TEXTO PRINCIPAL “Tendo, porém, sustento e com que nos cobrirmos, estejamos com isso contentes.” (1 Tm 6.8) COMENTÁRIO EXTRA Comentário de ...
TEXTO PRINCIPAL
“Tendo, porém, sustento e com que nos cobrirmos, estejamos com isso contentes.” (1 Tm 6.8)
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
1 Timóteo 6.8
Texto:"Tendo, porém, sustento e com que nos cobrirmos, estejamos com isso contentes."
1. Contexto do Versículo
A carta de 1 Timóteo foi escrita por Paulo ao jovem pastor Timóteo, instruindo-o sobre a conduta na liderança e sobre perigos espirituais, como o amor ao dinheiro (1 Tm 6.10). Nesse versículo, Paulo ressalta a virtude da satisfação em relação às necessidades básicas da vida, contrapondo o contentamento cristão à ganância que afligia muitos na época, especialmente falsos mestres que buscavam lucro com a fé (1 Tm 6.5).
2. Análise Etimológica
a) “Sustento” (em grego: ἀρκεῖν – arkein)
- A palavra arkein implica em “suficiência” ou “o necessário”. Não se refere a abundância, mas ao mínimo para a subsistência.
- Esse termo carrega a ideia de autossuficiência divina: Deus é suficiente para suprir o que precisamos (2 Co 12.9).
b) “Com que nos cobrirmos” (em grego: σκεπάσματα – skepasmata)
- Skepasmata significa literalmente “coberturas”, referindo-se a roupas ou abrigo. Paulo aponta para as necessidades básicas da existência humana: comida, vestimenta e proteção.
- Essa simplicidade lembra a provisão do maná no deserto (Êx 16.18), que representava o cuidado diário de Deus.
c) “Estejamos contentes” (em grego: ἀρκούμεθα – arkoumetha)
- O verbo arkeo (na forma reflexiva) implica “ficar satisfeito” ou “ser suficiente”. Indica uma atitude de aceitação com o que se tem, sem cobiçar o que não foi dado.
- Este termo está ligado à ideia de autossuficiência em Cristo, como em Filipenses 4.11-13: “Aprendi a viver contente em toda e qualquer situação.”
3. Comparação com Outras Traduções
- ARA: "Tendo sustento e com que nos vestir, estejamos contentes."Preserva a ênfase nas necessidades básicas.
- NVI: "Por isso, tendo o que comer e com que vestir-nos, estejamos com isso satisfeitos."Apresenta uma linguagem mais acessível.
- KJV: "And having food and raiment let us be therewith content."Similar à ARA, mas com foco em “contentamento”.
- NTLH: "Portanto, se temos comida e roupa, fiquemos contentes com isso."Simplifica, mas mantém o sentido.
4. Análise Teológica
a) O Contentamento Cristão
O contentamento aqui descrito não é resignação passiva, mas uma confiança ativa na provisão de Deus.
- Salmo 37.25: “Fui moço, e agora sou velho, mas nunca vi desamparado o justo, nem a sua descendência a mendigar o pão.”
- A suficiência mencionada não é apenas material, mas espiritual, baseada na certeza de que Deus suprirá cada necessidade.
b) O Contraste com a Ganância
Paulo estabelece um contraste entre o contentamento e o desejo desordenado por riquezas. Ele denuncia a cobiça como raiz de muitos males (1 Tm 6.10) e exorta os crentes a se libertarem do materialismo.
- Hebreus 13.5: “Sejam vossos costumes sem avareza, contentando-vos com o que tendes.”
- A dependência de bens materiais revela uma falta de confiança em Deus.
c) A Provisão de Deus
A ideia de sustento mínimo lembra a oração do Pai Nosso: “O pão nosso de cada dia dá-nos hoje” (Mt 6.11). A ênfase está na provisão diária de Deus, suficiente para nossa jornada.
5. Contexto Histórico, Cultural e Filosófico
Na época de Paulo, a sociedade greco-romana era marcada por grandes disparidades econômicas. Os pobres lutavam por sustento básico, enquanto os ricos ostentavam luxo. Os falsos mestres da igreja frequentemente exploravam os fiéis em busca de lucro (1 Tm 6.5).
Filosoficamente, a ideia de contentamento ecoa princípios estoicos, que valorizavam a autossuficiência e o desapego de desejos materiais. No entanto, o contentamento cristão não está em si mesmo, mas na confiança em Deus como provedor.
6. Apologética Bíblica
Este versículo oferece uma defesa contra a teologia da prosperidade, que coloca riquezas como sinal de favor divino. Paulo deixa claro que a piedade com contentamento (1 Tm 6.6) é o verdadeiro ganho, em contraste com a busca por riqueza, que leva à perdição espiritual (1 Tm 6.9-10).
7. Reflexões de Livros Acadêmicos Cristãos
- John Stott: Stott aponta que o contentamento cristão é um fruto da confiança em Deus, e não da independência. Para ele, o versículo destaca que a piedade é suficiente para trazer satisfação ao crente.
- William Barclay: Barclay relaciona o conceito de contentamento ao domínio próprio, enfatizando que o cristão deve encontrar sua satisfação em Deus, e não nas circunstâncias.
- Craig Keener: Keener observa que a expressão "sustento e coberturas" era uma referência às necessidades mínimas de sobrevivência no mundo antigo, mas Paulo a transforma em um princípio espiritual universal.
8. Aplicação Prática
- Simplicidade de Vida: Aprender a viver com o suficiente, reconhecendo que o excesso pode desviar nosso foco de Deus.
- Confiança na Provisão Divina: Crer que Deus cuida de nossas necessidades diárias, sem ansiedade pelo futuro (Mt 6.25-34).
- Combate à Ganância: Evitar a armadilha de medir o valor da vida por posses materiais.
Conclusão
1 Timóteo 6.8 nos desafia a abraçar o contentamento como uma virtude cristã, confiando na provisão divina e rejeitando o materialismo. Esse contentamento não é baseado nas circunstâncias, mas na certeza de que Deus é suficiente. Como seguidores de Cristo, somos chamados a refletir uma vida de simplicidade e dependência completa no Senhor, reconhecendo que o verdadeiro ganho está na piedade acompanhada de contentamento.
1 Timóteo 6.8
1. Contexto do Versículo
A carta de 1 Timóteo foi escrita por Paulo ao jovem pastor Timóteo, instruindo-o sobre a conduta na liderança e sobre perigos espirituais, como o amor ao dinheiro (1 Tm 6.10). Nesse versículo, Paulo ressalta a virtude da satisfação em relação às necessidades básicas da vida, contrapondo o contentamento cristão à ganância que afligia muitos na época, especialmente falsos mestres que buscavam lucro com a fé (1 Tm 6.5).
2. Análise Etimológica
a) “Sustento” (em grego: ἀρκεῖν – arkein)
- A palavra arkein implica em “suficiência” ou “o necessário”. Não se refere a abundância, mas ao mínimo para a subsistência.
- Esse termo carrega a ideia de autossuficiência divina: Deus é suficiente para suprir o que precisamos (2 Co 12.9).
b) “Com que nos cobrirmos” (em grego: σκεπάσματα – skepasmata)
- Skepasmata significa literalmente “coberturas”, referindo-se a roupas ou abrigo. Paulo aponta para as necessidades básicas da existência humana: comida, vestimenta e proteção.
- Essa simplicidade lembra a provisão do maná no deserto (Êx 16.18), que representava o cuidado diário de Deus.
c) “Estejamos contentes” (em grego: ἀρκούμεθα – arkoumetha)
- O verbo arkeo (na forma reflexiva) implica “ficar satisfeito” ou “ser suficiente”. Indica uma atitude de aceitação com o que se tem, sem cobiçar o que não foi dado.
- Este termo está ligado à ideia de autossuficiência em Cristo, como em Filipenses 4.11-13: “Aprendi a viver contente em toda e qualquer situação.”
3. Comparação com Outras Traduções
- ARA: "Tendo sustento e com que nos vestir, estejamos contentes."Preserva a ênfase nas necessidades básicas.
- NVI: "Por isso, tendo o que comer e com que vestir-nos, estejamos com isso satisfeitos."Apresenta uma linguagem mais acessível.
- KJV: "And having food and raiment let us be therewith content."Similar à ARA, mas com foco em “contentamento”.
- NTLH: "Portanto, se temos comida e roupa, fiquemos contentes com isso."Simplifica, mas mantém o sentido.
4. Análise Teológica
a) O Contentamento Cristão
O contentamento aqui descrito não é resignação passiva, mas uma confiança ativa na provisão de Deus.
- Salmo 37.25: “Fui moço, e agora sou velho, mas nunca vi desamparado o justo, nem a sua descendência a mendigar o pão.”
- A suficiência mencionada não é apenas material, mas espiritual, baseada na certeza de que Deus suprirá cada necessidade.
b) O Contraste com a Ganância
Paulo estabelece um contraste entre o contentamento e o desejo desordenado por riquezas. Ele denuncia a cobiça como raiz de muitos males (1 Tm 6.10) e exorta os crentes a se libertarem do materialismo.
- Hebreus 13.5: “Sejam vossos costumes sem avareza, contentando-vos com o que tendes.”
- A dependência de bens materiais revela uma falta de confiança em Deus.
c) A Provisão de Deus
A ideia de sustento mínimo lembra a oração do Pai Nosso: “O pão nosso de cada dia dá-nos hoje” (Mt 6.11). A ênfase está na provisão diária de Deus, suficiente para nossa jornada.
5. Contexto Histórico, Cultural e Filosófico
Na época de Paulo, a sociedade greco-romana era marcada por grandes disparidades econômicas. Os pobres lutavam por sustento básico, enquanto os ricos ostentavam luxo. Os falsos mestres da igreja frequentemente exploravam os fiéis em busca de lucro (1 Tm 6.5).
Filosoficamente, a ideia de contentamento ecoa princípios estoicos, que valorizavam a autossuficiência e o desapego de desejos materiais. No entanto, o contentamento cristão não está em si mesmo, mas na confiança em Deus como provedor.
6. Apologética Bíblica
Este versículo oferece uma defesa contra a teologia da prosperidade, que coloca riquezas como sinal de favor divino. Paulo deixa claro que a piedade com contentamento (1 Tm 6.6) é o verdadeiro ganho, em contraste com a busca por riqueza, que leva à perdição espiritual (1 Tm 6.9-10).
7. Reflexões de Livros Acadêmicos Cristãos
- John Stott: Stott aponta que o contentamento cristão é um fruto da confiança em Deus, e não da independência. Para ele, o versículo destaca que a piedade é suficiente para trazer satisfação ao crente.
- William Barclay: Barclay relaciona o conceito de contentamento ao domínio próprio, enfatizando que o cristão deve encontrar sua satisfação em Deus, e não nas circunstâncias.
- Craig Keener: Keener observa que a expressão "sustento e coberturas" era uma referência às necessidades mínimas de sobrevivência no mundo antigo, mas Paulo a transforma em um princípio espiritual universal.
8. Aplicação Prática
- Simplicidade de Vida: Aprender a viver com o suficiente, reconhecendo que o excesso pode desviar nosso foco de Deus.
- Confiança na Provisão Divina: Crer que Deus cuida de nossas necessidades diárias, sem ansiedade pelo futuro (Mt 6.25-34).
- Combate à Ganância: Evitar a armadilha de medir o valor da vida por posses materiais.
Conclusão
1 Timóteo 6.8 nos desafia a abraçar o contentamento como uma virtude cristã, confiando na provisão divina e rejeitando o materialismo. Esse contentamento não é baseado nas circunstâncias, mas na certeza de que Deus é suficiente. Como seguidores de Cristo, somos chamados a refletir uma vida de simplicidade e dependência completa no Senhor, reconhecendo que o verdadeiro ganho está na piedade acompanhada de contentamento.
RESUMO DA LIÇÃO
O contentamento com o Senhor vem em nossa vida à medida que deslocamos o olhar do que é terreno para o que é eterno.
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
"Contentamento: Olhando para o Eterno e não para o Terreno"
1. Definição de Contentamento
Contentamento, na perspectiva bíblica, refere-se a um estado de satisfação que não depende das circunstâncias externas, mas de uma confiança plena em Deus. A palavra hebraica para contentamento pode ser relacionada a שָׂבַע (sāva‘), que significa "estar satisfeito" ou "ser preenchido" (Pv 27:7). Já no Novo Testamento, o termo grego é αὐτάρκεια (autarkeia), que significa "suficiência" ou "auto-suficiência em Cristo" (2 Co 9:8; Fp 4:11).
2. Textos Bíblicos Relacionados ao Contentamento
- Provérbios 15:16
"Melhor é o pouco com o temor do Senhor, do que um grande tesouro onde há inquietação." - Comentário: Este texto enfatiza a ideia de que o verdadeiro contentamento não está no acúmulo de riquezas, mas no temor do Senhor. O hebraico para "temor" (יִרְאַת – yir’ath) indica reverência e confiança em Deus.
- Provérbios 19:23
"O temor do Senhor conduz à vida; aquele que o tem ficará satisfeito e mal nenhum o visitará." - Comentário: A relação entre o temor do Senhor e a satisfação (contentamento) é destacada. O verbo שָׂבַע (sāva‘, "ficar satisfeito") aponta para a plenitude que vem de uma vida piedosa.
- Provérbios 30:8-9
"Afasta de mim a falsidade e a mentira; não me dês nem a pobreza nem a riqueza; dá-me o pão que me for necessário." - Comentário: Este texto reflete um coração contente e equilibrado. O autor, Agur, busca o suficiente para viver e não ser desviado de Deus.
- 1 Timóteo 6:6-8
"De fato, a piedade com contentamento é grande fonte de lucro. Porque nada trouxemos para este mundo e nada podemos levar dele." - Comentário: Paulo ensina que o contentamento é uma virtude que nasce da piedade e da perspectiva eterna.
3. O Contentamento e a Perspectiva Eterna
Colossenses 3:2
"Pensai nas coisas que são de cima, e não nas que são da terra."
- A mente focada no eterno desvia o olhar das preocupações terrenas. Assim, o contentamento nasce da certeza de que nossa pátria está no céu (Fp 3:20).
Filipenses 4:11-13
"Aprendi a viver contente em toda e qualquer situação [...] Tudo posso naquele que me fortalece."
- Paulo ensina que o contentamento é aprendido e fortalecido por uma comunhão íntima com Cristo.
4. Aplicação Prática: Como Desenvolver o Contentamento?
- Confie na Provisão de Deus
- Provérbios 3:5-6: "Confia no Senhor de todo o teu coração."
- Mateus 6:33: "Buscai, pois, em primeiro lugar, o Reino de Deus e a sua justiça."
- Agradeça em Todas as Circunstâncias
- 1 Tessalonicenses 5:18: "Em tudo, dai graças, porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco."
- Foque no Eterno e Não no Transitório
- 2 Coríntios 4:18: "Não atentando nós nas coisas que se veem, mas nas que não se veem."
5. Destaques em Livros
- "O Peregrino" (John Bunyan):
Ensina que a caminhada cristã é feita com os olhos na cidade celestial, não nos prazeres terrenos. - "Celebrando a Simplicidade" (Richard Foster):
Aborda como uma vida focada na suficiência em Cristo pode libertar-nos da obsessão por bens materiais. - "Felicidade Verdadeira" (Tim Keller):
Discute como o contentamento é encontrado na obra redentora de Cristo e não nas circunstâncias externas.
6. Conclusão
O contentamento é um reflexo de uma vida que reconhece a soberania de Deus e se satisfaz n’Ele. Desenvolvê-lo exige uma mente focada no eterno, uma prática constante de gratidão e a confiança na provisão divina. Como Provérbios 4:23 ensina: "Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o coração, porque dele procedem as fontes da vida."
Aplicação Pessoal:
Avalie onde seu olhar está fixo: nas coisas temporais ou eternas? Pratique a gratidão diária e confie que Deus é suficiente em todas as áreas da sua vida.
"Contentamento: Olhando para o Eterno e não para o Terreno"
1. Definição de Contentamento
Contentamento, na perspectiva bíblica, refere-se a um estado de satisfação que não depende das circunstâncias externas, mas de uma confiança plena em Deus. A palavra hebraica para contentamento pode ser relacionada a שָׂבַע (sāva‘), que significa "estar satisfeito" ou "ser preenchido" (Pv 27:7). Já no Novo Testamento, o termo grego é αὐτάρκεια (autarkeia), que significa "suficiência" ou "auto-suficiência em Cristo" (2 Co 9:8; Fp 4:11).
2. Textos Bíblicos Relacionados ao Contentamento
- Provérbios 15:16
"Melhor é o pouco com o temor do Senhor, do que um grande tesouro onde há inquietação." - Comentário: Este texto enfatiza a ideia de que o verdadeiro contentamento não está no acúmulo de riquezas, mas no temor do Senhor. O hebraico para "temor" (יִרְאַת – yir’ath) indica reverência e confiança em Deus.
- Provérbios 19:23
"O temor do Senhor conduz à vida; aquele que o tem ficará satisfeito e mal nenhum o visitará." - Comentário: A relação entre o temor do Senhor e a satisfação (contentamento) é destacada. O verbo שָׂבַע (sāva‘, "ficar satisfeito") aponta para a plenitude que vem de uma vida piedosa.
- Provérbios 30:8-9
"Afasta de mim a falsidade e a mentira; não me dês nem a pobreza nem a riqueza; dá-me o pão que me for necessário." - Comentário: Este texto reflete um coração contente e equilibrado. O autor, Agur, busca o suficiente para viver e não ser desviado de Deus.
- 1 Timóteo 6:6-8
"De fato, a piedade com contentamento é grande fonte de lucro. Porque nada trouxemos para este mundo e nada podemos levar dele." - Comentário: Paulo ensina que o contentamento é uma virtude que nasce da piedade e da perspectiva eterna.
3. O Contentamento e a Perspectiva Eterna
Colossenses 3:2
"Pensai nas coisas que são de cima, e não nas que são da terra."
- A mente focada no eterno desvia o olhar das preocupações terrenas. Assim, o contentamento nasce da certeza de que nossa pátria está no céu (Fp 3:20).
Filipenses 4:11-13
"Aprendi a viver contente em toda e qualquer situação [...] Tudo posso naquele que me fortalece."
- Paulo ensina que o contentamento é aprendido e fortalecido por uma comunhão íntima com Cristo.
4. Aplicação Prática: Como Desenvolver o Contentamento?
- Confie na Provisão de Deus
- Provérbios 3:5-6: "Confia no Senhor de todo o teu coração."
- Mateus 6:33: "Buscai, pois, em primeiro lugar, o Reino de Deus e a sua justiça."
- Agradeça em Todas as Circunstâncias
- 1 Tessalonicenses 5:18: "Em tudo, dai graças, porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco."
- Foque no Eterno e Não no Transitório
- 2 Coríntios 4:18: "Não atentando nós nas coisas que se veem, mas nas que não se veem."
5. Destaques em Livros
- "O Peregrino" (John Bunyan):
Ensina que a caminhada cristã é feita com os olhos na cidade celestial, não nos prazeres terrenos. - "Celebrando a Simplicidade" (Richard Foster):
Aborda como uma vida focada na suficiência em Cristo pode libertar-nos da obsessão por bens materiais. - "Felicidade Verdadeira" (Tim Keller):
Discute como o contentamento é encontrado na obra redentora de Cristo e não nas circunstâncias externas.
6. Conclusão
O contentamento é um reflexo de uma vida que reconhece a soberania de Deus e se satisfaz n’Ele. Desenvolvê-lo exige uma mente focada no eterno, uma prática constante de gratidão e a confiança na provisão divina. Como Provérbios 4:23 ensina: "Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o coração, porque dele procedem as fontes da vida."
Aplicação Pessoal:
Avalie onde seu olhar está fixo: nas coisas temporais ou eternas? Pratique a gratidão diária e confie que Deus é suficiente em todas as áreas da sua vida.
LEITURA SEMANAL
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
Comentários Bíblicos e Teológicos da Leitura Semanal
Segunda-feira: Filipenses 4:11-12 – O contentamento revela maturidade
"Digo isto, não por causa da pobreza, porque aprendi a viver contente em toda e qualquer situação. Tanto sei estar humilhado como também ser honrado; de tudo e em todas as circunstâncias já tenho experiência, tanto de fartura como de fome; assim de abundância como de escassez."
Comentário:
- Maturidade espiritual: O apóstolo Paulo ensina que o contentamento não é uma condição inata, mas uma virtude aprendida. A palavra grega usada para “contente” (αὐτάρκης – autarkēs) significa “auto-suficiente”, mas em Cristo. Ele descreve uma experiência de maturidade adquirida através de provações (2 Co 12:9-10).
- Resiliência: Paulo viveu tanto na abundância quanto na escassez, mas sua alegria não dependia dessas circunstâncias. O contentamento é evidência de que Cristo é a fonte suprema de satisfação.
Terça-feira: 1 Timóteo 6:8 – O contentamento revela o que é importante
"Tendo sustento e com que nos vestir, estejamos contentes."
Comentário:
- Simples suficiência: Paulo destaca que as necessidades básicas – alimento e vestimenta – são suficientes para manter o contentamento. A palavra grega ἀρκεσθήσομαι (arkesthēsomai, “estejamos contentes”) aponta para satisfação com aquilo que Deus provê.
- Valor espiritual sobre o material: Este versículo contrasta com os perigos do amor ao dinheiro (1 Tm 6:10). O contentamento revela um coração voltado para valores eternos, não temporais.
Quarta-feira: Marcos 7:20-23 – Linguagem coerente com a ação
"E dizia: O que sai do homem, isso é o que o contamina. Porque de dentro, do coração dos homens, saem os maus pensamentos, as prostituições, os furtos, os homicídios, os adultérios, as avarezas, as maldades, o engano, a dissolução, a inveja, a blasfêmia, a soberba, a loucura. Todos estes males procedem de dentro e contaminam o homem."
Comentário:
- Coração como fonte de ações: Jesus ensina que o mal não vem do ambiente externo, mas do coração humano (καρδία – kardia). O contentamento, sendo uma virtude espiritual, surge de um coração transformado por Deus (Ez 36:26).
- Ação coerente com linguagem: O discurso e as ações devem refletir um coração regenerado, que valoriza o que é eterno e rejeita os desejos carnais.
Quinta-feira: Hebreus 10:34-36 – O contentamento é para quem coloca o coração no que é eterno
"Porque não somente vos compadecestes dos encarcerados, mas também aceitastes com alegria o espólio dos vossos bens, porque sabíeis que possuís vós mesmos um patrimônio superior e durável. Não abandoneis, portanto, a vossa confiança; ela tem grande galardão. Com efeito, tendes necessidade de perseverança, para que, havendo feito a vontade de Deus, alcanceis a promessa."
Comentário:
- Perspectiva eterna: Os cristãos que aceitaram a perda de bens materiais com alegria demonstraram que seu coração estava fixado no céu. Eles reconheciam a superioridade das promessas divinas.
- Perseverança: O contentamento está intrinsecamente ligado à perseverança (ὑπομονή – hypomonē), que é a habilidade de permanecer firme na fé, mesmo em meio à perda e sofrimento.
Sexta-feira: Salmo 103:2 – O contentamento é para quem reconhece os benefícios do Senhor
"Bendize, ó minha alma, ao Senhor, e não te esqueças de nenhum de seus benefícios."
Comentário:
- Gratidão como base do contentamento: O salmista convoca a alma a louvar a Deus em reconhecimento por Suas bênçãos. O contentamento nasce do coração que se lembra e valoriza as ações misericordiosas de Deus.
- Benefícios divinos: A palavra hebraica גְּמוּל (gemul) indica retribuições ou recompensas. Esses benefícios incluem o perdão, a cura e a redenção (Sl 103:3-4), que alimentam o contentamento e a gratidão.
Sábado: Filipenses 1:3-4 – O contentamento e a gratidão a Deus
"Dou graças ao meu Deus por tudo que recordo de vós, fazendo sempre, com alegria, súplicas por todos vós, em todas as minhas orações."
Comentário:
- Gratidão no contentamento: Paulo demonstra gratidão em suas orações, mesmo estando preso ao escrever aos filipenses. Ele não se concentra em sua situação adversa, mas na bondade de Deus e na comunhão com os crentes.
- Alegria espiritual: A palavra grega χαρά (chara, "alegria") reflete uma satisfação que transcende as circunstâncias. Essa alegria é fundamentada na obra de Cristo e no relacionamento com os outros irmãos na fé.
Reflexão Final
O contentamento bíblico revela maturidade espiritual, valores corretos e uma perspectiva eterna. Ele é uma virtude cultivada através de um relacionamento profundo com Deus, da gratidão pelos benefícios divinos e da confiança em Suas promessas eternas. Em todas as circunstâncias, Deus é suficiente (2 Co 12:9).
Comentários Bíblicos e Teológicos da Leitura Semanal
Segunda-feira: Filipenses 4:11-12 – O contentamento revela maturidade
"Digo isto, não por causa da pobreza, porque aprendi a viver contente em toda e qualquer situação. Tanto sei estar humilhado como também ser honrado; de tudo e em todas as circunstâncias já tenho experiência, tanto de fartura como de fome; assim de abundância como de escassez."
Comentário:
- Maturidade espiritual: O apóstolo Paulo ensina que o contentamento não é uma condição inata, mas uma virtude aprendida. A palavra grega usada para “contente” (αὐτάρκης – autarkēs) significa “auto-suficiente”, mas em Cristo. Ele descreve uma experiência de maturidade adquirida através de provações (2 Co 12:9-10).
- Resiliência: Paulo viveu tanto na abundância quanto na escassez, mas sua alegria não dependia dessas circunstâncias. O contentamento é evidência de que Cristo é a fonte suprema de satisfação.
Terça-feira: 1 Timóteo 6:8 – O contentamento revela o que é importante
"Tendo sustento e com que nos vestir, estejamos contentes."
Comentário:
- Simples suficiência: Paulo destaca que as necessidades básicas – alimento e vestimenta – são suficientes para manter o contentamento. A palavra grega ἀρκεσθήσομαι (arkesthēsomai, “estejamos contentes”) aponta para satisfação com aquilo que Deus provê.
- Valor espiritual sobre o material: Este versículo contrasta com os perigos do amor ao dinheiro (1 Tm 6:10). O contentamento revela um coração voltado para valores eternos, não temporais.
Quarta-feira: Marcos 7:20-23 – Linguagem coerente com a ação
"E dizia: O que sai do homem, isso é o que o contamina. Porque de dentro, do coração dos homens, saem os maus pensamentos, as prostituições, os furtos, os homicídios, os adultérios, as avarezas, as maldades, o engano, a dissolução, a inveja, a blasfêmia, a soberba, a loucura. Todos estes males procedem de dentro e contaminam o homem."
Comentário:
- Coração como fonte de ações: Jesus ensina que o mal não vem do ambiente externo, mas do coração humano (καρδία – kardia). O contentamento, sendo uma virtude espiritual, surge de um coração transformado por Deus (Ez 36:26).
- Ação coerente com linguagem: O discurso e as ações devem refletir um coração regenerado, que valoriza o que é eterno e rejeita os desejos carnais.
Quinta-feira: Hebreus 10:34-36 – O contentamento é para quem coloca o coração no que é eterno
"Porque não somente vos compadecestes dos encarcerados, mas também aceitastes com alegria o espólio dos vossos bens, porque sabíeis que possuís vós mesmos um patrimônio superior e durável. Não abandoneis, portanto, a vossa confiança; ela tem grande galardão. Com efeito, tendes necessidade de perseverança, para que, havendo feito a vontade de Deus, alcanceis a promessa."
Comentário:
- Perspectiva eterna: Os cristãos que aceitaram a perda de bens materiais com alegria demonstraram que seu coração estava fixado no céu. Eles reconheciam a superioridade das promessas divinas.
- Perseverança: O contentamento está intrinsecamente ligado à perseverança (ὑπομονή – hypomonē), que é a habilidade de permanecer firme na fé, mesmo em meio à perda e sofrimento.
Sexta-feira: Salmo 103:2 – O contentamento é para quem reconhece os benefícios do Senhor
"Bendize, ó minha alma, ao Senhor, e não te esqueças de nenhum de seus benefícios."
Comentário:
- Gratidão como base do contentamento: O salmista convoca a alma a louvar a Deus em reconhecimento por Suas bênçãos. O contentamento nasce do coração que se lembra e valoriza as ações misericordiosas de Deus.
- Benefícios divinos: A palavra hebraica גְּמוּל (gemul) indica retribuições ou recompensas. Esses benefícios incluem o perdão, a cura e a redenção (Sl 103:3-4), que alimentam o contentamento e a gratidão.
Sábado: Filipenses 1:3-4 – O contentamento e a gratidão a Deus
"Dou graças ao meu Deus por tudo que recordo de vós, fazendo sempre, com alegria, súplicas por todos vós, em todas as minhas orações."
Comentário:
- Gratidão no contentamento: Paulo demonstra gratidão em suas orações, mesmo estando preso ao escrever aos filipenses. Ele não se concentra em sua situação adversa, mas na bondade de Deus e na comunhão com os crentes.
- Alegria espiritual: A palavra grega χαρά (chara, "alegria") reflete uma satisfação que transcende as circunstâncias. Essa alegria é fundamentada na obra de Cristo e no relacionamento com os outros irmãos na fé.
Reflexão Final
O contentamento bíblico revela maturidade espiritual, valores corretos e uma perspectiva eterna. Ele é uma virtude cultivada através de um relacionamento profundo com Deus, da gratidão pelos benefícios divinos e da confiança em Suas promessas eternas. Em todas as circunstâncias, Deus é suficiente (2 Co 12:9).
OBJETIVOS
INTERAÇÃO
Professor(a), nesta lição veremos que aqueles que se encontram contentes com o Senhor vivem uma vida mais leve, agradável e satisfatória diante dos problemas que se apresentam. Por essa razão, seus alunos precisam aprender que o contentamento gera uma paz indizível no coração que, na maioria das vezes, é inexplicável. Ressalte que a sabedoria nos leva a deixar o estilo de vida insatisfeito, por um estilo que não perde tempo com murmurações e críticas. A capacidade de se contentar em Deus é uma ‘arma’ que a Bíblia coloca em nossas mãos diante de uma cultura em que viver de maneira insatisfeita, utilizemos essa “arma”
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor(a), converse com os alunos explicando que “muitas pessoas sofrem da mais contagiosa de todas as doenças. A Síndrome de ‘Se pelo menos. Os germes do descontentamento podem infectar uma única pessoa e então dominar toda uma comunidade, afetando todos os aspectos da vida – físico, mental, emocional e espiritual. A seguir, está uma lista de algumas declarações pronunciadas por aqueles afetados pela Síndrome de ‘Se pelo menos’
Discuta com os alunos a lista e pergunte se gostariam de acrescentar mais alguma declaração. Conclua enfatizando o cuidado que temos de ter com essa perigosa “síndrome”.
DINAMICA EXTRA
Comentário de Hubner Braz
Dinâmica para Jovens - Tema: Lição 10 – Proteção Contra o Descontentamento
Objetivo:
Ajudar os jovens a refletirem sobre as atitudes de descontentamento que podem surgir em suas vidas e como elas afetam sua relação com Deus e com os outros. A dinâmica visa ensinar sobre a importância de aprender a estar contentes e como lidar com as dificuldades sem cair no desânimo.
Material Necessário:
- Cartões com situações (algumas relacionadas ao descontentamento e outras ao contentamento).
- Caixa ou saco opaco.
- Canetas e folhas para anotações.
- Fita adesiva ou etiquetas para "marcar" os participantes.
1. Abertura: Introdução ao Tema (5 minutos)
Comece explicando que o descontentamento é uma atitude que pode surgir facilmente nas nossas vidas, principalmente quando as coisas não acontecem da forma como gostaríamos. Fale sobre como a Bíblia nos ensina a sermos gratos e contentes, mesmo em situações difíceis (Filipenses 4:11-13, 1 Tessalonicenses 5:18). O descontentamento pode nos afastar da paz de Deus, e nesta lição, vamos aprender a protegermos nossos corações contra ele.
2. Dinâmica "O Descontentamento ou o Contentamento?" (20 minutos)
Objetivo:
Refletir sobre como as situações cotidianas podem nos levar ao descontentamento, e como podemos mudar a nossa perspectiva para uma atitude de contentamento.
Passo 1: Preparação
- Prepare cartões com diferentes situações do cotidiano. Algumas situações devem ilustrar o descontentamento, enquanto outras devem ilustrar o contentamento.
Exemplos de situações:
- Descontentamento: "Você pediu um hambúrguer e veio uma pizza."
- Contentamento: "Você compartilhou sua comida com um amigo que estava com fome."
- Descontentamento: "Você não conseguiu a vaga de emprego que tanto queria."
- Contentamento: "Você recebeu um trabalho que pode ensinar coisas novas e te fazer crescer."
Passo 2: Como Funciona
- Formação dos Grupos: Divida os jovens em grupos pequenos (4-5 pessoas por grupo).
- Distribuição das Situações: Dê a cada grupo uma quantidade de cartões com situações variadas. Cada grupo deve analisar a situação que tirou e discutir se ela representa uma atitude de descontentamento ou contentamento.
- Compartilhar e Refletir: Após alguns minutos de reflexão, cada grupo deve compartilhar suas conclusões com a classe, explicando por que a situação é de descontentamento ou contentamento e como a atitude pode impactar a vida cristã.
Passo 3: Reflexão
- Após os grupos compartilharem, peça para os jovens refletirem sobre o que fazer quando se deparam com situações difíceis. Como podemos mudar nossa perspectiva e proteger nossos corações contra o descontentamento? Lembre-os do versículo em Filipenses 4:11-13, onde Paulo fala sobre aprender a estar contente em qualquer situação.
3. Dinâmica "A Caixa da Gratidão" (15 minutos)
Objetivo:
Refletir sobre as coisas boas que Deus tem feito em nossas vidas, apesar das dificuldades. O foco é incentivar uma atitude de gratidão.
Passo 1: Preparação
- Antes da dinâmica, escreva várias perguntas sobre gratidão em cartões. Exemplo de perguntas:
- "O que você tem aprendido nos momentos difíceis?"
- "Quem em sua vida tem te mostrado o amor de Deus?"
- "Quais bênçãos você tem recebido recentemente, mesmo em tempos difíceis?"
- Coloque os cartões dentro de uma caixa.
Passo 2: Como Funciona
- Início da Dinâmica: Peça para cada jovem tirar um cartão da caixa e responder a pergunta em voz alta. Se preferir, podem escrever a resposta em um pedaço de papel, e depois compartilhar com o grupo.
- Reflexão sobre Gratidão: Ao final, peça que os jovens compartilhem com a turma como se sentem ao reconhecer as bênçãos que Deus tem dado, mesmo quando a vida não está "perfeita".
Passo 3: O que aprendemos com isso
- Explique que, ao focarmos nas coisas boas que Deus tem feito, nossa atitude muda e o descontentamento vai embora. Quando estamos focados nas bênçãos, podemos viver com mais alegria e gratidão, mesmo em tempos de dificuldade.
4. Aplicação Final (5 minutos)
Reflexão sobre a Proteção Contra o Descontentamento:
Distribua folhas e canetas para os jovens. Peça que escrevam um compromisso pessoal de como irão reagir em situações onde normalmente ficariam descontentes. Pergunte:
- Como posso ser mais grato pelas pequenas coisas?
- O que posso fazer para mudar minha atitude quando enfrentar dificuldades?
Oração Final:
Ore com os jovens, pedindo a Deus para ajudá-los a protegerem seus corações contra o descontentamento e a manterem um espírito de gratidão, independentemente das circunstâncias.
Conclusão:
Esta dinâmica visa fazer com que os jovens reflitam sobre como o descontentamento pode surgir em suas vidas e como, ao focar nas bênçãos e no que Deus tem feito, podemos aprender a ser gratos e contentes. Ao final, os jovens terão uma melhor compreensão de como se proteger contra o descontentamento e aprenderão a praticar a gratidão em todas as situações.
Dinâmica para Jovens - Tema: Lição 10 – Proteção Contra o Descontentamento
Objetivo:
Ajudar os jovens a refletirem sobre as atitudes de descontentamento que podem surgir em suas vidas e como elas afetam sua relação com Deus e com os outros. A dinâmica visa ensinar sobre a importância de aprender a estar contentes e como lidar com as dificuldades sem cair no desânimo.
Material Necessário:
- Cartões com situações (algumas relacionadas ao descontentamento e outras ao contentamento).
- Caixa ou saco opaco.
- Canetas e folhas para anotações.
- Fita adesiva ou etiquetas para "marcar" os participantes.
1. Abertura: Introdução ao Tema (5 minutos)
Comece explicando que o descontentamento é uma atitude que pode surgir facilmente nas nossas vidas, principalmente quando as coisas não acontecem da forma como gostaríamos. Fale sobre como a Bíblia nos ensina a sermos gratos e contentes, mesmo em situações difíceis (Filipenses 4:11-13, 1 Tessalonicenses 5:18). O descontentamento pode nos afastar da paz de Deus, e nesta lição, vamos aprender a protegermos nossos corações contra ele.
2. Dinâmica "O Descontentamento ou o Contentamento?" (20 minutos)
Objetivo:
Refletir sobre como as situações cotidianas podem nos levar ao descontentamento, e como podemos mudar a nossa perspectiva para uma atitude de contentamento.
Passo 1: Preparação
- Prepare cartões com diferentes situações do cotidiano. Algumas situações devem ilustrar o descontentamento, enquanto outras devem ilustrar o contentamento.
Exemplos de situações:
- Descontentamento: "Você pediu um hambúrguer e veio uma pizza."
- Contentamento: "Você compartilhou sua comida com um amigo que estava com fome."
- Descontentamento: "Você não conseguiu a vaga de emprego que tanto queria."
- Contentamento: "Você recebeu um trabalho que pode ensinar coisas novas e te fazer crescer."
Passo 2: Como Funciona
- Formação dos Grupos: Divida os jovens em grupos pequenos (4-5 pessoas por grupo).
- Distribuição das Situações: Dê a cada grupo uma quantidade de cartões com situações variadas. Cada grupo deve analisar a situação que tirou e discutir se ela representa uma atitude de descontentamento ou contentamento.
- Compartilhar e Refletir: Após alguns minutos de reflexão, cada grupo deve compartilhar suas conclusões com a classe, explicando por que a situação é de descontentamento ou contentamento e como a atitude pode impactar a vida cristã.
Passo 3: Reflexão
- Após os grupos compartilharem, peça para os jovens refletirem sobre o que fazer quando se deparam com situações difíceis. Como podemos mudar nossa perspectiva e proteger nossos corações contra o descontentamento? Lembre-os do versículo em Filipenses 4:11-13, onde Paulo fala sobre aprender a estar contente em qualquer situação.
3. Dinâmica "A Caixa da Gratidão" (15 minutos)
Objetivo:
Refletir sobre as coisas boas que Deus tem feito em nossas vidas, apesar das dificuldades. O foco é incentivar uma atitude de gratidão.
Passo 1: Preparação
- Antes da dinâmica, escreva várias perguntas sobre gratidão em cartões. Exemplo de perguntas:
- "O que você tem aprendido nos momentos difíceis?"
- "Quem em sua vida tem te mostrado o amor de Deus?"
- "Quais bênçãos você tem recebido recentemente, mesmo em tempos difíceis?"
- Coloque os cartões dentro de uma caixa.
Passo 2: Como Funciona
- Início da Dinâmica: Peça para cada jovem tirar um cartão da caixa e responder a pergunta em voz alta. Se preferir, podem escrever a resposta em um pedaço de papel, e depois compartilhar com o grupo.
- Reflexão sobre Gratidão: Ao final, peça que os jovens compartilhem com a turma como se sentem ao reconhecer as bênçãos que Deus tem dado, mesmo quando a vida não está "perfeita".
Passo 3: O que aprendemos com isso
- Explique que, ao focarmos nas coisas boas que Deus tem feito, nossa atitude muda e o descontentamento vai embora. Quando estamos focados nas bênçãos, podemos viver com mais alegria e gratidão, mesmo em tempos de dificuldade.
4. Aplicação Final (5 minutos)
Reflexão sobre a Proteção Contra o Descontentamento:
Distribua folhas e canetas para os jovens. Peça que escrevam um compromisso pessoal de como irão reagir em situações onde normalmente ficariam descontentes. Pergunte:
- Como posso ser mais grato pelas pequenas coisas?
- O que posso fazer para mudar minha atitude quando enfrentar dificuldades?
Oração Final:
Ore com os jovens, pedindo a Deus para ajudá-los a protegerem seus corações contra o descontentamento e a manterem um espírito de gratidão, independentemente das circunstâncias.
Conclusão:
Esta dinâmica visa fazer com que os jovens reflitam sobre como o descontentamento pode surgir em suas vidas e como, ao focar nas bênçãos e no que Deus tem feito, podemos aprender a ser gratos e contentes. Ao final, os jovens terão uma melhor compreensão de como se proteger contra o descontentamento e aprenderão a praticar a gratidão em todas as situações.
Provérbios 15.14-17; 16.8; 17.1
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
Comentário Bíblico e Teológico sobre Provérbios 15:14-17; 16:8; 17:1
Provérbios 15:14 – “O coração sábio buscará o conhecimento, mas a boca dos tolos se apascentará de estultícia.”
Comentário:
- Coração sábio: O "coração" (lēḇ em hebraico) é o centro das decisões e da vida espiritual. Um coração sábio é aquele que valoriza o conhecimento, principalmente o conhecimento de Deus, como fonte de orientação para a vida.
- O contraste com os tolos: Os tolos se alimentam de estultícia, ou seja, se satisfazem com futilidades e mentiras, sem buscar a verdade e o entendimento. Esse comportamento é reflexo de uma vida desconectada de Deus (Pv 1:7).
- Aplicação: O crente deve cultivar um coração que busca a sabedoria divina, que é mais preciosa que qualquer outro conhecimento (Pv 3:13-14).
Provérbios 15:15 – “Todos os dias do aflito são maus, mas o de coração alegre tem um banquete contínuo.”
Comentário:
- O aflito: A expressão refere-se ao estado emocional e espiritual de alguém consumido pela preocupação, pela angústia ou pela falta de confiança em Deus.
- Coração alegre: A alegria mencionada aqui não depende das circunstâncias, mas é resultado da comunhão com Deus e da confiança em Sua soberania (Ne 8:10).
- Banquete contínuo: Indica satisfação e contentamento, que vêm de uma perspectiva divina sobre a vida.
- Aplicação: A verdadeira alegria surge quando o coração é centrado no Senhor, independente das dificuldades (Fp 4:4-7).
Provérbios 15:16 – “Melhor é o pouco com o temor do Senhor do que um grande tesouro onde há inquietação.”
Comentário:
- O pouco com temor: O temor do Senhor é a base de uma vida justa e equilibrada. É melhor viver modestamente com a paz que vem de um relacionamento com Deus do que acumular riquezas à custa de preocupação e pecado.
- Grande tesouro e inquietação: As riquezas, sem o temor de Deus, trazem ansiedade, divisões e insatisfação (1 Tm 6:10).
- Aplicação: A prioridade do crente deve ser o Reino de Deus e Sua justiça, confiando que Ele proverá o necessário (Mt 6:33).
Provérbios 15:17 – “Melhor é a comida de hortaliça onde há amor do que o boi gordo e, com ele, o ódio.”
Comentário:
- Hortaliça e amor: A simplicidade de uma refeição humilde ganha mais valor quando é acompanhada de um ambiente de amor e harmonia.
- Boi gordo e ódio: Mesmo os maiores luxos não compensam um ambiente marcado por contendas e ressentimentos.
- Aplicação: Relacionamentos saudáveis, fundamentados no amor de Deus, são mais preciosos do que bens materiais (Ef 4:2-3).
Provérbios 16:8 – “Melhor é o pouco com justiça do que a abundância de colheita com injustiça.”
Comentário:
- Justiça versus injustiça: A justiça aqui refere-se à integridade e à conformidade com os princípios divinos. A prosperidade adquirida por meios injustos é condenada na Bíblia, pois desagrada a Deus e causa danos ao próximo (Pv 11:1).
- Aplicação prática: Contentar-se com o que se tem e agir com justiça reflete um coração alinhado com os valores do Reino de Deus (Mq 6:8).
Provérbios 17:1 – “Melhor é um bocado seco e com ele a tranquilidade do que a casa cheia de vítimas, com contenda.”
Comentário:
- Bocado seco e tranquilidade: A paz e a harmonia no lar são mais valiosas do que refeições fartas e marcadas por brigas.
- Casa cheia de vítimas e contenda: O termo "vítimas" pode indicar abundância adquirida de forma injusta ou um ambiente opulento, mas desprovido de paz. As contendas corroem os relacionamentos e afastam a presença de Deus (Pv 14:1).
- Aplicação: A tranquilidade é um reflexo de um lar centrado em Deus, onde o amor, a justiça e o respeito prevalecem (Sl 133:1).
Conclusão Geral
Esses provérbios destacam a importância de valores espirituais sobre os materiais. Contentamento, justiça, amor e paz são elementos essenciais para uma vida abençoada e centrada em Deus. A busca pela sabedoria e pelo temor do Senhor deve ser a prioridade de todo crente, pois só assim é possível experimentar a verdadeira felicidade e satisfação. Como ensina Jesus, a plenitude da vida não está na abundância de bens, mas na riqueza espiritual que vem de um relacionamento com Deus (Lc 12:15).
Comentário Bíblico e Teológico sobre Provérbios 15:14-17; 16:8; 17:1
Provérbios 15:14 – “O coração sábio buscará o conhecimento, mas a boca dos tolos se apascentará de estultícia.”
Comentário:
- Coração sábio: O "coração" (lēḇ em hebraico) é o centro das decisões e da vida espiritual. Um coração sábio é aquele que valoriza o conhecimento, principalmente o conhecimento de Deus, como fonte de orientação para a vida.
- O contraste com os tolos: Os tolos se alimentam de estultícia, ou seja, se satisfazem com futilidades e mentiras, sem buscar a verdade e o entendimento. Esse comportamento é reflexo de uma vida desconectada de Deus (Pv 1:7).
- Aplicação: O crente deve cultivar um coração que busca a sabedoria divina, que é mais preciosa que qualquer outro conhecimento (Pv 3:13-14).
Provérbios 15:15 – “Todos os dias do aflito são maus, mas o de coração alegre tem um banquete contínuo.”
Comentário:
- O aflito: A expressão refere-se ao estado emocional e espiritual de alguém consumido pela preocupação, pela angústia ou pela falta de confiança em Deus.
- Coração alegre: A alegria mencionada aqui não depende das circunstâncias, mas é resultado da comunhão com Deus e da confiança em Sua soberania (Ne 8:10).
- Banquete contínuo: Indica satisfação e contentamento, que vêm de uma perspectiva divina sobre a vida.
- Aplicação: A verdadeira alegria surge quando o coração é centrado no Senhor, independente das dificuldades (Fp 4:4-7).
Provérbios 15:16 – “Melhor é o pouco com o temor do Senhor do que um grande tesouro onde há inquietação.”
Comentário:
- O pouco com temor: O temor do Senhor é a base de uma vida justa e equilibrada. É melhor viver modestamente com a paz que vem de um relacionamento com Deus do que acumular riquezas à custa de preocupação e pecado.
- Grande tesouro e inquietação: As riquezas, sem o temor de Deus, trazem ansiedade, divisões e insatisfação (1 Tm 6:10).
- Aplicação: A prioridade do crente deve ser o Reino de Deus e Sua justiça, confiando que Ele proverá o necessário (Mt 6:33).
Provérbios 15:17 – “Melhor é a comida de hortaliça onde há amor do que o boi gordo e, com ele, o ódio.”
Comentário:
- Hortaliça e amor: A simplicidade de uma refeição humilde ganha mais valor quando é acompanhada de um ambiente de amor e harmonia.
- Boi gordo e ódio: Mesmo os maiores luxos não compensam um ambiente marcado por contendas e ressentimentos.
- Aplicação: Relacionamentos saudáveis, fundamentados no amor de Deus, são mais preciosos do que bens materiais (Ef 4:2-3).
Provérbios 16:8 – “Melhor é o pouco com justiça do que a abundância de colheita com injustiça.”
Comentário:
- Justiça versus injustiça: A justiça aqui refere-se à integridade e à conformidade com os princípios divinos. A prosperidade adquirida por meios injustos é condenada na Bíblia, pois desagrada a Deus e causa danos ao próximo (Pv 11:1).
- Aplicação prática: Contentar-se com o que se tem e agir com justiça reflete um coração alinhado com os valores do Reino de Deus (Mq 6:8).
Provérbios 17:1 – “Melhor é um bocado seco e com ele a tranquilidade do que a casa cheia de vítimas, com contenda.”
Comentário:
- Bocado seco e tranquilidade: A paz e a harmonia no lar são mais valiosas do que refeições fartas e marcadas por brigas.
- Casa cheia de vítimas e contenda: O termo "vítimas" pode indicar abundância adquirida de forma injusta ou um ambiente opulento, mas desprovido de paz. As contendas corroem os relacionamentos e afastam a presença de Deus (Pv 14:1).
- Aplicação: A tranquilidade é um reflexo de um lar centrado em Deus, onde o amor, a justiça e o respeito prevalecem (Sl 133:1).
Conclusão Geral
Esses provérbios destacam a importância de valores espirituais sobre os materiais. Contentamento, justiça, amor e paz são elementos essenciais para uma vida abençoada e centrada em Deus. A busca pela sabedoria e pelo temor do Senhor deve ser a prioridade de todo crente, pois só assim é possível experimentar a verdadeira felicidade e satisfação. Como ensina Jesus, a plenitude da vida não está na abundância de bens, mas na riqueza espiritual que vem de um relacionamento com Deus (Lc 12:15).
INTRODUÇÃO
É possível trocar um estilo de vida indignado e insatisfeito, por um estilo de que não perca tempo com murmurações e críticas? Na lição desta semana, veremos que é possível adotar um estilo de vida mais maduro, discreto e moderado por intermédio do contentamento. A capacidade de se contentar em Deus é uma grande arma que a Bíblia coloca em nossas mãos diante de uma cultura em que viver de maneira indignada e insatisfeita parece ser a regra
I- CARACTERÍSTICAS QUE NOS LEVAM AO CONTENTAMENTO
1- A moderação em Provérbios. O que os capítulos de Provérbios desta lição trazem como ensinamento è a respeito da capacidade de vivermos um estilo de vida moderado em que o que é material não seja mais importante do que os valores profundos revelados pela Palavra de Deus. Assim sendo, o temor do Senhor vale muito mais que as riquezas (Pv 15.16); o amor é mais precioso que um luxuoso banquete (Pv 15.17): a justiça é mais valorosa que a riqueza conquistada de maneira injusta (Pv 16.8), uma refeição simples. com tranquilidade e paz, é melhor que uma casa abastada cheia de contenda e brigas (Pv 17:1). Provérbios nos ensina a viver de acordo com o que verdadeiramente importa.
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
Introdução ao Contentamento: Um Estilo de Vida Contracultural
Na cultura contemporânea, caracterizada pelo consumismo e pela insatisfação constante, a busca pelo contentamento é uma contracorrente que reflete a maturidade espiritual. Em Provérbios, encontramos uma sabedoria prática que aponta para a moderação e os valores eternos como a base para uma vida equilibrada e satisfatória. O contentamento, ensinado nas Escrituras, é uma habilidade aprendida e cultivada pela confiança em Deus e pelo alinhamento com Seus princípios (Fp 4:11-12).
1. A Moderação em Provérbios
1.1. O temor do Senhor vale mais do que riquezas (Provérbios 15:16)
"Melhor é o pouco com o temor do Senhor do que um grande tesouro onde há inquietação."
- Raiz das palavras:
- Temor (יִרְאָה, yir’âh): Não é medo, mas reverência e respeito profundo a Deus, que molda as decisões e atitudes da vida.
- Inquietação (מְהוּמָה, mehûmâh): Refere-se a tumulto, perturbação e ansiedade.
- Comentário:
Este provérbio coloca o temor do Senhor como um valor supremo que ultrapassa qualquer riqueza material. As riquezas, quando desprovidas de uma base moral e espiritual, trazem inquietação e preocupações. Por outro lado, mesmo o pouco, quando acompanhado da reverência a Deus, gera paz e contentamento (1 Tm 6:6). - Aplicação: A prosperidade verdadeira não está na abundância material, mas na paz que vem de uma vida reverente a Deus.
1.2. O amor é mais precioso que um banquete luxuoso (Provérbios 15:17)
"Melhor é a comida de hortaliça onde há amor do que o boi gordo e, com ele, o ódio."
- Raiz das palavras:
- Amor (אַהֲבָה, ahavâh): Refere-se a um afeto profundo e sincero, que gera harmonia e unidade.
- Ódio (שִׂנְאָה, śin’âh): Descreve aversão intensa que resulta em divisões e conflitos.
- Comentário:
Este provérbio exalta a simplicidade de um lar onde reina o amor sobre a opulência acompanhada de brigas. O ambiente relacional tem mais impacto no bem-estar humano do que as condições materiais. - Aplicação: A vida centrada em Deus valoriza a comunhão e a harmonia acima do luxo e da ostentação.
1.3. A justiça vale mais do que riquezas injustas (Provérbios 16:8)
"Melhor é o pouco com justiça do que a abundância de colheita com injustiça."
- Raiz das palavras:
- Justiça (צֶדֶק, ṣedeq): Integridade, retidão moral e conformidade com os padrões divinos.
- Injustiça (עַוְלָה, ‘awlāh): Descreve a transgressão, desonestidade e práticas imorais.
- Comentário:
Este provérbio realça que os bens adquiridos por meios ilícitos são desvalorizados diante de Deus. O pouco com integridade é superior à prosperidade material obtida de forma corrupta, pois a justiça é um reflexo do caráter de Deus. - Aplicação: Os valores espirituais devem guiar a conduta do crente, assegurando que suas bênçãos materiais sejam legítimas e agradáveis a Deus (Sl 37:16).
1.4. A tranquilidade é melhor que a contenda (Provérbios 17:1)
"Melhor é um bocado seco e com ele a tranquilidade do que a casa cheia de vítimas, com contenda."
- Raiz das palavras:
- Tranquilidade (שַׁלְוָה, shalvâh): Paz e serenidade, especialmente no contexto de relacionamentos.
- Contenda (מִדְיָן, midyān): Discórdia e conflito interpessoal.
- Comentário:
Um lar pacífico, ainda que humilde, é mais valioso do que uma casa cheia de abundância, mas marcada por tensões e brigas. A tranquilidade é fruto de corações que buscam a Deus e agem em amor. - Aplicação: A presença de Deus no lar é o fundamento para a paz e a harmonia, superando as condições materiais.
Perspectivas Teológicas e Práticas
- Contentamento como virtude espiritual:
O contentamento está diretamente ligado à maturidade espiritual. É o resultado de confiar na soberania de Deus e de valorizar os princípios eternos acima das circunstâncias terrenas (Fp 4:11-12). - A moderação como antídoto ao materialismo:
Provérbios ensina que a moderação e o temor do Senhor trazem verdadeira satisfação, enquanto o materialismo é fonte de inquietação. Como afirma John MacArthur: “O contentamento é a capacidade de viver plenamente satisfeito, mesmo em situações difíceis, por confiar no suprimento de Deus.” - Contracultura espiritual:
Em uma sociedade que idolatra o consumo, o estilo de vida moderado e focado nos valores de Deus serve como testemunho do Evangelho, mostrando que a verdadeira alegria está em Cristo.
Conclusão
Os textos de Provérbios ensinam que o contentamento não está na quantidade de posses, mas na qualidade da vida espiritual. A moderação, o temor do Senhor, o amor e a justiça são pilares que sustentam uma vida significativa e satisfatória. Como Jesus ensinou, "onde está o teu tesouro, aí estará também o teu coração" (Mt 6:21). Que o crente busque no Senhor a sabedoria para viver com contentamento e paz, refletindo os valores do Reino em todas as áreas da vida.
Introdução ao Contentamento: Um Estilo de Vida Contracultural
Na cultura contemporânea, caracterizada pelo consumismo e pela insatisfação constante, a busca pelo contentamento é uma contracorrente que reflete a maturidade espiritual. Em Provérbios, encontramos uma sabedoria prática que aponta para a moderação e os valores eternos como a base para uma vida equilibrada e satisfatória. O contentamento, ensinado nas Escrituras, é uma habilidade aprendida e cultivada pela confiança em Deus e pelo alinhamento com Seus princípios (Fp 4:11-12).
1. A Moderação em Provérbios
1.1. O temor do Senhor vale mais do que riquezas (Provérbios 15:16)
"Melhor é o pouco com o temor do Senhor do que um grande tesouro onde há inquietação."
- Raiz das palavras:
- Temor (יִרְאָה, yir’âh): Não é medo, mas reverência e respeito profundo a Deus, que molda as decisões e atitudes da vida.
- Inquietação (מְהוּמָה, mehûmâh): Refere-se a tumulto, perturbação e ansiedade.
- Comentário:
Este provérbio coloca o temor do Senhor como um valor supremo que ultrapassa qualquer riqueza material. As riquezas, quando desprovidas de uma base moral e espiritual, trazem inquietação e preocupações. Por outro lado, mesmo o pouco, quando acompanhado da reverência a Deus, gera paz e contentamento (1 Tm 6:6). - Aplicação: A prosperidade verdadeira não está na abundância material, mas na paz que vem de uma vida reverente a Deus.
1.2. O amor é mais precioso que um banquete luxuoso (Provérbios 15:17)
"Melhor é a comida de hortaliça onde há amor do que o boi gordo e, com ele, o ódio."
- Raiz das palavras:
- Amor (אַהֲבָה, ahavâh): Refere-se a um afeto profundo e sincero, que gera harmonia e unidade.
- Ódio (שִׂנְאָה, śin’âh): Descreve aversão intensa que resulta em divisões e conflitos.
- Comentário:
Este provérbio exalta a simplicidade de um lar onde reina o amor sobre a opulência acompanhada de brigas. O ambiente relacional tem mais impacto no bem-estar humano do que as condições materiais. - Aplicação: A vida centrada em Deus valoriza a comunhão e a harmonia acima do luxo e da ostentação.
1.3. A justiça vale mais do que riquezas injustas (Provérbios 16:8)
"Melhor é o pouco com justiça do que a abundância de colheita com injustiça."
- Raiz das palavras:
- Justiça (צֶדֶק, ṣedeq): Integridade, retidão moral e conformidade com os padrões divinos.
- Injustiça (עַוְלָה, ‘awlāh): Descreve a transgressão, desonestidade e práticas imorais.
- Comentário:
Este provérbio realça que os bens adquiridos por meios ilícitos são desvalorizados diante de Deus. O pouco com integridade é superior à prosperidade material obtida de forma corrupta, pois a justiça é um reflexo do caráter de Deus. - Aplicação: Os valores espirituais devem guiar a conduta do crente, assegurando que suas bênçãos materiais sejam legítimas e agradáveis a Deus (Sl 37:16).
1.4. A tranquilidade é melhor que a contenda (Provérbios 17:1)
"Melhor é um bocado seco e com ele a tranquilidade do que a casa cheia de vítimas, com contenda."
- Raiz das palavras:
- Tranquilidade (שַׁלְוָה, shalvâh): Paz e serenidade, especialmente no contexto de relacionamentos.
- Contenda (מִדְיָן, midyān): Discórdia e conflito interpessoal.
- Comentário:
Um lar pacífico, ainda que humilde, é mais valioso do que uma casa cheia de abundância, mas marcada por tensões e brigas. A tranquilidade é fruto de corações que buscam a Deus e agem em amor. - Aplicação: A presença de Deus no lar é o fundamento para a paz e a harmonia, superando as condições materiais.
Perspectivas Teológicas e Práticas
- Contentamento como virtude espiritual:
O contentamento está diretamente ligado à maturidade espiritual. É o resultado de confiar na soberania de Deus e de valorizar os princípios eternos acima das circunstâncias terrenas (Fp 4:11-12). - A moderação como antídoto ao materialismo:
Provérbios ensina que a moderação e o temor do Senhor trazem verdadeira satisfação, enquanto o materialismo é fonte de inquietação. Como afirma John MacArthur: “O contentamento é a capacidade de viver plenamente satisfeito, mesmo em situações difíceis, por confiar no suprimento de Deus.” - Contracultura espiritual:
Em uma sociedade que idolatra o consumo, o estilo de vida moderado e focado nos valores de Deus serve como testemunho do Evangelho, mostrando que a verdadeira alegria está em Cristo.
Conclusão
Os textos de Provérbios ensinam que o contentamento não está na quantidade de posses, mas na qualidade da vida espiritual. A moderação, o temor do Senhor, o amor e a justiça são pilares que sustentam uma vida significativa e satisfatória. Como Jesus ensinou, "onde está o teu tesouro, aí estará também o teu coração" (Mt 6:21). Que o crente busque no Senhor a sabedoria para viver com contentamento e paz, refletindo os valores do Reino em todas as áreas da vida.
2- O temor do Senhor e o amor valem mais. Provérbios 15.14-17 retoma a busca da sabedoria como a maneira sensata de viver. Aqui, é sábio aquele que tem o coração cheio de conhecimento (v.14) pois, consequentemente, seu coração também desfrutará de alegria (v.15). Assim, uma pessoa que tem o coração com conhecimento e alegria na presença de Deus, saberá discernir que a aquisição de bens materiais nem sempre significa conquistar a felicidade. Ela também saberá pesar entre “o pouco com o temor do Senhor” e “um grande tesouro com inquietação” (v.16). Não tenha dúvida de que ela escolherá o pouco com o temor do Senhor. Essa pessoa saberá pesar entre “a comida com hortaliça onde há amor” entre “o boi gordo e, com ele, o ódio” (v.17). Não tenha dúvida que ela escolhera a simplicidade em que haja o amor. A questão aqui não é necessariamente fazer a escolha, entre um e outro. mas compreender que há coisas mais preciosas na sabedoria divina e que. diferentemente dos bens materiais, só o temor do Senhor e o amor podem nos levar ao contentamento.
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
1. A Sabedoria como o Caminho para o Contentamento (Provérbios 15:14-15)
- "O coração sábio buscará o conhecimento, mas a boca dos tolos se apascentará de estultícia" (v.14):
A sabedoria em Provérbios é apresentada como o discernimento prático e espiritual que leva a uma vida alinhada com Deus. A palavra sábio (חָכָם, chakam) refere-se à pessoa que, em seu coração, busca continuamente o conhecimento (דַּעַת, da’ath), ou seja, a percepção profunda da verdade de Deus. Em contraste, o tolo (כְּסִיל, kesil) alimenta-se de estultícia (אִוֶּלֶת, ivveleth), que representa insensatez e autossuficiência, vivendo uma existência vazia e sem propósito. - "Todos os dias do aflito são maus, mas o de coração alegre tem um banquete contínuo" (v.15):
O aflito (עָנִי, ‘ani) refere-se a alguém emocionalmente sobrecarregado, cuja perspectiva transforma toda circunstância em sofrimento. Em contraste, aquele com coração alegre (לֵב שָׂמֵחַ, lev sameach), ou seja, que encontra sua alegria em Deus, desfruta de um banquete constante. Isso reflete a ideia de que o contentamento não é determinado pelas circunstâncias externas, mas por uma postura interna moldada pela confiança em Deus (Fp 4:11-13).
2. O Valor do Temor do Senhor e do Amor (Provérbios 15:16-17)
- "Melhor é o pouco com o temor do Senhor do que um grande tesouro onde há inquietação" (v.16):
Este versículo destaca o temor do Senhor (יִרְאַת יְהוָה, yirat YHWH) como a base para a verdadeira felicidade e paz. O termo denota reverência e submissão à soberania divina. A inquietação (mehûmâh) mencionada aqui refere-se ao estresse e ao vazio que acompanham as riquezas quando não são regidas pelo temor de Deus. - "Melhor é a comida de hortaliça onde há amor do que o boi gordo e, com ele, o ódio" (v.17):
Aqui, hortaliça (יֶרֶק, yéreq) simboliza simplicidade, enquanto boi gordo (שּׁוֹר אָבוּס, shor abus) representa luxo. O foco, no entanto, não está nos alimentos, mas na atmosfera relacional. Amor (אַהֲבָה, ahavah) traz harmonia e felicidade, enquanto o ódio (שִׂנְאָה, sin’ah) é destrutivo, corroendo até mesmo os prazeres mais refinados.
Perspectiva Teológica: Temor e Amor Como Valores Eternos
O temor do Senhor como base do contentamento:
O temor do Senhor não é apenas o início da sabedoria (Pv 1:7), mas também o fundamento para uma vida de equilíbrio e contentamento. Ele nos ensina a valorizar o que é eterno e a desapegar-nos do transitório (1 Tm 6:6-10).
O amor como a virtude essencial:
O amor, tanto em sua dimensão divina (ágape) quanto nas relações humanas, é descrito como um fruto do Espírito (Gl 5:22). Ele traz plenitude, enquanto o ódio e o egoísmo destroem relacionamentos e vidas.
Contentamento como virtude espiritual:
John Piper argumenta que o contentamento é a satisfação em Deus como nossa maior alegria, independentemente das circunstâncias. Isso ecoa o ensino de Provérbios, onde o temor do Senhor e o amor são apresentados como valores intrínsecos que superam qualquer ganho material.
Aplicação Prática
- Viver em reverência e amor: A busca pelo contentamento deve começar pela reverência a Deus e pela prática do amor em nossas relações, priorizando o espiritual sobre o material.
- Simplicidade como fonte de alegria: O reconhecimento de que menos pode ser mais quando a paz e o amor prevalecem nos ajuda a rejeitar o materialismo em favor de valores eternos.
- Escolher com sabedoria: Discernir entre o que é temporal e o que é eterno é uma característica da maturidade espiritual.
- Coração cheio de Deus: Um coração pleno de sabedoria e alegria no Senhor transcende as circunstâncias e encontra satisfação em Sua presença.
Conclusão
Provérbios 15:14-17 nos desafia a reavaliar nossos valores e prioridades, apontando para o temor do Senhor e o amor como pilares de uma vida satisfeita e equilibrada. A verdadeira riqueza está em uma relação correta com Deus e com os outros, e não na acumulação de bens materiais. Quando vivemos segundo esses princípios, experimentamos a alegria e a paz que só podem vir de uma vida centrada em Deus.
1. A Sabedoria como o Caminho para o Contentamento (Provérbios 15:14-15)
- "O coração sábio buscará o conhecimento, mas a boca dos tolos se apascentará de estultícia" (v.14):
A sabedoria em Provérbios é apresentada como o discernimento prático e espiritual que leva a uma vida alinhada com Deus. A palavra sábio (חָכָם, chakam) refere-se à pessoa que, em seu coração, busca continuamente o conhecimento (דַּעַת, da’ath), ou seja, a percepção profunda da verdade de Deus. Em contraste, o tolo (כְּסִיל, kesil) alimenta-se de estultícia (אִוֶּלֶת, ivveleth), que representa insensatez e autossuficiência, vivendo uma existência vazia e sem propósito. - "Todos os dias do aflito são maus, mas o de coração alegre tem um banquete contínuo" (v.15):
O aflito (עָנִי, ‘ani) refere-se a alguém emocionalmente sobrecarregado, cuja perspectiva transforma toda circunstância em sofrimento. Em contraste, aquele com coração alegre (לֵב שָׂמֵחַ, lev sameach), ou seja, que encontra sua alegria em Deus, desfruta de um banquete constante. Isso reflete a ideia de que o contentamento não é determinado pelas circunstâncias externas, mas por uma postura interna moldada pela confiança em Deus (Fp 4:11-13).
2. O Valor do Temor do Senhor e do Amor (Provérbios 15:16-17)
- "Melhor é o pouco com o temor do Senhor do que um grande tesouro onde há inquietação" (v.16):
Este versículo destaca o temor do Senhor (יִרְאַת יְהוָה, yirat YHWH) como a base para a verdadeira felicidade e paz. O termo denota reverência e submissão à soberania divina. A inquietação (mehûmâh) mencionada aqui refere-se ao estresse e ao vazio que acompanham as riquezas quando não são regidas pelo temor de Deus. - "Melhor é a comida de hortaliça onde há amor do que o boi gordo e, com ele, o ódio" (v.17):
Aqui, hortaliça (יֶרֶק, yéreq) simboliza simplicidade, enquanto boi gordo (שּׁוֹר אָבוּס, shor abus) representa luxo. O foco, no entanto, não está nos alimentos, mas na atmosfera relacional. Amor (אַהֲבָה, ahavah) traz harmonia e felicidade, enquanto o ódio (שִׂנְאָה, sin’ah) é destrutivo, corroendo até mesmo os prazeres mais refinados.
Perspectiva Teológica: Temor e Amor Como Valores Eternos
O temor do Senhor como base do contentamento:
O temor do Senhor não é apenas o início da sabedoria (Pv 1:7), mas também o fundamento para uma vida de equilíbrio e contentamento. Ele nos ensina a valorizar o que é eterno e a desapegar-nos do transitório (1 Tm 6:6-10).
O amor como a virtude essencial:
O amor, tanto em sua dimensão divina (ágape) quanto nas relações humanas, é descrito como um fruto do Espírito (Gl 5:22). Ele traz plenitude, enquanto o ódio e o egoísmo destroem relacionamentos e vidas.
Contentamento como virtude espiritual:
John Piper argumenta que o contentamento é a satisfação em Deus como nossa maior alegria, independentemente das circunstâncias. Isso ecoa o ensino de Provérbios, onde o temor do Senhor e o amor são apresentados como valores intrínsecos que superam qualquer ganho material.
Aplicação Prática
- Viver em reverência e amor: A busca pelo contentamento deve começar pela reverência a Deus e pela prática do amor em nossas relações, priorizando o espiritual sobre o material.
- Simplicidade como fonte de alegria: O reconhecimento de que menos pode ser mais quando a paz e o amor prevalecem nos ajuda a rejeitar o materialismo em favor de valores eternos.
- Escolher com sabedoria: Discernir entre o que é temporal e o que é eterno é uma característica da maturidade espiritual.
- Coração cheio de Deus: Um coração pleno de sabedoria e alegria no Senhor transcende as circunstâncias e encontra satisfação em Sua presença.
Conclusão
Provérbios 15:14-17 nos desafia a reavaliar nossos valores e prioridades, apontando para o temor do Senhor e o amor como pilares de uma vida satisfeita e equilibrada. A verdadeira riqueza está em uma relação correta com Deus e com os outros, e não na acumulação de bens materiais. Quando vivemos segundo esses princípios, experimentamos a alegria e a paz que só podem vir de uma vida centrada em Deus.
3- O “pouco com justiça” e a “tranquilidade são melhores”. Provérbios 16.8 e 17.1 trazem a questão da justiça e da paz. Dessa forma, o sábio ensina que é muito melhor ter pouco, mas vivendo com justiça, ou seja, é melhor ser um pobre justo que ter abundância conquistada de maneira injusta, isto é, ser um rico injusto (Pv 16.8). O sábio também ensina que o bocado seco, ou seja, um pão velho que não pode ser embebido num delicioso molho, acompanhado de tranquilidade e paz, é melhor que um grande banquete em que há brigas e confusões (Pv 17.1). Aqui também não é a questão entre escolher um ou outro, mas de saber discernir que quem sabe o que é justiça e paz, e as observa, caminhará nesta vida com grande contentamento.
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
1. Provérbios 16:8 – "Melhor é o pouco com justiça do que a abundância de colheita com injustiça"
Justiça como valor supremo:
O versículo destaca o princípio de que a justiça (צֶדֶק, tsedeq) possui maior valor intrínseco do que a abundância conquistada de forma ilícita. O texto reflete o entendimento hebraico de justiça como algo que vai além do comportamento ético, envolvendo um relacionamento correto com Deus, com o próximo e com a criação (Mq 6:8). A riqueza acumulada de maneira injusta reflete um desvio tanto moral quanto espiritual.
Contentamento e a justiça divina:
O pouco com justiça representa uma vida de simplicidade que não sacrifica os valores eternos em prol de ganhos temporários. Este princípio é reafirmado em Salmos 37:16: "Melhor é o pouco do justo do que a riqueza de muitos ímpios." A justiça enriquece a alma, enquanto a abundância injusta, embora aparentemente vantajosa, resulta em escravidão espiritual e culpa.
Opinião teológica:
O comentarista Bruce Waltke argumenta que este versículo reflete a economia ética do Reino de Deus, onde os valores espirituais e morais prevalecem sobre a busca por ganhos materiais. Ele observa que, em Provérbios, a riqueza é sempre subordinada à retidão, sugerindo que a justiça é a verdadeira fonte de segurança e prosperidade duradoura.
2. Provérbios 17:1 – "Melhor é um bocado seco e com ele a tranquilidade do que a casa cheia de vítimas com contenda"
Tranquilidade versus contenda:
O bocado seco (פַּת חֲרֵבָה, pat harevah) simboliza a simplicidade e as condições humildes da vida. Já a tranquilidade (שַׁלְוָה, shalvah) denota um estado de paz e descanso, uma benção que vai além das posses materiais. Por outro lado, uma casa cheia de vítimas (זְבָחִים, zevachim – ofertas sacrificiais) implica em um banquete suntuoso, porém acompanhado de contenda (מָדוֹן, madon), ou seja, conflitos e divisões.
Paz como riqueza verdadeira:
Este provérbio ressalta que a verdadeira felicidade não está em recursos materiais, mas em relacionamentos harmoniosos e uma consciência tranquila. O princípio está em conformidade com o ensino de Jesus em Mateus 5:9: "Bem-aventurados os pacificadores, porque serão chamados filhos de Deus."
Opinião teológica:
John MacArthur interpreta este texto como um apelo à vida piedosa e à rejeição do materialismo. Ele destaca que a contenda em lares ricos muitas vezes é fruto de uma busca egoísta por poder e controle, enquanto a paz em condições humildes reflete um coração satisfeito com Deus.
Aplicação Teológica e Prática
1. Contentamento na Justiça e na Simplicidade:
Estes versículos reafirmam a importância de uma vida baseada em valores espirituais em vez de bens materiais. O contentamento é resultado de uma vida de integridade e dependência de Deus. Paulo ecoa este princípio em Filipenses 4:11-12, onde afirma que aprendeu a estar contente em qualquer situação.
2. Harmonia no Lar:
A tranquilidade no lar é um tesouro inestimável, muitas vezes mais difícil de alcançar do que a prosperidade financeira. Isso exige sabedoria, amor, e a disposição de resolver conflitos de maneira justa e piedosa.
3. Discernimento Espiritual:
Estes provérbios ensinam que o discernimento entre valores eternos e temporais é essencial. A busca pela justiça, pela paz e pelo temor do Senhor deve moldar nossas decisões e prioridades.
Conclusão
Provérbios 16:8 e 17:1 revelam que justiça e paz são pilares para uma vida de contentamento e harmonia. A verdadeira prosperidade não está na abundância material, mas na prática da justiça e no cultivo da tranquilidade. À luz desses princípios, somos chamados a viver com valores que refletem o caráter de Deus, priorizando aquilo que tem valor eterno.
1. Provérbios 16:8 – "Melhor é o pouco com justiça do que a abundância de colheita com injustiça"
Justiça como valor supremo:
O versículo destaca o princípio de que a justiça (צֶדֶק, tsedeq) possui maior valor intrínseco do que a abundância conquistada de forma ilícita. O texto reflete o entendimento hebraico de justiça como algo que vai além do comportamento ético, envolvendo um relacionamento correto com Deus, com o próximo e com a criação (Mq 6:8). A riqueza acumulada de maneira injusta reflete um desvio tanto moral quanto espiritual.
Contentamento e a justiça divina:
O pouco com justiça representa uma vida de simplicidade que não sacrifica os valores eternos em prol de ganhos temporários. Este princípio é reafirmado em Salmos 37:16: "Melhor é o pouco do justo do que a riqueza de muitos ímpios." A justiça enriquece a alma, enquanto a abundância injusta, embora aparentemente vantajosa, resulta em escravidão espiritual e culpa.
Opinião teológica:
O comentarista Bruce Waltke argumenta que este versículo reflete a economia ética do Reino de Deus, onde os valores espirituais e morais prevalecem sobre a busca por ganhos materiais. Ele observa que, em Provérbios, a riqueza é sempre subordinada à retidão, sugerindo que a justiça é a verdadeira fonte de segurança e prosperidade duradoura.
2. Provérbios 17:1 – "Melhor é um bocado seco e com ele a tranquilidade do que a casa cheia de vítimas com contenda"
Tranquilidade versus contenda:
O bocado seco (פַּת חֲרֵבָה, pat harevah) simboliza a simplicidade e as condições humildes da vida. Já a tranquilidade (שַׁלְוָה, shalvah) denota um estado de paz e descanso, uma benção que vai além das posses materiais. Por outro lado, uma casa cheia de vítimas (זְבָחִים, zevachim – ofertas sacrificiais) implica em um banquete suntuoso, porém acompanhado de contenda (מָדוֹן, madon), ou seja, conflitos e divisões.
Paz como riqueza verdadeira:
Este provérbio ressalta que a verdadeira felicidade não está em recursos materiais, mas em relacionamentos harmoniosos e uma consciência tranquila. O princípio está em conformidade com o ensino de Jesus em Mateus 5:9: "Bem-aventurados os pacificadores, porque serão chamados filhos de Deus."
Opinião teológica:
John MacArthur interpreta este texto como um apelo à vida piedosa e à rejeição do materialismo. Ele destaca que a contenda em lares ricos muitas vezes é fruto de uma busca egoísta por poder e controle, enquanto a paz em condições humildes reflete um coração satisfeito com Deus.
Aplicação Teológica e Prática
1. Contentamento na Justiça e na Simplicidade:
Estes versículos reafirmam a importância de uma vida baseada em valores espirituais em vez de bens materiais. O contentamento é resultado de uma vida de integridade e dependência de Deus. Paulo ecoa este princípio em Filipenses 4:11-12, onde afirma que aprendeu a estar contente em qualquer situação.
2. Harmonia no Lar:
A tranquilidade no lar é um tesouro inestimável, muitas vezes mais difícil de alcançar do que a prosperidade financeira. Isso exige sabedoria, amor, e a disposição de resolver conflitos de maneira justa e piedosa.
3. Discernimento Espiritual:
Estes provérbios ensinam que o discernimento entre valores eternos e temporais é essencial. A busca pela justiça, pela paz e pelo temor do Senhor deve moldar nossas decisões e prioridades.
Conclusão
Provérbios 16:8 e 17:1 revelam que justiça e paz são pilares para uma vida de contentamento e harmonia. A verdadeira prosperidade não está na abundância material, mas na prática da justiça e no cultivo da tranquilidade. À luz desses princípios, somos chamados a viver com valores que refletem o caráter de Deus, priorizando aquilo que tem valor eterno.
SUBSÍDIO 1
Professor(a), explique aos alunos que “Salomão não negligenciou o descontentamento. Em três ocasiões distintas, ele ofereceu sabedoria a todos nós, especialmente para aquelas ocasiões em que nos sentimos tentados a sentir pena de nós mesmos. Aqui estão dois exemplos: Melhor é a comida de hortaliça onde há amor do que o boi gordo e, com ele, o ódio (15:17). ‘Melhor é um bocado seco e tranquilo do que a casa farta de carnes e contendas’ (17.1. ARA) A imagem de um “bocado seco” (conforme a NIV 1984) é um retrato que qualquer viajante antigo poderia apreciar. Sem o benefício de conservantes para seu alimento, os viajantes se alimentavam de pão ou algo similar à carne seca. Eles se contentavam com pouco. E mesmo em casa, durante tempos de vacas magras, o pão velho e a carne seca poderiam ser o jantar. O provérbio compara esta refeição espartana a uma “casa farta de carnes” (o significado hebraico literal). Segundo a lei e a tradição do Antigo Testamento, um sacerdote podia levar para casa, para a sua família, algumas porções do alimento não completamente consumido no altar (Lv 10.12-14). E assim que um homem que dedicava a sua vida ao ministério sustentava a sua casa. A palavra para a morte ritual de um animal era usada, às vezes, no sentido de preparativos para um banquete, para uma mesa suntuosa coberta com carne, legumes, pão e vinho deliciosos.” (Adaptado de SWINDOLL. Charles R. Vivendo Provérbios. Rio de Janeiro: CPAD 2013, p. 105)
II – VALORIZE O QUE HÁ DE MAIS PROFUNDO
1- O que é o Contentamento? A luz dos textos de Provérbios, conjugado com textos do Novo Testamento, podemos aprender a respeito do contentamento como um tema profundamente espiritual Na fé cristã, o contentamento se apresenta como uma paz interna diante de circunstâncias externas contrárias diante de nós e, ao mesmo tempo, que apresentamos uma postura de gratidão a Deus diante dos infortúnios da vida. Vemos esse contentamento na vida do apóstolo Paulo por meio do ensino em suas cartas quando diz que “já aprendi a contentar-me com o que tenho”, “estou instruído tanto a ter fartura quanto a ter fome, tanto a ter abundância como a ter necessidade”: “tendo, porém, sustento e com que nos cobrirmos, estejamos com isso contentes (Fp 4.11.12. 1 Tm 6.8). Em Hebreus, o escritor sagrado nos instrui a deixar a avareza, “contentando-vos com o que tendes, pois há uma promessa de que não seremos abandonados pelo Senhor” (Hb 13.5). Só age assim quem consegue colocar a sua atenção no que é eterno diante das inquietações terrenas.
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
O Contentamento como Virtude Espiritual
O contentamento é uma das virtudes centrais do cristianismo, refletindo uma postura de confiança, gratidão e humildade diante das circunstâncias da vida. Nas Escrituras, tanto o Antigo quanto o Novo Testamento abordam o contentamento como um tema profundamente espiritual, que desafia o materialismo e a insatisfação humanas, enquanto aponta para uma vida centrada na providência e fidelidade de Deus.
1. O Contentamento no Contexto de Provérbios
Os escritos sapienciais, especialmente os Provérbios, apresentam o contentamento como uma expressão de sabedoria prática e espiritual. Um exemplo claro está em Provérbios 30.8-9, no qual Agur ora pedindo a Deus:
"Afasta de mim a falsidade e a mentira; não me dês nem a pobreza nem a riqueza; dá-me o pão que me for necessário; para que, estando eu farto, não te negue, e venha a dizer: Quem é o Senhor? Ou que, empobrecido, não venha a furtar, e profane o nome de Deus."
Este texto encapsula o conceito de contentamento: uma vida equilibrada, livre dos extremos que podem afastar o ser humano de Deus. Agur não busca riquezas ou pobreza extrema, mas o suficiente para viver de maneira digna, reconhecendo que o verdadeiro sustento vem do Senhor. A sabedoria bíblica ensina que o contentamento não está em acumular bens materiais, mas em viver em harmonia com os propósitos de Deus.
Referência teológica: John Stott, ao comentar sobre a espiritualidade cristã prática, afirma que o contentamento é um fruto de uma mente renovada pela sabedoria divina, onde o coração humano descansa na suficiência de Deus, não em circunstâncias externas.
2. Contentamento e o Novo Testamento: A Experiência de Paulo
O apóstolo Paulo exemplifica o contentamento como uma disciplina espiritual aprendida no contexto da dependência total de Deus. Em Filipenses 4.11-12, ele declara:
"Já aprendi a contentar-me com o que tenho. Sei estar abatido, e sei também ter abundância; em toda maneira, e em todas as coisas estou instruído, tanto a ter fartura, como a ter fome; tanto a ter abundância, como a padecer necessidade."
Este texto mostra que o contentamento não é inato, mas uma virtude adquirida por meio da dependência de Cristo, como ele ressalta no versículo seguinte: "Tudo posso naquele que me fortalece" (Fp 4.13). O contentamento de Paulo é fundamentado na segurança de que Deus é suficiente para suprir todas as suas necessidades, físicas e espirituais.
Além disso, em 1 Timóteo 6.6-8, Paulo ensina:
"De fato, a piedade com contentamento é grande fonte de lucro, porque nada trouxemos para este mundo, nem coisa alguma podemos levar dele. Tendo sustento e com que nos cobrirmos, estejamos com isso contentes."
Aqui, Paulo conecta o contentamento à piedade, demonstrando que uma vida satisfeita em Deus é intrinsecamente ligada à vida piedosa.
Referência teológica: D.A. Carson, em suas reflexões sobre o contentamento cristão, destaca que essa virtude se baseia na confiança inabalável de que Deus é soberano e provedor, e que todas as circunstâncias estão sob o controle divino, mesmo em meio às tribulações.
3. Contentamento como Contraponto à Avareza e Ansiedade
Em Hebreus 13.5, o escritor sagrado exorta:
"Seja a vossa vida sem avareza, contentando-vos com o que tendes; porque ele mesmo disse: Não te deixarei, nem te desampararei."
O texto estabelece um contraste direto entre o contentamento e a avareza, que é o desejo insaciável por mais. A avareza é uma forma de idolatria (Cl 3.5), pois coloca os bens materiais como fonte de segurança e satisfação, em vez de Deus. O contentamento, por outro lado, reconhece que a verdadeira suficiência está em confiar na promessa de Deus de nunca abandonar os seus filhos.
Argumento histórico-cultural:
No contexto do mundo greco-romano, o estoicismo defendia uma espécie de contentamento como independência emocional das circunstâncias. No entanto, o contentamento cristão difere radicalmente dessa visão, pois não é baseado na autossuficiência, mas na suficiência de Deus. A confiança cristã repousa na fidelidade do Senhor, e não em uma habilidade humana de se desligar dos problemas da vida.
4. Uma Virtude Contracultural e Eterna
O contentamento cristão desafia a cultura contemporânea, que incentiva a insatisfação e o consumismo. Vivemos em uma sociedade que constantemente promove o desejo por mais bens, status e experiências, alimentando a ideia de que a felicidade está ligada ao que se possui.
O contentamento bíblico, no entanto, é contracultural porque chama os cristãos a encontrarem satisfação em valores eternos e não em bens temporais. Como ensina Jesus em Mateus 6.33, o foco do cristão deve estar em buscar primeiro o Reino de Deus, confiando que todas as coisas necessárias lhe serão acrescentadas.
Referência teológica: Richard Foster, em Celebração da Disciplina, argumenta que o contentamento é um fruto da disciplina da simplicidade. Ele afirma que, ao vivermos de forma simples e confiantes em Deus, aprendemos a valorizar mais o que é eterno do que o que é passageiro.
5. Aplicações Práticas
- Gratidão constante: O contentamento é cultivado por meio de um espírito de gratidão pelas provisões de Deus, reconhecendo que Ele sabe exatamente o que precisamos (Mt 6.8).
- Confiança na promessa de Deus: A certeza de que Deus nunca nos abandonará nos liberta da ansiedade (Hb 13.5).
- Desapego ao materialismo: O cristão é chamado a viver em simplicidade, rejeitando a busca incessante por bens materiais (1 Tm 6.9-10).
- Foco no eterno: Como Paulo ensina em 2 Coríntios 4.18, devemos olhar para as coisas que não se veem, pois são eternas, enquanto as visíveis são temporais.
Conclusão
O contentamento é uma virtude espiritual que reflete uma vida centrada em Deus. Ele não é a negação das necessidades humanas, mas a aceitação de que todas as coisas boas vêm do Senhor e que Ele é suficiente. É uma postura que desafia tanto a avareza quanto a ansiedade, convidando-nos a confiar plenamente na fidelidade de Deus e a buscar valores eternos, acima das inquietações temporais da vida.
O Contentamento como Virtude Espiritual
O contentamento é uma das virtudes centrais do cristianismo, refletindo uma postura de confiança, gratidão e humildade diante das circunstâncias da vida. Nas Escrituras, tanto o Antigo quanto o Novo Testamento abordam o contentamento como um tema profundamente espiritual, que desafia o materialismo e a insatisfação humanas, enquanto aponta para uma vida centrada na providência e fidelidade de Deus.
1. O Contentamento no Contexto de Provérbios
Os escritos sapienciais, especialmente os Provérbios, apresentam o contentamento como uma expressão de sabedoria prática e espiritual. Um exemplo claro está em Provérbios 30.8-9, no qual Agur ora pedindo a Deus:
"Afasta de mim a falsidade e a mentira; não me dês nem a pobreza nem a riqueza; dá-me o pão que me for necessário; para que, estando eu farto, não te negue, e venha a dizer: Quem é o Senhor? Ou que, empobrecido, não venha a furtar, e profane o nome de Deus."
Este texto encapsula o conceito de contentamento: uma vida equilibrada, livre dos extremos que podem afastar o ser humano de Deus. Agur não busca riquezas ou pobreza extrema, mas o suficiente para viver de maneira digna, reconhecendo que o verdadeiro sustento vem do Senhor. A sabedoria bíblica ensina que o contentamento não está em acumular bens materiais, mas em viver em harmonia com os propósitos de Deus.
Referência teológica: John Stott, ao comentar sobre a espiritualidade cristã prática, afirma que o contentamento é um fruto de uma mente renovada pela sabedoria divina, onde o coração humano descansa na suficiência de Deus, não em circunstâncias externas.
2. Contentamento e o Novo Testamento: A Experiência de Paulo
O apóstolo Paulo exemplifica o contentamento como uma disciplina espiritual aprendida no contexto da dependência total de Deus. Em Filipenses 4.11-12, ele declara:
"Já aprendi a contentar-me com o que tenho. Sei estar abatido, e sei também ter abundância; em toda maneira, e em todas as coisas estou instruído, tanto a ter fartura, como a ter fome; tanto a ter abundância, como a padecer necessidade."
Este texto mostra que o contentamento não é inato, mas uma virtude adquirida por meio da dependência de Cristo, como ele ressalta no versículo seguinte: "Tudo posso naquele que me fortalece" (Fp 4.13). O contentamento de Paulo é fundamentado na segurança de que Deus é suficiente para suprir todas as suas necessidades, físicas e espirituais.
Além disso, em 1 Timóteo 6.6-8, Paulo ensina:
"De fato, a piedade com contentamento é grande fonte de lucro, porque nada trouxemos para este mundo, nem coisa alguma podemos levar dele. Tendo sustento e com que nos cobrirmos, estejamos com isso contentes."
Aqui, Paulo conecta o contentamento à piedade, demonstrando que uma vida satisfeita em Deus é intrinsecamente ligada à vida piedosa.
Referência teológica: D.A. Carson, em suas reflexões sobre o contentamento cristão, destaca que essa virtude se baseia na confiança inabalável de que Deus é soberano e provedor, e que todas as circunstâncias estão sob o controle divino, mesmo em meio às tribulações.
3. Contentamento como Contraponto à Avareza e Ansiedade
Em Hebreus 13.5, o escritor sagrado exorta:
"Seja a vossa vida sem avareza, contentando-vos com o que tendes; porque ele mesmo disse: Não te deixarei, nem te desampararei."
O texto estabelece um contraste direto entre o contentamento e a avareza, que é o desejo insaciável por mais. A avareza é uma forma de idolatria (Cl 3.5), pois coloca os bens materiais como fonte de segurança e satisfação, em vez de Deus. O contentamento, por outro lado, reconhece que a verdadeira suficiência está em confiar na promessa de Deus de nunca abandonar os seus filhos.
Argumento histórico-cultural:
No contexto do mundo greco-romano, o estoicismo defendia uma espécie de contentamento como independência emocional das circunstâncias. No entanto, o contentamento cristão difere radicalmente dessa visão, pois não é baseado na autossuficiência, mas na suficiência de Deus. A confiança cristã repousa na fidelidade do Senhor, e não em uma habilidade humana de se desligar dos problemas da vida.
4. Uma Virtude Contracultural e Eterna
O contentamento cristão desafia a cultura contemporânea, que incentiva a insatisfação e o consumismo. Vivemos em uma sociedade que constantemente promove o desejo por mais bens, status e experiências, alimentando a ideia de que a felicidade está ligada ao que se possui.
O contentamento bíblico, no entanto, é contracultural porque chama os cristãos a encontrarem satisfação em valores eternos e não em bens temporais. Como ensina Jesus em Mateus 6.33, o foco do cristão deve estar em buscar primeiro o Reino de Deus, confiando que todas as coisas necessárias lhe serão acrescentadas.
Referência teológica: Richard Foster, em Celebração da Disciplina, argumenta que o contentamento é um fruto da disciplina da simplicidade. Ele afirma que, ao vivermos de forma simples e confiantes em Deus, aprendemos a valorizar mais o que é eterno do que o que é passageiro.
5. Aplicações Práticas
- Gratidão constante: O contentamento é cultivado por meio de um espírito de gratidão pelas provisões de Deus, reconhecendo que Ele sabe exatamente o que precisamos (Mt 6.8).
- Confiança na promessa de Deus: A certeza de que Deus nunca nos abandonará nos liberta da ansiedade (Hb 13.5).
- Desapego ao materialismo: O cristão é chamado a viver em simplicidade, rejeitando a busca incessante por bens materiais (1 Tm 6.9-10).
- Foco no eterno: Como Paulo ensina em 2 Coríntios 4.18, devemos olhar para as coisas que não se veem, pois são eternas, enquanto as visíveis são temporais.
Conclusão
O contentamento é uma virtude espiritual que reflete uma vida centrada em Deus. Ele não é a negação das necessidades humanas, mas a aceitação de que todas as coisas boas vêm do Senhor e que Ele é suficiente. É uma postura que desafia tanto a avareza quanto a ansiedade, convidando-nos a confiar plenamente na fidelidade de Deus e a buscar valores eternos, acima das inquietações temporais da vida.
2- Contentamento é pôr os olhos no que é eterno. Tanto os textos de Provérbios quanto os do Novo Testamento mostram que nem tudo no âmbito terreno ocorre da melhor forma. Geralmente não seremos reconhecidos pelos outros, por certo passaremos por injustiças, certamente teremos prejuízos financeiros e os desafios a mais. Então, se esperarmos demasiadamente grandes resultados em algo que não controlamos, e não temos como controlar, certamente nos frustramos. Por isso, à luz do exemplo dos cristãos do primeiro século e, ao longo da história, temos de aprender a colocar o nosso coração no que é eterno (Hb 10.34-36). Essa é a máxima da vida cristã! Como vimos no primeiro tópico, o “temor do Senhor” tem valor eterno, o amor que vem de Deus tem valor eterno; sua justiça e paz têm valor eterno; e, por isso, quando esses valores estão dentro de nós, Deus gera um contentamento indizível, pois nossos olhos não estão voltados para as circunstâncias terrenas, mas “sabendo que, em vós mesmos. tendes nos céus uma possessão melhor e permanente” (Hb 10.34).
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
Contentamento como Foco no Eterno
O contentamento cristão está profundamente enraizado na capacidade de focar no que é eterno, transcendendo as circunstâncias e os desafios terrenos. Este foco não é uma negação das realidades do mundo, mas um reconhecimento de que os valores divinos têm peso eterno, enquanto os aspectos temporais da vida são passageiros e frequentemente imprevisíveis. Essa visão molda a maneira como o cristão enfrenta injustiças, perdas e incertezas, oferecendo uma perspectiva celestial em meio às vicissitudes terrenas.
1. O Contentamento e a Perspectiva do Eterno nos Textos Bíblicos
O autor de Hebreus 10.34-36 destaca que os cristãos do primeiro século sofreram espoliações e perseguições, mas fizeram isso com alegria porque sabiam que tinham “nos céus uma possessão melhor e permanente”. Essa possessão celestial, um tema recorrente no Novo Testamento, é a base do contentamento. Ela nos ensina que, embora possamos enfrentar perdas aqui, somos ricos naquilo que não pode ser tirado: a comunhão com Deus e a promessa da vida eterna.
No Antigo Testamento, os textos sapienciais ecoam essa ideia ao enfatizar a prioridade do temor do Senhor. Provérbios 15.16 declara:
“Melhor é o pouco com o temor do Senhor, do que um grande tesouro onde há inquietação.”
Esse versículo revela que a segurança e a paz derivam de uma relação com Deus e não da abundância material. O temor do Senhor é descrito como o princípio da sabedoria (Pv 9.10), e sua prática gera contentamento porque alinha nossas prioridades com os valores eternos de Deus.
Perspectiva Teológica: A. W. Tozer, em A Busca de Deus, argumenta que o contentamento nasce de um coração que valoriza mais o Deus eterno do que as bênçãos temporais. Para ele, "quem tem Deus e nada mais tem tanto quanto quem tem Deus e tudo mais."
2. Contentamento em Meio à Injustiça e Perdas
A realidade de que as coisas "nem sempre ocorrem da melhor forma" é um testemunho da queda do homem e do estado de imperfeição do mundo. No entanto, o cristão não é chamado a depender do reconhecimento humano ou das riquezas deste mundo, mas a se ancorar nas promessas de Deus. Como Paulo escreve em 2 Coríntios 4.17-18:
"Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós eterno peso de glória, acima de toda comparação, não atentando nós nas coisas que se veem, mas nas que se não veem; porque as que se veem são temporais, e as que se não veem são eternas."
O sofrimento terreno, embora real, é colocado em perspectiva diante da glória eterna. A confiança na soberania de Deus permite ao cristão suportar injustiças e perdas sem perder a paz e o propósito.
Perspectiva Histórico-Cultural:
Os cristãos do primeiro século enfrentavam grandes perseguições, muitas vezes perdendo seus bens e status social. No entanto, sua confiança no “melhor e permanente” os sustentava. Essa fé era um testemunho poderoso para os não cristãos, pois mostrava que sua alegria não dependia de circunstâncias externas, mas de uma posse interna e eterna.
3. O Contentamento e o Tesouro no Céu
Jesus ensinou sobre a prioridade do eterno em Mateus 6.19-21, onde ordena:
“Não acumuleis para vós outros tesouros sobre a terra, onde a traça e a ferrugem corroem, e onde ladrões escavam e roubam; mas ajuntai para vós outros tesouros no céu, onde a traça nem a ferrugem corrói, e onde ladrões não escavam nem roubam; porque, onde está o teu tesouro, aí estará também o teu coração.”
Esse ensinamento se conecta diretamente com o contentamento. Quando os nossos olhos estão postos no céu, nosso coração se desapega das riquezas materiais e dos aplausos terrenos, encontrando satisfação naquilo que é eterno. Assim, o contentamento não é resignação passiva, mas uma confiança ativa em Deus, sabendo que Ele tem um plano maior.
Perspectiva Acadêmica: Richard Bauckham, em Jesus and the Eyewitnesses, comenta que os ensinamentos de Jesus sobre o tesouro celestial não apenas confrontavam o materialismo da sociedade judaica, mas também ofereciam um contraste radical com as filosofias greco-romanas, que viam a riqueza como um sinal de status divino ou mérito pessoal.
4. O Valor Eterno do Temor do Senhor
Como afirmado em Provérbios 1.7, "O temor do Senhor é o princípio do conhecimento", e em Provérbios 19.23, "O temor do Senhor conduz à vida; aquele que o tem ficará satisfeito, e mal nenhum o visitará."
Esses textos destacam que o temor do Senhor não apenas molda nosso caráter, mas também é um antídoto contra a ansiedade e a insatisfação. Quando vivemos em reverência a Deus, percebemos que Ele é suficiente para nossas necessidades.
Essa verdade é ecoada no Novo Testamento, especialmente em Hebreus 11, onde os heróis da fé são elogiados por terem vivido em obediência a Deus, mesmo quando não receberam as promessas terrenas, pois aguardavam “uma pátria superior, isto é, celestial” (Hb 11.16).
5. Aplicações Práticas
- Desenvolver uma mentalidade eterna: Pratique manter o foco no que tem valor eterno. Pergunte-se: "Isso tem significado diante da eternidade?"
- Cultivar gratidão: Agradeça a Deus pelas promessas eternas que já estão garantidas em Cristo, como a vida eterna e a comunhão com Deus.
- Resistir ao materialismo: Reavalie suas prioridades financeiras e emocionais, rejeitando a busca por segurança em bens temporais.
- Testemunhar em meio às dificuldades: Enfrentar desafios com alegria e confiança no Senhor demonstra ao mundo a suficiência de Cristo em sua vida.
Conclusão
O contentamento como foco no eterno é mais do que uma virtude pessoal; é um reflexo do Reino de Deus operando na vida do crente. Quando nossos olhos estão fixos naquilo que é eterno — o temor do Senhor, a justiça, a paz e as promessas de Deus —, encontramos um contentamento indizível que transcende as circunstâncias. Este contentamento é uma declaração de que Deus é suficiente, e suas promessas são verdadeiras, mesmo em meio às incertezas da vida. Como cristãos, somos chamados a viver como cidadãos de um Reino eterno, confiando que, em Cristo, temos a posse mais preciosa e duradoura.
Contentamento como Foco no Eterno
O contentamento cristão está profundamente enraizado na capacidade de focar no que é eterno, transcendendo as circunstâncias e os desafios terrenos. Este foco não é uma negação das realidades do mundo, mas um reconhecimento de que os valores divinos têm peso eterno, enquanto os aspectos temporais da vida são passageiros e frequentemente imprevisíveis. Essa visão molda a maneira como o cristão enfrenta injustiças, perdas e incertezas, oferecendo uma perspectiva celestial em meio às vicissitudes terrenas.
1. O Contentamento e a Perspectiva do Eterno nos Textos Bíblicos
O autor de Hebreus 10.34-36 destaca que os cristãos do primeiro século sofreram espoliações e perseguições, mas fizeram isso com alegria porque sabiam que tinham “nos céus uma possessão melhor e permanente”. Essa possessão celestial, um tema recorrente no Novo Testamento, é a base do contentamento. Ela nos ensina que, embora possamos enfrentar perdas aqui, somos ricos naquilo que não pode ser tirado: a comunhão com Deus e a promessa da vida eterna.
No Antigo Testamento, os textos sapienciais ecoam essa ideia ao enfatizar a prioridade do temor do Senhor. Provérbios 15.16 declara:
“Melhor é o pouco com o temor do Senhor, do que um grande tesouro onde há inquietação.”
Esse versículo revela que a segurança e a paz derivam de uma relação com Deus e não da abundância material. O temor do Senhor é descrito como o princípio da sabedoria (Pv 9.10), e sua prática gera contentamento porque alinha nossas prioridades com os valores eternos de Deus.
Perspectiva Teológica: A. W. Tozer, em A Busca de Deus, argumenta que o contentamento nasce de um coração que valoriza mais o Deus eterno do que as bênçãos temporais. Para ele, "quem tem Deus e nada mais tem tanto quanto quem tem Deus e tudo mais."
2. Contentamento em Meio à Injustiça e Perdas
A realidade de que as coisas "nem sempre ocorrem da melhor forma" é um testemunho da queda do homem e do estado de imperfeição do mundo. No entanto, o cristão não é chamado a depender do reconhecimento humano ou das riquezas deste mundo, mas a se ancorar nas promessas de Deus. Como Paulo escreve em 2 Coríntios 4.17-18:
"Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós eterno peso de glória, acima de toda comparação, não atentando nós nas coisas que se veem, mas nas que se não veem; porque as que se veem são temporais, e as que se não veem são eternas."
O sofrimento terreno, embora real, é colocado em perspectiva diante da glória eterna. A confiança na soberania de Deus permite ao cristão suportar injustiças e perdas sem perder a paz e o propósito.
Perspectiva Histórico-Cultural:
Os cristãos do primeiro século enfrentavam grandes perseguições, muitas vezes perdendo seus bens e status social. No entanto, sua confiança no “melhor e permanente” os sustentava. Essa fé era um testemunho poderoso para os não cristãos, pois mostrava que sua alegria não dependia de circunstâncias externas, mas de uma posse interna e eterna.
3. O Contentamento e o Tesouro no Céu
Jesus ensinou sobre a prioridade do eterno em Mateus 6.19-21, onde ordena:
“Não acumuleis para vós outros tesouros sobre a terra, onde a traça e a ferrugem corroem, e onde ladrões escavam e roubam; mas ajuntai para vós outros tesouros no céu, onde a traça nem a ferrugem corrói, e onde ladrões não escavam nem roubam; porque, onde está o teu tesouro, aí estará também o teu coração.”
Esse ensinamento se conecta diretamente com o contentamento. Quando os nossos olhos estão postos no céu, nosso coração se desapega das riquezas materiais e dos aplausos terrenos, encontrando satisfação naquilo que é eterno. Assim, o contentamento não é resignação passiva, mas uma confiança ativa em Deus, sabendo que Ele tem um plano maior.
Perspectiva Acadêmica: Richard Bauckham, em Jesus and the Eyewitnesses, comenta que os ensinamentos de Jesus sobre o tesouro celestial não apenas confrontavam o materialismo da sociedade judaica, mas também ofereciam um contraste radical com as filosofias greco-romanas, que viam a riqueza como um sinal de status divino ou mérito pessoal.
4. O Valor Eterno do Temor do Senhor
Como afirmado em Provérbios 1.7, "O temor do Senhor é o princípio do conhecimento", e em Provérbios 19.23, "O temor do Senhor conduz à vida; aquele que o tem ficará satisfeito, e mal nenhum o visitará."
Esses textos destacam que o temor do Senhor não apenas molda nosso caráter, mas também é um antídoto contra a ansiedade e a insatisfação. Quando vivemos em reverência a Deus, percebemos que Ele é suficiente para nossas necessidades.
Essa verdade é ecoada no Novo Testamento, especialmente em Hebreus 11, onde os heróis da fé são elogiados por terem vivido em obediência a Deus, mesmo quando não receberam as promessas terrenas, pois aguardavam “uma pátria superior, isto é, celestial” (Hb 11.16).
5. Aplicações Práticas
- Desenvolver uma mentalidade eterna: Pratique manter o foco no que tem valor eterno. Pergunte-se: "Isso tem significado diante da eternidade?"
- Cultivar gratidão: Agradeça a Deus pelas promessas eternas que já estão garantidas em Cristo, como a vida eterna e a comunhão com Deus.
- Resistir ao materialismo: Reavalie suas prioridades financeiras e emocionais, rejeitando a busca por segurança em bens temporais.
- Testemunhar em meio às dificuldades: Enfrentar desafios com alegria e confiança no Senhor demonstra ao mundo a suficiência de Cristo em sua vida.
Conclusão
O contentamento como foco no eterno é mais do que uma virtude pessoal; é um reflexo do Reino de Deus operando na vida do crente. Quando nossos olhos estão fixos naquilo que é eterno — o temor do Senhor, a justiça, a paz e as promessas de Deus —, encontramos um contentamento indizível que transcende as circunstâncias. Este contentamento é uma declaração de que Deus é suficiente, e suas promessas são verdadeiras, mesmo em meio às incertezas da vida. Como cristãos, somos chamados a viver como cidadãos de um Reino eterno, confiando que, em Cristo, temos a posse mais preciosa e duradoura.
3- O contentamento gera passividade? Há quem critique a visão bíblica do contentamento porque ela pode gerar passividade. Em primeiro lugar, devemos rechaçar essa crítica porque o contentamento é um ensino evidentemente bíblico e, por isso, se torna autoritativo para a nossa vida. Em segundo, o contentamento não é uma virtude cristã que gera inatividade, comodismo. Pelo contrário, quem pode andar em comodismo se levar a sério o “temor do Senhor” Quem pode andar em comodismo se amar verdadeiramente? Quem pode ser passivo se observar a justiça, isto é, se relacionar com o outro de maneira justa? Contentamento não é acomodação, mas reconhecimento do que você tem e faz e, ao mesmo tempo, é estar grato a Deus por tudo (Fp 4.11-13). sem perder a consciência de que não teremos tudo o tempo todo.
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
O Contentamento e a Passividade
A acusação de que o contentamento cristão promove passividade é uma interpretação equivocada que ignora o pleno ensinamento das Escrituras. O contentamento, conforme descrito na Bíblia, não é sinônimo de inatividade ou resignação apática diante das circunstâncias da vida. Antes, ele é um estado de espírito fundamentado na confiança em Deus e em Suas promessas, o que permite ao cristão agir de forma proativa, mas sem ansiedade ou ganância. Essa postura se apoia em valores como o temor do Senhor, a justiça e o amor, que são incompatíveis com o comodismo.
1. O Contentamento Bíblico Não é Acomodação
O apóstolo Paulo, ao ensinar sobre o contentamento em Filipenses 4.11-13, oferece uma visão robusta:
“Já aprendi a contentar-me com o que tenho. Sei o que é passar necessidade, e sei o que é ter fartura; aprendi o segredo de viver contente em toda e qualquer situação...”
Este contentamento foi aprendido no contexto de dificuldades e adversidades. Paulo não está dizendo que desistiu de lutar ou trabalhar; pelo contrário, ele continuou a ser o missionário mais ativo do Novo Testamento, plantando igrejas, pregando o Evangelho e escrevendo cartas. O segredo do contentamento de Paulo estava na força que ele recebia de Cristo: “Tudo posso naquele que me fortalece” (Fp 4.13). Assim, o contentamento era uma força motriz, e não um impedimento à ação.
Perspectiva Teológica:
John Piper, em Desiring God, explica que o contentamento cristão é uma satisfação em Deus que nos liberta da ganância e da insatisfação, mas que, ao mesmo tempo, nos motiva a servir com alegria. Ele argumenta: "Quando encontramos a nossa alegria em Deus, somos livres para trabalhar, sacrificar e amar sem o peso da busca insaciável por mais."
2. Contentamento e o Temor do Senhor
O temor do Senhor, descrito como o princípio da sabedoria (Pv 1.7), é incompatível com a passividade, pois exige reverência a Deus e obediência ativa aos Seus mandamentos. Aquele que teme ao Senhor busca viver uma vida produtiva e justa, honrando a Deus em suas ações. Provérbios 19.23 declara:
“O temor do Senhor conduz à vida; aquele que o tem ficará satisfeito, e mal nenhum o visitará.”
Este texto mostra que o temor do Senhor traz satisfação e segurança, mas também implica ação. O temor do Senhor nos conduz a trabalhar diligentemente, ajudar o próximo e buscar a justiça, pois tudo isso reflete a reverência a Deus.
3. Contentamento e Justiça
A justiça, conforme descrita na Bíblia, é um chamado à retidão nas relações com Deus e com o próximo. Miquéias 6.8 resume bem esse princípio:
“Ele te declarou, ó homem, o que é bom e o que o Senhor pede de ti: que pratiques a justiça, ames a misericórdia e andes humildemente com o teu Deus.”
Quem pratica a justiça não pode ser passivo. A justiça bíblica exige ações concretas em favor do próximo, como proteger os vulneráveis, promover a equidade e agir com integridade. O contentamento, neste contexto, ajuda o cristão a agir sem o peso do egoísmo ou da ambição desmedida.
4. Contentamento e Gratidão
Gratidão é uma virtude essencial associada ao contentamento. Em 1 Tessalonicenses 5.18, Paulo exorta:
“Em tudo, dai graças, porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco.”
A gratidão, no entanto, não é passividade, mas uma atitude que reconhece as bênçãos de Deus enquanto ainda se trabalha para o Reino. Aquele que é grato a Deus busca corresponder à graça recebida com ação e serviço. Essa postura é exemplificada em Efésios 2.10:
“Pois somos feitura dele, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas.”
5. Perspectiva Histórico-Cultural
No contexto do mundo greco-romano, o estoicismo promovia uma visão de contentamento que frequentemente resvalava em passividade. Para os estóicos, aceitar o destino significava não lutar contra ele. Contudo, o contentamento cristão é distinto, pois se fundamenta na confiança em um Deus soberano que opera em todas as coisas para o bem daqueles que O amam (Rm 8.28). Essa visão ativa encorajava os primeiros cristãos a perseverar sob perseguição e a trabalhar diligentemente para expandir o Reino de Deus.
Perspectiva Acadêmica:
Craig Keener, em seu comentário sobre as epístolas paulinas, ressalta que o contentamento cristão difere radicalmente das filosofias antigas: "Paulo não apenas aceita suas circunstâncias, mas encontra forças em Cristo para continuar sua missão. Seu contentamento é dinâmico, motivado por uma confiança que transcende o sofrimento."
6. Aplicações Práticas
- Evitar a inatividade: Use o contentamento como um fundamento para ações produtivas, sem a ansiedade que o materialismo ou a comparação geram.
- Agir com justiça: Pratique atos concretos de bondade e equidade, mostrando o temor do Senhor em todas as suas relações.
- Servir com gratidão: Agradeça pelas oportunidades que Deus lhe dá para trabalhar e servir, sabendo que isso reflete Sua glória.
- Cultivar uma confiança ativa: Mesmo em situações difíceis, confie em Deus, mas continue a agir de forma proativa.
Conclusão
O contentamento bíblico não gera passividade; ao contrário, ele liberta o cristão de ambições desordenadas, permitindo-lhe focar no que realmente importa: viver para a glória de Deus, servir ao próximo e cumprir a sua missão no mundo. É uma virtude que promove uma vida de equilíbrio, ação e propósito, fundamentada na confiança em Deus e em Suas promessas. Assim, o contentamento não é apenas uma atitude interna, mas uma força que nos move a agir em amor, justiça e temor do Senhor.
O Contentamento e a Passividade
A acusação de que o contentamento cristão promove passividade é uma interpretação equivocada que ignora o pleno ensinamento das Escrituras. O contentamento, conforme descrito na Bíblia, não é sinônimo de inatividade ou resignação apática diante das circunstâncias da vida. Antes, ele é um estado de espírito fundamentado na confiança em Deus e em Suas promessas, o que permite ao cristão agir de forma proativa, mas sem ansiedade ou ganância. Essa postura se apoia em valores como o temor do Senhor, a justiça e o amor, que são incompatíveis com o comodismo.
1. O Contentamento Bíblico Não é Acomodação
O apóstolo Paulo, ao ensinar sobre o contentamento em Filipenses 4.11-13, oferece uma visão robusta:
“Já aprendi a contentar-me com o que tenho. Sei o que é passar necessidade, e sei o que é ter fartura; aprendi o segredo de viver contente em toda e qualquer situação...”
Este contentamento foi aprendido no contexto de dificuldades e adversidades. Paulo não está dizendo que desistiu de lutar ou trabalhar; pelo contrário, ele continuou a ser o missionário mais ativo do Novo Testamento, plantando igrejas, pregando o Evangelho e escrevendo cartas. O segredo do contentamento de Paulo estava na força que ele recebia de Cristo: “Tudo posso naquele que me fortalece” (Fp 4.13). Assim, o contentamento era uma força motriz, e não um impedimento à ação.
Perspectiva Teológica:
John Piper, em Desiring God, explica que o contentamento cristão é uma satisfação em Deus que nos liberta da ganância e da insatisfação, mas que, ao mesmo tempo, nos motiva a servir com alegria. Ele argumenta: "Quando encontramos a nossa alegria em Deus, somos livres para trabalhar, sacrificar e amar sem o peso da busca insaciável por mais."
2. Contentamento e o Temor do Senhor
O temor do Senhor, descrito como o princípio da sabedoria (Pv 1.7), é incompatível com a passividade, pois exige reverência a Deus e obediência ativa aos Seus mandamentos. Aquele que teme ao Senhor busca viver uma vida produtiva e justa, honrando a Deus em suas ações. Provérbios 19.23 declara:
“O temor do Senhor conduz à vida; aquele que o tem ficará satisfeito, e mal nenhum o visitará.”
Este texto mostra que o temor do Senhor traz satisfação e segurança, mas também implica ação. O temor do Senhor nos conduz a trabalhar diligentemente, ajudar o próximo e buscar a justiça, pois tudo isso reflete a reverência a Deus.
3. Contentamento e Justiça
A justiça, conforme descrita na Bíblia, é um chamado à retidão nas relações com Deus e com o próximo. Miquéias 6.8 resume bem esse princípio:
“Ele te declarou, ó homem, o que é bom e o que o Senhor pede de ti: que pratiques a justiça, ames a misericórdia e andes humildemente com o teu Deus.”
Quem pratica a justiça não pode ser passivo. A justiça bíblica exige ações concretas em favor do próximo, como proteger os vulneráveis, promover a equidade e agir com integridade. O contentamento, neste contexto, ajuda o cristão a agir sem o peso do egoísmo ou da ambição desmedida.
4. Contentamento e Gratidão
Gratidão é uma virtude essencial associada ao contentamento. Em 1 Tessalonicenses 5.18, Paulo exorta:
“Em tudo, dai graças, porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco.”
A gratidão, no entanto, não é passividade, mas uma atitude que reconhece as bênçãos de Deus enquanto ainda se trabalha para o Reino. Aquele que é grato a Deus busca corresponder à graça recebida com ação e serviço. Essa postura é exemplificada em Efésios 2.10:
“Pois somos feitura dele, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas.”
5. Perspectiva Histórico-Cultural
No contexto do mundo greco-romano, o estoicismo promovia uma visão de contentamento que frequentemente resvalava em passividade. Para os estóicos, aceitar o destino significava não lutar contra ele. Contudo, o contentamento cristão é distinto, pois se fundamenta na confiança em um Deus soberano que opera em todas as coisas para o bem daqueles que O amam (Rm 8.28). Essa visão ativa encorajava os primeiros cristãos a perseverar sob perseguição e a trabalhar diligentemente para expandir o Reino de Deus.
Perspectiva Acadêmica:
Craig Keener, em seu comentário sobre as epístolas paulinas, ressalta que o contentamento cristão difere radicalmente das filosofias antigas: "Paulo não apenas aceita suas circunstâncias, mas encontra forças em Cristo para continuar sua missão. Seu contentamento é dinâmico, motivado por uma confiança que transcende o sofrimento."
6. Aplicações Práticas
- Evitar a inatividade: Use o contentamento como um fundamento para ações produtivas, sem a ansiedade que o materialismo ou a comparação geram.
- Agir com justiça: Pratique atos concretos de bondade e equidade, mostrando o temor do Senhor em todas as suas relações.
- Servir com gratidão: Agradeça pelas oportunidades que Deus lhe dá para trabalhar e servir, sabendo que isso reflete Sua glória.
- Cultivar uma confiança ativa: Mesmo em situações difíceis, confie em Deus, mas continue a agir de forma proativa.
Conclusão
O contentamento bíblico não gera passividade; ao contrário, ele liberta o cristão de ambições desordenadas, permitindo-lhe focar no que realmente importa: viver para a glória de Deus, servir ao próximo e cumprir a sua missão no mundo. É uma virtude que promove uma vida de equilíbrio, ação e propósito, fundamentada na confiança em Deus e em Suas promessas. Assim, o contentamento não é apenas uma atitude interna, mas uma força que nos move a agir em amor, justiça e temor do Senhor.
SUBSÍDIO 2
“O livro de Provérbios nos aconselha a encontrar prazer pessoal nas coisas que o dinheiro não pode comprar. como amor e harmonia interpessoal A sabedoria também aponta para outra esperança intangível, que satisfaz o coração de maneiras que os bens materiais não conseguem satisfazer. Melhor é o pouco com justiça do que a abundância de colheita com injustiça (16.8). Nada obtido por meio da injustiça trará satisfação. O sábio declarou que o seu ganho honesto, ainda que menor do que poderia ter sido, lhe traria mais satisfação do que poderiam trazer as riquezas obtidas de forma ilícita. Os ricos e os pobres, aqueles que querem muito, os que têm muito e os que acham que precisam ter mais – todos precisam, igualmente, do conselho do sábio. O descontentamento raramente tem algo a ver com a condição financeira da pessoa descontente. A avareza é um câncer da atitude, provocado não por fundos insuficientes, mas por prioridades equivocadas e inapropriadas. Algumas pessoas nunca ficarão satisfeitas, não importando o quanto adquiram. O descontentamento é um ladrão que continua a nos roubar a paz e a integridade. Com muita sutileza ele sussurra: ‘Mais.. mais mais… (Adaptado de SWINDOLL Charles R. Vivendo Provérbios Rio de Janeiro: CPAD, 2013, p. 107)
III- PROTEGENDO O SEU CONTENTAMENTO
1- Seja grato! A gratidão é um estado permanente de reconhecimento pelas bênçãos que Deus nos concedeu. Esse exercício de reconhecimento em atitude de louvor, oração e alegria permeiam o sentimento de ações de graças que devemos devotar a Deus por tudo o que Ele é e faz. Esse sentimento pode ser encontrado na vida do salmista: “Bendize, ó minha alma, ao Senhor, e não te esqueças de nenhum de seus benefícios” (SL 103.2); o encontramos também na vida do apóstolo dos gentios: “Dou graças ao meu Deus todas as vezes que me lembro de vós, fazendo, sempre com alegria, oração por vós em todas as minhas súplicas” (Fp 13.4). Assim, tanto o sentimento do salmista quanto o do apóstolo dos gentios está subentendido nos textos bíblicos de Provérbios 15. 16 e 17. Para tirar o nosso olhar de um determinado infortúnio é necessário deslocá-lo para o que já temos, reconhecendo isso como favor de Deus. E para fazer assim, é necessário ter uma atitude de agradecimento pelo que temos. Portanto, agradecer a Deus e a quem nos estendeu a mão em algum momento da vida, é um antídoto contra a nossa autossuficiência e passamos a compreender que desfrutamos da graça de Deus. Essa postura fortalece o nosso contentamento.
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
Protegendo o Contentamento por meio da Gratidão
A gratidão é um aspecto essencial para fortalecer e proteger o contentamento. Ela é mais do que uma simples emoção ou gesto de cortesia; na perspectiva bíblica, é um estado espiritual contínuo que reconhece Deus como a fonte de todas as bênçãos. A gratidão fortalece o contentamento ao nos ajudar a fixar os olhos no que já recebemos de Deus, impedindo que nos concentremos apenas nas dificuldades ou desejos insatisfeitos.
1. Gratidão como Reconhecimento das Bênçãos de Deus
O salmista nos ensina a importância de lembrar os benefícios do Senhor:
"Bendize, ó minha alma, ao Senhor, e não te esqueças de nenhum de seus benefícios" (Sl 103.2).
Este versículo destaca a necessidade de uma atitude de louvor contínuo, que impede o esquecimento das muitas bênçãos que Deus nos concede diariamente. Essa prática é fundamental para reorientar nosso foco das dificuldades para os dons que já possuímos, fortalecendo assim o contentamento.
Da mesma forma, o apóstolo Paulo demonstra uma postura de gratidão constante, mesmo em circunstâncias adversas. Ele escreve:
"Dou graças ao meu Deus todas as vezes que me lembro de vós, fazendo, sempre com alegria, oração por vós em todas as minhas súplicas" (Fp 1.3-4).
Aqui, a gratidão de Paulo não está vinculada às circunstâncias externas, mas à presença de Deus e à obra d’Ele na vida das pessoas ao seu redor. A prática de reconhecer as bênçãos de Deus, mesmo em meio às tribulações, sustenta a alegria e o contentamento.
2. Gratidão e a Sabedoria dos Provérbios
Provérbios 15.16-17 nos ensina a valorizar o que realmente importa:
"Melhor é o pouco com o temor do Senhor, do que um grande tesouro onde há inquietação. Melhor é um prato de hortaliças onde há amor, do que o boi cevado e com ele o ódio."
Esses textos destacam que a verdadeira riqueza não está em posses materiais, mas em uma vida marcada pela presença de Deus e por relacionamentos saudáveis. O contentamento é fortalecido quando reconhecemos que aquilo que possuímos, mesmo que pouco aos olhos do mundo, é um dom de Deus, e quando vivemos em gratidão por isso.
Perspectiva Teológica:
Hernandes Dias Lopes, ao comentar Provérbios, enfatiza que o temor do Senhor traz contentamento, pois nos ajuda a entender que a verdadeira riqueza é espiritual e relacional, e não material. A gratidão nos permite viver em paz com o que temos, sem sermos escravizados pelo desejo de possuir mais.
3. Gratidão como Antídoto contra a Autossuficiência
A gratidão nos protege do orgulho e da autossuficiência ao reconhecer que tudo o que temos é fruto da graça de Deus. Tiago 1.17 afirma:
"Toda boa dádiva e todo dom perfeito são lá do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não há mudança nem sombra de variação."
Ao lembrar que cada bênção vem de Deus, cultivamos um coração humilde e dependente. Isso nos impede de buscar a satisfação em nossas realizações ou posses, fortalecendo nosso contentamento.
4. Gratidão em Ação
A prática da gratidão não é apenas um sentimento, mas uma ação concreta. Ela se manifesta em palavras de louvor, orações de agradecimento e ações de bondade para com os outros. Quando expressamos gratidão a Deus e aos que nos ajudaram, estamos reconhecendo que não somos autossuficientes e que precisamos uns dos outros. Essa atitude nos conecta com Deus e com o próximo, fortalecendo a nossa satisfação com a vida que Ele nos deu.
Exemplo Histórico:
Os cristãos primitivos, mesmo sob perseguição, eram conhecidos por suas orações de gratidão. Em atos como a Ceia do Senhor, eles expressavam sua gratidão pelo sacrifício de Cristo e pela comunhão com os irmãos. Essa prática constante de gratidão sustentava sua fé e lhes dava força para enfrentar as adversidades.
5. Aplicações Práticas
- Cultive o hábito da gratidão diária: Faça uma lista das bênçãos de Deus e agradeça por elas regularmente.
- Agradeça aos outros: Reconheça e expresse gratidão às pessoas que foram instrumentos de Deus para abençoar sua vida.
- Pratique a oração de ações de graças: Inclua momentos específicos de gratidão em suas orações, como Paulo fez em suas cartas.
- Valorize o essencial: Foque nas bênçãos eternas, como o amor de Deus e o temor do Senhor, em vez de buscar satisfação apenas nas coisas terrenas.
Conclusão
A gratidão é um ingrediente essencial para proteger o contentamento. Ela nos ajuda a reorientar nossos corações para Deus e para as Suas bênçãos, impedindo-nos de cair na insatisfação ou na busca incessante por mais. Como ensina 1 Tessalonicenses 5.18, "em tudo dai graças, porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco." Essa atitude não apenas fortalece nosso contentamento, mas também nos transforma, tornando-nos mais dependentes de Deus e mais generosos com os outros.
Protegendo o Contentamento por meio da Gratidão
A gratidão é um aspecto essencial para fortalecer e proteger o contentamento. Ela é mais do que uma simples emoção ou gesto de cortesia; na perspectiva bíblica, é um estado espiritual contínuo que reconhece Deus como a fonte de todas as bênçãos. A gratidão fortalece o contentamento ao nos ajudar a fixar os olhos no que já recebemos de Deus, impedindo que nos concentremos apenas nas dificuldades ou desejos insatisfeitos.
1. Gratidão como Reconhecimento das Bênçãos de Deus
O salmista nos ensina a importância de lembrar os benefícios do Senhor:
"Bendize, ó minha alma, ao Senhor, e não te esqueças de nenhum de seus benefícios" (Sl 103.2).
Este versículo destaca a necessidade de uma atitude de louvor contínuo, que impede o esquecimento das muitas bênçãos que Deus nos concede diariamente. Essa prática é fundamental para reorientar nosso foco das dificuldades para os dons que já possuímos, fortalecendo assim o contentamento.
Da mesma forma, o apóstolo Paulo demonstra uma postura de gratidão constante, mesmo em circunstâncias adversas. Ele escreve:
"Dou graças ao meu Deus todas as vezes que me lembro de vós, fazendo, sempre com alegria, oração por vós em todas as minhas súplicas" (Fp 1.3-4).
Aqui, a gratidão de Paulo não está vinculada às circunstâncias externas, mas à presença de Deus e à obra d’Ele na vida das pessoas ao seu redor. A prática de reconhecer as bênçãos de Deus, mesmo em meio às tribulações, sustenta a alegria e o contentamento.
2. Gratidão e a Sabedoria dos Provérbios
Provérbios 15.16-17 nos ensina a valorizar o que realmente importa:
"Melhor é o pouco com o temor do Senhor, do que um grande tesouro onde há inquietação. Melhor é um prato de hortaliças onde há amor, do que o boi cevado e com ele o ódio."
Esses textos destacam que a verdadeira riqueza não está em posses materiais, mas em uma vida marcada pela presença de Deus e por relacionamentos saudáveis. O contentamento é fortalecido quando reconhecemos que aquilo que possuímos, mesmo que pouco aos olhos do mundo, é um dom de Deus, e quando vivemos em gratidão por isso.
Perspectiva Teológica:
Hernandes Dias Lopes, ao comentar Provérbios, enfatiza que o temor do Senhor traz contentamento, pois nos ajuda a entender que a verdadeira riqueza é espiritual e relacional, e não material. A gratidão nos permite viver em paz com o que temos, sem sermos escravizados pelo desejo de possuir mais.
3. Gratidão como Antídoto contra a Autossuficiência
A gratidão nos protege do orgulho e da autossuficiência ao reconhecer que tudo o que temos é fruto da graça de Deus. Tiago 1.17 afirma:
"Toda boa dádiva e todo dom perfeito são lá do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não há mudança nem sombra de variação."
Ao lembrar que cada bênção vem de Deus, cultivamos um coração humilde e dependente. Isso nos impede de buscar a satisfação em nossas realizações ou posses, fortalecendo nosso contentamento.
4. Gratidão em Ação
A prática da gratidão não é apenas um sentimento, mas uma ação concreta. Ela se manifesta em palavras de louvor, orações de agradecimento e ações de bondade para com os outros. Quando expressamos gratidão a Deus e aos que nos ajudaram, estamos reconhecendo que não somos autossuficientes e que precisamos uns dos outros. Essa atitude nos conecta com Deus e com o próximo, fortalecendo a nossa satisfação com a vida que Ele nos deu.
Exemplo Histórico:
Os cristãos primitivos, mesmo sob perseguição, eram conhecidos por suas orações de gratidão. Em atos como a Ceia do Senhor, eles expressavam sua gratidão pelo sacrifício de Cristo e pela comunhão com os irmãos. Essa prática constante de gratidão sustentava sua fé e lhes dava força para enfrentar as adversidades.
5. Aplicações Práticas
- Cultive o hábito da gratidão diária: Faça uma lista das bênçãos de Deus e agradeça por elas regularmente.
- Agradeça aos outros: Reconheça e expresse gratidão às pessoas que foram instrumentos de Deus para abençoar sua vida.
- Pratique a oração de ações de graças: Inclua momentos específicos de gratidão em suas orações, como Paulo fez em suas cartas.
- Valorize o essencial: Foque nas bênçãos eternas, como o amor de Deus e o temor do Senhor, em vez de buscar satisfação apenas nas coisas terrenas.
Conclusão
A gratidão é um ingrediente essencial para proteger o contentamento. Ela nos ajuda a reorientar nossos corações para Deus e para as Suas bênçãos, impedindo-nos de cair na insatisfação ou na busca incessante por mais. Como ensina 1 Tessalonicenses 5.18, "em tudo dai graças, porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco." Essa atitude não apenas fortalece nosso contentamento, mas também nos transforma, tornando-nos mais dependentes de Deus e mais generosos com os outros.
2- Valorize o que você já tem! Provérbios 15. 16 e 17 nos lembra que uma vez acompanhado com o temor do Senhor, amor, justiça e paz, tudo o que temos na presença de Deus é bom e, por isso, podemos valorizar cada benefício como favor de Deus. Nesse contexto, o apóstolo Paulo nos lembra que a vontade do Senhor sempre é “boa, perfeita e agradável” (Rm 12.2).3. Logo, esse exercício de valorizar o que temos como reconhecimento do favor de Deus é como uma guarda em nossa boca, que nos impede de murmurar. esbravejar e adotar um estilo de vida de muita reclamação acompanhada de pouca ação e assertividade. Esse tipo de comportamento corrói o nosso contentamento.
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
Valorize o que Você Já Tem!
Provérbios 15.16-17 é um chamado à simplicidade e ao reconhecimento do essencial. Esses versículos afirmam:
“Melhor é o pouco com o temor do Senhor, do que um grande tesouro onde há inquietação. Melhor é um prato de hortaliças onde há amor, do que o boi cevado e com ele o ódio.”
O texto nos ensina que o valor real de nossas posses não está em sua quantidade ou luxo, mas em serem acompanhadas de virtudes eternas como o temor do Senhor, amor, justiça e paz. A verdadeira satisfação não é um produto das circunstâncias externas, mas do estado do nosso coração em relação a Deus.
1. A Presença de Deus Torna Tudo Bom
Na visão de Provérbios, o temor do Senhor é o princípio que transforma o pouco em muito. Esse temor é a reverência a Deus, que leva à sabedoria (Pv 1.7). Quando nossas posses, por menores que sejam, estão acompanhadas do temor do Senhor, ganham um significado maior.
O apóstolo Paulo complementa essa visão em Romanos 12.2, ao afirmar que a vontade de Deus é “boa, agradável e perfeita.” Ao nos conformarmos à vontade divina, passamos a enxergar nossas posses e circunstâncias como bênçãos providenciais, reconhecendo que tudo o que temos é um favor divino e suficiente para nossa satisfação.
Perspectiva Teológica:
John Stott, em seus escritos sobre a vida cristã prática, observa que a aceitação da soberania de Deus em nossa vida transforma nosso olhar para as circunstâncias, levando-nos a uma postura de gratidão e valorização do que temos. Quando vivemos segundo a vontade de Deus, aprendemos a ver cada recurso, por mais simples que seja, como parte do plano perfeito do Pai.
2. Guardar os Lábios e o Coração
A valorização do que temos é também um antídoto contra a murmuração e o descontentamento. A Bíblia nos adverte repetidamente sobre os perigos da língua que murmura e reclama, como em Filipenses 2.14:
“Fazei todas as coisas sem murmurações nem contendas.”
Quando murmuramos, demonstramos falta de confiança em Deus e ingratidão por Suas bênçãos. Em contraste, o reconhecimento do favor divino nos leva a uma postura de louvor e ação de graças. Isso não significa ignorar dificuldades, mas enfrentá-las com um coração confiante no cuidado providencial de Deus.
Exemplo Bíblico:
Os israelitas no deserto são um exemplo clássico de como a murmuração destrói o contentamento. Apesar de experimentarem milagres como o maná e a provisão de água, eles frequentemente reclamavam, desprezando as bênçãos de Deus (Êx 16.2-4). Em contrapartida, o apóstolo Paulo, mesmo em prisões, louva a Deus e incentiva outros a fazerem o mesmo (Fp 4.4-7).
3. Murmuração vs. Ação e Assertividade
A murmuração não apenas revela insatisfação, mas também bloqueia ações efetivas. O ato de valorizar o que temos nos impulsiona a agir com gratidão e responsabilidade. Isso significa cuidar bem do que já possuímos, usar os recursos de maneira sábia e buscar soluções para os desafios com uma perspectiva positiva.
Aspecto Prático:
- Gratidão ativa: Faça uma lista das bênçãos diárias, mesmo pequenas, e agradeça a Deus por elas.
- Evite comparações: Foque no que você tem, não no que os outros possuem, lembrando que Deus nos dá segundo nossas necessidades (Mt 6.31-33).
- Conserve o que tem: Seja um bom mordomo dos recursos confiados a você, valorizando cada um como um presente divino.
4. A Conexão com o Contentamento
Valorizar o que temos não é apenas uma questão de apreciação material, mas um exercício espiritual profundo. Quando reconhecemos cada benefício como proveniente da mão de Deus, eliminamos a insatisfação e fortalecemos o contentamento. Isso reflete a prática de Paulo em Filipenses 4.11-13, onde ele afirma ter aprendido a viver satisfeito em todas as circunstâncias, pois sua suficiência está em Cristo.
Conclusão
Valorizar o que temos é um ato de fé e gratidão que nos protege contra a corrosão do descontentamento e da murmuração. Como ensina Provérbios 15.16-17, a verdadeira paz e alegria vêm não do acúmulo de bens, mas da presença do temor do Senhor e do amor em nossa vida. Ao cultivarmos uma postura de louvor e reconhecimento, evitamos a reclamação improdutiva e aprendemos a viver com propósito e gratidão, confiando na bondade e na soberania de Deus.
Valorize o que Você Já Tem!
Provérbios 15.16-17 é um chamado à simplicidade e ao reconhecimento do essencial. Esses versículos afirmam:
“Melhor é o pouco com o temor do Senhor, do que um grande tesouro onde há inquietação. Melhor é um prato de hortaliças onde há amor, do que o boi cevado e com ele o ódio.”
O texto nos ensina que o valor real de nossas posses não está em sua quantidade ou luxo, mas em serem acompanhadas de virtudes eternas como o temor do Senhor, amor, justiça e paz. A verdadeira satisfação não é um produto das circunstâncias externas, mas do estado do nosso coração em relação a Deus.
1. A Presença de Deus Torna Tudo Bom
Na visão de Provérbios, o temor do Senhor é o princípio que transforma o pouco em muito. Esse temor é a reverência a Deus, que leva à sabedoria (Pv 1.7). Quando nossas posses, por menores que sejam, estão acompanhadas do temor do Senhor, ganham um significado maior.
O apóstolo Paulo complementa essa visão em Romanos 12.2, ao afirmar que a vontade de Deus é “boa, agradável e perfeita.” Ao nos conformarmos à vontade divina, passamos a enxergar nossas posses e circunstâncias como bênçãos providenciais, reconhecendo que tudo o que temos é um favor divino e suficiente para nossa satisfação.
Perspectiva Teológica:
John Stott, em seus escritos sobre a vida cristã prática, observa que a aceitação da soberania de Deus em nossa vida transforma nosso olhar para as circunstâncias, levando-nos a uma postura de gratidão e valorização do que temos. Quando vivemos segundo a vontade de Deus, aprendemos a ver cada recurso, por mais simples que seja, como parte do plano perfeito do Pai.
2. Guardar os Lábios e o Coração
A valorização do que temos é também um antídoto contra a murmuração e o descontentamento. A Bíblia nos adverte repetidamente sobre os perigos da língua que murmura e reclama, como em Filipenses 2.14:
“Fazei todas as coisas sem murmurações nem contendas.”
Quando murmuramos, demonstramos falta de confiança em Deus e ingratidão por Suas bênçãos. Em contraste, o reconhecimento do favor divino nos leva a uma postura de louvor e ação de graças. Isso não significa ignorar dificuldades, mas enfrentá-las com um coração confiante no cuidado providencial de Deus.
Exemplo Bíblico:
Os israelitas no deserto são um exemplo clássico de como a murmuração destrói o contentamento. Apesar de experimentarem milagres como o maná e a provisão de água, eles frequentemente reclamavam, desprezando as bênçãos de Deus (Êx 16.2-4). Em contrapartida, o apóstolo Paulo, mesmo em prisões, louva a Deus e incentiva outros a fazerem o mesmo (Fp 4.4-7).
3. Murmuração vs. Ação e Assertividade
A murmuração não apenas revela insatisfação, mas também bloqueia ações efetivas. O ato de valorizar o que temos nos impulsiona a agir com gratidão e responsabilidade. Isso significa cuidar bem do que já possuímos, usar os recursos de maneira sábia e buscar soluções para os desafios com uma perspectiva positiva.
Aspecto Prático:
- Gratidão ativa: Faça uma lista das bênçãos diárias, mesmo pequenas, e agradeça a Deus por elas.
- Evite comparações: Foque no que você tem, não no que os outros possuem, lembrando que Deus nos dá segundo nossas necessidades (Mt 6.31-33).
- Conserve o que tem: Seja um bom mordomo dos recursos confiados a você, valorizando cada um como um presente divino.
4. A Conexão com o Contentamento
Valorizar o que temos não é apenas uma questão de apreciação material, mas um exercício espiritual profundo. Quando reconhecemos cada benefício como proveniente da mão de Deus, eliminamos a insatisfação e fortalecemos o contentamento. Isso reflete a prática de Paulo em Filipenses 4.11-13, onde ele afirma ter aprendido a viver satisfeito em todas as circunstâncias, pois sua suficiência está em Cristo.
Conclusão
Valorizar o que temos é um ato de fé e gratidão que nos protege contra a corrosão do descontentamento e da murmuração. Como ensina Provérbios 15.16-17, a verdadeira paz e alegria vêm não do acúmulo de bens, mas da presença do temor do Senhor e do amor em nossa vida. Ao cultivarmos uma postura de louvor e reconhecimento, evitamos a reclamação improdutiva e aprendemos a viver com propósito e gratidão, confiando na bondade e na soberania de Deus.
3- Esteja contente! O contentamento com o Senhor é a melhor maneira de se colocar diante dos desafios da vida. Certamente, o apóstolo dos gentios tinha todo motivo do mundo para passar por essa vida de maneira frustrada, amargurada e rancorosa (2 Co 11.16-33). Entretanto, ele preferiu viver de maneira que a presença de Deus fosse o seu contentamento. O propósito de sua vida não era de natureza terrena, mas espiritual, celestial e eterna, ele desejava o que era humilde, revestido de entranháveis afetos e compaixões (Rm 12:16: Fp 2.1). O desejo do apóstolo era que sintamos o mesmo que ele sentia (Fp 2.2). Assim, quem tem esse mesmo sentimento, não se encontra dominado pelos valores do mundo, mas pelos valores eternos do céu. Por isso, essa pessoa é capaz de se encontrar contente com o Senhor.
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
Esteja Contente!
O contentamento com o Senhor é mais do que uma postura circunstancial; é uma manifestação da confiança profunda na soberania e bondade de Deus, mesmo em meio às adversidades. Esse princípio é central na teologia do apóstolo Paulo, que apresenta sua própria experiência como exemplo prático de como viver contente em todas as situações.
1. O Contentamento como Atitude de Fé
Em 2 Coríntios 11.16-33, Paulo lista as tribulações que enfrentou: perseguições, fome, prisões, açoites e naufrágios. À primeira vista, essas circunstâncias poderiam facilmente gerar amargura ou frustração. No entanto, Paulo afirma em Filipenses 4.11-13 que aprendeu a viver contente em toda e qualquer situação:
“Posso todas as coisas naquele que me fortalece.”
Essa declaração reflete uma fé inabalável na suficiência de Cristo. Para Paulo, o contentamento não dependia de suas circunstâncias externas, mas da presença transformadora de Deus em sua vida. Ele entendia que sua força e propósito estavam firmemente enraizados na realidade espiritual e eterna, e não nos eventos terrenos.
2. Contentamento: Um Contraponto aos Valores Mundanos
Paulo faz um contraste claro entre os valores terrenos e os valores celestiais. Em Romanos 12.16, ele exorta os cristãos a terem um espírito humilde, rejeitando a busca pela grandeza terrena. Ele reforça essa ideia em Filipenses 2.1-2, ao chamar os cristãos a terem o mesmo sentimento de compaixão e humildade que Cristo demonstrou.
Esse foco nos valores do céu ajuda a redefinir as prioridades da vida cristã:
- Humildade: Reconhecer nossa dependência de Deus.
- Afetos e compaixão: Amar os outros com o mesmo amor sacrificial de Cristo.
- Contentamento: Descansar na certeza de que Deus está no controle, mesmo em meio aos desafios.
Referência Teológica:
J. I. Packer, em Knowing God, observa que o contentamento é uma expressão de confiança na providência divina. Ele argumenta que, quando aceitamos que Deus sabe o que é melhor para nós, podemos descansar em Suas decisões com alegria e gratidão.
3. O Propósito Celestial e a Vida de Contentamento
O propósito de Paulo estava firmemente fixado no que é eterno. Ele afirma em 2 Coríntios 4.16-18 que as aflições desta vida são leves e momentâneas quando comparadas à glória eterna que nos aguarda:
“Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós eterno peso de glória acima de toda comparação.”
Essa perspectiva não apenas sustentava Paulo em meio às provações, mas também o capacitava a viver com alegria, mesmo em meio às dificuldades. O contentamento era uma expressão da sua visão celestial, que transcende os valores terrenos e se alinha com os valores do reino de Deus.
4. Aplicação Prática: Como Estar Contente?
- Reconheça a presença de Deus em sua vida: Assim como Paulo encontrou contentamento na presença de Deus, também podemos buscar consolo em saber que Ele está conosco em todas as situações.
- Adote uma perspectiva eterna: Fixe os olhos no propósito celestial, em vez de nas circunstâncias temporais.
- Pratique a gratidão: Reconheça as bênçãos de Deus diariamente, grandes ou pequenas.
Exemplo Bíblico:
Os primeiros cristãos, mencionados em Hebreus 10.34, aceitaram com alegria a perda de seus bens terrenos porque sabiam que possuíam um bem maior e permanente no céu. Essa é a essência do contentamento: viver com os olhos fixos no eterno.
Conclusão
O contentamento não é uma negação das dificuldades da vida, mas uma aceitação da soberania de Deus sobre elas. Ele reflete a confiança de que, em Cristo, temos tudo o que precisamos para enfrentar os desafios da vida. Como Paulo, somos chamados a adotar um coração humilde, cheio de compaixão e focado nos valores eternos. Dessa forma, podemos viver contentes, não porque as circunstâncias são ideais, mas porque Deus é suficiente.
Esteja Contente!
O contentamento com o Senhor é mais do que uma postura circunstancial; é uma manifestação da confiança profunda na soberania e bondade de Deus, mesmo em meio às adversidades. Esse princípio é central na teologia do apóstolo Paulo, que apresenta sua própria experiência como exemplo prático de como viver contente em todas as situações.
1. O Contentamento como Atitude de Fé
Em 2 Coríntios 11.16-33, Paulo lista as tribulações que enfrentou: perseguições, fome, prisões, açoites e naufrágios. À primeira vista, essas circunstâncias poderiam facilmente gerar amargura ou frustração. No entanto, Paulo afirma em Filipenses 4.11-13 que aprendeu a viver contente em toda e qualquer situação:
“Posso todas as coisas naquele que me fortalece.”
Essa declaração reflete uma fé inabalável na suficiência de Cristo. Para Paulo, o contentamento não dependia de suas circunstâncias externas, mas da presença transformadora de Deus em sua vida. Ele entendia que sua força e propósito estavam firmemente enraizados na realidade espiritual e eterna, e não nos eventos terrenos.
2. Contentamento: Um Contraponto aos Valores Mundanos
Paulo faz um contraste claro entre os valores terrenos e os valores celestiais. Em Romanos 12.16, ele exorta os cristãos a terem um espírito humilde, rejeitando a busca pela grandeza terrena. Ele reforça essa ideia em Filipenses 2.1-2, ao chamar os cristãos a terem o mesmo sentimento de compaixão e humildade que Cristo demonstrou.
Esse foco nos valores do céu ajuda a redefinir as prioridades da vida cristã:
- Humildade: Reconhecer nossa dependência de Deus.
- Afetos e compaixão: Amar os outros com o mesmo amor sacrificial de Cristo.
- Contentamento: Descansar na certeza de que Deus está no controle, mesmo em meio aos desafios.
Referência Teológica:
J. I. Packer, em Knowing God, observa que o contentamento é uma expressão de confiança na providência divina. Ele argumenta que, quando aceitamos que Deus sabe o que é melhor para nós, podemos descansar em Suas decisões com alegria e gratidão.
3. O Propósito Celestial e a Vida de Contentamento
O propósito de Paulo estava firmemente fixado no que é eterno. Ele afirma em 2 Coríntios 4.16-18 que as aflições desta vida são leves e momentâneas quando comparadas à glória eterna que nos aguarda:
“Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós eterno peso de glória acima de toda comparação.”
Essa perspectiva não apenas sustentava Paulo em meio às provações, mas também o capacitava a viver com alegria, mesmo em meio às dificuldades. O contentamento era uma expressão da sua visão celestial, que transcende os valores terrenos e se alinha com os valores do reino de Deus.
4. Aplicação Prática: Como Estar Contente?
- Reconheça a presença de Deus em sua vida: Assim como Paulo encontrou contentamento na presença de Deus, também podemos buscar consolo em saber que Ele está conosco em todas as situações.
- Adote uma perspectiva eterna: Fixe os olhos no propósito celestial, em vez de nas circunstâncias temporais.
- Pratique a gratidão: Reconheça as bênçãos de Deus diariamente, grandes ou pequenas.
Exemplo Bíblico:
Os primeiros cristãos, mencionados em Hebreus 10.34, aceitaram com alegria a perda de seus bens terrenos porque sabiam que possuíam um bem maior e permanente no céu. Essa é a essência do contentamento: viver com os olhos fixos no eterno.
Conclusão
O contentamento não é uma negação das dificuldades da vida, mas uma aceitação da soberania de Deus sobre elas. Ele reflete a confiança de que, em Cristo, temos tudo o que precisamos para enfrentar os desafios da vida. Como Paulo, somos chamados a adotar um coração humilde, cheio de compaixão e focado nos valores eternos. Dessa forma, podemos viver contentes, não porque as circunstâncias são ideais, mas porque Deus é suficiente.
SUBSÍDIO 3
“O dinheiro não é o problema, e a riqueza não é má. Eu tenho observado que os pobres podem ser mais materialistas que um bilionário, e os ricos podem realizar muitas coisas boas com o seu dinheiro. O coração é que tem a chave para conservar os bens materiais na perspectiva adequada. Essa chave é escolher o contentamento. Paulo cultivava um espírito satisfeito, de três maneiras específicas. Em primeiro lugar, ele procurava ativamente a obra de Deus, em todas as circunstâncias (Fp 112-14). Em segundo lugar, agradecia a Deus pelo que tinha, em vez de se queixar a respeito do que lhe faltava (1.3. 7:4.11.12). Em terceiro lugar, valorizava os relacionamentos acima dos bens materiais (4.17),” (Adaptado de SWINDOLL Charles R. Vivendo Provérbios Rio de Janeiro CPAD 2013, p. 83)
PROFESSOR(A), “exercício da gratidão é uma prática encorajada nas Escrituras Sagradas. Render graças a Deus é uma forma de reconhecer a sua soberania, o seu amor e cuidado sobre nossas vidas. A gratidão também é uma forma de o crente expressar a fé paciente em Deus e que, mesmo diante dos desafios da vida, em tudo se mostra confiante na misericórdia divina e na sua infalibilidade” (Extraído de Encorajamento, Instrução e Conselho: Alcance uma vida Feliz com o Conselho dos Salmos. Rio de Janeiro: CPAD. 2023. p. 125).
CONCLUSÃO
Nesta lição, vimos que quem se encontra contente com o Senhor vive uma vida mais leve, agradável e satisfatória frente aos problemas que se apresentam diante de nós. Aprender a se contentar com o Senhor gera uma paz indizível no coração que, na maioria das vezes, é inexplicável. Sim, podemos desfrutar da paz de Deus em quaisquer circunstâncias. Que o Espirito Santo nos ensine a estarmos contentes com o bem do Senhor!
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
A Vida Contente no Senhor
O contentamento é uma virtude cristã que transcende as circunstâncias terrenas, apontando para a suficiência de Deus e a paz que Ele oferece àqueles que confiam Nele. A Bíblia ensina que estar contente no Senhor não apenas transforma a maneira como enfrentamos os desafios da vida, mas também nos conecta a uma fonte inesgotável de alegria, gratidão e esperança.
1. A Paz que Excede Todo Entendimento
O apóstolo Paulo descreve a paz de Deus como algo que "excede todo entendimento" (Filipenses 4.7), uma paz que não é explicável à luz das realidades humanas. Essa paz surge do relacionamento íntimo com o Senhor, fruto da confiança em Sua soberania e bondade.
- Filipenses 4.6-7: Paulo exorta os cristãos a não se preocuparem, mas a apresentarem seus pedidos a Deus com ações de graças. Como resultado, a paz de Deus guardará seus corações e mentes.
- Histórico-Cultural: No contexto romano do século I, a paz era muitas vezes associada à Pax Romana, um estado de estabilidade imposto pelo Império. Contudo, Paulo aponta para uma paz superior, não baseada em sistemas humanos, mas em Deus.
2. Contentamento e Dependência de Deus
O contentamento, como ensinado na Bíblia, não é passividade ou resignação, mas uma postura ativa de confiança na provisão divina. Paulo exemplifica isso em Filipenses 4.11-13, onde afirma que aprendeu a estar contente em toda e qualquer situação, seja na fartura ou na escassez, porque sua força vem de Cristo:
"Tudo posso naquele que me fortalece."
Referência Teológica:
John Stott, em The Message of Philippians, destaca que a força de Paulo para viver contente vinha de sua união com Cristo, que sustentava sua fé e fornecia recursos espirituais para enfrentar qualquer circunstância.
3. Contentamento como Reflexo da Suficiência de Deus
A paz e o contentamento no Senhor apontam para Sua suficiência como Criador e Sustentador. Essa confiança no caráter de Deus é expressa ao longo das Escrituras:
- Salmo 23.1: “O Senhor é o meu pastor; nada me faltará.” A suficiência de Deus é suficiente para suprir todas as nossas necessidades.
- Mateus 6.25-34: Jesus instrui Seus discípulos a não se preocuparem com o que comer ou vestir, pois Deus cuida de todas as criaturas e sabe do que precisamos.
Esses textos revelam que o contentamento flui de um coração que reconhece que tudo o que temos e somos vem de Deus, e que Ele é fiel em prover o necessário.
4. Ação do Espírito Santo no Contentamento
O Espírito Santo desempenha um papel essencial no desenvolvimento do contentamento. Ele nos ajuda a lembrar das promessas de Deus, transforma nossos corações para que valorizemos o eterno sobre o transitório, e nos capacita a experimentar a paz de Deus em meio às tribulações:
- Romanos 5.5: O amor de Deus é derramado em nossos corações pelo Espírito Santo, nos capacitando a enfrentar adversidades com esperança.
- João 14.27: Jesus promete Sua paz, diferente da paz do mundo, como um dom aos que Nele confiam.
Referência Acadêmica:
Dallas Willard, em Renovação do Coração, afirma que o Espírito Santo é o agente principal na transformação de nossas perspectivas, ajudando-nos a enxergar as circunstâncias com os olhos da fé e a descansar na soberania de Deus.
5. Viver Contente: Um Testemunho ao Mundo
Cristãos que vivem contentes no Senhor oferecem um testemunho poderoso ao mundo. Em uma cultura que valoriza o materialismo e a busca incessante por mais, a postura de gratidão e confiança em Deus reflete o reino de Deus de forma tangível.
- 2 Coríntios 4.16-18: Paulo declara que as tribulações presentes são leves e momentâneas em comparação com o peso de glória eterno.
- 1 Pedro 3.15: A atitude de paz e esperança dos cristãos deve levar outros a perguntarem sobre a razão dessa esperança.
Conclusão
Estar contente no Senhor é uma expressão da fé cristã madura, que reconhece que Deus é suficiente em todas as circunstâncias. Essa virtude não é algo natural, mas espiritual, fruto da ação do Espírito Santo e do aprendizado constante na Palavra. A paz indizível que o contentamento traz é um reflexo da confiança na promessa de que Deus nunca nos abandonará e de que Ele está preparando para nós uma glória eterna.
Que possamos, como Paulo, aprender a viver contentes, não por causa das circunstâncias, mas porque confiamos plenamente na suficiência e no amor de Deus!
A Vida Contente no Senhor
O contentamento é uma virtude cristã que transcende as circunstâncias terrenas, apontando para a suficiência de Deus e a paz que Ele oferece àqueles que confiam Nele. A Bíblia ensina que estar contente no Senhor não apenas transforma a maneira como enfrentamos os desafios da vida, mas também nos conecta a uma fonte inesgotável de alegria, gratidão e esperança.
1. A Paz que Excede Todo Entendimento
O apóstolo Paulo descreve a paz de Deus como algo que "excede todo entendimento" (Filipenses 4.7), uma paz que não é explicável à luz das realidades humanas. Essa paz surge do relacionamento íntimo com o Senhor, fruto da confiança em Sua soberania e bondade.
- Filipenses 4.6-7: Paulo exorta os cristãos a não se preocuparem, mas a apresentarem seus pedidos a Deus com ações de graças. Como resultado, a paz de Deus guardará seus corações e mentes.
- Histórico-Cultural: No contexto romano do século I, a paz era muitas vezes associada à Pax Romana, um estado de estabilidade imposto pelo Império. Contudo, Paulo aponta para uma paz superior, não baseada em sistemas humanos, mas em Deus.
2. Contentamento e Dependência de Deus
O contentamento, como ensinado na Bíblia, não é passividade ou resignação, mas uma postura ativa de confiança na provisão divina. Paulo exemplifica isso em Filipenses 4.11-13, onde afirma que aprendeu a estar contente em toda e qualquer situação, seja na fartura ou na escassez, porque sua força vem de Cristo:
"Tudo posso naquele que me fortalece."
Referência Teológica:
John Stott, em The Message of Philippians, destaca que a força de Paulo para viver contente vinha de sua união com Cristo, que sustentava sua fé e fornecia recursos espirituais para enfrentar qualquer circunstância.
3. Contentamento como Reflexo da Suficiência de Deus
A paz e o contentamento no Senhor apontam para Sua suficiência como Criador e Sustentador. Essa confiança no caráter de Deus é expressa ao longo das Escrituras:
- Salmo 23.1: “O Senhor é o meu pastor; nada me faltará.” A suficiência de Deus é suficiente para suprir todas as nossas necessidades.
- Mateus 6.25-34: Jesus instrui Seus discípulos a não se preocuparem com o que comer ou vestir, pois Deus cuida de todas as criaturas e sabe do que precisamos.
Esses textos revelam que o contentamento flui de um coração que reconhece que tudo o que temos e somos vem de Deus, e que Ele é fiel em prover o necessário.
4. Ação do Espírito Santo no Contentamento
O Espírito Santo desempenha um papel essencial no desenvolvimento do contentamento. Ele nos ajuda a lembrar das promessas de Deus, transforma nossos corações para que valorizemos o eterno sobre o transitório, e nos capacita a experimentar a paz de Deus em meio às tribulações:
- Romanos 5.5: O amor de Deus é derramado em nossos corações pelo Espírito Santo, nos capacitando a enfrentar adversidades com esperança.
- João 14.27: Jesus promete Sua paz, diferente da paz do mundo, como um dom aos que Nele confiam.
Referência Acadêmica:
Dallas Willard, em Renovação do Coração, afirma que o Espírito Santo é o agente principal na transformação de nossas perspectivas, ajudando-nos a enxergar as circunstâncias com os olhos da fé e a descansar na soberania de Deus.
5. Viver Contente: Um Testemunho ao Mundo
Cristãos que vivem contentes no Senhor oferecem um testemunho poderoso ao mundo. Em uma cultura que valoriza o materialismo e a busca incessante por mais, a postura de gratidão e confiança em Deus reflete o reino de Deus de forma tangível.
- 2 Coríntios 4.16-18: Paulo declara que as tribulações presentes são leves e momentâneas em comparação com o peso de glória eterno.
- 1 Pedro 3.15: A atitude de paz e esperança dos cristãos deve levar outros a perguntarem sobre a razão dessa esperança.
Conclusão
Estar contente no Senhor é uma expressão da fé cristã madura, que reconhece que Deus é suficiente em todas as circunstâncias. Essa virtude não é algo natural, mas espiritual, fruto da ação do Espírito Santo e do aprendizado constante na Palavra. A paz indizível que o contentamento traz é um reflexo da confiança na promessa de que Deus nunca nos abandonará e de que Ele está preparando para nós uma glória eterna.
Que possamos, como Paulo, aprender a viver contentes, não por causa das circunstâncias, mas porque confiamos plenamente na suficiência e no amor de Deus!
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