LIÇÃO 07 – As Naturezas Humana e Divina de Jesus | 1° Trimestre de 2025 | EBD – ADULTOS

TEXTO ÁUREO “Dos quais são os pais, e dos quais é Cristo, segundo a carne, o qual é sobre todos, Deus bendito eternamente. Amém!” (Rm 9.5) C...

TEXTO ÁUREO

COMENTÁRIO EXTRA

Comentário de Hubner Braz


Bíblico e Teológico de Romanos 9:5

"Dos quais são os pais, e dos quais é Cristo, segundo a carne, o qual é sobre todos, Deus bendito eternamente. Amém!" (Rm 9.5)

1. Contexto Geral de Romanos 9:5

Romanos 9 é um capítulo crucial na epístola paulina, onde Paulo expressa sua tristeza pelo fato de Israel, como nação, ter rejeitado o Messias. Nos versículos anteriores (Rm 9:1-4), ele fala sobre os privilégios dos israelitas, destacando que a adoção, a glória, as alianças, a lei, o culto e as promessas pertencem a eles. No versículo 5, Paulo conclui essa lista mencionando os patriarcas ("os pais") e, o mais importante, que o próprio Cristo veio deles "segundo a carne", mas que Ele é "Deus bendito eternamente".

Esse versículo é fundamental para a cristologia paulina, pois apresenta tanto a humanidade quanto a divindade de Cristo.


2. Análise das Palavras Gregas Importantes

  1. "Dos quais são os pais" (ὧν οἱ πατέρες – hṓn hoi patéres)
    • ὧν (hṓn) – pronome relativo, referindo-se aos israelitas mencionados anteriormente.
    • οἱ πατέρες (hoi patéres) – "os pais", referindo-se aos patriarcas de Israel (Abraão, Isaque e Jacó). O termo πατήρ (patḗr) significa "pai" e, no contexto judaico, evoca a aliança de Deus com os antepassados de Israel (Êx 3:6).
  2. "e dos quais é Cristo, segundo a carne" (καὶ ἐξ ὧν ὁ Χριστὸς τὸ κατὰ σάρκα – kai ex hṓn ho Christòs tò katà sárka)
    • ἐξ ὧν (ex hṓn) – "dos quais", indicando a descendência humana de Cristo a partir dos israelitas.
    • ὁ Χριστὸς (ho Christòs) – "o Cristo", o Ungido, o Messias prometido nas Escrituras (Dn 9:25-26).
    • τὸ κατὰ σάρκα (tò katà sárka) – "segundo a carne". A expressão enfatiza a humanidade de Cristo. A palavra σάρξ (sárx) significa "carne" e, no pensamento paulino, muitas vezes distingue a natureza humana da divina (Rm 1:3-4).
  3. "o qual é sobre todos" (ὁ ὢν ἐπὶ πάντων – ho ṑn epì pántōn)
    • ὁ ὢν (ho ṑn) – "o qual é" ou "aquele que é". No grego, essa expressão remete a Êxodo 3:14 (LXX), onde Deus se apresenta como Ἐγώ εἰμι ὁ ὤν (Egṓ eimi ho ṑn) – "Eu sou o que sou".
    • ἐπὶ πάντων (epì pántōn) – "sobre todos". A preposição ἐπὶ (epì) com o genitivo πάντων (pántōn, 'todos') denota supremacia e domínio.
  4. "Deus bendito eternamente" (θεὸς εὐλογητὸς εἰς τοὺς αἰῶνας – theòs eulogētòs eis toùs aiônas)
    • θεὸς (theòs) – "Deus". Este é um dos versículos mais fortes do Novo Testamento que declara a divindade de Cristo.
    • εὐλογητὸς (eulogētòs) – "bendito", um termo frequentemente usado para descrever Deus no Judaísmo.
    • εἰς τοὺς αἰῶνας (eis toùs aiônas) – "para sempre" ou "eternamente", uma expressão comum para indicar a eternidade divina.
  5. "Amém!" (ἀμήν – amēn)
    • Termo hebraico transliterado para o grego, significando "assim seja", um sinal de afirmação e encerramento litúrgico.

3. Importância Teológica

  1. Cristo como descendente de Israel
    • Paulo destaca que Jesus, o Messias, veio da linhagem dos patriarcas. Isso reforça a fidelidade de Deus às promessas feitas a Abraão (Gn 12:3; Gn 22:18).
  2. Cristo como Deus Supremo
    • A construção do grego apoia a interpretação de que Cristo é chamado diretamente de "Deus bendito eternamente". Isso confirma Sua divindade, em harmonia com João 1:1, Filipenses 2:6-11 e Colossenses 2:9.
  3. A União Hipostática de Cristo
    • A frase "segundo a carne" indica a humanidade de Cristo, enquanto "Deus bendito eternamente" afirma Sua divindade. Esse é um dos fundamentos da doutrina da união hipostática: Cristo é plenamente Deus e plenamente homem (Jo 1:14; Hb 1:3; Cl 1:15-17).
  4. Soberania de Cristo sobre todas as coisas
    • A expressão "sobre todos" indica Sua autoridade universal (Mt 28:18; Ef 1:22; Ap 19:16).

Conclusão

Romanos 9:5 é um dos versículos mais ricos cristologicamente no Novo Testamento. Ele reafirma a promessa messiânica cumprida em Jesus, destacando Sua linhagem humana e, ao mesmo tempo, proclamando Sua soberania e divindade. Essa passagem sustenta a fé cristã na plena divindade de Cristo, algo essencial para a doutrina da Trindade e para a redenção da humanidade.

COMENTÁRIO EXTRA

Comentário de Hubner Braz


A Dupla Natureza de Cristo – Verdadeiro Deus e Verdadeiro Homem

Introdução

A identidade de Jesus Cristo como verdadeiro Deus e verdadeiro homem é um dos pilares fundamentais da fé cristã. Essa doutrina, conhecida como a União Hipostática, ensina que Cristo possui duas naturezas – uma divina e outra humana – unidas em uma só pessoa.

Este estudo abordará:

  1. A Divindade de Cristo
  2. A Humanidade de Cristo
  3. A União Hipostática
  4. Implicações Teológicas

1. A Divindade de Cristo

A Bíblia é clara ao afirmar que Jesus é Deus. Ele possui os atributos divinos, recebe adoração e exerce funções que pertencem exclusivamente a Deus.

a) Textos Bíblicos que confirmam a Divindade de Cristo

  1. João 1:1,14 – “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus (...) E o Verbo se fez carne e habitou entre nós.”
    • João identifica Jesus como Deus eterno e Criador.
  2. Colossenses 2:9 – “Porque nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade.”
    • A plenitude divina reside em Cristo de forma completa.
  3. Hebreus 1:3 – “O qual, sendo o resplendor da sua glória, e a expressa imagem da sua pessoa...”
    • Jesus é a exata representação de Deus Pai.
  4. Tito 2:13 – “Aguardando a bem-aventurada esperança e o aparecimento da glória do grande Deus e nosso Salvador Jesus Cristo.”
    • Paulo chama Jesus de "nosso grande Deus e Salvador".
  5. Filipenses 2:6 – “Que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus.”
    • Antes da encarnação, Cristo já existia como Deus.

b) Provas da Divindade de Cristo

  1. Ele perdoa pecados (Marcos 2:5-7)
  2. Ele aceita adoração (Mateus 14:33; João 20:28)
  3. Ele tem poder sobre a morte (João 11:25-26)
  4. Ele é eterno (Apocalipse 1:8, 17-18)

Opinião Teológica

Wayne Grudem, em sua Teologia Sistemática, diz:
"A divindade de Cristo é um ensinamento central do cristianismo. Negá-la é rejeitar a fé cristã."


2. A Humanidade de Cristo

Cristo não era apenas Deus, mas também um homem real, sujeito às limitações humanas.

a) Textos Bíblicos sobre a Humanidade de Cristo

  1. João 1:14 – “E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós.”
    • Ele assumiu uma natureza humana verdadeira.
  2. Lucas 2:52 – “E crescia Jesus em sabedoria, e em estatura, e em graça para com Deus e os homens.”
    • Ele experimentou crescimento físico, intelectual e espiritual.
  3. Hebreus 2:17 – “Pelo que convinha que em tudo fosse semelhante aos irmãos.”
    • Ele se tornou completamente humano.
  4. 1 Timóteo 2:5 – “Porque há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo, homem.”
    • Ele continua sendo humano até hoje.

b) Características da Humanidade de Cristo

  1. Sentiu fome (Mateus 4:2)
  2. Sentiu sede (João 19:28)
  3. Cansou-se (João 4:6)
  4. Chorou (João 11:35)
  5. Foi tentado (Hebreus 4:15)

Opinião Teológica

Louis Berkhof, em sua obra Teologia Sistemática, escreve:
"A verdadeira humanidade de Cristo é essencial para a obra da redenção. Se Ele não fosse humano, não poderia morrer em nosso lugar."


3. A União Hipostática – Duas Naturezas em Uma Pessoa

A Igreja primitiva formulou a doutrina da União Hipostática no Concílio de Calcedônia (451 d.C.), declarando que Jesus tem duas naturezas (divina e humana) em uma só pessoa, sem mistura, sem mudança, sem divisão e sem separação.

a) Versículos que mostram ambas as naturezas

  1. João 8:58 – “Antes que Abraão existisse, EU SOU.” (Divindade)
  2. João 19:28 – “Tenho sede.” (Humanidade)
  3. Marcos 4:39 – Jesus dorme (humanidade) e acalma o mar (divindade).
  4. Lucas 23:46 – Morre como homem, mas promete salvação ao ladrão na cruz.

b) Ilustração Teológica

  • Como um rei que veste roupas de plebeu sem deixar de ser rei, Jesus assumiu a humanidade sem perder Sua divindade.

Opinião Teológica

Millard J. Erickson, em Teologia Cristã, afirma:
"Jesus é 100% Deus e 100% homem. A unidade dessas duas naturezas é um mistério profundo, mas essencial para a salvação."


4. Implicações Teológicas

  1. Jesus pode representar tanto Deus quanto os homens (Hebreus 7:25).
  2. Ele pode ser nosso Mediador perfeito (1 Timóteo 2:5).
  3. Ele é um sumo sacerdote que nos compreende (Hebreus 4:15-16).
  4. A salvação depende de Sua divindade e humanidade (Romanos 5:18-19).

Conclusão

Jesus Cristo é tanto eterno Deus quanto verdadeiro homem. Sua divindade garante Sua soberania, e Sua humanidade garante nossa redenção. Como afirma João 14:6, Ele é "o caminho, a verdade e a vida", e ninguém vai ao Pai senão por Ele.

🔹 Referências Bibliográficas:

  • Grudem, Wayne. Teologia Sistemática. Editora Vida Nova.
  • Berkhof, Louis. Teologia Sistemática. Cultura Cristã.
  • Erickson, Millard J. Teologia Cristã. Vida Nova.

Segunda – Mt 1.23 As duas naturezas de Jesus reveladas na expressão “Emanuel”
Terça – Fp 2.5-8 O Senhor Jesus possui as naturezas humana e divina em sua Pessoa
Quarta – Jo 10.33 Sendo homem, Jesus afirma ser Deus, as duas naturezas em uma só Pessoa
Quinta – At 20.28 Jesus, o Deus – Homem que nos comprou com o seu sangue
Sexta – Cl 2.9 As duas naturezas de Cristo continuam para toda a eternidade
Sábado – 1 Tm 3.16 As naturezas humana e divina em Jesus

COMENTÁRIO EXTRA

Comentário de Hubner Braz


Leitura Diária, destacando as duas naturezas de Cristo (divina e humana).


📖 Segunda-feira – Mateus 1:23

"Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho, e ele será chamado pelo nome de Emanuel (que traduzido é: Deus conosco)."

Comentário

  • O nome Emanuel (Ἐμμανουήλ, Emmanouēl) significa "Deus conosco", confirmando que Jesus é Deus presente na forma humana.
  • A profecia vem de Isaías 7:14 e mostra que o nascimento virginal não foi um evento comum, mas um milagre que envolvia a encarnação do próprio Deus.
  • A expressão "Deus conosco" indica que, ao assumir a humanidade, Jesus não perdeu Sua divindade.

Aspecto Teológico

  • Jesus possui duas naturezas: Ele nasceu como homem, mas continua sendo Deus eterno.
  • O nascimento virginal preserva Sua santidade, pois Ele não herdou o pecado de Adão.

📖 Terça-feira – Filipenses 2:5-8

"Que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus, mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens."

Comentário

  • O termo grego μορφὴ Θεοῦ (morphē Theou) significa "forma de Deus", indicando que Jesus possuía a essência divina antes da encarnação.
  • A expressão "esvaziou-se a si mesmo" (ekenōsen, ἐκένωσεν) não significa que Jesus deixou de ser Deus, mas que Ele abriu mão de Sua glória celestial para viver como homem.
  • Ele tomou a forma de servo (morphē doulou), ou seja, assumiu a fragilidade da natureza humana.

Aspecto Teológico

  • Jesus continua sendo Deus, mas se humilhou ao assumir a condição humana.
  • Essa passagem sustenta a União Hipostática: Ele é plenamente Deus e plenamente homem.

📖 Quarta-feira – João 10:33

"Os judeus responderam: Não te apedrejamos por alguma obra boa, mas pela blasfêmia, porque sendo tu homem, te fazes Deus."

Comentário

  • Os judeus entenderam corretamente que Jesus estava reivindicando ser Deus.
  • Em João 10:30, Ele declarou: "Eu e o Pai somos um", afirmando Sua igualdade com Deus.
  • A palavra blasfêmia (blasphemia, βλασφημία) mostra que, para os judeus, qualquer homem que afirmasse ser Deus merecia a pena de morte.

Aspecto Teológico

  • Jesus não era apenas um homem com poderes divinos, mas o próprio Deus.
  • Sua afirmação fortalece a doutrina da Trindade.

📖 Quinta-feira – Atos 20:28

"Olhai, pois, por vós e por todo o rebanho sobre o qual o Espírito Santo vos constituiu bispos, para apascentardes a igreja de Deus, que ele comprou com o seu próprio sangue."

Comentário

  • A frase "Igreja de Deus, que Ele comprou com o Seu próprio sangue" mostra que Jesus, sendo Deus, derramou Seu sangue por nós.
  • Se Deus é espírito (Jo 4:24), como Ele tem sangue? A resposta está na natureza humana de Cristo, pois Ele se fez carne para morrer por nós.

Aspecto Teológico

  • Jesus é o Deus-Homem, e Seu sacrifício foi perfeito porque Ele era sem pecado.
  • Essa passagem é uma forte evidência bíblica da divindade de Cristo.

📖 Sexta-feira – Colossenses 2:9

"Porque nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade."

Comentário

  • A palavra "plenitude" no grego é πλήρωμα (plērōma), que significa "totalidade, plenitude completa".
  • Ou seja, Cristo não tem apenas parte da divindade, mas Ele é plenamente Deus em carne.
  • A expressão "corporalmente" (sōmatikōs, σωματικῶς) reforça que Jesus não deixou de ser Deus quando assumiu a forma humana.

Aspecto Teológico

  • A natureza humana e divina de Cristo continuam eternamente unidas.
  • Jesus não deixou Sua humanidade após a ressurreição, pois Ele continua sendo nosso Sumo Sacerdote (Hebreus 4:14).

📖 Sábado – 1 Timóteo 3:16

"E, sem dúvida alguma, grande é o mistério da piedade: Deus se manifestou em carne, foi justificado no Espírito, visto dos anjos, pregado entre os gentios, crido no mundo, recebido na glória."

Comentário

  • O texto diz claramente que "Deus se manifestou em carne", confirmando a encarnação de Cristo.
  • A palavra grega ἐφανερώθη (ephanerōthē) significa "revelado, tornado visível".
  • Jesus foi visto pelos anjos, pregado aos gentios e exaltado na glória, indicando que Ele continua sendo Deus após a ressurreição.

Aspecto Teológico

  • A Encarnação de Cristo é um mistério profundo, mas essencial para a fé cristã.
  • Jesus se tornou homem para nos salvar, mas nunca deixou de ser Deus.

Conclusão Geral

🔹 Cristo é 100% Deus e 100% homem. Ele não perdeu Sua divindade ao assumir a humanidade, nem deixou de ser humano ao voltar para o céu.

🔹 As duas naturezas de Cristo continuam para sempre. Ele ressuscitou como Deus-Homem glorificado e hoje intercede por nós (Hebreus 7:25).

🔹 A Bíblia ensina claramente essa verdade. Tanto no Antigo quanto no Novo Testamento, as Escrituras revelam que Jesus é Emanuel – Deus Conosco!

"Grande é o mistério da piedade: Deus se manifestou em carne!" (1 Timóteo 3:16)

📚 Referências Bibliográficas:

  • Grudem, Wayne. Teologia Sistemática. Vida Nova.
  • Erickson, Millard J. Teologia Cristã. Vida Nova.
  • Berkhof, Louis. Teologia Sistemática. Cultura Cristã.

Hinos Sugeridos: 25, 154, 183 da Harpa Cristã

Romanos 1
1 – Paulo, servo de Jesus Cristo, chamado para apóstolo, separado para o evangelho de Deus,
2- o qual antes havia prometido pelos seus profetas nas Santas Escrituras,
3- acerca de seu Filho, que nasceu da descendência de Davi segundo a carne,
4- declarado Filho de Deus em poder, segundo o Espírito de santificação, pela ressurreição dos mortos, – Jesus Cristo, nosso Senhor,

Filipenses 2
5- De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus,
6-que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus.
7-Mas aniquilou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens;
8- e, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte e morte de cruz.
9- Pelo que também Deus o exaltou soberanamente e lhe deu um nome que é sobre todo o nome,
10- para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra,
11- e toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para glória de Deus Pai.

COMENTÁRIO EXTRA

Comentário de Hubner Braz


📖 Romanos 1:1-4 – A Dupla Natureza de Cristo

Romanos 1:1

"Paulo, servo de Jesus Cristo, chamado para apóstolo, separado para o evangelho de Deus,"

Comentário

  • Paulo se apresenta como servo (δοῦλος, doulos), termo usado para escravos no mundo greco-romano. Isso mostra submissão total a Cristo.
  • Ele foi "chamado para apóstolo" (klētos apostolos, κλητὸς ἀπόστολος), indicando que sua vocação vinha diretamente de Deus.
  • "Separado para o evangelho" (aphōrismenos eis euangelion, ἀφωρισμένος εἰς εὐαγγέλιον) significa que Paulo foi escolhido para anunciar as boas novas sobre Cristo.

Romanos 1:2

"O qual antes havia prometido pelos seus profetas nas Santas Escrituras,"

Comentário

  • O evangelho não era uma novidade, mas já havia sido profetizado no Antigo Testamento (Isaías 53, Jeremias 31:31-34, Salmo 22).
  • Isso confirma que Jesus é o cumprimento das promessas messiânicas.

Romanos 1:3

"Acerca de seu Filho, que nasceu da descendência de Davi segundo a carne,"

Comentário

  • Jesus é "Filho de Deus" e também "descendente de Davi", confirmando Suas duas naturezas (divina e humana).
  • "Nasceu" (genomenos, γεγονότος) significa "tornou-se", indicando a Encarnação.
  • "Descendência de Davi" mostra que Jesus cumpre a promessa messiânica de 2 Samuel 7:12-16.

Romanos 1:4

"Declarado Filho de Deus em poder, segundo o Espírito de santificação, pela ressurreição dos mortos, – Jesus Cristo, nosso Senhor,"

Comentário

  • Jesus sempre foi Filho de Deus, mas Sua ressurreição provou isso publicamente.
  • A palavra "declarado" (horizō, ὁρίζω) significa "designado, marcado", mostrando que a ressurreição confirmou Sua identidade.
  • "Espírito de santificação" refere-se ao Espírito Santo, que operou na ressurreição de Cristo.
  • "Nosso Senhor" (Kyrios, Κύριος) reforça Sua soberania sobre tudo e todos.

📖 Filipenses 2:5-11 – A Humildade e Exaltação de Cristo

Filipenses 2:5

"De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus,"

Comentário

  • Paulo ensina que os crentes devem imitar a humildade de Cristo.
  • A palavra "sentimento" (phroneite, φρονεῖτε) significa "modo de pensar, atitude".

Filipenses 2:6

"Que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus."

Comentário

  • "Forma de Deus" (morphē Theou, μορφῇ Θεοῦ) indica que Jesus sempre teve a essência divina.
  • "Usurpação" (harpagmon, ἁρπαγμὸν) significa "algo a ser agarrado com força".
  • Jesus não considerou que Sua divindade era algo que Ele deveria reter egoisticamente, mas escolheu se humilhar.

Filipenses 2:7

"Mas aniquilou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens;"

Comentário

  • "Aniquilou-se" (ekenōsen, ἐκένωσεν) significa "esvaziou-se", indicando que Jesus abriu mão da manifestação visível de Sua glória, mas não de Sua divindade.
  • "Forma de servo" (morphē doulou, μορφῇ δούλου) confirma que Ele assumiu a condição de escravo.

Filipenses 2:8

"E, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte e morte de cruz."

Comentário

  • "Humilhou-se" (etapeinōsen, ἐταπείνωσεν) significa que Ele se rebaixou voluntariamente.
  • A "morte de cruz" era a mais vergonhosa, reservada para criminosos.

Filipenses 2:9

"Pelo que também Deus o exaltou soberanamente e lhe deu um nome que é sobre todo o nome,"

Comentário

  • Deus exaltou Jesus como Senhor Supremo.
  • "Nome sobre todo o nome" refere-se ao nome "Senhor" (Kyrios, Κύριος), título divino usado no Antigo Testamento para Deus.

Filipenses 2:10

"Para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra,"

Comentário

  • Essa passagem ecoa Isaías 45:23, onde Deus declara que todo joelho se dobrará diante Dele.
  • Isso mostra que Jesus é Yahweh (o Senhor).

Filipenses 2:11

"E toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para glória de Deus Pai."

Comentário

  • "Confesse" (exomologēsētai, ἐξομολογήσηται) significa "declarar publicamente".
  • "Jesus Cristo é o Senhor" confirma Sua soberania sobre toda a criação.

📖 Conclusão Geral

🔹 Romanos 1:1-4 apresenta a divindade e humanidade de Cristo.
🔹 Filipenses 2:5-11 mostra Sua humilhação voluntária e exaltação eterna.
🔹 As raízes gregas confirmam a profundidade teológica dessas passagens.

📚 Fontes:

  • Grudem, Wayne. Teologia Sistemática
  • Louw & Nida. Greek-English Lexicon of the New Testament
  • Strong, James. Dicionário de Palavras no Hebraico e Grego

1- INTRODUÇÃO
A lição desta semana tem como propósito reafirmar as naturezas divina e humana de Jesus e, ao mesmo tempo, mostrar as principais heresias contrárias ao ensino doutrinário da natureza cristológica: o Nestorianismo e o Monofisismo. Em seguida, a lição apresenta uma perspectiva atual em que essas heresias se apresentam com uma aparência moderna.
2- APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
A) Objetivos da Lição:
I) Apresentar o ensino bíblico da dupla natureza de Cristo;
II) Mostrar as heresias contra esse ensino: Nestorianismo e Monofisismo;
III) Identificar o perigo dessas heresias hoje.
B) Motivação: Por mais que se multiplique ideias e pensamentos a respeito de Jesus, o lugar mais seguro, a fonte mais saudável para se conhecer o Senhor Jesus são as Sagradas Escrituras.
C) Sugestão de Método: Na presente lição há duas palavras que muitos de nossos alunos não conhecem, pois fazem parte de um vocabulário técnico em Teologia: Monofisismo; Kenoticismo. Por isso, providencie um Dicionário Teológico, sugerimos o editado pela CPAD, destaque essas palavras e leia juntamente com sua classe antes de tratá-las diretamente no tópico respectivo. Assim, a sua classe poderá se familiarizar com esses dois termos técnicos da Teologia para desenvolver o assunto da presente lição.


3- CONCLUSÃO DA LIÇÃO
A) Aplicação: Conhecer bem a pessoa de Jesus Cristo tal qual revelada nas Escrituras Sagradas nos permite um relacionamento mais profundo e exitoso, ao mesmo tempo que nos protege de criar uma imagem distorcida de nosso Senhor que nada tem a ver com revelação divina tal como se encontra na Bíblia.
4- SUBSÍDIO AO PROFESSOR
A) Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas Adultos. Na edição 100, p.39, você encontrará um subsídio especial para esta lição.
B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará auxílios que darão suporte na preparação de sua aula: 1) O texto “A Encarnação: Deus pôde se tornar homem, sem deixar de ser Deus?”, ao final do primeiro tópico, aprofunda o ensino sobre a dupla natureza de Cristo; 2) O texto “Nestorianismo e o que a Bíblia diz”, logo após o segundo tópico, aprofunda a respeito da heresia nestoriana e a refutação bíblica a respeito dela.

COMENTÁRIO EXTRA

Comentário de Hubner Braz


Introdução Expandida

Após a definição da Cristologia no Concílio de Niceia (325 d.C.), que afirmou a divindade de Cristo, e do Concílio de Constantinopla (381 d.C.), que consolidou a doutrina da Trindade, novas controvérsias surgiram sobre a relação entre as naturezas divina e humana de Cristo. A principal questão era como essas duas naturezas coexistiam em uma única pessoa.

Diante dessas divergências, a Igreja convocou o Concílio de Calcedônia (451 d.C.), que se tornou um marco na teologia cristã ao definir a união hipostática, ou seja, a doutrina de que Cristo é verdadeiramente Deus e verdadeiramente homem, sem mistura, sem mudança, sem divisão e sem separação.

No entanto, antes dessa definição, duas visões foram consideradas heréticas:

  1. Nestorianismo – Propunha que Jesus tinha duas pessoas separadas (uma divina e outra humana), tornando a união entre elas frágil.
  2. Monofisismo – Defendia que, após a Encarnação, a natureza humana de Cristo foi absorvida pela natureza divina, resultando em uma única natureza.

Essas doutrinas foram condenadas em Calcedônia, consolidando o entendimento ortodoxo sobre a natureza de Cristo.

📖 Pergunta para Reflexão: Como essas questões históricas continuam a impactar a teologia cristã nos dias de hoje?


A Definição das Duas Naturezas de Cristo e o Concílio de Calcedônia (451 d.C.)

1. Contexto Histórico e Antecedentes

1.1. O Debate Cristológico nos Primeiros Séculos

Após a formulação do Credo Niceno (325 d.C.), que estabeleceu a divindade de Cristo em oposição ao Arianismo, a Igreja enfrentou uma nova questão teológica: como a natureza divina e a natureza humana coexistiam em Cristo.

O Concílio de Constantinopla (381 d.C.) reafirmou a Trindade e condenou heresias como o Apolinarismo, que negava a plena humanidade de Jesus. No entanto, o debate sobre a relação entre as naturezas divina e humana continuou, culminando em duas visões opostas que foram consideradas heréticas: o Nestorianismo e o Monofisismo.


2. O Nestorianismo

2.1. Definição

O Nestorianismo é uma doutrina atribuída a Nestório (c. 386-451 d.C.), patriarca de Constantinopla. Ele ensinava que Jesus possuía duas naturezas separadas, divina e humana, e que essas naturezas eram habitadas por duas pessoas distintas.

2.2. Consequências Teológicas

Se Cristo possuísse duas pessoas separadas, sua obra redentora ficaria comprometida, pois:

  1. A unidade de Cristo seria meramente moral, e não uma união real entre Deus e o homem.
  2. A encarnação não seria completa, pois a pessoa divina e a humana estariam separadas.
  3. Maria não poderia ser chamada de "Theotokos" (Mãe de Deus), mas apenas "Christotokos" (Mãe de Cristo), pois teria dado à luz apenas à natureza humana de Jesus.

2.3. Condenação do Nestorianismo

O Nestorianismo foi condenado no Concílio de Éfeso (431 d.C.), onde se afirmou que Jesus é uma única Pessoa Divina com duas naturezas distintas, porém inseparáveis. Esse concílio reafirmou que Maria pode ser chamada de "Mãe de Deus" (Theotokos) porque deu à luz a Cristo, que é verdadeiramente Deus e homem.

📖 Referência Bíblica:

  • João 1:14 – "E o Verbo se fez carne e habitou entre nós..." (δεινός ἐγένετο καὶ ἐσκήνωσεν ἐν ἡμῖν). Isso mostra que a divindade assumiu a humanidade plenamente.

3. O Monofisismo

3.1. Definição

O Monofisismo (do grego μόνος, "um" + φύσις, "natureza") é uma doutrina atribuída a Êutiques (378-454 d.C.), um monge de Constantinopla. Ele ensinava que, após a Encarnação, a natureza humana de Cristo foi absorvida pela natureza divina, resultando em uma única natureza divina (fusão das duas).

3.2. Consequências Teológicas

Se Jesus tivesse apenas uma natureza divina após a Encarnação, então:

  1. Ele não seria plenamente humano, o que comprometeria sua identificação com a humanidade.
  2. A redenção seria ineficaz, pois somente um verdadeiro homem poderia pagar o preço do pecado humano.
  3. A ressurreição e ascensão não seriam significativas, pois Jesus não permaneceria plenamente humano.

3.3. Condenação do Monofisismo

O Monofisismo foi rejeitado no Concílio de Calcedônia (451 d.C.), que estabeleceu a Doutrina da União Hipostática.

📖 Referência Bíblica:

  • Filipenses 2:6-8 – "Que, sendo em forma de Deus... tomou a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens" (μορφὴν δούλου λαβών, ἐν ὁμοιώματι ἀνθρώπων γενόμενος). Isso mostra que Ele manteve ambas as naturezas.

4. O Concílio de Calcedônia (451 d.C.)

Diante dessas controvérsias, a Igreja convocou o Concílio de Calcedônia, que definiu oficialmente a Doutrina Cristológica Ortodoxa.

4.1. Definição Oficial

O concílio estabeleceu que Jesus Cristo é uma única Pessoa Divina (o Filho) com duas naturezas distintas, divina e humana, que coexistem sem confusão, sem mudança, sem divisão e sem separação. Essa definição ficou conhecida como Doutrina da União Hipostática.

📖 Referência Bíblica:

  • Colossenses 2:9 – "Porque nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade" (ὅτι ἐν αὐτῷ κατοικεῖ πᾶν τὸ πλήρωμα τῆς θεότητος σωματικῶς).

4.2. Os Quatro Adjetivos de Calcedônia

O Concílio de Calcedônia estabeleceu que as naturezas de Cristo são:

  1. Sem confusão (ἀσυγχύτως) – A natureza divina não se mistura com a humana.
  2. Sem mudança (ἀτρέπτως) – Cada natureza mantém suas propriedades.
  3. Sem divisão (ἀδιαιρέτως) – Cristo não é duas pessoas.
  4. Sem separação (ἀχωρίστως) – As naturezas não podem ser separadas.

5. Conclusão e Aplicação

O Concílio de Calcedônia solucionou uma das maiores questões da teologia cristã, reafirmando que Jesus é verdadeiramente Deus e verdadeiramente homem.

Essa definição é essencial porque:
Garante que Cristo é nosso perfeito mediador (1 Timóteo 2:5).
Assegura que sua morte na cruz foi eficaz (Hebreus 9:14).
Confirma a ressurreição como um evento real e significativo (Romanos 1:4).

Hoje, compreender a Cristologia de Calcedônia nos ajuda a evitar erros teológicos e a ter uma visão correta sobre quem é Jesus.

📖 Pergunta para Reflexão:

  • Como a doutrina das duas naturezas de Cristo fortalece nossa fé e nossa adoração?

Aqui estão algumas obras acadêmicas cristãs recomendadas para aprofundar o estudo sobre o Concílio de Calcedônia, Cristologia e as heresias do Nestorianismo e Monofisismo:


1. Cristologia e História da Igreja

📘 "Cristologia: Uma Introdução" – Gerald O'Collins

🔹 Apresenta um estudo aprofundado sobre a identidade de Cristo, abordando as discussões dos concílios ecumênicos, incluindo Calcedônia.

📘 "História do Pensamento Cristão" – Justo L. González

🔹 Excelente para entender a evolução teológica da Cristologia e os debates que levaram às definições conciliares.

📘 "Teologia Cristã" – Alister McGrath

🔹 Aborda a Cristologia de forma sistemática, explicando as controvérsias teológicas e suas resoluções.

📘 "Teologia Sistemática" – Wayne Grudem

🔹 Contém uma seção dedicada à Cristologia e à doutrina das duas naturezas de Cristo.


2. O Concílio de Calcedônia e a Doutrina Cristológica


📘 "A Herança dos Apóstolos" – J.N.D. Kelly

🔹 Uma obra clássica sobre a formação da teologia cristã primitiva, incluindo as definições do Concílio de Calcedônia.

📘 "Concílios Ecumênicos" – Norman Tanner

🔹 Apresenta os textos e decretos oficiais dos principais concílios, incluindo Calcedônia.

📘 "As Grandes Heresias" – Hilaire Belloc

🔹 Explica o impacto do Nestorianismo e do Monofisismo no desenvolvimento da doutrina cristã.


3. Análises sobre Nestorianismo e Monofisismo


📘 "Hereges para a História" – David Christie-Murray

🔹 Detalha as heresias cristológicas e sua influência na Igreja primitiva.

📘 "Os Pais da Igreja" – Hubertus R. Drobner

🔹 Analisa o pensamento teológico dos primeiros cristãos e as disputas sobre a natureza de Cristo.

📘 "Os Concílios Ecumênicos: Uma Introdução Concisa" – Christopher M. Bellitto

🔹 Explica o contexto e as decisões do Concílio de Calcedônia.

📘 "Cristo, Nossa Vida" – Donald Macleod

🔹 Apresenta uma Cristologia reformada, abordando a importância das duas naturezas de Cristo.

Esses livros são ótimas referências teológicas e históricas sobre o tema.


Palavra-Chave: Natureza

COMENTÁRIO EXTRA

Comentário de Hubner Braz


A relação entre a humanidade e a divindade de Cristo é um dos temas centrais da teologia cristã. Esse conceito sustenta a doutrina da encarnação e da expiação, fundamentais para a fé cristã. No contexto bíblico e teológico, a palavra "natureza" se refere à essência ou substância de um ser.


A ortodoxia cristã ensina que Jesus Cristo possui duas naturezas: humana e divina, unidas na única pessoa do Filho (Doutrina da União Hipostática). Essa crença foi formalmente definida no Concílio de Calcedônia (451 d.C.), que afirmou que Cristo é “verdadeiramente Deus e verdadeiramente homem”, sem confusão, mudança, divisão ou separação.


Palavra-Chave: "Natureza" no Hebraico e no Grego

  1. Hebraico:
    • A palavra que pode ser usada para "natureza" no Antigo Testamento é "טֶבַע" (teva‘), que significa essência, constituição ou caráter natural de algo. Essa palavra é rara no AT, mas conceitos relacionados aparecem, como "imagem" (צֶלֶם, tselem) em Gênesis 1.26, referindo-se à criação do homem segundo a natureza de Deus.
  2. Grego:
    • No Novo Testamento, a palavra usada para "natureza" é "φύσις" (physis), que significa ordem natural, essência ou constituição de um ser.
    • Exemplos:
      • Romanos 2.14"Porque, quando os gentios, que não têm lei, fazem naturalmente as coisas da lei, não tendo eles lei, para si mesmos são lei." (φύσει, physei – "por natureza").
      • Filipenses 2.6-7"Que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus, mas esvaziou-se a si mesmo." (μορφή, morphē – "forma", indicando a essência divina de Cristo).

2. A Natureza Divina de Cristo

A Bíblia ensina claramente que Jesus possui uma natureza divina, sendo o próprio Deus encarnado.

Passagens Bíblicas

  • João 1.1, 14"No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus (...). E o Verbo se fez carne e habitou entre nós."
  • Colossenses 2.9"Porque nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade."
  • Hebreus 1.3"O qual, sendo o resplendor da sua glória, e a expressa imagem da sua pessoa."

Evidências Teológicas

  1. Atributos Divinos em Cristo
    • Eterno (Jo 8.58)
    • Onipotente (Mt 28.18)
    • Onipresente (Mt 18.20)
    • Onisciente (Jo 16.30)
  2. Títulos Divinos Aplicados a Jesus
    • Kyrios (Κύριος) – "Senhor" (Fp 2.11)
    • Theos (Θεός) – "Deus" (Jo 20.28)
  3. Obras Exclusivas de Deus Atribuídas a Cristo
    • Criador (Jo 1.3; Cl 1.16)
    • Sustentador do Universo (Hb 1.3)
    • Perdoa pecados (Mc 2.5-7)

3. A Natureza Humana de Cristo

A humanidade de Jesus é igualmente essencial. Ele não apenas apareceu como homem, mas se tornou verdadeiramente humano, experimentando as limitações e sofrimentos da existência terrena.

Passagens Bíblicas

  • Mateus 1.23"E chamarão o seu nome Emanuel, que traduzido é: Deus conosco."
  • João 4.6"Jesus, pois, cansado do caminho, assentou-se assim junto da fonte."
  • Hebreus 2.14"E visto como os filhos participam da carne e do sangue, também ele participou das mesmas coisas."

Evidências Teológicas

  1. Atributos Humanos de Cristo
    • Sentiu fome (Mt 4.2)
    • Sentiu sede (Jo 19.28)
    • Se cansou (Jo 4.6)
    • Sofreu e morreu (Lc 23.46)
  2. Cristo Possuía Alma e Corpo Humanos
    • Alma"A minha alma está cheia de tristeza até à morte." (Mt 26.38)
    • Corpo"Vede as minhas mãos e os meus pés, que sou eu mesmo." (Lc 24.39)

4. Outras Religiões e a Natureza de Cristo (Apologia Cristã)

A doutrina cristã da dupla natureza de Cristo contrasta fortemente com a visão de outras religiões:

  1. Islamismo – Jesus é apenas um profeta, não Deus. O Alcorão nega sua divindade e morte na cruz (Surata 4:157).
    • Resposta Cristã: João 20.28 – Tomé chama Jesus de "Senhor" e "Deus".
  2. Judaísmo – Jesus é visto como um falso messias, não o Filho de Deus.
    • Resposta Cristã: Isaías 9.6 profetiza um Messias divino.
  3. Testemunhas de Jeová – Negam a Trindade e dizem que Jesus é um ser criado (Miguel Arcanjo).
    • Resposta Cristã: Colossenses 1.16 – Cristo criou todas as coisas, logo, não pode ser criado.
  4. Espiritismo – Jesus é um espírito evoluído, não Deus encarnado.
    • Resposta Cristã: João 1.14 – Jesus se fez carne.

5. Conclusão: A Importância da União das Duas Naturezas de Cristo

A doutrina da união hipostática tem implicações fundamentais para a fé cristã:

  • Somente um Cristo verdadeiramente divino poderia pagar a dívida infinita do pecado.
  • Somente um Cristo verdadeiramente humano poderia representar a humanidade diante de Deus.

Como afirmou Anselmo de Cantuária, em Cur Deus Homo?, "A satisfação pelo pecado só poderia ser feita por alguém que fosse verdadeiramente Deus e verdadeiramente homem."

A Bíblia afirma em 1 Timóteo 2.5:
"Porque há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo, homem."

Portanto, a confissão bíblica é clara: Jesus Cristo é 100% Deus e 100% homem. Somente Nele encontramos redenção e reconciliação com Deus.

COMENTÁRIO EXTRA

Comentário de Hubner Braz


A doutrina da dupla natureza de Jesus Cristo – plenamente Deus e plenamente homem – é um dos pilares centrais do cristianismo. Esse ensino é essencial para a correta compreensão da identidade de Cristo, da eficácia de sua obra redentora e do significado de sua encarnação. O apóstolo Paulo destaca essa verdade em Romanos 1.3, ao afirmar que Jesus é “descendência de Davi segundo a carne”, enfatizando sua verdadeira humanidade, enquanto nos versículos seguintes (Rm 1.4), realça sua divindade ao referir-se à ressurreição pelo poder do Espírito Santo.


1. A Expressão "Descendência de Davi segundo a carne" e sua Raiz Grega

O termo grego para "descendência" é σπέρμα (sperma), que significa "semente" ou "linhagem". Essa palavra remete à promessa messiânica feita a Davi, de que um de seus descendentes se assentaria em seu trono para sempre (2 Sm 7.12-16). O Messias, segundo as profecias, viria da linhagem davídica, sendo um verdadeiro representante da humanidade e da nação de Israel (Is 11.1).

Já a palavra "carne" no texto de Romanos 1.3 vem do termo grego σάρξ (sarx), que frequentemente é usada no Novo Testamento para se referir à humanidade, à fraqueza ou à condição terrena do homem (Jo 1.14; Rm 8.3). Quando Paulo diz que Jesus veio da “descendência de Davi segundo a carne”, ele está afirmando que Cristo assumiu plenamente a condição humana, nascendo em um contexto histórico e genealógico específico, conforme as Escrituras previam.

Essa ênfase na humanidade de Cristo é fundamental, pois refuta as heresias docetistas e gnósticas, que negavam a realidade de sua encarnação. Como afirma 1 João 4.2-3, "Todo espírito que confessa que Jesus Cristo veio em carne é de Deus; e todo espírito que não confessa que Jesus Cristo veio em carne não é de Deus".


2. O Elo Humano-Divino: A Encarnação de Cristo

A concepção virginal de Cristo (Mt 1.20; Lc 1.35) marca a união da divindade e humanidade no único e verdadeiro Salvador. O termo "concebido" em Mateus 1.20 é γεννάω (gennáo), que significa "gerar" ou "dar origem". O Espírito Santo realizou um milagre ao gerar Jesus no ventre de Maria, sem a intervenção de um pai humano, assegurando assim que Ele não herdasse a natureza pecaminosa de Adão (Hb 4.15).

O nascimento virginal de Jesus cumpre a profecia de Isaías 7.14, que declara: "Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho, e lhe chamará Emanuel". O termo hebraico para "virgem" usado nesse texto é עַלְמָה (almah), que em seu contexto se refere a uma jovem mulher em idade núbil, mas que na tradição judaica e na Septuaginta é compreendido como uma virgem literal. Mateus confirma essa interpretação ao aplicar a profecia a Maria (Mt 1.23).

O nascimento virginal garante que Jesus fosse verdadeiramente humano, mas sem o pecado original. Como observa Wayne Grudem, "A concepção virginal nos lembra que a salvação definitiva não pode vir do esforço humano, mas deve ser uma obra sobrenatural de Deus" (Teologia Sistemática, p. 529).


3. A União Hipostática: A Plenitude de Deus e Homem em Jesus

A teologia cristã define a relação entre a humanidade e divindade de Cristo como união hipostática – isto é, a coexistência de duas naturezas (divina e humana) em uma única pessoa. Esse conceito foi formalmente estabelecido no Concílio de Calcedônia (451 d.C.), que declarou que Cristo é "verdadeiramente Deus e verdadeiramente homem, consubstancial ao Pai quanto à divindade e consubstancial a nós quanto à humanidade".

O apóstolo João expressa essa verdade de maneira direta em João 1.1,14:

  • "No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus..." (divindade).
  • "E o Verbo se fez carne e habitou entre nós..." (humanidade).

Outros textos que sustentam essa doutrina incluem:

  • Filipenses 2.5-8 – Fala do esvaziamento de Cristo (kenosis), quando Ele assumiu a forma de servo.
  • Colossenses 2.9 – "Porque nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade".
  • Hebreus 2.14 – Destaca que Ele participou da carne e sangue para ser nosso Redentor.

Como observa Millard Erickson, "A humanidade de Jesus não foi uma ilusão ou um papel temporário, mas uma realidade plena e contínua" (Introdução à Teologia Sistemática, p. 319).


4. Aplicação Pessoal: O Que Isso Significa para Nós?

A verdade da dupla natureza de Jesus tem implicações profundas para nossa fé:

  1. Cristo é o Mediador Perfeito
    • Como verdadeiro homem, Ele pode nos representar diante de Deus (1 Tm 2.5).
    • Como verdadeiro Deus, Ele pode conceder salvação eterna (Jo 10.28).
  2. Nosso Salvador Se Identifica Conosco
    • Ele experimentou fome, sede, dor e cansaço, conhecendo nossas fraquezas (Hb 4.15).
    • Ele enfrentou tentações, mas sem pecado, tornando-se nosso modelo e intercessor.
  3. O Chamado à Santidade e Serviço
    • Assim como Cristo se humilhou, devemos viver em obediência e humildade (Fp 2.5-8).
    • Devemos imitar Sua entrega total à vontade do Pai (Lc 22.42).
  4. Esperança na Ressurreição
    • Assim como Ele venceu a morte em sua natureza humana glorificada, também ressuscitaremos (1 Co 15.20-22).


5. Apologética: Respostas a Heresias e Dúvidas

A correta compreensão da dupla natureza de Cristo nos permite responder a falsas doutrinas:

  • Arianismo (Negação da Divindade de Cristo) – Refutado por Jo 1.1, Cl 2.9, Hb 1.8.
  • Docetismo (Negação da Humanidade de Cristo) – Refutado por 1 Jo 4.2-3, Lc 24.39.
  • Nestorianismo (Separação das Naturezas de Cristo) – Refutado por Jo 10.30, Cl 1.19.

Como bem afirmou Athanasius de Alexandria, "O Filho de Deus tornou-se homem para que nós pudéssemos ser feitos filhos de Deus".


Conclusão

O ensino bíblico da dupla natureza de Jesus é essencial para nossa fé e salvação. Ele é o Messias prometido, da linhagem de Davi segundo a carne, mas também é o Filho de Deus, que possui a plenitude da divindade. A correta compreensão dessa doutrina fortalece nossa adoração, nos dá segurança na salvação e nos impulsiona a viver uma vida de santidade e dedicação ao Senhor.

Que possamos, assim como Paulo, confessar com fé: "E, sem dúvida alguma, grande é o mistério da piedade: Deus se manifestou em carne" (1 Tm 3.16).

COMENTÁRIO EXTRA

Comentário de Hubner Braz


O versículo de Romanos 1.4 é uma das declarações mais enfáticas da divindade de Cristo no Novo Testamento. Paulo afirma que Jesus foi "declarado Filho de Deus em poder, segundo o Espírito de santificação, pela ressurreição dos mortos", ligando diretamente a sua filiação divina ao evento da ressurreição. Essa verdade é reforçada em Romanos 9.5, onde o apóstolo confirma que Cristo, segundo a carne, é descendente de Israel, mas, ao mesmo tempo, é o "Deus bendito eternamente".


1. A Expressão “Declarado Filho de Deus em Poder” e Sua Raiz Grega

O verbo grego traduzido como "declarado" é ὁρισθέντος (horisthéntos), derivado de ὁρίζω (horízō), que significa "determinar, designar, estabelecer uma ordem ou um limite". Esse termo não implica que Jesus se tornou Filho de Deus na ressurreição, pois Ele já era Filho desde a eternidade (Jo 1.1,14). Em vez disso, Paulo está ensinando que, com a ressurreição, Cristo foi publicamente revelado e reconhecido como o Filho de Deus em toda a sua glória e poder.

O título υἱοῦ θεοῦ (huiou theou), "Filho de Deus", enfatiza a relação única de Cristo com o Pai, distinta da filiação adotiva dos crentes (Jo 5.18; Hb 1.5). Ele é o Filho unigênito (μονογενής, monogenēs, Jo 3.16), ou seja, aquele que compartilha a mesma essência do Pai, sendo consubstancial a Ele (Cl 1.15-19).

O termo ἐν δυνάμει (en dynamei), "em poder", enfatiza que a ressurreição não apenas confirmou a filiação divina de Cristo, mas também revelou sua autoridade absoluta sobre a morte, o pecado e Satanás (Mt 28.18; Ef 1.20-22).

Wayne Grudem observa que a filiação divina de Cristo não foi alterada pela ressurreição, mas a manifestação de seu poder como Filho de Deus foi plenamente demonstrada a partir desse evento (Teologia Sistemática, p. 546).


2. A Plenitude da Divindade de Cristo e Romanos 9.5

Em Romanos 9.5, Paulo apresenta uma das declarações mais diretas da divindade de Cristo no Novo Testamento:

"dos quais são os pais, e dos quais é Cristo, segundo a carne, o qual é sobre todos, Deus bendito eternamente. Amém!"

Aqui, encontramos uma clara afirmação de que Jesus, mesmo sendo judeu segundo a carne, é também o Deus soberano e eterno. A frase-chave, ὁ ὢν ἐπὶ πάντων θεὸς εὐλογητὸς (ho ōn epi pantōn theos eulogētos), traduz-se literalmente como "aquele que é sobre todos, Deus bendito para sempre".

A Estrutura do Texto e a Identificação de Cristo como Deus

A gramática grega não permite separar "Cristo" de "Deus bendito eternamente", como algumas traduções tentaram fazer. Charles Hodge afirma que, em toda a tradição paulina, Deus Pai nunca é chamado de "bendito" (εὐλογητός, eulogētos), enquanto Cristo recebe esse título como aquele que é verdadeiramente divino (Comentário sobre Romanos, p. 306).

O próprio Antigo Testamento confirma essa realidade. O título El Elyon (עליון, "Deus Altíssimo") é aplicado a Deus em passagens como Salmo 97.9, que diz: "Pois tu, SENHOR, és o Altíssimo sobre toda a terra; tu és sobremodo exaltado acima de todos os deuses". Em Romanos 9.5, Paulo aplica esse mesmo conceito a Cristo, afirmando sua soberania sobre todas as coisas.


3. A Ressurreição como Confirmação da Divindade de Cristo

A ressurreição é o ponto central da confirmação da divindade de Cristo. Como diz 1 Coríntios 15.17, "se Cristo não ressuscitou, é vã a vossa fé".

Paulo liga diretamente a ressurreição à filiação divina de Cristo, pois apenas Deus tem poder sobre a morte (Jo 10.17-18). A ressurreição de Cristo é a prova cabal de sua natureza divina e do cumprimento das profecias messiânicas, como Salmo 16.10:

"Pois não deixarás a minha alma no Sheol, nem permitirás que o teu Santo veja corrupção".

John Stott explica que a ressurreição não tornou Jesus o Filho de Deus, mas foi a confirmação pública e definitiva de sua identidade divina (A Cruz de Cristo, p. 108).


4. Aplicação Pessoal: Como Isso Afeta Nossa Vida?

  1. Cristo é o Senhor Supremo
    • Ele não é apenas um profeta ou mestre, mas o Deus Todo-Poderoso. Nossa adoração deve ser totalmente dedicada a Ele (Fp 2.9-11).
  2. A Ressurreição nos dá Esperança
    • Se Cristo ressuscitou, também nós ressuscitaremos com Ele (1 Co 15.20-22). Isso nos dá segurança na vida eterna.
  3. Devemos Viver em Santidade
    • O mesmo poder que ressuscitou Jesus opera em nós para nos transformar (Rm 8.11).
  4. A Divindade de Cristo nos Dá Segurança na Salvação
    • Se Cristo é Deus, Sua obra é suficiente para nossa redenção eterna (Hb 7.25).


5. Apologética: Respostas a Dúvidas e Heresias

A correta compreensão da divindade de Cristo nos ajuda a refutar ensinos errôneos:

  • Testemunhas de Jeová e Unitarianismo: Negam a divindade de Cristo, mas Romanos 9.5, Colossenses 2.9 e João 1.1 provam que Ele é Deus.
  • Islamismo: Afirma que Jesus foi um profeta, mas João 8.58 ("Antes que Abraão existisse, EU SOU") demonstra sua divindade pré-existente.
  • Liberalismo Teológico: Reduz Jesus a um símbolo moral, mas a ressurreição histórica confirma que Ele é Deus.

Athanasius de Alexandria, ao combater o arianismo, declarou:

"Se Jesus não fosse Deus, Ele não poderia nos salvar. Se Ele não fosse homem, não poderíamos ser salvos por Ele".


Conclusão

A expressão "declarado Filho de Deus em poder" aponta para a revelação plena da divindade de Cristo por meio da ressurreição. Como ensina Romanos 9.5, Ele é o Deus bendito eternamente, sendo ao mesmo tempo verdadeiramente humano e verdadeiramente divino.

Compreender essa verdade fortalece nossa fé, nos dá segurança na salvação e nos impulsiona a viver para a glória de Cristo. Que possamos sempre confessar com convicção:

"Jesus Cristo é o Senhor, para glória de Deus Pai" (Fp 2.11).

3- O antigo hino cristológico (Fp 2.5,6). O texto está dizendo que embora Jesus sendo Deus, não usou as prerrogativas da divindade durante seu ministério terreno e, mesmo que fizesse uso delas, não consideraria isso uma usurpação. O apóstolo está se referindo ao status de Cristo antes da encarnação (Jo 1.1,14). Mas enfatiza o aspecto humano (vv.7,8). Ο apóstolo está sendo muito claro no ensino das naturezas humana e divina em uma só Pessoa. Essa passagem é parte de um provável hino que os primeiros cristãos cantavam nos cultos e o apóstolo Paulo a inseriu nessa epístola aos Filipenses. O termo grego morphē, “forma”, usado pelo apóstolo Paulo, “sendo em forma de Deus” (v.6), indica essência imutável, portanto, Ele jamais deixou de ser Deus.

COMENTÁRIO EXTRA

Comentário de Hubner Braz


O Hino Cristológico de Filipenses 2:5-6 – A Humildade do Deus Encarnado

A passagem de Filipenses 2:5-11 é um dos textos mais profundos sobre a dupla natureza de Cristo e sua obra redentora. Os estudiosos acreditam que este trecho era um hino litúrgico usado pelos primeiros cristãos para exaltar Jesus, e Paulo o incorpora à sua epístola para ilustrar a humildade e o amor sacrificial de Cristo.

No versículo 6, Paulo declara:

"Que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus."

Esse versículo traz riqueza teológica, pois aborda a preexistência de Cristo, sua divindade e sua decisão voluntária de se humilhar ao assumir a forma humana.


1. O Significado de "Morphe" – A Essência Imutável de Cristo

O termo grego traduzido como "forma de Deus" é μορφῇ θεοῦ (morphē theou). A palavra μορφή (morphē) se refere à essência e natureza imutável de algo. Isso significa que Cristo possuía desde a eternidade toda a plenitude da divindade.

Essa palavra se diferencia de σχῆμα (schēma), que significa aparência externa transitória. Quando Paulo menciona no versículo 7 que Cristo tomou a "forma de servo" (μορφὴν δούλου, morphēn doulou), ele está indicando que assim como Ele era plenamente Deus, tornou-se também plenamente humano.

Wayne Grudem reforça esse ponto ao afirmar que morphē nunca significa "mera aparência", mas sim a própria natureza essencial de algo (Teologia Sistemática, p. 547).

Portanto, Jesus nunca deixou de ser Deus, mas em sua encarnação ele velou sua glória e se submeteu voluntariamente às limitações da vida humana.


2. "Não Teve por Usurpação Ser Igual a Deus" – A Humildade do Filho

A frase-chave aqui é "não teve por usurpação ser igual a Deus". O termo grego para "usurpação" é ἁρπαγμός (harpagmós), que pode significar:

  1. Algo a ser tomado à força (como um assalto).
  2. Algo que se possui, mas não se agarra egoisticamente.

No contexto, a segunda interpretação faz mais sentido. Cristo não considerou sua igualdade com Deus algo a ser explorado para seu próprio benefício. Ou seja, Ele não usou suas prerrogativas divinas para escapar do sofrimento ou da cruz.

Paulo está contrastando a atitude de Cristo com a do primeiro Adão, que tentou se tornar como Deus (Gn 3.5). Cristo, sendo Deus, fez o oposto: se humilhou para salvar a humanidade.

D.A. Carson comenta que a atitude de Cristo ensina que a verdadeira grandeza está na humildade e no serviço, não no domínio e no poder (Comentário sobre Filipenses, p. 88).


3. A Preexistência de Cristo e Sua Plenitude Divina

A afirmação de que Jesus estava "em forma de Deus" indica sua preexistência eterna. Esse ensino está alinhado com outras passagens, como:

  • João 1.1,14"No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus (...). E o Verbo se fez carne e habitou entre nós."
  • Colossenses 2.9"Porque nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade."
  • Hebreus 1.3"O qual, sendo o resplendor da sua glória, e a expressa imagem da sua pessoa (...), sustentando todas as coisas pela palavra do seu poder."

Esses textos confirmam que Cristo não apenas existia antes da criação, mas é da mesma substância do Pai.


4. Aplicação Pessoal: Como Isso Transforma Nossa Vida?

  1. Chamados à Humildade
    • Se Cristo, sendo Deus, se humilhou, quanto mais nós devemos nos esvaziar do orgulho e do egoísmo para servir aos outros? Paulo usa esse hino para nos ensinar que a humildade é essencial para a vida cristã (Fp 2.3-5).
  2. A Confiança na Suficiência de Cristo
    • Como Ele é Deus encarnado, sua obra na cruz é totalmente eficaz para nos salvar (Hb 7.25).
  3. A Verdadeira Natureza do Poder Espiritual
    • Jesus nos ensina que o maior no Reino de Deus é aquele que serve (Mc 10.45).


5. Apologética: Refutando Erros sobre a Natureza de Cristo

  1. Testemunhas de Jeová e Unitarianismo
    • Afirmam que Jesus é uma criatura exaltada. Mas morphē theou e João 1.1 deixam claro que Ele é Deus eterno.
  2. Islamismo
    • Dizem que Jesus era apenas um profeta. No entanto, Filipenses 2.6 prova que Ele era igual a Deus.
  3. Adventismo Histórico e Kenosis Mal Interpretada
    • Alguns alegam que Jesus "abandonou" sua divindade. Mas Ele esvaziou-se de sua glória, não de sua natureza divina (Fp 2.7).


Conclusão: O Deus que se Fez Servo

O hino cristológico de Filipenses 2.5-6 ensina que Jesus é Deus eterno, mas escolheu humildemente assumir a forma humana para nos salvar. Sua divindade nunca foi abandonada, mas Ele abriu mão de seus direitos para cumprir a missão do Pai.

Esse texto nos desafia a viver com a mesma humildade e entrega de Cristo, sabendo que sua glória foi restaurada e Ele reina para sempre (Fp 2.9-11).

Que possamos declarar com convicção:

"Jesus Cristo é o Senhor, para a glória de Deus Pai!" (Fp 2.11).

“A ENCARNAÇÃO: DEUS PÔDE SE TORNAR HOMEM, SEM DEIXAR DE SER DEUS?
[…] A teologia histórica é baseada na Bíblia argumentou que Deus é onisciente (sabe todas as coisas), onipotente (todo-poderoso), sem pecado e não corpóreo (sem um corpo), e que estes atributos são essenciais e necessários para a divindade. Caracteristicamente, os seres humanos não exibem estes atributos. Assim sendo, como pode Jesus ser, simultaneamente, plenamente divino e plenamente humano? Seguindo estas linhas de raciocínio, alguns atacaram a doutrina da encarnação, tentando afirmar que ela é ilógica e contraditória. Esta suposta contradição lógica baseia-se em uma interpretação equivocada fundamental de como a natureza humana é definida, de acordo com Thomas V. Morris em seu livro The Logic of God Incarnate (A Lógica de Deus Encarnado). […] O entendimento histórico da Encarnação expressa as crenças de que Jesus Cristo é plenamente Deus, isto é, Ele possui todas as propriedades essenciais de Deus; Jesus Cristo é também plenamente humano – isto é, Ele possui todas as propriedades essenciais de um ser humano” (Bíblia de Estudo Apologia Cristã. Rio de Janeiro: CPAD, 2009, p.1892).

COMENTÁRIO EXTRA

Comentário de Hubner Braz


A Controvérsia Cristológica de Nestório: Uma Análise Bíblica e Teológica

A questão levantada por Nestório (428-431 d.C.), bispo de Constantinopla, foi uma das mais acaloradas da história da cristologia. Ele rejeitou o título "Theotokos" (Θεοτόκος), que significa "portadora de Deus", sugerindo em seu lugar "Christotokos" (Χριστοτόκος), ou "portadora de Cristo". Sua preocupação era preservar a distinção entre a natureza divina e humana de Cristo, evitando o que ele via como um risco de confusão entre as naturezas.


1. A Raiz da Controvérsia: Theotokos vs. Christotokos

O termo Θεοτόκος (Theotokos) era amplamente usado na Igreja do Oriente para se referir a Maria como "Mãe de Deus". No entanto, Nestório temia que esse título levasse a uma fusão entre as naturezas divina e humana de Cristo. Ele propôs o termo Χριστοτόκος (Christotokos), enfatizando que Maria era mãe de Jesus em sua humanidade, não em sua divindade.

A Fundamentação Bíblica

A Bíblia ensina claramente que:

  1. Jesus é Deus eterno (Jo 1.1,14; Cl 2.9).
  2. Jesus nasceu como homem através de Maria (Mt 1.20-25; Gl 4.4).
  3. A encarnação não alterou a divindade de Cristo, mas acrescentou uma natureza humana à sua pessoa (Fp 2.5-8).

O problema da posição de Nestório não era tanto a defesa da dupla natureza de Cristo, mas sim sua dificuldade em explicar como as duas naturezas estavam unidas em uma só Pessoa.


2. O Concílio de Éfeso (431) e a Resolução da Controvérsia

O Concílio de Éfeso (431 d.C.), liderado por Cirilo de Alexandria (376-444 d.C.), condenou Nestório, declarando oficialmente Theotokos como um título legítimo para Maria. A razão para isso não foi a exaltação de Maria, mas sim a afirmação de que Jesus é uma única Pessoa com duas naturezas (humana e divina).

A teologia da Igreja baseou-se na união hipostática (hypóstasis – ὑπόστασις), conforme mais tarde definido no Concílio de Calcedônia (451 d.C.):

"Um só e mesmo Cristo, Filho, Senhor, Unigênito, conhecido em duas naturezas, inconfundíveis, imutáveis, indivisíveis e inseparáveis."

Isso significa que Cristo é completamente Deus e completamente homem, sem que uma natureza anule ou se misture com a outra.

A Perspectiva Bíblica sobre a União Hipostática

  1. João 1.14"E o Verbo se fez carne e habitou entre nós".
  2. Colossenses 2.9"Porque nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade".
  3. Hebreus 1.3"Ele é o resplendor da glória e a expressão exata do seu ser".

Esses textos ensinam que Cristo não era duas pessoas separadas, mas uma só Pessoa com duas naturezas inseparáveis.


3. As Heresias Relacionadas e as Implicações para a Cristologia

A posição de Nestório acabou sendo rejeitada porque, mesmo sem querer, ele tendia a dividir Cristo em duas pessoas distintas:

  1. Arianismo – Negava a divindade de Cristo, afirmando que Ele foi criado (condenado no Concílio de Niceia, 325 d.C.).
  2. Apolinarismo – Afirmava que Cristo tinha um corpo humano, mas uma mente divina, negando sua plena humanidade (condenado no Concílio de Constantinopla, 381 d.C.).
  3. Monofisismo – Defendia que Cristo tinha apenas uma natureza, na qual a humanidade foi absorvida pela divindade (condenado no Concílio de Calcedônia, 451 d.C.).
  4. Nestorianismo – Separava excessivamente as naturezas de Cristo, resultando em uma espécie de “Cristo dividido” (condenado no Concílio de Éfeso, 431 d.C.).

Diante disso, a Igreja estabeleceu a Cristologia Calcedoniana, que é a visão ortodoxa até hoje:

Cristo é uma única Pessoa com duas naturezas – divina e humana – unidas hipostaticamente.


4. Aplicação Pessoal: Como Isso Afeta Nossa Fé?

  1. A Nossa Salvação Depende da Verdadeira Natureza de Cristo
    • Se Jesus fosse apenas humano, Ele não poderia nos salvar, pois um mero homem não pode expiar os pecados do mundo (Sl 49.7-8).
    • Se fosse apenas Deus, Ele não poderia representar a humanidade. Mas Ele é 100% Deus e 100% homem, sendo o perfeito mediador (1 Tm 2.5).
  2. A Importância da Sã Doutrina
    • Heresias como o arianismo e o nestorianismo ainda influenciam seitas como Testemunhas de Jeová, Mórmons e Unitaristas. Precisamos defender a fé bíblica.
  3. O Exemplo de Cristo na Vida Cristã
    • Filipenses 2.5-8 nos ensina que Cristo, sendo Deus, se humilhou e serviu. Nossa vida deve refletir essa mesma humildade.


5. Conclusão: Uma Fé Baseada na Revelação Bíblica

A questão levantada por Nestório revelou a necessidade de um entendimento correto sobre quem é Jesus. A Igreja concluiu que:

Jesus é uma só Pessoa com duas naturezas – completamente Deus e completamente homem.
Maria foi verdadeiramente "Theotokos" – não porque ela originou a divindade de Cristo, mas porque deu à luz a Pessoa do Verbo encarnado.
A nossa fé se baseia nessa verdade – pois somente um Cristo verdadeiro pode ser nosso perfeito Salvador.

Como declarou Atanásio no Credo Atanasiano:

"Aquele que deseja ser salvo deve, acima de tudo, manter a fé católica. E a fé católica é esta: que adoremos um só Deus em Trindade, e a Trindade em Unidade."

Que possamos firmar nossa fé em Cristo, verdadeiro Deus e verdadeiro homem, o único Salvador e Senhor da Igreja!

2- Nestorianismo. Nestório defendia a formulação dos pais nicenos, a divindade de Cristo e a humanidade definida no Credo Niceno-constantinopolitano em 381. Segundo o pensamento nestoriano, as duas naturezas de Cristo, a humana e a divina, eram duas pessoas. Essa foi a acusação contra ele. A ilustração nestoriana era a comparação de marido e mulher serem uma “uma só carne” (Gn 2.4). Essa alegada afirmação nestoriana foi considerada heresia pelo Concílio de Éfeso em 431, ele foi condenado por esse concílio que o declarou herege e o imperador o exilou.

COMENTÁRIO EXTRA

Comentário de Hubner Braz


Nestorianismo e a Natureza de Cristo: Uma Análise Bíblica e Teológica Profunda

O Nestorianismo, atribuído a Nestório (428-431 d.C.), bispo de Constantinopla, tornou-se um dos grandes desafios teológicos da Igreja primitiva. A controvérsia girava em torno da relação entre as duas naturezas de Cristo – a divina e a humana – e como elas coexistiam em uma só Pessoa. Nestório afirmava que as duas naturezas eram distintas a ponto de formarem duas pessoas dentro de Cristo. Essa visão foi condenada no Concílio de Éfeso (431 d.C.) e posteriormente no Concílio de Calcedônia (451 d.C.).


1. A Doutrina da Dupla Natureza de Cristo: A Base Bíblica

A Bíblia ensina claramente que Jesus Cristo é uma só Pessoa com duas naturezas inseparáveis:

  1. Cristo é plenamente Deus
    • "No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus" (Jo 1.1).
    • "Porque nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade" (Cl 2.9).
  2. Cristo é plenamente homem
    • "E o Verbo se fez carne e habitou entre nós" (Jo 1.14).
    • "Mas, quando veio a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei" (Gl 4.4).
  3. Cristo é uma só Pessoa com duas naturezas
    • "Porque há um só Deus e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem" (1Tm 2.5).

Esses textos demonstram que Cristo não era duas pessoas separadas, mas uma única Pessoa que possuía simultaneamente uma natureza divina e uma natureza humana.


2. O Problema do Nestorianismo: Separação Excessiva das Naturezas

Nestório argumentava que, embora Jesus fosse tanto Deus quanto homem, essas duas naturezas eram tão separadas que poderiam ser consideradas duas pessoas distintas. Ele usava a metáfora do casamento em Gênesis 2.24 ("e serão ambos uma só carne") para ilustrar sua ideia, sugerindo que a união entre as naturezas de Cristo era mais uma associação do que uma verdadeira unidade ontológica.

Essa visão foi rejeitada pelo Concílio de Éfeso (431 d.C.), liderado por Cirilo de Alexandria, pois comprometia a verdade de que Cristo é um único ser. A Igreja reconheceu que Cristo é uma única Pessoa divina, e essa união é chamada de união hipostática (gr. ὑπόστασις, hypóstasis).

O Erro do Nestorianismo

  1. Dividia excessivamente a Pessoa de Cristo – O perigo dessa doutrina é que ela fazia parecer que havia dois Cristos: um divino e outro humano. Mas as Escrituras ensinam que Cristo é um só (1Tm 2.5).
  2. Comprometia a eficácia da redenção – Se Cristo fosse duas pessoas separadas, qual delas morreu na cruz? Se apenas o humano morreu, então não há valor infinito na expiação; mas se apenas o divino morreu, Deus não pode morrer. A união das naturezas é essencial para a obra redentora (Hb 2.14-17).

3. A Resolução Cristológica no Concílio de Éfeso (431) e Calcedônia (451)

A Igreja, sob a liderança de Cirilo de Alexandria, respondeu ao Nestorianismo reafirmando que Cristo é uma única Pessoa (ὑπόστασις, hypóstasis) com duas naturezas inseparáveis. O Concílio de Calcedônia (451 d.C.) formulou a seguinte definição:

"Um só e mesmo Cristo, Filho, Senhor, Unigênito, conhecido em duas naturezas, inconfundíveis, imutáveis, indivisíveis e inseparáveis."

Isso significa que:

A divindade e a humanidade de Cristo não podem ser confundidas (contra o Monofisismo).
A divindade e a humanidade de Cristo não podem ser separadas (contra o Nestorianismo).

A teologia ortodoxa afirma que Jesus Cristo é uma única Pessoa, completamente Deus e completamente homem, e essa união não pode ser fragmentada.


4. A Raiz das Palavras no Grego e Hebraico

Hypóstasis (ὑπόστασις) – "Pessoa/Substância"

  • A palavra ὑπόστασις (hypóstasis) é usada em Hebreus 1.3:
    • "O qual, sendo o resplendor da sua glória, e a expressa imagem da sua pessoa (hypóstasis)".
  • Esse termo foi fundamental para a definição cristológica de Calcedônia, pois afirmava que Cristo não é duas pessoas, mas uma só Pessoa divina com duas naturezas.

Logos (λόγος) – "Verbo/Palavra"

  • João 1.1 declara que Jesus é o Logos eterno de Deus.
  • Isso reforça que Cristo sempre foi Deus e sua encarnação não alterou sua divindade.

5. Aplicação Pessoal e Defesa da Fé (Apologia Cristã)

  1. Nossa Redenção depende da Cristologia Correta
    • Se Cristo fosse duas pessoas separadas, então sua morte na cruz perderia o valor redentivo.
    • Mas Ele é uma só Pessoa com duas naturezas, então sua morte foi suficiente para nos reconciliar com Deus (Rm 5.1,9).
  2. O Perigo das Heresias Cristológicas Modernas
    • Seitas como Testemunhas de Jeová e Mórmons rejeitam a divindade plena de Cristo, caindo em erros semelhantes ao Arianismo.
    • Outros movimentos carismáticos modernos, por falta de instrução teológica, podem cair em visões errôneas da natureza de Cristo.
  3. Cristo como Modelo para Nossa Vida
    • Filipenses 2.5-8 nos ensina que, embora Cristo seja Deus, Ele se humilhou.
    • Isso nos chama a uma vida de serviço, humildade e obediência ao Pai.

6. Conclusão: A Centralidade de Cristo

A heresia do Nestorianismo revelou a necessidade de uma doutrina bem definida sobre a Pessoa de Cristo. A Igreja rejeitou a separação radical das naturezas e estabeleceu a união hipostática como verdade essencial.

Cristo é uma única Pessoa – Não duas.
Cristo tem duas naturezas inseparáveis – Não duas pessoas.
A nossa salvação depende dessa verdade – Pois somente um Cristo verdadeiro pode ser nosso Redentor.

Que possamos firmar nossa fé na plena divindade e humanidade de Jesus Cristo, pois Nele encontramos a salvação, a comunhão com Deus e a certeza da vida eterna!

3- Monofisismo
. O termo vem de duas palavras gregas monos, “único”, e physis, “natureza”. Seu principal expoente foi Êutico, também conhecido como Eutique. Essa doutrina afirma que as duas naturezas de Cristo são fundidas em uma só natureza amalgamada. O sentido de “amalgamar”, não o de unir, não se trata de união, mas mistura, fusão, assim, seria uma só natureza híbrida, nem totalmente Deus e nem totalmente homem. Essa doutrina foi condenada no Concílio da Calcedônia, em 451.
a) Ilustração. O bronze é uma liga de cobre e estanho, de modo que nem é cobre e nem estanho, mas outro metal; quanto a cor verde, é uma mistura das cores azul e amarela. Assim como bronze não é cobre e nem estanho; e, o verde não é azul e nem amarelo, da mesma forma, de acordo com Êutico, as naturezas de Cristo não são divinas nem humanas.
b) Resposta bíblica. Segundo a Bíblia, o Senhor Jesus é perfeito quanto à divindade e perfeito quanto à humanidade (Rm 9.5; Fp 2.5-11).

COMENTÁRIO EXTRA

Comentário de Hubner Braz


Monofisismo: A Negação da Plenitude da Dupla Natureza de Cristo

O Monofisismo (do grego μόνος mónos, "único" e φύσις phýsis, "natureza") foi uma heresia cristológica que surgiu no século V, liderada por Êutico (Eutiques), um monge de Constantinopla. Ele afirmava que, após a encarnação, a natureza humana de Cristo teria sido absorvida ou fundida pela natureza divina, resultando em uma natureza única e híbrida, nem totalmente humana nem totalmente divina. Essa doutrina foi condenada pelo Concílio de Calcedônia em 451 d.C., que reafirmou a união hipostática de Cristo: Ele é plenamente Deus e plenamente homem, sem mistura, mudança, divisão ou separação.


1. O Ensino Bíblico Sobre as Naturezas de Cristo

A Escritura é clara ao ensinar que Jesus possui duas naturezas plenas e distintas, unidas em uma única Pessoa:

  1. Cristo é plenamente Deus
    • "Porque nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade" (Cl 2.9).
    • "No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus" (Jo 1.1).
    • "Dos quais são os pais, e dos quais é Cristo, segundo a carne, o qual é sobre todos, Deus bendito eternamente. Amém!" (Rm 9.5).
    • "Eu e o Pai somos um" (Jo 10.30).
  2. Cristo é plenamente homem
    • "O Verbo se fez carne e habitou entre nós" (Jo 1.14).
    • "Mas, quando veio a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei" (Gl 4.4).
    • "Tendo sido tentado em todas as coisas, à nossa semelhança, mas sem pecado" (Hb 4.15).
  3. As duas naturezas coexistem sem fusão ou confusão
    • "Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, que, sendo em forma de Deus (gr. morphē theou, "essência imutável de Deus"), não teve por usurpação ser igual a Deus, mas a si mesmo se esvaziou, tomando a forma de servo (gr. morphē doúlou, "essência imutável de servo"), fazendo-se semelhante aos homens" (Fp 2.5-7).

Conclusão bíblica: A Bíblia ensina que Cristo não perdeu sua divindade ao assumir a humanidade, nem sua humanidade foi dissolvida ou modificada após a encarnação. Ele é 100% Deus e 100% homem.


2. O Problema Teológico do Monofisismo

Ilustração do Bronze e da Cor Verde

O Monofisismo compara a fusão das naturezas de Cristo à mistura de dois elementos distintos que resultam em algo novo e diferente.

  • O bronze é uma liga metálica de cobre e estanho, mas não é nem cobre puro nem estanho puro.
  • A cor verde resulta da mistura do azul com o amarelo, mas não é mais azul nem amarelo.

Essa analogia compromete a identidade de Cristo, pois implica que Ele deixou de ser totalmente Deus e totalmente homem, tornando-se algo intermediário. Essa visão contraria o ensino bíblico e histórico da fé cristã.

Por que essa ideia está errada?

A Bíblia ensina que Cristo é totalmente Deus e totalmente homem, sem mistura. Se Ele fosse um ser híbrido, não poderia:

Nos representar como verdadeiro homem (Hb 2.17).
Oferecer um sacrifício infinito como verdadeiro Deus (Hb 9.14).

A fé cristã ensina que Cristo é plenamente Deus e plenamente homem, sem fusão nem confusão, pois essa verdade é essencial para a redenção.


As Heresias Relacionadas ao Monofisismo

  • Apolinarismo – Jesus tinha um corpo humano, mas uma mente e alma divinas, ou seja, não era totalmente homem.
  • Docetismo – Negava a humanidade real de Jesus, afirmando que Ele apenas parecia humano.
  • Monotelismo – Jesus teria apenas uma vontade, unindo sua humanidade e divindade de forma que Ele não experimentava plenamente as limitações humanas.

O Monofisismo compromete a identidade de Cristo e a eficácia da salvação. Se Jesus não fosse plenamente humano e plenamente Deus, Ele não poderia ser o Mediador perfeito entre Deus e os homens (1Tm 2.5).


3. A Raiz das Palavras no Grego e Hebraico

Physis (φύσις) – "Natureza"

  • Usada para se referir à essência fundamental de um ser.
  • No contexto de Cristo, refere-se à sua natureza divina e sua natureza humana, que coexistem sem fusão ou mistura.
  • O termo φύσις (physis) aparece no Novo Testamento em textos como 2 Pedro 1.4 ("vos tornastes participantes da natureza divina") e refere-se à essência ou constituição de um ser.
  • O erro do Monofisismo foi afirmar que as naturezas de Cristo foram fundidas, enquanto a Bíblia ensina que elas permanecem distintas, sem fusão, mas unidas em uma só Pessoa.

Morphē (μορφή) – "Forma/Essência"

  • Paulo usa morphē theou ("forma de Deus") em Fp 2.6 para indicar que Jesus possui a mesma essência imutável de Deus.
  • Também usa morphē doúlou ("forma de servo") em Fp 2.7 para mostrar que Ele assumiu plenamente a natureza humana.

O uso dessas palavras reforça que as naturezas de Cristo são completas e distintas, sem fusão.

Hypóstasis (ὑπόστασις) – "Pessoa/Substância"

  • "Ele é o resplendor da glória e a expressa imagem da sua pessoa (ὑπόστασις, hypóstasis)" (Hb 1.3).
  • O conceito de união hipostática afirma que Cristo é uma só Pessoa (ὑπόστασις) com duas naturezas completas.

4. O Concílio de Calcedônia e a Resolução do Problema

Diante do erro monofisita, o Concílio de Calcedônia (451 d.C.) formulou a seguinte definição:

"Cristo é um só e o mesmo Filho, perfeito na divindade e perfeito na humanidade, verdadeiro Deus e verdadeiro homem, de alma racional e corpo, consubstancial com o Pai segundo a divindade e consubstancial conosco segundo a humanidade, em tudo semelhante a nós, exceto no pecado. Um só e o mesmo Cristo, Filho, Senhor, Unigênito, reconhecido em duas naturezas, sem confusão, sem mudança, sem divisão, sem separação."

Essa definição rejeitou o Monofisismo e estabeleceu o ensino ortodoxo: Cristo é uma só Pessoa com duas naturezas plenas e distintas.


5. Aplicação Pessoal e Apologia Cristã

  1. Nossa fé deve ser enraizada na doutrina correta sobre Cristo
    • O erro monofisita ainda aparece hoje em seitas e religiões que negam a verdadeira humanidade ou divindade de Cristo.
    • Precisamos afirmar que Cristo é verdadeiramente Deus e verdadeiramente homem para que sua obra redentora seja eficaz.
  2. O perigo das visões modernas sobre Cristo
    • Muitos grupos tentam apresentar Jesus como apenas um grande mestre, profeta ou ser iluminado, negando sua divindade ou humanidade.
    • O verdadeiro Cristo é plenamente Deus e plenamente homem e apenas assim Ele pode ser nosso Salvador.
  3. Cristo como Modelo para Nossa Vida
    • Filipenses 2.5-8 nos ensina que, mesmo sendo Deus, Cristo se humilhou.
    • Devemos imitar sua humildade e serviço, reconhecendo que somos chamados a viver para glorificar a Deus.

6. Conclusão: A Glória de Cristo

A união das duas naturezas de Cristo é um dos maiores mistérios da fé cristã. A Bíblia ensina que Ele é plenamente Deus e plenamente homem, e essa verdade foi defendida pela Igreja contra heresias como o Monofisismo.

Cristo não é uma fusão de divindade e humanidade – Ele mantém ambas as naturezas intactas.
A plenitude da divindade e da humanidade são essenciais para a salvação – Pois somente um Cristo verdadeiro pode ser nosso Redentor.
Devemos adorar a Cristo como verdadeiro Deus e verdadeiro homem – Pois Nele encontramos a reconciliação com Deus e a vida eterna!

Que possamos afirmar e proclamar a verdadeira identidade de Cristo em um mundo que frequentemente distorce ou rejeita essa verdade essencial.

4- O Concílio de Calcedônia. Essa formulação teológica fala das duas naturezas de Cristo em uma só pessoa: “as propriedades de cada natureza permanecem intactas, concorrendo para formar uma só Pessoa e subsistência; não dividido ou separado em duas Pessoas, mas um só e mesmo Filho Unigênito, Deus Verbo, Jesus Cristo Senhor”. A encarnação do Verbo não é uma conversão ou transmutação de Deus em homem e nem de homem em Deus. A distinção é precisa entre natureza e pessoa, diz o documento. A união dessas duas naturezas é permanente como resultado da encarnação. O documento é uma interpretação precisa das Escrituras (Is 9.5; Jo 10.30-37).

COMENTÁRIO EXTRA

Comentário de Hubner Braz


O Concílio de Calcedônia (451 d.C.) foi um marco na teologia cristã ao formular uma doutrina precisa e bíblica sobre as duas naturezas de Cristo. Diante das controvérsias levantadas pelo Nestorianismo (que separava as naturezas de Cristo) e pelo Monofisismo (que as fundia em uma só), os líderes da Igreja reafirmaram que Cristo é uma única Pessoa com duas naturezas distintas e inconfundíveis, plenamente divinas e plenamente humanas. Essa doutrina, conhecida como união hipostática, está fundamentada nas Escrituras e reflete o ensino bíblico sobre a identidade de Jesus.


1. O Ensino Bíblico Sobre a União das Naturezas de Cristo

A Bíblia ensina claramente que Jesus é tanto Deus eterno quanto homem verdadeiro:

  1. Cristo é plenamente Deus
    • "Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu, e o governo estará sobre seus ombros; e se chamará o seu nome: Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz" (Is 9.6).
    • "Eu e o Pai somos um" (Jo 10.30).
    • "Pois nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade" (Cl 2.9).
  2. Cristo é plenamente homem
    • "E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade" (Jo 1.14).
    • "Porque há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo, homem" (1Tm 2.5).
  3. As duas naturezas coexistem em uma só Pessoa
    • "Porque nele foram criadas todas as coisas, nos céus e na terra, visíveis e invisíveis [...] Tudo foi criado por meio dele e para ele" (Cl 1.16).
    • "A palavra que ouvistes não é minha, mas do Pai que me enviou" (Jo 14.24).

Conclusão bíblica: As Escrituras mostram que Cristo é uma só Pessoa com duas naturezas plenas e distintassem mistura, confusão ou separação.


2. A Terminologia Grega e a Precisão do Concílio

O Concílio de Calcedônia usou termos específicos para descrever a relação entre as naturezas de Cristo. Algumas palavras-chave são:

  • Hipóstasis (ὑπόστασις) – "Pessoa/Substância"
    • No contexto cristológico, hipóstasis refere-se à existência pessoal de Cristo.
    • A Igreja rejeitou a ideia de que Ele tivesse duas pessoas separadas (como ensinava o Nestorianismo).
  • Physis (φύσις) – "Natureza"
    • Refere-se à essência de algo. O Concílio afirmou que Cristo tem duas naturezas distintasdivina e humana.
  • Enósis (ἕνωσις) – "União"
    • O termo indica que as duas naturezas coexistem sem fusão ou mudança.

O Concílio estabeleceu a fórmula:

Cristo é uma só Pessoa (hipóstasis) em duas naturezas (physis), unidas sem mistura (asynchytos), sem mudança (atreptos), sem divisão (adiairetos) e sem separação (achoristos).


3. A Resolução Teológica: A União Hipostática

O Concílio de Calcedônia rejeitou tanto o Nestorianismo (que dividia Cristo em duas pessoas) quanto o Monofisismo (que afirmava uma fusão das naturezas). A solução foi a doutrina da União Hipostática, que ensina:

Cristo é uma Pessoa única e indivisível.
Ele possui duas naturezas plenas e distintas.
As naturezas não se misturam, não mudam e não se dividem.
A humanidade de Cristo é verdadeira e completa.
A divindade de Cristo é verdadeira e completa.

Essa doutrina preserva a identidade de Cristo e garante que Ele pode ser o Salvador perfeito, pois só um Deus-homem pode redimir plenamente a humanidade.


4. Aplicação Pessoal e Apologética Cristã

  1. A Importância da Doutrina Correta sobre Cristo
    • Hoje, muitas seitas e religiões distorcem a identidade de Jesus.
    • Testemunhas de Jeová e Islã negam sua divindade.
    • O Espiritismo e a Nova Era o reduzem a um "espírito iluminado".
    • O verdadeiro Jesus é o Deus-homem, Senhor e Salvador.
  2. A Perfeição da Salvação em Cristo
    • Se Jesus fosse apenas humano, não poderia pagar o preço dos pecados do mundo.
    • Se Ele fosse apenas divino, não poderia morrer como nosso substituto.
    • A União Hipostática assegura que Ele é o Mediador perfeito (1Tm 2.5).
  3. Cristo como Modelo de Vida
    • Filipenses 2.5-7 nos ensina que Cristo se humilhou e serviu.
    • Devemos imitá-lo, vivendo em humildade e obediência.

5. Conclusão: A Confissão de Calcedônia e a Verdadeira Fé Cristã

A Declaração de Calcedônia reafirma a verdade bíblica sobre Cristo. Ela nos lembra que:

Cristo é verdadeiro Deus e verdadeiro homem.
Ele possui duas naturezas plenas, unidas em uma só Pessoa.
Essa verdade é essencial para a nossa salvação.

Diante de um mundo que frequentemente distorce a identidade de Cristo, devemos firmar nossa fé no verdadeiro Jesus da Bíblia, proclamando quem Ele é e o que Ele fez por nós.

"Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo"Mt 16.16.

Amém!

NESTORIANISMO E O QUE A BÍBLIA DIZ
“Nestorianismo”. É a doutrina que ensinava a existência de duas pessoas separadas no mesmo Cristo, uma humana e uma divina, em vez de duas naturezas em uma só Pessoa. Nestor ou Nestório, como aparece em outras versões – nasceu em Antioquia. Ali, tornou-se um pregador popular em sua cidade natal. Em 428, tornou-se bispo de Constantinopla. Embora ele mesmo nunca tenha ensinado essa posição herética que leva o seu nome, em razão de uma combinação de diversos conflitos pessoais e de uma boa dose de política eclesiástica, Nestor foi deposto do seu ofício de bispo, e seus ensinos, condenados. Não há nas Escrituras a indicação de que a natureza humana de Cristo seja outra pessoa. […] O que a Bíblia diz. O ensino bíblico a respeito da plena divindade e plena humanidade de Cristo é claro, mediante as muitas referências bíblicas. O entendimento exato de como a plena divindade e a plena humanidade se combinavam em uma só Pessoa tem sido ensinado desde o início pela igreja, mas só alcançou a forma final na Definição de Calcedônia, em 451. Antes desse período, diversas posições doutrinárias inadequadas quanto às naturezas de Cristo foram propostas e rejeitadas. Primeiro, pelos apóstolos. Depois, pelos chamados pais da igreja”. (GILBERTO, Antônio et al. Teologia Sistemática Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 2008, p.126-27).

COMENTÁRIO EXTRA

Comentário de Hubner Braz


O Monofisismo na Atualidade e o Perigo das Heresias Cristológicas

A cristologia bíblica é essencial para a fé cristã, pois afeta diretamente a compreensão da obra redentora de Cristo. O Monofisismo, doutrina condenada no Concílio de Calcedônia (451 d.C.), continua a existir em algumas tradições cristãs orientais, como as Igrejas Ortodoxas Orientais (Igreja Copta, Armênia, Abissínia e Jacobitas). Embora essas igrejas não sigam um monofisismo radical, algumas ainda sustentam variações dessa doutrina, defendendo uma cristologia distinta da tradição calcedoniana.

Dessa forma, é fundamental conhecer a cristologia dessas igrejas e saber responder biblicamente aos seus argumentos, sempre mantendo a fidelidade ao ensino bíblico sobre Jesus, o Deus que se fez homem (Mt 1.23).


1. A Cristologia Monofisita: Definição e Implicações

O Monofisismo ensina que Cristo possui apenas uma natureza, resultante da fusão entre a natureza divina e a natureza humana. Essa fusão criou uma natureza única e híbrida, nem totalmente divina, nem totalmente humana. Esse entendimento contraria a união hipostática ensinada nas Escrituras, que afirma que Jesus possui duas naturezas plenas e distintas em uma única Pessoa.

A crença monofisita contradiz o ensino bíblico de que Jesus é verdadeiro Deus e verdadeiro homem, sendo assim o perfeito mediador entre Deus e os homens (1Tm 2.5).

🔹 Texto-chave:
"E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade." (Jo 1.14)

Esse versículo refuta o Monofisismo, pois ensina que Cristo, o Verbo eterno, tornou-se plenamente humano sem perder sua divindade.


2. Termos Chave na Teologia Cristológica

Para entender a diferença entre o ensino bíblico e o ensino monofisita, é importante conhecer os termos gregos usados nos debates teológicos:

  • Hipóstasis (ὑπόστασις) – "Pessoa/Substância"
    • Indica a realidade pessoal de Cristo. Ele é uma só Pessoa, não duas.
  • Physis (φύσις) – "Natureza"
    • Refere-se à essência de um ser. A Bíblia ensina que Cristo possui duas naturezas distintas, sem mistura ou confusão.
  • Enósis (ἕνωσις) – "União"
    • A palavra usada para descrever a união das duas naturezas em uma única Pessoa.

Os monofisitas rejeitam essa distinção e afirmam que há apenas uma natureza resultante da fusão das duas. Esse ensino contradiz diretamente as Escrituras.


3. A Resposta Bíblica ao Monofisismo

A Bíblia apresenta Cristo como verdadeiro Deus e verdadeiro homem, em perfeita união.

1️⃣ Cristo como Deus
🔹 "No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus." (Jo 1.1)
🔹 "Eu e o Pai somos um." (Jo 10.30)

2️⃣ Cristo como homem
🔹 "Porque há um só Deus e um só Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo, homem." (1Tm 2.5)
🔹 "Vendo Jesus que tinha fome..." (Mt 21.18)

3️⃣ As duas naturezas coexistem em uma só Pessoa
🔹 "Porque nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade." (Cl 2.9)

🔹 "Porque nele foram criadas todas as coisas, nos céus e na terra, visíveis e invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam potestades; tudo foi criado por ele e para ele." (Cl 1.16)

Esses textos mostram que Cristo mantém ambas as naturezas de forma plena, sem fusão, sem mistura e sem alteração.


4. O Impacto da Cristologia Monofisita Hoje

Muitas seitas e filosofias modernas apresentam variações do Monofisismo, comprometendo a identidade de Cristo.

1️⃣ Teologias progressistas

  • Negam a divindade de Cristo ou enfatizam apenas seu aspecto humano.
  • Algumas correntes do cristianismo liberal afirmam que Jesus era um "grande mestre", mas não verdadeiramente Deus.

2️⃣ Espiritismo e Nova Era

  • Reduzem Jesus a um ser espiritual elevado, negando sua humanidade real.

3️⃣ Islamismo

  • Considera Jesus apenas um profeta humano, rejeitando sua divindade.

4️⃣ Testemunhas de Jeová

  • Ensina que Jesus é uma criatura elevada, mas não Deus eterno.

5️⃣ Movimentos neopentecostais extremistas

  • Alguns exageram a divindade de Cristo a ponto de negar seu verdadeiro sofrimento e humanidade.

O perigo dessas heresias é que elas distorcem a obra redentora de Cristo e afastam as pessoas do verdadeiro Evangelho.


5. Aplicação Pessoal e Apologética

Manter a fidelidade ao ensino bíblico sobre Cristo.
Estar preparado para responder às heresias modernas.
Proclamar que Jesus é Deus encarnado e o único Salvador.
Viver uma fé cristã equilibrada, baseada na Escritura e não em tradições erradas.

🔹 "Estai sempre preparados para responder com mansidão e temor a qualquer que vos pedir a razão da esperança que há em vós." (1Pe 3.15)


6. Conclusão: A Supremacia da Verdade Bíblica sobre as Heresias

A doutrina bíblica da união hipostática permanece a única explicação correta da identidade de Cristo. A Igreja de Cristo deve estar atenta a desvios teológicos e manter-se firme na confissão bíblica:

"Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo" (Mt 16.16).

Essa verdade garante nossa fé, nossa salvação e nosso destino eterno. Amém!

2- O kenoticismo. Do verbo grego kenoō, significa “esvaziar” (Fp 2.7). A doutrina kenótica afirma que Jesus, enquanto esteve na Terra, esvaziou a si mesma dos atributos divinos. São duas linhas principais, o Verbo possuía os atributos divinos, mas escolheu não os usar; e, as prerrogativas da deidade foram usadas, mas na submissão do Pai e na direção do Espírito Santo. Entendemos que, sem atributos divinos, Jesus é menos que Deus. O kenosis é o “esvaziamento” de Cristo. Isso foi uma condição para o seu messiado e por isso Ele abriu mão de sua glória celeste (Jo 17.5). Jesus revelou sua natureza divina quando esteve na Terra, Ele agiu como Deus, pois perdoou pecados (Mc 2.5-7; Lc 7.48), recebeu adoração (Mt 8.2; 9.18; 15.25; Jo 9.38), repreendeu a fúria do mar (Mt 8.26, 27; Mc 4.39). Somente Deus tem esse poder (Sl 65.7; 89.9).


COMENTÁRIO EXTRA

Comentário de Hubner Braz


O Kenoticismo e a Doutrina do "Esvaziamento" de Cristo (Fp 2.7)

A doutrina do kenoticismo baseia-se na interpretação do verbo grego "kenóō" (κενόω), que significa "esvaziar", encontrado em Filipenses 2.7:

🔹 "Mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens." (Fp 2.7)

Essa expressão gerou diferentes interpretações sobre como Cristo, sendo Deus, assumiu a forma humana sem perder sua divindade.


1. O Significado de "Esvaziamento" (Kenosis) em Filipenses 2.7

O verbo "kenóō" (κενόω) significa "esvaziar" ou "privar-se de algo". O contexto dessa passagem em Filipenses é essencial para entender o que Cristo "esvaziou".

1️⃣ Ele não deixou de ser Deus.

  • O texto não diz que Jesus abriu mão da sua divindade, mas que assumiu uma posição de servo, ocultando sua glória celestial.
  • Ele não perdeu atributos divinos, mas renunciou a manifestação plena deles durante seu ministério terreno.

2️⃣ O esvaziamento foi funcional, não essencial.

  • Ele não deixou de ser onisciente, onipotente ou onipresente, mas optou por agir dentro das limitações humanas, confiando na vontade do Pai e no poder do Espírito Santo.

🔹 Texto-chave:
"Agora, pois, glorifica-me tu, ó Pai, junto de ti mesmo, com aquela glória que tinha contigo antes que o mundo existisse." (Jo 17.5)

Esse texto mostra que Cristo não perdeu sua glória essencial, mas sua manifestação visível foi temporariamente velada.


2. As Duas Principais Interpretações do Kenoticismo

(1) A Visão Clássica da Kenosis

  • Jesus possuía os atributos divinos, mas escolheu não usá-los constantemente.
  • Ele não perdeu sua onipotência, onisciência ou onipresença, mas limitou seu uso conforme a vontade do Pai.

🔹 Exemplo bíblico:
"Mas, daquele dia e hora, ninguém sabe, nem os anjos do céu, mas unicamente meu Pai." (Mt 24.36)

➡️ Isso indica que Jesus optou por não acessar esse conhecimento enquanto estava na Terra.

(2) A Visão Extremada da Kenosis (Heresia Kenótica)

  • Ensina que Cristo abandonou completamente os atributos divinos, tornando-se apenas um homem especial.
  • Esse pensamento é problemático, pois tornaria Jesus menos do que Deus, o que contradiz a Bíblia.

🔹 Resposta bíblica:
"Porque nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade." (Cl 2.9)

➡️ Jesus nunca deixou de ser Deus, mesmo na encarnação.


3. A Manifestação da Divindade de Cristo Durante o Seu Ministério

Apesar do esvaziamento, Jesus continuou a agir como Deus, demonstrando atributos divinos:

1️⃣ Onipotência:

  • Acalmou a tempestade (Mc 4.39).
  • Multiplicou pães e peixes (Mt 14.19-21).
  • Ressuscitou mortos (Jo 11.43-44).

2️⃣ Onisciência:

  • Conhecia os pensamentos das pessoas (Mt 9.4; Jo 2.25).
  • Predisse sua morte e ressurreição (Mt 16.21).

3️⃣ Autoridade para perdoar pecados:

  • "Filho, perdoados estão os teus pecados." (Mc 2.5-7)

4️⃣ Recebeu adoração:

  • "E eis que veio um leproso e o adorou." (Mt 8.2)
  • "E adoraram-no." (Mt 28.9)

➡️ Se Jesus tivesse abandonado sua divindade, Ele não poderia ter feito obras que apenas Deus pode fazer.


4. Refutando o Kenoticismo Herético

O ensino kenótico extremado é perigoso porque diminui a divindade de Cristo e compromete a doutrina da Trindade.

📌 Argumento bíblico contra o kenoticismo extremo:

1️⃣ Cristo nunca deixou de ser Deus
🔹 "No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus." (Jo 1.1)
🔹 "Eu e o Pai somos um." (Jo 10.30)

2️⃣ Cristo manteve sua plenitude divina durante a encarnação
🔹 "Porque nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade." (Cl 2.9)

3️⃣ Se Cristo tivesse perdido sua divindade, Ele não poderia ter sido Salvador
🔹 "Porque há um só Deus e um só Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo, homem." (1Tm 2.5)

Cristo precisou ser Deus para vencer o pecado e a morte!


5. Aplicação Pessoal e Apologética

O verdadeiro entendimento da Kenosis deve levar os crentes a:

Adorar a Cristo com reverência, pois Ele se humilhou sem deixar de ser Deus.
Rejeitar heresias que diminuem a divindade de Jesus.
Resistir ao liberalismo teológico, que vê Jesus apenas como um mestre humano.
Defender a fé cristã com firmeza, mostrando a superioridade da doutrina bíblica.

🔹 "Estai sempre preparados para responder com mansidão e temor a qualquer que vos pedir a razão da esperança que há em vós." (1Pe 3.15)


6. Conclusão: O Verdadeiro Esvaziamento de Cristo

O esvaziamento de Cristo não significa que Ele deixou de ser Deus, mas sim que escolheu assumir a forma de servo.

🎯 Resumo da verdade bíblica:
✅ Jesus manteve sua divindade intacta.
✅ Ele limitou o uso de seus atributos, mas nunca os perdeu.
✅ O verdadeiro "esvaziamento" foi a humilhação de assumir a condição humana.

🔹 "Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus, mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo." (Fp 2.5-7)

➡️ Esse ensinamento nos leva a amar mais a Cristo e a defender a fé contra heresias que tentam diminuir sua identidade divina.

Amém!

3- Mariolatria. O catolicismo romano adotou o termo “mãe de Deus” de Cirilo, ou seja, um pensamento anti bíblico que se desenvolveu numa teologia e permanece até hoje por conta da sua popularidade. Com isso aprendemos que o que parece certo e a escolha popular nem sempre representam a verdade (At 8.9-11).

COMENTÁRIO EXTRA

Comentário de Hubner Braz


Mariolatria: Uma Análise Bíblica e Teológica

A doutrina católica da Theotokos ("Mãe de Deus") e seu desenvolvimento ao longo da história levaram a práticas de exaltação de Maria que não possuem fundamento bíblico. A Mariolatria (adoração a Maria) se tornou uma realidade a partir da aceitação do termo "Mãe de Deus" no Concílio de Éfeso (431 d.C.), proposto por Cirilo de Alexandria. No entanto, uma análise exegética das Escrituras revela que essa exaltação de Maria ultrapassa os limites da reverência legítima e se torna uma doutrina antibíblica.


1. A Análise do Termo "Theotokos"

O termo "Theotokos" (Θεοτόκος), que significa "portadora de Deus" ou "mãe de Deus", foi proposto para enfatizar a união da divindade e humanidade de Cristo. No entanto, esse título se tornou a base para uma hipervalorização de Maria, indo além do que a Escritura ensina.

📌 Problema do termo "Mãe de Deus"
1️⃣ Deus não tem origem nem mãe (Sl 90.2).
2️⃣ Maria é mãe do Jesus humano, não da divindade eterna.
3️⃣ A adoção desse título levou à evolução de doutrinas não bíblicas:

  • Imaculada Conceição (1854)
  • Assunção de Maria (1950)
  • Mediação de Maria (Concílio Vaticano II)

2. O Ensino Bíblico Sobre Maria

A Bíblia apresenta Maria como uma mulher agraciada por Deus, mas não como objeto de adoração.

🔹 Maria era bem-aventurada, mas não divina
"Porque atentou na baixeza de sua serva; pois eis que desde agora todas as gerações me chamarão bem-aventurada." (Lc 1.48)

➡️ A palavra grega μακαρίζω (makarizó) significa "chamar feliz", não "exaltar como divina".

🔹 Maria reconheceu sua própria necessidade de um Salvador
"E o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador." (Lc 1.47)

➡️ Se Maria necessitava de um Salvador, então ela não era sem pecado.

🔹 Jesus não deu a Maria um papel especial na redenção
"E aconteceu que, dizendo ele estas coisas, uma mulher dentre a multidão, levantando a voz, lhe disse: Bem-aventurado o ventre que te trouxe, e os peitos em que mamaste! Mas ele disse: Antes, bem-aventurados os que ouvem a palavra de Deus e a guardam." (Lc 11.27-28)

➡️ Jesus corrigiu a ênfase exagerada dada a Maria, mostrando que a verdadeira bem-aventurança vem de obedecer a Palavra de Deus.

🔹 Maria não teve papel de intercessora na Igreja Primitiva
Em Atos 1.14, Maria está presente, mas não em posição de liderança:
"Todos estes perseveravam unanimemente em oração e súplicas, com as mulheres, e Maria, mãe de Jesus, e com seus irmãos."

➡️ Maria não é mencionada como intercessora ou líder na Igreja.


3. O Perigo da Mariolatria

A exaltação de Maria levou a desvios doutrinários, desviando a adoração que pertence somente a Deus.

🔹 A Bíblia proíbe a veneração de santos ou ídolos
"Eu sou o Senhor; este é o meu nome; a minha glória, pois, não darei a outrem, nem o meu louvor às imagens de escultura." (Is 42.8)

🔹 Pedro rejeitou ser adorado
"E aconteceu que, indo Pedro a entrar, saiu Cornélio a recebê-lo e, prostrando-se a seus pés, o adorou. Mas Pedro o levantou, dizendo: Levanta-te, que eu também sou homem." (At 10.25-26)

➡️ Se até Pedro rejeitou ser venerado, quanto mais Maria!

🔹 Os anjos rejeitaram adoração
"Então me lancei a seus pés para adorá-lo, mas ele me disse: Olha, não faças isso! Sou servo contigo e com teus irmãos, que mantêm o testemunho de Jesus. Adora a Deus!" (Ap 19.10)

➡️ Somente Deus merece adoração!


4. Aplicação Pessoal e Apologética

Devemos honrar Maria como uma serva fiel, mas sem idolatria.
A salvação não vem por Maria, mas somente por Cristo (At 4.12).
Devemos responder com mansidão àqueles que veneram Maria, apontando para a suficiência de Cristo.

🔹 "Há um só Deus e um só Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo, homem." (1Tm 2.5)

➡️ Jesus é o único mediador, e Maria não pode interceder por nós.


5. Conclusão: Somente Cristo é digno de Adoração

📌 Resumo da visão bíblica sobre Maria:
✅ Maria foi agraciada, mas não divina.
✅ A adoração a Maria não tem base bíblica.
✅ A Mariolatria desvia o foco de Cristo, o único Salvador.

📖 Resposta final da Bíblia:
"O Senhor, teu Deus, adorarás, e só a ele servirás." (Mt 4.10)

➡️ Adoremos somente a Deus, e não a Maria! Amém!

COMENTÁRIO EXTRA

Comentário de Hubner Braz


Conclusão: A Supremacia da Verdade Bíblica e a Defesa da Fé Cristã

O Concílio de Calcedônia (451 d.C.) consolidou o entendimento ortodoxo sobre a dupla natureza de Cristo, reafirmando os ensinos dos Concílios de Niceia (325 d.C.) e de Constantinopla (381 d.C.). Ao definir que Jesus Cristo é "verdadeiramente Deus e verdadeiramente homem", Calcedônia se opôs às heresias que deturpavam a doutrina da encarnação.

Essa formulação cristológica se tornou um marco fundamental para a fé cristã, pois protege a Igreja contra erros que tentavam diminuir ou confundir a identidade do Senhor. Como cristãos, somos chamados a conhecer, preservar e defender essa verdade diante dos desafios doutrinários contemporâneos.


1. A Importância da Ortodoxia Cristã

A palavra "ortodoxia" vem do grego ὀρθός (orthós), que significa "correto", e δόξα (dóxa), que significa "doutrina" ou "glória". A ortodoxia cristã consiste no ensino fiel das Escrituras, mantendo a integridade da revelação divina.

📌 Textos bíblicos que fundamentam a importância da verdade doutrinária:

🔹 Judas 1.3"exortando-vos a batalhar pela fé que uma vez foi dada aos santos."
🔹 2 Timóteo 1.13-14"Conserva o modelo das sãs palavras que de mim tens ouvido."
🔹 Tito 1.9"retendo firme a fiel palavra, que é conforme a doutrina, para que seja poderoso, tanto para admoestar na sã doutrina como para convencer os contradizentes."

➡️ Conclusão: A verdade bíblica não pode ser relativizada ou substituída por tendências filosóficas ou doutrinas humanas.


2. As Heresias e o Perigo da Ignorância Teológica

Paulo advertiu que nos últimos dias surgiriam falsos mestres (2Tm 4.3-4). O desconhecimento da doutrina cristã expõe muitos a erros, como o nestorianismo, monofisismo, arianismo e kenoticismo.

📌 Como nos protegemos dessas heresias?
Estudando a Bíblia profundamente (Sl 119.11; 2Tm 3.16-17)
Conhecendo a história da Igreja e suas decisões teológicas
Aprofundando-se nas confissões de fé e credos cristãos


3. Aplicação Pessoal: Como Fortalecer a Fé Cristã?

Aprofundar-se no estudo das Escrituras
Ser ativo na comunidade cristã e nos estudos teológicos
Desenvolver discernimento espiritual para confrontar falsos ensinos

📖 "Antes, santificai a Cristo como Senhor em vosso coração; e estai sempre preparados para responder com mansidão e temor a qualquer que vos pedir a razão da esperança que há em vós." (1Pe 3.15)

➡️ Conclusão: O cristão deve estar preparado para defender a fé com base na Palavra de Deus!


4. Conclusão Final: Guardando a Sã Doutrina

O legado de Niceia, Constantinopla e Calcedônia é um chamado à fidelidade doutrinária. As Escrituras nos ensinam que Cristo é Deus eterno e verdadeiro homem, fundamento da nossa fé.

🔹 Efésios 4.14"Para que não sejamos mais meninos, inconstantes, levados em roda por todo vento de doutrina."
🔹 2 Timóteo 4.2-3"Prega a palavra, insta a tempo e fora de tempo."

📌 Resumo:
✅ As heresias surgem quando a verdade bíblica é negligenciada.
✅ A melhor defesa é o estudo aprofundado da Palavra e da teologia cristã.
✅ A Igreja verdadeira sustenta a fé em Cristo conforme as Escrituras e a tradição apostólica.

"Porque ninguém pode lançar outro fundamento além do que já está posto, o qual é Jesus Cristo." (1Co 3.11)

🔥 Sola Scriptura! Sola Fide! Solus Christus! 🔥

1- Cite três passagens bíblicas que mostram diretamente as duas naturezas de Cristo, em uma só Pessoa.
Romanos 1.3; 1.4; Fp 2.5,6.
2- Qual o pensamento nestoriano sobre as duas naturezas de Cristo?
Segundo o pensamento nestoriano, as duas naturezas de Cristo, a humana e a divina, eram duas pessoas.
3- O que ensina o monofisismo de Êutico?
Essa doutrina afirma que as duas naturezas de Cristo são fundidas em uma só natureza amalgamada, nem totalmente Deus nem totalmente homem.
4- Quais ramos do cristianismo não reconhecem o Credo de Calcedônia e mantêm ainda o monofismo de Êutico?
São as igrejas ortodoxas, cóptica, armênia, abissínia e jacobitas.
5- Mostre como Jesus agiu como Deus, estando na Terra.
Jesus revelou sua natureza divina quando esteve na Terra, Ele agiu como Deus, pois perdoou pecados (Mc 2.5-7; Lc 7.48), recebeu adoração (Mt 8.2; 9.18; 15.25; Jo 9.38), repreendeu a fúria do mar (Mt 8.26, 27; Mc 4.39).





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Pecador Confesso: LIÇÃO 07 – As Naturezas Humana e Divina de Jesus | 1° Trimestre de 2025 | EBD – ADULTOS
LIÇÃO 07 – As Naturezas Humana e Divina de Jesus | 1° Trimestre de 2025 | EBD – ADULTOS
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