SUPLEMENTO EXCLUSIVO DO PROFESSOR Afora o suplemento do professor, todo o conteúdo de cada lição é igual para alunos e mestres, inclusive ...
SUPLEMENTO EXCLUSIVO DO PROFESSOR
Afora o suplemento do professor, todo o conteúdo de cada lição é igual para alunos e mestres, inclusive o número da página.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Em Efésios 3 há 21 versos. Sugerimos começar a aula lendo, com os alunos, Efésios 3.1-21 (5 a 7 min.). A revista funciona como guia de estudo e leitura complementar, mas não substitui a leitura da Bíblia
Caro mestre, tenha em mente que o desígnio eterno de Paulo consistia em ser ele uma voz de salvação aos gentios, o que influenciou na sua estratégia de evangelização (Gl 2.7; Rm 15.20). Todavia, esse alcance aos gentios gerou conflitos entres os cristãos judeus, que acreditavam serem eles os únicos herdeiros da salvação. Ainda assim, Paulo persistia em pregar que o Cristo havia quebrado a barreira da lei e que o acesso a Deus estava aberto a qualquer um que cresse Nele. E tudo isso Paulo anunciava na condição de escravo de Cristo, mostrando também o seu sofrimento pelo Evangelho, no qual os cristãos deveriam gloriar-se nele, pois isso ocorria para o bem das igrejas que ele havia fundado.
OBJETIVOS
Entender o mistério de Cristo e seu significado para a Igreja.
Compreender o papel de Paulo como ministro do mistério entre os gentios.
Examinar a oração de Paulo e a sua aplicação hoje.
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PARA COMEÇAR A AULA
Esta é uma ótima oportunidade para evidenciar que a vida ministerial está muito mais relacionada a coisas que perdemos do que com coisas que ganhamos no mundo físico. Às vezes precisamos perder, para o reino de Deus ganhar. Interrogue a classe sobre lembranças que os alunos têm sobre momentos de sofrimento deles por amor ao Evangelho. Em seguida, afirme que alguém sempre vai precisar sofrer por esta Causa e que esse sofrimento é um privilégio; e que, assim como os cristãos contemporâneos de Paulo deviam gloriar-se nisso, nós também devemos por aqueles que hoje ainda sofrem.
LEITURA ADICIONAL
Com a finalidade de tornar conhecido o mistério de Cristo, Deus confiou a Paulo uma tarefa especial: ele devia proclamar que os crentes, dentre os gentios, possuem comunhão plena no corpo de Cristo. Em virtude de sua vida anterior, torna-se particularmente nítido, na pessoa de Paulo, o que a graça de Deus é capaz de efetuar nos seres humanos: ele incumbe pessoas indignas com seus dons e suas tarefas. A divulgação do mistério, até então oculto, não apenas acontece entre pessoas, mas também diante de poderes cósmicos. Quem vive nessa certeza não precisa desanimar, apesar de aflições e perseguições. Paulo conclui a primeira seção principal da epístola com uma prece em favor dos leitores, encerrada em louvor: o Pai celestial, que gosta de distribuir boas dádivas a Seus filhos, queira aprofundar a ligação de fé dos cristãos com Cristo e enraizá-los cada vez mais no amor de Deus. Ao reconhecerem cada vez mais a riqueza desse amor, ao se ocuparem com o Evangelho, eles são presenteados de modo crescente com a plenitude de Deus.
Livro: Carta aos Efésios, Filipenses e Colossenses: Comentário Esperança (Eberhard Hahn, Werner de Boor, Esperança, 2006, Pg. 43).
Texto Áureo
“O qual, noutros séculos, não foi manifestado aos filhos dos homens, como, agora, tem sido revelado pelo Espírito aos seus santos apóstolos e profetas.” Ef 3.5
Leitura Bíblica Com Todos
Efésios 3.1-21
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
Efésios 3.1-21 – Comentário Teológico com Raízes Gregas
Versículo
Comentário com Análise Grega
3.1
“Por esta causa, eu, Paulo, sou o prisioneiro de Cristo Jesus por vós, os gentios.”
Prisioneiro – desmios (δέσμιος), "alguém preso, acorrentado". Paulo vê-se não como um prisioneiro de Roma, mas de Cristo, por amor aos gentios. Indica submissão voluntária ao plano redentor.
3.2
“Se é que tendes ouvido acerca da dispensação da graça de Deus, que para convosco me foi dada.”
Dispensação – oikonomia (οἰκονομία), "administração, mordomia". Refere-se à missão que Paulo recebeu de administrar a graça aos gentios.
3.3
“Como me foi este mistério manifestado pela revelação, como acima em poucas palavras vos escrevi.”
Mistério – mystērion (μυστήριον), algo outrora oculto e agora revelado por Deus, especialmente a inclusão dos gentios na salvação.
3.4
“Pelo que, quando ledes, podeis perceber a minha compreensão do mistério de Cristo.”
Compreensão – synesis (σύνεσις), entendimento espiritual profundo. Demonstra que Paulo recebeu revelação e entendimento espiritual do plano de Deus.
3.5
“O qual em outras gerações não foi manifestado aos filhos dos homens, como agora tem sido revelado aos seus santos apóstolos e profetas, no Espírito.”
Revelado – apokalyptō (ἀποκαλύπτω), “tirar o véu”. O Espírito Santo revela agora o que estava oculto.
3.6
“A saber, que os gentios são coerdeiros, e de um mesmo corpo, e coparticipantes da promessa em Cristo Jesus pelo evangelho.”
Coerdeiros – synklēronomoi (συγκληρονόμοι); coparticipantes – symmetochoi (συμμέτοχοι). União plena dos gentios com os judeus em Cristo.
3.7
“Do qual fui feito ministro, pelo dom da graça de Deus, que me foi dado segundo a operação do seu poder.”
Ministro – diakonos (διάκονος), servo; operação – energeia (ἐνέργεια), poder eficaz. Paulo se vê como servo por graça e ação divina.
3.8
“A mim, o mínimo de todos os santos, me foi dada esta graça de anunciar entre os gentios, por meio do evangelho, as riquezas incompreensíveis de Cristo.”
Mínimo – elachistos (ἐλάχιστος), superlativo de "pequeno". Demonstra humildade. Riquezas – ploutos (πλοῦτος), abundância espiritual.
3.9
“E demonstrar a todos qual seja a dispensação do mistério desde os séculos oculto em Deus, que tudo criou por meio de Jesus Cristo.”
Oculto – apokrypto (ἀποκρύπτω), escondido. A criação de tudo por Cristo ressalta sua preexistência e divindade.
3.10
“Para que agora, pela igreja, a multiforme sabedoria de Deus seja conhecida dos principados e potestades nos céus.”
Multiforme – polypoikilos (πολυποίκιλος), "muito variado, multicolorido". Refere-se à sabedoria complexa e maravilhosa de Deus.
3.11
“Segundo o eterno propósito que fez em Cristo Jesus, nosso Senhor.”
Propósito – prothesis (πρόθεσις), "intenção deliberada". A obra redentora é parte de um plano eterno em Cristo.
3.12
“No qual temos ousadia e acesso com confiança, pela fé nele.”
Ousadia – parrēsia (παρρησία), liberdade de falar; acesso – prosagōgē (προσαγωγή), aproximação com liberdade. Descreve a comunhão íntima com Deus.
3.13
“Portanto, vos peço que não desfaleçais nas minhas tribulações por vós, que são a vossa glória.”
Desfaleçais – ekkakeō (ἐκκακέω), desanimar. Paulo transforma suas tribulações em motivo de ânimo para a igreja.
3.14
“Por esta causa, me ponho de joelhos perante o Pai de nosso Senhor Jesus Cristo.”
Me ponho de joelhos – expressão de humildade e reverência (forma comum de oração fervorosa).
3.15
“Do qual toda família nos céus e na terra toma o nome.”
Família – patria (πατριά), linhagem, clã. Deus é o Pai de toda a família da fé, tanto celestial quanto terrena.
3.16
“Para que, segundo as riquezas da sua glória, vos conceda que sejais corroborados com poder pelo seu Espírito no homem interior.”
Corroborados – krataioō (κραταιόω), fortalecidos interiormente com poder espiritual.
3.17
“Para que Cristo habite pela fé nos vossos corações, a fim de, estando arraigados e fundados em amor.”
Habite – katoikeō (κατοικέω), “estabelecer-se permanentemente”; arraigados – rhizōō (ῥιζόω), enraizados como árvore.
3.18
“Poderdes perfeitamente compreender, com todos os santos, qual seja a largura, e o comprimento, e a altura, e a profundidade.”
Compreender – katalambanō (καταλαμβάνω), "agarrar com entendimento". A magnitude do amor de Cristo transcende medidas.
3.19
“E conhecer o amor de Cristo, que excede todo o entendimento, para que sejais cheios de toda a plenitude de Deus.”
Excede – hyperballō (ὑπερβάλλω), ir além; plenitude – plērōma (πλήρωμα), totalidade de Deus operando no crente.
3.20
“Ora, àquele que é poderoso para fazer tudo muito mais abundantemente além daquilo que pedimos ou pensamos, segundo o poder que em nós opera.”
Muito mais abundantemente – hyper ek perissou (ὑπὲρ ἐκ περισσοῦ), superabundantemente além.
3.21
“A esse glória na igreja, por Jesus Cristo, em todas as gerações, para todo o sempre. Amém!”
Glória – doxa (δόξα), honra suprema. A igreja é o lugar da exaltação de Cristo por todas as eras.
Aplicação Pessoal
- Paulo mostra que a salvação é para todos, judeus e gentios, conforme o plano eterno de Deus.
- A igreja deve viver com ousadia, firmeza espiritual e compreensão do amor de Cristo que transforma vidas.
- O amor e o poder de Deus em nós superam qualquer limite humano – precisamos viver em dependência e devoção constante.
Efésios 3.1-21 – Comentário Teológico com Raízes Gregas
Versículo | Comentário com Análise Grega |
3.1 | “Por esta causa, eu, Paulo, sou o prisioneiro de Cristo Jesus por vós, os gentios.” Prisioneiro – desmios (δέσμιος), "alguém preso, acorrentado". Paulo vê-se não como um prisioneiro de Roma, mas de Cristo, por amor aos gentios. Indica submissão voluntária ao plano redentor. |
3.2 | “Se é que tendes ouvido acerca da dispensação da graça de Deus, que para convosco me foi dada.” Dispensação – oikonomia (οἰκονομία), "administração, mordomia". Refere-se à missão que Paulo recebeu de administrar a graça aos gentios. |
3.3 | “Como me foi este mistério manifestado pela revelação, como acima em poucas palavras vos escrevi.” Mistério – mystērion (μυστήριον), algo outrora oculto e agora revelado por Deus, especialmente a inclusão dos gentios na salvação. |
3.4 | “Pelo que, quando ledes, podeis perceber a minha compreensão do mistério de Cristo.” Compreensão – synesis (σύνεσις), entendimento espiritual profundo. Demonstra que Paulo recebeu revelação e entendimento espiritual do plano de Deus. |
3.5 | “O qual em outras gerações não foi manifestado aos filhos dos homens, como agora tem sido revelado aos seus santos apóstolos e profetas, no Espírito.” Revelado – apokalyptō (ἀποκαλύπτω), “tirar o véu”. O Espírito Santo revela agora o que estava oculto. |
3.6 | “A saber, que os gentios são coerdeiros, e de um mesmo corpo, e coparticipantes da promessa em Cristo Jesus pelo evangelho.” Coerdeiros – synklēronomoi (συγκληρονόμοι); coparticipantes – symmetochoi (συμμέτοχοι). União plena dos gentios com os judeus em Cristo. |
3.7 | “Do qual fui feito ministro, pelo dom da graça de Deus, que me foi dado segundo a operação do seu poder.” Ministro – diakonos (διάκονος), servo; operação – energeia (ἐνέργεια), poder eficaz. Paulo se vê como servo por graça e ação divina. |
3.8 | “A mim, o mínimo de todos os santos, me foi dada esta graça de anunciar entre os gentios, por meio do evangelho, as riquezas incompreensíveis de Cristo.” Mínimo – elachistos (ἐλάχιστος), superlativo de "pequeno". Demonstra humildade. Riquezas – ploutos (πλοῦτος), abundância espiritual. |
3.9 | “E demonstrar a todos qual seja a dispensação do mistério desde os séculos oculto em Deus, que tudo criou por meio de Jesus Cristo.” Oculto – apokrypto (ἀποκρύπτω), escondido. A criação de tudo por Cristo ressalta sua preexistência e divindade. |
3.10 | “Para que agora, pela igreja, a multiforme sabedoria de Deus seja conhecida dos principados e potestades nos céus.” Multiforme – polypoikilos (πολυποίκιλος), "muito variado, multicolorido". Refere-se à sabedoria complexa e maravilhosa de Deus. |
3.11 | “Segundo o eterno propósito que fez em Cristo Jesus, nosso Senhor.” Propósito – prothesis (πρόθεσις), "intenção deliberada". A obra redentora é parte de um plano eterno em Cristo. |
3.12 | “No qual temos ousadia e acesso com confiança, pela fé nele.” Ousadia – parrēsia (παρρησία), liberdade de falar; acesso – prosagōgē (προσαγωγή), aproximação com liberdade. Descreve a comunhão íntima com Deus. |
3.13 | “Portanto, vos peço que não desfaleçais nas minhas tribulações por vós, que são a vossa glória.” Desfaleçais – ekkakeō (ἐκκακέω), desanimar. Paulo transforma suas tribulações em motivo de ânimo para a igreja. |
3.14 | “Por esta causa, me ponho de joelhos perante o Pai de nosso Senhor Jesus Cristo.” Me ponho de joelhos – expressão de humildade e reverência (forma comum de oração fervorosa). |
3.15 | “Do qual toda família nos céus e na terra toma o nome.” Família – patria (πατριά), linhagem, clã. Deus é o Pai de toda a família da fé, tanto celestial quanto terrena. |
3.16 | “Para que, segundo as riquezas da sua glória, vos conceda que sejais corroborados com poder pelo seu Espírito no homem interior.” Corroborados – krataioō (κραταιόω), fortalecidos interiormente com poder espiritual. |
3.17 | “Para que Cristo habite pela fé nos vossos corações, a fim de, estando arraigados e fundados em amor.” Habite – katoikeō (κατοικέω), “estabelecer-se permanentemente”; arraigados – rhizōō (ῥιζόω), enraizados como árvore. |
3.18 | “Poderdes perfeitamente compreender, com todos os santos, qual seja a largura, e o comprimento, e a altura, e a profundidade.” Compreender – katalambanō (καταλαμβάνω), "agarrar com entendimento". A magnitude do amor de Cristo transcende medidas. |
3.19 | “E conhecer o amor de Cristo, que excede todo o entendimento, para que sejais cheios de toda a plenitude de Deus.” Excede – hyperballō (ὑπερβάλλω), ir além; plenitude – plērōma (πλήρωμα), totalidade de Deus operando no crente. |
3.20 | “Ora, àquele que é poderoso para fazer tudo muito mais abundantemente além daquilo que pedimos ou pensamos, segundo o poder que em nós opera.” Muito mais abundantemente – hyper ek perissou (ὑπὲρ ἐκ περισσοῦ), superabundantemente além. |
3.21 | “A esse glória na igreja, por Jesus Cristo, em todas as gerações, para todo o sempre. Amém!” Glória – doxa (δόξα), honra suprema. A igreja é o lugar da exaltação de Cristo por todas as eras. |
Aplicação Pessoal
- Paulo mostra que a salvação é para todos, judeus e gentios, conforme o plano eterno de Deus.
- A igreja deve viver com ousadia, firmeza espiritual e compreensão do amor de Cristo que transforma vidas.
- O amor e o poder de Deus em nós superam qualquer limite humano – precisamos viver em dependência e devoção constante.
Verdade Prática
A Igreja triunfante de Cristo já existia no plano de Deus estabelecido antes da criação do mundo.
INTRODUÇÃO
I- OCULTO NO ANTIGO TESTAMENTO 3.1-3
1- Definição de mistério 3.2
2- O mistério e os profetas da Antiga Aliança 3.3
3- O mistério traz algo novo 3.4
II- REVELADO NO NOVO TESTAMENTO Ef 3.5-10
1- Revelado aos apóstolos e profetas 3.5
2- O mistério revelado é a Igreja 3.6
3- A igreja revela a sabedoria de Deus 3.10
III- ORAÇÃO E MEDIDAS DO AMOR DE DEUS 3.14-21
1- Oração pela Igreja 3.14
2- Dimensões do amor de Deus 3.18,19
3- Tamanho do poder de Deus 3.20,21
APLICAÇÃO PESSOAL
DINAMICA EXTRA
Comentário de Hubner Braz
📘 DINÂMICA: “O QUE NOS UNE?”
🎯 Objetivo:
Ajudar os participantes a compreender, de forma prática, o mistério revelado por Deus de que judeus e gentios formam um só corpo em Cristo (Ef 3.6), e que o amor de Deus excede todo conhecimento (Ef 3.19), nos chamando à unidade e maturidade cristã.
⏰ Duração:
15 a 20 minutos
🧰 Materiais Necessários:
- Tiras de papel colorido (de duas cores diferentes)
- Canetas
- Fita adesiva
- Um cartaz ou quadro com a frase:
“Somos um em Cristo (Ef 3.6)” - Um recipiente ou caixa
👥 Desenvolvimento:
- Divisão e Instrução (3 minutos):
- Divida os alunos em dois grupos (representando "judeus" e "gentios").
- Entregue a cada aluno uma tira de papel (cores diferentes para cada grupo).
- Reflexão Individual (3 minutos):
- Peça para que escrevam na tira de papel algo que os faz sentir excluídos ou diferentes dos outros (exemplo: timidez, aparência, origem, pecado passado, opiniões, etc.).
- Garanta que o conteúdo será confidencial, se desejarem.
- Entrega e União (5 minutos):
- Todos devem colocar suas tiras no recipiente/caixa.
- O professor mistura tudo, simbolizando que em Cristo essas barreiras são destruídas (Ef 2.14; 3.6).
- Retire algumas tiras e leia exemplos (sem citar nomes), para mostrar como todos têm lutas e diferenças — mas em Cristo, somos um só corpo.
- Símbolo da Unidade (5 minutos):
- Com a fita adesiva, cole as tiras aleatoriamente formando uma “corrente” ou “teia” ao redor do cartaz: “Somos um em Cristo (Ef 3.6)”.
- Mostre como essas tiras diferentes, agora unidas, representam a diversidade e unidade da igreja.
💬 Aplicação e Debate (4 minutos):
- Reflitam juntos:
- Por que o plano de Deus de unir judeus e gentios era chamado de mistério?
- O que Efésios 3.18-19 diz sobre o amor de Cristo e como ele nos ajuda a viver unidos?
- Em que situações da igreja atual precisamos aplicar essa verdade de unidade no amor?
📖 Versículos de apoio para reforço:
- Efésios 3.6 – “...os gentios são coerdeiros, e de um mesmo corpo...”
- Efésios 3.18-19 – “...compreender com todos os santos... o amor de Cristo...”
- João 17.21 – “...para que todos sejam um...”
✅ Conclusão:
O “mistério” revelado em Efésios 3 nos mostra que, em Cristo, não há mais separação. A verdadeira comunhão é construída quando todos os membros, com suas diferenças, são unidos no amor de Deus que excede todo entendimento. A igreja é chamada a refletir essa verdade com graça e maturidade.
📘 DINÂMICA: “O QUE NOS UNE?”
🎯 Objetivo:
Ajudar os participantes a compreender, de forma prática, o mistério revelado por Deus de que judeus e gentios formam um só corpo em Cristo (Ef 3.6), e que o amor de Deus excede todo conhecimento (Ef 3.19), nos chamando à unidade e maturidade cristã.
⏰ Duração:
15 a 20 minutos
🧰 Materiais Necessários:
- Tiras de papel colorido (de duas cores diferentes)
- Canetas
- Fita adesiva
- Um cartaz ou quadro com a frase:
“Somos um em Cristo (Ef 3.6)” - Um recipiente ou caixa
👥 Desenvolvimento:
- Divisão e Instrução (3 minutos):
- Divida os alunos em dois grupos (representando "judeus" e "gentios").
- Entregue a cada aluno uma tira de papel (cores diferentes para cada grupo).
- Reflexão Individual (3 minutos):
- Peça para que escrevam na tira de papel algo que os faz sentir excluídos ou diferentes dos outros (exemplo: timidez, aparência, origem, pecado passado, opiniões, etc.).
- Garanta que o conteúdo será confidencial, se desejarem.
- Entrega e União (5 minutos):
- Todos devem colocar suas tiras no recipiente/caixa.
- O professor mistura tudo, simbolizando que em Cristo essas barreiras são destruídas (Ef 2.14; 3.6).
- Retire algumas tiras e leia exemplos (sem citar nomes), para mostrar como todos têm lutas e diferenças — mas em Cristo, somos um só corpo.
- Símbolo da Unidade (5 minutos):
- Com a fita adesiva, cole as tiras aleatoriamente formando uma “corrente” ou “teia” ao redor do cartaz: “Somos um em Cristo (Ef 3.6)”.
- Mostre como essas tiras diferentes, agora unidas, representam a diversidade e unidade da igreja.
💬 Aplicação e Debate (4 minutos):
- Reflitam juntos:
- Por que o plano de Deus de unir judeus e gentios era chamado de mistério?
- O que Efésios 3.18-19 diz sobre o amor de Cristo e como ele nos ajuda a viver unidos?
- Em que situações da igreja atual precisamos aplicar essa verdade de unidade no amor?
📖 Versículos de apoio para reforço:
- Efésios 3.6 – “...os gentios são coerdeiros, e de um mesmo corpo...”
- Efésios 3.18-19 – “...compreender com todos os santos... o amor de Cristo...”
- João 17.21 – “...para que todos sejam um...”
✅ Conclusão:
O “mistério” revelado em Efésios 3 nos mostra que, em Cristo, não há mais separação. A verdadeira comunhão é construída quando todos os membros, com suas diferenças, são unidos no amor de Deus que excede todo entendimento. A igreja é chamada a refletir essa verdade com graça e maturidade.
INTRODUÇÃO
Em Efésios 3, o apóstolo Paulo nos apresenta o maior mistério de Deus em toda a história da raça humana. Este capítulo é o único texto bíblico que trata da chamada dos gentios para fazerem parte da Igreja como um dos mistérios divinos. O texto revela a chamada, o propósito e o destino final da Igreja. Estudaremos como esse “mistério” esteve oculto e como Deus o revelou através da nova aliança em Cristo. Não há dúvida nenhuma de que o encarceramento de Paulo se deu em virtude de sua pregação no sentido de alcançar para Cristo, tanto judeus como gentios. Ele acreditava que o Evangelho da graça não possuía qualquer tipo de fronteira. Estava convencido de que o seu campo missionário era o mundo.
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
1. CONTEXTO IMEDIATO E HISTÓRICO
Efésios 3 está no coração de uma das epístolas mais ricas do Novo Testamento em termos de eclesiologia e cristologia. O capítulo é um parêntese entre a oração de Paulo no capítulo 1 e sua retomada no verso 14 do capítulo 3. Aqui, Paulo revela a razão de seu ministério e prisão: a revelação do mistério da união entre judeus e gentios no Corpo de Cristo.
“Por esta causa eu, Paulo, sou o prisioneiro de Cristo Jesus por amor de vós, gentios” (Ef 3.1)
Essa expressão mostra que Paulo se via como encarcerado não por Roma, mas por Cristo, para o bem dos gentios. Isso reflete seu senso de chamado apostólico universal.
2. ANÁLISE LINGUÍSTICA (PALAVRAS-CHAVE EM GREGO)
Palavra Grega
Tradução
Significado / Implicação
μυστήριον (mystērion)
Mistério (v.3,4,9)
Algo outrora oculto e agora revelado por Deus. Não é um segredo místico, mas uma verdade antes escondida.
οἰκονομία (oikonomia)
Administração, mordomia (v.2,9)
Indica a gestão da graça revelada; Paulo é um despenseiro da nova aliança.
συγκληρονόμα (synklēronoma)
Coerdeiros (v.6)
Gentios têm herança conjunta com os judeus em Cristo.
σύσσωμα (syssōma)
Membros do mesmo corpo (v.6)
Igualdade absoluta na Igreja entre judeus e gentios.
παρρησία (parrēsia)
Confiança, ousadia (v.12)
Liberdade de acesso a Deus em Cristo, sem medo.
3. O MISTÉRIO REVELADO
Paulo apresenta o “mistério” (μυστήριον) como a união de judeus e gentios num só corpo (v.6), algo que não havia sido plenamente revelado no Antigo Testamento (cf. Ef 3.5; Rm 16.25-26). Embora houvesse indícios, a clareza da igualdade e da unificação só veio com a obra de Cristo.
A tríade do versículo 6 é significativa:
“os gentios são coerdeiros, membros do mesmo corpo e coparticipantes da promessa em Cristo Jesus por meio do evangelho.”
Essa tríplice expressão enfatiza:
- A igualdade de herança,
- A integração orgânica,
- A comunhão espiritual.
4. REFERÊNCIAS ACADÊMICAS E TEOLÓGICAS
- F. F. Bruce, em The Epistles to the Colossians, to Philemon, and to the Ephesians, destaca que o "mistério" não é uma nova religião, mas a revelação do eterno propósito de Deus em Cristo.
- John Stott afirma em The Message of Ephesians que Efésios 3 mostra que a Igreja não é um acidente ou plano B, mas parte do "eterno propósito" de Deus.
- Gordon Fee lembra que "o plano de Deus em Efésios é cósmico, integrando céu e terra sob Cristo", e que a inclusão dos gentios é uma antecipação do cumprimento final.
5. TABELA EXPOSITIVA – EFÉSIOS 3
Seção
Versículos
Tema
Ensinamento Central
A. Introdução pessoal
1-2
Prisioneiro por amor dos gentios
O ministério de Paulo está ligado diretamente à missão universal da graça.
B. Revelação do Mistério
3-6
Mistério de Cristo revelado
Judeus e gentios são coerdeiros no mesmo corpo, unidos por Cristo.
C. Chamado e capacitação
7-13
Ministério dado por graça
Paulo foi chamado para pregar entre os gentios as insondáveis riquezas de Cristo.
D. Oração de fortalecimento
14-21
Amor e plenitude de Deus
A oração de Paulo culmina na busca da plenitude espiritual na Igreja.
6. APLICAÇÃO PESSOAL
- Identidade: O cristão, independentemente de origem étnica, encontra sua verdadeira identidade em Cristo. Isso elimina qualquer superioridade religiosa ou cultural.
- Chamado: Assim como Paulo recebeu uma “mordomia” (Ef 3.2), cada cristão tem uma responsabilidade diante do evangelho: ser agente de reconciliação.
- Unidade na diversidade: A Igreja é chamada a viver como corpo unido, superando barreiras sociais, culturais e étnicas.
- Ousadia no acesso: Por meio de Cristo, temos “ousadia e acesso com confiança” (v.12). Não há mais véu entre nós e Deus.
- Glorificação de Deus na Igreja: A oração final (v.21) aponta que a glória de Deus se manifesta na Igreja e em Cristo por todas as gerações.
7. CONCLUSÃO
Efésios 3 é um dos textos mais teológicos e profundos do Novo Testamento, pois trata do plano eterno de Deus, da função da Igreja, e do papel dos gentios dentro do propósito divino. A mensagem é clara: a Igreja é o palco da sabedoria de Deus (v.10), e cada cristão, um participante ativo da grande história da redenção.
1. CONTEXTO IMEDIATO E HISTÓRICO
Efésios 3 está no coração de uma das epístolas mais ricas do Novo Testamento em termos de eclesiologia e cristologia. O capítulo é um parêntese entre a oração de Paulo no capítulo 1 e sua retomada no verso 14 do capítulo 3. Aqui, Paulo revela a razão de seu ministério e prisão: a revelação do mistério da união entre judeus e gentios no Corpo de Cristo.
“Por esta causa eu, Paulo, sou o prisioneiro de Cristo Jesus por amor de vós, gentios” (Ef 3.1)
Essa expressão mostra que Paulo se via como encarcerado não por Roma, mas por Cristo, para o bem dos gentios. Isso reflete seu senso de chamado apostólico universal.
2. ANÁLISE LINGUÍSTICA (PALAVRAS-CHAVE EM GREGO)
Palavra Grega | Tradução | Significado / Implicação |
μυστήριον (mystērion) | Mistério (v.3,4,9) | Algo outrora oculto e agora revelado por Deus. Não é um segredo místico, mas uma verdade antes escondida. |
οἰκονομία (oikonomia) | Administração, mordomia (v.2,9) | Indica a gestão da graça revelada; Paulo é um despenseiro da nova aliança. |
συγκληρονόμα (synklēronoma) | Coerdeiros (v.6) | Gentios têm herança conjunta com os judeus em Cristo. |
σύσσωμα (syssōma) | Membros do mesmo corpo (v.6) | Igualdade absoluta na Igreja entre judeus e gentios. |
παρρησία (parrēsia) | Confiança, ousadia (v.12) | Liberdade de acesso a Deus em Cristo, sem medo. |
3. O MISTÉRIO REVELADO
Paulo apresenta o “mistério” (μυστήριον) como a união de judeus e gentios num só corpo (v.6), algo que não havia sido plenamente revelado no Antigo Testamento (cf. Ef 3.5; Rm 16.25-26). Embora houvesse indícios, a clareza da igualdade e da unificação só veio com a obra de Cristo.
A tríade do versículo 6 é significativa:
“os gentios são coerdeiros, membros do mesmo corpo e coparticipantes da promessa em Cristo Jesus por meio do evangelho.”
Essa tríplice expressão enfatiza:
- A igualdade de herança,
- A integração orgânica,
- A comunhão espiritual.
4. REFERÊNCIAS ACADÊMICAS E TEOLÓGICAS
- F. F. Bruce, em The Epistles to the Colossians, to Philemon, and to the Ephesians, destaca que o "mistério" não é uma nova religião, mas a revelação do eterno propósito de Deus em Cristo.
- John Stott afirma em The Message of Ephesians que Efésios 3 mostra que a Igreja não é um acidente ou plano B, mas parte do "eterno propósito" de Deus.
- Gordon Fee lembra que "o plano de Deus em Efésios é cósmico, integrando céu e terra sob Cristo", e que a inclusão dos gentios é uma antecipação do cumprimento final.
5. TABELA EXPOSITIVA – EFÉSIOS 3
Seção | Versículos | Tema | Ensinamento Central |
A. Introdução pessoal | 1-2 | Prisioneiro por amor dos gentios | O ministério de Paulo está ligado diretamente à missão universal da graça. |
B. Revelação do Mistério | 3-6 | Mistério de Cristo revelado | Judeus e gentios são coerdeiros no mesmo corpo, unidos por Cristo. |
C. Chamado e capacitação | 7-13 | Ministério dado por graça | Paulo foi chamado para pregar entre os gentios as insondáveis riquezas de Cristo. |
D. Oração de fortalecimento | 14-21 | Amor e plenitude de Deus | A oração de Paulo culmina na busca da plenitude espiritual na Igreja. |
6. APLICAÇÃO PESSOAL
- Identidade: O cristão, independentemente de origem étnica, encontra sua verdadeira identidade em Cristo. Isso elimina qualquer superioridade religiosa ou cultural.
- Chamado: Assim como Paulo recebeu uma “mordomia” (Ef 3.2), cada cristão tem uma responsabilidade diante do evangelho: ser agente de reconciliação.
- Unidade na diversidade: A Igreja é chamada a viver como corpo unido, superando barreiras sociais, culturais e étnicas.
- Ousadia no acesso: Por meio de Cristo, temos “ousadia e acesso com confiança” (v.12). Não há mais véu entre nós e Deus.
- Glorificação de Deus na Igreja: A oração final (v.21) aponta que a glória de Deus se manifesta na Igreja e em Cristo por todas as gerações.
7. CONCLUSÃO
Efésios 3 é um dos textos mais teológicos e profundos do Novo Testamento, pois trata do plano eterno de Deus, da função da Igreja, e do papel dos gentios dentro do propósito divino. A mensagem é clara: a Igreja é o palco da sabedoria de Deus (v.10), e cada cristão, um participante ativo da grande história da redenção.
I- OCULTO NO ANTIGO TESTAMENTO (3.1-3)
1- Definição de mistério (3.2) Se é que tendes ouvido a respeito da dispensação da graça de Deus a mim confiada para vós outros.
Em português, mistério significa algo oculto, secreto ou inexplicável. No sentido bíblico trata-se de um segredo que já foi revelado. Segundo John Stott, os “mistérios” cristãos são verdades que, embora estejam além da compreensão humana, foram revelados por Deus e, portanto, agora, pertencem abertamente a toda a igreja (1Tm 2.4). As verdades acerca da salvação pela graça não são propriedade privada de pessoas “iluminadas”, mas bênçãos que podem ser compreendidas por todos os que estão em Cristo. Todos os membros do corpo de Cristo têm a possibilidade de entender e viver essas verdades pela Palavra de Deus e sem intermediários.
2- O mistério e os profetas da Antiga Aliança (3.3) Pois, segundo uma revelação, me foi dado conhecer o mistério, conforme escrevi há pouco, resumidamente.
O Espírito Santo usou os profetas do Antigo Testamento para falar a respeito do alcance da salvação a todos os que não faziam parte da comunidade de Israel. Profetizaram que todas as famílias da terra seriam abençoadas através da semente do patriarca Abraão e que Israel seria uma luz para todas as nações da terra. Essa mesma visão fez parte do ministério público de Cristo. Ele, expressamente, comissionou os seus discípulos a fazer novos discípulos entre todos os povos e nações. Na verdade, os profetas da antiga aliança não tinham uma compreensão exata de com isso tudo se daria. Eles não imaginavam que a nação judaica sob o governo de Deus seria substituída por uma nova comunidade inter-racial, que é a Igreja do Deus vivo. Todas essas promessas se cumpriram quando do advento de Cristo para o sacrifício da cruz.
3- O mistério traz algo novo (3.4) Pelo que, quando ledes, podeis compreender o meu discernimento do mistério de Cristo.
O texto de Efésios 1.10 faz menção ao “mistério da vontade de Deus”. Este mistério é o mais amplo e traz no seu bojo outros mistérios. Paulo aqui, está demonstrando o “mistério da Igreja” que é como o grandioso “mistério da vontade de Deus” se aplica ao corpo de Cristo que é a Igreja. Este profundo mistério, que é o surgimento da Igreja no cenário da salvação divina, é muito mais do que a mera igualdade de “privilégios” entre judeus e gentios. Essa Igreja que surge é algo inteiramente novo e seus privilégios ultrapassam, em muito, aqueles de que desfrutava a antiga nação de Israel. Portanto, a revelação do mistério não seria a mera salvação dos gentios, pois isso já era conhecido no Antigo Testamento com a palavra de Deus a Abraão: “Em ti serão benditas todas as famílias da terra” (Gn 12.3). Conforme explica Scofield: “Que os gentios haveriam de ser salvos, não constitui nenhum mistério (Rm 9.24-33; 10.19-21). O mistério oculto em Deus foi o propósito divino de fazer, de judeus e gentios, algo inteiramente novo, a Igreja, que é o corpo de Cristo, formada pelo batismo com o Espírito Santo (ver 1 Со 12.12,13), e dentro da qual as distinções terrenas entre judeus e gentios desaparecem (Ef 2.14,15; Cl 3.10,11). A revelação desse mistério não foi explanada por Cristo (ver Mt 16.18). Somente nos escritos de Paulo podemos encontrar a doutrina, a posição, a maneira de andar e o destino da Igreja.”
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
1. O "Mistério" na Teologia Paulina (v.1–2)
“...sou o prisioneiro de Cristo Jesus por amor de vós, gentios, se é que tendes ouvido a respeito da dispensação da graça de Deus...” (Ef 3.1–2)
❖ Palavra-chave:
- μυστήριον (mystērion) – mistério
No grego, a palavra μυστήριον não significa um enigma sem solução, mas uma verdade anteriormente oculta e agora revelada (cf. Rm 16.25; 1Co 2.7). No Antigo Testamento, os planos de Deus estavam parcialmente velados, sendo compreendidos apenas em sombras e promessas. - οἰκονομία (oikonomía) – dispensação, administração
Refere-se à responsabilidade confiada a Paulo: a administração do plano da graça divina. John MacArthur observa que Paulo era um "despenseiro da revelação", encarregado de transmitir fielmente essa nova fase do plano de Deus.
✦ Aplicação pessoal:
- Você é também mordomo da graça. Assim como Paulo, somos chamados a compartilhar o que recebemos.
- O evangelho não é privilégio de um grupo seletivo, mas destinado a todos os povos.
2. O Mistério e os Profetas do Antigo Testamento (v.3)
“...me foi dado conhecer o mistério, conforme escrevi há pouco...”
❖ Desenvolvimento:
A revelação foi progressiva na história da salvação. Os profetas do Antigo Testamento sabiam que os gentios seriam abençoados (Gn 12.3; Is 49.6), mas não compreendiam a forma ou a plenitude dessa inclusão.
Como afirma Wayne Grudem, “os mistérios do Novo Testamento são verdades anteriormente não reveladas, mas agora claramente explicadas na obra de Cristo e dos apóstolos”.
- Cristo é a chave hermenêutica que abre os significados ocultos do Antigo Testamento (Lc 24.27, 44–45).
- O “mistério” aqui não é a salvação dos gentios em si, mas a formação de um novo povo, a Igreja, sem distinção étnica, social ou cultural (cf. Ef 2.14–16; Cl 3.11).
3. O Mistério Traz Algo Novo (v.4)
“...podeis compreender o meu discernimento do mistério de Cristo.”
❖ Palavra grega:
- σύνεσις (sýnesis) – discernimento, compreensão penetrante
Paulo usa esse termo para enfatizar que o conhecimento do mistério não veio por lógica humana, mas por revelação divina (cf. 1Co 2.10–13).
❖ Teologia de Scofield:
C. I. Scofield destaca que o "mistério" não é que os gentios seriam salvos — isso já era anunciado — mas que uma nova entidade espiritual, a Igreja, seria formada, onde todas as distinções cerimoniais e étnicas seriam abolidas em Cristo.
✦ Aplicação pessoal:
- O plano de Deus em Cristo é maior do que nosso entendimento humano.
- Não podemos limitar o agir de Deus à nossa cultura, tradição ou etnia.
- A revelação do mistério nos chama a viver a unidade da fé com todos os irmãos, independentemente da origem.
4. TABELA EXPOSITIVA – EFÉSIOS 3.1–4
Versículo
Palavra-chave (Grego)
Tema
Ensinamento Central
3.1
Δέσμιος (desmios) – prisioneiro
Missão de Paulo
Paulo se identifica como prisioneiro de Cristo, em favor dos gentios.
3.2
οἰκονομία (oikonomia) – dispensação
Mordomia da graça
Paulo recebeu a administração do plano redentor de Deus.
3.3
μυστήριον (mystērion) – mistério
Revelação divina
O plano da Igreja era oculto, mas foi revelado a Paulo.
3.4
σύνεσις (sýnesis) – discernimento
Compreensão espiritual
O discernimento do mistério é fruto da revelação divina, não da lógica humana.
5. REFERÊNCIAS ACADÊMICAS CRISTÃS
- John Stott, The Message of Ephesians – “Os mistérios cristãos são segredos divinos agora revelados para toda a Igreja... e não privilégios de uma elite espiritual.”
- F.F. Bruce, The Epistles to the Ephesians – “O mistério de Cristo é o fato de que em Cristo os gentios compartilham da herança e do corpo, totalmente integrados na nova humanidade.”
- D.A. Carson, Commentary on the New Testament Use of the Old Testament – Enfatiza como o mistério estava "escondido" no Antigo Testamento e plenamente revelado em Cristo.
6. CONCLUSÃO TEOLÓGICA
O "mistério" de Efésios 3.1–4 não é apenas a inclusão dos gentios na salvação, mas a criação de uma nova humanidade — a Igreja — onde judeus e gentios são iguais em Cristo. Esse plano não é uma correção ou improviso de Deus, mas parte do Seu eterno propósito, revelado no tempo certo por meio do Espírito.
1. O "Mistério" na Teologia Paulina (v.1–2)
“...sou o prisioneiro de Cristo Jesus por amor de vós, gentios, se é que tendes ouvido a respeito da dispensação da graça de Deus...” (Ef 3.1–2)
❖ Palavra-chave:
- μυστήριον (mystērion) – mistério
No grego, a palavra μυστήριον não significa um enigma sem solução, mas uma verdade anteriormente oculta e agora revelada (cf. Rm 16.25; 1Co 2.7). No Antigo Testamento, os planos de Deus estavam parcialmente velados, sendo compreendidos apenas em sombras e promessas. - οἰκονομία (oikonomía) – dispensação, administração
Refere-se à responsabilidade confiada a Paulo: a administração do plano da graça divina. John MacArthur observa que Paulo era um "despenseiro da revelação", encarregado de transmitir fielmente essa nova fase do plano de Deus.
✦ Aplicação pessoal:
- Você é também mordomo da graça. Assim como Paulo, somos chamados a compartilhar o que recebemos.
- O evangelho não é privilégio de um grupo seletivo, mas destinado a todos os povos.
2. O Mistério e os Profetas do Antigo Testamento (v.3)
“...me foi dado conhecer o mistério, conforme escrevi há pouco...”
❖ Desenvolvimento:
A revelação foi progressiva na história da salvação. Os profetas do Antigo Testamento sabiam que os gentios seriam abençoados (Gn 12.3; Is 49.6), mas não compreendiam a forma ou a plenitude dessa inclusão.
Como afirma Wayne Grudem, “os mistérios do Novo Testamento são verdades anteriormente não reveladas, mas agora claramente explicadas na obra de Cristo e dos apóstolos”.
- Cristo é a chave hermenêutica que abre os significados ocultos do Antigo Testamento (Lc 24.27, 44–45).
- O “mistério” aqui não é a salvação dos gentios em si, mas a formação de um novo povo, a Igreja, sem distinção étnica, social ou cultural (cf. Ef 2.14–16; Cl 3.11).
3. O Mistério Traz Algo Novo (v.4)
“...podeis compreender o meu discernimento do mistério de Cristo.”
❖ Palavra grega:
- σύνεσις (sýnesis) – discernimento, compreensão penetrante
Paulo usa esse termo para enfatizar que o conhecimento do mistério não veio por lógica humana, mas por revelação divina (cf. 1Co 2.10–13).
❖ Teologia de Scofield:
C. I. Scofield destaca que o "mistério" não é que os gentios seriam salvos — isso já era anunciado — mas que uma nova entidade espiritual, a Igreja, seria formada, onde todas as distinções cerimoniais e étnicas seriam abolidas em Cristo.
✦ Aplicação pessoal:
- O plano de Deus em Cristo é maior do que nosso entendimento humano.
- Não podemos limitar o agir de Deus à nossa cultura, tradição ou etnia.
- A revelação do mistério nos chama a viver a unidade da fé com todos os irmãos, independentemente da origem.
4. TABELA EXPOSITIVA – EFÉSIOS 3.1–4
Versículo | Palavra-chave (Grego) | Tema | Ensinamento Central |
3.1 | Δέσμιος (desmios) – prisioneiro | Missão de Paulo | Paulo se identifica como prisioneiro de Cristo, em favor dos gentios. |
3.2 | οἰκονομία (oikonomia) – dispensação | Mordomia da graça | Paulo recebeu a administração do plano redentor de Deus. |
3.3 | μυστήριον (mystērion) – mistério | Revelação divina | O plano da Igreja era oculto, mas foi revelado a Paulo. |
3.4 | σύνεσις (sýnesis) – discernimento | Compreensão espiritual | O discernimento do mistério é fruto da revelação divina, não da lógica humana. |
5. REFERÊNCIAS ACADÊMICAS CRISTÃS
- John Stott, The Message of Ephesians – “Os mistérios cristãos são segredos divinos agora revelados para toda a Igreja... e não privilégios de uma elite espiritual.”
- F.F. Bruce, The Epistles to the Ephesians – “O mistério de Cristo é o fato de que em Cristo os gentios compartilham da herança e do corpo, totalmente integrados na nova humanidade.”
- D.A. Carson, Commentary on the New Testament Use of the Old Testament – Enfatiza como o mistério estava "escondido" no Antigo Testamento e plenamente revelado em Cristo.
6. CONCLUSÃO TEOLÓGICA
O "mistério" de Efésios 3.1–4 não é apenas a inclusão dos gentios na salvação, mas a criação de uma nova humanidade — a Igreja — onde judeus e gentios são iguais em Cristo. Esse plano não é uma correção ou improviso de Deus, mas parte do Seu eterno propósito, revelado no tempo certo por meio do Espírito.
II- REVELADO NO NOVO TESTAMENTO (Ef 3. 5-10)
A partir de agora veremos como se deu a revelação de algo que permanece incompreensível por todas as gerações antes de Cristo, incluindo os profetas e escritores do Antigo Testamento. A razão para essa ocultação reside unicamente na vontade de Deus e não há que se falar em incapacidade humana. Ele assim o quis, e Sua soberania o permite agir assim.
1- Revelado aos apóstolos e profetas (3.5) O qual, em outras gerações, não foi dado a conhecer aos filhos dos homens, como, agora, foi revelado aos seus santos apóstolos e profetas, no Espírito.
Aqui temos um contraste entre as gerações anteriores e o “agora”. Como já dito, não é possível negar a existência de certa compreensão acerca do mistério (entenda “mistério” como o plano de Deus para incluir os gentios no plano da salvação); todavia, a verdade de que judeus e gentios se tornaram um só povo denominado Igreja, não foi inteiramente compreendida por todos os que viveram na antiga aliança. O “agora” diz respeito à dispensação da graça inaugurada a partir da morte substitutiva de Cristo em favor de toda a humanidade. A morte de Cristo como execução do plano de salvação trouxe entendimento maior acerca do mistério. Agora tudo estava claro e perfeitamente acessível a todos, quer judeu ou não. A revelação aos Seus “santos apóstolos e profetas” tem forte relação com a soberania de Deus, ou seja, Ele revela o que está sob Seu controle somente a quem quer.
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
II – REVELADO NO NOVO TESTAMENTO (Ef 3.5–10)
Este trecho revela como e a quem Deus decidiu revelar o “mistério”, anteriormente oculto. Ele destaca a soberania divina na revelação, o papel dos apóstolos e profetas do Novo Testamento, e o propósito cósmico da Igreja como expressão da multiforme sabedoria de Deus.
✦ COMENTÁRIO BÍBLICO-TEOLÓGICO
1. Revelado aos Apóstolos e Profetas (v.5)
“O qual, em outras gerações, não foi dado a conhecer aos filhos dos homens, como, agora, foi revelado aos seus santos apóstolos e profetas, no Espírito.” (Ef 3.5)
❖ Palavra-chave (grego):
- ἀποκαλύπτω (apokalyptō) – revelar, tirar o véu
Indica uma revelação ativa e direta de Deus. O conhecimento do mistério da Igreja não veio por inferência ou raciocínio, mas por revelação divina. - νῦν (nyn) – agora
O "agora" paulino marca uma nova era: a dispensação da graça, inaugurada pela cruz de Cristo. A revelação não é meramente cronológica, mas escatológica, uma mudança de era (cf. Gl 4.4). - ἅγιοι ἀπόστολοι καὶ προφῆται – santos apóstolos e profetas
Refere-se, com maior probabilidade, aos ministros do Novo Testamento (cf. Ef 2.20), não aos profetas do Antigo Testamento. A revelação do mistério veio pelo Espírito àqueles que foram chamados para edificar a Igreja.
✦ Referência acadêmica:
- John Stott observa: “A revelação do mistério foi dada aos apóstolos e profetas — homens que falaram e escreveram sob a inspiração do Espírito. A revelação não é produto de investigação, mas de concessão divina.”
✦ Aplicação:
- O cristão vive em um tempo de privilégio, onde os mistérios de Deus foram revelados. Isso deve gerar humildade e responsabilidade.
- A Igreja não é uma invenção humana, mas resultado de um plano eterno, agora revelado pelo Espírito, e registrado nas Escrituras.
2. Mistério: União em Cristo (v.6)
“A saber, que os gentios são coerdeiros, membros do mesmo corpo e coparticipantes da promessa em Cristo Jesus por meio do evangelho.” (Ef 3.6)
❖ Tríade teológica (grego):
Palavra Grega
Tradução
Significado Teológico
συγκληρονόμα
Coerdeiros
Judeus e gentios compartilham a mesma herança espiritual (cf. Rm 8.17).
σύσσωμα
Membros do mesmo corpo
Unidade orgânica na Igreja, não apenas coexistência (cf. 1Co 12.12–13).
συμμέτοχα
Coparticipantes
Igualdade de acesso às promessas em Cristo (cf. Gl 3.28–29).
O uso repetido do prefixo "συν-" (syn-) mostra que a nova humanidade em Cristo é profundamente entrelaçada: não há apenas proximidade, mas plena comunhão.
✦ Aplicação:
- A Igreja é o lugar onde todas as barreiras caem. Nenhuma distinção étnica ou social deve persistir entre os membros do Corpo de Cristo.
- Você não é um “convidado”, mas um herdeiro legítimo, plenamente integrado na família de Deus.
3. Paulo como Ministro do Mistério (v.7–9)
“...do qual fui constituído ministro conforme o dom da graça de Deus...” (Ef 3.7)
❖ Palavra-chave:
- διάκονος (diakonos) – servo, ministro
Paulo se via como servo do evangelho, com uma missão clara de tornar o mistério conhecido aos gentios. - ἀνεξιχνίαστος (anexichniastos) – insondável (v.8)
Refere-se às riquezas de Cristo que não podem ser completamente rastreadas ou mensuradas — são inesgotáveis. - οἰκονομία (oikonomia) – administração (v.9)
Paulo é um administrador do plano redentor; sua missão é expor esse plano, antes oculto, a todos os homens.
✦ Referência acadêmica:
- F. F. Bruce afirma: “O fato de que Paulo, o menor dos santos, foi escolhido para revelar o maior dos mistérios enfatiza a graça como princípio básico do ministério cristão.”
4. Sabedoria de Deus Tornada Visível pela Igreja (v.10)
“...para que, pela igreja, a multiforme sabedoria de Deus se torne conhecida, agora, dos principados e potestades nos lugares celestiais.” (Ef 3.10)
❖ Palavra-chave:
- πολυποίκιλος (polypoikilos) – multiforme, variada
Literalmente “muito colorida”. Refere-se à sabedoria de Deus manifestada em sua variedade de formas, especialmente na formação da Igreja, onde diferentes povos e culturas se unem em um só corpo. - ἀρχαῖς καὶ ἐξουσίαις – principados e potestades
Refere-se aos seres espirituais, tanto bons como maus. A Igreja é testemunha cósmica da sabedoria de Deus, visível até mesmo nas esferas celestiais.
✦ Referência acadêmica:
- Andrew Lincoln, em seu comentário sobre Efésios, afirma: “A Igreja é mais do que uma comunidade humana — ela é o palco no qual Deus exibe sua sabedoria para o universo inteiro.”
✦ Aplicação:
- A Igreja é o meio pelo qual Deus revela Seu plano eterno. Quando vive em unidade e santidade, ela testemunha aos anjos e demônios a vitória de Cristo.
- Viver em comunhão na Igreja é participar do propósito eterno de Deus.
✦ TABELA EXPOSITIVA – EFÉSIOS 3.5–10
Verso
Palavra Grega
Tema
Ensinamento Central
3.5
ἀποκαλύπτω, νῦν
Revelação divina
O mistério foi revelado agora, pelo Espírito, aos apóstolos e profetas.
3.6
συγκληρονόμα, σύσσωμα, συμμέτοχα
Unidade espiritual
Judeus e gentios são iguais em herança, corpo e promessas.
3.7–8
διάκονος, ἀνεξιχνίαστος
Ministério por graça
Paulo é servo do evangelho, proclamando as riquezas insondáveis de Cristo.
3.9
οἰκονομία, ἀποκεκρυμμένου
Administração do mistério
A missão é revelar o plano eterno antes oculto em Deus.
3.10
πολυποίκιλος, ἀρχαῖς
Sabedoria cósmica de Deus
A Igreja revela a multiforme sabedoria de Deus aos poderes espirituais.
✦ CONCLUSÃO TEOLÓGICA
Efésios 3.5–10 nos leva ao centro do plano eterno de Deus: a formação da Igreja como corpo espiritual que une todos os povos, testemunhando não apenas na terra, mas nos céus a sabedoria inesgotável do Criador. A revelação desse mistério marca a transição entre a antiga aliança e a nova, e enfatiza a soberania de Deus, o papel do Espírito e o valor singular da Igreja.
II – REVELADO NO NOVO TESTAMENTO (Ef 3.5–10)
Este trecho revela como e a quem Deus decidiu revelar o “mistério”, anteriormente oculto. Ele destaca a soberania divina na revelação, o papel dos apóstolos e profetas do Novo Testamento, e o propósito cósmico da Igreja como expressão da multiforme sabedoria de Deus.
✦ COMENTÁRIO BÍBLICO-TEOLÓGICO
1. Revelado aos Apóstolos e Profetas (v.5)
“O qual, em outras gerações, não foi dado a conhecer aos filhos dos homens, como, agora, foi revelado aos seus santos apóstolos e profetas, no Espírito.” (Ef 3.5)
❖ Palavra-chave (grego):
- ἀποκαλύπτω (apokalyptō) – revelar, tirar o véu
Indica uma revelação ativa e direta de Deus. O conhecimento do mistério da Igreja não veio por inferência ou raciocínio, mas por revelação divina. - νῦν (nyn) – agora
O "agora" paulino marca uma nova era: a dispensação da graça, inaugurada pela cruz de Cristo. A revelação não é meramente cronológica, mas escatológica, uma mudança de era (cf. Gl 4.4). - ἅγιοι ἀπόστολοι καὶ προφῆται – santos apóstolos e profetas
Refere-se, com maior probabilidade, aos ministros do Novo Testamento (cf. Ef 2.20), não aos profetas do Antigo Testamento. A revelação do mistério veio pelo Espírito àqueles que foram chamados para edificar a Igreja.
✦ Referência acadêmica:
- John Stott observa: “A revelação do mistério foi dada aos apóstolos e profetas — homens que falaram e escreveram sob a inspiração do Espírito. A revelação não é produto de investigação, mas de concessão divina.”
✦ Aplicação:
- O cristão vive em um tempo de privilégio, onde os mistérios de Deus foram revelados. Isso deve gerar humildade e responsabilidade.
- A Igreja não é uma invenção humana, mas resultado de um plano eterno, agora revelado pelo Espírito, e registrado nas Escrituras.
2. Mistério: União em Cristo (v.6)
“A saber, que os gentios são coerdeiros, membros do mesmo corpo e coparticipantes da promessa em Cristo Jesus por meio do evangelho.” (Ef 3.6)
❖ Tríade teológica (grego):
Palavra Grega | Tradução | Significado Teológico |
συγκληρονόμα | Coerdeiros | Judeus e gentios compartilham a mesma herança espiritual (cf. Rm 8.17). |
σύσσωμα | Membros do mesmo corpo | Unidade orgânica na Igreja, não apenas coexistência (cf. 1Co 12.12–13). |
συμμέτοχα | Coparticipantes | Igualdade de acesso às promessas em Cristo (cf. Gl 3.28–29). |
O uso repetido do prefixo "συν-" (syn-) mostra que a nova humanidade em Cristo é profundamente entrelaçada: não há apenas proximidade, mas plena comunhão.
✦ Aplicação:
- A Igreja é o lugar onde todas as barreiras caem. Nenhuma distinção étnica ou social deve persistir entre os membros do Corpo de Cristo.
- Você não é um “convidado”, mas um herdeiro legítimo, plenamente integrado na família de Deus.
3. Paulo como Ministro do Mistério (v.7–9)
“...do qual fui constituído ministro conforme o dom da graça de Deus...” (Ef 3.7)
❖ Palavra-chave:
- διάκονος (diakonos) – servo, ministro
Paulo se via como servo do evangelho, com uma missão clara de tornar o mistério conhecido aos gentios. - ἀνεξιχνίαστος (anexichniastos) – insondável (v.8)
Refere-se às riquezas de Cristo que não podem ser completamente rastreadas ou mensuradas — são inesgotáveis. - οἰκονομία (oikonomia) – administração (v.9)
Paulo é um administrador do plano redentor; sua missão é expor esse plano, antes oculto, a todos os homens.
✦ Referência acadêmica:
- F. F. Bruce afirma: “O fato de que Paulo, o menor dos santos, foi escolhido para revelar o maior dos mistérios enfatiza a graça como princípio básico do ministério cristão.”
4. Sabedoria de Deus Tornada Visível pela Igreja (v.10)
“...para que, pela igreja, a multiforme sabedoria de Deus se torne conhecida, agora, dos principados e potestades nos lugares celestiais.” (Ef 3.10)
❖ Palavra-chave:
- πολυποίκιλος (polypoikilos) – multiforme, variada
Literalmente “muito colorida”. Refere-se à sabedoria de Deus manifestada em sua variedade de formas, especialmente na formação da Igreja, onde diferentes povos e culturas se unem em um só corpo. - ἀρχαῖς καὶ ἐξουσίαις – principados e potestades
Refere-se aos seres espirituais, tanto bons como maus. A Igreja é testemunha cósmica da sabedoria de Deus, visível até mesmo nas esferas celestiais.
✦ Referência acadêmica:
- Andrew Lincoln, em seu comentário sobre Efésios, afirma: “A Igreja é mais do que uma comunidade humana — ela é o palco no qual Deus exibe sua sabedoria para o universo inteiro.”
✦ Aplicação:
- A Igreja é o meio pelo qual Deus revela Seu plano eterno. Quando vive em unidade e santidade, ela testemunha aos anjos e demônios a vitória de Cristo.
- Viver em comunhão na Igreja é participar do propósito eterno de Deus.
✦ TABELA EXPOSITIVA – EFÉSIOS 3.5–10
Verso | Palavra Grega | Tema | Ensinamento Central |
3.5 | ἀποκαλύπτω, νῦν | Revelação divina | O mistério foi revelado agora, pelo Espírito, aos apóstolos e profetas. |
3.6 | συγκληρονόμα, σύσσωμα, συμμέτοχα | Unidade espiritual | Judeus e gentios são iguais em herança, corpo e promessas. |
3.7–8 | διάκονος, ἀνεξιχνίαστος | Ministério por graça | Paulo é servo do evangelho, proclamando as riquezas insondáveis de Cristo. |
3.9 | οἰκονομία, ἀποκεκρυμμένου | Administração do mistério | A missão é revelar o plano eterno antes oculto em Deus. |
3.10 | πολυποίκιλος, ἀρχαῖς | Sabedoria cósmica de Deus | A Igreja revela a multiforme sabedoria de Deus aos poderes espirituais. |
✦ CONCLUSÃO TEOLÓGICA
Efésios 3.5–10 nos leva ao centro do plano eterno de Deus: a formação da Igreja como corpo espiritual que une todos os povos, testemunhando não apenas na terra, mas nos céus a sabedoria inesgotável do Criador. A revelação desse mistério marca a transição entre a antiga aliança e a nova, e enfatiza a soberania de Deus, o papel do Espírito e o valor singular da Igreja.
2- O mistério revelado é a Igreja (3.6) A saber, que os gentios são herdeiros, membros do mesmo corpo e co-participantes da promessa em Cristo Jesus por meio do evangelho.
O apóstolo Paulo afirma que os crentes são “co-herdeiros” o que significa que judeus e gentios estão unidos num “corpo” compartilhando das bênçãos prometidas. É importante ressaltar que essa “herança” também é recebida em parceria com Cristo (Rm 8.17). A cruz de Cristo une todas as raças no corpo místico de Cristo que é a Igreja. Então, temos uma distinção entre a Igreja e os ensinamentos do judaísmo. O sacrifício de Cristo significa, de fato, a abertura de um novo caminho pelo qual todos terão acesso às bênçãos de Deus. Os judeus tinham muitas reservas em relação a todos os povos gentílicos. Os circuncisos, “filhos de Abraão” se viam em posição superior em relação aos não judeus. Paulo, como um bom fariseu, também partilhou dessa arrogância. Sua atitude mudou após sua conversão no caminho de Damasco (At 9). Ali ele entendeu que Cristo era o fundamento de tudo. Um perseguidor de cristãos, tornou-se o apóstolo dos gentios.
3- A igreja revela a sabedoria de Deus (3.10) Para que, pela igreja, a multiforme sabedoria de Deus se torne conhecida, agora, dos principados e potestades nos lugares celestiais.
Neste texto o apóstolo Paulo nos permite entender o quanto a Igreja significa na ótica de Deus. Nos permite entender seu valor e a extensão de sua missão. Esse “mistério” revelado, esse corpo místico, essa comunidade multirracial e multicultural é o instrumento que o Pai usa para tornar conhecida a Sua sabedoria tanto aos homens como ao mundo celeste, aos anjos de Deus e às potestades do mal. A palavra “multiforme” deriva do termo grego polupoikilos que significa “multilateral” e é usado para indicar, por exemplo, uma vestimenta de várias cores, como a capa de “muitas cores” presenteada por Jacó ao seu filho José (Gn 37.3). Esse vocábulo pinta a sabedoria divina como algo dotado de enorme variedade. A Igreja é como uma capa de várias cores, ou seja, um novo povo, formado por judeus e gentios, reconciliado com Deus e uns com os outros e que, revela a multiforme sabedoria de Deus.
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
✦ COMENTÁRIO BÍBLICO-TEOLÓGICO
Efésios 3.6 – O Mistério Revelado: A Igreja
Efésios 3.10 – A Sabedoria de Deus Tornada Visível pela Igreja
2. O Mistério Revelado é a Igreja (Ef 3.6)
“A saber, que os gentios são coerdeiros, membros do mesmo corpo e coparticipantes da promessa em Cristo Jesus por meio do evangelho.”
Neste versículo, Paulo explicita o conteúdo do “mistério” revelado por Deus: judeus e gentios são feitos um só povo, uma só Igreja, por meio de Cristo. Não apenas são salvos individualmente, mas incorporados em um mesmo corpo, com igualdade total diante de Deus.
❖ Palavras Gregas Fundamentais
- συγκληρονόμα (synklēronoma) – co-herdeiros:
De syn (com) + klēronomos (herdeiro). Indica plena igualdade de direitos espirituais com os judeus e com Cristo (cf. Rm 8.17: “co-herdeiros com Cristo”). - σύσσωμα (syssōma) – membros do mesmo corpo:
Termo raro no NT, descreve unidade orgânica e inseparável. Judeus e gentios não são apenas parceiros, mas um só corpo, com uma identidade e missão comum. - συμμέτοχα (symmetocha) – coparticipantes:
Compartilham da mesma promessa da redenção, dada originalmente a Abraão (Gn 12.3), e agora cumprida em Cristo (cf. Gl 3.14, 28–29).
John MacArthur comenta:
“Paulo não diz que os gentios se tornam judeus espiritualmente, nem que os judeus se tornam gentios, mas que ambos foram feitos uma nova criação: a Igreja.”
❖ Ensinamento Central
- O “mistério” não é que os gentios seriam salvos (isso já era previsto – Is 49.6; Gn 12.3), mas que judeus e gentios seriam unidos num só corpo em Cristo.
- A Igreja não é Israel espiritualizado, mas uma nova entidade, surgida da união em Cristo.
❖ Aplicação Pessoal
- Unidade e Reconciliação: Deus nos chama a viver a unidade espiritual em nossa comunidade local, superando barreiras étnicas, culturais e sociais.
- Valor da Igreja: Entender a Igreja como corpo de Cristo deve mudar nossa atitude em relação à comunhão, adoração e missão.
- Participação ativa: Não somos meros espectadores da fé, mas coparticipantes ativos das promessas eternas de Deus.
3. A Igreja Revela a Sabedoria de Deus (Ef 3.10)
“Para que, pela igreja, a multiforme sabedoria de Deus se torne conhecida, agora, dos principados e potestades nos lugares celestiais.”
Este versículo afirma que o propósito da existência da Igreja vai além do mundo visível: a Igreja é o meio pelo qual Deus revela Sua sabedoria até aos poderes celestiais.
❖ Palavras Gregas Fundamentais
- πολυποίκιλος (polypoikilos) – multiforme, multifacetada:
De poly (muito) + poikilos (variado). Descreve algo extremamente variado e ricamente colorido. Usado na LXX para descrever a “capa de muitas cores” de José (Gn 37.3). - γνωρισθῇ (gnōristhē) – se torne conhecida:
Indica um ato contínuo de tornar visível, manifesto. A sabedoria de Deus não é apenas declarada — ela é encarnada na existência da Igreja. - ἀρχαῖς καὶ ἐξουσίαις (archais kai exousiais) – principados e potestades:
Termos técnicos que se referem a seres espirituais, incluindo anjos (bons e maus), observando a obra de Deus na história (cf. 1Pe 1.12; Cl 2.15).
Andrew Lincoln destaca:
“A Igreja é o teatro cósmico onde a sabedoria de Deus é exibida diante dos anjos e dos demônios.”
❖ Ensinamento Central
- A Igreja é instrumento de revelação cósmica. Não apenas comunica o Evangelho aos homens, mas também torna conhecida a sabedoria de Deus no plano espiritual.
- Essa sabedoria é multiforme: graça, justiça, reconciliação, poder, humildade, amor sacrificial — tudo isso se expressa na Igreja.
❖ Aplicação Pessoal
- Sua vida em comunhão testemunha ao mundo invisível que Deus venceu o pecado e uniu a humanidade em Cristo.
- A Igreja não é irrelevante — ela é o ápice do plano redentor de Deus na história e na eternidade.
- Viver na Igreja com integridade, graça e santidade é fazer parte de uma missão cósmica.
✦ TABELA EXPOSITIVA – EFÉSIOS 3.6 E 3.10
Verso
Palavra Grega
Tradução
Implicação Teológica
3.6
συγκληρονόμα
Co-herdeiros
Judeus e gentios compartilham igualmente da herança em Cristo.
3.6
σύσσωμα
Membros do mesmo corpo
Unidade orgânica na nova humanidade criada em Cristo.
3.6
συμμέτοχα
Coparticipantes
Igualdade de acesso à promessa da salvação.
3.10
πολυποίκιλος
Multiforme sabedoria
Diversidade rica e bela da sabedoria de Deus revelada na Igreja.
3.10
ἀρχαῖς καὶ ἐξουσίαις
Principados e potestades
Seres celestiais testemunham a obra de Deus na Igreja.
✦ CONCLUSÃO TEOLÓGICA
Efésios 3.6 e 3.10 nos conduzem a um clímax doutrinário: a Igreja é o segredo eterno de Deus revelado em Cristo, e também o palco da revelação cósmica da sabedoria divina. O mistério não é apenas que Deus salva gentios, mas que Ele os integra com os judeus numa nova humanidade, o corpo de Cristo. E essa Igreja, multiforme como a capa de José, é o meio pelo qual até os anjos contemplam e glorificam a Deus.
✦ COMENTÁRIO BÍBLICO-TEOLÓGICO
Efésios 3.6 – O Mistério Revelado: A Igreja
Efésios 3.10 – A Sabedoria de Deus Tornada Visível pela Igreja
2. O Mistério Revelado é a Igreja (Ef 3.6)
“A saber, que os gentios são coerdeiros, membros do mesmo corpo e coparticipantes da promessa em Cristo Jesus por meio do evangelho.”
Neste versículo, Paulo explicita o conteúdo do “mistério” revelado por Deus: judeus e gentios são feitos um só povo, uma só Igreja, por meio de Cristo. Não apenas são salvos individualmente, mas incorporados em um mesmo corpo, com igualdade total diante de Deus.
❖ Palavras Gregas Fundamentais
- συγκληρονόμα (synklēronoma) – co-herdeiros:
De syn (com) + klēronomos (herdeiro). Indica plena igualdade de direitos espirituais com os judeus e com Cristo (cf. Rm 8.17: “co-herdeiros com Cristo”). - σύσσωμα (syssōma) – membros do mesmo corpo:
Termo raro no NT, descreve unidade orgânica e inseparável. Judeus e gentios não são apenas parceiros, mas um só corpo, com uma identidade e missão comum. - συμμέτοχα (symmetocha) – coparticipantes:
Compartilham da mesma promessa da redenção, dada originalmente a Abraão (Gn 12.3), e agora cumprida em Cristo (cf. Gl 3.14, 28–29).
John MacArthur comenta:
“Paulo não diz que os gentios se tornam judeus espiritualmente, nem que os judeus se tornam gentios, mas que ambos foram feitos uma nova criação: a Igreja.”
❖ Ensinamento Central
- O “mistério” não é que os gentios seriam salvos (isso já era previsto – Is 49.6; Gn 12.3), mas que judeus e gentios seriam unidos num só corpo em Cristo.
- A Igreja não é Israel espiritualizado, mas uma nova entidade, surgida da união em Cristo.
❖ Aplicação Pessoal
- Unidade e Reconciliação: Deus nos chama a viver a unidade espiritual em nossa comunidade local, superando barreiras étnicas, culturais e sociais.
- Valor da Igreja: Entender a Igreja como corpo de Cristo deve mudar nossa atitude em relação à comunhão, adoração e missão.
- Participação ativa: Não somos meros espectadores da fé, mas coparticipantes ativos das promessas eternas de Deus.
3. A Igreja Revela a Sabedoria de Deus (Ef 3.10)
“Para que, pela igreja, a multiforme sabedoria de Deus se torne conhecida, agora, dos principados e potestades nos lugares celestiais.”
Este versículo afirma que o propósito da existência da Igreja vai além do mundo visível: a Igreja é o meio pelo qual Deus revela Sua sabedoria até aos poderes celestiais.
❖ Palavras Gregas Fundamentais
- πολυποίκιλος (polypoikilos) – multiforme, multifacetada:
De poly (muito) + poikilos (variado). Descreve algo extremamente variado e ricamente colorido. Usado na LXX para descrever a “capa de muitas cores” de José (Gn 37.3). - γνωρισθῇ (gnōristhē) – se torne conhecida:
Indica um ato contínuo de tornar visível, manifesto. A sabedoria de Deus não é apenas declarada — ela é encarnada na existência da Igreja. - ἀρχαῖς καὶ ἐξουσίαις (archais kai exousiais) – principados e potestades:
Termos técnicos que se referem a seres espirituais, incluindo anjos (bons e maus), observando a obra de Deus na história (cf. 1Pe 1.12; Cl 2.15).
Andrew Lincoln destaca:
“A Igreja é o teatro cósmico onde a sabedoria de Deus é exibida diante dos anjos e dos demônios.”
❖ Ensinamento Central
- A Igreja é instrumento de revelação cósmica. Não apenas comunica o Evangelho aos homens, mas também torna conhecida a sabedoria de Deus no plano espiritual.
- Essa sabedoria é multiforme: graça, justiça, reconciliação, poder, humildade, amor sacrificial — tudo isso se expressa na Igreja.
❖ Aplicação Pessoal
- Sua vida em comunhão testemunha ao mundo invisível que Deus venceu o pecado e uniu a humanidade em Cristo.
- A Igreja não é irrelevante — ela é o ápice do plano redentor de Deus na história e na eternidade.
- Viver na Igreja com integridade, graça e santidade é fazer parte de uma missão cósmica.
✦ TABELA EXPOSITIVA – EFÉSIOS 3.6 E 3.10
Verso | Palavra Grega | Tradução | Implicação Teológica |
3.6 | συγκληρονόμα | Co-herdeiros | Judeus e gentios compartilham igualmente da herança em Cristo. |
3.6 | σύσσωμα | Membros do mesmo corpo | Unidade orgânica na nova humanidade criada em Cristo. |
3.6 | συμμέτοχα | Coparticipantes | Igualdade de acesso à promessa da salvação. |
3.10 | πολυποίκιλος | Multiforme sabedoria | Diversidade rica e bela da sabedoria de Deus revelada na Igreja. |
3.10 | ἀρχαῖς καὶ ἐξουσίαις | Principados e potestades | Seres celestiais testemunham a obra de Deus na Igreja. |
✦ CONCLUSÃO TEOLÓGICA
Efésios 3.6 e 3.10 nos conduzem a um clímax doutrinário: a Igreja é o segredo eterno de Deus revelado em Cristo, e também o palco da revelação cósmica da sabedoria divina. O mistério não é apenas que Deus salva gentios, mas que Ele os integra com os judeus numa nova humanidade, o corpo de Cristo. E essa Igreja, multiforme como a capa de José, é o meio pelo qual até os anjos contemplam e glorificam a Deus.
III- ORAÇÃO E MEDIDAS DO AMOR DE DEUS (3.14-21)
Paulo encerra o capítulo 3 orando pela Igreja, mostrando que sempre seus membros serão dependentes de Cristo no cumprimento da missão.
1- Oração pela Igreja (3.14) Por esta causa, me ponho de joelhos diante do Pai.
Vemos um grande apóstolo a humilhar-se diante de Deus, reconhecendo a Sua soberania e poder. Paulo ministrou à Igreja acerca do mistério de Cristo e da posição privilegiada da própria Igreja; agora, ele demonstra que a oração deve estar casada com a ministração. Lembremo-nos que ele está orando do cárcere. A oração é a única ferramenta que o mundo não pode nos tomar. A Igreja pode estar de posse das ferramentas espirituais, mas, para cumprir sua missão com eficácia, precisa do poder do Alto. “Para que, segundo a riqueza de sua glória, vos conceda que sejais fortalecidos com poder, mediante o seu Espírito no homem interior” (Ef 3.16). Paulo está tratando do mesmo poder a que Jesus se referiu antes de Sua ascensão, de que todo o poder lhe fora dado no céu e na terra, e compartilha desse poder com os Seus seguidores em qualquer tempo, a saber: “Mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra” (At 1.8).
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
1. Oração pela Igreja (Ef 3.14)
“Por esta causa, me ponho de joelhos diante do Pai”
❖ Análise das Palavras Gregas
- κάμπτω τὰ γόνατά μου (kamptō ta gonata mou) – me ponho de joelhos:
Literalmente, “dobro os meus joelhos”. A postura indica profunda reverência e humildade. No contexto judaico, a oração usualmente era feita em pé; ajoelhar-se indica oração fervorosa e submissão total (cf. 2Cr 6.13; Lc 22.41; At 20.36). - πρὸς τὸν πατέρα (pros ton patera) – diante do Pai:
Indica relacionamento íntimo e acesso direto a Deus por meio de Cristo (cf. Hb 4.16). O “Pai” aqui é o originador da Igreja, da família da fé, e de toda a criação.
Segundo o teólogo Clinton E. Arnold, “Paulo não ora por conforto em meio ao sofrimento, mas por capacitação espiritual para que a Igreja cumpra seu chamado”.
❖ Contexto Teológico
Paulo está preso (cf. Ef 3.1), mas ora prostrado, não por sua libertação, e sim pela edificação espiritual dos crentes. A oração é feita “por esta causa”, ou seja, por tudo o que foi exposto anteriormente:
- A revelação do mistério da Igreja (v.6)
- A sabedoria multiforme de Deus (v.10)
- O propósito eterno de Deus em Cristo (v.11)
A oração é, portanto, resposta teológica ao plano eterno de Deus.
❖ Aplicação Pessoal
- A vida cristã não é sustentada apenas por doutrina, mas por dependência constante do poder do Espírito.
- O crente deve ajoelhar-se em oração não apenas em crise, mas em gratidão, intercessão e submissão à vontade divina.
- O ministério eficaz exige oração constante. Como disse Martinho Lutero: “Oração é o verdadeiro trabalho do cristão”.
❖ Referências Acadêmicas e Teológicas
- John Stott: “A doutrina e a oração sempre devem andar juntas. O verdadeiro teólogo é também um intercessor.”
- D. A. Carson, em A Call to Spiritual Reformation, argumenta que Ef 3.14-21 é uma das orações mais profundas das Escrituras, pois enfatiza crescimento interior, não apenas circunstancial.
✦ TABELA EXPOSITIVA – EFÉSIOS 3.14-16
Versículo
Expressão Grega
Tradução Literal
Significado Teológico
3.14
κάμπτω τὰ γόνατά μου
Dobro meus joelhos
Atitude de submissão e reverência diante de Deus
3.14
πρὸς τὸν πατέρα
Diante do Pai
Acesso direto e íntimo com o Pai celeste
3.16
κραταιωθῆναι ἐν δυνάμει
Serdes fortalecidos com poder
Poder interior pelo Espírito Santo
3.16
εἰς τὸν ἔσω ἄνθρωπον
No homem interior
Fortalecimento do ser espiritual regenerado
✦ Conclusão Teológica
Efésios 3.14 nos mostra a espiritualidade profunda de Paulo, que se traduz numa vida de oração comprometida com o avanço da Igreja. Ele não busca poder político ou visibilidade, mas fortalecimento no “homem interior”, obra realizada pelo Espírito Santo. A oração cristã, portanto, é teologicamente fundamentada, espiritualmente carregada e missionariamente orientada.
1. Oração pela Igreja (Ef 3.14)
“Por esta causa, me ponho de joelhos diante do Pai”
❖ Análise das Palavras Gregas
- κάμπτω τὰ γόνατά μου (kamptō ta gonata mou) – me ponho de joelhos:
Literalmente, “dobro os meus joelhos”. A postura indica profunda reverência e humildade. No contexto judaico, a oração usualmente era feita em pé; ajoelhar-se indica oração fervorosa e submissão total (cf. 2Cr 6.13; Lc 22.41; At 20.36). - πρὸς τὸν πατέρα (pros ton patera) – diante do Pai:
Indica relacionamento íntimo e acesso direto a Deus por meio de Cristo (cf. Hb 4.16). O “Pai” aqui é o originador da Igreja, da família da fé, e de toda a criação.
Segundo o teólogo Clinton E. Arnold, “Paulo não ora por conforto em meio ao sofrimento, mas por capacitação espiritual para que a Igreja cumpra seu chamado”.
❖ Contexto Teológico
Paulo está preso (cf. Ef 3.1), mas ora prostrado, não por sua libertação, e sim pela edificação espiritual dos crentes. A oração é feita “por esta causa”, ou seja, por tudo o que foi exposto anteriormente:
- A revelação do mistério da Igreja (v.6)
- A sabedoria multiforme de Deus (v.10)
- O propósito eterno de Deus em Cristo (v.11)
A oração é, portanto, resposta teológica ao plano eterno de Deus.
❖ Aplicação Pessoal
- A vida cristã não é sustentada apenas por doutrina, mas por dependência constante do poder do Espírito.
- O crente deve ajoelhar-se em oração não apenas em crise, mas em gratidão, intercessão e submissão à vontade divina.
- O ministério eficaz exige oração constante. Como disse Martinho Lutero: “Oração é o verdadeiro trabalho do cristão”.
❖ Referências Acadêmicas e Teológicas
- John Stott: “A doutrina e a oração sempre devem andar juntas. O verdadeiro teólogo é também um intercessor.”
- D. A. Carson, em A Call to Spiritual Reformation, argumenta que Ef 3.14-21 é uma das orações mais profundas das Escrituras, pois enfatiza crescimento interior, não apenas circunstancial.
✦ TABELA EXPOSITIVA – EFÉSIOS 3.14-16
Versículo | Expressão Grega | Tradução Literal | Significado Teológico |
3.14 | κάμπτω τὰ γόνατά μου | Dobro meus joelhos | Atitude de submissão e reverência diante de Deus |
3.14 | πρὸς τὸν πατέρα | Diante do Pai | Acesso direto e íntimo com o Pai celeste |
3.16 | κραταιωθῆναι ἐν δυνάμει | Serdes fortalecidos com poder | Poder interior pelo Espírito Santo |
3.16 | εἰς τὸν ἔσω ἄνθρωπον | No homem interior | Fortalecimento do ser espiritual regenerado |
✦ Conclusão Teológica
Efésios 3.14 nos mostra a espiritualidade profunda de Paulo, que se traduz numa vida de oração comprometida com o avanço da Igreja. Ele não busca poder político ou visibilidade, mas fortalecimento no “homem interior”, obra realizada pelo Espírito Santo. A oração cristã, portanto, é teologicamente fundamentada, espiritualmente carregada e missionariamente orientada.
2- Dimensões do amor de Deus (3.18,19) a fim de poderdes compreender, com todos os santos, qual é a largura, e o comprimento, e a altura, e a profundidade e conhecer o amor de Cristo, que excede todo entendimento, para que sejais tomados de toda a plenitude de Deus.
A Igreja não conseguirá cumprir sua missão sem uma plena compreensão do amor de Cristo, expressa aqui nas palavras “largura”, “altura”, “comprimento” e “profundidade”. O amor de Jesus é suficientemente largo para abranger a totalidade da humanidade, suficientemente longo para durar por toda a eternidade, suficientemente profundo para alcançar o pecador mais degradado, e suficientemente elevado para levá-lo ao céu. Em nenhum momento Paulo deixou de se maravilhar com o fazê-lo. Ele também jamais deixou de convidar outros a se maravilhar com o fato de que Deus os ama. O amor de Deus é multidimensional: possui largura, comprimento, altura e profundidade, mas jamais o compreenderemos por inteiro. Nossa capacidade de experimentar tamanho amor nunca limitará a disposição de Deus em nos abençoar, enchendo-nos do Seu inesgotável amor.
3- Tamanho do poder de Deus (3.20,21) Ora, àquele que é poderoso para fazer infinitamente mais do que tudo quanto pedimos ou pensamos, conforme o seu poder que opera em nós, 21a ele seja a glória, na igreja e em Cristo Jesus, por todas as gerações, para todo o sempre. Amém!
Paulo encerra a sua prece trazendo três verdades bastante significativas no campo espiritual:
a) Reconhecimento de que Deus responde às orações que lhes são dirigidas. As respostas divinas podem ir além da capacidade humana de pedir e compreender;
b) Declaração de glórias a Deus, pois, é o único que faz jus a esse tributo;
c) O que Cristo faz em nós e através de nós será sempre infinitamente mais do que tudo quanto pedimos ou pensamos.
Assim, concluímos este estudo nas regiões celestiais, glorificando a Deus pela revelação do Seu mistério e pela grandeza do Seu amor e poder. Como a terra é vasta demais para ser explorada; como o mar é profundo demais para ser sondado; também os são o amor e o poder de Deus. Eles estão além do nosso entendimento. Não precisamos viver como miseráveis, pois temos as riquezas insondáveis desse Evangelho bendito.
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
❖ 2. Dimensões do Amor de Deus (Ef 3.18–19)
“A fim de poderdes compreender, com todos os santos, qual é a largura, e o comprimento, e a altura, e a profundidade; e conhecer o amor de Cristo, que excede todo entendimento, para que sejais tomados de toda a plenitude de Deus.”
▪︎ Análise das Palavras Gregas
- καταλαβέσθαι (katalabésthai) – compreender:Significa “apreender”, “tomar posse”, ou “capturar com a mente”. Implica entendimento experiencial, não apenas intelectual. O amor de Cristo não é somente para ser estudado, mas vivenciado.
- πλάτος, μῆκος, βάθος, ὕψος (platos, mēkos, bathos, hupsos) – largura, comprimento, profundidade, altura:Termos usados frequentemente em construções arquitetônicas ou em cosmologia. Paulo aplica esse vocabulário ao amor de Cristo, indicando seu alcance total e inesgotável.Segundo Charles Hodge, “Essas dimensões visam comunicar que o amor de Cristo é ilimitado em toda direção – alcança todos os tempos, lugares, pecadores e necessidades.”
- ὑπερβάλλοντα τῆς γνώσεως (hyperballonta tēs gnōseōs) – que excede todo entendimento:“Hyperballō” significa “ultrapassar”, “ir além”, e “gnōsis” é “conhecimento”. O amor de Cristo ultrapassa qualquer tentativa humana de compreensão plena, embora possamos experimentá-lo em parte.
- πληρωθῆτε εἰς πᾶν τὸ πλήρωμα τοῦ Θεοῦ (plērōthēte eis pan to plērōma tou Theou) – para que sejais tomados de toda a plenitude de Deus:A plenitude de Deus é o ápice da vida cristã. É ser habitado completamente por Deus, como a manifestação do Seu caráter em nós (cf. Cl 2.9-10).
▪︎ Aplicação Pessoal
- O amor de Cristo é imensurável, mas perfeitamente acessível. Ele acolhe o perdido, sustenta o fraco e eleva o abatido.
- A vida cristã equilibrada exige a experiência desse amor em todas as suas “dimensões” — não como uma teoria, mas como um relacionamento real com Cristo.
- A verdadeira maturidade espiritual é ser cheio da plenitude de Deus, o que se dá pela ação do Espírito e pela fé em Cristo (cf. Ef 3.16-17).
❖ 3. O Tamanho do Poder de Deus (Ef 3.20–21)
“Ora, àquele que é poderoso para fazer infinitamente mais do que tudo quanto pedimos ou pensamos, conforme o seu poder que opera em nós [...]”
▪︎ Análise das Palavras Gregas
- δυνάμενος (dynamenos) – poderoso:Derivado de dynamis — “poder ativo”, capacidade realizadora. Aponta para a natureza operacional e ilimitada de Deus.
- ὑπερεκπερισσοῦ (hyperekperissou) – infinitamente mais:Um superlativo raro, que significa “muito além do mais alto grau imaginável”. O texto enfatiza que Deus atua acima da mais ousada oração ou pensamento humano.
- ἐνεργουμένην (energoumenēn) – que opera em nós:Refere-se a uma operação contínua e interna do poder de Deus. Ele não apenas age por nós, mas em nós e através de nós (cf. Fp 2.13).
▪︎ Aplicação Pessoal
- Não há limites para o que Deus pode realizar através de uma vida entregue totalmente a Ele.
- Mesmo nossas maiores orações e sonhos espirituais estão aquém do que Deus é capaz de realizar.
- A resposta de Deus não depende do tamanho de nossa fé, mas da imensidão do Seu poder.
❖ Referências Acadêmicas
- F. F. Bruce (Epistle to the Ephesians): “A oração culmina numa doxologia que afirma a suficiência e a soberania de Deus acima de todos os nossos limites.”
- John MacArthur: “A plenitude de Deus é o propósito final de nossa vida cristã – sermos como Cristo em tudo, pelo poder operante de Deus em nós.”
✦ TABELA EXPOSITIVA – EFÉSIOS 3.18–21
Versículo
Palavra Grega
Tradução
Implicação Teológica e Espiritual
3.18
πλάτος, μῆκος, βάθος, ὕψος
largura, comprimento, etc.
O amor de Cristo abrange toda dimensão da existência
3.19
ὑπερβάλλοντα τῆς γνώσεως
excede todo entendimento
O amor de Cristo vai além da mente, toca o coração
3.19
πλήρωμα τοῦ Θεοῦ
plenitude de Deus
Crescimento espiritual máximo em Cristo
3.20
ὑπερεκπερισσοῦ ποιῆσαι
fazer infinitamente mais
Deus realiza além do imaginável
3.20
ἐνεργουμένην ἐν ἡμῖν
que opera em nós
Poder divino é atuante e contínuo em cada crente
3.21
δόξα ἐν τῇ ἐκκλησίᾳ καὶ ἐν Χριστῷ
glória na Igreja e em Cristo
A Igreja é o palco da glória divina em Cristo Jesus
✦ Conclusão Teológica
Paulo encerra Efésios 3 com uma oração elevada que culmina numa doxologia (expressão de louvor). Ele une profunda teologia com oração fervorosa, mostrando que:
- O amor de Cristo é profundo demais para ser sondado, mas suficiente para ser experimentado com fé.
- O poder de Deus é ilimitado, e Ele o coloca à disposição de Seu povo por meio do Espírito.
- A Igreja não é apenas o resultado do plano divino — ela é o palco onde o amor e o poder de Deus se revelam continuamente.
❖ 2. Dimensões do Amor de Deus (Ef 3.18–19)
“A fim de poderdes compreender, com todos os santos, qual é a largura, e o comprimento, e a altura, e a profundidade; e conhecer o amor de Cristo, que excede todo entendimento, para que sejais tomados de toda a plenitude de Deus.”
▪︎ Análise das Palavras Gregas
- καταλαβέσθαι (katalabésthai) – compreender:Significa “apreender”, “tomar posse”, ou “capturar com a mente”. Implica entendimento experiencial, não apenas intelectual. O amor de Cristo não é somente para ser estudado, mas vivenciado.
- πλάτος, μῆκος, βάθος, ὕψος (platos, mēkos, bathos, hupsos) – largura, comprimento, profundidade, altura:Termos usados frequentemente em construções arquitetônicas ou em cosmologia. Paulo aplica esse vocabulário ao amor de Cristo, indicando seu alcance total e inesgotável.Segundo Charles Hodge, “Essas dimensões visam comunicar que o amor de Cristo é ilimitado em toda direção – alcança todos os tempos, lugares, pecadores e necessidades.”
- ὑπερβάλλοντα τῆς γνώσεως (hyperballonta tēs gnōseōs) – que excede todo entendimento:“Hyperballō” significa “ultrapassar”, “ir além”, e “gnōsis” é “conhecimento”. O amor de Cristo ultrapassa qualquer tentativa humana de compreensão plena, embora possamos experimentá-lo em parte.
- πληρωθῆτε εἰς πᾶν τὸ πλήρωμα τοῦ Θεοῦ (plērōthēte eis pan to plērōma tou Theou) – para que sejais tomados de toda a plenitude de Deus:A plenitude de Deus é o ápice da vida cristã. É ser habitado completamente por Deus, como a manifestação do Seu caráter em nós (cf. Cl 2.9-10).
▪︎ Aplicação Pessoal
- O amor de Cristo é imensurável, mas perfeitamente acessível. Ele acolhe o perdido, sustenta o fraco e eleva o abatido.
- A vida cristã equilibrada exige a experiência desse amor em todas as suas “dimensões” — não como uma teoria, mas como um relacionamento real com Cristo.
- A verdadeira maturidade espiritual é ser cheio da plenitude de Deus, o que se dá pela ação do Espírito e pela fé em Cristo (cf. Ef 3.16-17).
❖ 3. O Tamanho do Poder de Deus (Ef 3.20–21)
“Ora, àquele que é poderoso para fazer infinitamente mais do que tudo quanto pedimos ou pensamos, conforme o seu poder que opera em nós [...]”
▪︎ Análise das Palavras Gregas
- δυνάμενος (dynamenos) – poderoso:Derivado de dynamis — “poder ativo”, capacidade realizadora. Aponta para a natureza operacional e ilimitada de Deus.
- ὑπερεκπερισσοῦ (hyperekperissou) – infinitamente mais:Um superlativo raro, que significa “muito além do mais alto grau imaginável”. O texto enfatiza que Deus atua acima da mais ousada oração ou pensamento humano.
- ἐνεργουμένην (energoumenēn) – que opera em nós:Refere-se a uma operação contínua e interna do poder de Deus. Ele não apenas age por nós, mas em nós e através de nós (cf. Fp 2.13).
▪︎ Aplicação Pessoal
- Não há limites para o que Deus pode realizar através de uma vida entregue totalmente a Ele.
- Mesmo nossas maiores orações e sonhos espirituais estão aquém do que Deus é capaz de realizar.
- A resposta de Deus não depende do tamanho de nossa fé, mas da imensidão do Seu poder.
❖ Referências Acadêmicas
- F. F. Bruce (Epistle to the Ephesians): “A oração culmina numa doxologia que afirma a suficiência e a soberania de Deus acima de todos os nossos limites.”
- John MacArthur: “A plenitude de Deus é o propósito final de nossa vida cristã – sermos como Cristo em tudo, pelo poder operante de Deus em nós.”
✦ TABELA EXPOSITIVA – EFÉSIOS 3.18–21
Versículo | Palavra Grega | Tradução | Implicação Teológica e Espiritual |
3.18 | πλάτος, μῆκος, βάθος, ὕψος | largura, comprimento, etc. | O amor de Cristo abrange toda dimensão da existência |
3.19 | ὑπερβάλλοντα τῆς γνώσεως | excede todo entendimento | O amor de Cristo vai além da mente, toca o coração |
3.19 | πλήρωμα τοῦ Θεοῦ | plenitude de Deus | Crescimento espiritual máximo em Cristo |
3.20 | ὑπερεκπερισσοῦ ποιῆσαι | fazer infinitamente mais | Deus realiza além do imaginável |
3.20 | ἐνεργουμένην ἐν ἡμῖν | que opera em nós | Poder divino é atuante e contínuo em cada crente |
3.21 | δόξα ἐν τῇ ἐκκλησίᾳ καὶ ἐν Χριστῷ | glória na Igreja e em Cristo | A Igreja é o palco da glória divina em Cristo Jesus |
✦ Conclusão Teológica
Paulo encerra Efésios 3 com uma oração elevada que culmina numa doxologia (expressão de louvor). Ele une profunda teologia com oração fervorosa, mostrando que:
- O amor de Cristo é profundo demais para ser sondado, mas suficiente para ser experimentado com fé.
- O poder de Deus é ilimitado, e Ele o coloca à disposição de Seu povo por meio do Espírito.
- A Igreja não é apenas o resultado do plano divino — ela é o palco onde o amor e o poder de Deus se revelam continuamente.
APLICAÇÃO PESSOAL
A Igreja existe para glorificar somente a Deus. Nós somos meros instrumentos que Ele usa para cumprir os Seus propósitos.
COMENTARIO EXTRA
Comentário de Hubner Braz
❖ Fundamento Bíblico
A centralidade da glória de Deus é um dos princípios mais fundamentais da teologia bíblica. Paulo afirma em Efésios 3.21:
“A ele seja a glória, na igreja e em Cristo Jesus, por todas as gerações, para todo o sempre. Amém!”
Esta doxologia apresenta Deus como o único digno de glória, tanto na Igreja quanto em Cristo, de maneira eterna e ininterrupta. Isso molda a identidade, o propósito e a missão da Igreja.
❖ Análise das Palavras Gregas
- δόξα (dóxa) – glória:
Literalmente, “esplendor”, “honra”, “reputação”. No Novo Testamento, a dóxa de Deus representa a manifestação visível e reconhecida dos atributos divinos (cf. Jo 1.14; Rm 11.36). A Igreja não produz essa glória — ela a reflete. - ἐν τῇ ἐκκλησίᾳ (en tē ekklēsia) – na Igreja:
A palavra ἐκκλησία (ekklēsia) significa “assembleia dos chamados para fora”. A glória de Deus não se limita ao céu, mas se manifesta entre os redimidos na terra (Ef 2.7; Cl 1.27). - καὶ ἐν Χριστῷ Ἰησοῦ (kai en Christō Iēsou) – em Cristo Jesus:
Toda a glória que a Igreja reflete procede de Cristo. Ele é o meio e o modelo da glorificação de Deus (cf. Hb 1.3).
❖ Referências Acadêmicas Cristãs
- Jonathan Edwards, teólogo reformado:
“A razão principal de todas as obras de Deus é a manifestação da sua própria glória.”
- John Piper, em Desiring God:
“A missão da Igreja não é fazer do homem o centro, mas magnificar a glória de Deus em tudo.”
- Wayne Grudem, Teologia Sistemática:
“A finalidade da Igreja é glorificar a Deus ao edificar os crentes, evangelizar os perdidos e adorar com reverência.”
❖ Aplicação Pessoal
- Somos instrumentos nas mãos de Deus (cf. 2 Tm 2.21), não o centro da obra.
A Igreja não é sobre nós, mas sobre Ele. Nosso valor está em sermos vasos que carregam o tesouro (2 Co 4.7). - Toda ação ministerial, todo ensino, serviço, louvor ou compaixão deve ter como finalidade a glória de Deus (1 Co 10.31).
- Devemos examinar nossos corações: estamos servindo por autoafirmação ou por exaltação de Cristo?
“É necessário que Ele cresça, e que eu diminua” (Jo 3.30).
❖ TABELA EXPOSITIVA – A IGREJA EXISTE PARA GLORIFICAR A DEUS
Conceito Central
Palavra Grega / Versículo
Significado
Implicação Teológica
Glória de Deus como propósito final
δόξα (dóxa) – Ef 3.21
Esplendor, honra divina
A Igreja existe para refletir Deus
Instrumento nas mãos de Deus
σκεῦος (skeuos) – 2 Tm 2.21
Vaso, utensílio para um propósito
Somos úteis à medida que somos usados
Igreja como meio da glória divina
ἐκκλησία (ekklēsia) – Ef 3.21
Assembleia dos redimidos
A glória de Deus se manifesta no povo redimido
Cristo como canal e modelo de glória
ἐν Χριστῷ Ἰησοῦ
Em união com Cristo
Toda glória passa por Cristo
Glorificar a Deus em todas as coisas
1 Co 10.31
“Fazer tudo para a glória de Deus”
Glorificar é o critério de ação
❖ Conclusão
A Igreja não é um fim em si mesma. Ela é a noiva de Cristo, o templo do Espírito, e o corpo vivo que glorifica ao Pai.
O maior fracasso e a maior corrupção da Igreja acontecem quando ela tira os olhos de Deus e se centraliza no homem.
Como vasos, não somos dignos de honra em nós mesmos, mas a excelência do conteúdo (Cristo em nós) é o que revela a glória.
"Porque dele, e por meio dele, e para ele são todas as coisas. A ele, pois, a glória eternamente. Amém!" (Rm 11.36)
❖ Fundamento Bíblico
A centralidade da glória de Deus é um dos princípios mais fundamentais da teologia bíblica. Paulo afirma em Efésios 3.21:
“A ele seja a glória, na igreja e em Cristo Jesus, por todas as gerações, para todo o sempre. Amém!”
Esta doxologia apresenta Deus como o único digno de glória, tanto na Igreja quanto em Cristo, de maneira eterna e ininterrupta. Isso molda a identidade, o propósito e a missão da Igreja.
❖ Análise das Palavras Gregas
- δόξα (dóxa) – glória:
Literalmente, “esplendor”, “honra”, “reputação”. No Novo Testamento, a dóxa de Deus representa a manifestação visível e reconhecida dos atributos divinos (cf. Jo 1.14; Rm 11.36). A Igreja não produz essa glória — ela a reflete. - ἐν τῇ ἐκκλησίᾳ (en tē ekklēsia) – na Igreja:
A palavra ἐκκλησία (ekklēsia) significa “assembleia dos chamados para fora”. A glória de Deus não se limita ao céu, mas se manifesta entre os redimidos na terra (Ef 2.7; Cl 1.27). - καὶ ἐν Χριστῷ Ἰησοῦ (kai en Christō Iēsou) – em Cristo Jesus:
Toda a glória que a Igreja reflete procede de Cristo. Ele é o meio e o modelo da glorificação de Deus (cf. Hb 1.3).
❖ Referências Acadêmicas Cristãs
- Jonathan Edwards, teólogo reformado:
“A razão principal de todas as obras de Deus é a manifestação da sua própria glória.” - John Piper, em Desiring God:
“A missão da Igreja não é fazer do homem o centro, mas magnificar a glória de Deus em tudo.” - Wayne Grudem, Teologia Sistemática:
“A finalidade da Igreja é glorificar a Deus ao edificar os crentes, evangelizar os perdidos e adorar com reverência.”
❖ Aplicação Pessoal
- Somos instrumentos nas mãos de Deus (cf. 2 Tm 2.21), não o centro da obra.
A Igreja não é sobre nós, mas sobre Ele. Nosso valor está em sermos vasos que carregam o tesouro (2 Co 4.7). - Toda ação ministerial, todo ensino, serviço, louvor ou compaixão deve ter como finalidade a glória de Deus (1 Co 10.31).
- Devemos examinar nossos corações: estamos servindo por autoafirmação ou por exaltação de Cristo?
“É necessário que Ele cresça, e que eu diminua” (Jo 3.30).
❖ TABELA EXPOSITIVA – A IGREJA EXISTE PARA GLORIFICAR A DEUS
Conceito Central | Palavra Grega / Versículo | Significado | Implicação Teológica |
Glória de Deus como propósito final | δόξα (dóxa) – Ef 3.21 | Esplendor, honra divina | A Igreja existe para refletir Deus |
Instrumento nas mãos de Deus | σκεῦος (skeuos) – 2 Tm 2.21 | Vaso, utensílio para um propósito | Somos úteis à medida que somos usados |
Igreja como meio da glória divina | ἐκκλησία (ekklēsia) – Ef 3.21 | Assembleia dos redimidos | A glória de Deus se manifesta no povo redimido |
Cristo como canal e modelo de glória | ἐν Χριστῷ Ἰησοῦ | Em união com Cristo | Toda glória passa por Cristo |
Glorificar a Deus em todas as coisas | 1 Co 10.31 | “Fazer tudo para a glória de Deus” | Glorificar é o critério de ação |
❖ Conclusão
A Igreja não é um fim em si mesma. Ela é a noiva de Cristo, o templo do Espírito, e o corpo vivo que glorifica ao Pai.
O maior fracasso e a maior corrupção da Igreja acontecem quando ela tira os olhos de Deus e se centraliza no homem.
Como vasos, não somos dignos de honra em nós mesmos, mas a excelência do conteúdo (Cristo em nós) é o que revela a glória.
"Porque dele, e por meio dele, e para ele são todas as coisas. A ele, pois, a glória eternamente. Amém!" (Rm 11.36)
RESPONDA
1) O que aconteceu a Paulo por pregar o Evangelho?
R. Enfrentou prisões.
2) Qual é a missão da Igreja?
R. Pregar o Evangelho.
3) Qual é a ferramenta que o mundo não pode nos tomar?
R. Oração.
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