dirigida a Deus, o Criador e Sustentador. A angelolatria não só desvia a adoração da fonte apropriada, mas também enfraquece a compreensão do papel dos anjos como servos de Deus. A prática correta envolve reconhecer a grandeza de Deus, dirigir a Ele nossas orações e confiar na assistência que Ele providencia através de Seus mensageiros. Essa perspectiva teológica é essencial para manter a pureza da fé cristã e o correto entendimento das Escrituras.
3- A revelação das Setenta Semanas e o Messias. A mensagem de explicação do anjo celeste revela um tempo determinado de setenta semanas decretadas por Deus para o seu povo e sua cidade santa (v. 24). Fazendo uma contagem histórica da profecia de Jeremias, Daniel compreendia que o cativeiro estava terminando. Isso viria a se cumprir por intermédio do Decreto de Ciro, não muito tempo depois. Contudo, o anjo dá um entendimento mais profundo e apocalíptico das Setenta Semanas, que se aplica não somente a Israel, mas a todo o mundo. Semelhantemente a Daniel, Deus quer que você amplie o seu entendimento e tenha uma dimensão mais profunda da sua Palavra e da vida espiritual. As Setenta Semanas simbólicas destacam sobretudo o tempo e a obra do Messias. Ele é descrito como o Ungido e o Príncipe (vv. 25.26). O verso 24 apresenta seis aspectos da sua obra redentora: acabar com a transgressão. dar fim ao pecado, expiar a iniquidade. trazer a justiça eterna, selar a visão e a profecia, e ungir o lugar santíssimo.
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
A Revelação das Setenta Semanas e o Messias
Contexto Teológico: A profecia das Setenta Semanas em Daniel 9 é uma das mais profundas e complexas do Antigo Testamento, oferecendo não apenas um vislumbre do futuro de Israel, mas também revelando o plano redentor de Deus através do Messias. A menção de “setenta semanas” (שָׁבוּעַ, shabu'a) implica um período de tempo que, em contextos proféticos, simboliza tanto a completude quanto a determinação divina.
Setenta Semanas: As Setenta Semanas são geralmente interpretadas como um período de 490 anos (70 x 7), abrangendo desde o decreto para restaurar Jerusalém até a vinda do Messias. Este conceito é aprofundado em estudos como o de John Walvoord, que analisa como essa profecia se desdobra ao longo da história, culminando na vinda de Cristo.
Aspectos da Obra do Messias: O versículo 24 apresenta seis aspectos cruciais da obra redentora do Messias:
- Acabar com a transgressão (כָּלָה, kalá): Refere-se à conclusão do pecado que separa o homem de Deus. Este é um tema central na teologia da redenção, conforme visto em Isaías 53, que descreve o sofrimento do Servo como meio de expiação.
- Dar fim ao pecado (חָטָא, chattá): O pecado é a raiz do problema da humanidade, e a obra do Messias é projetada para trazer uma solução definitiva. Romanos 6.23 reafirma que “o salário do pecado é a morte”, enfatizando a necessidade de um redentor.
- Expiar a iniquidade (אָשָׁם, 'asham): A expiação é um conceito fundamental no sistema sacrificial da antiga aliança. Em Levítico 16, o bode emissário simboliza a transferência dos pecados do povo, apontando para o sacrifício de Cristo como o cumprimento pleno dessa necessidade.
- Trazer a justiça eterna (צֶדֶק, tsédeq): O Messias não apenas lidará com o pecado, mas estabelecerá uma justiça duradoura. Isso se conecta com a visão profética de Isaías 9.7, onde se fala de um governo de paz e justiça.
- Selar a visão e a profecia (חָתוּם, chatúm): Essa expressão implica a confirmação das promessas de Deus e a conclusão do plano redentor, garantindo que as profecias se cumprirão. Essa ideia ressoa com a afirmação de Jesus em Mateus 5.17 sobre não ter vindo para abolir a Lei, mas para cumpri-la.
- Ungir o Santo dos Santos (קדש קדשים, kodesh kodashim): Refere-se ao lugar mais sagrado do templo, simbolizando a presença de Deus. A unção do Santo dos Santos, especialmente na nova aliança, é um tema encontrado em Hebreus 9, onde se menciona o sacrifício perfeito de Cristo.
Raiz das Palavras em Hebraico: O uso das palavras hebraicas enriquece o entendimento:
- שָׁבוּעַ (shabu'a): Refere-se a “semana”, mas no contexto profético, pode significar um período de anos, denotando um tempo divinamente estabelecido.
- כָּלָה (kalá): Implica uma conclusão, sugerindo que a obra do Messias trará um fechamento definitivo para a transgressão.
- צֶדֶק (tsédeq): Justiça, que é uma qualidade essencial de Deus e do governo messiânico.
Referências Bíblicas:
- Isaías 53: O sofrimento do Messias como meio de expiação.
- Romanos 5.8: A demonstração do amor de Deus através da morte de Cristo pelos pecadores.
- Hebreus 9.12: O sacrifício de Cristo que entra no Santo dos Santos uma vez por todas.
Opiniões Acadêmicas: Teólogos como R. C. Sproul e J. I. Packer enfatizam a importância dessa profecia como um marco da história da salvação. Sproul observa que a profecia das Setenta Semanas não apenas indica o tempo da vinda do Messias, mas também ressalta a importância de viver em expectativa e fé na redenção.
Conclusão: As Setenta Semanas são um poderoso testemunho do plano redentor de Deus, que culmina na obra de Cristo. Essa profecia não apenas oferece esperança ao povo de Israel, mas também se estende a toda a humanidade, reafirmando a soberania de Deus e Seu propósito eterno na história. Através da oração, do estudo e da intercessão, somos chamados a aprofundar nosso entendimento sobre essas verdades eternas e a viver em conformidade com elas.
A Revelação das Setenta Semanas e o Messias
Contexto Teológico: A profecia das Setenta Semanas em Daniel 9 é uma das mais profundas e complexas do Antigo Testamento, oferecendo não apenas um vislumbre do futuro de Israel, mas também revelando o plano redentor de Deus através do Messias. A menção de “setenta semanas” (שָׁבוּעַ, shabu'a) implica um período de tempo que, em contextos proféticos, simboliza tanto a completude quanto a determinação divina.
Setenta Semanas: As Setenta Semanas são geralmente interpretadas como um período de 490 anos (70 x 7), abrangendo desde o decreto para restaurar Jerusalém até a vinda do Messias. Este conceito é aprofundado em estudos como o de John Walvoord, que analisa como essa profecia se desdobra ao longo da história, culminando na vinda de Cristo.
Aspectos da Obra do Messias: O versículo 24 apresenta seis aspectos cruciais da obra redentora do Messias:
- Acabar com a transgressão (כָּלָה, kalá): Refere-se à conclusão do pecado que separa o homem de Deus. Este é um tema central na teologia da redenção, conforme visto em Isaías 53, que descreve o sofrimento do Servo como meio de expiação.
- Dar fim ao pecado (חָטָא, chattá): O pecado é a raiz do problema da humanidade, e a obra do Messias é projetada para trazer uma solução definitiva. Romanos 6.23 reafirma que “o salário do pecado é a morte”, enfatizando a necessidade de um redentor.
- Expiar a iniquidade (אָשָׁם, 'asham): A expiação é um conceito fundamental no sistema sacrificial da antiga aliança. Em Levítico 16, o bode emissário simboliza a transferência dos pecados do povo, apontando para o sacrifício de Cristo como o cumprimento pleno dessa necessidade.
- Trazer a justiça eterna (צֶדֶק, tsédeq): O Messias não apenas lidará com o pecado, mas estabelecerá uma justiça duradoura. Isso se conecta com a visão profética de Isaías 9.7, onde se fala de um governo de paz e justiça.
- Selar a visão e a profecia (חָתוּם, chatúm): Essa expressão implica a confirmação das promessas de Deus e a conclusão do plano redentor, garantindo que as profecias se cumprirão. Essa ideia ressoa com a afirmação de Jesus em Mateus 5.17 sobre não ter vindo para abolir a Lei, mas para cumpri-la.
- Ungir o Santo dos Santos (קדש קדשים, kodesh kodashim): Refere-se ao lugar mais sagrado do templo, simbolizando a presença de Deus. A unção do Santo dos Santos, especialmente na nova aliança, é um tema encontrado em Hebreus 9, onde se menciona o sacrifício perfeito de Cristo.
Raiz das Palavras em Hebraico: O uso das palavras hebraicas enriquece o entendimento:
- שָׁבוּעַ (shabu'a): Refere-se a “semana”, mas no contexto profético, pode significar um período de anos, denotando um tempo divinamente estabelecido.
- כָּלָה (kalá): Implica uma conclusão, sugerindo que a obra do Messias trará um fechamento definitivo para a transgressão.
- צֶדֶק (tsédeq): Justiça, que é uma qualidade essencial de Deus e do governo messiânico.
Referências Bíblicas:
- Isaías 53: O sofrimento do Messias como meio de expiação.
- Romanos 5.8: A demonstração do amor de Deus através da morte de Cristo pelos pecadores.
- Hebreus 9.12: O sacrifício de Cristo que entra no Santo dos Santos uma vez por todas.
Opiniões Acadêmicas: Teólogos como R. C. Sproul e J. I. Packer enfatizam a importância dessa profecia como um marco da história da salvação. Sproul observa que a profecia das Setenta Semanas não apenas indica o tempo da vinda do Messias, mas também ressalta a importância de viver em expectativa e fé na redenção.
Conclusão: As Setenta Semanas são um poderoso testemunho do plano redentor de Deus, que culmina na obra de Cristo. Essa profecia não apenas oferece esperança ao povo de Israel, mas também se estende a toda a humanidade, reafirmando a soberania de Deus e Seu propósito eterno na história. Através da oração, do estudo e da intercessão, somos chamados a aprofundar nosso entendimento sobre essas verdades eternas e a viver em conformidade com elas.
SUBSÍDIO 2
Professor (a), mostre aos seus alunos as principais escolas escatológicas: Preterista, Progressista e Futurista. A “Preteristo, interpreta as profecias de Daniel e do Apocalipse como já cumpridas, com exceção de umas poucas Progressista como o próprio nome já indica, interpreta Daniel e o Apocalipse como o desenvolvimento histórico do mundo e a Futurista, segundo essa escola. quase todas as profecias de Daniel e do Apocalipse se cumprirão durante os sete anos que se seguirão ao arrebatamento da Igreja, que, por sua vez ocorrerá repentinamente (ALMEIDA, A Israel. Gogue e o Anticristo 11 ed. Rio de Janeiro CPAD 1999, pp.122.123)
III- ENTENDENDO AS SETENTA SEMANAS
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
Entendendo as Setenta Semanas
Semanas de Anos: A profecia das Setenta Semanas é uma das mais complexas e discutidas na escatologia bíblica. A interpretação de que estas semanas representam anos é sustentada por uma análise linguística e contextual das Escrituras. O hebraico original usa a palavra שָׁבוּעַ (shabu'a), que pode ser interpretada como "semana" ou "período de sete", frequentemente entendida como "sete anos" em contextos proféticos.
Divisão das Setenta Semanas:
- Sete Semanas (49 anos):
- Este período se inicia com o decreto de Artaxerxes Longímano em 445 a.C., que autorizou a reconstrução de Jerusalém (Ne 2). Este decreto é considerado o ponto de partida da contagem das semanas.
- O período de 49 anos pode ser visto como um tempo de preparação e restauração, onde Jerusalém foi reconstruída e reestabelecida, conforme prometido nas profecias. Esse aspecto é corroborado por estudiosos como Gleason Archer, que enfatiza a importância desse decreto como marco histórico.
- Sessenta e Duas Semanas (434 anos):
- Este período se estende até a vinda do Messias, Jesus de Nazaré, e abrange eventos significativos da história de Israel, incluindo o ministério e a morte de Cristo (vv. 25-26).
- A morte do Messias é um momento crucial que altera a relação de Deus com Seu povo e com a humanidade, um tema central em Isaías 53, que descreve o Servo Sofredor. A destruição de Jerusalém em 70 d.C., sob o comando do general romano Tito, é um cumprimento do juízo de Deus, que Jesus previu em Lucas 21.20-24.
- Uma Semana (7 anos):
- Este último período, ainda não cumprido, refere-se à Grande Tribulação, um tempo de grande angústia e juízo, conforme descrito em Apocalipse 6-19.
- O versículo 27 menciona um tratado que será estabelecido e quebrado, associado à figura do Anticristo. A escatologia cristã, conforme o estudo de teólogos como Charles Ryrie, vê este período como essencial para a preparação de Israel para o retorno de Cristo, culminando na conversão nacional de Israel (Romanos 11.26).
Raiz das Palavras em Hebraico:
- שָׁבוּעַ (shabu'a): Indica um ciclo de sete, enfatizando a importância do número em contextos de tempo e cumprimento profético.
- מָשִׁיחַ (mashiach): A palavra hebraica para "Messias", que significa "o ungido", evidenciando a expectativa messiânica que permeia a profecia.
Opiniões Acadêmicas:
- John Walvoord, em seu livro "Daniel: The Key to Prophetic Revelation", argumenta que a precisão das profecias em Daniel atesta a soberania de Deus sobre a história.
- R. C. Sproul e David Jeremiah também ressaltam a relevância da profecia das Setenta Semanas para a compreensão do plano redentor de Deus e sua aplicação na vida atual do cristão.
Referências Bíblicas:
- Daniel 9.25-27: O núcleo da profecia das Setenta Semanas.
- Mateus 24.15: Jesus refere-se à profecia de Daniel ao falar sobre o futuro da nação de Israel.
- Apocalipse 6.15-17: Descrição da Grande Tribulação e da ira de Deus contra a rebelião da humanidade.
Conclusão:
A profecia das Setenta Semanas não é apenas um relato histórico, mas uma mensagem de esperança e advertência sobre o plano de Deus para a humanidade. Através dela, somos lembrados da importância de estar atentos às promessas de Deus e da necessidade de viver em santidade e expectativa pela vinda do nosso Senhor. A oração e a intercessão, exemplificadas por Daniel, continuam a ser fundamentais em nossa jornada de fé, enquanto aguardamos o cumprimento pleno das promessas divinas.
Entendendo as Setenta Semanas
Semanas de Anos: A profecia das Setenta Semanas é uma das mais complexas e discutidas na escatologia bíblica. A interpretação de que estas semanas representam anos é sustentada por uma análise linguística e contextual das Escrituras. O hebraico original usa a palavra שָׁבוּעַ (shabu'a), que pode ser interpretada como "semana" ou "período de sete", frequentemente entendida como "sete anos" em contextos proféticos.
Divisão das Setenta Semanas:
- Sete Semanas (49 anos):
- Este período se inicia com o decreto de Artaxerxes Longímano em 445 a.C., que autorizou a reconstrução de Jerusalém (Ne 2). Este decreto é considerado o ponto de partida da contagem das semanas.
- O período de 49 anos pode ser visto como um tempo de preparação e restauração, onde Jerusalém foi reconstruída e reestabelecida, conforme prometido nas profecias. Esse aspecto é corroborado por estudiosos como Gleason Archer, que enfatiza a importância desse decreto como marco histórico.
- Sessenta e Duas Semanas (434 anos):
- Este período se estende até a vinda do Messias, Jesus de Nazaré, e abrange eventos significativos da história de Israel, incluindo o ministério e a morte de Cristo (vv. 25-26).
- A morte do Messias é um momento crucial que altera a relação de Deus com Seu povo e com a humanidade, um tema central em Isaías 53, que descreve o Servo Sofredor. A destruição de Jerusalém em 70 d.C., sob o comando do general romano Tito, é um cumprimento do juízo de Deus, que Jesus previu em Lucas 21.20-24.
- Uma Semana (7 anos):
- Este último período, ainda não cumprido, refere-se à Grande Tribulação, um tempo de grande angústia e juízo, conforme descrito em Apocalipse 6-19.
- O versículo 27 menciona um tratado que será estabelecido e quebrado, associado à figura do Anticristo. A escatologia cristã, conforme o estudo de teólogos como Charles Ryrie, vê este período como essencial para a preparação de Israel para o retorno de Cristo, culminando na conversão nacional de Israel (Romanos 11.26).
Raiz das Palavras em Hebraico:
- שָׁבוּעַ (shabu'a): Indica um ciclo de sete, enfatizando a importância do número em contextos de tempo e cumprimento profético.
- מָשִׁיחַ (mashiach): A palavra hebraica para "Messias", que significa "o ungido", evidenciando a expectativa messiânica que permeia a profecia.
Opiniões Acadêmicas:
- John Walvoord, em seu livro "Daniel: The Key to Prophetic Revelation", argumenta que a precisão das profecias em Daniel atesta a soberania de Deus sobre a história.
- R. C. Sproul e David Jeremiah também ressaltam a relevância da profecia das Setenta Semanas para a compreensão do plano redentor de Deus e sua aplicação na vida atual do cristão.
Referências Bíblicas:
- Daniel 9.25-27: O núcleo da profecia das Setenta Semanas.
- Mateus 24.15: Jesus refere-se à profecia de Daniel ao falar sobre o futuro da nação de Israel.
- Apocalipse 6.15-17: Descrição da Grande Tribulação e da ira de Deus contra a rebelião da humanidade.
Conclusão:
A profecia das Setenta Semanas não é apenas um relato histórico, mas uma mensagem de esperança e advertência sobre o plano de Deus para a humanidade. Através dela, somos lembrados da importância de estar atentos às promessas de Deus e da necessidade de viver em santidade e expectativa pela vinda do nosso Senhor. A oração e a intercessão, exemplificadas por Daniel, continuam a ser fundamentais em nossa jornada de fé, enquanto aguardamos o cumprimento pleno das promessas divinas.
2- As duas metades da septuagésima semana. A Septuagésima Semana pode ser dividida em duas metades distintas. A primeira metade será marcada pelo reinado absoluto do Anticristo – o príncipe”, de acordo com Daniel 9.26b. Ele enganará Israel fazendo uma aliança com o povo judeu (Dn 9.27a), e buscará a adoração como se fora Deus (2 Ts 2.4b), profanando o santuário, o lugar santo para o povo de Israel, como alertou o próprio Senhor Jesus (Mt 24.15). A segunda metade terá inicio quando Israel se negar a adorá-lo, e então o Anticristo quebrará o acordo de paz – depois de três anos e meio (Dn 9.27b)- e perseguirà o povo judeu. Essa segunda metade é A Grande Tribulação propriamente dita (1 Ts 5.3: Jr 30.7). Ao final do período de sete anos, aparecerá o Libertador de Israel “E, assim, todo o Israel será salvo (Rm 11.26).
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
As Duas Metades da Septuagésima Semana
Divisão da Septuagésima Semana: A Septuagésima Semana, conforme revelado em Daniel 9.27, é uma profecia que se desdobra em duas partes significativas, refletindo a complexidade do plano de Deus para Israel e o mundo durante os últimos dias. Essa divisão é crucial para entender os eventos futuros que envolvem a nação de Israel e a manifestação do Anticristo.
Primeira Metade da Semana:
- Reinado do Anticristo:
- A primeira metade da septuagésima semana, que corresponde a três anos e meio, é marcada pelo domínio e pela influência do Anticristo. Ele é chamado de "príncipe" em Daniel 9.26b, sugerindo um líder político e espiritual que enganará muitos, especialmente Israel.
- A aliança que ele faz com o povo judeu é um engano estratégico, e o Anticristo buscará se apresentar como um salvador, trazendo uma falsa paz (Dn 9.27a). Sua capacidade de manipulação é reforçada por passagens como 2 Tessalonicenses 2.4, onde ele se coloca como Deus, demandando adoração.
- Profanação do Santuário:
- O Anticristo profanará o santuário, conforme alertado por Jesus em Mateus 24.15. Isso se refere ao templo em Jerusalém, que será um local central na adoração judaica. A profanação é um ato que simboliza a tentativa de destruir a verdadeira adoração a Deus e desviar o povo do caminho da fé.
Segunda Metade da Semana:
- Quebra da Aliança e Grande Tribulação:
- Na segunda metade, quando Israel se recusa a adorar o Anticristo, ele romperá o pacto de paz e iniciará uma intensa perseguição contra os judeus (Dn 9.27b). Essa fase é frequentemente referida como a Grande Tribulação, um tempo de desolação e sofrimento, como descrito em 1 Tessalonicenses 5.3 e Jeremias 30.7.
- A intensificação da perseguição durante esta fase é uma resposta à resistência do povo de Israel, que finalmente reconhecerá a verdadeira natureza do Anticristo.
- Libertação e Salvação de Israel:
- Ao final da septuagésima semana, Deus promete um libertador, culminando em Romanos 11.26, onde é afirmado que "todo o Israel será salvo". Essa salvação é um aspecto crucial do plano redentor de Deus, onde Israel será restaurado e reconciliado com Ele.
Raiz das Palavras em Hebraico:
- עָנָה (anah): Significa "responder" ou "afligir", relacionado à Grande Tribulação e ao sofrimento que o povo de Israel enfrentará.
- בְּרִית (berit): A palavra para "aliança", que indica o pacto feito pelo Anticristo com Israel, simbolizando a fragilidade e a transitoriedade das alianças humanas diante do propósito divino.
Opiniões Acadêmicas:
- John Walvoord, em "Daniel: The Key to Prophetic Revelation", discute como a profecia das Setenta Semanas se desdobra ao longo da história, enfatizando a importância da interpretação correta para entender os eventos escatológicos.
- David Jeremiah analisa em "Escape the Coming Night" como a profecia se relaciona com a realidade contemporânea e a necessidade de vigilância espiritual.
Referências Bíblicas:
- Daniel 9.27: O versículo central da profecia sobre a septuagésima semana.
- Mateus 24.15: Advertência de Jesus sobre a profanação do santuário.
- Apocalipse 13: Descrição do Anticristo e sua adoração.
- Romanos 11.26: Promessa da salvação de Israel.
Conclusão:
A profecia das Duas Metades da Septuagésima Semana revela não apenas os desafios que Israel enfrentará, mas também o propósito redentor de Deus. Através da adversidade e da tribulação, Deus está preparando Seu povo para um relacionamento restaurado. Essa narrativa nos chama à vigilância e à esperança, lembrando-nos de que, mesmo em tempos difíceis, o plano de Deus prevalece e a salvação é uma promessa garantida para aqueles que permanecem fiéis.
As Duas Metades da Septuagésima Semana
Divisão da Septuagésima Semana: A Septuagésima Semana, conforme revelado em Daniel 9.27, é uma profecia que se desdobra em duas partes significativas, refletindo a complexidade do plano de Deus para Israel e o mundo durante os últimos dias. Essa divisão é crucial para entender os eventos futuros que envolvem a nação de Israel e a manifestação do Anticristo.
Primeira Metade da Semana:
- Reinado do Anticristo:
- A primeira metade da septuagésima semana, que corresponde a três anos e meio, é marcada pelo domínio e pela influência do Anticristo. Ele é chamado de "príncipe" em Daniel 9.26b, sugerindo um líder político e espiritual que enganará muitos, especialmente Israel.
- A aliança que ele faz com o povo judeu é um engano estratégico, e o Anticristo buscará se apresentar como um salvador, trazendo uma falsa paz (Dn 9.27a). Sua capacidade de manipulação é reforçada por passagens como 2 Tessalonicenses 2.4, onde ele se coloca como Deus, demandando adoração.
- Profanação do Santuário:
- O Anticristo profanará o santuário, conforme alertado por Jesus em Mateus 24.15. Isso se refere ao templo em Jerusalém, que será um local central na adoração judaica. A profanação é um ato que simboliza a tentativa de destruir a verdadeira adoração a Deus e desviar o povo do caminho da fé.
Segunda Metade da Semana:
- Quebra da Aliança e Grande Tribulação:
- Na segunda metade, quando Israel se recusa a adorar o Anticristo, ele romperá o pacto de paz e iniciará uma intensa perseguição contra os judeus (Dn 9.27b). Essa fase é frequentemente referida como a Grande Tribulação, um tempo de desolação e sofrimento, como descrito em 1 Tessalonicenses 5.3 e Jeremias 30.7.
- A intensificação da perseguição durante esta fase é uma resposta à resistência do povo de Israel, que finalmente reconhecerá a verdadeira natureza do Anticristo.
- Libertação e Salvação de Israel:
- Ao final da septuagésima semana, Deus promete um libertador, culminando em Romanos 11.26, onde é afirmado que "todo o Israel será salvo". Essa salvação é um aspecto crucial do plano redentor de Deus, onde Israel será restaurado e reconciliado com Ele.
Raiz das Palavras em Hebraico:
- עָנָה (anah): Significa "responder" ou "afligir", relacionado à Grande Tribulação e ao sofrimento que o povo de Israel enfrentará.
- בְּרִית (berit): A palavra para "aliança", que indica o pacto feito pelo Anticristo com Israel, simbolizando a fragilidade e a transitoriedade das alianças humanas diante do propósito divino.
Opiniões Acadêmicas:
- John Walvoord, em "Daniel: The Key to Prophetic Revelation", discute como a profecia das Setenta Semanas se desdobra ao longo da história, enfatizando a importância da interpretação correta para entender os eventos escatológicos.
- David Jeremiah analisa em "Escape the Coming Night" como a profecia se relaciona com a realidade contemporânea e a necessidade de vigilância espiritual.
Referências Bíblicas:
- Daniel 9.27: O versículo central da profecia sobre a septuagésima semana.
- Mateus 24.15: Advertência de Jesus sobre a profanação do santuário.
- Apocalipse 13: Descrição do Anticristo e sua adoração.
- Romanos 11.26: Promessa da salvação de Israel.
Conclusão:
A profecia das Duas Metades da Septuagésima Semana revela não apenas os desafios que Israel enfrentará, mas também o propósito redentor de Deus. Através da adversidade e da tribulação, Deus está preparando Seu povo para um relacionamento restaurado. Essa narrativa nos chama à vigilância e à esperança, lembrando-nos de que, mesmo em tempos difíceis, o plano de Deus prevalece e a salvação é uma promessa garantida para aqueles que permanecem fiéis.
3- O intervalo e a igreja. O estudo das Escrituras demonstra um longo intervalo de tempo que precede a septuagésima semana. A Bíblia identifica este intervalo profético como “o tempo dos gentios” (Lc 21.24). Atualmente, estamos no tempo da graça de Deus e temos de anunciar o ano aceitável do Senhor para o mundo inteiro (Lc 4.18.19) É importante ressaltar que a profecia de Daniel refere-se a Israel e a Jerusalém. A Igreja de Cristo não passará pela Grande Tribulação (Ap 3:10), pois terá sido arrebatada. Neste período, receberemos nossos galardões consoante ao trabalho que executamos na expansão do Reino de Deus A promessa de Jesus à sua Igreja é a de preservá-la desse sofrimento (1 Ts 1.10: 59: Lc 21.35.36)
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
O Intervalo e a Igreja
1. O Tempo dos Gentios: O intervalo entre a 69ª e a 70ª semana de Daniel, conhecido como "o tempo dos gentios" (Lucas 21.24), representa um período significativo na história bíblica. Este termo sugere um domínio gentílico sobre Jerusalém e indica um tempo em que Israel está, de certo modo, à parte do plano de Deus, enquanto o foco se desloca para a Igreja. O uso do termo "gentios" é derivado da palavra hebraica gôy (גּוֹי), que refere-se a nações não israelitas. A relevância desse período é acentuada na literatura apocalíptica, onde a opressão e a perseguição dos gentios são profetizadas.
2. O Tempo da Graça: Atualmente, vivemos no que é chamado de "tempo da graça", um período que se caracteriza pela oferta de salvação a todos os povos, independentemente de sua origem étnica ou nacionalidade. Jesus, ao anunciar o "ano aceitável do Senhor" em Lucas 4.18-19, estava proclamando a era da redenção, onde a graça divina é extensiva e disponível. Esse tempo é uma oportunidade ímpar para a pregação do evangelho e para a edificação da Igreja.
3. A Igreja e a Grande Tribulação: É crucial notar que a profecia de Daniel se concentra primariamente em Israel e Jerusalém, enquanto a Igreja é vista como um corpo distinto que não enfrentará a Grande Tribulação. Apocalipse 3.10 destaca a promessa de Jesus de preservar a Igreja desse sofrimento, reforçando a doutrina do arrebatamento. Os estudiosos interpretam esse arrebatamento como um evento em que os crentes em Cristo serão levados para estarem com Ele antes dos julgamentos apocalípticos.
4. Galardões e Responsabilidades: Durante este intervalo, a Igreja é chamada a agir, a expandir o Reino de Deus e a vivenciar a sua fé em ações concretas. 1 Tessalonicenses 1.10 enfatiza a esperança da Igreja na volta de Cristo, lembrando que seremos recompensados conforme nosso trabalho e dedicação na obra do Senhor. Isso nos motiva a viver em conformidade com os princípios do evangelho e a interceder por aqueles que ainda não conhecem a verdade.
5. Preparação para o Retorno de Cristo: A consciência do "tempo dos gentios" e a iminência do retorno de Cristo exigem que a Igreja mantenha uma postura vigilante e ativa. Em Lucas 21.35-36, somos advertidos sobre a necessidade de estar preparados, não apenas esperando, mas também trabalhando no que nos foi confiado. A expectativa da volta de Cristo deve catalisar uma vida de oração, evangelização e santidade.
Referências Bíblicas:
- Lucas 21.24: "Os gentios pisarão a cidade até que os tempos dos gentios se completem."
- Lucas 4.18-19: Proclamação do ano aceitável do Senhor.
- Apocalipse 3.10: Promessa de proteção da Igreja.
- 1 Tessalonicenses 1.10: Esperança na vinda de Cristo.
- Lucas 21.35-36: Vigilância e preparação.
Conclusão:
O intervalo entre a 69ª e a 70ª semana de Daniel é um tempo crucial em que a Igreja exerce sua função de luz e sal na Terra. Durante este período, somos chamados a proclamar o evangelho e a nos prepararmos para o retorno de Cristo, cientes de que as promessas de Deus são fiéis e se cumprirão. Essa consciência nos encoraja a viver com fervor e propósito, enquanto aguardamos a gloriosa esperança da nossa redenção.
O Intervalo e a Igreja
1. O Tempo dos Gentios: O intervalo entre a 69ª e a 70ª semana de Daniel, conhecido como "o tempo dos gentios" (Lucas 21.24), representa um período significativo na história bíblica. Este termo sugere um domínio gentílico sobre Jerusalém e indica um tempo em que Israel está, de certo modo, à parte do plano de Deus, enquanto o foco se desloca para a Igreja. O uso do termo "gentios" é derivado da palavra hebraica gôy (גּוֹי), que refere-se a nações não israelitas. A relevância desse período é acentuada na literatura apocalíptica, onde a opressão e a perseguição dos gentios são profetizadas.
2. O Tempo da Graça: Atualmente, vivemos no que é chamado de "tempo da graça", um período que se caracteriza pela oferta de salvação a todos os povos, independentemente de sua origem étnica ou nacionalidade. Jesus, ao anunciar o "ano aceitável do Senhor" em Lucas 4.18-19, estava proclamando a era da redenção, onde a graça divina é extensiva e disponível. Esse tempo é uma oportunidade ímpar para a pregação do evangelho e para a edificação da Igreja.
3. A Igreja e a Grande Tribulação: É crucial notar que a profecia de Daniel se concentra primariamente em Israel e Jerusalém, enquanto a Igreja é vista como um corpo distinto que não enfrentará a Grande Tribulação. Apocalipse 3.10 destaca a promessa de Jesus de preservar a Igreja desse sofrimento, reforçando a doutrina do arrebatamento. Os estudiosos interpretam esse arrebatamento como um evento em que os crentes em Cristo serão levados para estarem com Ele antes dos julgamentos apocalípticos.
4. Galardões e Responsabilidades: Durante este intervalo, a Igreja é chamada a agir, a expandir o Reino de Deus e a vivenciar a sua fé em ações concretas. 1 Tessalonicenses 1.10 enfatiza a esperança da Igreja na volta de Cristo, lembrando que seremos recompensados conforme nosso trabalho e dedicação na obra do Senhor. Isso nos motiva a viver em conformidade com os princípios do evangelho e a interceder por aqueles que ainda não conhecem a verdade.
5. Preparação para o Retorno de Cristo: A consciência do "tempo dos gentios" e a iminência do retorno de Cristo exigem que a Igreja mantenha uma postura vigilante e ativa. Em Lucas 21.35-36, somos advertidos sobre a necessidade de estar preparados, não apenas esperando, mas também trabalhando no que nos foi confiado. A expectativa da volta de Cristo deve catalisar uma vida de oração, evangelização e santidade.
Referências Bíblicas:
- Lucas 21.24: "Os gentios pisarão a cidade até que os tempos dos gentios se completem."
- Lucas 4.18-19: Proclamação do ano aceitável do Senhor.
- Apocalipse 3.10: Promessa de proteção da Igreja.
- 1 Tessalonicenses 1.10: Esperança na vinda de Cristo.
- Lucas 21.35-36: Vigilância e preparação.
Conclusão:
O intervalo entre a 69ª e a 70ª semana de Daniel é um tempo crucial em que a Igreja exerce sua função de luz e sal na Terra. Durante este período, somos chamados a proclamar o evangelho e a nos prepararmos para o retorno de Cristo, cientes de que as promessas de Deus são fiéis e se cumprirão. Essa consciência nos encoraja a viver com fervor e propósito, enquanto aguardamos a gloriosa esperança da nossa redenção.
CONCLUSÃO
Ao término desta aula, a profecia das Setenta Semanas de Daniel nos leva a reconhecer a importância da dedicação ao estudo e da vigilância constante. Aprofundar nosso entendimento dessas profecias escatológicas requer esforço contínuo e atenção aos detalhes, pois são temas complexos que nos desafiam a ir além da superfície. Que o Senhor nos dê graça e continue guardando a sua igreja.
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
Importância do Estudo e Vigilância nas Profecias de Daniel
1. A Dedicação ao Estudo: A profecia das Setenta Semanas de Daniel, em Daniel 9.24-27, revela a profundidade do plano de Deus para Israel e a redenção da humanidade. A palavra hebraica da'at (דַּעַת), que significa "conhecimento" ou "entendimento", é fundamental para compreendermos que o estudo das Escrituras é um convite ao aprofundamento espiritual. O apóstolo Paulo exorta em 2 Timóteo 2.15 a "esforçar-se para apresentar-se a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade".
2. A Vigilância Constante: A vigilância é uma atitude de alerta e preparação. Jesus, em Lucas 21.36, exorta os crentes a estarem sempre em oração, para que possam escapar das coisas que devem acontecer. A palavra grega agrupneō (ἀγρυπνέω), que significa "estar alerta" ou "vigilante", é um chamado para que a Igreja permaneça atenta aos sinais dos tempos e às profecias que se desenrolam. A vigilância se traduz em ação — evangelização, oração e santidade — pois, como diz 1 Pedro 5.8, "sede sóbrios e vigilantes".
3. O Desafio das Profecias Escatológicas: As profecias escatológicas, como as das Setenta Semanas, desafiam os crentes a uma leitura atenta e reflexiva da Palavra. Muitas vezes, esses textos podem parecer complexos ou obscuros, mas a busca sincera por compreensão é recompensada. O erudito Walter Kaiser em seu livro "Towards an Old Testament Theology" argumenta que o Antigo Testamento fornece as bases para o entendimento do Novo Testamento, incluindo as profecias sobre o Messias e os últimos dias.
4. A Igreja e a Aplicação Prática: Reconhecer a relevância dessas profecias nos tempos modernos implica uma responsabilidade da Igreja. A palavra grega ekklesia (ἐκκλησία), que significa "assembleia" ou "congregação", destaca a importância do corpo de Cristo em unir-se na busca pelo conhecimento e na prática da fé. A profecia não é apenas um tema acadêmico, mas uma realidade que deve moldar a vida da Igreja na prática do amor, da justiça e da compaixão.
5. Oração e Graça: Ao final deste estudo, devemos orar para que Deus nos conceda entendimento e sabedoria (Tiago 1.5). A palavra hebraica chen (חֵן), que significa "graça", é fundamental, pois é pela graça que somos capacitados a compreender e a aplicar as verdades da Palavra em nossas vidas. A oração é o canal através do qual nos conectamos a Deus e buscamos Sua direção.
Referências Bíblicas:
- Daniel 9.24-27: Profecia das Setenta Semanas.
- 2 Timóteo 2.15: Exortação ao estudo das Escrituras.
- Lucas 21.36: Vigilância e oração.
- 1 Pedro 5.8: Chamado à sobriedade e vigilância.
- Tiago 1.5: Oração por sabedoria.
Conclusão:
As profecias das Setenta Semanas de Daniel não apenas informam sobre o futuro, mas também nos desafiam a viver com intencionalidade e propósito no presente. Que, ao nos dedicarmos ao estudo e à vigilância, possamos crescer em nossa compreensão do plano divino e ser uma luz no mundo, enquanto aguardamos a vinda do nosso Senhor. Que a graça do Senhor nos sustente e guarde sua Igreja em cada passo desta jornada.
Importância do Estudo e Vigilância nas Profecias de Daniel
1. A Dedicação ao Estudo: A profecia das Setenta Semanas de Daniel, em Daniel 9.24-27, revela a profundidade do plano de Deus para Israel e a redenção da humanidade. A palavra hebraica da'at (דַּעַת), que significa "conhecimento" ou "entendimento", é fundamental para compreendermos que o estudo das Escrituras é um convite ao aprofundamento espiritual. O apóstolo Paulo exorta em 2 Timóteo 2.15 a "esforçar-se para apresentar-se a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade".
2. A Vigilância Constante: A vigilância é uma atitude de alerta e preparação. Jesus, em Lucas 21.36, exorta os crentes a estarem sempre em oração, para que possam escapar das coisas que devem acontecer. A palavra grega agrupneō (ἀγρυπνέω), que significa "estar alerta" ou "vigilante", é um chamado para que a Igreja permaneça atenta aos sinais dos tempos e às profecias que se desenrolam. A vigilância se traduz em ação — evangelização, oração e santidade — pois, como diz 1 Pedro 5.8, "sede sóbrios e vigilantes".
3. O Desafio das Profecias Escatológicas: As profecias escatológicas, como as das Setenta Semanas, desafiam os crentes a uma leitura atenta e reflexiva da Palavra. Muitas vezes, esses textos podem parecer complexos ou obscuros, mas a busca sincera por compreensão é recompensada. O erudito Walter Kaiser em seu livro "Towards an Old Testament Theology" argumenta que o Antigo Testamento fornece as bases para o entendimento do Novo Testamento, incluindo as profecias sobre o Messias e os últimos dias.
4. A Igreja e a Aplicação Prática: Reconhecer a relevância dessas profecias nos tempos modernos implica uma responsabilidade da Igreja. A palavra grega ekklesia (ἐκκλησία), que significa "assembleia" ou "congregação", destaca a importância do corpo de Cristo em unir-se na busca pelo conhecimento e na prática da fé. A profecia não é apenas um tema acadêmico, mas uma realidade que deve moldar a vida da Igreja na prática do amor, da justiça e da compaixão.
5. Oração e Graça: Ao final deste estudo, devemos orar para que Deus nos conceda entendimento e sabedoria (Tiago 1.5). A palavra hebraica chen (חֵן), que significa "graça", é fundamental, pois é pela graça que somos capacitados a compreender e a aplicar as verdades da Palavra em nossas vidas. A oração é o canal através do qual nos conectamos a Deus e buscamos Sua direção.
Referências Bíblicas:
- Daniel 9.24-27: Profecia das Setenta Semanas.
- 2 Timóteo 2.15: Exortação ao estudo das Escrituras.
- Lucas 21.36: Vigilância e oração.
- 1 Pedro 5.8: Chamado à sobriedade e vigilância.
- Tiago 1.5: Oração por sabedoria.
Conclusão:
As profecias das Setenta Semanas de Daniel não apenas informam sobre o futuro, mas também nos desafiam a viver com intencionalidade e propósito no presente. Que, ao nos dedicarmos ao estudo e à vigilância, possamos crescer em nossa compreensão do plano divino e ser uma luz no mundo, enquanto aguardamos a vinda do nosso Senhor. Que a graça do Senhor nos sustente e guarde sua Igreja em cada passo desta jornada.
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Quem compromete-se com a EBD não inventa histórias, mas fala o que está escrito na Bíblia!
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