TEXTO ÁUREO “Mas, do Filho, diz: Ó Deus, o teu trono subsiste pelos séculos dos séculos, cetro de equidade é o cetro do teu reino.” (Hb 1.8)...
TEXTO ÁUREO
“Mas, do Filho, diz: Ó Deus, o teu trono subsiste pelos séculos dos séculos, cetro de equidade é o cetro do teu reino.” (Hb 1.8)
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
"Mas, do Filho, diz: Ó Deus, o teu trono subsiste pelos séculos dos séculos, cetro de equidade é o cetro do teu reino." (Hebreus 1:8)
1. Contexto Imediato e Amplo
O versículo faz parte da introdução da Epístola aos Hebreus (1:1-14), onde o autor estabelece a supremacia de Cristo sobre os anjos. O autor utiliza uma série de citações do Antigo Testamento para demonstrar que Jesus, o Filho, possui uma natureza divina, autoridade régia e um papel único na revelação de Deus à humanidade. O versículo é uma citação direta do Salmo 45:6 (LXX 44:7), originalmente um salmo real que celebrava o rei davídico, mas que encontra seu cumprimento pleno em Cristo.
2. Análise Exegética e Linguística (Grego)
- "Mas, do Filho, diz" (πρὸς δὲ τὸν Υἱόν λέγει)
- πρὸς (pros) – uma preposição que pode significar "para", "acerca de", ou "em relação a". Aqui enfatiza a relação direta da declaração com o Filho.
- τὸν Υἱόν (ton Huion) – "o Filho", com o artigo definido, destacando a identidade específica de Jesus como o Filho eterno de Deus, não apenas um filho entre outros.
- λέγει (legei) – "diz", no presente do indicativo ativo, indicando uma declaração contínua e perene da parte de Deus.
- "Ó Deus" (ὁ Θεός)
- ὁ Θεός (ho Theos) – "Deus", com o artigo definido, uma designação direta da divindade do Filho. O uso desta expressão é teologicamente significativo, pois o Pai chama o Filho de "Deus", evidenciando a plena divindade de Cristo. Isso apoia a doutrina da Trindade, mostrando distinção de pessoas e unidade de essência.
- "o teu trono subsiste pelos séculos dos séculos" (ὁ θρόνος σου εἰς τὸν αἰῶνα τοῦ αἰῶνος)
- ὁ θρόνος σου (ho thronos sou) – "o teu trono", denotando soberania, autoridade real e governo.
- εἰς τὸν αἰῶνα τοῦ αἰῶνος (eis ton aiōna tou aiōnos) – literalmente, "para o século do século", uma expressão idiomática grega que enfatiza a eternidade, ou seja, um reinado sem fim. A repetição de αἰών (aiōn) reforça a ideia de perpetuidade e imutabilidade do reino de Cristo.
- "cetro de equidade é o cetro do teu reino" (καὶ ῥάβδος εὐθύτητος ῥάβδος τῆς βασιλείας σου)
- ῥάβδος (rhabdos) – "cetro", símbolo de autoridade e poder régio.
- εὐθύτητος (euthytētos) – "equidade", "retidão" ou "justiça". Deriva de εὐθύς (euthys), que significa "reto", "justo", "íntegro". Refere-se à natureza justa do governo de Cristo.
- τῆς βασιλείας σου (tēs basileias sou) – "do teu reino", indicando que o reino de Cristo é caracterizado pela justiça e pela integridade moral.
3. Aspectos Teológicos Importantes
- Cristologia Elevada:
O texto atribui a Jesus o título de "Deus", o que é um testemunho direto da sua divindade. Isso contrasta com a relação dos anjos (v. 7), que são servos, enquanto o Filho é entronizado e adorado. - Eternidade do Reino de Cristo:
O reinado de Cristo não é transitório, como o dos reis terrenos. O uso da expressão "pelos séculos dos séculos" ressalta que o trono de Cristo é eterno, refletindo a promessa messiânica de um reino sem fim (cf. Isaías 9:7; Lucas 1:33). - Justiça como Marca do Reino:
O "cetro de equidade" destaca que o governo de Cristo é baseado na justiça verdadeira, não em poder tirânico. Isso cumpre as expectativas do Antigo Testamento sobre o Messias, que governaria com justiça e retidão (cf. Salmo 72:1-4; Isaías 11:4-5). - Relação com a Trindade:
O fato de Deus Pai dirigir-se ao Filho como "Deus" demonstra tanto a distinção entre as pessoas da Trindade quanto a unidade em essência. Isso é crucial para a doutrina da união hipostática, que afirma que Jesus é plenamente Deus e plenamente homem.
4. Aplicação Prática
- Confiança no Governo de Cristo: Em um mundo de líderes falíveis, podemos confiar em Jesus, cujo trono é eterno e cujo governo é justo.
- Adoração Cristocêntrica: O reconhecimento da divindade de Cristo nos chama à adoração genuína e reverente, reconhecendo-O não apenas como Salvador, mas como Rei eterno.
- Modelo de Justiça: O "cetro de equidade" serve como modelo para os cristãos, especialmente aqueles em posição de liderança, a governarem com justiça, integridade e verdade.
5. Conclusão
Hebreus 1:8 é um dos textos mais poderosos do Novo Testamento que afirmam a divindade de Cristo e a eternidade do Seu reinado. A análise do texto em grego destaca a profundidade teológica da passagem, mostrando que Jesus não é apenas superior aos anjos, mas é o próprio Deus entronizado para sempre, governando com justiça perfeita. Esse versículo reforça a centralidade de Cristo na fé cristã e nos chama a uma vida de adoração e submissão ao Seu governo eterno.
"Mas, do Filho, diz: Ó Deus, o teu trono subsiste pelos séculos dos séculos, cetro de equidade é o cetro do teu reino." (Hebreus 1:8)
1. Contexto Imediato e Amplo
O versículo faz parte da introdução da Epístola aos Hebreus (1:1-14), onde o autor estabelece a supremacia de Cristo sobre os anjos. O autor utiliza uma série de citações do Antigo Testamento para demonstrar que Jesus, o Filho, possui uma natureza divina, autoridade régia e um papel único na revelação de Deus à humanidade. O versículo é uma citação direta do Salmo 45:6 (LXX 44:7), originalmente um salmo real que celebrava o rei davídico, mas que encontra seu cumprimento pleno em Cristo.
2. Análise Exegética e Linguística (Grego)
- "Mas, do Filho, diz" (πρὸς δὲ τὸν Υἱόν λέγει)
- πρὸς (pros) – uma preposição que pode significar "para", "acerca de", ou "em relação a". Aqui enfatiza a relação direta da declaração com o Filho.
- τὸν Υἱόν (ton Huion) – "o Filho", com o artigo definido, destacando a identidade específica de Jesus como o Filho eterno de Deus, não apenas um filho entre outros.
- λέγει (legei) – "diz", no presente do indicativo ativo, indicando uma declaração contínua e perene da parte de Deus.
- "Ó Deus" (ὁ Θεός)
- ὁ Θεός (ho Theos) – "Deus", com o artigo definido, uma designação direta da divindade do Filho. O uso desta expressão é teologicamente significativo, pois o Pai chama o Filho de "Deus", evidenciando a plena divindade de Cristo. Isso apoia a doutrina da Trindade, mostrando distinção de pessoas e unidade de essência.
- "o teu trono subsiste pelos séculos dos séculos" (ὁ θρόνος σου εἰς τὸν αἰῶνα τοῦ αἰῶνος)
- ὁ θρόνος σου (ho thronos sou) – "o teu trono", denotando soberania, autoridade real e governo.
- εἰς τὸν αἰῶνα τοῦ αἰῶνος (eis ton aiōna tou aiōnos) – literalmente, "para o século do século", uma expressão idiomática grega que enfatiza a eternidade, ou seja, um reinado sem fim. A repetição de αἰών (aiōn) reforça a ideia de perpetuidade e imutabilidade do reino de Cristo.
- "cetro de equidade é o cetro do teu reino" (καὶ ῥάβδος εὐθύτητος ῥάβδος τῆς βασιλείας σου)
- ῥάβδος (rhabdos) – "cetro", símbolo de autoridade e poder régio.
- εὐθύτητος (euthytētos) – "equidade", "retidão" ou "justiça". Deriva de εὐθύς (euthys), que significa "reto", "justo", "íntegro". Refere-se à natureza justa do governo de Cristo.
- τῆς βασιλείας σου (tēs basileias sou) – "do teu reino", indicando que o reino de Cristo é caracterizado pela justiça e pela integridade moral.
3. Aspectos Teológicos Importantes
- Cristologia Elevada:
O texto atribui a Jesus o título de "Deus", o que é um testemunho direto da sua divindade. Isso contrasta com a relação dos anjos (v. 7), que são servos, enquanto o Filho é entronizado e adorado. - Eternidade do Reino de Cristo:
O reinado de Cristo não é transitório, como o dos reis terrenos. O uso da expressão "pelos séculos dos séculos" ressalta que o trono de Cristo é eterno, refletindo a promessa messiânica de um reino sem fim (cf. Isaías 9:7; Lucas 1:33). - Justiça como Marca do Reino:
O "cetro de equidade" destaca que o governo de Cristo é baseado na justiça verdadeira, não em poder tirânico. Isso cumpre as expectativas do Antigo Testamento sobre o Messias, que governaria com justiça e retidão (cf. Salmo 72:1-4; Isaías 11:4-5). - Relação com a Trindade:
O fato de Deus Pai dirigir-se ao Filho como "Deus" demonstra tanto a distinção entre as pessoas da Trindade quanto a unidade em essência. Isso é crucial para a doutrina da união hipostática, que afirma que Jesus é plenamente Deus e plenamente homem.
4. Aplicação Prática
- Confiança no Governo de Cristo: Em um mundo de líderes falíveis, podemos confiar em Jesus, cujo trono é eterno e cujo governo é justo.
- Adoração Cristocêntrica: O reconhecimento da divindade de Cristo nos chama à adoração genuína e reverente, reconhecendo-O não apenas como Salvador, mas como Rei eterno.
- Modelo de Justiça: O "cetro de equidade" serve como modelo para os cristãos, especialmente aqueles em posição de liderança, a governarem com justiça, integridade e verdade.
5. Conclusão
Hebreus 1:8 é um dos textos mais poderosos do Novo Testamento que afirmam a divindade de Cristo e a eternidade do Seu reinado. A análise do texto em grego destaca a profundidade teológica da passagem, mostrando que Jesus não é apenas superior aos anjos, mas é o próprio Deus entronizado para sempre, governando com justiça perfeita. Esse versículo reforça a centralidade de Cristo na fé cristã e nos chama a uma vida de adoração e submissão ao Seu governo eterno.
VERDADE PRÁTICA
O termo teológico “Filho de Deus” é título, sendo assim, a existência de Jesus é desde a eternidade junto ao Pai.
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
O Título "Filho de Deus" e a Existência Eterna de Jesus
Verdade Prática:
"O termo teológico 'Filho de Deus' é um título, sendo assim, a existência de Jesus é desde a eternidade junto ao Pai."
1. Definição do Título "Filho de Deus"
O termo "Filho de Deus" é um título cristológico que se refere à relação única e eterna de Jesus com Deus Pai. Ele não implica criação ou inferioridade, mas descreve uma relação de essência compartilhada, revelando a divindade e a eternidade de Cristo. Em grego, o termo é Υἱὸς τοῦ Θεοῦ (Huios tou Theou), usado frequentemente no Novo Testamento para destacar a natureza divina de Jesus.
Esse título é teológico, com significados que variam de acordo com o contexto:
- Cristológico: Aponta para a divindade de Jesus (João 1:18; Hebreus 1:3).
- Messiânico: Refere-se à expectativa do rei prometido de Israel (Salmo 2:7; Mateus 16:16).
- Soteriológico: Relaciona-se à sua obra redentora como o Filho enviado para salvar (João 3:16-17).
2. A Existência Eterna de Jesus nas Escrituras
A Bíblia afirma que Jesus não teve um começo, mas existe desde a eternidade. Sua filiação não está relacionada a um ato de criação, mas a uma relação eterna com o Pai.
- João 1:1-2:
“No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus.”
O termo "no princípio" (ἐν ἀρχῇ, en archē) não se refere ao início do tempo, mas à eternidade passada. O "Verbo" (Λόγος, Logos), que é Jesus (João 1:14), existia eternamente com Deus e é Deus. - Miquéias 5:2:
“...de ti me sairá o que governará em Israel, e cujas origens são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade.”
Esse texto messiânico refere-se a Jesus, mostrando que sua existência é "desde a eternidade" (מִימֵי עוֹלָם, mimei olam). - João 17:5:
“Agora, glorifica-me, ó Pai, junto de ti mesmo, com a glória que eu tinha contigo antes que o mundo existisse.”
Jesus afirma ter compartilhado da glória divina antes da criação, evidenciando sua existência eterna. - Hebreus 13:8:
“Jesus Cristo é o mesmo ontem, e hoje, e eternamente.”
Isso confirma a imutabilidade de Cristo, um atributo exclusivo de Deus.
3. O Filho Eterno na Teologia Cristã
A doutrina da "geração eterna do Filho" é fundamental para o entendimento da Trindade. Isso significa que o Filho é eternamente gerado pelo Pai, sem início ou fim. Essa geração não é um ato no tempo, mas uma relação eterna e contínua.
- Credo Niceno (325 d.C.):
“Gerado, não criado, consubstancial ao Pai.”
O termo "consubstancial" (ὁμοούσιος, homoousios) afirma que o Filho tem a mesma essência do Pai.
Visões de Teólogos Cristãos:
- Agostinho (354-430 d.C.): Enfatizou que a filiação do Filho não implica inferioridade, mas uma relação eterna e imutável com o Pai.
- Calvino (1509-1564): Defendeu a coigualdade do Filho com o Pai, destacando que a designação "Filho" refere-se à relação intratrinitária e não a um status inferior.
- Wayne Grudem (Teologia Sistemática): Ensina que a filiação do Filho é eterna e não está relacionada a um evento temporal. Ele argumenta que “o título ‘Filho de Deus’ descreve a relação eterna e pessoal dentro da Trindade”.
4. O Título "Filho de Deus" no Novo Testamento
O Novo Testamento usa o título para afirmar tanto a divindade quanto a missão redentora de Jesus:
- Mateus 16:16: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo.” (Confissão de Pedro)
- Romanos 1:4: “Declarado Filho de Deus com poder, segundo o Espírito de santidade, pela ressurreição dos mortos.”
- João 20:31: “Estes, porém, foram escritos para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome.”
O uso frequente do título em momentos cruciais da vida de Jesus — batismo (Mateus 3:17), transfiguração (Mateus 17:5), crucificação (Marcos 15:39) — reforça seu significado teológico central.
5. Implicações Doutrinárias
- Divindade de Cristo: O título "Filho de Deus" confirma que Jesus é plenamente Deus.
- Trindade: Mostra a distinção de pessoas na Trindade, mas unidade de essência.
- Soteriologia: A salvação é eficaz porque é realizada pelo Filho eterno, que é Deus.
- Cristologia: Jesus não se tornou Filho de Deus em um ponto no tempo; Ele sempre foi. Sua encarnação revelou o que já era verdade desde a eternidade.
6. Aplicação Prática
- Confiança na Salvação: A obra da cruz é eficaz porque foi realizada pelo Filho eterno, Deus encarnado.
- Adoração: Jesus é digno de adoração não apenas por sua obra, mas por quem Ele é — o Filho eterno de Deus.
- Relacionamento com Deus: Somos filhos de Deus por adoção, mas Jesus é o Filho eterno por natureza. Isso nos dá uma base sólida para nossa fé.
Conclusão
O título "Filho de Deus" não é uma designação temporal ou meramente funcional; é uma realidade eterna que revela a divindade e a existência sem começo de Jesus. Ele é o Filho eternamente gerado, consubstancial com o Pai, participante da glória divina desde a eternidade. A fé cristã repousa nessa verdade fundamental, que assegura a eficácia da redenção e a imutabilidade do nosso Salvador.
O Título "Filho de Deus" e a Existência Eterna de Jesus
Verdade Prática:
"O termo teológico 'Filho de Deus' é um título, sendo assim, a existência de Jesus é desde a eternidade junto ao Pai."
1. Definição do Título "Filho de Deus"
O termo "Filho de Deus" é um título cristológico que se refere à relação única e eterna de Jesus com Deus Pai. Ele não implica criação ou inferioridade, mas descreve uma relação de essência compartilhada, revelando a divindade e a eternidade de Cristo. Em grego, o termo é Υἱὸς τοῦ Θεοῦ (Huios tou Theou), usado frequentemente no Novo Testamento para destacar a natureza divina de Jesus.
Esse título é teológico, com significados que variam de acordo com o contexto:
- Cristológico: Aponta para a divindade de Jesus (João 1:18; Hebreus 1:3).
- Messiânico: Refere-se à expectativa do rei prometido de Israel (Salmo 2:7; Mateus 16:16).
- Soteriológico: Relaciona-se à sua obra redentora como o Filho enviado para salvar (João 3:16-17).
2. A Existência Eterna de Jesus nas Escrituras
A Bíblia afirma que Jesus não teve um começo, mas existe desde a eternidade. Sua filiação não está relacionada a um ato de criação, mas a uma relação eterna com o Pai.
- João 1:1-2:
“No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus.”
O termo "no princípio" (ἐν ἀρχῇ, en archē) não se refere ao início do tempo, mas à eternidade passada. O "Verbo" (Λόγος, Logos), que é Jesus (João 1:14), existia eternamente com Deus e é Deus. - Miquéias 5:2:
“...de ti me sairá o que governará em Israel, e cujas origens são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade.”
Esse texto messiânico refere-se a Jesus, mostrando que sua existência é "desde a eternidade" (מִימֵי עוֹלָם, mimei olam). - João 17:5:
“Agora, glorifica-me, ó Pai, junto de ti mesmo, com a glória que eu tinha contigo antes que o mundo existisse.”
Jesus afirma ter compartilhado da glória divina antes da criação, evidenciando sua existência eterna. - Hebreus 13:8:
“Jesus Cristo é o mesmo ontem, e hoje, e eternamente.”
Isso confirma a imutabilidade de Cristo, um atributo exclusivo de Deus.
3. O Filho Eterno na Teologia Cristã
A doutrina da "geração eterna do Filho" é fundamental para o entendimento da Trindade. Isso significa que o Filho é eternamente gerado pelo Pai, sem início ou fim. Essa geração não é um ato no tempo, mas uma relação eterna e contínua.
- Credo Niceno (325 d.C.):
“Gerado, não criado, consubstancial ao Pai.”
O termo "consubstancial" (ὁμοούσιος, homoousios) afirma que o Filho tem a mesma essência do Pai.
Visões de Teólogos Cristãos:
- Agostinho (354-430 d.C.): Enfatizou que a filiação do Filho não implica inferioridade, mas uma relação eterna e imutável com o Pai.
- Calvino (1509-1564): Defendeu a coigualdade do Filho com o Pai, destacando que a designação "Filho" refere-se à relação intratrinitária e não a um status inferior.
- Wayne Grudem (Teologia Sistemática): Ensina que a filiação do Filho é eterna e não está relacionada a um evento temporal. Ele argumenta que “o título ‘Filho de Deus’ descreve a relação eterna e pessoal dentro da Trindade”.
4. O Título "Filho de Deus" no Novo Testamento
O Novo Testamento usa o título para afirmar tanto a divindade quanto a missão redentora de Jesus:
- Mateus 16:16: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo.” (Confissão de Pedro)
- Romanos 1:4: “Declarado Filho de Deus com poder, segundo o Espírito de santidade, pela ressurreição dos mortos.”
- João 20:31: “Estes, porém, foram escritos para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome.”
O uso frequente do título em momentos cruciais da vida de Jesus — batismo (Mateus 3:17), transfiguração (Mateus 17:5), crucificação (Marcos 15:39) — reforça seu significado teológico central.
5. Implicações Doutrinárias
- Divindade de Cristo: O título "Filho de Deus" confirma que Jesus é plenamente Deus.
- Trindade: Mostra a distinção de pessoas na Trindade, mas unidade de essência.
- Soteriologia: A salvação é eficaz porque é realizada pelo Filho eterno, que é Deus.
- Cristologia: Jesus não se tornou Filho de Deus em um ponto no tempo; Ele sempre foi. Sua encarnação revelou o que já era verdade desde a eternidade.
6. Aplicação Prática
- Confiança na Salvação: A obra da cruz é eficaz porque foi realizada pelo Filho eterno, Deus encarnado.
- Adoração: Jesus é digno de adoração não apenas por sua obra, mas por quem Ele é — o Filho eterno de Deus.
- Relacionamento com Deus: Somos filhos de Deus por adoção, mas Jesus é o Filho eterno por natureza. Isso nos dá uma base sólida para nossa fé.
Conclusão
O título "Filho de Deus" não é uma designação temporal ou meramente funcional; é uma realidade eterna que revela a divindade e a existência sem começo de Jesus. Ele é o Filho eternamente gerado, consubstancial com o Pai, participante da glória divina desde a eternidade. A fé cristã repousa nessa verdade fundamental, que assegura a eficácia da redenção e a imutabilidade do nosso Salvador.
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LEITURA DIÁRIA
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
Aqui está um comentário bíblico e teológico sobre a Leitura Diária, destacando o uso do termo "filho" na Bíblia e sua relação com a divindade de Cristo.
📖 Segunda – Salmo 8:4
"Que é o homem, para que te lembres dele? E o filho do homem, para que o visites?"
O termo "filho do homem" (em hebraico: בֶן־אָדָם ben-adam) destaca a fragilidade e a natureza humana do homem em contraste com a grandeza de Deus. No entanto, quando aplicado profeticamente a Jesus, esse título transcende a humanidade e aponta para o Messias (cf. Daniel 7:13-14; Mateus 26:64).
Reflexão: O uso de "filho" aqui indica pertencimento à espécie humana, mas em Cristo revela sua identificação com a humanidade, mesmo sendo divino.
📖 Terça – Amós 7:14
"Então respondeu Amós e disse a Amazias: Eu não sou profeta, nem filho de profeta, mas boieiro e colhedor de sicômoros."
A expressão "filho de profeta" refere-se a um membro da escola de profetas, uma comunidade dedicada ao ensino e prática profética. Aqui, Amós destaca que sua vocação não veio de uma tradição profética, mas de um chamado direto de Deus.
Reflexão: O termo "filho" é usado para indicar uma identidade funcional e espiritual, mais do que uma descendência biológica.
📖 Quarta – Mateus 23:30-31
"E dizeis: Se existíssemos nos dias de nossos pais, não teríamos sido seus cúmplices no sangue dos profetas. Assim, vós mesmos testificais que sois filhos dos que mataram os profetas."
Aqui, "filhos" indica uma continuidade de caráter e comportamento. Jesus denuncia a hipocrisia dos fariseus, que, apesar de condenarem os erros do passado, repetiam as mesmas atitudes de rejeição aos mensageiros de Deus.
Reflexão: O termo aponta para uma herança espiritual e moral, mostrando que ser "filho" pode significar partilhar da mesma índole ou natureza.
📖 Quinta – João 5:18
"Por isso, pois, os judeus ainda mais procuravam matá-lo, porque não só quebrantava o sábado, mas também dizia que Deus era seu próprio Pai, fazendo-se igual a Deus."
A expressão "Filho de Deus" usada por Jesus foi entendida claramente pelos judeus como uma afirmação de divindade. O verbo "fazer-se igual" (em grego: ἴσος ísos – "igual, da mesma essência") mostra que Ele não reivindicava uma filiação comum, mas uma relação essencial com o Pai.
Reflexão: O título "Filho de Deus" não é simbólico ou metafórico aqui, mas uma afirmação direta da divindade de Jesus.
📖 Sexta – João 16:28
"Saí do Pai e vim ao mundo; outra vez deixo o mundo e vou para o Pai."
Jesus declara sua origem divina e pré-existência. O verbo "saí" (em grego: ἐξῆλθον exēlthon) indica um envio consciente e voluntário da parte do Pai. Isso reforça que o Filho não foi criado, mas eternamente existente, partilhando da mesma essência do Pai.
Reflexão: O termo "Filho" aqui reflete uma relação eterna, não de subordinação, mas de comunhão e unidade com o Pai.
📖 Sábado – 1 João 4:15
"Qualquer que confessar que Jesus é o Filho de Deus, Deus está nele, e ele em Deus."
A confissão de que Jesus é o "Filho de Deus" é fundamental para a fé cristã. O termo "confessar" (em grego: ὁμολογέω homologéō – "afirmar publicamente, concordar") implica uma aceitação consciente da divindade de Cristo. Essa confissão resulta em comunhão direta com Deus.
Reflexão: O reconhecimento de Jesus como Filho de Deus não é apenas um ato intelectual, mas uma expressão de fé que evidencia uma verdadeira relação com Deus.
✅ Conclusão
O termo "filho" na Bíblia é multifacetado, indicando:
- Pertencimento à mesma espécie (Salmo 8:4);
- Identidade funcional ou espiritual (Amós 7:14);
- Herança moral e espiritual (Mateus 23:30-31);
- Afirmação da divindade (João 5:18);
- Origem divina e eterna (João 16:28);
- Base da confissão de fé cristã (1 João 4:15).
Em Cristo, o título "Filho de Deus" não é apenas uma metáfora, mas uma declaração de sua natureza divina, pré-existência eterna e unidade com o Pai. Confessar Jesus como Filho de Deus é reconhecer sua divindade e o papel central na salvação da humanidade.
Aqui está um comentário bíblico e teológico sobre a Leitura Diária, destacando o uso do termo "filho" na Bíblia e sua relação com a divindade de Cristo.
📖 Segunda – Salmo 8:4
"Que é o homem, para que te lembres dele? E o filho do homem, para que o visites?"
O termo "filho do homem" (em hebraico: בֶן־אָדָם ben-adam) destaca a fragilidade e a natureza humana do homem em contraste com a grandeza de Deus. No entanto, quando aplicado profeticamente a Jesus, esse título transcende a humanidade e aponta para o Messias (cf. Daniel 7:13-14; Mateus 26:64).
Reflexão: O uso de "filho" aqui indica pertencimento à espécie humana, mas em Cristo revela sua identificação com a humanidade, mesmo sendo divino.
📖 Terça – Amós 7:14
"Então respondeu Amós e disse a Amazias: Eu não sou profeta, nem filho de profeta, mas boieiro e colhedor de sicômoros."
A expressão "filho de profeta" refere-se a um membro da escola de profetas, uma comunidade dedicada ao ensino e prática profética. Aqui, Amós destaca que sua vocação não veio de uma tradição profética, mas de um chamado direto de Deus.
Reflexão: O termo "filho" é usado para indicar uma identidade funcional e espiritual, mais do que uma descendência biológica.
📖 Quarta – Mateus 23:30-31
"E dizeis: Se existíssemos nos dias de nossos pais, não teríamos sido seus cúmplices no sangue dos profetas. Assim, vós mesmos testificais que sois filhos dos que mataram os profetas."
Aqui, "filhos" indica uma continuidade de caráter e comportamento. Jesus denuncia a hipocrisia dos fariseus, que, apesar de condenarem os erros do passado, repetiam as mesmas atitudes de rejeição aos mensageiros de Deus.
Reflexão: O termo aponta para uma herança espiritual e moral, mostrando que ser "filho" pode significar partilhar da mesma índole ou natureza.
📖 Quinta – João 5:18
"Por isso, pois, os judeus ainda mais procuravam matá-lo, porque não só quebrantava o sábado, mas também dizia que Deus era seu próprio Pai, fazendo-se igual a Deus."
A expressão "Filho de Deus" usada por Jesus foi entendida claramente pelos judeus como uma afirmação de divindade. O verbo "fazer-se igual" (em grego: ἴσος ísos – "igual, da mesma essência") mostra que Ele não reivindicava uma filiação comum, mas uma relação essencial com o Pai.
Reflexão: O título "Filho de Deus" não é simbólico ou metafórico aqui, mas uma afirmação direta da divindade de Jesus.
📖 Sexta – João 16:28
"Saí do Pai e vim ao mundo; outra vez deixo o mundo e vou para o Pai."
Jesus declara sua origem divina e pré-existência. O verbo "saí" (em grego: ἐξῆλθον exēlthon) indica um envio consciente e voluntário da parte do Pai. Isso reforça que o Filho não foi criado, mas eternamente existente, partilhando da mesma essência do Pai.
Reflexão: O termo "Filho" aqui reflete uma relação eterna, não de subordinação, mas de comunhão e unidade com o Pai.
📖 Sábado – 1 João 4:15
"Qualquer que confessar que Jesus é o Filho de Deus, Deus está nele, e ele em Deus."
A confissão de que Jesus é o "Filho de Deus" é fundamental para a fé cristã. O termo "confessar" (em grego: ὁμολογέω homologéō – "afirmar publicamente, concordar") implica uma aceitação consciente da divindade de Cristo. Essa confissão resulta em comunhão direta com Deus.
Reflexão: O reconhecimento de Jesus como Filho de Deus não é apenas um ato intelectual, mas uma expressão de fé que evidencia uma verdadeira relação com Deus.
✅ Conclusão
O termo "filho" na Bíblia é multifacetado, indicando:
- Pertencimento à mesma espécie (Salmo 8:4);
- Identidade funcional ou espiritual (Amós 7:14);
- Herança moral e espiritual (Mateus 23:30-31);
- Afirmação da divindade (João 5:18);
- Origem divina e eterna (João 16:28);
- Base da confissão de fé cristã (1 João 4:15).
Em Cristo, o título "Filho de Deus" não é apenas uma metáfora, mas uma declaração de sua natureza divina, pré-existência eterna e unidade com o Pai. Confessar Jesus como Filho de Deus é reconhecer sua divindade e o papel central na salvação da humanidade.
DINAMICA EXTRA
Comentário de Hubner Braz
Dinâmica para Classe de Adultos: O Filho É Igual com o Pai
Objetivo: Levar os participantes a refletirem sobre a igualdade entre o Filho e o Pai, entendendo que Jesus é plenamente Deus e que sua natureza é consubstancial com a do Pai. Além disso, a dinâmica busca fortalecer a compreensão sobre a unidade da Trindade e a relação intrínseca entre o Pai e o Filho.
Tempo estimado: 20 a 30 minutos
1. Abertura e Introdução (5 minutos)
Inicie a dinâmica com uma breve introdução sobre o tema da aula: a igualdade do Filho com o Pai. Explique que Jesus não é inferior ao Pai, mas que ambos compartilham a mesma essência divina, sendo coeternos e consubstanciais. Comente que, muitas vezes, a humanidade tenta ver Jesus de forma limitada, mas que a Bíblia deixa claro que Ele é plenamente Deus.
Versículo chave para reflexão:
- João 10:30: “Eu e o Pai somos um.”
- João 14:9-11: Jesus revela a relação única com o Pai, destacando Sua identidade divina.
2. Dinâmica: "O Espelho da Verdade" (15 minutos)
Objetivo da dinâmica: Levar os participantes a perceberem como nossa identidade e natureza se refletem na maneira como nos relacionamos com Deus e como Jesus reflete a natureza do Pai.
Material necessário:
- 1 espelho grande ou cartolina refletiva
- Canetas coloridas ou marcadores
- Cartões ou pedaços de papel em branco
Instruções:
- Explique o simbolismo do espelho:
- O espelho representa a ideia de como Jesus reflete o Pai, e como nossa vida deve refletir a natureza de Cristo.
- O espelho também será usado como uma metáfora da unidade que existe entre o Filho e o Pai. Assim como o reflexo de uma pessoa no espelho não se separa de quem ela é, Jesus, como Filho, reflete perfeitamente o Pai, sem separação em essência.
- Distribuição dos cartões:
- Dê um cartão ou pedaço de papel para cada participante, junto com as canetas coloridas.
- Peça que escrevam ou desenhem uma palavra ou um conceito que, para eles, simboliza a igualdade e unidade de Jesus com o Pai. Eles podem escrever palavras como “unidade”, “amor”, “poder”, “glória”, “santidade”, ou até desenhar algo simbólico.
- Reflexão e compartilhe:
- Após os participantes escreverem suas palavras ou conceitos, peça que compartilhem com a classe o que escolheram e por quê.
- Explique que, assim como a imagem no espelho é uma representação exata da pessoa, a vida e a natureza de Jesus refletem a natureza perfeita e completa de Deus Pai. Jesus não é um reflexo imperfeito, mas a revelação plena de quem Deus é.
- Aplicação Pessoal:
- Pergunte aos participantes: “Como sua vida reflete a unidade e a natureza de Cristo? Como podemos, como Igreja, refletir melhor a natureza divina do Pai em nossas ações e palavras?”
- Esse momento de reflexão deve ser pessoal, para que cada participante considere como a igualdade do Filho com o Pai impacta sua vida espiritual e seu relacionamento com Deus.
3. Reflexão em Grupo: "A Unidade na Trindade" (5 minutos)
Objetivo: Refletir sobre a aplicação do conceito da igualdade de Cristo com o Pai no contexto da vida cristã.
Peça para os participantes se dividirem em pequenos grupos de 3 a 4 pessoas e responderem à seguinte pergunta:
- "De que forma, como cristãos, podemos viver a unidade e igualdade que vemos entre o Pai e o Filho em nosso relacionamento com os outros?"
Deixe os grupos discutirem por alguns minutos e depois peça para que compartilhem com a classe as conclusões.
4. Conclusão (5 minutos)
Finalize a dinâmica destacando que a igualdade do Filho com o Pai não é apenas uma verdade teológica, mas um exemplo de relacionamento profundo e intimidade que devemos buscar em nossa vida com Deus e com os irmãos. Assim como Jesus viveu em perfeita unidade com o Pai, nós somos chamados a viver em unidade com Cristo e com a Igreja, refletindo Sua natureza divina em tudo o que fazemos.
Encerre com uma oração, pedindo a Deus que nos ajude a viver de forma mais parecida com Cristo, refletindo Sua unidade e amor.
Sugestões de Aplicação Pessoal:
- Busca pela Unidade: Convidar os participantes a refletirem como podem promover mais unidade dentro da igreja e em suas vidas pessoais, refletindo a unidade perfeita que existe entre o Pai e o Filho.
- Imitação de Cristo: Desafiar cada participante a buscar, todos os dias, imitar mais a Cristo em seus pensamentos, atitudes e palavras, reconhecendo que Ele é a imagem perfeita do Pai.
Essa dinâmica ajuda os participantes a internalizar o tema de forma prática e profunda, além de fortalecer os laços de comunidade e reflexão teológica em grupo.
Dinâmica para Classe de Adultos: O Filho É Igual com o Pai
Objetivo: Levar os participantes a refletirem sobre a igualdade entre o Filho e o Pai, entendendo que Jesus é plenamente Deus e que sua natureza é consubstancial com a do Pai. Além disso, a dinâmica busca fortalecer a compreensão sobre a unidade da Trindade e a relação intrínseca entre o Pai e o Filho.
Tempo estimado: 20 a 30 minutos
1. Abertura e Introdução (5 minutos)
Inicie a dinâmica com uma breve introdução sobre o tema da aula: a igualdade do Filho com o Pai. Explique que Jesus não é inferior ao Pai, mas que ambos compartilham a mesma essência divina, sendo coeternos e consubstanciais. Comente que, muitas vezes, a humanidade tenta ver Jesus de forma limitada, mas que a Bíblia deixa claro que Ele é plenamente Deus.
Versículo chave para reflexão:
- João 10:30: “Eu e o Pai somos um.”
- João 14:9-11: Jesus revela a relação única com o Pai, destacando Sua identidade divina.
2. Dinâmica: "O Espelho da Verdade" (15 minutos)
Objetivo da dinâmica: Levar os participantes a perceberem como nossa identidade e natureza se refletem na maneira como nos relacionamos com Deus e como Jesus reflete a natureza do Pai.
Material necessário:
- 1 espelho grande ou cartolina refletiva
- Canetas coloridas ou marcadores
- Cartões ou pedaços de papel em branco
Instruções:
- Explique o simbolismo do espelho:
- O espelho representa a ideia de como Jesus reflete o Pai, e como nossa vida deve refletir a natureza de Cristo.
- O espelho também será usado como uma metáfora da unidade que existe entre o Filho e o Pai. Assim como o reflexo de uma pessoa no espelho não se separa de quem ela é, Jesus, como Filho, reflete perfeitamente o Pai, sem separação em essência.
- Distribuição dos cartões:
- Dê um cartão ou pedaço de papel para cada participante, junto com as canetas coloridas.
- Peça que escrevam ou desenhem uma palavra ou um conceito que, para eles, simboliza a igualdade e unidade de Jesus com o Pai. Eles podem escrever palavras como “unidade”, “amor”, “poder”, “glória”, “santidade”, ou até desenhar algo simbólico.
- Reflexão e compartilhe:
- Após os participantes escreverem suas palavras ou conceitos, peça que compartilhem com a classe o que escolheram e por quê.
- Explique que, assim como a imagem no espelho é uma representação exata da pessoa, a vida e a natureza de Jesus refletem a natureza perfeita e completa de Deus Pai. Jesus não é um reflexo imperfeito, mas a revelação plena de quem Deus é.
- Aplicação Pessoal:
- Pergunte aos participantes: “Como sua vida reflete a unidade e a natureza de Cristo? Como podemos, como Igreja, refletir melhor a natureza divina do Pai em nossas ações e palavras?”
- Esse momento de reflexão deve ser pessoal, para que cada participante considere como a igualdade do Filho com o Pai impacta sua vida espiritual e seu relacionamento com Deus.
3. Reflexão em Grupo: "A Unidade na Trindade" (5 minutos)
Objetivo: Refletir sobre a aplicação do conceito da igualdade de Cristo com o Pai no contexto da vida cristã.
Peça para os participantes se dividirem em pequenos grupos de 3 a 4 pessoas e responderem à seguinte pergunta:
- "De que forma, como cristãos, podemos viver a unidade e igualdade que vemos entre o Pai e o Filho em nosso relacionamento com os outros?"
Deixe os grupos discutirem por alguns minutos e depois peça para que compartilhem com a classe as conclusões.
4. Conclusão (5 minutos)
Finalize a dinâmica destacando que a igualdade do Filho com o Pai não é apenas uma verdade teológica, mas um exemplo de relacionamento profundo e intimidade que devemos buscar em nossa vida com Deus e com os irmãos. Assim como Jesus viveu em perfeita unidade com o Pai, nós somos chamados a viver em unidade com Cristo e com a Igreja, refletindo Sua natureza divina em tudo o que fazemos.
Encerre com uma oração, pedindo a Deus que nos ajude a viver de forma mais parecida com Cristo, refletindo Sua unidade e amor.
Sugestões de Aplicação Pessoal:
- Busca pela Unidade: Convidar os participantes a refletirem como podem promover mais unidade dentro da igreja e em suas vidas pessoais, refletindo a unidade perfeita que existe entre o Pai e o Filho.
- Imitação de Cristo: Desafiar cada participante a buscar, todos os dias, imitar mais a Cristo em seus pensamentos, atitudes e palavras, reconhecendo que Ele é a imagem perfeita do Pai.
Essa dinâmica ajuda os participantes a internalizar o tema de forma prática e profunda, além de fortalecer os laços de comunidade e reflexão teológica em grupo.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
Aqui está um comentário bíblico e teológico de João 10:30-38, com foco no contexto, análise das palavras em grego e aplicações teológicas.
📖 João 10:30
"Eu e o Pai somos um."
- Grego: ἐγὼ καὶ ὁ Πατὴρ ἕν ἐσμεν (Egṓ kaì ho Patḗr hén esmen)
- Análise: A palavra "um" (ἕν – hén) é neutra, indicando unidade de essência e natureza, não de pessoa. Isso refuta a ideia de subordinação e destaca a co-igualdade entre o Pai e o Filho. O verbo "somos" (ἐσμεν – esmen) está no plural, mostrando que, embora sejam um em essência, são distintos em pessoa.
- Contexto: Jesus está respondendo aos líderes judeus que questionavam sua autoridade. Esta declaração é uma das mais explícitas sobre Sua divindade.
📖 João 10:31
"Os judeus pegaram, então, outra vez, em pedras para o apedrejarem."
- Grego: Ἐβάστασαν πάλιν λίθους οἱ Ἰουδαῖοι ἵνα λιθάσωσιν αὐτόν (Ebástasan pálin líthous hoi Ioudaîoi hína lithásōsin autón)
- Análise: O verbo "pegaram" (ἐβάστασαν – ebástasan) implica um ato intencional e agressivo. "Apedrejar" (λιθάσωσιν – lithásōsin) era a punição para a blasfêmia, segundo Levítico 24:16.
- Contexto: A reação imediata dos judeus mostra que entenderam claramente que Jesus estava afirmando ser igual a Deus, o que consideravam blasfêmia.
📖 João 10:32
"Respondeu-lhes Jesus: Tenho-vos mostrado muitas obras boas procedentes de meu Pai; por qual dessas obras me apedrejais?"
- Grego: Πολλὰ ἔργα καλὰ ἔδειξα ὑμῖν ἐκ τοῦ Πατρός μου· διὰ ποῖον αὐτῶν ἔργον ἐμὲ λιθάζετε;
- Análise: O termo "obras boas" (ἔργα καλὰ – érga kalá) refere-se não apenas a milagres, mas a atos que revelam o caráter e a natureza de Deus. O verbo "mostrei" (ἔδειξα – édeixa) implica em uma revelação clara e visível.
- Contexto: Jesus desafia a lógica dos acusadores: se Suas obras são boas e procedem do Pai, por que o acusam? Ele está expondo a hipocrisia deles.
📖 João 10:33
"Os judeus responderam, dizendo-lhe: Não te apedrejamos por alguma obra boa, mas pela blasfêmia, porque, sendo tu homem, te fazes Deus a ti mesmo."
- Grego: περὶ καλου ἔργου οὐ λιθάζομέν σε ἀλλὰ περὶ βλασφημίας, καὶ ὅτι σὺ ἄνθρωπος ὢν ποιεῖς σεαυτὸν θεόν.
- Análise: A palavra "blasfêmia" (βλασφημία – blasphēmía) refere-se a qualquer fala ou ato considerado desonroso para com Deus. O verbo "fazes" (ποιεῖς – poieîs) carrega o sentido de "assumir" ou "atribuir a si mesmo".
- Contexto: Os judeus não estavam cegos para as obras de Jesus, mas estavam escandalizados com Sua reivindicação de ser Deus. Isso mostra que Jesus nunca foi visto apenas como um "mestre moral", mas alguém que afirmava Sua divindade.
📖 João 10:34
"Respondeu-lhes Jesus: Não está escrito na vossa lei: Eu disse: sois deuses?"
- Grego: οὐκ ἔστιν γεγραμμένον ἐν τῷ νόμῳ ὑμῶν ὅτι ἐγὼ εἶπα, θεοί ἐστε;
- Análise: Jesus cita o Salmo 82:6, onde "deuses" (θεοί – theoí) se refere a juízes ou líderes que exerciam autoridade delegada por Deus. O termo não sugere divindade plena, mas uma função representativa.
- Contexto: Jesus usa a própria Escritura para mostrar que o uso do termo "deuses" não era estranho aos judeus. Se homens podiam ser chamados assim por exercerem autoridade divina, quanto mais Ele, que é o próprio Filho de Deus.
📖 João 10:35
"Pois, se a lei chamou deuses àqueles a quem a palavra de Deus foi dirigida (e a Escritura não pode ser anulada)"
- Grego: εἰ ἐκείνους εἶπεν θεοὺς πρὸς οὓς ὁ λόγος τοῦ θεοῦ ἐγένετο, καὶ οὐ δύναται λυθῆναι ἡ γραφή
- Análise: O termo "anulada" (λυθῆναι – lythēnai) significa "romper, destruir". Jesus enfatiza a autoridade e a imutabilidade da Escritura, destacando que não pode ser contradita.
- Contexto: Ele argumenta que, se a Escritura chama certos homens de "deuses", não há blasfêmia em Ele afirmar ser o Filho de Deus, pois é o cumprimento da Palavra.
📖 João 10:36
"Àquele a quem o Pai santificou e enviou ao mundo, vós dizeis: Blasfemas, porque disse: Sou Filho de Deus?"
- Grego: ὃν ὁ Πατὴρ ἡγίασεν καὶ ἀπέστειλεν εἰς τὸν κόσμον, ὑμεῖς λέγετε ὅτι βλασφημεῖς, ὅτι εἶπον, Υἱὸς τοῦ Θεοῦ εἰμι;
- Análise: O verbo "santificou" (ἡγίασεν – hēgíasen) significa "separar para um propósito sagrado". Jesus é o enviado especial de Deus, separado para cumprir a missão redentora. O termo "Filho de Deus" (Υἱὸς τοῦ Θεοῦ – Huiòs toû Theoû) indica uma relação única de essência e natureza.
- Contexto: Jesus destaca que sua filiação não é figurativa, mas literal e eterna.
📖 João 10:37
"Se não faço as obras de meu Pai, não me acrediteis."
- Grego: εἰ οὐ ποιῶ τὰ ἔργα τοῦ Πατρός μου, μὴ πιστεύετέ μοι·
- Análise: O verbo "fazer" (ποιῶ – poiô) implica ação contínua. As "obras" (ἔργα – érga) de Jesus são evidências visíveis de Sua unidade com o Pai.
- Contexto: Jesus convida à análise racional: se suas obras não refletem o caráter de Deus, eles têm o direito de não crer. Sua fé deveria ser baseada em evidências concretas.
📖 João 10:38
"Mas, se as faço, e não credes em mim, crede nas obras, para que conheçais e acrediteis que o Pai está em mim, e eu, nele."
- Grego: εἰ δὲ ποιῶ, κἂν ἐμοὶ μὴ πιστεύητε, τοῖς ἔργοις πιστεύετε, ἵνα γνῶτε καὶ γινώσκητε ὅτι ἐν ἐμοὶ ὁ Πατήρ, κἀγὼ ἐν αὐτῷ.
- Análise: O verbo "conhecer" (γνῶτε – gnōte) refere-se a um conhecimento adquirido por experiência, enquanto "acreditar" (γινώσκητε – ginōskēte) denota um conhecimento contínuo e progressivo.
- Contexto: Mesmo que não acreditassem em Suas palavras, Jesus apela para que considerem as evidências de Suas obras, que revelam a unidade intrínseca entre Ele e o Pai.
✅ Conclusão Teológica
- Jesus faz declarações explícitas sobre Sua divindade e unidade com o Pai, usando argumentos racionais, teológicos e bíblicos.
- A reação dos judeus confirma que eles entenderam claramente Sua afirmação de ser Deus.
- Jesus não apenas declarou ser o Filho de Deus, mas apresentou Suas obras como evidências incontestáveis dessa verdade.
Essa passagem é fundamental para a doutrina da Trindade e a compreensão da natureza divina de Cristo.
Aqui está um comentário bíblico e teológico de João 10:30-38, com foco no contexto, análise das palavras em grego e aplicações teológicas.
📖 João 10:30
"Eu e o Pai somos um."
- Grego: ἐγὼ καὶ ὁ Πατὴρ ἕν ἐσμεν (Egṓ kaì ho Patḗr hén esmen)
- Análise: A palavra "um" (ἕν – hén) é neutra, indicando unidade de essência e natureza, não de pessoa. Isso refuta a ideia de subordinação e destaca a co-igualdade entre o Pai e o Filho. O verbo "somos" (ἐσμεν – esmen) está no plural, mostrando que, embora sejam um em essência, são distintos em pessoa.
- Contexto: Jesus está respondendo aos líderes judeus que questionavam sua autoridade. Esta declaração é uma das mais explícitas sobre Sua divindade.
📖 João 10:31
"Os judeus pegaram, então, outra vez, em pedras para o apedrejarem."
- Grego: Ἐβάστασαν πάλιν λίθους οἱ Ἰουδαῖοι ἵνα λιθάσωσιν αὐτόν (Ebástasan pálin líthous hoi Ioudaîoi hína lithásōsin autón)
- Análise: O verbo "pegaram" (ἐβάστασαν – ebástasan) implica um ato intencional e agressivo. "Apedrejar" (λιθάσωσιν – lithásōsin) era a punição para a blasfêmia, segundo Levítico 24:16.
- Contexto: A reação imediata dos judeus mostra que entenderam claramente que Jesus estava afirmando ser igual a Deus, o que consideravam blasfêmia.
📖 João 10:32
"Respondeu-lhes Jesus: Tenho-vos mostrado muitas obras boas procedentes de meu Pai; por qual dessas obras me apedrejais?"
- Grego: Πολλὰ ἔργα καλὰ ἔδειξα ὑμῖν ἐκ τοῦ Πατρός μου· διὰ ποῖον αὐτῶν ἔργον ἐμὲ λιθάζετε;
- Análise: O termo "obras boas" (ἔργα καλὰ – érga kalá) refere-se não apenas a milagres, mas a atos que revelam o caráter e a natureza de Deus. O verbo "mostrei" (ἔδειξα – édeixa) implica em uma revelação clara e visível.
- Contexto: Jesus desafia a lógica dos acusadores: se Suas obras são boas e procedem do Pai, por que o acusam? Ele está expondo a hipocrisia deles.
📖 João 10:33
"Os judeus responderam, dizendo-lhe: Não te apedrejamos por alguma obra boa, mas pela blasfêmia, porque, sendo tu homem, te fazes Deus a ti mesmo."
- Grego: περὶ καλου ἔργου οὐ λιθάζομέν σε ἀλλὰ περὶ βλασφημίας, καὶ ὅτι σὺ ἄνθρωπος ὢν ποιεῖς σεαυτὸν θεόν.
- Análise: A palavra "blasfêmia" (βλασφημία – blasphēmía) refere-se a qualquer fala ou ato considerado desonroso para com Deus. O verbo "fazes" (ποιεῖς – poieîs) carrega o sentido de "assumir" ou "atribuir a si mesmo".
- Contexto: Os judeus não estavam cegos para as obras de Jesus, mas estavam escandalizados com Sua reivindicação de ser Deus. Isso mostra que Jesus nunca foi visto apenas como um "mestre moral", mas alguém que afirmava Sua divindade.
📖 João 10:34
"Respondeu-lhes Jesus: Não está escrito na vossa lei: Eu disse: sois deuses?"
- Grego: οὐκ ἔστιν γεγραμμένον ἐν τῷ νόμῳ ὑμῶν ὅτι ἐγὼ εἶπα, θεοί ἐστε;
- Análise: Jesus cita o Salmo 82:6, onde "deuses" (θεοί – theoí) se refere a juízes ou líderes que exerciam autoridade delegada por Deus. O termo não sugere divindade plena, mas uma função representativa.
- Contexto: Jesus usa a própria Escritura para mostrar que o uso do termo "deuses" não era estranho aos judeus. Se homens podiam ser chamados assim por exercerem autoridade divina, quanto mais Ele, que é o próprio Filho de Deus.
📖 João 10:35
"Pois, se a lei chamou deuses àqueles a quem a palavra de Deus foi dirigida (e a Escritura não pode ser anulada)"
- Grego: εἰ ἐκείνους εἶπεν θεοὺς πρὸς οὓς ὁ λόγος τοῦ θεοῦ ἐγένετο, καὶ οὐ δύναται λυθῆναι ἡ γραφή
- Análise: O termo "anulada" (λυθῆναι – lythēnai) significa "romper, destruir". Jesus enfatiza a autoridade e a imutabilidade da Escritura, destacando que não pode ser contradita.
- Contexto: Ele argumenta que, se a Escritura chama certos homens de "deuses", não há blasfêmia em Ele afirmar ser o Filho de Deus, pois é o cumprimento da Palavra.
📖 João 10:36
"Àquele a quem o Pai santificou e enviou ao mundo, vós dizeis: Blasfemas, porque disse: Sou Filho de Deus?"
- Grego: ὃν ὁ Πατὴρ ἡγίασεν καὶ ἀπέστειλεν εἰς τὸν κόσμον, ὑμεῖς λέγετε ὅτι βλασφημεῖς, ὅτι εἶπον, Υἱὸς τοῦ Θεοῦ εἰμι;
- Análise: O verbo "santificou" (ἡγίασεν – hēgíasen) significa "separar para um propósito sagrado". Jesus é o enviado especial de Deus, separado para cumprir a missão redentora. O termo "Filho de Deus" (Υἱὸς τοῦ Θεοῦ – Huiòs toû Theoû) indica uma relação única de essência e natureza.
- Contexto: Jesus destaca que sua filiação não é figurativa, mas literal e eterna.
📖 João 10:37
"Se não faço as obras de meu Pai, não me acrediteis."
- Grego: εἰ οὐ ποιῶ τὰ ἔργα τοῦ Πατρός μου, μὴ πιστεύετέ μοι·
- Análise: O verbo "fazer" (ποιῶ – poiô) implica ação contínua. As "obras" (ἔργα – érga) de Jesus são evidências visíveis de Sua unidade com o Pai.
- Contexto: Jesus convida à análise racional: se suas obras não refletem o caráter de Deus, eles têm o direito de não crer. Sua fé deveria ser baseada em evidências concretas.
📖 João 10:38
"Mas, se as faço, e não credes em mim, crede nas obras, para que conheçais e acrediteis que o Pai está em mim, e eu, nele."
- Grego: εἰ δὲ ποιῶ, κἂν ἐμοὶ μὴ πιστεύητε, τοῖς ἔργοις πιστεύετε, ἵνα γνῶτε καὶ γινώσκητε ὅτι ἐν ἐμοὶ ὁ Πατήρ, κἀγὼ ἐν αὐτῷ.
- Análise: O verbo "conhecer" (γνῶτε – gnōte) refere-se a um conhecimento adquirido por experiência, enquanto "acreditar" (γινώσκητε – ginōskēte) denota um conhecimento contínuo e progressivo.
- Contexto: Mesmo que não acreditassem em Suas palavras, Jesus apela para que considerem as evidências de Suas obras, que revelam a unidade intrínseca entre Ele e o Pai.
✅ Conclusão Teológica
- Jesus faz declarações explícitas sobre Sua divindade e unidade com o Pai, usando argumentos racionais, teológicos e bíblicos.
- A reação dos judeus confirma que eles entenderam claramente Sua afirmação de ser Deus.
- Jesus não apenas declarou ser o Filho de Deus, mas apresentou Suas obras como evidências incontestáveis dessa verdade.
Essa passagem é fundamental para a doutrina da Trindade e a compreensão da natureza divina de Cristo.
PLANO DE AULA
INTRODUÇÃO
Essa porção bíblica do Evangelho de João é uma das mais contundentes em mostrar que o Filho é igual ao Pai. Afirmar que Jesus é o Filho de Deus, mas não o próprio Deus, é uma contradição em si mesma. O embate de Jesus com os religiosos do templo de Jerusalém revela essa verdade. É isso que a presente lição pretende mostrar e explicar com sólidos fundamentos escriturísticos.
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
A introdução apresentada destaca um tema central da cristologia joanina: a igualdade entre o Filho e o Pai, que é um dos pilares da doutrina da Trindade. O Evangelho de João, especialmente em passagens como João 5:17-18, João 10:30-33 e João 14:9-11, é explícito ao afirmar essa unidade essencial entre Jesus e o Pai.
Comentário Bíblico e Teológico:
- A Igualdade do Filho com o Pai (João 5:17-18):Jesus declara: “Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também” (Jo 5:17). Os judeus entenderam imediatamente o significado dessa afirmação, pois o texto diz que eles procuravam matá-lo não só por violar o sábado, mas “porque dizia que Deus era seu próprio Pai, fazendo-se igual a Deus” (Jo 5:18). O termo grego usado para "igual" é "ἴσος" (isos), que implica igualdade plena em essência e natureza.
- Unidade Essencial (João 10:30):Jesus afirma: “Eu e o Pai somos um.” O termo grego "ἕν" (hen) indica uma unidade de essência, não apenas uma concordância de propósito. Os líderes judeus entenderam isso como blasfêmia porque Ele, sendo homem, “se fazia Deus” (Jo 10:33). Isso mostra que Jesus não estava apenas reivindicando uma relação íntima com Deus, mas afirmando Sua divindade.
- Revelação do Pai através do Filho (João 14:9-11):Jesus diz a Filipe: “Quem me vê a mim vê o Pai.” Essa declaração ecoa a ideia de que Jesus é a exata expressão do ser de Deus, como Hebreus 1:3 afirma: “Ele, que é o resplendor da glória e a expressão exata do seu ser.” O termo grego para “expressão exata” é "χαρακτήρ" (charaktēr), que significa a representação perfeita da essência de algo.
Fundamentação Doutrinária:
A doutrina da Trindade, que afirma que o Pai, o Filho e o Espírito Santo são três pessoas distintas, mas de uma mesma essência, é solidificada por essas passagens. O Concílio de Niceia (325 d.C.) reafirmou essa verdade contra o arianismo, que negava a divindade de Cristo. O Credo Niceno proclama que Jesus é “Deus de Deus, Luz da Luz, Deus verdadeiro de Deus verdadeiro, gerado, não criado, consubstancial ao Pai.”
Opiniões de Autores Cristãos:
- Agostinho de Hipona, em “A Trindade”, argumenta que o relacionamento entre o Pai e o Filho é eterno e que o Filho é coeterno e consubstancial com o Pai.
- Wayne Grudem, em “Teologia Sistemática”, destaca que João apresenta Jesus como o Verbo eterno que estava com Deus e era Deus (Jo 1:1), enfatizando Sua preexistência e divindade.
- F. F. Bruce, em “O Evangelho de João”, explica que a reação dos líderes judeus às declarações de Jesus confirma que Ele não estava sendo metafórico, mas literal em Suas afirmações sobre Sua identidade divina.
Aplicação Prática:
Compreender e crer na divindade de Cristo não é apenas uma questão teológica, mas fundamental para a fé cristã. Jesus não é apenas um mestre moral ou um profeta; Ele é Deus encarnado (Jo 1:14). Isso tem implicações diretas para a salvação, pois somente um Deus infinito poderia oferecer um sacrifício suficiente para redimir a humanidade (Hb 9:12).
A introdução apresentada destaca um tema central da cristologia joanina: a igualdade entre o Filho e o Pai, que é um dos pilares da doutrina da Trindade. O Evangelho de João, especialmente em passagens como João 5:17-18, João 10:30-33 e João 14:9-11, é explícito ao afirmar essa unidade essencial entre Jesus e o Pai.
Comentário Bíblico e Teológico:
- A Igualdade do Filho com o Pai (João 5:17-18):Jesus declara: “Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também” (Jo 5:17). Os judeus entenderam imediatamente o significado dessa afirmação, pois o texto diz que eles procuravam matá-lo não só por violar o sábado, mas “porque dizia que Deus era seu próprio Pai, fazendo-se igual a Deus” (Jo 5:18). O termo grego usado para "igual" é "ἴσος" (isos), que implica igualdade plena em essência e natureza.
- Unidade Essencial (João 10:30):Jesus afirma: “Eu e o Pai somos um.” O termo grego "ἕν" (hen) indica uma unidade de essência, não apenas uma concordância de propósito. Os líderes judeus entenderam isso como blasfêmia porque Ele, sendo homem, “se fazia Deus” (Jo 10:33). Isso mostra que Jesus não estava apenas reivindicando uma relação íntima com Deus, mas afirmando Sua divindade.
- Revelação do Pai através do Filho (João 14:9-11):Jesus diz a Filipe: “Quem me vê a mim vê o Pai.” Essa declaração ecoa a ideia de que Jesus é a exata expressão do ser de Deus, como Hebreus 1:3 afirma: “Ele, que é o resplendor da glória e a expressão exata do seu ser.” O termo grego para “expressão exata” é "χαρακτήρ" (charaktēr), que significa a representação perfeita da essência de algo.
Fundamentação Doutrinária:
A doutrina da Trindade, que afirma que o Pai, o Filho e o Espírito Santo são três pessoas distintas, mas de uma mesma essência, é solidificada por essas passagens. O Concílio de Niceia (325 d.C.) reafirmou essa verdade contra o arianismo, que negava a divindade de Cristo. O Credo Niceno proclama que Jesus é “Deus de Deus, Luz da Luz, Deus verdadeiro de Deus verdadeiro, gerado, não criado, consubstancial ao Pai.”
Opiniões de Autores Cristãos:
- Agostinho de Hipona, em “A Trindade”, argumenta que o relacionamento entre o Pai e o Filho é eterno e que o Filho é coeterno e consubstancial com o Pai.
- Wayne Grudem, em “Teologia Sistemática”, destaca que João apresenta Jesus como o Verbo eterno que estava com Deus e era Deus (Jo 1:1), enfatizando Sua preexistência e divindade.
- F. F. Bruce, em “O Evangelho de João”, explica que a reação dos líderes judeus às declarações de Jesus confirma que Ele não estava sendo metafórico, mas literal em Suas afirmações sobre Sua identidade divina.
Aplicação Prática:
Compreender e crer na divindade de Cristo não é apenas uma questão teológica, mas fundamental para a fé cristã. Jesus não é apenas um mestre moral ou um profeta; Ele é Deus encarnado (Jo 1:14). Isso tem implicações diretas para a salvação, pois somente um Deus infinito poderia oferecer um sacrifício suficiente para redimir a humanidade (Hb 9:12).
Palavra-Chave: Unidade
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
1. Etimologia da Palavra "Unidade"
- No Antigo Testamento (Hebraico):
A palavra mais comum para "unidade" é "אֶחָד" (echad), que significa um, único, unido. Ela aparece, por exemplo, em Deuteronômio 6:4:
“Ouve, Israel, o Senhor nosso Deus é o Senhor um (echad).”
O termo echad sugere uma unidade composta, ou seja, uma unidade que pode incluir diversidade. Isso é fundamental para a teologia da Trindade, pois Deus é um em essência, mas plural em pessoas (Pai, Filho e Espírito Santo). - No Novo Testamento (Grego):
O termo grego para unidade é "ἕν" (hen), que significa um no sentido de algo indivisível. Em João 17:21, Jesus ora:
“Para que todos sejam um (hen), como tu, ó Pai, o és em mim, e eu em ti.”
Aqui, hen expressa uma unidade espiritual e relacional profunda, não apenas uma uniformidade externa.
2. Unidade na Perspectiva Bíblica
- Unidade de Deus:
O monoteísmo bíblico é afirmado em Deuteronômio 6:4, mas a revelação progressiva das Escrituras mostra essa unidade em pluralidade (Gn 1:26; Mt 28:19). - Unidade da Igreja:
Em Efésios 4:3-6, Paulo exorta a Igreja a manter “a unidade do Espírito no vínculo da paz”. Ele destaca sete elementos que refletem essa unidade: um só corpo, um só Espírito, uma só esperança, um só Senhor, uma só fé, um só batismo, um só Deus e Pai de todos. - Unidade em Cristo:
Jesus ora pela unidade dos crentes em João 17:21-23, desejando que sua união reflita a unidade entre Ele e o Pai. Isso é mais do que um acordo doutrinário; trata-se de uma comunhão espiritual baseada no amor divino.
3. Perspectivas de Diversas Religiões
- Cristianismo:
A unidade é central, especialmente na doutrina da Trindade e na comunhão dos santos. A unidade da Igreja é vista como reflexo da unidade do Deus triúno (Jo 17:21). - Judaísmo:
O judaísmo enfatiza o monoteísmo absoluto (Deut 6:4), entendendo echad como um Deus indivisível, sem pluralidade de pessoas. - Islamismo:
O Islã promove o conceito de tawhid, a unicidade absoluta de Alá. Para o Islã, qualquer forma de pluralidade na essência de Deus (como a Trindade) é considerada shirk (associação). - Hinduísmo:
O hinduísmo apresenta uma unidade cósmica através do conceito de Brahman, a realidade última, da qual todas as coisas emanam. No entanto, essa unidade é panteísta, diferindo da concepção cristã. - Budismo:
O budismo não foca em um Deus pessoal, mas busca a unidade interior através da iluminação e da dissolução do ego.
4. Apologia Cristã sobre a Unidade
O cristianismo defende que a verdadeira unidade só é possível através da reconciliação com Deus em Cristo (2 Coríntios 5:18-19). A Trindade não é uma contradição lógica, mas uma expressão da complexidade da natureza divina: um Deus em essência, três em pessoa. O amor perfeito entre o Pai, o Filho e o Espírito Santo é o fundamento da unidade cristã.
Argumentos apologéticos:
- Racionalidade da Trindade: A unidade composta é uma realidade em muitas esferas da existência (um time com vários membros, um corpo com muitos órgãos).
- Unidade e Diversidade: O cristianismo explica a harmonia entre unidade e diversidade, tanto na natureza de Deus quanto na Igreja (1 Coríntios 12:12).
5. Opiniões de Autores Cristãos
- Agostinho de Hipona, em “A Trindade”, destaca que a unidade de Deus é refletida no amor entre as três Pessoas divinas.
- C. S. Lewis, em “Cristianismo Puro e Simples”, explica que a Trindade não é um problema lógico, mas uma realidade que ultrapassa nossa experiência tridimensional.
- Wayne Grudem, em “Teologia Sistemática”, afirma que a unidade da Igreja é tanto um dom quanto uma responsabilidade, baseada na unidade do Espírito Santo.
6. Referências Bíblicas Importantes
- Unidade de Deus: Deuteronômio 6:4; Isaías 45:5
- Unidade na Igreja: João 17:21-23; Efésios 4:3-6; 1 Coríntios 12:12-13
- Unidade na Trindade: Mateus 28:19; 2 Coríntios 13:13
1. Etimologia da Palavra "Unidade"
- No Antigo Testamento (Hebraico):
A palavra mais comum para "unidade" é "אֶחָד" (echad), que significa um, único, unido. Ela aparece, por exemplo, em Deuteronômio 6:4:
“Ouve, Israel, o Senhor nosso Deus é o Senhor um (echad).”
O termo echad sugere uma unidade composta, ou seja, uma unidade que pode incluir diversidade. Isso é fundamental para a teologia da Trindade, pois Deus é um em essência, mas plural em pessoas (Pai, Filho e Espírito Santo). - No Novo Testamento (Grego):
O termo grego para unidade é "ἕν" (hen), que significa um no sentido de algo indivisível. Em João 17:21, Jesus ora:
“Para que todos sejam um (hen), como tu, ó Pai, o és em mim, e eu em ti.”
Aqui, hen expressa uma unidade espiritual e relacional profunda, não apenas uma uniformidade externa.
2. Unidade na Perspectiva Bíblica
- Unidade de Deus:
O monoteísmo bíblico é afirmado em Deuteronômio 6:4, mas a revelação progressiva das Escrituras mostra essa unidade em pluralidade (Gn 1:26; Mt 28:19). - Unidade da Igreja:
Em Efésios 4:3-6, Paulo exorta a Igreja a manter “a unidade do Espírito no vínculo da paz”. Ele destaca sete elementos que refletem essa unidade: um só corpo, um só Espírito, uma só esperança, um só Senhor, uma só fé, um só batismo, um só Deus e Pai de todos. - Unidade em Cristo:
Jesus ora pela unidade dos crentes em João 17:21-23, desejando que sua união reflita a unidade entre Ele e o Pai. Isso é mais do que um acordo doutrinário; trata-se de uma comunhão espiritual baseada no amor divino.
3. Perspectivas de Diversas Religiões
- Cristianismo:
A unidade é central, especialmente na doutrina da Trindade e na comunhão dos santos. A unidade da Igreja é vista como reflexo da unidade do Deus triúno (Jo 17:21). - Judaísmo:
O judaísmo enfatiza o monoteísmo absoluto (Deut 6:4), entendendo echad como um Deus indivisível, sem pluralidade de pessoas. - Islamismo:
O Islã promove o conceito de tawhid, a unicidade absoluta de Alá. Para o Islã, qualquer forma de pluralidade na essência de Deus (como a Trindade) é considerada shirk (associação). - Hinduísmo:
O hinduísmo apresenta uma unidade cósmica através do conceito de Brahman, a realidade última, da qual todas as coisas emanam. No entanto, essa unidade é panteísta, diferindo da concepção cristã. - Budismo:
O budismo não foca em um Deus pessoal, mas busca a unidade interior através da iluminação e da dissolução do ego.
4. Apologia Cristã sobre a Unidade
O cristianismo defende que a verdadeira unidade só é possível através da reconciliação com Deus em Cristo (2 Coríntios 5:18-19). A Trindade não é uma contradição lógica, mas uma expressão da complexidade da natureza divina: um Deus em essência, três em pessoa. O amor perfeito entre o Pai, o Filho e o Espírito Santo é o fundamento da unidade cristã.
Argumentos apologéticos:
- Racionalidade da Trindade: A unidade composta é uma realidade em muitas esferas da existência (um time com vários membros, um corpo com muitos órgãos).
- Unidade e Diversidade: O cristianismo explica a harmonia entre unidade e diversidade, tanto na natureza de Deus quanto na Igreja (1 Coríntios 12:12).
5. Opiniões de Autores Cristãos
- Agostinho de Hipona, em “A Trindade”, destaca que a unidade de Deus é refletida no amor entre as três Pessoas divinas.
- C. S. Lewis, em “Cristianismo Puro e Simples”, explica que a Trindade não é um problema lógico, mas uma realidade que ultrapassa nossa experiência tridimensional.
- Wayne Grudem, em “Teologia Sistemática”, afirma que a unidade da Igreja é tanto um dom quanto uma responsabilidade, baseada na unidade do Espírito Santo.
6. Referências Bíblicas Importantes
- Unidade de Deus: Deuteronômio 6:4; Isaías 45:5
- Unidade na Igreja: João 17:21-23; Efésios 4:3-6; 1 Coríntios 12:12-13
- Unidade na Trindade: Mateus 28:19; 2 Coríntios 13:13
I – A DOUTRINA BÍBLICA DA RELAÇÃO DO FILHO COM O PAI
1- Ideia de filho. O conceito de filho no pensamento judaico implica a igualdade com o pai (Mt 23.29-31). Uma das ideias de filho na Bíblia é a identidade de natureza, isso pode ser visto no paralelismo poético do salmista: “que é o homem mortal para que te lembres dele? E o filho do homem, para que o visites?” (Sl 8.4). Esse paralelismo é sinonímico em que o poeta diz algo e em seguida repete esse pensamento em outras palavras. A ideia de “homem mortal” é repetida em “filho do homem”. Outro exemplo encontramos nas palavras de Jesus: “Assim, vós mesmos testificais que sois filhos dos que mataram os profetas” (Mt 23.31). Isso porque os escribas e fariseus consideravam os matadores dos profetas como seus pais (Mt 23.29,30).
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
A Doutrina da Relação do Filho com o Pai
1. Ideia de Filho no Pensamento Judaico
No contexto judaico, o termo "filho" (בֵּן - ben em hebraico; υἱός - huios em grego) carrega um significado muito mais profundo do que apenas descendência biológica. Ele está associado à ideia de identidade de natureza, continuidade de caráter e, em muitos casos, igualdade em essência com o pai.
Exemplos Bíblicos:
- Mateus 23:29-31:
“Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Pois edificais os sepulcros dos profetas e adornais os monumentos dos justos, e dizeis: Se tivéssemos vivido nos dias de nossos pais, não teríamos sido seus cúmplices no sangue dos profetas. Assim, vós mesmos testificais que sois filhos dos que mataram os profetas.”
Aqui, Jesus usa o termo "filhos dos que mataram os profetas" para indicar identificação moral e espiritual. Eles eram "filhos" não por descendência direta, mas por compartilhar da mesma atitude e comportamento de seus antecessores. Isso demonstra que, no pensamento judaico, ser "filho" é também uma questão de afinidade de caráter. - Salmo 8:4:
“Que é o homem mortal para que te lembres dele? E o filho do homem, para que o visites?”
O paralelismo poético hebraico destaca a relação entre “homem mortal” e “filho do homem”, mostrando que ambos os termos expressam a mesma ideia: a fragilidade da humanidade em contraste com a grandeza de Deus. Aqui, ser "filho do homem" significa compartilhar da mesma essência da humanidade.
2. O Significado Teológico da Filiação de Jesus
Quando o Novo Testamento declara que Jesus é o "Filho de Deus", essa expressão vai muito além de uma simples designação de relação afetiva ou de criação. Trata-se de uma declaração de igualdade ontológica com o Pai, o que era claramente entendido pelos líderes religiosos da época, tanto que consideraram isso um motivo para acusá-lo de blasfêmia (João 5:18).
- João 5:18:
“Por isso, pois, os judeus ainda mais procuravam matá-lo, porque não somente violava o sábado, mas também dizia que Deus era seu próprio Pai, fazendo-se igual a Deus.”
O uso de "Filho" aqui implica uma unidade de essência e natureza com o Pai. Jesus não era apenas um representante de Deus ou um profeta; Ele era (e é) da mesma substância divina (homoousios, conforme definido no Concílio de Nicéia em 325 d.C.).
3. Opiniões de Teólogos Cristãos
- Agostinho de Hipona (A Trindade):
Agostinho argumenta que a filiação de Cristo não é como a filiação humana. Enquanto os filhos humanos se tornam separados de seus pais ao crescerem, o Filho de Deus permanece eternamente unido ao Pai, compartilhando da mesma essência divina. - Wayne Grudem (Teologia Sistemática):
Grudem destaca que o termo "Filho" no contexto da Trindade refere-se a um relacionamento eterno entre o Pai e o Filho, não a um início no tempo. O Filho é eternamente gerado, o que significa que Ele sempre existiu em relação com o Pai. - C. S. Lewis (Cristianismo Puro e Simples):
Lewis usa uma analogia simples: "Um ser humano gera outro ser humano. Deus gera Deus." Ele explica que Jesus não foi criado, mas gerado eternamente, o que significa que Ele sempre existiu como Filho, coeterno com o Pai.
4. Referências Bíblicas Complementares
- João 1:1-3, 14:
“No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus... E o Verbo se fez carne e habitou entre nós.”
Isso mostra a eternidade e divindade do Filho antes da encarnação. - Filipenses 2:6:
“O qual, existindo na forma de Deus, não considerou o ser igual a Deus algo a que devesse apegar-se.”
Paulo afirma que Jesus possuía igualdade com Deus, confirmando sua divindade. - Colossenses 1:15-17:
“Ele é a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação; pois nele foram criadas todas as coisas.”
O termo primogênito aqui (gr. prototokos) não significa que Ele foi criado, mas sim que Ele é o herdeiro e supremo sobre toda a criação.
5. Conclusão Teológica
A doutrina bíblica da relação do Filho com o Pai revela um mistério profundo: o Filho é eternamente gerado, não criado, compartilhando da mesma essência divina do Pai. No pensamento judaico, ser "filho" não é apenas uma questão biológica, mas uma expressão de identidade de natureza e caráter. Aplicado a Jesus, isso significa que Ele é verdadeiramente Deus e verdadeiramente homem, igual ao Pai em divindade, mas distinto em pessoa.
Essa doutrina é central para a fé cristã, pois o reconhecimento de Jesus como o Filho de Deus não é apenas uma confissão teológica, mas a base da nossa salvação (João 20:31).
A Doutrina da Relação do Filho com o Pai
1. Ideia de Filho no Pensamento Judaico
No contexto judaico, o termo "filho" (בֵּן - ben em hebraico; υἱός - huios em grego) carrega um significado muito mais profundo do que apenas descendência biológica. Ele está associado à ideia de identidade de natureza, continuidade de caráter e, em muitos casos, igualdade em essência com o pai.
Exemplos Bíblicos:
- Mateus 23:29-31:
“Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Pois edificais os sepulcros dos profetas e adornais os monumentos dos justos, e dizeis: Se tivéssemos vivido nos dias de nossos pais, não teríamos sido seus cúmplices no sangue dos profetas. Assim, vós mesmos testificais que sois filhos dos que mataram os profetas.”
Aqui, Jesus usa o termo "filhos dos que mataram os profetas" para indicar identificação moral e espiritual. Eles eram "filhos" não por descendência direta, mas por compartilhar da mesma atitude e comportamento de seus antecessores. Isso demonstra que, no pensamento judaico, ser "filho" é também uma questão de afinidade de caráter. - Salmo 8:4:
“Que é o homem mortal para que te lembres dele? E o filho do homem, para que o visites?”
O paralelismo poético hebraico destaca a relação entre “homem mortal” e “filho do homem”, mostrando que ambos os termos expressam a mesma ideia: a fragilidade da humanidade em contraste com a grandeza de Deus. Aqui, ser "filho do homem" significa compartilhar da mesma essência da humanidade.
2. O Significado Teológico da Filiação de Jesus
Quando o Novo Testamento declara que Jesus é o "Filho de Deus", essa expressão vai muito além de uma simples designação de relação afetiva ou de criação. Trata-se de uma declaração de igualdade ontológica com o Pai, o que era claramente entendido pelos líderes religiosos da época, tanto que consideraram isso um motivo para acusá-lo de blasfêmia (João 5:18).
- João 5:18:
“Por isso, pois, os judeus ainda mais procuravam matá-lo, porque não somente violava o sábado, mas também dizia que Deus era seu próprio Pai, fazendo-se igual a Deus.”
O uso de "Filho" aqui implica uma unidade de essência e natureza com o Pai. Jesus não era apenas um representante de Deus ou um profeta; Ele era (e é) da mesma substância divina (homoousios, conforme definido no Concílio de Nicéia em 325 d.C.).
3. Opiniões de Teólogos Cristãos
- Agostinho de Hipona (A Trindade):
Agostinho argumenta que a filiação de Cristo não é como a filiação humana. Enquanto os filhos humanos se tornam separados de seus pais ao crescerem, o Filho de Deus permanece eternamente unido ao Pai, compartilhando da mesma essência divina. - Wayne Grudem (Teologia Sistemática):
Grudem destaca que o termo "Filho" no contexto da Trindade refere-se a um relacionamento eterno entre o Pai e o Filho, não a um início no tempo. O Filho é eternamente gerado, o que significa que Ele sempre existiu em relação com o Pai. - C. S. Lewis (Cristianismo Puro e Simples):
Lewis usa uma analogia simples: "Um ser humano gera outro ser humano. Deus gera Deus." Ele explica que Jesus não foi criado, mas gerado eternamente, o que significa que Ele sempre existiu como Filho, coeterno com o Pai.
4. Referências Bíblicas Complementares
- João 1:1-3, 14:
“No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus... E o Verbo se fez carne e habitou entre nós.”
Isso mostra a eternidade e divindade do Filho antes da encarnação. - Filipenses 2:6:
“O qual, existindo na forma de Deus, não considerou o ser igual a Deus algo a que devesse apegar-se.”
Paulo afirma que Jesus possuía igualdade com Deus, confirmando sua divindade. - Colossenses 1:15-17:
“Ele é a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação; pois nele foram criadas todas as coisas.”
O termo primogênito aqui (gr. prototokos) não significa que Ele foi criado, mas sim que Ele é o herdeiro e supremo sobre toda a criação.
5. Conclusão Teológica
A doutrina bíblica da relação do Filho com o Pai revela um mistério profundo: o Filho é eternamente gerado, não criado, compartilhando da mesma essência divina do Pai. No pensamento judaico, ser "filho" não é apenas uma questão biológica, mas uma expressão de identidade de natureza e caráter. Aplicado a Jesus, isso significa que Ele é verdadeiramente Deus e verdadeiramente homem, igual ao Pai em divindade, mas distinto em pessoa.
Essa doutrina é central para a fé cristã, pois o reconhecimento de Jesus como o Filho de Deus não é apenas uma confissão teológica, mas a base da nossa salvação (João 20:31).
2- Significado teológico. Indica igualdade de natureza, ou seja, mesma substância. É o que acontece com Jesus, Ele é chamado Filho de Deus no Novo Testamento porque Ele é Deus e veio de Deus. Jesus mesmo disse: “eu saí e vim de Deus” (Jo 8.42); “Saí do Pai e vim ao mundo; outra vez, deixo o mundo e vou para o Pai” (Jo 16.28). Quando Jesus declarou: “Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também” (Jo 5.17), estava declarando que Deus é seu Pai; no entanto, os seus interlocutores entendem com clareza meridiana que Jesus estava reafirmando a sua deidade, pois: “dizia que Deus era seu próprio Pai, fazendo-se igual a Deus” (Jo 5.18).
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
O Significado Teológico da Filiação de Jesus
A filiação de Jesus no Novo Testamento está profundamente relacionada à sua igualdade de natureza com o Pai. Esse conceito de filiação não envolve apenas uma relação de filho e pai no sentido comum de descendência, mas revela uma identidade de essência, indicando que Jesus é verdadeiramente Deus e possui a mesma substância divina que o Pai. Esse entendimento está centralizado nas palavras de Jesus, como aquelas mencionadas em João 8:42 e João 16:28, que implicam na sua origem divina e na sua união com o Pai.
1. João 8:42 - "Eu saí e vim de Deus"
Em João 8:42, Jesus declara:"Se Deus fosse o vosso Pai, certamente me amarias, porque eu saí e vim de Deus; não vim de mim mesmo, mas Ele me enviou."Nesta passagem, Jesus afirma explicitamente que Ele veio de Deus, o que implica não apenas uma origem divina, mas também uma unidade com Deus. O verbo "sair" (do grego exerchomai) sugere uma origem única e direta do Pai. Não é uma saída no sentido físico, mas uma relação de origem eterna com o Pai, indicando que Ele é gerado do Pai, mas sem um início no tempo, conforme a teologia cristã ortodoxa sobre a Trindade.
Essa revelação de origem divina também é um indício de sua divindade eterna, pois, se Jesus vem de Deus, Ele não é criado, mas procede do Pai de maneira eterna, como expresso na doutrina da geração eterna do Filho.
Teólogos Cristãos sobre João 8:42:
- Agostinho de Hipona (A Trindade):Agostinho interpreta essa passagem como uma evidência da unidade eterna do Filho com o Pai. Para ele, Jesus não apenas se refere à sua origem temporal, mas à sua unidade eterna com Deus, sem a qual Ele não poderia afirmar que veio de Deus.
- Wayne Grudem (Teologia Sistemática):Grudem explica que, ao afirmar que saiu de Deus, Jesus afirma sua preexistência e união eterna com o Pai, o que refuta qualquer tentativa de entender Jesus como um ser criado ou inferior ao Pai.
2. João 16:28 - "Saí do Pai e vim ao mundo"
Jesus afirma em João 16:28:"Saí do Pai e vim ao mundo; outra vez, deixo o mundo e vou para o Pai."Essa declaração de Jesus mais uma vez confirma sua origem divina e sua missão no mundo. Ao dizer que "saí do Pai", Ele reforça sua união de essência com Deus, pois a origem do Filho é intrínseca à natureza divina do Pai. O fato de Ele também dizer "vou para o Pai" indica sua volta à glória eterna, completando o círculo de sua identidade divina e sua missão redentora no mundo.
Aqui, Jesus deixa claro que a salvação e a obra de redenção que Ele realiza estão fundamentadas na sua união e igualdade com o Pai, e a volta ao Pai é um retorno à sua plena comunhão e glória divina. Esse retorno ao Pai é essencial para a compreensão da Trindade, pois não só revela a obra do Filho, mas também o relacionamento eterno com o Pai.
3. João 5:17-18 - "Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também"
Em João 5:17-18, Jesus diz:"Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também."Essa afirmação de Jesus sobre a ação contínua de Deus no mundo não foi entendida como uma mera alegação de atividade divina, mas como uma declaração direta de sua identidade e igualdade com o Pai. Para os ouvintes judeus de Jesus, essa declaração foi uma clara afirmação de que Ele se fazia igual a Deus, o que provocou a reação de tentativa de apedrejamento. No versículo 18, vemos que "dizia que Deus era seu próprio Pai, fazendo-se igual a Deus".
A ideia de "trabalhar" aqui sugere uma ação contínua e ininterrupta, o que implica na autoridade e capacidade de Deus para realizar obras no mundo. O Filho, ao afirmar que Ele também trabalha assim como o Pai, está declarando sua igualdade de natureza e autoridade com Deus. Para os judeus, essa declaração de igualdade com Deus foi considerada uma blasfêmia, pois Jesus estava afirmando, implicitamente, que Ele tinha os mesmos direitos e prerrogativas de Deus Pai.
Opiniões de Teólogos Cristãos sobre João 5:18:
- John Stott (A Cruz de Cristo):Stott argumenta que, ao afirmar que o Pai trabalha até agora, Jesus demonstra sua identidade como Filho de Deus, o que é crucial para a compreensão da redenção. O trabalho de Jesus, ao lado do Pai, indica que Ele não está agindo de maneira separada, mas em perfeita união com a vontade do Pai.
- R. C. Sproul (A Doutrina da Trindade):Sproul enfatiza que a igualdade de Jesus com o Pai é um ponto crucial para a teologia da Trindade. A declaração de que Jesus "trabalha" com o Pai é uma afirmação de que Ele não é subordinado ao Pai de forma essencial, mas que ambos compartilham da mesma autoridade divina.
4. Conclusão Teológica: A Igualdade de Jesus com o Pai
As passagens de João 8:42, João 16:28 e João 5:17-18 revelam uma doutrina essencial para a teologia cristã: a igualdade de natureza entre o Filho e o Pai. Jesus não é apenas um enviado de Deus ou um profeta, mas é de essência divina, compartilhando com o Pai a mesma substância e a mesma autoridade. Isso é central para a fé cristã, pois a salvação oferecida em Cristo está enraizada na unidade e igualdade de sua natureza divina com a do Pai. Jesus, como Filho de Deus, é plenamente Deus, e sua obra redentora no mundo é feita com autoridade e poder divinos.
Essa doutrina é também um pilar da apologética cristã, pois defende que Jesus não pode ser simplesmente considerado um ser humano extraordinário ou um grande mestre moral. Ele é o Deus encarnado, que veio ao mundo para cumprir a missão divina de salvação e reconciliação.
O Significado Teológico da Filiação de Jesus
A filiação de Jesus no Novo Testamento está profundamente relacionada à sua igualdade de natureza com o Pai. Esse conceito de filiação não envolve apenas uma relação de filho e pai no sentido comum de descendência, mas revela uma identidade de essência, indicando que Jesus é verdadeiramente Deus e possui a mesma substância divina que o Pai. Esse entendimento está centralizado nas palavras de Jesus, como aquelas mencionadas em João 8:42 e João 16:28, que implicam na sua origem divina e na sua união com o Pai.
1. João 8:42 - "Eu saí e vim de Deus"
Nesta passagem, Jesus afirma explicitamente que Ele veio de Deus, o que implica não apenas uma origem divina, mas também uma unidade com Deus. O verbo "sair" (do grego exerchomai) sugere uma origem única e direta do Pai. Não é uma saída no sentido físico, mas uma relação de origem eterna com o Pai, indicando que Ele é gerado do Pai, mas sem um início no tempo, conforme a teologia cristã ortodoxa sobre a Trindade.
Essa revelação de origem divina também é um indício de sua divindade eterna, pois, se Jesus vem de Deus, Ele não é criado, mas procede do Pai de maneira eterna, como expresso na doutrina da geração eterna do Filho.
Teólogos Cristãos sobre João 8:42:
- Agostinho de Hipona (A Trindade):Agostinho interpreta essa passagem como uma evidência da unidade eterna do Filho com o Pai. Para ele, Jesus não apenas se refere à sua origem temporal, mas à sua unidade eterna com Deus, sem a qual Ele não poderia afirmar que veio de Deus.
- Wayne Grudem (Teologia Sistemática):Grudem explica que, ao afirmar que saiu de Deus, Jesus afirma sua preexistência e união eterna com o Pai, o que refuta qualquer tentativa de entender Jesus como um ser criado ou inferior ao Pai.
2. João 16:28 - "Saí do Pai e vim ao mundo"
Essa declaração de Jesus mais uma vez confirma sua origem divina e sua missão no mundo. Ao dizer que "saí do Pai", Ele reforça sua união de essência com Deus, pois a origem do Filho é intrínseca à natureza divina do Pai. O fato de Ele também dizer "vou para o Pai" indica sua volta à glória eterna, completando o círculo de sua identidade divina e sua missão redentora no mundo.
Aqui, Jesus deixa claro que a salvação e a obra de redenção que Ele realiza estão fundamentadas na sua união e igualdade com o Pai, e a volta ao Pai é um retorno à sua plena comunhão e glória divina. Esse retorno ao Pai é essencial para a compreensão da Trindade, pois não só revela a obra do Filho, mas também o relacionamento eterno com o Pai.
3. João 5:17-18 - "Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também"
Essa afirmação de Jesus sobre a ação contínua de Deus no mundo não foi entendida como uma mera alegação de atividade divina, mas como uma declaração direta de sua identidade e igualdade com o Pai. Para os ouvintes judeus de Jesus, essa declaração foi uma clara afirmação de que Ele se fazia igual a Deus, o que provocou a reação de tentativa de apedrejamento. No versículo 18, vemos que "dizia que Deus era seu próprio Pai, fazendo-se igual a Deus".
A ideia de "trabalhar" aqui sugere uma ação contínua e ininterrupta, o que implica na autoridade e capacidade de Deus para realizar obras no mundo. O Filho, ao afirmar que Ele também trabalha assim como o Pai, está declarando sua igualdade de natureza e autoridade com Deus. Para os judeus, essa declaração de igualdade com Deus foi considerada uma blasfêmia, pois Jesus estava afirmando, implicitamente, que Ele tinha os mesmos direitos e prerrogativas de Deus Pai.
Opiniões de Teólogos Cristãos sobre João 5:18:
- John Stott (A Cruz de Cristo):Stott argumenta que, ao afirmar que o Pai trabalha até agora, Jesus demonstra sua identidade como Filho de Deus, o que é crucial para a compreensão da redenção. O trabalho de Jesus, ao lado do Pai, indica que Ele não está agindo de maneira separada, mas em perfeita união com a vontade do Pai.
- R. C. Sproul (A Doutrina da Trindade):Sproul enfatiza que a igualdade de Jesus com o Pai é um ponto crucial para a teologia da Trindade. A declaração de que Jesus "trabalha" com o Pai é uma afirmação de que Ele não é subordinado ao Pai de forma essencial, mas que ambos compartilham da mesma autoridade divina.
4. Conclusão Teológica: A Igualdade de Jesus com o Pai
As passagens de João 8:42, João 16:28 e João 5:17-18 revelam uma doutrina essencial para a teologia cristã: a igualdade de natureza entre o Filho e o Pai. Jesus não é apenas um enviado de Deus ou um profeta, mas é de essência divina, compartilhando com o Pai a mesma substância e a mesma autoridade. Isso é central para a fé cristã, pois a salvação oferecida em Cristo está enraizada na unidade e igualdade de sua natureza divina com a do Pai. Jesus, como Filho de Deus, é plenamente Deus, e sua obra redentora no mundo é feita com autoridade e poder divinos.
Essa doutrina é também um pilar da apologética cristã, pois defende que Jesus não pode ser simplesmente considerado um ser humano extraordinário ou um grande mestre moral. Ele é o Deus encarnado, que veio ao mundo para cumprir a missão divina de salvação e reconciliação.
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
O Filho é Deus
A expressão "Filho de Deus" é fundamental para a compreensão da divindade de Cristo. Quando a Bíblia usa essa expressão, ela revela não apenas uma relação de proximidade e intimidade com o Pai, mas também uma identidade de natureza divina. Jesus é o Filho Unigênito, o que significa que Ele compartilha da mesma essência do Pai, sendo plenamente Deus. Em passagens como Hebreus 1:8 e o Salmo 45:6-7, a Bíblia nos revela de maneira clara e profunda a natureza divina do Filho. Vamos explorar essas passagens e suas implicações teológicas.
1. Hebreus 1:8 - "Mas, do Filho, diz: Ó Deus, o teu trono subsiste pelos séculos dos séculos"
O versículo de Hebreus 1:8 faz uma citação direta do Salmo 45:6-7. Em Hebreus, o autor está citando um trecho messiânico que, originalmente, era direcionado ao rei Davi, mas o aplica diretamente a Jesus Cristo, reconhecendo-o como Deus. O versículo diz:
"Mas, do Filho, diz: Ó Deus, o teu trono subsiste pelos séculos dos séculos, cetro de equidade é o cetro do teu reino."
Aqui, o autor de Hebreus reconhece explicitamente que Jesus é Deus, afirmando que o trono de Cristo é eterno. Essa é uma declaração de divindade; o Filho não é apenas um ser enviado de Deus ou um representante de Deus, mas Ele mesmo é Deus. A citação de Salmo 45:6-7 afirma que o trono de Cristo é eterno, algo que é verdadeiro apenas para Deus.
Teólogos Cristãos sobre Hebreus 1:8:
- John Owen (A Obra de Cristo):
Owen enfatiza que esse versículo de Hebreus é uma das mais claras provas bíblicas da divindade do Filho. Ele argumenta que, ao aplicar essa citação de Salmos 45 a Cristo, o autor de Hebreus não está fazendo uma alegoria, mas uma afirmação direta da natureza divina de Jesus. Jesus é declarado Deus e seu reinado é eterno. - Wayne Grudem (Teologia Sistemática):
Grudem explica que o versículo de Hebreus 1:8 é uma afirmação direta da igualdade de Cristo com o Pai, porque Jesus recebe o título de Deus e é descrito com atributos que só pertencem a Deus, como a eternidade e a justiça perfeita.
2. Salmo 45:6-7 - "O teu trono, ó Deus, é eterno"
O Salmo 45:6-7 é um texto messiânico que descreve a majestade do rei, mas é, ao mesmo tempo, uma profecia sobre o Messias. Ele diz:
"O teu trono, ó Deus, é eterno e perpétuo; o cetro do teu reino é um cetro de equidade. Tu amas a justiça e aborreces a impiedade; por isso, Deus, o teu Deus, te ungiu com óleo de alegria, mais do que a teus companheiros."
A expressão "O teu trono, ó Deus, é eterno" é uma afirmação direta de que o rei (Jesus) é Deus, e que seu reino será eterno. A palavra "ungido" no versículo 7 indica a posição real e sacerdotal de Jesus, como o Messias prometido. A questão levantada sobre "Deus ungindo Deus" pode ser vista como uma referência ao relacionamento dentro da Trindade, onde o Pai ungiu o Filho, mas ambos compartilham da mesma essência divina. A citação de Salmo 45 em Hebreus é uma prova de que Jesus é o cumprimento dessa profecia messiânica.
Reflexões Teológicas:
- O versículo de Salmo 45 é interpretado pelos cristãos como uma revelação da Trindade, onde Deus Pai e Deus Filho estão sendo descritos de maneira distinta, mas ainda assim unidos em essência. O Pai ungiu o Filho, mas ambos são igualmente Deus, compartilhando a mesma substantividade divina. Essa unidade, embora plural, não compromete a divindade de cada pessoa da Trindade.
- A referência ao "trono eterno" indica a realeza e soberania de Cristo, que reina de maneira eterna e imutável. Este é um aspecto vital da teologia cristã, pois a realeza de Jesus não é passageira nem sujeita a falhas humanas, mas é fundamentada na sua natureza divina e eterna.
3. A Unidade de Deus - O Relacionamento Plural dentro da Trindade
O relacionamento entre o Pai e o Filho dentro da Trindade é um mistério profundo, mas essencial para a compreensão da divindade de Cristo. Embora a unidade de Deus seja enfatizada nas Escrituras, a Bíblia também nos revela que Deus se manifesta de maneira plural, como Pai, Filho e Espírito Santo. O relacionamento entre o Pai e o Filho é uma unidade de substância (ou seja, ambos são verdadeiramente Deus), mas com distinções pessoais.
O autor de Hebreus, ao aplicar a citação de Salmos 45 ao Filho, está afirmando que o Filho compartilha da mesma natureza eterna do Pai, embora haja distinção de pessoas dentro da Trindade. Essa distinção não diminui a divindade de nenhuma das pessoas, mas revela uma perfeita união e cooperação divina entre Pai, Filho e Espírito.
Apologia Cristã sobre a Divindade de Cristo:
- A doutrina da Trindade e a divindade de Cristo são fundamentais para a fé cristã. A apologia cristã contra outras religiões que negam a divindade de Cristo, como o arianismo (que considera Jesus uma criação), deve se basear em passagens como Hebreus 1:8 e Salmo 45:6-7. Estas passagens não deixam dúvida de que Jesus é Deus e não um simples ser criado ou inferior ao Pai.
- Para os muçulmanos, que reconhecem Jesus como um grande profeta, mas não como Deus, a argumentação cristã se baseia em passagens que claramente afirmam a divindade de Cristo. O uso dessas passagens em diálogos inter-religiosos é crucial para apresentar a verdade cristã sobre a natureza de Cristo.
4. Aplicação Pessoal
A compreensão de que Jesus é Deus e que Ele compartilha da mesma natureza eterna e divina do Pai tem implicações práticas profundas para a vida cristã. Algumas aplicações incluem:
- Confiança na Eternidade de Cristo: Sabemos que o trono de Cristo é eterno, o que nos dá segurança e confiança de que o reino de Deus é eterno. Isso nos convida a viver com a certeza da vitória final de Cristo sobre todo o mal e sofrimento.
- Adoração e Louvor a Cristo: Como Deus eterno, Jesus é digno de nossa adoração. Não devemos apenas reconhecê-Lo como Salvador, mas também como Senhor e Rei eterno, digno de toda a honra e louvor.
- União com o Pai através do Filho: Se Jesus é Deus e Ele nos revela o Pai, isso nos ensina que somente por meio de Cristo podemos ter verdadeira comunhão com Deus. Isso nos chama a uma vida de intimidade com Deus, mediada por Cristo, e a viver de acordo com os ensinamentos do Filho de Deus.
Conclusão
As passagens de Hebreus 1:8 e Salmo 45:6-7 revelam de maneira clara e inconfundível a divindade de Cristo. Jesus não é apenas o Filho de Deus no sentido de um representante, mas Ele é Deus encarnado, compartilhando da mesma essência do Pai. Esta verdade é central para a fé cristã, pois reconhecemos que Jesus é Senhor, e que através Dele, temos acesso ao Pai e à vida eterna.
O Filho é Deus
A expressão "Filho de Deus" é fundamental para a compreensão da divindade de Cristo. Quando a Bíblia usa essa expressão, ela revela não apenas uma relação de proximidade e intimidade com o Pai, mas também uma identidade de natureza divina. Jesus é o Filho Unigênito, o que significa que Ele compartilha da mesma essência do Pai, sendo plenamente Deus. Em passagens como Hebreus 1:8 e o Salmo 45:6-7, a Bíblia nos revela de maneira clara e profunda a natureza divina do Filho. Vamos explorar essas passagens e suas implicações teológicas.
1. Hebreus 1:8 - "Mas, do Filho, diz: Ó Deus, o teu trono subsiste pelos séculos dos séculos"
O versículo de Hebreus 1:8 faz uma citação direta do Salmo 45:6-7. Em Hebreus, o autor está citando um trecho messiânico que, originalmente, era direcionado ao rei Davi, mas o aplica diretamente a Jesus Cristo, reconhecendo-o como Deus. O versículo diz:
"Mas, do Filho, diz: Ó Deus, o teu trono subsiste pelos séculos dos séculos, cetro de equidade é o cetro do teu reino."
Aqui, o autor de Hebreus reconhece explicitamente que Jesus é Deus, afirmando que o trono de Cristo é eterno. Essa é uma declaração de divindade; o Filho não é apenas um ser enviado de Deus ou um representante de Deus, mas Ele mesmo é Deus. A citação de Salmo 45:6-7 afirma que o trono de Cristo é eterno, algo que é verdadeiro apenas para Deus.
Teólogos Cristãos sobre Hebreus 1:8:
- John Owen (A Obra de Cristo):
Owen enfatiza que esse versículo de Hebreus é uma das mais claras provas bíblicas da divindade do Filho. Ele argumenta que, ao aplicar essa citação de Salmos 45 a Cristo, o autor de Hebreus não está fazendo uma alegoria, mas uma afirmação direta da natureza divina de Jesus. Jesus é declarado Deus e seu reinado é eterno. - Wayne Grudem (Teologia Sistemática):
Grudem explica que o versículo de Hebreus 1:8 é uma afirmação direta da igualdade de Cristo com o Pai, porque Jesus recebe o título de Deus e é descrito com atributos que só pertencem a Deus, como a eternidade e a justiça perfeita.
2. Salmo 45:6-7 - "O teu trono, ó Deus, é eterno"
O Salmo 45:6-7 é um texto messiânico que descreve a majestade do rei, mas é, ao mesmo tempo, uma profecia sobre o Messias. Ele diz:
"O teu trono, ó Deus, é eterno e perpétuo; o cetro do teu reino é um cetro de equidade. Tu amas a justiça e aborreces a impiedade; por isso, Deus, o teu Deus, te ungiu com óleo de alegria, mais do que a teus companheiros."
A expressão "O teu trono, ó Deus, é eterno" é uma afirmação direta de que o rei (Jesus) é Deus, e que seu reino será eterno. A palavra "ungido" no versículo 7 indica a posição real e sacerdotal de Jesus, como o Messias prometido. A questão levantada sobre "Deus ungindo Deus" pode ser vista como uma referência ao relacionamento dentro da Trindade, onde o Pai ungiu o Filho, mas ambos compartilham da mesma essência divina. A citação de Salmo 45 em Hebreus é uma prova de que Jesus é o cumprimento dessa profecia messiânica.
Reflexões Teológicas:
- O versículo de Salmo 45 é interpretado pelos cristãos como uma revelação da Trindade, onde Deus Pai e Deus Filho estão sendo descritos de maneira distinta, mas ainda assim unidos em essência. O Pai ungiu o Filho, mas ambos são igualmente Deus, compartilhando a mesma substantividade divina. Essa unidade, embora plural, não compromete a divindade de cada pessoa da Trindade.
- A referência ao "trono eterno" indica a realeza e soberania de Cristo, que reina de maneira eterna e imutável. Este é um aspecto vital da teologia cristã, pois a realeza de Jesus não é passageira nem sujeita a falhas humanas, mas é fundamentada na sua natureza divina e eterna.
3. A Unidade de Deus - O Relacionamento Plural dentro da Trindade
O relacionamento entre o Pai e o Filho dentro da Trindade é um mistério profundo, mas essencial para a compreensão da divindade de Cristo. Embora a unidade de Deus seja enfatizada nas Escrituras, a Bíblia também nos revela que Deus se manifesta de maneira plural, como Pai, Filho e Espírito Santo. O relacionamento entre o Pai e o Filho é uma unidade de substância (ou seja, ambos são verdadeiramente Deus), mas com distinções pessoais.
O autor de Hebreus, ao aplicar a citação de Salmos 45 ao Filho, está afirmando que o Filho compartilha da mesma natureza eterna do Pai, embora haja distinção de pessoas dentro da Trindade. Essa distinção não diminui a divindade de nenhuma das pessoas, mas revela uma perfeita união e cooperação divina entre Pai, Filho e Espírito.
Apologia Cristã sobre a Divindade de Cristo:
- A doutrina da Trindade e a divindade de Cristo são fundamentais para a fé cristã. A apologia cristã contra outras religiões que negam a divindade de Cristo, como o arianismo (que considera Jesus uma criação), deve se basear em passagens como Hebreus 1:8 e Salmo 45:6-7. Estas passagens não deixam dúvida de que Jesus é Deus e não um simples ser criado ou inferior ao Pai.
- Para os muçulmanos, que reconhecem Jesus como um grande profeta, mas não como Deus, a argumentação cristã se baseia em passagens que claramente afirmam a divindade de Cristo. O uso dessas passagens em diálogos inter-religiosos é crucial para apresentar a verdade cristã sobre a natureza de Cristo.
4. Aplicação Pessoal
A compreensão de que Jesus é Deus e que Ele compartilha da mesma natureza eterna e divina do Pai tem implicações práticas profundas para a vida cristã. Algumas aplicações incluem:
- Confiança na Eternidade de Cristo: Sabemos que o trono de Cristo é eterno, o que nos dá segurança e confiança de que o reino de Deus é eterno. Isso nos convida a viver com a certeza da vitória final de Cristo sobre todo o mal e sofrimento.
- Adoração e Louvor a Cristo: Como Deus eterno, Jesus é digno de nossa adoração. Não devemos apenas reconhecê-Lo como Salvador, mas também como Senhor e Rei eterno, digno de toda a honra e louvor.
- União com o Pai através do Filho: Se Jesus é Deus e Ele nos revela o Pai, isso nos ensina que somente por meio de Cristo podemos ter verdadeira comunhão com Deus. Isso nos chama a uma vida de intimidade com Deus, mediada por Cristo, e a viver de acordo com os ensinamentos do Filho de Deus.
Conclusão
As passagens de Hebreus 1:8 e Salmo 45:6-7 revelam de maneira clara e inconfundível a divindade de Cristo. Jesus não é apenas o Filho de Deus no sentido de um representante, mas Ele é Deus encarnado, compartilhando da mesma essência do Pai. Esta verdade é central para a fé cristã, pois reconhecemos que Jesus é Senhor, e que através Dele, temos acesso ao Pai e à vida eterna.
SINOPSE I
A doutrina bíblica mostra a relação de unidade entre Deus Pai e seu Filho Unigênito.
AUXÍLIO BIBLIOLÓGICO
II – A HERESIA DO SUBORDINACIONISMO
1- Orígenes. O Subordinacionismo é toda doutrina que declara ser o Filho subordinado ao Pai ou um deus secundário ou menos divino que o Pai. Os monarquianismo dinâmicos, ou acionistas, e os arianistas são os principais representantes dessa heresia. Mas Orígenes (185-254), foi o seu principal mentor. Há, na vastíssima e complexa produção literária de Orígenes, ideias de acordo e contrárias à ortodoxia da igreja, como também ideias neoplatônicas e obscuras de modo que, desde a antiguidade, os estudiosos do assunto estão divididos. Ele exerceu grande influência no Oriente por mais de 100 anos. Nas controvérsias em Nicéia, havia os que apoiavam Ário usando Orígenes como base; como também os que apoiavam Alexandre, opositor de Ário, também se baseando no mesmo Orígenes. Segundo seus críticos, parece que a Trindade defendida por ele era subordinacionista: o Filho subordinado ao Pai e o Espírito Santo subordinado ao Filho. No entanto, a Bíblia revela a igualdade das três pessoas da Trindade (Mt 28.19; 2 Co 13.13).
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
A Heresia do Subordinacionismo - Orígenes e a Trindade
O subordinacionismo é uma heresia cristológica que defende a ideia de que o Filho e o Espírito Santo são subordinados ao Pai, ou seja, de que o Filho é inferior em essência e divindade ao Pai. A doutrina do subordinacionismo tem raízes em várias interpretações históricas, sendo Orígenes (185-254) uma das figuras mais importantes associadas a essa visão, mesmo que ele tenha sido um pensador complexo cujas obras contêm tanto elementos ortodoxos quanto heterodoxos.
Orígenes foi um dos maiores teólogos e filósofos cristãos do Período Patrístico, e suas ideias tiveram um impacto profundo na teologia cristã primitiva. Embora tenha defendido algumas ideias ortodoxas, como a pré-existência do Filho e a necessidade de salvação através de Cristo, suas concepções sobre a relação entre as pessoas da Trindade estavam longe de ser claras e ortodoxas. A questão central é que Orígenes parecia entender a Trindade de uma maneira subordinacionista, com o Filho sendo subordinado ao Pai, e o Espírito Santo, por sua vez, subordinado ao Filho.
Vamos analisar o impacto de suas ideias à luz das Escrituras e como a doutrina ortodoxa da igualdade entre as pessoas da Trindade deve ser compreendida biblicamente.
1. O Pensamento de Orígenes: Subordinação do Filho e do Espírito Santo
Orígenes foi um defensor da ideia de que o Filho era subordinado ao Pai, e isso se reflete em algumas de suas obras, como o De Principiis. Para Orígenes, o Filho era a manifestação do Pai, mas a diferença entre as duas pessoas da Trindade era real, e ele via o Pai como a fonte da divindade. Isso sugeriria que, em sua teologia, o Filho tinha uma natureza derivada ou “dependente” do Pai, e o Espírito Santo era subordinado ao Filho, sem a mesma glória ou substância do Pai e do Filho.
Crítica ao Subordinacionismo de Orígenes:
A ideia de Orígenes foi amplamente criticada pelos teólogos ortodoxos da época, especialmente durante o Concílio de Nicéia (325 d.C.). A doutrina bíblica revela uma união consubstancial entre as três pessoas da Trindade, em que o Filho e o Espírito Santo compartilham da mesma substância e eternidade do Pai.
A ideia de subordinacionismo enfraquece a doutrina central da igualdade das pessoas da Trindade, como é claro em passagens como Mateus 28:19 e 2 Coríntios 13:13, onde as três pessoas são mencionadas de forma co-equal e co-eternas. Por exemplo, a fórmula trinitária de Mateus 28:19 - "Vão, portanto, e façam discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo" - claramente coloca as três pessoas da Trindade no mesmo plano de igualdade, indicando a unidade e a coigualdade entre elas.
2. A Trindade na Bíblia: Igualdade das Pessoas
A doutrina ortodoxa da Trindade, que é a base da fé cristã tradicional, afirma que Deus é um, mas se revela em três pessoas: o Pai, o Filho e o Espírito Santo. A Bíblia ensina de maneira clara que as três pessoas são co-eternas e co-iguais. Ou seja, nenhuma pessoa da Trindade é inferior ou subordinada às outras. Vamos explorar algumas passagens chave que refutam o subordinacionismo e revelam a igualdade das três pessoas da Trindade:
- Mateus 28:19: O mandamento de batizar "em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo" revela uma unidade e igualdade entre as três pessoas. O fato de todas serem mencionadas em igualdade de dignidade reflete sua coigualdade e coeternidade.
- 2 Coríntios 13:13: O apóstolo Paulo, ao encerrar sua carta, faz uma saudação que coloca as três pessoas da Trindade em um mesmo nível, usando a fórmula: "A graça do Senhor Jesus Cristo, o amor de Deus e a comunhão do Espírito Santo seja com todos vocês." Isso demonstra que nenhuma das três pessoas é subordinada às outras.
- João 1:1-14: Este é um dos textos mais claros sobre a divindade do Filho. A declaração "No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus" (João 1:1) reflete a igualdade eterna entre o Pai e o Filho. O Filho (Jesus) não é um ser inferior ao Pai, mas é o próprio Deus, que se fez carne (João 1:14).
- João 14:16-17: Quando Jesus promete enviar o Espírito Santo, Ele se refere a Ele como outro Consolador, o que implica que o Espírito é igualmente divino e coeterno com Ele. O Espírito Santo não é inferior ou subordinado ao Pai ou ao Filho, mas é uma pessoa divina da Trindade.
Teólogos Cristãos sobre a Trindade:
- Augustine de Hipona (A Trindade):
Agostinho foi um defensor ardente da doutrina ortodoxa da Trindade, que refutava a ideia de subordinacionismo. Ele ensinou que as três pessoas da Trindade são iguais em essência e substância, embora distintas em função. - Thomas Aquinas (Suma Teológica):
Aquinas também defendeu que o Filho e o Espírito Santo são coeternos e consubstanciais com o Pai. Ele argumentou que qualquer ensino que sugira que o Filho ou o Espírito são inferiores ao Pai compromete a verdadeira unidade de Deus.
3. Aplicação Pessoal: A Importância da Trindade na Vida Cristã
A doutrina da Trindade não é apenas um tema teológico abstrato, mas tem profundas implicações para a vida cristã:
- Compreensão de Deus como Relacional:
A Trindade revela que Deus é relacional por natureza. O Pai, o Filho e o Espírito Santo têm uma relação eterna de amor e unidade, e esse relacionamento entre as três pessoas nos ensina sobre a natureza do amor divino e da comunhão. A vida cristã é uma chamada a participar dessa comunhão divina e a viver em harmonia com Deus e com os outros. - Segurança na Soberania de Deus:
A doutrina da Trindade também nos dá segurança na soberania de Deus. Como as três pessoas da Trindade são coiguais e coeternas, podemos ter a confiança de que Deus, em Sua totalidade, governa e sustenta o universo. Não há divisão ou ineficácia nas ações de Deus, pois todas as Suas obras são realizadas em unidade. - Exemplo de Unidade e Diversidade:
A Trindade é um exemplo perfeito de unidade e diversidade. Apesar de ser uma única essência divina, as três pessoas têm funções distintas, mas sempre trabalham juntas em perfeita harmonia. Isso serve como modelo para a vida da Igreja e das famílias cristãs, onde a unidade não significa uniformidade, mas diversidade em harmonia.
Conclusão
O subordinacionismo, defendido por Orígenes, representa uma visão não ortodoxa da Trindade, na qual o Filho é visto como subordinado ao Pai. No entanto, a Bíblia ensina de forma clara e consistente que o Pai, o Filho e o Espírito Santo são coiguais e coeternos. Passagens como Mateus 28:19 e 2 Coríntios 13:13 revelam a igualdade das três pessoas da Trindade. A doutrina da Trindade não é apenas um tema teológico abstrato, mas tem profundas implicações práticas para a vida cristã, especialmente no que se refere à nossa comunhão com Deus e a unidade no corpo de Cristo.
A Heresia do Subordinacionismo - Orígenes e a Trindade
O subordinacionismo é uma heresia cristológica que defende a ideia de que o Filho e o Espírito Santo são subordinados ao Pai, ou seja, de que o Filho é inferior em essência e divindade ao Pai. A doutrina do subordinacionismo tem raízes em várias interpretações históricas, sendo Orígenes (185-254) uma das figuras mais importantes associadas a essa visão, mesmo que ele tenha sido um pensador complexo cujas obras contêm tanto elementos ortodoxos quanto heterodoxos.
Orígenes foi um dos maiores teólogos e filósofos cristãos do Período Patrístico, e suas ideias tiveram um impacto profundo na teologia cristã primitiva. Embora tenha defendido algumas ideias ortodoxas, como a pré-existência do Filho e a necessidade de salvação através de Cristo, suas concepções sobre a relação entre as pessoas da Trindade estavam longe de ser claras e ortodoxas. A questão central é que Orígenes parecia entender a Trindade de uma maneira subordinacionista, com o Filho sendo subordinado ao Pai, e o Espírito Santo, por sua vez, subordinado ao Filho.
Vamos analisar o impacto de suas ideias à luz das Escrituras e como a doutrina ortodoxa da igualdade entre as pessoas da Trindade deve ser compreendida biblicamente.
1. O Pensamento de Orígenes: Subordinação do Filho e do Espírito Santo
Orígenes foi um defensor da ideia de que o Filho era subordinado ao Pai, e isso se reflete em algumas de suas obras, como o De Principiis. Para Orígenes, o Filho era a manifestação do Pai, mas a diferença entre as duas pessoas da Trindade era real, e ele via o Pai como a fonte da divindade. Isso sugeriria que, em sua teologia, o Filho tinha uma natureza derivada ou “dependente” do Pai, e o Espírito Santo era subordinado ao Filho, sem a mesma glória ou substância do Pai e do Filho.
Crítica ao Subordinacionismo de Orígenes:
A ideia de Orígenes foi amplamente criticada pelos teólogos ortodoxos da época, especialmente durante o Concílio de Nicéia (325 d.C.). A doutrina bíblica revela uma união consubstancial entre as três pessoas da Trindade, em que o Filho e o Espírito Santo compartilham da mesma substância e eternidade do Pai.
A ideia de subordinacionismo enfraquece a doutrina central da igualdade das pessoas da Trindade, como é claro em passagens como Mateus 28:19 e 2 Coríntios 13:13, onde as três pessoas são mencionadas de forma co-equal e co-eternas. Por exemplo, a fórmula trinitária de Mateus 28:19 - "Vão, portanto, e façam discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo" - claramente coloca as três pessoas da Trindade no mesmo plano de igualdade, indicando a unidade e a coigualdade entre elas.
2. A Trindade na Bíblia: Igualdade das Pessoas
A doutrina ortodoxa da Trindade, que é a base da fé cristã tradicional, afirma que Deus é um, mas se revela em três pessoas: o Pai, o Filho e o Espírito Santo. A Bíblia ensina de maneira clara que as três pessoas são co-eternas e co-iguais. Ou seja, nenhuma pessoa da Trindade é inferior ou subordinada às outras. Vamos explorar algumas passagens chave que refutam o subordinacionismo e revelam a igualdade das três pessoas da Trindade:
- Mateus 28:19: O mandamento de batizar "em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo" revela uma unidade e igualdade entre as três pessoas. O fato de todas serem mencionadas em igualdade de dignidade reflete sua coigualdade e coeternidade.
- 2 Coríntios 13:13: O apóstolo Paulo, ao encerrar sua carta, faz uma saudação que coloca as três pessoas da Trindade em um mesmo nível, usando a fórmula: "A graça do Senhor Jesus Cristo, o amor de Deus e a comunhão do Espírito Santo seja com todos vocês." Isso demonstra que nenhuma das três pessoas é subordinada às outras.
- João 1:1-14: Este é um dos textos mais claros sobre a divindade do Filho. A declaração "No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus" (João 1:1) reflete a igualdade eterna entre o Pai e o Filho. O Filho (Jesus) não é um ser inferior ao Pai, mas é o próprio Deus, que se fez carne (João 1:14).
- João 14:16-17: Quando Jesus promete enviar o Espírito Santo, Ele se refere a Ele como outro Consolador, o que implica que o Espírito é igualmente divino e coeterno com Ele. O Espírito Santo não é inferior ou subordinado ao Pai ou ao Filho, mas é uma pessoa divina da Trindade.
Teólogos Cristãos sobre a Trindade:
- Augustine de Hipona (A Trindade):
Agostinho foi um defensor ardente da doutrina ortodoxa da Trindade, que refutava a ideia de subordinacionismo. Ele ensinou que as três pessoas da Trindade são iguais em essência e substância, embora distintas em função. - Thomas Aquinas (Suma Teológica):
Aquinas também defendeu que o Filho e o Espírito Santo são coeternos e consubstanciais com o Pai. Ele argumentou que qualquer ensino que sugira que o Filho ou o Espírito são inferiores ao Pai compromete a verdadeira unidade de Deus.
3. Aplicação Pessoal: A Importância da Trindade na Vida Cristã
A doutrina da Trindade não é apenas um tema teológico abstrato, mas tem profundas implicações para a vida cristã:
- Compreensão de Deus como Relacional:
A Trindade revela que Deus é relacional por natureza. O Pai, o Filho e o Espírito Santo têm uma relação eterna de amor e unidade, e esse relacionamento entre as três pessoas nos ensina sobre a natureza do amor divino e da comunhão. A vida cristã é uma chamada a participar dessa comunhão divina e a viver em harmonia com Deus e com os outros. - Segurança na Soberania de Deus:
A doutrina da Trindade também nos dá segurança na soberania de Deus. Como as três pessoas da Trindade são coiguais e coeternas, podemos ter a confiança de que Deus, em Sua totalidade, governa e sustenta o universo. Não há divisão ou ineficácia nas ações de Deus, pois todas as Suas obras são realizadas em unidade. - Exemplo de Unidade e Diversidade:
A Trindade é um exemplo perfeito de unidade e diversidade. Apesar de ser uma única essência divina, as três pessoas têm funções distintas, mas sempre trabalham juntas em perfeita harmonia. Isso serve como modelo para a vida da Igreja e das famílias cristãs, onde a unidade não significa uniformidade, mas diversidade em harmonia.
Conclusão
O subordinacionismo, defendido por Orígenes, representa uma visão não ortodoxa da Trindade, na qual o Filho é visto como subordinado ao Pai. No entanto, a Bíblia ensina de forma clara e consistente que o Pai, o Filho e o Espírito Santo são coiguais e coeternos. Passagens como Mateus 28:19 e 2 Coríntios 13:13 revelam a igualdade das três pessoas da Trindade. A doutrina da Trindade não é apenas um tema teológico abstrato, mas tem profundas implicações práticas para a vida cristã, especialmente no que se refere à nossa comunhão com Deus e a unidade no corpo de Cristo.
2- No período pré-niceno. O Subordinacionismo foi, nos Séculos II e III, uma tentativa, ainda que equivocada, de preservar o monoteísmo, mas que negou a divindade absoluta de Jesus. Seus expoentes consideravam Cristo como Filho de Deus, inferior ao Pai. Eles afirmavam que o próprio Cristo declarava a sua inferioridade, e isso eles o faziam com base numa exegese ruim e numa interpretação fora do contexto de algumas passagens dos Evangelhos.
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
O Subordinacionismo no Período Pré-Niceno e Sua Negação da Divindade de Jesus
O subordinacionismo foi uma doutrina que emergiu nos séculos II e III, especialmente entre alguns teólogos cristãos, como Ário e outros defensores dessa visão. Eles buscavam preservar o monoteísmo (a crença em um Deus único), mas, paradoxalmente, acabaram negando a divindade absoluta de Jesus, sublinhando que o Filho de Deus era de alguma forma inferior ao Pai. Essa ideia surgiu em um contexto de debates sobre a natureza de Cristo e a relação entre o Pai e o Filho, com os subordinacionistas alegando que Cristo, embora fosse o Filho de Deus, não era coeterno nem coigual ao Pai.
A heresia do subordinacionismo é caracterizada por um equívoco exegético em relação a várias passagens bíblicas, e seus defensores interpretavam erroneamente certos textos dos Evangelhos, sugerindo que Jesus se declarava inferior ao Pai. Embora as intenções dos subordinacionistas tivessem uma base monoteísta, o resultado final foi uma interpretação inadequada da natureza de Cristo e sua relação com o Pai.
Vamos explorar essa heresia à luz das Escrituras e apresentar uma explicação teológica profunda, bem como as implicações para a fé cristã.
1. A Tentativa de Preservar o Monoteísmo no Subordinacionismo
No contexto do cristianismo primitivo, muitos dos teólogos que defendiam o subordinacionismo estavam profundamente comprometidos com a preservação do monoteísmo. Eles temiam que a ideia de um Filho coeterno e coigual ao Pai pudesse ser mal interpretada, levando à ideia de duas divindades, o que poderia comprometer a unidade de Deus. O monoteísmo estrito que defendiam buscava manter Deus como único ser supremo e soberano, sem dividir a essência divina entre o Pai, o Filho e o Espírito Santo.
Esses teólogos interpretavam alguns textos bíblicos, como João 14:28 ("O Pai é maior do que eu") e 1 Coríntios 15:28 ("E quando tudo lhe estiver sujeito, então o próprio Filho se sujeitará àquele que tudo lhe sujeitou, para que Deus seja tudo em todos"), como evidências de que Jesus era inferior ao Pai. Eles viam essas passagens como indicativas de uma subordinação ontológica (quanto à natureza e essência) de Cristo em relação ao Pai.
Problema com a Exegese Subordinacionista
A principal falha dessa interpretação está na exegese dessas passagens. Muitas vezes, os subordinacionistas desconsideravam o contexto imediato e a totalidade das Escrituras ao interpretar tais versículos. João 14:28 se refere a uma subordinação funcional, em que Jesus, durante sua encarnação, escolheu submeter-se ao plano do Pai para cumprir sua missão de salvação. Essa subordinação funcional não diz respeito à sua essência divina, mas à função que Ele exerceria enquanto na Terra. A ideia de "Pai maior" é uma declaração de ordem na missão, não de uma diferença essencial de natureza divina.
De forma semelhante, 1 Coríntios 15:28 fala da entrega do Reino ao Pai após a obra redentora de Cristo, quando Ele finalmente submeterá tudo a Deus, e isso deve ser compreendido como parte do processo escatológico, onde Cristo, embora sendo Deus, atua em submissão ao Pai em sua função de mediador e redentor. Isso não nega a sua divindade, mas reflete sua humildade e papel redentor.
2. A Divindade Absoluta de Cristo nas Escrituras
As Escrituras, de maneira clara, ensinam que Jesus Cristo é plenamente Deus e plenamente homem, e que Ele compartilha da mesma essência divina do Pai. A ideia de que Jesus é inferior ao Pai é refutada por diversas passagens que revelam a igualdade entre o Pai e o Filho:
- João 1:1-14: "No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus... e o Verbo se fez carne e habitou entre nós."
Este texto revela que o Filho, identificado como o Verbo (Logos), é plenamente divino. Não apenas Ele estava com Deus, mas Ele era Deus. Isso é uma declaração clara da coigualdade do Filho com o Pai. - João 10:30: "Eu e o Pai somos um."
Jesus afirma de maneira inequívoca a unidade de essência entre Ele e o Pai. Não se trata de uma unidade funcional, mas de uma unidade de natureza divina, já que Ele se coloca ao lado do Pai, sem qualquer distinção ontológica em sua divindade. - Colossenses 1:15-17: "Ele é a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação. Porque nele foram criadas todas as coisas nos céus e na terra... tudo foi criado por meio dele e para ele."
Este texto enfatiza a supremacia de Cristo na criação e sua plenitude divina, desafiando qualquer noção de subordinação ontológica. - Hebreus 1:8: "Mas, do Filho, diz: 'O teu trono, ó Deus, subsiste pelos séculos dos séculos; cetro de equidade é o cetro do teu Reino.'"
Esta citação de Salmo 45:6 faz uma declaração explícita sobre a divindade do Filho, chamando-O de Deus e reconhecendo Sua soberania eterna.
Implicações Teológicas da Divindade de Cristo
A afirmação de que Jesus é Deus tem profundas implicações para a salvação e a redenção humanas. Somente um Deus encarnado poderia oferecer a redenção perfeita para a humanidade. Se Jesus fosse apenas um ser criado ou inferior ao Pai, Ele não teria a capacidade de salvar os pecadores ou de reconquistar o que foi perdido no pecado.
3. A Aplicação Pessoal: A Importância da Verdadeira Natureza de Cristo
A compreensão correta da natureza de Cristo é fundamental para a vida cristã, e tem várias aplicações práticas:
- Adoração Verdadeira: A verdadeira adoração cristã só pode ser dirigida a Jesus Cristo como Deus. Se Cristo não fosse divino, nossa adoração seria idólatra. Compreender que Jesus é Deus encarnado nos leva a uma adoração plena e sincera diante de Sua grandeza.
- Confiança na Obra Redentora: Se Jesus não fosse plenamente divino, Ele não teria o poder de redimir a humanidade. Mas sabemos que Ele é Deus e que Sua obra de salvação é completa e suficiente. Isso nos dá segurança na nossa salvação.
- Imitação de Cristo: Jesus, sendo Deus e homem, deixou um exemplo perfeito de humildade, obedecer à vontade do Pai e de serviço. Como cristãos, somos chamados a seguir Seu exemplo de submissão ao Pai, não em termos de subordinação de natureza, mas de humildade e amor ao próximo.
Conclusão
O subordinacionismo, como proposto por alguns teólogos nos séculos II e III, falha ao tentar preservar o monoteísmo, mas ao mesmo tempo nega a divindade absoluta de Jesus. As Escrituras, no entanto, são claras em afirmar que Jesus é plenamente Deus e plenamente homem, compartilhando da mesma essência divina do Pai. João 1:1-14, João 10:30 e outros textos confirmam a coigualdade do Filho com o Pai. A compreensão correta da natureza de Cristo é essencial para a nossa adoração, confiança e imitação de Cristo em nossas vidas.
O Subordinacionismo no Período Pré-Niceno e Sua Negação da Divindade de Jesus
O subordinacionismo foi uma doutrina que emergiu nos séculos II e III, especialmente entre alguns teólogos cristãos, como Ário e outros defensores dessa visão. Eles buscavam preservar o monoteísmo (a crença em um Deus único), mas, paradoxalmente, acabaram negando a divindade absoluta de Jesus, sublinhando que o Filho de Deus era de alguma forma inferior ao Pai. Essa ideia surgiu em um contexto de debates sobre a natureza de Cristo e a relação entre o Pai e o Filho, com os subordinacionistas alegando que Cristo, embora fosse o Filho de Deus, não era coeterno nem coigual ao Pai.
A heresia do subordinacionismo é caracterizada por um equívoco exegético em relação a várias passagens bíblicas, e seus defensores interpretavam erroneamente certos textos dos Evangelhos, sugerindo que Jesus se declarava inferior ao Pai. Embora as intenções dos subordinacionistas tivessem uma base monoteísta, o resultado final foi uma interpretação inadequada da natureza de Cristo e sua relação com o Pai.
Vamos explorar essa heresia à luz das Escrituras e apresentar uma explicação teológica profunda, bem como as implicações para a fé cristã.
1. A Tentativa de Preservar o Monoteísmo no Subordinacionismo
No contexto do cristianismo primitivo, muitos dos teólogos que defendiam o subordinacionismo estavam profundamente comprometidos com a preservação do monoteísmo. Eles temiam que a ideia de um Filho coeterno e coigual ao Pai pudesse ser mal interpretada, levando à ideia de duas divindades, o que poderia comprometer a unidade de Deus. O monoteísmo estrito que defendiam buscava manter Deus como único ser supremo e soberano, sem dividir a essência divina entre o Pai, o Filho e o Espírito Santo.
Esses teólogos interpretavam alguns textos bíblicos, como João 14:28 ("O Pai é maior do que eu") e 1 Coríntios 15:28 ("E quando tudo lhe estiver sujeito, então o próprio Filho se sujeitará àquele que tudo lhe sujeitou, para que Deus seja tudo em todos"), como evidências de que Jesus era inferior ao Pai. Eles viam essas passagens como indicativas de uma subordinação ontológica (quanto à natureza e essência) de Cristo em relação ao Pai.
Problema com a Exegese Subordinacionista
A principal falha dessa interpretação está na exegese dessas passagens. Muitas vezes, os subordinacionistas desconsideravam o contexto imediato e a totalidade das Escrituras ao interpretar tais versículos. João 14:28 se refere a uma subordinação funcional, em que Jesus, durante sua encarnação, escolheu submeter-se ao plano do Pai para cumprir sua missão de salvação. Essa subordinação funcional não diz respeito à sua essência divina, mas à função que Ele exerceria enquanto na Terra. A ideia de "Pai maior" é uma declaração de ordem na missão, não de uma diferença essencial de natureza divina.
De forma semelhante, 1 Coríntios 15:28 fala da entrega do Reino ao Pai após a obra redentora de Cristo, quando Ele finalmente submeterá tudo a Deus, e isso deve ser compreendido como parte do processo escatológico, onde Cristo, embora sendo Deus, atua em submissão ao Pai em sua função de mediador e redentor. Isso não nega a sua divindade, mas reflete sua humildade e papel redentor.
2. A Divindade Absoluta de Cristo nas Escrituras
As Escrituras, de maneira clara, ensinam que Jesus Cristo é plenamente Deus e plenamente homem, e que Ele compartilha da mesma essência divina do Pai. A ideia de que Jesus é inferior ao Pai é refutada por diversas passagens que revelam a igualdade entre o Pai e o Filho:
- João 1:1-14: "No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus... e o Verbo se fez carne e habitou entre nós."
Este texto revela que o Filho, identificado como o Verbo (Logos), é plenamente divino. Não apenas Ele estava com Deus, mas Ele era Deus. Isso é uma declaração clara da coigualdade do Filho com o Pai. - João 10:30: "Eu e o Pai somos um."
Jesus afirma de maneira inequívoca a unidade de essência entre Ele e o Pai. Não se trata de uma unidade funcional, mas de uma unidade de natureza divina, já que Ele se coloca ao lado do Pai, sem qualquer distinção ontológica em sua divindade. - Colossenses 1:15-17: "Ele é a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação. Porque nele foram criadas todas as coisas nos céus e na terra... tudo foi criado por meio dele e para ele."
Este texto enfatiza a supremacia de Cristo na criação e sua plenitude divina, desafiando qualquer noção de subordinação ontológica. - Hebreus 1:8: "Mas, do Filho, diz: 'O teu trono, ó Deus, subsiste pelos séculos dos séculos; cetro de equidade é o cetro do teu Reino.'"
Esta citação de Salmo 45:6 faz uma declaração explícita sobre a divindade do Filho, chamando-O de Deus e reconhecendo Sua soberania eterna.
Implicações Teológicas da Divindade de Cristo
A afirmação de que Jesus é Deus tem profundas implicações para a salvação e a redenção humanas. Somente um Deus encarnado poderia oferecer a redenção perfeita para a humanidade. Se Jesus fosse apenas um ser criado ou inferior ao Pai, Ele não teria a capacidade de salvar os pecadores ou de reconquistar o que foi perdido no pecado.
3. A Aplicação Pessoal: A Importância da Verdadeira Natureza de Cristo
A compreensão correta da natureza de Cristo é fundamental para a vida cristã, e tem várias aplicações práticas:
- Adoração Verdadeira: A verdadeira adoração cristã só pode ser dirigida a Jesus Cristo como Deus. Se Cristo não fosse divino, nossa adoração seria idólatra. Compreender que Jesus é Deus encarnado nos leva a uma adoração plena e sincera diante de Sua grandeza.
- Confiança na Obra Redentora: Se Jesus não fosse plenamente divino, Ele não teria o poder de redimir a humanidade. Mas sabemos que Ele é Deus e que Sua obra de salvação é completa e suficiente. Isso nos dá segurança na nossa salvação.
- Imitação de Cristo: Jesus, sendo Deus e homem, deixou um exemplo perfeito de humildade, obedecer à vontade do Pai e de serviço. Como cristãos, somos chamados a seguir Seu exemplo de submissão ao Pai, não em termos de subordinação de natureza, mas de humildade e amor ao próximo.
Conclusão
O subordinacionismo, como proposto por alguns teólogos nos séculos II e III, falha ao tentar preservar o monoteísmo, mas ao mesmo tempo nega a divindade absoluta de Jesus. As Escrituras, no entanto, são claras em afirmar que Jesus é plenamente Deus e plenamente homem, compartilhando da mesma essência divina do Pai. João 1:1-14, João 10:30 e outros textos confirmam a coigualdade do Filho com o Pai. A compreensão correta da natureza de Cristo é essencial para a nossa adoração, confiança e imitação de Cristo em nossas vidas.
3- Métodos usados pelos subordinacionistas. Já estudamos, até agora, o ensino bíblico sobre Jesus como o verdadeiro homem e ao mesmo tempo o verdadeiro Deus. Somente Ele é assim, e ninguém mais no céu e na terra possui essa característica (Rm 1.1-4; 9.5). No entanto, os subordinacionistas pinçam as Escrituras aqui e ali se utilizando das passagens do Novo Testamento que apresentam o Senhor Jesus como homem e descartam e desconsideram as que afirmam ser Jesus o Deus igual ao Pai.
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
Métodos Usados pelos Subordinacionistas e a Exegese Imprópria
Os subordinacionistas frequentemente adotam uma abordagem seletiva e imprópria ao lidar com as Escrituras para justificar a subordinação de Cristo ao Pai. Eles fazem uso de versículos que destacam a humanidade de Jesus e minimizam ou ignoram aqueles que afirmam sua divindade plena e coigualdade com o Pai. Essa metodologia seletiva reflete uma falha na exegese correta das Escrituras, que deve sempre levar em consideração todo o contexto e a totalidade da revelação bíblica.
1. A Escolha Seletiva de Passagens: A Humildade de Cristo e Sua Subordinação Funcional
Os subordinacionistas tendem a focar em textos que ressaltam a humanidade de Cristo e a sua submissão ao Pai em sua função como mestre, servo e salvador. Exemplos típicos incluem:
- Filipenses 2:5-8: "Aquele que, subsistindo em forma de Deus, não julgou como usurpação ser igual a Deus; mas a si mesmo se esvaziou, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens; e, encontrado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, tornando-se obediente até a morte, e morte de cruz."Este texto destaca a humildade de Cristo e Sua submissão ao Pai, especialmente no contexto da encarnação e do sacrifício. Os subordinacionistas usam este texto para afirmar que Jesus, enquanto homem, não se considerava igual ao Pai, sugerindo uma diferença ontológica. No entanto, o texto fala de uma submissão funcional (no contexto da encarnação), não de uma subordinação quanto à natureza divina de Cristo.
- João 14:28: "O Pai é maior do que eu."Este versículo é muitas vezes citado pelos subordinacionistas para argumentar que Jesus é inferior ao Pai. No entanto, como já discutido, o contexto dessa afirmação é relacional e funcional, não ontológico. Jesus, ao falar isso, estava destacando Sua submissão à vontade do Pai em Sua obra de redenção, especialmente na época de Sua encarnação, quando Ele se submetia à vontade do Pai para cumprir Sua missão.
Esses versículos refletem o aspecto funcional de Cristo, especialmente em Sua encarnação e sacrifício, mas não indicam uma inferioridade em Sua natureza divina. A subordinação funcional é parte do plano redentor de Deus, mas não significa que Jesus, na Sua essência divina, seja inferior ao Pai.
2. A Falha em Considerar Passagens que Afirmam a Divindade de Cristo
Enquanto os subordinacionistas se concentram nas passagens que descrevem Jesus como humano e submisso, eles frequentemente ignoram ou minimizam as passagens que afirmam claramente que Jesus é Deus, coigual ao Pai. A totalidade das Escrituras nos ensina que Jesus é plenamente Deus e plenamente homem, compartilhando da mesma essência divina do Pai.
Examinemos algumas das passagens que os subordinacionistas tendem a ignorar:
- João 1:1-14: "No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus... e o Verbo se fez carne e habitou entre nós."Este é um dos textos mais poderosos que ensina que Jesus é plenamente Deus. O Verbo (Logos), que se fez carne, era Deus desde o princípio. A Palavra não é apenas um mensageiro de Deus, mas Deus em Sua totalidade. Esta revelação é fundamental para entender a coigualdade do Filho com o Pai.
- João 10:30: "Eu e o Pai somos um."Aqui, Jesus afirma explicitamente a unidade essencial com o Pai. Ele não está dizendo que Ele e o Pai são "unidos em propósito" ou "unidos funcionalmente", mas que são um em essência, compartilhando a mesma natureza divina. A declaração de unidade ontológica refuta qualquer noção de subordinação no sentido de inferioridade de natureza.
- Colossenses 1:15-17: "Ele é a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação... tudo foi criado por meio dele e para ele."Este texto também reflete a supremacia de Cristo na criação e sua natureza divina, pois "tudo foi criado por meio dele e para ele." Se Jesus fosse um ser inferior ao Pai, ele não teria poder sobre toda a criação nem teria sido o agente pelo qual o universo foi feito.
- Hebreus 1:8: "Mas, do Filho, diz: 'O teu trono, ó Deus, subsiste pelos séculos dos séculos; cetro de equidade é o cetro do teu Reino.'"O autor de Hebreus cita Salmo 45:6, uma referência clara à divindade de Cristo, chamando-O de Deus. Este versículo refuta a ideia de que o Filho é inferior ao Pai, afirmando que Cristo é Deus, com um trono eterno.
Essas passagens mostram claramente que Jesus é Deus, coeterno e coigual ao Pai, o que entra em contradição com a ideia subordinacionista de que Ele seria inferior ao Pai em Sua essência.
3. A Importância de Uma Exegese Correcta
A exegese correta das Escrituras exige que consideremos tanto os aspectos funcionais quanto os aspectos ontológicos de Cristo. Embora as Escrituras claramente ensinem que Jesus se submeteu ao Pai em Sua missão redentora, isso não implica que Ele seja inferior ao Pai em Sua essência divina. A distinção de papéis e funções não significa uma distinção de natureza.
A chave para uma interpretação equilibrada é entender que as passagens que falam da subordinação funcional de Jesus se referem ao Seu papel no plano de salvação durante a encarnação e não à Sua natureza divina. A Bíblia é clara em afirmar que Jesus é Deus, igual ao Pai em Sua essência, como visto em João 1:1-14, João 10:30, Colossenses 1:15-17 e Hebreus 1:8.
4. Aplicação Pessoal
A compreensão correta da natureza de Cristo é essencial para a fé cristã e para a adoração verdadeira. Se Jesus não fosse Deus, Sua morte na cruz não teria o poder de salvar a humanidade de seus pecados. Mas, como Deus encarnado, Ele é pleno em divindade e plenitude humana, e essa união única nos assegura que somos verdadeiramente redimidos por Ele.
- Adoração: Ao entendermos a verdadeira divindade de Cristo, nossa adoração a Ele se torna mais profunda e reverente. Não adoramos a um ser inferior, mas a um Deus eterno, digno de toda a nossa fé e devoção.
- Segurança na Salvação: A segurança que temos em nossa salvação é baseada no fato de que Cristo é Deus e que Sua obra na cruz foi suficiente e eficaz para nos reconciliar com o Pai. Jesus não era inferior ao Pai, mas o próprio Deus se fez carne para nos redimir.
- Imitação de Cristo: Como cristãos, somos chamados a imitar a humildade e a submissão funcional de Cristo ao Pai, que, embora sendo Deus, se humilhou para servir e salvar a humanidade. Isso deve nos inspirar a viver com humildade, obedecendo ao Pai e servindo ao próximo.
Conclusão
Os subordinacionistas cometem um erro ao escolher selectivamente passagens bíblicas que enfatizam a humildade e a subordinação funcional de Cristo, enquanto ignoram aquelas que afirmam Sua coigualdade e divindade plena com o Pai. A verdadeira natureza de Cristo é fundamental para a salvação e para a adoração cristã, e deve ser compreendida de forma balanceada, levando em conta tanto os aspectos de Sua humildade quanto a realidade de Sua divindade plena.
Métodos Usados pelos Subordinacionistas e a Exegese Imprópria
Os subordinacionistas frequentemente adotam uma abordagem seletiva e imprópria ao lidar com as Escrituras para justificar a subordinação de Cristo ao Pai. Eles fazem uso de versículos que destacam a humanidade de Jesus e minimizam ou ignoram aqueles que afirmam sua divindade plena e coigualdade com o Pai. Essa metodologia seletiva reflete uma falha na exegese correta das Escrituras, que deve sempre levar em consideração todo o contexto e a totalidade da revelação bíblica.
1. A Escolha Seletiva de Passagens: A Humildade de Cristo e Sua Subordinação Funcional
Os subordinacionistas tendem a focar em textos que ressaltam a humanidade de Cristo e a sua submissão ao Pai em sua função como mestre, servo e salvador. Exemplos típicos incluem:
- Filipenses 2:5-8: "Aquele que, subsistindo em forma de Deus, não julgou como usurpação ser igual a Deus; mas a si mesmo se esvaziou, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens; e, encontrado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, tornando-se obediente até a morte, e morte de cruz."Este texto destaca a humildade de Cristo e Sua submissão ao Pai, especialmente no contexto da encarnação e do sacrifício. Os subordinacionistas usam este texto para afirmar que Jesus, enquanto homem, não se considerava igual ao Pai, sugerindo uma diferença ontológica. No entanto, o texto fala de uma submissão funcional (no contexto da encarnação), não de uma subordinação quanto à natureza divina de Cristo.
- João 14:28: "O Pai é maior do que eu."Este versículo é muitas vezes citado pelos subordinacionistas para argumentar que Jesus é inferior ao Pai. No entanto, como já discutido, o contexto dessa afirmação é relacional e funcional, não ontológico. Jesus, ao falar isso, estava destacando Sua submissão à vontade do Pai em Sua obra de redenção, especialmente na época de Sua encarnação, quando Ele se submetia à vontade do Pai para cumprir Sua missão.
Esses versículos refletem o aspecto funcional de Cristo, especialmente em Sua encarnação e sacrifício, mas não indicam uma inferioridade em Sua natureza divina. A subordinação funcional é parte do plano redentor de Deus, mas não significa que Jesus, na Sua essência divina, seja inferior ao Pai.
2. A Falha em Considerar Passagens que Afirmam a Divindade de Cristo
Enquanto os subordinacionistas se concentram nas passagens que descrevem Jesus como humano e submisso, eles frequentemente ignoram ou minimizam as passagens que afirmam claramente que Jesus é Deus, coigual ao Pai. A totalidade das Escrituras nos ensina que Jesus é plenamente Deus e plenamente homem, compartilhando da mesma essência divina do Pai.
Examinemos algumas das passagens que os subordinacionistas tendem a ignorar:
- João 1:1-14: "No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus... e o Verbo se fez carne e habitou entre nós."Este é um dos textos mais poderosos que ensina que Jesus é plenamente Deus. O Verbo (Logos), que se fez carne, era Deus desde o princípio. A Palavra não é apenas um mensageiro de Deus, mas Deus em Sua totalidade. Esta revelação é fundamental para entender a coigualdade do Filho com o Pai.
- João 10:30: "Eu e o Pai somos um."Aqui, Jesus afirma explicitamente a unidade essencial com o Pai. Ele não está dizendo que Ele e o Pai são "unidos em propósito" ou "unidos funcionalmente", mas que são um em essência, compartilhando a mesma natureza divina. A declaração de unidade ontológica refuta qualquer noção de subordinação no sentido de inferioridade de natureza.
- Colossenses 1:15-17: "Ele é a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação... tudo foi criado por meio dele e para ele."Este texto também reflete a supremacia de Cristo na criação e sua natureza divina, pois "tudo foi criado por meio dele e para ele." Se Jesus fosse um ser inferior ao Pai, ele não teria poder sobre toda a criação nem teria sido o agente pelo qual o universo foi feito.
- Hebreus 1:8: "Mas, do Filho, diz: 'O teu trono, ó Deus, subsiste pelos séculos dos séculos; cetro de equidade é o cetro do teu Reino.'"O autor de Hebreus cita Salmo 45:6, uma referência clara à divindade de Cristo, chamando-O de Deus. Este versículo refuta a ideia de que o Filho é inferior ao Pai, afirmando que Cristo é Deus, com um trono eterno.
Essas passagens mostram claramente que Jesus é Deus, coeterno e coigual ao Pai, o que entra em contradição com a ideia subordinacionista de que Ele seria inferior ao Pai em Sua essência.
3. A Importância de Uma Exegese Correcta
A exegese correta das Escrituras exige que consideremos tanto os aspectos funcionais quanto os aspectos ontológicos de Cristo. Embora as Escrituras claramente ensinem que Jesus se submeteu ao Pai em Sua missão redentora, isso não implica que Ele seja inferior ao Pai em Sua essência divina. A distinção de papéis e funções não significa uma distinção de natureza.
A chave para uma interpretação equilibrada é entender que as passagens que falam da subordinação funcional de Jesus se referem ao Seu papel no plano de salvação durante a encarnação e não à Sua natureza divina. A Bíblia é clara em afirmar que Jesus é Deus, igual ao Pai em Sua essência, como visto em João 1:1-14, João 10:30, Colossenses 1:15-17 e Hebreus 1:8.
4. Aplicação Pessoal
A compreensão correta da natureza de Cristo é essencial para a fé cristã e para a adoração verdadeira. Se Jesus não fosse Deus, Sua morte na cruz não teria o poder de salvar a humanidade de seus pecados. Mas, como Deus encarnado, Ele é pleno em divindade e plenitude humana, e essa união única nos assegura que somos verdadeiramente redimidos por Ele.
- Adoração: Ao entendermos a verdadeira divindade de Cristo, nossa adoração a Ele se torna mais profunda e reverente. Não adoramos a um ser inferior, mas a um Deus eterno, digno de toda a nossa fé e devoção.
- Segurança na Salvação: A segurança que temos em nossa salvação é baseada no fato de que Cristo é Deus e que Sua obra na cruz foi suficiente e eficaz para nos reconciliar com o Pai. Jesus não era inferior ao Pai, mas o próprio Deus se fez carne para nos redimir.
- Imitação de Cristo: Como cristãos, somos chamados a imitar a humildade e a submissão funcional de Cristo ao Pai, que, embora sendo Deus, se humilhou para servir e salvar a humanidade. Isso deve nos inspirar a viver com humildade, obedecendo ao Pai e servindo ao próximo.
Conclusão
Os subordinacionistas cometem um erro ao escolher selectivamente passagens bíblicas que enfatizam a humildade e a subordinação funcional de Cristo, enquanto ignoram aquelas que afirmam Sua coigualdade e divindade plena com o Pai. A verdadeira natureza de Cristo é fundamental para a salvação e para a adoração cristã, e deve ser compreendida de forma balanceada, levando em conta tanto os aspectos de Sua humildade quanto a realidade de Sua divindade plena.
SINOPSE II
O Subordinacionismo afirma ser o Filho subordinado ao Pai, sendo, portanto, um deus secundário.
AUXÍLIO TEOLÓGICO
III – COMO O SUBORDINACIONISMO SE APRESENTA HOJE
1- No contexto islâmico. O Islamismo não considera Jesus como o Filho de Deus, mas como messias e profeta, e coloca Maomé acima dele. Nenhum cristão tem dificuldade em detectar o erro de doutrina (Ef 1.21; Fp 2.8-11). O Alcorão afirma que é blasfêmia dizer que Jesus é o Filho de Deus, isso com base numa péssima interpretação, pois significaria uma relação íntima conjugal entre Deus e Maria. O mais grave é que seus líderes afirmam que os cristãos pregam esse absurdo (Jd 10). Lamentamos dizer que até mesmo Satanás e os seus demônios reconhecem que Jesus é o Filho do Deus Altíssimo (Mc 5.7). A expressão “Filho de Deus” no Novo Testamento significa a sua origem e a sua identidade (Jo 8.42) e não segue o mesmo padrão de reprodução humana. Jesus foi concebido pelo Espírito Santo (Mt 1.18, 20; Lc 1.35).
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
O Subordinacionismo no Contexto Islâmico
No contexto islâmico, a doutrina sobre Jesus é um tema significativo de divergência em relação ao cristianismo ortodoxo. O Islamismo não reconhece Jesus como o Filho de Deus nem o vê como Deus encarnado, mas como um profeta e messias, subordinado a Deus (Alá). Este entendimento reflete, de forma indireta, uma forma de subordinacionismo, onde a divindade de Cristo é negada e sua posição em relação ao Pai é colocada em uma estrutura hierárquica que o coloca abaixo de Alá. Esse é um exemplo de como o subordinacionismo se apresenta em uma perspectiva não cristã, particularmente na religião muçulmana.
1. A Perspectiva Islâmica sobre Jesus
O Islamismo, fundamentado no Alcorão, afirma que Jesus (chamado Isa) é um profeta e um mensageiro de Deus, mas não o considera o Filho de Deus. A doutrina islâmica rejeita qualquer conceito de divindade de Cristo, como também qualquer referência a uma relação conjugal entre Deus e Maria, algo que, segundo a interpretação islâmica, seria blasfêmico. Essa acusação de blasfêmia surge de um mal-entendido da expressão bíblica “Filho de Deus”, que o Islamismo interpreta de maneira materialista, associando-a a uma concepção física e carnal, o que é uma interpretação errada da Bíblia.
Passagens do Alcorão e do Islamismo:
- Alcorão, Surah 4:171: "Ó povo da Escritura, não cometeis exageros em sua religião, e não digais acerca de Deus, senão a verdade. O Messias, Jesus, filho de Maria, não é senão o mensageiro de Deus..."Este versículo demonstra a negação islâmica de que Jesus seja divino, mas o trata como um mensageiro subordinado a Deus, o que se alinha ao subordinacionismo.
- Alcorão, Surah 5:73: "Certamente blasfemam aqueles que dizem: 'Deus é o terceiro de três', quando na verdade não há divindade senão uma só."A trindade cristã é completamente rejeitada, e, de acordo com essa visão, Jesus não seria coigual ao Pai, mas subordinado a Alá. Esse versículo expressa a recusa islâmica de aceitar a divindade de Cristo e a união trinitária.
2. A Definição Cristã de "Filho de Deus"
A expressão “Filho de Deus” no Novo Testamento tem um significado profundamente teológico, relacionado à natureza divina de Cristo e à Sua relação única com o Pai, não em termos de reprodução física, mas de origem e identidade divina. A Bíblia nos ensina que Jesus é eterno e divino, gerado por Deus, mas sem origem criada, como mostra a passagem de João 8:42: "Se Deus fosse vosso Pai, certamente me amarias, porque eu vim de Deus e aqui estou. Pois não vim de mim mesmo, mas Ele me enviou."
O subordinacionismo islâmico falha em entender o conceito cristão de “Filho de Deus”, porque não reconhece a natureza divina e eterna de Cristo, mas apenas sua função de profeta e mensageiro. A relação entre o Pai e o Filho não é uma relação de subordinação funcional, mas de uma união eterna e coigualdade em essência.
3. A Encarnação e a Concepção Imaculada de Jesus
A doutrina cristã afirma que Jesus é Deus encarnado (João 1:14), e que Ele foi concebido pelo Espírito Santo, não por uma relação física entre Deus e Maria, como o Islamismo erroneamente interpreta. A concepção virginal de Jesus é essencial para a fé cristã, pois ensina que Jesus, embora humano, não tem uma origem humana comum, mas foi gerado de forma divina para cumprir o plano de salvação.
- Mateus 1:18, 20: "Ora, o nascimento de Jesus Cristo foi assim: Estando Maria, sua mãe, desposada com José, antes de se ajuntarem, encontrou-se grávida pelo Espírito Santo... O que nela foi gerado é do Espírito Santo."
- Lucas 1:35: "Respondeu-lhe o anjo: 'Descerá sobre ti o Espírito Santo, e o poder do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra; por isso também o ente santo que há de nascer será chamado Filho de Deus.'"
Esses versículos reforçam a natureza divina de Cristo, que foi concebido milagrosamente pelo Espírito Santo, sendo verdadeiro Deus e verdadeiro homem. A rejeição islâmica a essa doutrina implica na negação da verdadeira identidade de Jesus como Deus encarnado.
4. A Rejeição de Jesus como Filho de Deus e as Implicações para a Salvação
O subordinacionismo islâmico tem implicações teológicas graves para a salvação. Se Jesus não é Deus, então Sua obra redentora na cruz não teria poder salvador, pois apenas um Deus perfeito poderia pagar pelo pecado da humanidade. A morte de Cristo foi a oferta perfeita e única para o perdão dos pecados e a reconciliação com Deus (João 14:6; Atos 4:12). Se Jesus não for verdadeiramente Deus, sua morte na cruz não teria o valor infinito e eterno necessário para salvar a humanidade.
5. Satanás e os Demônios Reconhecem a Divindade de Cristo
É significativo que, mesmo em contextos de oposição, até os demônios reconhecem que Jesus é o Filho de Deus. Em Marcos 5:7, vemos a declaração do demônio: "E clamando em alta voz, disse: 'Que tenho eu contigo, Jesus, Filho do Deus Altíssimo? Peço-te, por Deus, que não me atormentes.'"
Este versículo evidencia que até os demônios têm consciência da divindade de Cristo, uma realidade que o Islamismo nega. O reconhecimento demoníaco de Jesus como Filho de Deus serve como um lembrete de que Cristo é digno de adoração e respeito, não importa quem negue Sua identidade.
6. Aplicação Pessoal
A rejeição islâmica da divindade de Cristo e a subordinação funcional de Jesus têm implicações profundas para nossa fé cristã. Aqui estão algumas lições importantes para a aplicação pessoal:
- Firmeza na Fé: Como cristãos, precisamos estar firmes na nossa compreensão da divindade de Cristo. Ele não é apenas um grande profeta ou mestre moral, mas Deus encarnado, digno de nossa adoração e confiança. O reconhecimento da natureza divina de Cristo é central para nossa fé cristã.
- Defesa da Verdade: Devemos estar preparados para defender nossa fé com base nas escrituras e nos ensinos de Cristo. Quando confrontados com doutrinas como as do Islamismo, que negam a divindade de Cristo, devemos ser amorosos, mas firmes na explicação bíblica de quem é Jesus.
- Oração e Louvor a Cristo: Sabendo que Jesus é o Filho de Deus, nossa vida deve ser caracterizada por adoração verdadeira e louvor a Ele como Senhor e Salvador. Devemos sempre lembrar que somente Ele tem o poder de salvar e de nos reconciliar com Deus.
- Missão Evangelística: O Islamismo e outras religiões que negam a divindade de Cristo necessitam ouvir a verdadeira mensagem do evangelho. Como cristãos, devemos compadecer-nos daqueles que estão em erro e compartilhar com eles a verdade sobre Jesus, o Filho de Deus.
Conclusão
O subordinacionismo presente no Islamismo reflete uma negação fundamental da divindade de Cristo, tratando-o apenas como um profeta e messias, mas não como o Filho de Deus. A correta interpretação bíblica ensina que Jesus é Deus, coeterno e coigual ao Pai, e essa compreensão é vital para nossa salvação e adoração. Ao compreender a verdadeira identidade de Cristo, devemos ser firmes na defesa dessa verdade, enquanto nos envolvemos com aqueles que negam a Sua natureza divina, com amor e clareza.
O Subordinacionismo no Contexto Islâmico
No contexto islâmico, a doutrina sobre Jesus é um tema significativo de divergência em relação ao cristianismo ortodoxo. O Islamismo não reconhece Jesus como o Filho de Deus nem o vê como Deus encarnado, mas como um profeta e messias, subordinado a Deus (Alá). Este entendimento reflete, de forma indireta, uma forma de subordinacionismo, onde a divindade de Cristo é negada e sua posição em relação ao Pai é colocada em uma estrutura hierárquica que o coloca abaixo de Alá. Esse é um exemplo de como o subordinacionismo se apresenta em uma perspectiva não cristã, particularmente na religião muçulmana.
1. A Perspectiva Islâmica sobre Jesus
O Islamismo, fundamentado no Alcorão, afirma que Jesus (chamado Isa) é um profeta e um mensageiro de Deus, mas não o considera o Filho de Deus. A doutrina islâmica rejeita qualquer conceito de divindade de Cristo, como também qualquer referência a uma relação conjugal entre Deus e Maria, algo que, segundo a interpretação islâmica, seria blasfêmico. Essa acusação de blasfêmia surge de um mal-entendido da expressão bíblica “Filho de Deus”, que o Islamismo interpreta de maneira materialista, associando-a a uma concepção física e carnal, o que é uma interpretação errada da Bíblia.
Passagens do Alcorão e do Islamismo:
- Alcorão, Surah 4:171: "Ó povo da Escritura, não cometeis exageros em sua religião, e não digais acerca de Deus, senão a verdade. O Messias, Jesus, filho de Maria, não é senão o mensageiro de Deus..."Este versículo demonstra a negação islâmica de que Jesus seja divino, mas o trata como um mensageiro subordinado a Deus, o que se alinha ao subordinacionismo.
- Alcorão, Surah 5:73: "Certamente blasfemam aqueles que dizem: 'Deus é o terceiro de três', quando na verdade não há divindade senão uma só."A trindade cristã é completamente rejeitada, e, de acordo com essa visão, Jesus não seria coigual ao Pai, mas subordinado a Alá. Esse versículo expressa a recusa islâmica de aceitar a divindade de Cristo e a união trinitária.
2. A Definição Cristã de "Filho de Deus"
A expressão “Filho de Deus” no Novo Testamento tem um significado profundamente teológico, relacionado à natureza divina de Cristo e à Sua relação única com o Pai, não em termos de reprodução física, mas de origem e identidade divina. A Bíblia nos ensina que Jesus é eterno e divino, gerado por Deus, mas sem origem criada, como mostra a passagem de João 8:42: "Se Deus fosse vosso Pai, certamente me amarias, porque eu vim de Deus e aqui estou. Pois não vim de mim mesmo, mas Ele me enviou."
O subordinacionismo islâmico falha em entender o conceito cristão de “Filho de Deus”, porque não reconhece a natureza divina e eterna de Cristo, mas apenas sua função de profeta e mensageiro. A relação entre o Pai e o Filho não é uma relação de subordinação funcional, mas de uma união eterna e coigualdade em essência.
3. A Encarnação e a Concepção Imaculada de Jesus
A doutrina cristã afirma que Jesus é Deus encarnado (João 1:14), e que Ele foi concebido pelo Espírito Santo, não por uma relação física entre Deus e Maria, como o Islamismo erroneamente interpreta. A concepção virginal de Jesus é essencial para a fé cristã, pois ensina que Jesus, embora humano, não tem uma origem humana comum, mas foi gerado de forma divina para cumprir o plano de salvação.
- Mateus 1:18, 20: "Ora, o nascimento de Jesus Cristo foi assim: Estando Maria, sua mãe, desposada com José, antes de se ajuntarem, encontrou-se grávida pelo Espírito Santo... O que nela foi gerado é do Espírito Santo."
- Lucas 1:35: "Respondeu-lhe o anjo: 'Descerá sobre ti o Espírito Santo, e o poder do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra; por isso também o ente santo que há de nascer será chamado Filho de Deus.'"
Esses versículos reforçam a natureza divina de Cristo, que foi concebido milagrosamente pelo Espírito Santo, sendo verdadeiro Deus e verdadeiro homem. A rejeição islâmica a essa doutrina implica na negação da verdadeira identidade de Jesus como Deus encarnado.
4. A Rejeição de Jesus como Filho de Deus e as Implicações para a Salvação
O subordinacionismo islâmico tem implicações teológicas graves para a salvação. Se Jesus não é Deus, então Sua obra redentora na cruz não teria poder salvador, pois apenas um Deus perfeito poderia pagar pelo pecado da humanidade. A morte de Cristo foi a oferta perfeita e única para o perdão dos pecados e a reconciliação com Deus (João 14:6; Atos 4:12). Se Jesus não for verdadeiramente Deus, sua morte na cruz não teria o valor infinito e eterno necessário para salvar a humanidade.
5. Satanás e os Demônios Reconhecem a Divindade de Cristo
É significativo que, mesmo em contextos de oposição, até os demônios reconhecem que Jesus é o Filho de Deus. Em Marcos 5:7, vemos a declaração do demônio: "E clamando em alta voz, disse: 'Que tenho eu contigo, Jesus, Filho do Deus Altíssimo? Peço-te, por Deus, que não me atormentes.'"
Este versículo evidencia que até os demônios têm consciência da divindade de Cristo, uma realidade que o Islamismo nega. O reconhecimento demoníaco de Jesus como Filho de Deus serve como um lembrete de que Cristo é digno de adoração e respeito, não importa quem negue Sua identidade.
6. Aplicação Pessoal
A rejeição islâmica da divindade de Cristo e a subordinação funcional de Jesus têm implicações profundas para nossa fé cristã. Aqui estão algumas lições importantes para a aplicação pessoal:
- Firmeza na Fé: Como cristãos, precisamos estar firmes na nossa compreensão da divindade de Cristo. Ele não é apenas um grande profeta ou mestre moral, mas Deus encarnado, digno de nossa adoração e confiança. O reconhecimento da natureza divina de Cristo é central para nossa fé cristã.
- Defesa da Verdade: Devemos estar preparados para defender nossa fé com base nas escrituras e nos ensinos de Cristo. Quando confrontados com doutrinas como as do Islamismo, que negam a divindade de Cristo, devemos ser amorosos, mas firmes na explicação bíblica de quem é Jesus.
- Oração e Louvor a Cristo: Sabendo que Jesus é o Filho de Deus, nossa vida deve ser caracterizada por adoração verdadeira e louvor a Ele como Senhor e Salvador. Devemos sempre lembrar que somente Ele tem o poder de salvar e de nos reconciliar com Deus.
- Missão Evangelística: O Islamismo e outras religiões que negam a divindade de Cristo necessitam ouvir a verdadeira mensagem do evangelho. Como cristãos, devemos compadecer-nos daqueles que estão em erro e compartilhar com eles a verdade sobre Jesus, o Filho de Deus.
Conclusão
O subordinacionismo presente no Islamismo reflete uma negação fundamental da divindade de Cristo, tratando-o apenas como um profeta e messias, mas não como o Filho de Deus. A correta interpretação bíblica ensina que Jesus é Deus, coeterno e coigual ao Pai, e essa compreensão é vital para nossa salvação e adoração. Ao compreender a verdadeira identidade de Cristo, devemos ser firmes na defesa dessa verdade, enquanto nos envolvemos com aqueles que negam a Sua natureza divina, com amor e clareza.
2- O movimento das Testemunhas de Jeová. Este confessa publicamente que crê na existência de vários deuses: o Deus Todo-poderoso, Jeová; depois o deus poderoso, Jesus; e em seguida outros deuses menores, incluindo bons e maus. Mas a fé cristã não admite a existência de outros deuses. É verdade que a Bíblia faz menção de deuses falsos. Se são falsos, não podem ser Deus (Gl 4.8). Declara o apóstolo Paulo: “todavia, para nós há um só Deus, o Pai, de quem é tudo e para quem nós vivemos; e um só Senhor, Jesus Cristo, pelo qual são todas as coisas, e nós por ele” (1 Co 8.6). Eis uma boa pergunta que incomoda as Testemunhas de Jeová: “Jesus Cristo é uma divindade falsa ou verdadeira?” Se a resposta for positiva, elas são obrigadas a reconhecer a divindade de Jesus e a Trindade; mas, se a resposta delas for negativa, elas estão admitindo que são seguidoras de um deus falso.
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
O Movimento das Testemunhas de Jeová e a Divindade de Jesus
O movimento das Testemunhas de Jeová tem uma doutrina distinta em relação à natureza de Deus e à divindade de Jesus Cristo. Eles acreditam que Deus é Jeová, uma entidade única e suprema, e que Jesus Cristo é uma criatura poderosa, mas não Deus em essência. Para eles, Jesus é o filho de Deus, uma criação divina, mas não coeterno com o Pai, e a doutrina da Trindade é negada. Além disso, eles acreditam que existem outros "deuses menores", tanto bons quanto maus, o que contrasta fortemente com a visão cristã tradicional sobre a unidade e singularidade de Deus.
Essa visão não se alinha com os ensinamentos bíblicos, pois a Bíblia, ao contrário, afirma que Deus é um só (Dt 6:4) e que Jesus Cristo é plenamente Deus (João 1:1, 14). O ensino cristão ortodoxo, baseado nas escrituras, é claro: não há outros deuses além do Deus único e verdadeiro, e Jesus Cristo é coeterno, coigual e consubstancial com o Pai. As Testemunhas de Jeová, ao negarem essa verdade, comprometem-se com uma visão de Cristo que não corresponde à revelação bíblica e, portanto, ao poder da salvação conforme revelado nas escrituras.
1. A Natureza de Deus Segundo as Testemunhas de Jeová
O movimento das Testemunhas de Jeová ensina que Jeová é o único Deus supremo e verdadeiro, e que Jesus Cristo é uma criação de Deus, sendo considerado um deus poderoso, mas não igual a Jeová. Eles também acreditam em deuses menores, o que representa uma visão de politeísmo disfarçado sob a alegação de monoteísmo. Essa doutrina é incompatível com o monoteísmo bíblico, que ensina que há um só Deus (Isaías 45:5, 6).
Além disso, a visão das Testemunhas de Jeová de que Jesus não é Deus está em contradição direta com a doutrina cristã histórica, que afirma que Jesus é Deus em carne (João 1:14), que Ele é "o mesmo em substância e essência" que o Pai, conforme o Credo Niceno.
2. O Monoteísmo Cristão
A Bíblia é clara quanto à natureza de Deus: há um só Deus. Este é o Deus Pai, a Fonte de todas as coisas, e o Senhor Jesus Cristo, que é Deus e Senhor. O apóstolo Paulo explica isso em 1 Coríntios 8:6, quando diz:
“Todavia, para nós há um só Deus, o Pai, de quem é tudo e para quem nós vivemos; e um só Senhor, Jesus Cristo, pelo qual são todas as coisas, e nós por ele.”
Este versículo estabelece uma distinção clara entre o Pai e o Filho, mas também afirma que ambos são essencialmente Deus: o Pai é o originador de tudo, e o Filho é a mediador da criação (João 1:3). Ambos têm a mesma divindade e autoridade. A doutrina cristã afirma que Deus é único em essência, mas trino em pessoa.
O monoteísmo cristão não implica em politeísmo, como sugerido pela doutrina das Testemunhas de Jeová, mas sim em uma unidade complexa de Trindade, onde o Pai, o Filho e o Espírito Santo são um só Deus em três pessoas distintas.
3. A Divindade de Jesus Cristo
Uma das questões fundamentais que enfrentam as Testemunhas de Jeová é a divindade de Jesus Cristo. Como mencionado, para eles, Jesus é uma criação de Deus e, portanto, não é Deus. Essa crença é uma negativa direta das muitas passagens bíblicas que afirmam claramente que Jesus é Deus.
- João 1:1: "No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus."
- João 10:30: "Eu e o Pai somos um."
- Colossenses 1:16-17: "Porque nele foram criadas todas as coisas que há nos céus e na terra, visíveis e invisíveis... todas as coisas foram criadas por meio dele e para ele."
- Hebreus 1:8: "Mas acerca do Filho, diz: 'O teu trono, ó Deus, é para todo o sempre.'"
Essas passagens afirmam que Jesus não é uma criação, mas Deus em essência, participando plenamente da divindade e da obra criadora. A Bíblia não faz distinção entre o Deus Pai e o Deus Filho em termos de essência; ambos são um só Deus.
4. A Trindade e a Testemunha Cristã
A doutrina da Trindade é essencial para a fé cristã. A Trindade não significa três deuses, mas um só Deus em três pessoas distintas: o Pai, o Filho (Jesus Cristo) e o Espírito Santo. Jesus é plenamente Deus e plenamente homem, e sua divindade é essencial para a redenção dos seres humanos.
- Mateus 28:19: "Portanto, ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo."
- João 14:9-10: "Quem me vê, vê o Pai... Eu estou no Pai, e o Pai está em mim."
Essas passagens demonstram a unidade de essência entre o Pai e o Filho, uma unidade que é refletida em nossa adoração e fé cristã. A doutrina da Trindade, embora misteriosa, é a maneira pela qual entendemos a plenitude divina de Jesus.
5. A Pergunta Crucial: "Jesus é uma Divindade Falsa ou Verdadeira?"
Uma das perguntas mais poderosas que podemos fazer às Testemunhas de Jeová é: "Jesus Cristo é uma divindade falsa ou verdadeira?" Esta pergunta os coloca diante de uma escolha crucial. Se afirmarem que Jesus é uma divindade falsa, estão rejeitando sua própria salvação, pois, segundo as Escrituras, Jesus é o único caminho para a salvação (João 14:6). Se afirmarem que Jesus é uma divindade verdadeira, então são obrigados a aceitar a Trindade e a divindade plena de Cristo, o que contraria suas próprias crenças.
Essa pergunta é um desafio para que eles reconsiderem suas doutrinas e voltem à revelação bíblica, que ensina que Jesus é Deus, e que a salvação só pode ser alcançada através dele.
6. Aplicação Pessoal
Este estudo tem implicações profundas para nossa fé cristã:
- Firmeza na Doutrina Cristã: Devemos estar firmes em nossa compreensão da divindade de Cristo e da Trindade. Jesus não é apenas um grande mestre ou profeta, mas Deus encarnado, e negar isso é negar a fundação da nossa fé.
- Defesa da Fé: Quando confrontados com doutrinas como a das Testemunhas de Jeová, devemos ser claros e firmes na defesa das Escrituras. A divindade de Cristo é a pedra angular da salvação cristã, e é crucial que saibamos defender essa verdade com base na Bíblia.
- Missão Evangelística: As Testemunhas de Jeová são muito ativas na proclamação de sua fé. Como cristãos, devemos também ser ativos em compartilhar o evangelho da salvação e a verdade sobre Jesus Cristo como Deus e Salvador.
- Oração e Louvor: O reconhecimento da divindade de Cristo deve nos levar a adorá-lo e louvar a Deus por sua revelação na Trindade, e pela obra salvadora de Jesus Cristo. Jesus é Deus conosco, e por isso, nossa vida deve ser marcada pela adoração genuína.
Conclusão
O movimento das Testemunhas de Jeová apresenta uma doutrina que nega a divindade de Cristo e adota uma visão errada sobre a natureza de Deus. Isso está em contraste com o ensino bíblico claro de que Jesus é Deus, coeterno com o Pai, e parte da Trindade divina. Devemos estar firmes na nossa fé em Cristo, defender as Escrituras com clareza e amor, e levar essa verdade a todos, especialmente àqueles que, como as Testemunhas de Jeová, ainda não conhecem a verdadeira identidade de Jesus.
O Movimento das Testemunhas de Jeová e a Divindade de Jesus
O movimento das Testemunhas de Jeová tem uma doutrina distinta em relação à natureza de Deus e à divindade de Jesus Cristo. Eles acreditam que Deus é Jeová, uma entidade única e suprema, e que Jesus Cristo é uma criatura poderosa, mas não Deus em essência. Para eles, Jesus é o filho de Deus, uma criação divina, mas não coeterno com o Pai, e a doutrina da Trindade é negada. Além disso, eles acreditam que existem outros "deuses menores", tanto bons quanto maus, o que contrasta fortemente com a visão cristã tradicional sobre a unidade e singularidade de Deus.
Essa visão não se alinha com os ensinamentos bíblicos, pois a Bíblia, ao contrário, afirma que Deus é um só (Dt 6:4) e que Jesus Cristo é plenamente Deus (João 1:1, 14). O ensino cristão ortodoxo, baseado nas escrituras, é claro: não há outros deuses além do Deus único e verdadeiro, e Jesus Cristo é coeterno, coigual e consubstancial com o Pai. As Testemunhas de Jeová, ao negarem essa verdade, comprometem-se com uma visão de Cristo que não corresponde à revelação bíblica e, portanto, ao poder da salvação conforme revelado nas escrituras.
1. A Natureza de Deus Segundo as Testemunhas de Jeová
O movimento das Testemunhas de Jeová ensina que Jeová é o único Deus supremo e verdadeiro, e que Jesus Cristo é uma criação de Deus, sendo considerado um deus poderoso, mas não igual a Jeová. Eles também acreditam em deuses menores, o que representa uma visão de politeísmo disfarçado sob a alegação de monoteísmo. Essa doutrina é incompatível com o monoteísmo bíblico, que ensina que há um só Deus (Isaías 45:5, 6).
Além disso, a visão das Testemunhas de Jeová de que Jesus não é Deus está em contradição direta com a doutrina cristã histórica, que afirma que Jesus é Deus em carne (João 1:14), que Ele é "o mesmo em substância e essência" que o Pai, conforme o Credo Niceno.
2. O Monoteísmo Cristão
A Bíblia é clara quanto à natureza de Deus: há um só Deus. Este é o Deus Pai, a Fonte de todas as coisas, e o Senhor Jesus Cristo, que é Deus e Senhor. O apóstolo Paulo explica isso em 1 Coríntios 8:6, quando diz:
“Todavia, para nós há um só Deus, o Pai, de quem é tudo e para quem nós vivemos; e um só Senhor, Jesus Cristo, pelo qual são todas as coisas, e nós por ele.”
Este versículo estabelece uma distinção clara entre o Pai e o Filho, mas também afirma que ambos são essencialmente Deus: o Pai é o originador de tudo, e o Filho é a mediador da criação (João 1:3). Ambos têm a mesma divindade e autoridade. A doutrina cristã afirma que Deus é único em essência, mas trino em pessoa.
O monoteísmo cristão não implica em politeísmo, como sugerido pela doutrina das Testemunhas de Jeová, mas sim em uma unidade complexa de Trindade, onde o Pai, o Filho e o Espírito Santo são um só Deus em três pessoas distintas.
3. A Divindade de Jesus Cristo
Uma das questões fundamentais que enfrentam as Testemunhas de Jeová é a divindade de Jesus Cristo. Como mencionado, para eles, Jesus é uma criação de Deus e, portanto, não é Deus. Essa crença é uma negativa direta das muitas passagens bíblicas que afirmam claramente que Jesus é Deus.
- João 1:1: "No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus."
- João 10:30: "Eu e o Pai somos um."
- Colossenses 1:16-17: "Porque nele foram criadas todas as coisas que há nos céus e na terra, visíveis e invisíveis... todas as coisas foram criadas por meio dele e para ele."
- Hebreus 1:8: "Mas acerca do Filho, diz: 'O teu trono, ó Deus, é para todo o sempre.'"
Essas passagens afirmam que Jesus não é uma criação, mas Deus em essência, participando plenamente da divindade e da obra criadora. A Bíblia não faz distinção entre o Deus Pai e o Deus Filho em termos de essência; ambos são um só Deus.
4. A Trindade e a Testemunha Cristã
A doutrina da Trindade é essencial para a fé cristã. A Trindade não significa três deuses, mas um só Deus em três pessoas distintas: o Pai, o Filho (Jesus Cristo) e o Espírito Santo. Jesus é plenamente Deus e plenamente homem, e sua divindade é essencial para a redenção dos seres humanos.
- Mateus 28:19: "Portanto, ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo."
- João 14:9-10: "Quem me vê, vê o Pai... Eu estou no Pai, e o Pai está em mim."
Essas passagens demonstram a unidade de essência entre o Pai e o Filho, uma unidade que é refletida em nossa adoração e fé cristã. A doutrina da Trindade, embora misteriosa, é a maneira pela qual entendemos a plenitude divina de Jesus.
5. A Pergunta Crucial: "Jesus é uma Divindade Falsa ou Verdadeira?"
Uma das perguntas mais poderosas que podemos fazer às Testemunhas de Jeová é: "Jesus Cristo é uma divindade falsa ou verdadeira?" Esta pergunta os coloca diante de uma escolha crucial. Se afirmarem que Jesus é uma divindade falsa, estão rejeitando sua própria salvação, pois, segundo as Escrituras, Jesus é o único caminho para a salvação (João 14:6). Se afirmarem que Jesus é uma divindade verdadeira, então são obrigados a aceitar a Trindade e a divindade plena de Cristo, o que contraria suas próprias crenças.
Essa pergunta é um desafio para que eles reconsiderem suas doutrinas e voltem à revelação bíblica, que ensina que Jesus é Deus, e que a salvação só pode ser alcançada através dele.
6. Aplicação Pessoal
Este estudo tem implicações profundas para nossa fé cristã:
- Firmeza na Doutrina Cristã: Devemos estar firmes em nossa compreensão da divindade de Cristo e da Trindade. Jesus não é apenas um grande mestre ou profeta, mas Deus encarnado, e negar isso é negar a fundação da nossa fé.
- Defesa da Fé: Quando confrontados com doutrinas como a das Testemunhas de Jeová, devemos ser claros e firmes na defesa das Escrituras. A divindade de Cristo é a pedra angular da salvação cristã, e é crucial que saibamos defender essa verdade com base na Bíblia.
- Missão Evangelística: As Testemunhas de Jeová são muito ativas na proclamação de sua fé. Como cristãos, devemos também ser ativos em compartilhar o evangelho da salvação e a verdade sobre Jesus Cristo como Deus e Salvador.
- Oração e Louvor: O reconhecimento da divindade de Cristo deve nos levar a adorá-lo e louvar a Deus por sua revelação na Trindade, e pela obra salvadora de Jesus Cristo. Jesus é Deus conosco, e por isso, nossa vida deve ser marcada pela adoração genuína.
Conclusão
O movimento das Testemunhas de Jeová apresenta uma doutrina que nega a divindade de Cristo e adota uma visão errada sobre a natureza de Deus. Isso está em contraste com o ensino bíblico claro de que Jesus é Deus, coeterno com o Pai, e parte da Trindade divina. Devemos estar firmes na nossa fé em Cristo, defender as Escrituras com clareza e amor, e levar essa verdade a todos, especialmente àqueles que, como as Testemunhas de Jeová, ainda não conhecem a verdadeira identidade de Jesus.
SINOPSE III
O Subordinacionismo se apresenta no contexto islâmico e das Testemunhas de Jeová.
CONCLUSÃO
O termo “filho” em relação a Jesus tem sido assunto de debate teológico desde o período dos Pais da Igreja. A interpretação bíblica que se faz é: Jesus é Filho Unigênito não porque foi gerado, mas sim porque é da mesma substância do Pai.
COMENTÁRIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
Jesus como Filho Unigênito de Deus
O título de "Filho Unigênito" atribuído a Jesus é um dos aspectos mais profundos da cristologia e da doutrina da Trindade. O termo tem sido objeto de debate teológico desde os primeiros séculos da Igreja, especialmente durante os concílios que trataram da natureza de Cristo. A ideia central desse título não está relacionada ao processo de geração humana ou biológica, mas à completa e única participação de Jesus na natureza divina de Deus. Em outras palavras, Jesus é o Filho Unigênito não porque tenha sido gerado de maneira física, mas porque Ele é da mesma substância ou essência do Pai, sendo, assim, plenamente Deus.
1. O Significado de "Filho Unigênito"
O termo “Filho Unigênito” se encontra de maneira proeminente em João 3:16, onde o evangelho declara:
“Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho Unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.”
Aqui, a palavra "unigênito" vem do termo grego "monogenēs" (μονόγενης), que significa "único gerado" ou "único de sua espécie". Monogenēs não implica uma geração física ou humana, mas uma geração eterna e divina. A palavra está afirmando que Jesus é o Filho único do Pai, mas não em termos de procriação biológica, mas em relação à sua essência divina. Jesus é o Filho eterno, não criado, mas gerado de maneira única da mesma substância divina do Pai.
A declaração de que Jesus é o “Filho Unigênito” também é uma afirmação de união e identidade com o Pai. Em termos teológicos, significa que Ele compartilha com o Pai a mesma essência divina, e sua divindade não é inferior ou separada, mas igual à do Pai, sendo ambos coeternos e consubstanciais.
2. A Doutrina da Trindade e a Geração Eterna
No contexto da Trindade, a doutrina cristã ensina que o Pai, o Filho e o Espírito Santo são três pessoas distintas, mas um só Deus. A geração de Jesus como o Filho Unigênito não se refere a um momento de criação ou nascimento físico, mas a um relacionamento eterno entre o Pai e o Filho, uma geração eterna que nunca teve um início, pois ambos compartilham da mesma natureza divina. Isso é descrito no Credo Niceno, que foi formalizado no Concílio de Nicéia (325 d.C.) para defender a ortodoxia cristã contra heresias como o arianismo, que afirmava que Jesus era uma criatura subordinada ao Pai.
Em João 1:1-2, o evangelho de João nos apresenta a verdade fundamental sobre a unidade e a eternidade de Cristo:
“No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus.”
O Verbo (ou Logos) é uma referência a Jesus, e o texto afirma que Ele era Deus desde o princípio, não criado nem gerado de maneira física, mas sempre eterno com o Pai. Ele não é uma criação, mas o filho eterno, gerado de forma imutável e consubstancial com o Pai.
3. A Natureza de Cristo Segundo os Pais da Igreja
Os Pais da Igreja desempenharam um papel fundamental no desenvolvimento da doutrina da Trindade e na definição de que Jesus é o Filho Unigênito de Deus. Um exemplo clássico de como essa questão foi tratada pode ser encontrado em Atanásio de Alexandria, que combatia a heresia de Ário, que negava a plena divindade de Cristo. Atanásio defendia vigorosamente que, se Jesus fosse uma criação, ele não poderia ser o Redentor do mundo, porque apenas o Deus eterno poderia realizar uma obra de salvação completa.
Atanásio explicou que Jesus, como o Filho Unigênito, era eterno e consubstancial com o Pai, ou seja, não havia uma distinção em essência entre o Pai e o Filho. Portanto, a geração do Filho não implicava um início temporal, mas uma eternidade sem começo, onde o Filho sempre existiu em relação ao Pai.
4. O Filhos Unigênito e a Doutrina da Salvação
A implicação prática e teológica de Jesus ser o Filho Unigênito é que Ele é o único capaz de trazer a salvação. Como o próprio Deus encarnado, Ele é o único que poderia reconciliar a humanidade com o Pai. Isso está claramente refletido em João 14:6, onde Jesus afirma:
“Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim.”
Jesus, como o Filho Unigênito, é o único mediador entre Deus e os homens, e sua natureza divina e humana é crucial para a redenção. A salvação não poderia ser alcançada sem a obra do Filho, que é o próprio Deus que se fez carne para trazer perdão e reconciliação ao mundo.
5. Aplicação Pessoal: A Profundidade da Nossa Identidade em Cristo
A compreensão de que Jesus é o Filho Unigênito de Deus tem implicações profundas para a vida cristã. Primeiro, ela reforça a centralidade de Cristo na fé cristã. Ele não é um ser criado ou inferior ao Pai, mas Deus encarnado, e toda a nossa esperança de salvação repousa nele.
- Confiança na Salvação: O fato de que Jesus é o Filho Unigênito nos dá uma certeza imensa de que Ele tem o poder para salvar. A obra redentora de Cristo é perfeita porque Ele é plena e totalmente Deus. Nada mais pode salvar, nem outro mediador é necessário, pois Jesus é o único caminho, a única verdade, e a única vida.
- Relacionamento com Deus: Como o Filho Unigênito, Jesus revela perfeitamente o Pai. Se queremos conhecer a Deus, devemos olhar para Jesus, pois Ele é o exato reflexo da sua essência. Ele nos convida a entrar num relacionamento íntimo com o Pai através Dele.
- Vida em Cristo: A identidade de Cristo como Filho Unigênito nos desafia a viver de acordo com a Sua Palavra e a Sua exemplificação de vida perfeita. Jesus, sendo plenamente Deus e plenamente homem, nos chama a viver em obediência a Deus, sabendo que somos adotados como filhos de Deus através da obra de Cristo.
- Confiança no Amor de Deus: Em João 3:16, a expressão "Deus amou o mundo de tal maneira" é uma declaração de amor profundo e sacrificial. O fato de que Deus entregou Seu Filho Unigênito para a salvação do mundo nos lembra que o amor de Deus por nós é incomensurável e imparável.
Conclusão
O título de "Filho Unigênito" de Jesus, em termos teológicos, reflete a unicidade de Sua essência divina com o Pai. Ele não é uma criação, mas é eternamente gerado de substance divina e igual ao Pai em poder e majestade. A compreensão de Jesus como o Filho Unigênito nos leva a uma adoração mais profunda, nos fortalece na nossa fé cristã, e nos convida a viver de forma coerente com a salvação perfeita que Ele nos oferece.
Jesus como Filho Unigênito de Deus
O título de "Filho Unigênito" atribuído a Jesus é um dos aspectos mais profundos da cristologia e da doutrina da Trindade. O termo tem sido objeto de debate teológico desde os primeiros séculos da Igreja, especialmente durante os concílios que trataram da natureza de Cristo. A ideia central desse título não está relacionada ao processo de geração humana ou biológica, mas à completa e única participação de Jesus na natureza divina de Deus. Em outras palavras, Jesus é o Filho Unigênito não porque tenha sido gerado de maneira física, mas porque Ele é da mesma substância ou essência do Pai, sendo, assim, plenamente Deus.
1. O Significado de "Filho Unigênito"
O termo “Filho Unigênito” se encontra de maneira proeminente em João 3:16, onde o evangelho declara:
“Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho Unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.”
Aqui, a palavra "unigênito" vem do termo grego "monogenēs" (μονόγενης), que significa "único gerado" ou "único de sua espécie". Monogenēs não implica uma geração física ou humana, mas uma geração eterna e divina. A palavra está afirmando que Jesus é o Filho único do Pai, mas não em termos de procriação biológica, mas em relação à sua essência divina. Jesus é o Filho eterno, não criado, mas gerado de maneira única da mesma substância divina do Pai.
A declaração de que Jesus é o “Filho Unigênito” também é uma afirmação de união e identidade com o Pai. Em termos teológicos, significa que Ele compartilha com o Pai a mesma essência divina, e sua divindade não é inferior ou separada, mas igual à do Pai, sendo ambos coeternos e consubstanciais.
2. A Doutrina da Trindade e a Geração Eterna
No contexto da Trindade, a doutrina cristã ensina que o Pai, o Filho e o Espírito Santo são três pessoas distintas, mas um só Deus. A geração de Jesus como o Filho Unigênito não se refere a um momento de criação ou nascimento físico, mas a um relacionamento eterno entre o Pai e o Filho, uma geração eterna que nunca teve um início, pois ambos compartilham da mesma natureza divina. Isso é descrito no Credo Niceno, que foi formalizado no Concílio de Nicéia (325 d.C.) para defender a ortodoxia cristã contra heresias como o arianismo, que afirmava que Jesus era uma criatura subordinada ao Pai.
Em João 1:1-2, o evangelho de João nos apresenta a verdade fundamental sobre a unidade e a eternidade de Cristo:
“No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus.”
O Verbo (ou Logos) é uma referência a Jesus, e o texto afirma que Ele era Deus desde o princípio, não criado nem gerado de maneira física, mas sempre eterno com o Pai. Ele não é uma criação, mas o filho eterno, gerado de forma imutável e consubstancial com o Pai.
3. A Natureza de Cristo Segundo os Pais da Igreja
Os Pais da Igreja desempenharam um papel fundamental no desenvolvimento da doutrina da Trindade e na definição de que Jesus é o Filho Unigênito de Deus. Um exemplo clássico de como essa questão foi tratada pode ser encontrado em Atanásio de Alexandria, que combatia a heresia de Ário, que negava a plena divindade de Cristo. Atanásio defendia vigorosamente que, se Jesus fosse uma criação, ele não poderia ser o Redentor do mundo, porque apenas o Deus eterno poderia realizar uma obra de salvação completa.
Atanásio explicou que Jesus, como o Filho Unigênito, era eterno e consubstancial com o Pai, ou seja, não havia uma distinção em essência entre o Pai e o Filho. Portanto, a geração do Filho não implicava um início temporal, mas uma eternidade sem começo, onde o Filho sempre existiu em relação ao Pai.
4. O Filhos Unigênito e a Doutrina da Salvação
A implicação prática e teológica de Jesus ser o Filho Unigênito é que Ele é o único capaz de trazer a salvação. Como o próprio Deus encarnado, Ele é o único que poderia reconciliar a humanidade com o Pai. Isso está claramente refletido em João 14:6, onde Jesus afirma:
“Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim.”
Jesus, como o Filho Unigênito, é o único mediador entre Deus e os homens, e sua natureza divina e humana é crucial para a redenção. A salvação não poderia ser alcançada sem a obra do Filho, que é o próprio Deus que se fez carne para trazer perdão e reconciliação ao mundo.
5. Aplicação Pessoal: A Profundidade da Nossa Identidade em Cristo
A compreensão de que Jesus é o Filho Unigênito de Deus tem implicações profundas para a vida cristã. Primeiro, ela reforça a centralidade de Cristo na fé cristã. Ele não é um ser criado ou inferior ao Pai, mas Deus encarnado, e toda a nossa esperança de salvação repousa nele.
- Confiança na Salvação: O fato de que Jesus é o Filho Unigênito nos dá uma certeza imensa de que Ele tem o poder para salvar. A obra redentora de Cristo é perfeita porque Ele é plena e totalmente Deus. Nada mais pode salvar, nem outro mediador é necessário, pois Jesus é o único caminho, a única verdade, e a única vida.
- Relacionamento com Deus: Como o Filho Unigênito, Jesus revela perfeitamente o Pai. Se queremos conhecer a Deus, devemos olhar para Jesus, pois Ele é o exato reflexo da sua essência. Ele nos convida a entrar num relacionamento íntimo com o Pai através Dele.
- Vida em Cristo: A identidade de Cristo como Filho Unigênito nos desafia a viver de acordo com a Sua Palavra e a Sua exemplificação de vida perfeita. Jesus, sendo plenamente Deus e plenamente homem, nos chama a viver em obediência a Deus, sabendo que somos adotados como filhos de Deus através da obra de Cristo.
- Confiança no Amor de Deus: Em João 3:16, a expressão "Deus amou o mundo de tal maneira" é uma declaração de amor profundo e sacrificial. O fato de que Deus entregou Seu Filho Unigênito para a salvação do mundo nos lembra que o amor de Deus por nós é incomensurável e imparável.
Conclusão
O título de "Filho Unigênito" de Jesus, em termos teológicos, reflete a unicidade de Sua essência divina com o Pai. Ele não é uma criação, mas é eternamente gerado de substance divina e igual ao Pai em poder e majestade. A compreensão de Jesus como o Filho Unigênito nos leva a uma adoração mais profunda, nos fortalece na nossa fé cristã, e nos convida a viver de forma coerente com a salvação perfeita que Ele nos oferece.
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